Curso 121792 Aula 00 Prof Juliano de Pelegrin v7
Curso 121792 Aula 00 Prof Juliano de Pelegrin v7
Curso 121792 Aula 00 Prof Juliano de Pelegrin v7
Juliano
De Pelegrin)
Engenharia Mecânica p/ Concursos -
Curso Regular (Com Videoaulas) 2020
Autores:
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin
Aula 00 (Prof. Juliano De
Pelegrin)
18 de Dezembro de 2019
00000000000 - DEMO
Felipe Canella, Juliano de Pelegrin
Aula 00 (Prof. Juliano De Pelegrin)
Sumário
1 – Estática..................................................................................................................................... 7
3 – Considerações Finais................................................................................................................. 80
4.1 – Estática................................................................................................................................ 81
7 – Resumo.................................................................................................................................... 118
É com imensa satisfação que iniciamos hoje o nosso “Curso Regular de Engenharia
Mecânica”. Antes de mais nada, gostaríamos de nos apresentar.
Prof. Juliano
Atualmente estou cursando mestrado em engenharia elétrica, também pela UTFPR. Durante
dois anos atuei no ramo da engenharia, na indústria, trabalhando com manutenção mecânica
e inspeções em caldeiras e vasos de pressão. Há aproximadamente um ano comecei,
paralelamente aos meus estudos e trabalho de engenharia, a me envolver com concursos
públicos iniciando na produção de Vade-Mécuns e compilação de materiais para o
Estratégia Concursos. Atualmente resido no município de Cascavel, no Estado do Paraná e
sou professor do Estratégia Concursos.
Prof. Felipe
Eu sou Felipe Canella. Sou formado em Engenharia de Produção Mecânica pelo Centro
Universitário da FEI e mestre em Engenharia de Produção. Atuei em empresas como a Scania
na área de Purchasing e na Johnsons&Johnsons na área de Trade Marketing. Além disso,
passei no programa de trainee da Riachuelo em um processo de mais de 40 mil inscritos
para 10 vagas, ao passo que concluía meu Mestrado em Engenharia de Produção na Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo.
Continuando com meus estudos, fui aprovado no concurso do TRE-PR, para Técnico
Judiciário Administrativo, meu segundo concurso (ficando em 208o – longe, mas fiquei), o
que para mim foi uma vitória (rs). Continuei estudando e fiquei em 12o em Agente Legislativo
na Câmara Municipal do Guarujá, mas cometi um “erro amador” na segunda fase e fui
eliminado (nem só de felicidade vivemos, não é?). Todavia, posteriormente, SEM DESISTIR,
alcancei o 6o lugar para Assistente em Administração pública para Câmara de Cubatão.
Estrategista, essa breve introdução com o nosso passado e história é para vocês entenderem
que concursos é... CONSTÂNCIA EM SEU OBJETIVO!
Este curso é um material com o máximo de imagens possível, para que as aulas sejam
claras, mas sem perder a objetividade. Afinal, a intenção é trazer um curso vertical abordando
somente o que já foi exigido, ou possa vir a ser, em concursos de engenharia.
Para isso, todo o nosso curso é elaborado baseado em fontes consagradas da engenharia
mecânica, em que é feita uma abordagem teórica de cada assunto seguida por exercícios,
retirados de provas de concursos passados, comentados. Fique atento aos comentários das
questões, pois estes podem vir a complementar a teoria podendo se tornar um diferencial em sua
preparação.
Sem mais delongas, deixaremos aqui nossos contatos pessoais para quaisquer dúvidas,
críticas ou sugestões que possam surgir. Lembre-se, caro(a) concurseiro (a), estamos aqui para lhe
dar o suporte que você precisa para passar no seu concurso! Sinta-se à vontade para nos
contatar.
Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, acesse nossas
redes sociais:
Instagram - @profjulianodp
E-mail – [email protected]
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Aula
Estática/Resistência dos Materiais 18/12
00
Aula
Dinâmica/Vibrações 22/12
01
Aula
Elementos de máquinas 07/01
02
Aula
Termodinâmica / Máquinas Térmicas e Instalações Pertinentes 22/01
03
Aula
Fundamentos de Transferência de Calor/Tubulação Industrial 07/02
04
Aula
Processos de Fabricação e Soldagem 07/03
06
Aula
Metrologia/Instrumentação/Usinagem/CNC 06/04
08
Aula
Manutenção Mecânica/Lubrificação industrial 22/04
09
Aula
Desenho Técnico/Gerenciamento de Projetos Mecânicos 07/05
10
Aula
Eletrotécnica e Eletrônica Básica/Controle e Automação 22/05
11
Aula
Planejamento e Controle da Produção e Gestão de Qualidade 07/06
12
Atente-se as aulas demarcadas, e a intensidade da cor. Os temas com cores mais escuras
possuem uma maior incidência de questões em prova e provavelmente serão exigidos na sua
prova, enquanto as aulas em tons mais claros tiveram menor incidência em provas até hoje.
Também recomendamos, que você se policie para estudar TODAS as aulas com dedicação, e
também aqueles assuntos que você tem mais dificuldade ou não goste muito, pois às vezes
inconscientemente deixamos de lado esses temas.
Nesta aula, iremos abordar a mecânica dos corpos rígidos estáticos em conjunto com a
resistência dos materiais, também chamada de Mecânica dos Sólidos. Normalmente há uma
maior incidência de questões a respeito de resistência dos materiais do que estática nas questões
de prova, contudo devemos passar pelo estudo da mecânica geral estática para posteriormente
desenvolvermos nosso conhecimento na mecânica dos sólidos. Vamos iniciar pelo o estudo da
estática, bora lá?
1 – Estática
A primeira subdivisão da mecânica dos corpos rígidos que iremos estudar é a estática. Esta,
aborda o equilíbrio dos corpos em repouso. Alguns autores gostam de adotar a estática como
um caso especial da dinâmica, pois esta pode ser considerada um caso onde não há aceleração,
contudo devemos estudá-la separadamente, pois muitos projetos de objetos são desenvolvidos
para se manterem parados, ou tecnicamente falando em equilíbrio.
1
R.C. Hibbeler – Mecânica para engenharia.
1.1 – Conceitos
Para começarmos a entender um pouco mais sobre a estática e, como está é cobrada em
concursos públicos, iniciaremos o aprendizado com alguns conceitos básicos:
Força: basicamente é uma grandeza vetorial sendo a ação de um objeto (corpo) sobre
outro. Normalmente tende a mover o objeto na direção para qual está age.
Espaço: região geométrica a qual os corpos ocupam. As posições dos objetos são
definidas no espaço, a partir da origem , através de medidas lineares e angulares dentro de um
sistema cartesiano que pode ser de duas ou três dimensões.
Massa: grandeza que demonstra a quantidade de matéria de um corpo, sendo está a sua
resistência a variação de velocidade. A massa é uma grandeza muito presente nos problemas de
estática.
Corpo rígido: é aquele cujo as propriedades do material não precisam ser consideradas na
análise das grandezas físicas que atuam sobre ele. Quando analisamos problemas que envolvem
mecanismos de grande porte ou com boas propriedades mecânicas, as deformações que podem
ocorrer no objeto são desprezadas por serem relativamente pequenas, assim podemos
denominar este objeto como um corpo rígido.
Na mecânica utilizamos dois tipos de grandezas que são as escalares e as vetoriais. Alguns
exemplos de grandezas escalares são: tempo, volume, massa, densidade... e o que elas tem em
comum? Todas são definidas apenas como um valor. Já as grandezas vetoriais, além de possuírem
um valor possuem direção, alguns exemplos de grandezas vetoriais são: velocidade, aceleração,
força... além disso o módulo das grandezas vetoriais é um escalar. Os vetores podem ser
decompostos em componentes relativas ao sistema de coordenadas cartesianas, logo podemos
representar um vetor V da seguinte forma:
𝑉 = 𝑉! 𝑖 + 𝑉" 𝑗 + 𝑉# 𝑘
Os valores das componentes de um vetor podem ser calculados através dos cossenos
diretores, de acordo com a imagem abaixo, onde o vetor é representado graficamente por uma
flecha, que define sua intensidade, direção (ângulo) e sentido. Vejamos:
E, por fim, o módulo do vetor também pode ser obtido pela seguinte expressão:
Como qualquer grandeza matemática podemos realizar operações com vetores como
multiplicação por escalar, adição, subtração e decomposição. A figura abaixo exemplifica a
resultante R obtida, através da soma dos vetores F1 e F2.
𝐹"
𝐹! = 𝐹. cos 𝜃 ; 𝐹" = 𝐹. sen 𝜃 ; 𝐹 = 5𝐹!$ + 𝐹"$ ; 𝜃 = 𝑡𝑎𝑛%& 9 :
𝐹!
Como exemplificado anteriormente a força é uma grandeza que pode ser representada por
um vetor com valor e direção em mais de um sentido. Além de podermos combinar forças,
usualmente necessitamos decompor uma força em suas componentes vetoriais, para então
resolvermos determinadas questões em que se exige a determinação da resultante entre mais de
uma força.
No ponto O atuam as forças F=20√2N e H=10N . A projeção da resultante destas forças nos
eixos x e y, segundo a orientação estabelecida para os eixos x e y, respectivamente, é
a) Rx = −10N; Ry = 10N .
b) Rx = 30N; Ry = −20N.
c) Rx = −30N; Ry = 20N .
d) Rx = 30N; Ry = 20N.
e) Rx = −10N; Ry = −20N.
Comentário:
Questão simples e objetiva onde temos duas forças atuando sobre o ponto O. A primeira força F,
como podemos notar, possui uma inclinação de 45°, isto é um indicativo que ela possui duas
componentes tanto no eixo X como no eixo Y. A força H possui a mesma direção do eixo
cartesiano X não possuindo inclinação relativa a este e sendo perpendicular ao eixo Y, portanto
ela possui componentes Hx = -10 N, Hy = 0 N.
Para se decompor a força F devemos encontrar as componentes Fx e Fy que são obtidas através
da multiplicação do módulo da força pelos cossenos diretores, que coincidentemente neste caso
é igual em relação ao eixo X e ao eixo Y. Assim, para F= 20√2N temos que:
Onde Fx possuirá sinal negativo por estar no sentido contrário ao usualmente adotado na
convenção de sinal (primeiro quadrante positivo). Por fim, conhecidas as componentes de cada
força, devemos realizar a adição das componentes vetoriais para se encontrar o valor da resultante
R = F+H. Somando as componentes X e Y de F e H temos o seguinte: Rx = -20 - 10 = -30N e Ry
= 20 + 0 = 20N.
Portanto a projeção resultante das forças em relação ao ponto O é Rx=-30N e Ry=20N. Logo a
alternativa C está CORRETA e é o gabarito da questão.
Conhecidas a grandeza força vamos ao estudo do momento, que nada mais é que atuação
de uma força sobre um objeto tendendo a girar este em relação a um eixo.
1.3 – Momento
Quando aplicamos uma força perpendicular à superfície de uma porta, sobre a maçaneta,
estamos ocasionando um momento em relação as dobradiças desta. Agora pense em abrir a
porta, exercendo uma força no meio desta, entre a dobradiça e a maçaneta, a força que deve ser
aplicada é maior pois a distância até o ponto que está sendo aplicado o momento é menor.
O momento também conhecido como torque está presente em diversas situações de nosso
cotidiano, como o ato de desparafusar a roda do carro quando precisamos trocar o pneu.
