Apostila Psicologia Da Educacao1597075989
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Sumário
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................2
CAPÍTULO 1 – ENTENDENDO O TRABALHO DO PSICÓLOGO ...................................3
CAPÍTULO 2 – A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO ..............................................................7
CAPÍTULO 3 – DEFININDO O CONCEITO DE APRENDIZAGEM ................................13
CAPÍTULO 4 – AS TEORIAS DE APRENDIZAGEM ........................................................15
CAPÍTULO 5 – A MOTIVAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM ..........................................21
CAPÍTULO 6 – A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO .......................................................25
CAPÍTULO 7 – OS PROCESSOS DE RETENÇÃO E ESQUECIMENTO DA
APRENDIZAGEM ...................................................................................................................29
CAPÍTULO 8 – A APRENDIZAGEM CRIATIVA ................................................................34
CAPÍTULO 9 – FATORES QUE PREJUDICAM A APRENDIZAGEM ...........................38
CAPÍTULO 10 – A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ..................................................42
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................45
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................46
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INTRODUÇÃO
assim, essa área da psicologia vai estudar e tratar as doenças sob essa
perspectiva;
Formação do psicólogo
A graduação em Psicologia pode ser na linha de bacharelado, licenciatura ou
ambos. O bacharel vai atuar na parte clínica, enquanto o licenciado, na carreira
docente. A maioria das faculdades oferece ambas as opções, podendo o aluno
cursar semestres completivos após a formatura para obter uma segunda
habilitação. O curso dura em média cinco anos. É presencial e o estágio é
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• A Teoria Psicanalítica
A teoria psicanalítica nasceu dos estudos e das observações do médico
neurologista austríaco Sigmund Freud. Atualmente, é usada na psicologia
clínica e em estudos teóricos, analisando o psiquismo e o comportamento
humano, os processos que envolvem o Inconsciente, usando a psicoterapia da
livre associação e formulando tratamentos para problemas psíquicos. A 1ª
Teoria do Aparelho Psíquico, ou Modelo Topológico da Mente, foi formulada
no início dos estudos de Freud (sobre o assunto) para explicar os níveis de
consciência do ser humano ao usar sua energia mental, ele descreveu três
níveis:
• Desenvolvimento da Sexualidade
Para a teoria freudiana a sexualidade se desenvolve desde o nascimento. É
importante não confundir o conceito de sexualidade (orgânica, biológica) com o
de erotização (prática, sexualização, social). A criança tem sexualidade, mas
jamais deve ter qualquer contato com erotismo e práticas sexuais. Criança não
namora, não casa e muito menos pratica sexo.
Essa sexualidade natural, inata e biológica é fruto da nossa pulsão de vida, Eros,
que se manifesta através da busca da satisfação e do prazer. Essa busca
acontece desde que nascemos e se divide em fases:
Fase Oral: é a fase mais precoce na qual o bebê obtém sua satisfação
ao sugar, morder, mastigar. Adultos que construírem uma relação
conflituosa com o prazer oral podem desenvolver a “fixação oral”, ou seja,
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eles se mantêm nessa fase, tentando obter prazer com a comida, bebida,
cigarro, etc.;
Complexo de Édipo: o menino começa a ter uma certa fixação pela mãe,
quer ter exclusividade sobre ela e seu amor. Se houver uma forte
presença paterna nessa família, o filho irá desenvolver um ciúme do pai,
iniciando uma competição pelo amor da mãe. Mas a criança, que está
desenvolvendo o Superego, se sente culpada por isso;
• Afetividade e Aprendizado
Além da sexualidade, a psicologia nos apresenta estudos importantes sobre o
desenvolvimento da nossa afetividade e a relação desta com o aprendizado
humano. Na educação, o maior expoente desse assunto é o filósofo, médico e
psicólogo francês Henri Wallon. Seus estudos contribuem muito para a
compreensão sobre a relação da afetividade com o desenvolvimento da criança
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• Desenvolvimento Social
Dentro do desenvolvimento social, a teoria psicológica mais utilizada nos
estudos educacionais é a desenvolvida pelos psicólogos russos fundadores da
Psicologia Sócio-Histórica, ou Histórico-Social. Esses psicólogos são: Lev
Semenovich Vygotsky, Alexei Nicolaievich Leontiev e Alexander Romanovich
Luria. O grupo era chamado de “troika” (Wikipedia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_cultural-hist%C3%B3rica).
