Lei Maria Da Penha
Lei Maria Da Penha
Lei Maria Da Penha
A LEI SEXISTA
2019
1
A LEI SEXISTA
2019
2
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO....................................................................................3
2 OBJETO.....................................................................................................................4
2.1 Tema.......................................................................................................................4
2.4 HIPÓTESES..........................................................................................................5
3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................7
4 OBJETIVOS...............................................................................................................9
5 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................10
6 METODOLOGIA.......................................................................................................26
7 CRONOGRAMA.......................................................................................................27
REFERÊNCIAS...........................................................................................................29
3
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Endereço completo: Rua CARLOS CHAGAS n° 26, Bairro Loteamento Popular, Cep
E-mail: [email protected]
2 OBJETO
2.1 Tema
Sabe-se que a violência contra a mulher no país tornou-se algo comum e até
mesmo banal, sendo fato corriqueiro entre as pessoas, ignorado por muitos com
grande facilidade. Diante de tais circunctâncias, a violência contra a mulher não tem
tido a devida importância social, fazendo assim, com que a vítima de maus tratos,
absorva o medo, tentando omitir cada vez mais a violência. 1
1
BRASIL. Lei Nº 11.340, De 7 De Agosto De 2006.
2
BRAGHINI, Lucélia. Cenas respectivas de violência doméstica: um impasse entre Eros e
Tanatos. 2000.
5
2.4 HIPÓTESES
3
DISTRITO FEDERAL. Lei Maria da Penha: Ligue 180 recebe um relato de violência contra a
mulher a cada três minutos e cinquenta segundos.
6
Destarte, é notável a violação aos Direitos Humanos, mostrada pela lei Maria
da Penha, bem como pela Convenção de Belém do Pará, ofendendo em todos os
âmbitos, o princípio da dignidade da pessoa humana, mostrando a desigualdade de
gênero e também poder.
4
ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS. Mais Direitos Para Mais Pessoas.
5
VIOLA, Solon Eduardo Annes. Direitos humanos no Brasil. Porto Alegre: UNISINOS, 2014.
7
3 JUSTIFICATIVA
6
COMPARATO, F.K. O poder Judiciário no regime democrático. Estudos Avançados. 2004
8
4 OBJETIVOS
c) Causar uma reflexão acerca dos direitos fundamentais voltados para as mulheres
no Brasil
‘
10
5 REFERENCIAL TEÓRICO
7
CAVALCANTI, Stela Valéria Soares de Farias. Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil.
2007, p. 99.
8
DIAS, Maria Berenice. A “Lei Maria da Penha” na justiça: a efetividade da Lei11.340/2006 de
combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Revista dos Tribunais, 2013.
9
NUNES, Mykaella Cristina Antunes Nunes; LIMA, Rebeca Fernandes Ferreira. Violência Sexual
contra Mulheres: um Estudo Comparativo entre Vítimas Adolescentes e Adultas. Psicologia:
Ciência e Profissão 2017.
10
DELZIOVO, Carmem Regina; COELHO, Elza Berger Salema et al. Violência sexual contra a
mulher e o atendimento no setor saúde em Santa Catarina – Brasil. Temas Livres Free Themes,
Doi: 10.1590/1413-81232018235.20112016.
11
11
MANZINI, Luana; VELTER, Stela Cunha. Violência psicológica contra mulheres: uma
abordagem com os instrumentos previstos na Lei Maria da Penha. Jusbrasil, 2016.
12
MACHADO, Isadora Vier; DEZANOSKI, Mayara. Exploração Do Conceito De Violência
Psicológica Na Lei 11.340/06. Revista Gênero & Direito, 2014.
13
ECHEVERRIA, Gabriela Bothrel. A Violência Psicológica Contra a Mulher: Reconhecimento e
Visibilidade. 2018.
12
A grande parte das mulheres sofre este tipo de violência por permanecerem
em relacionamentos baseados, em diversas vezes, na dependência financeira e
emocional, acarretando em situações de agressão. Em muitos casos, a violência
acontece por parte do próprio marido ou namorado. 15
A violência moral, declarada pela Lei 11.340/06, mais conhecida como a Lei
Maria da Penha, é caracterizada em agressões que levam a danos contra a honra,
com atos de: calunia, injuria e difamação, ocasionando em baixa autoestima,
prejudicando o meio social da vitima e a desqualificando. 16
14
FONSECA, Paula Martinez; LUCAS, Taiane Nascimento Souza. Violência Doméstica Contra A
Mulher E Suas Consequências Psicológicas. Salvador, 2006.
15
FONSECA, Denire Holanda; RIBEIRO, Cristiane Galvão; LEAL, Noêmia Soares Barbosa. Violência
Doméstica Contra A Mulher: Realidades E Representações Sociais. Psicologia & Sociedade,
2012.
