Quando Perder É Vencer - Vencendo A Si Mesmo

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Autoconhecimento

Quando perder é vencer


8 min de leitura
Escrito por Vanessa Milis

E m 26 de fevereiro de 2011, no auge de uma crise pessoal, escrevi um texto


intitulado “Quando perder é vencer”. Ele foi o start para a consolidação do meu
método de coaching e a materialização do meu primeiro livro, que até início de
2018 não foi lançado porque algo me dizia que não estava completo.
Tudo tem um momento certo debaixo do céu, ensina o livro de Eclesiastes
na Bíblia Sagrada. E foi essa convicção que me fez conter minha
criatividade até o presente momento.
De fato eu já havia passado por muitas perdas: nas finanças, nos
relacionamentos, nas amizades, nos negócios, projetos e diversas outras.
Nenhuma delas me desconstruiu como perder minhas filhas, gêmeas, entrando
no sexto mês de gestação. Uma gravidez saudável, gerada aos 38 anos de
idade, fruto de uma nova relação. Um casamento feliz, sólido, alicerçado em
muito companheirismo, amor e vontade de constituir uma linda família. Um
encontro de almas, que certamente nos veio como meio de resgate de nós
mesmos, dos nossos sonhos familiares, profissionais e pessoais.

A gestação gemelar ia muitíssimo bem. Minha saúde perfeita, sem qualquer


risco natural de gestações como diabetes ou pressão alta. Pelo contrário. Todos
os indicadores de risco estavam fora do nosso radar. As meninas já tinham sua
identidade, Maria Ester e Maria Rosa. Nossas Marias. O mundo ficou mais cor de
rosa.

O quarto estava montado, a maior parte do enxoval preparado, dois eventos de


chá de bebê agendados e convidados encantados com a vinda das nossas
Marias. E da noite para o dia minha barriga começa a crescer além do normal.
Como já havíamos sido alertados clinicamente de que o quinto mês é o “boom”
da gravidez gemelar, quando bebês ganham comprimento para nos meses
seguintes ganharem peso e concluírem seu preparo para o nascimento, tudo
parecia normal. Até que um desconforto começou a gerar um alerta. Uma dor
na parte superior da barriga nos fez ir seguidas vezes a maternidades diferentes,
em busca de respostas para esse crescimento acelerado e dor, que de repente
viraram um sangramento, ainda que tímido. Era apenas o começo do nosso
pesadelo. Dia 13 de março de 2018 fizemos uma nova ultrassonografia, cujo
laudo apontava aumento de líquido amniótico, mas mostrava sinais vitais
normais das bebês. Coração, fluxo do cordão umbilical (a nutrição delas) e
todos os demais sinais vitais normais. Nenhum sinal de sofrimento fetal ou
alterações na placenta, colo do útero ou qualquer outra tradicionalmente
detectável. Aí estava o “x” da questão. Uma gravidez atípica (como é toda a
gemelar), em pessoas fora da curva (como eu e meu marido), num país
clinicamente despreparado para lidar com gêmeos. Era a receita para uma
grande tragédia.
De um dia para o outro, de crianças saudáveis e bem formadas, tínhamos duas
bebês sem sinais vitais. A morte havia nos alcançado no ápice da nossa
felicidade e realizações. Bem quando a vida se mostrava generosa, quando
tínhamos finalmente encontrado o amor numa relação saudável e equilibrada,
quando nossos negócios estavam respondendo positivamente para nos levar
para uma condição financeira próspera e quando tudo parecia uma grande
bênção, nos dando a sensação diária de gratidão e nos fazendo sentir a
presença de Deus em cada milagre, em cada detalhe vivido por nós. E de
repente o mundo desabou. Eu me vi na maternidade, em um parto induzido,
dando a luz a duas bebês sem vida. Lindas, perfeitas, bem formadas, enormes,
idênticas e muito, mas muito esperadas.
Minha primeira reação ao tê-las nos braços foi orar a Deus dizendo: “Senhor,
tua palavra diz que fostes até Lázaro, que estava sem vida há dias e com um só
comando o trouxestes à vida. Eu sei que não mereço, mas creio que em um só
sopro de vida podes trazer minhas meninas de volta”. Nada! Deus parecia
ausente. E eu tinha apenas mais alguns minutos com minhas meninas. Tive fé,
usei toda a minha fé e conhecimento teológico para me arrepender, pedir
perdão e crer com todas as minhas forças que elas poderiam viver. Nada
aconteceu!

Tive que olhar para aquele cenário de horror e aceitar que nosso sonho
escorregara das nossas mãos como uma felicidade arrancada de nós. Meu
marido estava em cacos. Eram as primeiras filhas dele. Eu já tenho dois, Amadeu
(de 2001) e Bárbara (de 2005). Eu tinha no que me apegar e juntar meu
caquinhos, olhei para a dor e falei para mim mesma: “Seus dois filhos precisam
de você, Vanessa Milis. Recupere-se logo para tê-los nos braços e confortá-los”.
Ao mesmo tempo eu olhava para meu marido e buscava, de forma inaudível,
transmitir esperança a ele, que o tempo todo só me dizia: “Eu só quero que
você saia bem daqui. Nós recomeçaremos juntos”.

Recomeçar… essa se tornou nossa especialidade. Da noite para o dia nossa


perspectiva sobre perda ou vitórias mudaram. Fomos forçados a olhar de frente
para nossas inseguranças, nossos medos, nossos anseios, preocupações,
fraquezas e elas se tornaram pequenas, quase irrelevantes. Voltamos nossos
olhos para o nosso propósito e nos agarramos às duas únicas coisas que
sustentam a vida: a fé e o amor. E assim estamos prosseguindo, a cada dia nos
remontando, um passo por vez, um caco por vez voltando ao lugar.

