PM PI - Legislação Da PM PI - Específica 01

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 26

Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais Militares do Estado do Piauí, e dá outras


providências.

SEGURANÇA PÚBLICA

CF/88 - Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de


todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas
e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I - polícia federal;

II - polícia rodoviária federal;

III - polícia ferroviária federal;

IV - polícias civis;

V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.

VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.

§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública;


aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil.

O Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos

www.focusconcursos.com.br | 1
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

policiais militares do Estado do Piauí.

A Polícia Militar do Estado do Piauí, subordinada operacionalmente ao Secretário


de Justiça e Segurança Pública, é uma instituição permanente, considerada força
auxiliar e reserva do Exército, com organização e atribuições definidas em Lei.

Os integrantes da Polícia Militar, em razão da destinação constitucional da Corporação


e em decorrência das Leis vigentes, constituem uma categoria especial dos
servidores públicos estaduais e são denominados policiais militares

Os policiais–militares de carreira são os que no desempenho voluntário e permanente


do serviço policial-militar, tem vitaliciedade assegurada

Os policiais–militares encontram-se em uma das seguintes situações:

na ativa:

I – os policiais militares de carreira;

II – os incluídos na Polícia Militar voluntariamente, durante os prazos a que se obrigam


a servir;

III – os componentes da reserva remunerada quando convocados; e

IV – os alunos de órgãos de formação de policiais militares da ativa.

na inatividade:

I – na reserva remunerada, quando pertencem à reserva da Corporação e percebem


remuneração do Estado do Piauí, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na
ativa, mediante convocação;

II – reformados, quando tendo passado por uma das situações anteriores, estão
dispensados, definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuam a
perceber remuneração do Estado do Piauí.

Os policiais-militares da reserva remunerada poderão ser convocados para o serviço


ativo, em caráter transitório e mediante aceitação voluntária, por ato do
Governador do Estado, desde que haja conveniência para o serviço.

O serviço policial–militar consiste no exercício de atividade inerentes à Polícia Militar


e compreende todos os encargos na legislação específica e relacionados com a
manutenção da ordem pública no Estado do Piauí.

www.focusconcursos.com.br | 2
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

A carreira policial-militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente


devotada às finalidades da Polícia Militar, denominada atividade policial-militar.

A carreira policial-militar é privativa do pessoal da ativa. Inicia-se com o ingresso na


Polícia Militar e obedece à sequência de graus hierárquicos.

É privativa de brasileiro nato a carreira de Oficial da Polícia Militar.

São equivalentes as expressões "na ativa", “em serviço na ativa”, "em serviço", "em
atividade" ou "em atividade policial militar" conferidas aos policiais-militares no
desempenho de cargo, comissão, encargos, incumbência ou missão, serviço ou
atividade policial militar ou considerada de natureza policial militar, nas organizações
policiais militares, bem como ou em outros órgãos do Estado do Piauí ou na União,
quando previsto em lei ou regulamento.

A condição jurídica dos policiais militares é definida pelos dispositivos constitucionais


que lhe forem aplicáveis, por este Estatuto e pela legislação que lhe outorgar direitos
e prerrogativas e lhes impuser deveres e obrigações.

O disposto neste Estatuto aplica-se no que couber:

I – aos policiais-militares da reserva remunerada e reformados;

II – aos capelães policiais-militares.

DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR

O ingresso na Polícia Militar fica condicionado à aprovação em concurso público, que


poderá ser regionalizado, com exames de conhecimentos, exame psicológico, exame
de saúde, exame de aptidão física e investigação social.

Após todas as etapas do concurso, os candidatos a serem nomeados farão curso de


formação para ingresso.

Os exames de conhecimentos, excetuados os exames práticos, serão classificatórios e


habilitatórios, e as demais fases do concurso público terão caráter apenas
habilitatório.

Às mulheres serão reservadas até 10% (dez por cento) das vagas oferecidas no
concurso público.

O candidato terá o direito de conhecer as razões de sua reprovação em quaisquer


fases do concurso, sendo-lhe permitida a apresentação de recursos.

Excetuadas as razões de reprovação no exame psicológico e na investigação social,

www.focusconcursos.com.br | 3
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

cuja publicidade será restrita ao candidato, os resultados de cada uma das fases do
concurso serão publicados no Diário Oficial do Estado.

A habilitação em quaisquer das etapas do concurso público ou no curso de formação


para ingresso não poderá ser aproveitada para provimento de cargo distinto ou para
outro concurso.

Não podem participar de comissão, banca de concurso, as pessoas que tiverem


cônjuge, companheiro, ou parente consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral,
até o terceiro grau, inscrito no concurso público.

