NT 285
NT 285
NT 285
USO EXTERNO
Especificação Técnica no. 285
Versão no.04 data: 05/05/2021
CONTEÚDO
4. REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 2
7. DESCRIÇÃO.............................................................................................................................................. 7
7.1. Elaboração de projetos de redes de distribuição aéreas .................................................................. 7
7.2. Obtenção dos dados preliminares ..................................................................................................... 8
7.3. Levantamento da carga e determinação das demandas ................................................................ 12
7.4. Seleção do tipo de rede ................................................................................................................... 20
7.5. Tipologia e definição do traçado da rede ........................................................................................ 22
7.6. Dimensionamento elétrico ............................................................................................................... 32
7.7. Dimensionamento Mecânico ........................................................................................................... 42
7.8. Proteção e Seccionamento.............................................................................................................. 52
7.9. Qualidade e Confiabilidade da Rede ............................................................................................... 59
7.10. Apresentação do Projeto ............................................................................................................. 60
7.11. Execução e Comissionamento da Obra ...................................................................................... 67
8. ANEXOS .................................................................................................................................................. 68
4. REFERÊNCIAS
Código Ético do Grupo Enel;
Plano de Tolerância Zero à Corrupção;
Procedimento Organizacional no.375, Gestão da Informação Documentada;
PRODIST, Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional;
Resolução Normativa ANEEL Nº 414 de 09/09/2010, estabelece as condições gerais de fornecimento
de energia elétrica de forma atualizada e consolidada;
ABNT NBR 14165, Via Férrea – Travessia por linhas e redes de energia elétrica – requisitos;
ABNT NBR 14643, Corrosão atmosférica – Classificação da corrosividade de atmosferas;
ABNT NBR 15688, Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nus;
ABNT NBR 15992, Redes de distribuição aérea de energia elétrica com cabos cobertos fixados em
espaçadores para tensão 36,2 kV;
ABNT NBR 16615, Redes de distribuição aérea de energia elétrica com cabos multiplexados
autossustentados;
ABNT IEC/TS 60815, Seleção e dimensionamento de isoladores para alta tensão para uso sob
condições de poluição. Parte 1: Definições, informações e princípios gerais;
6. SIGLAS E PALAVRAS-CHAVE
Razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados
Fator de Potência das energias elétricas, ativa e reativa, consumidas num mesmo período
especificado.
Mapa Chave É a planta planimétrica da área a ser atendida, reduzida para a escala 1:5000.
MT Tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1kV e inferior a 69kV.
São aqueles que visam promover alterações em uma rede existente, seja para
adequá-la a novas situações de carga, seja por motivo de segurança,
Projeto de Reforma
obsoletismo, melhoria nas condições de fornecimento ou adequação das
instalações ao meio ambiente.
Incremento de carga adicional sobre o valor nominal, que pode ser imposto a
Sobrecarga
um determinado equipamento ou circuito.
Trecho de alimentador com secção constante, que concentra maior parte dos
Tronco de Alimentador
clientes no estado N e N-1, partindo da subestação, segue até os pontos de
Unidade Consumidora Unidade consumidora de pequeno porte onde o consumo predominante seja
Nível “A” o de iluminação interior, incluindo neste nível os consumidores de baixa renda.
7. DESCRIÇÃO
A elaboração de projetos de redes aéreas de distribuição de energia elétrica deve seguir o roteiro apresentado
na Figura 1.
Apresentação do projeto
Característica Enel Distribuição Rio Enel Distribuição Ceará Enel Distribuição Goiás
Frequência (Hz) 60
Nº de fases 3
Classe de Agressividade Ambiental
Categoria de Corrosividade da Conforme WKI-OMBR-MAT-18-0248-EDBR e ABNT IEC/TS 60815.
Atmosfera (ABNT NBR 14643)
Sistema de Média Tensão (3 fios)
Tensão nominal (kV) 11,95 / 13,8 / 34,5 13,8 13,8 / 34,5
Nível Básico de Isolamento no sistema
95 / 95 / 150 95 95 / 150
de distribuição MT (kV)
Nível máximo de curto circuito na barra
25 16 16
da subestação (kA)
Conexão de transformador MT – delta e BT – estrela aterrada - Dyn1
Sistema de Baixa Tensão
Diagrama de ligação do transformador Tensão do sistema secundário (V)
Alimentação Trifásica (primário)
Alimentação bifásica/monofásica
(primário)
Bifásico
120/240 – Urbano
220/440 – Rural
Monofásico (MRT)
-
120/240 – Rural Sistema monofásico
com neutro
MONOFÁSICO: Sistema monofásico
EDGO - H2 ATERRADO COM NEUTRO
EDRJ - H2 ATERRADO SEM NEUTRO (MRT) com neutro
BIFÁSICO:
EDRJ – H1 e H2 CONECTADOS EM FASE PRIMÁRIA
Alimentação bifásica/monofásica
(primário)
O planejamento básico da rede deve ser efetuado pela área responsável pelo projeto e consiste na
determinação do tipo de projeto a ser desenvolvido. Este planejamento deve permitir um desenvolvimento
progressivo da rede dentro da expectativa de crescimento da localidade a ser atendida.
O mapeamento deve seguir as etapas:
devem ser obtidas plantas de situação da localidade ou área em estudo, através de plantas já
existentes ou através de um novo levantamento topográfico ou aerofotogramétrico. Nesta etapa
devem ser solicitados à prefeitura e demais órgãos governamentais mapas ou plano diretor da
localidade ou área de estudo para facilitar a elaboração das plantas de situação. Não são aceitas
plantas elaboradas com sistemas que não apresentam o nível de detalhamento mínimo necessário
para desenvolvimento do projeto;
o levantamento topográfico é necessário para projetos com terreno acidentado ou sinuoso, quando a
vegetação não permita a averiguação do terreno ou quando o técnico responsável pelo projeto julgar
necessário, desde que justificado tecnicamento junto à área solicitante. Recomenda-se o
levantamento topográfico para projetos a partir de 3.000m, com a devida justificativa técnica;
deve ser realizado um levantamento em campo para complementar ou corrigir as informações obtidas
nas plantas cadastrais e de situação.
No planejamento, devem ainda ser levantados os aspectos peculiares da área em estudo, observando-se:
tendências regionais;
comparação com áreas semelhantes que tenham dados de carga e taxa de crescimento conhecidas;
planos diretores governamentais e licenças dos órgãos de meio ambiente para a área;
levantamento da carga;
Devem ser utilizados exclusivamente os materiais e equipamentos padronizados nas especificações técnicas
em vigor na distribuidora. A instalação dos materiais e equipamentos deve seguir, quando necessário, o
critério de grau de corrosão estabelecido na WKI-OMBR-MAT-18-0248-EDBR.
Deve ser anexado ao projeto o Atestado de Viabilidade Técnica – AVT, para as seguintes situações:
a) obras de atendimento a consumidores individuais do Grupo A ou empreendimentos que se
enquadrem nos critérios para solicitação de atestado de viabilidade técnica definido nas
especificações técnicas de conexão da distribuidora;
b) redes de distribuição de MT aérea com extensão total superior a 10 km ou com potência instalada
(capacidade de transformação) a partir de:
Rio de Janeiro: 300 kVA em Niterói e São Gonçalo e 150 kVA no interior do estado;
Goiás: 75 kVA.
c) obras de redes subterrâneas que interfiram na rede existente da distribuidora ou outras obras
consideradas especiais;
d) conexão de unidades consumidoras com cargas que possam causar perturbações no sistema ou
cargas muito sensíveis a variações de tensão, independente da potência.
O projeto elaborado deve considerar os critérios de mínimo dimensionamento técnico possível e menor custo
global, conforme as normas e padrões disponibilizados pela distribuidora, assim como daquelas expedidas
pelos órgãos oficiais competentes, naquilo que couber e não dispuser contrariamente à regulamentação da
ANEEL.
Os projetos de redes de distribuição devem levar em consideração para atendimento ao fornecimento de
energia elétrica os materiais, equipamentos, padrões de estruturas, tipo de rede que possuam especificações
técnicas mínimas que propiciem qualidade adequada ao uso da energia elétrica. Deve-se ainda observar o
que se segue:
a) o mínimo dimensionamento técnico deve contemplar obras estritamente necessárias para o
atendimento a unidade consumidora com a qualidade estabelecida;
b) somente deve ser permitida a inclusão de obras não relacionadas ao atendimento (como no caso de
obras adicionais com o aproveitamento de uma condição de desligamento, manobra, etc.), quando
for possível a segregação destes custos de forma a não interferir onerosamente para o solicitante;
c) independente da forma como o solicitante requereu seu atendimento, o projeto inicial deve ser
elaborado e apresentado com mínimo dimensionamento técnico, mínimo custo global com a
qualidade estabelecida e menor impacto ambiental;
d) para atendimento através de Micro-Sistema Isolado de Geração e Distribuição de Energia Elétrica -
MIGDI ou Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente - SIGFI, devem
ser observados os critérios de mínimo dimensionamento técnico e mínimo custo global descritos na
legislação pertinente.
Devem ser analisados separadamente os consumidores que possuem cargas que provocam flutuação de
tensão na rede, no início ou durante o período de funcionamento. As cargas a serem levantadas são:
aparelhos de Raios X;
máquinas de solda;
fornos elétricos a arco;
O atendimento aos consumidores especiais pode, a critério da distribuidora, ser através de estação
transformadora exclusiva, uma vez que haja viabilidade e conveniência técnica.
medições neste período deve ser adotado um fator de majoração que depende das informações
disponíveis na região em relação ao comportamento da demanda na área;
áreas homogêneas: em áreas de características homogêneas devem ser medidos cerca de 40%
dos transformadores da área em estudo. A demanda média por consumidor deve ser calculada
conforme a Equação 1.
DMc
( DMt ) kVA
Nc
Equação 1 - Demanda Média por Consumidor
Onde:
DMc = demanda média por consumidor, em kVA;
(DMt) = somatório das demandas dos transformadores medidos, em kVA;
Nc = número de consumidores ligados às redes de BT servidos pelos transformadores.
As medições devem ser efetuadas simultaneamente na saída dos transformadores. O valor máximo da
demanda por transformador deve ser determinado conforme a Equação 2.
( Ia Va Ib Vb Ic Vc )
DMt (kVA)
1000
Equação 2 - Valor Máximo de Demanda do Transformador
Onde:
Ia, Ib, Ic = correntes medidas nas fases A, B e C, em ampère;
Va, Vb, Vc = tensão medida entre fase e neutro, em volts.
consumidores não residenciais que apresentam demanda significativa, tais como oficinas,
serrarias etc., devem ser medidos individualmente no mesmo período considerado de demanda
máxima da área em estudo;
demais consumidores não residenciais, tais como pequenos bares, lojas etc., devem ser
considerados como consumidores nível B de acordo com a Tabela 2;
os consumidores residenciais devem ter suas demandas médias calculadas de acordo com a
Equação 3.
DCr DMt
( DCnr ) (kVA)
Fdiv
Equação 3 - Demanda dos consumidores residenciais
Onde:
DCr = demanda dos consumidores considerados como residenciais, em kVA;
a demanda média de cada consumidor considerado residencial deve ser calculada conforme a
Equação 4.
DMc
DCr (kVA)
Ncr
Equação 4 - Demanda média de cada consumidor residencial
Onde:
Ncr = número de consumidores considerados residenciais.
O processo estimativo para cálculo das demandas de consumidores residenciais e não residenciais, de baixa
tensão deve ser conforme a seguir:
a) Consumidores Residenciais: para a estimativa da demanda dos consumidores residenciais devem
ser adotados os valores individuais de demanda diversificada em kVA, correlacionando o número e o
nível de consumidores no circuito, de acordo com a Tabela 2.
b) Consumidores não Residenciais: para a estimativa da demanda dos consumidores não residenciais
podem ser utilizados dois métodos, conforme disponibilidade de dados existentes:
1º Método: a estimativa dos valores da demanda para consumidores em função da carga total instalada,
ramo de atividade e simultaneidade de utilização dessas cargas, deve ser determinado conforme a Equação
5.
CInstxFd
DCnr (kVA)
Fp
Equação 5 - Método 1
Onde:
DCnr = demanda dos consumidores não residenciais;
CInst = Carga Instalada, em kW;
Fd = Fator de Demanda típico, conforme Anexo B;
Fp = Fator de Potência.
2º Método: A estimativa da demanda deve ser realizada com base no consumo extraído dos dados de
faturamento. É prudente que se tome a média do consumo dos consumidores num período de tempo de no
mínimo 3 (três) meses. O cálculo deve ser realizado conforme a Equação 6.
CM
DCnr (kVA)
730 Fc Fp
Equação 6 - Método 2
Onde:
CM = Consumo Médio do consumidor, em kWh;
Fc = Fator de Carga Típico, de acordo com o Anexo B;
Fp = Fator de Potência.