De tudo isso tomamos uma decisão: fazer algo em relação à tal Síndrome de
Transferência Feto Fetal, que silenciosamente nos acometeu e arrancou de nós
o nosso duplo milagre. Então, que nossas Marias se tornem o milagre de outras
famílias. Que nossa dor se transforme em antídoto para que ninguém mais
tenha que passar às cegas pelo que passamos. Nossa dor tomará forma de
projetos, seja em forma de lei, por meio de redes de apoio, ou seja lá como for.
É só o começo e eu não pretendo parar até que exista algo concreto fazendo
valer a breve e muito relevante vida das nossas Marias. Essa é a forma de
transformar a vida delas em um legado e a nossa derrota em vitória para
muitos. Elas sempre serão eternas para nós, pois que sejam o anjo da guarda de
muitas outras gestações gemelares, vulneráveis pela falta de informação,
despreparo, descaso, falta de recursos (financeiros e instrumentais, seja na rede
pública ou privada de saúde) e da boa vontade de impedir que isso se repita.
Além disso, meu primeiro livro tem o suficiente para ser concluído e lançado.
Seu título, homônimo ao desse texto, faz mais sentido do que na sua origem. E
que ele tenha o poder de inspirar mudanças, transformações de dores em
vitórias significativas, muito além da minha própria existência.

Escrevi esse texto após duas semanas de viver todo esse pesadelo, voltando ao
mesmo hotel onde elas passaram o último dia com vida dentro de mim. Eu
poderia me sentir vazia, com raiva, poderia buscar culpados, mas eu resolvi
honrar aquelas que me trouxeram ânimo, garra, esperança e que reavivaram
minha fé, nossos sonhos e vigor de vida. Eu determinei que vou transformar
minha pior perda em vitória. E escrevo para que você que lê esse texto olhe
para suas dores, inseguranças, debilidades, pecados, falhas e perdas e saiba que
tenham sido elas evitáveis ou não, o seu poder está em decidir o que fazer com
isso AGORA, hoje, nesse momento. Esse poder é só seu.
Assim como Deus nunca saiu do meu lado naquele momento fatídico onde eu
tinha duas bebês sem vida nas minhas mãos, Ele também não saiu do seu lado
em qualquer outra situação fatídica da sua vida, seja ela menos ou mais intensa.
Cada um sabe da sua dor e de como ela nos afeta. Nenhuma dor é irrelevante,
seja na vida ou nos negócios. Onde há dor, há oportunidade de uma grande
realização. Olhe de frente para a sua dor, mergulhe na criança interior que mora
eternamente no seu coração, abrace-a, chore o quanto for necessário, viva
o luto, mas não viva de luto por muito tempo, depois una sua raiva e
indignação com o amor que existe dentro de cada um de nós e faça algo de
produtivo com tudo isso. Esse é o verdadeiro senso de propósito que dá
significado à vida. Nenhum de nós está aqui por acaso. Quem somos, nas
nossas loucuras, particularidades e potencialidades apontam, por si só, os
caminhos daquilo que podemos fazer por um mundo melhor, mais justo, digno
e possível de realizações.
Um dia li uma frase do empresário Abílio Diniz que dizia: “A dor é suportável,
mas o orgulho é para sempre”. Diferente do contexto dele, essa fala nunca fez
tanto sentido para mim. Que ela também faça para você e você transforme sua
dor em realizações, morte em renascimento, perdas em vitórias. Porque a vida
vale a pena quando fazemos algo de útil com aquilo que nos acontece.
Experimente.
Você também pode gostar da primeira parte desse
texto: http://vanessamilis.blogspot.com.br/2011/02/quando-perder-e-
vencer.html
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Sobre o autor

Vanessa Milis
Desde 2010, quando fundei o Instituto Realize, atendo organizações, como
Imex, Seventh, SC Gás, Nith Treinamentos, Titia Avó Maria Coxinha, Renaux
View, SBT, Damásio Educacional, Costão do Santinho, Petrobras, UATT?,
Motorfort, Aemflo/CDL, e outras centenas de organizações que treinei e
assessorei nas áreas de liderança, vendas, desenvolvimento de equipes e
atualmente na ampliação da mentalidade 4.0 e inovação.

O meu porquê é: despertar e habilitar nas pessoas a incrível capacidade de


transformação e geração de resultados que elas têm.

Tenho trabalhado para conectar o EU DIVINO de cada ser humano à capacidade


de inovar e fazer a diferença nos negócios e na vida.

Acredito que é por meio da atuação profissional que revelamos nosso poder de
promover transformações positivas no mundo. Nesse sentido, creio que a
Transformação Digital e a Era dos Negócios 4.0 ampliem esse poder.

Minha experiência de 15 anos no universo do e-business, paralelamente às


experiências em T&D e à vivência no ecossistema de startups, me credibiliza
para dar contribuições substanciais neste momento de mercado e cumprir
minha missão.

Meus números | Comprovação Técnica:


• Mais de 10 mil horas em atendimentos em coaching e mentory
• Mais de 5.700 pessoas impactadas diretamente
• Mais de 230 empresas atendidas

Formei e consolidei uma abordagem de trabalho eficaz, que virou acrônimo do


meu sobrenome M.I.L.I.S (Mentalidade 4.0, Inovação, Liderança, Inteligência
Espiritual e Sucesso). Por meio desses elementos, navego pelo contexto da
Transformação Digital – Inovação, Cultura e Gestão 4.0. Gosto muito do atual
momento de mercado, que traz inúmeras oportunidades e excelentes desafios
que serão um divisor de águas para aqueles que estiverem preparados para
lidar com a era 4.0 dos negócios. A 5.0 bate à porta, então vamos lá!

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