Manual de Boas Praticas Salão de Beleza
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Diretor Superintendente
José Eugênio Vieira Equipe Técnica
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Diretor Técnico
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Colaboradores
Diretor de Atendimento
Flávia da Silva Neto Lana (Senac/ ES)
Ruy Dias de Souza
Marcia Mara da Silva Borlini e
Gerente da Unidade de Alessandra Nogueira Freire Fonseca
Capacitação Empresarial (UCE) (Vigilância Sanitária Municipal de Vitória/ ES)
João Vicente Pedrosa Moreira Projeto gráfico e Diagramação
Mares Comunicação e Design
Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária Regina Batista Paixão – CRB 6 ES 479/O
28 p. : il.
CDU 687.53
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SUMÁRIO
1 · INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5
2 · RISCOS À SAÚDE ........................................................................................... 6
2.1 · Higiene ................................................................................................................. 6
2.1.1 · Higienização das mãos ....................................................................................................... 7
2.1.1.1 · Uso de água e sabonete líquido ...................................................................................... 7
2.1.1.2 · Álcool 70% ...................................................................................................................... 8
2.2 · Vacinação ........................................................................................................... 10
2.3 · Descarte de Perfurocortantes ............................................................................. 10
3 · MEDIDAS DE SEGURANÇA ........................................................................... 11
3.1 · Uso de equipamentos de proteção individual - EPI ............................................. 12
3.2 · Esterilização de instrumental ............................................................................. 13
3.3 · Limpeza e desinfecção de superfícies ................................................................. 16
4 · DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA PARA ACOMPANHAMENTO
DAS VIGILÂNCIAS SANITÁRIAS ......................................................................... 17
5 · ESTRUTURAS FÍSICA DO ESTABELECIMENTO ................................................. 18
6 · CUIDADOS COM EQUIPAMENTOS E PRODUTOS ............................................. 20
6.1 · Equipamentos ................................................................................................... 20
6.2 · Cosméticos ......................................................................................................... 20
7 · PROCEDIMENTOS AOS PROFISSIONAIS
PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS DE TRABALHO .................................................... 22
8 · PROFISSIONAIS QUALIFICADOS: UM PASSO PARA O SUCESSO ........................ 23
9 · REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 25
·3·
·4·
1 � INTRODUÇÃO
Com isso, criou-se este manual de boas práticas, visando a padronização das atividades
desenvolvidas por esses profissionais, esperando dessa forma, contribuir para o
aperfeiçoamento dos profissionais, atuantes em institutos e salões de beleza, barbearia e
similares, para que possam prestar serviços de qualidade e evitar riscos à saúde.
Boa Leitura!
·5·
2 � RISCOS À SAÚDE
2.1 · Higiene
Alguns procedimentos simples podem ser adotados para evitar a exposição a doenças.
É imprescindível que os profissionais mantenham a higiene pessoal sempre em dia,
demonstrando o cuidado e a preocupação do estabelecimento com a segurança.
Para isso é preciso:
• Utilizar água e sabão líquido para a correta higienização das mãos;
• Não fumar nas dependências do salão;
·6·
• Lavar as mãos, nas seguintes situações:
• antes e após ir ao banheiro;
• antes e após colocar as luvas;
• antes e após as refeições;
• Enxaguar as mãos e secar bem com papel toalha;
• As toalhas de uso dos clientes devem ser lavadas em hipoclorito de sódio por 30 min,
e em seguida secadas e passadas, guardando-as individualmente em sacolas, em
lugares arejados e secos;
• Alicates, espátulas e materiais de metal devem ser submetidos a limpeza com
detergente líquido neutro e escova de cerdas macias, inspeção visual com auxílio de
uma lupa, e, secos com papel toalha de primeiro uso. Também devem ser embalados
em invólucro compatível com o equipamento utilizado na esterilização (papel
alumínio, em caso de utilizar a estufa e grau cirúrgico, caso autoclave). Após a devida
esterilização, acondicioná-los em recipiente com tampa e identificação;
• A sala utilizada para a depilação deve ser reservada e com privacidade, as superfícies
da maca devem ser lisas e laváveis, o lençol trocado a cada cliente. Cera e demais
produtos usados nos procedimentos devem possuir no rótulo, a identificação,
a validade e o número de registro no Ministério da Saúde/ Anvisa e nunca, em
hipótese alguma, é permitido reutilizar as ceras. Para manter a higiene, aconselha-se
fracionar, previamente, as quantidades suficientes para cada cliente.