Nestes casos a demanda de iluminação pública deve ser calculada separadamente e adicionada à demanda
estimada dos consumidores.
A determinação da demanda deve ser efetuada através dos relatórios estatísticos obtidos a partir do consumo
mensal de cada unidade consumidora ligada à rede de BT.
Neste caso a demanda de iluminação pública deve ser calculada separadamente e adicionada a demanda
estimada dos consumidores.
Com base na Tabela 2 deve ser concentrada por poste da rede secundária a demanda diversificada dos
consumidores nele ligados, de acordo com a Equação 7.
Onde:
DMp = demanda máxima diversificada por poste, em kVA;
(Cic x ni) = somatório das demandas individuais diversificadas dos consumidores, em kVA, por nível
característico de acordo com a Tabela 2 vezes o Nº de consumidores individuais (ni) ligados ao circuito;
Dip = demanda de iluminação pública, em kVA. Esta demanda será obtida somando-se as potências
nominais das lâmpadas e reatores de iluminação pública ligadas ao poste, considerando os fatores de
potência.
Nesta expressão devem ser computadas também as cargas dos consumidores especiais, considerando como
demanda a sua carga nominal.
Classe de Consumidores
Número de
EDCE / EDGO EDRJ
Consumidores do
Nível Nível Nível Nível Nível Nível Nível Nível
Circuito
“A” “B” “C” “D” “A” “B” “C” “D”
1a5 0,356 0,992 2,251 3,794 1,0 1,6 2,6 4,0
6 a 10 0,344 0,913 2,094 3,601 0,9 1,4 2,2 3,4
11 a 15 0,333 0,833 1,936 3,408 0,8 1,2 1,9 3,0
16 a 20 0,321 0,754 1,780 3,216 0,7 1,1 1,7 2,6
21 a 25 0,310 0,674 1,622 3,023 0,6 0,9 1,5 2,3
26 a 30 0,298 0,595 1,465 2,830 0,5 0,9 1,4 2,1
31 a 35 0,287 0,516 1,307 2,637
0,5 0,8 1,3 2,0
36 a 40 0,275 0,436 1,150 2,445
41 ou mais 0,264 0,357 0,993 2,252 0,5 0,8 1,3 2,0
Nível “A” – Consumo médio entre 0-79 kWh
Fatores de Diversidade
Elementos dos sistemas entre os quais os
Carga Carga Consumidores Grandes
fatores de diversidade são considerados
Residencial Comercial Generalizados Consumidores
Entre consumidores individuais 2,00 1,46 1,45 -
Entre transformadores 1,30 1,30 1,35 1,05
Entre alimentadores 1,15 1,15 1,15 1,85
Entre subestações 1,10 1,10 1,10 1,10
Dos consumidores para os transformadores 2,00 1,46 1,44 -
Dos consumidores para o alimentador 2,60 1,90 1,95 1,15
Dos consumidores para a subestação 3,00 2,18 2,24 1,32
Dos consumidores para a estação geradora 3,29 2,40 2,46 1,45
Tabela 3 - Fatores de Diversidade para Consumidores Urbanos
Quantidade de Quantidade
Fator de Diversidade
Consumidores de Carga
1 1 100 %
1 Diversas 85 %
Diversos Diversas 70 %
Tabela 4 - Fator de Diversidade para Consumidores Rurais
As medições do carregamento do alimentador na rede de média tensão devem ser efetuadas, observando as
seguintes recomendações:
a) tronco de alimentadores: devem ser utilizados os relatórios de acompanhamento de subestações
emitidos mensalmente pela área de operação e manutenção da alta tensão. Se estes relatórios não
estiverem disponíveis, devem ser efetuadas medições de corrente por fase na saída do alimentador
em estudo. A demanda deve ser calculada de acordo com Equação 8.
Onde:
DALIM = demanda máxima do alimentador, em kVA;
VN = tensão nominal da rede, em kV;
IMED = corrente medida, em ampère.
A medição deve ser efetuada, de preferência, por um período mínimo de 24 horas, com a rede operando em
sua configuração normal em dia de carga típica. Em áreas onde o ciclo de carga é conhecido pelas
características dos consumidores da região, a medição pode ser efetuada no período considerado da
demanda máxima através de aparelhos de registro instantâneo.
b) ramais de alimentadores: devem ser efetuadas medições de corrente máxima no início da derivação
dos ramais. A demanda deve ser calculada com a Equação 8 no processo por medição em tronco de
alimentadores, alínea “a)”;
c) consumidores ligados em MT: A demanda máxima deve ser obtida dos dados de faturamento do
consumidor. Na falta desta informação, este valor deve ser obtido conforme prescrito no processo por
medição em tronco de alimentadores, alínea “a)”;
d) edificações: devem ser efetuadas medições de corrente nas três fases, de preferência com medidor
eletrônico, durante um período mínimo de 24 h e proceder para o cálculo da demanda, segundo o
processo de medição em tronco de alimentadores, alínea “a)”.
O processo estimativo para o cálculo das demandas de média tensão deve ser conforme a seguir:
a) tronco de alimentadores: a estimativa da demanda máxima deve ter como base os resultados obtidos
na demanda máxima dos ramais, segundo o que prescreve o processo estimativo para ramais de
alimentadores, indicado abaixo na alínea “b)”;
b) ramais de alimentadores: a estimativa da demanda máxima de ramais deve ser feita através da
demanda máxima, obtida na saída da subestação e rateando esta demanda proporcionalmente à
capacidade nominal dos transformadores, de acordo com a Equação 9 e Equação 10.
Dma1
Fd
Ptrafo
Equação 9 - Fator de demanda médio do alimentador
DTd Fd Ptrafo
Equação 10 - Demanda do transformador de distribuição
Onde:
Dma1 = Demanda máxima do alimentador, em kVA;
Ptrafo = Somatório das potências nominais dos transformadores, em kVA;
DTd = Demanda do transformador de distribuição para qualquer potência nominal, em kVA;
Fd = Fator de Demanda médio do alimentador.
c) consumidores ligados em MT: a demanda deve ser obtida através da carga instalada do consumidor
aplicando-se um fator de demanda típico, segundo sua atividade, expressa no Anexo B.
É a análise prévia das condições locais abrangendo características tais como: carga em potencial, condições
de suprimento do sistema elétrico existente (rede de MT, BT, transformadores), organização fundiária e
atividades econômicas da região, identificação das potenciais unidades consumidoras nas proximidades e
características de cargas.
Os projetos de Iluminação Pública devem ser elaborados conforme prescrições específicas contidas nas
Especificações Técnicas de Construção da Distribuidora e as considerações gerais deste item, observando
ainda a simbologia de projeto do Desenho 15. Todas anomalias (lâmpadas, relés fotoelétricos e luminárias
danificadas) encontradas em campo devem ser indicadas em projetos para comunicação junto ao órgão
competente.
Todas as solicitações de fornecimento de energia elétrica para o sistema de iluminação pública devem ser
efetuadas através de Ofício da Prefeitura juntamente com o respectivo projeto já aprovado pelo município e
devem atender aos requisitos de segurança e aos afastamentos mínimos definidos em NBR.
Na planta cadastral do projeto devem ser informados:
Os projetos de iluminação pública não devem prever, numa mesma rua ou avenida, a instalação de lâmpadas
com potências e princípios de funcionamento diferentes.
Nas derivações de circuito de rede aérea para subterrânea também é obrigada a instalação de caixa
de medição e proteção geral.
O padrão de ligação é de responsabilidade financeira da prefeitura e a medição deve ser instalada em postes
da rede de distribuição da Enel a partir do ponto de derivação da Rede de Distribuição de Baixa Tensão numa
altura compreendida entre 2,0 a 3,5 m do solo.
Outros sistemas de medição de faturamento podem ser analisados e liberados pela Distribuidora em
conformidade com a regulamentação da ANEEL.
A distribuidora, ao seu critério, disponibiliza, enquanto vigorar o acordo operativo com o Município, o uso de
poste sob sua responsabilidade para fins de instalação, operação e manutenção do sistema de iluminação
púbica do Município, sem ônus para este e sem que isto implique, de modo algum, servidão do uso em favor
do ocupante.
A rede aérea de baixa tensão deve ser construída com condutores isolados multiplexados.
O tipo de rede aérea de MT deve ser selecionado levando em consideração fatores como densidade
populacional, taxa de falha e localização da rede, conforme itens 7.4.2.1, 7.4.2.2 e 7.4.2.3 e Tabela 6.
Zona de Vegetação de
Tipo de Condutor Corrosão médio e grande Exemplo de Aplicação
(NOTA 1) porte
NOTA 2: Vegetação sem características de liberação de resinas (angico, carnaúba, Ipê, pinhão, etc).
áreas densamente arborizadas, com presença de animais que possam interagir com a rede de
distribuição e/ou próximas a reservas ambientais;
áreas de preservação ambiental, desde que a vegetação presente não tenha característica de liberar
resinas (angico, carnaúba, Ipê, pinhão, etc.);
áreas com restrição de espaço para instalação da rede de distribuição devido presença de marquises,
janelas, sacadas, etc.;
condomínios fechados, considerando os aspectos de segurança e confiabilidade;
áreas onde seja exigido um alto grau de confiabilidade devido a existência de serviços essenciais,
como hospitais, aeroportos, tratamento e abastecimento de água e etc.;
Não deve haver contato permanente da vegetação com os condutores cobertos. Esse tipo de cabo permite
apenas eventuais toques de galhos de árvores.
Redes convencionais devem ser utilizadas em áreas com baixa incidência de poluição e sem a presença de
grandes vegetações.
áreas de preservação ambiental, onde a poda da vegetação é restrita, e seja tecnicamente inviável a
rede nua ou compacta;
alimentadores expressos;
rede de distribuição com altos índices de taxa de falha e atendimento à serviços essenciais, como
hospitais, aeroportos, tratamento e abastecimento de água e etc.
A configuração da rede de MT pode ser definida de acordo com o grau de continuidade de serviço e da
importância da carga ou localidade a ser atendida, conforme descrito a seguir:
a) Radial simples: este tipo de configuração deve ser adotado em áreas onde as próprias características
da distribuição de carga forçam o traçado dos alimentadores em direções distintas, tornando
antieconômico o estabelecimento de pontos de interligação. Apenas é permitido a construção de
redes tipo MRT ou monofásicas em situações de extensão de rede do mesmo tipo. Não é permitido
a extensão de rede do tipo MRT ou monofásica a partir de redes trifásicas ou bifásicas;
b) Radial com recurso: este tipo de configuração deve ser adotado em áreas urbanas com alta
concentração de clientes ou que requeiram um maior grau de continuidade de serviço, devido a
existência de consumidores especiais tais como hospitais, centros de computação, etc., e sempre
que 2 (dois) ou mais alimentadores sigam a mesma direção. Este tipo de configuração caracteriza-se
pelos seguintes aspectos principais:
existência de interligação, normalmente aberta, entre alimentadores adjacentes da mesma ou de
subestações diferentes;
c) Anel aberto: essa configuração é feita por dois alimentadores de saída da mesma subestação AT/MT
que podem ser conectados. Este esquema deve ser utilizado em casos em que não há subestações
AT/MT próximas o suficiente às quais um alimentador possa ser conectado ou caso haja cargas
particularmente altas, concentradas nas imediações de uma subestação AT/MT (Zonas Industriais,
Áreas Urbanas);
d) Rede em Malha (Esquema H): esse esquema é constituído por dois alimentadores ligados por uma
ou mais derivações em malha, proporcionando um maior grau de continuidade de serviço. Para este
tipo de esquema recomenda-se avaliar a utilização de equipamentos telecomandados.
Figura 6 - Esquema H
As redes aéreas de distribuição de MT e BT devem ser instaladas em local público. Caso não seja possível o
uso de domínio público em áreas rurais ou seja necessária a construção de redes aéreas de distribuição em
terrenos particulares, é necessária a assinatura de um termo de servidão e permissão de passagem em
propriedade privada, com modelo ilustrativo conforme Anexo D.
As redes aéreas de distribuição de MT e BT podem ser construídas dentro dos limites dos condomínios
fechados, desde que atendam às prescrições definidas neste critério e nas especificações técnicas de
conexão local.
Em todos os casos descritos anteriormente, as redes de distribuição devem ser construídas em locais que
permitam à distribuidora e seus prestadores de serviço o livre acesso, de forma que possibilitem o tráfego de
veículos para construção e manutenção da rede.