Exercemos uma força sobre a chave de boca, a uma distância do parafuso, ocasionando um
momento sobre a porca do parafuso. Está tendência a rotação é conhecida como momento.
𝑀 = 𝐹. 𝑑
𝑖 𝑗 𝑘
𝑀𝑜 = 𝑟 × 𝐹 = B 𝑟! 𝑟" 𝑟# C
𝐹! 𝐹" 𝐹#
Resolvendo o determinante:
1.4 – Equilíbrio
Quando um corpo (estrutura) está em equilíbrio isto quer dizer que ele está imóvel e a
resultante do somatório de todas as forças e momentos que atuam sobre este corpo são iguais a
zero. Logo as condições necessárias para um corpo estar em equilíbrio são:
D 𝐹 = 0 𝑒 D 𝑀 = 0
Apesar de todos os corpos serem tridimensionais, podemos tratá-los, em sua maioria, como
bidimensionais quando as forças as quais estes estão submetidos atuam em um único plano ou
podem ser projetadas em um plano somente, essa é uma facilitação muito empregada em
questões de engenharia.
Antes de partirmos para aplicação dos equacionamentos acima descritos nas resoluções de
questões é fundamental que você saiba representar esquematicamente o sistema isolado como
um único corpo, essa representação é denominada diagrama de corpo livre (DCL). Esta é a
primeira etapa e, a meu ver, a mais importante na solução de questões em mecânica.
Rolete
A força de contato é
compressiva e normal a
superfície. Uma incógnita. Em
superfícies rugosas existirá
uma força de atrito tangencial
F e uma componente
Superfície lisa
resultante R.
Duas incógnitas. As reações
são duas componentes no
eixos x e y. Quando o pino
não tiver liberdade de
rotação ele suportará um
Pino momento M também.
As reações em um engaste
são: Força axial F, Força
ou cortante V e momento fletor
M. Três incógnitas.
Apoio fixo ou engastado
A força resultante de uma
massa é o seu peso W, obtido
pela multiplicação da massa e
da atração da gravidade. Esta
sempre será na direção do
W=m.g centro da terra passando pelo
Atração da gravidade centro de massa G do corpo
analisado. Uma incógnita.
A força da mola é trativa se a
mola estiver esticada e
compressiva se estiver
comprimida. A força da mola
é obtida pelo produto de sua
Ação de uma mola rigidez k e a distância x,
F=k.x. Uma incógnita.
Não se esqueça de incluir no DCL TODAS as forças que possuem valores obviamente
desprezíveis. A tabela abaixo exemplifica o diagrama de corpo livre de vários sistemas.
(FUNDATEC/ALERS-2018) A figura abaixo representa uma empilhadeira com peso de 1.200 kgf,
carregando uma carga de 800 kgf. Assinale a alternativa que apresenta o valor mais aproximado
da força de reação em cada um dos dois pneus dianteiros.
a) 300 kgf.
b) 630 kgf.
c) 850 kgf.
d) 1.200 kgf.
e) 1.600 kgf.
Comentário:
Para a resolução da questão vamos iniciar com a montagem de nosso diagrama de corpo de livre.
Como estamos trabalhando com um problema em um sistema bidimensional vamos adotar o eixo
x e y com primeiro quadrante positivo. As forças irão atuar somente no sentido do eixo y devido
ao fato de as forças pesos atuarem perpendicularmente ao chão, não havendo reações no sentido
do eixo x. Logo o diagrama de corpo livre pode ser desenhado como:
0
! 𝐹𝑦 = 0 𝑒 ! 𝑀 = 0
7𝐶 + 𝑃'
𝑇 = 𝑃' + 𝐶 − 𝐷 𝑒 𝐷 =
4
Nota-se que o momento foi aplicado no ponto T, logos as distâncias 1, 7 e 4 foram adotadas para
as forças Pe, C e D respectivamente. Substituindo as incógnitas pelos valores correspondentes na
equação obtemos D=1700kgf e T=300kgf. Como no enunciado pede a reação em cada um dos
DOIS pneus dianteiros dividimos 1700/2 e obtemos que a reação em cada pneu será de 850kgf.
Logos a alternativa C está CORRETA e é o gabarito da questão.
resolva algumas questões na nossa bateria no fim da aula e após a compreensão dos temas
anteriores retome o estudo a partir deste ponto.
Por favor, não hesite em me procurar em nosso fórum de dúvidas para que você não fique
com dúvidas para trás. Borá para o estudo de treliças?!?!
Neste tópico iremos analisar as forças que atuam internamente em diversas estruturas de
engenharia dando enfoque em treliças, suportes e máquinas. A análise das reações desconhecidas
nestas estruturas, pode ser realizada através da correta concepção do diagrama de corpo livre e
aplicação das equações de equilíbrio.
Uma treliça simples pode ser formada por três barras unidas por
pinos em suas extremidades, constituindo uma estrutura rígida. A figura
abaixo representa diversos tipos de configurações de treliças que podem ser exemplificadas como
treliças planas.
desprezados, contudo quando o peso deve ser considerado é comum atribui-lo como uma força
vertical distribuída igualitariamente entre as extremidades de cada elemento. Por fim, devemos
considerar que os elementos que compõe a treliça são interligados entre si por pinos lisos, assim
cada elemento atua como uma barra de duas forças.
No método dos nós devemos sempre começar a análise naquele que possui apenas uma
força conhecida e não mais que duas desconhecida. Dessa forma aplicando as duas equações de
equilíbrio (∑ 𝐹! = 0 𝑒 ∑ 𝐹" = 0) teremos duas equações algébricas para duas incógnitas.
Nó D
FDE
FDC
20 kN
Nó E
FDE
FEF
FEC
FEC
FDC
Nó C
FCF
FBC
D 𝐹! = 0 => −𝐹𝐶𝐹 + 𝐹𝐷𝐶! = 0 => −𝐹𝐶𝐹 + (−20 𝑘𝑁) = 0 => 𝐹𝐶𝐹 = −20 𝑘𝑁 (𝐶)
D 𝐹" = 0 => −𝐹𝐵𝐶 + 𝐹𝐸𝐶 + 𝐹𝐷𝐶" = 0 => −𝐹𝐵𝐶 + (−20 𝑘𝑁) + (−20 𝑘𝑁) = 0
As treliças são muitos utilizadas em engenharia pois, suas barras sofrem esforços axiais,
não havendo transmissão de momento fletor entre seus elementos. As forças são somente de
tração ou compressão devido ao fato de todos os pontos que ligam os elementos serem livres de
rotação.
Para que uma treliça seja estável ela deve satisfazer a seguinte equação:
Para análise estrutural de treliças também existe o método das seções. Este método parte
do princípio de que se um corpo está em equilíbrio, qualquer parte deste também está em
equilíbrio. Como o nome do método já diz, podemos utilizá-lo para seccionar os elementos de
uma treliça. No entanto, como existem apenas três equações de equilíbrio devemos “cortar” uma
seção por onde não passem mais do que três elementos com forças desconhecidas.
Este método pode ser mais eficaz, em treliças de grande porte, do que o método dos nós,
pois não precisa ser realizada a análise em cada ponto de ligação dos elementos. No entanto cabe
a você caro concurseiro, a escolha de qual método é o mais adequado para a resolução das
questões na hora de sua prova. Como não há grande incidência de questões de treliças em provas
de engenharia, acredito que dominando o método dos nós, que na minha opinião é mais simples,
você já conseguirá acertar as questões sobre o tema. O método das seções será abordado mais
adiante nesta aula nos estudos dos efeitos internos.
Por fim, o método dos nós desenvolvido para treliças planas também pode ser utilizado
para treliças espaciais, satisfazendo a equação vetorial ∑ 𝐹 = 0, para cada nó. Nesse caso, podem
estar envolvidas um grande número de equações, em que se torna necessário soluções
computadorizadas.
Ainda dentro da análise de estruturas, vamos ao estudo de suportes e máquinas que são
estruturas que possuem ao menos um elemento multiforça. Estes elementos recebem essa
denominação por possuírem três ou mais forças atuando sobre si geralmente em direções
diferentes dos elementos, portanto não podemos utilizar o método das seções ou nós para realizar
a análise destas estruturas.
Para uma resolução facilitada destes tipos de sistemas devemos realizar o diagrama de
corpo livre da seguinte maneira:
Vejamos um exemplo na figura abaixo onde temos um suporte sustentando uma carga.
Desprezando os pesos dos elementos, vamos calcular todas as forças que atuam na estrutura,
iniciando com o DCL da parte externa.
Feito isso podemos aplicar as equações de equilíbrio em cada elemento e calcular todos os
esforços do sistema. Analisando o elemento CE, aplicando as equações de equilíbrio obtemos as
seguintes relações:
1 1
𝐸# = 𝐸" 𝑒 𝐶# = 𝐶"
2 2
No diagrama de corpo livre da polia fica nítido que as reações no ponto F são iguais a
carga de tração no cabo. Conhecidas algumas das forças, vamos a análise do elemento BF:
Por inspeção notamos que os valores de Ex e Cx são iguais, assim podemos analisar o
elemento AD que nos resta para descobrirmos se todos os esforços calculados na estrutura estão
corretos. Para T= tração no cabo = 4kN, vejamos:
! 𝐹# = 0 => −𝐶# + 𝐵# + 𝐴# = 0
Caro aluno(a), até o momento tratamos as forças em nossas aulas apenas como sendo
concentradas em um único ponto. Como introdução a este tópico, vamos abordar as forças de
maneira distribuída tentando abordar a real situação de contato. Basicamente existem três tipos
de forças distribuídas, que são:
Distribuição linear: ocorre quando a força está disposta ao longo de uma linha como carga
vertical em que a carga w possui a unidade de [N/m].
Distribuição em uma área: quando uma força está disposta sobre uma área, como a
pressão que a água exercer sobre as paredes de um balde de água. A intensidade da força é dada
em [N/m2].
Distribuição Volumétrica: ocorre quando uma força está distribuída sobre o volume de
um corpo. A força de corpo mais comum é a atração da gravidade. A Figura abaixo exemplifica os
três tipos de forças distribuídas. Vejamos:
DISTRIBUIÇÃO AO
DISTRIBUIÇÃO LINEAR LONGO DE UMA DISTRIBUIÇÃO VOLUMÉTRICA
ÁREA
∫ 𝑥. 𝑑𝑚 ∫ 𝑦. 𝑑𝑚 ∫ 𝑧. 𝑑𝑚
𝑥̅ = 𝑦Z = 𝑧̅ =
𝑚 𝑚 𝑚
∫ 𝑟. 𝑑𝑚
𝑟̅ =
𝑚
Uma vez que uma figura ou um corpo pode ser apropriadamente dividido em mais de
uma parte cujos centro de massa sejam facilmente determinados, usamos o princípio dos
momentos e adotamos cada uma dessas partes como um elemento finito do íntegro. Assim
podemos encontrar as coordenadas do centro de massa de um corpo, na direção x, através do
somatório de cada parte da seguinte forma:
Relações similares podem ser utilizadas para linhas, áreas e volumes compostos, em que
m é substituído por L, A e V respectivamente. Em questões de concursos, há maior incidência de
cobrança de centróide para áreas. Vejamos uma representação em que o centroide de uma
determinada área pode ser adotado como:
Para determinarmos o
centróide da área indicada, devemos
adotar o eixo de coordenadas e dividi-
la em dois retângulos. Conforme a
figura ao lado.
