2 - Sequencia Clinica e Laboratorial
2 - Sequencia Clinica e Laboratorial
2 - Sequencia Clinica e Laboratorial
LABORATORIAL DE UMA
PRÓTESE FIXA
METALOCERÂMICA DE
TRÊS ELEMENTOS
Letícia Resende Davi
Karla Zancopé
Luís Henrique Araújo Raposo
Paulo Cézar Simamoto Júnior
Veridiana Resende Novais
Marlete Ribeiro da Silva
Célio Jesus do Prado
Márcio Teixeira
Adérito Soares da Mota
Alfredo Júlio Fernandes Neto
Flávio Domingues das Neves
INTRODUÇÃO
A Odontologia contemporânea oferece várias opções de tratamento reabilitador nos casos
de ausência de um elemento dentário. O avanço tecnológico possibilitou a diversificação de
materiais, técnicas e equipamentos, bem como a instalação de implantes osseointegrados,
que permitem ao profissional restaurar as estruturas perdidas, aproximando o procedimento
reabilitador ao máximo do dente natural, por meio do biomimetismo.
Já, com a prótese parcial fixa, três alternativas estão disponíveis para a escolha do paciente:
prótese sobre implante, prótese adesiva ou prótese fixa de três elementos.
O paciente deve ter estrutura óssea com espessura e altura suficientes, situações essas que
podem ser melhoradas com atos cirúrgicos reconstrutivos, como os enxertos ósseos. En-
tretanto, tais procedimentos envolvem maior tempo de tratamento, custo mais elevado e
morbidade ao paciente.
A prótese adesiva é uma opção mais conservadora pelo pequeno desgaste em espessura de
esmalte comparada à prótese parcial fixa de três elementos, sendo benéfica ao periodonto e
ao complexo dentinopulpar.6 No entanto, é mais limitada em suas indicações, necessitando
de área suficiente de esmalte para a retenção da infraestrutura, dentes bem posicionados e
oclusão favorável.7
Essa opção, no entanto, possui desvantagens, como o desgaste das estruturas dentárias,
que deve ser levado em consideração quando os dentes são hígidos e bem posicionados; a
inerente dificuldade de higienização na área de pôntico, quando comparada aos implantes
unitários; o processo de fixação em dentes vitalizados, que agride o tecido pulpar e a pos-
sibilidade de recidiva de cárie em virtude da solubilidade da maioria dos cimentos odon-
tológicos em meio bucal.
Esse tipo de prótese apresenta índices de sucesso que variam de 72 a 87% após 10 anos,
69 a 74% de sucesso após 15 anos e, aproximadamente, 53% de sucesso após 30 anos.10,11
Isso se deve à elevada resistência da infraestrutura metálica e à boa estética conferida pelo
recobrimento em cerâmica, cuja estrutura vítrea não sofre alteração de cor no decorrer do
tempo.
Esse tratamento pode ser uma opção viável para a reabilitação de pacientes com
ausência dentária unitária e que possuem qualquer impedimento cirúrgico para a
instalação de implante osseointegrado.
ESQUEMA CONCEITUAL
Anamnese, exame clínico extraoral, exame clínico intraoral e exame radiográfico
Caso clínico
1ª etapa clínica – Preparos nos dentes pilares e confecção Métodos para se confeccionar
do provisório de três elementos a restauração provisória
1ª etapa laboratorial – Obtenção dos modelos de trabalho, montagem em Inclusão e fundição dos
articulador semiajustável, enceramento, recorte de troquel e selamento de bordo retentores separadamente
Conclusão
A anamnese deve ser realizada a partir da primeira consulta e não somente durante o pri-
meiro atendimento. Todas as informações devem ser atualizadas a cada sessão clínica, o que
pode determinar alterações em um planejamento já delineado.
Os hábitos parafuncionais também devem ser considerados importantes fatores que podem
interferir no tratamento com prótese fixa. A dieta do paciente pode determinar alterações
na cavidade bucal, sendo que a ingestão frequente de alimentos ácidos pode promover a
perda de substância dentária.
Durante o exame clínico extraoral, deve-se analisar o perfil facial do paciente, a fim de de-
terminar as alterações na dimensão vertical de oclusão (DVO), a simetria facial, a hipertoni-
cidade dos músculos da face e o suporte de lábio.
A palpação é realizada sob pressão firme nos músculos dos dois lados da face, sendo exer
cida simultaneamente com as pontas dos dedos para avaliar, além da dor, a tonicidade
muscular, os trigger points e o edema. Todo e qualquer sinal ou sintoma deve ser anotado
na ficha clínica do paciente.
O próximo passo é analisar os dentes, o periodonto e a área edêntula que receberão o pôn-
tico. A oclusão desempenha papel importante nessa avaliação, sendo que qualquer distúr-
bio oclusal impedirá o fechamento fisiológico da mandíbula em oclusão em relação cêntrica
(ORC).13 Nesse momento, também é importante analisar a higiene bucal, como também
esclarecer a sua importância para a longevidade do tratamento.
Além disso, deve-se realizar o exame radiográfico para identificar a área de su-
perfície do suporte ósseo, a condição das raízes dentárias, a presença de lesões
periapicais, o tratamento endodôntico satisfatório, a presença de raízes residuais e
corpos estranhos, entre outros exames.
As radiografias panorâmicas são muito úteis, por fornecer uma visão geral da condição do
paciente. Em reabilitações extensas, essas radiografias tornam-se indispensáveis.
Se, durante o exame clínico, forem detectados sinais e sintomas de oclusão traumática,
alterações periodontais e/ou endodônticas que devam ser corrigidas, isso deve ser feito
previamente ao tratamento protético escolhido pelo paciente.
No decorrer das próximas etapas clínicas e laboratoriais, será apresentado um caso clínico.
A B
Figura 1 – Aspecto clínico inicial do paciente com o dente 12 girovertido para mesial e ausência do
dente 11: A) vista frontal; B) vista incisal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O paciente usava a PPR provisória feita em outro serviço (Figuras 2A-B), e que fraturou
após a primeira consulta.
A B
Figura 2 – PPR provisória usada para substituir o dente 11 ausente: A) vista frontal; B) vista incisal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Com o objetivo de oferecer mais conforto ao paciente, foi confeccionada uma prótese
fixa adesiva direta, com dente de estoque em resina acrílica e fixação com resina com-
posta, de caráter temporário e de urgência (Figuras 3A-B).
Figura 3 – Devido à fratura da PPR provisória e no intuito de proporcionar mais conforto ao paciente,
foi confeccionada uma prótese fixa adesiva direta, com dente de estoque e resina composta: A) vista
frontal; B) vista incisal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O referido paciente optou pela realização de uma prótese fixa metalocerâmica de três
elementos.
Ressalta-se que a escolha pelo paciente por este tipo de tratamento baseou-se no
custo (já que ainda necessitaria de Ortodontia e enxerto ósseo), no tempo para obter
uma prótese fixa, no seu receio quanto à cirurgia de enxerto ósseo necessária, dada a
falta de espessura para a instalação de implante e a necessidade de Ortodontia para
adequar o espaço protético mesiodistal.
No Quadro 1, são apresentadas as etapas clínica e laboratorial da prótese parcial fixa meta
locerâmica de três elementos.