No traçado da rede aérea rural devem ser observadas as recomendações citadas a seguir, procurando
atender, no mínimo, 3 (três) dessas recomendações.
a) Menor Distância: a rede deve preferencialmente seguir estradas transitáveis. Caso não seja possível
este traçado, deve-se percorrer as menores distâncias, desviar de áreas de plantios, construções,
rios, lagos e outros obstáculos, visando obter uma rede com um menor custo e menor impacto sobre
o meio ambiente.
b) Apoio Rodoviário e Facilidade de Acesso: a rede deve ser projetada próxima a estradas e locais de
fácil acesso, para facilitar sua construção e manutenção, devendo-se restringir ao mínimo possível as
travessias sobre rodovias, ferrovias (eletrificáveis ou não), gasodutos, etc.
c) Maior Número de Consumidores: o traçado deve procurar áreas com maior número de consumidores
e áreas com cargas mais significativas.
d) Melhor Suporte Elétrico: deve ser verificado qual o alimentador mais adequado para derivar a nova
rede, obedecendo aos estudos do planejamento para a área e possibilidade para implantação de
recurso operacional com outras redes próximas. Deve-se avaliar e evitar o paralelismo com redes em
faixas de servidão.
e) Traçado: o traçado deve contornar os seguintes tipos de obstáculos:
picos elevados de montanhas e serras: quando for inevitável cruzar áreas montanhosas, deve-
se procurar locais de menor altura e buscar sempre o traçado das curvas de nível do terreno.
Devem ser escolhidos locais onde a rede cause menor impacto visual com o meio ambiente;
terrenos muito acidentados: deve-se evitar terrenos muito acidentados, para não ser necessária
a utilização de estruturas especiais e facilitar a construção, operação e manutenção;
áreas de reflorestamento;
mato denso: as áreas de mato denso devem ser contornadas a fim de se evitar desmatamentos
e impacto ambiental;
pomares: implantar postes, de preferência fora das áreas de cultivo, procurando situá-los nas
divisas dos terrenos;
loteamentos: nos casos em que seja necessário a continuidade do circuito alimentador existente
em loteamentos, devem ser aproveitados os arruamentos a fim de se evitar possíveis
indenizações, devendo a rede ser construída em padrão urbano;
edificações e benfeitorias em geral: não devem ser feitas travessias sobre edificações,
procurando sempre contorná-las, a fim de evitar desapropriações;
aeródromos, campos de pouso e helipontos: caso seja necessário passar próximo a aeródromos,
campos de pouso e helipontos devem ser observadas as recomendações do órgão regulador
responsável;
deve-se evitar áreas de Unidades de Conservação ambiental. Quando não for possível, deve ser
realizado um estudo individual para se encontrar uma solução que cumpra a legislação e
equilibre os fatores técnico, econômico e de integração com o meio ambiente. Neste caso, deve
ser anexado ao projeto uma cópia da licença prévia, anuência ou outro documento de
autorização emitida pelo órgão de controle do meio ambiente nos locais de grande beleza cênica,
como serras, dunas e cachoeiras. É importante lembrar que esses documentos não autorizam o
início das obras e nem o de qualquer outro tipo de atividade. Deve ser observada a necessidade
da emissão da licença de construção e a licença de operação e manutenção;
áreas de riqueza paisagística: deve-se evitar zonas que mesmo não sendo consideradas de
preservação ambiental, mas que por sua riqueza e singularidade paisagística ou por sua
relevância histórica (parques naturais, monumentos históricos e artísticos, topo de montanhas,
zonas turísticas, etc.) devem ser protegidas contra elementos que distorçam sua visão e
diminuam seu valor natural;
As diretrizes básicas que devem orientar na elaboração do traçado da rede aérea urbana de baixa tensão
são:
deve-se evitar o traçado em frente a paisagens e monumentos históricos de forma a não interferir
com o seu visual;
deve ser localizado no lado da rua com menor arborização. Nas ruas onde não haja arborização,
optar pelo lado com menor incidência solar durante o horário mais quente do dia;
deve-se projetar a rede sempre de um mesmo lado da rua, evitando o traçado em zig-zag e voltas
desnecessárias, sem prejuízo das alíneas anteriores;
deve ser localizado, de preferência, no lado da rua em que não haja galerias de águas pluviais,
esgotos, construção com sacadas, ou outros obstáculos que possam interferir na construção da
mesma;
não cruzar, em nenhuma hipótese, o terreno particular, com exceção dos casos de atendimento à
condomínios fechados;
Para o traçado das linhas de média tensão, devem ser seguidos, além dos princípios definidos para a rede
secundária, os prescritos abaixo:
o caminhamento dos alimentadores deve favorecer a expansão do sistema, obedecendo a modelos
propostos pelo planejamento;
procurar sempre utilizar arruamentos já definidos por órgãos responsáveis;
evitar ângulos desnecessários;
acompanhar a distribuição das cargas, levar em conta as suas previsões de crescimento e procurar
atribuir a cada alimentador áreas de dimensões semelhantes;
evitar ruas e avenidas de orla marítima. Procurar projetar troncos de alimentadores nas ruas e
avenidas paralelas a orla;
no caso de parques que possuem animais silvestres, o traçado da rede deve preferencialmente,
passar pelo outro lado da rua ou deve ser projetado outro traçado para o circuito.
não cruzar terrenos particulares;
os ramais devem ser, sempre que possível, dirigidos em sentido paralelo uns aos outros em ruas
diferentes, orientados de maneira a favorecer a expansão prevista para a área por eles servidos;
não é permitido a mudança do tipo de condutor ao longo da rede, exceto quando justificado
tecnicamente e desde que não haja possibilidade de recurso;
Quanto a locação dos postes, em zona urbana ou rural, deve-se observar alguns fatores, como se segue:
a) locar a posteação, sempre que possível, na divisa dos lotes, edificações, etc. Os postes não devem
ser locados em frente à entrada de garagem, portas, portões e guias rebaixadas (meio fio);
b) evitar, sempre que possível, a locação dos postes em frente a anúncios luminosos, marquises e
sacadas, sempre respeitando as distâncias de segurança.
c) em situações onde as distâncias de segurança entre a rede e edificações, pontos de acesso, etc.
estejam comprometidas, deve-se adotar ações de remoção, afastamento e isolação da rede para
atendimento às regulamentações específicas de segurança;
d) locar os postes visando atender também o projeto de iluminação pública;
e) projetar, sempre que possível para zona urbana, vãos de 30 m a 45 m. Vãos com comprimentos
superiores necessitam de análise criteriosa dos esforços;
f) em zona urbana, onde existir somente rede de MT com condutores nus (sem iluminação pública e
circuito de baixa tensão), podem ser utilizados inicialmente vãos maiores do que os estabelecidos
anteriormente, com a devida análise de tração e observando as características de relevo da região e
flechas admissíveis. Se houver previsão de futuras instalações de iluminação pública e rede
secundária, considerar a diretriz do item e);
g) quando em zona urbana, os postes devem ser locados em calçadas, na faixa de serviço, conforme
normas de circulação e acessibilidade, ver Figura 7. Recomenda-se a largura de 1,50m para a faixa
livre, sendo admissível 1,20m de largura livre e 2,10 de altura livre. As dimensões podem ser
revisadas somente quando indicadas no plano de zoneamento, código de obras e postura, plano
diretor, lei de uso de ocupação do solo do município ou quaisquer documentos locais oficiais que
racionalizem o uso do solo.
h) a largura do leito carroçável (distância entre guias) deve seguir legislação local e ser suficiente para
a garantia da segurança operativa e acesso de equipes com recursos necessários para construção,
manutenção e operação da rede de distribuição;
i) devem ser observadas as condições locais existentes que podem interferir na implantação dos postes,
como guias rebaixadas, caixas de agua pluvial, sumidouros, etc.
j) quando não houver posteação, deve ser avaliado qual o lado mais favorável para implantação da
rede, considerando o lado menos arborizado e que tenha maior número de edificações, o que deve
acarretar menos execução de travessias de ramais de ligação. Deve-se observar, no entanto, que os
postes devem ser locados de forma que permita atender aos consumidores com o ramal de ligação
com comprimento máximo de 30 metros;
k) independente da largura da rua, deve ser projetada posteação bilateral, quando houver necessidade
da instalação de 2 (dois) alimentadores, dando-se preferência a esta solução do que a alternativa de
projetar circuito duplo;
l) em ruas com largura até 20 metros, incluindo-se os passeios, os postes devem ser locados sempre
de um mesmo lado (locação unilateral) observando, se for o caso, a sequência da rede existente.
Ruas com larguras compreendidas entre 20 m e 30 m, incluindo-se os passeios, podem ter posteação
bilateral alternada, ou seja, esta deve ser projetada com os postes na metade do vão da posteação
contrária. Ruas com larguras superiores a 30 m, incluindo-se os passeios, podem ter posteação
bilateral frontal, conforme Figura 8;
Figura 8 – Posteação
q) em situações de instalação de postes em locais com acesso restrito a veículos pesados (vias com
leitos carroçáveis estreitos, morros e taludes, núcleos de regularização de ligações informais e áreas
rurais de difícil acesso) deve ser prevista a instalação de postes de fibra. Os postes de fibra não são
permitidos em travessias de redes e em regiões com histórico de vandalismo ao patrimônio público e
queimadas.
existência de leito carroçável interno de largura mínima de 4,0 metros, medido entre guias e
observados ainda os procedimentos do termo de servidão de passagem;
largura mínima de passeio de 1,90m, excluindo a largura da guia, de modo a permitir a instalação dos
postes de rede de distribuição aérea e ainda para a extensão do braço do caminhão guindauto
articulado para remoções, instalação e içamento de equipamentos;
As vias de acesso e manobra de caminhões guindauto articulado para instalação e manutenção da rede de
distribuição aérea devem atender a um dos requisitos abaixo:
Possuir via de acesso de entrada e de saída distintas, com largura mínima de 4,0 metros. Caso a via
de acesso não seja linear, a mesma deve possuir ângulo de curvatura que propicie a manobra de
veículo com comprimento mínimo de 10,5 metros;
Possuir uma única via de acesso de entrada e saída de veículos, com espaço destinado a manobra
de veículo com comprimento mínimo de 10,5 metros, que não seja ocupado por vagas de garagens;
Possuir uma única via de acesso de entrada e saída de veículos com rotatória que permita a manobra
de veículo com comprimento mínimo de 10,5 metros para o retorno a pista contrária.
Como critério geral os transformadores devem ser instalados no centro de carga de sua área de abrangência.
Na existência de carga concentrada significativa esse critério geral deve ser reavaliado. Além disto, devem
seguir as seguintes prescrições:
os transformadores devem ser locados de maneira que, em nenhum caso, o comprimento total do
circuito secundário exceda a 400 m, respeitando-se as quedas de tensão máximas estabelecidas;
a posição de montagem do transformador em relação a via pública deve estar de acordo com as
Especificações Técnicas de Construção;
não devem ser instalados transformadores em postes onde haja derivação de rede de MT;
nas zonas urbanas o transformador pode ser instalado no eixo do alimentador ou fora do mesmo,
observando os critérios de distância mínima de segurança em relação a outras redes ou edificações;
nas zonas rurais devem ser instalados transformadores, preferencialmente, fora do eixo de
alimentadores ou em ramais das redes de distribuição que transporte uma parcela importante da
carga;
não locar transformadores em terrenos de difícil acesso, como aqueles que se caracterizem por
possíveis acidentes topográficos pronunciados ou condições especiais de solo, que não permitam o
uso de equipamentos usuais de serviço, durante a construção e manutenção.
A escolha do número de fases de alimentação (rede primária) do transformador deve ser conforme demanda
local, respeitando taxas de crescimento e previsão de aumento de carga adotando as seguintes prescrições
a) transformador trifásico: nas áreas urbanas e loteamentos;
b) transformador bifásico: nas áreas rurais de baixa e muito baixa densidade de carga;
c) transformador monofásico: nas redes monofilares existentes com densidade de carga muito baixa.
Onde:
DMP = demanda máxima diversificada por poste calculada, segundo o subitem 7.3.1.2.4, em kVA.
Fcr = Fator de crescimento considerado informado pela Unidade de Planejamento. Quando não aplicável,
Fcr = 1.
O transformador escolhido deve ser o que mais se aproxime de 37,32 kVA e que não fique em sobrecarga.
Portanto, o transformador a ser instalado deve ser de 75 kVA.
Exemplo 2: Atendimento a loteamento, com 100 lotes sem unidade consumidora edificada e sem
definição do nível de consumidor. Local: Ceará
DMc
( DMt ) kVA
Nc
Onde:
– DMc = demanda média por consumidor, em kVA;
– (DMt) = somatório das demandas dos transformadores medidos, em kVA;
– Nc = n° de UCs ligadas às redes de BT servidos pelos transformadores.
(Va Ia Vb Ib Vc Ic)
DMt (kVA)
1000
Onde:
– Ia, Ib, Ic = correntes medidas nas fases A, B e C, em ampère;
– VM = tensão medida entre qualquer fase e neutro, em volts.
O transformador escolhido deve ser o que mais se aproxime de 99 kVA e que não fique em sobrecarga.
Portanto, o transformador a ser instalado deve ser de 150 kVA.