∑ 𝐴. 𝑦Z 328 × 10(
𝑌Z = = = 58,6 𝑚𝑚
∑𝐴 5,6 × 10(
Como visto no exemplo, usualmente questões em provas que envolvem centróide tratam
a respeito de figuras geométricas comuns como triângulos, retângulos e círculos ou a combinação
desses. Como o tempo médio para resolução de questões não pode ser muito grande a ponto de
você realizar uma integração durante sua prova, você decorando as coordenas X e Y desses
elementos e sabendo realizar o cálculo das coordenadas C e Y do centróide de figuras compostas,
poderá ser o suficiente para a resolução da grande maioria de questões envolvendo centróide de
área.
Vejamos a tabela abaixo que traz as propriedades das três principais figuras planas:
Retângulo
𝒃 𝒉
c
𝒙= c = → 𝑨 = 𝒃. 𝒉
𝒆 𝒚
𝟐 𝟐
Círculo
𝐷 𝐷 𝐷 $
𝑥̅ = 𝑒 𝑦Z = → 𝐴 = 𝜋. 9 :
2 2 2
Triângulo 𝑎+𝑏 ℎ
𝑥̅ = 𝑒 𝑦Z =
3 3
Agora que sabemos determinar o centro de massa de corpos, podemos analisar esforços
em vigas com cargas distribuídas. Vigas são corpos estruturais que resistem a flexão devido a
carga aplicadas, com certeza são os principais elementos estruturais existentes no mundo da
engenharia.
Existem dois tipos de classificação para as vigas que são as estaticamente determinadas
e as estaticamente indeterminadas. As vigas que se encontram apoiadas, de maneira que
podemos calcular as reações aos seus apoios externos aplicando somente os métodos estudados
até agora na estática, são chamadas de vigas estaticamente determinadas. Vigas que possuem
mais pontos de apoios do que o necessário para que estejam em equilíbrio, são denominadas
estaticamente indeterminadas. Vejamos alguns exemplos:
VIGAS ESTATICAMENTE
VIGAS ESTATICAMENTE DETERMINADAS
INDETERMINADAS
Simples
Contínua
Em balanço
Em balanço com extremidade apoiada
Conjugada
Engastada
Podemos também identificar as vigas pelos tipos de carregamentos externos a qual estão
expostas. Estas podem sofrer cargas concentradas, como vistas na figura acima ou distribuídas,
conforme a figura abaixo.
Por fim, a força resultante da concentração de uma força distribuída em uma viga sempre
estará localizada no centróide da área em consideração. Portanto, podemos considerar uma carga
distribuída concentrada em apenas uma resultante em um ponto e, assim, poderemos analisar os
esforços em uma viga com carga distribuída através de análise estática direta.
𝑅 = s 𝑤. 𝑑𝑥
momento de segunda ordem de uma área, que denominamos de momento de inércia. Para uma
área inteira o momento de inércia é determinado pelas seguintes integrais:
𝐼! = s 𝑦 $ 𝑑𝐴 𝐼" s 𝑥 $ 𝑑𝐴
𝐽) = s 𝑟 $ 𝑑𝐴 = 𝐼! + 𝐼"
Os momentos de inércia sempre serão positivos e suas unidades sempre serão em alguma
unidade de comprimento elevada a quarta potência.
Prezado estrategista, como dito anteriormente, durante sua prova não é comum a
necessidade da realização de integrais para a resolução de questões. Portanto, as fórmulas para
calcular o momento de inércia de uma área simples, de figuras geométricas retangulares e
circulares, devem ser obrigatoriamente de seu conhecimento. Vejamos a tabela abaixo onde
temos os principais momentos de inércia.
1 1 (
𝐼! ! = 𝑏ℎ( ; 𝐼" ! = 𝑏 ℎ
12 12
1 1
𝐼! = 𝑏ℎ( ; 𝐼" = 𝑏 ( ℎ
3 3
1
𝐽* = 𝑏ℎ(𝑏 $ + ℎ$ )
12
1 1
𝐼! ! = 𝑏ℎ( ; 𝐼! = 𝑏ℎ(
36 12
1
𝐼! = 𝐼" = 𝜋𝑟 +
4
1
𝐽) = 𝜋𝑟 +
2
Se o momento de inércia de uma área situada em torno de um eixo centroide for conhecido,
é possível determinar o momento de inércia da área em torno de um eixo paralelo
correspondente através do TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS. Esse teorema é muito utilizado
na hora de calcularmos o momento de inércia de áreas compostas. As equações que definem o
teorema dos eixos paralelos são:
𝐼! = ZZZZ
𝐼! ! + 𝐴𝑑"$ ; 𝐼" = 𝐼ZZZZ $ c
" ! + 𝐴𝑑! ; 𝐽) = 𝐽* + 𝐴𝑑
$
Essas equações definem que o momento de inércia de uma área em torno de um eixo é
igual ao momento de inércia em torno de um eixo paralelo que passa pelo centroide, somado ao
produto entre a área e o quadrado da distância perpendicular entre os eixos. Para finalizar,
devemos ter em mente que o teorema dos eixos paralelos só pode ser utilizado se um dos eixos
for um eixo centroidal.
Para determinarmos o momento de inércia do círculo devemos aplicar o teorema dos eixos
paralelos. Sabendo-se que a área do círculo é 𝜋𝑟 $ e a distância entre os eixos é d=100mm
obtemos:
Para finalizarmos, notamos que a figura mostra que a área do círculo é vazada, logo o momento
de inércia da nossa área composta será o momento de inércia do retângulo subtraído o
momento de inércia da área circular. Portanto:
Por fim vejamos uma tabela com as equações para o cálculo de momento de inércia de
massa de um corpo distribuída em seu volume de acordo com as características geométricas
destes.
MOMENTO DE
FORMATO DO CORPO
INÉRCIA DE MASSA
Após estudarmos como podemos reduzir uma força distribuída em uma ou mais forças
concentradas e também a determinação das reações externas atuantes em um corpo, passaremos
agora ao estudo dos esforços internos sofridos por um corpo a partir dos princípios da estática.
Uma viga, além de suportar tensões trativas e compressivas, pode estar sujeita a
cisalhamento, flexão e torção, conforme a figura abaixo podemos perceber como cada tipo de
esforço age sobre o corpo rígido.
Além do momento fletor e da força de cisalhante um corpo está sujeito a força normal N,
que age perpendicularmente à área conforme a figura acima.
(UECE-DETRAN/CE - 2018) A barra "AB", representada na figura abaixo, está submetida aos
carregamentos pontuais, onde F = 8,00 kN e M = 10,00 kN.m.
Comentário:
A partir dos princípios do equilíbrio, adotando com convenção o sinal positivo para o
momento no sentido anti-horário, temos que:
Agora para definirmos a força de cisalhamento Vc, o momento fletor Mc, no ponto C, que
está a uma distância x de nossa origem, devemos seccionar (cortar) a nossa barra no local. Observe
que como não possuímos grandezas atuando no sentido do nosso eixo X, nossa força normal será
igual a zero, ou seja, não teremos força normal atuante em nossa seção transversal. Vejamos como
ficará o DCL:
Uma dica importante é que para encontrarmos os esforços no ponto D podemos realizar o
cálculo partindo da outra extremidade da barra, lado direito. Ficaremos com bem menos
incógnitas tornando o cálculo simplificado, contudo lembre-se que o sentido positivo do momento
fletor e da força cortante são diferentes neste caso. Vejamos:
𝑀𝑒 = −3,25. 𝑥 + 16
Agora encontradas as reações internas nas seções da barra entre as posições dos esforços
externos, vamos representar graficamente a força cortante V e o momento fletor M.
Se as resultantes tiverem
sinal algébrico negativo, o
sentido direcional
admitido para a resultante
será oposto ao mostrado.
Finalizamos aqui o estudo da estática. Caso tenha ficado alguma dúvida retome o tópico,
respire fundo e de mais uma lida, se precisar sinta-se à vontade para me procurar que iremos sanar
todas as dúvidas. Passaremos agora para a resistência dos materiais!
2.1 – Tensão
Na seção 1.7 desta aula estudamos os efeitos internos em um corpo. Neste tópico da nossa
aula, estudaremos a tensão que descreve a intensidade da força interna sobre uma área (plano
específico) que passa por um ponto.2 Existem dois tipos de tensão que são tensão normal e
tensão de cisalhamento.
A tensão normal é aquela que age perpendicularmente a uma área. Se ela tracionar o
plano (área) será chamada de tensão de tração. Caso ela comprima o elemento de área será
denominada tensão de compressão.
Para se determinar a tensão média em uma barra com carga axial devemos partir de duas
premissas que são:
1 - A barra deve permanecer reta antes e de pois da aplicação da carga. Também a seção
transversal precisa se manter plana durante a deformação.
2 - Para haver uma deformação uniforme na barra é preciso que a carga seja aplicada ao
longo do eixo do centróide do material e que este seja homogêneo e isotrópico.
2 2
R.C. Hibbeler – Resistência dos Materiais.
Materiais homogêneos são aqueles que tem as mesmas propriedades físicas e mecânicas
em todo o seu volume. Materiais isotrópicos são aqueles que possuem as mesmas propriedades
em todas as direções. Logo, materiais anisotrópicos possuem propriedades diferentes em
direções diferentes, e ainda a anisotropia pode ser orientada ao longo do eixo da barra, sendo
assim a barra se deformará uniformemente quando submetida a uma carga axial.
𝑃
𝜎=
𝐴
Onde: 𝜎 = tensão normal média; P = força normal interna resultante, determinada pelo
método das seções; e A = Área da seção transversal da barra.
Vejamos uma figura ilustrando as tensões normais de tração e compressão em uma barra.
Tensão de cisalhamento é aquela que age tangencialmente a área, ou seja, é aquela que
age no plano da área seccionada. Uma tensão de cisalhamento aplicada a um material homogêneo
e isotrópico produzirá somente deformação por cisalhamento no mesmo plano. Logo, a tensão
de cisalhamento média é definida por:
𝑉
𝜏.é0 =
𝐴
Analisando a imagem notamos que o equilíbrio de forças e momentos fazem com que a
tensão de cisalhamento agindo sobra a face superior do elemento seja acompanhada pelas demais
tensões que agem sobre as outras três faces.
No primeiro caso as chapas AB são interligadas pelo rebite CD. Já no segundo caso (cisalhamento
duplo) as chapas CD são utilizadas para conectar as chapas A e B.
𝜎123 𝜏123
𝐹𝑆 = 𝑒 𝐹𝑆 =
𝜎40. 𝜏40.
Sempre devemos adotar o FS como um valor maior do que 1 para evitarmos falhas no
material. Além disso a correta escolha do fator de segurança para diferentes aplicações deve levar
em consideração sempre alguns fatores como os que seguem:
Ø Modificações que ocorrem nas propriedades dos materiais durante a fabricação das peças.
Ø A fadiga do material, que ocorre quando um material é submetido a tensões ou
deformações cíclicas. Isto nada mais é que o número de vezes que a carga será aplicada
durante a vida útil da estrutura ou máquina.
Para encerramos a seção 2.1 de nossa aula, os fatores de segurança geralmente são
adotados de acordo com as normas técnicas e códigos de construção escritos por comitês. Com
isso finalizamos o estudo das tensões. Agora vamos ao estudo das deformações.