Em dentes com destruições parciais ou totais das coroas, faz-se necessária a confecção
de núcleo de preenchimento ou instalação de retentor intrarradicular, podendo o retentor
ser pré-fabricado reforçado por fibras ou personalizado, moldado e fundido em liga me-
tálica.14,15
O preparo dos dentes pilares de prótese fixa deve respeitar os princípios mecânicos de re-
tenção, estabilidade, rigidez e adaptação marginal; os princípios biológicos de preserva-
ção da vitalidade do órgão pulpar e saúde periodontal; além de princípios relacionados à
estética.6,12,16,17
A B
Figura 4 – Preparo para a coroa total metalocerâmica no dente 21: A) metade mesial, desgaste distal com
separação do dente contíguo de 1mm na cervical e sulco de orientação na vestibular; B) vista lingual da
metade mesial preparada.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Dessa forma, as paredes axiais devem ser preparadas convergindo para oclusal, com ângulo
de 2 a 5º no terço cervical (primeira inclinação) e 5 a 10º no terço incisal (segunda inclinação)
(Figuras 5A-B).18
A B
Figura 5 – Preparo finalizado para a coroa total metalocerâmica no dente 21: A) vista frontal; B) vista incisal,
com término cervical subgengival contínuo e definido.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Contudo, somente a retenção friccional não é suficiente para manter a prótese em posição.
A ação conjunta do agente de fixação, desde que corretamente selecionado e manipulado,
proporcionará retenção adequada para a prótese fixa.
Nos casos nos quais a coroa clínica do dente é considerada curta (menor do que
3mm de remanescente dentário após o preparo), deve-se realizar a confecção de
canaletas que ajudem na retenção mecânica da restauração, juntamente com as
paredes axiais com inclinação de 2 a 5º.
A espessura necessária para o material restaurador sempre deve ser respeitada, a fim de pro-
mover restaurações suficientemente resistentes e estéticas. Em alguns casos, o tratamento
endodôntico prévio pode ser necessário em dentes demasiadamente girovertidos, para que
a sua posição possa ser corrigida durante o preparo.
Caso haja alguma dúvida quanto aos preparos, deve-se realizar uma moldagem de estudo,
para que o modelo seja analisado, verificando a presença de áreas retentivas que devem ser
corrigidas no preparo, tão logo sejam identificadas.
O término do preparo deve ser contínuo, nítido e bem definido. O tipo de término
indicado para as coroas totais metalocerâmicas é o término em chanfrado, para
adequada adaptação do metal, o que leva a uma menor linha de cimentação e
ainda facilita o escoamento do excesso de cimento.12
A técnica de preparo que será sugerida e demonstrada para o dente 21 no presente artigo
é a técnica da silhueta modificada,19 o que apenas otimiza o resultado final e agiliza o pro-
cesso de desgaste dentário a partir de pequenas alterações nos passos clínicos da técnica da
silhueta, realizada em grande parte das Faculdades de Odontologia do país.
A B
Figura 6 – Preparo para coroa total metalocerâmica no dente 12: A) proteção do dente contíguo com a
porta matriz e matriz de aço de 7mm. Ponta cônica paralela à direção de inserção pretendida para a coroa.
O desgaste mesial foi mínimo em virtude da giroversão dentária; B) desgaste distal com a ponta diamantada
cônica nº 3203 ou 2200 para a separação do dente contíguo de 1mm na cervical e eliminação da convexidade
da área proximal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
A B
Figura 14 – Preparo finalizado para a coroa total metalocerâmica no dente 12: A) vista frontal após o preparo
do término subgengival com a ponta diamantada nº 3216, acabamento do preparo com a ponta diamantada
nº 3145FF e 3216 em baixa rotação e do término com a ponta diamantada nº 3122F; B) vista incisal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
4. Com relação aos princípios que devem ser observados ao se realizar os preparos dentá-
rios para as coroas totais, no caso de coroas clínicas curtas, devem ser realizados alguns
procedimentos para otimizar a retenção friccional. São eles:
A) Diminuir a quantidade de desgaste e a confecção de caixas retentivas.
B) Planejar a superfície oclusal em metal e aumentar a quantidade de desgaste.
C) Preparar as paredes axiais com convergência de 2 a 5º e inclusão de canaletas de
retenção adicional.
D) Eliminar as interferências oclusais e realizar o tratamento endodôntico.
Resposta no final do artigo
7. Do ponto de vista periodontal, o ideal seria que os términos dos preparos fossem:
A) infragengivais.
B) supragengivais.
C) intragengival.
D) colados ao tecido gengival.
Resposta no final do artigo
Em caso de dentes vitalizados, deve-se utilizar um produto selador, como o verniz cavitário
ou um adesivo autocondicionante antes da confecção do provisório (Figura 15).
Independentemente da técnica, a coroa provisória deve ter uma adaptação marginal satis-
fatória para vedar o preparo, evitando cáries e hipersensibilidade dentinária (Figuras 16 a 21).
A B
Figura 17 – A) Acabamento das coroas provisórias dos dentes 12 e 21 com broca maxicut de Tungstênio PM.
B) Preservação do término cervical.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
C D
Figura 18 – Reembasamento das coroas provisórias. A) Acréscimo de RAAQ no término cervical do dente
preparado. B) Posicionamento da coroa provisória. C) Acréscimo de RAAQ no terço cervical das coroas provi-
sórias do dente 21. D) O mesmo para o dente 12.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
Figura 19 – A) Delimitação do término cervical com lápis preto. B) Acabamento inicial da coroa provisória
com ponta diamantada nº 82.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
C D
E F
Figura 20 – A) Confecção do pôntico provisório. B) Adaptação de cera utilidade na palatina das coroas pro-
visórias. C) Vista incisal do posicionamento do pôntico provisório na cera utilidade. D) Vista frontal do pôntico
em posição. E) União do pôntico com os provisórios dos dentes 12 e 21. F) Conferência dos contatos em
protrusão para o correto alinhamento do pôntico.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A oclusão deve estar ajustada, impedindo a extrusão dos elementos antagonistas ou até
mesmo a movimentação do dente preparado (Figuras 22A-26).
A B
Figura 22 – A) Acabamento da prótese provisória para manter o espaço para a higienização favorável.
B) Notar que o fio dental toca toda a extensão do pôntico, possibilitando sua futura higienização.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
Figura 23 – Verificar os contatos proximais com o fio dental: A) na distal do dente 12; B) na distal do dente 21.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 24 – Verificar o espaço para a higienização na área do pôntico: A) com a prótese provisória em posi-
ção; B) com redução da largura vestibulolingual para facilitar a higiene.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
Figura 25 – A) Análise dos contatos durante o movimento de protusão, com fita carbono Accufilm. B) Remo
ção dos excessos com ponta diamantada nº 82.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
Figura 27 – A) Ajuste estético da prótese provisória na região cervical. A emergência subgengival deve ser
reta, evitando comprimir o tecido gengival. B) Ajuste estético da prótese provisória na região vestibular, em
que áreas planas e curvas dos dentes artificiais devem imitar os respectivos dentes naturais.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
Figura 28 – A) Acabamento da região interproximal com disco diamantado dupla face. B) Acabamento na
região incisal com ponta diamantada nº 82.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
C D
Figura 30 – A) Início do polimento e não polimento inicial para A e B. B) Polimento inicial da prótese pro
visória com pedra montada de carborundum. C) Polimento da prótese provisória com borracha abrasiva.
