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APOSTILA

As 3 frases resumem o documento da seguinte forma: 1) O documento discute a psicogênese da língua escrita e as hipóteses pré-silábicas das crianças no processo de alfabetização. 2) São sugeridas atividades para superar as hipóteses pré-silábicas 1 e 2, como análise de rótulos, lista de situações que requerem leitura e escrita, e comparação de palavras grandes e pequenas. 3) A compreensão das hipóteses construí
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APOSTILA

As 3 frases resumem o documento da seguinte forma: 1) O documento discute a psicogênese da língua escrita e as hipóteses pré-silábicas das crianças no processo de alfabetização. 2) São sugeridas atividades para superar as hipóteses pré-silábicas 1 e 2, como análise de rótulos, lista de situações que requerem leitura e escrita, e comparação de palavras grandes e pequenas. 3) A compreensão das hipóteses construí
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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER/SMECEL

Formação de Professores Alfabetizadores

Equipe CBAC
EDNEIA DOMINGAS DE MIRANDA
ELIANA NUNES J OHARA
SILAMARA C. LOPES FEITOSA
IVÂNIA PEREIRA MIDON DE SOUZA

25 e 26 de Agosto de 2016
Local: Anexo I da SMECEL
Várzea Grande
Psicogênese da língua escrita

O termo psicogênese pode ser compreendido como origem, gênese ou história da aquisição de
conhecimentos e funções psicológicas de cada pessoa, processo que ocorre ao longo de todo o
desenvolvimento, desde os anos iniciais da infância, e aplica-se a qualquer objeto ou campo de
conhecimento. No campo da aquisição da escrita, esta concepção se associa aos estudos psicogenéticos
de Emília Ferreiro, Ana Teberosky e vários colaboradores, originalmente divulgados em países de língua
espanhola, na década de 1970, com forte impacto no Brasil, a partir da década seguinte, sobretudo na
Educação Infantil e nos anos iniciais destinados à alfabetização.
De acordo com este referencial, a apropriação da escrita se apoia em hipóteses do aprendiz, baseadas em
conhecimentos prévios, assimilações e generalizações, dependendo de suas interações sociais e dos
usos e funções da escrita e da leitura em seu contexto cultural. Tais hipóteses oferecem informações
relevantes sobre níveis ou etapas psicogenéticas no processo de alfabetização e podem se manifestar
tanto em crianças como em adulto. Algumas implicações pedagógicas da perspectiva psicogenética
merecem destaque, sobretudo em contextos de alfabetização: 1) os progressos psicogenéticos na escrita
são diferentes para cada aluno, pois não dependem apenas de experiências escolares; 2) a complexidade
e o dinamismo desses processos são incompatíveis com a avaliação da ‘prontidão’ dos alunos ou a
constituição de turmas homogêneas com alunos idealizados; 3) as hipóteses sobre a língua escrita
expressam erros construtivos dos alunos – e o conhecimento dessas hipóteses propicia aos professores
mediações oportunas e planejamento de atividades direcionadas a avanços na aquisição da língua escrita.
ATIVIDADES DE SUPERAÇÃO DE HIPÓTESES

HIPÓTESE PRÉ- SILÁBICA1:

-As crianças da hipótese pré-silábica 1 precisam compreender:

 a função da escrita em nossas vidas/motivação para aprendizagem da escrita;


 a relação entre a fala e a escrita;
 que escrevemos com letras e não com desenhos;

-Sugestão de atividades:

 Contar a história da escrita com imagens seriadas (a culminância da história é a apresentação do alfabeto)
 Confecção coletiva de alfabeto ilustrado com temas e imagens escolhidas pelas crianças.
 Leitura de textos de vários gêneros em que estejam presentes imagens e palavras (histórias infantis, rótulos,
cartazes, gibis, músicas) evidenciando que as imagens nos ajudam a compreender a mensagem, mas lemos as
letras).
 Leitura de placas de uso social
 Construção de textos coletivos (professor como escriba) para a compreensão de que tudo que pensamos e
falamos pode ser escrito com letras.
 Confecção de crachás com os nomes das crianças com a foto ao lado;

-Principais perguntas de intervenção para hipótese pré-silábica 1:

 Por que precisamos aprender a ler e escrever? Onde encontramos a leitura e a escrita em nossas vidas?
 Escrevemos com letras ou desenhos? Onde está escrito o nome do produto nesse rótulo?
 Onde estão as imagens nesse texto e as palavras? As palavras estão escritas com letras ou desenhos?