Prezado aluno(a), quando sujeitamos um corpo a algum tipo de carga este pode sofrer
alterações em seu tamanho ou formato. Essas alterações são denominadas deformações que
podem ou não serem visíveis. Por exemplo uma borracha pode sofrer uma grande deformação ao
ser esticada enquanto uma ponte sofre uma pequena deformação enquanto os veículos
∆𝑠 5 − ∆𝑠
𝜖.é0 =
∆𝑠
Para se determinar a relação entre a tensão normal média e a deformação normal média
de materiais metálicos, cerâmicos, poliméricos e compósitos é utilizado o ensaio de tração ou
compressão. Basicamente um corpo de prova com dimensões padronizadas é colocado em uma
máquina de testes em que o material será alongado lentamente até atingir sua tensão de ruptura.
Neste ensaio, a carga aplicada é dada pela máquina e a partir do corpo de prova, podemos
obter o alongamento (𝛿 = 𝐿 − 𝐿6 ) deste, que é a diferença entre o comprimento final e o inicial.
Com os dados obtidos no ensaio de tração também é possível calcular os valores da tensão
nominal ou tensão de engenharia através da divisão entre a grandeza da carga aplicada (P) e a
área da seção transversal do corpo de prova A0. Vejamos:
𝑃
𝜎=
𝐴6
𝛿
𝜖=
𝐿6
Escoamento: Região da curva tensão X deformação onde o material atinge o seu limite de
escoamento ocorrendo deformação plástica no material, isto indica que este se deformou
permanentemente resultando no seu colapso.
𝐿123 − 𝐿6
𝑃𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = . (100%)
𝐿6
𝐴123 − 𝐴6
𝑃𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 á𝑟𝑒𝑎 = . (100%)
𝐴6
𝜎 = 𝐸. 𝜖
Resiliência: capacidade que o material possui para absorver energia em sua região de
comportamento elástico.
Tenacidade: capacidade que o material possui para absorver energia até a sua ruptura,
nada mais é do que a energia mecânica necessária para se levar um material ao rompimento.
Elasticidade: capacidade que o material possui para se deformar, ao ser sujeitado a uma
carga, e retornar a sua forma original após a retirada dos esforços.
Agora que conhecemos as principais propriedades mecânicas dos materiais obtidas através
do ensaio de tração, podemos determinar o coeficiente de Poisson. Uma vez que dentro da faixa
elástica, submetemos um corpo a uma força de tração axial este tende a sofrer alongamento e
contração lateralmente. Pense em uma tira de borracha quando esticada o comprimento desta
aumenta enquanto sua largura diminui.
Analogamente, quando aplicamos uma tensão trativa em uma barra ocorre um aumento de
seu comprimento e uma redução de seu raio, assim a deformação axial ou longitudinal e a
deformação lateral ou radial podem ser obtida pelas seguintes expressões:
𝛿 𝛿′
𝜖7)89 = 𝑒 𝜖74: =
𝐿 𝑟
Encerramos aqui o estudo das deformações e propriedades dos materiais. Vimos neste
tópico que através do ensaio de tração, realizado em um corpo de prova com dimensões
conhecidas, podemos obter o diagrama de tensão-deformação do material. Neste gráfico a
tensão fica no eixo vertical enquanto a deformação está no eixo horizontal e com esses dados
diversas propriedades mecânicas do material ensaiado podem ser analisadas.
Caro estrategista, passaremos agora ao estudo de métodos para determinação das reações
de apoios quando estas não puderem ser determinadas pelas equações de equilíbrio. Bora lá?!
Quando uma barra está carregada axialmente em uma extremidade e presa a um apoio na
outra, ela se deforma elasticamente ao longo do eixo de seu centroide, contudo a deformação
localizada em um ponto mais distante de onde a carga está sendo aplicada é praticamente
desprezível, enquanto na região próxima da carga a deformação é maior.
𝑃. 𝐿
𝛿=
𝐴. 𝐸
Caso haja mudança repentina na área da seção transversal de uma barra ou de seu módulo
de elasticidade podemos calcular o deslocamento entre as extremidades da barra como o
somatório das deformações de cada segmento. Vejamos:
𝑃. 𝐿
𝛿=D
𝐴. 𝐸
Caso na hora de sua prova você não se lembre desta equação, você pode chegar
até ela a partir da manipulação algébrica de equações conhecidas, como a lei de
Hooke, a de tensão normal e a de deformação de engenharia. Vejamos:
Comentário:
Como visto em aula, no princípio de Saint-Venant, quando há mudança repentina na área da seção
transversal de uma barra ou de seu módulo de elasticidade podemos calcular o deslocamento
entre as extremidades da barra como o somatório das deformações de cada segmento. Assim
temos que:
<.>" <.>% <.>& < > > >
𝛿; = 𝛿& + 𝛿$ + 𝛿( ou seja 𝛿; = , +, +, = ? ∙ •," + ,% + ,& •
".$ %.$ &.$ " % &
+↑ D 𝐹 = 0 ; => 𝐹@ + 𝐹, − 𝑃 = 0
Neste caso um deslocamento entre uma extremidade da barra seria igual ao da outra que
seria igual a zero devido a fixação em ambos os apoios da barra. Assim obtemos:
𝐹, . 𝐿,B 𝐹@ . 𝐿B@
𝛿,/@ = 0 => − =0
𝐴. 𝐸 𝐴. 𝐸
Assim possuímos duas equações para duas incógnitas (FA e FB). Substituindo uma na outra
chegamos as seguintes expressões:
𝐿B@ 𝐿,B
𝐹, = 𝑃 9 : 𝑒 𝐹@ = 𝑃 9 :
𝐿 𝐿
Caro estrategista, a partir desta análise nota-se que as reações em uma barra
estaticamente indeterminada podem ser encontradas pelos princípios de equilíbrio e por
condições de compatibilidade que apresentem o deslocamento nos apoios. Com isso encerramos
está seção de nossa aula e vamos ao estudo da torção.
2.4 – Torção
Neste tópico de nossa aula vamos estudar tensões e deformações sofridas por peças com
seção transversal circular, submetidas a torção. Esses efeitos são chamados de momento torçor
ou de torção ou torque (T). A figura abaixo exemplifica um eixo longitudinal sem e com
deformação ocasionada pela sua torção.
Círculos continuam
circulares
Linhas longitudinais
ficam torcidas
Linhas radiais
continuam retas
𝑇. 𝑐
𝜏.á! =
𝐽
Em que T é o torque interno resultante agindo na seção transversal, que pode ser calculado
pelo método das seções combinado com a aplicação das equações de equilíbrio de momento
aplicada a linha centroidal do eixo, J é o momento polar de inércia da área e c é o raio externo do
eixo analisado.
𝜋 +
𝐽= 𝑐
2
Para casos onde o eixo for tubular o momento de polar de inércia da seção transversal será
determinado pela diferença entre o raio externo e o raio interno. Vejamos:
𝜋 + +
𝐽= (𝑐 − 𝑐D8: )
2 '!:
Essas equações de torção são baseadas em situações em que o torque resultante na seção
transversal do eixo seja igual ao torque produzido pela distribuição linear da tensão de
cisalhamento em torno da linha central longitudinal do eixo. Portanto, o eixo ou tubo necessita
apresentar seção transversal circular e ser composto por um material homogêneo.
Outro fator importante em projetos de eixos é o ângulo de torção ao qual este pode ser
sujeitado ao ser submetido a um torque. Quando se admite o torque e a área da seção transversal
como constantes e que também o módulo de elasticidade ao cisalhamento do material (G) seja
constante chegamos a seguinte expressão algébrica para o ângulo de torção (𝜙):
𝑇. 𝐿
𝜙=
𝐽. 𝐺
𝜙,/@ = 0
𝑇, 𝐿,B 𝑇@ 𝐿@B
− =0
𝐽. 𝐺 𝐽. 𝐺
𝐿@B
𝑇, = 𝑇 9 :
𝐿
𝐿,B
𝑇@ = 𝑇 9 :
𝐿
Para encerrarmos o tema, devemos saber que em alguns casos podemos ter a necessidade
de converter a potência gerada em um eixo rotativo em torque. Para isso a seguinte fórmula
pode ser utilizada:
𝑃 = 𝑇. 𝜔
𝑃 = 2𝜋𝑓. 𝑇
Assim encerramos o estudo da torção e passamos agora ao estudo da flexão. Vamos lá?!
2.5 – Flexão
Caro aluno(a), nesta seção vamos estudar a flexão. Iniciaremos com uma abordagem da
construção dos diagramas de força cortante e momento fletor para uma viga ou eixo, pois para
determinarmos a tensão de flexão devemos determinar o momento interno de uma seção.
Como você deve lembrar, na seção 1.7 de nossa aula, em estática, já abordamos
previamente como se é efeito o cálculo dos esforços internos em vigas. Vamos revisar brevemente
As vigas são elementos longos e retos e são fabricadas para suportar cargas
perpendiculares ao seu eixo longitudinal. Classificamos as vigas de acordo com o formato que
estas são apoiadas, sendo elas simplesmente apoiadas, em balanço ou apoiadas com uma
extremidade em balanço. Vejamos a figura abaixo.
Quando se é projetada uma viga devemos conhecer os pontos, ao longo de seu eixo, em
que a variação do cisalhamento e do momento fletor são máximos. Com isso, e com a adoção
de uma correta convenção de sinal para cisalhamento e momento positivos, é possível encontrar
seus valores em função da posição ao longo do eixo x da viga e, assim, podemos representá-los
graficamente nos chamados diagramas de momento fletor e força cortante.
Vejamos uma imagem com a convenção de sinal que adotada para a determinação da
força de cisalhamento e momento fletor de acordo com o lado do “corte” realizado na viga.
Na figura acima, temos uma viga com engaste a esquerda e outra com engaste a direita.
Para a construção dos diagramas de força cortante e momento fletor devemos adotar o
seguinte procedimento:
Quando uma viga está sujeita a vários carregamentos determinar o diagrama de momento
fletor e força cortante pode ser complicado. Para facilitar existe um método baseado em duas
relações diferenciais que existem entre carga distribuída, cisalhamento e momento. Essas
relações são:
𝑑𝑉
= −𝑤(𝑥)
𝑑𝑥
𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑎𝑔. 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 = −𝑖𝑛𝑡𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢í𝑑𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜
𝑑𝑀
= 𝑉
𝑑𝑥
𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑎𝑔. 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 = 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜)
Quando tivermos uma carga igual a zero o diagrama de força cortante terá um
comportamento constante e o diagrama de momento fletor terá um comportamento linear. Para
um carregamento constante o comportamento da curva da força cortante será linear e do
momento fletor será quadrático. Por fim, para um carregamento linear o diagrama de força
cortante será quadrático e o de momento fletor será cúbico.
V (força M (momento
w (carga)
cortante) fletor)
DIAGRAMA DE DIAGRAMA DE
CARREGAMENTO
FORÇA CORTANTE MOMENTO
A força P para baixo faz a força cortante V saltar de V1 para V2. No diagrama de momento a
inclinação constante muda de V1 para V2
Não há variação na força cortante. Inclinação positiva constante e como o momento aplicado é
anti-horário o momento fletor salta para baixo.
Inclinação negativa para a força cortante e inclinação positva para o momento fletor.
𝑀. 𝑐
𝜎.á! =
𝐼
Em que M = o momento interno resultante, calculado pela análise dos efeitos internos; I =
o momento de inércia da área da seção transversal em torno da linha neutra; e c = a distância
perpendicular do eixo neutro a um ponto mais afastado deste onde agirá a tensão máxima 𝜎.á! .