D) Obtenção de superfície lisa da prótese provisória e com alto brilho após a finalização do polimento.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
Figura 31 – A) Aspecto final da prótese provisória com área de higienização na palatina. B) Adequada fun-
ção, fonética e estética após a cimentação.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Para a próxima etapa clínica de moldagem de trabalho pela técnica do casquete individual, é
necessário fazer o molde dos dentes preparados para a confecção dos casquetes no modelo
de gesso (Figuras 33 e 34A-F). Obviamente, esse passo é desnecessário caso se opte pelo uso
do fio retrator como técnica de afastamento gengival.
C D
E F
Figura 34 – A) Delimitação dos términos cervicais com grafite preto. B) Colocação de cera rosa nº 7 para o
alívio interno dos casquetes. C) Isolamento do modelo em gesso com um pincel. D) Confecção dos casquetes
em RAAQ. E) Casquetes individuais finalizados. Notar numeração correspondente ao dente, a marca “V”
indicando a vestibular e a retenção voltada para incisal. F) Vista do alívio interno dos casquetes.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Apesar de mais rápida e prática, a moldagem com o fio traz o risco de lesão ao periodonto,
por isso a preferência pela técnica do casquete; entretanto, estes autores reconhecem que o
adequado conhecimento técnico pode levar a excelentes moldagens com o fio retrator, sem
maiores danos ao periodonto.
ATIVIDADE
10. Após o acabamento e o polimento do provisório, a sua cimentação deve ser realizada
com cimento provisório à base de:
A) hidróxido de cálcio.
B) óxido de cálcio.
C) óxido de cálcio e eugenol.
D) hidróxido de zinco.
Resposta no final do artigo
11. Depois dos ajustes estéticos e da região subgengival, o provisório deve ser:
A) pigmentado.
B) cimentado.
C) polido.
D) marcado com fita de carbono.
Resposta no final do artigo
O material de moldagem não consegue, por si só, promover o afastamento efetivo do tecido
gengival para que o término cervical do preparo (muitas vezes subgengival) seja copiado de
maneira adequada.
O afastamento gengival pode ser realizado por meios mecânicos, químicos, mecâ-
nico-químico ou cirúrgico. Entretanto, para preservar o tecido gengival, atualmente
duas técnicas são utilizadas com maior frequência: a técnica do casquete individual
e a técnica do fio afastador.
O casquete é obtido em RAAQ, devendo possuir alívio interno para conferir espaço para o
material de moldagem, além de ser reembasado na porção cervical como forma de copiar o
término cervical e preencher o espaço do sulco gengival, e, assim, afastar o tecido gengival
nessa região (Figuras 35A-39).
A B
Figura 35 – A) Evidenciação do cimento após a remoção da prótese parcial fixa provisória. B) Dentes pilares
com o término cervical nítido, contínuo e liso.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
C D
Figura 37 – Reembasamento dos casquetes. A) Com o auxílio do pincel, aplicar RAAQ vermelha no término
cervical dos dentes preparados, previamente isolados. B) Posicionamento dos casquetes. C) Aplicar RAAQ
sobre o excesso extravasado na parte externa do casquete para que a resina se fixe no casquete. D) Aspecto
interno do casquete após o reembasamento.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
Figura 38 – A) Delimitação da área equivalente ao sulco gengival externa ao término cervical no casquete
para a remoção dos excessos com broca multilaminada. B) Remoção dos excessos internos do casquete com
broca esférica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O reembasamento do casquete é crítico e deve ser garantido com precisão, sob o risco de
se incluir erros na técnica. Para a adesão do material de moldagem elastomérico, passa-se o
adesivo internamente e na borda externa, devendo o excesso ser removido com bolinha de
algodão e monômero (Figuras 40A-B).
A B
Figura 40 – A) Aplicação do adesivo na área interna e externa do casquete. B) Remoção dos excessos do
adesivo com bolinha de algodão umedecida com monômero de RAAQ.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Em casos múltiplos, os casquetes devem ser unidos com bastões de RAAQ, previamente à
sua remoção, para evitar distorções na sua posição durante o procedimento de moldagem
(Figuras 41A-F).
C D
E F
Figura 41 – A) Manipulação do material de moldagem à base de polissulfeto (Permlastic), até que fique
homogêneo. B) Inserção na parte interna do casquete em pequenas porções com espátula fina. Após secar o
preparo, inserir o casquete com leve pressão, C) mantendo o apoio para evitar a movimentação e a possível
distorção do molde. D) Repetir o procedimento de moldagem para o outro dente. E) União dos casquetes
com bastão e resina acrílica. F) Posterior moldagem de transferência dos casquetes com alginato em moldeira
total de inox. Importante inserir alginato nas áreas retentivas e ao redor dos casquetes para a fixação destes
dentro do molde do arco total.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Já para a técnica do fio afastador, deve-se selecionar o fio de acordo com as carac-
terísticas do perfil gengival (sulco gengival) de cada paciente.20 Pode-se empregar
essa técnica de afastamento com a utilização de um ou dois fios afastadores.
Na opção de afastamento com fio único, o fio deverá ser removido durante a mol-
dagem, deixando, assim, o sulco gengival livre. A técnica de afastamento gengival
com os fios afastadores deve ser realizada com muita cautela, visto que poderá
traumatizar o periodonto, devendo ser evitada na presença de gengiva inserida
inferior a 2mm.16,21
Após a moldagem de trabalho (Figuras 42A-B), deve se proceder à moldagem do arco anta
gonista (Figura 43), para que os modelos de trabalho sejam montados em ASA, permitindo
ao técnico em prótese dentária confeccionar as infraestruturas metálicas na espessura correta.
O registro com o arco facial é realizado sem os provisórios para auxiliar na montagem do
modelo superior (Figura 46A), e o registro intermaxilar para a montagem do modelo inferior
(Figura 47A).
Esse registro deve ser feito em resina acrílica (casquete de transferência), que deve envolver
um ou alguns dos dentes pilares preparados (do terço médio para oclusal ou incisal, evi-
tando as áreas proximais), até o contato com a dentição antagonista em um ponto (procurar
as áreas convexas e lisas, como incisais, se anteriores, ou pontas de cúspides, se posteriores)
com não mais do que 1mm.2
ATIVIDADE
O modelo de trabalho é obtido utilizando, na região de cada preparo, pino para o troquel,
que permite a individualização dos dentes preparados, e gesso pedra especial tipo IV, o qual
apresenta fácil manipulação, baixa distorção e alta resistência, reproduzindo com fidelidade
as estruturas envolvidas na confecção da prótese parcial fixa (Figuras 44 e 45A-E).6,17
A B
C D
Caso o modelo antagonista aos preparos não tenha sido alterado no articulador,
na montagem de estudo ele poderá ser mantido, dispensando a etapa de registro
com arco facial.
Para a confecção de uma prótese fixa de três elementos, é feito o enceramento dos reten-
tores em cada dente pilar no modelo de gesso e a união destes ao pôntico. Para a obtenção
do padrão de cera de cada dente pilar, primeiramente é confeccionado um fino casquete de
RAAQ sobre o modelo (Figura 48).
É seguro, entretanto não imperativo, que seja feito o enceramento completo da anatomia
dos três dentes e, depois, seja realizado o desgaste uniforme de aproximadamente 1mm de
cera, em toda a extensão, para definir a estrutura que será fundida (Figuras 49A-C).
A B
A B
Figura 51 – A) Troquéis separados do modelo de trabalho. B) Após o recorte do troquel, eliminando o exces-
so em gesso para a visualização do limite do término cervical.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
C D E
Figura 53 – A) Recorte do padrão de cera na região do pôntico com lâmina de barbear. B) Após o recorte no
centro do pôntico. C) Cada metade é posicionada sobre o troquel e realizado o selamento de bordo do ence
ramento com o gotejador aquecido e a cera fluida. D) Remoção de excessos de cera com espátula Lecron.
