Curso - USP - Agentes Físicos I
Curso - USP - Agentes Físicos I
Curso - USP - Agentes Físicos I
eHO-002
AGENTES FÍSICOS I
ALUNO
DIRETOR DA EPUSP
IVAN GILBERTO SANDOVAL FALLEIROS
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS ..................................................1
1.1. CONCEITUAÇÃO.........................................................................................................2
1.2. CLASSIFICAÇÃO E CONSIDERAÇÕES INICIAIS ......................................................2
1.3. TESTES........................................................................................................................5
CAPÍTULO 2. AVALIAÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO
RUÍDO .................................................................................................................................6
2.1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................7
2.2. GRANDEZAS, UNIDADES E EMBASAMENTO TEÓRICO INICIAL ...........................7
2.2.1. SOM...........................................................................................................................7
2.2.2. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – DECIBEL ............................................................8
2.2.3. GRANDEZAS E DEFINIÇÕES ASSOCIADAS AO SOM/ RUÍDO...........................11
2.2.4. "COMBINANDO" VALORES EM DECIBEL.............................................................11
2.2.5. AUDIBILIDADE / SENSAÇÃO SONORA ................................................................13
2.2.6. RESPOSTAS DINÂMICAS......................................................................................15
2.2.7. VALOR EFICAZ (RMS) ...........................................................................................16
2.2.8. DETERMINAÇÃO DE NÍVEL DE RUÍDO DE FONTE EM PRESENÇA DE RUÍDO
DE FUNDO ........................................................................................................................17
2.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO .....................................18
2.3.1. ASPECTOS TÉCNICO-LEGAIS..............................................................................18
2.3.2. DOSE DE RUÍDO ....................................................................................................19
2.3.3. NÍVEL MÉDIO (LAVG) ...............................................................................................24
2.3.4. DOSIMETRIA DE RUÍDO........................................................................................26
2.4. NORMA BRASILEIRA NBR 1051 – CONTEXTO E APLICAÇÃO..............................29
2.4.1. EFEITOS .................................................................................................................29
2.4.2 ASPECTOS LEGAIS ................................................................................................30
2.4.3. PRINCIPAIS ASPECTOS DA NBR 10151 DE JUNHO DE 2000 (3) ........................33
2.4.3.1. Procedimentos de medição ..................................................................................34
2.4.3.2. Correções para ruídos com características especiais ..........................................34
2.4.3.3. Avaliação do ruído ................................................................................................35
2.4.3.4. Determinação do nível de critério de avaliação – NCA ........................................35
2.4.3.5. Conteúdo necessário para o relatório de ensaio ..................................................35
2.5. ATENUAÇÃO DE PROTETORES AURICULARES ...................................................39
2.5.1. O MÉTODO DO RC/NRR........................................................................................39
2.5.2. O MÉTODO DO RC/NRR - QUAL O DBC A USAR? ..............................................39
2.5.3. CORREÇÃO CAMPO-LABORATÓRIO...................................................................40
2.5.4. USO DO DBA AO INVÉS DO DBC .........................................................................40
2.5.5. O NRRSF.................................................................................................................41
2.5.6. CÁLCULO DE ATENUAÇÃO AO RUÍDO................................................................42
2.5.6.1. Cálculo do tempo real de uso do Protetor Auricular .............................................42
2.6. TESTES......................................................................................................................49
CAPÍTULO 3. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ÀS VIBRAÇÕES MECÂNICAS ...............51
3.1. PRÉ-REQUISITOS .....................................................................................................52
3.2. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ÀS VIBRAÇÕES – OCORRÊNCIAS.........................52
3.3. CLASSIFICAÇÃO DAS VIBRAÇÕES TRANSMITIDAS.............................................52
3.4. CRITÉRIO LEGAL ......................................................................................................52
3.5. MODELO MECÂNICO SIMPLIFICADO DO CORPO HUMANO (RESSONÂNCIAS) 53
3.6. SELEÇÃO DE PARÂMETROS...................................................................................54
3.7. VIBRAÇÕES LOCALIZADAS – EFEITOS DA EXPOSIÇÃO .....................................55
3.8. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO À VIBRAÇÃO TRANSMITIDA ÀS MÃOS .................55
3.9. ISO 5349: 1986 - PRINCIPAIS ASPECTOS ..............................................................56
3.9.1. MÉTODO DE MEDIÇÃO .........................................................................................56
3.9.2. CARACTERIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO À VIBRAÇÃO ............................................57
SUMÁRIO
ii
OBJETIVOS DO ESTUDO
Conceituar e apresentar a classificação dos agentes físicos e do espectro
eletromagnético.
o
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Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos
2
1.1. CONCEITUAÇÃO
Em última análise, todos os agentes físicos representam formas de energia,
dispersas no ambiente por sua geração inerente associada a sistemas ou equipamentos,
ou ainda por desvios ou vazamentos dos mesmos (controláveis ou não), que venham a
interagir com o homem em seu trabalho.
O organismo está exposto a ondas de natureza mecânica (ruído, ultra-som e infra-
som), forças ou esforços (vibrações mecânicas), interações elétricas, magnéticas e
eletromagnéticas (ionizantes e não ionizantes), partículas subatômicas (ionizantes),
interações térmicas diretas (calor e frio), variações de pressão. A ACGIH estende a
consideração de agentes físicos aos esforços repetitivos e levantamento de pesos, já no
campo da ergonomia. Esta grande família não tem fim, pois pesquisadores continuam
evidenciando partículas formadoras de partículas subatômicas (embora provavelmente
sem risco de exposição ocupacional).
o
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Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos
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mergulho subaquático. Pressões da ordem dos 4 kgf/cm2 (primeiros casos) até dezenas
de kgf/cm2 (no mergulho profundo) submetem o organismo a riscos de doenças
específicas e acidentes descompressivos (com risco de fatalidades). Todavia, não são do
ofício da higiene no sentido que não existe o processo de reconhecimento, avaliação e
controle do agente na forma tradicional. As variações de pressão são impostas pelo
processo, e o controle dos tempos e gradientes de pressão (compressivamente e
descompressivamente falando) são a chave do controle, além da grande supervisão
médica necessária. São, portanto, medidas de controle operacional, administrativo e
médico que predominam, e a ação sobre o agente é bastante relativizada. São em
verdade um caso à parte nos agentes físicos.
Vale ainda comentar que em muitos “membros” das famílias das radiações existe
conhecimento ainda por se consolidar, e áreas polêmicas quanto a efeitos nocivos como
as linhas transmissão de alta tensão, os telefones celulares e suas antenas radio-base.
Também há zonas de penumbra nos casos das reais potencialidades carcinogênicas
dessas radiações não ionizantes.
