Prasterona
Prasterona
de dehidroepiandrosterona
em situações de déficit,
como envelhecimento
A prasterona, também conhecida como dehidroepiandrosterona, juntamente com sua forma sulfatada, sulfato de
dehidroepiandrosterona, são os hormônios esteróides mais abundantes no organismo humano e são importantes
precursores na biossíntese de andrógenos e estrógenos.1
Além de ser substrato para outros esteróides, a dehidroepiandrosterona em níveis fisiológicos está implicada em uma
série de outras funções no organismo, incluindo bem-estar psicológico, desempenho cognitivo e condicionamento físico
– como força muscular e densidade óssea – além de ações anti-inflamatórias e imunomoduladoras. 2–4
ASPECTOS FISIOLÓGICOS
A síntese de dehidroepiandrosterona ocorre no córtex das glândulas adrenais, especialmente na zona reticular, em
resposta ao estímulo hormonal do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Assim como os demais hormônios esteroidais, a etapa
inicial do processo de biossíntese de dehidroepiandrosterona, também conhecido como esteroidogênese, compreende a
conversão do colesterol em pregnenolona, reação que ocorre em nível mitocondrial.5
O pico de secreção de dehidroepiandrosterona ocorre no início da vida adulta, entre os 20 e 25 anos de idade e após esse
período as concentrações plasmáticas decaem progressivamente, de forma que aos 70 anos, a produção seja entre 10% e 20%
daquela encontrada em adultos jovens. Algumas diferenças entre gêneros relacionadas aos níveis de dehidroepiandrosterona e
sulfato de dehidroepiandrosterona circulantes tem sido apontadas, especialmente em mulheres na pós menopausa, na qual a
dehidroepiandrosterona se torna o principal precursor dos esteróides sexuais. 8–10
Neste sentido, nos últimos anos a literatura tem evidenciado os benefícios da suplementação de prasterona em diferentes populações.
MECANISMO DE AÇÃO
Os mecanismos exatos pelos quais a dehidroepiandrosterona exerce suas ações ainda não foram completamente elucidados.
Contudo, tem sido demonstrado que a dehidroepiandrosterona age indiretamente em tecidos-alvos como precursora para a
formação dos hormônios esteróides, como estrógenos e testosterona, sendo esta conversão relacionada com as enzimas
esteroidogênicas expressas no tecido. Dos andrógenos totais produzidos na próstata de homens adultos, 50% derivam deste
precursor adrenal, ao passo que em mulheres, essa relação é de 75% dos estrógenos para período anterior a menopausa e 100%
na pós menopausa. 3
Efeitos diretos da dehidroepiandrosterona também têm sido descritos, uma vez que a dehidroepiandrosterona tem sido capaz de
desencadear mecanismos de sinalização celular pela ligação aos receptores de membrana, receptores celulares não específicos ou ainda
pela interação com proteínas plasmáticas. Estes achados evidenciam o conceito de que alguns dos efeitos da dehidroepiandrosterona são
independentes da sua conversão a andrógenos ou estrógenos. Como exemplo, podem ser citadas as ações da dehidroepiandrosterona
como neuroesteróide, exercendo efeitos neuroprotetores e neurotróficos ao modular os receptores dos sistemas de neurotransmissão.
Além disso, efeitos sobre a função de células endoteliais com atividade vasodilatadora e a interação com os diferentes tipos
celulares e enzimas associados ao sistema imune, também tem sido descritos como respostas diretas estritamente relacionadas à
dehidroepiandrosterona no organismo.18,22
EVIDÊNCIAS NA LITERATURA
MEMÓRIA E HUMOR EM HOMENS SAUDÁVEIS
Vinte e quatro homens saudáveis, com idade entre 18 e 40 anos, receberam uma dose de 150mg de prasterona ou placebo 2 vezes
ao dia durante 7 dias e os foram avaliados os efeitos sobre o humor e a memória usando testes específicos, assim como os níveis de
cortisol salivar. Foi possível observar uma melhora no humor e na memória, assim como a identificação da área cerebral recrutada para
a recuperação da memória ativada mais precocemente no grupo que recebeu prasterona em relação ao grupo placebo. Os níveis de
cortisol noturno também reduziram nos indivíduos que receberam prasterona. 23
RESTAURAÇÃO DOS NÍVEIS FISIOLÓGICOS O efeito da administração de 50 mg ao dia de prasterona
EM IDOSOS foi avaliada sobre a função cognitiva de 24 mulheres na
pós menopausa, com idade entre 55 e 80 anos. Além das
O efeito da suplementação de prasterona foi avaliado em avaliações relacionadas às tarefas mnemônicas, foram
280 mulheres e homens com idade entre 60 e 79 anos quantificados os níveis séricos de dehidroepiandrosterona,
de idade que receberam 50 mg ao dia durante um ano. sulfato de dehidroepiandrosterona, testosterona, estrona e
Os níveis de dehidroepiandrosterona foram restaurados aos cortisol. A administração de prasterona aumentou os níveis
níveis encontrados em adultos jovens em ambos os sexos. séricos dos parâmetros hormonais, exceto o cortisol, bem
Nas mulheres, foi possível também observar uma elevação como melhorou o desempenho cognitivo frente às tarefas
nos níveis de testosterona e estradiol, que refletiram ainda executadas no estudo. 28
em melhora do turnover ósseo, com diminuição da atividade
dos osteoclastos, aumento da libido e melhora nos aspectos Em mulheres idosas, com idade entre 65 e 90 anos,
cutâneos, como hidratação, espessura e uniformidade. Não que apresentavam comprometimento cognitivo leve a