16
CERQUEIRA, Ariene Bomfim et al. Violência Moral Contra A Mulher E Seus Contornos No
Município De Ilhéus. Universidade Estadual de Santa Cruz, 2014.
13
Com isso, passa a ser qualificado o homicídio praticado contra mulher por
razões de gênero, também podendo incorrer em causa de aumento de pena de
acordo com o caso concreto. Não obstante, a lei não deixou de constar que a novel
qualificadora deveria ser posta no rol dos crimes hediondos definidos pela Lei Nº
8.072/90. 17
Já, o feminicídio por conexão, ocorre quando o homem tem por objetivo
assassinar outra mulher, no entanto, a vítima que não era alvo, vem a ser
assassinada de modo conexo, em decorrência das circunstância que o crime
ocorreu.
17
SANTOS, Mariana Gois. A lei do feminicídio (lei 13.104/2015) e suas alterações na legislação
penal brasileira. 2016.
14
Ressalta-se que a Lei Maria da Penha tinha como propósito, não apenas
proteger à mulher, vítima de violência doméstica e familiar, mas também prevenir
contra futuras agressões e punir os devidos agressores.
A Lei Maria da Penha dispõe em seu artigo 1º, coibir e prevenir a violência
doméstica e familiar contra a mulher, criando Juizados de Violência Doméstica e
Familiar e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação
de violência doméstica e familiar. A Lei Maria da Penha tipifica como crime, a
violência doméstica e familiar contra a mulher, sendo qualquer ação ou omissão
baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou
psicológico e dano moral ou patrimonial. (art. 5º). Sendo este tipo de agressão
cometido no âmbito da unidade doméstica, no âmbito da família ou em qualquer
relação íntima de afeto. 1
Especiais no Brasil. Sendo que os crimes de violência doméstica eram vistos como
crimes de menor potencial ofensivo e aplicava-se, ao agressor, penas restritivas de
direito, que variavam desde limitações de finais de semana ao pagamento de cestas
básicas.
21
CUNHA, Rogério Sanches. Lei do feminicídio: breves comentários. Jusbrasil, 2015.
22
SILVA, Dayane de Oliveira Ramos. Aplicabilidade da Lei Maria da Penha: Um olhar na vertente do
gênero feminino. Ambito Jurídico, 2010.
23
GALIZA, Danuza Ferreira De. O Feminismo através dos Tempos. 2008.
17
24
Cunha e Pinto (2009) explicam o porquê dessa denominação:
O motivo que levou a lei ser “batizada com esse nome, pelo qual,
irreversivelmente, passou a ser conhecida, remonta ao ano de 1983. No dia
29 de Maio desse ano, na cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará, a
farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, enquanto dormia, foi atingida
por um tiro de espingarda desferido por seu então marido, o economista
M.A.H.V, colombiano de origem e naturalizado brasileiro. Em razão desse
tiro, que atingiu a vítima em sua coluna, destruindo a terceira e quarta
vértebras, suportou lesões que deixaram-na paraplégica.[...] Mas as
agressões não se limitaram ao dia 29 de maio de 1983. Passada pouco
mais de uma semana, quando já retornara para sua casa, a vítima sofreu
novo ataque do marido. Desta feita, quando se banhava, recebeu uma
descarga elétrica que, segundo o autor, não seria capaz de produzir-lhe
qualquer lesão. [...]
[...] A repercussão foi de tal ordem que o Centro pela Justiça e o Direito
Internacional - CEJIL e o Comitê Latino-Americano e do Caribe para a
Defesa dos Direitos da Mulher – CLADEM formalizaram de denúncia à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos
Estados Americanos. Apesar de, por quatro vezes, a Comissão ter solicitado
informações ao governo brasileiro, nunca recebeu nenhuma resposta. O
Brasil foi condenado internacionalmente, em 2001. O relatório n.54 da OEA,
além de impor o pagamento de indenização no valor de 20 mil dólares, em
favor de Maria da Penha, responsabilizou o Estado brasileiro por
negligência e omissão frente à violência doméstica, recomendando a
adoção de vários medidas, entre elas simplificar os procedimentos judiciais
penais a fim de que possa ser reduzido o tempo processual. A indenização,
no valor de 60 mil reais, foi paga a Maria da Penha, em julho de 2008, pelo
governo do Estado do Ceará, em uma solenidade pública, com pedido de
desculpas.
24
CUNHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo Batista. Violência Doméstica: Lei Maria da Penha
(Lei nº 11.340/2006 comentada artigo por artigo). 2. ed. São Paulo: Revista Dos Tribunais, 2008.
272 p.
25
DIAS, Maria Berenice. Violência doméstica e as uniões homoafetivas. 2010.
18
26
MATOS, Milena Calazans de; CORTES, Iaris. O processo de criação, aprovação e
implementação da Lei Maria da Penha. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2011
19
pode ser perceber pela leitura da Lei n. 11.340/06, incorporou grande parte das
27
propostas apresentadas por este Consórcio.