Finalmente, vale lembrar que muitos dos membros dessas famílias não apresentam
qualquer estímulo sensorial por ocasião da exposição, o que torna seu reconhecimento
difícil, aliado ao fato de muitos equipamentos industriais não apresentarem informações
“explícitas” sobre sua possível emissão.
o
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Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos
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o
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Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos
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1.3. TESTES
1. Qual dessas é uma Radiação Eletromagnética Ionizante?
a) Radiação Infravermelha.
b) Radiação Ultravioleta.
c) Radiação gama.
d) Laser.
e) Microondas.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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OBJETIVOS DO ESTUDO
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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2.1. INTRODUÇÃO
O ruído é um dos principais agentes físicos presentes nos ambientes de trabalho,
em diversos tipos de instalações ou atividades profissionais. Por sua enorme ocorrência e
visto que os efeitos à saúde dos indivíduos expostos são consideráveis, é um dos
maiores focos de atenção dos higienistas e profissionais voltados para a segurança e
saúde do trabalhador.
Esta variação de pressão pode ser representada sob a forma de ondas senoidais,
com as seguintes grandezas associadas:
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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λ
A= amplitude da onda
λ = comprimento da onda
P
L = 20 x log
Po
Sendo:
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Para pensar:
Quantos dB seriam indicados para uma pressão sonora de 20 μPa? (limiar
aproximado da audição)
Quantos seriam lidos para uma pressão sonora de 200 Pa? (limiar de audição
acompanhada de dor)
Quadro 2.1.
A
Usando a equação básica dB = 10 × log , exprimir em dB a atenuação que a tela
A0
protetora da porta do forno de microondas oferece, se o valor atenuado (após a tela) é
100.000 vezes menor que o valor interno, sendo este a referência.
Resposta:
microondas).
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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∑
n
Ln= 10xlog ( i =1
10 10
)
Para uma maior agilidade na combinação de níveis em dB, utiliza-se a tabela 2.1.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Tabela 2.1. Diferença entre níveis e a quantidade a ser adicionada ao maior nível
Diferença entre níveis Quantidade a ser adicionada nível
(dB) ao maior (dB)
0,0 3,0
0,2 2,9
0,4 2,8
0,6 2,7
0,8 2,6
1,0 2,5
1,5 2,3
2,0 2,1
2,5 2,0
3,0 1,8
3,5 1,6
4,0 1,5
4,5 1,3
5,0 1,2
5,5 1,1
6,0 1,0
6,5 0,9
7,0 0,8
7,5 0,7
8,0 0,6
9,0 0,5
10,0 0,4
11,0 0,3
13,0 0,2
15,0 0,1
Nota: para diferenças superiores a 15, considerar um acréscimo igual a zero, ou
seja, prevalece apenas o maior nível.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Quadro 2.2.
Combinação de níveis em dB, utilizando a tabela 2.1.
Combine:
95 & 95 = 98 dB
95 & 90 = 96,2 dB
95 & 85 = 95,4 dB
95 & 75 = 95 dB
Aspectos Práticos:
• Cada 3 dB a mais ou a menos no nível significam o dobro ou a metade da
potência sonora
• Fontes mais de 10 dB abaixo de outras (num certo ponto de medição) são
praticamente desprezíveis
• A fonte mais intensa é a que "manda" no ruído total em um certo ponto.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Destas curvas, a curva “A” é a que melhor correlaciona Nível Sonoro com
Probabilidade de Dano Auditivo. Portanto é a comumente utilizada em avaliação de ruído
industrial.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
15
Quadro 2.3.
Um tom puro de 100 Hz é medido por um medidor nos circuitos A, B,C e linear.
Que valores serão lidos?
Resposta:
C - MESMO VALOR
B- -5 .dB
A - -20 .dB
O mesmo vai ser feito para um tom puro de 1000 Hz. Que valores serão lidos?
Resposta:
Resposta:
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Para uma senóide, o valor RMS é 0,707 do valor de pico. O valor de pico, 1,414
vezes o RMS (raiz de 2). Em dB, o valor de pico está 3 dB acima do valor RMS. Estas
relações só valem para sons senoidais (tons puros). Para um ruído qualquer, a relação
deve ser medida (não pode ser prevista). Notar ainda: Os aparelhos de medição
convencional sempre estão medindo o valor RMS corrente. Este valor pode apresentar
máximos (dependendo da fonte de ruído) e mínimos. Esses máximos não devem ser
chamados de "picos", pois o valor de pico é uma designação específica, o maior valor da
pressão sonora ocorrido no intervalo de medição (há medidores especiais para isso).
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Aspectos práticos:
• Se desligada a fonte, o ruído total se altera pouco, ela é pouco importante;
• Se desligada a fonte, o ruído total cai muito, a fonte é quem "manda" no ruído
total (naquele ponto de medição).
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Quadro 2.4.
Se em um dado ponto o ruído de fundo é de 82 dBA, qual o máximo valor de uma
nova fonte a ser colocada nesse ponto, sem que se exceda o nível permissível para 8
horas diárias?
Observação: O nível permissível para 8 horas diárias é de 85 dBA (tabela 2.2.).
Resposta:
Lembrete: A soma de duas fontes com níveis iguais resulta sempre num
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Te1 Te 2 T T
D= + + ... + ei + ... + en
C p1 C p 2 C pi C pn
Onde:
D = dose de ruído
Tei = tempo de exposição a um determinado nível (i)
Cpi = tempo de exposição permitido pela legislação para o mesmo nível (i)
6,5 87
87x8
8,0 DJ DJ = = 107%
6,5
Todavia, essa extrapolação pressupõe que a amostra feita foi representativa.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Quadro 2.5.
Numa determinada indústria, a exposição o operador de campo A é a seguinte:
Resposta:
ou 125%.
Portanto:
o
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Quadro 2.6.
Resposta:
Pela tabela 2.2., temos que o limite para 85, 90 e 95 dB são, respectivamente,
8, 4 e 2 horas. Assim:
ou 150%.
o
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Quadro 2.7.
A) O mecânico de manutenção possui o seguinte perfil de exposição:
Resposta:
Pela tabela 2.2, temos que o limite para 85, 95 e 100 dB são, respectivamente,
8, 2 e 1 horas:
ou 200%.
Resposta:
Ou seja, 200%.
o
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Quadro 2.8.
Se um trabalhador fica exposto por 5 horas a 86 dBA, qual o tempo máximo que
poderá ficar exposto a 97 dBA, sem exceder a dose diária?
Se sua jornada é de 8 horas, a dose seria ultrapassada?
Resposta:
ou
o
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Quadro 2.9.
A fórmula do tempo permitido a um certo nível de ruído (Anexo 1 da NR 15) é dada
por
16
Tempo permitido = L −80
( )
5
2
Resposta:
Tempo permitido
Tempo permitido
Tempo permitido
o
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(9 horas e 11 minutos)
o
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Quadro 2.10.
Qual o nível médio de exposição que um trabalhador está submetido se a
dosimetria de jornada é de 344% e sua jornada é de 6 horas?
Resposta:
Quadro 2.11.
Qual o nível médio permissível para uma exposição que respeite o limite de
tolerância, em uma jornada de 6 horas? E de 7 horas? E de 4 horas?
Quais as doses máximas permitidas nesses casos? O que se conclui?
Resposta:
6h - 87 dBA
7h - 86 dBA
o
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4h - 90 dBA
Quadro 2.12.
