Aula 8 - Amebíase PDF

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19/06/2018

Amebíase

Professor Gustavo

Francisco Beltrão, 2018

AMEBÍASE

Entamoeba histolytica Cistos de E.


histolytica
Problema de saúde pública

Alta mortalidade: 100.000 óbitos/ ano

Assintomáticos → transmissão
Trofozoitos
de E. histolytica

Necrose liquefativa do intestino grosso


causada por E. histolytica

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AMEBAS

• Vários gêneros e espécies


Vida livre

• Entamoeba histolytica
Parasitos

• Entamoeba coli; Entamoeba dispar;


Comensais Entamoeba hartmanni; Entamoeba gengivalis;
Endolimax nana; Iodamoeba bütschlii

Vida livre/ • Gênero Acanthamoeba,


eventualmente Naegleria fowleri
parasitos

Classificação

Reino: Protozoa

Filo: Sarcomasthigophora

núcleo simples, presença de flagelos, pseudópodes

Subfilo: Sarcodina

Pseudópodes

Classe: Lobozia

Ordem: Aemoebida

Família: Entamoebidae

Gêneros: Entamoeba, Iodamoeba, Endolimax

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Classificação

Espécies divididas em grupos (núcleos dos cistos)

✓ cistos com até 8 núcleos


✓ E. coli, E. muris, E. cobayae, E. gallinarum

✓ cistos com até 4 núcleos


✓ E. histolytica/dispar, E. hartmanni

✓ cistos com 1 núcleo


✓ E. polecki, E. suis, E. bovis

✓ sem cistos conhecidos


✓ E. gingivalis

Morfologia

Trofozoíto Pré-cisto Cisto Metacisto


- Forma - Fase
patogênica
intermediária - Oval ou - Intestino
- 1 núcleo trofozoíto → esférico delgado
esférico cisto
“roda de - Forma - Saída do
- Intestino resistente trofozoito
carroça”
grosso –Fezes
-Fezes - Forma
-Fezes pastosas formada multinucleada
diarreicas

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Morfologia

Forma não
Forma invasiva
invasiva
Bactérias, grãos
de amido ou Eritrócitos
detrito

Ciclo biológico

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Transmissão

Ingestão de água e alimentos contaminados com cistos maduros

Sintomatologia e Formas Clínicas


E. dispar ??? Não disentérica
Assintomática
- Dores abdominais (cólica)
80-90%
- 2-4 evacuações: diarreicas
Intestinal ou não (pastosas)

Doença Disentérica
- Colite amebiana
Clínica - > 8 evacuações diarreicas e
mucossanguinolentas
- Úlceras intestinais; abscessos
Sintomática
10-20% Hepática
Abscesso hepático
Dor, febre e hepatomegalia

Extraintestinal Cerebral

Pulmonar
Período de Incubação de sete dias até 4 meses
Trato geniturinário

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Patogenia

A- Adesão B- Destruição tecidual C- Dispersão

Patogenia

BOTÃO DE CAMISA NECROSE LIQUEFATIVA

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Patogenia

RESPOSTA INFLAMATÓRIA AMEBOMA


PROLIFERATIVA (MASSA GRANULOMATOSA)

• Raro na amebíase

Diagnóstico

Quadro Clínico
- Amebíase intestinal: Difícil (sintomatologia comum)
- retossigmoidoscopia
- Abscesso hepático - Tríade: dor, febre e hepatomegalia
- Raio X, Ultrassonografia, tomografia

Laboratorial
Parasitológico de fezes
- Pesquisa de cistos em fezes formadas (diferenciar amebas não patogênicas)
- Trofozoítos e pre-cistos em fezes líquidas
Diagnóstico Imunológico
- ELISA (antígenos nas fezes)
- ELISA (IgG no soro) – amebíase invasiva

Diagnóstico Molecular
- PCR (distingue espécies)

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Epidemiologia

Distribuição geográfica mundial

650 milhões de pessoas infectadas no mundo

Alta mortalidade: 100.000 óbitos/ ano

Incidência no Brasil:
Variação de acordo com condições sanitárias e socioeconômicas

Prevalência no Brasil:
2,5-11% Sul e Sudeste
19% Região Amazônica
10% demais regiões

Profilaxia

✓ Higiene com alimentos

✓ Água filtrada ou fervida

✓ Tratar manipuladores de alimentos


✓ Saneamento básico

✓ Educação sanitária

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Tratamento

• Amebicidas que atuam diretamente na luz intestinal;


• Atuam diretamente sobre a E. histolytica
• Falmonox (Teclosan)
• Ktinos (Etofamida)
• Antibióticos: paramomicina e eritromicina
• Amebicidas tissulares;
• Atuam na parede do intestino e no fígado
• Cloridrato de emetina (ou diidroemetina)
• Cloroquina (fígado)

• Amebicidas que atuam tanto na luz intestinal como nos tecidos.


• Metronidazol (Flagyl)
• Ornidazol
• Nitromidazol

Amebas de Vida Livre que podem


causar doenças em humanos

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Amebíase: amebas de vida livre com importância clínica

Amebíase : amebas de vida livre com importância clínica

Ceratite

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Amebíase : amebas de vida livre com importância clínica

Lesões cutâneas

Diagnóstico

Quadro Clínico
- Sintomas (ex.: ulceração na córnea), histórico de doença debilitante, de
imunossupressão ou de banhos recentes em lagoas ou piscinas

Laboratorial
Parasitológico de fezes
- Pesquisa de cistos em fezes solidas
- Trofozoítos em fezes líquidas
Diagnóstico Imunológico
- ELISA (antígenos nas fezes)
- ELISA (IgG no soro)

Diagnóstico Molecular
- PCR (distingue espécies)

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Controle

✓ Cloração de piscinas (conscientização de clubes e parques


aquáticos);

✓ Higiene com lentes de contato (não lavar com água de torneira,


em solução salinas antigas/ não usar ao entrar em piscinas,
chuveiros ou mar);

✓ Monitoramento das águas em áreas de risco;

✓ Projetos educacionais voltados para a população.

Referências
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13° ed. São Paulo: Atheneu, 2016.
Capítulos 15 e 16

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