Rev001 Predimensionamento Estrutural

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APOSTILA – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE

VIGAS, LAJES E PILARES

Março de 2021
Ouro Branco, MG
MISSÃO
Disseminar valores proporcionando a formação de pessoas diferenciadas.

VISÃO
Até 2021, formaremos líderes ousados e seremos competitivos no mercado, gerando
soluções de impacto, contribuindo para uma UFSJ mais forte e sendo referência no
MEJ mineiro.

VALORES
Paixão;
União;
Inconformismo;
Proatividade;
Comprometimento;
Orgulho em ser Júnior.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO – VIGAS, PILARES E LAJES EM CONCRETO ARMADO

O pré-dimensionamento dos elementos estruturais é necessário para que se


possa calcular o peso próprio da estrutura, que é a primeira parcela considerada no
cálculo das ações.

O conhecimento das dimensões permite determinar os vãos equivalentes e as


rigidezes, necessários no cálculo das ligações entre os elementos.

1 PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS LAJES

A espessura das lajes pode ser obtida com a expressão (Figura 5.1):

φ
h = d + +c
2
d → altura útil da laje

φ → diâmetro das barras

c → cobrimento nominal da armadura

Figura 1 - Seção transversal da laje


a) Cobrimento da armadura

Cobrimento nominal da armadura (c) é o cobrimento mínimo (cmin)

acrescido de uma tolerância de execução (∆c):

c = cmin + ∆c

O projeto e a execução devem considerar esse valor do cobrimento nominal


para assegurar que o cobrimento mínimo seja respeitado ao longo de todo o
elemento.

Nas obras correntes, ∆c ≥ 10mm. Quando houver um controle rigoroso da


qualidade da execução, pode ser adotado ∆c = 5mm. Mas a exigência desse
controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto.

O valor do cobrimento depende da classe de agressividade do ambiente.


Algumas classes estão indicadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Classes de agressividade ambiental


Para essas classes I e II, e para ∆c = 10mm, a NBR 6118:2014 recomenda os
cobrimentos indicados na Tabela 2.

Tabela 2 – Cobrimento nominal para ∆c = 10mm


b) Altura útil da laje

Para lajes com bordas apoiadas ou engastadas, a altura útil pode ser
estimada por meio da seguinte expressão:

Para lajes com bordas livres, como as lajes em balanço, deve ser utilizado outro
processo.

c) Espessura mínima

A NBR 6118:2014 especifica que nas lajes maciças devem ser respeitadas as
seguintes espessuras mínimas:
2 PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

Uma estimativa grosseira para a altura das vigas é dada por:


Num tabuleiro de edifício, não é recomendável utilizar muitos valores
diferentes para altura das vigas, de modo a facilitar e otimizar os trabalhos de
cimbramento. Usualmente, adotam-se, no máximo, duas alturas diferentes. Tal
procedimento pode, eventualmente, gerar a necessidade de armadura dupla em
alguns trechos das vigas.

Os tramos mais críticos, em termos de vãos excessivos ou de grandes


carregamentos, devem ter suas flechas verificadas posteriormente.

Para armadura longitudinal em uma única camada, a relação entre a altura total
e a altura útil é dada pela expressão (Figura 2):

Figura 2 – Seção transversal da viga


3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

Inicia-se o pré-dimensionamento dos pilares estimando-se sua


carga, por exemplo, através do processo das áreas de influência.

Este processo consiste em dividir a área total do pavimento em


áreas de influência, relativas a cada pilar e, a partir daí, estimar a carga
que eles irão absorver.

A área de influência de cada pilar pode ser obtida dividindo-se as


distâncias entre seus eixos em intervalos que variam entre 0,45l e 0,55l,
dependendo da posição do pilar na estrutura, conforme o seguinte critério (ver
Figura 3):

Figura 3 - Áreas de influência dos pilares


• 0,45l: pilar de extremidade e de canto, na direção da sua
menor dimensão;
• 0,55l: complementos dos vãos do caso anterior;

• 0,50l: pilar de extremidade e de canto, na direção da sua


maior dimensão.

No caso de edifícios com balanço, considera-se a área do balanço


acrescida das respectivas áreas das lajes adjacentes, tomando-se, na
direção do balanço, largura igual a 0,50l, sendo l o vão adjacente ao balanço.
Convém salientar que quanto maior for a uniformidade no alinhamento
dos pilares e na distribuição dos vãos e das cargas, maior será a precisão dos
resultados obtidos. Há que se salientar também que, em alguns casos,
este processo pode levar a resultados muito imprecisos.

Após avaliar a força nos pilares pelo processo das áreas de


influência, é determinado o coeficiente de majoração da força normal (α) que
leva em conta as excentricidades da carga, sendo considerados os valores:

α = 1,3 → pilares internos ou de extremidade, na direção da maior


dimensão;

α = 1,5 → pilares de extremidade, na direção da menor dimensão;

α = 1,8 → pilares de canto.

A seção abaixo do primeiro andar-tipo é estimada, então,


considerando-se compressão simples com carga majorada pelo coeficiente α,
utilizando-se a seguinte
expressão:
Ac = b x h → área da seção de concreto (cm2)

α → coeficiente que leva em conta as excentricidades da carga

A → área de influência do pilar (m2)

n → número de pavimentos-tipo

(n+0,7) → número que considera a cobertura, com carga


estimada em 70% da relativa ao pavimento-tipo.
fck → resistência característica do concreto (kN/cm2)

A existência de caixa d’água superior, casa de máquina e


outros equipamentos não pode ser ignorada no pré-dimensionamento dos
pilares, devendo- se estimar os carregamentos gerados por eles, os quais
devem ser considerados nos pilares que os sustentam.

Para as seções dos pilares inferiores, o procedimento é


semelhante, devendo ser estimadas as cargas totais que esses pilares
suportam.

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