A fórmula da intensidade sonora em um dado ponto, para uma fonte pontual em
espaço aberto, é I = W/4πr2, onde W é a potência sonora da fonte e r a distância da fonte
ao ponto em que se deseja a intensidade. Se dB=10xlog I/Io e se a relação entre a
pressão sonora e a intensidade é I=kp2, onde k é constante, qual a variação da pressão
sonora, em dB?
Resposta:
d2 = 2d1
o
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o
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o
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o
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no bem estar dos munícipes, de acordo com as disposições da Lei 11.501/94 alterada
pela Lei 11.986/96. Iniciando suas atividades ligada à Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, a coordenação do programa passou a ser feita pela Secretaria Municipal de
Abastecimento (SEMAB), em 29 de fevereiro de 1996, através do Decreto 35.919.
O PSIU recebe uma grande quantidade de reclamações por mês. Os responsáveis
pelos estabelecimentos denunciados são oficiados e posteriormente intimados a
comparecer a SEMAB, para serem orientados a sanar as irregularidades constatadas.
Persistindo as reclamações, o estabelecimento será vistoriado e, confirmado o problema,
sofrerá as penalidades previstas pela lei.
Se for constatada durante uma vistoria a emissão excessiva de ruído e a falta de
licença de funcionamento, o estabelecimento será multado. A persistência da
irregularidade ocasionará nova multa e o fechamento administrativo. O PSIU exerce
controle e fiscalização em locais confinados, cobertos ou não, que possam emitir ruídos
excessivos, de maneira constante e permanente. Desse modo, pode-se receber
denúncias de estabelecimentos como: templos religiosos, salas de reuniões, oficinas,
bares, padarias, boates, salões de festas, restaurantes, pizzarias, casas de espetáculos,
indústrias e de todo o local sujeito à licença de funcionamento, que possa produzir
barulho.
Particularmente em relação às Legislações Federais destacamos três tópicos
contidos na RESOLUÇÃO CONAMA nº. 001, de 08 de março de 1990:
I - A emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais,
comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política, obedecerá, no
interesse da saúde, do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos
nesta Resolução.
II - São prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins do item anterior os
ruídos com níveis superiores aos considerados aceitáveis pela norma NBR 10151 -
Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade.
III - Na execução dos projetos de construção ou de reformas de edificações para
atividades heterogêneas, o nível de som produzido por uma delas não poderá ultrapassar
os níveis estabelecidos pela NBR 10152 – Níveis de Ruído para conforto acústico.
Os itens apresentados anteriormente citam as referências normativas que contêm
as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades,
especificando método para a medição do ruído e a fixação dos níveis de ruído
considerados compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos.
A Norma Regulamentadora NR-17 do Ministério do Trabalho e Emprego (8) (MTE)
que trata sobre “ERGONOMIA” também dispõe sobre conforto acústico. Nela, são
apresentadas recomendações para níveis de conforto acústico, sendo referendada a
norma NBR 10152. A seguir apresentamos um excerto da NR-17 com tais
recomendações.
Item 17.5.2. da NR-17 - Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que
exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle,
laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros,
são recomendadas as seguintes condições de conforto:
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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o
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o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Os limites de horário para período diurno e noturno da tabela podem ser definidos
pelas autoridades de acordo com os hábitos da população. Porém, o período noturno não
deve começar depois das 22h e não deve terminar antes das 7h (domingo ou feriado até
às 9 h).
Se o nível de ruído ambiente Lra for superior ao valor da tabela 1 para a área e
horário em questão, o NCA assume o valor do Lra.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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*** Nível equivalente, em dB(A), para o respectivo ponto de medição, tanto no período diurno
como noturno. O ruído apresenta características tonais.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Quadro 2.13.
Motivada pela reclamação de um morador, uma empresa vizinha avaliou os níveis
de ruído segundo os procedimentos da NBR 10151:2000 no interior da habitação nos
pontos indicados pelo reclamante. Os níveis medidos e demais informações estão
apresentados na tabela 2.4.
Resposta:
NCAint,(diurno) = 60 – 10 = 50 dB(A)
NCAint,(noturno) = 55 – 15 = 40 dB(A)
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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verificamos que para o período noturno o critério foi superado, sendo procedente a
reclamação.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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Observe que tem que ser o dBC, pois o método prevê assim. No próximo tópico,
vamos discutir qual seria este dBC, que passa a ser o indicador do espectro, e que vai
ser usado na fórmula.
Para Pensar:
Quais os conceitos relativos aos "dB" compensados? O que é dBA? O que é dBC?
Volte ao primeiro módulo, se necessário.
Para Pensar:
O que se busca é um nível atenuado menor que 85 dBA, para jornadas de 8h. E se
a jornada for de 12 horas, qual esse nível?
É importante discutirmos este dBC que será utilizado na fórmula. Ele deve
representar a exposição do trabalhador que está sendo protegido. Uma representação fiel
da exposição, sobretudo quando os níveis são muito variáveis, só é possível com
dosimetria. Da dosimetria, obtém-se o nível médio da jornada. Porém, esse nível deve
ser obtido na curva de compensação C, e não A, como se trabalha usualmente. Observe-
se, portanto, que o dosímetro deverá operar em circuito C. Os dosímetros atuais
permitem isso, e não é por outro motivo que possuem o circuito C. Se não for possível
fazer uma dosimetria C, deve-se eleger um nível em dBC que represente a jornada.
Neste caso, não há alternativa a não ser a escolha do máximo nível dBC da jornada, ou
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
40
seja, da máxima fonte em dBC das situações de exposição. Esta é uma consideração a
favor da segurança, mas também certamente excessivamente coservadora em muitos
casos, pois o tempo de permanência sob tal nível pode ser mínimo. Do exposto, a melhor
opção será a dosimetria C, obtendo-se o nível médio Lavg (C). Nossa próxima discussão
deve abordar os descontos a serem aplicados ao NRR, de forma que seu valor reflita
adequadamente as situações de uso real. Isto porque o NRR é obtido em condições
ideais de laboratório, dificilmente reprodutiveis no dia-a-dia das empresas.
Para Pensar:
Qual o conceito de nível médio (Lavg)? O que o diferencia do Nível Equivalente
(Leq)?
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
41
NRRa = NRR - 7
Feito isto, o restante das considerações, descontos e fórmulas vistas ficam válidos,
mas, pelo conceito da correção (ela se aplicaria ao dBA, "levando-o" a um dBC de pior
caso), observe que é necessário ANTES corrigir o NRR e depois aplicar o (-7).
Para Pensar:
Por que C-A é um indicador do espectro do ruído? Podemos identificar a freqüência
de um tom puro, com as leituras A e C?