CInstxFd
Dem (kVA)
Fp
Onde:
– CInst = Carga Instalada prevista da UC;
– Fd = Fator de Demanda
– Fp = Fator de Potência.
(12 x0,60)
Dem 7,83kVA
0,92
sempre que for necessário substituir um transformador por sobrecarga, deve ser efetuada
inspeção no circuito secundário e observado se a rede está compatível com a potência do
transformador a ser instalado.
Devem ser utilizados em todas as redes aéreas de Baixa Tensão os condutores pré-reunidos de alumínio
definidos conforme Tabela 9.
Diâmetro Massa
Condutor Corrente Tração R X
Total Total
(mm²) (A) (daN) (/km) (/km)
(mm) (kg/km)
3x150+1x80 326 554 51 1.878 0,2775 0,0867
3x95+1x54,6 244 393 43 1.270 0,4311 0,0902
3x50+1x54,6 169 260 37 765 0,8634 0,0943
3x35+1x54,6 136 235 37 700 1,1694 0,0974
Tabela 9 - Condutores de Baixa Tensão
Os limites de variação de tensão de fornecimento em baixa tensão, no ponto de conexão, estão contidos no
Módulo 8 do PRODIST, devendo se situar em relação à tensão nominal, conforme Tabela 10.
Limites de Variação (Volts)
Tensão Nominal
EDCE EDRJ EDGO
(Volts)
Mínimo Máximo Mínimo Máximo Mínimo Máximo
127 - - 117 133 - -
220 202 231 202 231 202 231
380 350 399 - - 350 399
440 - - - - 405 462
Tabela 10 - Níveis de Tensão
Os limites de queda de tensão permissível nos diversos pontos da rede de BT são definidos na Tabela 8.
Podem ser adotados os valores limites de queda de tensão especificados no módulo 8 do PRODIST. O cálculo
da queda de tensão deve ser efetuado com as cargas determinadas no item 7.3.
O processo de cálculo está baseado no coeficiente de queda de tensão em % de kVAx100m, com o
preenchimento da planilha orientativa no Anexo A.
As colunas a serem preenchidas no Anexo A são:
– A: designação do trecho;
– B: comprimento do trecho em 100 m e seus múltiplos;
– C: carga distribuída no trecho (carga levantada x taxa de crescimento + IP), em kVA;
– D: carga acumulada no fim do trecho, em kVA;
– E: produto kVA (C/2 + D) x B;
– F: tipo de circuito e bitola dos condutores;
– G: coeficiente da queda de tensão unitária ( kVA / 100 m ), obtido da Tabela 11;
– H: queda de tensão percentual no trecho, obtido pelo produto das colunas E e G;
– I: queda de tensão percentual total, obtida para cada ponto extremo de um trecho pela soma da
queda nesse trecho com a queda acumulada até o trecho anterior.
Nota: Os coeficientes de queda de tensão dos condutores despadronizados mas que ainda podem existir na
rede de distribuição estão dispostos no item 8.1.
Os condutores utilizados em redes de Média Tensão são cabos de alumínio com alma de Aço – CAA (Tabela
12), cabos de alumínio cobertos (Tabela 13) ou cabos multiplexados autossustentados (Tabela 14).
Condutor Mensageiro
Diâmetro Resistência
Classe
Seção (mm) Elétrica c.c.
De Corrente Seção
Nominal Máxima a Tipo
Tensão Nominal(A) (mm²)
(mm²) Mín. Máx. 20ºC
(kV)
(/km)
50 7,7 8,6 0,641 170
Aço
95 11 12 0,32 255
Galvanizado
150 13,7 15 0,206 340
8,7 / 15 Aço
(17,5) Aluminizado
150 13,7 15 0,206 340 50 com
isolação
XLPE
50 7,7 8,6 0,641 170
18 / 30 Aço
95 11 12 0,32 255
(36) Galvanizado
150 13,7 15 0,206 340
Tabela 14 - Condutores para rede isolada
Os condutores correspondentes ao tronco do alimentador e ramais devem ser projetados de acordo com os
estudos feitos pela Unidade de Planejamento, considerando a demanda, corrente de curto-circuito, limite de
queda de tensão, qualidade e perdas elétricas.
A utilização de outros condutores é permitida, desde que seja justificada tecnicamente e aprovadas pela
Unidade de Network Design Brasil.
Os limites de variação de tensão primária de fornecimento (MT) no ponto de conexão estão contidos no
Módulo 8 do PRODIST, devendo se situar entre 0,95 e 1,05 da tensão nominal, conforme Tabela 15.
Limites de Variação (Volts)
Tensão Nominal
EDCE EDRJ EDGO
(Volts)
Mínimo Máximo Mínimo Máximo Mínimo Máximo
11.950 - - 11.352 12.547 - -
13.800 13110 14.490 13.110 14.490 13.110 14.490
34.500 - - - - 32.775 36.225
Tabela 15 - Níveis de Tensão MT
O processo de cálculo de queda de tensão está baseado no levantamento dos seguintes elementos:
a) demanda máxima do alimentador, em MVA;
b) tensão na hora de carga máxima, em kV;
c) fator de potência médio;
f) o cálculo de queda de tensão deve ser efetuado também simulando-se as transferências de carga
previstas em projeto;
Nota: Os coeficientes de queda de tensão dos condutores despadronizados mas que ainda podem existir na
rede de distribuição estão dispostos no item 8.1.
7.7.1. Postes
Na Tabela 20 são apresentados os postes historicamente padronizados pelas distribuidoras e o tipo de rede
onde são aplicados. Para projetos apresentados após a publicação deste documento, somente poderão ser
utilizados os postes previstos no padrão construtivo vigente.
Resistência
Altura (m) Tipo NOTA 3 Utilização
Nominal (daN)
300 Rede de BT
9,0 B Iluminação Pública
600 Telecomunicação
Rede de BT
10,0 Iluminação Pública
- -
Telecomunicação
Rede de MT (1 nível)
Rede de BT
10,5 Iluminação Pública
- -
(NOTA 1) Telecomunicação
Rede de MT (1 nível)
300 Rede de BT
B
600 Iluminação Pública
11,0
B-1,5 1.000 Telecomunicação
B-3,0 1.500 Rede de MT (1 nível)
300
B Rede de BT
600 Iluminação Pública
12,0 Telecomunicação
B-1,5 1.000 Rede de MT (Derivações e circuito duplo)
Equipamentos
B-4,5 2.000
B-1,5 1000
B-3 1500
Nota 1 – Somente postes existentes na rede.
Nota 2 – A utilização de postes maiores fica condicionado à autorização da Distribuidora.
Nota 3 – Conforme ABNT NBR 8451 e especificação da Enel
Nota 4 – A tabela apresenta as características dos postes duplo T, mas é possível utilizar postes circulares, a critério da
distribuidora, mantendo a mesma altura e esforço nominal.
Deve ser adotada a solução de postes de aço zincado (MAT-OMBR-MAT-18-0172-INBR) ou fibra (MAT-
OMBR-MAT-18-0047-EDBR) para locais de difícil acesso, no entanto para áreas de alta corrosão deve ser
adotada solução apenas em poste de fibra, conforme orientações da WKI-OMBR-MAT-18-0248-EDBR.
Não é permitida a utilização de postes de madeira.
Os esforços mecânicos que as redes de MT e de BT exercem sobre os postes, em função dos vãos e flechas,
determinam o seu esforço nominal e tipo, os quais estão apresentados na Tabela 21, Tabela 22, Tabela 23 e
Tabela 24. Também deverão ser utilizadas as tabelas de trações e flechas disponibilizadas nas normas dos
padrões construtivos correspondentes.
Trações de Projeto
Tipo de Cabo
(daN)
4 AWG CAA 138
1/0 AWG CAA 293
2/0 AWG CAA 358
266,8 MCM CAA 674
336,4 MCM CAA 840
A tração de projeto é a máxima tração que poderá sofrer o
condutor durante sua vida útil na rede, com vento de 60 km/h a
15ºC ou a 0ºC, sem vento.
Trações de Projeto
Tipo de Cabo (daN)
(mm²)
13,8 kV 25 kV 34,5 kV
3 # 50 + 9,5 400 480 -
3 # 95 + 9,5 493 510 600
3 # 185 + 9,5 577 598 700
Tabela 23 – Trações de Projeto – Cabo Coberto
Trações de Projeto
Tipo de Cabo
(daN)
3 x 50 + 50 715
3 x 95 + 50 910
3 x 150 + 50 1100
Tabela 24 – Trações de Projeto – Cabo Isolado MT
Nota: As trações de projeto dos condutores despadronizados mas que ainda podem existir na rede de
distribuição estão dispostos no item 8.1.
7.7.3. Estruturas
Além das condições definidas nesta especificação e nos padrões construtivos da distribuidora, devem ser
seguidas as prescrições da NBR 15688, NBR 15992 e NBR 16615.
Afastamento Mínimo
(mm)
Tensão U
Natureza do Logradouro
(kV)
Comunicação e
U≤1 1 < U ≤ 36,2
cabos aterrados
Vias exclusivas de pedestres em áreas rurais 3.000 4.500 5.500
Vias exclusivas de pedestres em áreas urbanas 3.000 3.500 5.500
Locais acessíveis ao trânsito de veículos em áreas
4.500 4.500 6.000
rurais
Locais acessíveis ao trânsito de máquinas e
6.000 6.000 6.000
equipamentos agrícolas em áreas rurais
Ruas e avenidas 5.000 5.500 6.000
Entradas de prédios e demais locais de uso restrito a
4.500 4.500 6.000
veículos
Rodovias federais 7.000 7.000 7.000
Ferrovias não eletrificadas e não eletrificáveis 6.000 6.000 9.000
Nota 1: Em ferrovias eletrificadas ou eletrificáveis, a distância mínima do condutor ao boleto dos trilhos é de 12 metros para tensões
até 36,2 kV, conforme ABNT NBR 14165.
Nota 2: Em rodovias estaduais, recomenda-se que a distância mínima do condutor ao solo atenda à legislação específica do órgão
estadual. Na falta de regulamentação estadual, obedecer aos valores desta Tabela.
os vãos no cruzamento das redes devem ser de, no máximo, 40 m. Vãos maiores podem ser
projetados mediante análise específica da distribuidora;
Não é recomendado que na posteação das redes de 34,5 kV possua redes de BT de
transformadores pertencentes a circuitos de tensão 13,8 kV. Caso seja necessário, os
procedimentos de trabalho e segurança devem ser revistos.
b) sobre redes particulares
Recomenda-se que não sejam realizadas travessias e cruzamentos de rede particular com a rede da
distribuidora, mas, em condições de excepcionalidade e, exclusivamente para atendimento à centrais
geradoras, o cruzamento deve, preferencialmente, ser de forma subterrânea. Se, após a validação da
distribuidora, for detectado a impossibilidade dos quesitos anteriores, deve-se seguir, no mínimo, os seguintes
pontos:
tratando-se de circuitos no mesmo nível de tensão, a distribuidora deve avaliar e definir o melhor
posicionamento da rede da distribuidora em relação a rede particular (acima ou abaixo), atendendo
as distâncias de segurança mínimas das normas da ABNT, os procedimentos de trabalho e normas
de segurança vigentes, etc.;
quando houver cruzamento de circuitos de média tensão de tensões diferentes, a rede de maior
tensão deve sempre ser construída em nível superior ao de tensão mais baixa, devendo atender
as distâncias mínimas de segurança, conforme normas da ABNT;
o vão do cruzamento da rede deve ser de no máximo 40 m. Vãos maiores podem ser projetados
mediante análise específica da distribuidora;
nos postes de encabeçamento devem prever condições para a adoção de aterramento temporário;
nos casos em que a rede particular é convencional (rede nua), a mesma deve ser com alma de
aço;
o tipo da rede particular deve possuir, no mínimo, o mesmo padrão da rede (nua ou compacta ou
multiplexada) da distribuidora. Caso a distribuidora altere o padrão da rede, o padrão da rede
particular, nos pontos de cruzamento, também devem ser revisados conforme regra estabelecida,
mesmo em operação, com custos de responsabilidade do acessante, conforme legislação vigente;
não é permitida emenda de condutores no vão das rede envolvidas no cruzamento;
a rede particular deve ser possui identificação feita, no mínimo, em cada poste em altura visível
do solo. Em instalações grandes ou extensas, é recomendado repetir essas indicações ao longo
do trajeto, nos pontos acessíveis e nos pontos onde ocorrem mudanças como, cruzamentos,
derivações, etc. Os dispositivos utilizados para a identificação não podem possuir informações
ambíguas, devem ser durável e permanente;
Nota: Recomenda-se um acordo operativo entre a distribuidora e o interessado afim de definir as atribuições,
responsabilidades, o relacionamento técnico-operacional em relação ao cruzamento de rede, os
procedimentos necessários quanto as responsabilidades, operação, manutenção das rede e diretrizes de
forma a garantir a performance dos indicadores de qualidade da distribuidora, com a devida validação junto a
área regulatória e jurídica. Devem ser seguidas todas as orientações de segurança na construção, montagem,
operação e manutenção das redes contidas dos manuais e padrões da distribuidora, normas de segurança e
normas brasileiras.
