Teoria Musical Aplicada
Teoria Musical Aplicada
Teoria Musical Aplicada
Teoria Musical
Aplicada
à Grupos Instrumentais & Vocais
Ezidemar Siemiatkouski
1
Teoria Musical Aplicada 2010
SEUS DADOS:
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Ezidemar Siemiatkouski
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ÍNDICE
AS DEFINIÇÕES DE MÚSICA ----------------------------------------- Pág. 6
NOTAÇÃO MUSICAL ------------------------------------------------ Pág. 6
CLAVES ----------------------------------------------------------- Pág. 7
DEFININDO O NOME DAS NOTAS NAS DIVERSAS CLAVES -------------- Pág. 9
TOM, SEMITOM, ESCALA DIATÔNICA & SINAIS DE ALTERAÇÃO ------- Pág. 14
ESCALA CROMÁTICA ------------------------------------------------------ Pág. 20
ENARMONIA ---------------------------------------------------------------- Pág. 21
INTERVALOS ---------------------------------------------------------------- Pág. 22
ACORDES ------------------------------------------------------------------- Pág. 26
CIFRAS ---------------------------------------------------------------------- Pág. 35
ESCALAS MAIORES --------------------------------------------------------- Pág. 40
ESCALAS MENORES -------------------------------------------------- Pág. 43
TONALIDADES -------------------------------------------------------------- Pág. 46
VALORES ---------------------------------------------------------- Pág. 56
PONTO DE AUMENTO ---------------------------------------------- Pág. 60
LIGADURA -------------------------------------------------------- Pág. 16
COMPASSOS ------------------------------------------------------ Pág. 62
BARRAS DE COMPASSO ------------------------------------------- Pág. 64
FÓRMULA DE COMPASSO ------------------------------------------ Pág. 64
CLASSIFICAÇÃO DOS COMPASSOS -------------------------------- Pág. 67
SOLFEJOS ------------------------------------------------------- Págs. 70 e 79
COMPASSOS IRREGULARES ------------------------------------------ Pág. 82
RITMO ------------------------------------------------------------ Pág. 83
MÉTRICA --------------------------------------------------------- Pág. 84
INÍCIO DO RITMO -------------------------------------------------- Pág. 86
TERMINAÇÕES DO RITMO ------------------------------------------ Pág. 87
CONTRATEMPO --------------------------------------------------- Pág. 87
SÍNCOPE ---------------------------------------------------------- Pág. 88
QUIÁLTERAS ------------------------------------------------------- Pág. 88
ANDAMENTOS ----------------------------------------------------- Pág. 92
MODIFICAÇÕES DE ANDAMENTO ----------------------------------- Pág. 95
EXPRESSÃO ------------------------------------------------------- Pág. 98
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Teoria Musical Aplicada 2010
AS DEFINIÇÕES DE MÚSICA
Música
É a arte de combinar diversos sons (e o silêncio) uns após os outros ou
ao mesmo tempo. Além de tudo, música é uma Linguagem, um idioma
musical que todo músico deve compreender.
A Música se divide em:
Melodia
Os sons são ouvidos uns após os outros formando um sentido musical.
Muitas vezes é adicionado à melodia um poema (letra).
Harmonia
Vários sons são ouvidos ao mesmo tempo obedecendo a certas
“Regras Musicais”.
Contraponto
Diversas melodias são ouvidas todas ao mesmo tempo dando a ideia
de movimento de vozes.
Ritmo
Movimento dos sons obedecendo a certa ordem de tempo e
duração. Às vezes mais rápido às vezes mais lento.
Timbre
São as diferentes “cores” dos sons de cada instrumento (flauta,
trombone, saxofone) ou vozes (femininas, masculinas) e que ao ouvir
esses sons, sozinhos ou juntos, sabe-se distingui-los uns dos outros.
NOTAÇÃO MUSICAL
Pauta ou Pentagrama
É o conjunto de cinco linhas e quatro espaços onde são escritas as
notas musicais (do, re, mi, fa, sol, la, si) e todos os simbolos e sinais de
uma partitura.