Para obter aprovação nesta prova, o candidato deverá alcançar aproveitamento


mínimo de 60% (sessenta por cento) no geral e 50% (cinquenta por cento) em cada
uma das matérias ou ser julgado apto no teste prático.

Exame psicológico

O exame psicológico adotará critérios científicos objetivos, sendo vedada a realização


de entrevistas.

O exame será realizado por meio de representante ou comissão de representantes da


instituição contratada para a realização do concurso ou por servidor ou comissão de
servidores públicos efetivos e estáveis, com habilitação em psicologia.

Súmula vinculante 44 STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a


habilitação de candidato a cargo público.

Para que seja válido em concursos públicos, o exame psicotécnico deverá cumprir os
seguintes requisitos:

O exame precisa estar previsto em lei e no edital, deverão ser adotados critérios
objetivos no teste, deverá haver a possibilidade de o candidato prejudicado apresentar
recurso contra o resultado.

Exame de saúde

O exame de saúde compreenderá os exames médicos e odontológicos previstos no


edital do concurso público.

O exame de saúde será realizado por meio de representante ou comissão composta


de representantes da instituição contratada para a realização do concurso ou por
servidor ou comissão de servidores efetivos e estáveis, com habilitação em medicina
e odontologia”.

www.focusconcursos.com.br | 4
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

Exame de aptidão física

O exame de aptidão física constará de provas atléticas, adequadas ao cargo, conforme


previsto no edital.

O exame físico será realizado por meio de representante ou comissão composta de


representantes da instituição contratada para a realização do concurso ou por servidor
ou comissão de servidores efetivos e estáveis, com habilitação em educação física.

Investigação social

A investigação social consistirá na apuração, dentre outros requisitos previstos no


edital do concurso, na comprovação da ausência de antecedentes criminais,
relativos a crimes cuja punibilidade não esteja extinta e não tenha ocorrido a
reabilitação, compreendendo processos na;

• Justiça Comum, na Justiça Federal, na Justiça Federal Militar e Justiça Eleitoral,


certidão negativa de antecedente expedida pela Polícia Federal, Polícia Civil e
Auditoria Militar e certidão negativa de processo administrativo disciplinar no
âmbito da Corporação.

A Certidão de Antecedentes será expedida pelo órgão de distribuição das comarcas


onde o candidato haja residido nos últimos 5 (cinco) anos.

Curso de formação

O curso de formação para ingresso será realizado pela Academia de Polícia Militar do
Estado do Piauí, Batalhões, Companhias Militares ou outras entidades congêneres,
observada a seguinte duração mínima:

• Curso de Formação de oficiais: 2.400h/a (duas mil e quatrocentas horas-aula);

• Curso de Formação de Soldados, de Cabos e de Sargentos: 600h/a (seiscentas


horas-aula)

A matrícula do candidato no curso de formação para ingresso no quadro de praças


ficará condicionada:

à aprovação nos exames do concurso;

ao resultado da investigação social, conforme deliberação da Comissão do Concurso;

ter idade mínima de dezoito anos e máxima de trinta anos no período de inscrição
para o concurso;

www.focusconcursos.com.br | 5
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

à conclusão do curso de ensino médio

A matrícula do candidato no curso de formação para ingresso nos quadros de oficiais


ficará condicionada:

à aprovação nos exames do concurso;

ao resultado da investigação social, conforme deliberação da Comissão do Concurso;

ter a idade mínima de vinte e um anos e máxima de trinta anos no período de inscrição
para o concurso;

à conclusão do curso superior de graduação em bacharelado em Direito.

Poderá ser exigido conclusão do curso superior de graduação em apenas uma área
específica do conhecimento para ingresso nos quadros de oficiais, conforme previsão
no edital do concurso.

As cargas horárias dos cursos de adaptação para ingresso nos quadros de oficiais
médicos, dentistas, enfermeiros, farmacêuticos, capelães e veterinários serão
reguladas conforme dispuser norma interna da Corporação.

Ao candidato inscrito em curso de formação para ingresso fica assegurado uma bolsa,
assegurado o direito de opção entre a remuneração do cargo ocupado e a bolsa para
aqueles que forem policiais militares ou servidores públicos do Estado, bem como a
revisão da mesma, na data e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos
militares estaduais.

A aprovação no curso de formação para ingresso atenderá ao disposto no


regulamento do Órgão de ensino da Polícia Militar e constituirá requisito
indispensável para a nomeação no cargo

O candidato inscrito no curso de formação fica sujeito à contribuição previdenciária.

O policial militar deverá ressarcir ao erário estadual o valor percebido a título de bolsa,
se no momento da investidura não preencher os requisitos necessários ao
desempenho do cargo ou pedir exoneração antes de completar:

cinco anos de exercício do cargo, se oficial;

dois anos de exercício do cargo, se praça.

