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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM SEPSE EM UMA

UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO: REVISÃO DE LITERATURA

NURSING ASSISTANCE TO PATIENTS WITH SEPSIS IN AN INTENSIVE


TREATMENT UNIT: LITERATURE REVIEW

Camilla Silva Dias1


Érika Costa Neiva2
Otávia Braga Silva3

RESUMO: A sepse pode ser definida como uma resposta sistêmica do organismo a uma doença
infecciosa, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários, com isso é
considerada um problema de saúde pública e um grande desafio, pois apesar dos avanços
técnicos e medicinais a fisiopatologia da sepse é complexa. O estudo se propõe a tratar dessa
patologia ocorrida nas Unidades de Tratamento Intensivo – UTI, uma vez que esse é um
ambiente hospitalar de alta complexidade, que envolve recursos materiais e tecnológicos, bem
como atenção e cuidados intensivos aos pacientes. O objetivo desse trabalho é apontar a
importância e a relevância da atuação do profissional de enfermagem dentro das UTIs, no
diagnóstico, e tratamento da sepse, já que há percepção da necessidade da atualização dos
profissionais de saúde de uma UTI com relação à sepse é imprescindível, pois os enfermeiros
detêm um papel de enorme importância, na identificação da sepse e no cuidado ao paciente. A
metodologia consistiu em um estudo exploratório, através de revisão de literatura, se valendo
de artigos, monografias, e livros desse tema, tanto nos formatos físicos e/ou digitais. Conclui-
se que o profissional de enfermagem deve estar apto a traçar as intervenções necessárias, com
conhecimento científico e capacitação, para conduzir a situação, presando pelo SAE, seguindo
os protocolos e bundles, evitando a transmissão do IRAS, alcançando as metas traçadas pela
Campanha de sobrevivência a sepse. Se faz necessário uma conscientização, programas,
treinamentos, mecanismos que geram conhecimento e segurança tanto para paciente quanto
para profissional.
Palavras-chave: Sepse; Enfermagem; Septicemia
ABSTRACT: Sepsis can be defined as a systemic response of the organism to an infectious
disease, which can be caused by bacteria, viruses, fungi or protozoa. It is therefore considered
a public health problem and a great challenge, because despite technical and medicinal
advances to The pathophysiology of sepsis is complex. The study proposes to deal with this
pathology that occurred in the Intensive Care Units - ICU, since this is a highly complex
hospital environment, which involves material and technological resources, as well as attention
and intensive care to patients. The objective of this work is to point out the importance and
relevance of the performance of nursing professionals within the ICUs, in the diagnosis and

1
Graduanda do curso de Enfermagem, pela Faculdade Única de Ipatinga. [email protected]
2
Graduada em Enfermagem, pela Universidade Presidente Antonio Carlos, UNIPAC- Ipatinga, Pós-Graduada em
Saúde Pública com ênfase em saúde da Família e Saúde da Mulher e sua Biodiversidade Materno Infantil, pela
Universidade Presidente Antônio Carlos, MBA em Controle, Avaliação e Auditoria em Serviços de Saúde pelo
Centro Universitário de Caratinga. [email protected]
3
Graduanda do curso de Enfermagem, pela Faculdade Única de Ipatinga. [email protected]
2

treatment of sepsis, since there is a perception of the need to update health professionals in an
ICU in relation to sepsis is essential , because nurses play an extremely important role in the
identification of sepsis and in patient care. The methodology consisted of an exploratory study,
through a literature review, using articles, monographs, and books on this topic, both in formats
physical and / or digital. It is concluded that the nursing professional must be able to outline
the necessary interventions, with scientific knowledge and training, to manage the situation,
holding on to the SAE, following the protocols and bundles, avoiding the transmission of the
IRAS, reaching the goals outlined by the Campaign of survival to sepsis. This reinforces the
constant need for valuing this professional, who is daily on the front lines dealing with the most
varied pathologies, and in the case of sepsis, awareness, programs, training, mechanisms that
generate knowledge and security are necessary. for both patient and professional.
Keywords: Sepsis; Nursing; Septicemia.

1. INTRODUÇÃO

A sepse é uma resposta sistêmica à infecção grave, o paciente é considerado portador


da mesma, à medida que apresenta Síndrome da resposta inflamatória sistêmica- SIRS,
deflagrada por infecção, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários, ou
seja, é considerada um fator agravante de morbidade de pacientes críticos. (SANTANA;
MARQUES; SPOLIDORO, 2017)
As UTIs - Unidades de Tratamento Intensivo são ambientes de cuidados a pacientes
críticos, com monitoração constante de funções vitais, considerado um ambiente de arsenal
humano e tecnológico avançado, dentro das UTIs, há um maior risco de desenvolvimento da
sepse, devido a vários fatores, como o grau de severidade, o tempo de internação prolongado,
diversos procedimentos considerados invasivos ao corpo humano, como ventilação, sondagem
e diversos outros exemplos de práticas necessárias a manutenção da vida (BHATTARAI, 2013).
Dentro das UTIs, além da preocupação com o quadro de cada paciente que o levou até
ali, há uma preocupação em monitorar e diagnosticar a sepse, com isso cabe atenção aos seus
principais sintomas, identificando os critérios para a SIRS, definida pela presença de pelo
menos dois ou mais sinais característicos: temperatura menor que 36ºC ou maior que 38ºC;
frequência cardíaca maior que 90 batimentos por minuto; frequência respiratória maior que 20
incursões respiratórias por minuto ou pressão parcial de CO2 menor que 32 mmHg e contagem
de leucócitos, maior que 12.000 ou menor que 4.000 ou mais de 10% de bastonetes.
(FERREIRA e NASCIMENTO, 2014).
Nesse sentido fica claro a importância do profissional de enfermagem, uma vez que a
partir da identificação desses sintomas, é possível buscar de recursos e meios para o tratamento
3