E) Padrão de cera finalizado, com bordo adaptado ao término cervical.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Todo o excesso de cera é removido com um instrumento sem corte para não danificar o
troquel em gesso e regularizar o padrão de cera. Posteriormente, realiza-se a separação do
padrão de cera com lâmina para barbear aquecida na região do pôntico de maneira oblíqua,
região esta ideal para soldagem.22,23 Assim, os dois retentores serão fundidos em partes dis-
tintas, cada qual com metade do pôntico.
18. Se o modelo antagonista aos preparos não for alterado no articulador, ele poderá:
A) ser substituído.
B) ser mantido.
C) ser descartado.
D) ser refeito adequadamente.
Resposta no final do artigo
O material refratário para a inclusão do padrão de cera deve ser resistente para ser submetido
a altas temperaturas, devendo o material ser poroso para permitir que a cera evapore, além
de possuir coeficiente de expansão térmica compatível com a liga metálica que será injetada.
Como a liga metálica sofre contração durante a sua solidificação, é necessário que
o material de revestimento sofra expansão durante a sua presa em igual proporção
para evitar distorções na futura estrutura metálica.24
D E
Figura 54 – A) Montagem do padrão de cera em base formadora de cadinho por meio de canais de alimen-
tação. B) Posterior colocação do anel de silicone. C) Inclusão do padrão de cera em revestimento. D) Aqueci-
mento do lingote de liga metálica com maçarico em cadinho refratário. E) Estruturas fundidas.
Fonte: Arquivo e imagens dos autores.
Essa técnica é chamada de fundição pela técnica da cera perdida.25 A injeção ocor-
re por canais de alimentação, que comunicam o meio externo com o interior do
molde. O processo de injeção da liga fundida mais comum é o da centrifugação
após a fundição dos lingotes de liga metálica pelo maçarico. Após a injeção da
liga fundida, o conjunto não pode ser superaquecido, tampouco ser resfriado de
maneira abrupta.
O desgaste externo para a adaptação do metal no término cervical é feito com pedra de
óxido de alumínio (Figura 56).
A B
Figura 57 – A) Infraestruturas divididas posicionadas sobre os troqueis. B) Haste metálica com retenções para
a remoção da solda após os ajustes na boca.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Para realizar um bom ajuste dos retentores metálicos, devem-se remover as coroas
provisórias e limpar qualquer resquício de cimento ou resíduos sobre os preparos
dentários que possam impedir o assentamento adequado da estrutura e levar a
uma desadaptação marginal.
Nesta etapa, cada estrutura metálica é ajustada individualmente na boca do paciente sobre
os dentes pilares (Figuras 58A-B).
Figura 58 – Verificação da adaptação do metal no término cervical com sonda exploradora sobre: A) o dente
12; B) o dente 21, separadamente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O primeiro passo é a análise da adaptação cervical, tanto no sentido vertical quanto horizon-
tal, se positiva ou negativa.
O mais comum, entretanto, é que, caso se identifiquem desajustes verticais, estes estejam
relacionados a bolhas localizadas no interior do retentor. O ajuste interno do metal deve ser
realizado, caso necessário, com a utilização de evidenciadores de contato ou elastômeros de
consistência leve, para que sejam identificados pontos ou superfícies internas que estejam
impedindo o correto assentamento das estruturas.
Vale ressaltar que o agente de fixação mais barato e eficiente para esse tipo de restauração
é o cimento à base de fosfato de zinco e que, quanto menor for a desadaptação marginal
da prótese, menor será a possibilidade de solubilização do referido cimento na região do
término do preparo, aumentando a longevidade da reabilitação, já que a sua solubilização
acarretaria fendas e risco de infiltração.
Ambos permitem ajustes quando em áreas de fácil acesso. O desgaste dos excessos exter-
nos do metal é realizado com pedras de óxido de alumínio, com a infraestrutura metálica
posicionada no troquel de gesso.
Após a análise da adaptação cervical, analisa-se a retenção friccional de cada retentor sepa-
radamente, os quais devem ser facilmente instalados e removidos com ligeira pressão.
Ao finalizar o ajuste dos retentores, realiza-se a remoção para a solda. Para isso, o primeiro
passo é o ajuste do espaço para a solda entre os dois retentores. A distância máxima entre
os retentores deve ser de 0,2 a 0,5mm, dependendo da técnica para a soldagem.23
O espaço para a solda deve estar bem acabado e livre de irregularidades, manten-
do a superfície uniforme para o processo de soldagem.
Figura 60 – A infraestrutura metálica é removida para solda com o auxílio de: A) haste metálica com reten-
ções; B) resina acrílica nas extremidades.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
ATIVIDADE
21. “A injeção ocorre por canais de alimentação, que comunicam o meio externo com o
interior do molde”. Essa técnica se chama:
A) processo de injeção da liga fundida.
B) centrifugação após fundição.
C) fundição pela técnica da cera perdida.
D) injeção da liga fundida.
Resposta no final do artigo
A B
Figura 61 – A) Infraestrutura metálica removida para solda. B) Infraestrutura metálica incluída em revesti-
mento para o procedimento de soldagem por brasagem.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O bloco de revestimento com a estrutura é levado ao forno para eliminar a umidade, os pos-
síveis contaminantes, a cera e a resina. Após o resfriamento do bloco, a área a ser soldada
deve ser limpa com jato de óxido de alumínio e aplicado o agente de fluxo.
Para iniciar o processo de soldagem, o bastão (metal) de solda é aquecido com a chama do
maçarico, se funde e escoa para que preencha o gap entre os retentores. A solda deve apre-
sentar ponto de fusão inferior à liga da infraestrutura para que ocorra a união das partes
sem distorção da infraestrutura.
A B
Figura 62 – A) Infraestrutura metálica após a solda. B) Remoção dos excessos na região da solda com broca
maxicut.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Portanto, basta que a estrutura esteja em infraoclusão para que se possa avançar
para as etapas de registro intermaxilar e moldagem, sendo que no modelo que
será obtido o técnico em prótese dentária procederá finalizando a usinagem em
questão.
O registro intermaxilar é realizado com resina acrílica vermelha (RAAQ), que ficará aderida à
infraestrutura metálica (Figuras 63A-E).
C D
Esse registro tem como objetivo orientar a remontagem do modelo em ASA. O registro em
resina deve estar bem preso à infraestrutura, sugerindo-se que, antes mesmo da infraestru-
tura ser levada à boca, o local do registro seja estabelecido e a infraestrutura seja envolvida
com resina, de maneira a garantir que após a polimerização o registro não seja deslocado.
A B
A etapa de moldagem de transferência deve ser realizada, pois o modelo de trabalho uti-
lizado para a confecção da infraestrutura metálica foi recortado e, portanto, não apresenta
as papilas e o contorno gengival. Essa etapa é imprescindível para a confecção do modelo de
remontagem, para, assim, se obter a correta posição dos preparos dentários para a aplicação
de cerâmica de cobertura.
Em seguida, procede-se à seleção da cor, passo que possui caráter subjetivo, de forma a
prover informações suficientes para que o técnico em prótese dentária aplique a cerâmica
de cobertura sobre a infraestrutura metálica de forma adequada (Figura 65).20
A seleção da cor previamente ao preparo protético é sempre orientada, mas, caso não tenha
sido feita, é imprescindível que a mesma seja realizada neste momento. As diversas dimen-
sões da cor, como valor, croma, matiz, intensidade e caracterizações, devem ser levadas em
consideração preferencialmente em luz ambiente (natural) para a adequada seleção.