Para a matrícula nos estabelecimentos de ensino policial-militar destinados à


formação de oficiais e graduados, além das condições relativas à nacionalidade,
idade, aptidão intelectual, capacidade física e idoneidade moral, é necessário que o

www.focusconcursos.com.br | 6
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

candidato não exerça, nem tenha exercido atividade prejudiciais ou perigosas à


Segurança Nacional.

 Aplica-se, também aos candidatos ao ingresso nos Quadros de Oficiais em que é


exigido o diploma de estabelecimento de ensino superior reconhecido pelo Governo
Federal.

Investidura no Cargo

Para a investidura nos cargos da polícia militar, além de outros requisitos básicos
previstos em lei, serão também exigidos os seguintes:

permissão para dirigir ou Carteira Nacional de Habilitação na categoria discriminada


no edital do concurso;

altura mínima de 1,60 m (um metro e sessenta), para homens, e 1,55 (um metro e
cinquenta e cinco centímetros), para mulheres;

aprovação no curso de formação para ingresso.

A comprovação de possuir a altura mínima poderá ser exigida na data da inscrição ou


em outra data, conforme previsão no edital do concurso.

DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Polícia Militar. A autoridade e a


responsabilidade crescem com o grau hierárquico.

A hierarquia policial-militar é a ordenação de autoridade em níveis diferentes,


dentro da estrutura da Polícia Militar.

A ordenação se faz por posto ou graduações; dentro de um mesmo posto ou de uma


mesma graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação.

O respeito à hierarquia é substanciado no espírito de acatamento à sequência de


autoridade.

Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos,


normas e disposições que fundamentam o organismo policial-militar e coordenam
seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do

www.focusconcursos.com.br | 7
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.

A disciplina e o respeito à hierárquica devem ser mantidos em todas as circunstâncias


da vida, entre policiais-militares da ativa, da reserva remunerada e reformados.

Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre policiais-militares da mesma


categoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito da camaradagem em ambiente
de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.

Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido por ato do Governador do Estado.

Os Aspirantes-a-Oficial e os Alunos-Oficiais PM, são denominados Praças Especiais.

www.focusconcursos.com.br | 8
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Quadros e Qualificações são fixados,
separadamente, para cada caso, em Lei de fixação de Efetivo.

Sempre que o policial-militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto


ou graduação, deverá fazê-lo mencionando essa situação.

A precedência entre policiais-militares da ativa, do mesmo grau hierárquico, é


assegurada pela antiguidade no posto ou na graduação, salvo nos casos de
precedência funcional em lei ou regulamento.

A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da assinatura


do ato da respectiva promoção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo quando
estiver taxativamente fixada outra data.

No caso de ser igual a antiguidade, a antiguidade é estabelecida:

entre policiais–militares do mesmo Quadro, pela posição nas respectivas escalas


numéricas ou registros.

nos demais casos, pela antiguidade no posto ou na graduação anterior, se, ainda
assim, subsistir a igualdade de antiguidade, recorrer-se-á sucessivamente, aos graus
hierárquicos anteriores, a data de inclusão e à data de nascimento para definir a
precedência e , neste último caso, o mais velho considerado mais antigo;

entre os alunos de um mesmo órgão de formação de policiais-militares, de acordo


com o regulamento de respectivo órgão, se não estiverem especificamente
enquadrados nos itens anteriores

Em igualdade de posto ou graduação, os policiais-militares da ativa têm precedência


sobre os da inatividade.

Em igualdade de posto ou graduação, a precedência entre os policiais-militares de


carreira na ativa e os da reserva remunerada que as tiverem convocados é definida
pelo tempo de efetivo serviço no posto ou graduação.

A precedência entre as praças especiais e as demais praças é assim regulada:

Os Aspirantes-a-Oficial PM são hierarquicamente superiores aos demais praças;

Os Alunos-Oficiais PM são hierarquicamente superiores aos Subtenentes PM.

A Polícia Militar manterá um registro de todos os dados referentes ao seu pessoal da


ativa e da reserva remunerada, dentro das respectivas escalas numéricas, segundo as
instruções baixadas pelo Comandante da Corporação.

www.focusconcursos.com.br | 9
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAIS-MILITARES

Cargo policial-militar é aquele que só pode ser exercido por policiais militares em
serviço ativo.

O cargo policial-militar a que se refere é o que se encontra especificado nos Quadros


de Organização ou previsto, caracterizado ou definido como tal em outras disposições
legais.

A cada cargo policial-militar corresponde um conjunto de atribuições, deveres e


responsabilidade que se constituem em obrigações do respectivo titular.

As obrigações inerentes ao cargo policial-militar devem ser compatíveis com o


correspondente grau hierárquico e definidas em legislação ou regulamentação
peculiares.