adequado, e é a equipe de enfermagem responsável pelo maior contato diário e observação do


paciente, desde a evolução da doença, tratamento e melhora do quadro clínico. (BHATTARAI,
2013).
A construção deste estudo se justifica pela vivência acadêmica e o interesse em discutir
e como enfatizar a importância da assistência de enfermagem ao paciente séptico dentro da
Unidade de Tratamento Intensivo. Sendo estes profissionais designados a desenvolverem
habilidades práticas, científicas e técnicas para melhor prognóstico do paciente.
Para compreensão do tema proposto o estudo trata-se de apresentar a conceituação de
sepse e suas características, ou seja, sintomas, fisiopatologia e a importância de um rápido
diagnostico. Em segundo, o estudo aponta sobre a sepse nas UTIs, da ocorrência e do trabalho
realizado pelos profissionais de enfermagem. E por fim o estudo se direciona a apontar a relação
do profissional de enfermagem e o paciente, e como isso reflete no tratamento da sepse.

2. METODOLOGIA

Metodologicamente o estudo é descritivo, realizado através da revisão de literatura,


obsta que esse estudo não tem como finalidade esgotar o assunto, mas sim o abordar com base
no levantamento bibliográfico de artigos, monografias, teses, em moldes físicos ou digitais
publicados em base de dados como MEDLINE, LILACS E SciELO, com uso de descritores
para a busca: Sepse; Enfermagem; Septicemia I, bem como a utilização do livro Nanda (2018).
Primeiro foram usados os descritores selecionados para localizar os artigos a serem
usados, após isso, foram selecionados os artigos levando em conta data e titulo, onde teve uma
tolerância de 10 anos para assuntos relativos a Sepse. Após essa analise simples, foram
selecionados os artigos com base na leitura no resumo, totalizando 34 artigos selecionados, dos
quais, após leitura completa, foram selecionados um total de 12 artigos juntamente com o Livro
Nanda (2018).

3. DESENVOLVIMENTO

A sepse é definida como uma SIRS, decorrente de qualquer tipo de microrganismo


associado à infecção sistêmica, em que há uma grande preocupação por ser uma doença grave
e de alta letalidade nas Unidades de Tratamento Intensivos (UTIs). Essa patologia, tem grande
relevância mundial, pois é visto como um problema de saúde, com alto impacto de
hospitalizações e mortalidade (SANTANA; MARQUES; SPOLIDORO, 2017).
4

A sepse está classificada em três níveis distintos: sepse, sepse Grave que está associada
à disfunção de órgãos, hipoperfusão e hipotensão e choque séptico que é entendido como sepse
associada às alterações da hipoperfusão somada a hipotensão persistente. Essas classificações
demonstram a evolução na gravidade de uma mesma patologia (FERREIRA e NASCIMENTO,
2014).
De acordo com dados mundiais publicados na Declaração Mundial de Sepse, a doença
atinge de 20 a 30 milhões de pessoas todos os anos, sendo que desses, oito milhões tem suas
vidas ceifadas, podendo ser contabilizados a cada hora, em torno de mil óbitos por sepse em
todo mundo. O problema alcança grandes dimensões com taxas de mortalidade hospitalar
variando de 30 a 60% (BHATTARAI, 2013).
Segundo COREN-SP (2016), o estudo de Sepse Brasil, de 2003, abrangendo 75 UTIs
de 17 estados brasileiros, mostrou que 17% dos leitos de tratamento intensivo são ocupados por
esses pacientes. A taxa de letalidade para sepse grave e choque séptico foi de 34,4% e 65,3%,
respectivamente. Um outro estudo chamado COSTS (significando custos, em inglês), com
dados colhidos entre 2003 e 2004, em 21 UTIs brasileiras, mostrou um dado de alta relevância:
uma letalidade maior em hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) (49,1%) em
relação àqueles do Sistema de Saúde Suplementar (36,7%).
Pode ser definida também com base em seus sintomas, ou seja, é uma SIRS (do inglês
“systemic inflammatory response syndrome” SIRS) é uma resposta do organismo a um insulto
variado (trauma, pancreatite, grande queimado, infecção sistêmica), com a presença de pelo
menos dois dos critérios abaixo (MACHADO, 2015): 1- Temperatura corporal > (maior) 38,3
ºC ou < (menor) 36 ºC; 2- Frequência cardíaca > 90 bpm; 3- Frequência respiratória > 20 ou
PaCO2 < 32 mmHg; 4- Leucócitos > 12.000 cels/ mm 3 ou < 4.000 cels/mm 3, ou a presença
de > 10% de formas jovens (bastões). (FERREIRA e NASCIMENTO, 2014).
O diagnóstico de sepse, de acordo com os dois primeiros Consensos Internacionais,
ocorre quando há presença de dois ou mais desses sinais de SIRS, associados a um quadro
infeccioso, suspeito ou confirmado (LEVY et al., 2003)
Em fevereiro de 2016, a Society of Critical Care Medicine (SCCM) e a European
Society of Intensive Care Medicine (ESICM) publicaram novas definições de sepse baseadas
em uma análise de um imenso banco de dados, basicamente americanos, com consequente
mudança conceitual do termo sepse. Nessa diretriz (SEPSE 1 e 2), sepse passa a ser definida
como presença de disfunção orgânica ameaçadora à vida secundária à resposta desregulada do
hospedeiro a uma infecção e choque séptico como presença de sepse associada a disfunção
circulatória e celular/metabólica associada a maior risco de mortalidade. Requer a presença de
5