O paciente deve ser orientado que a cor é dependente da luz transmitida pelo
ambiente, e, então, que poderá sofrer leves alterações quando em ambientes de-
pendentes de iluminação artificial.
Figura 66 – A) Para a confecção do modelo de trabalho, vaselinar a região interna da infraestrutura metálica
e inserir resina acrílica autopolimerizável. B) Posicionar um parafuso em cada retentor.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Uma camada de resina resiliente pode ser colocada, de forma a criar uma gengiva artificial,
ou mesmo silicones especialmente desenvolvidos para a reprodução gengival em modelos
de prótese fixa, e não danificar o modelo quando o técnico em prótese dentária remover a
infraestrutura metálica (Figura 67).
O modelo é remontado em ASA com gesso tipo III, com o pino guia na marcação
zero para que o articulador fechado fique com os ramos superior e inferior paralelos.
Figura 69 – A) Ajuste do metal com broca maxicut. B) A espessura do metal deve ser avaliada antes de cada
ajuste. C) Manter o mínimo de 0,3mm de metal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Deve-se tomar cuidado extra em medir a espessura do metal nas áreas que neces-
sitarem de maiores desgastes, para que seja mantida uma espessura mínima de 0,2
a 0,3mm da infraestrutura metálica.
Após a usinagem do metal com pedras de óxido de alumínio e discos de carborundum (Figuras
70A e B), a infraestrutura metálica, quando confeccionada com liga de níquel-cromo (NiCr)
sem berílio, é levada ao forno para o procedimento de degaseificação e formação de cama-
da de óxidos aderentes, que são imprescindíveis na adesão química da cerâmica ao metal.24
A B
Figura 70 – A-B) Com os modelos montados em ASA, é possível verificar o espaço disponível para a aplicação
de cerâmica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Em seguida, o metal é jateado com partículas de óxido de alumínio para criar microrreten-
ções e aumentar a retenção micromecânica.
Primeiramente, são aplicadas duas camadas de cerâmica opaca, com o objetivo de diminuir
a transmissão de luz e, assim, mascarar a infraestrutura metálica, além de promover a união
da cerâmica ao metal (Figuras 71A-C).
A B C
Figura 71 – A) Aplicação da camada de opaco. B) Aplicação de massas cerâmicas nas cores selecionadas. C)
Cerâmica com caracterização intrínseca após a queima no forno.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Após a queima da segunda camada de opaco, as camadas seguintes são de cerâmica de den-
tina (corpo) na cor selecionada em pequenos incrementos para iniciar a anatomia e a escultura
dentária. A região do pôntico deve possuir forma convexa para facilitar a higienização.
A B C
D E F
Figura 72 – A) Ajustes proximais iniciados no modelo de gesso, com o auxílio da fita Accufilm. B) Desgastes
com a pedra montada de carborundum. C) Análise para ajuste do contato na área do pôntico. D) Observam-
se os pontos de contato excessivos na área do pôntico. E) Verificam-se os contatos em oclusão com a prótese
no modelo. F) Verificam-se os contatos nos movimentos excursivos.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
27. “O modelo é remontado em ASA com gesso tipo III, com o pino guia na marcação zero
para que o articulador fechado fique com os ramos superior e inferior paralelos”. Essa
descrição diz respeito a qual etapa do processo de prótese parcial fixa?
A) 2ª etapa laboratorial.
B) 3ª etapa laboratorial.
C) 3ª etapa clínica.
D) 4ª etapa clínica.
Resposta no final do artigo
O primeiro ajuste deve ser feito nas proximais (Figuras 73A-C), para permitir a adaptação no
término cervical e nos pontos de contatos proximais com os dentes vizinhos.
A B C
Figura 73 – A) Ajustes da cerâmica na boca. Iniciar pelos ajustes proximais. B) Ajuste com a fita Accufilm e
desgaste nas proximais, até que a prótese esteja totalmente adaptada no término cervical e a pressão contra
os dentes vizinhos desapareça. C) Marcação dos excessos na cerâmica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Assim, o fio dental deve deslizar com ligeira resistência nas regiões proximais, sem desfiar. O
contato do pôntico com o tecido gengival deve ser suave, mantendo o formato de plano in-
clinado.12,17 Se houver isquemia dos tecidos moles que permanece por mais de 10 minutos,
é preciso remover o excesso de material de cobertura (Figuras 74A-F).
C D
E F
Figura 74 – A) Com um fio dental na área do pôntico, adapta-se a prótese no término cervical e verifica-se
o contato do pôntico na mucosa. B) Utiliza-se carbono líquido para demarcar os excessos que deverão ser
removidos na região do pôntico. C) Excessos de cerâmica removidos na região do pôntico. D) Ajuste de forma
com ponta diamantada para facilitar a higienização. E) Conferir a forma final com o fio dental na região do
pôntico. F) Conferir a forma final com o fio dental na boca novamente para conferir o ajuste.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Este contato do pôntico com o tecido gengival é conferido com o fio dental em toda
a extensão entre os dentes pilares e com a utilização do carbono líquido na região de
contato do pôntico, e o excesso na região de compressão será marcado no tecido.
Em seguida, é feito o ajuste cervical para remover qualquer excesso de cerâmica nessa
região para o completo assentamento da prótese (Figuras 75A-B), além de ajustar o perfil
de emergência dos dentes (Figuras 76A-C).
A B
A B C
Figura 76 – A) Demarcação dos excessos do perfil de emergência e do contorno gengival na vestibular com
lapiseira. B) Conferência da extensão de 0,5mm subgengival. C) Os excessos são removidos com ponta dia-
mantada nº 82.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Depois do ajuste das regiões proximais, pôntico e cervical, passa-se ao ajuste oclusal (ajuste
funcional) (Figuras 77A-F).
C D
E F
Figura 77 – A-B) Análise para ajuste em oclusão na cerâmica marcado com fita carbono Accufilm. C) Re-
moção dos excessos com ponta diamantada nº 82. D) Contatos em protrusão verificados com fio dental.
E) Ausência de contatos em lateralidade com guia do canino direito. F) Ausência de contatos em lateralidade
com guia do canino esquerdo.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Caso seja uma prótese posterior, deve-se lembrar de que os elementos participarão
diretamente da estabilidade posterior do aparelho estomatognático, devendo esses
elementos possuir contatos oclusais em fechamento, sem constituir prematuridades
e com total desoclusão nos movimentos de lateralidade e protrusão da mandíbula.
Caso seja anterior, deve-se de lembrar que os incisivos participam da guia protrusiva e os
caninos das guias laterais. A personalização desses movimentos por meio de provisórios regis
trados em ASA pode otimizar os ajustes das guias anteriores ainda nas etapas laboratoriais.
A B C
A B C
Figura 79 – A) Pintura extrínseca para o ajuste de cor com o uso de pincel de ponta fina. B) Aplicação dire-
tamente sobre a cerâmica posicionada na boca do paciente com o auxílio de pigmentos disponibilizados em
kits com variadas cores. C) A prótese deve ser retirada da boca com o auxílio de uma pinça.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Após a adequação dos detalhes da prótese e a fixação dos pigmentos com ciclo de sinteri
zação, a camada de glaze é aplicada (Figuras 80A-F).