Os cargos policiais militares são providos com pessoal que satisfaça aos requisitos de
grau hierárquico e de qualificação exigidos para seu desempenho.

O provimento do cargo policial militar se faz por ato de nomeação, designação ou


determinação expressa de autoridade competente.

O cargo policial-militar é considerado vago a partir de sua criação e até que um policial
militar tome posse ou desde que o momento em que o policial-militar exonerado,
dispensado ou que tenha recebido determinação expressa de autoridade competente,
o deixe ou até que o outro policial-militar tome posse.

Consideram-se também vagos os cargos policiais-militares cujos ocupantes:

tenham falecido;

tenham sido considerados extraviados; e

tenham sido considerados desertores.

Função policial-militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo policial-militar.

Dentro de uma mesma organização policial militar, a sequência de substituições bem


como as normas, atribuições e responsabilidades relativas, são estabelecidas na
legislação específica, respeitadas a precedência e qualificações exigidas para o cargo
ou para o exercício da função.

O policial militar ocupante do cargo provido em caráter efetivo ou interino, de acordo


com o Parágrafo Único do art. 20, faz jus às gratificações e a outros direitos
correspondentes ao cargo, conforme previsto em lei

www.focusconcursos.com.br | 10
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

As obrigações que, pela generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou natureza não


são catalogadas como posições tituladas em Quadros de Organização ou dispositivo
legal são cumpridas como "Encargos", "Incumbência", "Comissão", "Serviços" ou
"Atividade", policial-militar ou de natureza policial-militar.

Aplica-se, no que couber, ao Encargo, Incumbência, Comissão, Serviço ou Atividade,


policial-militar ou de natureza policial-militar, para Cargo Policial Militar.

DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS MILITARES

DO VALOR POLICIAL MILITAR

São manifestações essenciais do valor policial-militar:

o sentimento de servir à comunidade, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o


dever policial-militar e pelo integral devotamento à manutenção da ordem pública,
mesmo com risco da própria vida;

o civismo e o culto das tradições históricas;

a fé na elevada missão da Polícia Militar;

o espírito de corpo, orgulho do policial-militar pela organização onde serve;

o amor a profissão policial-militar e o entusiasmo com que é exercida; e

o aprimoramento técnico-profissional.

DA ÉTICA POLICIAL MILITAR

O sentimento do dever, o pundonor policial-militar e decoro da classe impõe a cada


um dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com
observância dos seguintes preceitos da ética policial-militar:

amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pessoal;

exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couber em


decorrência do cargo;

respeitar a dignidade da pessoa humana;

cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das


autoridades competentes;

ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos

www.focusconcursos.com.br | 11
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

subordinados;

zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e também pelo dos subordinados;

empregar todas as suas energias em benefício do serviço;

praticar a camaradagem e desenvolver permanentemente o espírito de cooperação;

ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;

abster-se de tratar, fora do Âmbito apropriado, de matéria sigilosa, relativa à


Segurança Nacional;

acatar as autoridades civis;

cumprir seus deveres de cidadão;

proceder da maneira ilibada na vida pública e na particular;

observar as normas da boa educação;

garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família
modelar;

conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não sejam


prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial-militar;

abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de


qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;

abster-se, o policial-militar na inatividade, do uso das designações hierárquica,


quando:

a) em atividade político-partidárias;

b) em atividades industrias;

c) em comerciais;

d) para discutir ou provocar discussão pela imprensa a respeito de assunto políticos


ou policiais-militares, excetuando-se os da natureza exclusivamente técnica, se
devidamente autorizado; e

e) no exercício de funções de natureza não policial-militar, mesmo oficiais.

zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes,

www.focusconcursos.com.br | 12
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da ética policial-militar

Ao policial-militar da ativa, é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou


gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou
quotista em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.

Os policiais-militares na reserva remunerada, quando convocados, ficam proibidos de


tratar, nas organizações policiais-militares e nas repartições públicas civis, dos
interesses de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.

Os policiais-militares da ativa podem exercer diretamente, a gestão de seus bens,


desde que não infrinjam.

No intuito de desenvolver a prática profissional dos integrantes do Quadro de Saúde,


é lhes permitido o exercício da atividade técnico-profissional, no meio civil, desde que
tal prática não prejudiquem o serviço

O Comandante-Geral da Polícia Militar poderá determinar aos policiais militares da


ativa que, no interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a
origem e natureza dos seus bens, sempre que houver razões relevantes que
recomendem tal medida.

DEVERES POLICIAIS MILITARES

Os deveres policiais-militares emanam de vínculo racionais e morais que ligam o


policial-militar à comunidade estadual e à sua segurança, e compreendem,
essencialmente:

a dedicação integral ao serviço policial-militar e a fidelidade à instituição à que


pertence, mesmo com sacrifício da própria vida;

o culto aos símbolos nacionais;

CF/88 - Art. 13. § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino,
as armas e o selo nacionais.

a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;

www.focusconcursos.com.br | 13
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

a disciplina e o respeito à hierarquia;

o rigoroso cumprimento das obrigações; e

a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.

Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar mediante inclusão, matrícula ou


nomeação, prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação
consciente das obrigações e dos deveres policiais-militares e manifestará a sua firme
disposição de bem cumpri-los.

O compromisso terá caráter solene e será prestado na presença da tropa, tão logo o
policial militar tenha adquirido um grau de instrução compatível com o perfeito
entendimento de seus deveres como integrante da Polícia Militar, conforme os
seguintes dizeres:

Ao ingressar na Polícia Militar do Piauí, prometo regular a minha conduta pelos


preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver
subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviço policial-militar, à manutenção da
ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco de própria vida"

O compromisso do Aspirante Oficial PM será prestado de acordo com o cerimonial


constante do regulamento da Academia de Policia Militar, onde for formado. Esse
compromisso obedecerá aos seguintes dizeres: "Ao ser declarado Aspirante-a-Oficial
da Polícia Militar, assumo o compromisso de cumprir rigorosamente as ordens das
autoridades a que estiver subordinado e de me dedicar inteiramente ao serviço
policial-militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade,
mesmo com o risco da própria vida".

Ao ser promovido ao primeiro posto, o Oficial PM prestará o compromisso de


Oficial, em solenidade especialmente programada, de acordo com os seguintes
dizeres: "Perante a Bandeira do Brasil e pela minha honra prometo cumprir os deveres
do Oficial da Polícia Militar do Piauí e dedicar-me inteiramente ao seu serviço".

DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO

Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o policial-

www.focusconcursos.com.br | 14
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

militar é investido legalmente, quando conduz homens ou dirige uma organização


policial-militar. O Comando é vinculado ao grau hierárquico e constitui uma
prerrogativa impessoal, em cujo exercício o policial militar se define e se caracteriza
como chefe.

Aplica-se à Direção e à Chefia da Organização Policial Militar, no que couber, o


estabelecido para o Comando.

A subordinação não afeta, de modo algum a dignidade pessoal do policial militar e


decorre, exclusivamente, da estrutura hierárquica da Polícia Militar.

O Oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exercício do Comando, da Chefia e


da Direção das Organizações Policiais Militares.

Os subtenentes e sargentos auxiliam e completam as atividades dos Oficiais, quer no


adestramento da tropa e no emprego dos meios, quer na instrução e na
administração, bem como no comando de frações de tropa, mesmo agindo
isoladamente, nas atividades de policiamento ostensivo peculiares à Polícia Militar.

No exercício das atividades mencionadas e no comando de elementos subordinados


os subtenentes e sargentos deverão impor se pela lealdade, pelo exemplo e pela
capacidade profissional e técnica incumbindo-lhes assegurar a observância
minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do serviço e das normas operativas
pelas praças que lhes estiverem diretamente subordinadas e a manutenção, da coesão
e do moral das mesmas praças em todas as circunstâncias

Os cabos e soldados são, essencialmente, os elementos de execução.

Às praças especiais cabe a rigorosa observância das prescrições dos regulamentos que
lhes são pertinentes, exigindo-lhes inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado
técnico-profissional.

Cabe ao policial-militar a responsabilidade integral pelas decisões que tomar, pelas


ordens que emitir e pelos atos que praticar.

DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES

A violação das obrigações ou dos deveres policiais-militares constituirá crime,


contravenção penal ou transgressão disciplinar, conforme dispuserem a legislação ou
regulamentação peculiares.

www.focusconcursos.com.br | 15
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

A violação dos preceitos da ética policial militar é tão mais grave quando mais elevado
for o grau hierárquico de quem a cometer.

A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos ou a falta de


exação no cumprimento dos mesmos acarreta para o policial militar responsabilidade
funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, consoante a legislação específica.

A apuração da responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, poderá


concluir pela incompatibilidade do policial militar com o cargo ou pela incapacidade
para o exercício das funções policiais militares a ele inerentes.

O Policial militar que, por sua atuação, se tornar incompatível com o cargo ou
demonstrar incapacidade no exercício das funções policiais militares a ele inerentes,
será afastado do cargo.

São competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o


impedimento do exercício da função:

o Governador do Estado do Piauí;

o Comandante-Geral da Polícia Militar; e

os Comandantes, os Chefes e os Diretores, na conformidade da legislação ou


regulamentação da Corporação.

O policial-militar afastado do cargo, ficará privado do exercício de qualquer função


policial militar, até a solução final do processo ou das providências legais que
couberem no caso.

São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores,


quanto às de caráter reivindicatória.