hipotensão com necessidade de vasopressores para manter pressão arterial média ≥ 65mmHg e
lactato ≥ 2mmol/L após adequada ressuscitação volêmica (VIANA et al, 2016; RHODES et al,
2017).
Além disso, os critérios os critérios de SIRS passam a não ser mais adotados para o
diagnóstico de sepse e a expressão “sepse grave” foi extinta, simplificando a nomenclatura,
sendo que o uso da palavra “sepse” passa a ser restrita aos pacientes com disfunção orgânica
(VIANA et al, 2016; RHODES et al, 2017).
Para se estabelecer o diagnóstico da sepse, é necessário que o paciente apresente pelo
menos dois requisitos de SIRS em associação com infecção ou suspeita. Sendo que a sepse ou
choque séptico é uma das causas de morte tardia que tem sido cada dia mais frequente em UTIs
de todo mundo, tendo diversos fatores neste meio que contribuem para a evolução deste
problema, sendo que nas UTIs há muitos idosos, algumas doenças debilitantes no mesmo
espaço, o uso comumente de técnicas invasivas, os cuidados com diversos pacientes de
diferentes modos e as infecções hospitalares (RAYES, 2017; DE MACEDO, 2018).
Com a atualização do 3º Consenso Internacional de Sepse, sugere-se que essa condição
passe a ser definida por uma disfunção orgânica com risco de vida, causada por uma resposta
inflamatória do hospedeiro de forma desequilibrada, sendo essa disfunção orgânica identificada
a partir do SOFA – Sequential Organ Failure Assessment, com aumento da pontuação maior
ou igual a dois em relação basal. Para a avaliação da sepse à beira leito em locais que não
possuem acesso aos exames necessários para a realização completa do SOFA ou necessidade
de rápida avaliação, desenvolveu-se neste 3º Consenso, o score qSOFA, que incorpora três
variáveis de avaliação para identificação de pacientes com suspeita de infecção com maior
probabilidade de mau prognostico, sendo positivo quando da ocorrência de duas ou mais dos
seguintes sintomas: 1. Avaliação neurológica alterada, com score Glasgow menor de 15; 2.
Pressão arterial sistólica menor ou igual a 100mmHg; 3. Frequência respiratória maior ou igual
a 22 mpm. (SINGER et al., 2016).
No que concerne a fisiopatologia da sepse, há eventos dinâmicos importantes, sendo
dividido em três, após a invasão por micro organismos e consequentemente a liberação de
toxinas no organismo: 1) A resposta pró-inflamatória excessiva, com liberação excessiva de
mediadores pró-inflamatórios e citocinas (interleucina 1 –IL-1, interleucina 6 –IL-6 e fator de
necrose tumoral alfa –TNF-α), que induzem também migração leucocitária e vasodilatação pelo
aumento da síntese de óxido nítrico (nitric oxide, NO), resultando nos sintomas clínicos de
SIRS; 2) A falha na resposta anti-inflamatória compensatória, que consiste no desequilíbrio
entre respostas pró e anti-inflamatória, induzindo uma resposta inflamatória descontrolada; 3)
6

A imunoparalisia que ocorre quando a resposta anti-inflamatória também estiver excessiva,


neste caso haverá supressão da resposta imunológica e consequente inabilidade para
neutralização de patógenos. Com esses desequilíbrios, a homeostasia é violada e uma
progressão clínica para a disfunção orgânica pode ocorrer (SAGY; AL-QAQAA; KIM, 2013).
Na fase um, chamada de pró inflamatória, irá acontecer uma resposta à presença de um
agente agressor, entrando em ação as células fagocitárias (macrófagos, monócitos, neutrófilos,
eosinófilos, basófilos e mastócitos). (JUNCAL et al; 2011).
Em seguida, quando não contido o foco infeccioso, as imunoglobulinas e linfócitos
imunocompetentes, atuam através da liberação de citocinas inflamatórias, como as
Interleucinas 1, 6 e 8, as quais por sua vez, estimulam uma resposta celular exacerbada, com
consequente produção de mediadores secundários, quimiotaxia e reativação das células
fagocitárias. Em decorrência da reativação de células fagocitárias e da cascata inflamatória
ocorre o que se pode chamar de ciclo vicioso inflamatório (AZEVEDO; RAMOS; PIZZO,
2012; HENKIN et al., 2009; SIQUEIRA-BATISTA et al., 2011).
O processo inflamatório resulta em lesões teciduais importantes, inclusive no endotélio
vascular e em virtude disso, as células endoteliais liberam o fator tecidual, esse por sua vez,
ativa os fatores intrínsecos da cascata de coagulação, dando origem a presença de trombina.
Esta última estimula a ativação de citocinas inflamatórias e de maiores quantidades desse fator
de coagulação, pela via intrínseca. É a trombina, que catalisa a conversão do fibrinogênio em
fibrina e, consequentemente, a formação de microtrombos. Assim, os principais mecanismos
de coagulação estão acentuados durante a sepse, com disfunção da coagulação (AZEVEDO;
RAMOS; PIZZO, 2012).
O quadro de sepse se constitui como visto, pela desregulação dos mecanismos da
resposta inflamatória e da coagulação, que se tornam ainda piores quando agravados pela
ocorrência de sepse grave e choque séptico, os quais enredam ainda mais o estado de saúde do
indivíduo acometido, podendo deixar graves sequelas ou mesmo causar a morte do paciente
(YOSHIHARA et al., 2011).
As estratégias voltadas para a identificação precoce do risco da sepse nos pacientes,
melhora as chances de sobrevivência e impede os estágios mais graves, como o choque séptico.
(NETO et al; 2011)
A sepse merece atenção por parte da equipe multiprofissional, principalmente do
enfermeiro, que está mais próximo do paciente, tendo em vista os processos complexos a ele
inerentes, que contribuem para letalidade dos pacientes, resultado no impacto social e
econômico (NETO et al; 2015).
7