C D
E F
Figura 80 – A-B) Finalizar a aplicação dos pigmentos fora da boca e com o auxílio de uma pinça para segurar
a prótese. C) Pintura extrínseca finalizada e glaze aplicado em toda a prótese; D) para a queima no forno de
cerâmica. E-F) Vista da face vestibular e palatina da prótese fixa após o glaze.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 81 – A) Jateamento com óxido de alumínio da superfície interna da prótese fixa. B) Limpeza e au-
mento da rugosidade do metal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Quando houver cinta metálica na lingual, deve ser realizado minucioso polimento dessa
região (Figuras 82A-D).
A B
C D
Figura 82 – Borrachas com diamante e silicone para polimento do metal. A) Granulação grossa. B) Granula-
ção média. C) Granulação fina. D) Prótese fixa metalocerâmica finalizada, com o metal polido.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C D
E F
Figura 83 – A-C) Após a remoção do provisório e a limpeza, passar vaselina sobre os dentes preparados pró-
ximo à margem gengival e internamente no metal. D) Manipulação do cimento provisório à base de hidróxido
de cálcio. E) Inserção na região do término cervical e paredes axiais. F) Posicionamento na boca do paciente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 84 – A) Após a presa do cimento, os excessos são removidos com sonda exploradora. B) Auxílio de
passa fio e fio dental na região do pôntico e nas proximais.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O paciente deve ser orientado quanto à higienização com o passa fio e fio dental.
C D
E F
Figura 86 – A-B) Na sessão seguinte, a prótese é removida e o cimento provisório deve ser retirado dos den-
tes pilares. C-D) Limpeza de todo o cimento provisório que estiver aderido na prótese. E) Limpeza dos dentes
pilares. F) Limpeza da superfície interna da prótese.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
C D
Figura 87 – A) O pó e o líquido do cimento à base de fosfato de zinco é dispensado sobre a placa de vidro e
as porções divididas de acordo com as recomendações do fabricante. B) O cimento é manipulado utilizando
uma área considerável da placa de vidro para diminuir o calor gerado e atingir o ponto de fio para a consis-
tência ideal do cimento. C) O verniz cavitário para a proteção dos dentes vitalizados é novamente aplicado
após o isolamento relativo na região dos dentes pilares. D-E) O cimento à base de fosfato de zinco é aplicado
de maneira uniforme.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A sua proporção e manipulação devem ser seguidas de acordo com as indicações de cada
fabricante para garantir ótimas propriedades ao material. É importante lubrificar a super-
fície axial externa da prótese com vaselina para facilitar a remoção do excesso de cimento
(Figuras 88A-E).
C D
Em caso de dentes vitalizados, deve-se utilizar um produto selador, como o verniz cavitário,
ou um adesivo autocondicionante. Após a remoção dos excessos de cimento, deve-se con-
ferir o ajuste oclusal em cêntrica e nos movimentos (Figuras 89A-D).
C D
O paciente deve ser orientado quanto à higienização com o passa fio e fio dental. As Figuras
90A-D mostram o caso clínico finalizado.
A B
C D
Figura 90 – Caso finalizado. A) Vista frontal. B) Vista palatina. C) Vista em oclusão. D) Radiografia periapical
para a avaliação da adaptação cervical da prótese.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O cimento à base de fosfato de zinco, entretanto, pode ser utilizado com sucesso quando as
técnicas descritas antes são respeitadas, tendo, como principais vantagens, o custo reduzido
e a simplicidade da técnica.
A B
Figura 91 – A) Aspecto clínico final da prótese fixa metalocerâmica. B) Harmonia com o sorriso do paciente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Quanto ao preparo
§ A quantidade de desgaste, principalmente o espaço interoclusal/incisal apresenta-
se favorável para a confecção da prótese metalocerâmica?
§ A primeira inclinação está levemente convergente para oclusal/incisal em
aproximadamente 3º em cada face?
§ A segunda inclinação está correta?
§ Se a localização do término for subgengival, está a 0,5mm subgengival?
§ O término cervical apresenta a forma em chanfrado?
§ O término cervical está regular, contínuo, definido e bem liso/polido?
§ As paredes axiais do preparo apresentam bom acabamento em baixa rotação?
§ As arestas estão levemente arredondadas?
§ A anatomia oclusal está definida?
§ O dente preparado está separado dos vizinhos em pelo menos 1mm na região cervical?
§ Existe paralelismo (eixo de inserção) entre os dentes pilares de prótese fixa?
Quadro 4
2ª ETAPA CLÍNICA – MOLDAGEM DE TRABALHO E REGISTROS PARA A MONTAGEM EM ASA
100 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
§ Pedir ao paciente para ocluir com o retentor em posição e verificar se existe espaço
suficiente para a aplicação da cerâmica. Caso o espaço não esteja suficiente,
promover o desgaste do metal, de maneira que ele fique em infraoclusão. Não é
necessário, neste momento, usinar a infraestrutura até que o correto espaço para a
cerâmica seja obtido, ou até o limite de 0,3mm de espessura para as ligas de cobalto-
cromo (CoCr) ou NiCr. O preparo final do metal é facilitado após a remontagem em
ASA e deverá ser realizado pelo técnico em prótese dental.
§ Caso não seja possível obter uma correta adaptação de um dos retentores, o
processo de moldagem e montagem em ASA deve ser refeito para a obtenção de
novos retentores.
102 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Passo a passo do registro intermaxilar
§ O registro intermaxilar nesta etapa é realizado para promover a estabilidade posterior
e anterior com os modelos articulados.
§ A RAAQ é aplicada fora da boca com pincel, sem excesso, diretamente na infraestrutura
metálica, contornando a vestibular, incisal/oclusal e lingual, para que fique aderida.
§ Vaselinar o dente antagonista com pincel nº 2 e acrescentar resina sobre a
infraestrutura metálica posicionada na boca, com pincel pelo de Marta nº 0 pela
técnica de Nealon, até a ponta de cúspide do dente antagonista e pedir para o
paciente ocluir os dentes.
§ Lembrar de limpar o pincel na gaze e no monômero.
Seleção da cor
§ Material e instrumental necessários: instrumental clínico (espelho, sonda
exploradora, pinça clínica), escala de cores.
Quadro 7
5ª ETAPA CLÍNICA – AJUSTE DA CERÂMICA
104 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
§ Posicionar a fita carbono nas proximais, uma de cada vez, e a prótese é pressionada
suavemente em busca do assentamento.
§ Retirar a prótese e analisar as marcas de carbono nas proximais. O ajuste
se faz utilizando ponta diamantada de granulação fina ou pedra montada
de carborundum, desgastando suavemente a marca de carbono. Repetir o
procedimento de marcação e desgastar quantas vezes for necessário até que o fio
dental passe pelos contatos com resistência semelhante aos contatos proximais entre
os outros dentes naturais do paciente.
§ Conferir o contato do pôntico com o fio dental. Se houver isquemia persistente
acima de 10 minutos, utilizar o carbono líquido na cerâmica na região de contato do
pôntico, para evidenciar qualquer excesso de material. Secar bem o produto e levar
em posição novamente, fazendo leve pressão digital. Desgastar o excesso com ponta
diamantada de granulação fina ou pedra montada de carborundum.
§ Em seguida, com uma sonda exploradora analisar a relação de adaptação vertical
e horizontal, pois não deve existir qualquer degrau positivo ou negativo entre a
prótese e o término do preparo.
§ Caso haja desadaptação, remover os excessos de cerâmica na região cervical,
ajustando o perfil de emergência dos dentes.
§ Após a completa adaptação da prótese nos dois dentes pilares, marcar os contatos
oclusais de fechamento em relação cêntrica e ajustar se houver contatos prematuros.
Realizar os movimentos de lateralidade e protrusão, marcando com a fita carbono
nos lados de trabalho e balanceio para remover qualquer interferência na prótese.
§ Realizar os ajustes estéticos de forma, contorno e cor, adequando às exigências do
paciente. Se necessário, realizar pigmentação extrínseca com pigmentos/corantes
cerâmicos.
§ Cimentar o provisório com cimento provisório à base de hidróxido de cálcio, óxido
de zinco e eugenol ou óxido de zinco sem eugenol e remover os excessos de
cimento com sonda exploradora e fio dental.
§ Enviar a prótese ao laboratório de prótese dentária para a sinterização dos
pigmentos e do glaze e polimento da prótese.
Quadro 9
7ª ETAPA CLÍNICA – CIMENTAÇÃO DEFINITIVA DA PRÓTESE
106 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
§ Realizar os ajustes necessários na prótese, observados durante a avaliação com o
cimento provisório.
§ Proteger a região externa da prótese com vaselina para facilitar a remoção dos
excessos do cimento à base de fosfato de zinco.
§ Manipular o cimento definitivo à base de fosfato de zinco de acordo com as
recomendações do fabricante.
§ Inserir uma fina camada de cimento manipulado na região interna da prótese
próximo da cervical.
§ Pedir ao paciente que oclua, se for prótese posterior, ou exerça leve pressão com um
rolo de algodão da incisal, se for prótese anterior, e aguardar cinco minutos.
§ Remover os excessos de cimento com sonda exploradora e fio dental.
Quadro 10
8ª ETAPA CLÍNICA – MANUTENÇÃO
34. Na etapa clínica de ajuste da infraestrutura metálica soldada, alguns passos são impor-
tantes para que se possa encaminhar o trabalho ao laboratório para a etapa seguinte.
Estes passos são:
A) ajuste oclusal, ajuste interno do metal e seleção da cor.
B) ajuste do metal, registro interoclusal, moldagem de transferência e seleção da cor.
C) ajuste do metal, registro interoclusal e seleção da cor.
D) ajuste da solda, moldagem de transferência e seleção da cor.
Resposta no final do artigo
35. O ajuste clínico da cerâmica deve ser realizado em etapas, possibilitando uma restau-
ração harmoniosa no aspecto estético e funcional. Para isso, esse ajuste deve ser feito
respeitando quais etapas?
A) Cervical, proximal, oclusal e estético.
B) Estético, oclusal e cervical.
C) Proximal, cervical, oclusal e estético.
D) Cervical, proximal, estético e oclusal.
Resposta no final do artigo
108 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
38. Na avaliação clínica da moldagem de transferência, deve-se verificar se:
A) a marca da ponta de cúspide está nítida no registro.
B) foi colocado alginato na região abaixo do pôntico e nas proximais.
C) o tecido gengival está sadio mantido pelo provisório.
D) a prótese está completamente adaptada no término cervical.
Resposta no final do artigo
39. Segundo a técnica da silhueta modificada, o desgaste da face incisal ou oclusal corres-
ponde ao:
A) 6º passo.
B) 4º passo.
C) 3º passo.
D) 1º passo.
Resposta no final do artigo
40. Entre os materiais e instrumental necessários para os registros para montagem dos mo-
delos de trabalho em ASA estão:
A) pincel pelo de Marta nº 2, pincel nº 7 e espátula nº 0.
B) pincel pelo de Marta nº 7, pincel nº 0 e espátula nº 2.
C) pincel pelo de Marta nº 0, pincel nº 7 e espátula nº 2.
D) pincel pelo de Marta nº 0, pincel nº 2 e espátula nº 7.
Resposta no final do artigo
CONCLUSÃO
O tratamento com prótese fixa metalocerâmica de três elementos para reabilitar a ausência
dentária unitária, quando bem planejado e executado, restabelece a função, a fonética e a
estética ao paciente.
Atividade 2
Resposta: D
Comentário: Em uma anamnese completa, devem ser coletadas informações sobre a saúde
geral do paciente. A existência de doenças sistêmicas pode determinar os cuidados especiais
durante o tratamento, como, por exemplo, diabetes ou hipertensão. Os hábitos parafun-
cionais também devem ser considerados importantes fatores que podem interferir no trata-
mento com prótese fixa. A dieta do paciente pode determinar alterações na cavidade bucal,
sendo que a ingestão frequente de alimentos ácidos pode promover a perda de substância
dentária. O perfil facial do paciente deve ser analisado durante o exame clínico extraoral.
Atividade 3
Resposta: A
Comentário: As radiografias panorâmicas são muito úteis, por fornecer uma visão bem geral
da condição do paciente. Em reabilitações extensas, tornam-se indispensáveis. Entretanto,
as radiografias periapicais e interproximais também devem ser realizadas para que possam
ser visualizados os detalhes pertinentes a cada região de interesse.
Atividade 4
Resposta: C
Comentário: Com a preparação das paredes axiais com convergência de 2 a 5º e inclusão
de canaletas, a retenção friccional é melhorada, sem prejuízo da integridade da estrutura do
dente e sem comprometimento do planejamento estético e funcional.
Atividade 5
Resposta: D
Comentário: O tipo de término chanfrado facilita a adaptação do metal e propicia a correta
quantidade de desgaste para acomodar o material restaurador (metal e cerâmica). Junta-
mente com a correta extensão subgengival de 0,5mm, proporciona estética da emergência
da restauração e respeita a saúde do tecido periodontal.
110 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Atividade 6
Resposta: D
Comentário: Todos os itens citados podem comprometer a integridade biológica do tecido
pulpar e dentinário.
Atividade 7
Resposta: B
Comentário: Do ponto de vista periodontal, o ideal seria que os términos dos preparos fossem
supragengivais, ou seja, que o término da restauração ficasse afastado do tecido gengival.
Atividade 8
Resposta: C
Comentário: Considerando o preparo de pilares para receber uma prótese fixa de três ele-
mentos, é necessário verificar se os preparos possuem direção única de inserção. Nessa fase
de preparo é possível modificar a inclinação dos dentes pilares para favorecer a estética.
Atividade 9
Resposta: A
Comentário: A moldagem com frio retrator deve ser realizada com muita cautela, visto que
poderá traumatizar o periodonto, devendo ser evitada quando na presença de gengiva inse-
rida menor do que 2mm.
Atividade 10
Resposta: A
Comentário: Após o acabamento e o polimento do provisório, a sua cimentação deve ser
realizada com cimento provisório à base de hidróxido de cálcio, óxido de zinco e eugenol ou
óxido de zinco sem eugenol.
Atividade 11
Resposta: C
Comentário: Depois dos ajustes estéticos e da região subgengival, o provisório deve ser poli-
do com critério, para que a superfície esteja lisa, evitando acúmulo de placa e pigmentação
extrínseca.
Atividade 12
Resposta: A
Comentário: A coroa provisória tem como funções: proteger a dentina e a polpa de agentes
nocivos ou irritantes, restabelecer a estética e a função mastigatória e preservar a relação do
elemento dentário com o tecido gengival e os dentes vizinhos/antagonista.
Atividade 14
Resposta: D
Comentário: A linha interna copia o término cervical e a externa promove o afastamento do
tecido gengival, preenchendo o espaço do sulco gengival.