DOS CRIMES MILITARES

Os Conselhos de Justiça, em 1ª instância são competentes para processar e julgar os


policiais militares, nos crimes definidos em lei como militares.

Aplicam-se aos policiais militares, no que couber, as disposições

estabelecidas no Código Penal Militar.

DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES

www.focusconcursos.com.br | 16
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar especificará e classificará as transgressões


e estabelecerá as normas relativas à amplitude e aplicação das penas disciplinares, à
classificação do comportamento policial militar e à interposição de recursos contra as
penas disciplinares.

As penas disciplinares de detenção ou prisão não podem ultrapassar de trinta dias.

Ao Aluno-Oficial PM aplicam-se também as disposições disciplinares previstas no


estabelecimento de ensino onde estiver matriculado.

CONSELHOS DE JUSTIFICAÇÃO E DISCIPLINA

O Oficial presumivelmente incapaz de permanecer como policial militar da ativa será


submetido a Conselho de Justificação na forma da legislação específica.

O Oficial, ao ser submetido a Conselho de Justificação, poderá ser afastado do


exercício de suas funções automaticamente ou a critério do Comandante-Geral da
Polícia Militar, conforme estabelecido em Lei específica

Compete ao Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, julgar em única instância os


processo oriundos dos Conselhos de Justificação, na forma estabelecida em Lei
específica.

O Aspirante-a-Oficial PM, bem como as praças com estabilidade assegurada,


presumivelmente incapaz de permanecer como policiais militares da ativa serão
submetidos a Conselho de Disciplina, na forma da legislação específica.

Ao serem submetidos a Conselho de Disciplina, serão afastados das atividades que


estiverem exercendo.

Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar julgar processos oriundos do


Conselho de Disciplina convocados no âmbito da Corporação.

O Conselho de Disciplina também poderá ser aplicado as praças reformadas e na


reserva remunerada.

DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS DOS POLICIAIS MLITARES

DOS DIREITOS

São direitos dos policiais militares:

www.focusconcursos.com.br | 17
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e


deveres a ela inerentes, quando Oficial;

nas condições e nas limitações imposta na legislação e regulamentação específica:

a) a estabilidade, quando praça com 10 (dez) anos ou mais anos de tempo de efetivo
serviço;

b) uso das designações hierárquicas;

c) a ocupação de cargo correspondente ao posto ou à graduação;

d) d) percepção de remuneração;

e) e) outros direitos previstos na lei específica que trata da remuneração dos policiais
militares do Estado do Piauí;

f) f) constituição de pensão policial-militar;

g) g) a promoção;

h) h) a transferência para a reserva remunerada, a pedido, ou a reforma;

i) i) as férias, os afastamentos temporários do serviço e as licenças;

j) j) a demissão e o licenciamento voluntário;

k) l) o porte de arma, em serviço ativo ou em inatividade, salvo aqueles em inatividade


por alienação mental ou condenação por crimes contra a Segurança Nacional ou
por atividades que desaconselham aquele porte; e

l) m) porte de arma, com as restrições impostas pela Polícia Militar.

O policial-militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato


administrativo ou disciplinar de superior hierárquico, poderá recorrer ou interpor
pedido de reconsideração, queixa ou representação, segundo legislação vigente na
Corporação.

O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:

em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quanto


a ato que decorra da composição de Quadro de Acesso;

em 120 (cento e vinte) dias corridos, nos demais casos.

www.focusconcursos.com.br | 18
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem ser feitos


coletivamente.

Os policiais militares são alistáveis como eleitores na forma do que estabelece a


Constituição Federal.

Art. 14 – CF/88

§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do


serviço militar obrigatório, os conscritos.

§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e,
se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

DA REMUNERAÇÃO

A remuneração dos policiais militares compreendem vencimentos ou proventos,


indenização e outros direitos e é devida em base estabelecidas em lei peculiar (Lei nº
5.378/2004, que dispõe sobre o Código de Vencimentos da Polícia Militar do Piauí)

Os policiais-militares na ativa percebem remuneração constituídas pelas seguintes


parcelas:

mensalmente:

I - vencimentos, compreendendo soldo e gratificações;

II - indenizações.

SUBSÍDIO

Como retribuição pecuniária pelo exercício das atribuições próprias de seu cargo, o
servidor percebe o subsídio estabelecido na lei que dispuser sobre seu plano de
cargos e carreiras, fixado em parcela única na conformidade dos Arts. 39, §§ 3º e 8º,
e 144, §9º, da Constituição Federal, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, inciso XI, da
mencionada Constituição Federal.

www.focusconcursos.com.br | 19
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

Com a Lei nº 6.173 de 2012, Art. 1º, §1º.