Vygotsky e seus colegas estudavam as funções psicológicas superiores e o
aprendizado humano, unindo a psicologia com análises culturais, históricas e
relacionando com o materialismo dialético, ou seja, fortemente influenciados
pelas teorias de Karl Marx e Friedrich Engels. Vale lembrar aqui do contexto em
que o grupo de psicólogos russos desenvolveu sua teoria: a União Soviética pós-
revolução russa de 1917, dominada pelo pensamento de Trotsky e Lênin, que
buscavam implantar o socialismo-comunismo defendido por Marx e Engels
(SANTA & BARONI, 2014).
• A Aprendizagem Significativa
Para o psicólogo americano David Ausubel, a aprendizagem deve fazer sentido
para quem aprende. O conteúdo ensinado deve ter alguma relação com a
realidade do aluno e também com o que este já aprendeu. O ensino deve enfocar
a formação de novos conceitos, quando as crianças ainda estão na Educação
Infantil, utilizando organizadores prévios, temas introdutórios para familiarizar a
criança com o novo conceito.
Esses organizadores irão captar o interesse da criança para o assunto que será
abordado pelo professor. A aprendizagem, então, é construída conteúdo após
conteúdo, sempre os relacionando entre si e com o que a criança já conhece,
tudo deve fazer sentido. Para se alcançar esse sentido, o material didático deve
ser significativo para o aluno, e este, deve manter o foco na aprendizagem,
manter o interesse. A avaliação deve ser feita propondo atividades práticas e
resolução de problemas (MOREIRA, 2011).
Assim, a teoria da aprendizagem significativa dá ao aprendizado escolar uma
razão de ser que não tem sido encontrada atualmente. As novas gerações de
educandos obtêm informações que lhes interessam de modo rápido, nos
dispositivos móveis e acabam não tendo motivação para aprender pelo método
tradicional. É uma geração acostumada a conhecer uma grande quantidade de
temas, mas de modo superficial.
Essa teoria é atual e precisa ser adotada nas escolas, já que muitas ainda tentam
promover o aprendizado com métodos ultrapassados, ensinando de uma forma
que não sentido algum para seus alunos. Uma opção seria se utilizar desses
temas que interessam aos alunos e usar o tempo na escola para aprofundá-los,
conectando-os com os saberes acadêmicos, e assim, mantendo a atenção e
interesse dos alunos no aprendizado escolar.
É preciso levar em conta o conhecimento prévio, a cultura, a bagagem cognitiva
que a criança traz para a escola. Ao ressaltar a importância da história do
indivíduo e a do professor como mediador, Ausubel se aproxima da teoria de
Vygotsky; ambos reforçam que o conteúdo ensinado na escola deve ter valor
social e significado para o aluno (MOREIRA, 2011).
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• Teoria Sócio-Histórica
Em capítulos anteriores abordamos alguns aspectos da teoria Sócio-Histórica de
aprendizagem, baseada nos estudos do psicólogo russo Lev Vygotsky. Segundo
essa teoria, a criança vai aprender todo o conhecimento social e histórico do
meio em que vive através da linguagem e da interação social. A cultura e o
contexto histórico são produtos importantes na teoria de Vygotsky, produtos
estes responsáveis pela aquisição de conhecimento e reprodução do mesmo. O
homem, segundo ele, se torna humano em contato com a humanidade
(VYGOTSKY, 2002).
O aluno é um ser histórico, ele não chega à escola como uma folha de papel em
branco, ao contrário, traz muita bagagem e conteúdo, construídos com sua
família, sua comunidade e com a sociedade em que vive. O professor precisa
analisar esse conteúdo antes de iniciar qualquer processo de ensino. Vygotsky
afirma que o professor precisa considerar três níveis de aprendizado do aluno
(VYGOTSKY, 2002):
• Teoria Comportamental
O Behaviorismo, ou Psicologia Comportamental, é uma área que estuda o
comportamento humano observável. Para o behaviorismo, o aprendizado é
medido pelas mudanças comportamentais verificáveis e não está restrito à
espécie humana. Descreveremos a seguir dois autores importantes para
entendermos como essa área da Psicologia explica o aprendizado: Ivan Pavlov,
que desenvolveu a Teoria do Condicionamento Respondente, e B.F. Skinner,
que desenvolveu a Teoria do Condicionamento Operante, ambas teorias
importantes para a Educação (MOREIRA, 2011). Antes de conhecermos os
autores, porém, convém entender dois conceitos importantes:
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• Teoria Construtivista
O biólogo suíço Jean Piaget é um dos autores mais importantes nas pesquisas
e práticas educacionais. Sua teoria de desenvolvimento cognitivo é a base da
Educação Infantil e primeiros anos do Ensino Fundamental. Também se dedicou
ao desenvolvimento moral e social das crianças. Para Piaget, como já
explicamos anteriormente, a inteligência é uma adaptação. O ser humano nasce
com estruturas mentais próprias da espécie, que em contato com o meio e seus
objetos de aprendizagem desencadeiam os processos mentais de adaptação e
organização (PIAGET, 1964).