Atividade 1
Leia a tirinha e pergunte às crianças: Onde estão imagens? Onde está escrita a fala do Cebolinha?As palavras do
Cebolinha estão desenhadas ou escritas com letras?
Atividade 2 : Análise de rótulos para diferenciação entre desenhos e letras

Vocês sabem o que são rótulos? Para que servem os rótulos dos
alimentos?
Observe as embalagens desses alimentos.. Que produtos são
esses?
Como podemos ler o nome dos produtos? Onde está escrito o
nome dos produtos? Onde pode estar escrito a palavra Doritos?
Qual o sabor? Como você sbe que é de queijo? Onde pode estar
escrito a palavra queijo?

Como você sabe que é batata frita? Onde está o desenho da


batata? Onde pode estar escrita a palavra Batata? A palavra
batata não está escrita. Apenas com as imagens não temos
certeza do que está escrito. Para saber com certeza o que está
escrito temos que ler as letras. E pra ler as letras o que
precisamos aprender? (apresentar o alfabeto em seguida).

Atividade 3 Escrita da fala das crianças sobre o desenho para compreensão de que tudo que pensamos e falamos
pode ser escrito em forma de letras, palavras, frases e textos.
Você sabia que quando o homem não sabia que na época
em que os homens ainda moravam nas cavernas eles já
sentiam a necessidade de registrar o que aprendiam
observando a natureza? Eles faziam isso desenhando na
parede das cavernas. O que você acha que eles dizer com
esses desenhos? ( Registrar a fala das crianças na lousa)

Concluir dizendo que apenas com desenhos não podemos


ter certeza da mensagem que se quer transmitir e que
para todas as pessoas entenderem o que queremos dizer
precisamos escrever com letras.

Atividade 4: Desenhos ou letras?


Atividade 5: Comparação do valor das imagens e das palavras na
interlocução textual
No texto “A história da escrita” (anexo) aprendemos que com as letras
do alfabeto podemos escrever tudo que pensamos e falamos. Vamos
fazer uma lista de situações em que precisamos da leitura e da escrita.(
Escreva na lousa o que as crianças vão ditando). Em seguida monte com
as crianças um painel com desenhos ou figuras de revistas que
representem situações em que precisamos da escrita. Ao final faça uma
exposição dos painéis comparando as imagens com a lista escrita.
Questões problematizadoras: Os dois cartazes mostram o mesmo
assunto? Qual é o assunto apresentado na lista escrita e nos desenhos
Se uma pessoa entrasse na sala e observasse os dois cartazes, qual
deles seria mais fácil para compreender o assunto? Por quê?
HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA 2

Características: - Não estabelecem relação entre a fala e a escrita, de modo que durante a leitura não marcam as
letras correspondentes às sílabas, apenas correndo o dedo sobre as letras como se estivesse lendo a palavra; se
ainda não lhes foi apresentada a função social dos números e das letras poderão misturá-los durante a escrita de
palavras; repertório de letras restrito ao próprio nome.

As crianças da hipótese pré-silábica 2 precisam compreender:

 Que algumas palavras são pequenas porque abrimos a boca poucas vezes e outras têm muitas letras porque
abrimos a boca mais vezes. (Superar o realismo nominal)
 Que os números servem para quantificar e as letras para registrar nomes e ideias.
 Que existem outras letras além daquelas que utiliza para escrever seu nome.

Sugestão de atividades:
 Atividades de comparação de palavras grandes e pequenas, para que se possa compreender que a
quantidade de sílabas das palavras depende da extensão da fala;
 Comparação da extensão dos nomes das crianças batendo palmas observando os crachás;
 Leitura das palavras, na lousa, imediatamente após sua escrita, circulando as sílabas;
 Memorização do alfabeto com bingos, jogos de memória, quebra-cabeças, músicas, escritas na lousa e no
caderno da sequencia alfabética,completando com as letras que faltam, confecção coletiva de alfabeto
ilustrado.

-Principais perguntas de intervenção:


 Qual palavra tem mais letras?
 Quantas vezes abrimos a boca pra falar esta palavra? Em qual palavra abrimos a boca mais vezes?
 Por que esta palavra se escreve com muitas letras e esta outra com poucas letras?