2.5.5. O NRRSF
O que temos falado até agora diz respeito ao NRR que chamaremos de
"tradicional". Isto, para se contrapor ao NRRsf, que é uma proposta relativamente nova,
mas já posta em prática inclusive no país. Vários fabricantes já possuem seus protetores
ensaiados para esse fim, e sabem quais são os NRRsf dos mesmos. Nós vimos que
devem ser feitos descontos nas atenuações dos NRR "tradicionais", devido às grandes
diferenças de performance entre o laboratório e o campo. Ora, os pesquisadores
verificaram que, se os ensaios de laboratórios fossem feitos com sujeitos "ingênuos"
quanto à proteção auditiva, que apenas leriam as instruções das embalagens, colocando
então os protetores para fazer o teste, então os dados obtidos se aproximariam do
desempenho (real) de campo. Trata-se da Norma ANSI S 12. 6 / 97 B. O NRRsf é
calculado a partir desses dados de atenuação, com algumas peculiaridades, quais sejam:
o nível de proteção estatístico é de 84% (contra 98% no método tradicional) e subtrai-se
diretamente do dBA, com correção de 5 ao invés de 7, já embutida no número. Estas
duas diferenças entre o NRR e o NRRsf tornam este último efetivamente menos protetor
no sentido estatístico, tanto em termos dos protetores produzidos (variabilidade do
produto) como em termos dos espectros de ruído que se venha enfrentar (a correção de
5, ao invés de 7, é benévola quanto ao ruído de baixa freqüência a ser enfrentado ao se
utilizar apenas o dBA). Portanto:
Não é necessário fazer nenhuma outra correção, com exceção da devida ao tempo
de uso real.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
42
-11 -7 -4 -2 -1 -1 0 15 NRR
-7 -4 -2 -1 -1 0 0 10 NRR
240 120
60 min 30 min 10 min 5 min 2,5 min 0 min
min min
TEMPO DE NÃO USO EM MINUTOS POR JORNADA DE 8H
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
43
Para Pensar:
Os maiores valores de NRR tradicional estão ao redor dos 30. Como sempre, pelo
menos uma correção de 0,7 vai existir, os maiores valores necessários na tabela estão
entre 20 e 25. OK!
Se tenho valores intermediários aos da tabela, tanto em termos de NRR como em
termos de tempo real de uso (tempo de não uso diário), qual a abordagem a favor da
segurança?
Finalizando, segue um roteiro para os casos de uso do NRR tradicional, para todos
os tipos de protetores, levando em conta os descontos recomendados pelo NIOSH e a
correção para o tempo real de uso. Notar que o NRR vai sendo gradualmente corrigido
(NRR*, NRR**, NRR***), segundo o tipo de protetor, o dado ambiental utilizado e o tempo
real de uso.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
44
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
45
Para Pensar:
Complete este roteiro introduzindo o NRR sf. Adicione as linhas necessárias, sem
perder a lógica da tabela. Teste o resultado.
Caso 2
• Grande motor diesel
• 100 dBA, 103 dBC
• NRR= 20
• dBA = dBC - NRR
• dBA=103-20=83dBA
• Redução em dBA= 100-83 = 17 dBA
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
46
Quadro 2.14
Para um protetor com NRR=29 , tipo espuma de expansão lenta, que não é
usado por 30 minutos na jornada, qual o NRR corrigido (uso real e tempo real de uso)?
Resposta: 12,5
Não teremos NRR**, pois o protetor foi utilizado por toda a jornada.
Não teremos NRR**, pois o protetor foi utilizado por toda a jornada.
Como nâo existe atenuação negativa (-2,8), fica provado que o médoto nâo
evidencia proteção.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
47
Qual o máximo dBC para o qual um protetor de espuma de expansão lenta com
NRR=28, se usado 100% do tempo, dará proteção, se a jornada é de 8 horas?
Não teremos NRR**, pois o protetor foi utilizado por toda a jornada.
85 = dBC – 14
dBC = 85 + 14 = 99 dBC
Resposta: 99 dB(C)
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
48
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
49
2.6. TESTES
1. Considere as afirmações abaixo sobre o som:
I – Som é uma variação da pressão atmosférica capaz de sensibilizar nossos
ouvidos;
II – O decibel é utilizado devido à grande variação na faixa de valores usuais;
III – O som é sempre um ruído;
IV – Ruídos são sons que nos causam desconforto.
Agora selecione a melhor alternativa:
a) Apenas II é falsa.
b) Apenas III é falsa.
c) Apenas I e II são verdadeiras.
d) Apenas I e IV são verdadeiras.
e) Todas são verdadeiras.
o
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Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído
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o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
51
OBJETIVOS DO ESTUDO
Apresentar os principais problemas causados pelas vibrações mecânicas no corpo
humano, objetivando uma avaliação deste agente de risco para que se possa tomar
eventuais medidas preventivas.
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
52
3.1. PRÉ-REQUISITOS
Para participação neste módulo, o aluno deverá ter conhecimentos prévios sobre
relações logarítmicas, operação com decibéis, análise de freqüência, curvas e filtros de
ponderação e sua aplicação. Neste sentido, é fundamental que o aluno tenha participado
previamente do módulo que trata sobre a exposição ocupacional ao ruído.
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
53
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
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o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
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o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
56
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
57
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
58
τ
1
(a h , w ) eq ( 4 ) = ∫
T4 0
[a h , w (t )]2 dt (3.1)
Onde:
(a h, w ) eq ( 4)
= aceleração equivalente em energia para um período de 4 horas
ah, w (t )
= valor instantâneo da aceleração ponderada
τ = duração total da jornada diária em horas.
T4 = 4 horas.
T
(ah,w ) eq ( 4) = × (ah ,w ) eq (T ) (3.2)
T4
Onde:
(ah, w ) eq (T ) = aceleração equivalente em energia ponderada correspondente ao período
de T horas
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
59
Quadro 3.1.
Determine ( a h , w ) eq (T ) , ( a h , w ) eq ( 4 ) , sabendo-se que a exposição diária de um
operador à vibração em mãos e braços é composta pelas seguintes acelerações e
tempos respectivos: 1,1 m/s2 por 1,5 h; 3,7 m/s2 por 3h; 5,1 m/s2 por 2 h.
Resposta:
(T4 = 4horas)
Se a exposição diária total for composta por diversas exposições parciais em razão
da atividade/operação executada, a aceleração total pode ser obtida pela expressão:
1 n
(ah,w ) eq (T ) = × ∑ [ (a h , w ) eq ( ti ) ]2 t i (3.3)
T i=1
Onde:
(ah, w ) eq (ti ) = aceleração equivalente ponderada correspondente à i-ésima
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
60
n
ah,w = ∑j =1
( K jah, j )2 (3.5)
Onde:
Kj = fator de ponderação correspondente a j-iésima banda de oitava ou terça de oitava
dada. Os valores de Kj são apresentados na tabela 3.1.
ah , j = aceleração medida na j-iésima banda de oitava ou terça de oitava
n = número de bandas que está sendo utilizado
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
61
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
62
Figura 3.4. Tempo de exposição para incidência de branqueamento nos dedos para
diferentes percentis do grupo da população exposta a vibração nos três eixos de
coordenadas
9,5 × C
TE = (3.6)
a h , w ( eq , 4 h )
Onde:
TE = tempo de exposição em anos
C = percentil de pessoas susceptíveis de serem afetadas
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
63
Quadro 3.2.