 Militares estaduais, ativos, inativos do Estado do Piauí, bem como seus pensionistas
serão remunerado pelo regime de subsídio.

A percepção do subsídio não excluirá o pagamento das seguintes vantagens:

I - o décimo terceiro salário;

II - adicional de férias;

III - adicional noturno;

IV - gratificação pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança; V -


gratificação incorporada pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

VI - adicional de ensino e instrução;

VII - gratificação de retorno a atividade;

VIII - auxílio fardamento;

IX - vantagens de natureza indenizatória, compreendendo diárias, ajuda de custo,


transporte, auxílio alimentação, operações planejadas, indenização por morte e auxílio
funeral.

eventualmente, outras indenizações.

Os policiais militares em inatividade percebem:

• mensalmente: proventos;

• eventualmente: auxílio – invalidez.

Os policiais-militares receberão salário família de conformidade

com a lei que o rege.

É proibido acumular remuneração de inatividade.

 Não se aplica aos policiais militares da reserva remunerada e aos reformados,


quanto ao exercício do mandado eletivo, quanto ao de função de magistério ou
cargo em comissão ou quanto ao contrato para prestação de serviços técnicos
ou especializados.

Os proventos da inatividade serão previstos sempre que, por motivo de alteração do

www.focusconcursos.com.br | 20
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

poder aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos dos policiais-militares em


serviço ativo, na percentagem concedida.

Ressalvados os casos, previstos em lei, os proventos de inatividade não poderão


exceder a remuneração percebida pelo policial-militar da ativa no posto ou na
graduação correspondente aos dos seus proventos.

DA PROMOÇÃO

A promoção é um ato administrativo e tem como finalidade básica a seleção dos


policiais-militares para o exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico
superior.

O acesso na hierarquia policial militar é seletiva, gradual e sucessivo e será feito


mediante promoções, de conformidade com o disposto na legislação e
regulamentação de promoções de oficiais e de praças, de modo a obter-se um fluxo
regular e equilibrado de carreira para os policiais-militares a que esses dispositivos se
referem.

O planejamento da carreira dos oficiais e praças, obedecidas as disposições da


legislação e regulamentação, é atribuição do Comandante-Geral da Polícia Militar.

Leis Nºs 5.461 e 5.462, de 30/06/05, que tratam, respectivamente da promoção de


Oficiais e Praças do Corpo de Bombeiros Militar

Em casos extraordinários, poderá haver promoção em ressarcimento de preterição.

 A promoção feita em ressarcimento de preterição será efetuada segundo o


princípio de antiguidade, recebendo ele o número que lhe competir na escala
hierárquica, como se houvesse sido promovido na época devida.

 Não haverá promoção de policial militar por ocasião de sua transferência para a
reserva remunerada ou por ocasião de sua reforma.

www.focusconcursos.com.br | 21
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

DAS FÉRIAS E OUTROS AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO

Ao policial militar será concedido obrigatoriamente, 30 (trinta) dias consecutivos de


férias, observado o plano elaborado pela sua OPM

Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar a regulamentação da concessão das


férias anuais.

A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licença para tratamento
de saúde, por punição decorrente de transgressão disciplinar, pelo estado de guerra
ou para que estejam cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito àquelas
licenças.

Somente em casos de interesse de Segurança Nacional, de manutenção da ordem, de


extrema necessidade do serviço ou de transferência para a inatividade, o Comandante
- Geral poderá interromper ou deixar de conceder na época prevista, o período de
férias a que tiverem direito, registrando-se então o fato em seus assentamentos

Os policiais-militares têm direito, aos seguintes períodos de afastamento total do


serviço, obedecidas as disposições legais e regulamentares, por motivo de:

As férias e os outros afastamentos são concedidos com a remuneração prevista na


legislação específica e computados como tempo de efetivo serviço para todos os
efeitos legais.

DAS LICENÇAS

Licença é a autorização para o afastamento total do serviço, em caráter temporário,

www.focusconcursos.com.br | 22
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

concedida ao policial militar, obedecidas as disposições legais e regulamentares.

A remuneração do policial-militar, quando no gozo de qualquer das licenças, é


regulada em legislação peculiar.

Licença especial

A licença especial é a autorização para afastamento total do serviço, relativa a cada


decênio de tempo de efetivo serviço prestado, concedida ao policial-militar que a
requerer, sem que implique em qualquer restrição para a sua carreira.

Tem a duração de 06 (seis) meses, a ser gozado de uma só vez, podendo ser parcelada
em 02 (dois) ou 03 (três) meses por ano civil, quando solicitado pelo interessado e
julgado conveniente pelo Comandante – Geral da Corporação.

O período de licença especial não interrompe a contagem do tempo de efetivo


serviço.

A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior de qualquer licença para
tratamento de saúde e para que sejam cumpridos atos de serviços, bem como não
anula o direito àquelas licenças.

