V2 - Projeto de Redutor de Parafuso Semfim e Coroa

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AMARO FELLIPE JÚNIOR

ELENO RIBEIRO DE SOUZA


MESSIAS BARBOZA DA SILVA

PROJETO DE REDUTOR DE PARAFUSO SEM FIM E COROA


PROFESSOR VICTOR SOUZA

Projeto de redutor de parafuso sem fim com


coroa, apresentado à Sociedade Universitária
Redentora, como requisito parcial para a
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Mecânica.

CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ


2019
1. INTRODUÇÃO

As talhas elétricas utilizadas em pontes rolantes são ferramentas essenciais


para o funcionamento de vários setores industriais, como fabricação, construção,
montagem e manutenção em geral. As talhas elétricas são equipamentos altamente
essenciais que requerem um bom conhecimento das práticas e competências de
segurança operacional. As talhas elétricas são usadas para mover cargas pesadas
de um lugar para outro. Devido à industrialização e alta produtividade, as indústrias
em geral adotaram o uso de talhas elétricas em pontes rolantes para acelerar a
entrega de suas atividades. Ao usar talhas elétricas em pontes rolantes, a segurança
é muito importante, pois qualquer falha pode levar a ferimentos graves ou morte
prematura. No entanto, se dimensionada de acordo nos as normas
regulamentadoras de projetos, as talhas elétricas utilizadas em pontes rolantes são
extremamente confiáveis.

2. OBJETIVOS

O objetivo principal do presente trabalho é dimensionar um redutor (parafuso


sem-fim e coroa) com capacidade de movimentação de carga de até 1.500 kg que
será utilizada para em uma oficina mecânica de manutenção de bombas e
compressores centrífugos industriais. Esta oficina está localizada em um terminal de
processamento de gás natural e petróleo na cidade de Macaé-RJ.

3. LOCAL DE INSTALAÇÃO DO REDUTOR

Através da pesquisa de campo foi identificado em uma oficina de manutenção de


bombas e compressores centrífugos que utilizado ara elevar e movimentar os
equipamentos uma talha manual, conforme indicada no quadro 1 abaixo:
Oficina de manutenção de bombas e compressores centrífugos

Quadro 1 – Oficina de manutenção de bombas e compressores.


Fonte – Adaptado pelos autores.

Conforme mostrado no quadro 1 de imagens a oficina já possui um trilho com


capacidade de carga 15000kg.
4. DIMENSIONAMENTO DO REDUTOR DE PARAFUSO SEM FIM E COROA

Para a dimensionar o redutor com o objetivo de atender a sua finalidade são


necessários alguns dados de entrada. Com isso, foi coletado através de pesquisa
bibliográfica e pesquisa de campo os dados de entrada, que segue na tabela 1
abaixo:
Dados de entrada do redutor
Carga de trabalho 1.500kg
Trabalho intermitente 3h/d
Acionamento por motor elétrico Motor elétrico
Tabela 1 – Dados de entrada do redutor de parafuso sem fim e coroa.
Fonte – Adaptada pelo autor

4.1 Cálculo do Torque do sem fim

De acordo com Melconian (1999), o primeiro passo para o dimensionamento


do redutor é calcular o torque que será exigido na entrada do redutor, ou seja, no
eixo de entrada do parafuso sem-fim. Como este dado é um valor de entrada iniciou-
se o dimensionamento do redutor calculando a potência inicial do motor. A rotação
(N) do motor elétrico foi determinada de acordo com a rotação dos motores elétricos
que são encontrado no mercado.Neste caso 1730rpm, segue abaixo o calculo para
determinar a potencia do motor elétrico:

30000.P
MT
= π.N
Em que:
MT = Torque no eixo (N.mm)
P = Potencia Transmitida (W)
N = rotações do parafuso sem fim por minutos (rpm)
Com isso, segue o cálculo da potência do motor abaixo:

30000.P
1500Nmm=
π.1730

P = 0,27Kw
Com isso, consultado no catálogo de seleção de motores da Weg, foi
especificado inicialmente o motor W22 para Redutor Tipo 1 IR3 Premium de P =
0,37 kW conforme o quadro 2 demonstra o a imagem do motor e suas
especificações:

