Período Regencial
Período Regencial
Período Regencial
A Regência Trina Permanente também não teve força para colocar sob controle os
rumos da política nacional. Os conflitos entre Moderados, Exaltados e Restauradores
permaneciam, e revoltas pipocavam pelo país. Uma delas foi a Cabanada, que estourou
em 1832, na província de Pernambuco.
A continuidade das tensões no Brasil deixava claro que havia um choque entre o
governo e as províncias. O choque envolvia, principalmente, a questão da centralização
do poder no governo contra o desejo das províncias brasileiras de alcançarem maior
autonomia (federalismo). Para atender as demandas das províncias e colocar a situação
política sob controle, foi aprovado o Ato Adicional de 1834, uma lei que fazia
alterações na Constituição de 1824. Com o Ato Adicional, as mudanças mais sensíveis
foram:
fim do poder moderador durante o Período Regencial;
fim do Conselho de Estado;
criação de Assembleias Legislativas provinciais;
aumento dos poderes dos presidentes de província, mas a nomeação era função
do imperador;
substituição da regência trina por uma regência una.
Com as mudanças estipuladas pelo Ato Adicional, esboçava-se no Brasil um modelo
que concedia às províncias um grau considerável de autonomia. Além disso, a eleição
de um regente para governar todo o país aproximava o Brasil de um cenário
republicano. Por isso, muitos historiadores afirmam que o Período Regencial foi uma
experiência republicana no meio de dois reinados.
Com a determinação de que o país seria governado por um regente apenas, eleições
foram organizadas. Em eleição realizada em 1835, o padre Feijó obteve 2826 votos e,
assim, derrotou Holanda Cavalcanti, que obteve 2251. A regência de Feijó ficou
marcada pela Cabanagem, no Pará, e pela Revolta dos Farrapos, no Rio Grande do Sul.
Feijó tinha humor explosivo e deparou-se com forte oposição em todas as frentes da
política brasileira. Essa oposição fez padre Feijó solicitar afastamento da função. Com
sua saída, nova eleição foi realizada, e Pedro de Araújo Lima derrotou Holanda
Cavalcanti e foi eleito regente do Brasil.
Na regência de Araújo Lima, houve o crescimento dos políticos conservadores (mescla
dos Liberais Moderados com os Restauradores) e tentativas do regente de tentar retirar
algumas das liberdades que as províncias haviam conquistado com o Ato Adicional de
1834.