Vejamos afigura abaixo.
𝑀. 𝛾
𝜎=−
𝐼
Cabe destacar que neste caso, 𝜸 é a distância medida perpendicularmente entre o eixo
neutro até o ponto onde a tensão normal deve ser determinada e o sinal é negativo devido a
convenção de sinais e esta ser uma tensão de compressão.
Caro estrategista, neste tópico da nossa aula vamos abordar a análise de tensão em vasos
de pressão de paredes finas.
𝑟
≥ 10
𝑡
Aqui, cabe destacar, que exatamente quando a relação r/t for igual a 10 o
resultado para a análise de tensão apresentará um valor em torno de 4% menor
que a tensão máxima real do vaso.
Partindo do pressuposto que a parede do vaso é fina a variação de tensão por sua espessura
não é significativa, assim podemos adotar está como sendo constante. Assim, para vasos
cilíndricos, podemos determinar a tensão normal circunferencial (tangencial) uniforme que está
agindo em toda a parede do vaso pela seguinte expressão:
𝑃. 𝑟
𝜎*D1* =
𝑡
𝑃. 𝑟
𝜎7)89 =
2. 𝑡
Nota-se que a tensão circunferencial é duas vezes maior do que a tensão longitudinal ou
axial.
Em se tratando de vasos de pressão esféricos a tensão normal atuante pode ser calculada
pela seguinte expressão matemática:
𝑃. 𝑟
𝜎=
2. 𝑡
pré definidas e assim podemos obter a tensão de cisalhamento máxima e a tensão normal máxima
em ponto definido e assim determinar a orientação sobra a qual estas estão agindo.
Visto isso, podemos afirmar que se um estado de tensão em um ponto for conhecido, de
acordo com uma orientação determinada de um elemento do material, podemos então
determinar o estado de tensão para uma orientação diferente através das seguintes equações:
𝜎! + 𝜎" 𝜎! − 𝜎"
𝜎! ! = + cos 2𝜃 + 𝜏!" . 𝑠𝑒𝑛 2𝜃
2 2
𝜎! + 𝜎" 𝜎! − 𝜎"
𝜎" ! = − cos 2𝜃 − 𝜏!" . 𝑠𝑒𝑛 2𝜃
2 2
Note que a diferença entre as equações de 𝜎! ! 𝑒 𝜎" ! está na diferença do sinal em relação
a 𝜎! ! . Se ao calcular 𝜎" ! obtivermos um sinal negativo este indicará que a tensão age no sentido
de 𝑦 5 positivo. Vejamos agora a equação para a tensão de cisalhamento.
𝜎! − 𝜎"
𝜏!5"5 = . 𝑠𝑒𝑛 2𝜃 + 𝜏!" . 𝑐𝑜𝑠2𝜃
2
Caro aluno(a), em algumas questões de concursos você pode ser instado a calcular as
tensões principais e a tensão de cisalhamento máxima no plano. Como podemos notar
anteriormente os valores destas tensões dependem do ângulo 𝜃. Logo, devemos determinar o
ângulo da orientação para qual as tensões principais e de cisalhamento, no plano, sejam máximas
e mínimas. Para isso podemos utilizar a seguinte expressão matemática:
𝜏!"
𝑡𝑔 2𝜃3 =
(𝜎! − 𝜎" )
™
2
𝜎! + 𝜎" 𝜎! − 𝜎" $
𝜎&,$ = ± œ• • + 𝜏!" $
2 2
De acordo com o sinal escolhido para na resolução da raiz quadrada se obtém a tensão
principal normal máxima ou mínima que agem nos chamados planos principais onde nenhuma
tensão de cisalhamento age, ou seja, nesses planos 𝜏!" = 0.
(𝜎! − 𝜎" )
™
𝑡𝑔 2𝜃3 = − 2
𝜏!"
𝜎! − 𝜎" $
𝜏.á! 8) 3748) = œ• • + 𝜏!" $
2
𝜎! + 𝜎"
𝜎.é0 =
2
Para utilizarmos o círculo de Mohr, precisamos que cada plano seja representado, em um
sistema de coordenadas com 𝝈 no eixo das abscissas e 𝝉 no eixo das ordenadas. Como dito
anteriormente, nos planos das tensões principais a tensão de cisalhamento é zero, logo esses
planos são representados por pontos no eixo 𝜎.
Cabe destacar que com a representação gráfica do círculo de Mohr podemos obter as
seguintes observações:
Note que:
O centro do círculo está situado no eixo 𝝈 e que a tanto a tensão principal (normal) máxima
quanto a tensão principal mínima, estão localizadas nos pontos direito e esquerdo de intersecção
do círculo e do eixo 𝜎, respectivamente.
O centro do círculo de Mohr está localizado na média entre as tensões normais que atuam
neste plano.
O raio do círculo de Mohr, que pode ser obtido por relações trigonométricas, é igual a
tensão de cisalhamento máxima e mínima.
A tensão principal máxima 𝜎& pode ser determinada pela soma entre o raio e a tensão
normal média dos planos enquanto a tensão principal mínima é determinada pela diferença entre
o raio e a tensão normal média dos planos perpendiculares entre si.
Para finalizarmos o estudo das transformações de tensões no plano, vimos como podemos
determinar as tensões principais e de cisalhamento no plano e todas as demais grandezas
envolvidas através do círculo de Mohr. É de suma importância que você, caro estrategista, saiba
analisar todas as grandezas envolvidas no círculo de Mohr, pois este é um tema recorrente nos
concursos de engenharia.
𝛾!! "#
𝜖! ! 𝜖" !
2
𝛾!"
𝑡𝑔 2𝜃3 =
(𝜖! − 𝜖" )
Da mesma forma que para as tensões no plano, a deformação por cisalhamento máxima
no plano e a deformação média é dada por:
0𝜖! − 𝜖" 1
𝑡𝑔 2𝜃I = − ž Ÿ
𝛾!"
𝜖! + 𝜖"
𝜖.é0 =
2
Devemos saber que devido ao efeito de Poisson, o estado plano de deformação não se
caracteriza como um estado plano de tensão e vice-e-versa. Outro detalhe importante a se
ressaltar é que quando se representa um estado de deformação por suas componentes principais,
não haverá nenhuma deformação por cisalhamento agindo sobre este elemento.
1- Definir o eixo das coordenadas em que o eixo das abscissas seja a deformação normal 𝜖,
J
para direita positiva, e a ordenada represente metade da deformação por cisalhamento $.
𝛾!"
3- Marcar o ponto de referência com as coordenadas (𝜖! 𝑒 ™2).
4- Ligar o ponto A ao ponto central do círculo, podendo assim determinar o raio deste
através de relações trigonométricas.
Convenção de sinal
a) 240x10-6 e 50x10-6
b) 242,2x10-6 e -140,4x10-6
c) 242,2x10-6 e 140,4x10-6
d) 240x10-6 e 135x10-6
e) 240x10-6 e -135x10-6
Comentário:
Nesta questão é necessário o conhecimento do círculo de Mohr para deformação plana.
Nota-se que não é necessário a aplicação de nenhuma equação, mas sim a leitura correta deste.
Portanto, conforme cobrado na questão, as deformações principais (𝜖& 𝑒 𝜖$ ) são aquelas dadas
𝛾
pelos pontos de intersecção da circunferência e o eixo das abscissas (𝜖), onde ™2 = 0. Vejamos:
Algumas destas teorias podem ser exigidas em provas em questões teóricas. Vamos as suas
definições.
Teoria da tensão normal máxima: esta teoria propõe que um material frágil irá falhar
quando a sua tensão principal 𝜎& alcançar um valor limite igual ao limite de resistência à tensão
normal que este material consegue suportar em um ensaio de tração simples.
Cabe destacar, que devido a existirem imperfeições em materiais frágeis é difícil de prever
a ruptura sob tensão deste tipo de material, por isso teorias de falhas para materiais frágeis
devem ser utilizadas com cautela.
2.8 – Deflexão
𝑑𝜃
𝑘=
𝑑𝑥
𝑑$ 𝑣 𝑀
=
𝑑𝑥 $ 𝐸𝐼
Caro aluno(a), no curso de engenharia é muito importante se saber como é feita a dedução
de uma equação, contudo dificilmente em uma questão de concurso será exigido a dedução da
equação de deflexão para um carregamento desconhecido ou fora do comum. Logo, trouxe para
você uma tabela com as principais equações de deflexão e deslocamento máximo para os
principais tipos de carregamentos.
INCLINAÇÃO DEFLEXÃO
TIPO DE CARREGAMENTO DE (DESLOCAMENTO)
DEFLEXÃO MÁXIMO
𝑃. 𝐿$ 𝑃. 𝐿(
𝜃= 𝛿.á! =
2. 𝐸. 𝐼 3. 𝐸. 𝐼
𝑃. 𝑎$
𝑃. 𝑎$ 𝛿.á! = (3𝐿
𝜃= 6. 𝐸. 𝐼
2. 𝐸. 𝐼 − 𝑎)
𝑀. 𝐿 𝑀. 𝐿$
𝜃= 𝛿.á! =
𝐸. 𝐼 2. 𝐸. 𝐼
𝑤. 𝐿( 𝑤. 𝐿+
𝜃= 𝛿.á! =
6. 𝐸. 𝐼 8. 𝐸. 𝐼
Com o conhecimento das principais equações de deflexão de vigas e eixos encerramos este
tópico. Agora passamos ao último tema de nossa aula, flambagem.
𝜋 $ 𝐸. 𝐼
𝑃*1 =
𝐿$
A partir desta equação é determinado a equação para a tensão crítica (𝝈𝒄𝒓 ), que nada mais
é do que a tensão média na coluna imediatamente após ocorrer a flambagem. Como está é uma
tensão que ocorre dentro do regime elástico do material deve ser menor do que a tensão de
escoamento do material, satisfazendo a seguinte relação 𝜎*1 ≤ 𝜎' . Assim a tensão crítica pode ser
dada por:
𝜋$𝐸
𝜎*1 = $
0𝐿™𝑟1
Onde L/r é chamado de índice de esbeltez; e (r) é o raio de giração da área da seção
transversal da coluna dado pela raiz quadrada da divisão entre o menor momento de inércia pela
área da seção transversa (𝑟 = ¤𝐼/𝐴).
Como nem sempre as colunas são apoiadas por pinos, devemos conhecer como se
determina a carga crítica e a tensão crítica em colunas com diferentes tipos de apoios. As
equações para determinação dessas grandezas são muito parecidas com as citadas anteriormente,
mas devemos utilizar um coeficiente adimensional (K), chamado fator de comprimento efetivo.
Este valor, muitas vezes definido em norma, é representado de acordo com comprimento efetivo
da coluna, que é a distância sem apoio entre os pontos de momento nulo.
Assim a carga crítica e a tensão críticas para colunas com diferentes tipos de apoio são
obtidas por:
𝜋 $ 𝐸. 𝐼 𝜋$𝐸
𝑃*1 = 𝜎*1 = $
(𝐾. 𝐿)$ 0𝐾. 𝐿™𝑟1
TIPO DE APOIO K
Extremidade presa por pinos 1
Uma extremidade engastada e a outra livre 2
Duas extremidades engastadas 0,5
Extremidades engastadas e presas por pinos 0,7
Para finalizarmos a seção e, encerrarmos a nossa aula, é importante você saber que a
equação para determinação da carga crítica para uma coluna ideal é também conhecida como
equação de Euler. Muitas vezes o examinador pode exigir o conhecimento desses pequenos
detalhes para confundir você na hora de sua prova.
