Fichamento Texto Do Newton Duarte
Fichamento Texto Do Newton Duarte
Fichamento Texto Do Newton Duarte
PEDAGÓGICAS.
Nas duas últimas décadas, o debate educacional tem se caracterizado por uma
quase total hegemonia das “pedagogias do aprender a aprender” (Duarte, 2001), com
destaque para o construtivismo, a pedagogia do professor reflexivo, a pedagogia das
competências, a pedagogia dos projetos e a pedagogia multiculturalista.
Diante dessa indefinição, não é de estranhar que outra ideia muito difundida pelas pedagogias
contemporâneas seja a de que o cotidiano do aluno deve ser a referência central para as
atividades escolares. Ou melhor, são considerados conteúdos significativos e relevantes para o
aluno aqueles que tenham alguma utilidade prática em seu cotidiano. Soma-se a esse
utilitarismo o princípio epistemológico pragmatista de que o conhecimento tem valor quando
pode ser empregado para a resolução de problemas da prática cotidiana.
Algumas características das pedagogias mais difundidas nas duas últimas décadas
O construtivismo tem como referência central a epistemologia genética de Jean Piaget. Nessa
epistemologia a gênese e o desenvolvimento do conhecimento humano são promovidos pelo
esforço de adaptação do organismo ao meio ambiente. Os esquemas de ação e de
pensamento, bem como as estruturas da inteligência desenvolvem-se movidos pela ação
recíproca e complementar entre, por um lado, o esforço feito pelo sujeito cognoscente na
direção da assimilação do objeto de conhecimento às suas estruturas e esquemas mentais e,
por outro, a resistência que o objeto pode oferecer a essa assimilação, gerando a necessidade
de reorganização espontânea dessas estruturas e esquemas mentais para que eles se
acomodem às características do objeto. Do ponto de vista pedagógico, isso significa que as
atividades de maior valor educativo serão aquelas que promovam esse processo espontâneo
de desenvolvimento do pensamento. Nessa perspectiva não importa o que o aluno venha a
saber por meio da educação escolar, mas sim o processo ativo de reinvenção do
conhecimento. Aprender o conteúdo não é um fim, mas apenas um meio para a aquisição
ativa e espontânea de um mé- todo de construção de conhecimentos.
A pedagogia de projetos é inteiramente compatível com essa tese piagetiana de que o método
de pesquisa é mais útil para a vida do que o conhecimento que o professor ensine aos seus
alunos. Aliás, o método de ensino por projetos surgiu inicialmente com William Heard
Kilpatrick, colega e colaborador de John Dewey. Embora na atualidade seja utilizada a
expressão pedagogia de projetos, o mais correto seria considerar o método de projetos como
um dos métodos escolanovistas, o qual foi revitalizado e incorporado ao universo pedagógico
contemporâneo. A ideia central do método de projetos é de que o conhecimento deve ser
buscado pelos alunos a partir de necessidades de sua vida real, opondo-se aos currículos
preestabelecidos nos quais o conhecimento é organizado numa sequência lógica e temporal. O
pragmatismo de John Dewey é sem dúvida a base filosófica do método de projetos.
Igualmente central no método de projetos é o desenvolvimento da atitude investigativa e do
pensamento científico autônomo, considerados por Dewey e por Kilpatrick indispensáveis à
cidadania na democracia liberal.
Essa mesma perspectiva é adotada pela pedagogia do professor reflexivo, que nada mais é do
que a aplicação, à formação de professores, das ideias escolanovistas, construtivistas e do
princípio da centralidade do conhecimento tácito. Desenvolvida inicialmente por Donald Schön
como uma proposta para a formação profissional em geral, a teoria do profissional reflexivo
ganhou larga divulgação no campo da formação de professores, especialmente associada à
ideia de educação permanente ou formação continuada ou educação ao longo da vida.
Segundo essa perspectiva, se as crianças e os jovens devem construir seus conhecimentos a
partir das demandas de sua prática cotidiana, então a formação dos professores também deve
seguir essa diretriz, pois o conhecimento decisivo para as decisões que o professor toma em
sua atividade profissional não é aquele proveniente dos livros e das teorias, mas o
conhecimento tácito que se forma na ação, no pensamento que acompanha a ação e no
pensamento sobre o pensamento que acompanha a ação. Desse modo, aprender a pensar e a
tomar decisões acertadas diante de situações práticas problemáticas e imprevisíveis seria um
dos maiores senão o maior objetivo da formação de professores. E o maior objetivo do
trabalho do professor seria contribuir para que seus alunos também aprendam a pensar e a
resolver problemas postos por suas práticas cotidianas. Em suma, tudo gira em torno ao
aprender a aprender e ao aprender fazendo.
Conteúdos Texto-base
Fatores locacionais ESTALL, R. C.; OGILVIE
BUCHAMAN, R. Atividade Industrial e
Geografia Econômica. Rio de Janeiro:
Zahar Editores, 1976.
Ou
Resumo do livro acima mencionado, que
se encontra no SIGAA.
Teorias Locacionais MANZAGOL, Claude. Lógica do Espaço
Industrial. São Paulo: Difel, 1985. p. 15-
35
MAIS,
Quadro distribuído em sala de aula. Está
no sigaa.
Tecnopolos – espaços produtivos de alta BENKO, Georges. Indústria de Alta
tecnologia Tecnologia e desenvolvimento Regional: a
lógica da localização. In:
______. Economia, Espaço e
Globalização: na aurora do século XXI.
São Paulo: Hucitec, 1996. p. 131-152
BENKO, Georges. Novos espaços
industriais e tecnopolos: algumas
reflexões. In: ______. Economia, Espaço
e Globalização: na aurora do século XXI.
São Paulo: Hucitec, 1996. p. 153-162
Distritos Industriais – DI´S Texto de nossa autoria, que se encontra no
SIGAA
Borges, Ronan E. Distritos industriais:
conceitos e a experiência brasileira -
estratégia na política de indução de
industrialização. Goiânia-GO, 2015.
(Digitado)