Segundo o ILAS (2015), com a aprovação da Recomendação nº 6/2014 do Conselho


Federal de Medicina (CFM), estabeleceu que todos os níveis de atendimento à saúde (unidades
básicas de saúde, unidades de pronto atendimento, serviços de urgência e emergência, unidades
de internação regulares e unidades de tratamento intensivo) devam instituir protocolos
assistenciais para o reconhecimento e tratamento precoce da Sepse.
O alto índice de mortalidade em unidade de tratamento intensivo por sepse, o longo
período de permanência, elevando os custos, a necessidade da assistência integral da equipe
multidisciplinar, demonstram o impacto deste agravo, evidenciando a importância de sua
identificação precoce, no intuito de minimizar os efeitos e a evolução desse quadro,
contribuindo para a redução da mortalidade (JUNCAL et al; 2011).
Em busca do diagnóstico e da otimização no tratamento do paciente com sepse, cabe à
equipe realizar a sua identificação precocemente, assim como aqueles com risco para o seu
desenvolvimento, realizar uma assistência crítica de forma precisa e ágil, embasada em
conceitos, para que identifique as medidas eficazes e modifique-as, proporcionando o pleno
cuidado, auxiliando no tratamento correto e direcionado. Conhecer as características clínicas
da doença podem resultar em decisões que auxiliam tanto para o estabelecimento do diagnóstico
precoce quanto em intervenções mais precisas e direcionadas, que podem contribuir na
prevenção de complicações (morbidade e mortalidade). (SANTOS AM, SOUZA GRB,
OLIVEIRA AML 2016).
Gyang et al. (2015), acredita que ferramentas de triagem simples, pelo pacote de sepse,
quando realizada por enfermeiros que acompanham o paciente, fornece um meio de
identificação com sucesso da sepse precoce e com isso possui mais tempo para o tratamento em
pacientes internados.
Os cuidados específicos ao paciente gravemente enfermo foram prestados pela primeira
vez por Florence Nigthingale e sua equipe de enfermagem no contexto da guerra da Criméia.
Esses cuidados consistiam basicamente no monitoramento e separação dos pacientes graves dos
não graves, para maior vigilância e melhor atendimento dando início ao conceito de tratamento
intensivo (SOBRATI, 2012).
O surgimento da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no século XX marcou a prática
hospitalar, pois contam com recursos tecnológicos e profissionais especializados para melhor
atender as necessidades de estabilização dos pacientes críticos de forma contínua. Com o passar
do tempo para atender as necessidades específicas de cada demanda a prática de cuidados
intensivos evoluiu, e as unidades foram separadas em UTI clínica, cirúrgica, cardiológica, entre
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outras especialidades, para atender adultos, crianças e recém-nascidos (CARNEIRO;


FAGUNDES 2012).
A ideia de agrupar pacientes para proporcionar melhor assistência, nesse período, fez
com que a mortalidade entre os indivíduos hospitalizados caísse de 40% para 2%, ao adotar as
práticas de cuidados intensivos. (ABRAHÃO, 2010)
Vila e Rossi (2002) também explicam:

As UTIs surgiram a partir da necessidade de aperfeiçoamento e


concentração de recursos materiais e humanos para o atendimento a
pacientes graves, em estado crítico, mas tidos ainda como
recuperáveis, e da necessidade de observação constante, assistência
médica e de enfermagem contínua, centralizando os pacientes em um
núcleo especializado.

O pensamento inicial era o de classificar os doentes de acordo com o grau de


dependência, dispondo-os nas enfermarias de tal maneira que os mais graves ficassem próximos
à área de trabalho dos enfermeiros, para maior vigilância e melhor atendimento. Com o avanço
dos procedimentos cirúrgicos, a necessidade de se prestar maiores cuidados ao paciente durante
o período pós- operatório imediato levou ao desenvolvimento das unidades especiais de terapia,
sendo essas unidades salas especiais adjacentes as salas cirúrgicas. (NISHIDE; MALTA;
AQUINO, 2005.)
Segundo a Portaria nº 3432 de 1998 do Ministério de Saúde as Unidades de Tratamento
Intensivo “são unidades hospitalares destinadas ao atendimento de pacientes graves ou de risco
que dispõe de assistência médica e de enfermagem ininterruptas, com equipamentos específicos
próprios, recursos humanos especializados e que tenham acesso a outras tecnologias destinados
a diagnóstico e terapêutica.”
Devido às suas características, a UTI necessita de alguns serviços básicos e essenciais
para apoiá-la, como laboratório clínico, radiologia, farmácia, entre outros. Esses serviços
devem ser mantidos em condições adequadas, a fim de viabilizar uma operação segura e rápida.
A não eficácia e rapidez no atendimento desses serviços às necessidades do paciente da UTI
podem gerar na equipe sentimentos de angústia, irritação e desânimo ocasionando,
eventualmente, o estresse (CORONETTI et al., 2006).
Toda UTI possui protocolos de rotina, ao quais devem ser seguidos para o
desenvolvimento das práticas assistenciais de enfermagem, os protocolos garantem a realização
da técnica de acordo a realidade de cada UTI, e sempre priorizando a estabilidade do paciente.
Podemos citar alguns desses protocolos como por ex.: Protocolo para passagem de sonda
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vesical de demora, curativos, sondagem e acesso central. (FIGUEIREDO; SILVA E SILVA,


2003)
Sobre a relação de profissionais, cabe mencionar:

A equipe multiprofissional é indispensável dentro da UTI, pois ela


estará trocando informações sobre o paciente e seu estado, também
estará ajustando medidas, que venham a acrescentar no tratamento e
recuperação desse paciente. Essa equipe é formada por médico
intensivista, enfermeiro, coordenador, enfermeiro assistencial,
técnicos de enfermagem, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo,
funcionário de sanificação exclusivo da UTI. (FIGUEIREDO; SILVA
E SILVA, 2003, p. 21)