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ufa! Encerramos aqui o conteúdo de nossa aula 00, do nosso curso de Engenharia
Mecânica. Sei que a carga de informação para uma aula inicial foi grande, mas fique tranquilo que
a tendência é piorar! RsRsRs. Brincadeiras à parte, note que apenas em uma aula cobrimos um
vasto conteúdo3 que será muito importante durante o estudo de todo o nosso curso em outras
aulas mais adiante.
Conte comigo nesta caminhada para juntos alcançarmos o objetivo maior que é a sua
APROVAÇÃO. Caso tenha ficado alguma dúvida, não hesite em me procurar no fórum de dúvidas
ou em minhas redes sociais. Também não deixe de resolver todas as questões da nossa aula.
É isso! Espero que tenha gostado de nossa aula inicial. Nos vemos novamente na aula 01
do nosso curso em que iremos abordar a dinâmica e vibrações.
Forte abraço,
4.1 – Estática
3
Fontes bibliográficas utilizadas na aula:
J.L.Merian/L.G.Kraige – Estática, 6ed.; R.C. Hibbeler – Estática: Mecânica para engenhara 10ª ed;
R.C.Hibbeler – Resistência dos Materiais, 7ª ed.; F.P. Beer – Resistência dos Materiais, 3ª ed.
a) 480 N.
b) 400 N.
c) 360 N.
d) 320 N.
Comentário:
a) 1,25 kNm
b) 500 Nm
c) 1 kNm
d) 1,5 kNm
Comentário:
Comentário:
Esta questão é muito boa para praticarmos a nossa visualização de um sistema apenas com
a descrição deste. Para solucionarmos o problema vamos iniciar com o desenho do sistema e do
DCL.
A grande pegadinha da banca neste caso, foi considerar o peso da barra em seu centro de
gravidade. Portanto, além da força F estar ocasionando um momento em relação à O temos o
peso P agindo no sistema. Como o sistema está em equilíbrio e a banca pede o valor do momento
4. (IFSP/IFSP-2016) Uma caixa de massa desconhecida está suspensa por duas cordas que
estão sujeitas a ação de duas forças de tração, que medidas por um dinamômetro, resultou
em cada uma com o mesmo módulo de 100 N. Essas forças de tração nas cordas formam um
ângulo de 120º entre si. Para que esta caixa esteja em equilíbrio, admitindo a aceleração da
gravidade como 10 m/s2, é preciso que ela tenha uma massa de:
a) 6 kg
b) 8 kg
c) 10 kg
d) 12 kg
Comentário:
Para resolvermos a questão devemos montar o diagrama de corpo livre de acordo com a
descrição. Podemos notar que teremos duas cordas inclinadas com um ângulo de 120° entre elas
com força trativa de 100N segurando uma caixa, logo o nosso DCL ficará da seguinte maneira:
D 𝐹" = 0 = 𝑇1" + 𝑇2" − (𝑚. 𝑔) => 𝑇1. cos 60 + 𝑇2. cos 60 − (𝑚. 10) = 0 => 𝑚 = 10𝑘𝑔
Essas barras são rotuladas no ponto B e têm as outras extremidades presas às rótulas A e C, ambas
localizadas na mesma linha horizontal AC. A linha vertical BD é 20 vezes menor que os
comprimentos AB e BC (BD=AB/20, AB=BC). As tensões (forças de tração) nas barras AB e BC
para que o peso P seja suportado são expressas por:
a) 0,05P;
b) 0,1P;
c) P;
d) 10P;
e) 20P.
Comentário:
𝐴𝐵
𝐵𝐷 1
cos 𝜃 = = 20 =
𝐴𝐵 𝐴𝐵 20
Encontrado o valor de cos θ podemos partir para a decomposição das forças trativas
decompostas no eixo Y nas duas barras a partir do DCL:
igualmente podemos simplificar o nosso diagrama de corpo livre conforme a figura a direita acima.
Para finalizarmos aplicamos as equações de equilíbrio no eixo y, decompondo a força trativa de
acordo com seu cosseno diretor, para obtermos a resposta. Vejamos:
𝑃 𝑃
D 𝐹" = 0 = 2. 𝑇" − 𝑃 = 2. (𝑇. cos 𝜃) − 𝑃 => 𝑇 = = => 𝑇 = 10𝑃
2. cos 𝜃 2. 1
20
Comentário:
Esta é uma questão simples, mas que exige a percepção de que devemos realizar o
somatório de momento no lado direito (ponto B) da nossa viga, pois ela está apoiada em ambos
os lados. Vamos a concepção de nosso DCL:
8. 𝐹. 𝐿
! 𝑀& = 0 => 2𝐹. 3𝐿 + 𝐹. 2𝐿 − 𝑅𝐴. 4𝐿 = 0 => 𝑅𝐴 = = 2𝐹
4. 𝐿
(Dimensões em mm)
Assumindo π = 3, a constante k da mola BC, para que o sistema esteja em equilíbrio, vale
a) 10 kN/m
b) 20 kN/m
c) 30 kN/m
d) 40 kN/m
e) 50 kN/m
Comentário:
Para solucionarmos esta questão, devemos perceber que, para o sistema satisfazer as
equações de equilíbrio, a força elástica da mola deve anular a componente de força
perpendicular a polia, da força peso. Vejamos o diagrama de corpo livre:
Neste caso o somatório dos momentos causados entre componente perpendicular a polia
(P.sen 30°) e a força elástica (Fel) da mola deve ser igual a zero. Assim obtemos:
! 𝑀 = 0 => (𝑃. 𝑠𝑒𝑛 30°). 0,2 − 𝐹𝑒𝑙. 0,1 = 0 => 𝐹𝑒𝑙 = 2000𝑁.
Para finalizarmos, devemos encontrar a constante k da mola. Sabemos que a força elástica
da mola é obtida através do produto entre a rigidez (k) e a distância, deslocamento (x) da mola.
Nesta questão, o segredo é entender que o deslocamento x da mola é referente a inclinação de
30° (p/6 rad) da alavanca onde o peso atua na extremidade, portanto sabendo que o perímetro
da circunferência é 2pR e, 2p corresponde a 360°, para 30° o deslocamento x será igual a:
𝜋
𝑥= . 𝑅 = 0,05𝑚
6
𝐹𝑒𝑙
𝐹𝑒𝑙 = 𝑘. 𝑥 => 𝑘 = => 𝑘 = 40𝑘𝑁/𝑚
𝑥
Com base nos dados apresentados, os módulos das forças C e T são, respectivamente, em kN,
iguais a
a) 2,1 e 2,1.
b) 3,03 e 2,4.
c) 3,03 e 9,09.
d) 9,09 e 2,4.
Comentário:
Para resolvermos está questão devemos basicamente avaliar um nó de uma treliça. Neste
caso possuímos duas incógnitas e temos duas equações de equilíbrio, portanto é possível
solucionarmos. Vamos ao DCL:
Devemos determinar as forças C e T em laranja. Para isso vamos a decomposição das forças
inclinadas e a aplicação das equações de equilíbrio. Vejamos:
8𝑘 − 𝐶. 𝑠𝑒𝑛 20°
−8𝑘 + 𝐶. 𝑠𝑒𝑛 20° + 𝑇. cos 40° = 0 => 𝑇 =
𝑐𝑜𝑠. 40°
8𝑘 − 𝐶. 𝑠𝑒𝑛 20°
b c . 𝑠𝑒𝑛 40° = 3𝑘 + 𝐶. cos 20° => 𝐶 = 3,03𝑘𝑁 𝑒 𝑇 = 9,09𝑘𝑁
𝑐𝑜𝑠. 40°
Comentário:
Podemos resolvê-la matematicamente via integral ou via fórmula direta de acordo com as
propriedades de figuras planas. Como a intenção é não perdermos tempo vamos resolvê-la
diretamente. Vejamos:
a) 80KN
b) 50KN
c) 25KN
d) 10KN
e) 85KN
Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Note que apenas com a análise da
viga seria possível descobrir a resposta, visto que a força de 50 kN está aplicada no meio da viga
e ela possui dois pontos de apoio igualmente espaçados. Assim, deve-se dividir o carregamento
por dois.
No entanto, vamos resolver a questão por completo. Iniciemos a resolução com o diagrama
de corpo livre:
O somatório dos momentos em relação ao ponto B deve ser igual à zero, para que o sistema
fique em equilíbrio.
Assim...
Enfim, o somatório das forças verticais, no eixo y, deve ser igual à zero, para calcular a
reação vertical em B. Logo:
D 𝐹 = 0 → 𝑅, − 50 + 𝑅@ = 0 → 𝑅@ = 25𝑘𝑁
Com base nos dados apresentados, é correto afirmar que o momento fletor máximo ocorrerá:
a) no ponto B.
b) a ¼ da distância entre A e B mais próximo do ponto B.
c) na metade da distância entre A e B.
d) a ¼ da distância entre A e B mais próximo do ponto A.
e) no ponto A.
Comentário:
Questão simples, mas que exige o conceito de momento fletor. Sabemos que o momento
é dado pela força aplicada a distância perpendicular ao ponto em que estamos analisado (M=F.d).
Como a força é constante, neste caso, quanto maior for a distância maior será o momento fletor.
Portanto, o ponto da viga mais distante do ponto B é o ponto A. Logo, a alternativa E está
CORRETA e é o gabarito da questão.
Sabendo-se que a distância entre os pontos "B" e "C", LCB, corresponde a 2/3 L, é correto afirmar
que as reações nos pontos "A" (RA) e "B" (RB), desconsiderando-se o peso do pilar, são
respectivamente
a) 40 kN e 20 kN.
b) 20 kN e 40 kN.
c) 50 kN e 10 kN.
d) 30 kN e 30 kN.
Comentário:
+↑ D 𝐹 = 0 => 𝐹𝐴 + 𝐹𝐵 − 𝑃 = 0
𝐹, . 𝐿,B 𝐹@ . 𝐿B@
𝛿,/@ = 0 => − = 0 => 𝐹, . 𝐿,B = 𝐹@ . 𝐿B@
𝐴. 𝐸 𝐴. 𝐸
$ &
Considerando que 𝐿B@ = ( 𝐿; 𝐿,B = ( 𝐿 e isolando 𝐹, obtemos:
2
𝐹@ . 𝐿B@ 𝐹@ . 3 . 𝐿
𝐹, = = => 𝐹, = 2𝐹@
𝐿,B 1
3 . 𝐿
𝐹, = 40𝑘𝑁 𝑒 𝐹@ = 20𝑘𝑁
(A) a tensão de tração atuante será maior quanto maior for o raio interno.
(B) a tensão de compressão atuante será maior quanto menor for o raio interno.
(C) a força está aplicada no centroide da seção circular por isso não existe compressão.
(D) a tensão gerada no tubo será maior do que seria gerada se o eixo fosse maciço com o mesmo
diâmetro externo.
Comentários
As forças axiais de compressão e de tração são calculadas com base na seguinte equação:
𝐹
𝜎=
𝐴
Onde: “σ” é a tensão normal; “F” é a força; e “A” é a área da seção transversal.