Especificação técnica do motor

Carcaça: 80 Conjugado de partida: 200 %


Potência: 0,37 kW Conjugado máximo: 240 %
Frequência: 60 Hz Classe de isolação: F
Polos: 4 Elevação de Temperatura: 80 K
Rotação nominal: 1730 Tempo de Rotor Bloqueado: 29 s (quente)
Escorregamento: 3,89 % Fator de serviço: 1,25
Tensão nominal: 220/380 V Regime de serviço: S1
Corrente nominal: 1,46/0,845 A Temperatura Ambiente: -20°C – +40°C
Corrente de partida: 9,34/5,41 A Altitude: 1000 m
Nível de ruído: 48 dB(A) Proteção: IPW55
Corrente a vazio: 0,700/0,405 A Massa aproximada: 10 kg
Conjugado nominal: 2,04 Nm Momento de inércia: 0,00204 kgm²
Quadro 2 – Especificações do motor W22 para Redutor Tipo 1 IR3 Premium
Fonte– Catalogo da WEG - 2020.

Especificado o modelo do motor, passou-se para o calculo da relação de


transmissão.
4. 2 Relação de transmissão
A relação de transmissão é determinada pelo produto entre o numero de
entradas do sem fim e a relação de transmissão:

Zc = Nesf.i
Em que:
Zc = Numero de dentes da coroa
Nesf= Numero de entradas do sem fim
i = relação de transmissão

Conforme Melconian (1999), a relação de transmissão indicada para o


conjunto de parafuso semfim e coroa pode ser i < 100 por estagio e para que haja
interferência entre o parafuso semfim e a coroa, indica-se que o número mínimo de
dentes da coroa seja Zc > 20. Sendo assim deduziu-se 39 dentes para a coroa.
Com isso, também foi deduzido 1 entrada para o parafuso semfim, conforme
também indica Melconian 1999, ou seja, i > 30 é indicada utilizar 1 ou 2 entradas no
parafuso semfim Sendo assim, segue abaixo o calculo da relação de transmissão:

Zc = Nesf.i

39 = 1.i

i = 39

Determinado o numero de dentes da coroa ( Zc = 39), numero de entrada do


sem fim (Nesf = 1) entrada e relação de transmissão (i = 39), passou-se para o
calculo da pressão máxima de contato.
4.3 Pressão máxima de contato na Coroa

A pressão máxima de contato (σmc) é determinada pela equação abaixo:

σmc = σc . k
Em que:

σmc = pressão de máxima de contato (N/mm2)


σc = pressão admissível de contato do material da coroa (N/mm2)
8 10^7
k= √
nci
nci = 60h.nc.nev
nci = número de ciclos por carga (adimensional)
h = duração de horas de serviço
nc = rotação da coroa (rpm)
nev = número de engrenagens por volta

De acordo com Melconian (1999), a verificação da pressão máxima de


contato baseia-se na coroa. Neste caso utilizou-se a pressão admissível de contato

do bronze SAE 65 que é σc = 210Nmm2, fundido em coquilha e a dureza do


parafuso 50HRC, conforme tabela da pagina 162.
Deduzindo –se uma via útil prevista em Lh = 10000h e sendo a rotação
da coroa Nc = 45 e o numero de engrenamento por volta nev = 1. Calculo-se a

pressão máxima de contato σmc:

8
σmc = σc . √10^7
i

8 10^7
σmc = 210 √
60.10^4.45.1

σmc = 185N/mm2

Determinada a pressão máxima de conato na coroa, segui-se para os


cálculos das características do parafuso sem fim.

4.4 Cálculos das características do parafuso semfim

4.4.1 Numero de módulos do diâmetro primitivo do parafuso semfim (q*)

Nesf
q* =
tgλ

Em que:
q* = Numero de módulos do diâmetro primitivo do semfim
Nesf = Numero de entradas do sem fim
tgλ = tangente do ângulo de inclinação da hélice (graus)

De acordo com Melconian (1999), o ângulo de inclinação da hélice adotado


nesta situação de dimensionamento de redutor encontra-se na faixa de 15° a 20°,
com isso foi adotado 17º.
Sendo assim, segue o calculo do numero de módulos do diâmetro primitivo
do semfim abaixo:

1
q* =
tg17°

q* = 3,27

4.4.2 Ângulo de atrito “ρ”

