A Inovação Tecnológica Na Indústria Aeronáutica e A Gestão Da Regulamentação Autor Angelo José Castro Alves Ferreira Filho
A Inovação Tecnológica Na Indústria Aeronáutica e A Gestão Da Regulamentação Autor Angelo José Castro Alves Ferreira Filho
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A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA
INDÚSTRIA AERONÁUTICA E A
GESTÃO DA REGULAMENTAÇÃO
ANGELO JOSE CASTRO ALVES FERREIRA FILHO
(UNITAU )
[email protected]
1. Introdução
Pela natureza de seu produto final, a inovação tecnológica é bastante relevante dentro da
indústria aeronáutica, uma vez que atualmente uma aeronave da categoria transporte, por
exemplo, apresenta um elevado grau de inovação tecnológica, e pelo fato de se ter um
processo de homologação, um tanto complexo e rigoroso para um determinado projeto,
muitas vezes se torna um grande desafio, não somente para um fabricante de aeronaves, mas
também para a autoridade aeronáutica local.
Por outro lado, a regulamentação aeronáutica deve zelar pelo âmbito da segurança de voo, e
da aeronavegabilidade continuada. Esta é a missão principal dos órgãos homologadores
aeronáuticos, e que com a tendência do aumento da inovação tecnológica torna-se um grande
desafio a atualização e a evolução desta regulamentação.
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logística, para que possa se manter em uma posição de mercado assegurando a continuidade e
a competitividade (Alem; Cavalcanti, 2005).et al. (2000) abordam que as características do
sistema de inovação estão embasadas em um sistema composto por um fluxo de relações de
interdependência entre diversos agentes/atores. As organizações são diferenciadas em relação
aos seus objetivos, o que reflete na divisão do trabalho e na geração e utilização do
conhecimento.
A evolução da inovação tecnológica da indústria aeronáutica tem seu início durante a era de
ouro da aviação, especialmente na década de 1930, onde várias melhorias técnicas
possibilitaram a construção de aviões maiores, que podiam percorrer distâncias maiores, voar
em altitudes maiores e mais rapidamente, e podiam assim carregar mais carga e passageiros.
Um símbolo da era de ouro da aviação é o Douglas DC-3. Este monoplano, equipado com um
par de propulsores, começou seus primeiros voos em1936. O DC-3 tinha capacidade para 21
passageiros, e velocidade de cruzeiro de 320 km/h. Tornou-se rapidamente o avião comercial
mais usado na época. Esta aeronave também é vista como uma das aeronaves mais
importantes já produzidas.
Outro marco importante foi o desenvolvimento da turbina a jato na Alemanha, assim como a
implementação de cabines pressurizadas nas aeronaves de forma a permitir voos em altitudes
mais elevadas.
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Diversas empresas e companhias aéreas surgiram ao redor do mundo longo deste período, e
alguns fabricantes de aeronaves, e até mesmo fornecedores de peças e equipamentos passaram
a representar uma parcela expressiva da economia de certos países.
Um outro grande fabricante europeu, a Airbus, com o Airbus A320 trouxe muitas inovações
em relação ao seu mais direto competidor, incluindo cabine de passageiros mais larga e
espaçosa, baixo custo operacional e winglets. Mas a principal inovação do projeto do A320
foi o sistema de comandos de voo Fly-by-wire (FBW). Até então, esse sistema fora utilizado
somente em algumas aeronaves militares e no supersônico comercial Concorde, além da
substituição dos manches tradicionais por side-sticks.
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Uma aeronave é, em princípio, um meio de transporte que requer uma análise muito
cuidadosa, de modo a garantir que todas as precauções de segurança sejam tomadas. Para esta
finalidade, a autoridade de homologação aeronáutica estabelece regulamentos e normas que
visam minimizar os problemas de segurança de uma aeronave. Assim, um avião é um meio de
transporte seguro, desde que se cumpram todos os requisitos de aeronavegabilidade e
operacionais (IAKIMOFF, 2001).