Informações sobre o alfabeto ilustrado: Para a apresentação do alfabeto é recomendável que se confeccione o
alfabeto ilustrado contendo a imagem e a palavra, de modo que as crianças pré-silábicas possam confirmar a
hipótese de que os desenhos tem seus nomes escritos com letras distintas, além de poderem comparar as escritas
das palavras quanto aos seus tamanhos ou quantidades de letras. Já as crianças silábicas podem refletir sobre a as
letras que se repetem nas palavras avançando para a compreensão sonora ou consciência fonêmica. A figura acima
da palavra é o que dá aos alunos a significação do que está escrito. Ao observar que existem palavras grande e
pequenas e que nestas palavras algumas letras se repetem, passam a se questionar, por que isso acontece. Quando
encontram as respostas para estas questões, avançam de hipótese. Além disso, as figuras são importantes no
alfabeto ilustrado porque servem de referencial das letras auxiliando na sua memorização. É importante que a letra
que se quer ressaltar esteja diferenciada dentro das palavras para que as crianças possam compreender a função das
letras na escrita. Para que entrem em contato com os vários tipos de letras presentes em nosso cotidiano o alfabeto
deve conter as letras de imprensa e cursiva, maiúscula e minúscula.
Atividade1 Leitura diária do alfabeto ilustrado.
Atividade 2: Ditado de letras aleatórias, pedindo que as crianças as encontrem pela ordem alfabética oral. O objetivo
inicial é que a criança memorize a sequência alfabética oralmente, pois mesmo que a criança não reconheça os
grafemas poderá buscar as letras solicitadas contando a ordem alfabética.
Atividade 3- Escrita das letras na lousa conforme as crianças vão ditando, em imprensa maiúscula, depois minúscula,
em seguida cursiva maiúscula e minúscula. Traçar as letras enquanto as crianças ditam é importante para que
observem os movimentos da escrita das letras.
Importante!!! Antes de iniciar as escritas dos vários tipos de letras devemos mostrar diversos portadores de textos
em que esses tipos de letras estão presentes em nosso cotidiano, como revistas, jornais, folhetos, documentos de
identificação, cartas, bilhetes entre outros.
Atividade 4- Colocar o nome das crianças em ordem alfabética (vídeo)
Atividade 5- Mostrar figuras do alfabeto ilustrado e pedir que as crianças mostrem a letra e digam seu nome. Depois
montar a sequência alfabética com o alfabeto móvel.
Atividade 6- Completar as letras que faltam no alfabeto.
Atividade7- Escrever em dupla o alfabeto de três em três letras.
Atividade 8- Formar figuras escrevendo a ordem alfabética.
Atividade 9- Construção das letras do alfabeto em argila.
Atividades para controle do número de letras (percepção silábica)

Atividade 10-Fale o nome das figuras e


pinte a quantidade de quadrinhos
correspondentes ao número de vezes
que abriu a boca.

Atividade 11-Com ajuda de sua professora fale o nome das personagens da turma da Mônica, conte quantas letras
tem cada nome e depois quantas vezes abriu a boca circulando os pedacinhos.

Perguntas problematizadoras: Quantas vezes Imagem Palavra Quantas Quantas


abrimos a boca para falar o nome de cada sílabas
letras
personagem?
Por que o nome do Cebolinha tem mais letras que
dos outros? CEBOLINHA
Voltar ao alfabeto ilustrado e pedir que as crianças
escolham uma palavra grande e outra pequena. MÔNICA
Escreva-as no quadro e depois as compare batendo
palmas de acordo com o número de sílabas que vão
BIDU
sendo pronunciadas.

Atividade 12: Pronuncie o nome das figuras


contando com os dedos ou batendo palmas cada vez
que você abrir a boca, depois escreva ao lado
quantos pedaços tem a palavra.
HIPÓTESE SILÁBICA SEM VALOR SONORO

Características de escrita: As crianças nesta fase antecipam a quantidade de letras que devem escrever de acordo
com a quantidade de sílabas que articulam oralmente, porém não reconhecem o fonema correspondente ao
grafema.

As crianças na hipótese silábica sem valor sonoro precisam compreender que:

 cada letra ou grupo de letras tem um valor sonoro;


 quando lemos devemos falar o som das letras e não os seus nomes;
 como escolher a letra certa para escrever as palavras conforme vão percebendo os sons que emitem
durante a fala.
 Não existe sílaba ou palavras sem vogais.
 Algumas letras podem ter vários sons dependendo de sua posição dentro da palavra.
 Algumas letras podem se associar para formar um único som
 Que os sons das letras depende da posição da língua, dos lábios e dos dentes e do vibrar das cordas vocais.

Sugestão de atividades:

 Leia o alfabeto diariamente mostrando que as letras têm um nome e um som, e que quando lemos uma
palavra falamos os sons das letras e não seus nomes. Escolha palavras que tenham as mesmas iniciais e
pronuncie pausadamente os sons de cada letra da sílaba inicial.