Feito essas considerações, há que se pontuar que em razão da complexidade das UTIs,
o foco principal de atenção, acaba por ir para maquinário e tecnologia, bem como para doença,
e não para o paciente. É nesse ponto que se destaca a importância da assistência prestada pelo
profissional de enfermagem, que tem como objetivo cuidar do ser, ou seja, amparar e olhar para
o paciente.
O cuidador de enfermagem numa UTI, na maioria das vezes, esquece de tocar, conversar
e ouvir o ser humano que está à sua frente envolvido pela rotina diária complexa e pela prestação
de serviço de alta tecnologia. (VILA e ROSSI, 2002)
A estrutura das Unidades de Tratamento Intensivo cada vez mais burocratizada e
despersonalizada deixa os pacientes à mercê de estranhos cujas funções e papéis desconhecem,
de aparelhos e testes de rotina desconectados de seus hábitos, tornando-o somente um paciente
a mais, outra patologia, outro prontuário, descartando sua identidade para tornar-se um paciente.
(SILVA et. al 2007, p. 95 apud WALDOW,1995).
Para Ferreira (2006, p. 327), o ponto de partida:

(...)é o entendimento da enfermagem como uma ciência humana,


empenhada no cuidar da pessoa sadia ou doente. O ato de cuidar
implica no estabelecimento de interação entre sujeitos (quem cuida e
quem é cuidado) que participam da realização de ações, as quais
denominamos cuidados, que é a verdadeira essência da enfermagem.
Isto porque ao cuidarmos do outro estamos realizando não somente
uma ação técnica, como também sensível, que envolve o contato entre
humanos através do toque, do olhar, do ouvir, do olfato, da fala. Ação
que envolve a sensibilidade própria dos sentidos e também a
liberdade, a subjetividade, a intuição e a comunicação.

A Assistência de Enfermagem em tratamento intensivo considera as tecnologias duras


como aliadas, nesse ambiente destinado ao tratamento de pacientes graves, que necessitam de
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cuidados complexos e monitoramento contínuo. Este setor, cada vez mais repleto de aparatos
tecnológicos, permite aos trabalhadores de saúde maior controle das situações de risco, rapidez
na tomada de decisão e agilidade no desempenho de ações mais efetivas em situações difíceis.
(BANARD, 2002)
O cuidado de enfermagem prestado nas UTIs, de certa forma, é paradoxal. Em algumas
situações, é preciso provocar dor, para que se possa recuperar e manter a vida. Em outras, não
se pode falar, apenas cuidar de uma pessoa que não dá sinais de estar sendo percebida como
pessoa. O cuidado, num caso desses, parece não implicar uma relação de troca, devido à
imobilidade ou falta de diálogo e interação com o outro. Sendo assim, é possível pensar que
exista, na profissão de enfermagem, uma robotização/mecanização das ações e práticas de
cuidado (SOUZA, 2000).
Com isso o COFEN – Conselho Federal de Enfermagem, estabeleceu em sua resolução
de nº 293/2004, um dimensionamento mínimo, quantitativo, para o quadro de profissionais de
enfermagem que deve basear-se em características relativas à instituição/ empresa, ao serviço
de enfermagem e à clientela, na busca de melhorias na qualidade da prestação do serviço nas
UTIs.
O profissional de enfermagem tem uma rotina com o paciente, desde medidas de higiene
e conforto, como seguir as prescrições médicas, de medicação, alimentação, realização de
exames e demais, ou seja, dentro do hospital e principalmente dentro das UTIs, em questão é
com quem o paciente mais tem contato.
E segundo Vargas e Braga (2006, p. 2):

O trabalho na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) é complexo,


intenso, devendo o enfermeiro estar preparado para a qualquer
momento, atender pacientes com alterações hemodinâmicas
importantes, as quais requerem conhecimento específico e grande
habilidade para tomar decisões e implementá-las em tempo hábil.
Desta forma, pode-se supor que o enfermeiro desempenha importante
papel no âmbito da Unidade de Tratamento Intensivo.

Qualquer indivíduo que vivencia um processo de hospitalização está sujeito a encarar


situações estressantes e muitas vezes de sofrimento. Por isso, deve-se considerar fundamental
a manutenção do vínculo familiar e o diálogo do profissional-paciente, tendo o cuidado como
essência da Enfermagem. (MARTINS, 2010)
É importante abordar a necessidade de humanização do cuidado de enfermagem, buscou
estabelecer na UTI, com finalidade de provocar um reflexo da equipe e, em especial, dos
enfermeiros (VILA e ROSSI, 2002). Dessa forma a humanização é um tema que vem sendo
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abordado, embora pouco observado e executado pelos profissionais da área da saúde, inclusive
profissionais das UTIs (CAMPONOGRAMA, SANTOS e SEIFERT, 2011).
A Política Nacional de Humanização – PNH, foi criada pelo Ministério da Saúde em
2003, para a construção de uma nova forma de cuidado com os usuários dos serviços de saúde
pautados na humanização, leva-se em consideração que o usuário deva ter uma abordagem
integral e humana. (BRASIL, 2003).
Conforme o programa Humaniza SUS de 2004, “a humanização faz com que cada um
reflita como pessoa: se eu estivesse ali, como gostaria de ser tratado, se fosse alguém que amo,
são reflexões de peso, e que se forem dia a dia, nos tornarão pessoas cada dia mais humanas.”
O atendimento humanizado tem uma relação intrínseca com a motivação da equipe,
como consequência, impacta na produtividade da empresa. Pesquisas no mundo todo apontam
que trabalhar em ambiente humanizado fomenta relações de confiança e gera maior satisfação
entre os funcionários e clientes (SBIE, 2017).
Por fim, conforme Schwonkee et. al, 2011 o papel do enfermeiro de Unidade de
Tratamento Intensivo é extremamente importante, e ganha nos tempos atuais relevância além
de capacitação técnica, mas uma relevância relacionada a humanização, uma vez que é o
profissional de mais contato com paciente, por obvio que além de oferecer um bem estar ao
paciente, um trabalho humanizado coopera até mesmo com o trabalho técnico, já que se tratando
de quadro clínico e avanços de doenças, o contato e a observação são essenciais, para lidar com
as dificuldades vivenciadas em uma zona de gravidade, como o desafio da sepse, abordada no
decorrer do estudo.
A Sistematização da assistência de enfermagem - SAE é uma metodologia utilizada para
organizar e sistematizar o cuidado baseando-se no método científico. Tem como objetivo
central identificar as necessidades do paciente para que os cuidados de enfermagem sejam
estabelecidos. Sua implementação permite a adoção de intervenções individualizadas,
norteando o processo decisório do enfermeiro diante do gerenciamento da equipe de
enfermagem, permitindo avanços na qualidade da assistência ofertada (AMANTE et al., 2009).
A aplicabilidade da SAE é realizada por meio do Processo de Enfermagem (PE), onde
possibilita o profissional identificar, descrever, compreender os planos de cuidado e traçar as
intervenções de enfermagem, proporcionando uma melhor qualidade da assistência,
aumentando a satisfação e crescimento da enfermagem, permitindo aplicar os conhecimentos
teóricos na prática, fortalecendo-a enquanto ciência, tornando-a mais precisa e eficiente
(VENTURINI, 2009; GARCIA, 2010).
12