c) sobre rodovias
as estruturas de travessia devem ser de amarração;
a distância mínima dos condutores à superfície do solo na condição de flecha máxima em rodovias
estaduais deve obedecer à legislação específica do órgão estadual; na falta de regulamentação
estadual esta distância deve ser no mínimo de 7 m, conforme Tabela 26;
a carga atuante no cabo condutor de uma travessia deve ser de 20%, podendo, nos casos mais
desfavoráveis, atingir, no máximo, a 33% da sua carga de ruptura;
as estruturas devem ser colocadas fora da faixa de domínio das rodovias e em posição tal que a
distância medida sobre a superfície do terreno, da estrutura à borda exterior do acostamento, seja
maior que a altura da estrutura;
em casos excepcionais, mediante acordo com a entidade responsável pela rodovia, as estruturas
podem ser colocadas a distância inferiores às apresentadas anteriormente e até mesmo dentro das
faixas de domínio das rodovias ou nos canteiros centrais de rodovias com pistas múltiplas. Nestes
casos, quando a rede projetada for paralela a sinalização, viadutos etc., observar a distância mínima
de 2 m medida na horizontal, nas condições de máximo deslocamento.
d) sobre ferrovias
as estruturas de travessia devem ser de amarração e não é permitido o uso de emenda no vão da
travessia;
para a execução da travessia, deve ser previamente solicitada licença ao órgão responsável;
não são permitidas travessias sobre áreas das estações ferroviárias. Só em casos excepcionais,
mediante acordo com a entidade responsável pela ferrovia;
no projeto a ser apresentado a área responsável pela ferrovia para aprovação, deve constar
obrigatoriamente:
– planta de situação com as principais dimensões cotadas, e desenhadas nas escalas horizontal
de 1:500 e vertical de 1:250;
– tensão nominal, número de fases, número de circuitos, número de condutores por fase;
– localização das estruturas no vão de travessia;
– ângulo entre os eixos da ferrovia e da rede;
– posição dos condutores (cabos ou linhas aéreas) pertencentes a ferrovias;
– posição quilométrica da travessia em relação ao trecho ferroviário considerado, com indicação
das localidades adjacentes;
– denominação do trecho ferroviário;
– perfil da travessia com todas as dimensões cotadas e desenhado nas escalas horizontal de
1:500 e vertical de 1:250, conforme indicado no Desenho 2;
– vão da travessia e flecha máxima;
– diferença da cota entre os condutores mais baixos e elevados do vão da travessia;
– altura do condutor mais baixo da travessia, em relação a face superior do boleto do trilho mais
alto;
– características mecânicas dos condutores a serem empregados na travessia;
– distância dos suportes de sustentação dos condutores à face interna do boleto do trilho mais
próximo;
– desenho de detalhes na escala mínima de 1:20 das estruturas do vão de travessia;
– observar o Desenho 2 e, para os demais requisitos, consultar instrução geral do órgão
responsável pela linha férrea.
altura do condutor mais baixo da travessia, na condição de flecha máxima, em relação a face
superior do boleto do trilho mais alto em ferrovias não eletrificadas ou não eletrificáveis é de 9 m,
conforme Tabela 26.
e) sobre águas navegáveis ou não:
o ângulo mínimo entre o eixo da rede e o curso de água deve ser de 60º;
as distâncias verticais mínimas dos condutores à superfície de águas navegáveis, na condição de
flecha máxima será de (H + 2 m). Nesta fórmula o valor de H corresponde à altura do maior mastro
e deve ser fixado pela autoridade responsável pela navegação da via considerada;
no caso de águas não navegáveis, a distância mínima nas condições do item acima deve ser 6 m.
Como exemplo, ver Desenho 1.
Devem ser utilizadas as estruturas padronizadas nas especificações técnicas de construção locais. Além das
prescrições definidas nas especificações de construção locais, a utilização das estruturas deve obedecer aos
seguintes critérios:
a) Em área urbana, em vias normais, deve-se utilizar estruturas Meio Beco, podendo a critério da
Distribuidora, em situações que se justifiquem, ser utilizadas cruzetas normais. Em vias com passeio
estreito utilizar as estruturas tipo Beco. Em todas as situações, as distâncias mínimas de segurança
devem ser respeitadas;
b) Em área rural, deve-se utilizar estruturas Normais, com cruzetas tipo T;
c) Nas estruturas N1 e N2, quando do lançamento da fase do meio, em vãos superiores a 80 m, deve-
se alternar a posição do(s) isolador(es) central(is) a cada estrutura;
d) nas estruturas de encabeçamento ou ancoragem, utilizar estruturas do tipo normal. Para postes DT,
o lado de maior esforço dos postes deve estar na direção da rede em que estiver sendo submetido
ao maior esforço do condutor;
e) nas estruturas tangentes que posteriormente venham a ser instalada uma derivação unilateral,
substituir o poste, caso o existente não suporte o esforço projetado. Nesta situação a estrutura
tangente deve ser do tipo normal;
f) os encabeçamentos em MT devem ser feitos nos seguintes casos:
em estruturas de chaveamento;
na primeira estrutura de um ramal de alimentador quando este derivar de um poste com estrutura
de encabeçamento já existente ou não, e seja projetado a instalação de chaves;
h) A profundidade de instalação ou engastamento para qualquer tipo de poste deve ser conforme a
Equação 12.
L
e 0,60m
10
Equação 12 - Engastamento dos postes
Onde:
L = comprimento do poste, em metros.
e = engastamento (no mínimo 1,5 m).
i) Em função das estruturas e suas aplicações, são definidos 4 tipos de engastamento: simples, base
reforçada, base com manilha e base concretada, cuja aplicação está orientada conforme
especificações técnicas de construção locais.
j) A utilização de emendas em condutores na fase de projeto e construção é permanentemente proibida.
O seu uso está regulamentado somente na manutenção, em caráter provisório;
k) Não é permitida, em zonas urbanas e rurais, a utilização de estai, de qualquer configuração, em redes
de distribuição;
l) Em estruturas existentes com estai, deve ser utilizado cobertura para sinalização;
m) a cobertura de condutor nu deve ser instalada em regiões arborizadas com elevado índice de
ocorrências decorrentes de contato de galhos com a rede de distribuição, principalmente em trechos
com vegetação características semelhantes ao coqueiros, palmeiras, etc, próximos à rede primária
de distribuição. A aplicação deste material deve ser de forma pontual (considerando um vão máximo
de 4 metros de cobertura), como alternativa das seguintes soluções: poda de galhos de árvores,
instalação de rede compacta ou mudança de traçado da rede;
n) a cobertura de condutor nu não deve ser aplicada em condutores danificados, em trechos de rede
primária em contato com objetos cortantes ou com flecha excessiva (nestes casos deve ser previsto
o tensionamento dos condutores) e em casos de proximidade à construções ou instalações, como
proteção a contatos eventuais;
o) recomenda-se, quando houver risco visível de contato entre os condutores da rede convencional, em
saídas de alimentador com alto nível de curto circuito e em locais com fortes ventos, a utilização de
espaçadores isolados, conforme padrão construtivo local.
p) É indicada a utilização de esferas de sinalização em redes primárias com o propósito de sinalização
diurna para voos visuais de inspeção, realizados com aviões, helicópteros ou similares. A sinalização
de redes de distribuição deve ser feita em conformidade com as normas ABNT NBR 6535, ABNT
NBR 7276, ABNT NBR 15237 e ABNT NBR 15238.
Nos projetos de rede primária de distribuição devem ser indicadas as posições das fases A, B e C nos pontos
de derivação e encontros de alimentadores.
As fases A, B e C da rede primária de distribuição devem ser identificadas com o observador posicionado sob
a rede primária, olhando de frente para a fonte, na seqüência da esquerda para a direita. Nas esquinas ou
derivações mais afastadas do encontro, as fases A e C devem ser mantidas na posição correta quando
observadas no sentido da carga para a fonte. Nos encontros de alimentadores a posição das fases A e C
deve ser invertida em um dos alimentadores, na derivação ou esquina mais próxima do encontro, conforme
esquema trifilar mostrado no Figura 12.
Visando garantir a segurança das instalações e pessoas, bem como a qualidade no fornecimento de energia,
devem ser instalados equipamentos de proteção/seccionamento. Tais equipamentos devem ser instalados
em locais de fácil acesso e visualização, de preferência próximos aos pontos de derivação da rede, de forma
a minimizar os tempos de deslocamentos das turmas de operação durante as manobras.
Todo transformador de distribuição deve possuir proteção de MT através de um conjunto de chaves fusíveis
indicadoras instalado na estrutura do transformador e de um conjunto de para-raios, instalado no próprio
tanque do transformador.
A proteção da rede de baixa tensão deve ser realizada por meio de disjuntores, conforme Especificação
Técnica de Construção local e Tabela 30.
Potência Tensão Corrente do
Tipo do Nº de Seção Mínima
Nominal Secundária Disjuntor
Disjuntor Circuitos dos condutores
(kVA) (V) (A)
10 220 63 1P 1 1 x 25 + 1 x 25
10 220 / 440 32 2P 1 2 x 16 + 1 x 25
15 120 / 240 63 2P 1 2 x 16 + 1 x 25
15 220 / 380 32 3P 1 3 x 35 + 1 x 54,6
37,5 220 / 440 100 2P 1 2 x 16 + 1 x 25
30 127 / 220 100 3P 1 3 x 35 + 1 x 54,6
127 / 220 100 3P 2 3 x 95 + 1 x 54,6
75
220 / 380 63 3P 2 3 x 50 + 1 x 54,6
127 / 220 200 4P 2 3 x 150 + 1 x 80
150
220 / 380 125 4P 2 3 x 95 + 1 x 54,6
225 220 / 380 200 4P 2 3 x 95 + 1 x 54,6
Tabela 30 - Proteção de BT
A necessidade de instalação e a utilização de equipamentos para seccionamento e/ou proteção da rede contra
sobrecorrente deve ser prevista através de estudo de viabilidade e proteção (coordenação) para garantia da
confiabilidade do sistema e dos indicadores de qualidade.
a) Chaves Fusíveis
As chaves fusíveis devem ser instaladas somente na proteção de banco de capacitores e de transformadores
e excepcionalmente, quando não for viável tecnicamente a instalação de outro equipamento que garanta a
segurança dos circuitos.
b) Chaves Seccionadoras Unipolares
São seccionadores de operação vertical, constituído por duas colunas isolantes fixas, sendo um, suporte fixo
e a outra, suporte da articulação do contato móvel (faca), provida de argola para operação por vara de
manobra dispondo, normalmente, de trava de segurança. Devem ser instaladas chaves seccionadoras, nas
seguintes condições:
nos pontos de derivação de ramais para clientes;
em encontros de alimentadores.
c) Disjuntores/Religadores
d) Chaves Telecomandadas
Equipamento capaz de interromper circuitos em condições de carga nominal e de fechamento em condições
de falha. Deve garantir a condição de isolamento da rede quando na posição aberta. Devem ser utilizados
para seccionamento do alimentar, diminuindo o número de consumidores ou potência envolvida numa
interrupção sustentada ocasionada por uma falta permanente. Recomenda-se sua utilização em finais de
circuitos radiais e derivações importantes.
e) Seccionalizadores
São equipamentos de proteção utilizados em redes aéreas de distribuição e que têm a finalidade de seccionar
definitivamente um trecho do alimentador quando ocorre um defeito a jusante de sua instalação e cuja a
interrupção é feita por um equipamento de retaguarda.
devem ser utilizados em pontos muito afastados da subestação, onde a corrente de falha do
alimentador é inferior a valores estabelecidos por estudos de proteção. Entretanto não devem ser
instalados mais de dois seccionadores em série;
f) Para-raios
Os para-raios devem ser instalados nos seguintes casos:
nas estruturas de reguladores de tensão, religadores e seccionadores automáticos. Nestas estruturas
aplicam-se 2 (dois) conjuntos de para-raios, sendo um do lado da fonte e outro do lado da carga;
nas estruturas de bancos de capacitores fixos ou automáticos;
nas estruturas de transformação, no tanque do transformador;
nos pontos de derivações de alimentadores para áreas rurais quando derivados das saídas de redes
de MT urbanas;
nos pontos de mudança de seção de condutores da rede de MT, inclusive quando da mudança de
rede aérea para rede subterrânea e da rede nua para rede compacta ou isolada;
em todos os finais de rede de MT;
podem ser instalados para-raios ao longo das redes de distribuição desde que comprovado por meio
de estudo técnico
nas regiões com elevado índice ceráunico e como consequência do elevado índice de falha de
transformadores em decorrência da queima das bobinas de baixa tensão, devem ser instalados para-
raios de baixa tensão próximo ao transformador, no final de rede, na mudança de seção nominal dos
cabos e na transição de rede com condutores nus para rede com condutores multiplexados.
h) Identificador de Falha
Estes equipamentos têm por finalidade identificar o sentido da passagem de uma corrente superior ao seu
ajuste, conseguindo reduzir de forma considerável os tempos de inspeção associados a respectiva falha.
