Apostila Administração Volume I - Ano 2021

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SUMÁRIO

GESTÃO EMPRESARIAL I ................................................................................... 3 A 19


GESTÃO AMBIENTAL ........................................................................................ 20 A 35
EMPREENDEDORISMO .................................................................................... 36 A 91
PROCESSOS OPERACIONAIS CONTABEIS .................................................. 92 A 130
SISTEMAS ECONÔMICOS ............................................................................ 131 A 160
MÉTODOS QUANTITATIVOS ........................................................................ 161 A 192
INFORMÁTICA APLICADA ............................................................................. 193 A 224
PORTUGUES INSTRUMENTAL ..................................................................... 225 A 245

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GESTÃO EMPRESARIAL I

SUMÁRIO
COMPONENTE CURRICULAR: ....................................................................................... 4
SEMANA 1 E 2 ............................................................................................................... 6
SEMANA 3 E 4: .............................................................................................................. 8
SEMANA 5 E 6 ............................................................................................................. 10
SEMANA 7 E 8 ............................................................................................................. 12
SEMANA 9 E 10 ........................................................................................................... 14
DICAS .......................................................................................................................... 17
PRÁTICAS ................................................................................................................... 18
ATIVIDADES COMPLEMENTARES ............................................................................ 19

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO EMPRESARIAL 1
PROFESSOR: ANO ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME 1 BIMESTRE: 1
MÊS: MARÇO/MAIO TOTAL DE SEMANAS: 10
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 15
BOAS VINDAS

Olá Estudante, seja bem-vindo (a)!


Descansou bastante? Está preparado para novos desafios e muito aprendizado? O ano de 2021
promete... Hoje você inicia mais um ano escolar. E será bem diferente, novos professores,
colegas, novos componentes curriculares, e para muitos uma nova escola.
Enquanto as aulas presenciais não retornam, você irá estudar utilizando diferentes ferramentas
e recursos. O PET – Plano de Estudo Tutorado é uma delas. Ele é um conjunto de atividades
organizadas em componentes curriculares, a novidade é que nesse ano eles serão enviados a
cada bimestre. Nele você vai encontrar atividades dos componentes curriculares.
Ah! Você contará também com a ajuda de seus professores por meio de alguns canais de
comunicação como o APP Conexão 2.0.
Espero que você esteja disposto a aprender muito.

ORIENTAÇÕES AOS RESPONSÁVEIS

Diante da situação atual mundial causada pela COVID-19, as aulas presenciais estão
suspensas. Entretanto, como incentivo à continuidade das práticas de estudo, preparamos para
nossos estudantes um plano de estudo dividido por bimestre (atividades por semanas e aulas
que deverá ser realizado em casa). Os conceitos principais de cada aula serão apresentados e
em seguida o estudante será desafiado a resolver algumas atividades.
Para respondê-las, ele poderá fazer pesquisas em fontes variadas disponíveis em sua
residência e/ou internet.
É de suma importância que você auxilie seu(s) filho(s) na organização do tempo e no
cumprimento das atividades.
Contamos com a sua valiosa colaboração!

DICA PARA O ALUNO

Para ajudá-lo(a) nesse período conturbado, em que as aulas foram suspensas a fim de evitar a
propagação da COVID-19, preparamos algumas atividades para que você possa dar
continuidade ao seu aprendizado.
Seguem algumas dicas para te ajudar:

a) Siga uma rotina; d) Defina um local de estudos;


b) Tenha equilíbrio; e) Conecte com seus colegas;
c) Peça ajuda a sua família, ao professor; f) Use a tecnologia a seu favor.
Contamos com seu esforço e dedicação para continuar aprendendo cada dia mais!

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EIXO TEMÁTICO: Gestão e Negócios
TEMA/TÓPICO(S): Conceito, objetivo e finalidade
HABILIDADE(S): Explicar conceitos técnicos com estratégicas interpretativas e
argumentativas; inferir o significado de palavras e expressões usados na prática profissional;
justificar e contextualizar parte dos textos e outros materiais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Associação de outros termos técnicos mantendo a
interdisciplinaridade com as outras disciplinas do curso técnico em Administração; práticas
profissionais.
INTERDISCIPLINARIDADE: Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração

REFERÊNCIAS:
AMARU MAXIMIANO, Antonio Cesar. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2002.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron,1997
COSTA, Eliezer. Gestão Estratégica. São Paulo: Saraiva, 2002.
DA SILVA, Reinaldo O. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira. 2001.
KARLOF, B. Conceitos básicos de administração. São Paulo: Nobel, 1994.
KWASNICKA, E. L. Teoria geral da administração: uma síntese. São Paulo: Atlas, 1987.
LODI, J. B. História da administração. São Paulo: Pioneira, 1974.
MAXIMIANO, A.C.A., Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2002.
MEIRELLES, MANUEL & PAIXÃO, MARISA REGINA. Teorias da Administração – Clássicas e
Modernas. São Paulo: Futura, 2003
PARK, K. H. Introdução ao estudo da administração. São Paulo: Pioneira, 2002.

INTRODUÇÃO

Gestão empresarial é o conjunto de ações e estratégias aplicadas em um negócio, utilizando


de seus recursos financeiros, estruturais e humanos.

O sistema de uma organização é elaborado a partir de diferentes partes que a compõem,


sempre com foco em crescimento e alcance de resultados maiores e melhores.

Em um mercado cada vez mais competitivo, dinâmico e em constante mudança, é


indispensável que a gestão empresarial seja assertiva para que as diretrizes e decisões gerem
o impacto positivo, necessário para a sustentação do negócio.

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SEMANAS 1 E 2
ATIVIDADES
O que é gestão?

Muitas vezes, no mundo corporativo, assumimos que todos sabem exatamente o que é
gestão. Mas será que é assim mesmo? Nós gostamos de definir gestão como a atividade
administrativa que via atingir os objetivos da companhia de maneira eficaz, valorizando o
conhecimento e as habilidades das pessoas. Sendo assim, o gestor deve ter a capacidade de
manter a sinergia entre o grupo, a estrutura e os recursos já existentes.

Porém, pensando em esclarecer definitivamente o que é gestão, elencamos alguns fatos


históricos a respeito, mas com a propriedade de quem vive imerso no ambiente gerencial, de
gestor para gestor.

Gestão e administração são a mesma coisa?

Na análise gramatical, sim. E muitas vezes os dois termos são entendidos como sinônimos
até por profissionais. Mas, na prática, há algumas sutis diferenças que precisam ser
analisadas.

Vamos à etimologia: administrar significa planejar algo, controlar e dirigir os recursos


humanos, materiais e financeiros. Em sua concepção, o termo é mais voltado para o aspecto
técnico, com foco no processo administrativo.

Segundo o francês Henri Fayol, fundador da Teoria Clássica da Administração, o


administrador é responsável por conduzir a empresa, levando em consideração alcançar os
objetivos da organização. Sendo assim, a administração é racional e visa a atingir as metas
e os propósitos da empresa.

E o que é gestão?

Atividade que tem como princípio fundamental incentivar a participação, estimular a


autonomia e a responsabilidade dos funcionários. O foco é a questão gerencial, cujo processo
é voltado para o político-administrativo. Ou seja, carrega componentes mais humanos, mais
intuitivos do que a administração.

Gestão na História: uma breve linha do tempo

A humanidade é “gestora” faz muito tempo. Ainda que o termo sequer existisse, poderíamos
associá-lo à concepção tradicional de liderança. Foram técnicas rudimentares de gestão que
permitiram que líderes construíssem cidades e impérios, que erguessem obras monumentais,
como catedrais e castelos. O medo costumava ser a principal ferramenta utilizada pelos
gestores – tais como os senhores dos escravos, que o usavam para forçar o trabalho dos
seus subordinados.

Até que, em meados do século XVIII, o inglês Adam Smith e outros economistas começaram
a estudar o aumento da produtividade por meio da divisão do trabalho. A partir daí ela assume
caráter mais científico, focada no crescimento de organizações.

Conceitos como planejamento, controle da qualidade, custos de produção e estandardização


já eram conhecidos pelos gestores antes mesmo do início do século XX.
Ou seja, os primeiros passos para a gestão profissional datam de muito tempo.

6
A gestão no início do Século XX

Na primeira metade do século XX, houve uma divisão entre os especialistas: o engenheiro
norte-americano Frederick Taylor defendia a gestão científica, enquanto o economista alemão
Max Weber dava ênfase aos aspectos administrativos.

Na tese de Taylor, eram prioridades a medição e a especificação de atividades e resultados.


Naquele momento, foram criados procedimentos para que as tarefas fossem realizadas em
menos tempo e ao menor custo.

Já a gestão administrativa voltava-se para a organização em vez do desempenho no trabalho.


Defendia-se uma organização hierárquica, com níveis superiores, médios e inferiores, e uma
cadeia clara de controle e comando.

Os gestores de topo se encarregavam da estratégia e do planejamento, ao passo que os


gestores de nível médio gerenciavam os supervisores (que eram os gestores de nível mais
baixo). Estes, por sua vez, chefiavam os trabalhadores operacionais (que realmente
executavam o trabalho propriamente dito).

No modelo de Weber, cada pessoa na organização seguia as ordens do seu superior direto.
Durante esse período, alguns teóricos como Mary Parker Follet começavam a reconhecer a
importância dos aspectos humanos na gestão, que começava a se humanizar.

A gestão nos tempos atuais

Lá pelo meio do século XX, começou-se a perceber que nem todo o conhecimento da gestão
vinha das cabeças que estavam no topo.

A partir daí uma nova ideia começou a ganhar terreno: todas as pessoas da organização
poderiam contribuir muito mais para o seu sucesso se usassem a sua inteligência.

Assim, ela foi se descentralizando. Além do fator inteligência, o crescente poder de sindicatos
e as políticas promulgadas pelos governos democráticos, obrigaram os gestores de empresas
a se preocupar mais com o lado humano da organização.

Os princípios da ciência comportamental passaram a ser aplicados na gestão. Formas de


conectar colaboradores aos objetivos de uma empresa começaram a ser exploradas. A
gestão de pessoas ganhou um peso fundamental no sucesso de qualquer negócio.
Expressões como cultura organizacional, gerenciamento de conflitos e muitas outras se
tornaram centrais para a administração. Afinal, hoje, pessoas são o principal ativo de uma
organização.

ATIVIDADE:

1) Gestão e Administração são a mesma coisa? Comente.


2) O que é gestão no seu entender?
3) Quais são os conceitos conhecidos pelos gestores antes mesmo do início do século XX?
4) Comente sobre a divisão no pensamento entre Taylor e Weber relacionados na gestão no
início do século XX.
5) O que mudou sobre o conhecimento da gestão nos tempos atuais?

7
SEMANAS 3 E 4
ATIVIDADES
Evolução histórica:

Principais Teorias e Escolas da Administração

Os princípios da Administração Científica de Frederick Taylor

Nos EUA no final do século XIX, em forte crescimento industrial, as empresas enfrentavam
dificuldades de baixa produção industrial devido à baixa qualificação e ineficiência dos
trabalhadores.

Devido a este problema, Frederick Winslow Taylor (1856-1915) estuda o sistema de


produção fabril dando origem à “Teoria de administração científica”, com o objetivo do
aumento da produtividade eliminando os desperdícios e perdas sofridas pelas empresas e
elevar o nível de produtividade dos trabalhadores.

Deste modo examina o método que designa por estudo de tempos e movimentos (time-and-
motion studies). O objetivo de maximizar o output produzido por trabalhar seria atingido
através da eliminação do esforço físico desperdiçado e pela especificação de uma sequência
exata de atividades. Reduziu, assim, a quantidade de tempo, dinheiro e esforços para cada
produção.

8
A simplificação das tarefas de cada operário, conseguida pelo princípio da especialização do
trabalho, permitia:

a) A contratação de trabalhadores com qualificações mínimas;


b) A redução da possibilidade de erros na execução;
c) A redução dos custos de formação (treino);
d) O aumento da eficiência do trabalhador e maior produtividade.

Os mais importantes princípios da administração científica, que seriam passíveis de


prescrição a todas as situações da empresa, e todas as empresas, são:

• Princípio do planejamento – substituir, no trabalho, o critério individual do operário, a


improvisação e a atuação empírico-prática, pelos métodos científicos, através do
planeamento e do método;

• Princípio da formação ou preparação – selecionar cientificamente os trabalhadores de


acordo com as suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de
acordo com o método planeado. Além da preparação da mão-de-obra, preparar também
as máquinas e equipamentos de produção, bem como atender à colocação física e à
disposição racional do equipamento e materiais;

• Princípio do controle – consiste em controlar o trabalho para se certificar de que está a


ser executado conforme as normas e plano revisto;

• Princípio da execução – distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades


para a adequada execução do trabalho.

ATIVIDADE:

1) Assista ao vídeo (link abaixo) e faça um resumo sobre o que você entendeu dos princípios
da administração científica com base no exemplo do lavajato de João e Pedrinho
demonstrado no vídeo. https://youtu.be/L9SuKjRCP8A

2) A simplificação das tarefas de cada operário, conseguida pelo princípio da especialização


do trabalho, permitir: (marque a alternativa errada)
a) A contratação de trabalhadores com qualificações máximas;
b) A redução da possibilidade de erros na execução;
c) A redução dos custos de formação (treino);
d) O aumento da eficiência do trabalhador e maior produtividade.

3) Quais são os mais importantes princípios da administração científica, que seriam passíveis
de prescrição a todas as situações da empresa, e todas as empresas.

9
SEMANAS 5 E 6
ATIVIDADES
A Teoria de Henry Fayol

Henry Fayol nasceu na França em 1841 foi o autor do livro Administração Industrial e
Geral, que foi editado em 1916.
Fayol buscou uma visão mais geral da empresa e criou uma teoria mais global da ação
administrativa, ao contrário de Taylor que se dedicou mais as questões relativas à linha de
produção.
Na verdade, as teorias de Taylor e Fayol se complementam, não obstante suas
abordagem diferentes.
O fundamento da teoria de Fayol tem base em seis funções básicas existentes na
empresa, definidas por ele da seguinte maneira:

1. Função técnica: corresponde à atividade produtiva da empresa.


2. Função comercial: abrange as tarefas de compra de mercadorias, matéria-prima,
materiais de consumo, etc necessárias ao desenvolvimento das atividades da empresa,
assim como a venda dos bens ou serviços por ela produzidos.
3. Função financeira: referente à atividade de obtenção e gerência dos recursos
financeiros, em termos de dinheiro ou crédito.
4. Função contábil: classificação e registro dos fatos econômico - financeiros ocorridos na
empresa, com o objetivo de apurar seus bens, direitos e obrigações, lucros ou prejuízos.
5. Função de segurança: visa a salubridade dos trabalhadores, condições de iluminação,
temperatura e prevenção de acidentes e à proteção de materiais, segurança de
equipamentos, instalações e construções, normas, etc.
6. Função administrativa: refere-se ao trabalho de gerência, direção e controle das
atividades para que a empresa possa atingir de forma racional seus objetivos, que na
visão de Fayol, é a mais importante, pois esta função direciona e comanda todas as
outras.

10
Fayol também elaborou quatorze princípios administrativos que ao serem aplicados
devem levar em conta a realidade de cada empresa:

1. Divisão de trabalho: tanto em termos de tempo como de espaço, estudando as fases e


etapas de um mesmo trabalho;
2. Autoridade e responsabilidade: posição na empresa e qualificação;
3. Disciplina: mediante regras de subordinação aos superiores;
4. Unidadedecomando:umcertonúmerodesubordinadosrecebeeacataordensdeumúnico
superior;
5. Unidade de direção: um certo número de atividades obedece à supervisão de um único
superior;
6. Subordinação do interesse individual ao coletivo: o interesse de um indivíduo não
deve prevalecer contra o interesse coletivo;
7. Remuneração: salários justos do ponto de vista da empresa e do trabalhador;
8. Centralização: concentração de direção nas mãos de um único controle ou direção;
9. Cadeias hierárquicas: define uma rigorosa estrutura de autoridade e responsabilidade;
10. Ordem: a perfeita ordenação humana e material;
11. Eqüidade: conciliação de interesses empresariais e trabalhistas;
12. Estabilidade: contra a rotatividade da mão-de-obra, julgando mais eficiente sua
permanência;
13. Iniciativa: abrangendo o dinamismo desde o principal executivo até os mais baixos
níveis de autoridade;
14. Cooperação: estimulando o espírito de equipe e a conjugação dos esforços para a meta
final.

ATIVIDADE:

1) Assista ao vídeo (link abaixo) e faça um resumo sobre seu entendimento dos princípios
da administração científica com base na teoria de Fayol. https://youtu.be/JTII1lI6puY
2) O fundamento da teoria de Fayol tem base em seis funções básicas existentes na
empresa, cite as funções:
3) Fayol também elaborou quatorze princípios administrativos que ao serem aplicados
devem levar em conta a realidade de cada empresa. Selecione dois desses princípios
e descreva sua importância e porque escolheu.

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SEMANAS 7 E 8
ATIVIDADES

Henry Ford

Visão Administrativa de Henry Ford

Outros homens de negócios e administradores publicaram estudos e reflexões sobre suas


experiências administrativas. Entre eles cabe destacar, ainda, o industrial do automobilismo
Henry Ford (1863-1947), mecânico americano que, após trabalhar para várias oficinas,
conseguiu construir um automóvel, montando-o peça por peça.

Dando seqüência a seus empreendimentos, criou, juntamente com alguns homens de


negócios, a Ford Motor Company, empresa automobilística que veio a se tornar uma das
maiores produtoras de veículos em todos os tempos.

Em 1908, ano de lançamento do modelo T da Ford, a montagem de um automóvel demorava


doze horas e vinte minutos. Na década de 20, uma hora e vinte minutos bastavam. O modelo
vendeu 15 milhões de unidades.

Para conseguir isso, Henry Ford agiu, planejou, trabalhou e acabou por fazer uma
decomposição da montagem do Ford T, chegando a 7.882 operações. Nesta análise,
concluiu que parte das tarefas exigiam pessoas robustas e o restante homens com força
física normal. Quanto às demais tarefas, as mesmas poderiam ser realizadas por “mulheres
ou crianças grandes”; mais de 2.000 operações poderiam ser por deficientes sem uma perna,
por pessoas sem um braço, por deficientes sem ambas as pernas, por cegos e por pessoas
amputadas dos dois braços.

Decompor o trabalho em gestos elementares, racionalizar a produção, aumentando o


rendimento, segundo Ford, era plenamente possível, tornando seu empreendimento
produtivo, dentro de princípios éticos e politicamente corretos.

Em seus livros Minha Filosofia de Indústria e Minha Vida e Minha Obra, Ford reuniu grande
parte de suas idéias sobre Administração. Ao contrário de Fayol, que centra sua análise no
aspecto administrativo da empresa, Ford se ocupa do sistema de produção empresarial
como um todo, visando sua maior eficiência.

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Ford introduziu conceitos modernos de produção em série e de linhas de montagem,
concebendo um ritmo de trabalho em cadeia, para poupar tempo e custos. Estabeleceu
também três princípios pelos quais deve se orientar a produção:

1. Princípio de Intensificação: consiste na diminuição do tempo de produção, com o


emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e rápida colocação do produto
no mercado, permitindo o rápido retorno do capital investido. Busca-se eliminar a
capacidade ociosa tanto de trabalhadores, quanto de equipamentos.

2. Princípio de Economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da


matéria-prima em transformação. Ford, por meio deste princípio, conseguia fazer com
que o trator ou automóvel fossem pagos à sua empresa antes de vencido o prazo de
pagamento da matéria-prima adquirida, bem como do pagamento de salários. Famosa é
a frase : “O minério sai da mina no sábado e é entregue sob a forma de um carro, ao
consumidor, na terça-feira, à tarde”, que aparece em um de seus livros, sintetizando sua
obsessão pela velocidade de produção.

3. Princípio de Produtividade: consiste no aumento da capacidade produtiva do trabalho.


A especialização do homem e a linha de montagem permitia a obtenção deste objetivo,
resultando em maior produção, beneficiando o empresário e possibilitando maiores
ganhos ao operário. Não é mais o operário que vai até as peças de montagem do
automóvel, elas é que vão, através de esteiras, de forma ordenada, até cada setor de
produção. Cadenciar movimento e padronizar o todo é a solução.

Henry Ford, industrial inovador, extremamente ousado para a época, defendia a idéia de que
uma empresa deveria, na medida do possível, contemplar todos os estágios do processo
produtivo, chegando, inclusive, a dominar as fontes de matéria-prima, que no seu caso
específico eram a borracha, o ferro e o carvão. Assim, Ford foi proprietário de várias
empresas que eram fornecedoras de seu complexo automobilístico.

O que se pode verificar, mesmo com algumas diferenças de enfoque, é que esses três
autores - Taylor, Fayol e Ford - procuravam elaborar e aperfeiçoar a produção em massa,
com ênfase na eficiência produtiva e conseqüente diminuição do custo unitário dos produtos.

ATIVIDADE:

1) Ford introduziu conceitos modernos de produção em série e de linhas de montagem,


concebendo um ritmo de trabalho em cadeia, para poupar tempo e custos. Estabeleceu
três princípios pelos quais deve se orientar a produção, quais são?
2) Qual foi a principal idéia que Henry Ford defendeu para o sucesso empresarial da
época?
3) Qual a semelhança dos três autores para buscar o aperfeiçoamento da produção da
empresa?

13
SEMANAS 9 E 10
ATIVIDADES

Elton Mayo

Teoria das Relações Humanas

Em meados do século XX, a Teoria das Relações Humanas preocupou-se intensamente com
o esmagamento do homem pelo desenfreado desenvolvimento da civilização industrializada.

Elton Mayo, o fundador do movimento, escreveu três livros se dedicando aos problemas
humanos, sociais e políticos decorrentes de uma civilização baseada quase que
exclusivamente na industrialização e na tecnologia.

Mayo salienta que, enquanto a eficiência material aumentou poderosamente nos últimos
duzentos anos, a capacidade humana para o trabalho coletivo não manteve o mesmo
ritmo de desenvolvimento.

O que deve haver é uma nova concepção das relações humanas no trabalho. Como
resultado de suas experiências dentro das próprias empresas, verificou que a colaboração
na sociedade industrializada não pode ser entregue ao acaso, enquanto se cuida apenas
dos aspectos materiais e tecnológicos do progresso humano.
Os métodos de trabalho tendem todos para a eficiência, nenhum para a cooperação.
A cooperação humana não é o resultado das determinações legais ou da lógica
organizacional, as tem causas mais profundas que as experiências feitas por Elton Mayo
revelaram.
Com base nestas experiências Mayo passa a defender os seguintes pontos de vista:
1. O trabalho é uma atividade tipicamente grupal: suas pesquisas indicaram que o nível
de produção é mais influenciado pelas normas do grupo do que pelos incentivos salariais
e materiais de produção. Para Maio, a atitude do empregado em face de seu trabalho e a
natureza do grupo do qual ele participa são fatores decisivos naprodutividade.
2. O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo
social: E as mudanças no seu meio o afetam.
3. A tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz de compreender e de
comunicar, dotada de chefes democráticos, persuasivos e simpáticos a todo
pessoal: Ao invés de se tentar fazer os empregados compreenderem a lógica da
administração da empresa, a nova elite de administradores deve compreender as
limitações dessa lógica e ser capaz de entender a lógica dos trabalhadores.
4. A pessoa humana é motivada essencialmente pela necessidade de “estar junto”, de
“ser reconhecida”, de receber adequada comunicação: Mayo se opunha à afirmação
de Taylor de que a motivação básica do empregado era meramente salarial
(homoeconomicus)

ATIVIDADE:
1) Assista ao vídeo (link abaixo) e faça um resumo sobre seu entendimento da teoria das
relações humanas por Elton Mayo. https://youtu.be/t8nKSu9RhGs

14
Weber
Modelo Burocrático da Organização

Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão, procurou definir um modelo puro de organização
– um tipo ideal de organização onde imperasse a racionalização e a predeterminação a todos
os níveis. A organização weberiana, que ele próprio apelida de “burocracia”, é o paradigma
dessa administração racionalizada.

O sistema burocrático proposto por Weber parte da definição da atividade e dos objetivos a
atingir pela empresa. Só depois são desenhadas as regras e as tarefas a desempenhar pelos
indivíduos.

Segundo este sistema, os indivíduos têm apenas de desempenhar autonomamente as


funções que foram definidas, e sem falhas, dado que em toda e qualquer situação há um
conjunto de regras, normas e procedimentos previamente determinados. Todas as situações
estão previstas e para todas as perguntas há uma resposta.

No fundo, a burocracia deverá fornecer um quadro racional de como as organizações devem


operar, eliminando da empresa, o senso comum que era visto como fonte de ineficiências.

A burocracia procura, portanto uniformizar procedimentos e operações para tornar a


empresa mais eficiente. Assim, há sete características fundamentais que um sistema
burocrático deve ter:

• Um sistema formal de regra;


• Impessoalidade;
• Divisão do trabalho;
• Estrutura hierárquica bem definida;
• Estrutura de autoridade bem detalhada;
• Racionalidade absoluta;
• O conceito de carreira.

15
O contributo de Weber para a gestão moderna é evidente, sobretudo em grandes empresas
ou organizações públicas. De fato, o sistema burocrático permite uma maior eficiência em
empresas onde:

a) Grandes volumes de informação padronizada tenham de ser processados;

b) As necessidades dos clientes sejam conhecidas e tenham baixa variabilidade;

c) A tecnologia seja estável e rotineira, de modo a que os trabalhadores possam ser


facilmente ensinados a desempenhar as suas tarefas;

d) A empresa tenha de coordenar o trabalho de múltiplos operacionais, de modo a fornecer


um serviço final padronizado.

ATIVIDADE:

1) Assista ao vídeo (link abaixo) e faça um resumo sobre seu entendimento da teoria da
burocracia com base na teoria de Weber. https://youtu.be/Ei2UXuS_-8Q
2) A burocracia procura, portanto uniformizar procedimentos e operações para tornar a
empresa mais eficiente. Assim, cite as sete características fundamentais que um
sistema burocrático deve ter.
3) O contributo de Weber para a gestão moderna é evidente, sobretudo em grandes
empresas ou organizações públicas. De fato, o sistema burocrático permite uma maior
eficiência em empresas onde: (cite)

16
PARA ENRIQUECER SEUS CONHECIMENTOS.
DICAS DE LEITURA, FILME, DOCUMENTÁRIO, OUTROS.

Sugestões de links sobre temas diversos relacionados a Gestão Empresarial


www.capitalsocial.cnt.br
https://endeavor.org.br/
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/

Estudo de caso da rede Lojas Americanas


https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/a-importncia-da-gesto-de-pessoas-estudo-de-caso-
americanas-com/

Video – Gestão Empresarial


https://www.youtube.com/watch?v=VsSMW_H-_40

Leitura recomendada:

17
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO EMPRESARIAL 1
PROFESSOR: ANO ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME 1 BIMESTRE: 1
MÊS: MARÇO/MAIO TOTAL DE SEMANAS: 10
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 15

Período Data:
GÊNERO Gestão e Negócios
(ASSUNTO)

Elaborar grupos de trabalho para apresentar a diferenciação dos termos


Objetivo técnicos Gestão X Administração

Uso de conteúdos voltados para o conceito Administração na elaboração


Habilidades do material necessário através de pesquisa, leituras e aprofundamento da
TGA
Conteúdos Todos disponíveis na busca pelo melhor conteúdo sobre a aplicação das
relacionados Teorias da Administração
Interdisciplina-
ridade Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em Administração

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração.


São Paulo: Makron,1997
Referências DA SILVA, Reinaldo O. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira.
2001.
KARLOF, B. Conceitos básicos de administração. São Paulo: Nobel, 1994.

PRÁTICA

Serão divididos grupos de trabalhos nas turmas Manhã e Noite com a finalidade de elaborar
um contexto aplicado por partes desses grupo sobre a importância da diferenciação dos
termos técnicos Gestão X Administração com base em material disponível virtual e conteúdos
bibliográficos apresentados.

Esses grupos irão apresentar cada tópico sobre a diferenciação da Gestão X Administração e
por fim esclarecer suas importâncias e estabelecer qual seria a prática mercadológicas,
operacionais e empresariais mais viável nesses tempos atuais.

A apresentação será através do meet.

18
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO EMPRESARIAL 1
ANO DE ESCOLARIDADE: 1 MÓDULO
PET VOLUME 1 1º BIMESTRE
MÊS: TOTAL DE SEMANA: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA: 3 Nº DE AULAS POR BIMESTRE: 30
PET = 60% CARGA HORÁRIA ATIVIDADES COMPLEMENTARES = 40% CH
ATIVIDADES COMPLEMENTARES Nº DE ATIVIDADES: 06

N/º da Atividade Listagem das Atividades complementares

01/06 Trabalho: Diferenciação da Gestão X Administração

02/06 Debate: A importância da Gestão para a empresa

03/06 Simulação de Prática na empresa: A Centralização é viável?

04/06 Atividade Google Formulário: Gestão nos tempos atuais

05/06 Apresentação do filme: Tempos Modernos

06/06 Práticas em grupos: debates relacionados ao filme Tempos


Modernos

19
GESTÃO AMBIENTAL

SUMÁRIO
COMPONENTE CURRICULAR: ....................................................................................... 2
SEMANA 1 E 2 ............................................................................................................... 4
SEMANA 3 E 4 ............................................................................................................... 5
SEMANA 5 E 6 ............................................................................................................... 7
SEMANA 7 E 8 ............................................................................................................... 8
SEMANA 9 E 10 ........................................................................................................... 10
DICAS .......................................................................................................................... 14
PRÁTICAS ................................................................................................................... 15
ATIVIDADES COMPLEMENTARES ............................................................................ 16

1
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO AMBIENTAL
PROFESSOR: ANO ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME 1 BIMESTRE: 1
MÊS: MARÇO/MAIO TOTAL DE SEMANAS: 10
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8

BOAS VINDAS

Olá Estudante, seja bem-vindo (a)!


Descansou bastante? Está preparado para novos desafios e muito aprendizado? O ano de 2021
promete... Hoje você inicia mais um ano escolar. E será bem diferente, novos professores,
colegas, novos componentes curriculares, e para muitos uma nova escola.
Enquanto as aulas presenciais não retornam, você irá estudar utilizando diferentes ferramentas
e recursos. O PET – Plano de Estudo Tutorado é uma delas. Ele é um conjunto de atividades
organizadas em componentes curriculares, a novidade é que nesse ano eles serão enviados a
cada bimestre. Nele você vai encontrar atividades dos componentes curriculares.
Ah! Você contará também com a ajuda de seus professores por meio de alguns canais de
comunicação como o APP Conexão 2.0.
Espero que você esteja disposto a aprender muito.

ORIENTAÇÕES AOS RESPONSÁVEIS

Diante da situação atual mundial causada pela COVID-19, as aulas presenciais estão
suspensas. Entretanto, como incentivo à continuidade das práticas de estudo, preparamos para
nossos estudantes um plano de estudo dividido por bimestre (atividades por semanas e aulas
que deverá ser realizado em casa). Os conceitos principais de cada aula serão apresentados e
em seguida o estudante será desafiado a resolver algumas atividades.
Para respondê-las, ele poderá fazer pesquisas em fontes variadas disponíveis em sua
residência e/ou internet.
É de suma importância que você auxilie seu(s) filho(s) na organização do tempo e no
cumprimento das atividades.
Contamos com a sua valiosa colaboração!

DICA PARA O ALUNO

Para ajudá-lo(a) nesse período conturbado, em que as aulas foram suspensas a fim de evitar a
propagação da COVID-19, preparamos algumas atividades para que você possa dar
continuidade ao seu aprendizado.
Seguem algumas dicas para te ajudar:

a) Siga uma rotina; d) Defina um local de estudos;


b) Tenha equilíbrio; e) Conecte com seus colegas;
c) Peça ajuda a sua família, ao professor; f) Use a tecnologia a seu favor.
Contamos com seu esforço e dedicação para continuar aprendendo cada dia mais!

2
EIXO TEMÁTICO: Gestão e Negócios
TEMA/TÓPICO(S): Conceito, objetivo e finalidade.
HABILIDADE(S): Explicar conceitos técnicos com estratégicas interpretativas e
argumentativas; inferir o significado de palavras e expressões usados na prática profissional;
justificar e contextualizar parte dos textos e outros materiais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Associação de outros termos técnicos mantendo a
interdisciplinaridade com as outras disciplinas do Curso Técnico em Administração; práticas
profissionais.
INTERDISCIPLINARIDADE: Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração

REFERÊNCIAS:
ANDRADE, R.O.B., TACHIZAWA, T. e CARVALHO, A.B. Gestão Ambiental: enfoque
estratégico aplicado desenvolvimento sustentável. São Paulo: Makron Books, 2000.
BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos, instrumentos.
São Paulo: Saraiva, 2004.
DEMAJOROVIC, Jacques. Sociedade de risco e responsabilidade socioambiental. São Paulo:
Senac, 2000.
DONDIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa. 2 ª. ed. São Paulo: Atlas, 1999. FEIGENBAUM,
A. V. Controle da Qualidade Total. São Paulo, Makron Bookms, 1994. MOREIRA, Naria Suely.
Estratégia e Implantação do Sistema de Gestão Ambiental. 2 ª.ed. Riode Janeiro: EDG, 2001.
REIS, Luiz Filipe Sousa Dias. Gestão Ambiental em pequenas e médias empresas. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2002.
VITERBOJK, Enio. Sistema integral de gestão ambiental. São Paulo: Aquariana: 1998.

INTRODUÇÃO

Gestão ambiental é um sistema de administração empresarial que dá ênfase na


sustentabilidade. Desta forma, a gestão ambiental visa o uso de práticas e métodos
administrativos que reduzir ao máximo o impacto ambiental das atividades econômicas nos
recursos da natureza.

A adoção de gestão ambiental é importante para uma empresa por diversos motivos. Em
primeiro lugar porque ela associa sua imagem ao da preservação ambiental, melhorando no
mercado as imagens das marcas de seus produtos. Empresas que adotam este sistema
conseguem reduzir seus custos, evitando desperdícios e reutilizando materiais que antes
eram descartados. Empresas com gestão ambiental melhoram suas relações comerciais com
outras empresas que também seguem estes princípios.

3
SEMANAS 1 E 2
ATIVIDADES

INTRODUÇÃO

A incorporação da variável ambiental dentro da gestão empresarial se tem convertido em


uma necessidade inexplicável para aquelas empresas que não queriam atuar e cumprir com
as obrigações perante a sociedade.
Esta incorporação se desenvolve eficientemente mediante a inclusão junto ao sistema de
gestão geral da empresa, conhecida como Sistema de Gestão Ambiental, que deve
instrumentar – se mediante os meios e estruturas necessárias para que não fique só como
uma mera declaração de intenções. Neste contexto, este artigo trata:
• do desenvolvimento econômico em relação ao meio ambiente;
• a responsabilidade ambiental da empresa;
• desenvolvimento sustentável;
• gestão ambiental;
• impacto ambiental;
• benefícios da gestão ambiental;
• sistema de gestão ambiental e
• dos padrões internacionais de gestão ambiental como: ISO 14000, BS 7750 e EMAS.

Desenvolvimento econômico em relação ao meio ambiente

Os avanços ocorridos na área ambiental quanto aos instrumentos técnicos, políticos e legais,
principais atributos para a construção da estrutura de uma política de meio ambiente, são
inegáveis e inquestionáveis. Nos últimos anos, saltos quantitativos foram dados, em especial
no que se refere à consolidação de práticas e formulação de diretrizes que tratam a questão
ambiental de forma sistêmica e integrada.
Neste sentido, o desenvolvimento da tecnologia deverá ser orientado para metas de
equilíbrio com a natureza e de incremento da capacidade de inovação dos países em
desenvolvimento, e o programa será atendido como fruto de maior riqueza, maior benefício
social equitativo e equilíbrio ecológico. Meyer (2000) enfoca que, para esta ótica, o conceito
de desenvolvimento sustentável apresenta pontos básicos que devem considerar, de
maneira harmônica:
• o crescimento econômico, maior percepção com os resultados sociais de correntes e
• equilíbrio ecológico na utilização dos recursos naturais.

ATIVIDADE:

1) Qual é a importância da variável ambiental dentro da gestão empresarial?


2) Qual é a orientação do desenvolvimento da tecnologia na incorporação?
3) Quais são os pontos básicos do conceito de desenvolvimento sustentável?

4
SEMANAS 3 E 4
ATIVIDADES

Desenvolvimento econômico em relação ao meio ambiente


Assume-se que as reservas naturais são finitas, e que as soluções ocorrem através de
tecnologias mais adequadas ao meio ambiente.
Deve-se atender às necessidades básicas usando o princípio da reciclagem.

Parte-se do pressuposto de que haverá uma maior descentralização, que a pequena escala
será prioritária, que haverá uma maior participação dos segmentos sociais envolvidos, e que
haverá prevalescência de estruturas democráticas.

A forma de viabilizar com equilíbrio todas essas características é o grande desafio a enfrentar
nestes tempos.

Neste sentido, Donaire (1999) diz que o retorno do investimento, antes, entendido
simplesmente como lucro e enriquecimento de seus acionistas, ora em diante, passa,
fundamentalmente, pela contribuição e criação de um mundo sustentável.

Estes processos de produção de conhecimento têm oportunizado o desabrochar de práticas


positivas e pró-ativas, que sinalizam o desabrochar de métodos e de experiências que
comprovam, mesmo que em um nível ainda pouco disseminado, a possibilidade de fazer
acontecer e tornar real o novo, necessário e irreversível, caminho de mudanças.

Isto é corroborado por Souza (1993), ao dizer que as estratégias de marketing ecológico,
adotadas pela maioria das empresas, visam a melhoria de imagem tanto da empresa quanto
de seus produtos, através da criação de novos produtos verdes e de ações voltadas pela
proteção ambiental.

Desse modo, o gerenciamento ambiental passa a ser um fator estratégico que a alta
administração das organizações deve analisar.

5
Figura 1 - Motivação para proteção ambiental na empresa

Fonte: Callenbach et al (1993, p. 26)

Neste contexto, as organizações deverão incorporar a variável ambiental no aspecto de seus


cenários e na tomada de decisão, mantendo com isso uma postura responsável de respeito
à questão ambiental.

Empresas experientes identificam resultados econômicos e resultados estratégicos do


engajamento da organização na causa ambiental. Estes resultados não se viabilizam de
imediato, há necessidade de que sejam corretamente planejados e organizados todos os
passos para a interiorização da variável ambiental na organização para que ela possa atingir
o conceito de excelência ambiental, trazendo com isso vantagem competitiva.

ATIVIDADE:

1) Qual o seu entendimento relacionado a importância das necessidades básicas usando o


princípio da reciclagem?
2) Qual o significado de Marketing Ecológico?
3) “As organizações deverão incorporar a variável ambiental no aspecto de seus cenários e
na tomada de decisão, mantendo com isso uma postura responsável de respeito à
questão ambiental.”,
Podemos dizer que essa frase é:
( ) Verdadeira
( ) Falsa

6
SEMANAS 5 E 6
ATIVIDADES

Os dez passos necessários para a Excelência Ambiental são os seguintes:

1. Desenvolva e publique uma política ambiental.


2. Estabeleça metas e continue a avaliar os ganhos.
3. Defina claramente as responsabilidades ambientais de cada uma das áreas e do
pessoal administrativo (linha de assessoria).
4. Divulgue interna e externamente a política, os objetivos e metas e as
responsabilidades.
5. Obtenha recursos adequados.
6. Eduque e treine seu pessoal e informe os consumidores e a comunidade.
7. Acompanhe a situação ambiental da empresa e faça auditorias e relatórios.
8. Acompanhe a evolução da discussão sobre a questão ambiental.
9. Contribua para os programas ambientais da comunidade e invista em pesquisa e
desenvolvimento aplicados à área ambiental.
10. Ajude a conciliar os diferentes interesses existentes entre todos os envolvidos:
empresa, consumidores, comunidade, acionistas etc."

A primeira dúvida que surge quando considerarmos a questão ambiental do ponto de vista
empresarial é sobre o aspecto econômico. Qualquer providência que venha a ser tomada
em relação à variável ambiental, a ideia é de que aumenta as despesas e o consequente
acréscimo dos custos do processo produtivo.
Donaire (1999) refere que "algumas empresas, porém, têm demonstrado que é possível
ganhar dinheiro e proteger o meio ambiente mesmo não sendo uma organização que atua
no chamado 'mercado verde', desde que as empresas possuam certa dose de criatividade
e condições internas que possam transformar as restrições e ameaças ambientais em
oportunidades de negócios”.

ATIVIDADE:

1) Escolha um tópico sobre os 10 passos necessários para a Excelência Ambiental, faça uma
pesquisa sobre sua escolha e comente.
2) Qual é a primeira dúvida que surge quando considerarmos a questão ambiental do ponto
de vista empresarial? porquê?
3) Explique como "algumas empresas” têm demonstrado que é possível ganhar dinheiro e
proteger o meio ambiente?

7
SEMANAS 7 E 8
ATIVIDADES

A Responsabilidade Ambiental da Empresa

Ecologia e empresa eram considerados dois conceitos e realidades inconexas. A ecologia


é à parte da biologia que estuda a relação entre os organismos vivos e seu ambiente. Dessa
forma a ecologia é entendida como uma ciência específica dos naturalistas, distanciada da
visão da Ciência Econômica e Empresarial. Para a empresa o meio ambiente que estuda
ecologia constitui simplesmente o suporte físico que fornece a empresa os recursos
necessários para desenvolver sua atividade produtiva e o receptor de resíduos que
segeram.
Alguns setores já assumiram tais compromissos com o novo modelo de desenvolvimento,
ao incorporarem nos modelos de gestão a dimensão ambiental. A gestão de qualidade
empresarial passa pela obrigatoriedade de que sejam implantados sistemas
organizacionais e de produção que valorizem os bens naturais, as fontes de matérias-
primas, as potencialidades do quadro humano criativo, as comunidades locais e devem
iniciar o novo ciclo, onde a cultura do descartável e do desperdício sejam coisas do
passado. Atividades de reciclagem, incentivo à diminuição do consumo, controle de
resíduo, capacitação permanentes dos quadros profissionais, em diferentes níveis e
escalas de conhecimento, fomento ao trabalho em equipe e às ações criativas são desafios-
chave neste novo cenário.
A nova consciência ambiental, surgida no bojo das transformações culturais que ocorreram
nas décadas de 60 e 70, ganhou dimensão e situou o meio ambiente como um dos
princípios fundamentais do homem moderno. Nos anos 80s, os gastos com proteção
ambiental começaram a ser vistos pelas empresas líderes não primordialmente como
custos, mas como investimentos no futuro e, paradoxalmente, como vantagem competitiva.

Figura 2 - O Sistema Econômico e o Meio Ambiente

SISTEMA ECONÔMICO

Fonte: Tietenberg (1994)

8
A inclusão da proteção do ambiente entre os objetivos da organização moderna amplia
substancialmente todo o conceito de administração. Administradores, executivos e
empresários introduziram em suas empresas programas de reciclagem, medidas para
poupar energia e outras inovações ecológicas. Essas práticas difundiram-se rapidamente,
e em breve vários pioneiros dos negócios desenvolveram sistemas abrangentes de
administração de cunho ecológico.

Para se entender a relação entre a empresa e o meio ambiente tem que se aceitar, como
estabelece a teoria de sistemas, que a empresa é um sistema aberto. Sem dúvida
nenhuma, as interpretações tradicionais da teoria da empresa como sistema tem incorrido
em uma certa visão parcial dos efeitos da empresa geral e em seu entorno.

A empresa é um sistema aberto porque está formado por um conjunto de elementos


relacionados entre si, porque gera bens e serviços, empregos, dividendos, porém também
consome recursos naturais escassos e gera contaminação e resíduos. Por isto é necessário
que a economia da empresa defina uma visão mais ampla da empresa como um sistema
aberto.

Neste sentido Callenbach (1993), diz que é possível que os investidores e acionistas usem
cada vez mais a sustentabilidade ecológica, no lugar da estrita rentabilidade, como critério
para avaliar o posicionamento estratégico de longo prazo das empresas.

ATIVIDADE:

1) Explique o motivo da ecologia e empresa serem considerados dois conceitos e


realidades inconexas.
2) Qual é o papel da gestão de qualidade empresarial em setores que assumiram
compromissos com o novo modelo de desenvolvimento, ao incorporarem nos modelos
de gestão a dimensão ambiental?
3) Qual a importância da inclusão da proteção do ambiente entre os objetivos da
organização moderna?
4) Para se entender a relação entre a empresa e o meio ambiente tem que se aceitar,
como estabelece a teoria de sistemas. Explique:

9
SEMANAS 9 E 10
ATIVIDADES

Desenvolvimento Sustentável – a expressão entra em cena

Em 1983, a ONU cria a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como
um organismo independente. Em 1987, a comissão sobre a presidência de Gro Harlem
Brundtland, primeira-ministra da Noruega, materializa um dos mais importantes documentos
do nosso tempo – o relatório Nosso Futuro Comum, responsável pelas primeiras
conceituações oficiais, formais e sistematizadas sobre o desenvolvimento sustentável - idéia-
mestra do relatório.

O segundo capítulo – “Em busca do desenvolvimento sustentável” – o relatório define o


desenvolvimento sustentável com sendo “aquele que atende às necessidades do
presentesem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias
necessidades”.

Ele contém dois conceitos-chave: o de “necessidades, sobretudo as necessidades essenciais


dos pobres no mundo, que devem receber a máxima prioridade”; e “a noção das limitações
que o estágio da tecnologia e da organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o
de atender às necessidades presentes e futuras”.

Em 1992 no Rio de Janeiro, na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, reconheceu-se à importância de assumir a idéia de sustentabilidade em
qualquer programa ou atividade de desenvolvimento.

Nesse aspecto as empresas têm um papel extremamente relevante. Através de uma prática
empresarial sustentável, provocando mudança de valores e de orientação em seus sistemas
operacionais, estarão engajadas à idéia de desenvolvimento sustentável e preservação do
meio ambiente.

Neste novo paradigma, Almeida (2002) diz que a idéia é de integração e interação, propondo
uma nova maneira de olhar e transformar o mundo, baseada no diálogo entre saberes e
conhecimentos diversos. No mundo sustentável, uma atividade –a econômica, por exemplo
– não pode ser pensada ou praticada em separado, porque tudo está inter-relacionado, em
permanente diálogo.

10
Abaixo tem-se as diferenças entre o velho e o novo paradigmas:

Quadro 1 – Paradigma cartesiano versus paradigma da sustentabilidade

Cartesiano Sustentável
Reducionista, mecanicista, Orgânico, holístico, participativo
tecnocêntrico
Fatos e valores não relacionados Fatos e valores fortemente
relacionados
Preceitos éticos desconectados Ética integrada ao cotidiano
das práticas cotidianas
Separação entre o objetivo e o Interação entre o objetivo e o subjetivo
subjetivo
Seres humanos e ecossistemas Seres humanos inseparáveis
separados, em uma relação de dos ecossistemas, em uma relação
dominação desinergia
Conhecimento compartimentado e Conhecimento indivisível, empírico
empírico e intuitivo
Relação linear de causa e efeito Relação não’linear de causa e efeito
Natureza entendida como Natureza entendida como um
descontínua, o todo formado pela conjunto de sistemas inter-
soma das partes relacionados, o todo maiorque a
soma daspartes
Bem-estar avaliado por relação de Bem-estar avaliado pela qualidade
poder (dinheiro, influência, das inter- relações entre os sistemas
recursos) ambientais e sociais
Ênfase na quantidade (renda per Ênfase na qualidade (qualidade de
capita) vida)
Análise Síntese
Centralização de poder Descentralização de poder
Especialização Transdisciplinaridade
Ênfase na competição Ênfase na cooperação
Pouco ou nenhum limite Limite tecnológico definido pela
tecnológico sustentabilidade
Fonte: Almeida (2002).

Os empresários neste novo papel, tornam-se cada vez mais aptos a compreender e
participar das mudanças estruturais na relação de forças nas áreas ambiental, econômica e
social. Também, em sua grande parte, já decidiram que não querem ter mais passivo
ambiental.

Além disso, desenvolvimento sustentável introduz uma dimensão ética e política que
considere o desenvolvimento como um processo de mudança social, com conseqüente
democratização do acesso aos recursos naturais e distribuição eqüitativa dos custose
benefícios do desenvolvimento.

11
Camargo, apud Novaes (2002), diz que nos últimos dois séculos têm vivido sob a tríade da
liberdade, da igualdade e da fraternidade. À medida que caminhamos para o século XXI,
precisamos tomar como inspiração os quatros valores da liberdade, da igualdade, da
fraternidade e da sustentabilidade.

O desenvolvimento sustentável, além de equidade social e equilíbrio ecológico, segundo


Donaire (1999), apresenta, como terceira vertente principal, a questão do desenvolvimento
econômico. Induz um espírito de responsabilidade comum comoprocesso de mudança no
qual a exploração de recursos materiais, os investimentos financeiros e as rotas do
desenvolvimento tecnológico deverão adquirir sentidos harmoniosos. Neste sentido, o
desenvolvimento da tecnologia deverá ser orientado para metas de equilíbrio com a natureza
e de incremento da capacidade de inovação dos países em desenvolvimento, e o progresso
será entendido como fruto de maior riqueza, maior benefício social eqüitativo e equilíbrio
ecológico.

Sachs apud Campos (2001) apresenta cinco dimensões do que se pode chamar
desenvolvimento sustentável:

Figura 4 - As cinco dimensões da sustentabilidade.

Fonte: Sachs apud Campos (2001)

A sustentabilidade social – que se entende como a criação de um processo de


desenvolvimento sustentado por uma civilização com maior equidade na distribuição de
renda e de bens, de modo a reduzir o abismo entre os padrões de vida dos ricos e dospobres.
A sustentabilidade econômica – que deve ser alcançada através do gerenciamento e a
locação mais eficientes dos recursos e de um fluxo constante de investimentos públicos
eprivados.
A sustentabilidade ecológica – que pode ser alcançada através do aumento da capacidade
de utilização dos recursos, limitação do consumo de combustíveis fósseis e de outros
recursos e produtos que são facilmente esgotáveis, redução da geração de resíduos e de
poluição, através da conservação de energia, de recursos e dareciclagem.

12
A sustentabilidade espacial – que deve ser dirigida para a obtenção de uma configuração
rural – urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial dos assentamentos
humanos e das atividades econômicas.

A sustentabilidade cultural – incluindo a procura por raízes endógenas de processos de


modernização e de sistemas agrícolas integrados, que facilitem a geração de soluções
específicas para o local, o ecossistema, a cultura e a área.

A busca de sustentabilidade é um processo, sendo a própria construção do conceito uma


tarefa ainda em andamento e muito longe do fim. Alguns resultados práticos já podem ser
reconhecidos e celebrados como argumenta Almeida (2002), que entre julho de 1996 e julho
de 2001, o Índice Dow Jones de Sustentabilidade ultrapassou com folga o Índice Dow Jones
Geral: 18,4% para o primeiro, contra 14,8% para o segundo. O Índice Dow Jones de
Sustentabilidade reflete a lucratividade das ações das 312 empresas com melhor
desempenho sócio ambiental, dentre as cerca de três mil que compõem o Índice Dow Jones
Geral, principal índice bolsista do mundo.
As empresas que integram a lista do Dow Jones tem vários benefícios como:
• Reconhecimento público da preocupação com a área ambiental esocial.
• Reconhecimento dos stakeholders importantes tais como legisladores, clientes e
empregados (por exemplo conduzir a uma lealdade melhor do cliente e doempregado).
• Benefício financeiro crescente pelos investimentos baseados noíndice.
• Os resultados altamente visíveis, internos e externos à companhia, como todos os
componentes são anunciados publicamente pelo Boletim do Índice e a companhias são
intituladas a usar “membro da etiqueta oficial deDJSI”.

Verifica-se, portanto, que as empresas estão cuidando dos aspectos sociais e ambientais e
muitas delas têm ganho econômico e maior durabilidade a longo prazo, ou seja, o risco do
investidor é menor.

ATIVIDADE:

1) No segundo capítulo – “Em busca do desenvolvimento sustentável” – qual a definição


do relatório?
2) O desenvolvimento sustentável introduz uma dimensão ética e política que considere
o desenvolvimento como um processo de mudança social, com conseqüente
democratização do acesso aos recursos naturais e distribuição eqüitativa dos custose
benefícios do desenvolvimento.
Podemos dizer que essa frase é:
( ) Verdadeira
( ) Falsa
3) Quais são as cinco dimensões da sustentabilidade?
4) “As empresas que integram a lista do Dow Jones tem vários benefícios”, cite um
benefício que você considera mais importante e justifique.

PARA ENRIQUECER SEUS CONHECIMENTOS.


13
DICAS DE LEITURA, FILME, DOCUMENTÁRIO, OUTROS.

Sugestões de links sobre temas diversos relacionados a Gestão Ambiental

http://www.anpad.org.br

https://www.greenpeace.org

Estudo de caso da Tramontina


https://www.youtube.com/watch?v=K8Qea293e2I

Video – ISO 14001


https://www.youtube.com/watch?v=TBTyJNokg7k

Leitura recomendada:

14
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO AMBIENTAL
PROFESSOR: ANO ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME 1 BIMESTRE: 1
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 10
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8

Período Data:
GÊNERO Gestão e Negócios
(ASSUNTO)

Elaborar grupos de trabalho para apresentação sobre o tema da


Objetivo reciclagem e destino do lixo

Uso de conteúdos voltados para o conceito Gestão Ambiental na


Habilidades elaboração do material necessário através de pesquisa, leituras e
aprofundamento dos trabalhos sobre reciclagem e economia verde
Conteúdos Todos disponíveis na busca pelo melhor conteúdo sobre a aplicação das
relacionados Teorias de reciclagem e economia verde
Interdisciplina-
ridade Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em Administração

FEIGENBAUM, A. V. Controle da Qualidade Total. São Paulo, Makron


Bookms, 1994.
MOREIRA, Naria Suely. Estratégia e Implantação do Sistema de Gestão
Referências
Ambiental. 2 ª.ed. Rio de Janeiro: EDG, 2001.
REIS, Luiz Filipe Sousa Dias. Gestão Ambiental em pequenas e médias
empresas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

PRÁTICA

Serão divididos grupos de trabalhos nas turmas Manhã e Noite com a finalidade de elaborar
um contexto aplicado por partes desses grupo sobre a importância do tema reciclagem e
destino do lixo, com base em material disponível virtual e conteúdos bibliográficos
apresentados.

Esses grupos irão apresentar cada tópico sobre o tema reciclagem e destino do lixo e por fim
esclarecer suas importâncias e estabelecer qual seria a prática ambiental, economia verde e
coletas seletivas utilizados nos dias de hoje.

A apresentação será através do meet.

15
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: GESTÃO AMBIENTAL
ANO DE ESCOLARIDADE: 1 MÓDULO
PET VOLUME 1 1º BIMESTRE
MÊS: TOTAL DE SEMANA: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA: 2 Nº DE AULAS POR BIMESTRE: 20
PET = 60% CARGA HORÁRIA ATIVIDADES COMPLEMENTARES = 40% CH
ATIVIDADES COMPLEMENTARES Nº DE ATIVIDADES: 06

N/º da Atividade Listagem das Atividades complementares

01/06 Trabalho: Reciclagem e destino do lixo

02/06 Debate: A importância da Gestão Ambiental para a empresa

03/06 Pesquisa: Economia Verde: qual relação e influência na


gestão de resíduos?

04/06 Atividade Google Formulário: Gestão Ambiental nos tempos


atuais

05/06 Vídeo: Gestão Ambiental e ISO 14001

Práticas em grupos: debates relacionados ao vídeo Gestão


06/06
Ambiental e ISO 14001

16
EMPREENDEDORISMO

SUMÁRIO
COMPONENTE CURRICULAR:....................................................................................... 2
SEMANA 1 E 2 .............................................................................................................. 3
SEMANA 3 E 4 ............................................................................................................ 14
SEMANA 5 E 6 ............................................................................................................ 22
SEMANA 7 E 8 ............................................................................................................ 28
SEMANA 9 E 10 .......................................................................................................... 41
DICAS .......................................................................................................................... 53
PRÁTICAS ................................................................................................................... 54
ATIVIDADES COMPLEMENTARES ........................................................................... 56

1
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM: ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: EMPREENDEDORISMO
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME: 1 BIMESTRE: 1º
ALUNO:
TURMA: ADMINISTRAÇÃO TURNO: NOITE
MÊS: TOTAL DE SEMANA: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA: 03 Nº DE AULAS POR MÊS: 12

BOAS VINDAS
Olá Estudante, seja bem-vindo (a)!
Descansou bastante? Está preparado para novos desafios e muito aprendizado? O ano de 2021
promete... Hoje você inicia mais um ano escolar. E será bem diferente, novos professores,
colegas, novos componentes curriculares, e para muitos uma nova escola.
Enquanto as aulas presenciais não retornam, você irá estudar utilizando diferentes ferramentas
e recursos. O PET – Plano de Estudo Tutorado é uma delas. Ele é um conjunto de atividades
organizadas em componentes curriculares, a novidade é que nesse ano eles serão enviados a
cada bimestre. Nele você vai encontrar atividades dos componentes curriculares.
Ah! Você contará também com a ajuda de seus professores por meio de alguns canais de
comunicação como o APP Conexão 2.0.

EMTI – você poderá acompanhar pelo aplicativo ou pela TV de segunda a quinta-feira aulas que
te ajudarão a resolver as atividades do PET e ampliar seus saberes.
Espero que você esteja disposto a aprender muito.
ORIENTAÇÕES AOS RESPONSÁVEIS
Diante da situação atual mundial causada pela COVID-19, as aulas presenciais estão
suspensas. Entretanto, como incentivo à continuidade das práticas de estudo, preparamos para
nossos estudantes um plano de estudo dividido por bimestre (atividades por semanas e aulas
que deverá ser realizado em casa). Os conceitos principais de cada aula serão apresentados e
em seguida o estudante será desafiado a resolver algumas atividades.
Para respondê-las, ele poderá fazer pesquisas em fontes variadas disponíveis em sua
residência e/ou internet.
É de suma importância que você auxilie seu(s) filho(s) na organização do tempo e no
cumprimento das atividades.
Contamos com a sua valiosa colaboração!
DICA PARA O ALUNO
Para ajudá-lo(a) nesse período conturbado, em que as aulas foram suspensas a fim de evitar a
propagação da COVID-19, preparamos algumas atividades para que você possa dar
continuidade ao seu aprendizado.
Seguem algumas dicas para te ajudar:
a) Siga uma rotina; d) Defina um local de estudos;
b) Tenha equilíbrio; e) Conecte com seus colegas;
c) Peça ajuda a sua família, ao professor; f) Use a tecnologia a seu favor.
Contamos com seu esforço e dedicação para continuar aprendendo cada dia mais!

2
SEMANA 1 E 2

EIXO TEMÁTICO: GESTÃO E NEGÓCIOS


TEMA/TÓPICO(S): INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
HABILIDADE(S): INTRODUZIR CONCEITOS EPISTEMOLÓGICOS E SIGNIFICADOS
CONTEÚDOS RELACIONADOS: LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE CONCEITOS
INTERDISCIPLINARIDADE: DEMAIS COMPONENTES DO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA
REFERÊNCIAS:
BURR, R. J. L., IRWIN, R. D. New Business Ventures and the Entrepreneurship, 1985, p. 16-23.
DOLABELA, F. A corda e o sonho. Revista HSM Management, 2010, p. 128-132.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier,
2008.
ELY, R.T., RESS, R. H. Outline of economics, 6 ed. 1937. HISRICH, R. D. et al. Entrepreneurship.
1986.
HISRICH, R. D., PETER, M. P. Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2004.
MAN, T. W. Y., LAU, T. Entrepreneurial competencies of SME Owner/Managers in the Hong Kong
Services Sector: a qualitative analysis. Journal of Enterprising Culture. v. 8. no 3, September 2000,
p.235-254.
ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
Https://ibge.gov.br e https://ibqp.org.br
INTRODUÇÃO

O nosso componente de Empreendedorismo está baseado na ementa disponibilizada pela


Secretaria de Educação de Minas Gerais referente ao curso técnico em Administração, que será
pontuada a seguir:

1. Fundamentos do empreendedorismo;

2. Arranjos produtivos;

3. Perfil do empreendedor;

4. Plano de Negócio para abertura da própria empresa e em empreendedorismo organizacional.

Mas, não podemos iniciar o componente sem entender o que é empreendedorismo e o que é
empreendedor. Precisamos nos inserir no contexto para nos aprofundar nos temas apresentados
pela ementa. É importante nos lembrar que, estamos em um curso técnico e para ser um profissional
diferenciado no mercado de trabalho, temos que extrapolar os nossos conhecimentos para além
dos componentes técnicos, leia jornais, revistas e sites do meio e faça cursos extracurriculares. E
não se esqueça de manter seu currículo sempre atualizado. Lembre-se! Seu sucesso só depende
de você!

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EMPREENDEDOR

Empreendedor é aquele que quebra a ordem corrente e inova, criando mercado com uma
oportunidade identificada (Schumpeter, 1949).

Apesar de existir uma dependência com a capacidade de inovar e o auto aprender, empreender é
de fato um fenômeno cultural que possui relações com os valores sociais, desta forma, empreender
não está relacionado unicamente com a questão do conhecimento. Empreender demonstra a sua
importância no que diz respeito ao movimento da economia, tal movimento tem o objetivo de gerar
mudanças, ampliando relações, e provocando o nascimento de novas empresas e o
desaparecimento de outras (Schumpeter, 1982).

Segundo Ussman (1998), criar novas organizações está relacionada com a existência de um
impulso ao empreendedorismo. E como fenômeno cultural, a própria cultura local interfere no
comportamento do empreendedor.

"se a criação de empresas é essencial para o desenvolvimento regional, e se para isso é importante
a motivação para empreender, é fundamental que a universidade, uma instituição central dentro da
sociedade, participe no incentivo ao empreendedorismo" (Ussman, 1998)

Um novo conceito de produtividade é exigido diante dos efeitos da globalização na economia. Neste
contexto, tende-se a assumir o significado de desempenho global e assim, cresce o interesse pelo
empreendedorismo. Os principais criadores de empregos são empreendedores, e geram riquezas.
Portanto, compreender o comportamento empreendedor é de fundamental importância. Mas nesse
primeiro momento vamos nos atentar a alguns conceitos importantes e casos de empreendedores.

EMPREENDEDORISMO

A palavra empreendedorismo é derivado da palavra imprehendere, do latim, que significa de forma


traduzida, empreender. Empreender pode significar “decidir, realizar, tentar” ou ainda, “colocar em
execução uma nova ideia, enfrentando desafios e realizando”. A expressão empreendedorismo
originou-se da tradução da expressão de língua inglesa entrepreneurship. O sufixo ship, neste caso,
pode significar uma habilidade, perícia ou combinação desses significados como em leadership
(liderança = perícia ou habilidade de liderar). Empreendedorismo pode, também, significar “fazer
algo”.

O empreendedorismo, por muitas das vezes, pode ser entendido como a arte do fazer acontecer
por meio da motivação e da criatividade, o prazer em realizar e inovar projetos, sejam pessoais ou
organizacionais, desafiando sempre as oportunidades e riscos. O empreendedorismo é assumir,
diante de problemas que precisam ser resolvidos, um comportamento proativo. E despertar no

4
empreendedor as suas potencialidades racionais e intuitivas. É buscar o autoconhecimento em prol
do aprendizado permanente se abrindo para novas experiências e princípios. O empreendedorismo
é resultado da perda de velhos conceitos que não possuem, como possuíam antes, a capacidade
de fascinar. A mudança é a essência que move o empreendedorismo.

Segundo Schumpeter (1988), o empreendedorismo é um processo de “destruição criativa”, pois é


através dele que produtos e métodos de produção podem ser destruídos e substituídos por novos.
E para Dolabela (2010), corres- ponde a um processo de transformar sonhos em realidade e em
riqueza.

Para o processo de desenvolvimento econômico, o empreendedor é fundamental de tal forma que,


não existirá desenvolvimento econômico se não houver, na sua base, líderes empreendedores. Pois
seus modelos levam em consideração sistemas de valores sociais.

Não há razão para simplesmente estocar conhecimentos. É necessário saber aprender sozinho,
assim, como fazem os empreendedores, fazendo, errando, e aprendendo. Ao integrar valor em
produtos e serviços, o bom empreendedor, está preocupado com o gerenciamento de recursos e
com eficiência e eficácia. De fato, pode ser considerado que o empreendedor não causa mudanças,
mas sim explora as oportunidades identificadas que as mudanças geram.

Definindo de forma simples empreendedor e empreendedorismo: o primeiro busca a mudança, a


responde e explora como oportunidade.

O papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico envolve mais do que apenas o


aumento de produção e renda per capita; envolve iniciar e constituir mudanças na estrutura do
negócio e da sociedade. (Hisrich, Peter, 2004)

O empreendedorismo não é uma disciplina acadêmica no sentido atribuído às disciplinas como


Física, Psicologia, Administração ou qualquer outra. O empreendedorismo em si é um campo de
estudo, pois, não se possui um paradigma absoluto, ou um consenso científico. Ele é manifestado
em um conjunto de práticas com a capacidade de garantir a geração de riquezas e melhor
performance para as sociedades que as praticam e apoiam.

O empreendedorismo é um tema abordado há séculos, mas apenas na década de 80 que ele se


tornou, em praticamente quase todas as áreas do conhecimento, objeto de estudos. Em quase
todas as suas perspectivas, o empreendedorismo, está apresentando lugar destacado nas políticas
econômicas das nações desenvolvidas e em meios de desenvolvimento.

EMPREENDEDOR

A palavra empreendedor origina-se da palavra entrepreneur que é francesa, literal- mente traduzida,

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significa aquele que está entre ou intermediário. (Hisrich, 1986).

Graças às mudanças que ocorreram ao passar do tempo na economia global, a definição de


empreendedor foi evoluindo para se adaptar às modificações dos conceitos produtivos.

Por exemplo, no início da idade média, o empreendedor era o indivíduo que administrava ou
simplesmente tinha participação em grandes projetos de produção, mas os recursos para o
desenvolvimento de tais projetos eram geralmente fornecidos pelo governo do país. O vocábulo
empreendedor foi, inicialmente, no século XVI, utilizado pelos franceses para indicar os indivíduos
envolvidos em coordenação de operações militares. No período do século XVII, foi agregado ao
empreendedor a característica do risco. Nessa época, ele era o indivíduo que firmava um contrato
com o governo para fornecer produtos ou serviços dentro de um valor fixo, independentemente dos
resultados. Ou seja, tanto o lucro quanto o prejuízo eram do empreendedor.

Compram a um preço certo e vendem a um preço incerto, portanto operam em riscos”. (Burr, Irwin,
1985)

O empreendedor é o indivíduo que possui o espírito empreendedor que é o impulso de talentos, a


dinâmica de ideias que possibilita alavancar recursos e movimentar a economia. É ele quem
possibilita prever as oportunidades e aproveitá-las antes que outros a façam. O empreendedor é
quem inicia e opera um negócio com o objetivo de realizar uma ideia ou projeto pessoal com a
responsabilidade sobre os riscos, buscando sempre inovar constantemente.

Ser empreendedor, estar relacionado a possuir o estímulo de concretizar novas coisas, ideias,
sonhos e vivenciar características de comportamento e personalidade não muito comuns em

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indivíduos. Ele vê o mundo com novos olhos, conceitos, atitudes e propósitos. É aquele que inova
contexto, aquele para qual existem problemas e soluções, e não apenas problemas.

O empreendedor é alguém que sonha e busca transformar seu sonho em realidade. (Dolabela,
2010)

ANÁLISE HISTÓRICA

Na idade média: empreendedor era quem gerenciava grandes projetos de produção, sem assumir
grandes riscos.

Século XVII: firmou-se a relação entre assumir riscos e empreendedorismo, através de acordo para
realizar algum serviço ou fornecer produtos.

Século XVIII: foi finalmente estabelecida diferença entre o capitalista e o empreendedor.

Século XXI e XX: houve a vinculação entre empreendedor e inovador, como agente de mudança.

ASPECTOS
Iniciativa e visão para criar algo novo e paixão pelo que faz;
Utiliza os recursos de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive;
Aceita assumir riscos e a possibilidade de fracassar;
Utiliza os recursos de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive.

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DADOS HISTÓRICOS RELEVANTES

Empregados têm em geral 3 vezes mais vontade de se aposentarem em relação aos empresários
que dirigem seu próprio negócio.

Empresários sentem-se bem consigo mesmos, com o trabalho e com a recompensa financeira.
Têm os mais altos níveis de satisfação, desafio, orgulho e remuneração.

A vasta maioria dos 2 milhões de milionários (em 2002) acumularam a sua fortuna através de
empreendimentos criados por eles mesmos.

90% ou mais dos fundadores começaram suas empresas no mesmo mercado, tecnologia e ramo
que eles trabalhavam.

Fundadores têm de 8 a 10 anos de experiências.

Têm boa formação.

Têm larga experiência em produtos/mercados em áreas funcionais.

Fundam empresas quando tem entre 30 e 40 anos.

Têm alto grau de satisfação.

Nos EUA o volume de novas empresas criadas por mulheres cresce mais que as empresas criadas
por homens.

Cada vez mais as pessoas não querem aposentar, mais iniciar segunda carreira em pequenas
empresas, de preferência empresas próprias.

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MITOS

"Empreendedores não são feitos, nascem..."

Realidade: A capacidade criativa de identificar e aproveitar uma oportunidade vem depois de 10


anos de experiência que conduz a um reconhecimento de padrões. O empreendedor é feito através
da acumulação das habilidades, know-how, experiência e contatos em um período de anos.

"Qualquer um pode começar um negócio..."

Realidade: Os empreendedores que reconhecem a diferença entre ideia e oportunidade e pensam


grande o suficiente, têm maiores chances de sucesso. A parte mais fácil é começar, difícil é
sobreviver. Talvez somente 1 entre 10 a 20 novas empresas que sobrevivem 5 anos ou mais,
conseguem obter ganhos de capital.

"Empreendedores são jogadores..."

Realidade: Empreendedores de sucesso assumem riscos calculados, minimizam riscos, tentam


influenciar a sorte.

"Empreendedores querem o espetáculo só para si..."

Realidade: O empreendedor individual geralmente ganha a vida, É difícil ter um negócio de alto
potencial sozinho. Os empreendedores de sucesso constroem uma equipe. Acham que 100% de
nada é nada. Eles trabalham para aumentar o bolo, ao invés de tirar a maior parte dele.

"Empreendedores são os seus próprios chefes e completamente independentes..."

Realidade: Está longe de ser independente e serve muitos senhores (sócios, investidores, clientes,
fornecedores, empregados, credores, família, etc.).

"Empreendedores trabalham mais tempo e mais duro do que os gerentes de grandes empresas..."

Realidade: Não há evidências nas pesquisas, cujos resultados às vezes dizem que sim, às vezes
que não.

"Empreendedores experimentam grande stress e pagam alto preço..."

Realidade: É verdade, mas não mais que em outras profissões. Mas eles acham o seu trabalho
mais gratificante. São mais ricos e não querem aposentar-se (Os empreendedores preferem não se
aposentar em uma razão de 3 por 1 com os empregados.

"Começar um negócio é arriscado e frequentemente acaba em falência..."

Realidade: Os empreendedores talentosos e experientes (que sabem identificar e agarrar


oportunidades e atrair os recursos financeiros e outros) frequentemente alcançam o sucesso. Além

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disso, a empresa entra em falência, mas o empreendedor não. A falência é, muitas vezes, o fogo
que tempera o aço da experiência de aprendizado do empreendedor.

"O dinheiro é o mais importante ingrediente para se começar o negócio..."

Realidade: Se as outras partes e talentos existirem, o dinheiro virá. Não quer dizer que se o
empreendedor tem dinheiro é um dos ingredientes menos importantes. É, para o empreendedor, o
que o pincel e a tinta são para o pintor: ferramenta inerte que, nas mãos certas, podem criar
maravilhas. Mesmo depois de ter feito alguns milhões de dólares, um empreendedor irá trabalhar
incessantemente em uma nova visão para construir outra empresa.

"Empreendedores devem ser novos e com energia..."

Idade não é barreira. A idade média de empreendedores de sucesso é perto dos 35 anos, mas há
numerosos exemplos de empreendedores de 60 anos de idade. O que é importante é o know-how,
experiência e relações.

"Se o empreendedor é talentoso, o sucesso vai acontecer em um ou dois anos..."

Realidade: Raramente um negócio tem solidez em menos de 3 ou 4 anos. Máxima entre os


capitalistas de risco: "o limão amadurece em 2.5 anos, mas as pérolas levam 7 ou 8".

Motivos mais importantes para pensar em se tornar empreendedor:

EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

GEM (Global Entrepreneuship Monitor)

O programa de pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), de abrangência mundial, é uma

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avaliação anual do nível nacional da atividade empreendedora. Teve início em 1999, com a
participação de 10 países, por meio de uma parceria entre a London Business School, da Inglaterra,
e o Babson College, dos Estados Unidos. Nesses 20 anos, mais de 80 países participaram do
programa, que permanece crescendo ano a ano. Atualmente, no mundo, o GEM é o maior estudo
contínuo sobre a dinâmica empreendedora.

O programa da pesquisa GEM, baseada em avaliações sobre o nível de atividade empreendedora


nacional para todos os países participantes, envolve uma exploração do papel do
empreendedorismo no crescimento econômico nacional e revela a riqueza das características
associadas com a atividade empreendedora.

A pesquisa pode ser considerada única, pois enquanto a maioria dos dados sobre
empreendedorismo mede novas e pequenas empresas, o GEM estuda, em nível detalhado, o
comportamento dos indivíduos com respeito à criação e gerenciamento de novos negócios. Os
dados e informações gerados pela pesquisa enriquecem sobremaneira o conhecimento sobre a
atividade empreendedora, além do que é encontrado nos dados oficiais dos países.

Os resultados do GEM incluem comparações globais, relatórios nacionais e tópicos especiais


baseados no ciclo de coleta de dados anual. Mais de 300 acadêmicos e pesquisadores participam
ativamente do programa.

De acordo com o GEM o Brasil (2003) sexto país em empreendedorismo no mundo – 50% por
oportunidade e 43% por necessidade.

Último lugar no quesito barreiras à entrada no mercado (custos, concorrência e legislação) e 28º
lugar na efetividade e políticas governamentais nas 3 esferas.

• 72% dos empreendimentos tem CNPJ

• A mortalidade das empresas acontece nos três primeiros anos de vida (microempresas 50%,
pequenas e médias 30% e grandes 15%)

• 99% dos estabelecimentos são abrangidos pelas pesquisas do IBGE

• Aproximadamente 1.429.652 novos postos de trabalho

• 1.400.000 são originados pelos pequenos negócios

• Produz 20% do PIB

• Responde por 12% das exportações (Funcex) – EUA 20% e Japão 35%

• Empresas no setor informal: 9.447.973

• 4.1 milhões de empresas formais


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• Trabalhadores do setor informal: 12.870.421

• 50% não utilizam planejamento de vendas

• 47% não utilizam controle de estoque

• 80% não utilizam técnicas de marketing

• 75% não realizam treinamento de pessoal

• 60% não utilizam recursos de informática

Empregados

Porte – Indústria:

Micro de 1 a 9 colaboradores

Pequena de 20 a 99 colaboradores

Média de 100 a 499 colaboradores

Grande acima de 500

Porte – Comércio e Serviços

Micro de 1 a 9 colaboradores

Pequena de 10 a 49 colaboradores

Média de 50 a 99 colaboradores

Grande acima de 99

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ATIVIDADES

Percebemos alguns fatores muito importantes foram destacados no material acima, porém coloquei
os dados de 2003, e gostaria que você fizesse uma pesquisa nos sites do GEM e do IBGE para
ficar por dentro dos dados mais atuais. A atividade pode ser feita em trio ou até 4 alunos.

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SEMANA 3 E 4

EIXO TEMÁTICO: GESTÃO E NEGÓCIOS


TEMA/TÓPICO(S): FUNDAMENTOS DO EMPREENDEDORISMO
HABILIDADE(S): INTRODUZIR CONCEITOS EPISTEMOLÓGICOS E SIGNIFICADOS
CONTEÚDOS RELACIONADOS: LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE CONCEITOS
INTERDISCIPLINARIDADE: DEMAIS COMPONENTES DO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA
REFERÊNCIAS:
ADMINISTRADORES. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/ artigos/negocios/missao-
visao-e-valores/28883/>. Acesso em: 10 abril. 2021.
ALCOBA, A. Deport y Comunicacion. Spain: Dirección General de Deportes de la Comunidad
Autónoma de Madrid, 1987.
BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo:
Cengage Learning, 2011.
BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2007.
PASSOS DE IDENTIFICAÇÃO DO MERCADO

MERCADO E VENDAS | ESTUDO DE MERCADO - SEBRAE - Autor: Enio Queijada de Souza

Analisar o mercado onde seu empreendimento está é decisivo para alocar recursos de forma
correta e reduzir o gasto de munição errada para o alvo errado.

Analisar é tomar o todo e dividi-lo em partes menores até que se chegue a uma descrição clara e
sucinta de cada uma das partes e possa se ter uma ideia fiel do todo. Mercado é um dos conceitos
mais amplos e plurais que existe. Pode ser o local físico ou virtual onde se oferece produtos e
serviços. É também o encontro da oferta com a demanda, na visão da economia. Ambas as
definições estão corretas. Mercado em crescimento, em declínio, estagnado, favorável, arriscado;
diversos podem ser os adjetivos para o mercado, mas o fato é que ele define como a empresa irá
lidar com os desafios e oportunidades que surgem de um olhar mais sistemático e contínuo do
mercado. A estrutura e o funcionamento de um mercado devem definir a conduto a da empresa
para que ela busque uma melhor performance. Para analisar o mercado, e ter o que se denomina
inteligência de mercado, propomos sete questões que devem ser feitas continuamente pelo
empreendimento; se você participar de alguma Associação ou Cooperativa estas questões também
podem ser feitas coletivamente, de modo a alinhar a visão de mercado de todos, pois nada dissipa
mais energia do que esforços em direções diferentes.

1. Quem constitui o mercado?

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Pessoas, empresas ou governos podem constituir um mercado. É o que se denominam mercados
B2C, B2B ou B2G; dado o seu produto, quem é o mercado-alvo, que é aquele para o qual você irá
dirigir seus esforços de venda e comunicação. Além de conhecê-lo pelo perfil básico, você precisa
dimensiona-lo, quantifica-lo e ter essa informação atualizada. Sites como o do IBGE, Prefeituras e
Governos estaduais podem ajudar nessa informação.

2. O que o mercado compra?

Produtos, serviços, benefícios, informação, solução para determinados problemas. Seu


empreendimento deve estar atento e rápido para o atendimento das necessidades do cliente alvo.
Conveniência, rapidez, exclusividade, limpeza impecável, confiabilidade, qualidade, durabilidade.
Veja, não é o que o seu é, mas sim, o que ele gera de satisfação para o cliente, seu impacto e
resultado positivo.

3. Por que o mercado compra?

Quais são as motivações e motivos que levam ao ato da compra? Moda, interesse, conveniência,
afeto e gratidão, status ou desejo de pertencimento, orgulho? Para descobrir o real motivo é
necessário perguntar, pesquisar, escutar o que cliente diz e a coerência que ele demonstra no ato
da compra; mas atenção, pesquisas tem mostrado que a racionalidade do cliente é limitada e a
emoção tem um grande peso no processo de decisão de compras. Compras no mercado B2B e
B2G precisam observar os procedimentos previstos nas políticas corporativas de empresas ou
normas e Leis no caso de Governos e Instituições públicas.

4. Quem participa da compra?

Existem diversos papeis exercidos no processo de compra. O iniciador é aquele que primeiro
detecta a necessidade de determinado produto; ele pode ou não sofrer a pressão do influenciador,
que pode formar uma opinião favorável ou não ao produto ou fornecedor. Hoje com a força das
redes sociais e o avanço do marketing digital, é um papel cada vez mais em evidência. O decisor
é quem toma a decisão pela compra; normalmente confunde-se com o público-alvo, mas nem
sempre é a mesma pessoa; em mercados B2B e B2G tem um papel institucional definido, mas
numa família nem sempre é facilmente identificável. O comprador é quem executa o ato de comprar,
que toma a iniciativa e faz a compra. Já o usuário é aquele que efetivamente faz uso ou consumo
do produto comprado. Ele pode ou não ter exercido algum dos papéis anteriormente citados.
Importante registrar que os papeis podem também ser exercidos por uma única pessoa. Importante
conhecer os papeis e os momentos em que são exercidos.

5. Como o mercado compra?

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Os procedimentos e operações de compra podem ser rápidos e quase automáticos, como por
exemplo ao se escolher uma refeição rápida para o almoço, até os mais complexos como um novo
imóvel para a empresa, que demandará mais pesquisa e análise.

No modelo clássico existem 5 etapas no processo decisório:

1. Reconhecimento do problema

2. Busca de informações

3. Avaliação de alternativas

4. Decisão de compra

5. Comportamento pós compra

Importante a quinta etapa como crucial na fidelização do cliente. Não se pode esquecer que o poder
está com o cliente em decidir voltar ou não a comprar o seu produto. Portanto deve-se construir um
relacionamento duradouro e positivo com o mercado, aqui considerado como o conjunto de clientes.

6. Quando o mercado compra?

Ocasiões e épocas existem em quase todo o tipo de mercado: Natal, férias, volta às aulas, etc.,
portanto é importante conhecer a sazonalidade, os picos e os vales de mercado de modo a se
preparar. Promoções nos períodos de baixa e preparação para os de alta precisam de planejamento
e preparo, sem esquecer os aspectos de gestão financeira envolvidos nisso.

Veja aqui as planilhas de gestão que o Sebrae preparou para facilitar a organização de algumas
informações estratégicas para seu negócio.

7. Onde o mercado compra?

A localização física do ponto de venda pode ser estratégica dependendo do tipo de negócio.
Aspectos visuais da fachada, vitrine, exposição de mercadorias também pode ser decisivos, bem
como estacionamento, acessibilidade, iluminação e segurança.

Para muitos tipos de negócios, o comércio eletrônico já é uma realidade que faz de lojas virtuais
opções bastante atrativas e de menor custo, pois dispensa despesas com o merchandising visual
e equipamentos de venda. Nesse caso uma página atrativa, funcional e de navegação fácil, com
um provedor seguro e confiável é fundamental, bem como a disponibilização de meios de
pagamento seguros e protegidos.

6 fundamentos básicos do empreendedor

A cada ano que passa o DNRC (Departamento Nacional de Registros do Comércio) registro um

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número maior de empreendedores no Brasil. Muitas pessoas têm deixado para trás o emprego
convencional e se lançado no mercado como empreendedores, passando a serem os seus próprios
chefes. Porém, nem todos que se aventuram obtêm sucesso, e isso não deve só à inexperiência,
mas sim ao desconhecimento de como ser um bom empreendedor.

É possível ter um empreendimento bem-sucedido, mesmo sendo inexperiente. Mas, é preciso estar
disposto a compreender o significado de empreender e colocar este conceito em prática. Se você
já está no mercado ou pretende se jogar nele saiba que existem alguns fundamentos básicos que
devem reger a vida de um empreendedor.

Para empreender é necessário estar atento às mudanças que ocorrem ao seu redor, sendo flexíveis
a elas e ao mesmo tempo sabendo como administrá-las. Para te ajudar, iremos listar aqui 6
fundamentos básicos do empreendedor. Confira abaixo:

1 – Aprenda a lidar com personalidades desafiadoras:

Por mais que o negócio seja só seu é importante saber que ninguém empreende sozinho. Durante
a sua jornada você encontrará muitas pessoas que serão fundamentais para o bom funcionamento
da sua empresa, mas nem todas serão fáceis de lidar. Sendo assim, é mais do que recomendado
aprender a lidar com personalidades desafiadoras.

Uma boa dica é ouvir com os olhos e com o coração, não somente com os ouvidos. Tenha paciência
e sempre que possível explique a sua proposta. A melhor forma de um empreendedor se relaciona
com os demais e a partir de negociações que tragam benefícios para os dois lados.

2 - Tenha disciplina e determinação:

Não é porque você será o seu próprio chefe que deve relaxar. Para obter uma carreira de sucesso
é muito importante ter disciplina e determinação. Seja o primeiro a dar o exemplo, siga horários
regulares, assim como os dos seus funcionários. Faça o seu planejamento do dia a dia, evitando
esquecer-se dos compromissos e não desista nos primeiros obstáculos.

Há quem desanime nos primeiros erros e resultados desfavoráveis. Porém, saiba que no início
realmente será difícil de acertar em tudo. Porém, não é por isso que você deve desistir, na maioria
das vezes é preciso rever e planejar o caminho a ser seguido.

3 - Use o seu pensamento a seu favor:

A sua mente tem mais poder do que você imagina. Programe-a para alcançar os seus objetivos.
Evite levar os pensamentos ruins para o trabalho, pois isto com certeza irá atrapalhá-lo. A princípio
parece complicado, mas com o passar do tempo a sua mente será treinada para conectar-se ao
trabalho na hora certa, deixando as energias negativas de lado.

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4 – Determine um objetivo e use um método:

Dificilmente um empreendedor irá se destacar em seu meio se não tive almejado um destino a
chegar. É importante galgar degraus com o tempo, mas também se deve haver um planejamento
com um objetivo determinado. Ao saber o que alcançar, torna-se mais fácil encontrar o caminho.
Não deixe de adotar um método de trabalho, ele tem que compreender a sua necessidade e
realidade.

5 – Tenha Iniciativa:

Tenha iniciativa para criar, solucionar problemas e se posicionar. Há empreendedores que têm
ideias brilhantes, mas não as colocam em prática. É bom sonhar, sim, mas também é necessário
transformar os sonhos em realidade. Então, não espere o mercado agir a seu favor. Crie as suas
oportunidades!

6 – Tire proveito do fracasso:

‘’Mar calmo, não faz bom marinheiro’’. Este ditado é muito válido para empreendedores, pois ao
longo da carreira irão surgir tempestades e fracassos. Porém, é essencial saber tirar proveito do
que deu errado e aprender para as próximas ações. Quando algo estiver dando errado, é preciso
parar para se planejar novamente e evitar que os males sejam ainda maiores.

Quadro referência para autores do empreendedorismo

NOTA SOBRE AS TENDËNCIA


AUTORES ABORDAGEM CONCEITUAL
DE CADA AUTOR
Knight Analisou os fatores subjacentes ao lucro do
Lucro.
(1921) empreendedor.
Enfatizou o papel do empreendedor como impulsionador da
Schumpeter inovação e, por conseguinte, docrescimento econômico. Inovação.
(1936)

Estudou as motivações dos empreendedores quando


começam um novo negócio ou desenvolvemnegócios
Motivação e perfil psicológico.
McClelland existentes. Conclui que os empreendedores se caracterizam
baseada nas características.
(1961) por ter altos níveisde realização (achievement).

Mayer e Analisaram a performance de 81 empresas duranteos Performance/ambiente externo.


Goldstein primeiros dois anos de vida.
(1961)
Estudaram histórias pessoais e o perfil psicológicodos em-
preendedores que criaram pe- quenas empresas na região Podem não nascer empre- ende Pode
Collins e haver um objetivo a persegos torne
de Detroit. Nem todos os estudos provaram que os
Moore empreendedores tinham
empreendedores. Pesq baseada nas
(1964) características.
características distintivas.

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Alerta para um conjunto de pessoas que conseguemiden-
Kirzner tificar oportunidades, prosse- gui-las e obter Identificação de oportunidades.
(1973) lucros.
Como novos empreendimentos podem ser desenvolvidos
em empresas já existentes, ou de forma mais ampla, Empreendedorismo empresarial.
Fast (1978) como essas empresas podem se
tornar mais inovadoras.

Brockhaus A propensão para a “tomada de risco” é igual entre Não se nasce empreendedor. Pebaseada nas
(1980) empreendedores, gestores e população em geral. características.

Gartner Deve-se colocar o foco no comportamento e nãonas


características. Comportamento.
(1988)
Estudos que analisam as estru- turas
Kanter Intraempreendedorismo. Empreendedorismo
organizacionais e admi- nistrativas, como essas empresarial.
(1983)
geram empreendedorismo interno.
Processo como as novas ideias são desenvolvidas esua
Burgelman experimentação e desenvolvimento dentro das grandes Intraempreendedorismo. Empreendedorismo
(1973) empresas. empresarial.

Covin e Encontraram uma postura empresarial que relacionaa alta


performance de pequenas empresas que operam em Empreendedorismo empresarial.
Slevin
AMBIENTES HOSTIS
(1989)
Empresas orientadas para o crescimento dão
Birch (1987) grande contribuição para a criação de emprego nos Empreendedorismo/criação de empressas
Estados Unidos.
Hannan e
Free- Algumas organizações estão mais preparadas para Sociólogos organizacionais.
man(1984); competir.
Nasce morte de empresas/ competição
Aldrich
(1999)
Acs e As pequenas empresas contribuem com Inovações tecnológicas e pequeempresas.
Audretsch percentagem substancial para inovação.
(1990)
MacMillanet
et al. Analisaram a estrutura e os investimentos das
empresas. Recursos/estrutura.
(1987);
Sahlman
(1992)
Como empreendedores desenvolvem e utilizam as
Larson networks para acessarem a informação, para Redes e capital social.
aumentarem o capital e para aumentarem sua
(1992)
credibilidade.

Estudaram 1.984 startups, recorrendo a uma análise


multivariada e verificaram que a probabilidade de
Bruderlet et sobrevivência era maior se tivessem mais empregados, Performance.
al. (1992) mais capital inicial, mais capital humano e estratégias
dirigidas ao mercado nacional.

19
Análise de fatores de criação de
empresas, identificação das
Analisaram, em detalhes, as operações de aplicaçãoe retorno oportunidades, procura de inform
Bygrave e de capital de risco. formação de equipe, acesso aos
Timmons recursos e formulação de estraté
(1992) Nesse caso, o principal enfoque
acesso aos recursos.

Comparam os empreendedores aos gestores, atendendo à


Palich e forma como ambos reagem a situaçõesambíguas de negócio e Empreendedor diferente de gesto
concluem que os percepção de oportunidades.
Bagby
empreendedores percebem mais as oportunidadesdo que
(1995)
problemas.

Gimeno, O nível de threshold (começo) é função dos custosde Performance/permanência nos


Folta, oportunidade, switchingcosts (custos de encerramento) e negócios.
Cooper e dos valores pessoais.
Woo (1997)
Shane e
Venkataram Exploração de oportunidades. Explorar oportunidades.
ann (2000)
As redes de ligações com entidades reputadas podem
Stuart aumentar a legitimidade e conduzir a umaumento das Redes e capital social.
(2000) vendas.

ATIVIDADES

1- A evolução histórica do empreendedorismo trouxe várias escolas, como a bibliográfica e a


clássica. O que caracteriza a escola da liderança?
a) ( ) O empreendedor é quem motiva e mobiliza as pessoas em torno do objetivo.
b) ( ) Estuda nos empreendedores as características comportamentais e de personalidade.
c) ( ) Estuda a vida e a história de grandes empreendedores, mostrando os traços que são inatos
e não é possível serem desenvolvidos.
d) ( ) Marcada pela inovação.
2- O primeiro uso do termo empreendedorismo se deu por Marco Polo, que tentou estabelecer uma
rota comercial para o Oriente, por volta dos anos 1270 a 1290. Classifique as alternativas conforme
a época de que fazem parte.
I- Idade Média.
II- Século XVII.
III- Século XVIII. IV- Séculos XIX e XX.
( ) Definia aquele que gerenciava grandes projetos de produção com recursos provenientes
do governo do país.
( ) Relação entre assumir riscos e empreendedorismo. O empreendedor estabelecia um acordo
contratual com o governo (capitalista) para realizar algum serviço. Preços prefixados, qualquer lucro

20
ou prejuízo era exclusivo do empreendedor.
( ) Capitalista e empreendedor foram diferenciados. Industrialização.
( ) Empreendedores confundidos com gerentes ou administradores, sendo analisados somente
como aqueles que organizam a empresa sempre a serviço do capitalista.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) ( ) I – II – III – IV.
b) ( ) I – II – IV – III.
c) ( ) IV – III – II – I.
d) ( ) I – IV – II – III.

21
SEMANA 5 E 6

EIXO TEMÁTICO: GESTÃO E NEGÓCIOS


TEMA/TÓPICO(S): FUNDAMENTOS DO EMPREENDEDORISMO
HABILIDADE(S): INTRODUZIR CONCEITOS EPISTEMOLÓGICOS E SIGNIFICADOS
CONTEÚDOS RELACIONADOS: LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE CONCEITOS
INTERDISCIPLINARIDADE: DEMAIS COMPONENTES DO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA
REFERÊNCIAS:
DANTAS, E. B. Empreendedorismo e intraempreendedorismo: é preciso aprender a voar com os pés
no chão. Local, 2008. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/dantas-edmundo-
empreendedorismo.pdf Acesso em: 30 maio 2016.
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier,
2001.
EMPREENDEDORISMO E ADMINISTRAÇÃO

Foi Peter Drucker que trouxe à tona as primeiras definições de economia empreendedora e uniu-
as, com sua visão de novas aplicações, na administração. Ele considera que a administração, como
nasceu, já sofreu grandes mudanças. Acompanhe estas mudanças, citadas por Hashimoto (2006):

• A administração deve ser aplicada para novos empreendimentos, sejam eles comerciais ou não.
Anteriormente, aplicava-se somente a empresas já existentes.

• A administração deve ser utilizada em pequenos empreendimentos. Anteriormente, tinha-se


certeza de que ela deveria ser utilizada apenas em grandes corporações.

• A administração deve ter seu foco em qualquer organização, de empresas públicas e privadas a
ONGs, antes utilizada apenas para empresas com fins lucrativos.

• A administração deve incluir em seu rol de aplicação pequenas atividades comerciais que não
eram consideradas empresas, como lojas, restaurantes, entre outras.

Baseado nestes estudos, a administração trouxe outros enfoques ao desenvolvimento do


empreendedorismo. Hashimoto (2006) complementa que a nova abordagem de Drucker trouxe
para o estudo da administração uma abrangência maior no campo de atuação, mas deixa claro
que o administrador novo não possui a considerada essência do empreendedorismo, composta por:
inovação, risco e autonomia. Estes três elementos qualificam a pessoa como empreendedora
quando são apresentados juntos, sozinhos são considerados características que qualquer
empresário possui. E você saberia dizer por quê? Vejamos qual é a razão de estes três elementos
sozinhos não levarem o empresário a ser considerado um empreendedor, segundo Hashimoto
(2006):

22
• INOVAÇÃO: o papel do empreendedor não se limita a criar negócios, ele é considerado na criação
de um novo método, um novo mercado, novas alternativas de materiais e a promoção de mudanças
estruturais nas organizações. Pode-se dizer que é o modelo mais próximo do atual modelo de
administração. Sabem por que sozinho ele não pode ser considerado empreendedorismo? Porque,
mesmo sendo uma das partes mais evidentes, acaba eliminando um grande contingente de
empreendedores, que transformam em realidade as ideias de outras pessoas, ou seja, nem sempre
o empreendedor gera a ideia ou inova, mas ele transforma a ideia de um terceiro em um
produto/serviço de sucesso.

• RISCO: assim como em investimentos financeiros, quanto maior a incerteza, maior a


imprevisibilidade dos resultados. O autor classifica em três os fatores básicos de risco: as
anomalias ou variações às quais produtos, processos e serviços estão sujeitos; a probabilidade
de acontecer essas anomalias e a gravidade das consequências destas anomalias. Exemplo disso
é um produto a ser lançado. O risco pode estar na probabilidade de não vender, se combinadas as
três possibilidades, o risco é altíssimo para o fracasso.

• AUTONOMIA: o empreendedor possui autonomia para definir os objetivos, decidir sobre o uso
de recursos, bem como escolher estratégias e buscar oportunidades relevantes. Cuidado
para não confundir autonomia com independência. Ser independente é trabalhar sozinho, o que
não é perfil do empreendedor. Afinal, uma das suas principais características é conquistar apoio e
confiança dos que o ajudarão em seu empreendimento. Neste sentido, sua visão está muito mais
centrada no ambiente externo do que no interno, ao contrário de um administrador.

Se vimos que empreendedores possuem elementos que os diferem, a próxima pergunta seria:
como eles pensam, como realizam para que essas ações aconteçam?

COMO OS EMPREENDEDORES PENSAM

Hisrich, Peters e Shepherd (2009, p. 51) são categóricos quando dizem que empreendedores
pensam de modo diferente das outras pessoas. Eles mesmos podem, dependendo da situação,
raciocinar de modo diferente em um ambiente de decisão. É do cotidiano de um empreendedor
tomar decisões em ambientes “altamente inseguros, com altos riscos, intensas pressões de tempo
e considerável investimento emocional”. Assim, ao pensarmos de uma forma, nesses ambientes,
em determinado momento, é diferente de quando a natureza de um problema é bem compreendida
e temos tempo e procedimentos racionais para fazê-lo e solucioná-lo. Dada esta ambientação, a
tomada de decisão de um empreendedor precisará: número 1: executar; número 2: adaptar-se de
modo cognitivo; e, número 3: aprender com o fracasso. Vamos ver como os autores discorrem
sobre esses processos, levando em conta as exigências da tomada de decisão.

23
1) Efetuação: os líderes empresariais são treinados para pensar racionalmente e se não o
fizerem correm o risco de serem advertidos por isso. Os empreendedores pensam de uma forma
alternativa no que diz respeito a essa advertência, para transformá-la em oportunidade. Hisrich,
Peters e Shepherd (2009) apresentam um exemplo da professora Sara Sarasvathy, que descobriu
que os empreendedores nem sempre esmiúçam um problema de modo a visualizar o resultado e
se concentrar nos meios para alcançá-lo. E chama esse processo de causalidade. Ao invés disso,
os empreendedores usam o processo de efetuação, o que significa que fazem uso do que têm (o
que conhecem, o que são, e quem conhecem) e escolhem os possíveis resultados. Ela demonstra
isso em um exemplo ligado à culinária, acompanhe: Um chef tem a tarefa de preparar um jantar e
há duas maneiras de organizar esta tarefa. Na primeira, o anfitrião ou cliente escolhe um cardápio
previamente. O que o chef irá precisar é listar os ingredientes necessários, comprá-los e depois
preparar a refeição. Esse então é um processo de causalidade, ou seja, ele escolhe um cardápio
determinado e se concentra dentre as maneiras de preparar esta refeição.

No segundo caso, o anfitrião pede ao chef que verifique o que se tem em casa entre mantimentos
e utensílios e depois faça a refeição baseado no que tem. Neste caso, o chef precisa imaginar os
possíveis cardápios, com base no que se tem, escolher um deles e depois preparar a refeição. Esse
então é o processo de efetuação (execução).

A professora ainda classifica em cinco princípios básicos que a utilização da tomada de decisão
baseada na efetuação implica:

1- Princípio da colcha de retalhos: princípio de ação orientado por meios e não metas. A ênfase se
dá na criação de algo novo com os meios já existentes, em vez de descobrir novas maneiras para
atingir as metas determinadas. Onde os retalhos são os meios (quem sou, o que conheço e quem
conheço) que são combinados para formar algo único, novo, ou seja, a colcha. Aqui, a professora
afirma que o importante não são os retalhos, mas o que o empreendedor fará com eles.

2- Princípio da perda suportável: aqui o que se mensura é quanto se está disposto a perder e não
o cálculo de quanto se pode ter de retorno. O cálculo é feito do que se aceita perder, não depende
de uma pressuposição correta em um ambiente altamente incerto, mas da condição financeira atual
do empreendedor e quanto ele suporta perder.

3- Princípio do pássaro na mão: aqui a ênfase é na negociação com qualquer um ou com todos os
stakeholders realmente dispostos a participar do projeto, sem preocupações com custos e tempo.
Aqui a efetuação enfatizará as informações dos stakeholders que realmente se comprometerem
a formar o novo empreendimento, sem se preocupar com custos financeiros de satisfazer a esses
stakeholders atuais a custo de procurar por novos stakeholders. Afinal, “mais vale um pássaro na

24
mão do que dois voando”.

4- Princípio da limonada: neste caso, sugere-se confirmar e assumir contingências, utilizando os


imprevistos ao invés de evitá-los, a intenção deve ser superá-los ou adaptar-se a eles. Os
empreendedores tratam esses imprevistos como uma oportunidade de transformá-los em algo
importante ou lucrativo.

5- Princípio do piloto de avião: neste caso, a tônica é confiar e trabalhar com pessoas como
primeiro acionador de oportunidades e não perder tempo investigando fatores externos ao
indivíduo. Neste princípio, a ideia de que quando o futuro for incerto focar nas melhores alternativas
para prevê-lo não é útil. Os empreendedores pensam de modo executivo, se concentram no futuro
que podem controlar com as próprias ações, assim não precisam prevê-lo.

Os princípios apresentados levam os empreendedores a assumir o controle de seus


empreendimentos, tornando um ambiente de que não apenas façam parte, mas que formem e
explorem o imprevisto.

Os princípios de efetuação, segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2009, p. 55), “ajudam os


empreendedores a raciocinar em um ambiente de alta incerteza”.

2) Adaptabilidade Cognitiva: Aqui a medida é quanto os empreendedores são dinâmicos,


flexíveis, autorreguladores e engajados no processo de gerar estruturas de decisão focados na
identificação e no processamento de mudanças em seus ambientes para depois agir sobre as
mudanças. A adaptabilidade cognitiva, segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2009, p. 55), “se
reflete na consciência metacognitiva de um empreendedor, isto é, na possibilidade de ele refletir,
entender e controlar o pensamento e a aprendizagem de alguém”. Os autores propõem um teste
para saber até que nível estamos dispostos a nos adaptar. Vamos realizar? O quadro a seguir traz
o teste para você, faça-o e depois vamos discutir os resultados.

3) Aprendendo com o fracasso: “De acordo com o Indicador Serasa Experian de Falências e
Recuperações, em abril de 2015 foram realizados 161 pedidos de falência em todo o país,
representando uma alta de 15,0% em relação aos 140 requerimentos efetuados no mês anterior
(março/15). Este é o maior valor do ano. Em fevereiro de 2015 houve 89 pedidos e em janeiro/15,
113”. (SERASA, 2015). Esses são os dados do Brasil e, conforme enfatizamos, no início deste
elemento, para saber que as empresas fracassam (e isso ocorre quando há uma queda na receita
ou um aumento nas despesas), é de tal forma e proporção que a empresa se torna insolvente e
fica impossibilitada de atrair novos financiamentos de dívidas ou do patrimônio líquido (HISRICH;
PETERS; SHEPHERD, 2009).

Infelizmente, o fracasso das empresas é algo comum, principalmente entre as empreendedoras,

25
porque, segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2009), pela novidade, que é a fonte de novas
oportunidades, também passa a ser a fonte de incertezas e de oscilações. Uma das causas mais
comuns do fracasso é a falta de experiência, já que os empreendedores mais experientes terão
mais conhecimento para desempenhar as funções. A experiência, não necessariamente, vem do
sucesso, afinal aprendemos muito mais com nossos fracassos do que com os sucessos. Os autores
afirmam que o importante, em caso de fracasso da organização, não é se focar no que foi perdido
de estrutura física, a dor dos colaboradores, isso passa e deve ser superado. O foco do fracasso
deve ser no feedback, o que eu fiz de errado? O que meus clientes e fornecedores podem me dar
de informação? Com que velocidade meus projetos foram copiados pela concorrência, e a partir
destas informações, ter experiência e vivência para as próximas decisões que irei tomar, trazendo
ganho para minha experiência profissional e para a comunidade e economia local. Afinal, você não
cometerá os mesmos erros em um próximo empreendimento.

ATIVIDADES

1- Aprendendo com o fracasso: “De acordo com o Indicador Serasa Experian de Falências e
Recuperações, em abril de 2015 foram realizados 161 pedidos de falência em todo o país,
representando uma alta de 15,0% em relação aos 140 requerimentos efetuados no mês anterior
(março/15). Este é o maior valor do ano. Em fevereiro de 2015 houve 89 pedidos e em janeiro/15,
113”. (SERASA, 2015). Esses são os dados do Brasil e, conforme enfatizamos, no início deste
elemento, para saber que as empresas fracassam (e isso ocorre quando há uma queda na receita
ou um aumento nas despesas), é de tal forma e proporção que a empresa se torna insolvente e
fica impossibilitada de atrair novos financiamentos de dívidas ou do patrimônio líquido (HISRICH;
PETERS; SHEPHERD, 2009).

Infelizmente, o fracasso das empresas é algo comum, principalmente entre as empreendedoras,


porque, segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2009), pela novidade, que é a fonte de novas
oportunidades, também passa a ser a fonte de incertezas e de oscilações. Uma das causas mais
comuns do fracasso é a falta de experiência, já que os empreendedores mais experientes terão
mais conhecimento para desempenhar as funções. A experiência, não necessariamente, vem do
sucesso, afinal aprendemos muito mais com nossos fracassos do que com os sucessos. Os autores
afirmam que o importante, em caso de fracasso da organização, não é se focar no que foi perdido
de estrutura física, a dor dos colaboradores, isso passa e deve ser superado. O foco do fracasso
deve ser no feedback, o que eu fiz de errado? O que meus clientes e fornecedores podem me dar
de informação? Com que velocidade meus projetos foram copiados pela concorrência, e a partir

26
destas informações, ter experiência e vivência para as próximas decisões que irei tomar, trazendo
ganho para minha experiência profissional e para a comunidade e economia local. Afinal, você não
cometerá os mesmos erros em um próximo empreendimento.

I- Enfatiza o papel do empreendedor como impulsionador da inovação e, por conseguinte, do


crescimento econômico.

II- Estuda as motivações dos empreendedores quando começam um novo negócio ou desenvolvem
negócios existentes. Conclui que os empreendedores se caracterizam por ter altos níveis de
realização (achievement).

III- Analisa a performance de 81 empresas durante os primeiros dois anos de vida.

IV- Alerta para um conjunto de pessoas que conseguem identificar oportunidades, prossegui-
las e obter lucros.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:

a) ( ) Apenas I e II estão corretas.

b) ( ) Apenas III está correta.

c) ( ) Nenhuma das alternativas está correta.

d) ( ) Todas as alternativas estão corretas.

2- Drucker trouxe para o estudo da administração uma abrangência maior no campo de atuação,
mas deixa claro que o administrador novo não possui a considerada essência do
empreendedorismo, composta por: inovação, risco e autonomia. O que caracteriza a autonomia?

a) ( ) O papel do empreendedor não se limita a criar negócios, ele é considerado na criação de um


novo método, um novo mercado, novas alternativas de materiais e a promoção de mudanças
estruturais nas organizações.

b) ( ) Assim como em investimentos financeiros, quanto maior a incerteza, maior a imprevisibilidade


dos resultados, o autor classifica em três os fatores básicos de risco: as anomalias ou variações às
quais produtos, processos e serviços estão sujeitos; a probabilidade de acontecerem essas
anomalias, e a gravidade das consequências destas anomalias.

c) ( ) O empreendedor possui autonomia para definir os objetivos, decidir sobre o uso de recursos,
bem como escolher estratégias e buscar oportunidades relevantes. É importante não confundir
autonomia com independência.

d) ( ) Nenhuma das alternativas está correta.

27
SEMANA 7 E 8

EIXO TEMÁTICO: GESTÃO E NEGÓCIOS


TEMA/TÓPICO(S): ARRANJOS PRODUTIVOS
HABILIDADE(S): INTRODUZIR CONCEITOS EPISTEMOLÓGICOS E SIGNIFICADOS
CONTEÚDOS RELACIONADOS: LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE CONCEITOS
INTERDISCIPLINARIDADE: DEMAIS COMPONENTES DO CURSO TÉNCICO EM LOGÍSTICA
REFERÊNCIAS:
Série Empreendimentos Coletivos – “E-book”
Onze cartilhas no formato “e-book”. Cada cartilha contém informações básicas sobre um dos seguintes
tipos de empreendimentos coletivos, sendo uma cartilha para cada série Empreendimentos Coletivos:
Associação, Cooperativa, Cooperativa de Crédito, Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público (Oscip), Central de Negócios, Consórcio de Empresas e Arranjo Produtivo Local (APL);
Empresa de Participação Comunitária – SPC; Sociedade de Propósito Específico – SPE; Sociedade
de Garantia de Crédito e Cultura da Cooperação. Site para baixar as cartilhas:
http://www.biblioteca.sebrae.com.br
ARRANJO PRODUTIVO LOCAL

O que é arranjo produtivo local - APL?

Ao contrário dos demais Empreendimentos coletivos, o Arranjo Produtivo Local – APL – não se
constitui sob a forma de pessoa jurídica ou é determinado por um contrato.

Mais especificamente, o Arranjo Produtivo Local é uma aglomeração de empresas, localizadas em


um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação,
interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como: governo,
associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. Para melhor compreensão do
conceito de APL, é importante detalhar alguns de seus termos, conforme adiante.

Aglomeração de Empresas

Quando se fala em um Arranjo Produtivo Local, deve-se considerar, em primeiro lugar, a existência
de uma aglomeração de um número de empresas que atua em torno de uma atividade produtiva
principal. O termo aglomeração – produtiva, científica, tecnológica e/ou inovativa – tem como
aspecto central a proximidade territorial de agentes econômicos, políticos e sociais (empresas e
outras organizações e organizações públicas e privadas). Uma questão importante, associada a
esse termo, é a formação de economias de aglomeração, ou seja, as vantagens oriundas da
proximidade geográfica dos agentes, incluindo acesso a matérias-primas, equipamentos, mão de
obra e outros. Considera-se que a aglomeração de empresas amplie suas chances de

28
sobrevivência e crescimento, constituindo-se em relevante fonte geradora de vantagens
competitivas. Isso é particularmente significativo no caso dos pequenos negócios.

A atuação dessas empresas pode se destacar sobre o aspecto vertical, quando as empresas
participam de várias etapas de determinado processo produtivo, ou horizontal quando se destacam
por fazer, basicamente, uma das etapas do processo. A aglomeração não se mede somente pelo
número de empresas. Outros fatores devem ser levados em conta, tais como: número de postos
de trabalho, faturamento, mercado, geração de empregos indiretos e até potencial de
empreendedores informais que poderiam organizar-se como pessoa jurídica entre outros.

Território

“A territorialidade aqui definida não se refere meramente à localização de atividades e sim à ligação
de interdependências específicas da vida econômica de uma região e ocorre com o enraizamento
da viabilidade econômica em ativos, que incluem práticas e relações, não disponíveis em outros
lugares e que fácil e rapidamente são criadas ou imitadas em lugares que não as têm.”

A noção de território é importante para a atuação em um Arranjo Produtivo Local, já que a


aglomeração se dá em um determinado espaço físico. O APL compreende um recorte do espaço
geográfico (parte de um município, um município, conjunto de municípios, bacias hidrográficas,
vales, serras etc.) que:

29
• possua sinais de identidade coletiva (sinais sociais, culturais, econômicos, políticos, ambientais,
históricos, etc.);

• mantenha ou tenha capacidade de promover uma convergência em termos de expectativas de


desenvolvimento;

• estabeleça parcerias e compromissos para manter e especializar os investimentos de cada um


dos atores no próprio território;

• promova, ou seja, passível de uma integração econômica e social no âmbito local.

“A proximidade ou concentração geográfica, levando ao compartilhamento de visões e valores


econômicos, sociais e culturais, constitui fonte de dinamismo local, bem como de diversidade e de
vantagens competitivas em relação a outras regiões.”

“Assim, micro, pequenas e médias empresas do mesmo ramo, localizadas numa região geográfica
limitada, organizaram-se em torno de uma associação e sob uma governança baseada na confiança
mútua para desenvolver as atividades relacionadas à escolha do ramo de produção, constituindo
os chamados Arranjos Produtivos Locais – APL.”

Especialização Produtiva

A especialização produtiva envolve além da produção de bens e serviços, o conhecimento que as


pessoas e empresas de um território possuem sobre uma atividade econômica principal, seja ela
no segmento da indústria, do comércio, dos serviços, do turismo, do artesanato, seja do
Agronegócio.

Aprendizagem e Inovação

Esses aspectos manifestam-se pela existência de iniciativas, ações, atividades e projetos realizados
em conjunto, entre as empresas, entre empresas e suas associações, entre empresas e instituições
técnicas e financeiras, entre empresas e poder público, e outras possíveis combinações entre os
atores presentes no APL. A aprendizagem e a inovação podem ocorrer por meio de:

• intercâmbio sistemático de informações produtivas, tecnológicas e mercadológicas (com clientes,


fornecedores, concorrentes e outros);

• interação envolvendo empresas e outras instituições, por meio de programas comuns de


treinamento, realização de eventos/feiras, cursos e seminários, entre outros;

• integração de competências, por meio da realização de projetos conjuntos, incluindo desde


melhoria de produtos e processos até pesquisa e desenvolvimento propriamente ditos, entre
empresas e dessas com outras instituições.

30
• troca de experiências, formando uma rede de aprendizagem e de difusão de inovações.

Nos APL o aprendizado constitui fonte fundamental para transmissão de conhecimentos e a


ampliação da capacitação produtiva e inovadora das empresas e outras organizações.

A capacitação inovadora possibilita a introdução de novos produtos, processos, métodos e formatos


organizacionais, sendo essencial para garantir a competitividade sustentada dos diferentes arranjos
locais, tanto individual como coletivo.

Cooperação

O significado genérico de cooperação é o de trabalhar em comum, envolvendo relações de


confiança mútua e coordenação, em níveis diferenciados, entre os agentes. Em um Arranjo
Produtivo Local, identificam-se dois diferentes tipos de cooperação.

A primeira é a cooperação produtiva, visando à obtenção de economias de escala e de escopo,


bem como a melhoria dos índices de qualidade e produtividade.

A segunda, a cooperação inovativa, que resulta na diminuição de riscos, custos, tempo e,


principalmente, no aprendizado interativo, dinamizando o potencial inovativo do Arranjo Produtivo
Local.

A cooperação no APL ocorre em diferentes momentos e, entre diferentes atores, dentro de um


processo interativo e dinâmico. Mesmo que no mercado haja uma competição saudável entre
empresas que pertencem ao APL, prevalece o espírito da cooperação em prol do desenvolvimento
local.

Outros atores locais

Quando se fala em Arranjo Produtivo Local, é imprescindível considerar a presença dos vários

31
atores (empreendedores, agentes e instituições) que possuem ações voltadas direta ou
indiretamente ao desenvolvimento da atividade produtiva local.

Um APL não é reconhecido somente pelas ações das empresas ou empreendedores, mas também
por outras entidades públicas ou privadas comprometidas com o desenvolvimento do APL.

São exemplos de atores locais as instituições de promoção, financiamento e crédito, de ensino e


pesquisa, os centros tecnológicos, as associações empresariais, os prestadores de serviços, as
organizações do terceiro setor e os governos em todos os âmbitos, fisicamente localizados no APL
ou próximos. Por fim, de forma mais simplificada, pode-se definir APL como aglomerações de
empresas do mesmo setor ou correlatas, localizadas em um mesmo espaço geográfico, com a
presença de agentes econômicos, políticos e sociais, e que apresentam vínculos e
interdependência, num ambiente de especialização produtiva.

Para a caracterização de um arranjo produtivo, três pré-requisitos básicos devem ser levados em
consideração:

• escala (nº de empresas/empreendedores, valor da produção etc.);

• importância relativa (variáveis microrregionais/estaduais/nacionais);

• contiguidade territorial (associada à proximidade física e/ou facilidade de contatos entre seus
agentes).

Fazem parte dos arranjos as empresas produtoras de bens e serviços finais, os fornecedores de
matérias-primas e equipamentos, as prestadoras de serviços, as comercializadoras e os clientes.
Devem ser consideradas também como pertencentes aos arranjos as inúmeras instituições locais
que se dedicam à formação e treinamento de recursos humanos, ciências e tecnologia, pesquisa e
desenvolvimento etc., bem como os agentes sociais e políticos locais.

Conforme Cassiolato, Lastres & Szafiro (2000)6, as principais peculiaridades de um APL são:

• a dimensão territorial (os atores do APL estão localizados em certa área onde ocorre interação);

• a diversidade das atividades e dos atores (empresários, sindicatos, governo, instituições de


ensino, instituições de pesquisa e desenvolvimento, ONGs, instituições financeiras e de apoio);

• o conhecimento tácito (conhecimento adquirido e repassado por meio da interação,


conhecimento não codificado);

• as inovações e aprendizados interativos (inovações e aprendizados que surgem com base na


interação dos atores); e

• a governança (liderança do APL, geralmente exercida por empresários ou pelo seu conjunto

32
representativo – sindicatos, associações).

O quadro abaixo resume alguns aspectos comuns que fundamentam a constituição de aglomerados
locais:

CLASSIFICAÇÃO DO ALP

Cada arranjo apresenta suas próprias características com relação às origens, contexto econômico,
ambiente sociocultural, nível de complexidade da cadeia produtiva entre outras. Com relação ao
grau ou estágio de desenvolvimento, os arranjos podem ser classificados em três níveis:

1. Arranjos incipientes

São os arranjos desarticulados, carentes de lideranças legitimadas. Falta integração entre as


empresas, o poder público e a iniciativa privada e uma visão mais ampla para o empresariado. Não
há centros de pesquisa ou de profissionalização que poderiam contribuir para elaborar/implementar
novos processos produtivos. São determinados por:

• baixo desempenho empresarial;

• foco individual;

33
• isolamento entre empresas;

• ausência de interação do poder público;

• ausência de apoio/presença de entidade de classe;

• mercado local (mercado de atuação restrito);

• base produtiva mais simples.

Este nível engloba aqueles arranjos incipientes, bastante desarticulados, carentes de governança,
cooperação, entidades de classe estruturadas, investimentos em ciência e tecnologia. São
importantes em termos locais pela interferência positiva na arrecadação do município e no número
de empregos gerados, mas os resultados obtidos estão aquém da sua potencialidade.

São também carentes de recursos financeiros, não sendo satisfatoriamente contemplados com
linhas de crédito pelos bancos tradicionais, por inúmeros motivos. Seu mercado ainda é o local ou
microrregional, não apresentando competitividade para tentativas mais arrojadas.

2. Arranjos em desenvolvimento

São importantes para o desenvolvimento local, pois atraem novas empresas e incentivam os
empreendedores a investirem em competitividade, como condição para sua sobrevivência.

Preocupam-se com os demais elos da cadeia produtiva, com impacto direto sobre a qualidade de
seus produtos. As lideranças são mais capacitadas e legitimadas, organizando-se em entidades de
classe, defendendo interesses regionais em vez de particulares. Apresentam uma incipiente
integração entre o poder público e o empresarial. São reconhecidos por:

• foco setorial;

• possíveis estrangulamentos nos elos da cadeia produtiva;

• dificuldade no acesso a serviços especializados (tecnologia/design/ logística/crédito);

• interação com entidade de classe;

• mercado local/estadual/nacional.

Seu processo de desenvolvimento é reconhecido, possibilitando a atração de novas empresas e


incentivando os empreendedores locais a também participarem da geração de renda do novo
movimento empresarial. Novas atividades econômicas relacionadas com o arranjo produtivo
começam a surgir e há uma demanda por maior competitividade ao longo da cadeia produtiva e
também por serviços.

Suas lideranças empresariais estão mais legitimadas e capacitadas, atuando em entidades de

34
classe, com ênfase maior no trabalho setorial. Inicia-se uma cooperação intersetorial das empresas
com seus fornecedores e suas entidades.

O arranjo passa a interessar aos Bancos, que, por conhecer melhor o setor e seus empresários,
aumentam as operações financeiras. Há centros de educação profissional e de aperfeiçoamento
técnico e disposição, pelas empresas, de investir em novas tecnologias e novos produtos. Verifica-
se uma participação regular das empresas como visitantes e expositores em feiras do setor.

O produto já começa a ser identificado com alguma característica sociocultural local


(posicionamento de produto). Realizam-se de forma mais constante pesquisas relativas a
inovações técnicas e questões mercadológicas e as empresas apresentam-se mais competitivas,
iniciando a participação em novos mercados.

CARACTERÍSTICAS DA ALP

Independentemente do seu estágio de evolução, o APL apresenta características marcantes,


diferenciando-o de outras aglomerações empresariais ou produtivas:

• Dimensão territorial – é o espaço onde processos produtivos, inovadores e cooperativos têm lugar,
tais como: municípios, microrregiões, entre outros.

• Diversidade de atividades e atores econômicos, políticos e sociais – os arranjos envolvem a


participação e interação de empresas (produtoras de bens e serviços finais, fornecedoras de
insumos e equipamentos, prestadoras de serviços, comercializadoras, cliente etc.), órgãos de
classe, instituições privadas e públicas de ensino, pesquisa, consultoria, bem como instituições
políticas e de promoção e financiamento e a comunidade organizada em geral.

• Conhecimento tácito – nos arranjos verificam-se processos de geração, compartilhamento e


socialização de conhecimento, por parte de empresas, instituições e indivíduos. São importantes
os conhecimentos tácitos, ou seja, aqueles que não estão codificados, mas que estão implícitos e
incorporados em indivíduos. São elementos de vantagem competitiva de quem os detém. Nos APL
mais desenvolvidos, esse conhecimento pode chegar a ser explícito em função de processos de
padronização e normatização. O conhecimento tácito reside em crenças, valores, saberes e
habilidades do indivíduo ou organização. Encerram, por sua vez:

1) saberes sobre o processo produtivos não disponíveis em manuais;

2) saberes gerais e comportamentais;

3) capacidade para resolução de problemas não codificados; e

4) capacidade para estabelecer vínculos entre situações e interagir com outros recursos humanos.

35
Nos APL em desenvolvimento e nos desenvolvidos, também aparecem em maior ou menor grau
as seguintes características:

• Inovação e aprendizado interativos – o aprendizado interativo é a fonte fundamental para a


transmissão de conhecimentos e a ampliação da capacidade produtiva e inovadora das firmas e
instituições;

• Governança – são os diferentes modos de coordenação entre os agentes e atividades, que


envolvem da produção à distribuição de bens e serviços, assim como o processo de geração,
disseminação e uso de conhecimento e das inovações.

DESENVOLVIMENTO LOCAL

Do ponto de vista da importância para o desenvolvimento local, os APL apresentam as seguintes


características:

• Incipientes – são relevantes, porque interferem positivamente na arrecadação do município e no


número de empregos gerados, mas os resultados obtidos estão aquém da sua potencialidade;

• Em desenvolvimento – o arranjo possibilita a atração de novas empresas e incentiva os


empreendedores locais a também participar da geração de renda do novo movimento. Surgem
novas atividades econômicas relacionadas com o crescimento do arranjo produtivo e uma demanda
por maior competitividade ao longo da cadeia produtiva e por serviços;

• Desenvolvidos – o arranjo é mola propulsora do desenvolvimento local. Provoca no município o


efeito “bola de neve”, atraindo mais e mais novas empresas, fornecedores, prestadores de serviços
etc.

LIDERANÇA

Um dos fatores determinantes para o desenvolvimento de APL é a liderança exercida por empresas,
empreendedores e atores locais. Com relação à liderança, os APL apresentam as seguintes
características:

• Incipientes

- As lideranças locais são conhecidas, mas não legitimadas.

- Carecem de uma visão empresarial mais ampla e comportamento positivo e construtivo.

- São, geralmente, despreparados para voos mais altos. - Sua área de influência e atuação é local.

- Atuam isoladamente, dando preferência ao desenvolvimento de suas próprias empresas, e não


no do setor/território.

36
• Em desenvolvimento

- As lideranças estão mais legitimadas e capacitadas.

- Atuam em entidades de classe, mas com ênfase maior no trabalho setorial.

- Surgem relacionamentos (consultivos e sem poder decisório), em geral informais, entre os líderes
em fóruns, grupos de trabalho e comitês, buscando objetivos comuns.

- São desenvolvidas iniciativas coletivas de compra, venda e acesso a equipamentos produtivos de


tecnologia avançada.

• Desenvolvidos

- As lideranças atuam em entidades de classe, conselhos municipais e regionais, preocupados com


o arranjo como um todo.

- Há regras formais de relacionamento entre os líderes. - Surgem mais poderes deliberativos além
dos consultivos.

Outros fatores marcantes são a atuação dos atores e da cooperação entre eles de tal forma que
pode se caracterizar os APL com relação a estes fatores conforme abaixo:
• Incipientes
- Sem entidades de classe ou com entidades pouco desenvolvidas. - Não há integração entre o
poder público e a iniciativa privada.
- Falta de consenso entre as lideranças locais.
• Em desenvolvimento
- Embrião de entidades de classe mais desenvolvidas, que participam nas decisões políticas que
afetam o desenvolvimento dos municípios e prestam serviços relevantes para o desenvolvimento
das empresas associadas.
37
- O meio empresarial reforça sua atuação a partir de grupos setoriais que executam conjuntamente
ações relevantes para seu desenvolvimento.
- Os sindicatos patronais e, eventualmente, de trabalhadores marcam sua presença ainda de forma
tímida.
- Inicia-se uma cooperação intersetorial das empresas com seus fornecedores e suas entidades.
• Desenvolvidos
- O meio empresarial está organizado em entidades bem desenvolvidas, que atuam não só em nível
municipal, mas também nos níveis regionais, estadual e nacional.
- Os atores relevantes para o desenvolvimento social, político e econômico reconhecem as
lideranças, facilitando sua integração.

Quanto aos Recursos financeiros e acesso ao crédito, um dos fatores de maior dinamismo para o
desenvolvimento de qualquer agrupamento empresarial, os APL apresentam a seguinte divisão:
• Incipientes
- Os agentes financeiros estão presentes, mas não se envolvem de forma proativa no
desenvolvimento das empresas do arranjo, pelo desconhecimento de suas finanças e por
tradicional temor de inadimplência.
- As análises são muito individualizadas.
- Na falta de recursos do sistema financeiro é comum o financiamento de suas necessidades de
capital de giro com recursos não adequados, com custo bem mais alto.
- Os investimentos para expansão não são realizados adequadamente por falta de financiadores
de médio e/ou longo prazos.
• Em desenvolvimento
- O arranjo já permite aos bancos aplicar o conceito de “finanças de proximidade”, aumentando
suas aplicações pelo conhecimento melhor das empresas e dos segmentos empresariais.
- As empresas juntam recursos próprios e esforços para garantir a realização de pequenos
investimentos relevantes para o meio empresarial.
• Desenvolvidos
- O sistema financeiro, tradicionalmente, já atua com as empresas integrantes dos grandes arranjos.
As linhas de crédito do BNDES e de seus agentes são, normalmente, direcionadas a essas
empresas.
38
- As empresas, mais bem estruturadas, investem mais no desenvolvimento do arranjo, com
recursos próprios e de terceiros.
GESTÃO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
Quanto à Gestão do processo de desenvolvimento, as características dos APL são:
• Incipientes
- Ausência de um plano para o desenvolvimento e de ações integradas.
• Em desenvolvimento
- Inicia-se uma integração entre meio empresarial e poder público, especialmente na cogestão de
questões relativas ao desenvolvimento econômico.
• Desenvolvidos
- Há um plano mais amplo e complexo, elaborado pelos parceiros governamentais e empresariais,
incluindo uma clara distribuição de tarefas para cada um dos atores envolvidos.

Inovação e tecnologia são um dos maiores desafios para os APL se fortalecerem em termos de
competitividade frente à concorrência em um mundo de economia globalizada. Assim, neste
quesito, os APL apresentam as seguintes características:
• Incipientes
- A ausência de integração de empresas impede a difusão da inovação e a melhoria coletiva do
processo produtivo.
- Mesmo as tecnologias já conhecidas não são sempre aplicadas, de forma constante, para os
produtos usuais.
- Não há centros de pesquisa ou de profissionalização, que poderiam contribuir para a
elaboração/implementação de novos processos produtivos.
- Há indisposição de investir no desenvolvimento e aquisição de novas tecnologias.
- Participação pontual dos empresários como visitantes em feiras do setor.
• Em desenvolvimento
- Há centros de educação profissional e de aperfeiçoamento técnico utilizados pelas empresas.
- Há disposição de investir em novas tecnologias e novos produtos. - Participação regular das
empresas como visitantes e expositores em feiras do setor.
- Há contatos preliminares com centros de pesquisas.
- A ausência de ações coletivas limita o acesso a novas tecnologias de produção e gestão.
- Os contatos permanentes entre empresas facilitam ganhos incrementais de inovação pela difusão.
• Desenvolvidos
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- Presença de centros de pesquisa e instituições de ensino superior com propostas específicas para
o arranjo, contribuindo de forma mais eficaz para o desenvolvimento de novas tecnologias,
processos e produtos.
- A região torna-se referência para questões de inovação tecnológica relativas ao arranjo.
- Há centros de educação profissional e de aperfeiçoamento bem equipados e possuem um quadro
funcional de alto nível.
Por fim, quanto ao mercado e competitividade:
• Incipientes
- O produto não tem, ainda, forte identidade local.
- O mercado regional é acessível, conhecido e parcialmente atendido pelo arranjo.
- Os demais mercados são pouco acessíveis ou mesmo inacessíveis.

• Em desenvolvimento
- O produto já começa a ser identificado com alguma característica sociocultural local
(posicionamento de produto).
- Realizam-se de forma constante pesquisas relativas a inovações técnicas e questões
mercadológicas.
- As empresas apresentam-se mais competitivas, iniciando a participação em novos mercados.
• Desenvolvidos
- As empresas apresentam-se mais competitivas e atuam em outros níveis de mercado (regional,
nacional e internacional).
- Implementação de iniciativas de marketing territorial.

ATIVIDADES

1- Depois da leitura da matéria de Arranjos Produtivos, vamos realizar uma atividade de fixação do
conteúdo, responda as questões de acordo com o texto apresentado nas semanas 7, 8, 9 e 10.
(1) Defina o que é um arranjo produtivo local?
(2) Por que a noção de território é importante?
(3) Quais os meios em que ocorrem a aprendizagem e a inovação?
(4) Defina quais as possíveis classificações de um APL?

(5) Na sua opinião, escreva sobre a importância dos recursos financeiros e da inovação tecnológica
para os arranjos produtivos.

40
SEMANA 9 E 10

EIXO TEMÁTICO: GESTÃO DE NEGÓCIOS


TEMA/TÓPICO(S): PERFIL DO EMPREENDEDOR
HABILIDADE(S): INTRODUZIR CONCEITOS EPISTEMOLÓGICOS E SIGNIFICADOS
CONTEÚDOS RELACIONADOS: LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE CONCEITOS
INTERDISCIPLINARIDADE: DEMAIS COMPONENTES DO CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA
REFERÊNCIAS:
Série Empreendimentos Coletivos – “E-book”
Onze cartilhas no formato “e-book”. Cada cartilha contém informações básicas sobre um dos seguintes
tipos de empreendimentos coletivos, sendo uma cartilha para cada série Empreendimentos Coletivos:
Associação, Cooperativa, Cooperativa de Crédito, Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público (Oscip), Central de Negócios, Consórcio de Empresas e Arranjo Produtivo Local (APL);
Empresa de Participação Comunitária – SPC; Sociedade de Propósito Específico – SPE; Sociedade
de Garantia de Crédito e Cultura da Cooperação. Site para baixar as cartilhas:
http://www.biblioteca.sebrae.com.br
INTRODUÇÃO

Vimos o que são os empreendedores, quanto são importantes para nossa economia e
desenvolvimento social de uma região, bem como quantos são e como agem dentro de nosso país.

Agora, vamos apresentar como eles se caracterizam, o que eles possuem de diferente. Como
podemos identificá-los? Acompanhe a leitura e você saberá.

EMPREENDEDOR DE SUCESSO E SUAS CARACTERÍSTICAS

O empreendedor de sucesso possui características além das de um administrador, e alguns


atributos pessoais somados aos ambientes permitem que aflorem essas características. Para
Degen (1989), o empreendedor de sucesso é o que não cansa de observar situações e negócios,
sempre buscando novas oportunidades, onde elas estejam, nas compras no caminho de casa, da
faculdade ou no trabalho. E destaca que ninguém nasce com conhecimento para identificar e avaliar
negócios, é a criatividade a responsável por esta grande diferença, que reflete nas empresas,
remetendo assim o empreendedor a um gestor inovador.

CONHECIMENTO, HABILIDADE E ATITUTE - CHA

Antes de conhecer as características dos empreendedores, não podemos deixar de comentar o


que afinal são as competências. A palavra competência, você já deve ter usado corriqueiramente,
e se não usou ouviu alguém usar. Em algum momento você já deve ter usado ou ouvido alguém
falar: “Fulano é muito competente no que faz”, ou o oposto, “Ciclano é um incompetente para fazer

41
este tipo de serviço”. Competência, lembra Maturo (2005, p. 210), “...é uma palavra do senso
comum, utilizada para designar pessoa qualificada para realizar algo. Seu oposto não apenas
implica negação dessa capacidade, mas também guarda um sentimento pejorativo, depreciativo”.

Maturo (2005) ainda explica que a palavra competência pode trazer alguma confusão entre o seu
uso comum e seu uso técnico, por isso é importante entender muito bem o seu verdadeiro conceito.
Vamos rapidamente analisar alguns conceitos de competência apresentados por Bitencourt e
Barbosa (2010):

Vejam que é possível identificar algumas palavras-chave nessas concepções, o que nos leva ao
conceito mais adotado de competência, que diz que competência seria a soma dos conhecimentos,
habilidades e atitudes que um indivíduo possui.

Vocês vão encontrar ou até mesmo já encontraram, em várias literaturas, que a soma dessas três
dimensões forma o CHA = Conhecimento + Habilidade + Atitude.

Costa et al. (2015) afirmam que o conhecimento é sinônimo de SABER. É aquele conhecimento
que você adquire nos estudos, desde o dia que aprendeu a escrever até o final de nossa graduação,
esta aprendizagem será contínua. Como uma pós-graduação, um curso de idiomas, um curso

42
técnico ou um treinamento na empresa na qual trabalhamos são algumas maneiras de adquirir
novos conhecimentos. Sem contar que adquirimos conhecimento lendo um livro, vendo um filme,
em nosso trabalho e com as pessoas que nos cercam.

Segundo Chiavenato (2011), nos dias atuais o conhecimento é o recurso mais importante e valioso
que as organizações possuem. Você deve estar se perguntando: se eu não tiver dinheiro na
organização de nada adianta, então todos os recursos são importantes, como no caso do dinheiro,
mas se eu tiver dinheiro e não tiver conhecimento para utilizá-lo, não terei sucesso. E como este
conhecimento está guardado na cabeça de cada um dos integrantes da organização, Chiavenato
(2011, p. 562) enfatiza que são as pessoas que aprendem, desenvolvem e aplicam o conhecimento
na utilização adequada dos demais recursos organizacionais. Os recursos são estáticos, inertes
e dependentes da inteligência humana que utiliza o conhecimento. O conhecimento é criado e
modificado pelas pessoas e é obtido por meio da interação social, estudo, trabalho e lazer.

Costa et al. (2015, p. 24) ainda questionam: por que o conhecimento, as pessoas e o capital
intelectual são tão importantes para as organizações na atualidade? Tudo mudou: o mundo
mudou, nós mudamos, e uma mudança muito perceptível é a velocidade das informações advindas
das novas tecnologias, como a internet. Se você fizer uma pesquisa de um determinado assunto,
por exemplo, empreendedorismo, vai se deparar com milhares de resultados, e esta informação
que você obteve está à disposição de todos, então, para as empresas sobreviverem, precisarão
utilizar de forma eficaz e eficiente estas informações. E elas conseguirão isso com as pessoas
qualificadas, que possuem amplo conhecimento em sua área de atuação e estão trabalhando nelas.

Já Habilidade é sinônimo de SABER FAZER, é a capacidade técnica para realizar determinada


atividade, é colocar a teoria na prática. É, conforme Cramigna (2007, p. 123), “usar o conhecimento
de forma adequada”, ou seja, produzir algum resultado com o conhecimento que possui.

Queiroz (2008, p. 22) explica que habilidade “é a dimensão prática que desenvolvemos na medida
em que empregamos o conhecimento adquirido”. E para Katz (1955 apud CHIAVENATO, 2011, p.
3), “uma habilidade é a capacidade de transformar conhecimento em ação e que resulta em um
desempenho desejado”. Já Oliveira, Santos e Lourenção (2008, p. 191) definem que a habilidade
“está relacionada ao saber fazer algo ou à capacidade de aplicar e fazer uso produtivo do
conhecimento adquirido; instaurar informações e utilizá-las em uma ação, com vistas à consecução
de um propósito específico”.

Katz (1955 apud CHIAVENATO, 2011) propôs três tipos de habilidades que são essenciais para
qualquer administrador ou gerente. Não podemos mais considerar que só administradores e
gerentes necessitam destes tipos de habilidades, elas são necessárias para quaisquer profissionais

43
que estão no mercado em busca do sucesso nas suas profissões e no seu negócio. Essas três
habilidades são a técnica, a humana e a conceitual. Daft (2010) e Chiavenato (2011) fazem um
compilado dos estudos de Katz sobre essas habilidades.

A habilidade técnica é a compreensão e a proficiência no desempenho de tarefas específicas.


Ela inclui o domínio de métodos, técnicas e equipamentos envolvidos em funções específicas, tais
como engenharia, manufatura ou finanças. Habilidade técnica também inclui conhecimento
especializado, capacidade analítica, e o uso competente de ferramentas e técnicas para resolver
problemas naquela disciplina específica.

Já as habilidades humanas estão relacionadas ao trabalho com as pessoas e referem-se à


facilidade de relacionamento interpessoal e grupal. Envolvem a capacidade de comunicar, motivar,
coordenar, liderar e resolver conflitos pessoais ou grupais. As habilidades humanas estão
relacionadas com a interação com as pessoas. O desenvolvimento da cooperação dentro da
equipe, o encorajamento da participação, sem medo ou receios e o envolvimento das pessoas
são aspectos típicos de habilidades humanas. Saber trabalhar com pessoas e por meio de pessoas.

Por último, a habilidade conceitual envolve a visão da organização ou unidade organizacional como
um todo, a facilidade em trabalhar com ideias e conceitos, teorias e abstrações. Um administrador
com habilidades conceituais está apto a compreender as funções da organização, complementá-
las entre si, entender como a organização se relaciona com seu ambiente e como as mudanças em
uma parte da organização afetam o restante dela. As habilidades conceituais estão relacionadas
com o pensar, com o raciocinar, com o diagnóstico das situações e com a formulação de
alternativas de solução dos problemas. Representam as capacidades cognitivas mais sofisticadas
do administrador e que lhe permitem planejar o futuro, interpretar a missão, desenvolver a visão e
perceber oportunidades onde ninguém enxerga nada.

Combinar esses três tipos de habilidade é essencial para qualquer profissional e empreendedor,
isso terá uma variação dependendo do nível organizacional que este profissional trabalha. “Quando
trabalhamos no nível operacional, existe maior necessidade de habilidades técnicas. À medida que
subimos na pirâmide organizacional e chegamos ao nível institucional, a habilidade conceitual deve
ser mais presente” (COSTA et al., 2015, p. 24). Na figura que segue você poderá verificar a
utilização dessas habilidades.

44
Você pode observar na figura anterior que no nível institucional é predominante a necessidade
de habilidades conceituais, o que engloba a formação de estratégias, planejamentos para as
organizações, há também a necessidade eminente das habilidades humanas, essas sim perduram
de forma aparente em todos os níveis; quando passamos para analisar o nível tático ou
intermediário as habilidades têm envolvimento igualitário, neste nível as técnicas operacionais, a
relação com as pessoas e o planejamento são utilizados para distribuir aos demais da organização
o que foi pensado para o futuro e colocar em prática as ações para transformar o planejamento em
prática; e por fim, no nível operacional é o momento de executar, então as habilidades técnicas são
as predominantes, é a hora de “pôr a mão na massa”.

Algo importante a observar é que, mesmo que a utilização de uma ou outra habilidade tenha
variação nos níveis, todas são utilizadas, portanto, indiferente do cargo/função exercida, é
necessária a utilização de todas as habilidades, assim, temos que trabalhar para desenvolver e
aplicar todas elas.

45
Para completar, vamos falar sobre Atitude – é o QUERER FAZER –, isto está relacionado à ação,
iniciativas e proatividade. Oliveira, Santos e Lourenção (2008, p. 191) mostram que a atitude
“refere-se a aspectos sociais e afetivos

relacionados ao trabalho, que são estados complexos do ser humano que afetam o comportamento
em relação a pessoas e eventos, determinando a escolha de um curso de ação pessoal”. A ação
tem relação com a motivação, escolher fazer algo está diretamente ligado ao ambiente de que as
pessoas fazem parte, quer dizer que se você está motivado com seu trabalho, tem maior propensão
em ter atitude proativa, em realmente querer fazer a diferença e fazer diferente. Em complemento
a essa afirmação, Queiroz (2008, p. 22) explica que “a predisposição pessoal em fazer ou não
alguma ação é o que nos leva a pôr em prática os conhecimentos e habilidades”.

Ainda, Daft (2010, p. 639) apresenta que a atitude “é uma avaliação – positiva ou negativa
– que predispõe uma pessoa a agir de determinada maneira”. Certamente, depois de conhecer
todos esses conceitos de atitude, você percebe a importância disso no empreendedorismo, atitude
faz parte da pessoa empreendedora.

Complementando o estudo das competências (CHA – conhecimento, habilidade e atitude), há


mais uma abordagem que precisamos apresentar, as competências. Vistas anteriormente, elas
se dividem ainda em: competências técnicas e competências comportamentais. Costa et al.
(2015, p. 30) explicam que “competências técnicas são aquelas que os profissionais precisam
para desempenhar seu papel. Já as competências comportamentais são aquelas que tornam o
profissional mais competitivo no mercado de trabalho e que efetivamente impactam no resultado
final. É o diferencial competitivo”.

Assim, a figura a seguir resume o que você viu neste tópico, as competências comportamentais
são a atitude, e as competências técnicas são o conhecimento.

46
CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR

Agora que você viu o que são as competências, habilidades e atitudes, vamos propriamente falar
sobre o que os empreendedores têm de características e o quanto o CHA está presente na ação
empreendedora. Diversas são as instituições e pesquisadores que definem as características
empreendedoras, e estas mesmas instituições trabalham em treinamentos para que possamos
desenvolver e estimular essas características. Mas devemos lembrar que, conforme Farah et al.
(2013), dificilmente uma pessoa reunirá todas as características detectadas em empreendedores.
Veremos o que Dornelas (2008, p. 17) nos apresenta como características dos empreendedores
de sucesso, no quadro a seguir.

Característica e Significado

Capacidade de assumir riscos calculados

É uma das qualidades mais importantes do empreendedor de sucesso. Assumir risco é ter a
coragem de enfrentar desafios; de tentar um novo empreendimento; de buscar os melhores
caminhos. É importante observar a expressão final “calculados”; o ato de começar um negócio não

47
pode ser encarado como uma simples aventura, mas, antes de tudo, deve ser uma aventura
planejada; portanto, os riscos assumidos deverão estar em um contexto em que serão avaliados e
mantidos sob controle.

São organizados

Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos, tecnológicos e


financeiros, de forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio.

Planejam, planejam, planejam

Os empreendedores de sucesso planejam cada passo do seu negócio, desde o primeiro


rascunho do plano de negócios até a apresentação do plano a investidores, definição das
estratégias de marketing do negócio etc., sempre tendo como base a forte visão do negócio que
possuem.

Possuem conhecimento

São sedentos pelo saber e aprendem continuamente, pois sabem que quanto maior o domínio
sobre um ramo de negócio, maior é sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir das
experiências práticas, de informações obtidas em publicações especializadas, em cursos, ou
mesmo de conselhos de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.

Assumem riscos calculados

Talvez essa seja a característica mais conhecida dos empreendedores. O verdadeiro


empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe gerenciá-los, avaliando as reais
chances de sucesso.

Criam valor para a sociedade

Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar valor para a sociedade, com geração
de empregos, dinamizando a economia e inovando, sempre usando sua criatividade em busca de
soluções para melhorar a vida das pessoas.

FONTE: Dornelas (2008, p. 17)

As características apresentadas por Dornelas (2008), no quadro anterior, nos fazem perceber que
muitas delas podem, sim, ser natas, ou seja, nascem conosco. Em contrapartida, outras precisam
ser desenvolvidas, e muito possivelmente, como Farah et al. (2013) afirmam, não as encontraremos
na totalidade em apenas um indivíduo. No que diz respeito a estas características, Farah et al.
(2013, p. 6) fizeram um apanhado de diversas pesquisas e autores, e as compilaram no quadro a
seguir.

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CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR

Aproveitar oportunidades, tendo iniciativa e força de vontade

Não basta apenas perceber a oportunidade de um negócio, é importante agir para concretizá-la.
Essa característica é básica na personalidade de um empreendedor, pois reúne a percepção da
oportunidade para um novo negócio e o senso prático da iniciativa e da força de vontade, no sentido
de materializar uma ideia, seja um novo negócio, seja um novo processo de produção, seja um
novo modelo de operação.

Busca de informações e conhecimento do ramo empresarial

Quanto mais o futuro empresário conhecer o ramo de negócio que pretende explorar, maior será
sua probabilidade de sucesso. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações
obtidas em publicações especializadas, em centros de tecnologia e outras fontes, como
clientes, fornecedores e mesmo a concorrência. Entretanto, é importante ressaltar que uma
personalidade empreendedora se dedica pessoalmente a essa busca; não se limita a um simples
relato, mas verifica pessoalmente um novo processo de fabricação de produto ou fornecimento
de serviço, procura assessoria técnica e especializada para certificar-se da potencialidade de
sucesso de seu empreendimento.

Planejamento e senso de organização

A desorganização no início do empreendimento pode comprometer, em pouco tempo, seus


resultados. O empresário de sucesso deve ser capaz de utilizar os recursos de que dispõe. Um
modo simples e eficaz de o empresário se organizar é planejar as atividades, dividindo-as em
etapas e estipulando prazos para seu cumprimento, procurando cumpri-los sempre. Dessa forma,
o futuro empresário estará monitorando o próprio de Autoconfiança e independência pessoal

São qualidades daquelas pessoas que procuram ser os próprios patrões. Muitos empresários
de sucesso trocaram bons empregos pelo risco de montar o próprio negócio, tornando-se
independentes; são pessoas que buscaram autonomia em relação a normas e controles de outras
pessoas e expressam confiança na própria capacidade de realizar as tarefas propostas, seja qual
for o nível de dificuldade delas.

49
ATIVIDADES

Questionário auto avaliativo


Você se considera empreendedor? (Assinale apenas uma das alternativas em cada questão).
1- Quando me deparo com um problema:
a) ( ) Resolvo imediatamente.
b) ( ) Espero o melhor momento para resolver.
c) ( ) Prefiro esperar que alguém o resolva.
2- Quando você tem a chance de implementar algum projeto ou negócio novo:
a) ( ) Aguarda para ver como as coisas irão transcorrer.
b) ( ) Parte para a ação.
c) ( ) Prepara um plano detalhado antes de agir.
3- Se você é convidado a liderar um projeto ou negócio novo:
a) ( ) Discute os detalhes antes de aceitar o convite.
b) ( ) Aceita mesmo sem saber as condições de implantação.
c) ( ) Deixa a oportunidade para um outro momento, pois não se sente preparado de
imediato.
4- Quando consegue resultado positivo em um projeto, você:
a) ( ) Comemora e só depois pensa em outros desafios.
b) ( ) Comemora, mas torce para que esse momento seja longo para aproveitar e descansar.
c) ( ) Comemora, mas já está pensando no próximo desafio.
5- Se você não alcança os resultados desejados:
a) ( ) Procura saber o que houve e parte para novas ações.
b) ( ) Quer saber o que houve, mas prefere se recuperar e só voltar a agir em outro momento.
c) ( ) Até quer saber o que houve, mas sem se comprometer com novos projetos.
6- Para envolver outras pessoas em um negócio ou projeto, você:
a) ( ) Espera a pessoa perceber que você precisa de ajuda, ou fica na dependência de que
ela se ofereça para ajudar.
b) ( ) Rodeia a pessoa até que ela entenda o que você deseja.
c) ( ) Convida diretamente a pessoa, evidenciando os motivos.
7- Se você fosse convidado para uma atividade que tivesse a máxima estabilidade de emprego,
mas rigor de horário, ao invés de ficar numa atividade com menos rigor de horário, mas com menos
estabilidade, você:
a) ( ) Aceitaria na hora o convite, por entender que a estabilidade é importante para sua carreira.
b) ( ) Não aceitaria, pois entende que a estabilidade não é tão importante comparado com sua

50
liberdade de horário.
c) ( ) Pensaria muito bem antes de fazer a troca, pois não tem certeza do que seria melhor no
momento.
8- Se você estivesse sem emprego, qual seria sua primeira alternativa:
a) ( ) Identificar uma oportunidade de mercado e investir por conta própria em um negócio.
b) ( ) Pensaria bem sobre qual a melhor opção hoje em dia: investir por conta própria ou procurar
algum emprego.
c) ( ) Partiria imediatamente para procurar um emprego, pois não poderia ficar muito tempo
parado.
9- Se você estivesse muito bem empregado, o que pensaria em primeiro lugar:
a) ( ) Buscaria se capacitar para poder garantir uma posição melhor na empresa que lhe
permitisse estar sempre entre os melhores.
b) ( ) Procuraria alguma alternativa fora do emprego para começar a investir seu tempo e recursos
para não depender exclusivamente do seu emprego.
c) ( ) Faria o possível para manter seu emprego trabalhando exaustivamente no horário
determinado para sua jornada de trabalho.
10- Se você enfrentasse uma crise financeira na própria empresa:
a) ( ) Aguardaria para ver o que poderia ocorrer nos próximos tempos, antes de tomar alguma
decisão.
b) ( ) Buscaria uma alternativa de venda do empreendimento e voltaria a procurar um bom
emprego.
c) ( ) Buscaria saber o que ocorre e partiria imediatamente para negociar as dívidas e ter
alternativas de solução.
PONTUAÇÃO DAS QUESTÕES: Assinale a pontuação correspondente a cada questão que você
respondeu anteriormente.

51
TOTAL DE PONTOS ASSINALADOS: (some todos os pontos assinalados.)

RESULTADO E PROCESSAMENTO:

Agora, verifique seu comportamento de empreendedor considerando as questões relatadas:

- De 10 a 24 pontos: você precisa evoluir em suas ações empreendedoras. Tudo indica que você
ainda faz parte da antiga geração de empreendedores, mas nem tudo está perdido. Você poderá
desempenhar um papel melhor como empreendedor buscando se capacitar e tendo atitudes mais
positivas perante problemas ou situações adversas que se apresentarem. Comece já a praticar
ações empreendedoras e refaça o teste em quatro semanas para ver sua evolução. - De 25 a 39
pontos: você parece estar no meio do caminho, mas lembre-se de que o meio do caminho pode ser
para evolução ou regressão. Portanto, olhe sempre para frente e busque ainda mais recursos
pessoais para agir na concepção de nova geração de empreendedores. Você já começa a ter o
compromisso de puxar empreendedores da antiga para a nova geração, portanto, continue se
capacitando para se manter sempre na nova geração de empreendedores. Continue praticando
ações empreendedoras e refaça o teste em quatro semanas para ver sua evolução.

- De 40 ou mais pontos: você parece estar definitivamente na nova geração de empreendedores.


PARABÉNS! Mas, com isso, seu compromisso aumenta, ou seja, além de ser empreendedor da
nova geração, você deverá atuar como multiplicador dessa ideia, buscando estimular seus pares a
evoluir neste meio. Ajude sempre outras pessoas para ser um líder dessa mudança. Continue se
capacitando sempre para não ficar para trás. Continue praticando ações empreendedoras
intensamente e refaça o teste em quatro semanas para ver sua posição.

E então, qual é a pontuação que você alcançou no teste? Qual é o desafio que você se compromete
após a realização do teste? Pensou em terminar seu curso e trabalhar em uma área inovadora?
Certamente muitas áreas já foram e estão sendo exploradas, mas olhe à sua volta, observe,
pondere, certamente você encontrará um novo mercado para atuar. E por que não desenvolver em
um mercado em que você já atua? Se trabalhar em uma indústria, como posso atuar e utilizar meus
conhecimentos na indústria? Você já sabe como é o empreendedorismo nesta situação? Vamos, a
partir daqui, conhecer o empreendedorismo corporativo e o intraempreendedorismo.

52
PARA ENRIQUECER SEUS CONHECIMENTOS.
DICAS DE LEITURA, FILME, DOCUMENTÁRIO, OUTROS.

Cooperar bom negócio ALP


https://www.youtube.com/watch?v=W1NYH0AVi5w&t=1623s
Para criar o site do seu negócio:
https://www.youtube.com/watch?v=TuB1fA2pG74
Empreendedorismo - 10 Características do Empreendedor
https://www.youtube.com/watch?v=xfIU6oukqes

Livro O poder do hábito


http://bit.ly/ProfCarlaLima

53
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
SIMULAÇÃO DE PRÁTICAS
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM: ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: EMPREENDEDORISMO
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME: 1 BIMESTRE: 1º
ALUNO:
TURMA: ADMINISTRAÇÃO TURNO: NOITE
MÊS: TOTAL DE SEMANA: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA: Nº DE PRÁTICAS POR BIMESTRE: 02

Período Data: 04/05/2021


GÊNERO
(ASSUNTO) Usando a criatividade para um novo negócio

Desenvolver a criação
Objetivo Desenvolver a criatividade

Criatividade
Habilidades Desenvolvimento

Marketing
Conteúdos Artes
relacionados
Interdisciplina- Empreendedorismo
ridade Negócios

www.canva.com
Referências

PRÁTICA 01
Seja empreendedor!

Essa atividade prática será seu pontapé inicial para um novo empreendimento.
Tudo começa a partir de uma ideia. Então preciso que crie uma ideia inovadora
para aplicação no mercado e em seguida desenvolva um nome e uma logomarca.
Vale usar o Canva para criar uma imagem bem bacana. Boa prática!

Orientações básicas:

Etapa 1) Defina se a prática será individual, em dupla, trio ou grupo.

54
Etapa 2) Desenvolvam uma ideia inovadora para um novo empreendimento, vale
qualquer coisa que seja bem criativa, lembre-se que o objetivo é a criação.

Etapa 3) Dê um nome para sua criação.

Etapa 4) Crie uma logo e/ou um desenho criativo para representar a sua ideia
inovadora.
Em nossos encontros virtuais vamos detalhar melhor a prática.

PRÁTICA 02

Período Data: 04/05/2021


GÊNERO Estudo de caso
(ASSUNTO)

Leitura e interpretação de textos técnicos


Objetivo Associar a teoria e a prática

Criatividade
Habilidades Desenvolvimento

Prática
Conteúdos Empreendedorismo
relacionados
Interdisciplina- Empreendimento
ridade Negócios

https://bibliotecas.sebrae.com.br
Referências

PRÁTICA 02
Leia a cartilha do Sebrae no link: https://bit.ly/3tfmteS 10 dicas para tirar a sua ideia do papel
e montar uma startup de sucesso. Em seguida faça uma resenha para fixar o seu
aprendizado.

55
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM: ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: EMPREENDEDORISMO
ANO DE ESCOLARIDADE: 1 MÓDULO
PET VOLUME: 1 º BIMESTRE 1
ALUNO:
TURMA: ADMINISTRAÇÃO TURNO: NOITE
MÊS: TOTAL DE SEMANA: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA: 02 Nº DE AUALS POR BIMESTRE 12
PET = 60% CARGA HORÁRIA ATIVIDADES COMPLEMENTARES = 40% CH
ATIVIDADES COMPLEMENTARES Nº DE ATIVIDADES: 06

N/º da Atividade Listagem das Atividades complementares

01/06 Vídeo sobre temas atuais

02/06 Palestra – Web Seminário

03/06 Realização de curso extra

04/06 Atividade Google Formulário

05/06 Lista de Exercícios I

06/06 Realização de curso extra II

56
PROCESSOS OPERACIONAIS CONTÁBEIS

SUMÁRIO:

PROCESSOS OPERAÇÕES CONTÁBEIS ...................................................................... 2


SEMANA 1 E 2 : Conceito, Objetivo e Finalidade .......................................................... 4
SEMANA 3 E 4: Patrimônio........................................................................................... 8
SEMANA 5 E 6: Atos e Fatos Administrativos ............................................................ 16
SEMANA 7 E 8: Plano de Contas ............................................................................... 22
SEMANA 9 E 10: Escrituração Contábil ....................................................................... 33
DICAS .......................................................................................................................... 37
PRÁTICAS ................................................................................................................... 38
ATIVIDADES COMPLEMENTARES ............................................................................ 39

1
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINASGERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: PROCESSOS DE OPERAÇÕES CONTÁBEIS
PROFESSOR: ANO ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME 1 BIMESTRE: 1
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 10
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 15

BOAS VINDAS

Olá Estudante, seja bem-vindo (a)!


Descansou bastante? Está preparado para novos desafios e muito aprendizado? O ano de 2021
promete... Hoje você inicia mais um ano escolar. E será bem diferente, novos professores,
colegas, novos componentescurriculares, e para muitos uma nova escola.
Enquanto as aulas presenciais não retornam, você irá estudar utilizando diferentes ferramentas
erecursos. O PET – Plano de Estudo Tutorado é uma delas. Ele é um conjunto de atividades
organizadasem componentes curriculares, a novidade é que nesse ano eles serão enviados a
cada bimestre.Nele você vai encontrar atividades dos componentes curriculares.
Ah! Você contará também com a ajuda de seus professores por meio de alguns canais de
comunicaçãocomo o APP Conexão 2.0.
Espero que você esteja disposto a aprender muito.

ORIENTAÇÕES AOS RESPONSÁVEIS

Diante da situação atual mundial causada pela COVID-19, as aulas presenciais estão
suspensas. Entretanto, como incentivo à continuidade das práticas de estudo, preparamos para
nossos estudantes um plano de estudo dividido por bimestre (atividades por semanas e aulas
que deverá ser realizado em casa). Os conceitos principais de cada aula serão apresentados e
em seguida o estudante será desafiado a resolver algumas atividades.
Para respondê-las, ele poderá fazer pesquisas em fontes variadas disponíveis em sua
residência e/ou internet.
É de suma importância que você auxilie seu(s) filho(s) na organização do tempo e no
cumprimento das atividades.
Contamos com a sua valiosa colaboração!

DICA PARA O ALUNO

Para ajudá-lo(a) nesse período conturbado, em que as aulas foram suspensas a fim de evitar a
propagação da COVID-19, preparamos algumas atividades para que você possa dar
continuidade ao seu aprendizado.
Seguem algumas dicas para te ajudar:

a) Siga uma rotina; d) Defina um local de estudos;


b) Tenha equilíbrio; e) Conecte com seus colegas;
c) Peça ajuda a sua família, ao professor; f) Use a tecnologia a seu favor.
Contamos com seu esforço e dedicação para continuar aprendendo cada dia mais!

2
EIXO TEMÁTICO: PROCESSOS DE OPERAÇÕES CONTÁBEIS
TEMA/TÓPICO(S): CONTABILIDADE : CONCEITO , OBJETIVO E FINALIDADE
HABILIDADE(S): Aplicar os fundamentos e conceitos da Contabilidade na gestão financeira.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Firma Individual e Sociedades; Registros Obrigatórios;
Conceito, Objetivo e Finalidade; Sistema de Informação;Usuários; Atividades
INTERDISCIPLINARIDADE: Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico
emAdministração

REFERÊNCIAS:
Fipecafi, Ernt Young. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS versus Normas
Brasileiras.
SANTOS, Cleônimo dos. Depreciação de bens do ativo imobilizado: Aspectos Práticos. São
Paulo:IOB -Thomson, 2003. (Coleção prática IOB; v.6).
IUDICIBUS, Sérgio de, MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. 2.
ed.-São Paulo: Atlas, 1999.
Ribeiro, Osnir de, Moura, Contabilidade Geral. 3. ed. - São Paulo: Saraiva
2009.Szuster e Cardoso. Contabilidade Geral, 2009. 3ed. São Paulo : Atlas.
Sites:
www.cpc.org.br ; www.cfc.org.br ; www.crcsp.org.br; www.sebraesp.combr ; www.audibra.org.br
www.ibracon.org.br

INTRODUÇÃO

A contabilidade tem como objetivo fundamental o controle do patrimônio de uma pessoa física
ou jurídica, pública ou privada, com fins lucrativos (e.g. sociedade empresaria) ou não, o que
abrange, inclusive, as entidades do chamado Terceiro Setor, os entes políticos da federação
e as pessoas jurídicas da administração pública indireta.

Dessa forma, a prática contábil ocupa-se da coleta, registro e processamento dos dados
necessários à produção de demonstrativos financeiros e relatórios destinados à análise da
situação patrimonial em determinado instante (um ponto no tempo) e bem assim dos
elementos que justificam e revelam as alterações ocorridas entre momentos temporais
distintos.

A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na


verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente,
registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem
sobremaneira para a tomada de decisões.

3
SEMANAS 1 E 2
ATIVIDADES
1a PARTE - CONTABILIDADE

Antes de começar a estudar contabilidade e para maior entendimento você deve


imaginar que você e a empresa, tudo o que acontece com a empresa, esta acontecendo
com você. Exemplo se a empresas compra algo, quem compra e você. Quando a
empresa vende, quem vende e você.

• Firma individual e Sociedades.

• As empresas individuais são organizadas basicamente sob duas formas:

• Firma individual – um único proprietário

• Sociedade – dois ou mais proprietários.

• Empresas Individual – é a pessoa natural que exerce o comercio em seu próprio


nome,

• individualmente e por sua conta e risco.

• Na firma individual o nome da empresa e o mesmo nome do individuo

• Sociedade – quando a empresa tem dois o mais sócios ou proprietários.

• Sociedades de Responsabilidade Limitada (LTDA) a mais comum .

• Constituída por dois ou mais sócios.

• Nela a responsabilidade dos sócios pelo pagamento das obrigações e limitada a


importância do capital social.

• O capital social e dividido em cotas.

• Quota e o menor valor em que se divide o capital social da empresa.

• Nome da Sociedade Limitada.

• Na empresas limitada a razão social deve constar a expressão LTDA

• REGISTROS OBRIGATÓRIOS:

• O contrato social empresas do segmento de comércio deve ser arquivado na junta


comercial e prestadora de serviço no cartório de Títulos e documentos.

• Receita Federal – CNPJ

• Secretaria da fazenda ( inscrição estadual)

• Na prefeitura municipal.

4
• CONCEITOS:

• A Contabilidade é um instrumento fundamental para o perfeito funcionamento das


organizações.

• È um sistema de registro e apuração ou medição da riqueza (Marion 1989);

• É conceituada como a ciência que estuda controla o patrimônio das entidades e suas
variações.

• “É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro


relativo aos atos e fatos da administração econômicas” .

• OBJETIVO

• O objetivo da contabilidade é o PATRIMONIO, manifesta-se na correta apresentação do


patrimônio e na sua apreensão e analise das causas das suas mutações.

• O objetivo de estudo da contabilidade é o PATRIMONIO e seu campo de aplicação são


entidades econômico-administrativo.

• FINALIDADE

• A finalidade da contabilidade e a de controlar o Patrimônio com objetivo de fornecer


informações sobre a sua composição e suas variações.

• Para alcançar sua finalidade ela processa o registro de todos os fatos relacionados a
formação, movimentação e as variações do patrimônio administrativo vinculado a
entidade, objetivando assegurar seu controle e fornecer dados e informações aos
sócios, clientes, fornecedores, bancos, governo e acionistas etc.

• ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE

• (CPC 01 - Deliberação CVM nº. 539/08 - Resolução CFC nº. 1.374/11)

• A Contabilidade para se desenvolver utiliza-se de um sistema de informação e avaliação


que, por intermédio deste instrumento oferece ao usuário final as informações
necessárias para suas decisões. Essa sistemática fornece diversas demonstrações,
explicações, detalhes e análises de natureza econômica, financeira, física e de
produtividade.

5
• Mas o que é um Sistema de Informação?

• Em linhas gerais é um conjunto organizado de dados oriundos de diversos documentos


e regras com base em legislação ou norma contábil, adicionadas às técnicas de
conciliações, acúmulo de dados e analises, para que possam resultar em relatórios.

• Um sistema de informação não é um programa de informática. São métodos de trabalho,


criados com intuito de alcançar um objetivo. Este poderá ser manual ou
computadorizado, sendo que esse método é organizado de tal maneira que colete,
processe, transmita e dissemine os dados que representam informação para o usuário.

• Quem é o Usuário? É uma pessoa física ou jurídica que tenha interesse na informação
de uma entidade.

• Existem dois tipos de usuários:

• (1) Usuários externos são de acordo com a Resolução CFC nº. 1.374/11:

• a) Investidores. Os provedores de capital de risco e seus analistas que se preocupam


com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz. Eles necessitam de
informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, manter ou vender
investimentos. Os acionistas também estão interessados em informações que os
habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagar dividendos.

• b) Empregados. Os empregados e seus representantes estão interessados em


informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. Também se
interessam por informações que lhes permitam avaliar a capacidade que tem a entidade
de prover sua remuneração, seus benefícios de aposentadoria e suas oportunidades de
emprego.

• c) Credores por empréstimos. Estes estão interessados em informações que lhes


permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus empréstimos e os
correspondentes juros no vencimento.

• d) Fornecedores e outros credores comerciais. Os fornecedores e outros credores estão


interessados em informações que lhes permitam avaliar se as importâncias que lhes são
devidas serão pagas nos respectivos vencimentos. Os credores comerciais
provavelmente estão interessados em uma entidade por um período menor do que os
credores por empréstimos, a não ser que dependam da continuidade da entidade como
um cliente importante.

• e) Clientes. Os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade operacional


da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a longo prazo com ela, ou
dela dependem como fornecedor importante.”

• (f) Governo e suas agências. “Os governos e suas agências estão interessados na
destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Necessitam também
de informações a fim de regulamentar as atividades das entidades, estabelecer políticas
fiscais e servir de base para determinar a renda nacional e estatísticas semelhantes.”

6
• (2 ) USUÁRIOS INTERNOS: Os administradores da entidade.

• Assim, as informações contábeis têm a finalidade de satisfazer as necessidades comuns


da maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos eles utilizam as informações
para a tomada de decisões econômicas, que de acordo com a Resolução CFC 1.374/11
são:

• (a) “decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;

• (b) avaliar a Administração quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida, e
quanto à qualidade de seu desempenho e prestação de contas;

• (c) avaliar a capacidade da entidade de pagar seus empregados e proporcionar-lhes


outros benefícios;

• (d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à


entidade;

• (e) determinar políticas tributárias;

• (f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;

• (g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou

• (h) regulamentar as atividades das entidades.”

• EXERCÍCIOS

1. De acordo com o estudado qual é a equação patrimonial correta :

• ( ) Bens + direitos= Capital

• ( ) Bens + direitos = Obrigações

• ( ) Bens + Direitos = Obrigações + PL

• ( ) Bens + Direitos = Patrimônio Líquido

2. O que é um sistema de informação contábil (SIC)? Qual a sua importância?

3. Quem é o usuário da contabilidade? Destaque 3 (três) exemplos de usuário e o


objetivo de cada um deles.

7
SEMANAS 3 E 4
EIXO TEMÁTICO: PROCESSOS DE OPERAÇÕES CONTÁBEIS
TEMA/TÓPICO(S): PATRIMÔNIO
HABILIDADE(S): Aplicar os fundamentos e conceitos da Contabilidade na gestão financeira.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito Patrimônios, Bens, Direitos , Obrigações e PL
INTERDISCIPLINARIDADE: Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração

REFERÊNCIAS:
Fipecafi, Ernt Young. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS versus Normas
Brasileiras.
SANTOS, Cleônimo dos. Depreciação de bens do ativo imobilizado: Aspectos Práticos. São
Paulo:IOB -Thomson, 2003. (Coleção prática IOB; v.6).
IUDICIBUS, Sérgio de, MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. 2. ed.-
São Paulo: Atlas, 1999.
Ribeiro, Osnir de, Moura, Contabilidade Geral. 3. ed. - São Paulo: Saraiva 2009.
Szuster e Cardoso. Contabilidade Geral, 2009. 3ed. São Paulo : Atlas.
Sites:
www.cpc.org.br ; www.cfc.org.br ; www.crcsp.org.br; www.sebraesp.combr ; www.audibra.org.br
www.ibracon.org.br

ATIVIDADES
ENTIDADE
A palavra “ENTIDADE” na contabilidade tem sentido amplo e nada tem a ver com entidades
filantrópicas por exemplo. Entidade é o conjunto de todas as pessoas físicas ou jurídicas da qual
a ciência contábil estuda buscando oferecer as respostas necessárias ao questionador.
Assim, Entidades são em linhas gerais:
Todas as empresas (indiferente do tamanho)
Todas as entidades filantrópicas como ONG´s, Fundações, Igrejas, etc.;
Governo (Federal, Estadual, Municipal);
Autarquias (exemplo: Hospitais)
Cooperativas;
Autônomos;
Empresário;
Pessoa Física;

Finalidade da contabilidade
A finalidade da contabilidade é o fornecimento de informações quantitativas e qualitativas aos usuários,
visando à segurança da tomada de decisões acerca do futuro da entidade.
De acordo com a resolução CFC N.º 1.374 de 2011, as informações prestadas aos usuários da
contabilidade devem ser dotadas de características qualitativas fundamentais e de melhoria:
• Observe as características qualitativas fundamentais:
Relevância: As informações consideradas relevantes são aquelas que tenham capacidade de fazer a
diferença na tomada de decisões. Deve ter valor preditivo, confirmatório, ou ambos;
Representação fidedigna: Para ser considerada útil, a informação contábil deve representar
fenômenos relevantes com fidedignidade, devendo ser completa, neutra e livre de erro.
• Características qualitativas de melhoria:
Comparabilidade: Este atributo garante ao usuário a possibilidade de efetuar comparações entre
determinados períodos, com o intuito de analisar a evolução da informação de uma entidade no tempo
ou compará-la com outra entidade;
Verificabilidade: Visa assegurar ao usuário que a informação é fidedigna. Possui relação com a
possibilidade de verificação dos valores mensurados pela contabilidade;
Tempestividade: A informação contábil deve chegar aos usuários em tempo hábil para a tomada de
decisões;
8
Compreensibilidade: Parte-se da presunção de que o usuário tenha conhecimentos básicos a
respeito da contabilidade, negócios e atividades da entidade, de forma que entenda as informações
disponibilizadas pela contabilidade, que deverá apresentá-las com o máximo de clareza e concisão;

Conhecendo o patrimônio
O patrimônio é conceituado como o conjunto de bens, direitos e obrigações susceptíveis de avaliação
em moeda, vinculados a uma empresa ou pessoa física, num determinado momento. (CREPALDI,
2010).
No que se refere ao âmbito empresarial, inicialmente o patrimônio é formado pelo capital social, ou
seja, os valores e bens materiais resultantes das aplicações feitas pelos sócios visando o
funcionamento da instituição.
Naturalmente, para atender aos objetivos da instituição, o capital social ganha novas formas, sendo
convertido em diferentes bens. Além dos bens, os direitos e obrigações da empresa passam a compor
seu patrimônio. Concomitantemente com o surgimento dos bens, surgem obrigações.

Tipos de bens
De acordo com Ribeiro (2010), bens são as coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e
suscetíveis de avaliação econômica.
Os bens, de forma geral, são assim classificados:
Bens tangíveis:
Também conhecidos como corpóreos, concretos ou materiais. São aqueles que existem fisicamente
(objeto). São exemplos de bens tangíveis:
• Numerários: dinheiro (em espécie) etc.;
• De venda: estoque de mercadorias;
• Fixo ou imobilizado: São aqueles bens que possuem vida útil maior que um ano, exemplo: máquinas
e equipamentos, móveis e utensílios, veículos etc.;
• De renda: os bens de renda não são essenciais para a manutenção das atividades da empresa. São
considerados investimentos, como, por exemplo, imóveis para locação;
• De consumo: são aqueles adquiridos pela instituição e destinados a consumo próprio. Depois de
utilizados, passam a ser considerados despesas, exemplos: combustíveis, materiais de escritório,
material de limpeza etc.
Bens intangíveis:
Também conhecidos como incorpóreos, abstratos ou imateriais. São considerados bens, mesmo sem
possuírem existência física. São essenciais aos objetivos da empresa, normalmente são
representados, por exemplo, pelas marcas e patentes, entre outros.
Para que um bem possa estar classificado no ativo da empresa, é necessário que a entidade tenha
alguma forma de direito sobre o mesmo, o direito pode ser:
• Da propriedade: A propriedade é considerada mais ampla que a posse. O proprietário é o legítimo
dono do bem, possui seu domínio, podendo usufruir do mesmo ou transferir sua posse a terceiros;
• Da posse: Possui somente o direito de usufruir o bem com a intenção de obter proveito. Fica sob
sua posse de forma temporária, podendo ser vendido somente com a permissão do proprietário;
• Da propriedade e posse, simultaneamente: Sendo o proprietário e detendo a posse do bem, a
empresa encontra-se com ampla liberdade sobre o mesmo, sem nenhum tipo de restrições.

Direitos
Frequentemente, as empresas realizam transações de vendas a prazo. Em negociações desta
natureza, o pagamento é efetuado após um período previamente acordado. Em consequência, a
empresa passa a ter um direito a receber do cliente, correspondente ao produto da venda.
Os direitos de uma entidade não são representados somente pelos valores oriundos de vendas de
mercadorias a prazos. São também considerados direitos: o capital social a integralizar, aplicações em
bancos, adiantamentos a fornecedores, aluguel de bens móveis e imóveis, empréstimos a terceiros
etc.
No que se refere ao registro nos livros contábeis da instituição, os direitos da entidade comumente são
representados com o termo a receber, após a descrição do respectivo direito, exemplos: contas a
receber, títulos a receber, aluguéis a receber etc. A conta “clientes” é uma exceção à regra, pois
se trata de um direito e não carrega o termo a receber.

9
Obrigações
Consideram-se obrigações o conjunto de bens pertencentes a terceiros e que estejam sob a
posse da entidade, bem como dívidas de qualquer natureza.
Ao efetuar uma compra a prazo, a entidade adquire uma obrigação com o vendedor.
Considera-se, neste caso, que o comprador terá somente a posse do bem, permanecendo a
propriedade com o vendedor, até que efetue todo o pagamento referente à compra.
Quanto aos registros nos livros contábeis da instituição, as obrigações da entidade
comumente são representadas com o termo a pagar após sua descrição, exemplos: contas a
pagar, salários a pagar, aluguéis a pagar, impostos a pagar (ou a recolher) etc. A conta
“fornecedores” é uma exceção à regra, pois se trata de uma obrigação e não carrega o termo
a pagar.
Aspectos quantitativos e qualitativos
Visando à representação correta da composição do patrimônio de uma entidade, de forma
que os interessados externos possam ter uma visão mais clara e precisa sobre o que o
compõe, a contabilidade considera dois aspectos, o quantitativo e o qualitativo: Aspectos
qualitativos: Visa agrupar os bens, direitos e obrigações de acordo com suas características
(natureza), atribuindo nome a cada item, exemplo: mercadorias, veículos, dinheiro, móveis e
equipamentos etc. Aspectos quantitativos: Visa mensurar os bens, direitos e obrigações em
valores, com o intuito de informar o total do patrimônio da entidade em moeda.
Suponhamos que um investidor esteja interessado em dispor de recursos para uma
determinada empresa e solicite informações sobre a sua composição patrimonial, se a
informação passada fosse: o patrimônio da entidade X é formado pelo conjunto de bens,
direitos e obrigações, não seria possível a visualização da dimensão deste patrimônio, para
isso, torna-se fundamental a especificação dos aspectos qualitativos e quantitativos,
permitindo que o possível investidor saiba quais itens compõem o patrimônio da empresa e
seus valores respectivos.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO


Composição do patrimônio
Os elementos que compõem o patrimônio são três: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Com
base na junção destes três elementos, é possível realizar a mensuração do patrimônio de uma
entidade econômico-administrativa.
Ativo:
Trata-se da parte positiva do patrimônio. É composto pelos bens e direitos, representados
monetariamente. O ativo (recursos) representa o resultado de ações adotadas pela entidade
e utilizados para obtenção de resultados futuros. As contas componentes do ativo encontram-
se relacionadas do lado esquerdo do balanço patrimonial.
Passivo:
Trata-se da parte negativa do patrimônio. É composto pelas obrigações (dívidas com
terceiros). O passivo é oriundo de eventos ocorridos. Espera- -se que as saídas de recursos
destinadas ao pagamento de tais obrigações gerem benefícios a entidade.
Patrimônio líquido:
O patrimônio líquido é a diferença entre o Ativo e o Passivo da entidade. É representado pelo
resultado da equação: bens + direitos – obrigações.
Também recebe o nome de Situação Líquida Patrimonial. O Patrimônio Líquido é a
representação dos resultados líquidos da entidade.
Serve para medir as condições econômicas e financeiras das instituições. Encontra-se do
lado passivo do Balanço Patrimonial visando manter o equilíbrio. Mesmo estando expresso no
lado direito do Balanço Patrimonial, não é um Passivo Exigível, mas sim um Passivo Não
Exigível, uma vez que representa obrigações da entidade com os sócios.
O Patrimônio Líquido da entidade pode ser proveniente de investimentos dos sócios (em troca
de ações, quotas ou participações de outra natureza) ou de lucros acumulados pela atividade
da empresa e ainda não distribuídos.
Equação patrimonial:

10
A expressão comumente utilizada para a evidenciação do patrimônio das empresas que
possuem uma Situação Líquida considerada normal (Patrimônio Líquido é positivo) é a
equação básica do patrimônio, também conhecida como equação fundamental do patrimônio.
Tal equação está representada abaixo: Sendo:
• PL: Patrimônio Líquido
• SL: Situação Líquida
• A: Ativo
• P: Passivo
Os valores do Ativo e do Passivo deverão ser iguais ou maiores que
zero e o Patrimônio Líquido poderá ser maior, menor ou igual a zero.

A Representação gráfica do patrimônio


Até o presente momento, vimos que o patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma
entidade. Para facilitar o entendimento da dinâmica patrimonial e dos procedimentos contábeis de
forma geral, torna--se fundamental a visualização da representação gráfica do patrimônio. O patrimônio
de uma entidade pode ser representado inicialmente com um gráfico no formato da letra T. Veja:

Observando o T, podemos concluir que ele possui dois lados. Pois bem, do lado esquerdo são
discriminados os bens e os direitos e do lado direito são discriminadas as obrigações da entidade.
Vejamos:
Além dos bens, direitos e obrigações, um quarto elemento compõe o patrimônio da entidade: o
Patrimônio Líquido. Como já vimos, ele localiza-se no lado direito do Balanço Patrimonial, visando o
equilíbrio, e representa as obrigações da entidade com os sócios. Veja como fica a representação
gráfica do patrimônio ao adicionarmos o Patrimônio Líquido:

Até o momento, utilizamos uma forma de representação em T para facilitar seu entendimento. De
agora em diante, você verá a representação de forma apropriada, com base no mesmo gráfico em T,
porém com a nomenclatura ideal: Balanço Patrimonial. Veja abaixo um exemplo deste demonstrativo:

BALANÇO PATRIMONIAL

11
Ao observar o Balanço Patrimonial, vemos que o total do Ativo é igual ao total do Passivo + Patrimônio
Líquido. O Patrimônio Líquido representa a riqueza da entidade. Aplicando a equação fundamental do
patrimônio, temos:
• PL = A – P
• PL = 5.000,00 – 900,00
• PL = 4.100,00

Situações líquidas patrimoniais


Os elementos componentes do patrimônio poderão assumir valores diferentes. O Ativo poderá ser
maior ou igual a zero; o Passivo poderá ser maior ou igual a zero e o Patrimônio Líquido poderá ser
maior, menor ou igual a zero. Salienta-se que Ativo e Passivo não poderão ser negativos.
Ao analisarmos os possíveis resultados da equação patrimonial, poderemos observar as seguintes
situações patrimoniais:

Situação favorável, positiva ou superavitária:


Ocorre quando o total da soma dos ativos (bens + direitos) excedem as obrigações com terceiros.
Neste caso, diz-se que a empresa possui riqueza própria. Veja o exemplo abaixo:

BALANÇO PATRIMONIAL

Situação desfavorável, passivo a descoberto, negativa ou deficitária:


Ocorre quando o total da soma das obrigações com terceiros excedem a soma dos ativos (bens +
direitos). Esta situação expressa a inexistência de riqueza própria. Veja o exemplo abaixo:

BALANÇO PATRIMONIAL

4.4.3 Situação líquida nula ou equilibrada:


Ocorre quando o total da soma das obrigações com terceiros são iguais à soma dos ativos (bens +
direitos). Neste caso, diz-se que a riqueza própria da empresa é inexistente. Veja o exemplo abaixo:

12
BALANÇO PATRIMONIAL

Situação líquida plena ou propriedade total de ativos:


Ocorre quando as obrigações com terceiros são nulas. Neste caso, a soma dos ativos (bens
+ direitos) é igual ao Patrimônio Líquido da empresa. Veja o exemplo abaixo:

BALANÇO PATRIMONIAL

Apuração do resultado: a função econômica da contabilidade

O resultado das operações de uma instituição corresponde à diferença existente entre o total
das receitas e o total das despesas, ele pode ser positivo, negativo ou nulo (positivo = lucro e
negativo = prejuízo). Normalmente, o valor do resultado é utilizado como forma de avaliação
de
seu desempenho. Vejamos abaixo a definição de receitas e despesas:

Receitas:
Correspondem aos aumentos dos elementos que compõem o Ativo da entidade ou
diminuições ocorridas no Passivo, ocorridos durante um período contábil e que não sejam
oriundos de aporte dos proprietários. Nesta situação ocorre consequentemente o aumento do
Patrimônio Líquido da entidade.

Despesas:
Correspondem aos acontecimentos que não sejam oriundos de distribuição aos proprietários
e ocorram no decorrer de um período contábil e resulte em diminuições dos elementos que
compõem o Ativo da entidade ou aumentos dos Passivos. Nesta situação ocorre
consequentemente a diminuição do Patrimônio Líquido da entidade. Outro item de abordagem
fundamental é o conceito de custos:

Custos:
Corresponde aos gastos diretamente ligados à produção de bens ou serviços em empresas
prestadoras de serviços ou industriais. No caso de empresas comerciais, os custos são
representados pelos Custos das Mercadorias Vendidas (CMV).

13
Atividades de aprendizagem
1) Com base nos ensinamentos transmitidos durante a aula, assinale a alternativa que
contenha o correto conceito de patrimônio:
a) O conjunto de bens, direitos e obrigações que não possam ser mensurados em moeda e
pertencentes a uma pessoa física, jurídica ou a uma entidade;
b) O conjunto de bens que possam ser mensurados em moeda e pertencentes a uma pessoa
física, jurídica ou a uma entidade;
c) O conjunto de bens, direitos e obrigações que possam ser mensurados em moeda e
pertencentes a uma pessoa física, jurídica ou a uma entidade;
d) O conjunto de direitos e obrigações que possam ser mensurados em moeda e pertencentes
a uma pessoa física, jurídica ou a uma entidade;
e) O conjunto de bens e obrigações que possam ser mensurados em moeda e pertencentes
a uma pessoa física, jurídica ou a uma entidade.

2) Vimos que a finalidade da contabilidade é o fornecimento de informações quantitativas e qualitativas


aos usuários, visando à segurança da tomada de decisões acerca do futuro da entidade. Em sua
opinião, qual a importância dos aspectos qualitativos e quantitativos da informação contábil para os
usuários da informação gerada?

3) Assinale a alternativa que expresse corretamente o conceito de obrigações:


a) Conjunto de bens pertencentes a terceiros e que estejam sob a posse da entidade, bem como
dívidas de qualquer natureza;
b) Conjunto de bens pertencentes à entidade e que estejam sob a posse de terceiros, bem como
direitos de qualquer natureza;
c) Conjunto de bens pertencentes a terceiros e que estejam sob a posse de terceiros;
d) Conjunto de bens pertencentes à entidade e que estejam sob a posse da própria entidade;
e) Conjunto de bens pertencentes e sob a posse de terceiros, bem como dívidas de qualquer natureza.

4) No decorrer da aula quatro, você teve acesso a importantes informações ligadas ao patrimônio. Com
base no conteúdo da aula, assinale a alternativa que transmita a correta composição do patrimônio:
a) Ativo, Direitos e Patrimônio Líquido;
b) Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido;
c) Ativo, Passivo e Bens;
d) Bens, Passivo e Patrimônio Líquido;
e) Patrimônio, Bens e Obrigações.

5) Classifiquem em Bens, Direitos, Obrigações os fatos a seguir:


Dinheiro em caixa
Salários dos funcionários a
pagar
Terrenos da empresa
Software adquirido
Tributos a recolher
Veículos
Conta a pagar de Telefone
Dividendos a pagar
Fornecedores
Aplicação financeira
Computadores
Seguros a apropriar
ICMS a recolher
ICMS a recuperar
Duplicatas a pagar
14
Títulos a receber
Estoques de mercadorias
Adiantamento de salários
Cofins a compensar
IRPJ a recolher
Obras de arte
Máquinas
Imóveis
Marcas Registradas
Empréstimos obtido do
BNDES
Juros a pagar
Adiantamento a fornecedor
Banco Conta Movimento
Aplicações em CDB*
Estoque de matéria prima
Caminhões
Pró-labore a pagar

6) “Acontecimentos que não sejam oriundos de distribuição aos proprietários, ocorram no decorrer de
um período contábil e resulte em diminuições dos elementos que compõem o Ativo da entidade ou
aumentos dos Passivos. Esta situação ocorre consequentemente a diminuição do Patrimônio Líquido
da entidade”.O conceito acima diz respeito a:
a) Receita;
b) Despesa;
c) Custo;
d) Resultado;
e) Patrimônio.

SEMANAS 5 E 6

15
EIXO TEMÁTICO: PROCESSOS DE OPERAÇÕES CONTÁBEIS
TEMA/TÓPICO(S): Atos e Fatos Administrativos
HABILIDADE(S): Aplicar os fundamentos e conceitos da Contabilidade na gestão
financeira.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Atos e fatos administrativos, equação Patrimonial.
INTERDISCIPLINARIDADE: Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração

REFERÊNCIAS:
Fipecafi, Ernt Young. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS versus Normas
Brasileiras.
SANTOS, Cleônimo dos. Depreciação de bens do ativo imobilizado: Aspectos Práticos. São
Paulo:IOB -Thomson, 2003. (Coleção prática IOB; v.6).
IUDICIBUS, Sérgio de, MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. 2.
ed.- São Paulo: Atlas, 1999.
Ribeiro, Osnir de, Moura, Contabilidade Geral. 3. ed. - São Paulo: Saraiva 2009.
Szuster e Cardoso. Contabilidade Geral, 2009. 3ed. São Paulo : Atlas.
Sites:
www.cpc.org.br ; www.cfc.org.br ; www.crcsp.org.br; www.sebraesp.combr ;
www.audibra.org.br
www.ibracon.org.br

ATIVIDADES

16
Atos e Fatos Administrativos

Atos administrativos

Os acontecimentos presentes no cotidiano de uma empresa e que não alterem o seu


patrimônio são conhecidos como “atos administrativos”. Não há, nestes casos, necessidade
de contabilização. Entretanto, alguns atos considerados de maior relevância, que possam
futuramente gerar modificações no patrimônio, podem ser contabilizados em contas de
compensação ou extra patrimoniais.
Um exemplo de ato administrativo relevante é a contratação de seguros junto a uma
companhia seguradora para cobertura contra incêndio.
Caso venha a ocorrer o sinistro, haverá o ressarcimento do valor correspondente ao prejuízo
tido, alterando assim o patrimônio da empresa

Fatos administrativos

Qualquer fato que venha alterar (aumentar ou diminuir) o patrimônio ou o resultado de uma
entidade é chamado de “fato administrativo”. São relevantes para a contabilidade e também
conhecidos como “fatos contábeis”. Os fatos administrativos ou contábeis podem ser
classificados em: permutativos ou compensativos, modificativos e mistos ou compostos.
Você verá cada saldo entre os elementos do ativo. O ativo aumenta e diminui de forma
simultânea. Segue abaixo um exemplo:um deles a seguir.

Classificação dos fatos contábeis

Permutativos:
Os fatos permutativos representam modificações na composição dos elementos patrimoniais.
Nestes casos, ocorrem trocas ou permutas de elementos ativos, passivos ou entre ativo e
passivo sem que haja alterações no Patrimônio Líquido. Os fatos permutativos irão envolver
somente contas patrimoniais e são também chamados de qualitativos.
Permutação entre elementos componentes do Ativo:
Neste caso, haverá uma permuta (troca) de

BALANÇO PATRIMONIAL ANTES DA OCORRÊNCIA DOS FATOS

Observe como fica o Balanço Patrimonial da empresa após o recebimento, em dinheiro, de


uma duplicata referente a uma venda efetuada pela instituição no valor de R$ 65.000,00. Veja
que após a devida contabilização do fato, acontece a permuta entre contas do Ativo, ocorrendo
diminuição dos direitos da empresa no valor da duplicata recebida e o aumento
correspondente
na conta caixa.

BALANÇO PATRIMONIAL APÓS A OCORRÊNCIA DO PRIMEIRO FATO

17
5.3.1.2 Permutação entre elementos componentes do
Passivo Exigível:
Neste caso ocorrem aumento e diminuição do Passivo Exigível em mesma
proporção.
A partir do balanço anteriormente exposto, com as devidas modificações ocorridas pelo primeiro fato,
consideremos que houve um erro no momento da contabilização da conta salários a pagar, e que
deveria ser retido o valor correspondente ao imposto de renda no valor de R$ 8.000,00.
Visando a correção do valor referente ao Imposto de Renda não retido, será efetuada a permuta da
conta salários a pagar para a conta Impostos a recolher. Após a devida contabilização, observe que
não haverá mudanças no Patrimônio Líquido da entidade.

BALANÇO PATRIMONIAL APÓS A OCORRÊNCIA DO SEGUNDO FATO

Permutação entre elementos componentes do


Ativo e do Passivo Exigível:
Poderão ocorrer modificações aumentativas ou diminutivas no patrimônio da entidade, sem que haja
alterações no Patrimônio Líquido da mesma.
Veja os exemplos a seguir:
Aumentativos: Nestes casos, ocorre aumento do Ativo e do Passivo da instituição em igual proporção.
Considerando que a instituição efetue a compra de um veículo no valor de R$ 35.000,00, a prazo,
haverá aumento no Ativo e no Passivo da empresa, sendo no Ativo acréscimo do valor correspondente
na conta Veículos, e no Passivo, acréscimo de uma obrigação na conta Duplicatas a pagar. Veja:

18
BALANÇO PATRIMONIAL APÓS A OCORRÊNCIA DO TERCEIRO FATO

Diminutivos: Nestes casos, ocorre diminuição do Ativo e do Passivo da instituição em igual proporção.
Considerando o vencimento de uma obrigação da empresa (Duplicatas a pagar) no valor de R$
100.000,00 e o conseqüente pagamento em dinheiro, haverá a diminuição do saldo da conta Caixa e
da conta Duplicatas a Pagar. Veja:

BALANÇO PATRIMONIAL APÓS A OCORRÊNCIA DO QUARTO FATO

Note que, no caso de permutação aumentativa ou diminutiva entre elementos do Ativo e Passivo,
ocorrerão modificações no valor geral do patrimônio, porém, nenhum dos casos irá interferir no valor
do Patrimônio Líquido

Modificativos:
Os fatos modificativos resultam em mudanças aumentativas ou diminutivas no valor do Patrimônio
Líquido da empresa. Emvolvem as contas de resultado, ou seja, despesas e receitas, interferindo no
valor do Patrimônio Líquido. Nestes fatos, está envolvida uma única conta patrimonial e uma
ou mais de uma conta de resultado ou pertencente ao Patrimônio Líquido. Em continuação aos
exemplos anteriores, veja os exemplos abaixo:
Aumentativos: Nestes casos, haverá aumento no Ativo e no Patrimônio Líquido da empresa na
mesma proporção. Supondo que a empresa tenha um de seus imóveis alugado e receba uma parcela
no valor de R$ 2.000,00, referente à Receita de aluguel, ao efetuarmos a contabilização do fato, o
Balanço Patrimonial da empresa ficaria com a seguinte composição:

BALANÇO PATRIMONIAL APÓS A OCORRÊNCIA DO QUINTO FATO

19
Mistos:

Os fatos mistos são aqueles que apresentam em conjunto fatos permutativos e modificativos.
Provocam alterações no Ativo e no Patrimônio Líquido; no Passivo e no Patrimônio Líquido ou no Ativo,
Passivo e Patrimônio Líquido. Podem ser aumentativos ou diminutivos. Nestes fatos, estão envolvidas
mais de uma conta patrimonial e uma ou mais de uma conta de resultado ou pertencente ao Patrimônio
Líquido. Veja os exemplos abaixo:
Diminutivos: Nestes casos, Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido sofrem diminuições, acontecendo
simultaneamente permuta entre Ativo e Passivo, e modificação no Patrimônio Líquido. Os fatos mistos
diminutivos resultam
da combinação de fatos permutativos com fatos modificativos diminutivos. Para facilitar o
entendimento, suponhamos que a empresa tenha efetuado com atraso o pagamento de uma obrigação
(duplicata a pagar) no valor de R$ 1.000,00. Devido ao atraso, gerou-se uma despesa com juros no
valor de R$ 100,00. Veja agora, como ficaria o Balanço Patrimonial após a contabilização do fato:

BALANÇO PATRIMONIAL APÓS A OCORRÊNCIA DO SÉTIMO FATO

Aumentativos: Nestes casos, ocorre a diminuição e posterior aumento do Ativo, e aumento do


Patrimônio Líquido, ou seja, ocorre uma permuta entre contas do ativo e modificações no Patrimônio
Líquido da empresa.
Os fatos aumentativos resultam da combinação de fatos permutativos com fatos modificativos
aumentativos.
Visando facilitar o entendimento, suponhamos que a empresa efetue a venda à vista de um de seus
veículos por R$ 40.000,00, sendo que o custo do mesmo tenha sido R$ 35.000,00. Naturalmente,
ocorrerá um lucro não operacional no valor de R$ 5.000,00, havendo inicialmente uma diminuição
do Ativo (devido à saída do veículo), posteriormente um aumento no Ativo (devido à entrada de dinheiro
referente à venda) e finalmente o aumento do Patrimônio Líquido (devido ao lucro tido na operação).
Veja, agora, como ficaria o Balanço Patrimonial após a contabilização do fato:

BALANÇO PATRIMONIAL APÓS A OCORRÊNCIA DO OITAVO FATO

20
Atividades de aprendizagem

1) Assinale a alternativa incorreta:


a) Os acontecimentos presentes no cotidiano de uma empresa e que não alterem o seu
patrimônio são conhecidos como “atos administrativos”;
b) Qualquer fato que venha alterar (aumentar ou diminuir) o patrimônio ou o resultado de uma
entidade é chamado de “fato administrativo”;
c) Os fatos administrativos ou contábeis podem ser classificados em: permutativos ou
compensativos, modificativos e mistos ou compostos;
d) Os fatos permutativos representam modificações na composição dos elementos
patrimoniais. Nestes casos, ocorrem trocas ou permutas de elementos ativos, passivos ou
entre ativo e passivo ocasionando alterações no Patrimônio Líquido;
e) Os fatos modificativos resultam em mudanças aumentativas ou diminutivas no valor do
Patrimônio Líquido da empresa. Envolve as contas de resultado, ou seja, despesas e receitas,
interferindo no valor do Patrimônio Líquido.

2) Com base no que estudamos durante a aula, indique a alternativa que contenha as
possíveis classificações dos fatos contábeis:
a) Permutativos ou compensativos, modificativos e mistos ou compostos;
b) Diferenciados, modificativos e mistos ou compostos;
c) Permutativos ou compensativos, insignificantes e mistos ou compostos;
d) Permutativos ou compensativos, diferenciados e mistos ou compostos;
e) Mutáveis, modificativos e mistos ou compostos.

3) Considere o Balanço Patrimonial abaixo e responda :


BALANÇO PATRIMONIAL

Considere o recebimento em dinheiro de uma duplicata referente a uma venda efetuada pela
empresa no valor de R$ 80.000,00. Analise o fato contábil ocorrido e elabore o Balanço
Patrimonial após a ocorrência do fato.

21

SEMANAS 7 E 8
EIXO TEMÁTICO: PROCESSOS DE OPERAÇÕES CONTÁBEIS
TEMA/TÓPICO(S): PLANO DE CONTAS
HABILIDADE(S): Aplicar os fundamentos e conceitos da Contabilidade na gestão
financeira.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Conceito de conta , Plano de Contas
INTERDISCIPLINARIDADE: Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração

REFERÊNCIAS:
Fipecafi, Ernt Young. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS versus
Normas Brasileiras.
SANTOS, Cleônimo dos. Depreciação de bens do ativo imobilizado: Aspectos Práticos. São
Paulo:IOB -Thomson, 2003. (Coleção prática IOB; v.6).
IUDICIBUS, Sérgio de, MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores.
2. ed.- São Paulo: Atlas, 1999.
Ribeiro, Osnir de, Moura, Contabilidade Geral. 3. ed. - São Paulo: Saraiva 2009.
Szuster e Cardoso. Contabilidade Geral, 2009. 3ed. São Paulo : Atlas.
Sites:
www.cpc.org.br ; www.cfc.org.br ; www.crcsp.org.br; www.sebraesp.combr ;
www.audibra.org.br
www.ibracon.org.br

22
ATIVIDADES
Conceito de conta

A contabilidade é a ciência que possui o intuito de registrar todos os fatos administrativos


que venham a ocorrer em uma entidade. Para que os registros dos fatos sejam feitos de
forma correta, é necessário que estes sejam efetuados separadamente, segundo sua
natureza. Denomina-se“Conta” cada um destes agrupamentos de fatos de igual natureza.
Em contabilidade, contas são denominações contábeis que identificam e controlam
elementos contábeis de natureza semelhante. Conta é o registro de débitos e créditos da
mesma natureza, identificados por um título que qualifica um componente do patrimônio ou
uma variação patrimonial.
Conta é a representação prática dos elementos patrimoniais. Para cada elemento
constitutivo do Patrimônio (ativo, passivo ou patrimônio liquido), existe uma conta para
representá-lo. Assim, para o dinheiro existente, temos uma conta própria para representá-lo
que se chama “Caixa”.
Exemplos de contas: Móveis e Utensílios, Duplicatas a Receber, Duplicatas a Pagar.
(CREPALDI, 2010) Uma conta completa apresenta os seguintes elementos: Nome da conta,
histórico da operação, data de ocorrência da operação, valor do débito, valor do crédito e
saldo.
Comumente é utilizado o modelo resumido de conta (razonete), também conhecida como
Conta em forma de T, na qual o nome da conta fica acima, no lado esquerdo são efetuados
os lançamentos a débito e, no lado direito, são efetuados os lançamentos a crédito.

Classificação das contas

De acordo com os ensinamentos contábeis, as contas são classificadas em dois grupos:


contas patrimoniais e contas de resultado.

Contas patrimoniais

As contas patrimoniais são aquelas que representam a situação estática, o patrimônio: bens,
direitos, obrigações e o patrimônio líquido. Podem ser ativas quando representarem bens e
direitos, ou passivas, quando representarem obrigações.
As contas patrimoniais ativas terão sempre saldo devedor e serão dispostas no lado
esquerdo do Balanço Patrimonial e as contas patrimoniais passivas possuirão sempre saldo
credor e estarão representadas no lado direito do Balanço Patrimonial.São exemplos de
contas patrimoniais: caixa, veículos, bancos, duplicatas a pagar etc.

Contas de resultado:

Contas de resultado são aquelas que representam a situação dinâmica possibilitada pelas
contas de receitas e despesas, ou seja, aquelas que alteram o patrimônio líquido da
entidade.
As contas de receitas e despesas surgem durante o exercício social e encerram-se no fim
do exercício, não aparecem expressas no Balanço Patrimonial, porém é através delas que
se visualiza se a entidade auferiu lucro ou teve prejuízo.
As contas de despesas apresentarão sempre saldo devedor e as contas de receitas
apresentarão sempre saldo credor.
São exemplos de contas de resultado: despesas de salários, receitas de vendas, receitas de
aluguéis etc.
Para a melhor compreensão do que são as contas de resultado é fundamental que se tenha
um conhecimento prévio sobre os conceitos de receitas e despesas. Vejamos esses
conceitos:

23
a) Receitas - São entradas de elementos para o Ativo da empresa, decorrentes de uma
transação com terceiros, na forma de bens ou direitos que provocam um aumento da
situação líquida da entidade, em virtude
de não aumentarem o Passivo. (NEVES E VICECONTI, 2009)
b) Despesas - São gastos incorridos para, direta ou indiretamente, gerar receitas. As
despesas podem diminuir o Ativo e/ou aumentar o Passivo, mas sempre provocam
diminuições na Situação Líquida ou Patrimônio Líquido da entidade. (NEVES E
VICECONTI, 2009)

Débito e crédito

As palavras débito e crédito, em linguagem comum, possuem significados diferentes do que


na terminologia contábil. O ideal é que o aluno, ao estudar contabilidade, não associe as
palavras débito e crédito aos seus significados em linguagem comum, assim o aprendizado
será facilitado.
Débito, em linguagem comum, significa dívida, uma situação negativa, dever algo a alguém.
Na aula quatro, aprendemos sobre a representação gráfica do patrimônio, o débito encontra-
se no lado esquerdo. Da mesma forma ocorre com a representação das contas de resultado,
que também são representadas em forma de T, sendo o lado esquerdo o lado do débito.
Crédito, em linguagem comum, significa situação positiva, possibilidade de compra a prazo
etc. Considerando a representação gráfica em forma de T, utilizada para a representação
das contas patrimoniais, o crédito encontra-se no lado direito.
Da mesma forma ocorre com a representação das contas de resultado, o crédito também se
encontra no lado direito.
Podemos observar que, em representações gráficas em forma de T, teremos sempre o
débito no lado esquerdo (lado do Ativo) e o crédito no lado direito (lado do Passivo). Observe
o quadro abaixo:

Para facilitar o entendimento de débito e crédito, temos abaixo um exemplo:


A empresa X efetua a compra à vista de uma máquina. Neste caso, ocorreu um fato e,
conseqüentemente, surge a necessidade de registrá-lo, o primeiro passo para efetuar o
devido registro é identificar quais contas serão movimentadas, neste caso, especificamente,
são duas contas: a conta Caixa e a conta Máquinas e Equipamentos.
Por que estas contas?
É simples, conforme aprendemos com Luca Pacioli, todo débito deve ter um crédito
correspondente. Débito e crédito são nomes utilizados para indicar entrada e saída de
recurso em determinadas contas. A conta que receberá a aplicação de recurso sofrerá um
débito e a conta representante da origem do recurso sofrerá um crédito. Assim sendo, a
conta Máquinas
e Equipamentos representa a aplicação do dinheiro, sendo consequentemente debitada, e a
conta caixa a origem do dinheiro, sendo creditada.
Ainda tem dúvidas? Fique tranquilo, durante as próximas aulas, lhe serão apresentados
vários casos práticos que permitirão a familiarização com o mecanismo de débito e crédito.

24
Saldo das contas

O saldo de uma conta é a diferença entre o valor total dos débitos e o valor total dos créditos
realizados. O saldo pode ser: devedor, credor ou nulo.
Observe cada um desses tipos.
• Devedor: o saldo de uma conta será devedor quando, depois de confrontados os débitos e
os créditos, os valores dos débitos forem maiores do que os valores dos créditos.
• Credor: o saldo de uma conta será credor quando, depois de confrontados os débitos e os
créditos, os valores dos débitos forem menores do que os valores dos créditos.
• Nulo: o saldo de uma conta será nulo quando depois de confrontados os débitos e os
créditos, os valores dos débitos forem iguais aos valores dos créditos.
Visando facilitar o entendimento, veja o exemplo abaixo:
Suponhamos que a empresa X tenha recebido em sua conta Caixa um débito no valor de R$
35.000,00 referentes ao recebimento de uma venda efetuada, outro débito referente ao
recebimento de aluguel de um equipamento no valor de R$ 3.000,00 e um crédito no valor
de R$ 10.000,00 referentes ao pagamento de uma duplicata. Ao confrontarmos o total de
débitos e o total de créditos, teremos um saldo devedor de R$ 28.000,00 (35.000,00 +
3.000,00 – 10.000,00), o saldo é devedor, uma vez que a soma dos débitos é maior do que
o total dos créditos.

Organização das contas na contabilidade

Há uma padronização para a apresentação das contas nas demonstrações contábeis.


Visando a organização das informações dispostas nos demonstrativos contábeis, torna-se
essencial que o profissional responsável pela contabilidade da entidade obedeça às normas
legais específicas. No que se refere à elaboração do Balanço Patrimonial, a Lei 6.404/76
estabelece a organização expressa abaixo:

Plano de contas

Depois de ter aprendido um pouco sobre as contas, você já deve ter percebido a importância
delas para o correto registro dos fatos ocorridos na entidade. É essencial que a empresa
mantenha a organização das contas obedecendo aos princípios e às normas contábeis.
É fundamental a manutenção de um planejamento para se saber quais as contas serão
utilizadas pela empresa, com essa finalidade, elabora-se um plano de contas.

O que é um plano de contas?

Plano de contas é o conjunto das contas que uma empresa utiliza para efetuar seus
lançamentos contábeis. É um instrumento importante para a execução correta do processo
contábil de uma instituição.
Não existe um modelo único de plano de contas, ao elaborar o plano de contas de uma
empresa, deve-se considerar seu ramo de atividade, seus interesses, características, seu
porte e as necessidades dos usuários das informações geradas, obedecendo sempre os
dispositivos legais, que atualmente são representados pela Lei nº 6.404/76. Este plano de
contas possui a característica de flexibilidade, podendo a qualquer momento, de acordo com
a necessidade, acrescer contas específicas para o registro de fatos antes não previstos para
a atividade da empresa.
São três os componentes a serem observados ao se elaborar um plano de contas: o elenco
de contas, o manual de contas e os modelos padronizados de demonstrações contábeis:

Elenco de contas: trata-se da estrutura do plano de contas, consiste na ordenação


de todas as contas que são utilizadas para o registro dos fatos em uma determinada
entidade. O elenco irá abranger os nomes e códigos de cada conta utilizada pela entidade.
25
As contas elencadas são divididas emgrupos e subgrupos, conforme disposto pela legislação
(Lei nº 6.404/76).

Manual de contas: trata-se de um manual em que são detalhadas informações sobre cada
uma das contas contidas no plano de contas, várias informações podem ser oferecidas pelo
manual de contas, como por exemplo: seu código numérico, função, funcionamento, título,
natureza e critérios de avaliação. O manual de contas também irá demonstrar exemplos de
lançamentos raros, informações sobre documentos auxiliares aos registros contábeis e
roteiros para conciliações de dados. O manuseio do manual de contas é importante para o
contabilista, pois fornece informações essenciais sobre o motivo da existência de cada uma
das contas, a natureza do saldo, qual conta debitar e qual creditar e outras informações.
Veja abaixo um exemplo:
Modelos padronizados de demonstrações contábeis: trata-se da parte do plano de contas
que traz modelos das Demonstrações Contábeis que devem ser elaboradas de forma
periódica pela empresa. De acordo com o artigo 176 da Lei nº 6.404/76, as empresas
deverão elaborar, ao final de cada exercício social, as seguintes demonstrações financeiras:
Balanço Patrimonial, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do
Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor
Adicionado (para as companhias abertas).

Noções sobre estrutura do plano de contas

Primeiramente, as contas receberão uma numeração. Este número encontra- se à esquerda


e facilita o manuseio, como se fosse um endereço para cada conta dentro do plano de contas.

1.1 ATIVO CIRCULANTE


Composto por contas utilizadas para o registro de Bens e Direitos de qualquer natureza,
realizáveis até o término do Exercício Social seguinte.

1.1.1 DISPONIBILIDADES
Composto por contas utilizadas para o registro de Bens Numerários de livre e imediata
movimentação.

1.1.1.01 Caixa
Função: representa o valor dos Bens Numerários em poder da empresa, normalmente
compostos por dinheiro e cheques.
Funcionamento: debitada pelas entradas de dinheiro ou cheques de Terceiros e creditada
pelas saídas de dinheiro ou cheques de Terceiros recebidos pela empresa.
Natureza: devedora

1.1.1.02 Bancos conta Movimento


Função: representa o valor dos Bens Numerários da empresa depositados em conta
corrente bancária. Funcionamento: debitada pelas entradas de dinheiro na conta corrente
bancária, provenientes de depósitos efetuados em dinheiro ou em cheques, ou de avisos de
créditos efetuados pelos bancos e creditada pelas saídas de dinheiro da conta bancária,
decorrentes de saques por emissão de cheques, ordens de pagamentos ou avisos de débitos
efetuados pelos bancos.
Natureza do saldo: devedora.
Modelos padronizados de demonstrações contábeis: trata-se da parte do plano de contas
que traz modelos das Demonstrações Contábeis que devem ser elaboradas de forma
periódica pela empresa. De acordo com o artigo 176 da Lei nº 6.404/76, as empresas
deverão elaborar, ao final de cada exercício social, as seguintes demonstrações financeiras:
Balanço Patrimonial, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do
Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor
Adicionado (para as companhias abertas).
26
Noções sobre estrutura do plano de contas

Primeiramente, as contas receberão uma numeração. Este número encontra- se à esquerda


e facilita o manuseio, como se fosse um endereço para cada conta dentro do plano de contas.
A numeração deve ser disposta no plano de contas seguindo o nível ou grau das contas. O
que determinará a quantidade de níveis de contas será a necessidade da entidade. A
codificação também evita a confusão entre as contas do Ativo, do Passivo, contas de
Despesas e de Receitas.
Em último nível de contas, ganham o nome de analíticas e são as que recebem os
lançamentos contábeis, automaticamente, ao terem seus saldos aumentados ou diminuídos,
influenciarão na mesma proporção as contas de nível superior. As contas que não
pertencem ao último nível são conhecidas como sintéticas ou totalizadoras, os lançamentos
contábeis não são diretamente efetuados nessas contas, seus saldos são alterados devido
aos lançamentos efetuados nas contas analíticas. Veja o exemplo abaixo:

Efetuando lançamentos que alterem para mais ou para menos o saldo da conta analítica
FGTS estaremos, automaticamente, provocando mudanças na mesma proporção nas
contas sintéticas: Impostos e contribuições a Recolher, no Passivo Circulante e em todo o
Passivo.
A partir de agora, elaboraremos passo a passo um plano de contas simplificado, atribuiremos
em nosso plano de contas os códigos abaixo, observe que assim formaremos o primeiro
nível de contas:

Saberemos então que sempre que o código de uma conta iniciar com o número 1, ela é
pertencente ao grupo do Ativo, iniciando com 2, pertence ao Passivo, iniciando com 3,
pertence ao grupo das Despesas, as que possuírem o início com o número 4 representarão
Receitas. Observe abaixo como fica nosso plano de contas ao acrescentarmos o
segundo nível de contas:

27
O nível 3 demonstra a qual grupo pertencem as contas, veja como nosso plano de contas
fica ao acrescentarmos o nível 3:

28
Nosso plano de contas simplificado está praticamente pronto, vamos agora adicionar o nível
4, ao qual serão acrescentadas subcontas que demonstram o tipo de registro efetuado. Veja:

29
30
31
Pronto! Nosso plano de contas simplificado está concluído. É importante lembrar que não
existe um modelo padrão de plano de contas, cada empresa possui características próprias
que deverão ser observadas no momento de se elaborar seu plano de contas.
O modelo simplificado de plano de contas que demonstramos pode gerar algumas dúvidas,
porém não fique preocupado caso se deparar com algum item lhe pareça estranho, no
decorrer da disciplina, você irá compreender de forma natural.

Atividades de aprendizagem

1) As contas listadas abaixo enquadram-se em uma das opções disponíveis,


analise cada uma e marque: 1 – Ativo, 2 – Passivo, 3 – Receitas e 4 - Despesas:
a) ( ) Caixa
b) ( ) Veículos
c) ( ) Fornecedores
d) ( ) Despesas com depreciação
e) ( ) Vendas de Mercadorias
2) Suponhamos que uma empresa possua a conta Veículos com saldo inicial de R$
120.000,00. Durante o exercício social, efetuou as seguintestr ansações: adquiriu um veículo
no valor de R$ 40.000,00, sendo 50% do valor pago à vista e o restante com 30 dias. Efetuou
a venda de um de seus veículos usados por R$ 20.000,00, sendo este valor correspondente
ao seu preço de custo. Adquiriu ainda outro veículo no valor de R$ 30.000,00.
Assinale a alternativa que informa corretamente o saldo final da conta
veículos:
a) R$ 150.000,00
b) R$ 170.000,00
c) R$ 160.000,00
d) R$ 180.000,00
e) R$ 210.000,00

3) Durante a aula, você aprendeu o que são contas patrimoniais e de resultado. Analise as
opções abaixo e atribua (P) para contas Patrimoniais e (R) para contas de Resultado:
( ) Veículos
( ) Caixa
( ) Receita de Vendas
( ) Despesas com juros
( ) Receita de juros
( ) Duplicatas a pagar
( ) Receita de aluguel
( ) Receita de juros
( ) Despesas de Salários
( ) Despesas de Aluguel

4) Elabore um conceito de plano de contas informando qual sua importância


para uma entidade.

32
SEMANAS 9 E 10
EIXO TEMÁTICO: PROCESSOS DE OPERAÇÕES CONTÁBEIS
TEMA/TÓPICO(S): Escrituração Contábil
HABILIDADE(S): Aplicar os fundamentos e conceitos da Contabilidade na gestão
financeira.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Escrituração Contábil, Partidas dobradas, Lançamentos
Contábeis
INTERDISCIPLINARIDADE: Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração

REFERÊNCIAS:
Fipecafi, Ernt Young. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade: IFRS versus
Normas Brasileiras.
SANTOS, Cleônimo dos. Depreciação de bens do ativo imobilizado: Aspectos Práticos. São
Paulo:IOB -Thomson, 2003. (Coleção prática IOB; v.6).
IUDICIBUS, Sérgio de, MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores.
2. ed.- São Paulo: Atlas, 1999.
Ribeiro, Osnir de, Moura, Contabilidade Geral. 3. ed. - São Paulo: Saraiva 2009.
Szuster e Cardoso. Contabilidade Geral, 2009. 3ed. São Paulo : Atlas.
Sites:
www.cpc.org.br ; www.cfc.org.br ; www.crcsp.org.br; www.sebraesp.combr ;
www.audibra.org.br
www.ibracon.org.br

ATIVIDADES

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Os registros contábeis são, por assim dizer, o ponto de partida da elaboração e controle das contas
patrimoniais de uma empresa. O aprendizado referente ao método das partidas dobradas para a
escrituração dos lançamentos diários, o controle das variações nas contas verificadas no razão,
assim como a responsabilidade das informações prestadas pelo executor desses dados, são de
extrema importância e fundamentais para o ciclo inicial da contabilidade. Vamos iniciar descrevendo o
Método das Partidas Dobradas.
Partidas dobradas
Na contabilidade, o Método das Partidas Dobradas, descrito pela primeira vez por Luca Pacioli, em
1494, é o sistema utilizado nas empresas para registrar as transações financeiras.
Esse método parte da premissa de que cada conta representada em uma empresa ou organização
reflete um aspecto em particular do negócio como um valor monetário e que para cada lançamento
contábil existe pelo menos um débito para cada crédito com valor idêntico.
A regra se aplica em todas as contas que em determinado registro contábil pode ter mais que um valor
a ser debitado e mais que um valor a ser creditado. Nesse caso, a partida dobrada também será
expressa da forma em que todos os valores lançados a crédito devem ser idênticos a todos os valores
lançados a débito. Por débito, entende-se tudo que entra na empresa, ou seja, algo que se tem ou se
adquire. Exemplos: entrada de caixa, aquisição de mercadorias, aquisição de equipamentos etc.
Por crédito, entende-se tudo que sai da empresa, ou seja, a fonte do débito.
Exemplos: Saída de mercadorias, pagamento de despesas, pagamento de gastos diversos etc.
As contas devedoras devem ser apresentadas do lado esquerdo do razonete e do balancete de
verificação, enquanto que as contas credoras devem estar do lado direito desse demonstrativo. A
seguir, trataremos do Lançamento contábil.

33
Lançamento contábil

O lançamento contábil é a forma como a contabilidade registra os fatos que afetam (ou que
possam vir a afetar) o patrimônio da empresa.
A estrutura do lançamento tem por alicerce o secular método das "partidas dobradas",
segundo o qual todo débito deve, concomitantemente, ser correspondido por um crédito ou
vice-versa.
Contabilmente, partida tem o mesmo significado de lançamento ou assentamento, ocorrendo
diariamente nas empresas operações consideradas simples e outras consideradas complexas
no que se refere às formas de lançamentos contábeis.
Dessa forma, é possível dizer que o lançamento contábil é o registro do fato contábil. Todo
fato que origina um lançamento contábil deve estar suportado em documentação hábil e
idônea. Continuando os estudos, trataremos sobre a representação resumida do Livro Razão
e dos Razonetes.
Razonete é uma representação gráfica e resumida do Livro Razão, que mostra os valores
lançados a débito e/ou a crédito da conta num determinado período, além do respectivo saldo.
em que todos os valores lançados a crédito devem ser idênticos a todos os valores lançados
a débito.
Por débito, entende-se tudo que entra na empresa, ou seja, algo que se tem ou se adquire.
Exemplos: entrada de caixa, aquisição de mercadorias, aquisição de equipamentos etc.
Por crédito, entende-se tudo que sai da empresa, ou seja, a fonte do débito.
Exemplos: Saída de mercadorias, pagamento de despesas, pagamento de gastos diversos
etc.
As contas devedoras devem ser apresentadas do lado esquerdo do razonete e do balancete
de verificação, enquanto que as contas credoras devem estar do lado direito desse
demonstrativo. A seguir, trataremos do Lançamento contábil.
7.2 Lançamento contábil (elementos fundamentais do lançamento) O lançamento contábil é a
forma como a contabilidade registra os fatos que afetam (ou que possam vir a afetar) o
patrimônio da empresa.
A estrutura do lançamento tem por alicerce o secular método das "partidas dobradas",
segundo o qual todo débito deve, concomitantemente, ser correspondido por um crédito ou
vice-versa.
Contabilmente, partida tem o mesmo significado de lançamento ou assentamento, simples e
outras consideradas complexas no que se refere às formas de lançamentos contábeis.
Dessa forma, é possível dizer que o lançamento contábil é o registro do fato contábil. Todo
fato que origina um lançamento contábil deve estar suportado em documentação hábil e
idônea. Continuando os estudos, trataremos sobre a representação resumida do Livro Razão
e dos Razonetes.
Razonete é uma representação gráfica e resumida do Livro Razão, que mostra os valores
lançados a débito e/ou a crédito da conta num determinado período, além do respectivo saldo.
Os fatos ocorridos em determinada data devem ser lançadas no Livro Diário em ordem
cronológica, com individualização, clareza e referência ao documento probante, assim como
todas as operações ocorridas e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais.
Pode ser escriturado por meio de partidas (lançamentos) mensais, pela escrituração resumida
ou sintética e por formulários contínuos quando a entidade adotar a escrituração contábil por
meio de processo eletrônico. De forma resumida, o livro diário contempla os lançamentos
diários das empresas, com base no método das partidas dobradas, de forma a registrar
todas as alterações ocorridas no patrimônio das entidades.

Livro razão
O Livro Razão é obrigatório pela legislação comercial e tem a finalidade de demonstrar a
movimentação analítica das contas escrituradas no diário e constantes no balanço. Tem o mesmo
sentido do razonete, pois apresenta as movimentações devedoras e credoras ocorridas em
determinado período e o saldo da conta a que se refere, devendo apresentar o nome da empresa,
CNPJ, data e período a que se refere.
34
Exemplo:
-
Empresa X Ltda Data 02/01/X0
CNPJ 00000000000 Período 01 a 02/01/X0
Conta Banco
Data Histórico Débito Crédito Saldo
01/01/X0 Saldo Inicial 10.000,00 10.000,00
02/01/X0 Depósito 5.000,00 5.000,00
Saldo Total 15.000,00 15.000,00
-
Os valores registrados no livro Razão partem dos lançamentos contábeis, os quais possuem
simbolicamente algumas fórmulas. Vamos então conhecer as quatro fórmulas utilizadas para o registro
contábil.
Fórmulas de lançamentos
O lançamento contábil é o registro do fato contábil. Todo fato que origina um lançamento contábil deve
estar suportado em documentação hábil e idônea. Para registrar qualquer fato contábil existem
quatro fórmulas (ou modalidades) de lançamentos, a saber:
1ª fórmula: caracteriza-se pela simplicidade. Requer uma conta devedora e uma conta credora.
2ª fórmula: modalidade de lançamento de complexidade intermediária, que requer uma conta devedora
e duas ou mais contas credoras.
3ª fórmula: igualmente de complexidade intermediária, esta fórmula requer duas ou mais contas
devedoras e apenas uma conta credora.
4ª fórmula: menos usual e mais complexa do que as anteriores, requer duas ou mais contas devedoras
e duas ou mais contas credoras.
Há que se ressaltar que o lançamento contábil não se resume a “débito e crédito”, mas deve possuir
também:
1. O valor (res) expresso (s) em moeda nacional.
2. Data do lançamento.
3. Histórico: descrição do fato contábil de forma clara, evidenciando de forma analítica o registro da
operação.
Exemplos de Lançamentos:
1ª fórmula:
Histórico: Depósito Bancário com recursos do caixa da Cia A para conta própria no Banco do Brasil
S. A., no valor de R$20.000,00. Data do Lançamento: 01/01/20X1. Lançamento:
Débito: Banco do Brasil Conta Movimento: R$20.000,00 a
Crédito: Caixa : R$20.000,00
2ª fórmula:
Histórico: Depósito Bancário com recursos do caixa da Cia A e recursos de depósito de Clientes,
divididos em partes iguais, para conta própria no Banco do Brasil S. A., no valor de R$20.000,00.
Data do Lançamento: 01/01/20X1. Lançamento:
Débito: Banco do Brasil Conta Movimento: R$20.000,00 a
Crédito: Caixa : R$10.000,00
Crédito: Clientes: R$10.000,00
3ª fórmula:
Histórico: Recebimentos de valores de Clientes no valor de R$20.000,00, sendo 50% em dinheiro e o
restante mediante depósito bancário para Banco do Brasil S. A.
Data do Lançamento: 01/01/20X1.
Lançamento:
Débito: Caixa: R$10.000,00
Débito: Banco do Brasil Conta Movimento: R$10.000,00 a
Crédito: Clientes: R$20.000,00
4ª fórmula:
Histórico: Recebimentos de valores de Clientes e de outras Contas a Receber no valor de R$10.000,00
cada, sendo 50% em dinheiro e o restante mediante depósito bancário para Banco do Brasil S. A.
Data do Lançamento: 01/01/20X1.
Lançamento:
Débito: Caixa: R$10.000,00
Débito: Banco do Brasil Conta Movimento: R$10.000,00 a
Crédito: Clientes: R$10.000,00
Crédito: Contas a Receber: R$10.000,00
35
Para finalizar os conteúdos desta aula, apontaremos as responsabilidades que um Contabilista deve
ter ao fazer a escrituração contábil.
Responsabilidade pela escrituração
A escrituração contábil acerca das demonstrações contábeis é de atribuição e responsabilidade
exclusivas de Contabilista legalmente habilitado a desenvolver essa tarefa.
O contabilista deverá assinar as demonstrações financeiras obrigatórias, com a indicação do seu
número de registro no Conselho Regional de Contabilidade – CFC, obtido atualmente através de prova
de suficiência realizada no Estado em que desenvolve suas atividades. Os contabilistas, dentro do
âmbito de sua atuação e no que se referir à parte técnica, serão responsabilizados, por qualquer
falsidade que assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar o
Imposto de Renda.
Verificada a falsidade do balanço ou de qualquer outro documento de contabilidade, o profissional que
houver assinado tais documentos será declarado sem idoneidade para assinar quaisquer peças ou
documentos contábeis.
O contabilista deve ter conhecimento das normas e princípios da profissão, principalmente o que
determina o Código de Ética do profissional, fator determinante para o sucesso e melhor exercício da
profissão no que se refere à própria categoria como para a sociedade como um todo.
Quando a ética e a moral não são respeitados no exercício da profissão contábil, os trabalhos
executados deixam de ter credibilidade e passam a ser desacreditados pelas pessoas. Como
consequência, pode ocorrer a perda de Clientes que primam pela qualidade e honestidade.
Dessa forma, é possível dizer que a ética atinge a vertente moral do exercício profissional do
contabilista. Quando algum fato de notoriedade pública é divulgado, mancha a imagem dos
profissionais como um todo e dessa forma ocorrem imensos prejuízos para a classe contábil.
utra vertente diz respeito à necessidade de fiscalização e controle das atividades referentes aos
trabalhos desenvolvidos pela contabilidade nas empresas. É de fundamental importância que os
mesmos sejam desenvolvidos com esmero, qualidade e confiabilidade, no sentido
de comunidade, como um todo, poder perceber a necessidade do papel desenvolvido por profissionais
capacitados que possam desenvolver suas tarefas de forma íntegra e tempestiva, valorizando assim
a classe de forma geral e dando a ela a real importância que merece.
Chegamos então ao final da aula e a seguir iremos resolver um exercício prático abrangendo o
conteúdo abordado.
Considere a constituição da empresa A.
a) Constituição da empresa A em 01/01/20XX com capital subscrito (capital social) no valor de
R$100.000,00, sendo 50% em dinheiro e 50% com depósito em conta bancária do Banco Real S.A.
b) Compra de mercadorias em 10/01/200X1 no valor de R$30.000,00, mediante cheque.

Atividades de aprendizagem
1) Descreva o significado do Método das Partidas dobradas.

2) Defina Débito e Crédito na Contabilidade e dê exemplos.

3) Defina Lançamento Contábil e Razonete. Dê exemplos de ambos.

4) Defina Livro Diário e Livro Razão apresentando as diferenças entre ambos.

36
PARA ENRIQUECER SEUS CONHECIMENTOS.
DICAS DE LEITURA, FILME, DOCUMENTÁRIO, OUTROS.

FINALIDADE DA CONTABILIDE

https://www.youtube.com/watch?v=3CXlFD--KVA

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

https://www.youtube.com/watch?v=gjDiSmwMI4U

Representação Gráfica do Patrimônio:


https://www.youtube.com/watch?v=FOwieAkuwew

Plano de Contas
https://www.youtube.com/watch?v=eYDYWa3rMUs

Fatos contábeis:
https://www.youtube.com/watch?v=0-hBJA7Hurw
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

37
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINASGERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: PROCESSOS DE OPERAÇÕES CONTÁBEIS
PROFESSOR: ANO ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME 1 BIMESTRE: 1
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 10
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 15

Período Data:
GÊNERO CONTABILIDADE
(ASSUNTO)

Elaborar 03 grupos na sala , os alunos deverão pesquisar e apresentar


um trabalho sobre : Diferenciações evidentes entre contabilidade
Objetivo
financeira e contabilidade gerencial

Identificar as principais diferenças da contabilidade financeira e gerencial


Habilidades entre : os usuários, a finalidade, tipos de informações, horizonte de tempo,
natureza da informação e as limitações.
Conceitos de Contabilidade financeira e gerencial
Conteúdos
relacionados
Interdisciplina- Demais disciplinas do Grupo 1 do Curso Técnico de Administração
ridade

ALVES, R.V. Contabilidade gerencial: livro texto com exemplos, estudos


de caso e atividades práticas. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
ATKINSON, A.A. et al. Contabilidade gerencial: informação para tomada
de decisão e execução da estratégia. 4.ed. Rio de Janeiro, 2015.
ATRILL, P; MCLANEY.E. Contabilidade gerencial para tomada de
decisão. 1. ed.São Paulo : Saraiva, 2014. BRASIL. Lei 6.404 de 15 de
dezembro de 1976. Disponível em: . Acessado em 05.Out.2017.
BORGES, F.T.C; ZIOLI, E. de G.O; BIAZON, V. A contabilidade gerencial
para a tomada de decisão: Uma análise do mercado de Paranavaí. In:
Referências Semana Acadêmica Economia criativa: Aproveitando a oportunidade em
tempos de crise, 2015, Norte do Paraná. p.22.
MARION, J.C. Contabilidade empresarial: texto. 17.ed.São Paulo, 2015.
PADOVEZE, C. L. Manual de contabilidade básica: contabilidade
introdutória e intermediária. 10.ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2016.
PADOVEZE
SANTOS, J.L; SCHMIDT, P; MACHADO, N.P; Fundamentos da teoria da
contabilidade. v.6. São Paulo: Atlas, 2009.
SILVA, A.d. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações
contábeis.

PRÁTICA 01

38
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINASGERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: PROCESSOS DE OPERAÇÕES CONTÁBEIS
ANO DE ESCOLARIDADE: 1 MÓDULO
PET VOLUME 1 1º BIMESTRE
MÊS: TOTAL DE SEMANA: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA: 2 Nº DE AULAS POR BIMESTRE: 20
PET = 60% CARGA HORÁRIA ATIVIDADES COMPLEMENTARES = 40% CH
ATIVIDADES COMPLEMENTARES Nº DE ATIVIDADES: 06

N/º da Atividade Listagem das Atividades complementares

01/06 Entrega trabalho pelos 03 grupos: Contabilidade financeira e


gerencial

Palestra – O FUTURO DA PROFISSÃO CONTÁBIL E A


CHAVE PARA O SUCESSO DAS EMPRESAS
02/06
https://www.youtube.com/watch?v=L_y-XgGATLY

Trabalho – Fazer um resumo (até 20 linhas) sobre a Palestra


03/06 o Futuro da Profissão contábil

04/06 Entregas exercicios dos Pets

05/06 Lista de Exercícios II – Enviados no Google forms

06/06 Trabalho – Os passos para Contabilidade Digital

39
SISTEMAS ECONÔMICOS

SUMÁRIO

SISTEMAS ECONÔMICOS .................................................................................... 2


SEMANA 1 E 2 : Conceito Economia, Objetivo e finalidadade .................................... 4
SEMANA 3 E 4: Macroeconomia................................................................................ 5
SEMANA 5 E 6: Políticas Macroeconômicas ............................................................ 10
SEMANA 7 E 8 : Políticas Monetária, Fiscal, Cambial e Rendas .............................. 14
SEMANA 9 E 10: Indicadores Econômicos , Desemprego........................................ 19
DICAS ....................................................................................................................... 28
PRÁTICAS ................................................................................................................ 29
ATIVIDADES COMPLEMENTARES ......................................................................... 30

1
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINASGERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: SISTEMAS ECONÔMICOS
PROFESSOR: ANO ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME 1 BIMESTRE: 1
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 10
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8

BOAS VINDAS

Olá Estudante, seja bem-vindo (a)!


Descansou bastante? Está preparado para novos desafios e muito aprendizado? O ano de 2021
promete... Hoje você inicia mais um ano escolar. E será bem diferente, novos professores,
colegas, novos componentescurriculares, e para muitos uma nova escola.
Enquanto as aulas presenciais não retornam, você irá estudar utilizando diferentes ferramentas
erecursos. O PET – Plano de Estudo Tutorado é uma delas. Ele é um conjunto de atividades
organizadasem componentes curriculares, a novidade é que nesse ano eles serão enviados a
cada bimestre.Nele você vai encontrar atividades dos componentes curriculares.
Ah! Você contará também com a ajuda de seus professores por meio de alguns canais de
comunicaçãocomo o APP Conexão 2.0.
Espero que você esteja disposto a aprender muito.

ORIENTAÇÕES AOS RESPONSÁVEIS

Diante da situação atual mundial causada pela COVID-19, as aulas presenciais estão
suspensas. Entretanto, como incentivo à continuidade das práticas de estudo, preparamos para
nossos estudantes um plano de estudo dividido por bimestre (atividades por semanas e aulas
que deverá ser realizado em casa). Os conceitos principais de cada aula serão apresentados e
em seguida o estudante será desafiado a resolver algumas atividades.
Para respondê-las, ele poderá fazer pesquisas em fontes variadas disponíveis em sua
residência e/ou internet.
É de suma importância que você auxilie seu(s) filho(s) na organização do tempo e no
cumprimento das atividades.
Contamos com a sua valiosa colaboração!

DICA PARA O ALUNO

Para ajudá-lo(a) nesse período conturbado, em que as aulas foram suspensas a fim de evitar a
propagação da COVID-19, preparamos algumas atividades para que você possa dar
continuidade ao seu aprendizado.
Seguem algumas dicas para te ajudar:

a) Siga uma rotina; d) Defina um local de estudos;


b) Tenha equilíbrio; e) Conecte com seus colegas;
c) Peça ajuda a sua família, ao professor; f) Use a tecnologia a seu favor.
Contamos com seu esforço e dedicação para continuar aprendendo cada dia mais!

2
EIXO TEMÁTICO: SISTEMAS ECONÔMICOS
TEMA/TÓPICO(S): ECONOMIA
HABILIDADE(S): Compreender os conceitos, divisões, objetivos e finalidade da Economia
.Identificar as características dos Sistemas Econômicos
CONTEÚDOS RELACIONADOS:Conceitos de Economia, Macroeconomia, Microeconomia,
características dos Sistemas Econômicos
INTERDISCIPLINARIDADE:Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração
REFERÊNCIAS:
DALLAGNOL, RENATA C. CHIARINI, Apostila Economia I, FAG- FACULDADE ASSIS
GURGACZ, Cascavel, 2008.
GONÇALVES, R. R. Economia aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
MULLER, Antonio. Manual de economia básica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
IBGE. Dados Econômicos. Disponível em: HTTP://www.ibge.gov.br. Acesso em
10/02/2009
PINHO, D. ;VASCONCELLOS, M. ET AL. Manual de Economia, Saraiva, São Paulo,
1998.
POSSAMAI, Ademar, Apostila Economia, UNERJ, Jaraguá do Sul, 2001.
RIANI, F. Economia: princípios básicos e introdução à microeconomia. São Paulo:
Pioneira, 1998.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. 19 Ed. Editora Atlas, São Paulo,
2002
SINGER, Paul I. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Editora Fundação Perseu
Abramo, São Paulo, 2002.
SILVA, C. R. L. LUIZ, S. Economia e mercados: introdução à economia. 18 ed. São
Paulo: Saraiva, 2001.
SILVA, F. G. JORGE, F. T. Economia aplicada à administração. 2 ed. São Paulo:
Futura, 2000.
VASCONCELOS, M. A. GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 2 ed. São Paulo:
Saraiva, 2004.
VICECONTI, P. E. V. DAS NEVES, S. Introdução à economia. 5 ed. (rev. e ampl.). São
Paulo: Frase, 2002.

INTRODUÇÃO

O Estudo da Economia pode ser dividida em duas partes: microeconomia e macroeconomia.


A primeira cuida do comportamento dos consumidores e das empresas em seus mercados,
as razões que levam os consumidores a comprar mais, ou menos, de um determinado
produto e a pagar mais, ou menos, por este bem. Estuda ainda os motivos que levam
empresas a produzir certa quantidade de um produto e de que forma seus preços são
estabelecidos. Leva-se em conta os mercados nos quaisas empresas e consumidores
atuam.A macroeconomia preocupa-se com o conjunto de decisões de todos os agentes
econômicos, que ira se refletir em maior ou menor produção e nívelde emprego. Inflação,
taxa de juros,taxa de câmbio, nível de emprego global,crescimento econômico são objetos
estudados na análise macroeconômica, além decuidar das análises sobre as decisões
tomadas pelo formulador de política econômica dopaís.O fenômeno recente da globalização
da economia levou os governos a buscarem apoiode outras economias, formando blocos
econômicos, para conseguirem melhorsustentação frente à forca das novas tecnologias e da
pressão das multinacionais, doaumento da produtividade, do desemprego estrutural que
ameaça a estabilidade socialmesmo dos países mais desenvolvidos. Isto reforça a
necessidade de aprofundar osconhecimentos na área das ciências econômicas.

3
SEMANAS 1 E 2
ATIVIDADES
• Conceito de Economia:

• “Ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação


existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora
escassos, se prestam a usos alternativos.”

• OUTROS CONCEITOS DE ECONOMIA

• Economia pode ser definida como a ciência social que estuda a maneira pela qual os
homens decidem empregar recursos escassos, a fim de produzir diferentes bens e
serviços e atender às necessidades de consumo ..... A economia, ciência social, ocupa-
se em definir como cada empresa deve produzir bens e serviços.

• A economia é uma ciência que estuda a produção, alocação e consumo de bens e


serviço. Através do seu estudo, é possível chegar em conclusões importantes
relacionadas a produção de uma firma ou de um país.

• Microeconomia

• Conceito: "Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no


qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e as quantidades em
mercados específicos.”

• Agentes Econômicos

• Em uma economia capitalista, são as famílias, as empresas e o governo, que


respondem às seguintes questões: O quê?, Quanto?, Como? e Para Quem Produzir?.
É o que constitui o chamado "Mercado". São aspectos imprevisíveis, dinâmicos, ágeis.

• Já em uma economia centralizada, é o governo quem responde àquelas perguntas,


formulando a partir de um órgão de planejamento central.

Sistema Capitalista Sistema Socialista

É uma economia baseada no mercado, Os meios de produção são propriedade de


composta por compradores (pessoas) e empresas públicas ou cooperativas, e os
vendedores (empresas privadas ou indivíduos são compensados com base no
corporativas); princípio da igualdade; Existe igual
Os bens e serviços produzidos destinam- oportunidade para todos;
se a gerar lucro; As indústrias em larga escala são esforços
O governo deve proteger o mercado livre, cooperativos e, assim, os retornos dessas
pois ele determina investimentos, indústrias devem ser devolvidos e
produção, distribuição dos bens; beneficiar a sociedade como um todo;
A interferência do governo só é permitida A atividade econômica e a produção são
ao fazer e aplicar regras ou políticas que planejadas pela autoridade central de
regem a conduta dos negócios; projetos e com base, principalmente, nas
Existe uma necessidade de produção e necessidades de consumo humano;
compra contínuas para que a economia As formas tradicionais da sociedade
capitalista funcione eficientemente; capitalista, como a propriedade privada,
devem ser destruídas.

4
A Organização da Atividade Econômica

A organização da atividade econômica encontra-se diretamente relacionada com asolução


dos problemas econômicos fundamentais – o que e quanto, como e para quemproduzir – pois
constitui um conjunto de questões da mais alta complexidade, devido não apenas devido
às suas raízes econômicas, como, sobretudo em decorrência de seu envolvimento social,
ético e político. Sempre com o objetivo de assegurar maior eficiência à alocação de recursos,
as naçõeseconomicamente têm se dedicado a procura do sistema econômico Ideal.No âmbito
econômico e tecnológico descobriram que as soluções dosproblemas econômicas
fundamentais poderiam ser facilitadas pela divisão do trabalho;contudo, se a divisão do
trabalho conduziu a soluções de questões relacionadas com aeficiência produtiva, talvez
tenha trazido maior complexidade às questões relacionadascom a justiça distributiva.
O aumento da eficiência econômica e tecnológica, nas primeiras décadas do século
XIX,quando do período formativo do capitalismo industrial, coincidiu com o agravamento
dasquestões sociais atribuídas aos insatisfatórios padrões de repartição do produto social.
Àmedida que as atividades econômicas se especializam, torna-se mais complexa a
exatamedição das contribuições individuais. Daí por que se impõe a necessidade
dedesenvolver e de aplicar modelos de organização que reduza os desequilíbrios
darepartição, visto que é ao lado dos objetivos de disciplinar e coordenar as tarefas
desenvolvidas pelos indivíduos e unidades de produção que se compõe o quadro daatividade
produtiva.
Dallagnol (2008) destaca que os liberais do século XVIII do modelo de organização
econômicas deveriam ser o individualismo, a livre iniciativa e aconcorrência empresarial, pois
o funcionamento livre do sistema de preços e domecanismo do mercado conduziria a ótima
alocação dos recursos disponíveis, garantindoo pleno emprego e a eficiência econômica
geral. Em contraste com esse modelo, oscríticos do sistema liberal capitalista, atuando a partir
de bases ideológicas elaboradas porMarx, proporiam o bloqueio da liberdade empresarial, o
coletivismo e o dirigismo estatal.
Em lugar dos mecanismos livres antes propostos, seriam implantados sistemascentralizados
de controle, capaz de coordenar as metas de produção da economia, aalocação dos recursos
e a repartição do produto.A partir dessas duas proposições, diametralmente opostas, são
ainda possíveis inúmerosmodelos menos extremistas. Todos eles, porém, implicam
julgamento de valor quanto àanálise de sua eficiência, devido aos seus envolvimentos éticos
e políticos.
A validação da eficiência dos sistemas alternativos constitui uma das mais
complexasquestões da Análise Econômica, e pode-se concluir que os problemas centrais da
atividade econômica estão relacionados ao desajuste fundamental entre a escassez dos
recursos e a ilimitação das necessidades humanas; e não há sistema econômico quetenha
sido capaz de reprimir a expansão das necessidades humanas ou remover a limitação dos
recursos. Por isso, independentemente de seu modelo de organizaçãosocial ou política,
dificilmente as modernas nações conseguirão escapar à tríade dosproblemas econômicos
fundamentais.

ATIVIDADE :

Faça uma redação comentando sua opinião sobre qual sistema econômico é melhor para o
Brasil.

5
SEMANAS 3 E 4
• EIXO TEMÁTICO: SISTEMAS ECONÔMICOS
• TEMA/TÓPICO(S): MACROECONOMIA
• HABILIDADE(S): Compreender os conceitos
• CONTEÚDOS RELACIONADOS:, Macroeconomia, Microeconomia,
características dos Sistemas Econômicos
• INTERDISCIPLINARIDADE:Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração

• REFERÊNCIAS:
• DALLAGNOL, RENATA C. CHIARINI, Apostila Economia I, FAG- FACULDADE ASSIS
• GURGACZ, Cascavel, 2008.
• GONÇALVES, R. R. Economia aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
• MULLER, Antonio. Manual de economia básica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
• IBGE. Dados Econômicos. Disponível em: HTTP://www.ibge.gov.br. Acesso em
• 10/02/2009
• PINHO, D. ;VASCONCELLOS, M. ET AL. Manual de Economia, Saraiva, São Paulo,
• 1998.
• POSSAMAI, Ademar, Apostila Economia, UNERJ, Jaraguá do Sul, 2001.
• RIANI, F. Economia: princípios básicos e introdução à microeconomia. São Paulo:
• Pioneira, 1998.
• ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. 19 Ed. Editora Atlas, São Paulo,
• 2002
• SINGER, Paul I. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Editora Fundação
Perseu
• Abramo, São Paulo, 2002.
• SILVA, C. R. L. LUIZ, S. Economia e mercados: introdução à economia. 18 ed. São
• Paulo: Saraiva, 2001.
• SILVA, F. G. JORGE, F. T. Economia aplicada à administração. 2 ed. São Paulo:
• Futura, 2000.
• VASCONCELOS, M. A. GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 2 ed. São Paulo:
• Saraiva, 2004.
• VICECONTI, P. E. V. DAS NEVES, S. Introdução à economia. 5 ed. (rev. e ampl.). São
• Paulo: Frase, 2002.
• WESSELS, W. Economia. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

6
ATIVIDADES
MACROECONOMIA

A macroeconomia é a área do estudo econômico que aborda o funcionamento de


um sistema econômico, ou seja, ela estuda os itens que alteram a situação econômica de
uma cidade, estado, país e etc..

É através da macroeconomia que estudamos o crescimento econômico de um país com a


medição da variação do seu Produto Interno Bruto (PIB), verificando se houve no país mais
produção de bens e serviços.

Outra informação que é possível se conhecer através da macroeconomia é se os preços


dos bens e serviços produzidos se elevaram e quanto elevaram. Isto é possível através da
medição do índice de inflação de determinada região.

Dentre os pontos estudados pela macroeconomia, podemos citar também:

Qual foi a produção total de um país.


A variação de preços.
A utilização dos fatores de produção (terra, trabalho e capital).
A relação comercial com outros países (comércio exterior).
A criação de empregos
Taxa de câmbio
Mas onde ocorre a interação macroeconômica?
Foram determinadas pelos economistas cinco grandes áreas de interação entre os agentes
econômicos (aqueles que tomam ações econômicas como consumo ou investimento).
Estas interações ocorrem sempre em determinado mercado, onde são ofertadas e
demandadas:
a) Mercado de bens e serviços: empresas demandam mão de obra, enquanto pessoas
as ofertam.
b) Mercado de trabalho: pessoas demandam trabalho, enquanto empresas as ofertam.
c) Mercado monetário: oferta e demanda de moeda.
d) Mercado de divisas: oferta e saída de moedas estrangeiras através das importações e
exportações.
e) Mercado de títulos: oferta e demanda de crédito e empréstimos financeiros.

AGREGADOS
1.1 Conceitos
A mensuração do resultado da atividade social de produção conduz inicialmente à distinção
de vários conceitos como de Produto e Renda Nacional, todos relevantes para amoderna
análise macroeconômica.
O Produto Interno Bruto
O Produto Interno Bruto exprime a estimativa do valor da produção, a preços de
mercado,realizadas dentro do território econômico do país. Este conceito de território inclui
o território terrestre, o espaço aéreo e as águas territoriais do país, as jazidas e as
explorações nas plataformas ligadas aos territórios de outros países e exploradas sob
regime concessionário, os “enclaves” e extraterritoriais fora das fronteiras geográficas do
país (embaixadas, consulados, bases militares e bases de exploração e pesquisa científica)
e os equipamentos móveis (barcos de pesca, navios, aeronaves, satélites artificiais e
plataformas flutuantes).

7
Todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território econômico, depurados das
transações intermediárias, incluem-se no valor agregado do PIB, independentemente de
recursos mobilizados serem ou não de propriedade de residentes no País.
O PIB é, assim, um agregado que independe do país onde residam os proprietários dos
recursos de produção que foram mobilizados em sua geração. Desde que a atividade
produtora seja situada dentro do território econômico do país, é computada na avaliação do
PIB. Esta a razão de ser do designativo interno.
No caso do Brasil, o PIB é o agregado mais expressivo, em termos monetários. Sua
estimativa supera a do Produto Nacional Bruto.
O Produto Nacional Bruto a preço de mercado
O Produto Nacional Bruto exclui a parcela dos bens e serviços finais que, não obstante
tenha sido produzida dentro do território econômico do país, não é de propriedade de
residente no país. O designativo nacional decorre de que o conceito de PNB exclui os
rendimentos (sob as formas de salários, juros, aluguéis, arrendamentos, royalties, direitos
de patente, lucros e outras formas mistas de pagamentos de fatores produtivos) pagas a
proprietários residentes em outros países. Esta diferenciação decorre de que os países não
utilizam na geração do seu PIB apenas recursos de propriedade de residentes.
Devido às transferências internacionais de tecnologia e de outras categorias de fatores de
produção, nem todos os recursos mobilizados dentro dos territórios econômicos de cada
país podem ser considerados como pertencentes à nação que os recebem e que nela
exercem suas atividades produtivas.
Todos os países utilizam, em maior ou menor grau, recursos pertencentes a não
residentes,ao mesmo tempo e, que seus residentes fornecem recursos a outros países.
Os fluxos de renda correspondentes são registrados em contas específicas do balanço
internacional de pagamentos. Quando o balanço registra, em síntese, rendimentos líquidos
recebidos do exterior, os fatores pertencentes a residentes e mobilizados por outros países,
superam os fatores de propriedade de não-residentes mobilizados internamente. Mas
quando esse registro vem sob a forma de rendimentos líquidos enviados ao exterior, os
recursos de não-residentes utilizados dentro do território econômico do país foram
proporcionalmente superiores ao que os residentes fornecem ao exterior.
No caso do Brasil, o PNB é inferior ao PIB. O Brasil remete anualmente, pelo uso de fatores
produtivos, mais rendimentos para o exterior do que recebe. Os direitos sobre recursos de
estrangeiros mobilizados internamente superam as remunerações correspondentes aos
fatores de propriedade de residentes no país, mas utilizadas em outras economias.
Conseqüentemente, o fluxo de rendimentos do país ao exterior aos dos direitos recebidos
de outros países. O produto não é inteiramente nacional.
O Produto Nacional Bruto a Custos de Fatores
Trata-se de agregado que incorpora todas as remunerações de fatores de produção pagas
a residentes no país, mais os impostos indiretos deduzidos dos subsídios. É, portanto,
agregação de salários, aluguéis, juros, lucros, depreciações e impostos indiretos líquidos.
Para passarmos da avaliação a preços de mercado para a avaliação a custos de fatores,
basta, portanto subtrair da primeira as estimativas correspondentes aos impostos indiretos,
somando-se os subsídios.
O conceito de Produto Nacional Bruto a custo de fatores é, portanto, bastante simples.
Como nos preços de mercado incluem-se os impostos indiretos líquidos, sua dedução
implica a apuração dos custos dos fatores produtivos.
A Renda Disponível
O conceito de Renda Disponível é geralmente subdividido em duas categorias, nas tabelas
estatísticas divulgadas pelo Centro de Contas Nacionais do Brasil: a renda disponível do
setor privado e a do setor público.
Para o caso da Renda Disponível do setor privado, a estimativa deve partir do PNB a custo
de fatores. A este agregado cabe acrescentar as transferências governamentais,feitas pelo
governo sob as formas de pagamentos de assistência, previdência e outras formas de
pensões e benefícios, sem que tenha havido qualquer fluxo correspondente de produção.
Incorpora-se ainda às transferências, os juros da dívida pública interna, pagos pelo governo
8
ao setor privado, definindo-se então o total da renda recebida. Todas estas categorias de
transferência não fazem parte, todavia, dos fluxos considerados para as estimativas do
PNB, consideram-se as atividades governamentais, dentro do agregado da produção do
setor terciário da economia (onde se classificam as diferentes esferas do governo). No
exercício de suas atividades, o governo, além de recolher impostos indiretos(que fazem
parte dos preços de mercado), recolhe ainda impostos diretos (que incidem sobre as
diferentes categorias de renda de fatores) e obtém outras formas de receitas não
tributárias.Assim, cabe deduzir os valores líquidos dessas receitas públicas, ao mesmo
tempo em que se adicionam os pagamentos de transferências, para se chegar ao conceito
de Renda Disponível do setor privado. Para a estimativa da Renda Disponível do setor
público, não necessário partir dos diferentes conceitos de PNB. Basta somar as receitas
tributárias(diretas e indiretas), as receitas não tributárias e deduzir a concessão de
subsídios e os pagamentos de transferência e de juros da dívida pública interna.

ATIVIDADE:
1) Pesquise propostas para o governo atingir os objetivos da
Macroeconomia nos seguinte tópicos:

a) Manter Altas taxas de crescimento Econômico;

b) Manter alto nível de emprego;

c) Manter a estabilidade de Preços;

d) Manter o equilíbrio das transações externas.

9
SEMANAS 5 E 6
• EIXO TEMÁTICO: SISTEMAS ECONÔMICOS
• TEMA/TÓPICO(S): MACROECONOMIA
• HABILIDADE(S): Compreender os conceitos
• CONTEÚDOS RELACIONADOS:, Macroeconomia, Microeconomia, características
dos Sistemas Econômicos
• INTERDISCIPLINARIDADE:Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração

• REFERÊNCIAS:
• DALLAGNOL, RENATA C. CHIARINI, Apostila Economia I, FAG- FACULDADE ASSIS
• GURGACZ, Cascavel, 2008.
• GONÇALVES, R. R. Economia aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
• MULLER, Antonio. Manual de economia básica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
• IBGE. Dados Econômicos. Disponível em: HTTP://www.ibge.gov.br. Acesso em
• 10/02/2009
• PINHO, D. ;VASCONCELLOS, M. ET AL. Manual de Economia, Saraiva, São Paulo,
• 1998.
• POSSAMAI, Ademar, Apostila Economia, UNERJ, Jaraguá do Sul, 2001.
• RIANI, F. Economia: princípios básicos e introdução à microeconomia. São Paulo:
• Pioneira, 1998.
• ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. 19 Ed. Editora Atlas, São Paulo,
• 2002
• SINGER, Paul I. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Editora Fundação Perseu
• Abramo, São Paulo, 2002.
• SILVA, C. R. L. LUIZ, S. Economia e mercados: introdução à economia. 18 ed. São
• Paulo: Saraiva, 2001.
• SILVA, F. G. JORGE, F. T. Economia aplicada à administração. 2 ed. São Paulo:
• Futura, 2000.
• VASCONCELOS, M. A. GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 2 ed. São Paulo:
• Saraiva, 2004.
• VICECONTI, P. E. V. DAS NEVES, S. Introdução à economia. 5 ed. (rev. e ampl.). São
• Paulo: Frase, 2002.
• WESSELS, W. Economia. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

ATIVIDADES
POLÍTICA MACROECONÔMICA
1. 1. Política econômica
Dallagnol (2007) afirma que a política econômica é determinada por um conjunto de medidas
governamentais, que atuam sobre a Economia do país. Consiste na determinação dos setores
ou pólos econômicos, que prioritariamente devem ser impulsionados e desenvolvidos,
mediante apoio técnico, financeiro ou fiscal. Como não é possível atuar de forma efetiva em
todos os campos da Economia, o governo deve priorizar determinados setores que mais
necessitam da ação do Estado e canalizar recursos orçamentários para apoiar uma ação, que
deve ser minuciosamente estudada para que os recursos sejam aplicados de forma eficiente
e eficaz.Embora estejamos passando por um momento do pensamento econômico com
predominância do pensamento liberal, há aceitação mais ou menos geral da importância da
ação do governo na Economia. A divergência está no modo como esta ação deve ser
conduzida.

10
Além das funções sociais de educação, saúde e justiça, o governo detém responsabilidade
sobre a economia do país, mesmo quando o sistema dominante é o de mercado, ou liberal.
São as seguintes as metas de políticas macroeconômicas:
ü Alto nível de emprego
ü Estabilidade de preços
ü Distribuição de renda socialmente justa
ü Crescimento econômico.
As questões relativas ao emprego e à inflação são consideradas como conjunturais, de curto
prazo. É a preocupação central das chamadas políticas de estabilização. As questões relativas
ao crescimento são predominantemente de longo prazo, enquanto o problema da distribuição
de renda envolve aspectos de curto e longo prazo Alguns textos colocam também como meta
o equilíbrio no balanço de pagamentos, mas estes não apresentam um objetivo em si mesmo,
mas um meio, um instrumento para se atingir as quatro metas assinaladas.
Alto nível de emprego
Pode-se dizer que a questão do desemprego, a partir dos anos 30, permitiu um
aprofundamento da análise macroeconômica. Surgiu o livro de John Maynard Keynes – Teoria
Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda –, em 1936, que forneceu aos governantes os
instrumentos necessários para que a economia recuperasse seu nível de emprego potencial
ao longo do tempo.
Deve-se salientar que antes da crise dos anos 30, a questão do desemprego não preocupava
a maioria dos economistas, pelo menos nos países capitalistas. Isso porque predominava o
pensamento liberal que acreditava que os mercados, sem interferência do Estado, conduziam
a economia ao pleno emprego de seus recursos, ou a seu produto potencial: milhões de
consumidores e milhares de empresas, como que guiados por uma “mão invisível”,
determinariam os preços e a produção de equilíbrio, e, desse modo, nenhum problema surgiria
no mercado de trabalho.
De fato, desde a Revolução Industrial, em fins do século XVIII, até o início do século XX, o
mundo econômico parece ter funcionado mais ou menos assim. Entretanto, a evolução da
economia mundial trouxe em seu bojo, novas variáveis, como o surgimento dos sindicatos dos
trabalhadores, os grupos econômicos e o desenvolvimento do mercado de capitais e do
comércio internacional, de sorte a complicar e trazer incertezas sobre o funcionamento da
economia. A ausência de políticas econômicas levou à quebra da Bolsa de Valores de Nova
York em 1929, e uma crise de desemprego atingiu todos os países do mundo ocidental nos
anos seguintes. (DALLAGNOL, 2007)
Com a contribuição de Keynes, contudo, fincaram-se as bases da nova Teoria
Macroeconômica, e da intervenção do Estado na economia de mercado. Na verdade, Keynes
praticamente inaugurou uma questão da macroeconomia que perdura até hoje – qual deve
ser o grau de intervenção do Estado na economia e, em que medida ele deve ser produtor de
bens e serviços. A corrente de economistas liberais (hoje neoliberais) prega a saída da
produção de bens e serviços, enquanto outra corrente de economista apregoa um maior grau
de atuação do Estado na atividade econômica.
Estabilidade de preços
Define-se inflação como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços,
carretando distorções, principalmente sobre a distribuição de renda, sobre a expectativa dos
agentes econômicos e sobre o balanço de pagamentos. Este elemento macroeconômico será
detalhado mais adiante.
Distribuição eqüitativa de renda
A economia brasileira cresceu razoavelmente entre o fim dos anos 60 e a maior parte da
década de 1970. Apesar disso, verificou-se uma disparidade muito acentuada de nível de
renda, tanto na área pessoal como no campo regional. Isso fere, evidentemente, o sentido de
eqüidade ou justiça.
No Brasil, os críticos do “milagre” argumentavam que havia piorado a concentração de renda
do país, nos anos de 1967-1973, devido a uma política deliberada do governo baseada em,
crescer primeiro para depois distribuir (a chamada Teoria do Bolo).

11
A posição oficial era de que certo aumento na concentração de renda seria inerente ao próprio
desenvolvimento capitalista, dada as transformações estruturais que ocorrem (êxodo rural,
com trabalhadores de baixa qualificação, aumento da proporção de jovens etc.). Nesse
processo gera-se uma demanda por mão-de-obra qualificada, a qual, por ser escassa, obtém
ganhos extras. Assim, o fator educacional seria a principal causa da piora distributiva. O
economista Mario Henrique Simonsen argumentava que há “desigualdades com mobilidade”,
isto é, o indivíduo permanece pouco tempo na mesma faixa salarial e tem facilidade de
ascensão. Isso seria um fator importante para a convivência com má distribuição de renda.
(DALLAGNOL, 2007) Deve ser observado que, embora tenha ocorrido no Brasil uma
concentração de renda naquele período, a renda média de todas as classes aumentou. O
problema é que, embora o pobre tenha ficado menos pobre, o rico ficou relativamente mais
rico no período considerado.
Crescimento Econômico
Se existem desemprego e capacidade ociosa, pode-se aumentar o produto nacional através
de políticas econômicas que estimulem a atividade produtiva. Mas, feito isso, há um limite à
quantidade que se pode produzir com os recursos disponíveis.
Aumentar o produto além desse limite exigirá:
a) Ou um aumento nos recursos disponíveis;
b) Ou um avanço tecnológico (ou seja, melhoria tecnológica, novas maneiras de organizar a
produção, qualificação de mão-de-obra).
Quando falamos em crescimento econômico, estamos pensando no crescimento da renda
nacional per capita, ou seja, em colocar à disposição da coletividade uma quantidade de
mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional. A renda per capita é
considerada um razoável indicador – o mais operacional – para se aferir a melhoria do padrão
de vida da população, embora apresentem falhas (os países árabes têm as melhores rendas
per capita, mas não o melhor padrão de vida do mundo).
Durante os anos 60 e 70, começaram a surgir dúvidas em relação à importância do
crescimento como meta principal da política econômica. Nos países desenvolvidos tem-se
considerado a questão da piora do meio ambiente (poluição, degradação etc.). Nos países em
desenvolvimento (ou economias emergentes), como o Brasil, o rápido crescimento dos anos
do chamado “milagre econômico” coincidiu com uma redistribuição de renda a favor dos
segmentos mais ricos da população.
Inter-relação e conflitos entre objetivos
Os objetivos não são independentes uns dos outros, podendo inclusive ser conflitantes. Atingir
uma meta pode ajudar a alcançar outra. O crescimento pode facilitar a solução dos problemas
da pobreza, pois se podem abrandar conflitos sociais sobre a divisão do bolo produtivo quando
ele aumenta. Nesse sentido, poder-se-ia aumentar a renda dos pobres sem diminuir a dos
ricos.
Entretanto no Brasil, e em outros países em desenvolvimento, as metas de crescimento e a
eqüidade distributiva têm-se mostrado conflitantes, uma vez que o aumento do nível de
poupança (necessário para aumentar os investimentos geradores de crescimento) parece ser
mais facilmente obtido através de uma distribuição desigual de renda – (especificamente
aumentando a parte dos lucros e da poupança dos mais ricos na renda nacional).
Outro conflito pode ser observado entre as metas de redução de desemprego e a estabilidade
de preços. É fato observável que, quando o desemprego diminui e a economia aproxima da
plena utilização dos recursos, passam a ocorrer pressões por aumentos de preços,
principalmente nos setores fornecedores de insumos básicos (aço, embalagens, matérias-
primas), o que explica o freqüente controle do crescimento do consumo pelas autoridades
para não provocar inflação. 5.2.2. Instrumentos de Política Econômica
De acordo com Dellagnol (2007), o domínio do conhecimento acerca do macroambiente
econômico é de suma importância para empresários, homens de negócio, tomadores de
decisão e para todas as pessoas de forma generalizada, a dona de casa, o estudante, o
político, o profissional, pois os acontecimentos que ocorrem na esfera macroeconômica
afetam a vida de todos.

12
Cabe ao governo, a política macroeconômica, as quais têm como última função a de
estabilizar/controlar os grandes agregados macroeconômicos. A política macroeconômica
envolve a atuação do governo sobre a capacidade produtiva (oferta agregada) e despesas
planejadas (demanda agregada), com o objetivo de permitir que a economia opere em pleno
emprego, com baixa taxa de inflação e uma distribuição justa de renda. Dentro dessa função
do setor público, os principais agregados econômicos são: taxa de juros, crescimento
econômico, nível de preços, taxa de desemprego e taxa de câmbio.
ATIVIDADE:
Faça pesquisa sobre taxas de desemprego no Brasil e elabore uma tabela contendo os
últimos 10 anos e monte um gráfico com demonstrações das variações?

13
SEMANAS 7 E 8
EIXO TEMÁTICO: SISTEMAS ECONÔMICOS
TEMA/TÓPICO(S): Políticas Econômicas
HABILIDADE(S): Compreender os conceitos das Políticas Monetária, Fiscal, Combial e de
Rendas
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Políticas Monetária, Fiscal, Combial e de Rendas
INTERDISCIPLINARIDADE:Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração

REFERÊNCIAS:
DALLAGNOL, RENATA C. CHIARINI, Apostila Economia I, FAG- FACULDADE ASSIS
GURGACZ, Cascavel, 2008.
GONÇALVES, R. R. Economia aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
MULLER, Antonio. Manual de economia básica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
IBGE. Dados Econômicos. Disponível em: HTTP://www.ibge.gov.br. Acesso em
10/02/2009
PINHO, D. ;VASCONCELLOS, M. ET AL. Manual de Economia, Saraiva, São Paulo,
1998.
POSSAMAI, Ademar, Apostila Economia, UNERJ, Jaraguá do Sul, 2001.
RIANI, F. Economia: princípios básicos e introdução à microeconomia. São Paulo:
Pioneira, 1998.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. 19 Ed. Editora Atlas, São Paulo,
2002
SINGER, Paul I. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Editora Fundação Perseu
Abramo, São Paulo, 2002.
SILVA, C. R. L. LUIZ, S. Economia e mercados: introdução à economia. 18 ed. São
Paulo: Saraiva, 2001.
SILVA, F. G. JORGE, F. T. Economia aplicada à administração. 2 ed. São Paulo:
Futura, 2000.
VASCONCELOS, M. A. GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 2 ed. São Paulo:
Saraiva, 2004.
VICECONTI, P. E. V. DAS NEVES, S. Introdução à economia. 5 ed. (rev. e ampl.). São
Paulo: Frase, 2002.
WESSELS, W. Economia. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

ATIVIDADES
POLÍTICA MONETÁRIA
A política monetária tem como objetivo controlar a oferta de moeda na economia. Determinar
a quantidade de moeda (dinheiro) na economia é função do Conselho Monetário Nacional
(CMN1), com participação do Banco Central do Brasil (BACEN). Ao determinar a quantidade
de dinheiro, tem-se a formação da taxa de juros, ou seja, a taxa de juro pode ser interpretada
como sendo o “preço do dinheiro”. (DALLAGNOL, 2007)
A lógica da política monetária consiste em controlar a oferta de moeda (liquidez) para
determinar a taxa de juros de referência do mercado. Nesse sentido, o Banco Central, seja
qual for o país, eleva a taxa de juros2, enxugando (diminuindo) a oferta monetária, e a reduz
atuando de forma inversa. Cabe destacar que em um sistema econômico, moeda representa
os meios de pagamentos. Estes, na sua forma mais líquida, podem ser representados pelo
papel moeda e pelos depósitos à vista nos bancos comerciais. Tanto as cédulas/moedas

14
metálicas quanto os valores existentes em contas bancárias representam os meios de
pagamentos. A política monetária, ao controlar os meios de pagamentos, está visando
estabilizar o nível de preços geral da economia. Os governos que necessitam diminuir a taxa
de inflação reduzem a oferta de monetária e aumentam a taxa de juros. Esse mecanismo
controla os níveis de preços. Mas, se a taxa de juros permanece elevada por um período
longo, a economia pode deixar de ter um crescimento econômico, redundando, assim, em
baixos níveis de emprego.
O BACEN (Banco Central do Brasil) pode alterar os meios de pagamento (oferta de moeda)
utilizando-se de quatro instrumentos:
a) Operação de mercado aberto (Open Market) As operações de mercado aberto são
caracterizadas pela compra e venda de títulos públicos3 do BACEN4 no mercado. Esses
títulos podem ser de emissão própria ou em geral do Tesouro5. Seu impacto sobre a liquidez
na economia pode ser resumido em dois simples exemplos:
Exemplo 1: Banco Central compra títulos públicos do mercado, fazendo o pagamento em
Reais. Nesse caso, a oferta de moeda aumenta, pois o BACEN está retirando um ativo (título)
que não é meio de pagamento e fornecendo ao mercado um ativo líquido (moeda), no caso,
Real. Essa operação, realizada em grande quantidade, tem como objetivo aumentar a oferta
de moeda e conseqüentemente diminuir a taxa de juros do mercado. Exemplo 2: Banco
Central vende título no mercado, recebendo pagamento em Reais. Ocorre o caso inverso do
exemplo anterior. O BACEN está ofertando um ativo menos líquido (títulos) e retirando do
mercado um ativo mais líquido (moeda). Essa operação, realizada em grande escala, tem
como finalidade diminuir a oferta monetária e conseqüentemente aumentar a taxa de juros e
com isso controlar o nível de preços.
b) Depósito compulsório6
São depósitos sob a forma de reservas bancárias que cada banco comercial é obrigado
legalmente a manter junto ao Banco Central. É calculado como um percentual sobre os
depósitos à vista nos bancos comerciais.
Quanto maiores os depósitos compulsórios, maior o nível de reservas obrigatórias dos
bancos junto ao Banco Central. Os recursos destinados aos empréstimos sofrem uma
diminuição e provocam com isso a criação de moeda bancária (valores depositados nos
bancos). A taxa de juros sofre um aumento, sendo o inverso também verdadeiro. Para
diminuir a liquidez do sistema financeiro, o Banco Central eleva a taxa de compulsório. Com
menos recurso para emprestar dos bancos comerciais, o crescimento da economia como um
todo é afetado.
c) Redesconto bancário
Socorre instituições financeiras com problemas de liquidez. O redesconto é o empréstimo
que os bancos comerciais recebem do BACEN para cobrir eventuais problemas de liquidez.
A taxa cobrada sobre esses empréstimos é chamada de taxa de redesconto. Um aumento
da taxa de redesconto indica que os bancos sofrerão maiores custos, caso tenham problema
de liquidez. Neste caso, as instituições irão aumentar suas reservas e diminuir o crédito,
aumentando o custo para se obter meios de pagamento, ou seja, a taxa de juros.
d)Controle e seleção de crédito
Um instrumento não muito convencional, mas às vezes utilizado pelo Banco Central, refere-
se ao controle direto sobre o crédito. Este pode estar relacionado ao volume de crédito, ao
prazo e destinação do crédito. Este instrumento pode gerar distorções no livre funcionamento
do mercado de crédito, e até desestimular a atividade de intermediação financeira. Assim,
por exemplo, se o objetivo é controle da inflação, a medida apropriada de política monetária
seria diminuir o estoque monetário da economia (por exemplo, aumento da taxa de reservas
compulsórias, ou compra de títulos no open market). Se a meta é o crescimento econômico,
a medida adotada seria o aumento do estoque monetário. (DALLAGNOL, 2007)

POLÍTICA FISCAL
O principal instrumento de política econômica do setor público refere-se à política fiscal. Esta,
por sua vez, consiste na elaboração e organização do orçamento do governo, o qual

15
demonstra as fontes de arrecadação e os gastos públicos a serem efetuados em um
determinado período (exercício).
A política fiscal visa estimular o crescimento e reduzir a taxa de desempenho por meio da
elaboração do orçamento público. A política fiscal visa atingir a atividade econômica e assim
alcançar dois objetivos inter-relacionados, a saber, estimular a produção, ou seja, o
crescimento econômico e combater, se for o caso, a elevada taxa de desemprego. O
financiamento do déficit do setor público7, também é um fator de preocupação da política
fiscal.
Refere-se, portanto, a todos os instrumentos que o governo dispõe para a arrecadação de
tributos8 (política tributária) e o controle de suas despesas (política de gastos), ou seja,
consegue alterar o volume das receitas e dos gastos públicos através dos instrumentos
fiscais. Estes instrumentos são:
a) Imposto10 (receita):
Os impostos podem ser classificados em duas categorias:
- Impostos diretos: incidem diretamente sobre a renda das unidades familiares e das
empresas. Ex.: IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física); IRPJ (Imposto de Renda Pessoa
Jurídica).
- Impostos indiretos: são tributos que oneram as transações intermediárias e finais. São
incorporados ao processo produtivo e, portanto, incidem indiretamente sobre o contribuinte
(consumidor). Ex.: ICMS, ISS, CONFINS, PIS.
-
b) Despesas do governo (gastos):
As despesas do governo podem ser divididas em:
- Consumo: gastos com salário, administração pública, funcionalismo civil e militar.
- Transferências: benefícios pagos pelos institutos de previdência social, sob a forma de
aposentadoria11, salário-escola, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
- Subsídios: são pagamentos feitas pelo governo a algumas empresas públicas ou privadas.
- Investimentos: gastos com aquisição de novas máquinas, equipamentos, construção de
estradas, pontes, infra-estrutura.
c) Orçamento do governo:
O resultado das operações de receita menos os gastos do setor público representam o
orçamento do governo. Este saldo pode ser classificado em três esferas:
- Orçamento equilibrado: ocorre quando o total das receitas em valores monetários de um
determinado período for exatamente igual ao total de gastos em valores monetários.
- Orçamento superavitário: as receitas superam os gastos em valores monetários em um
determinado exercício do governo.- Orçamento deficitário: as receitas são inferiores aos
gastos.
Quando o Tesouro Nacional, responsável pelas contas do setor público, registra um caso de
déficit, o governo deve determinar como será o financiamento ou o pagamento desse
excesso de gastos.
Entretanto, o resultado do setor público pode ser dividido em duas contas:
❖ Superávit/déficit primário ou fiscal: é o saldo positivo/negativo alcançado
quando a receita do governo federal e estadual é superior/inferior aos seus gastos. É a
diferença entre os gastos públicos e a arrecadação tributária no exercício, independente dos
juros e da correção da dívida passada.
❖ Déficit operacional (Necessidade de Financiamento do Setor Público – NFSP): é
calculado pelo resultado primário, acrescido do pagamento dos juros da dívida passada.
O déficit do setor público pode ser financiado por duas principais fontes de recursos:
➢ Emissão de moeda: o BACEN, neste caso, cria moeda para financiar a dívida do Tesouro.
Este procedimento é também conhecido como monetização da dívida.
➢ Empréstimos: venda de títulos da dívida pública ao setor privado (interno ou externo): o
governo oferta títulos em troca de moeda para financiar sua dívida atual. Este financiamento
tende a aumentar o déficit operacional devido ao pagamento dos juros. Além destas duas
fontes de recursos, o governo pode utilizar alterações nas alíquotas de impostos para tentar
cobrir o déficit orçamentário. O Brasil tem buscado diminuir seu déficit primário a fim de
16
diminuir o déficit operacional, para tanto tem buscado o superávit primário. (DALLAGNOL,
2007)
A título de curiosidade, vejamos o que ocorre na economia caso o governo reduza os
impostos, ocorrendo um conseqüente aumento déficit orçamentário:
 O aumento na renda disponível provoca elevação do consumo e redução da
poupança;
A redução da poupança eleva a taxa de juros e desestimula o investimento;
Um menor nível de investimentos levará a um menor nível de produto/renda;
Elevação da demanda, do produto e do nível de emprego apenas no Curto Prazo;
No Longo Prazo, os efeitos será apenas a elevação no nível geral de preços;
Com a redução da poupança, temos superávits na conta de capital e déficit na conta-
corrente, implicando em endividamento da nação;
Há ainda uma valorização da moeda nacional, desestimulando a importação e
amenizando o efeito expansionista da política fiscal.
Além da questão do nível de tributação, a política tributária, por meio da manipulação da
estrutura e alíquotas de impostos, é utilizada para estimular (ou inibir) os gastos de
consumo do setor privado. (DALLAGNOL, 2007)
Se o objetivo da política econômica é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais
normalmente utilizadas são as diminuições de gastos públicos e/ou o aumento da carga
tributária (o que inibe o consumo). Ou seja, visam diminuir os gastos da coletividade.
Se o objetivo é, um maior crescimento e emprego, os instrumentos fiscais são os mesmos,
mas em sentido inverso, para elevar a demanda agregada.
Para uma política que vise melhorar a distribuição de renda, esses instrumentos devem ser
utilizados de forma seletiva, em benefício dos grupos menos favorecidos. Por exemplo,
gastos do governo em regiões menos atrasadas.
As políticas monetária e fiscal representam meios alternativos diferentes para as mesmas
finalidades. A política econômica deve ser executada através de uma combinação
adequada de instrumentos fiscais e monetários. (DALLAGNOL, 2007). Pode-se dizer que a
política fiscal apresenta maior eficácia quando o objetivo é uma melhoria na distribuição de
renda, tanto na taxação às rendas mais altas como pelo aumento dos gastos do governo
com destinação a setores menos favorecidos. A política monetária é mais difusa na
questão distributiva. Uma vantagem freqüentemente apontada da política monetária sobre
a fiscal é que a primeira pode ser implantada logo após a sua aprovação, dado que
depende apenas de decisões diretas das autoridades monetárias, enquanto a
implementação de políticas fiscais depende de votação do Congresso, e deve obedecer ao
Princípio da Anterioridade, o que aumenta a defasagem entre a tomada de decisão e a
implementação das medidas fiscais.

POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL


São as políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia.
A política cambial refere-se à atuação do governo sobre a taxa de câmbio. O governo,
através do Banco Central, pode fixar a taxa de câmbio.
O mercado de câmbio13 (divisas) é formado pelos diversos agentes econômicos que
compram e vendem moeda estrangeira conforme suas necessidades. Empresas que moeda
estrangeira, em particular o Dólar, pois sua receita ocorre em moeda estrangeira. Empresas
que compram bens ou ações no exterior estão demandando moeda estrangeira, pois seus
gastos ocorrem em dólares. Neste sentido, o preço da moeda estrangeira em relação à
moeda nacional é determinado neste mercado. Este preço é chamado de taxa de câmbio
(R$/US$). (DALLAGNOL, 2007). As empresas brasileiras que participam do comércio
internacional dependem substancialmente da taxa de câmbio. Entender o funcionamento
desse mercado é fundamental.
Se o câmbio estiver em R$ 2,50, significa que são necessários R$ 2,50 reais para comprar
um dólar. Se este subir para R$ 3,00 por dólar, ocorreu uma desvalorização da moeda local
(real) em relação à moeda estrangeira (dólar). O preço da moeda estrangeira elevou-se.
Assim, se o preço sobe devido a um aumento da demanda por dólar, dizemos que ocorreu
17
uma desvalorização do Real frente ao dólar. Precisa-se de mais reais para comprar a mesma
quantidade de dólares.
Se o preço desce devido a um aumento da oferta de dólares, dizemos que ocorreu uma
valorização do Real frente ao dólar. Menos reais serão necessários para comprar a mesma
quantidade de dólares.
Cabe explicar que as relações econômicas, comerciais e financeiras dos agentes de
determinado sistema econômico, como os agentes de outro sistema econômico
(normalmente país), são registradas na Balança de Pagamentos. Eventuais déficits no
Balanço de Pagamentos são decorrentes do fato de a entrada de divisas (dólares) ser inferior
a saída de divisas. Este fato é resultado de dois desequilíbrios. O primeiro é que se importam
bens e serviços menos do que se consegue exportar, resultando em uma saída de divisas
maior do que a entrada. O segundo desequilíbrio é causado pelo lado financeiro, onde não
se consegue atrair recursos (dólares) em quantidade suficiente para pagar as contas em
dólar. (DALLAGNOL, 2007). A política comercial diz respeito aos instrumentos e incentivos
às exportações e/ou estímulos e desestímulos à importação, ou seja, refere-se aos estímulos
fiscais (crédito prêmio) do ICMS, IPI etc.) e creditícios (taxas de juros subsidiadas) às
exportações e ao controle das importações (via tarifas e barreiras quantitativas sobre
importações).
POLÍTICA DE RENDAS
A política de rendas refere-se à intervenção direta do governo na formação de renda
(salários, aluguéis), através de controle e congelamentos de preços. Alguns tipos de
controles exercidos pelas autoridades econômicas podem ser considerados dentro do
âmbito das políticas monetária, fiscal ou cambial. Por exemplo, o controle das taxas de juros
e da taxa de câmbio. Entretanto, os controles sobre preços e salários situam-se em
categorias próprias de política econômica. A característica especial é que, nesses controles,
os preços são congelados, e os agentes econômicos não podem responder às influencias
econômicas normais do mercado. Normalmente esses controles são utilizados como política
de combate à inflação. No Brasil, a fixação de política salarial, o salário mínimo, a atuação
do CIP (Conselho Interministerial de Preços), depois o SEAP (Secretaria Especial de
Abastecimento e Preços) e os congelamentos de preços e salários nos recentes planos
econômicos situam-se no contexto de políticas antiinflacionárias.

ATIVIDADE:

Monte uma tabela com as taxas de câmbio dos últimos 10anos , sendo que deve constar
uma coluna com os percentuais de desvalorização da nossa moeda em relação ao dólar.

18
SEMANAS 9 E 10
EIXO TEMÁTICO: SISTEMAS ECONÔMICOS
TEMA/TÓPICO(S): INDICADORES ECONÔMICOS
HABILIDADE(S): Compreender os conceitos dos Indicadores Econômicos
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Indicadores Econômicos , Desemprego e Inflação
INTERDISCIPLINARIDADE:Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração

REFERÊNCIAS:
DALLAGNOL, RENATA C. CHIARINI, Apostila Economia I, FAG- FACULDADE ASSIS
GURGACZ, Cascavel, 2008.
GONÇALVES, R. R. Economia aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
MULLER, Antonio. Manual de economia básica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
IBGE. Dados Econômicos. Disponível em: HTTP://www.ibge.gov.br. Acesso em
10/02/2009
PINHO, D. ;VASCONCELLOS, M. ET AL. Manual de Economia, Saraiva, São Paulo,
1998.
POSSAMAI, Ademar, Apostila Economia, UNERJ, Jaraguá do Sul, 2001.
RIANI, F. Economia: princípios básicos e introdução à microeconomia. São Paulo:
Pioneira, 1998.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. 19 Ed. Editora Atlas, São Paulo,
2002
SINGER, Paul I. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Editora Fundação Perseu
Abramo, São Paulo, 2002.
SILVA, C. R. L. LUIZ, S. Economia e mercados: introdução à economia. 18 ed. São
Paulo: Saraiva, 2001.
SILVA, F. G. JORGE, F. T. Economia aplicada à administração. 2 ed. São Paulo:
Futura, 2000.
VASCONCELOS, M. A. GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 2 ed. São Paulo:
Saraiva, 2004.
VICECONTI, P. E. V. DAS NEVES, S. Introdução à economia. 5 ed. (rev. e ampl.). São
Paulo: Frase, 2002.
WESSELS, W. Economia. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

ATIVIDADES

Indicadores Econômicos
Os indicadores econômicos podem ser classificados em cinco subconjuntos de variáveis
macroeconômicas relevantes:
a) Nível de atividade;
b) Preços;
c) Setor externo;
d) Agregados monetários;
e) Setor público.
a) Indicadores de nível de atividade: Os indicadores do nível de atividade funcionam como
um termômetro das condições gerais dos elementos mais sensíveis às flutuações cíclicas do
lado real da economia, sintetizados no comportamento do produto interno bruto (PIB), da
produção industrial e das estatísticas de emprego e desemprego.
Produto Interno Bruto (PIB)
Fala-se na distinção entre PIB nominal e PIB real; o primeiro é o valor comum na expressão
do PIB, ou seja, a soma simples dos bens e serviços produzidos; o segundo acompanha-se
de uma correção inflacionária.
19
A fórmula clássica para expressar o PIB de uma região é a seguinte:
Y=C+I+G+X-M
Onde,
Y é o PIB
C é o consumo
I é o total de investimentos realizados
G representa gastos governamentais
X é o volume de exportações
M é o volume de importações
O PIB é calculado pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), com base em metodologia
recomendada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a partir de minucioso
levantamento e sistematização de informações primárias e secundárias apuradas ou
apropriadas por aquela instituição. O PIB pode ser aferido a preços correntes (nominais ou
monetários) e constantes (reais).

Produção Industrial
Este indicador revela a variação mensal da produção física da indústria brasileira, obtida a
partir da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), realizada pelo IBGE desde
o início dos anos de 1970. Serve como indicador preliminar da evolução do PIB industrial.
Atualmente a PIM-PF é aplicada em uma amostra intencional de quase 950 produtos e mais
de 6.000 empresas informantes, representativos de 62% do valor bruto da produção do Censo
Industrial de 1985. A pesquisa mensal industrial do IBGE fornece, mensalmente, uma
estimativa do movimento do produto da indústria em termos físicos. Trata-se de um índice de
quantum (análise das quantidades produzidas), cuja a base de comparação instituída pelo
IBGE é atualmente o ano de 1991.
Desemprego
O IBGE realiza a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) desde outubro de 1984, abrangendo
seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre
e Salvador). A pesquisa procura levantar e medir apenas o desemprego aberto (incluindo a
realização de bicos), para a população considerada em idade ativa, acima de quinze anos,
que procurou emprego durante a semana que precede a visita do pesquisador.
b) PREÇOS
Inflação
O cálculo da inflação é efetuado por meio de uma média da variação dos preços pesquisados
para os diferentes produtos, ponderada pelas quantidades produzidas, consumidas ou
comercializadas dos bens, a partir de parâmetros primários obtidos das pesquisas dos
orçamentos familiares e até de matrizes de relações intersetoriais. Os principais índices de
inflação estão relacionados abaixo.
c) SETOR EXTERNO
ü Exportações – valor das vendas e outras remessas de bens e serviços de propriedade para
o exterior, realizadas por agentes econômicos residentes do país, a preço de embarque,
excluindo o pagamento de fretes, seguros, impostos e taxas.
ü Importações – valor das compras e outros ingressos de mercadorias e serviços
procedentes do exterior do país.
ü Saldo da balança comercial – exportações menos importações.
ü Saldo em transações correntes – consolidação das balança comercial e de serviço e das
transferências unilaterais. Os serviços compreendem transportes, seguros, viagens
internacionais, assistência técnica, lucros e dividendos e juros da dívida externa. As
transferências unilaterais correspondem às doações, remessa de
imigrantes etc.
ü Divida externa – valor total de débitos do país, contratados com residentes no exterior e
garantidos pelo governo, decorrentes de empréstimos e financiamentos, com prazo de
vencimento superior a um ano.
d) AGREGADOS FINANCEIROS
20
• Juros Over/Selic – taxa de juros média (em %) praticada pelo Banco Central para a rolagem
de títulos da divida pública por um dia. Apesar de terem sido concebidos para propiciar a
gestão da liquidez do sistema econômico, os papéis do governo sempre representaram ativos
de primeira linha, indicando o piso da rentabilidade do mercado financeiro, devido a sua pronta
liquidez e à plena garantia de recompras.
• Poupança – rendimento calculado para a remuneração mensal dos depósitos em caderneta
de poupança, a partir da Taxa Referencial de Juros (TR), acrescida de 0,5%. A TR é obtida a
partir da combinação da remuneração média mensal, livre de impostos, dos depósitos a prazo
fixo captados pelos bancos comerciais e de investimento e agências operadoras com títulos
públicos.
Taxa Selic é a taxa de juros determinada pelo Banco Central. Essa taxa é que define o índice
pelo quais os títulos do governo são remunerados. Se a taxa real de juros, que é a taxa Selic
descontado a inflação, é a parte do rendimento financeiro que vai para o bolso do investidor,
quando está baixa a economia cresce, quando estão alta, os agentes econômicos irão preferir
investir nos títulos do governo.
O Brasil apresenta hoje, uma das maiores taxas de juros do mundo. Sua taxa real de juros é
da ordem de 6,75% (11,25% Selic menos 4,5% de inflação), o que inviabiliza qualquer tipo de
investimento no setor produtivo, acarretando, assim, desemprego, queda na renda e setor
industrial parado.
e) SETOR PÚBLICO
Dívida líquida - somatório do endividamento dos governos federal (inclusive Banco
Central), estadual e municipal e por suas empresas junto ao sistema financeiro (público e
privado), ao setor privado não financeiro e o resto do mundo, descontados os valores
correspondentes aos créditos do governo.
Dívida Pública
A dívida pública é composta pela dívida interna e externa. A dívida interna consiste no total de
débitos assumidos pelo governo junto às pessoas físicas e jurídicas residentes no próprio
país. Sempre que as despesas do governo superam as receitas, há necessidade de cobrir o
déficit. Para isso, as autoridades econômicas podem optar por três soluções:
emissão de papel-moeda, aumento da carga tributária e lançamento de títulos. Já a dívida
externa consiste no somatório dos débitos de um país, garantidos por seu governo, resultantes
de empréstimos e financiamentos contraídos com residentes no exterior. Os débitos podem
ter origem no próprio governo, em empresas estatais e em empresas privadas. No caso da
dívida privada, ela ocorre com aval do governo para o fornecimento das divisas que servirão
às amortizações e ao pagamento dos juros.
INFLAÇÃO
5.5.1. Conceitos, Tipos e Intensidade
Conceito
Para Pinho e Vasconcellos (1998), a inflação pode ser conceituada como um aumento
contínuo e generalizado no nível geral de preços. Ou seja, os movimentos inflacionários
representam elevações em todos os bens produzidos pela economia e não meramente o
aumento de um determinado preço. Outro aspecto fundamental refere-se ao fato de que o
fenômeno inflacionário exige a elevação contínua dos preços durante um período de tempo,
e não meramente uma elevação esporádica dos preços.
Dado que a inflação representa uma elevação dos preços monetários, ela significa que o
valor real da moeda é depreciado pelo processo inflacionário. Assim, por definição, a inflação
é um fenômeno monetário. Entretanto, isto não significa que a sua solução passe
simplesmente por um controle do estoque de moeda. De início, pode-se dizer que a inflação
representa um conflito distributivo existente na economia, mal administrada. Em outras
palavras, a disputa dos diversos agentes econômicos pela distribuição da renda representa a
questão básica no fenômeno inflacionário. Dada a diversidade de agentes econômicos
existentes, o processo inflacionário pode estar acoplado a inúmeras facetas.
O exemplo mais típico, tradicionalmente enfatizado pelos monetaristas, refere-se ao
desequilíbrio financeiro do setor público, que induz a uma elevação do estoque de moeda
em taxas acima do crescimento do produto. No âmbito do conflito distributivo, poderíamos
21
representar esse tipo de inflação como decorrente de um conflito entre o setor privado e o
setor público pela disputa do produto. Nesta hipótese, caso o setor público reduza seus gastos
e assim consiga evitar o acréscimo de moeda, o problema inflacionário pode ser resolvido.
5.5.2 Causas e Efeitos
Conforme cita Dallagnol (2007), existem várias teorias que são capazes de explicar todosos
tipos de inflação; geralmente são diferenciados por qualificativos que remetem às causas, às
magnitudes dos processos de alta e a suas características visíveis. Podem ser agrupadas em
quatro principais troncos teóricos:
a) Inflação de procura.
Uma das principais explicações teóricas da inflação sustenta que as altas generalizadas de
preços resultam de uma procura agregada excessiva em relação à capacidade de oferta da
economia. A inflação resultante de gastos agregados excessivos pode originar-se tanto no
setor real, quanto no setor monetário. Podem resultar de expectativas sobre insuficiências nas
cadeias de suprimento, ou seja, o consumidor passa a consumir mais com medo que faltem
suprimentos. Podem resultar de excessivos gastos públicos sem correspondência de
poupança do governo. Ou pela inadequada condução da política monetária, conduzindo à
prostração
da oferta de moeda e à multiplicação dos meios de pagamento em escala mais que
proporcionais à capacidade efetiva de geração de bens e serviços. Trata-se, portanto, de um
tipo de inflação fortemente correlacionada à expansão da moeda.
b) Inflação de custos.
Trata-se de movimentos de alta originários da expansão dos custos dos fatores mobilizados
no processamento da procura de bens e serviços; ou se, é um processo inflacionário gerado
pela elevação dos custos de produção, especialmente dos salários ou dos preços de
importação. No Brasil, por exemplo, no final da década de 70, os sindicatos dos trabalhadores
na indústria metalúrgica teriam assumido o papel de agentes propulsores de elevações reais
das taxas salariais. Além de ser explicada pela variação nas taxas salariais, a inflação de
custos pode
resultar de acréscimos nos preços de matérias-primas de alta participação na estrutura de
custos das principais indústrias da economia.
A teoria da origem da inflação nos custos supõe que aumentos reais das taxas salariais são
as causas da inflação. Pressões que resultem em elevações salariais desse tipo são, em geral,
decorrentes de negociações coletivas conduzidas por sindicatos organizados e poderosos e
da capacidade de esses setores influenciarem os sindicatos menos organizados. A base
desse argumento supõe que elevações de custos de produção se incorporem como regra
geral, aos preços de mercado.
c) Inflação estrutural.
Trata-se de inflação que se apóia em fatores estruturais básicos, relacionando essencialmente
com a inelasticidade da oferta de produtos agrícolas, com o desequilíbrio crônico no comércio
exterior, com a distribuição desigual da renda e com a rigidez dos orçamentos públicos.
A teoria estrutural contém muitos elementos das outras teorias. A originalidade está em ser
voltada para países em desenvolvimento. Foi desenvolvida por pesquisadores da Comissão
Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), órgão da Organização das Nações
Unidas. Em resumo, a origem da inflação nos países pobres decorre de características
particulares da estrutura dos países em desenvolvimento, quais sejam:
a) Inelasticidade da oferta agrícola. Na América Latina, temos uma estrutura fundiária
concentrada (terra em poucas mãos), o setor agrário é tecnologicamente atrasado e a região
está em processo de urbanização (parcelas crescentes da população dependem da oferta de
produtos agrícolas). O resultado é o aumento de preço dos produtos agrícolas.
b) Desequilíbrio crônico no comércio exterior. Os países em desenvolvimento, em geral, são
importadores de bens de capital (máquinas e equipamentos), objetivando aparelhar seu
parque industrial. Os bens de capital são comercializados em moedas fortes (dólar, libra
esterlina, marco alemão, franco suíço, iene), gerando desequilíbrios no balanço de comércio
(importações maiores do que as exportações) dos países em desenvolvimento.

22
c) Distribuição desigual de renda. Com a produção de novos produtos, os grupos assalariados
de baixa renda pressionam para a ampliação de sua capacidade aquisitiva. Obtendo êxito,
teremos pressões inflacionárias de custo, desde que as empresas tentem manter as margens
de lucro. Por conta dos aumentos salariais, manter o lucro significa aumentar os preços. A
solução seria a aceitação, por parte dos setores empresariais, da nova distribuição de renda
mais favorável aos assalariados de baixa renda.
d) Rigidez do orçamento público. Nos países de crescimento acelerado, o governo assume
responsabilidades na implantação de infra-estrutura industrial (abastecimento de água,
energia, esgoto e transportes). Em geral, não existe um mercado no qual a colocação de
títulos do governo financie a infra-estrutura.
A solução seria a emissão de moeda (fabricação de dinheiro), aumentando o dinheiro em
circulação, origem monetária da inflação. No caso da existência do mercado de títulos, via de
regra, o volume disponível de recursos é pequena diante das necessidades do governo e dos
empresários privados. O resultado da disputa por recursos escassos é um aumento na
remuneração dos proprietários dos recursos (aumento da taxa de juros). Nesse caso, quem
recorreu a empréstimos aumenta preços em função do aumento na parcela a ser paga aos
credores.
d) Inflação inercial.
A abordagem inercialista fundamenta-se na capacidade de autopropagação da inflação e na
prática generalizada da indexação, ou seja, é um processo inflacionário muito intenso, gerado
pelo reajuste pleno de preços, de acordo com a inflação, observado no período imediatamente
anterior. Com isso, ocorre a indexação generalizada dos preços, os contratos e os preços
passam a se reajustar num período cada vez menor.
A indexação generalizada e outros mecanismos iniciais de manutenção da inflação
dificilmente são controláveis pelos instrumentos tradicionais da política monetária.
EFEITOS DA INFLAÇAO
De acordo com Pinho e Vasconcellos (1998), o processo inflacionário, especialmente aquele
caracterizado por elevadas taxas e particularmente por taxas que oscilam, tem sua
previsibilidade dificultada por parte dos agentes econômicos, e promove profundas distorções
na estrutura produtiva, inclusive provocando um equilíbrio abaixo do nível de pleno emprego.
Diante de tais questões, os principais efeitos provocados por esse fenômeno são apontados
a seguir.
Efeito sobre a distribuição de renda
Pinho e Vasconcellos (1998) afirmam que talvez a distorção mais séria provocada pela
inflação diga respeito à redução relativa do poder aquisitivo das classes que dependem de
rendimentos fixos, que possuem prazos legais de reajuste. Neste caso, estão os assalariados
que, corri o passar do tempo, vão ficando com seus orçamentos cada vez mais reduzidos, até
a chegada de um novo reajuste. Os proprietários que auferem renda de aluguel também têm
uma perda de rendimento real, ao longo do processo inflacionário, mas estes são
compensados pela valorização de seus imóveis, que costuma caminhar à frente das taxas de
inflação. Nesta categoria também estão os capitalistas, que têm mais condições de repassar
os aumentos de custos provocados pela inflação, procurando garantir a manutenção de seus
lucros.
Efeito sobre o mercado de capitais
Tendo em vista o fato de que, num processo inflacionário intenso, o valor da moeda deteriora-
se rapidamente, ocorre um desestímulo à aplicação de recursos no mercado de capitais
financeiro. As aplicações em poupança e títulos devem sofrer uma retração. Por outro lado, a
inflação estimula a aplicação de recursos em bens de raiz, como terras e imóveis, que
costumam valorizar-se.
No Brasil, essa distorção foi bastante minimizada pela instituição do mecanismo da correção
monetária, pelo qual alguns papéis, como os títulos públicos, bem como as cadernetas de
poupança e títulos privados, passaram a ser reajustados (ou indexados) por índices que
refletem aproximadamente o crescimento da inflação. Em épocas de aceleração da inflação,
isso tem contribuído para um verdadeiro desvio de recursos de investimentos no setor
produtivo, para aplicação no mercado financeiro.
23
Efeito sobre o balanço de pagamentos
Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços internacionais,
encarecem o produto nacional relativamente ao produzido externamente.
Assim, devem provocar um estímulo às importações e um desestímulo às exportações,
diminuindo o saldo do balanço comercial (exportações menos importações). Esse fato
costuma, inclusive, provocar um verdadeiro círculo vicioso, se o país estiver enfrentando um
déficit cambial. Nessas condições, as autoridades, na tentativa de minimizar o déficit, são
obrigadas a lançar mão de desvalorizações cambiais, as quais, depreciando a moeda
nacional, podem estimular a colocação de nossos produtos no exterior, desestimulando as
importações. Entretanto, as importações essenciais, das quais muitos países não podem
prescindir, como petróleo, fertilizantes, equipamentos sem similar nacional, tornarse- ão
inevitavelmente mais caras, pressionando os custos de produção dos setores que se utilizam
mais largamente de produtos importados. O círculo se fecha com uma nova elevação de
preços, provocada pelo repasse do aumento de custos aos preços dos produtos.
Medidas de Inflação
Pinho e Vasconcellos (1998) apresentar, de forma resumida, as metodologias dos IPCs -
índices de Preços ao Consumidor da FIBGE e da FIPE, e dos IGPs – índices Gerais de Preços
da FGV.
Sistema Nacional de índices de Preços ao Consumidor
(SNIPC - FIBGE)
No ano de 1978, a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística assumiu, por
determinação oficial, a responsabilidade integral de elaboração dos índices de Preços ao
Consumidor do Ministério do Trabalho (IPC MTb), que serviu de balizador da indexação de
salários, entre 1948 e 1979. Quando de sua criação, o SNIPC foi incumbido de elaborar dois
índices de Preços ao Consumidor para o Brasil -um IPC restrito e um IPC amplo. O IPC restrito
(INPC) teria por finalidade constituir-se no indexador oficial dos salários. Sua população
objetivo seria formada de famílias cuja principal fonte de rendimento fosse o trabalho
assalariado. Por sua vez, o IPC amplo (IPCA) deveria ser o indexador de aplicação mais geral,
e sua população objetivo seria constituída de famílias, sem especificação da fonte de
rendimento, situadas em uma faixa mais ampla de rendimento.
O INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor- Restrito
É calculado com base em índices elaborados para dez regiões metropolitanas mais Brasília,
compreendendo, cerca de 29% da população brasileira e 43 % da população urbana. Refere-
se às famílias cuja fonte de rendimento é o trabalho assalariado e cujo rendimento monetário
familiar disponível encontra-se entre 1 e 8 pisos salariais. O INPC é uma estatística contínua,
de periodicidade mensal para todas as áreas. Todos os produtos são pesquisados ao longo
dos períodos de referência e base de cálculo, demodo a refletir o movimento de preços. Os
períodos de referência e base de cálculo correspondem. aos meses atual e anterior do
calendário.
O IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
Tem a mesma abrangência geográfica, o mesmo sistema de coleta, e utiliza a fórmula -
Laspeyres modificada - do INPC. Difere, no entanto, quanto à definição da estrutura de
ponderações e a classe social de referência. O IPCA é calculado a partir de uma cesta de
itens representativo do consumo de famílias com renda entre 1 e 40 pisos salariais, sem
distinção quanto à fonte de renda.
Como o objetivo deste índice era o de constituir-se no indexador do mercado financeiro,
enquanto o INPC se destinava originalmente a indexar os contratos de trabalho, foi adotado,
na determinação dos pesos de cada item, o critério de participação relativa do gasto total corri
cada item, relativamente ao total geral de despesas com todos os itens - critério plutocrático.
O mesmo critério foi adotado na definição dos pesos de cada região, seguindo-se, neste caso,
procedimento análogo aos adotados para o INPC.
O IPC-FIPE: índice de Preços ao Consumidor da FIPE
O índice de Preços ao Consumidor no Município de São Paulo é o mais tradicional indicador
da evolução do custo de vida das famílias paulistanas, e um dos mais antigos números-índices
de inflação existente no Brasil. O início da série data de janeiro de 1939, com base em uma
24
pesquisa de padrão de vida, realizada entre fins de 1936 e meados de 1937, e em um
incipiente sistema de acompanhamento de preços no atacado e no varejo.
O Sistema IGP e IGP-M da FGV
Com a criação da FGV, teve início o cálculo do IGP, divulgado, pela primeira vez, no número
inaugural da Revista Conjuntura Econômica, em novembro de 1947, quando veio a público
uma série retroativa a 1944. O IGP, obtido a partir de uma média dos índices de preços no
atacado e no varejo, era o deflator do índice do Movimento dos Negócios, então calculado
pela IBRE-FGV.
A partir de 1950 foi incorporado ao cálculo um índice de preços para a indústria da construção
civil, o ICC, hoje INCC - índice Nacional de Custo de Construção. Desde a sua criação, o IGP
passou por uma série de atualizações em sua metodologia. Mais recentemente - maio de 1989
-, o IBRE passou a calcular o índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) para servir como
indexador de títulos privados. A metodologia do IGP-M é basicamente a mesma do IGP.
O IGP é uma combinação de três outros índices, ou seja:
IGP = 0,6 IPA + 0,3 IPC-BR + 0,1 INCC onde
IPA = índice de Preços por Atacado.
IPC-BR = índice de Preços ao Consumidor - Brasil.
INCC = índice Nacional de Construção Civil.
Cada componente representa uma fase do processo produtivo, correspondendo aos
componentes da despesa interna bruta. Assim, tem-se que:
a) os 60% representados pelo IPA equivalem ao valor adicionado pela produção, transportes
e comercialização de bens de consumo e de capital, nas transações em grosso (atacado);
b) os 30% do IPC equivalem ao valor adicionado pelo setor varejista, e pelos serviços de
consumo;
c) os 10% complementares do INCC respondem pelo valor adicionado da indústria da
construção civil.
O IGP é calculado em dois conceitos: oferta global e disponibilidade interna:
- no conceito de oferta global, consideram-se a produção interna e as importações;
- no conceito de disponibilidade interna, excluem-se as exportações da oferta global.
O IPA - Índice de Preços no Atacado
O peso de cada mercadoria corresponde à sua parcela no valor adicionado total, calculada a
partir do coeficiente:
valor da transformação industrial / valor da produção ou do coeficiente:
valor da transformação agropecuária / valor da produção
O INCC - Índice Nacional de Custo da Construção
O índice Nacional de Custo da Construção - INCC foi concebido com a finalidade de aferir
a evolução dos custos da construção habitacional. São realizadas pesquisas em 18 municípios
de capitais: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis,
Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro,
Salvador, São Paulo e Vitória.
O IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado
A partir de maio de 1989, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) passou a calcular o índice Geral
de Preços - Mercado (IGP-M). Este índice, voltado predominantemente à comunidade
financeira, difere do seu congênere, o IGP-DI, em alguns pontos.
a) O período adotado para efeito de coleta de preços é aquele compreendido entre os dias 21
do mês anterior e o dia 20 do mês de referência.
b) No que diz respeito à periodicidade de cálculo, os índices baseiam-se nas variações de
preços coletados sistematicamente, durante o mês de referência, com três apurações. As
apurações parciais correspondem às prévias referentes ao primeiro e ao segundo decêndios.
O primeiro decêndio mostra a variação de preços, entre os dez primeiros dias de cada mês
de referência e todo o mês-base. O segundo decêndio refere-se à comparação da soma do
primeiro e segundo decêndios do mês de referência em relação ao mês-base. O resultado do
mês, conseqüentemente, provém da comparação dos três decêndios do mês referência em
relação a idêntico período do mês-base (mês de referência precedente).

25
O uso dos resultados dos decêndios para a formação de expectativas inflacionárias deve ser
procedido de cuidados especiais, visto que a coleta de preços não é uniforme, nem a amostra
é homogênea. Deve-se tomar o cuidado de balizar os resultados com o comportamento de
outros índices.

Dinâmica do Mercado de Trabalho


O diagrama acima revela sucintamente as categorias populacionais com relação à atividade
econômica. Trata-se de uma visão estática do conjunto de trabalhadores e / ou indivíduos
economicamente ativos. No que diz respeito ao mercado de trabalho, torna-se indispensável
conhecermos os movimentos dos trabalhadores entre as diversas categorias existentes. O
diagrama a seguir permite visualizar tais movimentos a partir dos três grupos principais já
mencionados: o estoque de indivíduos fora da força de trabalho, o estoque de empregados e
o estoque de desempregados.
As diversas categorias da população descritas estão em constante mutação, ou porque se
alteraram determinados critérios de enquadramento, ou, principalmente, devido às influências
exercidas pelos ciclos da atividade de produção e o conseqüente impacto sobre a política de
pessoal das empresas. Uma retração da atividade econômica, por exemplo, transforma um
empregado em um desempregado, permanecendo imutável.

EMPREGO E DESEMPREGO
Figurando entre os mais conhecidos indicadores, este índice tende a refletir desequilíbrios
no mercado de trabalho. Representa a falta de capacidade do sistema econômico em prover
ocupação produtiva para todos aqueles que a desejam (Pinho e Vasconcellos,1998).
A taxa de desemprego contabiliza aqueles indivíduos que estão aptos, saudáveis, e buscando
trabalho, mas que não encontram ocupação à taxa de salários vigente no sistema econômico.
Esta taxa inclui o que se denomina desemprego aberto, o qual expressa um patamar mínimo
de subutilização de mão-de-obra, já que o subemprego existe no mercado de trabalho.
Estatisticamente, a taxa de desemprego é a relação entre o número de desempregados (D) e
o total da força de trabalho (PEA), ou seja:
Todo mês o IBGE entrevista por meio de uma amostra, 38.500 domicílios, em diversas capitais
para representar a população total brasileira. Com base nas suas respostas, as pessoas são
incluídas em uma das três categorias que segue:
a) População Ocupada; uma pessoa está empregada se ela trabalhou na semana anterior a
entrevista e/ou está ausente por doença, greve ou férias.
b) População Desocupada; uma pessoa está desempregada se ela não tinha trabalho num
determinado período de referência, mas estava disposta a trabalhar.
c) População não economicamente ativa; a força de trabalho é composta por todos que estão
empregados ou desempregados, os demais é fora da força de trabalho. Isso inclui estudantes,
cônjuges que não trabalham fora de casa e aposentados. Inclui também pessoas que
desistiram de procurar trabalho.
Efeito da recessão: Uma economia está em uma recessão quando o produto total cai. Uma
recessão aumenta a taxa de desemprego de duas maneiras, quando perdem seus empregos
e quando há menos oferta de trabalho.
TENTATIVAS DE REDUZIR O DESEMPREGO
“Há três objetivos principais que devem ser perseguidos simultaneamente:
conseguir uma inserção dinâmica internacional; combater a tragédia moderna da pós-
industrialização, que é a falta de emprego; e acatar outro problema universal,que é a má
distribuição de renda” (Celso Furtado).
A pressão para a redução dos custos de produção é muito grande no mundo inteiro. O Japão,
para vencer a crise que atravessa a sua economia, promete investir cerca de US$ 127,0
bilhões para fortalecer suas empresas. Isso significa respeitável aporte de capital para
modernizar ainda mais o seu sistema produtivo e tornar suas empresas mais competitivas.
Outros países serão levados a melhorarem tecnologicamente suas empresa para competirem
com o Japão, USA, Coréia, China e assim sucessivamente, de modo que a redução de custos
não tem limites e, conseqüentemente, as empresas são levadas cada vez mais para a
26
automação, modernidade e eficiência, enquanto que os trabalhadores serão cada vez mais
empurrados para o desemprego e subemprego.
Na Europa, discute-se com profundidade a redução da jornada de trabalho, como solução
para o desemprego.
No Brasil, algumas soluções para reduzir o desemprego têm sido adotadas sem muito
sucesso. Uma delas é incentivar as micro e pequenas empresas, através de financiamentos
favorecidos e redução de carga tributária. O financiamento a empresas com taxas de juros
reduzidas pode não gerar os resultados almejados, pois o empregador muitas vezes se
beneficia dos financiamentos para modernizar sua unidade produtora, através de máquinas
mais poupadoras de mão-de-obra. Outra incongruência que encontramos no governo é ele
proclamar-se preocupado com o desemprego e simultaneamente impor terceirização e dar
incentivo a demissões em empresas estatais, gerando redução de emprego e perda da
qualidade nas condições de trabalho.
O lançamento do Simples – Sistema Tributário Simplificado, poderá ser extremamente
significativo, dado que micro e pequenas empresas são mais intensivos em mão-de-obra.
Outra medida importante, mas com resultados discutíveis, devido a perda da qualidade do
emprego, é a nova legislação do contrato temporário de trabalho, aprovado pelo Congresso
no mês de janeiro de 1998.

ATIVIDADE:

Faça um relatório com comentário de até 15 linhas falando sobre a queda do PIB
no Brasil em 2021, sob a perspectiva histórica.

27
PARA ENRIQUECER SEUS CONHECIMENTOS.
DICAS DE LEITURA, FILME, DOCUMENTÁRIO, OUTROS.

Por que o CAPITALISMO é o melhor sistema econômico?


https://www.youtube.com/watch?v=GQyvN8XhQVI

Vantagens e desvantagens do capitalismo | PROFEPT 2020


https://www.youtube.com/watch?v=kTjnrrMnozk

Socialismo é melhor que Capitalismo


https://www.youtube.com/watch?v=S0P-AHr8KxA

Vídeo : Introdução a Macroeconomia parte 1

https://www.youtube.com/watch?v=qXyctRXyMTY

Video: Introdução a Macroeconomia parte 2

https://www.youtube.com/watch?v=i0KlChW8I1A

28
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINASGERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: SISTEMAS ECONÔMICOS
PROFESSOR: ANO ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME 1 BIMESTRE: 1
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 10
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 2 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8

Período Data:
GÊNERO MACROECONOMIA
(ASSUNTO)

Elaborar 03 grupos na sala , os alunos deverão pesquisar e apresentar


propostas (sugestões/idéias), para os seguintes problemas econômicos :
Objetivo 1º. Grupo - Propostas para recuperar o crescimento Econômico;
2º Grupo - Propostas para conter a Inflação;
3º. Grupo - Propostas para geração de emprego;
Identificar os objetos da Macroeconomia e buscar soluções para alguns
Habilidades dos principais desafios enfrentados pelo governo.

Macroeconomia, Desemprego, Inflação e crescimento do PIB.


Conteúdos
relacionados
Interdisciplina- Demais disciplinas do Grupo 1 do Curso Técnico de Administração
ridade

Blanchard, Olivier. Macroeconomia. São Paulo: 3 Edição, Prentice Hall.,


2004. 620p.
C. Romer, D. Advanced Macroeconomics. McGraw-Hill, 3rd edition, 2006.
678p.
Dornbusch, Rudiger; Fischer, Stanley. Macroeconomia. São Paulo:
Pearson Makron Books, 5ª Edição, 1991, 931p.
Referências
Froyen, Richard T. Macroeconomia. São Paulo: Editora Saraiva, 5ª
Edição, 2001.
Mankiw, N. Gregory. Macroeconomia. Rio de Janeiro: LTC, 5ª Edição,
2004. 379 p.
Mankiw, N. Gregory. Princípios de Macroeconomia. São Paulo: Pioneira,
Thomson Learning, 2005.548p.

PRÁTICA 01

29
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINASGERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: SISTEMAS ECONÔMICOS
ANO DE ESCOLARIDADE: 1 MÓDULO
PET VOLUME 1 1º BIMESTRE
MÊS: TOTAL DE SEMANA: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA:2 Nº DE AULAS POR BIMESTRE: 20
PET = 60% CARGA HORÁRIA ATIVIDADES COMPLEMENTARES = 40% CH
ATIVIDADES COMPLEMENTARES Nº DE ATIVIDADES: 06

N/º da Atividade Listagem das Atividades complementares

01/06 Entrega trabalho pelos 03 grupos: Macroeconomia

02/06 Palestra – Web Seminário – Economia do Brasil em 2021

03/06 Pesquisa –Projetos sobre políticas fiscais e tributárias

04/06 Atividade Google Formulário – Trabalho Oferta e demanda

05/06 Lista de Exercícios II – Enviados no Google forms

06/06 Trabalho – Palestras sobre alternativas para Crise Brasileira

30
MÉTODOS QUANTITATIVOS

SUMÁRIO

COMPONENTE CURRICULAR: ....................................................................................... 2


SEMANA 1 E 2 ............................................................................................................... 4
SEMANA 3 E 4 ............................................................................................................... 8
SEMANA 5 E 6 ............................................................................................................. 17
SEMANA 7 E 8 ............................................................................................................. 20
SEMANA 9 E 10 ........................................................................................................... 24
DICAS .......................................................................................................................... 30
PRÁTICAS ................................................................................................................... 31
ATIVIDADES COMPLEMENTARES ............................................................................ 32

1
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINASGERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS
PROFESSOR: ANO ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME 1 BIMESTRE: 1
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 10
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 15
BOAS VINDAS

Olá Estudante, seja bem-vindo (a)!


Descansou bastante? Está preparado para novos desafios e muito aprendizado? O ano de 2021
promete... Hoje você inicia mais um ano escolar. E será bem diferente, novos professores,
colegas, novos componentescurriculares, e para muitos uma nova escola.
Enquanto as aulas presenciais não retornam, você irá estudar utilizando diferentes ferramentas
erecursos. O PET – Plano de Estudo Tutorado é uma delas. Ele é um conjunto de atividades
organizadasem componentes curriculares, a novidade é que nesse ano eles serão enviados a
cada bimestre.Nele você vai encontrar atividades dos componentes curriculares.
Ah! Você contará também com a ajuda de seus professores por meio de alguns canais de
comunicaçãocomo o APP Conexão 2.0.
Espero que você esteja disposto a aprender muito.

ORIENTAÇÕES AOS RESPONSÁVEIS

Diante da situação atual mundial causada pela COVID-19, as aulas presenciais estão
suspensas. Entretanto, como incentivo à continuidade das práticas de estudo, preparamos para
nossos estudantes um plano de estudo dividido por bimestre (atividades por semanas e aulas
que deverá ser realizado em casa). Os conceitos principais de cada aula serão apresentados e
em seguida o estudante será desafiado a resolver algumas atividades.
Para respondê-las, ele poderá fazer pesquisas em fontes variadas disponíveis em sua
residência e/ou internet.
É de suma importância que você auxilie seu(s) filho(s) na organização do tempo e no
cumprimento das atividades.
Contamos com a sua valiosa colaboração!

DICA PARA O ALUNO

Para ajudá-lo(a) nesse período conturbado, em que as aulas foram suspensas a fim de evitar a
propagação da COVID-19, preparamos algumas atividades para que você possa dar
continuidade ao seu aprendizado.
Seguem algumas dicas para te ajudar:

a) Siga uma rotina; d) Defina um local de estudos;


b) Tenha equilíbrio; e) Conecte com seus colegas;
c) Peça ajuda a sua família, ao professor; f) Use a tecnologia a seu favor.

Contamos com seu esforço e dedicação para continuar aprendendo cada dia mais!

2
EIXO TEMÁTICO: MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS
TEMA/TÓPICO(S): JUROS SIMPLES E COMPOSTOS , PORCENTAGEM E DESCONTOS,
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÕES
HABILIDADE(S): Realizar cálculos utilizando as fórmulas
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Juros e descontos simples; Juros Compostos e
Amortizações ; Tabela SAC e Price
INTERDISCIPLINARIDADE: Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em
Administração

REFERÊNCIAS:
CASTANHEIRA, Nelson P. e SERENATO, Verginia S. Matemática financeira e análise
financeira para todos os níveis: soluções algébricas, soluções na HP-
12C. Curitiba : Juruá Ed., 2006.
PARANÁ. Colégio Estadual Benedicto João Cordeiro, Ensinos Fundamental,
Médio, Normal e Profissinal. Projeto Político Pedagógico. Curitiba, PR, 2013.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de
Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Proposta de Conteúdos para a
Disciplina de Matemática. Disponível em:
http://matematica.seed.pr.gov.br/arquivos/File/Conteudos_Basicos_Matematica.pd
f? Acesso dia 24/06/2014.
PUCCINI, Ernesto Coutinho. Matemática Financeira. 2007. Disponível em:
http://www.faad.icsa.ufpa.br/admead/documentos/submetidos/unidade1mf.pdf.
Acesso dia 11/10/2014.
SÁ, Ilydio Pereira de. Matemática comercial e financeira (na educação básica)
para Educadores Matemáticos. Rio de Janeiro: Editora Sotese, 2005.
SÁ, Ilydio Pereira de. Matemática Financeira para Educadores Críticos. Rio de
Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2011.
SILVA, A. L. C. Matemática Financeira Aplicada. São Paulo: Atlas, 2005

INTRODUÇÃO

1 - INTRODUÇÃO

A administração requer muito planejamento, organização e controle. Portanto, é


indispensável que o administrador tenha habilidade em lidar com números. Muitas vezes ele
deverá preparar orçamentos para projetos, planejar e controlar pesquisas, além de resolver
situações que envolvam cálculos matemáticos e estatísticos.

O trabalho do administrador está diretamente ligado com a exatidão dos números, e por isso
ele precisa ter conhecimento destas duas disciplinas para ser bem-sucedido. O objetivo
fundamental dos Métodos Quantitativos Aplicados à Administração é capacitar o
administrador a trabalhar com as informações do mundo contemporâneo, entendendo, como
base de tomada de decisão, os fatos estatísticos, econômicos e administrativos.

Dessa forma, Métodos Quantitativos Aplicados à Administração enfoca as técnicas de análise


de resultados, bem como as ferramentas necessárias para o conhecimento e identificação de
situações do dia-a-dia no mundo dos negócios.

3
SEMANAS 1 E 2

ATIVIDADES

Juros

JUROS SIMPLES:
Podemos definir juros como o rendimento de uma aplicação financeira, valor referente ao
atraso no pagamento de uma prestação ou a quantia paga pelo empréstimo de um capital.
Atualmente, o sistema financeiro utiliza o regime de juros compostos, por ser mais
lucrativo. Os juros simples eram utilizados nas situações de curto prazo. Hoje não
utilizamos a capitalização baseada no regime simples.

FÓRMULAS ;

A expressão matemática utilizada para o cálculo das situações envolvendo juros


simples é a seguinte:
J=C.i.t
J = juros
C = capital
i = taxa de juros (em decimal)
t = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, semestre, ano...)

TEMOS TAMBÉM

M= C+J

EXEMPLO:

• 1) João aplicou R$20 000,00 durante 3 meses em uma aplicação a juros simples com
uma taxa de 6% ao mês. Qual o valor recebido por João ao final desta aplicação?

• Solução
• Podemos resolver esse problema, calculando quanto de juros João irá receber em cada
mês aplicado. Ou seja, vamos descobrir quanto que é 6% de 20 000.
• Lembrando que porcentagem é uma razão cujo o denominador é igual a 100, temos:
• Assim, para saber quanto de juros receberemos por mês, basta multiplicar o valor
aplicado pela taxa de correção.
Juros recebido por mês = 20 000 . 0,06 = 1 200
• Para 3 meses, temos:
1 200 . 3 = 3 600
• Desta forma, o valor recebido no final de 3 meses será o valor aplicado mais os juros
recebidos nos 3 meses:
Valor recebido (montante) = 20 000 + 3 600 = 23 600
• Poderíamos, ainda, ter resolvido o problema utilizando a fórmula:
• M=C(1+i.t)
M = 20 000 ( 1 + 0,06. 3) = 20 000 . 1,18 = 23 600
4
• EXERCICÍOS

• Questão 1
Um investidor aplica R$ 1.000,00 a juros simples de 3% ao mês. Determine o valor
recebido após um ano:

• Questão 2
Calcule o juro que renderá um capital de R$ 15.000,00 aplicado a uma taxa de juros
simples de 12% ao ano, durante seis meses.

• Questão 3
Um capital de 7.500,00 foi aplicado em um investimento que rende juro simples de 5%
ao mês. Qual será o saldo dessa aplicação após seis meses?
a) 2.250,00 b) 10.000,00
c) 9.750,00 d) 8.500,00

• Questão 4
Um capital foi aplicado a juro simples com taxa de 10% ao mês, durante cinco meses.
Se no fim desse período o juro produzido foi de R$ 305. Qual foi o capital aplicado?
a) 500,00
b) 600,00
c) 390,00
d) 610,00

• Questão 5

Encontre a taxa proporcional nas situações abaixo:


a) 30% a.a.= a.s.
b) 72% a.s.= a.b.
c) 3% a.m.= a.q.
d) 12% a.a.= a.t.
e) 120% a.a.= a.q.
f) 3 4 % a.b.= a.a.
g) 80% a.a.= a.m.
h) 24% a.s. a.q.
i) 27% a.b.= a.t.
j) 60% a.m.= a.d.
k) 1,5% a.d.= a.t.

EXERCÍCIOS:

1) Antônio paga todo mês somente os juros correspondentes a um empréstimo de R$ 5.000,00


que ele fez junto a sua família. A taxa acertada foi de 3,50% a.m. Após 5 meses, ele quita o
débito. a) Quanto Antônio paga de juros todo mês? b) Qual foi o montante pago no final do
empréstimo?

2) Uma aplicação de R$ 12.250,25 durante 9 meses renderam R$ 2.756,31 de juros. O


sistema usado foi de juros simples. Calcule a taxa mensal usada para remunerar essa
aplicação.

3) Um empréstimo de R$ 12.000,00 após 6 meses rendeu R$ 1.147,25 de juros simples.


Calcule a taxa mensal e anual aproximada usada para remunerar esse empréstimo.

5
4) calcular o capital que foi aplicado à taxa de 2,80% a.m. e rendeu juros simples de R$
950,00 após 1 ano de aplicação.

5) calcular o montante (valor futuro) que será resgatado após 12 meses pelo empréstimo de
R$ 7.565,01, à juros simples, considerando-se uma taxa é de 2,50% a.m.

6) calcular os juros e o montante (valor futuro) de uma aplicação à juros simples de R$


21.150,00, feita à taxa de 3,64% a.m., pelo prazo de 50 dias.

7) O valor de R$ 5.500,00 é emprestado durante 15 meses a uma taxa de 1,2% a.m. usando o
regime de juros simples. Calcule o montante que deverá ser pago a quem emprestou o
dinheiro.

8) Cassiano pede emprestado R$ 15.000,00 para seu irmão para fechar a compra de uma
casa. Oferece uma taxa de 24,0% a.a. pelo regime de juros simples. Após 90 dias o dinheiro
será devolvido. Quanto Cassiano deve pagar a seu irmão?

9) calcule a taxa equivalente a 3,05% a.m., à juros simples, para 22 dias de aplicação.

10) uma pessoa pagou R$ 2,14 de juros por um dia de atraso sobre uma prestação de R$
537,17. Qual foi a taxa mensal de juros aplicada ao devedor?

11) qual será o valor de resgate de uma aplicação de R$ 84.975,59 aplicados em um CDB pós-
fixado de 90 dias, a uma taxa de 1,45% ao mês?

12) Cidinha tem um pequeno comércio e pede emprestado aos pais R$ 7.565,00, para capital
de giro. Ela propõe pagar os juros todo mês e oferece uma taxa de 2,5% ao mês. Após 1 ano
Cidinha devolve o dinheiro conforme combinado. Qual o montante que ela pagou aos pais?

Gabarito: 1. a) R$ 175,00, b) R$ 5.875,00, 2) 2,50% a.m. 3) 1,59% a.m, 19,12% a.a. 4) R$


2.827,38. 5) R$ 9.834,51. 6) J = R$ 1.283,10; M = R$ 22.433,10. 7) R$ 6.490,00. 8) R$
15.900,00. 9) 2,24%. 10) 11,95% a.m. 11) R$ 88.672,03. 12) R$ 9.834,50.

1 . Proporcionalidade de taxas:

1. 50% a.a correspondem a que taxa quinzenal?


2. 18% a.t correspondem a que taxa anual?
3. 25% em 115 dias correspondem a que taxa trimestral?
4. 200% em dois anos correspondem a que taxa mensal?
5. 0,17% ao dia correspondem a que taxa mensal e anual?

2. Exercícios de Percentagem:

BOLAS % ESTOQUE QTES


Futebol 35%
Basquete 144
Voleybol 25%
Handebol 22%
TOTAL

DICAS: Calcule o % Estoque de Basquete, depois divida Qtes/% encontrado e multiplique por
100 para saber o estoque total e depois calcule os % em cima da qte. Total.

6
2. Exercicios sobre Juros Simples:

FORMULAS: M= C + J J= c.i.t

M= Montante C= Capital J= Juros i= Taxa t= tempo

1. Determinar quanto renderá um capital de $60.000,00 aplicado à taxa de juros simples de


24% a.a (ao ano), durante sete meses.
2. Um capital de $28.000,00, aplicado durante oito meses, rendeu juros de $11.200,00.
Determinar a taxa de juros simples anual.
3. Durante 155 dias, certo capital gerou um montante de $64.200,00. Sabendo-se que a
taxa de juros simples é de 4% a.m (ao mês), determinar o valor do capital aplicado.
4. Qual o valor dos juros contidos no montante de $100.000,00, resultante da aplicação de
certo capital à taxa de juros simples de 42% a.a, durante 13 meses?
5. Qual o valor a ser pago, no final de 5 meses e 18 dias, correspondente a um empréstimo
de $125.000,00, sabendo-se que a taxa de juros simples é de 25% a.s (ao semestre
6. Um capital de $50.000,00 foi aplicado no dia 19-06-91 e resgatado em 20-01-92.
Sabendo-se que a taxa de juros simples da aplicação foi de 56% a.a, calcular o valor
dos juros, considerando-se o número de dias efetivo entre as duas datas
7. Calcular o valor do capital que, aplicado à taxa de juros simples de 50,4% a.a, durante 2
anos e 3 meses, produz um montante de $600.000,00.
8. Obteve-se um empréstimo de $10.000,00, para ser liquidado por $14.675,00 no final de
8 meses e meio. Qual a taxa de juros simples anual cobrada nessa operação?
9. Um capital emprestado gerou $96.720,00 de juros. Sabendo-se que o prazo da
aplicação foi de 13 meses e a taxa de juros simples de juros de 6% a.m, calcular o valor
do montante.
Determinar o capital necessário para produzir um montante de $798.000,00 no final de
um ano e meio aplicado a uma taxa de juros simples de 15% a.t (ao trimestre).

7
SEMANAS 3 E 4
ATIVIDADES

EXERCÍCIOS DE REVISÃO COM RESPOSTAS :

Exercícios – Juros - MQA- 30.03.21 – Manhã


1) Antônio paga todo mês somente os juros correspondentes a um empréstimo de R$
5.000,00 que ele fez junto a sua família. A taxa acertada foi de 3,50% a.m. Após 5
meses, ele quita o débito. a) Quanto Antônio paga de juros todo mês? b) Qual foi o
montante pago no final do empréstimo?
RESPOSTA
J= C.i.t
I= 3,5/100 = 0,035
J= 5.000,00 x 0,035
J= 175,00 X 5 MESES= 875,00
M= C + J : M = 5.000,00 + 875,00 = 5.875,00

2) Umas aplicações de R$ 12.250,25 durante 9 meses renderam R$ 2.756,31 de juros. O


sistema usado foi de juros simples. Calcule a taxa mensal usada para remunerar essa
aplicação.
REPOSTA
J= c.i.t
2756,31 = 12.250,25 x i x 9
2756,31 = i x 110.252,25
2756,31/110.252,25 = i
I = 2,5%am

3) Um empréstimo de R$ 12.000,00 após 6 meses rendeu R$ 1.147,25 de juros simples.


Calcule a taxa mensal e anual aproximada usada para remunerar esse empréstimo.
RESPOSTA
J= c.i.t
1147,25 = 12.000,00 x i x 6
1147,25 / 72000,00 = i
i = 1,59% X12: Taxa Anual = 19,12%

4) Calcular o capital que foi aplicado à taxa de 2,80% a.m. e rendeu juros simples de R$
950,00 após 1 ano de aplicação.
J= c.i.t
950,00 = c. 0,028x12

C = 2.827,38

8
5) Calcular o montante (valor futuro) que será resgatado após 12 meses pelo empréstimo
de R$ 7.565,01, à juros simples, considerando-se uma taxa é de 2,50% a.m.
RESPOSTA
M = C + (c.i.t)
M = 7565,01 + (7.565,01 x 0,025 x 12)
M = 9.834,51

6) Calcular os juros e o montante (valor futuro) de uma aplicação à juros simples de R$


21.150,00, feita à taxa de 3,64% a.m., pelo prazo de 50 dias.

I : 3,64% /30 = 0,121 X 50 DIAS= 6,06%

J= c.i.t : J= 21.150,00 x 0,0606 : J= 1.281,69

M = C (c.i.t) : M = 21.150,00 + 1281,69 : M= 22.431,69

7) O valor de R$ 5.500,00 é emprestado durante 15 meses a uma taxa de 1,2% a.m.


usando o regime de juros simples. Calcule o montante que deverá ser pago a quem
emprestou o dinheiro.
M=c+j
M = 5.500,00 + (5500,00 x 0,012 x 15)

M = 6490,00

8) Cassiano pede emprestado R$ 15.000,00 para seu irmão para fechar a compra de uma
casa. Oferece uma taxa de 24,0% a.a. pelo regime de juros simples. Após 90 dias o
dinheiro será devolvido. Quanto Cassiano deve pagar a seu irmão?
M = C + (C.i.t.)

M = 15.000,00 + (15.000,00 x 0,02x 3)

M = 15900,00

9) Calcule a taxa equivalente a 3,05% a.m., à juros simples, para 22 dias de aplicação.

R = 3,05 / 30 x 22

R = 2,24%

9
10) Uma pessoa pagou R$ 2,14 de juros por um dia de atraso sobre uma prestação de R$
537,17. Qual foi a taxa mensal de juros aplicada ao devedor?

J = c. i. t

2,14 = 537,17 x i x 1
2,14/537,17 = i = 0,3983
Mensal : I = 0,3983 x 30 = 11,95%

11) Qual será o valor de resgate de uma aplicação de R$ 84.975,59 aplicados em um CDB
pós-fixado de 90 dias, a uma taxa de 1,45% ao mês?

M = c + (c.i.t)
M = 84.975,59 + ( 84.975,59 x 0,0145 x 3)

M = 88.672,03

12) Cidinha tem um pequeno comércio e pede emprestado aos pais R$ 7.565,00, para
capital de giro. Ela propõe pagar os juros todo mês e oferece uma taxa de 2,5% ao mês.
Após 1 ano Cidinha devolve o dinheiro conforme combinado. Qual o montante que ela
pagou aos pais?
M = C + (c.i.t)

M= 7.565,00 + (7.565,00 x 0,025 x 12)

M = 9.834,50

1 . Proporcionalidade de taxas:

6. 50% a.a correspondem a que taxa quinzenal? 2,08%


50/12 ao mês dividir 2 por quinzena

7. 18% a.t correspondem a que taxa anual? 72%


18/3 a.m = 6 6 x 12 meses = 72%

8. 25% em 115 dias correspondem a que taxa trimestral? 19,56%


25/115 = 0,217 0,217 x 90 = 19,56%

9. 200% em dois anos correspondem a que taxa mensal? 8,33%


200/24 = 8,33%

10. 0,17% ao dia correspondem a que taxa mensal e anual? 5,10% e 61,20%

0,17 x 30 =
0,17 x 360

10
2. Correção dos Exercícios :

BOLAS % ESTOQUE QTES


Futebol 35% 280
Basquete 18% 144
Voleybol 25% 200
Handebol 22% 176
TOTAL 100% 800
DICAS: Calcule o % Estoque de Basquete, depois divida Qtes/% encontrado e multiplique por
100 para saber o estoque total e depois calcule os % em cima da qte. Total.

100 – 22 – 25 – 35 = 18%

18 % = 144
100 %= x

100 x 144 = 18x


14400 = 18x
14400/18 = x

800 x 35%

2. Exercicios sobre Juros Simples com respostas :

FORMULAS: M= C + J J= c.i.t

M= Montante C= Capital J= Juros i= Taxa t= tempo

10. Determinar quanto renderá um capital de $60.000,00 aplicado à taxa de juros simples de
24% a.a (ao ano), durante sete meses.

24/12 = 2% = 2/100 = 0,02

J= c.i.t
J= 60.000,00 x 0,02 x 7
J = 8.400,00

11. Um capital de $28.000,00, aplicado durante oito meses, rendeu juros de $11.200,00.
Determinar a taxa de juros simples anual.
J= C.i.t

11.200,00 = 28.000,00 x i x 8

11.200,00/224.000,00 = i

i = 0,05 a.m

i = 0,05 x 12 = 0,60

i= 60% a.a.

11
12. Durante 155 dias, certo capital gerou um montante de $64.200,00. Sabendo-se que a
taxa de juros simples é de 4% a.m (ao mês), determinar o valor do capital aplicado.

M=C+J

M=C+CIT
I = 4%/30dias
I= 0,133 /100 = 0,00133

64200,00 =C(1+0,00133*155)
C=64200/1,206

C=53.204,41

13. Qual o valor dos juros contidos no montante de $100.000,00, resultante da aplicação de
certo capital à taxa de juros simples de 42% a.a, durante 13 meses?
M=C+j j= cit
M = c + cit
42%/12 = 3,5%

100.000= c + c * 0,035 * 13
100.000= c + 0,455c
100.000= 1,455c
c = 100.000/1,455
c = 68.728,52

j=m-c
j = 100.000 - 68.728,52
j = 31.271,48

Resp: 31.271,48

14. Qual o valor a ser pago, no final de 5 meses e 18 dias, correspondente a um empréstimo
de $125.000,00, sabendo-se que a taxa de juros simples é de 25% a.s (ao semestre

M=C+CIT

25% /180 = 0,14

150 + 18 = 168dias

M=125000+125000*0,0014*168

M=125000+29400

M=154.400,00

12
15. Um capital de $50.000,00 foi aplicado no dia 19-06-91 e resgatado em 20-01-92.
Sabendo-se que a taxa de juros simples da aplicação foi de 56% a.a, calcular o valor
dos juros, considerando-se o número de dias efetivo entre as duas datas

c=capital= 50.000,00
t=tempo= 19/06/91 para 20/01/92 = 215 dias
i=taxa= 56%a.a.= 56/360= 0,1555%a.d. /100 =0,001555 (fator a.d.)

Regime Simples
j = cit
j = 50.000*0,001555*215
j = 16.722,22

Resposta: juros R$ 16.722,22

16. Calcular o valor do capital que, aplicado à taxa de juros simples de 50,4% a.a, durante 2
anos e 3 meses, produz um montante de 600.000,00

M= c + cit
50,4/12= 4,2% a.m.

600.000 = c + (c * 0,042 * 27)


600.000 = 1 c + 1,134c

600.000 = 2,134c
c = 600.000 / 2,134

c = 281.162,14

17. Obteve-se um empréstimo de $10.000,00, para ser liquidado por $14.675,00 no final de
8 meses e meio. Qual a taxa de juros simples anual cobrada nessa operação?

M = 14 675

C = 10 000

j = 14 675 - 10 000 = 4 675

t = 8m 1/2 ou 8,5 m

4675 = 10 000 * 8,5 * i


4675 = 10.000 x 0,085 x i

4675 = 850i
i = 4675/850
i = 0,055
i = 0,055 * 100
i = 5,5 % a m
i am = 5,5 * 12 = 66% a a *

13
18. Um capital emprestado gerou $96.720,00 de juros. Sabendo-se que o prazo da
aplicação foi de 13 meses e a taxa de juros simples de juros de 6% a.m, calcular o valor do
montante.

96720= C*0,06*13

96720= C*0,78

C= 96720/0,78 C= 124000 → Capital.

Montante = Capital + Juros

Montante = 124000 + 96720

Montante = 220720,00

19. Determinar o capital necessário para produzir um montante de $798.000,00 no


final de um ano e meio, aplicado a uma taxa de juros simples de 15% a.t (ao trimestre).

1 ano e meio=18 meses

M = c + (c.i.t)

798.000,00 = c +(c . 0,05 *18)

798000,00 = c + 0,90
798000,00 = c.1,90
C=798000/1,90
C=420000,00

EXERCÍCIOS TAXAS PROPORCIONAIS:

1. Qual a taxa anual proporcional a 5% ao semestre?


2. Qual a taxa mensal proporcional a 20% ao ano?
3. Qual a taxa anual proporcional a 0,5% ao mês?
4. Qual a taxa mensal proporcional a 12,62% ao
semestre?
5. Qual a taxa mensal proporcional a 1% ao dia?
6. Qual a taxa anual proporcional a 2% ao mês?
7. Qual a taxa mensal proporcional a 60,103% ao ano?
8. Qual a taxa anual proporcional a 0,19442% ao dia?
9. Qual a taxa bimestral proporcional a 0,08% ao dia?
10. Qual a taxa diária proporcional a 1% em um mês?
11. Qual a taxa trimestral proporcional a 47,746% em dois
anos?
12. Qual a taxa anual proporcional a 1% em uma quinzena?
13. Qual a taxa anual proporcional a 2,5% ao bimestre?

14
14. Qual a taxa semestral proporcional a 2,5% ao mês?
15. Qual a taxa de 1,5 ano proporcional a 2,5% ao
trimestre?
16. Qual a taxa de 82 dias proporcional a 12% ao ano?
17. Qual a taxa semestral proporcional a 24% em dois
anos?
18. Qual a taxa de um dia proporcional a 3,5% ao mês?
19. Qual a taxa de 183 dias proporcional a 65% ao ano?
20. Qual a taxa de 491 dias proporcional a 5% ao mês?
21. Qual a taxa de 27 dias proporcional a 13% ao trimestre?
22. Qual a taxa de 55 dias proporcional a 18,5% em 112
dias?
23. Qual a taxa de 150 dias proporcional a 6% em 80 dias?
24. Qual a taxa de 71 dias proporcional a 22,2% em 334
dias?
25. Qual a taxa de 188 dias proporcional a 0,9% em 25
dias?

DESCONTOS SIMPLES

As fórmulas do desconto comercial Desconto comercial simples (d) = FV – PV O valor do


desconto, que chamaremos de d, é a diferença entre o valor a receber, ou valor de face do
título (FV), menos o valor recebido (PV). Para calcularmos o valor do desconto podemos
também usar a fórmula abaixo: d = FV .i . n
A relação entre FV e PV pode ser feita com a utilização da seguinte equação:
PV = FV. (1 - i . n)

Suponha que você tenha títulos de crédito no valor total de R$10.000,00, vencendo no prazo
de 60 dias (02 meses). A taxa de desconto comercial, cobrada pelo banco, é de 3% ao mês.
Quanto você receberia se fossem descontar esses títulos? Dados do problema: FV = R$
10.000,00 i= 3,0% ao mês = 3/100 = 0,03 n = 60 dias = 60/30 meses =2 meses Resolução:
Podemos utilizar diretamente a fórmula para encontrar o valor do desconto. Temos então: D =
10.000,00 X 0,03 X 2 = R$600,00 Resposta: o valor do desconto de um título de valor de face
R$ 10.000,00 vencendo em 60 dias, à taxa de desconto comercial de 3% a.m., é de R$ 600,00.
Portanto, o valor a receber será de R$ 10.000,00 – R$ 600,00 = R$ 9.400,00.

01) Um cheque pré-datado de r$ 5.000,00 é negociado em 02 meses e 15 dias antes do


prazo, e a taxa aplicada pelo critério por fora é de 7% a.m.. Qual o valor recebido, e o
valor do desconto? Dados do problema: FV = R$ 5.000,00 i = 7% a.m. = 0,07 n = 02
meses e 15 dias = 60 + 15 dias = 75 dias/30 = 2,5 meses Solução: Vamos
primeiramente encontrar o valor do desconto: d = FV . i . n = 5.000,00 . 0,07 . 2,5 = R$
875,00 O valor do desconto, portanto, será de R$ 875,00. O valor a receber será, então,
de: PV = 5.000,00 – 875,00 = R$ 4.125,00.

02) Uma nota promissória foi descontada a uma taxa de 5% a.m., o seu valor nominal, de
face, é de R$ 700,00, e o valor recebido foi de R$ 595,00. Se a antecipação foi feita pelo
critério comercial, qual foi o prazo da antecipação? Dados do problema: FV = R$ 700,00
i = 5% a.m. = 0,05 PV = R$ 595,00 Solução: Vamos usar a fórmula que relaciona FV e
PV: PV = FV. (1 - i . n) 595,00 = 700,00. (1 – 0,05 . n) Aplicando a propriedade
15
distributiva temos: 595,00 = 700,00 . 1 – 700,00 . 0,05 . n 595,00 = 700,00 – 35,00 . n
Reorganizando os termos temos: 35,00 . n = 700,00 – 595,00 35,00 . n = 105,00 n =
105,00/35,00 = 3 meses. O prazo de antecipação, portanto, foi de 03 meses.

03)03) Um título foi descontado com uma taxa de 10% a.m. 15 dias antes do vencimento,
através de uma operação de desconto por fora (ou comercial). Se o valor resgatado foi
de R$ 4.000,00 qual o valor nominal do título? Dados do problema: PV = R$ 4.000,00 i =
10% a.m. = 0,10 n = 15 dias = 15/30 meses = 0,50 mês Solução: Vamos, novamente,
usar a fórmula que relaciona FV e PV: PV = FV. (1 - i . n) Temos, então: 4.000,00 = FV .
(1 – 0,10 . 0,5) 4.000,00 = FV . (1 – 0,05) 4.000,00 = FV . 0,95 Reorganizando os termos
temos: 0,95 . FV = 4.000,00 FV = 4.000,00/0,95 = R$ 4.210,53 O valor de face, portanto,
foi de R$ 4.210,53.

Desconto Simples:

https://www.youtube.com/watch?v=vYcMqT8SWR0

(n) valor nominal (valor futuro)


(a) valor atual (valor presente)
(d) Desconto

D=N–A

Fórmulas desconto simples:

D = N.i.t A= n(1 – i.t)

Qual o valor nominal de uma duplicata que sofre desconto por fora de 6400,00
A 04 meses de seu vencimento, a taxa 5% a.m.
a) 19.750
b) 18.000
c) 32.000
d) 28.950
e) Nda

Solução: D = N.i.t A= N(1-i.t) = Pedi valor atual

6400 = n.0,05x4
6400 = n.0,2

Qual o valor de um duplicata cujo valor nominal é de 40.000,00 , quando


A duplicata é quitada 120 dias antes de seu vencimento, à taxa de desconto comercial de
36%a.a.
a) 38.865,52
b) 39.400,00
c) 41.132,00
d) 35.200,00
e) Nda

N= 40.000

16
t= 4m
i = 0,03am
a?
A= n(1-it)
A= 40.000 (1- 0,03x12)
A = 40.000( 1-0,12)
A = 40000x 0,88
A= 35.200,00

SEMANAS 5 E 6

17
ATIVIDADES

Taxa de Juros
Chamamos de taxa de juros à relação entre os juros recebidos ou pagos em um
determinado período de tempo e o principal q eu deu origem a estes juros. Assim, se um
investidor aplicou R$ 100 em uma aplicação de renda fixa e recebeu juros de R$ 10 ao
final de um ano, a taxa de juros deste investimento foi 10% ao ano. Vê-se assim que a taxa
de juros está sempre relacionada a um período, seja ele o dia, o mês, o ano, etc. A taxa de
juros pode ser expressa em notação percentual (10% ao ano, por exemplo) ou em notação
decimal (0,10 ao ano, por exemplo). Estas duas expressões são, evidentemente,
equivalentes já que 10÷100 = 0,10.
Os juros podem ser capitalizados no regime de juros simples, no regime de juros contínuos
ou no regime de juros compostos. No Brasil, apenas os regimes de juros simples e de juros
compostos são usados.
Juros Simples
No regime de juros simples, os juros incidem exclusivamente sobre o principal.
Juros Compostos
No regime de juros compostos, ao final de cada período de capitalização, os juros se
incorporam ao principal e passam a render juros também.
Período de Capitalização
Chamamos de período de capitalização ao tempo que, uma vez decorrido, faz com que os
juros sejam devidos ou incorporados ao principal e passem, por sua vez, a render juros
também. A taxa de juros é sempre relacionada a um determinado período de capitalização.
Assim, quando uma taxa é anual (10% a.a., por exemplo), o período de capitalização é o
ano; quando a taxa é mensal (1% a.m., por exemplo), o período de capitalização é o mês, e
assim por diante. Quando o período a que se refere a taxa de juros é diferente do período
de capitalização, isto deve ser mencionado, tal como na expressão “taxa de 10% ao ano,
capitalizados mensalmente”, e assim por diante.
Taxa Efetiva
Chamamos de taxa efetiva àquela cujo período de capitalização é igual à unidade de tempo
na qual está expresso o período da operação. São exemplos de taxas efetivas 12% ao
anocapitalizados anualmente, 3% ao mês capitalizados mensalmente, e assim por diante.
Taxa Nominal
Chamamos de taxa nominal àquela expressa em uma unidade de tempo diferente da
unidade de tempo dos períodos de capitalização. As taxas nominais são geralmente
fornecidas em termos anuais. São exemplos de taxas efetivas 12% ao ano capitalizados
mensalmente, 2% ao mês capitalizados diariamente, e assim por diante.
Taxas Proporcionais
Duas ou mais taxas de juros são ditas proporcionais quando ao serem aplicadas a um
mesmo principal durante um mesmo prazo de tempo no regime de juros simples,
produzem um mesmo montante. Vê-se, portanto, que o conceito de taxas proporcionais
está estreitamente ligado ao regime de juros simples. São exemplos de taxas proporcionais:
1% ao mês e 12% ao ano.
Taxas Equivalentes
Duas ou mais taxas de juros são ditas equivalentes quando ao serem aplicadas a um
mesmo principal durante um mesmo prazo de tempo no regime de juros compostos,
produzem um mesmo montante. Vê-se, portanto, que o conceito de taxas equivalentes está
estreitamente ligado ao regime de juros compostos. São exemplos de taxas equivalentes:
18
1% ao mês e 12% ao ano.

Desconto de Títulos e Duplicatas

Atualmente no Brasil o regime de juros simples é utilizado principalmente em três situações:


▪ Desconto de títulos e duplicatas,
▪ Operações em moeda estrangeira
▪ Juros de mora.
O desconto é uma modalidade de empréstimo de curto prazo para capital de giro, concedido
através de adiantamento, mediante a cobrança de uma taxa de desconto, feito sobre títulos ou
notas promissórias de crédito com recebimento futuro. Os juros são cobrados
antecipadamente, na data de liberação dos recursos, com base na taxa de juros (também
chamada de taxa de desconto) e no prazo a decorrer de cada título.
No caso da Duplicata, o emitente do título, ao negocia-lo é obrigado a endossá-lo
transferindo para a instituição financeira seus direitos creditícios. Apesar desta transferência
de direitos creditícios, a empresa emitente continua responsável pela liquidez do título
negociado de tal forma que não pagando o sacado, a instituição financeira poderá debitar seu
valor na conta corrente do emitente.
O valor que consta no título, e pelo qual ele será liquidado na data de seu vencimento, é
chamado de valor de face do título. Já o valor pelo qual o título foi negociado é denominado
valor de mercado. Vê-se, portanto, que o valor de mercado é igual ao valor de face menos os
juros calculados com base na taxa de desconto.
Exemplos:
1. No dia 7/3/00 uma empresa descontou uma duplicata de R$ 5.000,00 de valor de face,
com vencimento para o dia 03/04/00, a uma taxa de desconto de 3% ao mês. Calcular o
valor líquido recebido pela empresa, sem levar em consideração o desconto referente
ao IOF1.
Resposta:
Valor do Título x Taxa de Desconto x Nº de dias
Juros
3.000

5.000 x 3 x 27 Donde:
1
Líquido Recebido = R$ 5.000 – R$ 135 = R$ 4.865

Exercícios

1. Qual é a diferença entre “principal” e “montante” ?


2. Qual é a diferença entre “juros” e “taxa de juros” ?
3. Qual é a diferença entre “taxa efetiva” e “taxa nominal” ?
4. Qual é a diferença entre “regime de juros simples” e “regime de juros compostos” ?
5. Qual é a diferença entre “período de capitalização” e “prazo da operação”?
6. Qual é a diferença entre “taxa proporcional” e “taxa equivalente”

SEMANAS 7 E 8

19
ATIVIDADES
• Regime de capitalização a Juros Compostos
O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e,
portanto, o mais útil para cálculos de problemas cotidianos. Os juros gerados a cada
período são incorporados ao capital para o cálculo dos juros do período seguinte.
Chamamos de capitalização o momento em que os juros são incorporados ao
principal. No regime de capitalização composta, o capital aumenta de forma
exponencial, em Progressão Geométrica (PG), e os juros pagos são reinvestidos no
empréstimo, portanto, são capitalizados. Em um momento oportuno deve-se
demonstrar a relação existente entre juros compostos e PG.
Nesse regime de capitalização, a relação entre o montante, o capital, a taxa e
o tempo é dada pela equação:

‫𝑏𝑒𝑐𝑒𝑟 𝑠𝑜𝑡𝑠𝑜𝑝𝑚𝑜𝐶 𝑠𝑜𝑟𝑢𝐽 = 𝐽 ﻟ‬i𝑑𝑜𝑠;I


𝑀 = 𝐶 ∙ (1 + i)𝑛 onde: 𝐶 = 𝐶𝑎𝑝i𝑡𝑎𝑙 i𝑛i𝑐𝑎𝑙 𝑎𝑝𝑙i𝑐𝑎𝑑𝑜;
i = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 j𝑢𝑟𝑜𝑠;
❪ 𝑛 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑝𝑙i𝑐𝑎çã𝑜;
I 𝑀 = 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒.

• Comparação juros simples e compostos

Em Matemática Financeira, o cálculo de juros simples representa uma


progressão aritmética, e o cálculo de juros compostos, progressão geométrica. O
gráfico abaixo traz em um dos eixos o aumento do montante e em outro, o tempo
decorrido. Utilizou-se a relação entre tempo e montante apresentada no gráfico para
mostrar que, com a mesma taxa, o montante em juros compostos cresce
exponencialmente, enquanto que, em juros simples, o montante cresce linearmente.

Vale destacar que, ao término do primeiro período, o montante é o mesmo,


tanto para juros simples quanto para juros compostos, uma vez que, substituindo o
período por 1, as relações se equivalem.

Juros Simples Juros Compostos

20
𝑀 = 𝐶 +𝐶 ∙i∙𝑛 𝑀 = 𝐶 ∙ (1 + i)𝑛

𝑀 = 𝐶 ∙ (1 + 1 ∙ i) 𝑀 = 𝐶 ∙ (1 + i)1

Possível aplicação: Um depósito no valo r de R$ 10.000,00 foi feito na poupança


em que a taxa é de aproximadamente 0,6 % a.m, ao término de 30 dias, o capital,
que antes era de R$ 10.000,00, passou a ser R$ 10.060,00 (10.000,00 + 0,6% de
10.000,00), ou seja, obteve-se R$ 60,00 de juros no primeiro mês.
Resolve-se manter a aplicação e aguardar mais um mês. Logo, tem-se um
montante de R$ 10.120,36 (10.060,00 + 0,6% de 10.000,00).
Nota-se que se fosse o regime de ca pitalização simples teria R$ 10.120,00,
pois o montante seria calculado apenas sobre o capital inicial (R$ 10.000,00), e não
sobre o capital com o rendimento adquirido do mês anterior (R$10.060,00), como
acontece no regime a juros compostos.
Deixando esses R$ 10.000,00 na poupança:
• Em 5 anos acumulará R$ 14.317,88 ;
• Em 10 anos, R$ 20.500,18;
• Em 20 anos, R$ 42.025,74.

• Cálculo do tempo e da taxa em juro s compostos

Para agilizar os cálculos de ju ros compostos, costumam-se utilizar


calculadoras financeiras. O custo dessas calculadoras ainda é elevado, porém
existem aplicativos para celulares e programas computacionais que simulam esses
cálculos. Quando o problema solicita info rmações sobre a taxa e o tempo no
sistema de capitalização composto, a reso lução, usando calculadora científica é
trabalhosa e envolve o cálculo de l ogaritmo. Considerando importante o
conhecimento do processo de resolução desses problemas, apresentam-se dois
problemas, em que se desenvolve a fórmu la para cálculo da taxa e do tempo.

Possíveis aplicações

1. Em que prazo uma aplicação de R$ 10.000,00 produzirá um montante de


R$ 15.000,00 à taxa de 0,8% ao mê s?

𝑀 = 𝐶 ∙ (1 + i)𝑛

15.000 = 10.000 ∙ (1 + 0,008)𝑛


15.000
= (1 + 0,008)𝑛
10.000
21
1,5 = (1,008)𝑛

log 1,5 = log(1,008)𝑛

log 1,5 = log(1,008)𝑛

0,17609 = 𝑛 ∙ log 1,008

0,17609 = 𝑛 ∙ 0,003460
0,17609
𝑛=
0,003460

𝑛 ≅ 51 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

1. Um capital de R$ 20.000 foi aplicado a juros compostos durante 7 meses,


rendendo R$ 3.774 de juros. Determine a taxa de aplicação.

𝑀 = 𝐶 ∙ (1 + i)𝑛

𝐶 + 𝐽 = 𝐶 ∙ (1 + i)𝑛

20.000 + 3.774 = 20.000 ∙ (1 + i)7

23.774 = 20.000 ∙ (1 + i)7

23.774
= (1 + i)7
20.000
1,1887 = (1 + i)7

𝑙𝑜𝑔 1,1887 = 𝑙𝑜𝑔[(1 + i)7]

0,075072263 = 7 ∙ 𝑙𝑜𝑔(1 + i)

0,075072263
= 𝑙𝑜𝑔(1 + i)
7
0,010724609 = 𝑙𝑜𝑔(1 + i)

100,010724609 = 1 + i

Atividades propostas:

1. Calcule o montante resultante da aplicação a juros compostos de um capital


de R$6.000,00, durante 1 ano, à taxa de 3,5% ao mês.
2. Que quantia precisa ser aplicada por 150 dias para acumular R$71.000,00
à taxa de juros de 2,65% ao mês?
3. Quanto receberá um banco por um empréstimo de R$ 13.700,00 se a dívida

22
for liquidada após 10 meses à taxa de juros de 7% ao bimestre?
4. Aplicando-se R$ 15.000,00 a uma taxa de juro composto de 1,7% ao mês,
quanto receberei de volta após um ano de aplicação? Qual o juro obtido
nesse período?
5. Uma empresa consegue um empréstimo de R$ 30.000,00 que deverá ser
pago, no fim de um ano, acrescidos de juros compostos de 3% ao mês. Qual
é o total de juros a serem pagos ao final do prazo estabelecido?
6. (Cespe/UnB – Chesf/2002) No sistema de juros compostos com
capitalização anual, um capital de R$ 20.000,00, para gerar em dois anos um
montante de R$ 23.328,00, deve ser aplicada a que taxa anual?
7. Planejo aplicar R$ 18.000,00 por um período de 18 meses ao final do qual
pretendo receber de volta um total de R$ 26.866,57. Qual deve ser o
percentual da taxa de juro composto para que eu venha a conseguir este
montante?
8. Aplicando R$ 10.000,00 a taxa de 3,5% ao trimestre quanto tempo é
necessário para que o investimento inicial dobre?

SEMANAS 9 E 10

23
ATIVIDADES
Sistemas de Amortização

Em geral, nas últimas décadas, para adquirir um bem ou serviço, fazemos o uso da compra
a prazo ou fazemos um empréstimo ou mesmo um financiamento. Naturalmente, após estes
contratos serem firmados temos que honrá-los, ou seja, pagá-los. Quando este processo de
quitação esta ocorrendo, dizemos que estamos amortizando a dívida.
Podemos definir amortização como sendo um processo de reembolso de uma dívida efetuado
através de uma série periódicas de pagamentos.
Há hoje, no Brasil, dois principais modelos de amortização, que são: Sistema de
Amortização Francês “PRICE” e o Sistema de Amortização Constante “SAC”. Tendo em vista a
estabilidade econômica que o país atravessa, os financiamentos cada vez mais fazem parte de
nossa vida, desta forma, ter o mínimo de conhecimento sobre os mesmos se faz necessário para
o exercício de nossa cidadania de forma conciente e participativa, sendo autor da nossa própria
história.
Em ambos os sistemas de amortizações, são válidas as seguintes nomenclaturas:
→ Quantidade de prestações estabelecidas entre credor e devedor. Podendo as-sumir os
valores 1, 2, 3, ..., n de acordo com o momento que elas ocorrem.
→ Taxa de juros por período pré-fixados em contrato.
𝑆 → É o saldo devedor em um determinado período , logo após o pagamento dak-ésima
prestação, onde o mesmo ainda não foi pago.
𝐽 → Juro no determinado período .
𝐴 → É a amortização do determinado período .
𝑃 → É a prestação no determinado período , sendo que ela é a soma da amor-tização
neste período com os juros referente ao mesmo.
Quaisquer uns desses sistemas trabalham com três modalidades: antecipada, ime-diata e
a postecipada.
Antecipada: o devedor paga a primeira parcela no ato da compra.
Imediata: a primeira parcela da dívida é paga 1 mês após a compra.
Postecipada: ocorre quando a primeira parcela é paga com 2 ou mais meses.

Sistema de Amortização Constante

O Sistema de Amortização Constante (SAC) – conhecido também como sistema


hamburguês, iniciou-se devido ao Sistema Financiamento Habitacional (SFH). Neste sis - tema as
prestações são decrescentes e a amortização propriamente dita é constante. Desta forma, temos
também os juros decrescentes.
AMORTIZAÇÃO

- Processo de extinção de dívida, através de pagamentos periódicos


- Amortização versus Série de Pagamentos
- DEFINIÇÕES
- Pagamento = Juros + Amortização
- Juros são calculados sobre saldo devedor
- Há diversas formas de amortização. Estudaremos: SAC e Tabela Price
Sistema Francês de Amortização (Tabela Price)

24
- pagamento em prestações iguais e sucessivas, dentro do conceito de termos vencidos
- R = P . FRC(i,n)

EXERCÍCIOS:
1) Financiamento de R$300.000,00, taxa de 4% ao mês, durante 5 meses
n juros amort pgto SD
0 300000
1 12000 55388 67388 244612
2 9784 57604 67388 187008
3 7480 59908 67388 127100
4 5084 62304 67388 64796
5 2592 64796 67388 0

2) Empréstimo de R$ 8530,20, à taxa de 3% ao mês, a ser pago em 10 parcelas mensais


n juros amort pgto SD
0 8530,2
1 256 744 1000 7786
2 234 766 1000 7020
3 211 789 1000 6230
4 187 813 1000 5417
5 163 837 1000 4580
6 137 863 1000 3717
7 112 888 1000 2829
8 85 915 1000 1913
9 57 943 1000 971
10 29 971 1000 0

3) Em um empréstimo de R$100.000,00, feito em 24 prestações mensais e iguais, à taxa de


51,1069% ao ano, qual será o saldo devedor no quinto mês.
n juros amort pgto SD
0 100000
1 3500 2727 6227 97273
2 3405 2823 6227 94450
3 3306 2922 6227 91528
4 3203 3024 6227 88505
5 3098 3130 6227 85375

4) Considerando o exercício anterior, se no segundo mês o tomador do empréstimo pagar


somente metade da parcela, mas continuar pagando os mesmos valores fixos nos meses
seguintes (não fazer o recálculo), calcule em quantos % o saldo devedor do quinto mês
será maior que no exercício anterior.

n juros amort pgto SD


0 100000
1 3500 2727 6227 97273
2 3405 -291 3114 97564
3 3415 2813 6227 94751
4 3316 2911 6227 91840
5 3214 3013 6227 88827

Sistema de Amortização Constante (SAC)

25
- A amortização da dívida é constante e igual em cada período

EXERCÍCIOS:

1) Financiamento de R$300.000,00, taxa de 4% ao mês, durante 5 meses


n juros amort pgto SD
0 300000
1200
1 0 60000 72000 240000
2 9600 60000 69600 180000
3 7200 60000 67200 120000
4 4800 60000 64800 60000
5 2400 60000 62400 0

2) Empréstimo de R$6.000,00, em oito vezes mensais, à taxa de 2,5% ao mês


n juros amort pgto SD
0 6000
1 150 750 900 5250
2 131 750 881 4500
3 113 750 863 3750
4 94 750 844 3000
5 75 750 825 2250
6 56 750 806 1500
7 38 750 788 750
8 19 750 769 0
3) Uma pessoa faz um financiamento de R$50.000,00 a ser pago em 15 anos, sendo a taxa
de juros é de 3% ao mês. Sabendo-se que, no quarto mês, além do pagamento, essa
pessoa fez um aporte adicional de R$5.000,00, calcule o saldo devedor do 6º mês.
0 50000
1 1500 278 1778 49722
2 1492 278 1769 49444
3 1483 278 1761 49167
4 1475 5278 6753 43889
5 1317 278 1594 43611
6 1308 278 1586 43333

4) Um indivíduo faz um empréstimo de R$6.000,00 a uma taxa de juros de 26,82% ao ano,


a ser pago mensalmente no sistema SAC. Sabendo-se que o primeiro pagamento foi de
R$786,67, em quanto tempo essa dívida será quitada?

9 meses

Exercícios de fixação

26
1) Uma casa de R$35.000,00 foi financiada a uma taxa de 38,4784% ao ano, para ser
paga em 10 anos. Calcule o saldo devedor do 5º mês no SAC e na Tabela Price.
PRICE SAC
n juros amort pgto SD n juros amort pgto SD
0 35000 0 35000
1 963 39 1001 34961 1 963 292 1254 34708
2 961 40 1001 34922 2 954 292 1246 34417
3 960 41 1001 34881 3 946 292 1238 34125
4 959 42 1001 34839 4 938 292 1230 33833
5 958 43 1001 34796 5 930 292 1222 33542

2) Considere um empréstimo de R$50.000,00, a ser pago em 6 meses, a uma taxa de juros


de 26,8242% ao ano. Faça o financiamento através da Tabela Price e SAC. Descreva as
principais diferenças entre as duas.

PRICE SAC
n juros amort pgto SD n juros amort pgto SD
0 50000 0 50000
1 1000 7926 8926 42074 1 1000 8333 9333 41667
2 841 8085 8926 33989 2 833 8333 9167 33333
3 680 8247 8926 25742 3 667 8333 9000 25000
4 515 8411 8926 17331 4 500 8333 8833 16667
5 347 8580 8926 8751 5 333 8333 8667 8333
6 175 8751 8926 0 6 167 8333 8500 0

3) Uma pessoa fez um empréstimo de R$5.000,00 em uma financeira, através da Tabela


Price. A taxa de juros cobrada foi de 4% ao mês e o valor das parcelas foi de R$833,05.
Em quantos meses essa dívida será quitada?

RESP: 7 períodos

PRICE
n juros amort pgto SD
0 5000
1 200 633 833 4367
2 175 658 833 3709
3 148 685 833 3024
4 121 712 833 2312
5 92 741 833 1571
6 63 770 833 801
7 32 801 833 0

4) Joaquim decidiu comprar um carro em uma concessionária. A atendente lhe ofereceu um


plano de pagamento parcelado, em que a taxa mensal de juros cobrada era de 3,5% ao
27
mês, em doze parcelas iguais de R$3.311,49. Joaquim ofereceu uma contra proposta.
Daria 20% do valor do carro como entrada, e pagaria o restante em 10 parcelas iguais,
mas com uma redução da taxa de juros para o nível de 3% ao mês. Dado que a
concessionária aceitou o negócio proposto por Joaquim, construa a Tabela Price desse
financiamento.

RESP: valor do carro é P = R . FVA ou seja, P = 3.311,49 . 9,66333 = 32.000,00

Agora o valor parcelado será de 32.000*0,8 = 25.600


PRICE
n juros amort pgto SD
0 25600
1 768 2233 3001 23367
2 701 2300 3001 21067
3 632 2369 3001 18698
4 561 2440 3001 16258
5 488 2513 3001 13744
6 412 2589 3001 11155
7 335 2666 3001 8489
8 255 2746 3001 5743
9 172 2829 3001 2914
10 87 2914 3001 0

5) Uma empresa fez um financiamento de R$110.000,00. A taxa de juros foi de 2% ao


mês. O pagamento será feito em 24 parcelas. Com base nestes dados, calcule
(demonstre os cálculos):
a) No SAC, qual seria o valor do terceiro pagamento feito?
b) No Price, qual seria o valor do saldo devedor após o terceiro pagamento feito?
c) Após o terceiro pagamento feito, quantos % o saldo devedor do sistema Price é maior
que do SAC?

PRICE SAC
n juros amort pgto SD n juros amort pgto SD
0 110000 0 110000
1 2200 3616 5816 106384 1 2200 4583 6783 105417
2 2128 3688 5816 102696 2 2108 4583 6692 100833
3 2054 3762 5816 98934 3 2017 4583 6600 96250

A diferença entre os saldos devedores é de 2,78%

6) Um indivíduo fez um financiamento pelo prazo de 2,5 anos, taxa de 2% ao mês e valor de
R$50.000,00. Após fazer o terceiro pagamento, fez um aporte adicional de R$10.000,00
para amortizar o saldo devedor. Foi feito o recálculo do valor das parcelas de forma a
continuar com o mesmo prazo. Dado que no quinto mês decidiu pagar toda sua dívida de
uma só vez, qual foi esse valor pago? Faça o cálculo tanto para Tabela Price como para
o SAC.

PRICE
n juros amort pgto SD

28
0 50000
1 1000 1232 2232,5 48768
2 975 1257 2232,5 47510
3 950 11282 12232,5 36228
4 725 1025 1749,6 35203
5 704 1046 1749,6 34158

SAC
n juros amort pgtoSD
0 50000
1 1000 1667 2667 48333
2 967 1667 2633 46667
3 933 11667 12600 35000
4 700 1296 1996 33704
5 674 1296 1970 32407

PARA ENRIQUECER SEUS CONHECIMENTOS.


29
DICAS DE LEITURA, FILME, DOCUMENTÁRIO, OUTROS.

JUROS SIMPLES
https://www.youtube.com/watch?v=N27xZJj1m-4

DESCONTOS SIMPLES

https://www.youtube.com/watch?v=E8z7EOjthFE

DESCONTOS DE DUPLICATAS
https://www.youtube.com/watch?v=E8z7EOjthFE

JUROS COMPOSTOS: Definição, Aplicação e Propriedades

https://www.youtube.com/watch?v=790S9GR5bWU

AMORTIZAÇÃO - TABELA SAC E PRICE

https://www.youtube.com/watch?v=TH4sqhQ4o-c

30
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINASGERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS
PROFESSOR: ANO ESCOLARIDADE: 1º MÓDULO
PET VOLUME 1 BIMESTRE: 1
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 10
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 3 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 15

Período Data:
GÊNERO AMORTIZAÇÕES
(ASSUNTO)

Elaborar 03 grupos na sala , os alunos deverão pesquisar e apresentar


0 2 planilhas contendo financiamento nas tabelas SAC e Price ,
Objetivo
explicando as diferenças entre uma tabela e outra.

Realizar os cálculos fundamentais com relação a Juros , taxas, descontos


Habilidades e amortizações.

SISTEMAS DE AMORTIZAÇÕES
Conteúdos
relacionados
Interdisciplina- Demais disciplinas do Grupo 1 do Curso Técnico de Administração
ridade

CAVALHEIRO, Luiz A.F. Elementos de Matemática Financeira. Rio de


Janeiro, Editora FGV, 11a ed., 1989.
FURTADO, DAIANI.Sistema de Amortização. Disponivel em: Acesso em:
21 de jul. de 2009. MEIRELLES,MARCOS. Sistemas de Amortização de
Referências Empréstimos e Finaciamentos. Disponivel em:< h
ttp://www.fadepe.com.br/restrito/conteudo /
2_adm_matem_finan_sac_saf_saa.doc.> Acesso em: 21 set. De 2009.
NOGUEIRA, José Jorge Meschiatti. Tabela Price: da Prova Documental e
Precisa Elucidação do seu Anatocismo, Servanda Ed., 2002.

PRÁTICA 01

31
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINASGERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS
ANO DE ESCOLARIDADE: 1 MÓDULO
PET VOLUME 1 1º BIMESTRE
MÊS: TOTAL DE SEMANA: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA: 3 Nº DE AULAS POR BIMESTRE: 20
PET = 60% CARGA HORÁRIA ATIVIDADES COMPLEMENTARES = 40%
CH
ATIVIDADES COMPLEMENTARES Nº DE ATIVIDADES: 06

N/º da Atividade Listagem das Atividades complementares

01/06 Entrega trabalho pelos 03 grupos: Sistemas Amortizações


tabela SAC e PRICE.

Assirtir Video : Métodos quantitativos aplicados na


02/06 Administração
https://www.youtube.com/watch?v=7K-9kUCDgXU

03/06 Trabalho - Apresentar um resumo de até 20 linhas do video


Métodos quantitativos aplicados na administração

04/06 Exercícios I - Google Forms – Cálculo Taxas proporcionais e


Equivalentes

05/06 Lista de Exercícios II – Enviados no Google forms

06/06 Trabalho – Pesquisa sobre qual tabela de amortização é


melhor para financiamento imobiliário.

32
SUMÁRIO
COMPONENTE CURRICULAR: Informática Aplicada .................................................. 1
BOAS VINDAS............................................................................................................... 2
ORIENTAÇÕES AOS RESPONSÁVEIS ....................................................................... 2
DICA PARA O ALUNO................................................................................................... 2
SEMANA 1 E 2 (08/03/21 à 21/03/21) ........................................................................... 3
SEMANA 3 E 4 (22/03/21 à 04/04/21) ........................................................................... 9
SEMANA 5 E 6 (05/04/21 à 18/04/21) ..........................................................................14
SEMANA 7 E 8 (19/04/21 à 02/05/21) ..........................................................................19
SEMANA 9 E 10 (03/05/21 à 12/05/21) ........................................................................23
DICAS ...........................................................................................................................29
PRÁTICAS ....................................................................................................................30
ATIVIDADES COMPLEMENTARES .............................................................................32

1
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM: Administração
COMPONENTE CURRICULAR: Informática Aplicada
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º
PET VOLUME: 1 1º BIMESTRE
ALUNO:
TURMA: TURNO: NOITE
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA: 2 Nº DE AULAS POR MÊS: 20

BOAS VINDAS
Olá Estudante, seja bem-vindo (a)!
Descansou bastante? Está preparado para novos desafios e muito aprendizado? O ano de 2021
promete... Hoje você inicia mais um ano escolar. E será bem diferente, novos professores,
colegas, novos componentes curriculares, e para muitos uma nova escola.
Enquanto as aulas presenciais não retornam, você irá estudar utilizando diferentes ferramentas
e recursos. O PET – Plano de Estudo Tutorado é uma delas. Ele é um conjunto de atividades
organizadas em componentes curriculares, a novidade é que nesse ano eles serão enviados a
cada bimestre. Nele você vai encontrar atividades dos componentes curriculares.
Ah! Você contará também com a ajuda de seus professores por meio de alguns canais de
comunicação como o APP Conexão 2.0.

EMTI – você poderá acompanhar pelo aplicativo ou pela TV de segunda a quinta-feira aulas que
te ajudarão a resolver as atividades do PET e ampliar seus saberes.
Espero que você esteja disposto a aprender muito.

ORIENTAÇÕES AOS RESPONSÁVEIS


Diante da situação atual mundial causada pela COVID-19, as aulas presenciais estão
suspensas. Entretanto, como incentivo à continuidade das práticas de estudo, preparamos para
nossos estudantes um plano de estudo dividido por bimestre (atividades por semanas e aulas
que deverá ser realizado em casa). Os conceitos principais de cada aula serão apresentados e
em seguida o estudante será desafiado a resolver algumas atividades.
Para respondê-las, ele poderá fazer pesquisas em fontes variadas disponíveis em sua
residência e/ou internet.
É de suma importância que você auxilie seu(s) filho(s) na organização do tempo e no
cumprimento das atividades.
Contamos com a sua valiosa colaboração!
DICA PARA O ALUNO
Para ajudá-lo (a) nesse período conturbado, em que as aulas foram suspensas a fim de evitar
a propagação da COVID-19, preparamos algumas atividades para que você possa dar
continuidade ao seu aprendizado.
Seguem algumas dicas para te ajudar:

a) Siga uma rotina; d) Defina um local de estudos;


b) Tenha equilíbrio; e) Conecte com seus colegas;
c) Peça ajuda a sua família, ao professor; f) Use a tecnologia a seu favor.
Contamos com seu esforço e dedicação para continuar aprendendo cada dia mais!

2
SEMANA 1 E 2

EIXO TEMÁTICO: Tecnologia

TEMA/TÓPICO(S): Conceitos básicos de Informática (Computador e Sistemas Operacionais).


HABILIDADE(S): Identificar os componentes de um computador e operar o sistema Windows.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Relações.
- Juros, capitalização, descontos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
- Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em Administração
REFERÊNCIAS:
FUSTINONI, Diógenes Ferreira Reis. Informática básica para o ensino técnico
profissionalizante. Brasília, DF : Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília,
2012.
SANTOS, Alex. Cursos FIC: Disciplina Informática Básica. Pau dos Ferros, RN: Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, 2012.
INTRODUÇÃO

É indiscutível a importância da informática nos dias atuais. Os computadores revolucionaram a vida


cotidiana, tornaram-se uma ferramenta que melhora a produtividade, processa dados diversos e
provê comunicação entre as pessoas. Enfim, a informática permeia a vida de todos, mesmo
daqueles que não têm conhecimento disso. É imprescindível a constante atualização e aprendizado
para a utilização das ferramentas de informática de última geração.

A informática é o tratamento automático da informação, por meio da utilização de técnicas,


procedimentos e equipamentos adequados. Nestas duas primeiras semanas de Informática
Aplicada convido você a conhecer um pouco mais sobre os computadores e os sistemas
operacionais.

1. COMPUTADOR

Um computador é uma máquina composta de elementos físicos do tipo eletrônico, capaz de realizar
uma grande variedade de trabalhos com alta velocidade e precisão, desde que receba as
instruções adequadas. É um equipamento que processa informações na forma de dados, podendo
ser programado para a realização de diversas outras tarefas. Foi construído para desempenhar
cálculos e operações lógicas com facilidade e rapidez.

De um modo geral, um processamento se realiza de acordo com o esquema abaixo:

3
Em suma um computador tem quatro funções básicas:
• Receber dados de entrada;
• Processar a informação;
• Produzir informação de saída;
• Armazenar dados e informações.
Num computador podemos distinguir três elementos básicos:
• Hardware – O conjunto de componentes físicos de um computador e os periféricos ligados a
ele. Exemplo: teclado, impressora, monitores e outros.
• Software – Conjunto instruções que são processados num computador. É a parte lógica do
computador. Ex: Sistema Operacional, editores gráficos, jogos, entre outros.
• Peopleware – É um conjunto de pessoas dedicadas a todo sistema computacional. Forma o
conjunto de recursos humanos deste sistema e envolve analistas de sistema, programadores,
entre outros.
1.1 Componentes do Hardware de um computador

Cada dispositivo tem uma função específica. A seguir vamos conhecer alguns dos principais
componentes de um computador:
• Gabinete – É onde estão instaladas as partes do computador responsáveis por armazenar e
processar as informações. São constituídos normalmente de estrutura metálica, mas já
existem no mercado também os gabinetes de estrutura acrílica, transparente ou em cores,
porém com os preços de custo ainda bem mais alto do que os tradicionais (metálicos).
• Placa Mãe– É um item importante de um computador. Tem a função de permitir que o
processador se comunique com todos os periféricos instalados. É na placa mãe que
encontramos o processador, a memória principal e as conexões para os periféricos.
• Processador – Também conhecido como CPU (Central Processing Unit), ou UCP (Unidade
Central de Processamento). É um pequeno CHIP de silício, que cabe na palma da mão.
Podemos dizer que esse chip é o "cérebro" do computador. É ele que executa os programas,
faz os cálculos e toma as decisões, de acordo com as instruções armazenadas na memória.
Daí a importância da memória, da qual vamos falar no próximo item. Existem vários
fabricantes e modelos diferentes de processadores no mercado.
• Memória – É um dispositivo encarregado de armazenar e guardar informações (dados +
cálculos) usadas pelo processador. A memória mais importante do computador é a memória
principal (RAM), no entanto, veremos no próximo item que a memória do computador pode
ser de três tipos RAM, ROM ou para armazenagem de dados do usuário.
• Periféricos – São equipamentos conectados à placa-mãe, gerenciados pela CPU e com a
função de enviar ou receber informações do computador. Os principais periféricos de um
computador são o teclado e o mouse. A maioria dos periféricos é conectada a uma porta
chamada USB (Universal Serial Bus), que se tornou padrão para quase todos os dispositivos
periféricos.
4
1.1.1 Periféricos
• Periféricos de Entrada – São dispositivos responsáveis por enviar as informações para o
processador. Ex: Mouse, Teclado, Scanner, microfone, Web câmaras, filmadoras, sensores
diversos, entre outros.
• Periféricos de Saída – São dispositivos que podem mostrar o resultado do processamento
e/ou acompanhar as tarefas executadas pelo computador. Ex: Impressora, Monitor, Caixas
de Som, etc.
1.1.1.1 Teclado
O teclado do computador é um dos periféricos de entrada mais utilizados. Além das teclas alfa-
numéricas existem outras teclas especiais, veja abaixo a função delas.

• Tecla ENTER: funciona como a tecla de retorno em uma máquina de escrever, ela executa o fim
de uma linha. Durante o uso do computador, este não saberá o que foi digitado até que você
pressione a tecla ENTER.
• Tecla BACKSPACE: esta tecla apaga o último caractere digitado. Use-a para corrigir erros de
digitação.
• Tecla SHIFT: esta tecla não possui efeito apenas por ela mesma, mas ela desloca o teclado
para imprimir as letras maiúsculas e caracteres especiais que compartilham a mesma tecla.
• Tecla ESC: a tecla ESCAPE permite cancelar uma linha digitada. Também é utilizada em vários
programas para escapar de um comando.
• Tecla CTRL: a tecla de controle também não tem efeito por ela mesma, mas como a tecla shift,
é utilizada para alterar o efeito de outras teclas. Por exemplo, para executar o comando
representado por ctrl+c deve-se pressionar a tecla Ctrl e juntamente com esta pressionar a tecla
“c”.
• Tecla TAB: esta tecla permite mover o cursor em valores predefinidos de tabulação. Pode ter
uso um pouco diferente dependendo do programa em que é utilizada.
• Tecla NUM LOCK: abreviação de Numeric Lock (trava numérica). Esta tecla permite a troca do
uso do teclado numérico reduzido, passando-o do movimento do cursor para números, e vice-
versa.
• Tecla BREAK: é geralmente rotulada como Scroll Lock ou Pause em cima da tecla e break na
frente. Não possui efeito para o sistema, mas é utilizada com o Ctrl para cancelar um comando.
• Tecla ALT: tecla de função alternativa, normalmente é utilizada em conjunto com outras teclas.
• Tecla ALT Gr: Mesma função da tecla ALT, porém ela possui funções adicionais como, por
exemplo, inserir o símbolo de ordinal a um número.
• Tecla DEL: é a tecla que permite deletar (apagar) o texto que está a direita do que foi digitado.
Pode ter uso um pouco diferente dependendo do programa em que é utilizada.
• Tecla INS: esta tecla permite inserir um texto a partir do ponto que o cursor se encontra. Pode
ter uso um pouco diferente dependendo do programa em que é utilizada.
5
• Tecla HOME: esta tecla permite mover o cursor para o início da linha que esta sendo digitada.
Pode ter uso um pouco diferente dependendo do programa em que é utilizada.
• Tecla END: esta tecla permite mover o cursor para o fim da linha que esta sendo digitada. Pode
ter uso um pouco diferente dependendo do programa em que é utilizada.
• Tecla PAGE UP: esta tecla permite mover o cursor para o topo da página de texto que esta
sendo digitado. Pode ter uso um pouco diferente dependendo do programa em que é utilizada.
• Tecla PAGE DOWN: esta tecla permite mover o cursor para a base da página de texto que esta
sendo digitado. Pode ter uso um pouco diferente dependendo do programa em que é utilizada.
• Teclas de FUNÇÕES - F1: esta tecla é a tecla de ajuda (help) do Windows.
• Teclas de FUNÇÕES - F2 à F12: estas são teclas de funções que podem ser programadas de
diversas maneiras. Normalmente tem usos diferentes dependendo do programa em que são
utilizadas.
• Tecla WINDOWS (tem o símbolo ): tecla especial, introduzida junto com o Windows 95. O
seu uso é semelhante ao acionamento do botão INICIAR pelo mouse. No Windows 7 e outros
sistemas operacionais recentes, associado à tecla TAB ( + TAB) permite alternar entre as
telas do computador de uma maneira muito interessante, experimente.
• Tecla Print Screen: Esta tecla permite tirar fotos da tela que está sendo exibida no sistema
operacional. Todas as fotos do sistema operacional exibidas nessa apostila foram tiradas
utilizando esta tecla.

1.1.1.2 Mouse

Basicamente todos os comandos do computador são executados com o auxílio do mouse, cuja
função é apontar para diversos objetos ou partes da tela. Apesar de poder executar praticamente
todas as ações dentro do Windows somente com o teclado, o uso do mouse facilitará muito o uso
do Windows.
A aparência do mouse na tela é chamada de cursor e normalmente é uma seta apontando para
cima e para esquerda podendo variar de acordo com o programa utilizado.
Vejamos agora algumas nomeações que utilizamos no uso do mouse:
• Apontar: apenas movimente o cursor sobre a tela e coloque a ponta sobre o item desejado, que
pode ser uma janela, ícone, título de menu, etc. Desta forma você estará apontando o mouse.
• Clicar: quando cursor estiver sobre o item desejado, aperte o botão esquerdo do mouse apenas
uma vez e solte. Esta ação fará com que um objeto ou item seja marcado.
• Duplo clique: quando o cursor estiver sobre o item desejado, aperte o botão esquerdo do mouse
rapidamente duas vezes seguidas e solte. Esta ação fará com que o programa em atividade
execute uma ação. Se selecionar um ícone de Grupo de programa, este se abrirá em uma
janela, e se for um Item de Programa, um programa será executado. Dentro de um programa, o
duplo clique poderá ter ações diferentes, dependendo do programa que está sendo executado.
• Arrastar: em algumas situações diz-se arrastar e soltar. Aponta-se para o item desejado e
pressiona-se o botão esquerdo do mouse, mantendo-o pressionado, arrasta-se pela tela
soltando-o no local desejado. Com esta ação é possível mover um objeto, marcar um texto ou
área, etc.
• Rolar: nos mouses com o botão RODA (Scroll), permite a utilização dos programas de modo
muito mais fácil. Dependendo do programa utilizado, a roda pode servir para a rolagem da
página vista, como é o caso do Microsoft Word e dos navegadores de Internet.

2. SISTEMAS OPERACIONAIS

Tipo especial de software, responsável por gerenciar as informações que fazem com que a
máquina se comporte de determinada maneira. Fazendo uma analogia, podemos dizer que o
sistema operacional é o chefe dos demais softwares, ou ainda o gerente do computador, pois tem
como tarefa controlar a máquina para os outros programas rodarem.
6
O sistema operacional gerencia seus discos e arquivos, controla como o monitor exibe a imagem,
define as prioridades de impressão de uma impressora, reserva um espaço da memória para cada
programa, enfim, organiza tudo. Existem vários sistemas operacionais, como:

Microsoft Windows

O Windows é um produto comercial, com preços diferenciados para cada uma de suas versões,
embora tenha uma enorme quantidade de cópias ilegais instaladas, ele é o sistema operacional
mais usado do mundo, criado pela Microsoft.

A palavra Windows em português significa janelas. A sua interface é baseada num padrão de
janelas que exibem informações e recebem respostas dos utilizadores através de um teclado ou de
um clique do mouse.

Mac OS
Macintosh Operating System (Mac OS) é a denominação do sistema operacional padrão dos
computadores Macintosh produzidos pela Apple.
Foi o primeiro sistema gráfico, amplamente usado em computadores, a utilizar ícones para
representar os itens do computador, como programas, pastas e documentos. Também foi pioneiro
na disseminação do conceito de Desktop, com área de trabalho com ícones de documentos, pastas
e uma lixeira, em analogia ao ambiente de escritório.

Linux

Um sistema que está conquistando espaço no mercado por ter uma política de software livre, o que
elimina custos de licenciamento e possibilita implementações e modificações que se tornem
necessárias. Sendo um software de código-aberto também estimula o desenvolvimento de
tecnologia local e cria possibilidades de trabalho para programadores brasileiros.
“Software livre” se refere à liberdade dos usuários executarem, copiarem, distribuírem, estudarem,
modificarem e aperfeiçoarem o software. Mais precisamente, ele se refere aos quatro tipos de
liberdade, para os usuários do software:
• a liberdade de executar o programa, para qualquer propósito;
• a liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades.
• acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
• a liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo.
• a liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os se aperfeiçoamentos, de modo que toda a
comunidade seus beneficie. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

7
ATIVIDADES

ATIVIDADE 1 (Objetivo da Atividade: reconhecer e entender os conceitos básicos de Informática)

a) Descreva, com suas palavras, o que é um computador.

b) Sobre os três elementos básicos do computador, escolha qual você acha mais importante e
justifique sua resposta.

c) Relacione a primeira com a segunda coluna:

( ) É onde estão instaladas as partes do computador


1. Memória responsáveis por armazenar e processar as informações.

( ) É um dispositivo encarregado de armazenar e guardar


2. Processador informações (dados + cálculos) usadas pelo processador.

( ) Tem a função de permitir que o processador se comunique


3. Gabinete com todos os periféricos instalados.

( ) É ele que executa os programas, faz os cálculos e toma as


4. Placa Mãe decisões, de acordo com as instruções armazenadas na
memória.

d) Cite 3 periféricos de entrada e 3 periféricos de saída que não estão escritos neste PET.

e) Escolha uma das teclas especiais do teclado mostrado neste PET e cite uma aplicação prática
usando esta tecla.

f) Descreva como devo usar o Mouse, passo a passo, para selecionar duas palavras adjacentes
em um texto já digitado.

ATIVIDADE 2 (Objetivo da Atividade: reconhecer os Sistemas Operacionais)

a) O que é um Sistema Operacional?

b) Qual a importância do Sistema Operacional para o computador?

c) Identifique o Sistema Operacional (nome e versão) utilizado no seu computador (ou celular) e
escreva aqui.

d) Faça uma pesquisa na Internet e, juntamente com as informações deste PET, complete a tabela
abaixo:
Microsoft Windows Mac OS Linux
1- 1- 1-
Vantagens 2- 2- 2-
3- 3- 3-
1- 1- 1-
Desvantagens 2- 2- 2-
3- 3- 3-

8
SEMANA 3 E 4

EIXO TEMÁTICO: Tecnologia

TEMA/TÓPICO(S): Ferramentas para produção e edição de textos.


HABILIDADE(S): Utilizar ferramentas do Word para elaboração de textos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Plano de Negócio para abertura da própria empresa.
- Comunicação escrita.
- Gramática aplicada.
- Redação Técnica.
- Contas patrimoniais e de resultados: custos, despesas e receitas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
- Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em Administração
REFERÊNCIAS:
NICÁCIO, Fábio. Editores de Texto. Projeto de inclusão digital, 2016. Disponível em:
<http://pid.iesp.edu.br/pid/index.php/editores-de-texto/#:~:text=A%20necessidade%20de%20usar
%20 editores,do%20texto%20que%20queremos%20transmitir.>. Acesso em: 02/04/2021.
SANTOS, Alex. Cursos FIC: Disciplina Informática Básica. Pau dos Ferros, RN: Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, 2012.

INTRODUÇÃO

A necessidade de usar editores de textos são bem presentes


no nosso cotidiano tanto na área acadêmica quanto no
mercado de trabalho. Portanto, dominar os recursos de um
editor de texto é de suma importância para alcançar os
objetivos do texto que queremos transmitir.

Ao longo do tempo os editores foram evoluindo à medida que


os recursos computacionais foram aumentando, de modo que
as quantidades de ferramentas utilizadas são bastante vastas,
além da integração com outros softwares. Os Sistemas
Operacionais geralmente possuem em seus softwares nativos
algum editor de texto, como é caso do Windows que vem nos
pacotes de softwares o Bloco de Notas e o Wordpad.

Mas você pode escolher seu próprio editor de texto, por exemplo:
- BLOCO DE NOTAS: presente nas instalações do sistema de Windows. Possuem aplicação de
possibilidades reduzidas e funcionalidades limitadas.
- WORD PAD: Também presente nas versões dos sistemas operacionais de Windows, possuindo
vários recursos do Microsoft Word. É a opção ideal para aqueles usuários que precisam de forma
esporádica um editor de texto.
- MICROSOFT WORD: é um processador de textos amplamente equipado, projetado para ajudá-
lo a trabalhar de forma mais eficiente quer você passe várias horas por dia diante do computador
ou use um software de processamento de textos apenas ocasionalmente.
- WRITER: é um software similar ao Microsoft Word. Assim como o Word é possível criar desde
textos simples, até textos com padrões complexos, com imagens, tabelas, anotações, estilos e
numeração de páginas. Sua interface lembra o Word na versão 2000 e as barras de ferramentas
são personalizáveis assim como todos os outros softwares que acompanham o pacote LibreOffice.

9
1. MICROSOFT WORD

O Microsoft Word para Windows é um processador de textos do pacote Office, cuja finalidade é
ajudar-nos a trabalhar de maneira mais eficiente tanto na elaboração de documentos simples,
quanto naqueles que exijam uma editoração mais elaborada.

As ferramentas do Word facilitam e deixam os textos com aparência profissional, entre elas estão:
objetos de desenhos como caixas de textos, SmartArt, efeitos, tabelas, figuras, correção
automática de ortografia, mala direta e muito mais.

Veja abaixo um pouco do visual do Word 2010:

Na parte superitor do Word temos a barra de títulos do documento, que como é um novo
documento apresenta como título “Documento1”.

Na esquerda temos a Barra de acesso rápido ( ), que permite acessar alguns


comandos mais rapidamente como salvar, desfazer. Você pode personalizar essa barra, clicando
no menu de contexto (flecha para baixo) à direita dela.

A barra de menu do Microsoft Office 2010 está organizado em abas, chamada “guia principais”,
elas organizam as funções em categorias: Arquivo, Página Inicial, Inserir, Layout da Página,
Referência, Correspondências, Revisão e Exibição. Cada guia possui subcategorias que agrupam
ferramentas, chamadas “grupos de ferramentas”.

Com a barra de rolagem podemos movimentar a tela para fazer a leitura da área de texto. Já o
ponto de inserção indica o local onde serão inseridos os caracteres, figuras, etc. Na barra de
status, podemos visualizar algumas informações do texto, como a pagina atual do documento e
quantas páginas tem o documento e é possível também regular o zoom da página, entre outras
opções.

1.1 Guia Arquivo

Através da Guia Arquivo, podemos criar novos documentos, abrir arquivos existentes, salvar
documentos, imprimir, preparar o documento (permite adicionar propriedades ao documento,
criptografar, adicionar assinaturas digitais, entre outros).
10
1.2 Criando um novo documento

Ao abrirmos o Word, automaticamente o programa exibe um novo documento chamado


“Documento 1” que não está salvo no computador. A qualquer hora podemos criar um novo
documento utilizando o menu Arquivo >> novo >> Documento em Branco. É importante salvar o
documento e dar um nome a ele.

1.3 Salvando um documento

Salvar um documento significa guardá-lo em um arquivo no computador para uma posterior


abertura ou edição. É importante salvar o documento durante sua edição para evitar transtornos
como uma eventual falta de energia elétrica. Para salvar um arquivo o caminho é Aba Arquivo >
Salvar.

Ao salvar um arquivo pela primeira vez, o Word abre uma janela “Salvar Como”, onde devemos
escolher o nome do documento e opcionalmente escolher o tipo do arquivo.

1.4 Abrindo um documento

Para abrir um documento salvo para edição, clicar em Arquivo > Abrir.

11
1.5 Imprimindo um documento

Para imprimir seu documento o processo é muito simples. Clique no menu Arquivo e ao posicionar
o mouse em Imprimir ele abre algumas opções. Você deve escolher a impressora e opcionalmente
selecionar o número de cópias, quais páginas serão impressas, tipo do papel, etc...

1.6 Inserindo textos

Para inserir textos no Word, basta digitá-los através do teclado do computador, mas é importante
treinar um pouco a acentuação utilizando o que aprendemos sobre a utilização do teclado.

Caracteres acentuados são gerados pressionando-se a tecla do acento desejado, antes da letra a
ser acentuada.

12
ATIVIDADES

ATIVIDADE 1 (Objetivo da Atividade: reconhecer a sequência de criação e salvamento de


documentos no Word)

Descreva, passo a passo, como fazer a sequência abaixo de criação e salvamento de um


documento Word:
a) criar uma pasta na Área de trabalho do computador com o nome Informática Aplicada
b) abrir o Word
c) digitar no documento Professor Fontes
d) salvar o documento na pasta Informática Aplicada com o nome ATIVIDADE 1 letra a

ATIVIDADE 2 (Objetivo da Atividade: registrar a sequência de digitação de documentos no Word)

Descreva, tecla a tecla, como digitar as palavras abaixo:


a) máquina
b) àqueles
c) incêndio
d) “plug and play”
e) Aviões
f) construções
g) faça
h) INFORMÁTICA

13
SEMANA 5 E 6

EIXO TEMÁTICO: Tecnologia

TEMA/TÓPICO(S): Ferramentas para produção e edição de textos.


HABILIDADE(S): Utilizar ferramentas do Word para elaboração de textos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Plano de Negócio para abertura da própria empresa.
- Comunicação escrita.
- Gramática aplicada.
- Redação Técnica.
- Contas patrimoniais e de resultados: custos, despesas e receitas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em Administração
REFERÊNCIAS:
SANTOS, Alex. Cursos FIC: Disciplina Informática Básica. Pau dos Ferros, RN: Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, 2012.
INTRODUÇÃO

Quando as pessoas estão trabalhando com textos no computador, é comum ouvirmos frases do
tipo: “meu texto está bem formatado”, ou “preciso que alguém faça a formatação do meu trabalho”.
Entretanto, algumas pessoas ainda podem não compreender o que, de fato, significa isso.

Formatar um texto significa trabalhar o seu visual, isto é, personalizar o seu estilo, tais como tipo
de letra, alinhamento e cores, de forma a torná-lo mais organizado visualmente. Dominar a
formatação de textos é um diferencial profissional relevante na elaboração de textos técnicos
dentro das empresas.

1.7 Navegando no texto

Muitas vezes precisamos navegar pelo texto para fazer algumas correções, é possível fazê-lo pelo
mouse, bastando clicar sobre o local que queremos corrigir, o quadro abaixo apresenta as teclas
para fazer isso pelo teclado.

14
1.8 Selecionando Textos

Embora seja um processo simples, a seleção de textos é indispensável para ganho de tempo na
edição de seu texto. Através da seleção de texto podemos mudar a cor, tamanho e tipo de fonte,
etc.

Selecionando pelo Mouse

Apontando o mouse na margem esquerda do texto, o cursor aponta para a direita.


• Ao dar um clique: é selecionada toda a linha.
• Ao dar um duplo clique: é selecionado todo o parágrafo.
• Ao dar um triplo clique: é seleciono todo o texto.

Com o cursor no meio de uma palavra:


• Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi clicado.
• Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a palavra.
• Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o parágrafo.

Podemos também clicar, manter o mouse pressionado e arrastar até onde se deseja selecionar. O
problema é que se o mouse for solto antes do desejado, é preciso reiniciar o processo, ou
pressionar a tecla SHIFT no teclado e clicar ao final da seleção desejada.

Podemos também clicar onde começa a seleção, pressionar a tecla SHIFT e clicar onde termina a
seleção. É possível selecionar palavras alternadas. Selecione a primeira palavra, pressione CTRL
e vá selecionando as partes do texto que deseja modificar.

1.9 Formatação de Texto

Formatação de texto é a etapa da preparação do texto que inclui a organização visual, realce e
estrutura. Na formatação se escolhe o tipo de letra, tamanho, estilo, cor, espaçamento, posição
vertical do texto e adição de efeitos, tais como negrito, itálico ou sublinhado. Pode também
controlar o espaçamento e avanço, adicionar marcas e números, bem como definir o alinhamento.

Pode-se aplicar formatação às palavras, ao parágrafo ou ao texto inteiro. Podem-se aplicar as


propriedades de fonte, tais como tipo de letra, tamanho, cor, estilo, realce e efeitos ao texto
selecionado e as propriedades do parágrafo tais como alinhamento, marcas, numeração,
sombreado e limites a quaisquer parcelas do texto.

Grupo de Comandos de Grupo de Comandos de Grupo de Comandos de


Área de Transferência Fonte Parágrafo

Para formatar um texto é preciso selecionar o texto através do mouse (ou do teclado) e clicar nas
propriedades do Grupo de comandos “Fonte”, presente na guia “Página Inicial”. No Grupo de
comandos “Fonte”, podemos deixar o texto selecionado com estilo regular, negrito, itálico,
sublinhado, mudar o tipo da letra (fonte), o tamanho, a cor, podemos grafar um texto que
queremos destacar, taxar uma frase, colocar um , entre outras opções.
Ao clicar na setinha na parte inferior direita do Grupo de comandos “Fonte” é exibida a janela:
15
Este texto que você está lendo agora esta com a fonte tipo “Arial”, tamanho 12, cor preta
(Automático).

No Grupo de comandos “Parágrafo” podemos alinhar um texto à esquerda, à direita, centralizar ou


justificar (alinhar da esquerda até a direita do papel), através dos ícones . O texto que você
está lendo neste momento está com alinhamento justificado. Para exibir a caixa de diálogo
parágrafo, clique na setinha na parte inferior que a janela será exibida desta forma:

Este texto que você está lendo está com alinhamento justificado, recuo à esquerda e à direita de
0,2 cm e espaçamento entre linhas simples.

1.10 Copiar e Colar

O copiar e colar no Word funciona da mesma forma que qualquer outro programa, pode-se utilizar
as teclas de atalho <Ctrl + C> (copiar), <Ctrl + X> (Recortar) e <Ctrl + V> (Colar), ou os comandos
no Grupo de Comandos “Área de transferência” na guia Página inicial.

16
1.11 Desfazer e refazer alterações

Durante a edição de documento é comum tomarmos decisões erradas; muitas vezes deletamos,
copiamos ou alteramos parágrafos por engano. Por isso que esse recurso e muito importante para
usuários de qualquer nível. O botão desfazer e repetir se encontra na barra de acesso rápido:

Após termos percebido o engano podemos fazer a correção de três maneiras: Para desfazer
ações acione: Clique em Desfazer ou digite o comando <CTRL + Z>. Para repetir ações acione:
Clique em Repetir ou digite o comando <CTRL + R>.

1.12 Visualização do Documento

Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento. Na barra de status, no rodapé à


direta da tela temos o controle de Zoom. Anterior a este controle de zoom temos os botões de
forma de visualização de seu documento:

Estes comandos também podem ser acessados na Guia Exibição.

Os cinco primeiros botões são os mesmos que temos em miniaturas no rodapé.


• Layout de Impressão: Formato atual de seu documento é o formato de como seu documento
ficará na folha impressa.
• Leitura em Tela Inteira: Ele oculta as barras de seu documento, facilitando a leitura em tela,
observe que no rodapé do documento à direita, ele possui uma flecha apontado para a próxima
página. Para sair desse modo de visualização, clique no botão fechar no topo à direita da tela.
• Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visualização na Internet, esse formato existe, pois
muitos usuários postam textos produzidos no Word em sites e blogs na Internet.
• Estrutura de Tópicos: Permite visualizar seu documento em tópicos, o formato terá melhor
compreensão quando trabalharmos com marcadores.
• Rascunho: É o formato bruto, permite aplicar diversos recursos de produção de texto, porém
não visualiza como impressão nem outro tipo de meio.

No segundo Grupo de comandos podemos exibir entre outras opções uma régua de referência e
um painel de navegação que é interessante quando estamos trabalhando com um documento
muito grande, dividido em muitos capítulos. Ele nos permite nos localizar onde estamos no
documento como um todo.

O terceiro Grupo de comandos da Guia exibição permite trabalhar com o Zoom da página. Onde
podemos utilizar um valor de zoom predefinido, ou colocarmos a porcentagem desejada ou
podemos visualizar o documento em várias páginas.
17
ATIVIDADES

ATIVIDADE 1 (Objetivo da Atividade: reconhecer a formatação básica de documentos no Word)

Analise os textos abaixo e identifique como está sua formatação quanto à fonte e ao parágrafo:

a) No menu Inserir, as galerias incluem itens que são projetados para corresponder
à aparência geral do documento. Você pode usar essas galerias para inserir
tabelas, cabeçalhos, rodapés, listas, folhas de rosto e outros blocos de
construção do documento.

Exemplo: Fonte em itálico e parágrafo alinhado à esquerda.

b) No menu Inserir, as galerias incluem itens que são projetados para corresponder
à aparência geral do documento. Você pode usar essas galerias para inserir
tabelas, cabeçalhos, rodapés, listas, folhas de rosto e outros blocos de
construção do documento.

c) No menu Inserir, as galerias incluem itens que são projetados para


corresponder à aparência geral do documento. Você pode usar essas
galerias para inserir tabelas, cabeçalhos, rodapés, listas, folhas de rosto e
outros blocos de construção do documento.

d) No menu Inserir, as galerias incluem itens que são projetados para


corresponder à aparência geral do documento. Você pode usar essas
galerias para inserir tabelas, cabeçalhos, rodapés, listas, folhas de rosto e
outros blocos de construção do documento.

e) No menu Inserir, as galerias incluem itens que são projetados para corresponder
à aparência geral do documento. Você pode usar essas galerias para inserir
tabelas, cabeçalhos, rodapés, listas, folhas de rosto e outros blocos de
construção do documento.

f) NO MENU INSERIR, AS GALERIAS INCLUEM ITENS QUE SÃO


PROJETADOS PARA CORRESPONDER À APARÊNCIA GERAL DO
DOCUMENTO. VOCÊ PODE USAR ESSAS GALERIAS PARA INSERIR
TABELAS, CABEÇALHOS, RODAPÉS, LISTAS, FOLHAS DE ROSTO E
OUTROS BLOCOS DE CONSTRUÇÃO DO DOCUMENTO.

ATIVIDADE 2 (Objetivo da Atividade: pesquisar sobre recursos de formatação básica de


documentos no Word)

No Grupo de comandos Parágrafo existe o comando “Mostrar Tudo” identificado pelo símbolo ,
pesquise sobre a utilidade deste comando e cite um exemplo de utilização prática dele.

18
SEMANA 7 E 8

EIXO TEMÁTICO: Tecnologia

TEMA/TÓPICO(S): Ferramentas para produção e edição de textos.


HABILIDADE(S): Utilizar ferramentas do Word para elaboração de textos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Plano de Negócio para abertura da própria empresa.
- Comunicação escrita.
- Gramática aplicada.
- Redação Técnica.
- Contas patrimoniais e de resultados: custos, despesas e receitas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
- Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em Administração
REFERÊNCIAS:
EQUIPE EDUCAMUNDO. Conhecer Word: importância para carreira e vida acadêmica.
Educamundo, 2020. Disponível em: < https://www.educamundo.com.br/blog/word-basico-
avancado>. Acesso em: 04/04/2021.
SANTOS, Alex. Cursos FIC: Disciplina Informática Básica. Pau dos Ferros, RN: Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, 2012.
INTRODUÇÃO

Se tem uma ferramenta que pode ser útil para qualquer pessoa que use o computador no dia a dia
é o Word. O mais antigo editor de textos, criado pela Microsoft em 1983, ainda no sistema
operacional MS-DOS, é também o mais utilizado até hoje por estudantes, profissionais e todas as
pessoas que queiram facilitar a rotina. Ele é a peça-chave para editar e armazenar ideias e
documentos de diversos tipos no âmbito digital e, por isso, não pode ficar de fora de seus
conhecimentos de informática.

Saber as principais funções do Word é requisito fundamental em quase todo o setor produtivo.
Tanto empresas privadas quanto estatais pedem que os candidatos às vagas tenham noções de
informática, sobretudo dos aplicativos elementares do Pacote Office. Nestas semanas vamos
continuar aprofundando o conhecimento sobre a formatação de documentos.

1.13 Configuração de Documentos

Um dos principais cuidados que se deve ter com seus documentos é em relação à configuração
da página. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) possui um manual de regras para
documentações, então é comum escutar “o documento tem que estar dentro das normas”. No
Word 2010 a Guia que permite configurar sua página é a “Layout da Página”.

O grupo “Configurar Página”, permite definir as margens de seu documento, ele possui alguns
tamanhos pré-definidos, como também personalizá-las. Ao personalizar as margens, é possível
alterar as margens superior, esquerda, inferior e direita, definir a orientação da página, se retrato
ou paisagem, configurar a forma de várias páginas, como normal, livro, espelho. Ainda nessa
mesma janela temos a guia Papel.

19
Na guia Papel, podemos definir o tipo de papel que está disponível na impressora.
1.14 Colunas
É possível dividir um texto no Word em várias colunas como em uma revista. Ao clicar em mais
Colunas, é possível personalizar as suas colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré-
definidas, mas você pode colocar em um número maior de colunas, adicionar linha entre as
colunas, definir a largura e o espaçamento entre as colunas. Observe que se você pretende utilizar
larguras de colunas diferentes é preciso desmarcar a opção “Colunas de mesma largura”. Atente
também que se for preciso adicionar colunas a somente uma parte do texto, eu preciso primeiro
selecionar esse texto.

1.15 Pincel de Formatação


Textos na Internet possuem formatações e padrões deferentes dos editores de
texto. Ao copiar um texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao seu
documento. Para isso, você pode copiar a formatação do texto do seu texto
para o novo texto que foi inserido. Para fazer isso, utilize o botão Pincel de
Formatação, localizado na aba página inicial, no grupo Área de Transferência.

1.16 Inserindo uma nova página


Para inserir novas linhas no Word, deve-se usar a tecla <Enter>. No entanto, muitas vezes
precisamos que determinada parte do nosso texto fique em uma nova página. Para isso utilizamos
as quebras de página. Existe também a quebra de coluna. A tecla de atalho para quebrar uma
página é <alt+enter>.

20
1.17 Plano de Fundo da Página

Podemos adicionar às páginas do documento marcas d’água, cores e bordas. O grupo Plano de
Fundo da Página possui três botões para modificar o documento.

Ao clicar no botão “Marca d’água”, o Word apresentará alguns modelos, mais abaixo temos o item
“Personalizar Marca D’água". Nesta janela podemos definir uma imagem como marca d’água,
basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a imagem e depois definir a dimensão e se a
imagem ficará mais fraca (desbotar) e clicar em OK. Como também é possível definir um texto
como marca d’água.

O segundo botão, “Cor da página” permite colocar uma cor de fundo em seu texto, um recurso
interessante é que o Word verifica a cor aplicada e automaticamente ele muda a cor do texto. O
botão Bordas da Página abre a ferramenta de Bordas e sombreamento. Onde se podem aplicar
bordas as páginas.

1.18 Localizar e Substituir

Às vezes precisamos encontrar algum texto no documento e substituí-lo por outro. Ao final da Guia
Página Inicial temos o grupo edição, dentro dele temos a opção “Localizar” e a opção “Substituir”.
Ao clicar na opção Substituir é exibida a tela a seguir:

A janela que se abre possui três guias, localizar, Substituir e Ir para. A guia substituir que estamos
vendo, permite substituir em seu documento uma palavra por outra. A substituição pode ser feita
uma a uma, clicando em substituir, ou pode ser todas de uma única vez clicando-se no botão
Substituir Tudo.

21
ATIVIDADES

ATIVIDADE 1 (Objetivo da Atividade: identificar a correta aplicação dos comandos de formatação


básica de documentos no Word)

Leia as situações-problemas abaixo ocorridas nas empresas e identifique quais comandos do


Word podem ser usados para solucionar o problema:

a) Uma Secretária usou o Word para digitar uma Ata de reunião da


CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), mas ao
terminar verificou que escreveu errado o nome do presidente da
CIPA 15 vezes na ATA. Ela escreveu José e o nome dele era João.
Como trocar os nomes de forma rápida?

b) O Presidente da empresa pediu a Secretária que colocasse no quadro de


avisos um informativo sobre a obrigação de usar máscara durante todo
dia de trabalho até o fim da Pandemia do Corona vírus, solicitou também
que colocasse uma figura da máscara como imagem de fundo do aviso.
Como ela poderia colocar esta imagem?

c) A Cozinheira do restaurante da empresa pediu ajuda a Estágiária pois ela


queria fazer um cardápio na forma de um folder dobrável em 3 partes no
formato A4. Como a Estágiaria pode fazer isto?

d) O Analista de RH teria que imprimir um documento inicialmente elaborado no tamanho A4.


Quando verificou na impressora só tinha papel no tamanho Carta. Como ele pode fazer este
ajuste para imprimir no tamanho Carta?

e) O Gerente de Qualidade recebeu um relatório detalhado, de 450


páginas, sobre as reclamações de clientes ocorridas no mês
passado mas ele quer saber especificamente sobre uma
reclamação de determinado cliente. Como ele pode fazer para
localizar rapidamente o nome da cliente no relatório?

f) Durante a elaboração de um Plano de Negócios


um Técnico em Administração copiou uma parte
de um texto na Internet para incorporar ao seu
documento. Quando colou esta parte no seu
arquivo em Word o texto apareceu com
formatação diferente da que estava usando no
restante do Plano de Negócio. Como ele pode
proceder para resolver isto de forma rápida?

g) O Comprador da empresa recebeu um orçamento de um fornecedor mas o texto estava um


pouco estranho, aparecia o símbolo “ ¶ ” em muitas partes do documento dificultando sua
compreensão. O que ele precisa fazer para poder ler o texto sem este símbolo?

22
SEMANA 9 E 10

EIXO TEMÁTICO: Tecnologia

TEMA/TÓPICO(S): Ferramentas para produção e edição de textos.


HABILIDADE(S): Utilizar ferramentas do Word para elaboração de textos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Plano de Negócio para abertura da própria empresa.
- Comunicação escrita.
- Gramática aplicada.
- Redação Técnica.
- Contas patrimoniais e de resultados: custos, despesas e receitas.
INTERDISCIPLINARIDADE:
- Demais disciplinas do grupo I do Curso Técnico em Administração
REFERÊNCIAS:
SANTOS, Alex. Cursos FIC: Disciplina Informática Básica. Pau dos Ferros, RN: Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, 2012.
WFOUR CURSOS. Por que é importante aprender a usar o Word?. Wfour cursos. Disponível em:
<https://wfourcursos.com/post/99332208947/por-que-%C3%A9-importante-aprender-a-usar-o-
word#:~:text=Principalmente%20no%20setor%20administrativo%2C%20o,em%20rela%C3%A7%
C3%A3o%20a%20esta%20ferramenta.&text=O%20Word%20proporciona%20ao%20usu%C3%A1
rio%20o%20pleno%20controle%20de%20seu%20texto.>. Acesso em: 04/04/2021.
INTRODUÇÃO

O Word é simplesmente o melhor editor de texto em todas as suas versões. Ele atende as
pequenas necessidades de um usuário como elaboração de currículo, criação de uma lista de
supermercado, elaboração de uma carta de apresentação, formatação de trabalhos escolares e
acadêmicos entre outros. Mas o Word também está presente nas empresas, principalmente nos
departamentos que constantemente precisam confeccionar documentos profissionais como
contratos, declarações, cartas, avisos, registros, formulários impressos entre outros.

Com o aumento do número de computadores nas empresas, a necessidade de aprender Word


para conseguir um bom emprego é grande. Ferramentas de informática têm sido cada vez mais
requeridas pelas empresas para definir a capacitação do funcionário em determinado cargo.
Principalmente no setor administrativo, o conhecimento relacionado ao uso do Word é primordial.

Além das carreiras em empresas privadas, os concursos públicos para estatais estão cada vez
mais exigentes em relação a esta ferramenta. Não basta apenas saber digitar. Formatar um texto
para que ele fique de acordo com as necessidades do projeto é importante para que o profissional
se destaque no uso da ferramenta. O Word proporciona ao usuário o pleno controle de seu texto.

1.19 Formatação de parágrafos

A principal regra da formatação de parágrafos é que independente de onde estiver o cursor a


formatação será aplicada em todo o parágrafo, tendo ele uma linha ou mais. Quando se trata de
dois ou mais parágrafos será necessário selecionar os parágrafos a serem formatados.

A formatação de parágrafos pode ser localizada na Guia “Página Inicial”, e os recuos também na
Guia “Layout da Página”.

23
No grupo da Guia Página Inicial, temos as opções de marcadores (bullets e numeração e listas de
vários níveis), diminuir e aumentar recuo, classificação e botão Mostrar Tudo, na segunda linha
temos os botões de alinhamentos: esquerda, centralizado, direita e justificado, espaçamento entre
linhas. Observe que o espaçamento entre linhas, , possui uma seta para baixo, permitindo que
se possa definir qual o espaçamento a ser utilizado. Veja a figura abaixo:

No Grupo de comandos “Parágrafo” da Guia Layout de Página temos apenas os recuos e os


espaçamentos entre parágrafos. Ao clicar na setinha do Grupo Parágrafos, será aberta a janela de
Formatação de Parágrafos. Veja um exemplo de formatação de Parágrafo, com aplicação de
recuo da primeira linha de 1,25 cm, espaçamento de 1,5 linha.

O Microsoft Office é uma suíte de aplicativos para escritório que contém


programas como processador de texto, planilha de cálculo, banco de dados,
apresentação gráfica e gerenciador de tarefas, e-mails e contatos. A suíte vem
acrescentado com o tempo cada vez mais funcionalidades. Ela é vendida em várias
versões, de acordo com a quantidade de programas incorporados e com o perfil de
usuários ou empresas.

1.20 Marcadores e Numeração

Os marcadores e numeração fazem parte do grupo Parágrafo, mas devido a sua importância,
merecem um destaque. Existem dois tipos de marcadores: Símbolos e Numeração.

24
A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto tenha níveis de marcação como, por
exemplo, contratos e petições. Os marcadores do tipo Símbolos como o nome já diz permite
adicionar símbolos a frente de seus parágrafos. Por exemplo:

Microsoft Office
Word
Edição de Texto
Excel
Planilha

Ao clicar no botão de símbolos de marcadores, e escolher um marcador, ficaria da seguinte forma:

• Microsoft Office
• Word
• Edição de Texto
• Excel
• Planilha

Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar antes do inicio da primeira palavra do
parágrafo e pressionar a tecla TAB no teclado.

• Microsoft Office
o Word
▪ Edição de Texto
• Excel
o Planilha

Você pode observar que o Word automaticamente adicionou outros símbolos ao marcador, você
pode alterar os símbolos dos marcadores, clicando na seta ao lado do botão Marcadores e
escolhendo a opção Definir Novo Marcador. Ao fazer isso, a tela a seguir (à esquerda) irá se abrir.

25
Ao clicar em Símbolo, será mostrada uma tela chamada “Símbolo”, como esta da figura acima.
Nela você poderá escolher a Fonte (No caso aconselha-se a utilizar fontes de símbolos como a
Winddings, Webdings), e depois o símbolo.

1.21 Bordas e Sombreamento

Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso texto. Podem ser bordas simples aplicadas
a textos e parágrafos. Selecione o texto ou o parágrafo a ser aplicado à borda e ao clicar no botão
de bordas do grupo Parágrafo, você pode escolher uma borda pré-definida ou então clicar na
última opção “Bordas e Sombreamento”.

Podemos começar escolhendo uma definição de borda (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se
especificar cada uma das bordas na direita onde diz Visualização. Pode-se pelo meio da janela
especificar cor e largura da linha da borda.

A Guia Sombreamento permite atribuir um preenchimento de fundo ao texto selecionado. Você


pode escolher uma cor base, e depois aplicar uma textura junto dessa cor.

1.22 Cabeçalho e Rodapé

O Word sempre reserva na página do documento, uma parte das margens para o cabeçalho e
rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e rodapé, clique na Guia Inserir, Grupo “Cabeçalho
e Rodapé”.

Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas opções de caixas para que você possa
digitar seu texto. Ao clicar em Editar Cabeçalho o Word edita a área de cabeçalho e a barra
superior passa a ter comandos para alteração do cabeçalho.

26
A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em
segundo plano. Tudo o que for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com
exceção se você definiu seções diferentes nas páginas. Para aplicar números de páginas
automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome o cuidado
de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no
rodapé.

Podemos também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes a um


documento, para isso basta que ambos estejam em seções
diferentes do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho ou o
rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.

1.23 Revisão de texto, verificando ortografia e gramática

A Guia Revisão é responsável por fazer correções de ortografia, proteção, comentários, entre
outros no seu documento.

O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique
sobre ele. O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu documento em busca de erros. Os de
ortografia ele marca em vermelho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato
dele marcar com cores para verificação na impressão sairá com as cores normais.

Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:
• Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte do texto.
• Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.
• Adicionar ao dicionário: Adiciona a
palavra ao dicionário do Word, ou seja,
mesmo que ela apareça em outro texto ela
não será grafada como errada. Esta opção
deve ser utilizada quando palavras que
existam, mas que ainda não façam parte do
Word.
• Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-
la por uma palavra que tenha aparecido na
caixa de sugestões, ou se você a corrigiu
no quadro superior.
• Alterar Todas: Faz a alteração em todas as
palavras que estejam da mesma forma no
texto.

27
ATIVIDADES

ATIVIDADE 1 (Objetivo da Atividade: conhecer a formatação básica exigida pela ABNT para
elaboração de documentos no Word)

As normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que são baseadas em padrões
internacionais, são usadas para uniformizar a apresentação de trabalhos cientificos em todo o país
de forma a facilitar a leitura e compreensão das milhares de pesquisas realizadas todo ano.
Pesquise sobre o padrão das Normas ABNT e complete o quadro abaixo:

Item Requisito da ABNT

Papel

Fonte

Itálico

Margens

Parágrafos / espaçamento

Alinhamento do texto

ATIVIDADE 2 (Objetivo da Atividade: identificar a correta aplicação dos comandos de formatação


básica de documentos no Word)

Responda as perguntas abaixo:


a) Um digitador extremamente veloz tinha o vício de digitar a palavra admininstração em vez de
administração. Para resolver este problema, configurou um recurso do Word para corrigir
automaticamente, ao término da digitação, a palavra digitada erradamente pela palavra correta.
Qual recurso foi utilizado?

b) Qual é a utilidade da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido no Word?

c) Qual a tecla de atalho para acessar a função do botão de comando da figura abaixo?

d) Editando no Word você pode inserir um cabeçalho no seu documento. Em qual Grupo de
comandos está esta opção?
28
PARA ENRIQUECER SEUS CONHECIMENTOS.
DICAS DE LEITURA, FILME, DOCUMENTÁRIO, OUTROS.

1) BILL GATES

Bill Gates e a Microsoft, empresa que ele fundou junto com Paul Allen em 1975, moldaram a forma
que hoje nos relacionamos com tecnologia e computadores. A revolução provocada pela adoção
em massa de microcomputadores só foi possível graças à facilidade de uso dos sistemas
desenvolvidos pela empresa, como o sistema operacional Windows e o pacote Office. Foi o
sucesso à frente da Microsoft que levou Bill Gates ao topo da lista de bilionários, à custa de muitas
madrugadas em claro, durante as quais ele e seus parceiros de negócios escreveram os softwares
da companhia.

Depois de décadas à frente da companhia, Gates decidiu se afastar, deixando a empresa nas
mãos de sucessores mais próximos aos novos desafios da tecnologia. Ele e sua esposa Melinda
passaram a se dedicar a tentar resolver problemas globais de saúde, como a erradicação de
doenças e acessibilidade de sistemas de saneamento.

Você sabia que em 2014 ele disse que tinhamos que nos preparar para uma Pandemia? Veja o
vídeo no link abaixo para escutar o que ele falou:

https://www.ted.com/talks/bill_gates_the_next_outbreak_we_re_not_ready?language=pt-br#t-
494358

2) STEVE JOBS

Você já ouviu falar do Steve Jobs? Steve Jobs (1955-2011) foi um empresário norte-americano
que fundou a Apple. Criou o "Macintosh", o "iPod", o "iPhone" e o "iPad". A Apple revolucionou a
indústria de computadores pessoais, os filmes de animação, o mundo da música e dos telefones
celulares.

Quer saber um pouco mais sobre ele de forma divertida? Acesse o link abaixo e leia a edição
especial “SAIBA MAIS” da Turma da Mônica e aprenda com a turminha mais divertida e engraçada
dos quadrinhos brasileiros.

http://www.educacao.aruja.sp.gov.br/portal/img/arquivos_aula/Turma%20da%20M%C3%B4nica%
20-%20Saiba%20Mais%20-%20Steve%20Jobs.pdf

3) CURSO ON LINE DE WORD

Que tal fazer um curso completo de Word com qualidade e gratuito pelo Youtube? Desta forma
você poderá fixar os conteúdos aprendidos nas aulas e avançar para um nível intermediário no
Word.

Sugerimos para vocês o Canal do Youtube “Curso em Vídeo” com o Professor Gustavo
Guanabara, ele irá conduzir seu aperfeiçoamento para o próximo nível de Word em 22 vídeos bem
elaborados, irreverentes e com linguagem acessível.

Clique no link abaixo para começar:

https://www.youtube.com/watch?v=59lDXVkqlqQ&list=PLHz_AreHm4dkxM_0dinX7l_WUxpG-VrC-

29
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
SIMULAÇÃO DE PRÁTICAS
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM: Administração
COMPONENTE CURRICULAR: Informática Aplicada
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º
PET VOLUME: 1 1º BIMESTRE
ALUNO:
TURMA: TURNO: NOITE
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA: 2 Nº DE PRÁTICAS POR BIMESTRE: 02

PRÁTICA 01

Período Data:
GÊNERO
Informática Básica
(ASSUNTO)

Objetivo Identificar os componentes do Sistema Operacional Windows.

Compreender o funcionamento de um componente do Sistema


Habilidades Operacional Windows e exemplificar sua aplicação prática na
Administração.
Conteúdos
Relações, Juros, capitalização, descontos.
relacionados

Interdisciplina-
Métodos Quantitativos Aplicados à Administração.
ridade
FUSTINONI, Diógenes Ferreira Reis. Informática básica para o ensino
técnico profissionalizante. Brasília, DF: Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Brasília, 2012.
Referências
SANTOS, Alex. Cursos FIC: Disciplina Informática Básica. Pau dos
Ferros, RN: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
Grande do Norte, 2012.

PRÁTICA 01

Grave um podcast de, no máximo, 3 minutos sobre Sistemas Operacionais contendo a


sequência abaixo:
- o que é um sistema operacional;
- exemplos de 3 sistemas operacionais;
- explicação de 1 componente do Sistema Operacional Windows e sua aplicação prática
para o Técnico em Administração.

Este podcast deverá ser enviado à Professora em data e canal combinado nas aulas.

30
PRÁTICA 02

Período Data:
GÊNERO
Microsoft Word
(ASSUNTO)

Objetivo Elaborar um documento técnico utilizado nas empresas.

Habilidades Utilizar ferramentas do Word para elaboração de textos técnicos.

- Plano de Negócio para abertura da própria empresa.


- Comunicação escrita.
Conteúdos
- Gramática aplicada.
relacionados
- Redação Técnica.
- Contas patrimoniais e de resultados: custos, despesas e receitas.
- Empreendedorismo
Interdisciplina-
- Português Instrumental
ridade
- Processos de Operações Contábeis I
SANTOS, Alex. Cursos FIC: Disciplina Informática Básica. Pau dos
Ferros, RN: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
Grande do Norte, 2012.
WFOUR CURSOS. Por que é importante aprender a usar o Word?. Wfour
Referências cursos. Disponível em: <https://wfourcursos.com/post/99332208947/por-
que-%C3%A9-importante-aprender-a-usar-o-
word#:~:text=Principalmente%20no%20setor%20administrativo%2C%20o
,em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20a%20esta%20ferramenta.&text=O%
20Word%20proporciona%20ao%20usu%C3%A1rio%20o%20pleno%20co
ntrole%20de%20seu%20texto.>. Acesso em: 04/04/2021.

PRÁTICA 02

Elaborar uma ATA para constituição de uma Cooperativa com a seguinte formatação:
- fonte Arial; tamanho 12; alinhamento justificado; margem estreita; espaçamento entre
linhas de 1,15.

Assuntos tratados na reunião que deverão constar na ATA:


- data e hora da reunião – 05/04/2021 às 14:00 h
- participantes – José Antônio da Silva (brasileiro, 46 anos, RG 8.369.258); Maria Joaquina
de Jesus (brasileira, 36 anos, RG 9.259.258); Matheus Silva (brasileiro, 25 anos, RG
4.367.222) e Antonino Silva José (brasileiro, 70 anos, RG 7.255.257)
- escolhida para redigir a ATA foi a Maria Joaquina de Jesus
- José Antônio da Silva conduziu a reunião
- o estatuto foi lido e aprovado por todos os presentes
- foi realizada votação para eleição dos membros dos órgãos sociais da cooperativa
- Antonino Silva José foi eleito como Presidente da cooperativa
- Matheus Silva foi eleito como responsável pelo Conselho fiscal
- Maria Joaquina de Jesus foi eleita como vice-presidente
- a ATA foi lavrada, lida, aprovada e assinada por todos os presentes.

31
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM: Administração
COMPONENTE CURRICULAR: Informática Aplicada
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º
PET VOLUME: 1 1º BIMESTRE
ALUNO:
TURMA: TURNO: NOITE
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA: 2 Nº DE AULAS POR BIMESTRE: 20
PET = 60% CARGA HORÁRIA ATIVIDADES COMPLEMENTARES = 40% CH
ATIVIDADES COMPLEMENTARES Nº DE ATIVIDADES: 06

N/º da Atividade Listagem das Atividades complementares

01/06 Café com Informática – Diferenças entre Hardware e Software

02/06 Lista de Exercícios I – Formatação de textos

Palestra – Web Seminário Indústria 4.0 e o Técnico de


03/06
Administração

04/06 Atividade Google Formulário – fixação dos conhecimentos

05/06 Lista de Exercícios II – Elaboração de texto técnico

Seja incrível na Internet – participe de um jogo on-line cheio


06/06 de aventuras que põe em prática as principais lições de
segurança e cidadania digital.

32
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

SUMÁRIO
COMPONENTE CURRICULAR: ...................................................................................... 2
SEMANA 1 E 2 .............................................................................................................. 3
SEMANA 3 E 4: ............................................................................................................. 6
SEMANA 5 E 6 .............................................................................................................. 8
SEMANA 7 E 8 ............................................................................................................ 10
SEMANA 9 E 10 .......................................................................................................... 13
PRÁTICAS................................................................................................................... 18
ATIVIDADES COMPLEMENTARES ........................................................................... 21
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM: ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
ANO DE ESCOLARIDADE:
PET VOLUME: I BIMESTRE 1º
ALUNO:
TURMA: ADMINISTRAÇÃO TURNO: NOITE
MÊS: TOTAL DE SEMANA:
Nº DE AULAS POR SEMANA: 02 Nº DE AULAS POR MÊS:

BOAS VINDAS
Olá Estudante, seja bem-vindo (a)!
Descansou bastante? Está preparado para novos desafios e muito aprendizado? O ano de 2021 promete...
Hoje você inicia mais um ano escolar. E será bem diferente, novos professores, colegas, novos
componentes curriculares, e para muitos uma nova escola.
Enquanto as aulas presenciais não retornam, você irá estudar utilizando diferentes ferramentas e recursos.
O PET – Plano de Estudo Tutorado é uma delas. Ele é um conjunto de atividades organizadas em
componentes curriculares, a novidade é que nesse ano eles serão enviados a cada bimestre. Nele você vai
encontrar atividades dos componentes curriculares.
Ah! Você contará também com a ajuda de seus professores por meio de alguns canais de comunicação
como o APP Conexão 2.0.

EMTI – você poderá acompanhar pelo aplicativo ou pela TV de segunda a quinta-feira aulas que te
ajudarão a resolver as atividades do PET e ampliar seus saberes.
Espero que você esteja disposto a aprender muito.

ORIENTAÇÕES AOS RESPONSÁVEIS


Diante da situação atual mundial causada pela COVID-19, as aulas presenciais estão suspensas.
Entretanto, como incentivo à continuidade das práticas de estudo, preparamos para nossos estudantes um
plano de estudo dividido por bimestre (atividades por semanas e aulas que deverá ser realizado em casa).
Os conceitos principais de cada aula serão apresentados e em seguida o estudante será desafiado a resolver
algumas atividades.
Para respondê-las, ele poderá fazer pesquisas em fontes variadas disponíveis em sua residência e/ou
internet.
É de suma importância que você auxilie seu(s) filho(s) na organização do tempo e no cumprimento das
atividades.
Contamos com a sua valiosa colaboração!
DICA PARA O ALUNO
Para ajudá-lo(a) nesse período conturbado, em que as aulas foram suspensas a fim de evitar a propagação
da COVID-19, preparamos algumas atividades para que você possa dar continuidade ao seu aprendizado.
Seguem algumas dicas para te ajudar:

a) Siga uma rotina; d) Defina um local de estudos;


b) Tenha equilíbrio; e) Conecte com seus colegas;
c) Peça ajuda a sua família, ao professor; f) Use a tecnologia a seu favor.
Contamos com seu esforço e dedicação para continuar aprendendo cada dia mais!
SEMANA 1 E 2

EIXO TEMÁTICO: COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS


TEMA/TÓPICO(S): CONTEXTO DE PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DE TEXTO.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
HABILIDADE(S): IDENTIFICAR AS DIFERENTES LINGUAGENS E SEUS RECURSOS
EXPRESSIVOS COMO ELEMENTOS DE CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE
COMUNICAÇÃO
CONTEÚDOS RELACIONADOS: LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM.
LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.
INTERDISCIPLINARIDADE:
REFERÊNCIAS: FARACO & MOURA, Gramática nova. São Paulo: Ed. Ática.

OLÁ, ESTUDANTE DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO. ESSE MATERIAL AJUDARÁ


VOCÊ A ENTENDER MELHOR SOBRE O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO; E TAMBÉM
DESENVOLVER HABILIDADES DE LEITURA, COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E
PRODUÇÃO DE TEXTOS.

ATIVIDADES

Você deve estar se perguntando por que necessitamos nos comunicar? O que é linguagem? Como comunicação
e linguagem se relacionam? Espero que você perceba que a linguagem e a comunicação permeiam nossa vida
cotidiana. Por meio da linguagem nos relacionamos com o mundo, com as pessoas. Que você reconheça a
importância da linguagem na vida do homem e perceba a comunicação como mecanismo de interação; e
também reconheça a diferença entre língua e fala.

O que é Comunicação:

Comunicação é uma palavra derivada do termo latino "communicare", que significa "partilhar, participar
algo, tornar comum".Através da comunicação, os seres humanos e os animais partilham diferentes
informações entre si, tornando o ato de comunicar uma atividade essencial para a vida em sociedade.

Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital, sendo uma ferramenta de integração,
instrução, de troca mútua e desenvolvimento. O processo de comunicação consiste na transmissão de
informação entre um emissor e um receptor que descodifica (interpreta) uma determinada mensagem.

A mensagem é codificada num sistema de sinais definidos que podem ser gestos, sons, indícios, uma língua
natural (português, inglês, espanhol, etc.), ou outros códigos que possuem um significado (por exemplo, as
cores do semáforo), e transportada até o destinatário através de um canal de comunicação (o meio por onde
circula a mensagem, seja por carta, telefone, comunicado na televisão, etc.).
Os elementos da comunicação são:

.Emissor

.Receptor

.Mensagem

.Código

.Canal

.Referente

.Feedback

1) . A partir do que estudamos até agora, redija um parágrafo expressando o que Linguagem, Língua e Fala
significam para você.

2) Coloque V para afirmações verdadeiras e E para afirmações erradas.

a- ( ) Linguagem é a faculdade que tem o homem de exprimir seus estados mentais por meio do processo
de interação comunicativa.
b- ( ) A linguagem não é exclusiva do homem, uma vez que outros seres podem utilizá-la.
c- ( ) A língua é o mais completo e natural sistema de comunicação.
d- ( ) A língua é estática, isto é, não evolui com o processo de desenvolvimento da comunidade.
e- ( ) As línguas apresentam-se sob as formas oral e escrita.
f- ( ) Quando nos comunicamos por meio de palavras (oral ou escrita), estamos utilizando a linguagem
verbal.
g- ( ) Se fazemos uso de gestos e sinais em nossa comunicação, estamos utilizando a linguagem não
verbal.
h- ( ) Receptor é o falante da mensagem; emissor é o ouvinte da mensagem.
i- ( ) Fala é a utilização individual da língua; é um fenômeno fonético (sons).
j- ( ) A língua está sempre atualizada com novas palavras, por isso move-se rapidamente.
k-( ) A língua é potencial, social e possui código com estrutura própria.
L- ( ) A linguagem verbal é mais rápida e eficaz que a linguagem visual, uma vez que transmite a
mensagem de forma completa e objetiva.
3) Leia o texto abaixo e complete as lacunas a seguir.

“Diariamente, duas horas antes do caminhão da prefeitura, a gerência de um restaurante da cidade deposita
na calçada dezenas de sacos plásticos com restos de sanduíches.”

A mensagem do texto foi transmitida através da linguagem ...................(verbal/não verbal), utilizando um


código estruturado denominado ....................(língua/fala). Por ser um emprego individual da
....................(língua/fala), é uma representação ........................(oral/escrita) da ..................... (língua/fala).

4) Identifique os elementos da comunicação nesta campanha publicitária.

Emissor

Receptor

Mensagem

Código

Canal

Referente
SEMANA 3 E 4

EIXO TEMÁTICO: COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS


TEMA/TÓPICO(S): CONTEXTO DE PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DE TEXTO.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
HABILIDADE(S): IDENTIFICAR AS DIFERENTES LINGUAGENS E SEUS RECURSOS
EXPRESSIVOS COMO ELEMENTOS DE CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE
COMUNICAÇÃO. CONHECER AS DIFERENTES FUNÇÕES DA LINGUAGEM

CONTEÚDOS RELACIONADOS: FUNÇÕES DA LINGUAGEM


LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.

INTERDISCIPLINARIDADE:
REFERÊNCIAS: FARACO & MOURA, Gramática nova. São Paulo: Ed. Ática.

OLÁ, ESTUDANTE DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO. COM ESSE MATERIAL,


ESPERO QUE VOCÊ COMPREENDA QUE , AO EMPREGARMOS A LINGUAGEM, SEJA NO
DISCURSO ESCRITO OU FALADO, DEVEMOS CONSIDERAR OS VÁRIOS MECANISMOS
EXISTENTES PARA SE PRODUZIR UMA MENSAGEM. É IMPORTANTE QUE VOCÊ REFLITA
ACERCA DOS ELEMENTOS NECESSÁRIOS À BOA COMUNICAÇÃO, POIS TRANSMITIR A
MENSAGEM DE FORMA CLARA E OBJETIVA É IMPORTANTE PARA SEU DESEMPENHO
PROFISSIONAL.
ATIVIDADES

Reconheça nos textos a seguir, as funções da linguagem ( Escreva o nome da função completando o
texto).

1) Ocorre quando o referente é posto em destaque, ou seja, o objetivo do emissor é simplesmente o de


informar o seu receptor. A ênfase é dada ao conteúdo, às informações veiculadas pela mensagem. Os
textos desta linguagem são dotados de objetividade, uma vez que procuram traduzir ou retratar a
realidade. Bons exemplos da função são os textos
jornalísticos e científicos.

2) Ocorre quando o receptor é posto em destaque, ou seja, a linguagem se organiza no sentido de


convencer o receptor. Neste tipo de função é comum o emprego de verbos no imperativo e verbos e
pronomes na 2° ou na 3° pessoas. Bons exemplos da função
são os textos de publicidade e propaganda.

3) Ocorre quando o código é posto em destaque, ou seja, usa-se o código linguístico para transmitir aos
receptores reflexões sobre o próprio código linguístico. Bons exemplos da função
são as aulas de línguas, gramáticas e o dicionário.

4) Ocorre quando o emissor é posto em destaque, ou seja, a mensagem está centrada na expressão dos
sentimentos do emissor. É um texto pessoal, subjetivo. É comum o uso de verbos e pronomes em 1°
pessoa e também o uso de pontos de exclamação e interjeições. Bons exemplos da função
são textos líricos.
5) Ocorre quando o canal é posto em destaque. O interesse do emissor ao emitir a mensagem é apenas
testar o canal, o que tem o mesmo valar de um aceno com a mão, com a cabeça ou com os olhos.
Exemplos típicos da função são: "alô", "pronto", "oi", "tudo
bem?" "boa tarde", "sentem-se", etc.

6) Ocorre quando a própria mensagem é posta em destaque, ou seja, chama-se a atenção para o modo
como foi organizada a mensagem. Bons exemplos da função são
textos literários, tanto em prosa quanto em verso.

7) “O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem
rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice,
pelo hábito covarde de acomodação e da complacência.” (O Estado de São Paulo)

8) O verbo infinitivo Ser criado, gerar-se, transformar O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer E se nutrir para poder chorar ... (Vinícius de Morais)

9)"Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá
o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital da
respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca."
(Matoso Câmara Jr.)

10) " - Que coisa, né? - É. Puxa vida! - Ora, droga! - Bolas! - Que troço! - Coisa de louco! - É!"

11) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Light."

12) "Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer
acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo
ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo
ilusão?... Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se
longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível... Quis verme no espelho. Tive preguiça, fiquei
pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes." (Graciliano Ramos)

13) . Elabore uma mensagem onde estejam presentes três das funções da linguagem estudadas.
SEMANA 5 E 6

EIXO TEMÁTICO: COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS


TEMA/TÓPICO(S): CONTEXTO DE PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DE TEXTO.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
HABILIDADE(S): IDENTIFICAR AS DIFERENTES LINGUAGENS E SEUS RECURSOS
EXPRESSIVOS COMO ELEMENTOS DE CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE
COMUNICAÇÃO. RECONHECER A TIPOLOGIA DOS DIVERSOS GÊNEROS TEXTUAIS.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: GÊNEROS E TIPOLOGIA TEXTUAL
LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.

INTERDISCIPLINARIDADE:
REFERÊNCIAS: FARACO & MOURA, Gramática nova. São Paulo: Ed. Ática.

OLÁ, ESTUDANTE DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO. A COMUNICAÇÃO FAZ


PARTE DO NOSSO DIA A DIA, POIS TEMOS NECESSIDADE DE INTERAGIR UNS COM OS
OUTROS, PORTANTO LEMOS, ESCREVEMOS, CONVERSAMOS, CONTAMOS E OUVIMOS
HISTÓRIAS DIARIAMENTE, E MUITAS VEZES NEM PERCEBEMOS QUE TODO ESSE
PROCESSO ENQUADRA-SE EM UM TIPO DE CONSTRUÇÃO TEXTUAL. É PRIMORDIAL QUE
VOCÊ SAIBA CONSTRUIR RELATÓRIOS E NESSES TEXTOS SERÁ NECESSÁRIO
DESCREVER ACONTECIMENTOS E EXPOR, DEFENDER IDEIAS.
ATIVIDADES

Ao contarmos um fato na forma oral ou escrita, estamos simplesmente narrando, assumindo a função de
narrador. Narrar é encadear fatos em uma sequência lógica, as personagens da narração transitam em
um determinado espaço e tempo cronológico. Ao construirmos uma narrativa, devemos considerar que
há diferenciações entre a narrativa oral e a escrita. Em uma narrativa escrita, temos que levar em
consideração que há um código linguístico a ser seguido, ou seja, nossa língua possui formas e regras
estabelecidas.

1) Narre algum acontecimento recente de sua vida, de maneira objetiva, considerando a estrutura de um
texto narrativo.
O texto descritivo tem como característica principal a exatidão da comunicação, pois seu objetivo é
esclarecer, informar, comunicar. Você, como futuro(a) técnico(a) em logística, você utilizará muito essa
tipologia textual na construção de relatórios, por exemplo.

2) Elabore uma descrição (Descrever é representar verbalmente algo ou alguém, a partir de um ponto de
vista. A partir da ótica do emissor/produtor textual é que o leitor/receptor entenderá a mensagem.) a partir
de uma dada situação profissional como futuro(a) técnico(a) em Administração.

3) Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista,
romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um
operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de
Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito
cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na
escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis.

Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de

a- fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor

b- representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida
cotidiana.

c- explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema
seus principais feitos.

d- questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade
familiar em detrimento de seus feitos públicos.

e- apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da


narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva.
SEMANA 7 E 8

EIXO TEMÁTICO: COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS


TEMA/TÓPICO(S): CONTEXTO DE PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DE TEXTO.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
HABILIDADE(S): IDENTIFICAR AS DIFERENTES LINGUAGENS E SEUS RECURSOS
EXPRESSIVOS COMO ELEMENTOS DE CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE
COMUNICAÇÃO. ESTABELECER RELAÇÕES ENTRE AS PARTES DO TEXTO E
RECONHECER ADEQUADAMENTE OS ELEMENTOS E RECURSOS COESIVOS QUE
CONTRIBUEM PARA A COESÃO E COERÊNCIA DO TEXTO.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: COESÃO E COERÊNCIA
LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.

INTERDISCIPLINARIDADE:
REFERÊNCIAS: FARACO & MOURA, Gramática nova. São Paulo: Ed. Ática.

OLÁ, ESTUDANTE DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO. PRODUZIR UM TEXTO COESO


SIGNIFICA ORGANIZAR AS IDEIAS, DE FORMA QUE HAJA CONCORDÂNCIA ENTRE
DIVERSOS ELEMENTOS QUE CONSTITUEM UM TEXTO. ESPERO QUE VOCÊ COMPREENDA
QUE OS MECANISMOS DE COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL SÃO IMPORTANTES, UMA VEZ
QUE AO PRODUZIR TEXTOS DE FORMA CLARA E ORDENADA, EVITA AMBIGUIDADES,
CONSEGUINDO ATINGIR OS OBJETIVOS E ALCANÇANDO SEU LEITOR.
ATIVIDADES

Para atingir o objetivo de passar uma mensagem clara e compreensível, um bom texto deve conter alguns
elementos que facilitem o entendimento do leitor, seguindo uma linha de pensamento que possa ser
acompanhada e entendida.

Elementos importantes na coerência textual:

• Escrever de forma clara, simples, objetiva e concisa;


• Fazer a estruturação da ideia principal e das ideias secundárias;
• Estabelecer uma linha de raciocínio e pensamento lógico;
• Cruzamento de ideias e harmonia entre fatos;
• Propagar a informação importante com ênfase nas partes mais importantes;
• Expor informações suficientes sobre o assunto;
• Mostrar que domina o assunto apresentado;

Devem ser evitados na coerência textual:

• Uso desnecessário de palavras;


• Repetição de termos;
• Ideias redundantes;
• Contradições;
• Existência de fatos isolados;
• Frases muitos longas;
• Frases prontas, clichês, jargões, estrangeirismos;
• Uso de outros recursos que deixem o discurso pobre.

Para que um texto seja entendido de forma correta, é preciso que exista uma coesão harmoniosa entre as
várias partes. Essa conexão é feita por meio de estratégias, havendo assim vários elementos que
contribuem para a coesão textual.

Coesão referencial

Nesse tipo de coesão são usados pronomes e expressões adverbiais para evitar repetição de termos já
citados ao longo do texto.

• Você viu minha prima por aí? Ela disse que vinha hoje.
• Essa bolsa é minha. Onde está a sua?
• Já arrumei todas as minhas malas, menos aquela.

Coesão sequencial

Para a coesão sequencial, são usados conectivos e expressões que dão continuidade aos assuntos ou
fazem ligações entre as orações, criando uma sequência e relação com aquilo que já foi falado, como:
por conseguinte, embora, logo, com o fim de, caso, entre outros.

• Perante aquele problema, não foi fácil tomar uma decisão.


• Isto posto, continuaremos realizando nossa pesquisa.

Coesão lexical

Na coesão lexical são utilizados recursos coesivos que possibilitam a manutenção do assunto sem repetir
palavras.

• Um dos pesquisadores estava próximo de mais uma descoberta. Os investigadores restantes


aguardavam as conclusões.
• A savana estava repleta de leões e leoas. Esses maravilhosos mamíferos selvagens.
• Ainda estou cozinhando o feijão. Quando acabar de fazê-lo, poderemos almoçar.

Conheça os recursos coesivos lexicais

• Sinonímia: uso de sinônimos, como: convencer e persuadir.


• Hiponímia e hiperonímia: utilização de substantivos específicos e genéricos, como: cachorro e
mamífero.
• Repetição: empregar termos repetidos com a finalidade de realçar ou reforçar uma ideia, como:
enormes vontades, enormes esforços, enormes desilusões.
• Nominalização: usar substantivos, verbo, adjetivos relacionados, como: felicidade, feliz e felicitar.
• Substitutos universais: usar termos que substituem outros, como: pronomes, numerais e mesmo
alguns verbos, como: verbo fazer.

Coesão por elipse

Na coesão por elipse é feita a omissão de elementos já mencionados no texto, desde que facilmente
identificáveis.

• Minha irmã está no mercado. Foi comprar arroz e feijão.


• Juliana e Renata são melhores amigas. Querem viajar juntas.
Coesão por substituição

Para a coesão por substituição são usadas palavras que retomam outras já faladas, existindo, entretanto,
uma nova definição desse termo, sem que exista correspondência total ao primeiro termo.

• Meu pai pediu bolo de limão eu pedi um de morango.


• Para a festa, ele comprou um terno novo. Eu vou comprar também.

Outros elementos que contribuem para a coesão textual:

• Uso correto da ordenação das palavras no período;


• Uso correto de desinências nominais (marcas de gênero e número);
• Uso correto de desinências verbais (flexão em número, pessoa, modo e tempo);
• Uso correto da preposição e da conjunção.

ATIVIDADE

1) Retire o ponto final dos fragmentos abaixo e estabeleça entre eles o tipo de relação que lhe parecer
compatível, usando elementos de coesão adequados.

a- O solo do nordeste é muito seco e aparentemente árido. Quando caem as chuvas, imediatamente brota
a vegetação.

b- Uma seca desoladora assolou a região sul, principal celeiro do país. Vai faltar alimento e os preços
vão disparar.

c- O trânsito em São Paulo ficou completamente paralisado dia 15, das 14 às 18 horas. Fortíssimas
chuvas inundaram a cidade.

2) A palavra destaca no trecho abaixo pode ser substituída sem alterar o sentido do texto por:

Ana, como prefere ser chamada, é uma mulher


bonita, inteligente, mas extremamente desastrada.

a- portanto b- contudo c- ou d- porque e-quando

3) Pode-se compreender a função da palavra em destaque do trecho abaixo é:

Maria consegue marcar um horário para entrevistar Osvaldo, o presidente da


associação, 3 anos que ocupa o cargo. Não obstante, ela acaba adoecendo no
dia da entrevista e solicita que Eliane a realize em seu lugar.

a) Dar continuidade ao texto.


b) Refere-se a um elemento fora do texto.
c) Retomar a palavra “entrevista” já dita antes.
d) Dar continuidade ao texto, estabelecendo o sentido de oposição ao que foi dito antes.
e) Retomar a palavra “Maria” já dita antes.
SEMANA 9 E 10

EIXO TEMÁTICO: COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS


TEMA/TÓPICO(S): CONTEXTO DE PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DE TEXTO.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO
HABILIDADE(S): IDENTIFICAR AS DIFERENTES LINGUAGENS E SEUS RECURSOS
EXPRESSIVOS COMO ELEMENTOS DE CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE
COMUNICAÇÃO.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: COESÃO E COERÊNCIA ( CONTINUAÇÃO)
LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.

INTERDISCIPLINARIDADE:
REFERÊNCIAS: FARACO & MOURA, Gramática nova. São Paulo: Ed. Ática.

OLÁ, ESTUDANTE DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO. VOCÊ APRENDEU MUITO ATÉ


AQUI E PODE OBSERVAR QUE É POR MEIO DA LINGUAGEM QUE NOS RELACIONAMOS. NO
PROCESSO DE LEITURA, É IMPORTANTE QUE HAJA INTERAÇÃO ENTRE O EMISSOR E O
RECEPTOR DA MENSAGEM, MEDIADA PELO TEXTO, DE MODO QUE HAJA COMPREENSÃO
E INTERPRETAÇÃO DA MENSAGEM.
ATIVIDADES

Compreensão de texto Interpretação de texto

É o que podemos concluir sobre o


É a análise do que está escrito que está escrito no texto. É o
no texto, a compreensão das modo como interpretamos o
O que é frases e ideias presentes. conteúdo.

A informação está presente no A informação está fora do texto,


Informação texto. mas tem conexão com ele.

Trabalha com a objetividade, Trabalha com a subjetividade,


com as frases e palavras que com o que você entendeu sobre o
Análise estão escritas no texto. texto.
Leia a propaganda e responda à questão 01

01) O texto sugere que:


a- ( ) A solidariedade é indispensável ao ser humano
b- ( ) As ações são mais preciosas do que as palavras
c- ( ) Ser voluntário é dar esperanças
d- ( ) Ajudar o outro gera riqueza interior

Leia o poema para responder as questões 02,03 e 04.

Cidadania é dever
De povo.
Só é cidadão
Quem conquista o seu lugar
Na perseverante luta
Do sonho de uma nação.
É também obrigação:
A de ajudar a construir
A claridão na consciência
De quem merece o poder.
Força gloriosa que faz
Um homem ser para outro homem
caminho do mesmo chão,
Luz solidária e canção.

Thiago de Mello

02) Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma análise adequada do texto.

a- ( ) Cidadania é dever de todos.


b- ( ) Cidadão é aquele que luta por seu espaço.
c- ( ) Todo cidadão exerce cidadania e é solidário.
d- ( ) É obrigação de todo cidadão promover a construção da consciência naquele que governa.
03) Marque a alternativa que apresenta sentido figurado.

a- ( ) “Cidadania é dever do povo”.


b- ( ) “Ser cidadão é obrigação.”
c- ( ) “Luz solidária e canção.”
d- ( ) “Só é cidadão quem conquista o seu lugar.”

04) Na passagem do texto:”...caminho do mesmo chão, luz solidária e canção” o


Termo destacado refere-se a uma palavra que

a- ( ) substitui um nome. b- ( ) nomeia os seres em geral.


c- ( ) indica um estado e uma ação. d- ( ) indica um modo de ser.

Texto I

Menor preço
Sim, às vezes o preço do alimento não revela se este contém maior ou menor fontes de vitamina. Há
produtos de segunda linha que são produzidos em alta escala com a mesma matéria-prima, só muda a
marca.
Vagner Pontin

Texto II
Saudáveis

O aumento mundial do preço dos alimentos tem diversos efeitos negativos que vão além do impacto
direto na renda de cada família. A saída natural é consumir frutas, verduras e legumes da estação, uma
vez que, além de mais baratos, servem para variar o cardápio sem perda qualitativa de nutrientes. Quem
não se enquadrar a essa nova realidade paga mais caro e nem sempre tem a garantia de ter um
produto saudável.
Walmir da Hora
A GAZETA Vitória (ES), segunda-feira, 14 de fev de 2011, p.2. (com adaptações)

05) A partir da leitura dos textos, é possível afirmar que

a- no Texto II, há um incentivo ao consumo de alimentos saudáveis produzidos em cada estação.


b- no Texto II, os alimentos saudáveis são considerados caros e sem garantia de serem nutritivos.
c- nos Textos I e II, encontram-se opiniões divergentes sobre os preços de cada alimento.
d- nos Textos I e II, os altos preços dos alimentos são definidos por suas respectivas marcas.
A charge é um tipo de ilustração que geralmente apresenta um discurso humorístico e está presente em
revistas e principalmente jornais. Trata-se de desenhos elaborados por cartunistas que captam de maneira
perspicaz as diversas situações do cotidiano, transpondo para o desenho algum tipo de crítica, geralmente
permeada por fina ironia. Mas o que tem a charge a ver com a linguagem? A resposta para essa pergunta
é: Tudo! A charge não se resume a uma imagem, engana-se quem acha que ela nada mais é do que uma
piada gráfica. Não é por acaso que elas são normalmente publicadas em meio a artigos de opinião e
cartas de leitores. A charge constitui um gênero textual interessante, que combina a linguagem verbal e
a não verbal, e pode indicar opiniões e juízos de valores por parte de quem enuncia (o chargista).
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/charges.htm

06) O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à

a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que
pretende veicular.

b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.

c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da
população rica.

d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.

e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família.
07) Importante destacar que geralmente, nas charges, são representados fatos ocorridos numa
determinada época, num dado contexto econômico, cultural e social. O conhecimento desses fatores é
fundamental para a compreensão de uma charge.

http://folharibeiraopires.com.br/detalhes_charge.php?q=28618

A charge acima satiriza uma situação muito comum em tempos de pandemia de coronavírus, que é:

a- tomar cuidados excessivos para se proteger do coronavírus.


b- adotar medidas de combate à dengue.
c- pessoas usarem máscaras para se protegerem do novo coronavírus.
d- preocupar-se com medidas de prevenção contra o covid-19 e esquecer-se do combate às outras
doenças

08) O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. Sobre a charge, é correto afirmar que:

a- A linguagem verbal é o elemento principal para o entendimento da charge.


b- O uso da linguagem verbal não faz diferença para a compreensão da charge.
c- O uso simultâneo das linguagens verbal e não verbal colabora para o entendimento da charge.
d- As imagens utilizadas pelo autor não influenciam na compreensão da charge.
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
SIMULAÇÃO DE PRÁTICAS
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM: ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
ANO DE ESCOLARIDADE: 1° Módulo – 2021
PET VOLUME: 1 - 1 º BIMESTRE
ALUNO:
TURMA: TURNO: NOITE
MÊS: TOTAL DE SEMANA:
Nº DE AULAS POR SEMANA: 02 Nº DE PRÁTICAS POR BIMESTRE: 02

PRÁTICA 01

Período Data:
GÊNERO LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
(ASSUNTO)

IDENTIFICAR AS DIFERENTES LINGUAGENS E SEUS RECURSOS


EXPRESSIVOS COMO ELEMENTOS DE CARACTERIZAÇÃO DOS
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO. ESTABELECER RELAÇÕES ENTRE
Objetivo
AS PARTES DO TEXTO E RECONHECER ADEQUADAMENTE OS
ELEMENTOS E RECURSOS COESIVOS QUE CONTRIBUEM PARA A
COESÃO E COERÊNCIA DO TEXTO.
.LER E COMPREENDER GÊNEROS DISCURSIVOS DIVERSOS.
Habilidades CONHECER E USAR ESTRATÉGIAS DE LEITURA ADEQUADAMENTE.
IDENTIFICAR A AMBIGUIDADE NAS FRASES APRESENTADAS.
LÍNGUA PORTUGUESA - DIVERSAS FORMAS DE TEXTOS
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ridade

RODRIGUES, Flávio Luís Freire. Leitura e produção de texto em língua portuguesa


Referências VII: Letras/ Flávio Luís Freire Rodrigues. – São Paulo:Pearson Education do Brasil,
2009.
PRÁTICA 01
Atividade 1
EXEMPLO I

Imagem disponível em http://japinhad.blogspot.com/2011/05/ambiguidade.html

A família é muda ou está de mudança?

EXEMPLO II

Disponível em http://webfoliosupimpa.blogspot.com/2010/06/propaganda-com-ambiguidade.html

O serviço é tão bom que não houve reclamação? Como os clientes retornariam para reclamar?

EXEMPLO III

Disponível em http://japinhad.blogspot.com/2011/05/ambiguidade.html

Fezes de quem: do dono ou do cão?


Exemplo IV

Disponível em http://www.analisedetextos.com.br/2010/09/ambiguidade-nas-tirinhas-de-hagar-o.html

Atividade 2
Explique o porquê dessas frases não serem claras ou permitirem mais de uma interpretação.

Atividade 3
Faça a correção das frases evitando a ambiguidade.
Exemplo I –
Exemplo II -
Exemplo III -
Exemplo IV -

Atividade 4
Identifique a ambiguidade presente em cada frase abaixo.
a) O juiz declarou ter julgado o réu errado.
b) Comprei o retrato do menino.
c) Comprou o carro rápido.
d) Tenho um trabalho para entregar ao professor, que me deixa preocupado.
e) Há um ano comprei uma casa com um vistoso portão, que venderei agora.
f) Trata-se sobre um estudo sobre Machado de Assis, cuja leitura recomendo.
g) Falo de Pedro, filho de nosso vizinho, que você conhece.
h) Comi um churrasco num restaurante que era gostoso.
i) O pai proibiu o filho de sair em sua motocicleta.
j) Não gostei da pintura de minha irmã.
k) Foi observado o acidente da ponte.
l) Campanha contra a violência do Governo do Estado entra em nova fase
m) A professora deixou a turma entusiasmada.
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO DE ARRUDA PINTO
CURSO TÉCNICO EM: ADMINISTRAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: Português Instrumental
ANO DE ESCOLARIDADE: 1° módulo - 2021
PET VOLUME: 1- 1 º BIMESTRE
ALUNO:
TURMA: TURNO: NOITE
MÊS: TOTAL DE SEMANA: 10
Nº DE AULAS POR SEMANA: Nº DE AUALS POR BIMESTRE : 20
PET = 60% CARGA HORÁRIA – ATIVIDADES COMPLEMENTARES = 40% CH
12 aulas 08 aulas
ATIVIDADES COMPLEMENTARES Nº DE ATIVIDADES: 08

N/º da Atividade Listagem das Atividades complementares

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01/08
LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA
LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
02/08 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

03/08 PRODUÇÃO TEXTUAL


PROCESSO DA COMUNICAÇÃO
ATIVIDADE GOOGLE FORMULÁRIO
04/08 FUNÇÕES DA LINGUAGEM

EXERCÍCIOS DE REVISÃO
05/08
MODALIDADES ORAL E ESCRITA DA LÍNGUA

EXERCÍCIO DE REVISÃO E FIXAÇÃO


06/08
AMBIGUIDADE E CONSTRUÇÃO DE SENTIDO NOS
TEXTOS

07/08 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO


COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL

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08/08
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL

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