Experimentos Envolvendo Fluidos e Pressão

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO SERTÃO PERNAMBUCANO
LICENCIATURA EM FÍSICA

ERISVALDO DE SOUZA ALENCAR


IAN DE JESUS FONTENELE LOPES
JOSÉ MATEUS PEREIRA BAHIA
MURILO DE SENA SOUZA

PRESSÃO E FLUÍDOS

Petrolina-PE – Abril de 2021


RESUMO
Os experimentos realizados ao longo desse projeto visam demonstrar de
maneira simplificada e eficiente o funcionamento da pressão atmosférica. Mostrar
que usando materiais simples e recicláveis podemos tornar palpável fenômenos que
são sentidos, mas que no entanto, não possui grande atenção das pessoas em
geral. Espera-se portanto nos experimentos, criar uma relação simples entre a
estática dos fluídos e pressão atmosférica.

Palavras-Chave: Estática dos fluidos; experimento; pressão atmosférica.


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
OBJETIVOS..................................................................................................................7
JUSTIFICATIVA............................................................................................................8
METODOLOGIA............................................................................................................9
CRONOGRAMA..........................................................................................................12
RESULTADOS ESPERADOS.....................................................................................13
REFERÊNCIAS...........................................................................................................14
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INTRODUÇÃO

Um corpo sólido tem geralmente volume e forma bem definidos, que só se


alteram (poucos casos) em respostas a forças externas. Um líquido possui um
volume bem definido, mas não a forma: mantendo-se a forma, ele se dispõe
conforme o recipiente que o suporta. Um gás por sua vez, não tem forma e nem
volume bem definidos, ele se expande até ocupar todo o ambiente no qual ele está
contido. Em comum, líquidos e gases, por terem facilidade de se deformar, possuem
a característica de escoar ou fluir facilmente, e daí, o estudo do seu comportamento
se dá pela mecânica dos fluidos. Em escala macroscópica, um fluído se comporta
como um meio contínuo, onde suas propriedades variam com continuidade no
entorno de cada ponto do fluido. Contudo, em escalas interatômicas, as
propriedades do fluido sofrem flutuações, que reflete a estrutura do mesmo. Em
condições normais, as distâncias interatômicas são tão minúsculas em confronto
com as distâncias macroscópicas que as flutuações tornam-se imperceptíveis.
(NUSSENZVEIG, 2014, p.13) diz que: “a densidade ρ de um fluido em um ponto P é
dada por:

Δ m dm
ρ = lim ( )=
Δ V →0 ΔV dV

onde Δm é a massa de um volume ΔV de um fluido em torno de um ponto P. O limite


de ‘ΔV → 0’ nessa expressão deve ser interpretado como o ΔV sendo um
infinitésimo físico”. Diz-se que um fluido está em equilíbrio quando cada porção
infinitesimal fica em equilíbrio. Para tanto, as resultantes dessas forçam
necessariamente têm que ser igual a zero. Existem dois tipos de forças que atuam
em um meio contínuo, que são denominadas de forças volumétricas e superficiais.
Enquanto as forças volumétricas são de longo alcance, como a gravidade que atua
em todos os pontos, de tal forma que a resultante sobre um elemento de volume é
proporcional ao volume, as forças superficiais são forças de interações entre uma
dada porção e o meio. São forças de relação interatômica, logo, possuem um curto
alcance.
A física, por ser uma área que estuda os princípios da natureza está
fragmentada em vários campos de estudos, entre eles aparece a hidrostática. A
hidrostática, como o próprio nome sugere, estuda o comportamento de líquidos em
equilíbrio estático, relacionando o equilíbrio dos líquidos com a pressão que se
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submetem a ação da força gravitacional. É fácil ver o uso da hidrostática no dia a


dia, visto que, ela está presente em sistemas de tabulações, sistemas de
nivelamentos nas construções civis, bem como nas caixas d’água. Físicos como
Arquimedes (287-212 a.C.) e Simon Stevin (1548-1620) foram muito importantes
para a difusão dos estudos a respeito da hidrostática.
Pela lei de Stevin ( Δ P= ρ g Δ H ), a pressão entre dois pontos de um líquido
homogêneo em equilíbrio é constante, dependendo apenas do desnível entre esses
dois pontos. Logo, se houver uma variação na pressão em um ponto qualquer do
líquido, essa variação se transmitirá para todo o líquido. Esse princípio foi enunciado
por Pascal. Blaise Pascal também foi o responsável pela ideia por trás da prensa
hidráulica, dizendo: “Se um recipiente fechado cheio de água tem duas aberturas,
uma cem vezes maior que a outra: colocando um pistão bem justo em cada uma, um
homem empurrando um pistão pequeno igualará a força de cem homens
empurrando o pistão cem vezes maior… e qualquer que seja a proporção das
aberturas, estarão em equilíbrio.”