·7·
- Sempre que for entrar e ao sair do banheiro;
- Antes de colocar as luvas e após o descarte das mesmas;
- Antes de cada refeição e após se alimentar;
- Após realizar procedimentos de limpeza e desinfecção;
- Após utilização álcool por várias aplicações seguidas.
Atenção:
Não é permitido o uso de toalhas de tecido e sabonetes em barra, pois,
armazenam microrganismos.
·8·
Higienização das Mãos
Abra a torneira e molhe as mãos, Aplique o sabonete líquido Ensaboe as palmas das mãos,
evitando encostar na pia. na palma da mão friccionando-as entre si.
Esfregue a palma das mãos Entrelace os dedos e friccione os Esfregue o dorso dos dedos de uma
entrelaçando os dedos. espaços interdigitais. mão com a palma da outra.
Esfregue o polegar direito, com o Friccione as polpas digitais e unhas da Enxágüe as mãos, retirando os
auxílio da palma da mão da outra mão com a palma da outra, fazendo resíduos de sabonete. Evite tocar na
mão. movimento circular. torneira.
Seque as mãos com papel-toalha Utilize o papel-toalha para fechar a Para a técnica de Higienização
descartável, iniciando pelas mãos e torneira, evitando tocar diretamente Anti-séptica das mãos, seguir os
seguindo pelos punhos. mesmos passos
Atenção:
Dê preferência para o uso de álcool específico para higienização das
mãos na concentração de 70%, em refil para evitar a contaminação.
·9·
2.2 · Vacinação
Todos os resíduos perfurocortantes deverão ser descartados logo após seu uso em
recipientes, desenvolvidos para este fim, não ultrapassando o limite indicado pelo
fabricante. O recolhimento dos recipientes de descarte deve ser realizado apenas por
empresas licenciadas para transporte e destinação final de resíduos perfurocortantes. Esses
materiais quando não manuseados corretamente, podem ocasionar lesões decorrentes de
acidentes com agulhas, lâminas de barbear e alicates.
· 10 ·
3 · MEDIDAS DE SEGURANÇA
É importante ressaltar, que muitas vezes o cliente nem sabe que possui
determinadas doenças ou lesões, pois em alguns casos não há sintomas
aparentes, ficando a cargo do profissional utilizar medidas preventivas
· 11 ·
3.1 · Uso de equipamentos de proteção individual - EPI
· 12 ·
Procedimento para retirar
luvas contaminadas
• EPIs para troncos - são jalecos e aventais que servem para evitar contaminações de
roupas pessoais e por agentes químicos;
• EPIs para membros inferiores - são os sapatos que precisam ser impermeáveis e
antiderrapantes, fechados, devendo proteger o dorso do pé.
· 13 ·
Antes de iniciar o processo de esterilização, seja em estufa ou autoclave, todo instrumento
metálico deverá ser lavado com escova em água corrente, com detergente líquido neutro
e inspecionado com o auxílio de uma lupa, verificando assim a eficácia da limpeza e
depois seco com papel toalha de primeiro uso.
É necessário utilizar luva de borracha e avental impermeável.
· 15 ·
Artigo 8º da Portaria Municipal 02/2007
O processo de limpeza deve preceder qualquer processo de
esterilização ou desinfecção e é o que determina o sucesso
destes. Pode-se ter limpeza sem esterilização ou desinfecção,
mas não pode ter esterilização ou desinfecção sem limpeza.
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Quadro 1.2 - Produtos de Higienização
Conhecido por Propriedades Aplicação Concentração
Bio SL Rosa
Detergente Lavagem higiênica Puro + água
(Creme das mãos)
Quinapol ® Lavagem de pavi- 50 ml por cada 5l de
Detergente
Detergente líquido do chão mentos água
Superfícies não
Hipoclorito de Sódio a 1% Desinfectante Puro
metálicas
Presept ®
Desinfectante Superfícies e urinóis 1 past + 10 l água
Trocloseno 2,5
Hibicet ® Diluição conforme o
Desinfectante Materiais
Clorohexidine e cetrimida procedimento
Álcool a 70º Desinfectante Superfícies metálicas Puro
Desinfectante das mãos de Desinfectante
Mãos Puro
base Alcoólica das mãos
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Portaria GM nº 3.523/98 (Obrigatório para sistemas com a soma das potências dos
condicionadores de ar superior a 60.000 BTU/H);
• Comprovante da higienização dos reservatórios de água;
• Laudo da análise microbiológica da água.