É composta por cinco fases: Histórico de Enfermagem, Diagnóstico de Enfermagem,


Planejamento, Implementação e Avaliação. A assistência de enfermagem ao paciente crítico
facilita o domínio apurado da técnica contribuindo para que o cuidado seja humanizado e
holístico (ALMEIDA E MARQUES, 2009).
O histórico de enfermagem é a coleta de dados para determinar o estado de saúde do
paciente ou qualquer outro problema de saúde. O histórico compreende além de entrevista, o
exame físico, sendo esse executado em quatro fases: inspeção, palpação, ausculta e percussão.
(SMELTZER; BARE, 2012) Os dados coletados podem ser: objetivos, obtidos através das
técnicas semiológicas, inspeção, palpação, ausculta e percussão; e podem ser subjetivos,
obtidos através de entrevistas, é nesse momento que o paciente expressa suas queixas e medos.
As fontes desses dados são classificadas em: primárias, quando a fonte é o próprio paciente; e
secundária, quando a fonte são os familiares, a equipe multiprofissional, e até mesmo os
exames. (NÓBREGA; SILVA, 2009).
Após a coleta de dados, a segunda fase é o diagnóstico de enfermagem com base no
North American Nursing Diagnosis Association (NANDA, 2013, p. 588), que diz:

Julgamento clínico das respostas/experiências do indivíduo, da


família ou da comunidade a problemas de saúde/processos vitais reais
ou potenciais. O diagnóstico de enfermagem constitui base para a
seleção das intervenções de enfermagem para alcançar resultados
pelos quais o enfermeiro é responsável.

O termo diagnóstico surgiu na enfermagem no ano de 1950, quando McManus,


descreveu que entre as responsabilidades do enfermeiro, estavam os problemas que poderiam
ser resolvidos pela enfermagem. Em 1973, um grupo de enfermeiras americanas se reuniu para
descrever os principais problemas atendidos pelos profissionais de enfermagem, o que ficou
conhecido como a I Conferência Nacional sobre Classificação de Diagnósticos de Enfermagem,
essas conferências foram restritas a alguns convidados, e função desses convidados eram,
desenvolver, revisar e agrupar os diagnósticos com base nas suas experiências. (TANNURE;
GONÇALVES, 2010).
A terceira etapa é denominada de planejamento da assistência de enfermagem que
consiste em um plano de ações para que se alcançarem resultados em relação ao diagnóstico de
enfermagem (BACHION, 2002). Os resultados esperados são essenciais na fase do
planejamento, pois a partir deles podemos avaliar posteriormente se as prescrições feitas
solucionaram ou minimizaram os diagnósticos. (TANNURE; GONÇALVES, 2010).
13

A implementação da assistência constitui a quarta etapa do processo de enfermagem.


Implementar significa colocar em prática, executar o que antes era uma proposta. (SOUZA et.
al., 2008)
A última fase, é a evolução, aqui o profissional de enfermagem é responsável pelo
acompanhamento e monitoramento de do paciente, acompanhando o progresso do mesmo, a
fim de que se note resultados esperados de melhora. A avaliação é a determinação das respostas
do paciente às prescrições de enfermagem e a extensão em que os resultados foram atingidos.
Através da avaliação, o enfermeiro pode responder algumas perguntas, como por exemplo: os
diagnósticos de enfermagem eram exatos? Os diagnósticos de enfermagem foram resolvidos?
As necessidades de enfermagem do paciente foram atendidas? As prescrições de enfermagem
devem continuar ser revisadas ou ser interrompidas? Essas perguntam são importantes, pois
subsidiará o enfermeiro a mudar ou não o plano de cuidados. (SMELTZER; BARE, 2012).
O COFEN, por meio da resolução 358/2009 dispõe a Sistematização da Assistência de
Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem, que deve ser realizado de modo
deliberado e sistemático em todos os ambientes públicos e privados em que ocorre o cuidado
profissional de enfermagem.
Para Garcia et al (2006) a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) torna-
se fundamental em um setor como a UTI, pois vem unificar o trabalho da equipe de
enfermagem, deixando de lado a fragmentação dos cuidados. A SAE serve como elo de
comunicação entre todos os profissionais desde que esteja de acordo com a realidade e as
necessidades de seus usuários, estabelecendo, assim, uma comunicação clara e objetiva entre
os membros da equipe de saúde. A partir de sua implantação, todos passam a utilizá-la como
forma de organização da assistência. O processo de enfermagem começa a aparecer como forma
científica de fazer enfermagem e os enfermeiros compreendem a necessidade de exercer sua
atividade com embasamento teórico.
Neste contexto, a SAE fornece maior confiança e segurança, no que tange o cuidado,
aos pacientes críticos, pois oferece ao enfermeiro subsídio para um julgamento clínico,
proporcionando uma qualificação da prática assistencial a partir do conhecimento, pensamento
e tomada de decisão clínica fundamentada em evidências, obtida pela avaliação dos dados do
paciente (AMANTE et al., 2009).
Entre as diversas doenças na UTI a sepse está entre as principais ocorrências de infecção
hospitalar no Brasil, e se relaciona com o uso de antibióticos, que independente se são usados
de forma racional ou não, costumam causar a sepse (INACIO, 2017; JÚNIOR et al.,2017; DOS
SANTOS et al., 2018).
14