27
BECHARA, Julia Maria Seixas. Violência doméstica e natureza jurídica das medidas protetivas
de urgência. 2010.
28
KATO, Shelma Lombardi de. A Lei Maria da Penha e a proteção dos direitos humanos sob a
perspectiva de gênero. Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, 2006.
29
SILVA, R. V. et al. Análise da Violência contra as Mulheres no Brasil. Brasília: Núcleo de
Estudos e Pesquisas/CONLEG/Senado. 2017
20
30
GOMES, Joaquim B. Barbosa. O debate constitucional sobre as ações afirmativas. Rio de
Janeiro, jun., 2005.
31
ROCHA, Cármen Lúcia Antunes. Ação afirmativa: o conteúdo democrático do princípio da
igualdade jurídica. Revista de Direito Administrativo Aplicado, p. 649-664, 1996.
32
SCHMITZ, José Carlos. A Dignidade Humana, o valor social do trabalho e aplicação do princípio da
proteção no direito do trabalho no Brasil. Revista Jurídica., p. 121-138, 2012.
21
33
COSTA, Ana Alice Alcântara. O Movimento Feminista no Brasil: Dinâmicas de uma Intervenção
Política. Revista Gênero, p. 9-34, , 2005.
34
GROSSI, Miriam Pillar. Novas/Velhas Violências contra a Mulher no Brasil. Revista Estudos
Feministas. 1994, p. 473-483
35
SENADO FEDERAL. Dialogando sobre a Lei Maria da Penha. In Cadernos EaD – ILB. 2016
36
CONVENÇÃO INTERAMERICANA para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher-
Convenção de Belém do Pará, 1994
37
SAFFIOTI, Heleieth I.B. Já se mete a colher em briga de marido e mulher. São Paulo em
Perspectiva, p. 82-91, 1999
22
Outra questão a ser debatida acerca do tema é a análise de gênero. Saffioti 33,
compreende a violência contra a mulher como expressão do patriarcado e da
desigualdade de gênero. Santos e Izumino 38 identificaram três correntes teóricas
explicativas desse fenômeno de violência: a dominação masculina, a dominação
patriarcal e a relacional.
38
SANTOS, Cecilia Mackdoell; IZUMINO, Wania Pasinato. Violência Contra as Mulheres e
Violência de Gênero: Notas sobre Estudos Feministas no Brasil. 2005.
23
Artigo 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes. 43
42
MAGALHÃES, Camilla. Por que a Lei Maria da Penha só protege a mulher?. Blogueiras
Feministas, 2012.
43
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ANALISTAS JUDICIÁRIOS DA UNIÃO. Princípio Constitucional
da Igualdade. Jusbrasil, 2011.
25
Send assim, nota-se o atraso deste texto constitucional, uma vez declarado
igualdade de todas as pessoas, independente de sexo, raça, crença e quaisquer
outras diferenças.
6 METODOLOGIA
7 CRONOGRAMA
27
Atividades 2019
Março Abril Maio Junho Julho
Desenvolvimento do 1º Capítulo X
Revisão 1º Capítulo (orientação) X
2º Capítulo X
Revisão 2º Capítulo X
3º Capítulo X
Revisão 3º Capítulo X
Revisão final X
Entrega da Monografia X
Defesa da Monografia e Entrega do | X
CD – Rom
Quadro 1: Cronograma de Atividades
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................
2 A VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA ESFERA PATRIARCAL BRASILEIRA..................
28
REFERÊNCIAS
DEL PRIORE, Mary. Histórias e Conversas de Mulher. 1ª, ed, São Paulo: Planeta,
2013, p.9-10. Disponível em: http://lelivros.black/book/download-historias-e-
conversas-de-mulher- mary-del-priore-em-epub-mobi-e-pdf/ Acesso em: 8 jul. 2019.
DELZIOVO, Carmem Regina; COELHO, Elza Berger Salema et al. Violência
sexual contra a mulher e o atendimento no setor saúde em Santa Catarina –
Brasil. Temas Livres Free Themes, Doi: 10.1590/1413-81232018235.20112016.
DIAS, Maria Berenice. A “Lei Maria da Penha” na justiça: a efetividade da
Lei11.340/2006 de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. 4. ed.
rev. atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.
HERMANN, Leda Maria. Maria da Penha Lei com nome de mulher: considerações à
Lei nº 11.340/2006: contra a violência doméstica e familiar, incluindo comentários
artigo por artigo. Campinas, SP: Servanda Editora, 2008.
KATO, Shelma Lombardi de. A Lei Maria da Penha e a proteção dos direitos
humanos sob a perspectiva de gênero. In: ______. (Coord.). Manual de
capacitação multidisciplinar. Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, 2006.