A primeira parte da pesquisa de Piaget é sobre o desenvolvimento humano.
Como biólogo, ele se interessou pelos processos mentais e como estes se
multiplicavam ao longo da infância. Chegou a observar e estudar os próprios
filhos, que são citados em diversos textos dele. Esses estudos originaram a sua
teoria do desenvolvimento, a Epistemologia Genética, na qual afirma que o
conhecimento é adquirido através de uma interação do indivíduo com o meio.
Também descreveu a teoria do desenvolvimento cognitivo da criança. Essa
teoria classifica o desenvolvimento infantil em quatro estágios (PIAGET, 1964):
• As Inteligências Múltiplas
O psicólogo americano Howard Gardner desenvolveu uma teoria que está sendo
bastante utilizada nos processos de ensino-aprendizagem das escolas atuais: a
teoria das inteligências múltiplas. Durante muito tempo a escola não levava em
conta as diferentes habilidades e competências de seus alunos. Não entendia
ou não justificava o fato de muitos estudantes serem habilidosos em
determinadas áreas e terem dificuldades de aprendizagem em outras.
Com conhecimento em neurologia e psicologia, Gardner observou que a
necessidade de resolver problemas influencia o desenvolvimento da inteligência
e que o meio que produz essa necessidade estimula ou não determinadas áreas
do conhecimento. Para Gardner, a princípio, existem 7 tipos de inteligência
(ANTUNES, 1998):
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• A Geração Z
Se observarmos comportamentos de pessoas com muita diferença de idade,
iremos notar que pensam e agem de modos diversos, se aproximando mais dos
pares que dos mais jovens ou mais velhos. Essa diferença entre gerações levou
cientistas a estudarem e classificarem grupos de pessoas com contextos
culturais semelhantes, mas idades diferentes. De acordo com Somera (2013, p.
6), “estudos globais demonstram que as gerações apresentam um conjunto de
atitudes e crenças que as caracterizam”. Essas gerações podem ser
classificadas em (SOMERA, 2013, p. 6):
Como uma geração intensamente ligada às tecnologias, ela precisa que a escola
lhe ofereça essas ferramentas para se motivar a aprender, a estudar e a se
concentrar nos conteúdos acadêmicos. As profissões tradicionais e a formação
universitária nem sempre interessam aos dessa geração. Eles procuram
empregos menos formais, de formação mais rápida e específica e não constroem
laços muito duradouros com as empresas, pois se perdem a motivação,
abandonam seus projetos.
Entendimento Global: são alunos que têm uma visão mais ampla do
mundo, pois são bem informados. Então, devemos aproveitar esse
conhecimento para trabalhar os conteúdos escolares;
Multitarefas: essa é uma qualidade com a qual a geração ainda não sabe
lidar, acabam ansiosos e desmotivados. O professor deve buscar
dinâmicas de grupo que treine essa habilidade dos seus alunos;
Durante muitos séculos a relação do professor com seus alunos era restrita à
sala de aula e a interação era mínima. O método tradicional de ensino não
permitia que professores abrissem mão de uma posição ativa e autoritária em
relação aos seus alunos, e estes não se aproximavam mais que o necessário
para umas poucas perguntas.
Atualmente, não se admite mais esse afastamento do professor, principalmente
nas séries iniciais. A escola vem pouco a pouco compreendendo que ensinar vai
muito além de transportar os conteúdos de uma pessoa para outra. Tanto, que
a Psicologia tem sido cada vez mais solicitada no cotidiano escolar para melhorar
a relação entre os alunos, entre alunos e professores, e entre a escola e seus
agentes.