Figura 1: O princípio da Pascal.

Fonte: Fundamentos de física, volume 2: Gravitação, ondas e termodinâmica / David Halliday, Robert Resnick,
Jearl Walker; tradução Ronaldo Sérgio de Biasi. - 10.Ed. - Rio de Janeiro : LTC, 2016
O princípio de Pascal é utilizado em equipamentos hidráulicos, devido à sua
eficiência. Freios, prensas e elevadores são alguns exemplos de equipamentos que
podem ser feitos com sistemas hidráulicos.
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Partindo dos conceitos de pressão explicitados anteriormente, podemos fazer


uma conexão com o primeiro experimento. O experimento é basicamente uma forma
de demonstrar como a pressão atmosférica pode ser forte. A atmosfera terrestre
possui vários gases, no qual em quantidade percentual se destacam o Nitrogênio
(78%) e o Oxigênio (20,90%). O Oxigênio é o gás que respiramos e, por ele ser mais
pesado que o Hidrogênio, a superfície terrestre fica coberta por ele. Como
mencionado no início do texto, os gases têm facilidade em fluir e se rearranjar-se no
espaço. O experimento consiste em um teste: se colocarmos uma régua ou qualquer
objeto similar numa superfície paralela ao chão, com metade de seu corpo dentro de
folhas (uma folha por cima e outra por baixo), com a menor passagem de ar possível
entre as duas folhas. O que aconteceria se golpearmos a régua diretamente? Caso
o procedimento seja feito de maneira assertiva, a resposta provável é que a régua
quebrará devido a ação da pressão atmosférica.
Como no primeiro tratamos unicamente da ação de uma força contra a
pressão, no segundo experimento buscamos mostrar coma as diferentes altitudes
afetam o escoamento da água. O experimento consiste apenas em pegar uma
garrafa plástica normal, fazer dois furos em alturas diferentes e, por fim, enchê-la de
água. Ao fazer isso, notaremos escoamentos diferentes nos dois furos. Isso se dará
devido à diferença entre a altura dos dois furos, podendo ainda relacionar esse
fenômeno com o ar rarefeito em lugares com maiores altitude em relação ao nível do
mar. A parte teórica que explica o escoamento de fluidos pode ser expressa
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matematicamente pela equação de Bernoulli ( p+ ρ v + ρ gy=constante), onde p, v e y
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são a pressão, velocidade de escoamento e a altura por onde o líquido escoa. A letra
g representa a gravidade e ρ é a densidade do líquido em questão. (HALLIDAY e
RESNICK, 2012, p. 73) diz que, a equação de Bernoulli em palavras pode ser
descrita como: “Se a velocidade de um fluido aumenta enquanto ele se move
horizontalmente ao longo de uma linha de fluxo, a pressão do fluido diminui, e vice-
versa”. Partindo dessa afirmação, pode-se estabelecer uma relação entre a equação
de Bernoulli e o experimento citado acima, já que ambos relacionam a pressão a
velocidade de escoamento de um líquido.
Se no primeiro experimento tratamos da pressão e no segundo mostramos um
processo hidrodinâmico, falta apenas mostrar um caso para equilíbrio de um fluido.
O último experimento, assim como o anterior precisará apenas de uma garrafa com
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água. Ele consiste em colocar uma quantidade aguá numa garrafa cortada ao meio,
de uma maneira que haverá água acima da linha de corte da garrafa, demonstrando
por fim, um exemplo de estática dos fluidos.
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OBJETIVOS

Objetivos gerais:
 Espera-se por meio destes experimentos simples uma forma de explanação
assertiva a respeito do assunto, deixando o conteúdo o mais simples possível.
Objetivos gerais:
 Demonstrar as leis físicas relacionadas com a mecânica dos fluidos, como por
exemplo, o Princípio de Pascal;
 Produzir experimentos com materiais baratos, facilitando assim o acesso para
qualquer pessoa.
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JUSTIFICATIVA

Historicamente, sabe-se a grande dificuldade que os alunos possuem na


aprendizagem dos conteúdos de Física. Há diversos fatores para que haja esse
desfalque no ensino de Física. Muitas escolas não possuem professores da área,
sendo que nessas, um professor formado em outra área assume a matéria. Outro
problema que vale ser abordado, é a dificuldade que muitos alunos possuem na
matemática necessária para resolver problemas físicos. Por outro lado, é de comum
acordo e até intuitivo que quando fazemos experimentos para explicar um
determinado assunto, os alunos conseguem visualizar melhor o problema. Por esses
motivos, fazer experimentos que não possuem uma complexidade tão alta deve
ajudar a fixar nos alunos os conceitos principais a respeito do conteúdo. Nesse
projeto, preparamos experimentos envolvendo os conceitos de pressão, usando
materiais fáceis de serem encontrados, fazendo com que qualquer aluno tenha
acessibilidade em fazer os experimentos e não precisando de grandes
conhecimentos por parte do professor na hora da montagem, podendo qualquer
pessoa preparada para lecionar fazê-los.
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METODOLOGIA