Recomenda-se que quando forem instalados sejam localizados:
nos pontos de derivação de ramais longos, cujo seccionamento seja por meio de chave seccionadora.
7.8.3. Aterramento
Para que o sistema de distribuição opere corretamente, mantendo a continuidade de serviço e a segurança,
o neutro do sistema, os equipamentos e demais partes metálicas não destinadas a condução de corrente,
devem ser devidamente aterrados.
Devem ser utilizados somente os cabos e hastes padronizadas pela distribuidora.
A haste de terra deve ser fincada no solo de maneira que a sua extremidade superior fique a uma profundidade
mínima de 0,50 m da superfície do solo.
7.8.3.1. Aterramento na MT
a) Para aterramento da rede de MT, o condutor de descida de aterramento (aço cobreado) deve possuir
seção de 35mm².
b) A resistência de aterramento deve garantir a segurança dos usuários do sistema por meio da limitação
de diferenças de potencial entre o condutor neutro e a terra. Também deve assegurar que os
potenciais transmitidos pelos condutores-fase da rede primária devem ser inferiores ao valor da
tensão suportável de impulso das estruturas, de forma a evitar disrupção nos isoladores. O valor
recomendado para resistência de aterramento é de, no máximo, 20 Ω.
c) Para os casos de rede MRT, recomendam-se os valores da NBR 16527 representados na Tabela 31.
d) Nas estruturas com equipamentos, recomenda-se utilizar, no mínimo, 3 (três) hastes de terra de aço
cobreado dispostas linearmente ao longo da rede de distribuição a uma distância entre hastes de 3
m, desde que comprovado o atendimento aos requisitos de b) e c);
e) Outras configurações de aterramento também podem ser adotadas desde que os requisitos de b)
sejam atendidos;
f) Caso o aumento do número de hastes não permita a obtenção do valor recomendado em b),
recomenda-se o tratamento químico permanente do solo;
g) Na rede compacta, o mensageiro deve ser aterrado a cada 400 m aproximadamente.
h) Na rede isolada, o elemento de sustentação deve ser aterrado a cada 200 m aproximadamente e na
malha de terra dos equipamentos ao longo da rede. Todo projeto deve prever condições para a
instalação de aterramento temporário e este pode ser feito em equipamentos ao longo da rede, nas
transições e nos terminais.
i) Para rede compacta e rede isolada, o condutor mensageiro deve ser aterrado em todos finais de rede.
7.8.3.2. Aterramento na BT
Na rede de BT, deve ser utilizado somente um condutor de descida de seção de 16mm², de aço cobreado e
1 (uma) haste de terra afastada da base do poste a uma distância nunca inferior a 1 m, obedecendo aos
seguintes critérios:
a) no final da rede de BT o neutro deve ser aterrado;
b) a partir do transformador de distribuição, o neutro da rede de BT deve ser aterrado a cada 200 m,
aproximadamente, de forma que a distância entre cada aterramento, considerando as derivações,
seja em torno de 200 m, conforme Desenho 10;
c) quando existir aterramento dos equipamentos de MT, este deve ser comum ao aterramento da BT.
Nas cercas devem ser utilizadas, para cada aterramento, 1 (uma) haste de terra afastada da base do mourão
a uma distância nunca inferior a 1 m. Deve-se utilizar o seccionador pré-formado para cercas conforme
padronizado no padrão de material.
a) aterramento de cercas em áreas urbanas: somente devem ser aterrados as cercas localizadas na
mesma calçada de posteação da rede de distribuição, conforme Desenho 5 e obedecendo aos
seguintes critérios:
cercas paralelas à rede, com comprimento inferior a 15 m, não utilizar nenhum procedimento para
aterrar ou seccionar;
cercas paralelas à rede, com comprimento acima de 15 m e inferior ou igual a 50 m, aterrar no
ponto central da cerca;
cercas paralelas à rede, com comprimento acima de 50 m, fazer o seccionamento a cada 50 m e
aterrar no ponto central do vão seccionado. A fração inferior a 15 m não necessita ser aterrada;
cercas perpendiculares à rede, que bifurcam da cerca paralela à rede, devem ser seccionadas no
primeiro mourão;
cercas transversais ao traçado da rede devem ser seccionadas. O trecho seccionado é de 20 m
de largura, compreendendo 10 m de cada lado, a partir do eixo da linha. O aterramento deve ser
instalado no mourão central do trecho seccionado.
b) aterramento de cercas em áreas rurais: o aterramento das cercas deve estar de acordo com o Desenho
6 a Desenho 9 e seguir os seguintes critérios:
todas as cercas paralelas com a rede elétrica, a uma distância igual ou inferior a 30 m entre o
condutor e o arame mais próximo, deve ser seccionada a cada 500 m e aterrada a cada 250 m,
fazendo coincidir os aterramentos próximos ao seccionamento;
cercas transversais ao traçado da rede, utilizar o mesmo procedimento adotado para em áreas
urbanas;
todas as extremidades das cercas devem ser aterradas junto às porteiras conforme Desenho 6;
c) Cerca Eletrificada
Quanto à segurança da cerca eletrificada devem ser observadas as seguintes recomendações:
a cerca deve ser alimentada por meio de um eletrificador e não pode, em nenhuma hipótese, ser
eletrificada com energia diretamente da rede elétrica;
nas aproximações ou cruzamentos da rede elétrica sobre cercas eletrificadas devem ser adotados
os seguintes procedimentos:
– cercas paralelas devem ficar a uma distância mínima de 30 m do eixo da rede elétrica;
– nos casos onde for necessário cruzar a rede elétrica sobre a cerca eletrificada devem ser
colocados dois condutores de proteção paralelos acima da cerca, para evitar que em caso de
ruptura do condutor da rede este venha a cair sobre a cerca eletrificada;
– os dois (dois) condutores de proteção devem ter 60 m de comprimento, sendo 30 m para cada
lado da rede, devendo ser aterrados nas duas extremidades, conforme Desenho 9.
Quando for encontrada rocha compacta a pequena profundidade recomenda-se uma das medidas listadas a
seguir para aterramento de equipamentos, desde que atendido os requisitos de segurança da alínea b) do
item 7.8.3.1 :
a) Utilizar cabo de aço cobreado 35 mm² com 10 m de comprimento, enterrado horizontalmente no solo
a uma profundidade mínima de 0,60 m.
b) Outras configurações de aterramento aliadas ao tratamento químico do solo.
As valas não devem ser preenchidas com pedras ou materiais similares, ao invés disto, com terra suscetível
de reter umidade (argila, barro, etc.).
Nas redes de condutores protegidos de MT e multiplexada de BT devem ser previstos estribos com conector
cunha para serem utilizados nas intervenções dessas redes para aterramento temporário, quando da
ocorrência de desligamentos programados ou não. O projetista deve prever a instalação de 01 (um) estribo
em cada fase, nos pontos de amarração, nas derivações e no final de rede.
Estas instalações devem ser contempladas nos projetos e visam garantir a segurança dos trabalhadores, com
a minimização dos efeitos relativos a uma energização indevida no local de trabalho.
Dentre os fatores relativos a uma energização indevida pode-se citar:
A implantação de bancos de reguladores de tensão deve obedecer aos estudos específicos, com base nas
condições de carga e tensão existentes no alimentador, a fim de satisfazer as exigências contidas no
PRODIST ou legislação posterior que a substitua.
Todo projeto deve ser elaborado de modo que a tensão fique dentro dos limites permitidos, sem necessidade
da instalação de reguladores de tensão.
Nos alimentadores muito extensos ou que atendam áreas de baixa densidade de carga a regulação de tensão
dentro das faixas estabelecidas deve ser feita através da instalação de reguladores de tensão com anuência
da Unidade de Planejamento.
Quando uma área abastecida por redes com reguladores de tensão atinge sua demanda máxima ou estejam
comprometendo de forma significativa a qualidade do fornecimento de energia, devem ser analisadas as
alternativas da construção de um novo alimentador, instalação de uma nova subestação ou mudança no nível
de tensão.
A instalação de reguladores de tensão é uma prerrogativa da distribuidora e não do cliente de autoconstrução.
A implantação de bancos de capacitores fixos ou automáticos, devem obedecer aos estudos específicos, a
fim de que o fator de potência atenda às recomendações contidas na Resolução Nº 414 da ANEEL ou
legislação posterior que a substitua.
Na aplicação conjunta de bancos de reguladores de tensão e bancos de capacitores deve ser observado o
posicionamento de um em relação ao outro de acordo com o que está definido no projeto. Esta observação
também é válida quando já existir um desses bancos instalado no alimentador.
A necessidade de automatizar uma rede deve ser identificada pelas áreas de manutenção dos regionais de
acordo com o grau de confiabilidade e continuidade do serviço requerido. Recomenda-se ainda a realização
de simulações afim de identificar e avaliar o impacto na rede de distribuição. Após avaliação do custo-
benefício deve ser informada à área responsável pela manutenção das proteções e automação.
O modelo de simbologia de projeto está apresentada no Desenho 15. Outra simbologia técnica utilizada por
softwares específicos pode ser adotada, desde que mantida a coerência e lógica de interpretação do modelo
apresentado e com a devida apresentação de legenda.
7.10.2. Plantas
Devem ser obtidas plantas cadastrais da localidade ou área em estudo, através de cópias de plantas já
existentes, confiáveis e atualizadas ou através de um novo levantamento topográfico ou imagens de satélites.
As plantas listadas nos tópicos a seguir contêm todas as informações necessárias aprovação junto as partes
envolvidas, bem como a execução da obra. De maneira alternativa, podem ser utilizados sistemas
computacionais que sejam capazes de compilar todas informações contidas nessas plantas.
Nesta planta deve constar traçado das ruas, avenidas ou rodovias, indicação do norte magnético e outros
pontos de referência significativos, que permitam identificar o local onde deve ser construída, reformada ou
ampliada a rede de distribuição, em desenho com escala adequada. Nas obras localizadas no interior do
Estado e Região Metropolitana indicar também, município, localidade, estradas de acesso, a subestação e o
alimentador de onde deriva a rede e os códigos das estruturas locadas antes e depois da derivação. Nas
obras localizadas na capital, devem ser indicadas a subestação e o alimentador de onde deriva a rede e os
códigos das estruturas locadas antes e depois da derivação.
O mapa-chave deve ser utilizado para traçar o circuito em MT e BT e locar os transformadores, tendo como
finalidade, dar uma visão geral da rede elétrica.
Deve conter representação planialtimétrica, a orientação do Norte Magnético, detalhamento do ponto de
derivação (indicando o nome do alimentador existente, poste, estrutura e ângulo).
Em áreas rurais deve indicar a diretriz da RDR, assinalar em graus os pontos de deflexão e saída dos ramais,
todas as edificações que representem ou não pontos de carga, com a numeração correspondente, indicação
das redes de MT e de BT, representar os transformadores em simbologia de projeto padronizada no Desenho
15, além de todos os acidentes referidos no item 7.10.2.6.
O mapa chave deve conter ainda um quadro resumo que mostre, por prancha, a extensão dos circuitos
primário e secundário, a quantidade de transformadores e a potência total instalada e a quantidade de
unidades consumidoras atendidas.
O desenho do mapa chave deve ser feito por processo computacional podendo ser aceito, na escala 1:5.000.
Ver exemplo no Desenho 13.
A planta cadastral deve ser elaborada conforme padrão ABNT, e nela deve constar:
a) traçado das ruas e avenidas;
b) nome das ruas, avenidas e praças;
c) indicação das edificações, destacando as igrejas, cemitérios, colégios, indústrias, etc.;
d) situação física das ruas, de preferência com definição de calçamento existente, meios fios e outras
benfeitorias;
e) acidentes topográficos e obstáculos mais destacados que poderão influenciar na escolha do melhor
traçado da rede, tais como: pontes, viadutos, ferrovias, rios, canais, galerias, sacadas de edifícios,
marquises etc.;
f) detalhes da rede de distribuição existente, destacando-se:
ramais de ligação em MT: seção e tipo dos condutores (aéreo, subterrâneo ou misto);
extensão de vãos.
g) indicação das linhas de transmissão e redes de distribuição, especificando as respectivas tensões
nominais;
h) redes de telecomunicações e outros;
i) indicação do ponto elétrico mais próximo com a distância da rede a ser construída.