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CLAVES
Para que as notas tenham nomes (do, re, mi, fa,sol, la, si) e sua altura
definida na escala, coloca-se no inicio da pauta um sinal conhecido
como CLAVE.
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A clave de Sol
A clave de Fá na quarta linha
A clave de Dó na terceira linha (que é própria para a Viola Clássica)
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Clave de Percussão
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Anotações:
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No Modo Maior:
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Graus Conjuntos
Graus Disjuntos
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Anotações:
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Fa – Dó – Sol – Ré – La – Mi – Si Si – Mi – La - Ré – Sol – Dó - Fa
ESCALA CROMÁTICA
É uma escala que contém 12 notas com intervalos de semitons entre
elas. No sentido Ascendente utiliza-se sempre sustenidos e no
Descendente utiliza-se bemóis.
Anotações:
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ENARMONIA
No Sistema Temperado, Enarmonia é a substituição de uma ou mais
notas por outras de nomes diferentes, mas de mesmo som, mesma
entonação. Notas Enarmônicas são notas de nomes diferentes, mas
com o mesmo som, a mesma altura.
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INTERVALOS
As distâncias diversas que existem de um grau à outro, a diferença na
altura do som entre duas notas, a diferença de altura entre dois sons;
dá-se o nome de intervalo.
Conforme o número de sons que abrange, o intervalo pode ser de: 2ª,
3ª, 4ª, 5ª etc...
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Intervalo de segundas
Intervalo de terças
Intervalo de quartas
Intervalo de quintas
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Intervalo de sextas
Intervalo de sétimas
Intervalo de oitávas
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Anotações:
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ACORDES
São combinações de duas ou mais notas tocadas simultâneamente,
ou seja, todas juntas.
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Acordes de Quinta
Três (3) notas (Tríades)
Acorde de 5ª Diminuta
Formado por intervalos de 3ª menor e 5ª diminuta.
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Acorde de 5ª Aumentada
Formado por intervalos de 3ª maior e 5ª aumentada.
Anotações:
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Acordes de Sétima
Quatro (4) notas (Tétrades)
Também são conhecidos como Tétrades. Os Acordes de Sétima (4
notas) são sete (7) e são formados na escala diatônica. Para classificá-
los observa-se o intervalo formado pela tônica e terça, tônica e quinta
e a tônica e a sétima (7ª).
3ªM + 5ªAum + 7ª M
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Acorde 7ª da Dominante
3ªm + 5ªdim + 7ª m
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Acorde 7ª da Diminuta
Acordes de Nona
Cinco (5) notas
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Anotações:
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CIFRAS
As Cifras são símbolos criados para representar os acordes de uma
maneira prática. A cifra é composta de letras, números, sinais e é
usado com maior freqüência na música popular.
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* Usa-se add para a 9ª e sus para a 4ª quando estas não estiverem com
nenhum outro número junto. Caso contrário usa-se apenas os números.
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* Inversão de Acordes
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Anotações:
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ESCALAS MAIORES
É a própria Escala Diatônica. Possui dois semitons entre o III e IV grau
e entre o VII e o VIII grau. Entre os outros graus há intervalos de tons.
A sequência de tons e semitons da Escala Maior, como já foi visto
antes, obedece à seguinte ordem:
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MÚSICA MODAL
É a música feita com o emprego dos Modos. Na maioria das vezes
não tem acidentes na Armadura de Clave.
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Anotações:
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ESCALAS MENORES
A escala originada no Modo Eólio dá origem à Escala Menor Natural
que possui dois semitons entre o ii e iii grau e entre o v e o vi grau. Entre
os outros graus há intervalos de tons.
A sequência de tons e semitons dessa escala obedece à seguinte
ordem:
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Anotações:
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TONALIDADES
É o sistema de sons baseados na Escala Maior, Escala Menor, Escala
Menor Harmônica e Escala Menor Melódica, onde os graus dessas
escalas têm sua relação com o grau I, a Tônica.
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ESCALAS RELATIVAS
Chamam-se ESCALAS RELATIVAS aquelas que têm a mesma
ARMADURA DE CLAVE e pertencem a modos diferentes.
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Anotações:
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VALORES
Nem todas as notas tem a mesma duração. Para entendermos a
duração dos sons musicais é necessário que as notas apareçam sobre
formas diferenciadas.
Pausas
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Também assim:
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PONTO DE AUMENTO
É um ponto colocado à direita da figura (nota ou pausa) para
aumentar a METADE de seu valor de duração.
Dois ou mais pontos podem ser colocados à direita da figura, tendo
nesse caso, o primeiro ponto o valor já conhecido e os seguintes pontos
cada um a metade do ponto anterior.
Exemplos: As pausas também podem ser pontuadas.
LIGADURA
É uma linha curva que se coloca acima ou abaixo das notas.
Existem 2 tipos de ligaduras: de Valor e de Fraseado. A que mais nos
interessa por enquanto é a de Valor.
Ligadura de Valor
É uma linha curva que une duas ou mais notas da mesma altura, (notas
iguais), e indica que os sons (notas) que estiverem ligados não devem
ser separados. Somente o primeiro som é emitido e os demais serão
apenas a prolongação do primeiro de acordo com seus valores.
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Anotações:
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COMPASSOS
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BARRAS DE COMPASSO
Os compassos são separados na pauta por uma linha vertical,
chamada barra de compasso.
FÓRMULAS DE COMPASSO
Representação do compasso
O Compasso é representado através de números em forma de fração
que aparecem no início da pauta.
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Lembrando que esses números não são o Tempo de Duração das figuras, são
apenas as proporções delas em relação à Semibreve.
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Anotações:
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Compasso Simples
Compasso Simples é aquele em que a figura que vale 1 tempo
(unidade de tempo) forma uma figura simples, ou seja, não pontuada.
Nos Compassos Simples, cada Unidade de Tempo é dividida em duas
metades iguais:
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Anotações:
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SOLFEJO
Ditado Rítmico - Compassos Simples Mais Comuns
Pronunciam-se as notas com a sílaba “PÁ” ou similar. Exercícios Pozzoli
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Compasso Composto
Compasso Composto é aquele em que a figura que vale 1 tempo
(unidade de tempo) forma uma figura composta, ou seja, figura
pontuada. Nos Compassos Composto, cada Unidade de Tempo é
dividida em três metades iguais:
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Anotações:
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SOLFEJO
Ditado Rítmico - Compassos Compostos Mais Comuns
Pronunciam-se as notas com a sílaba “PÁ” ou similar. Exercícios Pozzoli
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Anotações:
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COMPASSOS IRREGULARES
(COMPLEXOS ou ALTERNADOS)
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Anotações:
RÍTMO
O ritmo corresponde a uma das características básicas da música, ao
lado da melodia e da harmonia. Na escrita musical o ritmo é
determinado pelo modo como as notas são agrupadas em compassos,
pelo número de tempos em um compasso e pelo modo como os
acentos recaem sobre os tempos.
O ritmo pode dar na música uma pulsação regular, ordenada, ou
pode voltar-se contra essa pulsação, criando ou desmanchando
tensão e alterando a evolução do discurso musical.
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MÉTRICA
A MÉTRICA se baseia no estudo dos compassos e suas combinações
com os diversos ritmos.
E que o RITMO se trata da distribuição de valores e figuras diversas
obedecendo uma certa ordem de tempo.
Acento Métrico
Os tempos dos compassos obedecem a diversas acentuações, umas
fortes outras fracas. Essa acentuações são o Acento Métrico.
É por meio do Acento Métrico que podemos reconhecer, apenas
ouvindo, se:
Esta música tem compasso Binário
Esta música tem compasso Ternário
Esta música tem compasso Quaternário
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Assim:
Fórmula Rítmica
A métrica é sempre combinada a um padrão rítmico para gerar um
estilo particular. É o que acontece com músicas de dança, (a valsa ou
a polka) que têm padrões particulares para enfatiza as pulsações
(batidas), as quais são imediatamente reconhecíveis. Isto
frequentemente é feito para que a música coincida com os passos
rápidos da dança. Esses padrões rítmicos são oque chamamos de
Fórmula Rítmica e são o agrupamento de valores e figuras que fazem
um sentido musical.
Exemplo:
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INÍCIO DO RITMO
Início do Ritmo
O Ritmo pode-se iniciar de três formas:
Ritmo Tético
O ritmo começa no 1° tempo do compasso; no Tempo Forte:
Tempo Forte
Tempo Forte
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TERMINAÇÕES DO RITMO
O Ritmo pode-se terminar de duas formas:
CONTRATEMPO
É quando as notas são executadas nos tempos (ou partes) fracas,
ficando os tempos (ou partes) fortes com pausas. O tempo onde
deveria recair a acentuação é preenchido por silêncio: a pausa.
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SÍNCOPE
É quando o som de uma nota executada no tempo (ou parte) fraca
se prolonga até o tempo (ou parte) forte seguinte. Assim, o tempo forte
estará preenchido com os “restos” de som da nota anterior.
Também assim:
QUIÁLTERAS
Quando as Unidades de Tempo (U.T.) e Unidade de Compasso (U.C.)
são subdivididas em grupos de notas, e esses grupos são alterados na
quantidade de notas que normalmente os compõe; para mais ou para
menos; chamamos: Quiálteras. Coloca-se acima ou abaixo do grupo
da Quiáltera o numero de quantidades de figuras que compõem a
divisão alterada.
Exemplo:
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Mais conhecida
como TERCINA
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Anotações:
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ANDAMENTOS
A velocidade com que uma música é tocada; um movimento rápido
ou um movimento devagar; sempre mantendo uma pulsação
constante a cada compasso ou acelerando e desacelerando
gradativamente, a isto chamamos de Agógica e é ela quem define a
velocidade de execução de uma música. Esta velocidade é chamada
de Andamento e indica a duração de cada tempo nos diversos
compassos.
Metrônomo
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Teoria Musical Aplicada à Banda de Música 2010
Assai (bastante),
Molto (muito),
Più (mais),
Meno (menos)
Animato (animado),
Quasi (quase),
Non Tanto (não tanto),
Mosso (movimentado),
Poco (pouco),
Non Troppo (não demais), etc.
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MODIFICAÇÕES NO ANDAMENTO
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A Tempo
A Tempo Primo
Tempo I
L’istesso Tempo - o mesmo andamento. embora a
fórmula de compasso mude , a duração do tempo
real permanece a mesma.
In Loco - Tocar exatamente como está escrito.
Suspender o Andamento:
A Fermata:
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ou ainda os símbolos:
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EXPRESSÃO
Para interpretar uma obra, o músico deve compreender todas as
intenções e sentimentos que o compositor teve ao compô-la. Muitas
vezes o título da obra ja traz todo um clima de como ela será
interpretada. A maneira ou o caráter no qual o andamento deverá ser
tocado chamamos de EXPRESSÃO.
É pela Expressão que o músico se orienta para executar essa peça
musical conforme a intenção do compositor.
Para informar o caráter da música, o compositor utiliza no início da
partitura termos de Expressão em Italiano.
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Anotações:
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DINÂMICA
A variação de Intensidade dos sons fortes e fracos constitui o
“colorido” da música.
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“GRAMPOS” DE INTENSIDADE
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Dinâmicas Extremas:
Costuma-se também
utilizar outras abreviaturas
combinadas com os
sinais de Dinâmica
habituais.
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Os Sons “Reforçados”
Existem outras indicações de Intensidade que servem para
reforçar o som de algumas notas e geralmente devem ser
atacadas com muita força.
São eles:
Indica um acento repentino que
começa em um ( p )piano e cresce
até um ( f ) forte na duração da
nota.
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Anotações:
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ARTICULAÇÃO
São as diferentes maneiras de emitir e “atacar” os sons musicais
utilizando-se de sinais gráficos apropriados para destacar, ligar ou
acentuar certas notas. Cada instrumento musical tem sua técnica
específica de Articulação.
A Articulação está para a música como a Dicção está para a
linguagem.
Não se deve confundir Articulação com Fraseado, que é a maneira
de se interpretar as Frases Melódicas.
Na Articulação temos:
LEGATO
STACCATO
SINAIS DE ACENTUAÇÃO
LEGATO
É uma palavra italiana que significa “Ligado” usada para indicar que
a passagem de um som para outro (sons diferentes) deve ser feita sem
interrupção (respiração).
Indica-se o Legato com a Ligadura de Expressão e a Ligadura de
Fraseado.
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Teoria Musical Aplicada à Banda de Música 2010
STACCATO
É uma palavra italiana que significa “Destacado” usada para indicar
que os sons são articulados destacando-se uns dos outros, de modo
separado.
É um ponto colocado
acima da “cabeça” da
nota e divide o som dela
pela metade de seu real
valor, sendo uma metade
som e a outra metade
silêncio.
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Teoria Musical Aplicada à Banda de Música 2010
É um sinal em forma de
triângulo apontado para a
“cabeça” da nota e divide o
som dela em quatro partes,
sendo uma parte um quarto
de som e as outras três
quartos de silêncio.
É um sinal composto de
ponto e traço que divide
o valor da nota em quatro
partes, sendo três quartos
são som e um quarto de
silêncio.
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Teoria Musical Aplicada à Banda de Música 2010
SINAIS DE ACENTUAÇÃO
Indicam quais notas terão o som acentuado (mais forte) e de que
maneira isso será feito.
O Sinal (Marcato), indica que a nota deve ser atacada com muito
vigor e suavizada logo em seguida.
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Teoria Musical Aplicada à Banda de Música 2010
Anotações:
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ORNAMENTOS
Quando uma ou mais notas são acrescentadas
às notas reais de uma melodia ou de um acompanhamento,
chamamos essas notas de Ornamentos.
Os Ornamentos são indicados por notas pequenas (menores que as
notas reais) ou por sinais especiais. São escritos antes ou acima das
notas reais.
Os principais tipos de Ornamentos são:
APOGIATURA
(Apojatura, apojectura, appoggiatura)
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Apogiatura Irregular
A execução desta Apogiatura é igual à da Apogiatura Breve com a
diferença apenas na distância, que é maior que um grau da nota real.
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Anotações:
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MORDENTE
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GRUPETO
Formado por um grupo de três ou quatro notas anteriores ou
posteriores à nota real.
(Grupeto Superior) e
(Grupeto Inferior)
Conforme a execução, os Grupetos são classificados em Grupeto de
Ataque e Grupeto Medial.
Grupeto de Ataque
É executado no início da nota real. Formado por três notas, também
pode ser:
Superior, começando um grau acima da nota real, desce para a
nota real, vai para um grau abaixo da nota real, e termina na
nota real.
Inferior, começando um grau abaixo da nota real, sobe para a
nota real, vai para um grau acima da nota real, e termina na
nota real.
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Grupeto Medial
É executado entre duas notas. O sinal do Grupeto é colocado entre a
nota real e a nota seguinte. Esse Grupeto é formado por quatro notas.
Também podem ser Grupeto Superior ou Grupeto Inferior.
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Anotações:
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TRINADO (Trilo)
É a repetição rápida e alternada de duas notas vizinhas (em grau
superior ou inferior), uma das quais é a nota real.
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GLISSANDO
É o deslizamento rápido entre duas notas reais ou o final da duração
de uma nota real deslizada.
PORTAMENTO
É um Ornamento representado por uma pequena colcheia escrita
antes da nota real e que antecipa esta e ambas tem a mesma
entoação. Na execução dá-se ao Portamento uma pequena parte do
final da primeira nota real.
O Acento é na segunda Nota Real
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FLOREIO
É um Ornamento sem uma forma muito bem definida. Pode ser
formado por uma ou duas notas ou um grupo de notas entre duas
notas reais.
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CADÊNCIA MELÓDICA
É um Ornamento que consite na execução de uma passagem
sobrecarregada valores das mais diversas durações e cuja execução
fica a critério do executante. A Fermata colocada na nota real anterior
à Cadência Melódica permte a execução à vontade sem observar os
limites dos compassos.
Anotações:
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ABREVIATURAS
São sinais que servem para facilitar o trabalho da escrita e leitura
musical.
As Abreviaturas são:
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Anotações:
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TREMOLO (Trêmulo)
É a repetição da mesma nota preenchendo o seu valor no compasso.
A quantidade de barras - como no exemplo anterior - são as barras das
colcheias, semicolcheias, fusas, semifusas ou quartifusas. Na percussão
esse sinal é conhecido como Rufo.
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SIMILE
Também pode ser usado o termo Simile (similar) ou Segue.
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CESURAS
Existem dois tipos de Cesuras. A primeira é uma pequena e rápida
pausa de respiração entre duas frases. Executa-se tirando o final da
duração da nota anterior.
ABREVIATURAS DE OITAVAS
Para evitar o excesso de linhas suplementares nas partes dos
instrumentos que tocam notas muito agudas ou muito graves, utiliza-se
a Linha de Oitava.
A Linha de Oitava escrita acima do trecho a ser “oitavado” executa-
se uma oitava acima. Caso a Linha de Oitava estiver escrita abaixo do
trecho a ser “oitavado” executa-se uma oitava abaixo.
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Anotações:
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TERMOS ESPECIAIS
Tacet (silêncio em latim) – Esta expressão indica que derta voz ou
determinado instrumento não toca o trecho onde estiver escrito a termo
Tacet. Play é o oposto de Tacet.
in Loco (no lugar) – Esse termo indica que as notas devem ser
executadas exatamente da maneira com estão escritas. Geralmente
esse termo vem escrito após de uma abreviatura ou um termo especial.
Vib. (vibrato) – Executa-se a nota com uma pequena, mas clara
vibração (ocilação). Nos instrumentos de sopro o vibrato é produzido
através dos lábios ou do diafragma.
Sordini, sord. (Surdina) – é um dispositivo abafador colocado
nos instrumentos para modificar o timbre e diminuir o seu volume sonoro.
As Surdinas mais comuns nos instrumentos de sopro são as para os
metais. Instrumentos de palheta também utilizam Surdinas. Instrumentos
de corda como os da família do violino utilizam um tipo de Surdina
encaixado nas cordas.
Con Sordini – Tocar com Surdina.
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Anotações:
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MELODIA
Melodia é o Discurso Musical. É a sucessão de sons (a escala também
pode ser considerada como uma melodia). É também a representação
horizontal da música ao contrário da harmonia que é a representação
vertical.
Toda melodia se caracteriza pela variação de alturas (linha de som) e
pela variação de durações (ritmo).
Tipos de Melodias
Existem vários tipos de melodias:
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SÍNTAXE MUSICAL
A Síntaxe Musical estuda a ordem lógica de construção e estruturação
de uma melodia. Na estrutura de uma melodia encontramos:
O Motivo
O Inciso
A Frase
O Tema
e o Período.
Motivo
É uma breve figura musical com forma clara e precisa. É formado a
partir de intervalos e ritmo bem definidos facilitando assim sua
memorização. Geralmente se repete várias vezes numa melodia e
também com algumas variações.
Inciso
É uma pequena célula musical formada por um impulso e um repouso.
Geralmente encontrado em *Cadências Harmônicas.
Tema
É a idéia fundamental de uma melodia. Uma melodia é formada por
vários motivos e esses vários motivos juntos formam o tema.
Frase
É unidade musical com sentido de conclusão. A extenção da frase
geralmente abrange 4 ou 8 compassos e pode ser formada por
semifrases.
Período
É geralmente formado por duas frases a inicial e a conclusiva
terminando com uma *cadência conclusiva. Algom como
“pergunta/resposta”.
Anotações:
CONTRAPONTO
Combinação de Melodias
A música não é um aglomerado de melodias sem sentido e sem regras
algumas. A música é sim uma combinação de melodias que seguem
uma melodia principal e para isso são regidas por uma série de regras.
A partir das vozes humanas usamos o termo voz para uma linha
melódica. Pode ser um cantor ou um instrumento que está cantando ou
tocando essa voz. Se essa voz é mais importante que outras, na mesma
música, ela terá que possuir características musicais que a identifiquem
como sendo a voz principal. As demais vozes serão secundárias.
Baseado nesses princípios é que existe o Contraponto que estuda as
combinações de melodias.
Contraponto significa ponto contra ponto, ou seja, nota contra nota.
As regras do Contraponto estudam as relações de melodias contra
outras melodias, vozes contra outras vozes que podem ser a duas, três,
quatro ou mais vozes.
A voz principal, que é o ponto de partida, chama-se Cantus Firmus
(lat.) ou simplesmente canto. É a melodia já existente. O Contraponto é
o contrário a essa melodia e que é subordinado a ela. O estilo de
composição baseado nesse princípio é a Polifonia que quer dizer “várias
vozes”.
As vozes humanas são o fundamento para a manipulação do material
sonoro. As vozes femininas são denominadas:
Soprano (mais aguda) e
Contralto (mais grave).
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Movimento Paralelo
As vozes se movimentam na mesma direção conservando geralmente
os mesmos intervalos.
Movimento Oblíquo
Uma voz se mantem sem se movimentar e as outras se movimentam
em qualquer sentido.
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Movimento Contrário
Duas vozes se movimentam em sentido contrário em relação às outras.
Anotações:
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HARMONIA
Vários sons são ouvidos ao mesmo tempo obedecendo a certas
“Regras Musicais”.
A harmonia estuda o encadeamento dos acordes que são
encontrados em um trecho musical com suas formações e modulações
(passagem de uma tonalidade à outra) e também o contraponto com
vozes diferentes ou uma melodia com um acompanhamento
harmônico.
Na melodia os intervalos aparecem sucessivamente, uns após os
outros, enquanto que na harmonia os intervalos aparecem todos ao
mesmo tempo, simultâneamente.
Cadências Harmônicas
Para o fundamento de acordes, devem-se reconhecer as funções
diversas dos vários graus das escalas.
Nos finais dos trechos musicais os acordes formados dentro dos graus
da escala dão a sensação de conclusão. A isso chamamos Cadências
Harmônicas. São terminações de frases ou períodos musicais através de
uma sucessão de dois ou mais acordes que concluem harmonicamente
o discurso musical.
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Cadência Completa
Tônica I, Subdominante IV, Dominante V e Tônica I
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Anotações:
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TRANSPOSIÇÃO
Mudança de uma tonalidade de uma peça musical para uma
tonalidade diferente da original. Uma composição em do maior, por
exemplo, pode ser transposta para um semitom abaixo ficando assim
na tonalidade de si maior.
Instrumentos Transpositores
São instrumentos musicais que tem suas notas anotadas na partitura
em altura diferente daquela que realmente soa quando são tocadas.
Os instrumentos que soam como está na partitura escrito são chamados
não-transpositores.
É sempre indicada, no início da partitura, a afinação do instrumento
transpositor, ou seja, a nota que realmente soa.
Um exemplo disso é o caso do Clarinete em Sib, a nota que o músico
toca ao ler um do escrito, soa como um sib.
Há diversas razões para que um instrumento seja transpositor. Alguns
instrumentos como o clarinete e o saxofone possuem diversos tamanhos.
Estes instrumentos são transpositores para que um músico possa tocar
qualquer instrumento da mesma família, sem ter que aprender diversos
dedilhados. Por exemplo, a nota escrita como do no saxofone alto e no
saxofone tenor possui o mesmo dedilhado, mas o som produzido pelo
alto é mais agudo que o do tenor. O mesmo ocorre com diversos
metais, que possuem válvulas ou pistos em configuração semelhante.
Em outros casos, a transposição limita-se a aumentar ou diminuir uma
oitava na escrita, para evitar a mudança de clave ou o uso excessivo
de linhas suplementares ao longo da música.
Os instrumentos transpositores geralmente são anotados na partitura
com seus nomes e suas afinações. Veja alguns exemplos:
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Anotações:
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AS FORMAS DE REGÊNCIA
Há muitas formas de regência, mas vejamos aqui os quatro tipos mais
usados:
1. Regência no Tempo Justo (na mão). Esta, no ponto de vista de
muitos regentes é a pior de todas e infelizmente a mais usada. Consiste
em, a marcação do tempo, ser feita no exato momento em que a mão
do regente está embaixo. Como se ele estivesse “batendo os
compassos”. Os regentes que se utilizam desse tipo de regência,
erroneamente usam as duas mão fazendo exatamente a mesma coisa -
um “espelho uma da outra - sendo que, como já foi mencionado antes,
as mãos devem ser independentes. Esse tipo de regência contribui em
quase nada para o desempenho sonoro do grupo visto que nada tem
de expressivo.
* O momento em que a mão do regente levanta para depois “cair” no primeiro tempo
do compasso. A preparação do tempo.
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A INTENSIDADE
Para designar as várias nuances de intensidades de uma peça musical,
o regente varia os tipos de movimentos de seus braços e mãos
alternando entre altura das mãos, proximidade ao corpo, muitos
movimentos, poucos movimentos, energia nos movimentos, posição da
palma da mão esquerda, etc.
Quanto menores
(menos enérgicos) e
mais perto do corpo
forem os movimentos,
menos intensidade
sonora representarão.
Movimentos médios e
“dosados”
representarão
intensidade sonora
média e “dosada”.
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MUDANÇAS DE INTENSIDADE
A mão esquerda é a responsável pelas mudanças de intensidade.
O crescendo e o decrescendo são representados pelo levantar e
abaixar da mão a partir do campo da cintura do regente e indo até a
altura de sua cabeça, dependendo da gradatividade do que estiver
escrito na partitura.
A ARTICUAÇÃO
As diferentes articulações: staccato, legato, marcato, etc, são uma
forma de se obter diferentes texturas sonoras. Os gestos do regente
devem ser capazes de indicar claramente essas diferentes articulações,
recriando um tecido sonoro vivo para a expressão musical.
Staccato – Será representado por movimentos verticais enérgicos.
Legato – Será representado por movimentos horizontais suaves.
ENTRADAS E CORTES
Embora todo músico, seja ele qual for, deve saber contar e reproduzir
corretamente o ritmo da partitura o regente sempre estará indicando
com geralmente a mão esquerda sua respectiva entrada.
Da mesma forma, o final de uma frase pode ficar inseguro se não for
indicado claramente pelo regente. Gestos para entradas e cortes
fazem parte dos movimentos básicos do regente.
FERMATAS
Nem todas as fermatas são seguidas de corte. Por isso é necessário o
músico dobrar a atenção para as fermatas que o regente fizer para que
o grupo todo faça os cortes quando necessário, no momento certo e
da mesma forma as entradas após tais fermatas. Lembrando que tudo
o regente estará indicando.
O FRASEADO E A EXPRESSÃO
Para o regente, o grupo musical é um único instrumento por isso é ele
quem irá dar a interpretação de uma peça musical. Se não houver o
controle centralizado na mão do regente, teremos somente um grupo
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BIBLIOGRAFIA
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à Grupos Instrumentais & Vocais
Ezidemar Siemiatkouski
www.ezdmusical.com
www.ezdmusical.premium.ws