𝜂= tg𝜆
tg(λ+p)

Em que:
η = rendimento da transmissão coroa/parafuso semfim (adimensional)
tgλ = tangente do ângulo de inclinação da hélice (graus)
ρ = ângulo de atrito (ângulo)

De acordo com Melconian (1999), o rendimento de uma transmissão


coroa/parafuso semfim com 1 entrada encontra-se na faixa de 0,70 -0,75, conforme
tabela de rendimentos da pagina 167, com isso adotou-se η = 0,75.
Desta forma, segue o calculo abaixo do ângulo de atrito:

tg17
0,75 =
tg(17+ρ)

ρ = 5,49°

4.5 Distância entre centros

Por meio da pressão máxima de contato determina-se a distancia entre


centros.

Zc 54
= 1 . 17 . 3 Zc
.Mtc.kc.kd
q* .σ

Em que: mc
q*
C = distancia entre centros da coroa e parafuso semfim (mm)
Zc = número de dentes da coroa (adimensional)
q* = numero der módulos contidos no semfim (adimensional)
σcm = tensão máxima de contato na coroa (N/mm2)
MTC = torque no eixo da coroa (N.mm)
KC =fator de concentração de carga (adimensional)
Kd = fator dinâmico de carga (adimensional)
4.5.1 Torque na coroa

O torque da cora é calçudo pela formula abaixo:

MTC = MTsf .i .η
Em que:
MTC = torque no eixo da coroa (N.mm)
MTsf = torque no parafuso semfim (N.mm)
i = relação de transmissão
η = rendimento do conjunto coroa parafuso semfim

MTC = 15000Nmm2 .39 .0,75

MTC = 438.750,00Nmm

De acordo com Melconian (1999), na pagina 169. O fator de concentração


de carga kC e determinado conforme tipo de carga e o fator dinâmico k d velocidade
periférica da coroa, sendo assim foi determinado kC = 1 para carga normal e
Kd = 1,05. Segue a seleção na imagem abaixo:
Calculado o torque na coroa e determinados os valores de Kc e Kd, segue o
calculo da distancia entre centros do parafuso semfim e coroa:

39 54
C= ( +1) . 2,17 . 3(( ) ².(438.750,00).(1).(1,05)
3,27 .185
39
3,27

C = 392,73mm

4.6 Modulo de engrenamento

O modulo de engrenamento e determinado pela formula abaixo:

m.q* m.Zc
+ =C
2 2

Em que:
m = modulo de engrenamento
Zc = numero de dentes da coroa = 39 dentes
q* = numero der módulos contidos no semfim (adimensional)= 3,27
C = distancia entre centros da coroa e parafuso semfim (mm) = 392,73mm

Com isso segue o calculo do modulo de engrenamento:

m.3,27 m.39
+ = 392,73
2 2

m = 9,29
Como não é viável financeira a construção do modulo de engrenamento com
o modulo 9,29, fixa-se o modulo de 10mm conforme tabela da página 199.

m = 10mm
4.7 Diâmetro primitivo da coroa

O diâmetro primitivo da coroa e determinado multiplicando o módulo de


engrenamento pelo numero de dentes da coroa. Segue a formula abaixo:

doc = m.Zc

Em que:
m = modulo de engrenamento = 10mm
Zc = numero de dentes da coroa = 39 dentes

doc = 10mm .39


doc = 390mm

4.8 Diâmetro primitivo do parafuso semfim

O diâmetro primitivo do parafuso semfim e determinado multiplicando o


módulo de engrenamento pelo numero de dentes da coroa. Segue a formula abaixo:

dosf = m.q*

Em que:
m = modulo de engrenamento = 10mm
q* = numero der módulos contidos no semfim (adimensional)= 3,27

dosf = 10mm .3,27

dosf = 32,70mm
4.9 Recalculo do centro a centro da coroa e parafuso semfim

Devido ao modelo de engrenamento ser ajustado para os módulos


comercialmente encontrados no mercado, faz-se necessário o recalculo da distancia
entre centros da coroa e parafuso semfim (mm). Conforme formula e calculo abaixo:

dosf doc
Cr = 2 + 2

Em que

dosf = diâmetro primitivo do parafuso sem fim(mm)


doc = diâmetro primitivo da coroa (mm)