Como serão feitos mais de um experimento, todo o processo de montagem de


cada um será mostrado nos tópicos seguintes:

 Para o experimento 1 (madeira envolta no papel) -

Madeira com dimensões de: Papel madeira com dimensões


1.6 cm de espessura; de: 105 cm por 60 cm.
37 cm de comprimento;
4.3 cm de largura.

Procedimento de Montagem:

Passo 1: A madeira é posta sobre a mesa com metade para fora, ou seja, 15 cm.
Passo 2: O papel vai cobrir madeira, de maneira que a madeira fique coberta por
cima e por baixo pelo papel.
Passo 3: Deve ser tirado todo o ar por baixo do papel madeira alisando-o até que
haja a menor quantidade possível bolhas de ar no envolto de papel.
Passo 4: Para a executar o experimento basta bater com a mão na madeira/régua
que estará com metade para fora da mesa.
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 Para o experimento 2 (garrafa com buracos e água) -

Garrafa plástica de 2 litros Prego comum

Alicate

Neste experimento foram usados uma garrafa plástica de 2 litros, prego, alicate e
água. Procedimento de Montagem:

Passo 1: Encher a garrafa com água e tampe-a.


Passo 2: Com a ajuda de um alicate, pegue o prego e force-o contra a garrafa cheia
para fazer pequenos furos. Os furos devem está alinhados verticalmente, em alturas
diferentes.
Passo 3: Para finalizar a execução basta abrir a tampa da garrafa e ver o que
acontecerá com a água.
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 Para o experimento 3 (garrafa cortada equilibrando fluido)

Garrafa plástica de 2 litros Estilete

Neste experimento foram usados uma garrafa plástica de 2 litros, um estilete e água.
Procedimento de Montagem:

Passo 1: Faça um corte com o estilete um pouco acima do meio da garrafa. Para
que funcione, o corte deve ser liso, evitando que a garrafa se abra para os lados.
Passo 2: Dobre a parte de cima, amassando a garrafa no sentido do corte.
Passo 3: Encha a garrafa com água pelo corte feito e com a tampa fechada.
Passo 4: Para execução, basta colocar a garrafa de pé primeiro com a tampa
fechada e após um tempo abra a tampa.
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CRONOGRAMA

MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

PLANEJAMENTO X

ORIENTAÇÃO/ X X
EXECUÇÃO DO PROJETO

APRESENTAÇÃO X
DO PROJETO ESCRITO

PREPARAÇÃO X
DA AULA DA APRESENTAÇÃO

MONTAGEM X
DO EXPERIMENTO

APRESENTAÇÃO X
DOS EXPERIMENTOS
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RESULTADOS ESPERADOS

Os resultados esperados com a execução dos experimentos são:


 Obter um ganho didático a respeito da mecânica dos fluidos;
 No primeiro experimento espera-se que quando uma força aplicada na
madeira/régua, e essa estando encoberta pelo papel, haverá duas forças agindo em
sentidos opostos. Supondo que o material que receberá o golpe não seja muito
resistente, é de se esperar que ele quebre devido à ação das forças opostas.
Demonstrando, portanto, como a força exercida pela atmosfera pode ser poderosa;
 No segundo espera-se que com os buracos estando em latitudes diferentes da
garrafa, o escoamento discorra de maneira diferente devido a pressão que há em
cada furo;
 No último experimento espera-se que, mesmo com a garrafa cortada haverá uma
quantidade de água na parte superior em relação ao corte, devido a pressão dentro
da garrafa fechada;
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REFERÊNCIAS
NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de física básica, 2: fluidos, ondas e oscilações,
calor. São Paulo: ed. Blucher, 2014.
LATORRE, Marcelo et al. Correção atmosférica: conceitos e fundamentos. Espaço
& Geografia, v.5, n.1, p.153-178, 2002. Disponível
em:<http://www.lsie.unb.br/espacoegeografia/index.php/espacoegeografia/article/
view/20/19>. Acesso em: 29 de abril de 2021.
HALLIDAY, David. RESNICK, Robert. WALKER, Jearl. Fundamentos de física:
gravitação, ondas e termodinâmica. Tradução Ronaldo Sérgio de Biasi. Vol. 2. 10.
ed. Rio de Janeiro : LTC, 2016.

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