 Mostre que toda vez que nossa língua sobe e fica atrás dos dentes ao falarmos LA-LE-LI-LO ou LU
escolhemos a letra ‘‘L’’ antes da vogal. Esse procedimento deverá se repetir com todas as letras do alfabeto.
O objetivo é ensinar o aluno a buscar a letra pelo som e não apenas pela memorização.

 Atividades envolvendo leitura e identificação de rimas (palavras terminadas com a mesma sílaba) e
aliterações (palavras iniciadas com a mesma sílaba ou letra) são importantes nessa fase, porque induzem à
compreensão da permanência da letra ou grupo de letras da escrita de palavras com o mesmo som.

 Atividades de escrita de palavras com o mesmo som inicial envolvendo a primeira letra e a primeira sílaba,
coletivamente na lousa, partindo da pronúncia dos sons semelhantes são importantes. Nessa fase, os
professores precisam perguntar aos alunos, por quê escolhemos as mesmas letras para iniciar a escrita das
palavras compostas na atividade anterior.

 Compor palavras coletivamente (no quadro) a partir de pronúncias dos fones constituintes das sílabas (o
professor vai pronunciando os sons das letras que compõem as sílabas e as crianças vão dizendo as letras
correspondes), dentre outras atividades que evidenciem a pauta sonora da fala.

Principais perguntas de intervenção:

 Por que essas palavras começam com a mesma letra? Por que essas palavras terminam com as mesmas
letras?
 Quando ouvimos o mesmo som em palavras diferentes usamos letras iguais ou diferentes?
 Qual letra escolhemos quando ouvimos o som ...?

Atividade 1: Apresentar o alfabeto das


boquinhas (anexo) pedindo que as crianças
observem a posição dos dentes , lábios e
língua das boquinhas. Informar que
escolhemos as letras pelo seu som,
observando como fica a boca em cada
pedacinho da palavra falada.

Atividade 2: Fazer o som das letras e pedir


que as crianças identifiquem o grafema
correspondente.

Atividade 3: Mostrar as letras e pedir que as


crianças façam seus sons.

Atividade 4: Após a realização em dupla da atividade abaixo pedir que as crianças comparem a escrita
espontânea de seu nome com o seu crachá, observando se faltaram letras e quantas vogais tem em seu nome.
Em seguida compare o seu nome com o de seu colega observando quantas vogais tem em seus nomes e se tem
vogais iguais? Perguntar por que eles acham que as vogais se repetem nesses nomes.

Atividade 5 Formar palavras com vogais e evidenciar as vogais na formação de palavras.


Atividade 6 Atividades de percepção sonora ou consciência fonológica,sons iniciais e finais.
HIPÓTESE SILÁBICA COM VALOR SONORO

Características:
• Usa uma letra para cada vez que pronuncia uma sílaba, relacionando letra a fonema (som);
• No caso do Jean ele usa de letras “Sobrantes” (no final da palavra) e “Almofadas” (no meio da
palavra);

• Gabriel é vocálico, iniciou sua alfabetização a partir das vogais;

• Júlia é consonantal, iniciou sua alfabetização a partir das consoantes.

A criança se preocupa em colocar não só uma letra para cada sílaba da palavra, mas também
letras que correspondem a sons contidos nas sílabas orais

O que precisa saber:

Precisa saber que não sai apenas uma letra de sua boca ao pronunciar as sílabas das palavras.
Precisa construir as sílabas pelos sons na ordem em que estes vão saindo da boca e compreender que as
sílabas podem ser compostas com CV (consoante/vogal), VC, CCV, CCVC, CCVCC, CVC, CVV, CVVC,
além de saber que não existe sílaba sem vogal.

Atividades:

 Escrever palavras apenas com vogais e leia como está escrito. Depois pronuncie a sílaba correta
pedindo que a criança observe como ficou sua boca, se só saiu o som da vogal e qual é a letra
correspondente ao som que saiu antes.
 Procure a letra junto com a criança no alfabeto e complete a sílaba. Depois faça o mesmo com as
consoantes.
 A composição de famílias silábicas pelos sons é válida, a partir desse momento.
 Comparação de palavras com mesma sílaba inicial e rimas é uma atividade muito importante
nessa fase.
 Compor o silabário partindo de palavras-chave retiradas de textos estudados também são ótimas
atividades. Ex: Da palavra batatinha, compor a família do B, do T e NH, para em seguida compor
um banco de palavras que contenham essas sílabas.

O que o professor deve fazer:


Intervir perguntando:

 Por que essas palavras começam com a mesma letra? Por que essas palavras terminam
com as mesmas letras? Quando ouvimos o mesmo som em palavras diferentes usamos
letras iguais ou diferentes? Qual letra escolhemos quando ouvimos o som...? Por quê
precisamos de 6 letras para escrever CAVALO , se só abrimos a boca 3 vezes?