32,70 390
Cr = + 2
2

C(R) = 211,35mm

4.10 Velocidade periférica da coroa

Calcula-se a velocidade periférica da coroa para confirmar o valor


determinado para o fator dinâmico de carga kd = 1,05, que foi utilizado para
determinar a distancia entre centros da coroa e parafuso semfim, pois neste caso e
considerada a velocidade periférica da coroa < 3m/s. Segue abaixo a formula e o
calculo da velocidade periférica da coroa:

π .doc.nc
Vpc=
60.1000

Em que
doc = diâmetro primitivo da coroa = 390mm
noc = rotação da coroa = 45rpm
π .390.45
Vpc=
60.1000

Vpc = 0,912m/s

O resultado da velocidade periférica da coroa confirma o valor adotado para


o fator dinâmico de carga, ou seja:

Vpc = 0,912 m/s < 3m/s, fixando-se kd = 1,05.

4.11 Velocidade de deslizamento do semfim

Com a necessidade de determinar a perda de potencia do redutor parafuso


semfim e coroam, ainda mais que, essa perda de potencia e acentuada neste
redutor, calcula-se a velocidade de deslizamento do parafuso semfim com este
objetivo. Segue abaixo a formula e o calculo da velocidade de deslizamento do
parafuso semfim:

π .ddosf.nsf
Vdesl=
60.1000.cosλ

Em que
ddosf = diâmetro primitivo da coroa = 32,70mm
nsf = rotação da coroa = 1730rpm
Cosλ = cosseno do ângulo de inclinação da hélice = 17°

π .32,70.1730
Vdesl =
60.1000.cos17°

Vdesl = 3,09m/s
4.12 Comprimento do parafuso semfim

De acordo com Melconian (1999), o comprimento mínimo do parafuso


semfim pode sem determinado pela formula abaixo:

lsf = 2(1+√Zc ).m

Em que:
lsf = comprimento o parafuso semfim (mm)
Zc = numero de dentes da coroa = 39
m = modulo de engrenamento = 10mm

lsf = 2(1+√39 ).10

lsf = 144,89mm

4.13 Comprimento mínimo do parafuso semfim

Com a necessidade de determinar um intervalo de comprimento do parafuso


semfim e necessário determinar o comprimento mínimo do parafuso semfim, sendo
assim, segue a formula é o calculo abaixo:

lmin = 10.m

Em que:
Lmin = comprimento minimodo parafuso semfim (mm)
m = modulo de engrenamento = 10mm

lmin = 100,00mm
Por conseguinte, o comprimento do parafuso semfim encontrar-se-á no
intervalo:

100 < lsf < 144,899 (mm)

4.14 Resistência a flexão no pé do dente da coroa


Com a finalidade de calcula a tensão máxima atuante da coroa, a principio é
necessário calcular:
Força tangencial da coroa;
Fator de forma q;
Fator de serviço “e”;
Fator de correção de hélice (φr);
Largura útil da cora bc;
Com isso, segue a determinação dos valores abaixo:

4.14.1 Força tangencial da coroa

2MTc
FT =
doc

Em que:
FT = força tangencial na coroa (N);
MTC = torque na coroa = 438.750,00N.mm;
doc = diamentro primitivo da cora = 390mm.

2 x 438750,00
FT =
390

FT = 2250,00N
4.14.2 Fator de forma q

Para calcular o fator de forma “q” é necessário calcular o numero de dentes


equivalentes em virtude da hélice do para fuso semfim. O numero de dentes
equivalentes (Ze) é obtido por meio de:

Zc
Ze =
(Cosλ)³

Em que:

Ze = numero de dentes equivalentes;


Zc = numero de dentes da coroa = 39;
Cosλ = 17°.