Para Saraiva (2011), em casos de sepse ou choque séptico, há um conjunto de atitudes


que se realizado de forma precoce da doença, reduz a morbimortalidade. São atitudes que
incluem a identificação e estratificação rápidas de doentes, a utilização de antibioterapia
adequada e de estratégias de ressuscitação hemodinâmica guiada por objetivo. Nesse sentido,
as vias clínicas, os protocolos parecem instrumentos próprios para planejar e coordenar a
sequência de procedimentos médicos, de enfermagem e administrativos, necessários para
conseguir o maior nível de eficiência no processo assistencial (LAGUNA-PÉREZ et al., 2012).
Uma pesquisa realizada por Boechat e Boechat (2010), apresentou que a abordagem da
sepse baseada em pacotes de intervenções foi capaz de reduzir a mortalidade em um hospital
no Brasil, trazendo mudanças na pratica e na melhoria do desempenho evidenciados pelos
indicadores de qualidade medidos. Há evidencias crescentes de que os processos padronizados
de assistência no tratamento da sepse podem reduzir a mortalidade e, baseado nestes achados,
devem ser rotineiramente empregados.
O enfermeiro exerce um grande papel no cenário do cuidado, principalmente por ser ele
o responsável direto pelo cuidado ao paciente crítico. Ter conhecimento prático e cientifico
garante uma melhor qualidade da assistência e consequente redução da mortalidade e
diminuição no impacto econômico e social. Com isso, a execução dos pacotes de tratamento é
de grande importância, pois a sepse está sendo reconhecida como um grande problema de saúde
mundial (ALMEIDA et al., 2013).
As estratégias voltadas para a identificação precoce do risco da sepse nos pacientes,
melhora as chances de sobrevivência e impede os estágios mais graves, como o choque séptico.
A sepse merece atenção por parte da equipe multiprofissional, principalmente do enfermeiro,
que está mais próximo do paciente, tendo em vista os processos complexos a ele inerentes, que
contribuem para letalidade dos pacientes, resultado no impacto social e econômico (NETO et
al; 2015).
Para a redução dos altos índices de mortalidade por sepse nas UTIs, como mencionado
é necessário um diagnóstico precoce, mais rápido possível, identificando, as disfunções
orgânicas. (PENINCK, 2012)
Criou-se então, os pacotes chamados também de bundles, referindo-se a um conjunto
de intervenções alicerçadas em evidências científicas publicadas em artigos científicos. Os
pacotes atuais contem condutas para as primeiras três e seis horas do diagnóstico de sepse. Essas
intervenções são prioritárias para o tratamento da doença, sendo que o enfermeiro possui um
papel fundamental em sua aplicação (ZANON, 2008).
15

O método terapêutico da sepse grave e do choque séptico sofreu grandes mudanças nos
últimos tempos, devido aos avanços dos estudos e de pesquisas do cenário clínico. Foi
desenvolvido uma campanha mundial chamada Campanha de Sobrevivência a Sepse, com o
intuito de reduzir a mortalidade em 25% em cinco anos, e estabeleceu uma rotina padrão para
o atendimento dos pacientes (DELLINGER et al., 2008).
Com isso as intervenções de enfermagem ao paciente com sepse em UTI estão
embasadas nas diretrizes da Campanha de sobrevivência a sepse, que preconiza a identificação
precoce da sepse, e tratamento imediato (ILAS, 2014).
O protocolo de tratamento consiste na execução do chamado pacote de seis (06) horas
da campanha de sobrevivência da sepse. Inclui: rápida identificação da sepse grave; coleta de
exames laboratoriais, incluindo lactato arterial e hemoculturas, além de hemograma completo,
glicose, ureia, creatinina, bilirrubina total, TAP e PTTa; iniciar antibioticoterapia na primeira
hora após o diagnóstico; para os pacientes hipotensos com sinais de má-perfusão tecidual,
incluindo lactato maior que 4 mmol/l, expansão da volemia com reposição de solução salina a
0,9%, 30 ml/kg em 1 hora e avaliação da necessidade de aminas simpaticomiméticas, visando
às seguintes metas hemodinâmicas: pressão venosa central entre 8 e 12 mmHg, pressão arterial
média maior ou igual a 65 mmHg, saturação venosa central de oxigênio maior que 70%,
clareamento do lactato maior que 10% em seis horas e diurese maior que 0,5 ml/kg/h. Para que
essas metas sejam atingidas foram providenciados formulário de diagnóstico e conduta inicial
do paciente com sepse grave; formulário de solicitação de bandeja com material para punção
venosa profunda, medida de pressão venosa central e coleta de hemoculturas; fluxograma para
a rápida obtenção da primeira dose de antibiótico; fluxograma para a rápida obtenção do
resultado dos primeiros exames laboratoriais; agilização da liberação do resultado das culturas
(CUNHA et al., 2013).
É importante que a enfermeira (o), esteja atenta ao paciente em quadro de hipotensão,
não permitindo que permaneça por mais de 40 min, pois refere grande risco de óbito, podendo
realizar as drogas vasoativas prescritas pelo médico imediatamente, mesmo em AVP até que
seja providenciado o CVC (ILAS, 2015).
Além dos cuidados das primeiras horas para o tratamento da sepse, é importante
mencionar, demais recomendações, previstas pelo Instituto Latino Americano de Sepse – ILAS,
como o uso de corticóides, recomendada para pacientes com choque séptico refratário, ou seja,
naqueles em que não se consegue manter a pressão arterial alvo, a despeito da ressuscitação
volêmica adequada e do uso de vasopressores. (ILAS, 2018).
16

A ventilação mecânica, Os pacientes que necessitarem de ventilação mecânica devem


ser mantidos em estratégia de ventilação mecânica protetora, devido ao risco de
desenvolvimento de síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). A estratégia
protetora inclui a utilização de baixos volumes correntes (6 mL/kg de peso ideal) e a limitação
da pressão de platô abaixo de 30 cmH2O. A fração inspirada de oxigênio deve ser suficiente
para manter uma PaO2 entre 70 - 90 mmHg. Também deve-se objetivar uma pressão de
distensão (driving pressure, pressão de platô - peep) menor que 15 cmH2O, sempre que
possível. Para pacientes com diagnóstico de SDRA há menos de 48 horas, com relação PaO2/
FiO2 menor que 150 e FiO2 de 60% ou mais, a utilização de posição de prona é recomendada,
para unidades que tenham equipe com treinamento na técnica. Manobras de recrutamento estão
associadas a maior mortalidade e devem ser evitadas. (ILAS, 2018).
Há uma recomendação quanto ao uso de bicarbonato, nos casos de acidose lática em
pacientes com pH >7,15, pois o tratamento dessa acidose é o restabelecimento da adequada
perfusão. Nos pacientes com pH abaixo desse valor está terapia pode ser avaliada como medida
de salvamento. (ILAS, 2018).
Sobre o controle glicêmico, os pacientes na fase aguda de sepse cursam frequentemente
com hiperglicemia, secundária a resposta endocrino-metabólica ao trauma. O controle
adequado da glicemia é recomendado por meio da utilização de protocolos específico, visando
uma meta abaixo de 180 mg/dL, evitando-se episódios de hipoglicemia e variações abruptas da
mesma (ILAS, 2018).
E da terapia renal substituta, o ILAS, estipula que não há recomendação para o início
dessa terapia, devendo-se individualizar cada caso, conforme discussão com equipe
especialista.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo por meio de uma revisão de literatura abordou a sepse e considera-se
o cenário da mesma preocupante, visto que tal patologia encontra números elevados, com altos
índices, de casos de óbito, em se tratando de UTIs, ainda mais preocupante, já que se trata de
um ambiente de pacientes debilitados e necessitados dos mais variados cuidados, que se tornam
invasivos ao corpo humano, na mesma proporção que necessários a manutenção da vida, e por
isso levam o paciente ao risco dessa inflamação.
No que diz respeitos as UTIs, foram criadas a partir da necessidade de atendimento do
cliente cujo estado crítico exigia assistência e observação contínua de médicos e enfermeiros.
17

Porém em razão do alto suporte tecnológico de aparelhos, máquinas, notou-se que os


profissionais de saúde, em especial o profissional de enfermagem foram se “mecanizando”, e
se tornando mais distantes do paciente, em razão da constante preocupação com a operação do
maquinário e da tecnologia que o cercam.
E é nas UTIs, que o paciente se torna mais dependente de um atendimento próximo,
chamado de humanizado, pois é o enfermeiro, que tem com o mesmo uma rotina diária de desde
medidas de higiene e conforto, como seguir as prescrições médicas, de medicação, alimentação,
realização de exames e demais, ou seja, dentro do hospital.
Com isso notou-se também que no que tange a percepção e identificação da sepse, é
extremamente importante o SAE, um sistema metodológico de trabalho, uniformizando as
práticas de enfermagem, possibilitando ao profissional identificar, descrever, compreender os
planos de cuidado e traçar as intervenções de enfermagem, proporcionando uma melhor
qualidade da assistência, aumentando a segurança e satisfação do cliente.
É importante analisar os casos de Sepes por que nos casos em UTI, as intervenções e
tratamentos tem como primordial a manutenção preventiva, apesar da complexidade da sepse,
não é impossível combater micro organismos, onde as equipes, principalmente os enfermeiros,
nesse cenário, tomando conhecimento do perigo que a sepse representa, seus agravos e os danos
que pode causar ao organismo, profissionais enfermeiros se tornam mais atentos aos sinais
vitais, ao acompanhamento do paciente de modo mais eficaz, uma vez que o diagnóstico
precoce é um ponto crucial no combate à doença, assim a equipe multidisciplinar estará apta a
rápida escolha do tratamento e por consequente rápido iniciação ao mesmo e uma redução nas
taxas de mortalidade.
Por fim, o profissional de enfermagem deve estar apto a traçar as intervenções
necessárias, com conhecimento científico e capacitação, para conduzir a situação, presando pelo
SAE, seguindo os protocolos e bundles, evitando a transmissão do Resultados da pesquisa
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde-IRAS, alcançando as metas traçadas pela
Campanha de sobrevivência a sepse. Com isso a reforça-se também a constante necessidade de
valoração desse profissional, que diariamente está nas linhas de frente lidando com as mais
variadas patologias, e no caso da sepse, é necessários uma conscientização, programas,
treinamentos, mecanismos que geram conhecimento e segurança tanto para paciente quanto
para profissional. O estudo se limita por falta de estudos amplos e recentes, sendo assim,
necessário realizar uma pesquisa aplicada.
18

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