Silábico-alfabético

Características

• Ora escreve silabicamente, ora alfabeticamente;

• Percebe o som da sílaba e acrescenta letras;

• Ainda em conflito

A criança coloca duas ou mais letras para escrever determinada sílaba, ora volta a pensar
conforme a hipótese silábica e põe apenas uma letra para uma sílaba inteira. A criança nesta fase
começa a perceber os vários sons da sílaba oscilando entre a escrita silábica e a escrita
alfabética, começando a escrever frases, porém sem respeitar a segmentação entre as palavras.
Mistura letras de imprensa e cursiva, pois já busca uma letra que corresponda à velocidade do
seu pensamento, conhece as sílabas e sabe como compor as palavras ,porém, ainda faz
algumas trocas fonêmicas ou omitem
algumas letras das sílabas e trocam a
posição de letras nas sílabas canônicas e
não canônicas. Ex: PEDRA=PEDAR/
ESTRELA= SETERLA.

 Começa a perceber os vários sons


da sílaba
 começam a escrever frases, porém
sem respeitar a segmentação
entre as palavras;
 misturam letras de imprensa e cursiva, pois já buscam uma letra que corresponda à
velocidade do seu pensamento.

O que precisa saber:


Fragmentação de textos em palavras
Produção de frases e textos
Fluência na leitura
Atividades

 Comparar os sons pronunciando com a criança as sílabas e pedindo para que


complete com a letra correspondente ao som.
 Mostre as sutilezas marcadas pela intensidade dos sons, pelo vibrar das cordas
vocais, pelo vibrar do nariz, para que diferencie f/v – p/b – s/z – t/d – x/j entre outras.
Ela só perceberá as diferenças entre essas letras se observar com atenção a
pronúncia de cada uma.
 Pedir que as crianças observem a ordem em que a letras da sílaba saem da boca.
Nessa fase inicia-se o trabalho com os dígrafos e apresentação letras ou grupos de
letras com mesmo som (S/C - C/K/Q - G/J – X/CH - W/U – W/V – Y/I), além da
composição das famílias CE, CI, CA, CO, CU – QUE, QUI - GE, GI, GA, GO, GU,
GUA, GUE, GUI.
 É hora também de explicar as variações do uso da letra H, explicando a ausência
sonora dessa letra, antes de vogais em início de palavras (hora, Henrique, horta) e o
valor sonoro que adquire quando agrupado ao L (LH), ao C (CH) e ao N (NH). É
importante ressaltar que não é preciso esperar o segundo ano de alfabetização para
iniciar o trabalho com as sílabas não canônicas (complexas) citadas acima. A partir
do momento em que já há compreensão da unidade linguística sílaba e sua notação
partindo da pauta sonora, é imprescindível que se avance com o trabalho de
ampliação do repertório sonoro das letras do alfabeto conforme seus valores
posicionais nas palavras e regras ortográficas.

HIPÓTESE ALFABÉTICA
 Reconhecem todos os sons da fala, escrevendo e lendo principalmente sílabas simples;
se sua alfabetização foi realizada com base em atividades de consciência fonológica
escreverá qualquer palavra proposta;
 lê silabando ainda sem fluência;
 precisa conhecer os dígrafos, a ortografia, a pontuação e a estrutura textual.
 Distingue letras, sílabas, palavras e frase;
 Lê de acordo com o ritmo frasal;
 Tem domínio do código escrito.

Atividades:
 Produção de textos coletivos orais e escritos.
 Leitura compartilhada de frases e pequenos textos.
Gibis, listas, receitas, parlendas, poemas e
canções que as crianças sabem de cor, ajudam muito na
aquisição da fluência na leitura.
 Evidenciar os espaços entre as palavras da frase circulando-as ou pintando os espaços
entre elas, ajudam a superar as dificuldades na aglutinação ou hipersegmentação das
palavras.
 Composição de pequenos textos com imagens seriadas costumam funcionar também para
a aprendizagem da sequência de ideias no texto (começo, meio e fim).
 No que se refere à ortografia deve-se avançar com o trabalho com as regras ortográficas
regulares e irregulares e o uso do dicionário, de modo que o gênero verbete de dicionário e
a disposição das palavras seguindo a ordem alfabética nesse portador de texto sejam
ferramentas de uso frequente dos alunos, no caso de dúvidas de escrita.
“Um dos maiores danos que se pode causar a uma criança é levá-la a perder a confiança na sua própria capacidade de
pensar”
Emilia Ferreiro

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