· 18 ·
• A iluminação deve ser adequada e ter o índice de
reprodução de cor elevado. Acima de 85% para a
reprodução fiel da cor que o cliente escolheu, assim
ele não terá desconforto ao sair do salão;
• Móveis e equipamentos como cadeiras, armários,
macas e colchões deverão ser revestidos de material
resistente, impermeável e de fácil higienização. Junto com a organização do ambiente
do trabalho, deve-se observar algo tão importante quanto, o cuidado com a postura,
optar sempre por cadeiras com encosto e com sistema hidráulico;
• Os serviços de cabeleireiro deverão ser dotados de no mínimo 01 (um) lavatório de cabelos
com água corrente.
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6 CUIDADOS COM EQUIPAMENTOS E PRODUTOS
6.1 · Equipamentos
É preciso que as empresas forneçam aos seus funcionários as condições necessárias para
execução de seus serviços, podendo assim atender prontamente a demanda que surgir
sem comprometer a limpeza. Veja alguns desses procedimentos:
• Equipamentos utilizados para esterilização e estética devem ser revisados a cada
seis meses, ou de acordo com a orientação do fabricante. O estabelecimento deve
possuir uma planilha para o controle adequado;
• Os equipamentos utilizados deverão possuir registro nos órgãos competentes;
• Os manuais de instrução dos equipamentos deverão estar em português e em
local de fácil acesso.
6.2 · Cosméticos
• Nome do produto;
• Marca;
• Lote;
• Prazo de validade;
• Descrição do conteúdo do produto;
• País de origem;
• Fabricante/ importador;
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• Composição do produto;
• Finalidade de uso do produto;
• Instruções em língua portuguesa;
• Autorização de funcionamento da indústria na ANVISA;
• Número de registro ou notificação no Ministério da Saúde/ ANVISA.
Produtos químicos que precisem ser diluídos ou fracionados em outros frascos deverão
conter de forma legível as seguintes informações:
• Etiqueta com o nome do produto;
• Composição química e sua concentração;
• Data de envase e de validade;
• Nome do responsável pela manipulação ou fracionamento.
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7 · PROCEDIMENTOS AOS PROFISSIONAIS
PADRONIZAÇÃO DAS ROTINAS DE TRABALHO
Depiladora: lavar bem as mãos, usar máscaras descartáveis, luvas, jalecos e somente
retirá-las quando o procedimento estiver finalizado, cobrir a maca com lençol, e usar
somente material descartável;
Design de sobrancelhas: lavar bem as mãos, colocar luvas, perguntar ao cliente se ele
possui alergia a algum tipo de produto ou química. Pinças devem passar por processo de
desinfecção ou esterilização a cada uso, lâminas de barbear não devem ser reutilizadas.
Atenção:
Todo procedimento que ocasione alteração no couro cabeludo e pele
deverá ser comunicado ao cliente, orientando-o a procurar um médico.
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8 · PROFISSIONAIS QUALIFICADOS: UM PASSO PARA O SUCESSO
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9 · REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Anvisa, 2009. Referência técnica para o funcionamento dos Serviços de Estética e
Embelezamento sem responsabilidade médica. Brasília, Brasil.
Disponível em: <https://bit.ly/2ymqNkI>. Acesso em 26 de agosto de 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde, 2013.Protocolo para prática de Higiene das Mãos em Serviços de
Saúde. Brasília, Brasil. Disponível em:<https://bit.ly/2Rrf74N>. Acesso em: Acesso em 26 de agosto de
2018.
Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo, 2009. Guia de referência para limpeza,
desinfecção e esterilização de artigos em Serviços de Saúde. Vitória, Brasil.
Disponível em: <http://www.riscobiologico.org/lista/20120305_01.pdf>. Acesso em 26 de agosto de
2018.
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