39
Ze =
(Cos17°)³

Ze = 45 dentes

Com isso, consulta a tabela da pagina 107 e interpolando os valores,


determina-se o fator de forma “q”. Segue a determinação do valor do fator de forma
“q”:

Interpolação para determina o fator de forma “q” para engrenamento externo


Ze q
40 2,9
45 -
50 2,8

Com isso, o fator de forma “q” e 2,85.

q = 2,85
4.14.3 Fator de serviço “e”

De acordo com Melconian (1999)e consultando a tabela 1 da pagina 107


sobre fatores de serviço acionados por motores elétricos. Onde determina que para
serviços em ponte rolantes com tempo de serviço diário de 10h e determinado
inicialmente 1,0 como fator de serviço, porém como o redutor esta sendo
dimensionando para serviços intermitentes de no máximo 3h diárias. Pedi-se para
consulta a tabela 2 (serviço intermitente) que neste caso determina 0,5 para o fator
de serviço. Segue a determinação do fator de serviço “e” abaixo:
4.14.4 Fator de correção de hélice (φr);
O ângulo de hélice determinado anterior λ = βo = 17°. Com o calculo da
correção do numero de dentes equivalentes Ze da coroa, faz-se necessário a
correção do ângulo de hélice através da tabela a pagina 134, conforme segue
abaixo:

Dessa forma o fator de correção da hélice com λ =17° hélice é φr = 1.338.

φr = 1.338

4.14.5 Largura útil da coroa

dosf+1
bc = 2m√
m
Em que:
bc = largura útil da coroa
dosf = diâmetro primitivo do parafuso semfim
m = modulo de engrenamento

bc = 2.10√ 32,70 +
1
10

bc = 36,71mm
Como todos os valores já determinados:
Força tangencial da coroa = 2250N
Fator de forma q = 2,85
Fator de serviço “e” = 0,5
Fator de correção de hélice (φr) = 1.338
Largura útil da coroa = 36,71mm

Calcula-se a tensão no pé do dente, segue abaixo a formula e a solução:

FT.q
σ máx =
bc.mn.e.φr

2250.2,85
σ máx =
36,71.10.0,5.1,338

σ máx = 26,11N/mm2

O valor da tensão máxima atuante σmáx = 26,11N/mm 2 no pé da coroa do


dente, encontra-se superdimensionado para a tensão admissível do bronze SAE 65
fundido em coquilha que foi determinado anteriormente, pois a tensão admissível
deste material (bronze SAE 65) é de 40 a 60N/mm 2. Com isso, faz - se necessário
diminuir a largura da coroa para torna o projeta o mais viável possível
financeiramente.

4.15 Redimensionamento da Coroa

De acordo Melconian (1999) esse redimensionamento pode ser diminuindo a


largura útil da coroa é considerando a media simples do intervalo das tensões
admissíveis do material considerado para o projeto da coroa. Neste caso, fixa-se a
media simples da tensão admissível do bronze SAE 65 fundido em coquilha σ 65 =
50N/mm2. Com isso, segue abaixo o redimensionamento da largura da coroa:

FT.q
bc =
σ 65 .mn. e.
φr
2250.2,85
bc =
50.10.0,5.1,338

bc = 19,17 mm

De acordo com o redimensionamento da largura útil da coroa o valor bc =


19,17mm, encontra-se dimensionado considerando a tensão admissível de 50N/mm 2
para o bronze SAE 65 fundido em coquilha. Com isso, determinou-se essa largura
da coroa torna o projeta o mais viável possível financeiramente.

5 . CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DO PARAFUSO SEMFIM E COROA

Parafuso semfim(mm):

Numero de entradas nesf 1

31,14mm
Passo T = 10.π
mn = 10.cos17° 9,56mm
Modulo Normal
Avanço H = 1.31,41 31,14mm
diâmetro primitivo dosf 32,70mm

Altura da cabeça do dente hk = mn 9,56mm


Altura do pé do dente hf = 1,2 . 9,56 11,47mm

Altura total do dente hz = 2,2 x 9,56 21,03mm

Diâmetro externo dksf = 32,70 + 2. 9,56 51,82mm

Diâmetro interno dfsf = 32,70 – 2.1,2.9,56 9,76mm

Comprimento lsf
100 < lsf < 144,899 (mm)
Coroa

Numero de dentes Zc 39

Modulo M 10mm

Passo t = 10.π 31,41mm


Mn = 10.cos17° 9,56mm
Modulo Normal
tn = 9,56.π 30mm
Passo normal
Altura da cabeça do dente hk = mn 9,56mm

Altura do pé do dente hf = 1,2 . 9,56 11,47mm

Altura total do dente hz = 2,2 x 9,56 21,03mm

Diâmetro primitivo doc = 39.10 390mm

Diâmetro da cabeça dke = 390 + 2.9,56 409,12mm

Diâmetro externo dkc = 409,12 +10 509,12mm

Diâmetro interno da coroa dfc = 509,12 – 2.11,47 486,18mm

Distancia entre centros C(r) 211,35mm

6. PERDA DE POTENCIA

Conforme Melconian (1999) qualquer sistema apresenta perda de potencia.