Por isso, é importante conhecermos como a Psicologia pode tornar o
aprendizado e o ensino mais efetivos, através da edificação na qualidade da
relação professor-aluno. Neste capítulo, iremos descrever como é a relação ideal
entre professor e aluno, como esta relação interfere no processo de ensino-
aprendizagem e quais estratégias a Psicologia fornece aos educadores para
tornarem essa relação a mais saudável e produtiva possível.
Durante muitos anos a ciência vem estudando a memória humana, sua formação
e os processos de retenção de informações. Nas últimas décadas os estudos
têm avançado bastante, esclarecendo muitas questões relacionadas à parte
cerebral relacionada ao funcionamento da memória. Neste capítulo, iremos
estudar a estrutura da memória e o processamento de informação, levando à
retenção ou esquecimento do conhecimento.
Para os autores Squire e Kandel (2003, apud NUNES & SILVEIRA, 2015), a
memória é definida com algo que é aprendido e permanece por um longo tempo.
Para Coon (1999, apud NUNES & SILVEIRA, 2015), a memória seria “como um
sistema ativo que recebe, armazena, organiza, modifica e recupera a
informação. ”
Assim, percebemos o quanto o aprendizado está relacionado com a memória,
por isso, a Psicologia da Educação está comprometida com o seu estudo e suas
definições. A memória retém conhecimento e passa esse conhecimento adiante,
perpetuando os saberes da humanidade, a cultura e a linguagem. Nossa história,
nossa personalidade, nossos pensamentos e emoções são construídos através
da memória e ela direciona nossa interação social e nosso lugar no mundo.
O comprometimento da memória nos leva a problemas de aprendizagem, de
relacionamento e de cunho psicológico, ela interfere em toda nossa rotina,
nossos afazeres e nossos planos. Mas como é a estrutura da memória? Segundo
a classificação de Coll, Palácios, Marchesi (2004, apud NUNES & SILVEIRA,
2015) e Pozo (2002, apud NUNES & SILVEIRA, 2015), existem três grandes
sistemas de processamento da memória: memória sensorial, de curto prazo e de
longo prazo, que estudaremos a seguir.
• Memória Sensorial
A memória sensorial está relacionada aos sentidos: olfato, paladar, tato, audição
e visão. Ela armazena informações captadas por estes. Não precisa ser
consciente, ou seja, nem sempre percebemos que estamos captando
informações e armazenando-as. Assim, muitas vezes sentimos um cheiro, ou
ouvimos um som que nos parece conhecido, mas não conseguimos associar a
nenhum fato especificamente.
• O Esquecimento
Acumular todas as informações que recebemos todos os dias, desde o
nascimento (ainda mais atualmente, que somos bombardeados com estímulos),
faria com que a mente entrasse em colapso. Por isso, a memória irá usar o
processo de selecionar e reter somente o que considera útil e necessário. O que
acontece, porém, quando esquecemos as informações de que precisamos?
Alguns fatores estão envolvidos nesse esquecimento (NUNES & SILVEIRA,
2015):
Como podemos ver, a pessoa irá ter mais chances de reter informações se
estiver bem, se tiver interesse e se o ambiente lhe proporcionar estímulos e
práticas para seu aprendizado. Em seus estudos, o Dr. Edgar Dale desenvolveu
as Pirâmides de Aprendizagem, que são uma representação esquematizada dos
dados acima, entre outros colhidos por ele em suas pesquisas. Essas pirâmides
explicam como o cérebro humano retém o conteúdo apresentado a ele.
Cinematografia, Televisão
Participação
PASSIVA Exposições
Excursões
Demonstrações ATIVA
Experiências simuladas
Meios mais
Experiências dramatizadas
Experiências diretas, reais, com propósito definido Concretos
Com esses dados, podemos entender que quanto mais o aluno participar do
processo de ensino-aprendizagem, mais significado encontrar nesse processo e
em seus conteúdos, e quanto mais dinâmico for o ensino, maiores as chances
de o aluno reter o aprendizado por um longo prazo e até por toda a vida. Assim,
a sala de aula precisa ser um espaço de integração entre os alunos e
professores, e entre estes e o conhecimento teórico-prático.