A peça em questão possui geometria tubular e sua área é calculada pela diferença entre
a área do raio externo e a área do raio interno. Assim podemos obter a área da seção tubular
por:
𝐴 = 𝜋 . (𝑅$ − 𝑟 $ )
Portanto, nota-se que a área da seção tubular é menor do que se o eixo fosse maciço com
o mesmo diâmetro externo. Assim a tensão gerada no tubo será maior. Dessa forma, a alternativa
D está CORRETA e é o gabarito da questão.
14. NUCEPE/PC-PI/2018 Para o tubo da figura abaixo a extremidade rosqueada está sujeita
a uma força horizontal de 10 kN. A força cortante no ponto A é:
(A) 0,5 kN
(B) -0,5 kN
(C) 2 kN
(D) 1 kN
(E) -1 kN
Comentários
Conhecidas as distâncias, notamos que o ponto A está alinhado ao ponto B, a uma distância
de 200 mm horizontalmente e 40 mm verticalmente do pino articulado em C. A partir das equações
de equilíbrio obtemos:
D 𝐹! = 0 → 𝐶! − 10 = 0 → 𝐶! = 10 𝑘𝑁
15. NUCEPE/PC-PI/2018 Um pedaço de alumínio é tracionado com uma tensão de 250 MPa
e atinge alongamento resultante de 0,77 mm aproximadamente. O módulo de Elasticidade do
alumínio – EAl =69 GPa. Se a sua deformação é inteiramente elástica, seu comprimento inicial
(L0) era aproximadamente de:
a) 233 mm
b) 212 mm
c) 305 mm
d) 276 mm
e) 110 mm
Comentários
Essa questão cobra o conhecimento da Lei de Hooke, que determina a região linear elástica
do material, a partir de duas equações:
∆"
𝜎 = 𝐸. 𝜖 𝜖 = "
'
Onde: “σ" é a tensão normal; “E” é o módulo de elasticidade; “𝜖” é a deformação; “∆L”
é o alongamento; e “Lo” é o comprimento inicial da peça.
Visto isso, para solucionarmos a questão devemos basicamente realizar a aplicação das
fórmulas acima. Passemos ao cálculo da deformação total:
∆𝐿 0,00077
𝜖 = → 0,00362 = → 𝐿) = 0,212𝑚 = 212𝑚𝑚
𝐿) 𝐿)
Comentários
A alternativa D está incorreta, pois este comportamento ocorre devido a forças cisalhantes.
Comentários
18. Instituto AOCP/EBSERH/2016 Com base nos conceitos e aplicações da Resistência dos
Materiais, assinale a alternativa correta.
a) Uma fratura frágil é obtida em um corpo de prova quando, após um ensaio de tração, há uma
elevada redução no diâmetro do corpo de prova na seção da fratura.
b) Tenacidade é uma medida da habilidade de um material em absorver energia até a sua fratura.
c) Resiliência é a capacidade de um material absorver energia quando ele é deformado
plasticamente.
d) A denominada tensão de engenharia é definida como a carga (F) dividida pela área de seção
transversal instantânea.
e) Um material que apresenta uma deformação elástica muito pequena, ou mesmo nula, até a
fratura é denominado frágil.
Comentários
A alternativa D está incorreta. A denominada tensão verdadeira é definida como a carga (F)
dividida pela área de seção transversal instantânea inicial.
A alternativa E está incorreta. Um material que apresenta uma deformação plástica muito
pequena, ou mesmo nula, até a fratura é denominado frágil. Como dito anteriormente materiais
dúcteis apresentam deformação plástica enquanto frágeis não.
19. Instituto AOCP/EBSERH/2016 Com base nos conceitos e aplicações da Resistência dos
Materiais, assinale a alternativa correta.
a) O momento de inércia de uma esfera maciça com o eixo de giração em seu centro é 2/3 MR².
b) Um sistema mecânico estará em equilíbrio se, e somente se, o trabalho virtual de todas as forças
aplicadas for nulo.
c) Falhas por fadiga ocorrem a uma tensão de ruptura geralmente superior à tensão de
escoamento.
d) A flambagem ocorre geralmente em colunas de baixa esbeltes, ou seja, o comprimento é muito
maior que o diâmetro.
e) A falha por fluência ocorre quando há uma mudança repentina de temperatura, causando
deformações térmicas.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois o momento de inércia de uma esfera maciça com o eixo
de giração em seu centro é (2/5)MR2. O momento de inércia de uma casca esférica é dado por
(2/3MR2).
A alternativa C está incorreta. A fadiga ocorre devido a tensões cíclicas com valores abaixo
da tensão de escoamento do material.
A alternativa D está incorreta. Colunas com alto índice de esbeltez falham por flambagem
devido a cargas abaixo do limite de proporcionalidade do material. Em contrapartida, colunas com
baixo índice de esbeltez, sofrem escoamento ou esmagamento, mas não tendem a sofrer
flambagem.
a) Coeficiente de Haskin.
b) Coeficiente de Red Hill.
c) Coeficiente de Poisson.
d) Coeficiente de Rosental.
e) Coeficiente de Morangoni.
Comentário:
Quando aplicamos uma tensão trativa em uma barra ocorre um aumento de seu
comprimento e uma redução da área da seção transversal, assim através da razão entre a
deformação axial ou longitudinal e a deformação lateral ou radial pode ser obtido o coeficiente
de Poisson (𝝂).
𝜖74:
𝜈=−
𝜖7)89
21. (IBFC/IDAM-2019) A figura abaixo contém uma imagem que representa a Viga A de
comprimento “L”, que está engastada em uma de suas extremidades e sujeita a uma carga
“wo” distribuída uniformemente ao longo do seu comprimento. Abaixo da imagem da viga,
encontram-se dois gráficos (Gráfico 1 e Gráfico 2). A partir da imagem e dos gráficos, assinale
a alternativa correta:
Viga A e gráficos 1 e 2
a) Apenas o Gráfico 1, que representa o Esforço Cortante, está incorreto, pois o coeficiente de
inclinação da reta deveria ser positivo. O Gráfico 2, que representa o Momento Fletor está correto
b) Apenas o Gráfico 2, que representa o Momento Fletor, está incorreto, pois todos os valores
deveriam estar acima do eixo das abscissas (deveriam ser positivos). O Gráfico 1, que representa
o Esforço Cortante, está correto
c) Tanto o Gráfico 1, que representa o Esforço Cortante, quanto o Gráfico 2, que representa o
Momento Fletor, estão incorretos
d) Tanto o Gráfico 1, que representa o Esforço Cortante, quanto o Gráfico 2, que representa o
Momento Fletor, estão corretos
Comentário:
Como a viga está sofrendo uma carga constante em toda sua extremidade, os diagramas
de força cortante e momento fletor serão linear e quadrático, respectivamente. Vejamos o
exemplo demonstrado na aula para os formatos dos diagramas para o tipo de esforço dado:
Portanto, tanto o gráfico 1 quanto o gráfico 2 estão corretos. Logo, a alternativa D está
CORRETA e é o gabarito da questão.
Na figura,
a) OA representa a tensão máxima σmax e vale +70 MPa.
b) BA representa a tensão máxima σmax e vale +100 MPa.
c) BO representa a tensão mínima σmin e vale +30 MPa.
Comentário:
De acordo com a teoria a respeito do círculo de Mohr sabemos que o ponto A representa
a tensão principal máxima, o ponto B representa a tensão principal mínima a partir da origem (O).
Onde a direita do eixo vertical teremos valores positivos e a esquerda valores negativos.
Sabendo-se que as tensões principais máxima e mínima podem ser obtidas pela expressão
𝜎&,$ = 𝜎.é0 ± 𝑅, em que o raio é 50 Mpa, obtido pela hipotenusa do triângulo retângulo e a tensão
média é a distância da origem até o centro do círculo (20Mpa), podemos obter assim as tensões
principais máxima e mínima que serão 70Mpa e – 30Mpa, respectivamente.
Comentário:
Para que um material suporte uma carga dentro de seu regime elástico, a tensão provocada
pela carga aplicada não pode ser maior do que a tensão de escoamento deste. Assim podemos
solucionar a questão da seguinte maneira:
𝑃 2000𝑁 2000.4
𝜎'I* ≥ => 45𝑀𝑝𝑎 = $ => 𝐷 = œ ≅ 7,5𝑚𝑚
𝐴 𝜋𝐷 45𝜋
4
Note que não precisamos alterar as unidades, uma vez que N/mm2 é igual a Mpa. Portanto,
a alternativa E está CORRETA e é o gabarito da questão.
Comentário:
Esta questão envolve muitos conhecimentos apresentados nesta aula. Vamos iniciar com a
concepção do diagrama de corpo livre, com deflexão, para em sequência analisarmos cada uma
das alternativas.
A alternativa A está incorreta, pois ao se reduzir a carga distribuída para um único ponto,
no centróide do carregamento, teremos que R=w.L, vejamos o DCL, para posterior análise de
equilíbrio.
R=w.L
Fazendo o somatório das forças em y teremos que o esforço vertical na parede será igual a
R, que é 3000N.
A alternativa B está incorreta, visto que pela análise de equilíbrio o peso do equipamento
gera um momento no engaste de 4500 N.m (M=R.1,5).
𝑤. 𝐿+
𝛿.á! =
8. 𝐸. 𝐼
1000. 3+
𝛿.á! = = 0,16875𝑚 = 168,75𝑚𝑚
8.200. 10N . 3. 10%O
25. (FUMARC/CEMIG-2018) Um tubo de aço, como mostrado na figura, deve ser usado
como uma coluna presa por pinos na extremidade.
Qual a carga máxima admissível que permite que não haja flambagem, considerando Eaço=200
GPa?
a) 2,28 kN
b) 22,82 kN
c) 228,2 kN
d) 228,2 N
Comentário:
Para resolução desta questão devemos saber a equação para a carga crítica de flambagem
em uma coluna apoiada por pino e como se determinar o momento de inércia da área da seção
transversal. Primeiramente vamos determinar o momento de inércia, em que este será o momento
de inércia da circunferência maior subtraído o momento e inércia da circunferência menor. Note
que neste caso foi realizada a conversão de umidades para m4. Vejamos:
1 1
𝐼 = 𝜋(𝑅+ − 𝑟 + ) = 𝜋(0,075+ − 0,07+ ) = 6. 10%M 𝑚+
4 4
5 – LISTA DE QUESTÕES
5.1 – Estática
a) 480 N.
b) 400 N.
c) 360 N.
d) 320 N.
a) 1,25 kNm
b) 500 Nm
c) 1 kNm
d) 1,5 kNm
3. (CEPS-UFPA/UNIFESSPA-2018) Considere uma viga horizontal, uniforme, com
comprimento de 7 m, peso próprio igual a 1000 N e espessura desprezível. Se a viga encontra-
se engastada, e a 3 m do engaste age uma força vertical para baixo de 1500 N, então a reação
de momento no engaste vale (em kN.m)
a) 6,500.
b) 7,000.
c) 7,500.
d) 8,000.
e) 8,500.
4. (IFSP/IFSP-2016) Uma caixa de massa desconhecida está suspensa por duas cordas que
estão sujeitas a ação de duas forças de tração, que medidas por um dinamômetro, resultou
em cada uma com o mesmo módulo de 100 N. Essas forças de tração nas cordas formam um
ângulo de 120º entre si. Para que esta caixa esteja em equilíbrio, admitindo a aceleração da
gravidade como 10 m/s2, é preciso que ela tenha uma massa de:
a) 6 kg
b) 8 kg
c) 10 kg
d) 12 kg
Essas barras são rotuladas no ponto B e têm as outras extremidades presas às rótulas A e C, ambas
localizadas na mesma linha horizontal AC. A linha vertical BD é 20 vezes menor que os
comprimentos AB e BC (BD=AB/20, AB=BC). As tensões (forças de tração) nas barras AB e BC
para que o peso P seja suportado são expressas por:
a) 0,05P;
b) 0,1P;
c) P;
d) 10P;
e) 20P.