Ao se avaliar a exposição de um “marteleteiro”, verificou-se que a vibração medida
no eixo mais significativo apresentou uma aceleração ponderada equivalente rms de
12,9 m/s2. Discuta a exposição sabendo que o mesmo opera o martelete em média 4,5
horas por dia. Considerar os critérios legais, NR15; NR9 e demais critérios ISO
5349:1986; ISO 5349:2001 e ACGIH.
Resolução:
ponderada, não deve ultrapassar o valor de 4 m/s2. Neste caso o limite foi
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
64
em 10% dos indivíduos expostos após um dado número de anos (Dy) pode ser
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
65
Quadro 3.3.
Um operador executa o mesmo tipo de operação (acabamento em pequenas
peças forjadas), utilizando-se de uma lixadeira ao longo da jornada. A vibração
medida no eixo com maior aceleração apontou um valor de 4,2 m/s2. Os tempo efetivo
total de uso da ferramenta durante a jornada é de 5,5 horas. Pede-se:
( a h , w ) eq (T ) , ( a h , w ) eq ( 4 ) , tempo de exposição para incidência de branqueamento nos
Resposta:
exposição temos:
(T4 = 4horas)
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
66
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
67
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
68
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
69
T 1 n 2
A(8) = ahw ×
8
A(8) = ∑ ahwi × Ti
8 i =1
a hv = a hwx
2
+ a hwy
2
+ a hwz
2
D y = 31,8 [ A(8)]
−1, 06
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
70
ahv = ahwx
2
+ ahwy
2
+ ahwz
2
= ahw
2
, measured + ahw, measured + ahw, measured =
2 2
ahv = ahw
2
,dominante+ (0,3ahw,dominante
)2 + (0,3ahw,dominante)2 =
, do min ante = 1,086 ahw, do min ante ≅ 1,1 ahw, do min ante
2
1,18 ahw
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
71
Quadro 3.4.
A vibração transmitida às mãos de um trabalhador durante a operação com uma
lixadeira produziu os dados apresentados no gráfico a seguir. Efetue a análise da
exposição ocupacional do operador, considerando: a relação dose-resposta da ISO
5349: (1986), os limites de exposição da ACGIH, a ISO 5349:2001 e as diretivas da CE.
4
3
2
1
0
7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
t (h)
Resposta:
(T4 = 4 horas)
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
72
em 10% dos indivíduos expostos após um dado número de anos (Dy) pode ser
(2,5 m/s2
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
73
Quadro 3.5.
Um auxiliar de produção utiliza constantemente ao longo de sua jornada um esmeril
de pedestal para fazer o acabamento ao redor de pequenas peças metálicas. A peça
trabalhada muda de posição continuamente nas suas mãos. A vibração medida em um
único eixo resultante de diversas medições produziu uma aceleração equivalente de 3,7
m/s2. O tempo total diário de operação é de 4,5 horas. Quais conclusões podem ser
obtidas, considerando-se a relação dose-resposta apresentada pela ISO 5349:2001?
Resposta:
Neste caso, pela ISO 5349:2001, a medição em um único eixo pode ser
10% dos indivíduos expostos após um dado número de anos (Dy) pode ser obtido
pela expressão:
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
74
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
75
• Esse vetor resultante pode ser utilizado para comparação com o vetor resultante
de outros movimentos;
• Avaliações quanto ao conforto e performance podem ser feitas através da
comparação de "a" com a vibração obtida no eixo z (azw);
• Os limites se referem ao ponto de entrada da energia no corpo humano, as
medições serão feitas o mais próximo possível de tal ponto ou área. Havendo
material resiliente entre a estrutura do assento e o operador, é permissível
interpor suportes rígidos para fixação do transdutor, como por exemplo, folhas
metálicas finas adequadamente conformadas;
• Ajuste/calibração do equipamento de medição;
• A comparação do valor ponderado "single number" com o critério de exposição
é uma aproximação. No entanto, para a maioria dos casos práticos a diferença
entre o método ponderado e o detalhado (1/3 oit.) é pequena;
• Se os níveis ponderados forem inadmissíveis pelo método ponderado (análise
do efeito super-conservativa), o método detalhado é recomendado;
• Para exposições cujos níveis de vibrações variam no tempo, ou são
descontínuas, deve-se conhecer a história temporal;
• Exposições diárias interruptas ⇒ o efeito da exposição pode ser atenuado, no
entanto, os limites não podem ser alterados no presente momento.
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
76
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
77
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
78
Quadro 3.6.
Um motorista dirige um caminhão durante 8 horas por dia. A vibração medida no
assento, aceleração equivalente, ponderada, rms, representativa da exposição, medida
no eixo longitudinal foi de 0,70 m/s2. A exposição está acima do limite estabelecido pela
ISO 2631:1985?
Resposta:
Pela ISO 2631:1985 (figura 3.10) a comparação com o limite pode ser feita de
duas formas:
valor medido em cada faixa com o limite de exposição para aquela freqüência
valor medido com a faixa mais sensível da curva, eixo Z (de 4 a 8 Hz). No
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
79
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
80
Tabela 3.2. ACGIH 2002 – Fatores relativos de ponderação para faixa de frequência de
máxima sensibilidade de aceleração* para as curvas de resposta 1 e 2
(adaptado da ISO 2631)
Fatores de ponderação para
Frequência Vibrações Vibrações
(Hz) longitudinais transversais (X,Y)
1,0 0,50 1,00
1,25 0,56 1,00
1,6 0,63 1,00
2,0 0,71 1,00
2,5 0,80 0,80
3,15 0,90 0,63
4,0 1,00 0,50
5,0 1,00 0,40
6,3 1,00 0,315
8,0 1,00 0,25
10 0,80 0,20
12,5 0,63 0,16
16,0 0,50 0,125
20,0 0,40 0,10
25,0 0,315 0,08
31,5 0,25 0,063
40,0 0,20 0,05
50,0 0,16 0,04
63,0 0,125 0,0315
80,0 0,10 0,025
*4 a 8 Hz para eixo Z e de 1 a 2 Hz para o eixo X e Y.
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
81
Eixo
Eixo X,Y
5 Skidder (arraste de eucaliptos) 0,80 0,86 0,84 1,85 X,Y
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
82
Diretivas da CE
H/A WB
A(8) A(8) VDV
2 2
(m/s ) (m/s ) (m/s1,75)
Nível de ação 2,5 0,5 9,1
Limite de exposição 5 1,15 21
Principais mudanças:
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
83
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
84
t0
a w (t 0 ) =
1
[ (
∫ w dt
a t )]2
Γ t0 −Γ
(3.9)
Onde:
aw (t) = aceleração ponderada instantânea
to = tempo de observação instantâneo
t = tempo (variável de integração)
Γ = tempo de integração média “running”
MTVV = máx [aw (to)], isto é, o máximo valor lido de aw (to) durante o período de
medição (T). Recomenda-se utilizar Γ = 1 s na medição do MTVV (o que corresponde a
uma constante de tempo de integração em “slow” nos medidores de nível sonoro).