foram observados efeitos indesejáveis da administração moderado detectado através de ferramentas de avaliação
desta dose ao longo de um ano. 24 do desempenho cognitivo, a administração de 25 mg ao
dia de prasterona por seis meses, foi capaz de aumentar
A administração de prasterona 100 mg durante 6 meses os escores cognitivos, principalmente fluência verbal,
em homens e mulheres com idade entre 60 e 65 anos melhorando também o desempenho das atividades básicas
demonstrou reparar os decréscimos dos níveis circulantes de vida diária. 29
de dehidroepiandrosterona relacionados à idade. Diferenças
nos parâmetros avaliados em resposta à administração de A suplementação com prasterona foi capaz de reduzir
dehidroepiandrosterona foram refletidas pelo gênero, de significativamente a adiposidade abdominal, melhorando
forma que em mulheres foi possível observar aumentos nos também a sensibilidade à insulina, assim como reduzindo
níveis de testosterona, androstenediona e IGF-1, ao passo os níveis plasmáticos de triglicerídeos e a expressão de
que em homens as alterações na composição corporal foram citocinas inflamatórias, quando avaliada em homens e
mais evidentes, como o aumento da massa magra e da mulheres com idade entre 65 e 75 anos na dose de 50 mg
força muscular e redução do percentual de gordura corporal, ao dia durante 12 meses. Os mecanismos subjacentes a
mesmo sendo comum às mulheres o aumento no IGF-1. 25 este processo podem estar relacionados à ativação direta
do PPARα - um fator de transcrição nuclear envolvido
A densidade mineral óssea e a composição corporal foram na regulação do metabolismo de lipídios e da inflamação
avaliadas em mulheres e homens com idade média de - pela prasterona e que é comum aos fibratos utilizados
74 anos que receberam 50 mg de prasterona durante 6 clinicamente no manejo das hipertrigliciridemias, sem a
meses. A reposição de prasterona foi capaz de restaurar os ocorrência dos efeitos colaterais característicos. 30
níveis baixos de dehidroepiandrosterona em decorrência
da idade, bem como aumentar a densidade mineral óssea Em idosos saudáveis com faixa etária entre 60 a 79
avaliada na região da lombar, reduzindo gordura corporal anos e que apresentam níveis relativamente baixos de
e aumentando os níveis de massa livre de gordura. O dehidroepiandrosterona associados ao envelhecimento
tratamento foi bem tolerado pelos indivíduos, sem a fisiológico, a dose de 50 mg ao dia demonstrou ser segura
ocorrência de efeitos adversos significativos. 26 e potencialmente eficaz. 31
A prasterona não deve ser estabelecida como tratamento padrão nesta condição, devendo ser utilizada especialmente
em indivíduos nos quais o bem estar e libido se mantenham prejudicados, mesmo com o uso de corticóides. Em geral, o
tratamento é iniciado com uma dose de 25 mg administrada pela manhã e podem ser necessários alguns meses para que
se reconheçam os efeitos benéficos desta suplementação. 18
Na insuficiência adrenal, o objetivo da terapia com prasterona é restaurar um estado fisiológico normal, enquanto nos idosos
o objetivo da terapia com prasterona seria elevar as concentrações àquelas de uma população mais jovem. 53
OUTRAS EVIDÊNCIAS
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune que afeta múltiplos sistemas orgânicos e que
ocorre predominantemente em mulheres em idade fértil. O tratamento é feito com corticóides que podem suprimir o córtex da adrenal
e a consequente secreção de dehidroepiandrosterona. Em geral, níveis mais baixos deste precursor hormonal são encontrados
nestas pacientes. Dessa forma, a administração de prasterona em doses de 20 a 30 mg por dia em pacientes acometidas por LES e
em tratamento com corticóides melhorou significativamente os escores de qualidade de vida associados à saúde, como bem-estar
mental e sexualidade. O tratamento foi bem tolerado e com poucos efeitos colaterais. 54 Os sinais e os sintomas da doença também
foram estabilizados pela administração de 200 mg ao dia de prasterona em mulheres com LES. 55
Estudos pré-clínicos em modelos animais e celulares têm demonstrado o potencial efeito condroprotetor da prasterona em
osteoartrite (OA), condição articular degenerativa acompanhada de processo inflamatório, que compromete a qualidade de vida nos
pacientes acometidos. Mais estudos estão sendo conduzidos com o intuito de demonstrar a atividade limitante da prasterona sobre
a progressão da OA.56
A aplicação tópica de prasterona foi avaliada sobre o envelhecimento cutâneo em mulheres na pós menopausa com idade entre
60 e 65 anos. Embora a estrutura geral da epiderme não tenha sido significativamente alterada quando avaliada por microscopia
de luz, foi possível observar através de ferramentas imunohistoquímicas um aumento na expressão de RNAm dos pró colágenos
do tipo 1 e 3 e na expressão da proteína de choque térmico Hsp47, também envolvida na biossíntese de colágeno. A prasterona
aplicada topicamente demonstrou potencial no tratamento do envelhecimento da pele, contudo, são demandadas mais avaliações
para esta finalidade clínica. 57
SUGESTÃO POSOLÓGICA:
USO ORAL: 25 a 50 mg ao dia
Por se tratar de um hormônio, a manipulação deste insumo deve atender o disposto nos
Anexos I e III da RDC nº 67/2007 e as atualizações (RDC nº 87/2008 e RDC nº 21/2009)
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