No caso das dos redutores de parafuso semfim e coroa essa perda apresenta de
forma mais acentuada, visto que, o rendimento é sempre menor em relação a outros
tipos de transmissão. A potencia dissipada, transformada em calor, é determinada
pela formula:
Q = 465Pd
Em que:
Q = quantidade de calor (Kcal/h)
Pd = potencia dissipada (kW)
Como a perda de potencia dissipada é originada pela agitação do óleo
lubrificante e a lubrificação do redutor neste caso é por banho de óleo, calcula-se
inicialmente a Pdo :

Pdo = 8,83.10^-³.Vpsf.l √µ.Vpsf


Em que:
Pdo = potencia dissipada pela agitação do óleo (kW);
Vpsf = velocidade periférica do parafuso semfim (m/s);
l = comprimento do parafuso semfim (cm);
µ = viscosidade dinâmica do óleo (cpoise).

Consultando, Carreteiro et al. (2006) a viscosidade dinâmica do óleo para o


redutor projetada, pode ser determinada pelas tabela 15.1, 15.1(a) e 15.2(b) da
pagina 194 válida para temperaturas acima de 0 °C em que são indicados os óleos
pelo numero AGMA. Com isso, o primeiro passo é determinar a condição de trabalho
na tabela 15.1b, segundo passo determinar o numero AGMA na tabela 15. 1 e o
terceiro passo é consultar a viscosidade cinemática média em cSt na tabela 15.1c e
fazer a conversão para cpoise. Com isso segue a seleção do óleo para o redutor e a
viscosidade dinâmica em cpoise:
Primeiro passo - determinar a condição de trabalho na tabela 15.1b
O redutor projetado possuir engrenagens fechadas e a lubrificação dos mancais será
feita com o próprio óleo de lubrificação da engrenagens, com isso, o redutor esta
classificado na faixa de condição de trabalho entre 4 e 7.Sendo assim, adotou-se a
condição de trabalho 5, conforme tabela 15.b abaixo:
Segundo passo - determinar o numero AGMA na tabela 15.1
Determinada a condição de trabalho 5 e consultando a tabela 15.1 determinou-se
que o numero AGMA do grau de viscosidade para a classe 5 é R&O (lubrificantes
com inibidores de oxidação e corrosão) 5 com grau ISO 220 e viscosidade
cinemática entre 198 a 242 cSt @ 40°C , conforme seleção na tabela 15.1
abaixo:
Terceiro passo - determinar o numero AGMA na tabela 15.1c
Consultando a tabela 15.1c determinou-se a viscosidade cinemática média em 220
cSt @ 40°C e fazendo a conversão para cpoise (Centipoise) da viscosidade
cinemática media do óleo determinou-se o valor de 193 Centipoise, conforme
seleção e calculo abaixo:

Para convertendo a viscosidade de cP para cSt utiliza-se a formula abaixo:

cP = 1 cSt (Centistoke) x 0,88( densidade do óleo)

cP = 220 cSt x 0,88

1 cP = 193,6 cpoise

Com isso, o óleo lubrificante determinado para ser utilizado no


redutor possuir a seguinte especificação:

R&O - ISO VG 220

Determinado a viscosidade cinemática do óleo lubrificante


projetada para ser utilizado no redutor de parafuso semfim e coroa,
calculo-se a potencia dissipada pela agitação do óleo (kW) e em seguida
transforma a potencia dissipada e calor. Segue os cálculos abaixo:

Pdo = 8,83.10^-³.Vpsf.l √µ.Vpsf

Pdo = 8,83.10^-³.3,09m/s.14,489 √193,60 . 3,09m/s

Pdo = 16,99 kW

Transformando a potencia dissipada em calor:

Q = 465Pd

Q = 465 . 16,99 kW

Q = 7900 Kcal/h
CONCLUSÃO

A elaboração deste estudo proporcionou a assimilação de diversos conceitos


relacionados à temática abordada, bem como, maior conhecimento a respeito do
processo de dimensionamento de redutores de parafuso semfim e coroa. Portanto,
identificou-se neste estudo que é essencial utilizar uma metodologia estruturada que
permite calcular as características especificas, proporcionando o claro entendimento,
desse modo evitando decisões precipitadas. Conclui-se que os dados de entrada
são extremamente importante para o dimensionamento da projeto do redutor de
parafuso semfim e coroa, mesmo que seja, dados mínimos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARRETEIRO, Ronald P.; BELMIRO, Pedro Nelson A. Lubrificantes e lubrificação


industrial. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.

MELCONIAN, Sarkis. Elementos de máquinas. Ed. Érica, 2000.

http://ecatalog.weg.net/tec_cat/tech_motor_dat_web.asp acessando em 14/06/2020


as 16:46.
1 2 3 4 5 6 7 8

Observações: Motor para redutor de parafuso sem fim e coroa.


E

Executor: Amaro - Eleno e Messias


AC AD D d' d1 A Verificado: Professor - Victor Souza
159 140 12n6 12d9 3,15
d2 A g E l1 l2 Cliente: Faculdade Redentor
3,15 2 20.5 19 16
R r1 v ES F W22 para Redutor Tipo 1 IR3 Premium
1 3 6 16 3
F G GD L Flange M
10 3 334 FR-250 215
N P S T
180 250 15 Motor trifásico de indução 14-JUN-2020
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52.5 LA Carcaça 80 - IPW55
4 12
LUBRAX GEAR MP
Lubrificante para engrenagens com proteção ao micropitting

Descrição
Óleo lubrificante de alto desempenho para engrenagens fechadas e redutores industriais. Disponí-
vel nos graus ISO 100, 220, 320 e 460.

Aplicações
LUBRAX Gear MP é recomendado para engrenagens fechadas e redutores industriais em serviços se-
veros sob cargas elevadas onde seja necessária proteção especial contra o desgaste por micropit-
ting.

Características e Benefícios
 Possui componentes que promovem a limpeza das engrenagens lubrificadas, reduzindo a oxi-
dação do óleo e a formação de depósitos, mesmo em condições de alta temperatura;
 O aditivo de extrema pressão, presente em sua formulação, foi especialmente desenvolvido
para possuir maior estabilidade durante o uso, garantindo o alto nível de proteção contra o
desgaste das engrenagens durante a vida útil do óleo;
 A tecnologia de sua aditivação confere ao produto proteção contra o desgaste por micropit-
ting, conforme definido pelo método FVA 54/7, com resultado de estágio de falha igual ou su-
perior a 10*;
 Seu estágio de falha no teste de FZG (A8 3/90) é igual ou superior a 12*. (* resultados foram
obtidos no grau ISO 68 por ser mais severo que os demais graus);
 O Lubrax Gear MP é a nova denominação do antigo BR-475-EX.
Análises típicas*
Grau ISO Grau ISO Grau ISO Grau ISO
Ensaio 100 220 320 460
Densidade 20/4 °C 0,889 0,898 0,901 0,905

Viscosidade a 40 °C, cSt 101 221 320 456

Viscosidade a 100 °C, cSt 11,2 19,0 24 30

Índice de Viscosidade 96 96 96 96

Carga Timken, lb 65 65 65 65

Teste 4 esferas, Carga de soldagem, kg - 250 250 250

Ponto de fulgor (VA), °C 242 270 282 290

Ponto de fluidez, °C -21 -21 -12 -12

Corrosão a Lâmina de Cobre 3h, 100 ºC 1a 1a 1b 1b

* As análises típicas representam os valores modais da produção, não constituindo especificações. Para informações
mais detalhadas primeiramente consulte nossa assistência técnica.

Saúde, Segurança e Meio Ambiente


A correta utilização, bem como o uso dos devidos equipamentos de proteção individual minimizam os riscos à saúde e
preservam o meio ambiente. Todo óleo lubrificante usado deve ser coletado e descartado conforme CONAMA 362/05. O
descarte irresponsável acarreta danos ao meio ambiente e à população. Consulte a Ficha de Informações de Segurança
de Produto Químico (FISPQ) para maiores informações.

www.lubrax.com.br
Preservar o meio ambiente é responsabilidade de todos

Ago/2019

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