6. (FGV/TJBA-2015) Uma viga bi-apoiada de comprimento 4L suporta duas rodas
interligadas com distância entre centros L. A roda mais pesada tem peso 2F e tem seu centro
situado a uma distância L do apoio A. A roda mais leve tem peso F e tem seu centro situado
a uma distância 2L do apoio A.
e) 5F/2.
(Dimensões em mm)
Assumindo π = 3, a constante k da mola BC, para que o sistema esteja em equilíbrio, vale
a) 10 kN/m
b) 20 kN/m
c) 30 kN/m
d) 40 kN/m
e) 50 kN/m
8. (CONSULPLAN/CBTU-2014) Em uma estrutura metálica treliçada, atuam no nó as
seguintes forças:
Com base nos dados apresentados, os módulos das forças C e T são, respectivamente, em kN,
iguais a
a) 2,1 e 2,1.
b) 3,03 e 2,4.
c) 3,03 e 9,09.
d) 9,09 e 2,4.
9. (CEV-UECE/Pref. de Sobral-2018) Um triângulo de lados a, b e c é apresentado no plano
cartesiano conforme a figura a seguir.
a) 80KN
b) 50KN
c) 25KN
d) 10KN
e) 85KN
11. (NC-UFPR/ITAIPU-2019) O desenho ao lado representa uma viga carregada:
Com base nos dados apresentados, é correto afirmar que o momento fletor máximo ocorrerá:
a) no ponto B.
b) a ¼ da distância entre A e B mais próximo do ponto B.
c) na metade da distância entre A e B.
d) a ¼ da distância entre A e B mais próximo do ponto A.
e) no ponto A.
Sabendo-se que a distância entre os pontos "B" e "C", LCB, corresponde a 2/3 L, é correto afirmar
que as reações nos pontos "A" (RA) e "B" (RB), desconsiderando-se o peso do pilar, são
respectivamente
a) 40 kN e 20 kN.
b) 20 kN e 40 kN.
c) 50 kN e 10 kN.
d) 30 kN e 30 kN.
13. (AERONÁUTICA/CIAAR-FAB/2018) O tubo a seguir está submetido a uma força axial
de compressão igual a F. Sendo os raios externo e interno iguais a R e r respectivamente,
pode-se afirmar que:
(A) a tensão de tração atuante será maior quanto maior for o raio interno.
(B) a tensão de compressão atuante será maior quanto menor for o raio interno.
(C) a força está aplicada no centroide da seção circular por isso não existe compressão.
(D) a tensão gerada no tubo será maior do que seria gerada se o eixo fosse maciço com o mesmo
diâmetro externo.
14. NUCEPE/PC-PI/2018 Para o tubo da figura abaixo a extremidade rosqueada está sujeita
a uma força horizontal de 10 kN. A força cortante no ponto A é:
(A) 0,5 kN
(B) -0,5 kN
(C) 2 kN
(D) 1 kN
(E) -1 kN
15. NUCEPE/PC-PI/2018 Um pedaço de alumínio é tracionado com uma tensão de 250 MPa
e atinge alongamento resultante de 0,77 mm aproximadamente. O módulo de Elasticidade do
alumínio – EAl =69 GPa. Se a sua deformação é inteiramente elástica, seu comprimento inicial
(L0) era aproximadamente de:
a) 233 mm
b) 212 mm
c) 305 mm
d) 276 mm
e) 110 mm
16. CEPS/UFPA/2018 Quando um metal é submetido a tensões ou deformações cíclicas, há
uma quebra de sua estrutura, o que leva o metal à ruptura. Este comportamento chama-se:
a) fadiga.
b) fluência.
c) flambagem.
d) deformação por cisalhamento.
e) resiliência.
b) Um sistema mecânico estará em equilíbrio se, e somente se, o trabalho virtual de todas as forças
aplicadas for nulo.
c) Falhas por fadiga ocorrem a uma tensão de ruptura geralmente superior à tensão de
escoamento.
d) A flambagem ocorre geralmente em colunas de baixa esbeltes, ou seja, o comprimento é muito
maior que o diâmetro.
e) A falha por fluência ocorre quando há uma mudança repentina de temperatura, causando
deformações térmicas.
20. (FEPESE/DEINFRA-SC-2019) A contração perpendicular à extensão, causada por uma
tensão de tração demonstrada no corpo de prova a seguir, é conhecida como:
a) Coeficiente de Haskin.
b) Coeficiente de Red Hill.
c) Coeficiente de Poisson.
d) Coeficiente de Rosental.
e) Coeficiente de Morangoni.
21. (IBFC/IDAM-2019) A figura abaixo contém uma imagem que representa a Viga A de
comprimento “L”, que está engastada em uma de suas extremidades e sujeita a uma carga
“wo” distribuída uniformemente ao longo do seu comprimento. Abaixo da imagem da viga,
encontram-se dois gráficos (Gráfico 1 e Gráfico 2). A partir da imagem e dos gráficos, assinale
a alternativa correta:
Viga A e gráficos 1 e 2
a) Apenas o Gráfico 1, que representa o Esforço Cortante, está incorreto, pois o coeficiente de
inclinação da reta deveria ser positivo. O Gráfico 2, que representa o Momento Fletor está correto
b) Apenas o Gráfico 2, que representa o Momento Fletor, está incorreto, pois todos os valores
deveriam estar acima do eixo das abscissas (deveriam ser positivos). O Gráfico 1, que representa
o Esforço Cortante, está correto
c) Tanto o Gráfico 1, que representa o Esforço Cortante, quanto o Gráfico 2, que representa o
Momento Fletor, estão incorretos
d) Tanto o Gráfico 1, que representa o Esforço Cortante, quanto o Gráfico 2, que representa o
Momento Fletor, estão corretos
22. (CS UFG/SENEAGO-2018) O círculo de Mohr apresentado na figura a seguir representa
o estado de tensões atuantes em um ponto de um elemento estrutural.
Na figura,
25. (FUMARC/CEMIG-2018) Um tubo de aço, como mostrado na figura, deve ser usado
como uma coluna presa por pinos na extremidade.
Qual a carga máxima admissível que permite que não haja flambagem, considerando Eaço=200
GPa?
a) 2,28 kN
b) 22,82 kN
c) 228,2 kN
d) 228,2 N
6 – GABARITO
1. LETRA B 10. LETRA C 19. LETRA B
2. LETRA A 11. LETRA E 20. LETRA C
3. LETRA D 12. LETRA A 21. LETRA D
4. LETRA C 13. LETRA D 22. LETRA A
5. LETRA D 14. LETRA C 23. LETRA E
6. LETRA D 15. LETRA B 24. LETRA C
7. LETRA D 16. LETRA A 25. LETRA D
8. LETRA C 17. LETRA A
9. LETRA B 18. LETRA B
7 – RESUMO
Para lhe ajudar, preparei um apanhado com as principais fórmulas abordadas nesta aula. É
muito importante que você tenha conhecimento de todas elas!
TEMA FÓRMULA
Momento 𝑀 = 𝐹. 𝑑
Equações de equilíbrio D 𝐹 = 0 𝑒 D 𝑀 = 0
Treliça estável 𝑏 ≥ 2. 𝑛 − 3
1
Momento de inércia de um círculo 𝐼! = 𝐼" = 𝜋𝑟 +
4
1
Momento de inércia de um triângulo 𝐼! = 𝑏ℎ(
12
𝐼! = ZZZZ
𝐼! ! + 𝐴𝑑"$ ; 𝐼" = 𝐼ZZZZ $
" ! + 𝐴𝑑! ;
Teorema dos eixos paralelos
𝐽) = 𝐽c* + 𝐴𝑑 $
118
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0
𝑃
Tensão normal 𝜎=
𝐴
𝑉
Tensão de cisalhamento média 𝜏.é0 =
𝐴
𝜎123 𝜏123
Fator de Segurança 𝐹𝑆 = 𝑒 𝐹𝑆 =
𝜎40. 𝜏40.
∆𝑠 5 − ∆𝑠
Deformação normal 𝜖.é0 =
∆𝑠
𝑃
Tensão de engenharia 𝜎=
𝐴6
𝛿
Deformação de engenharia 𝜖=
𝐿6
𝐿123 − 𝐿6
𝑃𝑒𝑟. 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = . (100%)
Percentual de alongamento e percentual de 𝐿6
redução de área 𝐴123 − 𝐴6
𝑃𝑒𝑟. 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑. 𝑑𝑒 á𝑟𝑒𝑎 = . (100%)
𝐴6
Lei de Hooke 𝜎 = 𝐸. 𝜖
𝛿 𝛿5
Deformação axial e deformação lateral 𝜖7)89 = 𝑒 𝜖74: =
𝐿 𝑟
𝜖74:
Coeficiente de Poisson 𝜈=−
𝜖7)89
𝑃. 𝐿 𝑃. 𝐿
Deformação elástica 𝛿= 𝛿 = D
𝐴. 𝐸 𝐴. 𝐸
𝑇. 𝑐
Tensão de cisalhamento máxima (torção) 𝜏.á! =
𝐽
𝑇. 𝐿
Ângulo de torção 𝜙=
𝐽. 𝐺
119
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Aula 00 (Prof. Juliano De Pelegrin)
0
𝑑𝑉
Esforço cortante (diagrama) = −𝑤(𝑥)
𝑑𝑥
𝑑𝑀
Momento Fletor (diagrama) =𝑉
𝑑𝑥
𝑀. 𝑐
Tensão de flexão 𝜎.á! =
𝐼
𝑃. 𝑟 𝑃. 𝑟
Vaso de pressão cilíndrico 𝜎*D1* = ; 𝜎7)89 =
𝑡 2. 𝑡
𝑃. 𝑟
Vaso de pressão esférico 𝜎=
2. 𝑡
𝜎! + 𝜎" 𝜎! − 𝜎" $
𝜎&,$ = ± œ• • + 𝜏!" $
2 2
𝜎! + 𝜎" 𝜎! − 𝜎"
𝜎! ! = + cos 2𝜃 + 𝜏!" . 𝑠𝑒𝑛 2𝜃
2 2
𝜎! − 𝜎" $
𝑅 = 𝜏.á! 8) 3748) = œ• • + 𝜏!" $
2
𝜎&,$ = 𝜎.é0 ± 𝑅
𝜖! + 𝜖" 𝜖! − 𝜖" 𝛾!"
𝜖! ! = + cos 2𝜃 + . 𝑠𝑒𝑛 2𝜃
2 2 2
𝛾!5"5 𝜖! − 𝜖" 𝛾!"
= −• • 𝑠𝑒𝑛 2𝜃 + . 𝑐𝑜𝑠 2𝜃
2 2 2
𝜖! + 𝜖"
𝜖.é0 =
2
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𝑑$ 𝑣 𝑀
Deflexão =
𝑑𝑥 $ 𝐸𝐼
𝜋 $ 𝐸. 𝐼 𝜋$𝐸
Carga crítica e tensão crítica em flambagem 𝑃*1 = ; 𝜎*1 = $
(𝐾. 𝐿)$ 0𝐾. 𝐿™𝑟 1
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