Para que isso aconteça, podemos citar algumas ações:
• Definição de Criatividade
Explicar a criatividade é complexo, pois assim como a inteligência, a criatividade
envolve fatores diversos, tais como: contexto, interação, reflexão, atitudes,
impacto social, entre outros. Avaliar essa criatividade também não é fácil, pois
irá depender da situação. De acordo com o livro Psicologia da Aprendizagem, de
Nunes & Silveira (2015, p.80), podemos descrever algumas definições de
criatividade baseadas em estudos específicos (na íntegra):
Criar é basicamente formar. É poder dar forma a algo novo (...) o ato
criador abrange, portanto, a capacidade de compreender; e esta, por sua
vez, a de relacionar, ordenar, configurar, significar” (OSTROWER, 1996).
• Fatores Sociais
Os fatores sociais influenciam bastante o desenvolvimento e a formação do
indivíduo. Já estudamos as teorias de aprendizagem que acreditam que a
interação do homem com o ambiente é tão ou mais importante que a influência
genética. Mas como o meio social pode interferir no aprendizado do indivíduo?
Em primeiro lugar, retomemos a teoria de Jean Piaget: a inteligência, segundo
ele, é uma adaptação ao meio e para que as estruturas mentais se desenvolvam
e promovam a absorção do conhecimento, é preciso estímulos do meio. Sendo
assim, o indivíduo que não recebe estímulos suficientes não se desenvolve
integralmente.
Esses estímulos vêm da família, que deve apoiar os estudos, valorizá-los e
estabelecer uma rotina para estes. Os estímulos também são dados pela
sociedade, que deve valorizar a escola, o professor e os estudos acadêmicos.
Nossa sociedade atual não tem cumprido seu papel, ela priva muitos alunos de
camadas sociais mais pobres do acesso às mesmas oportunidades que as que
os alunos mais abastados têm. É uma sociedade desigual não só do ponto de
vista socioeconômico, mas cultural e ideológico.
• Fatores Neurológicos
Fatores neurológicos podem estar relacionados com componentes genéticos e
hereditários, porém, decidimos separá-los aqui pois alguns ainda não têm
comprovação quanto a isso. Abaixo, temos os distúrbios mais comuns nas
escolas brasileiras. Distúrbios de aprendizagem são problemas na organização
das informações que o organismo recebe do meio, eles podem prejudicar a
alfabetização, o letramento e outras ações escolares. Vejamos os mais comuns:
Disgrafia: problema no desenho e grafia das letras que pode ter origem
psicomotora, dificuldade de formar frases e textos;
Atraso na fala: isso pode ocorrer por problemas físicos (no aparelho
fonológico), neurais ou sociais, como a falta de estímulo;
• Funções da avaliação
Ao refletir sobre os processos avaliativos, a escola tem buscado novas
orientações para preparar seus instrumentos. A prova escrita ainda é o
instrumento mais usado e na maioria das vezes o que tem maior valor, porém,
outras formas de medir desempenho, rendimento e progresso escolar têm sido
tentadas pela escola para transformar a avaliação da aprendizagem em algo
mais justo para alunos e professores.
Destas formas, podemos citar a Avaliação Formativa como a que tem sido mais
indicada para os professores. Esse tipo de avaliação se caracteriza por um
trabalho contínuo de observação da evolução do aluno. A partir de uma avaliação
Diagnóstica inicial (instrumento usado para analisar o que o aluno já sabe) o
professor estabelece objetivos e vai avaliando se estes objetivos têm sido
alcançados pelos seus alunos ao longo dos bimestres (ou outra medida de
tempo).
A avaliação formativa não só considera as individualidades dos alunos, como
ajuda o professor a avaliar seu próprio trabalho e, caso necessário, redirecionar
suas metas e objetivos. Fazem parte desse tipo de avaliação: olhar os cadernos;
observar a participação e a dedicação do aluno; analisar atividades e exercícios;
propor trabalhos, etc. (MELO & BASTOS, 2012).
Além da avaliação formativa, o professor pode aplicar também a Avaliação
Cumulativa: ela consiste em avaliar a produção e o aproveitamento do aluno ao
final de determinado período (mês, bimestre, semestre, ano letivo). A
Autoavaliação também pode ser inserida no processo avaliativo, é um modo de
dar autonomia ao aluno e levá-lo a refletir sobre si mesmo como estudante
(MELO & BASTOS, 2012).
Observação sistemática
Análise das produções dos alunos
Atividades específicas para a avaliação: nestas, os
alunos devem ter objetividade ao expor sobre um tema,
ao responder um questionário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA