Resenha Sobre A Didática

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 3

Resenha

LIBÂNEO, José Carlos. Didática: Velhos e Novos Temas. Goiânia: Edição do Autor,
2002.

O autor expõe sua posição em relação ao educadores que se limitam a


transmitir seus ensinamentos através do que está no livro didático, utilizando em
suas aulas um ensino estritamente tradicional, que recusa a entender as
necessidades dos alunos considerando sua idade, características individuais e
sociais que se encontram. Esse método tradicional considera um ensino com base
na memorização, repetitivo, com fórmulas e definições prontas. Consequentemente,
impede que o aluno tenha seu próprio raciocínio em cima da construção do seu
conhecimento. Libâneo (2002) acrescenta “...Ou seja, muitos professores não
sabem como ajudar o aluno a, através de uma atividade, elaborar de forma
consciente e independente o conhecimento.”

Para o autor, o processo de educação no aluno precisa ter atividade mental,


raciocínio crítico com relação ao conhecimento que lhe é apresentado, fazer
relações entre conceitos, e até saber aplicar esses conhecimentos de forma prática
nas situações de sua vida, seja dentro ou fora da escola, apresenta-se aí, uma
aprendizagem mais duradoura.

Já os professores que conseguem ampliar sua prática metodológica e sair do


formato tradicional, Libâneo (2002) afirma que esses, “preocupam-se mais com as
diferenças individuais e sociais dos alunos, costumam fazer trabalho em grupo ou
estudo dirigido, tentam usar mais diálogo no relacionamento com as crianças, são
mais amorosos. Essa forma de trabalho didático é, sem dúvida, bem mais acertado
do que a tradicional.” Dessa forma, sem dúvida alguma, facilita o processo de
aprendizagem para os alunos, levando-os a raciocinarem sobre o conteúdo das
atividades, ampliando suas habilidades e suas capacidades mentais.

Outro ponto analisado pelo autor, é a forma como a didática é vista pelos
pesquisadores e intelectuais contemporâneos que discutem seu olhar de forma
paradoxal sobre o ensino dos professores em sala de aula. Também acrescenta que
a didática não deve cair no senso comum, e nem deve ser vista de forma isolada,
sendo necessário assim, a contribuição de outros campos de conhecimentos
científicos.
Quem lida com a didática enxerga claramente as contribuições da sociologia,
da psicologia e da lingüística etc. Porém, o contexto se desfaz quando o didático é
desqualificado por muitas posições contrárias em relação a teoria geral no ensino,
indagando as especificidades ou até mesmo, negando sua prática. Sabe-se que o
ensino é um campo de interesse para muito áreas do conhecimento, porém
evidencia-se as dificuldades que se lança no diálogo entre essas áreas. Por conta
disso, Libâneo (2002) afirma que “a impressão, no entanto, é que essas áreas do
conhecimento, com notáveis exceções, mantém uma disputa pela hegemonia no
campo do ensino. Desconhecendo ou negando o campo teórico da Didática, tendem
a urna postura exclusivista como se seu campo de conhecimento, incluindo seu
próprio sistema conceitual e metodologia de investigação, fosse capaz de resolver
todos os problemas didáticos.”

Lamentavelmente, há muitas afirmações de senso comum recorrentes sobre


a didática. Juntam-se a essas afirmações, pensamentos paradoxais, sem
fundamentos epistemológicos. Para Libâneo (2002)“Atualmente alguns intelectuais
continuam a fustigar a Pedagogia, a Didática, o trabalho cotidiano das escolas, por
conta ora de uma propalada insuficiência epistemológica dessas áreas ora de serem
disciplinas e práticas retrógradas frente à pós-modernidade”. A partir disso, é
necessário conhecer e superar as dificuldades que se acentuam na busca de um
diálogo interdisciplinar entre a Didática e outros campos científicos.
REFERÊNCIAS

LIBÂNEO, José Carlos. Didática: Velhos e Novos Temas. Goiânia: Edição do


Autor, 2002.

Você também pode gostar