Atividade 15
Resposta: C
Comentário: O registro com o arco facial é realizado sem os provisórios para auxiliar na mon-
tagem do modelo superior e o registro intermaxilar para a montagem do modelo inferior.
Atividade 16
Resposta: B
Comentário: Na opção de afastamento com o fio único, ele deverá ser removido durante a
moldagem, deixando, assim, o sulco gengival livre.
Atividade 17
Resposta: D
Comentário: O objetivo do selamento de bordo é realizar o enceramento até a margem do
término cervical e, assim, promover a adaptação marginal correta da infraestrutura metálica
em toda a extensão do término do preparo. O selamento de bordo também consiste em
verter cera liquefeita, complementando o enceramento na região subgengival, só agora
totalmente exposta, graças ao recorte dos tecidos adjacentes no troquel.
Atividade 18
Resposta: B
Comentário: Caso o modelo antagonista aos preparos não tenha sido alterado no articula-
dor, na montagem de estudo ele poderá ser mantido, dispensando a etapa de registro com
arco facial.
112 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Atividade 19
Resposta: A
Comentário: O modelo de trabalho é obtido utilizando, na região de cada preparo, pino
para troquel, que permite a individualização dos dentes preparados, e gesso pedra especial
tipo IV, o qual apresenta fácil manipulação, baixa distorção e alta resistência, reproduzindo
com fidelidade as estruturas envolvidas na confecção da prótese parcial fixa.
Atividade 21
Resposta: C
Comentário: Na técnica chamada de fundição pela técnica da cera perdida, a injeção ocorre
por canais de alimentação, que comunicam o meio externo com o interior do molde. O
processo de injeção da liga fundida mais comum é o da centrifugação após a fundição dos
lingotes de liga metálica pelo maçarico. Após a injeção da liga fundida, o conjunto não pode
ser superaquecido, tampouco ser resfriado de maneira abrupta.
Atividade 22
Resposta: D
Comentário: O desgaste nas áreas internas dos retentores é realizado com brocas esféricas
carbide e com muito cuidado para não comprometer a retenção da prótese. O desgaste
externo para a adaptação do metal no término cervical é feito com pedra de óxido de alu-
mínio.
Atividade 23
Resposta: B
Comentário: Para realizar um bom ajuste dos retentores metálicos, devem-se remover as
coroas provisórias e limpar qualquer resquício de cimento ou resíduos sobre os preparos
dentários que possam impedir o assentamento adequado da estrutura e levar a uma desa-
daptação marginal.
Atividade 24
Resposta: A
Comentário: A estrutura metálica a ser soldada é incluída em revestimento especial para a
soldagem com altura de 1,5 a 2,0cm para a região da solda, considerando a técnica de solda
por brasagem.
Atividade 25
Resposta: A
Comentário: Na 4ª etapa clínica, é realizado o ajuste da infraestrutura metálica soldada,
para, além de novamente verificar a adaptação dos retentores e o assentamento passivo
Atividade 26
Resposta: A
Comentário: O paciente deve ser orientado que a cor é dependente da luz transmitida pelo
ambiente, e, então, que poderá sofrer leves alterações quando em ambientes dependentes
de iluminação artificial.
Atividade 27
Resposta: B
Comentário: 3ª etapa laboratorial – Obtenção do modelo de trabalho para a remontagem
em ASA, preparo do metal e aplicação de cerâmica de cobertura.
Atividade 28
Resposta: A
Comentário: Na 5ª etapa clínica, o cirurgião-dentista irá conferir os ajustes para a adaptação
da prótese nos dentes preparados (pilares) e os ajustes estéticos quanto à função e à forma.
Atividade 29
Resposta: C
Comentário: Finalizado o ajuste oclusal, é feito o ajuste estético para adequar às exigências
do paciente, tanto no que diz respeito a contorno quanto à textura e à cor.
Atividade 30
Resposta: A
Comentário: A técnica de estratificação consiste em dois ou três ciclos de sinterização de ce-
râmicas de diferentes cores e diferentes níveis de translucidez, de acordo com a necessidade,
até que a anatomia final da prótese seja obtida.
Atividade 31
Resposta: B
Comentário: Após a finalização da prótese, indica-se a fixação provisória da prótese fixa
metalocerâmica de três elementos como forma de se avaliar: o perfil de emergência das
coroas; as condições de higienização; o contato do pôntico ao tecido gengival, possibilitan-
do qualquer ajuste antes da cimentação definitiva; o ajuste oclusal cêntrico e excêntrico; o
ajuste da cor, se necessário.
114 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Atividade 32
Resposta: D
Comentário: Em caso de dentes vitalizados, deve-se utilizar um produto selador, como o ver-
niz cavitário, ou um adesivo autocondicionante. Após a remoção dos excessos de cimento,
deve-se conferir o ajuste oclusal em cêntrica e nos movimentos.
Atividade 33
Resposta: A
Comentário: As consultas posteriores à cimentação definitiva são essenciais para a manu-
tenção da longevidade da prótese fixa, acompanhando a saúde periodontal e o risco de
cárie do paciente.
Atividade 34
Resposta: B
Comentário: Após o ajuste do metal, é necessário se fazer o registro e a moldagem para que
o técnico tenha um modelo de transferência com as relações necessárias para a aplicação
da cerâmica e seleção da cor.
Atividade 35
Resposta: C
Comentário: O ajuste proximal possibilita o assentamento da peça, para que se possam
realizar os ajustes cervical, oclusal e, em seguida, já com o assentamento final estabelecido,
executar o ajuste estético.
Atividade 36
Resposta: B
Comentário: Para a avaliação clínica da musculatura: pressionar com firmeza utilizando a
ponta dos dedos os músculos dos dois lados, simultaneamente, para avaliar, além da dor, a
tonicidade muscular, os trigger points e o edema. Examinar os músculos temporal anterior,
médio e posterior, masseter, pterigóideo medial, pterigóideo lateral, esternocleidomastói-
deo, trapézio, supra-hióideo, infra-hióideo.
Atividade 37
Resposta: A
Comentário: Material e instrumental necessários para o ajuste da cerâmica: instrumental
clínico (espelho, sonda exploradora, pinça clínica), micromotor, peça reta, lapiseira de ponta
fina, ponta diamantada de granulação fina para peça reta, pedra montada de carborundum,
fita carbono dupla-face Accufilm II, pinça Muller, carbono líquido, fio dental.
Atividade 39
Resposta: C
Comentário: 3º passo – Desgaste da face incisal (dentes anteriores) ou oclusal (dentes pos-
teriores) – utilizar ponta diamantada cilíndrica com extremidade arredondada nº 2143 ou nº
3145 (diâmetro da ponta de 1,2mm), fazer dois ou três sulcos de orientação no sentido V-L,
seguindo a inclinação das cúspides, unir os sulcos da metade mesial, com a mesma ponta
posicionada obliquamente aos sulcos.
Atividade 40
Resposta: D
Comentário: Material e instrumental necessários dos registros para a montagem dos mo-
delos de trabalho em ASA: instrumental clínico (espelho, sonda exploradora, pinça clínica),
garfo de mordida, arco facial completo, lâmpada a álcool, álcool absoluto, fósforo ou isquei-
ro, godiva de baixa fusão, vaselina, RAAQ vermelha, monômero, dois potes Dappen, pincel
pelo de Marta nº 0, pincel nº 2, espátula nº 7, espátula Lecron, gaze, cimento provisório,
fio dental.
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118 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS