Confiabilidade Na Manutencao de Aeronaves
Confiabilidade Na Manutencao de Aeronaves
Confiabilidade Na Manutencao de Aeronaves
CURITIBA
2008
AIZAEL ESPÍRITO S ANTO RAMIRES
CURITIBA
2008
TERMO DE APROVAÇÃO
AIZAEL ESPÍRITO S ANTO RAMIRES
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Prof. Ms. Luis Antonio Verona
Programa de Pós-Graduação – Gestão de Empresa de Manutenção de Aeronaves
Universidade Tuiuti do Paraná
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 9
2.1 A ANAC – FUNÇÃO FISCALIZADORA.............................................................. 9
2.2 A MANUTENÇÃO............................................................................................. 11
2.3 A MANUTENÇÃO AO LONGO DO TEMPO .................................................... 13
2.4 A MANUTENÇÃO DE AERONAVES ............................................................... 15
2.5 O TREINAMENTO TÉCNICO .......................................................................... 23
2.6 A MANUTENÇÃO TRADICIONAL.................................................................... 24
2.7 A MANUTENÇÃO E SEUS DESAFIOS ........................................................... 26
2.8 A MANUTENÇÃO E O RCM ............................................................................ 28
2.9 RESULTADOS DE ANÁLISE E BENEFÍCIOS DA RCM PARA A
MANUTENÇÃO ...................................................................................................... 32
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 37
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
segurança de vôo.
década de 1920, com a organização da aviação militar. Mesmo tendo sido registrado
1
A Convenção sobre Aviação Civil Internacional, ou Convenção de Chicago, aconteceu em 7 de
dezembro de 1944 e entrou em vigor em 4 de abril de 1947. foi sediada na cidade de Chicago, nos
EUA, e dela participaram 52 Estados, os quais tornaram-se signatários da convençao e elegeram os
Estados Unidos como depositários da convenção. Esta convenção estabeleceu a Organização de
Aviação Civil Internacional (OACI), que se caracteriza como uma agência especializada das Nações
Unidas, cuja função é coordenar e regular o transporte aéreo internacional. A agência, amparada pela
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filosofia de segurança de vôo: o homem, o meio e a máquina. Isso significa que não
existe um único agente que resulte em acidente, mas muitas condições que,
convenção determina regras acerca do espaço aéreo, o registro de aeronaves e a segurança de vôo,
bem como define direitos dos signatários com respeito ao transporte aéreo.
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Aeronavegabilidade é um termo usado para definir se uma aeronave é capaz de realizar um vôo
seguro. Essa capacidade depende de três componentes básicos, que são a certificação do projeto da
aeronave, a certificação de fabricação, e a manutenção da aeronave. Assim, a aeronavegabilidade é
mantida por meio de um programa de inspeções, conduzido por um mecânico de manutenção
habilitado.
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manutenção de aeronaves?
2 DESENVOLVIMENTO
Os mais recentes incidentes que vem ocorrendo com o transito aéreo têm
crise aérea.
século XXI. Instituída pela Lei Federal nº. 11.182, e regulamentada pelo Decreto nº.
5.731 de 20 de março de 2006, a lei que criou a ANAC tramitou por seis anos no
Legislativo Federal onde ainda passou por sucessivas emendas, chegando até
DAC - Departamento de Aviação Civil -, que até então era o órgão responsável pela
fiscalização do setor.
nacionais e internacionais, que foi anunciada pela BRA Transportes Aéreos S.A.
vôo.
permanente do setor.
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2.2 A MANUTENÇÃO
uma exigência vital de muitas áreas. Assim, tanto nos serviços, quanto na produção,
causadas por fatores aleatórios, devem ser entendidas e trabalhadas com o intuito
indesejáveis repetições.
produtiva.
País.
Essa ciência tem por escopo o estudo dos métodos, critérios e estratégias a
sistema, em sua plenitude e de modo continuo, sem que o mesmo seja afetado por
principais:
de um sistema cumprir uma dada tarefa, sem falhas, uma missão durante um
essa probabilidade seja a menor possível e para esses casos, será previsto um
mais remotas. Começou a ser reconhecida com o nome de manutenção por volta do
produtos passaram a ser relevantes para todas as empresas. Com isso, surgiu a
para a produção durante todo o tempo em que ela estiver em serviço e a um custo
adequado.
aeronavegável.
nos dias atuais, isto é, diminuiu o tempo de parada, principalmente nos itens que
envolvem segurança.
O próprio avião também tem uma vida útil definida e garantida pelo fabricante.
segurança da aeronave.
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que venha a ser detectado pela manutenção em trânsito3, que se existir fará com
que a aeronave só possa levantar vôo depois que ele for sanado.
duas turbinas é feita dessa forma. Essas manutenções são realizadas para garantir
seguintes nomes: check A (alfa), check B (beta), check C (charle) e check D (delta).
mil horas de vôo. Pode-se comparar essa checagem com aquela feita em
3
Manutenção em trânsito são as ações realizadas nas aeronaves com averiguação de um checklist
determinado pelo fabricante, onde são conferidos itens básicos, de acordo com o modelo da
aeronave.
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Checks são ações de manutenção realizadas, de acordo com o programa estabelecido pelo
fabricante. Já, segundo a IAC 3108, manutenção é a “atividade de inspeção, revisão, reparo, limpeza,
conservação ou substituição de partes de uma aeronave e seus componentes, mas exclui a
manutenção preventiva.”
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Este check é feito em geral a cada 12 mil horas de vôo, e nos testes são
-raios X;
-ultra-som;
-raios gama;
é totalmente refeita.
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comparado a uma nova, como se tivesse saído da fabrica. A partir daí, então, se
Deve ser salientado que dentre outros fatores que contribuem para diminuir
utilizar uma só pessoa qualificada, caso não seja um item que requeira reparo ou
correção, fato que possibilita menor custo tanto para a oficina, que tem
técnicos. Isso deverá acontecer para cada item descrito nas fichas de inspeções dos
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possibilidades de falhas mecânicas que podem ocorrer tanto em vôo como em solo,
operação.
ocorrências.
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onde as chances de ocorrer um erro são muito elevadas. Soma-se esse fato a
informações a serem utilizadas por essas pessoas, devem ser testados antes de
suas distribuições para se ter certeza de que elas não serão mal interpretadas ou
mal entendidas.
uma pratica desse idioma. Assim, palavras que tem um significado para um leitor
durante as inspeções que pode resultar na perda da segurança, esse problema deve
imediatamente.
e claro, garantir sua aplicação para prevenir à liberação de uma aeronave não-
ser selecionados tanto pelas suas habilidades técnicas como pela capacidade de
motivação dos instruendos, o que faz com que nem sempre um bom técnico seja um
bom instrutor.
e treinamento de pessoal é que faz com a manutenção preditiva seja uma das
3. Corretiva: atividade que tem por objetivo corrigir uma falha funcional que já tenha
secundárias, a manutenção para trocar a peça avariada deve ser enquadrada como
preventiva.
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efetuadas nesse sentido, tanto nas instalações, quanto nos equipamentos, devem-
manutenção.
pela escolha de quais delas serão mais úteis para sua empresa. Se forem feitas
evolui em relação à manutenção são cada vez mais evidentes as limitações dos
decisão.
operacional.
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Reability Centred Maintenance (RCM) – segundo Pinto, nada mais é do que “[...] um
compreendida e realizada, tendo como idéia central, alcançar uma relação estável
entre custo e eficácia na realização das ações de manutenção, tendo por foco a
segurança.
preservação, este deverá continuar a cumprir as funções para qual foi projetado.
segundo Pinto:
• Seleção do sistema;
• Definição das funções e padrões de desempenho.
• Determinação das falhas funcionais e de padrões de desempenho.
• Análise dos modos e efeitos de falhas.
• Histórico de manutenção e revisão de documentação técnica.
• Determinação de ações de manutenção
• Estabelecimento de política, tarefas e freqüência de manutenção.
(PINTO, 2001, p. 128).
operacionalidade das funções para que um determinado item tenha sido projetado,
as definições das funções e padrões de operação para que cada item foi projetado,
operacionais e segurança.
apresentar o desempenho devido será alguma espécie de falha, fato que sugestiona
gerenciamento de falhas.
detalhada, de forma que seja o suficiente para assegurar de que o tempo e o esforço
preventiva é necessário.
momento da escolha do limite para que se possam prevenir cada falha. Se uma
tentar evitá-la, fato que não ocorrerá se ela provocar um pequeno efeito, sendo que
a decisão poderá ser a opção pela não realização de uma ação preventiva mais
são muito mais importantes do que as suas próprias características técnicas. Ele
reconhece que o único motivo para se fazer qualquer tipo de manutenção preventiva
é o de não prevenir cada falha, mas sim prevenir, ou pelo menos diminuir, as
conseqüências da falha.
devido ao fato de forçar uma análise estruturada das conseqüências de cada modo
de manutenção. Tais fatos colaboram para que se inclua a segurança nos objetivos
manutenção que tem mais efeito sobre o desempenho da empresa, fato que
colabora para garantir que tudo o que foi investido na manutenção tenha sido onde
sua vida útil, e sendo assim, podem ser feitos planos para a realização de ações
cada item, é possível se ter uma visão muito mais clara das necessidades da
melhor entendimento do que a manutenção deve realizar e o que precisa ser feito
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empresas que a adotam uma série de benefícios, os quais, segundo Pinto, são
listados a seguir:
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
ser executada.
execução e acompanhamento.
sabem por que se deseja que elas façam alguma coisa, não se pode ficar à espera
com qualidade. Sendo assim, não é possível cobrar de um mecânico realizar ações
treinado para ações básicas, como apertar parafusos. Dessa forma, o profissional
não irão necessariamente perguntar sobre coisas que merecem maior empenho ou
conhecimento.
destes "porquês".
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS