Relatorio Pibic FINAL 2020 2021
Relatorio Pibic FINAL 2020 2021
Relatorio Pibic FINAL 2020 2021
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título do Projeto de Pesquisa: Rede para o Fortalecimento e Inovação Estratégica de Cadeia Produtiva de
Extratos e Óleos da Amazônia Paraense aplicada a Fitoterápicos e Cosméticos- REFITAM.
Tipo de Bolsa:
( x ) PIBIC/CNPq
( ) PIBIC/CNPq-AF
( ) PIBITI
( ) PIBIC/UFPA
( ) PIBIC/UFPA-AF
( ) PIBIC/UFPA-INTERIOR
( ) PIBIC/UFPA-EBTT
( ) PIBIC/UFPA-PcD
( ) PIBIC PRODOUTOR
( ) PIBIC PRODOUTOR RENOVAÇÃO
( ) PIVIC
( ) FAPESPA
( ) PIBIC-EM
1. INTRODUÇÃO:
O Brasil é detentor de uma biodiversidade rica, evidenciada pela quantidade e qualidade dos biomas que o
pertencem. Poder estudar o poder farmacológico das diversas espécies medicinais que fazem diferença na
vida de tantas pessoas, é de um grande valor, e não há como negar a evolução pessoal e profissional no
decorrer das pesquisas, mesmo diante das dificuldades. Os seres humanos sempre utilizaram de recursos
naturais para sobreviver, seja para alimentação, ou para construir moradias. Aproximadamente 40% dos
medicamentos terapêuticos foram elaborados a partir de diversas fontes naturais, entre elas, 25% foram de
plantas (ONILUD et al., 2020). Nos dias atuais os avanços na tecnologia propiciaram isolar determinadas
substâncias utilizadas pela população como medicinais.
A espécie do presente estudo, Chrysobalanus icaco, pertence à família Chrysobalanacaceae e é relativo a
17 gêneros e 525 espécies de arbusto distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais de todo mundo,
onde várias espécies têm fruto comestível, mas a madeira é pouco utilizada por conta do alto teor de sílica
(FEITOSA et al., 2012). No uso popular, as folhas, raízes e cascas de C. icaco são utilizadas para tratar
diversos problemas de saúde como diabetes, diarreia, inflamação, infecção bacteriana, câncer e Aids.
Nesse estudo a ênfase é para a atividade hipoglicemiante (ONILUD et al., 2020).
Cerca de 80% da população brasileira depende de métodos tradicionais de terapêutica como fonte
primária de saúde, com o uso de preparações a partir de plantas medicinais em virtude da sua diversidade.
Com isso, a fitoterapia é considerada uma das principais alternativas viáveis para a promoção, prevenção
e recuperação da saúde para a população.
2. OBJETIVOS:
3. METODOLOGIA:
O material vegetal fresco foi coletado em Marudanópolis, município de Marapanim–Pa. As informações
sobre o uso e sua atividade hipoglicemiante (BARBOSA et al., 2012, p. 540-542) foram obtidas por meio
de levantamento bibliográfico e com base nos dados levantados, houve a preparação da planta fresca para
produzir o extrato aquoso.O material vegetal foi processado no Laboratório de Processamento de Material
Vegetal na Faculdade de Farmácia. A pré-limpeza consistiu no desfolhamento e seleção de folhas e talos
velhos ou com deficiência, em seguida, após separar as melhores folhas para o uso, elas foram lavadas em
água corrente e, posteriormente, houve a desinfecção desse material com gases estéreis e solução
hidroetílica a 70°. A partir disso, as folhas de C. icaco foram submetidas à secagem por cinco dias à
temperatura ambiente em bancadas limpas e revestidas com papel absorvente. O processo de secagem foi
finalizado em estufa com circulação forçada de ar quente (40°± 2). Concluída a secagem, as folhas foram
levadas ao moinho de facas e martelo (Tigre), foram trituradas e acondicionadas ao abrigo de luz e
umidade (FARMACOPEIA BRASILEIRA VI, 2019).
Para a obtenção e padronização do extrato aquoso de Chrysobalanus icaco, com a planta pulverizada, de
acordo com a Farmacopeia Brasileira V (2010), foi feito a percolação, com água destilada no percolador
inox. Adquirindo o Extrato Aquoso (EA) de C.icaco para, em seguida, seguir com a evaporação da água
no evaporador rotativo. Foi separado 500 mL de EA para levar ao aparelho e à estufa, respectivamente,
obtendo o Extrato Seco (ES). Seguiu- se com as atividades a serem feitas no ES, primeiro obteve-se os
resultados da abordagem fitoquímica feita segundo o Manual para Análise Fitoquímica e Cromatográfica
de Extratos Vegetais (BARBOSA et al., 2014). Posteriormente, o fracionamento foi feito com 2 g de
EAB submetido à partição sólido-líquido com solventes de polaridades crescentes, Hexano, Clorofórmio,
Acetado de etila e Metanol, respectivamente. Os solventes foram adicionados ao extrato em alíquotas de
10 mL e levados ao ultrassom para acelerar a dissolução das substâncias. Foram 27 alíquotas de 10 mL,
distribuídas em 4 de Hexano, 4 de Clorofórmio, 11 de Acetato de Etila e 8 de Metanol.
A caracterização Físico-química do pó das folhas de Chrysobalanus icaco L., foi feita de acordo com a
Farmacopeia Brasileira VI edição de 2019. A porcentagem ponderal foi avaliada utilizando a equação:
% perda = Pu – Ps x 100
Pa
Na obtenção do teor de umidade, 2g do pó foi colocado em uma balança para a análise de umidade com
lâmpada de halogênio a uma temperatura de 105°C por um tempo de 15 minutos. A balança determinou o
valor exato de percentual da perda de umidade (FARMACOPEIA BRASILEIRA VI, 2019)
A caracterização físico-química do extrato também foi efetuada de acordo com a Farmacopeia VI, 2019.
Na determinação do Ph, utilizou-se um potenciômetro devidamente calibrado com soluções tampão pH
4,0 e 7,0 (FARMACOPEIA BRASILEIRA VI, 2019).
A determinação do teor de sólidos foi realizada em balança por infravermelho. Pesou-se 2g de amostra
em balança analítica e distribuída uniformemente no coletor de alumínio contido dentro da balança. As
amostras foram submetidas à temperatura de 105°C por 15 min (FARMACOPEIA BRASILEIRA VI,
2019). Utilizou-se a equação: Ts = 100 – Tu, em que Tu equivale ao teor de umidade.
A densidade aparente do extrato foi feita pelo método do picnômetro pela equação: d (g/cm³) = m a - mv
v
em que ma = massa do picnômetro + massa da amostra;
mv = massa do picnômetro vazio;
v = volume do picnômetro em cm³
Um picnômetro com capacidade de 25 mL foi previamente tarado, preenchido com água recém-destilada
e fervida (líquido padrão) e pesado. Em seguida, preencheu-se o picnômetro com a amostra de extrato e
pesou-se (FARMACOPEIA BRASILEIRA VI, 2019).
em que:
V = volume em mL da solução de NaOH 0,1M gasto na titulação;
F = fator da solução de NaOH 0,1M que equivale a 0,91;
p = massa da amostra em gramas usada na titulação que foi de 5 g;
c = correção para a solução de NaOH a 0,1M, equivalente a 10.
4. RESULTADOS:
O extrato seco de Chrysobalanus icaco L. obteve um rendimento, a partir de 500 mL de extrato aquoso,
de 7g.
A tabela 1 apresenta o resultado dos testes fitoquímicos realizados no extrato concentrado de
Crysobalanus icacu,os metabólitos secundários encontrados estão de acordo com Heitor Araújo-Filho et
al (2008, p. 3055, apud Castilho e Kaplan 2008) são eles saponinas, flavonóides, taninos e alcalóides,
com exceção de esteróides e triterpenóides, ainda obteve-se resultado positivo para ácidos orgânicos,
açúcares redutores, fenóis, catequinas, depsídeos e depsidonas. Em relação aos flavonóides por classes os
resultados foram positivos para antocianinas e antocianidinas (pH 11) feito com KOH a 5% e HCL a
10%, flavonas, flavonóis e xantonas foi positivo (pH 11), KOH 5%, leucoantocianidinas, catequinas e
flavononas foram negativo e flavononóis, flavononas, flavanonóis e xantonas, resultado positivo.
Sobre o fracionamento obteve-se o rendimento apenas da fração hexanica e de clorofórmio, com
rendimentos respectivamente de 0,15 mg e 0,02 mg.
Tabela 1: Resultado da Prospecção Fitoquímica
CLASSES DE EAS
METABÓLITOS
SAPONINAS +
ÁCIDOS ORGÂNICOS +
AÇÚCARES +
REDUTORES
POLISSACARIDEOS -
PROTEÍNAS E -
AMINOÁCIDOS
FENÓIS E TANINOS +
FLAVONÓIDES GERAL +
POR CLASSES:
ANTOCIANINAS E +
ANTOCIANIDINAS
FLAVONAS, +
FLAVONÓIS E
XANTONAS -
CHALCONAS E
AURONAS
FLAVANONAS, +
FLAVANONÓIS E
XANTONAS
GLICOSÍDEOS -
CARDÍACOS
CATEQUINAS +
LACTONAS
ESTEROÍDES E -
TRITERPENOIDES
AZULENOS -
CAROTENOÍDES
DEPSÍDEOS E +
DEPSIDONAS
DERIVADOS DE -
CUMARINA
ANTRAQUINONAS -
ALCALÓIDES +
PURINAS -
Característica Físico-química do pó
A classificação por tamis, de acordo com a Farmacopeia VI de 2019 indica que o pó é moderadamente
grosso. Os resultados foram expressos a partir das médias das triplicatas.
Os resultados dos testes de teor de umidade em balança com infra vermelho estão na tabela 3. A balança
determinou o valor exato do percentual da perda de umidade.
Os resultados das três determinações foram avaliados em termos de porcentagem ponderal. Os valores
estão descritos na tabela 4.
Determinação do pH
O pH do extrato aquoso bruto de C. icaco L., apresentou- se ácido de acordo com os resultados
apresentados na tabela 6.
O resultado foi calculado pelo quociente entre a massa da amostra do líquido padrão em um volume fixo
Os resultados da densidade estão na tabela 7.
5. PERSPECTIVAS:
Após a graduação pretendo entrar na residência, ou mercado de trabalho, de acordo com minhas
necessidades e oportunidades. Assim como tenho grande interesse na pós graduação na UFPA.
6. DIFICULDADES:
O principal fator negativo que interferiu na execução desse trabalho foi a pandemia da Covid-19. O
projeto ficou parado por vários meses, pois o doutorando que elaborou esse plano de trabalho, e quem eu
trabalhava em conjunto, precisou se afastar em detrimento de sua situação de saúde, pois ficou na UTI
vítima do coronavírus.
7. CONCLUSÕES:
O estudo da espécie nesse projeto não permitiu concluir sua descrição farmacobotânica, bem como a
análise fitoquímica completa. A literatura demonstra a presença de miricetina, rutina, quercetina e
flavonoides (polifenóis) (BARBOSA et al. 2006). No entanto, a prospecção fitoquímca propiciou
resultados que são comprovados em literatura sobre os principais metabólitos secundários encontrados na
espécie estudada.
8. BIBLIOGRAFIA:
PARECER DO ORIENTADOR:
DATA: ______/_________/________