O perfil planialtimétrico é utilizado em Redes de Distribuição Rural – RDR e é destinado à locação das
estruturas e à representação planimétrica das redes e deve ser feito por processo computacional, na escala
horizontal de 1:5000 e na escala vertical de 1:500, conforme Desenho 14. Deve conter:
a) no desenho do perfil: a numeração das estacas, representadas em divisões de 10 em 10 unidades.
Além disto, devem ser registradas, em linha vertical, as cotas representativas do relevo do terreno;
b) na vista planimétrica: os detalhes a seguir enumerados, desde que contidos na faixa de servidão da
rede e ainda as edificações que representem ou não unidades consumidoras, distanciadas do eixo
da rede de cerca de 100 m:
indicação de estradas de rodagem municipais, estaduais, federais e ferrovias;
detalhes dos pontos de saída e chegada da rede, com indicação do alimentador existente, do
ângulo de derivação, poste e estrutura correspondente;
núcleos populacionais;
indicação das estacas, características de deflexão e saída de ramais;
indicação de campos de pouso e aeroportos.
7.10.2.5. Reconhecimento
O reconhecimento tem por objetivo coletar dados em campo para se estabelecer o traçado definitivo da Rede
de Distribuição Rural. O técnico incumbido do levantamento cadastral deve orientar o topógrafo na localização
de todos os pontos de carga dos interessados, bem como os pontos dos suportes viários existentes. Na
inexistência de estrada, a locação deve ser realizada através de picadas ou marcos de sinalização, e evitar o
corte da vegetação. No reconhecimento deve ser elaborada planta conforme exemplo do Desenho 12 e deve
constar também:
a) ponto de derivação (designação da RDR existente, estrutura, tipo e numeração do poste);
b) acidentes notáveis, tais como: açudes, rios, rodovias, ferrovias, serras, etc.;
c) unidades consumidoras aptas a serem ligadas, unidades consumidoras em construção e indicação
de terrenos sem imóveis.
Com base nas plantas fornecidas pelo reconhecimento, a Área de Engenharia da Rede deve determinar as
diretrizes da Rede de Distribuição Rural em toda sua extensão, onde qualquer alteração neste traçado, deve
ser efetuada mediante prévia autorização por escrito daquela área.
Projeto de rede de energia de baixa tensão, localizado no interior ou entorno de Unidade de Conservação da
Natureza, deve ser autorizado pelo órgão gestor da respectiva Unidade de Conservação. Em caso de afetar
a Área de Preservação Permanente - APP, deve ser autorizado pelo órgão ambiental estadual em área rural;
se estiver em área urbana deve ser autorizado pelo município e órgão ambiental estadual.
Projeto de rede de energia de Média Tensão localizado no interior ou entorno de Unidade de Conservação
da Natureza, ou em Área de Preservação Permanente - APP deve ser licenciado pelo órgão ambiental
competente.
As atividades empresariais enquadradas na Lei 6.938/81, Política Nacional do Meio Ambiente, e listadas na
Resolução CONAMA nº 237/97 devem apresentar Licença Ambiental expedida pelo Órgão Ambiental
competente: IBAMA, órgão ambiental estadual ou municipal.
Imóveis localizados no interior de Unidades de Conservação de Uso Sustentável, ou no entorno de Unidades
de Conservação de Proteção Integral (Art. 46 da Lei nº 9985/00–SNUC, ou lei vigente que a substitua),
dependem de autorização ou Licença Ambiental expedida pelo órgão ambiental competente (Federal,
Estadual ou Municipal de acordo com a gestão da unidade) para a ligação de energia.
Nos casos de imóveis localizados no interior de Unidades de Conservação de Proteção Integral ou Áreas de
Preservação Permanente - APP, as solicitações de novas ligações de energia não podem ser atendidas. Com
exceção dos imóveis localizados em Áreas de Preservação Permanente que se enquadrarem nos casos de
utilidade pública, interesse social e baixo impacto, e demais casos previstos na legislação ambiental (Lei
12.651/12 e MP nº 571/12 ou lei vigente que a substitua), devidamente autorizados pelo órgão ambiental
competente.
O projeto para atendimento a unidade consumidora isolada, loteamento ou condomínio situado em áreas de
preservação ambiental, somente pode ser elaborado, após a apresentação por parte da empresa responsável
da Autorização/Licença Ambiental da área.
Em áreas rurais, onde a instalação de energia visa o atendimento à atividade de irrigação, a empresa
responsável pela elaboração do projeto deve apresentar o documento de outorga de água (superficial ou
subterrânea) ou dispensa do órgão ambiental estadual.
A empresa responsável pela elaboração do projeto deve realizar consulta diretamente no site dos órgãos
ambientais para validar se as coordenadas colhidas em campo estão contidas em áreas de
preservação/conservação ambiental ou não. A validação final cabe à Unidade de Network Development da
distribuidora.
O projeto deve respeitar os limites das áreas não edificantes discriminadas nas licenças ambientais. Nos
casos de dúvidas ou em áreas limítrofes, deve ser feita consulta formal ao órgão ambiental através da área
de Sustentabilidade e Meio Ambiente.
O projeto deve atender os procedimentos ambientais da distribuidora.
O projeto deve ser elaborado com a inteira responsabilidade do projetista. Deve ser realizado o
dimensionamento elétrico e mecânico e selecionados os equipamentos, postes, condutores e estruturas, de
acordo com este Critério. O projeto deve conter todas as informações do item 7.10.
Os projetos devem ser apresentados, obrigatoriamente, em meio magnético e impresso quando requisitado
pela distribuidora. Na existência de programas digitais de apresentação de projeto validados pela
distribuidora, o mesmo pode ser utilizado para tal finalidade.
Os projetos apresentados via Autoconstrução de Extensão de Rede de Distribuição devem ser em meio
magnético, em 2 (duas) vias impressas e seguir as premissas descritas em norma específica.
A apresentação dos projetos deve conter os seguintes requisitos:
Devem ser apresentados no Memorial Descritivo: a identificação, número de registro no Conselho de classe,
telefone e endereço do responsável técnico.
7.10.4.3. Documentação
b) localização e numeração de toda a posteação; indicando o esforço nominal e a altura (por exemplo
300/12);
c) coordenadas geográficas de equipamentos, secionadoras etc. de modo auxiliar na localização dos
pontos principais do projeto;
d) indicação das estruturas e seccionamentos;
e) indicação do tipo, seção e número de condutores de MT, BT e de iluminação pública;
f) tipo e capacidade de todos os transformadores de distribuição;
g) tipo de seccionadoras com sua capacidade nominal e de ruptura;
h) chaves fusíveis com sua capacidade nominal e de ruptura, com a indicação do elo fusível;
i) localização dos equipamentos, com suas respectivas características técnicas, tais como: religadores,
seccionalizadores, reguladores de tensão, capacitores, etc.;
j) potência, tipo de lâmpada da iluminação pública e do relé de comando, entre outras;
k) indicação e localização dos para-raios nos equipamentos e redes;
l) indicação das DICAS com seu significado (D-Desligar, I-Impedir, C-Constatar, A-Aterrar, S-Sinalizar)
conforme Desenho 11;
m) indicação dos transformadores e demais dispositivos a desligar;
n) indicação do uso de cabo isolado reforçando a política ambiental da distribuidora;
o) indicação através do seguinte alerta “ATENÇÃO!/PERIGO! Travessia de LDAT” em todos os projetos
onde houver cruzamento de redes de distribuição e/ou ramais de ligação com as linhas de AT;
p) indicação através de cercaduras e nome proprietários quando a rede projetada cruzar terrenos de
terceiros, isto é, indicação dos proprietários titulares dos terrenos por onde a rede passar
representando as cercas que delimitam essas propriedades;
q) indicação do aterramento e seccionamento de cercas com as respectivas coordenadas, quando
houver necessidade do aterramento e seccionamento conforme item 7.8.3.3;
r) cálculo mecânico efetuado para as situações não previstas nos padrões de estrutura e critérios de
projetos, devendo os esforços a serem aplicados nos postes e condutores apresentados nas plantas,
conforme critérios de projetos e padrões de estruturas. Para as situações previstas nos padrões de
estruturas e critérios de projetos, representação dos ângulos da rede MT;
s) a escala do projeto deve ser de 1:1.000, ou maior que 1:1.000 até 1:2.000 quando o projeto não
requerer muitos detalhes. Em todos os casos indicados o projeto deve propiciar uma adequada leitura
após sua impressão.
Para a solicitação de atendimento a Empreendimentos de Múltiplas Unidades Consumidoras destinados a
regularização fundiária de interesse social – Reurb-S, aplicável aos núcleos urbanos informais ocupados
predominantemente por população de baixa renda, e dos empreendimentos integrantes do Programa Minha
Casa, Minha Vida – PMCMV devem, além dos anteriores, também ser apresentados os seguintes
documentos:
Deve ser apresentado o Levantamento Topográfico, com o traçado da rede em perfil planialtimétrico, efetuado
com auxílio do gabarito, ou software adequado:
quando o técnico responsável pelo projeto julgar necessário, desde que justificado tecnicamento junto
à área solicitante.
O desenho deve ser apresentado na escala vertical 1:500 e horizontal de 1:5.000, contendo os seguintes
detalhes:
a) locação das estruturas primárias e secundárias;
b) linhas de telecomunicações;
c) redes e linhas elétricas existentes;
d) ferrovias e rodovias;
e) locais de trânsito de veículos;
f) rios;
g) açudes ou lagoas;
h) obras de engenharia que possam interferir no projeto;
i) cerca de arame;
j) indicação do alimentador existente, do ângulo de derivação, poste (esforço e altura), estrutura
correspondente e poste e estrutura anterior e posterior.
Nota: O levantamento planialtimétrico e cadastral, deve ser feito com georreferenciamento, em arquivo em
formato digital, subscrito por profissional competente, acompanhado de Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), com as unidades, as construções, o sistema
viário, as áreas públicas, os acidentes geográficos e inclusive incluindo, caso se aplique, os demais elementos
caracterizadores do núcleo de interesse social a ser regularizado (Reurb-S e PMCMV).
Devem ser feitos em plantas individuais nas escalas horizontal 1:500 e vertical 1:250:
a) cruzamento de linhas;
Os projetos elaborados por empresas parceiras ou terceiros devem ser analisados pela distribuidora,
observando-se as seguintes considerações:
a) os projetos elétricos devem ser elaborados por profissionais legalmente habilitados pelos respectivos
conselhos estabelecidos para a categoria ou tratando-se de pessoa jurídica que presta serviços de
projeto e/ou execução, deve também apresentar registro da empresa junto ao conselho de categoria
profissional;
b) para aceitação pela distribuidora o projeto deve obrigatoriamente estar de acordo com as suas normas
e padrões, com as normas da ABNT e com as Normas e resoluções expedidas pelos órgãos oficiais
competentes;
c) uma vez aceito o projeto via Autoconstrução de Extensão de Rede de Distribuição, a distribuidora
deve devolver 1 (uma) via ao interessado;
d) toda e qualquer modificação no projeto já aceito, somente pode ser feita através do responsável pelo
mesmo, mediante consulta à distribuidora;
e) a distribuidora não deve receber a obra caso haja discordância com o projeto aceito;
f) o prazo máximo de validade do projeto é de 6 (seis) meses após a sua aceitação. Após esse prazo a
aceitação do projeto fica sem efeito. Após o vencimento e solicitação formal do interessado, o projeto
pode ser revalidado e os orçamentos atualizados junto à distribuidora.
Antes da execução da obra deve ser feita uma adequada limpeza da faixa de servidão, observando o disposto
no Desenho 4.
Deve ser desmatado somente o necessário para construção ou manutenção da rede, sendo a largura de 6 m
para redes de MT (13,8kV e 34,5kV) e 3 m para BT; deve-se preservar a vegetação rasteira, com o objetivo
de evitar erosão. Em zonas rurais, deve-se respeitar ainda, uma faixa de 20m, com o eixo da linha no centro,
para limpeza e poda.
Nas grandes depressões do terreno, onde a vegetação não ameaçar a rede, fazer somente uma faixa para
acesso, com largura de 1 metro.
Durante as etapas de levantamento de dados no campo, projeto e construção das redes, devem ser
observadas as instruções de trabalho relativos a cada atividade que esteja sendo executada.
Depois de concluída a obra, o desenho do projeto deve ser atualizado e implantadas as coordenadas
geográficas x-y (UTM/UPS).
A rede deve ser devidamente sinalizada e codificadas as estruturas, conforme Especificações locais e
pintados os números de codificação dos transformadores da distribuidora.
8. ANEXOS
8.1 CNS-OMBR-MAT-19-0285-EDBR – Anexo - Tabelas
Tabela A.1 - Flechas da Rede (cm) – Cabos 3x35+54,6, 3x50+54,6, 3x95+54,6 e 3x150+80 mm²
Notas:
1) No cálculo da capacidade de condução de corrente foram considerados os seguintes parâmetros:
temperatura do ar: 40°C; velocidade do vento: 1 [m/s]; radiação solar 1kW/m2; temperatura no condutor: 90°C.