T
VDV = 4 [a (
∫ w dt
t ) ]4
(3.10)
0
Onde:
aw (t) = aceleração ponderada instantânea
T = duração da medição
∑VDVi
4
VDVtotal = 4 (3.11)
i
• Experiências sugerem que os métodos adicionais de avaliação serão
importantes no julgamento dos efeitos da vibração no homem quando as razões
a seguir são excedidas:
MTVV VDV
= 1,5 = 1,75
aw aw × 4 T
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
85
Quadro 3.7.
Um operador de uma pá carregadeira executa suas atividades durante um tempo
médio diário de 5 horas. A acelerações equivalentes medidas junto ao assento, rms,
ponderadas segundo a ISO 2631:1997 foram:
Quais conclusões podem ser formuladas à partir dos dados fornecidos, tendo em
conta a relação dose-resposta da norma citada?
Resposta:
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
86
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
87
a w ,θ =
∑a ×T 2
wi i
∑T i
(3.12)
Onde:
aw,θ = magnitude da vibração equivalente (aceleração rms em m/s2 )
Alguns estudos indicam uma magnitude de vibração diferente dada pela expressão:
a w ,θ = 4
∑a ×T 4
wi i
∑T i
(3.13)
Essas duas magnitudes equivalentes têm sido utilizadas no guia para saúde de
acordo com a figura 3.11. Em alguns estudos têm-se utilizado valores de dose da
vibração estimativos:
eVDV = 1,4 a w
4
T (3.14)
Onde:
a w = corresponde a aceleração ponderada em freqüência rms
T = corresponde a duração da exposição em segundos
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
88
Quadro 3.8.
A utilização de um Harvester no processamento de árvores (corte, desgalhamento e
traçamento) expõe o operador à vibração de corpo inteiro. A aceleração equivalente, rms,
ponderada segundo a ACGIH/2002 medida em cada eixo, junto ao assento da máquina é
fornecida. Considerando-se o critério da ACGIH, quais considerações podem ser emitidas
em relação ao desempenho do operador, sabendo-se que o tempo total de operação
diária é de 6 horas.
awx = 0,35 m/s2 , awy = 0,30 m/s2, awz = 0,32 m/s2
Resposta:
vibração tem magnitudes similares, o movimento combinado dos três eixos pode
recomendado pela Comissão Européia (CE) como nível de ação para uma jornada
diária de 8 horas.
Obtenção de Awt(8):
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
89
3.14.2. ANTECIPAÇÃO
• Aquisição de equipamentos, ferramentas e acessórios novos - especificação do
produto - avaliar possibilidades de escolha;
• Seleção de produtos que produzem níveis de vibração mais baixos (Produtos x
Especificação catálogos) - Compromisso Custo x Benefício - análise curto e
longo prazo - seleção de empunhaduras antivibratórias , etc.
• Adequação da ferramenta à tarefa (ISO 5349 - considerando-se as ferramentas
disponíveis para a execução da mesma tarefa avaliar a possibilidade de seleção
dos equipamentos mais adequados que impliquem em menor tempo de trabalho
ou menores níveis de vibração);
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
90
3.14.3. RECONHECIMENTO
• Determinação do nº. de trabalhadores expostos;
• Descrição das atividades executadas;
• Determinação dos tempos e características de exposição para cada situação
encontrada, pausas existentes e tempo de exposição diário total;
• Determinação do tipo, classificação e características dos equipamentos
utilizados pelos operadores.
3.14.4. AVALIAÇÃO
• Qualitativa com base no tipo de equipamento utilizado; procedimentos de
trabalho; níveis típicos (literatura); medições/informações anteriores;
• Determinação do nível de vibração aeq8 /aeq4 para caracterização da exposição e
adoção de medidas preventivas e de controle;
• Monitoramento → Avaliação sistemática e repetitiva (NR-9.3.7);
• Obtenção de parâmetros para avaliação da extensão e gravidade do problema.
• Priorização de ações de controle (Engenharia, Administrativo e Médico) e
verificação da eficiência das medidas adotadas.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
91
3.15. TESTES
1. O ciclo de exposição de um trabalhador à vibração foi determinado. Sabendo-se
que o mesmo é representativo da exposição e o tempo total diário de contato com a
vibração é de 6,5 horas, assinale a alternativa incorreta.
Ciclo determinado
Aceleração ponderada
equivalente no eixo mais 2,1 3,9 4,2 1,3 7,1
significativo em [m/s2]
Tempo em [min] 10 8 2 4 6
( a h , w ) eq (T ) ( a h , w ) eq ( 4 )
2. Assinale as acelerações correspondentes a ,
respectivamente, sabendo-se que a exposição diária de um operador à vibração é
composta pelas seguintes acelerações e tempos respectivos: 0,9 m/s2 por 1h; 4,7
m/s2 por 3h; 6,1 m/s2 por 2 h.
a) 4,9 m/s2 e 6,0 m/s2
b) 3,9 m/s2 e 4,9 m/s2
c) 2,5 m/s2 e 5,6 m/s2
d) 5,6 m/s2 e 2,5 m/s2
e) n.d.a.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
92
( a h , w ) eq (T ) ( a h , w ) eq ( 4 )
a) = 2,5 m/s2 ; = 1,9 m/s2 ; TE ~ 10,8 anos
( a h , w ) eq (T ) ( a h , w ) eq ( 4 )
b) = 1,9 m/s2 ; = 2,5 m/s2 ; TE ~ 15,8 anos
( a h , w ) eq (T ) ( a h , w ) eq ( 4 )
c) = 2,2 m/s2 ; = 2,9 m/s2 ; TE ~ 14,8 anos
( a h , w ) eq (T ) ( a h , w ) eq ( 4 )
d) = 2,2 m/s2 ; = 1,9 m/s2 ; TE ~ 15,8 anos
e) n.d.a.
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
93
EIXOS
FERRAMENTA X Y Z
(m.s2)
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
94
9. Qual dessas condições médicas não está relacionada diretamente com os efeitos
produzidos pela utilização de equipamentos vibratórios?
a) Desordem do sistema nervoso periférico.
b) Doenças anteriores que causem deformidades dos ossos e juntas.
c) Doença primária de Raynaud.
d) Problemas de circulação sangüínea.
e) Problemas respiratórios.
10. Para um período de exposição de 6 horas seis horas, qual o maior valor da
componente de aceleração dominante (r.m.s), ponderada em freqüência, segundo a
ACGIH?
a) 1m/s2
b) 2 m/s2
c) 4 m/s2
d) 8 m/s2
e) 12 m/s2
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
95
13. Com relação às vibrações de corpo inteiro, quando a exposição é severa, qual
dos efeitos não estão diretamente relacionados à essa exposição?
a) Problemas no sistema reprodutivo.
b) Problemas renais e cerebrais.
c) Problemas gastrointestinais.
d) Problemas no sistema visual.
e) Problemas nos discos intervertebrais.