A ampla divulgação sensacionalista para a sociedade civil acaba por levar à crença de que a
atividade aeronáutica era por si muito arriscada e é nesse período também que se começa a
perceber que tais índices de acidentes estavam associados à falta sistemática de controle de
aspectos como o projeto das aeronaves, fabricação, materiais/processos utilizados, operação
das aeronaves, manutenção, treinamento das tripulações e infra-estrutura aeroportuária e de
controle de tráfego aéreo (TEIXEIRA, 2007).
Após 2a Guerra Mundial, o excedente de aviões usados a um custo muito baixo disponibilizou
uma grande frota de aeronaves fazendo com que o transporte aéreo de passageiros e de cargas
se consolidasse como economicamente viável e passasse a ser utilizado em larga escala.
Em 1944 realiza-se a Convenção de Chicago, que leva à criação da ICAO (International Civil
Aviation Organization) que é a agência da ONU responsável pelo estabelecimento de padrões
internacionais, práticas e procedimentos recomendados cobrindo os aspectos técnicos,
econômicos e legais de todo o sistema de aviação civil internacional, promovendo assim a
orientação ao sistema internacional de regulamentação da atividade aeronáutica, em todos os
aspectos supra mencionados (TEIXEIRA, 2007).
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Narayanan (2001) menciona que podem ser distinguidos quatro tipos de organizações no
ambiente da inovação tecnológica, dividindo-se entre instituições desenvolvedoras, e
facilitadoras assim como instituições públicas e privadas que atuam em conjunto neste
processo de inovação tecnológica.
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Permitindo desta maneira que uma determinada empresa mantenha-se competitiva no seu
mercado de atuação.
A história de Wichita na aviação tem também contribuído bastante para o avanço em termos
de legislação no âmbito da aviação.
Com base no exposto acima, é possível observar que o ambiente regulatório representa um
item de fundamental importância na definição da estratégia competitiva das empresas do setor
aeronáutico, e de seus respectivos governos (Figura 1), na medida em que uma regulação
tanto excessivamente liberalizante, como restritiva ou mesmo sem uma boa gestão irá
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Impacto do ambiente
regulatório na
Indústria
Aeronáutica
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delegadas as organizações. Este mesmo Order do FAA apresenta como devem ocorrer a
qualificação, a seleção e o acompanhamento do programa ODA nas organizações.
Este tipo de programa adotado a principio pelo FAA, mas que também já possui extensão
deste programa na Europa pela EASA (European Aviation Safety Agency), de certa forma
procura atender esta questão da gestão da regulamentação aeronáutica mediante a inovação
tecnológica por parte da indústria, deste que obviamente se tenha ao mesmo tempo uma
evolução da regulamentação por parte dos órgãos homologadores aeronáuticos, e ao mesmo
tempo o compromisso da indústria em cumprir rigorosamente com esta evolução da
regulamentação.
- Certificação de Tipo;
- Certificação de Produção;
- Detentor de TSOA;
Com base na definição de uma ODA, é esperada uma melhora na gestão da regulamentação
aeronáutica, tanto por parte da autoridade aeronáutica quanto por parte da empresa ou
organização.
Esta melhora na gestão poderá ser refletida na maior agilidade do processo para a organização
envolvida, e ao mesmo tempo permitir que a autoridade aeronáutica ou o órgão homologador
dedique um maior tempo para a gestão da regulamentação.
5. Conclusão
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Com base no que fora apresentado neste artigo, pode-se mencionar que o desafio entre a
inovação tecnológica e a gestão da regulamentação aeronáutica é grande, entretanto soluções
existem, e uma delas foi apresentada no item 4.1 a respeito da definição de uma ODA.
Entretanto sabe-se que ainda existe um longo caminho a ser percorrido, de forma a se obter
um nível de amadurecimento e mesmo do entendimento deste assunto, ainda mais em países
com uma indústria aeronáutica recente como é o caso do Brasil.
De certa forma, uma importante conclusão, a respeito deste assunto é que todos os envolvidos
nessa questão tenham em mente a importância de que a segurança de voo seja garantida, e
assim permitir cada vez mais uma aeronavegabilidade continuada , e uma regulamentação
atualizada com a inovação tecnológica.
REFERÊNCIAS
HEPPENHEIMER, Thomas. A Brief History of Flight , John Wiley & Sons, Inc., 2000, U.S.
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