2) Para o cálculo das tabelas de trações e flechas, adotou-se a tração máxima admissível igual a 12% da
tração de ruptura do cabo neutro, correspondente à temperatura de 0°C sem vento.
3) A tração de projeto é a máxima tração que poderá sofrer o condutor durante sua vida útil na rede, com vento
de 60 km/h a 15ºC ou a 0ºC, sem vento.
Vãos (m)
Temp.
10 15 20 25 30 35 40 45 50
(Cº)
Flechas (cm)
0 1,07 2,42 4,30 6,71 9,67 13,16 17,19 21,75 26,86
5 1,32 2,95 5,21 8,09 11,56 15,61 20,22 25,38 31,08
10 1,69 3,75 6,54 10,00 14,08 18,75 23,98 29,73 36,01
15 2,33 5,00 8,46 12,59 17,32 22,60 28,40 34,70 41,48
20 3,48 6,92 11,08 15,85 21,16 26,97 33,28 40,05 47,29
25 5,28 9,42 14,19 19,50 25,31 31,60 38,35 45,55 53,19
30 7,28 12,05 17,38 23,20 29,49 36,23 43,41 51,01 59,04
35 9,11 14,53 20,42 26,76 33,53 40,72 48,31 56,32 64,73
40 10,74 16,79 23,25 30,11 37,36 44,99 53,02 61,42 70,21
45 12,21 18,86 25,87 33,24 40,97 49,06 57,50 66,31 75,48
50 13,53 20,77 28,32 36,19 44,38 52,91 61,77 70,98 80,54
Vãos (m)
Temp.
55 60 65 70 75 80 100 120 140 160
(Cº)
Flechas (cm)
0 32,50 38,67 45,39 52,64 60,43 68,76 107,43 154,70 210,56 275,02
5 37,31 44,07 51,34 59,13 67,44 76,26 116,66 165,30 222,23 287,53
10 42,79 50,07 57,84 66,11 74,87 84,11 126,02 175,87 233,78 299,86
15 48,75 56,49 64,70 73,38 82,54 92,16 135,40 186,34 245,16 311,99
20 54,98 63,13 71,72 80,78 90,28 100,24 144,70 196,67 256,35 323,91
25 61,27 69,79 78,75 88,14 97,98 108,26 153,86 206,82 267,34 335,61
30 67,49 76,37 85,66 95,39 105,54 116,12 162,84 216,76 278,11 347,09
35 73,55 82,77 92,40 102,45 112,92 123,80 171,62 226,49 288,66 358,36
40 79,40 88,97 98,94 109,31 120,09 131,27 180,18 236,00 299,00 369,41
45 85,03 94,95 105,26 115,95 127,04 138,52 188,53 245,29 309,12 380,25
50 90,45 100,72 111,36 122,38 133,77 145,55 196,65 254,37 319,03 390,89
Vãos (m)
Temp.
180 200 220 240 260 280 300 320 340 360
(Cº)
Flechas (cm)
0 348,07 429,72 519,96 618,80 726,22 842,25 966,87 1.100,08 1.241,89 1.392,29
5 361,24 443,42 534,08 633,26 740,97 857,23 982,04 1.115,42 1.257,36 1.407,88
10 374,21 456,90 547,99 647,51 755,52 872,02 997,04 1.130,59 1.272,69 1.423,34
15 386,96 470,16 561,68 661,56 769,87 886,63 1.011,86 1.145,60 1.287,86 1.438,65
20 399,49 483,20 575,16 675,41 784,03 901,06 1.026,52 1.160,46 1.302,89 1.453,83
25 411,80 496,04 588,43 689,06 798,01 915,31 1.041,02 1.175,17 1.317,78 1.468,88
30 423,89 508,66 601,50 702,52 811,80 929,40 1.055,36 1.189,73 1.332,53 1.483,80
35 435,78 521,07 614,38 715,80 825,42 943,32 1.069,54 1.204,14 1.347,14 1.498,59
40 447,45 533,29 627,06 728,89 838,87 957,08 1.083,58 1.218,41 1.361,63 1.513,26
45 458,92 545,31 639,56 741,81 852,16 970,68 1.097,46 1.232,55 1.375,98 1.527,81
50 470,20 557,14 651,88 754,56 865,28 984,14 1.111,21 1.246,55 1.390,21 1.542,24
Vãos (m)
Temp.
380 400 420 440 460 480 500 520 540
(Cº)
Flechas (cm)
0 1.551,29 1.718,88 1.895,06 2.079,84 2.273,21 2.475,18 2.685,74 2.904,90 3.132,65
5 1.566,98 1.734,66 1.910,92 2.095,77 2.289,20 2.491,22 2.701,83 2.921,03 3.148,82
10 1.582,55 1.750,32 1.926,67 2.111,59 2.305,09 2.507,17 2.717,84 2.937,08 3.164,91
15 1.597,98 1.765,87 1.942,31 2.127,31 2.320,89 2.523,03 2.733,75 2.953,05 3.180,93
20 1.613,29 1.781,29 1.957,84 2.142,93 2.336,59 2.538,80 2.749,59 2.968,94 3.196,87
25 1.628,48 1.796,60 1.973,26 2.158,45 2.352,19 2.554,49 2.765,34 2.984,76 3.212,75
30 1.643,55 1.811,80 1.988,57 2.173,87 2.367,70 2.570,08 2.781,01 3.000,50 3.228,55
35 1.658,50 1.826,89 2.003,78 2.189,19 2.383,12 2.585,59 2.796,60 3.016,16 3.244,27
40 1.673,33 1.841,87 2.018,90 2.204,42 2.398,46 2.601,02 2.812,11 3.031,75 3.259,93
45 1.688,05 1.856,74 2.033,91 2.219,55 2.413,70 2.616,36 2.827,54 3.047,26 3.275,52
50 1.702,66 1.871,51 2.048,82 2.234,59 2.428,86 2.631,62 2.842,90 3.062,70 3.291,04
VÃO (m) 20 25 30 35 40
-5 166,28 0,12 161,65 0,20 157,10 0,29 152,94 0,41 149,30 0,55
10 142,90 0,14 140,96 0,23 139,17 0,33 137,60 0,45 136,26 0,60
15 135,61 0,15 134,64 0,24 133,76 0,34 132,99 0,47 132,34 0,62
20 128,62 0,16 128,62 0,25 128,62 0,36 128,62 0,48 128,62 0,63
25 121,96 0,17 122,93 0,26 123,78 0,37 124,50 0,50 125,10 0,65
30 115,63 0,18 117,55 0,27 119,20 0,38 120,60 0,52 121,75 0,67
40 104,07 0,20 107,75 0,30 110,85 0,41 113,44 0,55 115,58 0,70
50 93,99 0,22 99,18 0,32 103,49 0,44 107,06 0,58 110,02 0,74
Tabela A.3 - Condutores de Rede Spacer – Flechas e Trações - Cabo Mensageiro 9,5 mm – Montagem
Vão (m) 5 10 15 20 25 30 35 40
Temp.
Flecha (m)
(ºC)
0 0.0181 0.0620 0.1215 0.1922 0.2722 0.3603 0.4557 0.5580
5 0.0206 0.0678 0.1298 0.2027 0.2847 0.3746 0.4717 0.5755
10 0.0237 0.0739 0.1384 0.2135 0.2974 0.3890 0.4878 0.5932
15 0.0272 0.0805 0.1473 0.2245 0.3102 0.4036 0.5040 0.6110
20 0.0312 0.0873 0.1564 0.2356 0.3232 0.4183 0.5203 0.6288
25 0.0355 0.0943 0.1657 0.2468 0.3362 0.4331 0.5367 0.6467
30 0.0400 0.1014 0.1750 0.2581 0.3493 0.4478 0.5530 0.6646
35 0.0444 0.1084 0.1842 0.2693 0.3623 0.4625 0.5693 0.6824
40 0.0488 0.1155 0.1935 0.2805 0.3753 0.4772 0.5856 0.7002
45 0.0530 0.1224 0.2026 0.2916 0.3883 0.4918 0.6018 0.7179
50 0.0571 0.1292 0.2116 0.3026 0.4011 0.5063 0.6179 0.7355
Vão (m) 5 10 15 20 25 30 35 40
Temp.
Flecha (m)
(ºC)
0 0.0195 0.0658 0.1278 0.2013 0.2842 0.3753 0.4738 0.5792
5 0.0221 0.0715 0.1360 0.2116 0.2964 0.3892 0.4893 0.5963
10 0.0252 0.0776 0.1444 0.2221 0.3087 0.4033 0.5050 0.6135
15 0.0287 0.0840 0.1532 0.2328 0.3212 0.4174 0.5208 0.6308
20 0.0326 0.0906 0.1620 0.2436 0.3338 0.4317 0.5366 0.6481
25 0.0368 0.0974 0.1710 0.2545 0.3465 0.4460 0.5525 0.6654
30 0.0411 0.1043 0.1800 0.2655 0.3592 0.4604 0.5684 0.6828
35 0.0455 0.1112 0.1890 0.2764 0.3719 0.4747 0.5842 0.7001
40 0.0497 0.1180 0.1980 0.2873 0.3845 0.4889 0.6000 0.7174
45 0.0539 0.1248 0.2069 0.2981 0.3971 0.5032 0.6158 0.7346
50 0.0579 0.1314 0.2157 0.3088 0.4096 0.5173 0.6315 0.7518
Vão (m) 5 10 15 20 25 30 35 40
Temp.
Flecha (m)
(ºC)
0 0.0257 0.0820 0.1550 0.2402 0.3353 0.4393 0.5511 0.6702
5 0.0285 0.0875 0.1626 0.2495 0.3464 0.4518 0.5651 0.6855
10 0.0316 0.0932 0.1703 0.2590 0.3575 0.4644 0.5791 0.7009
15 0.0350 0.0990 0.1781 0.2686 0.3687 0.4771 0.5932 0.7163
20 0.0387 0.1050 0.1861 0.2783 0.3799 0.4898 0.6073 0.7317
25 0.0425 0.1111 0.1941 0.2880 0.3912 0.5026 0.6214 0.7472
30 0.0463 0.1173 0.2021 0.2977 0.4025 0.5153 0.6355 0.7626
35 0.0502 0.1234 0.2101 0.3075 0.4138 0.5280 0.6496 0.7781
40 0.0540 0.1295 0.2181 0.3172 0.4250 0.5408 0.6637 0.7935
45 0.0577 0.1355 0.2261 0.3268 0.4362 0.5534 0.6778 0.8088
50 0.0614 0.1415 0.2340 0.3364 0.4474 0.5661 0.6918 0.8241
Tabela A.7 - Condutores de Rede Isolada MT – Flechas Máxima - cabo 3x150 + 50mm²
Tabela A.8 - Condutores de Rede Isolada MT – Flechas Máxima - cabo 3x95 + 50mm²
Tabela A.9 - Condutores de Rede Isolada MT – Flechas Máxima - cabo 3x50 + 50mm²
As tabelas a seguir apresentam os coeficientes para o Cálculo de Queda de Tensão para os cabos que não
são mais utilizados em novos projetos, mas que ainda podem existir na rede de distribuição:
Rede BT Isolada - Tabela A.12
Rede BT com Cabo nu, CA – Tabela A.13
Rede BT com Cabo de Cobre – Tabela A.14
Nota: Os coeficientes são aplicados para qualquer seção utilizada como condutor neutro.
Nota: Para os circuitos trifásicos, os coeficientes são aplicados para qualquer seção utilizada como condutor
neutro.
As tabelas abaixo apresentam as trações de projeto para os cabos que não são mais utilizados em novos
projetos, mas que existem na rede de distribuição.
Rede BT Isolada: 3x1x35+35, 3x1x35+50, 3x1x70+70, 3x1x95+50 e 3x1x150+70 mm²
Rede Compacta: 35 mm² (15kV), 150 mm² (15 kV) e 70 mm² (35 kV)
Rede Convencional com Cabos CA: 2, 1/0, 2/0, 4/0 e 336,4
Rede Convencional com Cabos CAA: 2, 2/0, 4/0 e 336,4
Rede Convencional com Cabos CAL: 25, 50, 70 e 160
3 x 2 AWG, CA 267
Notas:
1 – Dar 5 voltas apertadas em torno do arame da cerca.
2 – Dimensões em milímetros, exceto onde indicado.
Notas:
1 – Dar 5 voltas apertadas em torno do arame da cerca.
2 – Dimensões em milímetros, exceto onde indicado.
Notas:
Dimensões em milímetros, exceto onde indicado.
Desenho 10 – Aterramento de MT e BT
Desenho 12 – Reconhecimento