Uma vez concedida a licença especial, o policial-militar será exonerado do cargo ou


dispensado do exercício das funções que exerce e ficará à disposição do órgão de
pessoal da Polícia Militar.

A concessão da licença especial é regulada pelo Comandante-Geral da Polícia Militar,


de acordo com o interesse do serviço.

Licença para tratar de interesse particular

A licença para tratar de interesse particular é a autorização para afastamento total do

www.focusconcursos.com.br | 23
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

serviço, concedida ao policial-militar com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço,


que a requerer com aquela finalidade.

A licença será sempre concedida com prejuízo da remuneração e da contagem de


tempo de efetivo serviço.

A concessão de licença para tratar de interesse particular é regulada pelo


Comandante-Geral da Polícia Militar, de acordo com o interesse do serviço.

As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas condições estabelecidas.

A interrupção da licença especial ou de licença para tratar de interesse particular


poderá ocorrer:

em caso de mobilização e estado de guerra;

em caso de decretação de estado de sítio;

para cumprimento de sentença que importe em restrição de liberdade individual;

para cumprimento de punição disciplinar, conforme for regulamentado pelo


Comandante-Geral da Polícia Militar; e

em caso de pronúncia em processo criminal ou indiciação em inquérito policial-militar,


a juízo da autoridade que efetivar a pronúncia ou a indiciação.

A interrupção da licença para tratamento de saúde de pessoa da família, para de


cumprimento de pena disciplinar que importe em restrição da liberdade individual,
será regulada na legislação da Polícia Militar.

DAS PRERROGATIVAS

As prerrogativas dos policiais militares são constituídas pelas honras, dignidade e


distinção devidas aos graus hierárquicos e cargos.

 São prerrogativas dos policiais-militares:

uso de títulos, uniforme, distintivos, insígnias e emblemas policiais-militares da Políciat


Militar, correspondentes ao posto ou à graduação;

honras, tratamento e sinais de respeito que lhe sejam asseguradas em leis ou


regulamentos;

www.focusconcursos.com.br | 24
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

cumprimento de pena de prisão ou detenção somente em organização policial militar,


cujo Comandante, Chefe ou Diretor tenha precedência sobre o preso ou detido; e

julgamento em foro especial, nos crimes militares.

Somente em caso de flagrante delito, o policial militar poderá ser preso por
autoridade policial, ficando esta, obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade
policial militar mais próxima, só podendo retê-lo na delegacia ou posto policial
durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.

Cabe ao Comandante-Geral da Polícia Militar a iniciativa de responsabilizar a


autoridade policial militar que não cumprir o disposto e que maltratar ou consentir
que seja maltratado qualquer policial militar ou não lhe der o tratamento devido ao
posto ou à sua graduação.

Se, durante o processo em julgamento no foro comum, houver perigo de vida para
qualquer preso policial militar, o Comandante-Geral da Polícia Militar providenciará
os entendimentos com a autoridade judiciária visando à guarda dos pretórios ou
tribunais por força policial-militar.

Os policiais militares da ativa, no exercício de funções policiais militares são


dispensados do serviço de júri na justiça civil e do serviço na justiça eleitoral.

DO USO DOS UNIFORMES DA POLÍCIA MILITAR

Os uniformes da Polícia Militar, com seus distintivos, insígnias e emblemas são


privativos dos policiais-militares e representam o símbolo da autoridade policial
militar com as prerrogativas que lhe são inerentes.

Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito aos uniformes,


distintivos, insígnias e emblemas policiais-militares, bem como seu uso por quem a
eles não tiver direito.

CPM - Uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia militar por qualquer


pessoa

Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a que não
tenha direito:

Pena - detenção, até seis meses.

O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como modelos,

www.focusconcursos.com.br | 25
Legislação | Rogério Dal Piva

LEI N.º 3.808, DE 16 DE JULHO DE 1981.

descrição, composição, peças, acessórios e outras disposições são estabelecidas na


regulamentação peculiar da Polícia Militar.

É proibido ao policial-militar o uso de uniformes: a) em reuniões, programas ou


qualquer outra manifestação de caráter políticopartidário; b) na inatividade, salvo para
comparecer a solenidade militar e policiais-militares, e, quando autorizado, a
cerimônias cívicas comemorativas de datas nacionais ou atos sociais solenes de
caráter particular; c) no estrangeiro, quando em atividade não relacionadas com a
missão do policialmilitar, salvo quando expressamente determinado ou autorizado. §
2º - Os policiais-militares na inatividade, cuja conduta possa ser considerada como
ofensiva à dignidade da classe, poderão ser definitivamente proibidos de usar
uniformes, por decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar.

www.focusconcursos.com.br | 26

Você também pode gostar