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
96
a) Verdadeira
b) Falsa
a) Verdadeira
b) Falsa
o
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Capítulo 3. Exposição Ocupacional às Vibrações Mecânicas
97
a) Verdadeira
b) Falsa
a) Verdadeira
b) Falsa
o
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Capítulo 4. Iluminação
98
CAPÍTULO 4. ILUMINAÇÃO
OBJETIVOS DO ESTUDO
o
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Capítulo 4. Iluminação
99
v =λ× f (4.1)
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
100
foi explicado por Einstein em 1905 a partir de uma idéia de Planck. Ele postulou que a
energia de um feixe luminoso não era distribuída espacialmente nos campos
eletromagnéticos da onda, mas era discretizada e concentrada em "corpúsculos"
denominados de "fótons”.
Também o efeito Compton favorece aspectos da teoria corpuscular, porque no
choque entre um elétron e um fóton, eles se comportam de certo modo como corpos
materiais, conservando-se a energia cinética e o momento linear. Em resumo, fenômenos
de propagação são mais bem explicados pela teoria ondulatória, enquanto que a
interação luz-matéria é mais bem entendida usando-se conceitos corpusculares.
As propriedades ondulatórias são mais facilmente identificáveis quanto "mais
compridas" as ondas, ou seja, quanto mais além do vermelho visível se estiver, mais
notável se torna o aspecto ondulatório. Por outro lado, quanto mais nos deslocamos do
ultravioleta para os raios cósmicos mais notáveis são os aspectos corpusculares das
radiações.
-9 24
Observação: um nm corresponde a 10 m. A freqüência vai de 10 Hz para os
raios cósmicos até cerca de 1 Hz para transmissões de potência. A luz visível
compreende apenas a pequena faixa de 380 a 780 nm.
o
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Capítulo 4. Iluminação
101
r +t + a =1 (4.2)
Alguns objetos têm transmitância nula, mas nenhum objeto real apresenta qualquer
um destes parâmetros como unitários. A absorbância atua no sentido de sempre diminuir
a quantidade de energia luminosa que sai da superfície.
Quando a luz atinge o olho humano o processo de percepção visual é
desencadeado e pode ser interpretado com base em dois parâmetros da luz:
comprimento de onda e nível energético. A composição de diversos comprimentos de
onda é interpretada como cor, enquanto que a combinação de comprimentos de onda e
níveis energéticos é interpretada como brilho.
o
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Capítulo 4. Iluminação
102
A luminescência é a emissão de luz por processo que não seja a irradiação térmica.
Certos gases e vapores emitem radiação visível a temperaturas normais devido a um
processo de excitação. A excitação pode ser causada por raios X, por raios gama, por
raios ultravioletas, por atrito superficial, por partículas eletrizadas, ou pela colocação de
um sal volátil numa chama.
Neste processo de excitação, o espectro se apresenta apenas com algumas linhas
ou raias verticais paralelas que estão associadas a determinados comprimentos de onda.
Os comprimentos de onda das raias são característicos do elemento que as produzem.
Por exemplo, o hidrogênio sempre fornece o mesmo conjunto de raias nas mesmas
posições. Às vezes as raias se acumulam numa pequena faixa obtendo-se então um
espectro de faixas ou bandas.
Existem várias formas de luminescência tais como:
• Fotoluminescência: excitação devida a raios X ou gama;
• Bioluminescência: excitação associada com a oxidação da luciferina na
presença da enzima luciferase. Como exemplo, temos os vaga-lumes
(pirilampos), certos cogumelos e certos seres do mar. Ela pode ser também
devida a oxidação de certas substâncias ocasionada por choque mecânico. Este
é o caso de certos micro-organismos marinhos que em número de milhões
secretam certa substância que se oxida nas ondas, causando uma sensação de
faiscamento das águas.
• Triboluminescência: a excitação está associada ao atrito, como na formação de
clarões ao se partir um cristal de açúcar ou na clivagem de certas micas.
• Quimioluminescência: causada por reação química como a oxidação do fósforo
ao ar livre.
• Cátodo-luminescência: causada por choque de partículas alfa ou elétrons, como
nos oscilógrafos ou tubos de televisão.
A luminescência é subdividida em fluorescência e fosforescência. Na
fluorescência a luz cessa logo ao ser o agente interrompido, e na fosforescência a
emissão continua por um dado tempo após cessar a causa. Exemplo típico são certos
mostradores de relógio e tomadas que fosforescem no escuro, enquanto que a
fluorescência de raios X é uma das mais importantes técnicas de caracterização
mineralógica da atualidade, uma especialidade importante dentro de um projeto de
empreendimento de mineração.
o
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Capítulo 4. Iluminação
103
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
104
4.1.6.2. Difusão
O fluxo luminoso pode ser controlado direcionalmente por meio de materiais com a
propriedade de gerar um certo grau de espalhamento. Esta difusão pode ser obtida de
vários modos tais como o riscamento da superfície, a incorporação no material de
partículas difusoras, pela aplicação de um revestimento superficial, etc.
O objetivo da difusão é fazer com que a fonte luminosa pareça maior e menos
brilhante, sendo uma técnica importante para a redução do ofuscamento e melhoria do
conforto visual. Estes aspectos são importantes na mineração, principalmente nas minas
com camadas pouco espessas (galerias estreitas e com pequena altura), onde as
lâmpadas são colocadas na altura dos olhos dos mineiros.
Para 2 lâmpadas incandescentes comuns, uma com bulbo de vidro limpo e outra
com bulbo fosco, a de bulbo fosco faz com que a lâmpada pareça maior, reduzindo a
percepção do brilho por unidade de área. Em termos de ordem de grandeza média, o
bulbo de vidro limpo tem um brilho por unidade de área cerca de sete vezes maior.
A difusão sempre implica numa diminuição da energia transmitida e, portanto, numa
diminuição da eficiência da instalação luminosa. Técnicas de projeto de luminárias
permitem a redução desta perda através do fenômeno da inter-reflexão.
o
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Capítulo 4. Iluminação
105
t
tu = (4.3)
d
o
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Capítulo 4. Iluminação
106
4.1.7. REFRAÇÃO
A velocidade da luz no vácuo é uma constante e independe do comprimento de
onda considerado. Em qualquer outro meio, a velocidade é diferente (menor) que no
vácuo e varia com o comprimento de onda considerado. Deste modo, em qualquer meio
que não o vácuo, raios luminosos monocromáticos violeta e vermelho terão velocidades
distintas, fenômeno conhecido como dispersão. O quociente entre a as velocidades no
vácuo (c) e num meio qualquer (v) define, para um dado comprimento de onda, o índice
de refração do meio (nλ):
c
nλ = (4.4)
v
Tabela 4.1. Índices de refração para alguns sólidos, líquidos e gases (15,16)
Sólidos Líquidos Gases
Gelo (- 8°C) 1,31 CO2 (- 15°C) 1,195 Hidrogênio (0°C) 1,32
Fluorita 1,433 9 N2 (- 190°C) 1,205 Vapor de água (0°C) - 2,50
Silvinita 1,490 4 O2 (- 181°C) 1,221 Ar seco (15°C) 2,765
Vidro "crown" 1,517 1 Àlcool (20°C) 1,329
Água:
80°C 1,332 0
Sal 1,544 0
40°C 1,330 7
0°C 1,333 8
Olho humano:
Quartzo 1,544 2 Humor aquoso 1,330
Humor vítreo 1,337
Cristal de rocha 1,544 3
Vidro de bário 1,568 1
Vidro "crown" de bário 1,574 1
Vidro "flint" leve 1, 580 3
Bissulfeto de carbono 1,629 0
Vidro "flint"denso 1,655 5
Calcita 1,658 4
Diamante 2,423 0
Rutílio (*) 2,7
(*) dióxido de titânio cristalino sintético
o
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Capítulo 4. Iluminação
107
Quando uma luz monocromática atinge a interface de dois meios que apresentam
índices de refração diferentes, uma parte é refletida e outra parte é refratada, penetrando
no segundo meio. A figura 4.3. mostra os raios incidentes, refletidos e refratados e as leis
da ótica aplicáveis a cada um deles. Para o raio refratado é válida a lei de Snell dada por:
c c v senθ
n= e n' = → = (4.6)
v v' v' senθ '
o
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Capítulo 4. Iluminação
108
Figura 4.3. Refração da luz na interface de dois meios com índices de refração n e n'
Ao sair do prisma, a luz branca se espalha num leque e dizemos que ela se
dispersou num espectro. Esta dispersão pode ser quantificada por dois parâmetros, a
dispersão angular e o desvio. A dispersão angular é dada pela separação angular entre
os raios vermelho e violeta, enquanto que o desvio médio de todo o feixe com relação à
direção de incidência pode ser medido pelo desvio da luz amarela. Assim, o desvio do
espectro é controlado pelo índice de refração da luz amarela enquanto que a "abertura"
do feixe depende da diferença entre os índices de refração do vermelho e do violeta. A
tabela 4.3. apresenta alguns índices de refração para vários comprimentos de onda e
vários tipos de vidro.
Os parâmetros desvio e dispersão são importantes no estudo de certas
propriedades como o brilho e a "luminosidade" de certas gemas e cristais. O diamante e
os cristais de Murano, Itália, apresentam brilho especial em parte devido às suas altas
dispersões. Na tabela 4.3. podemos observar que o vidro "flint" apresenta razoável
dispersão e desvio, mas a fluorita, por exemplo, os tem pequenos. Isto é, a fluorita tem
pequeno desvio para a luz amarela e pequena diferença de índices de refração entre o
violeta e o vermelho.
A velocidade da luz em um gás é aproximadamente igual à no vácuo, e a dispersão
é muito pequena. Para o ar em condições normais tem-se:
• Luz vermelha (656 nm) ---- n = 1,000 295 7
• Luz violeta (436 nm) -------- n = 1,000 291 4
o
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Capítulo 4. Iluminação
109
Figura 4.4. Dispersão de feixe policromático devido aos diferentes índices de refração
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
110
4.1.8. ABSORÇÃO
Quando um objeto absorve certos comprimentos de onda permitindo que outros
sejam refletidos ou transmitidos, diz-se que ele apresenta propriedades absorventes
seletivas. A absorção seletiva altera a composição de comprimentos de onda da luz
refletida (ou transmitida), e esta alteração é percebida como cor do objeto. Um objeto
visto como vermelho quando iluminado por luz branca contém moléculas (pigmentos) que
absorvem comprimentos de onda da região verde-azul do espectro, ao mesmo tempo em
que refletem comprimentos de onda da região do vermelho.
Se um objeto que praticamente só reflete luz da região do vermelho for iluminado
por uma luz composta basicamente por comprimentos da região do verde-azul do
espectro, ele surgirá "sem cor", sem "brilho" e muito escuro. Isto demonstra que o olho
humano só percebe cores que já existiam na luz incidente. A percepção de cor é um
processo subtrativo, isto é, a mistura de cores na luz refletida é um subconjunto da
mistura de cores da luz incidente.
As propriedades de absorção são úteis na seleção de fontes de luz onde a
discriminação de cores é importante como nos códigos de sinalização para fiações e
tubulações, e zonas especiais de tráfego.
No garimpo subterrâneo de esmeraldas de Campos Verdes, Goiás, foi feita uma
tentativa de minimização de furto de pedras nas frentes de lavra em subsolo
empregando-se na iluminação das galerias apenas lâmpadas que não emitiam
comprimento de onda da região do verde. Deste modo, ficava muito difícil se distinguir as
gemas brutas da rocha encaixante talco-xisto. As gemas, que eram esverdeadas,
apresentavam então cor cinza semelhante ao xisto.
4.1.9.1. Cores
Cores são os nomes especiais dados a determinados comprimentos de onda ou a
várias combinações destes. Percebe-se que comprimentos de onda da faixa entre 380 e
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
111
400 nm caracterizam a cor violeta, enquanto que a faixa ao redor de 600 nm caracteriza a
cor amarela.
Quando se tem uma mistura de comprimentos de onda de todo o espectro visível a
luz se apresenta como branca, enquanto que o preto não é uma cor, mas a ausência total
de luz (refletida ou emitida). O sol e certas lâmpadas produzem misturas mais ou menos
"balanceadas" de todo o espectro visível e, portanto emitem uma luz "natural". Outras
proporções relativas de comprimentos de onda produzem diversos tipos de luz
denominadas de “cores brancas".
Certas combinações de comprimentos de onda podem ser percebidas pelo olho
como de uma dada cor, sendo na realidade uma composição de apropriados
comprimentos de onda. Por exemplo, a mistura de amarelo e azul é percebida como
sendo a cor verde.
4.1.9.2. Brilho
A percepção do "brilho" de um objeto depende entre outras coisas de duas
características da luz, a energia luminosa e a mistura de comprimentos de onda. Para um
dado comprimento de onda, quanto maior a energia atingindo o olho maior a sensação de
brilho.
Todavia o olho humano não responde igualmente a todos os comprimentos de onda
do espectro visível, e isto é ilustrado na figura 4.5.. A curva representa a resposta do olho
aos brilhos relativos de vários comprimentos de onda, referenciados ao comprimento de
555 nm (luz verde, para o qual o olho é mais sensível). Esta curva é denominada de
curva espectral de eficiência luminosa, sendo uma curva média obtida
experimentalmente a partir das curvas individuais de muitas pessoas.
A curva espectral de eficiência luminosa surge nas definições das principais
unidades fotométricas, sendo incorporada em instrumentos que medem estas grandezas.
Estes instrumentos possuem sistemas de filtros internos que selecionam comprimentos
de onda de modo a reproduzir esta curva.
Figura 4.5. Curva espectral de eficiência luminosa para fluxos radiantes monocromáticos
e sua percepção pelo olho humano.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
112
figura A
figura B
Figura 4.6. Medidas radiométricas (energia radiante) e medidas fotométricas (energia
luminosa)
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
113
φr
η= (4.7)
Pel
Verifica-se também experimentalmente que apenas uma parte do fluxo radiante (φr)
sensibiliza o olho humano, mais precisamente a estreita faixa de comprimentos de onda
entre 380 e 780 nm.
Unidades como o Watt são usadas quando se quer quantificar a energia associada
às grandezas potência elétrica ou fluxo radiante, tendo-se então as "intensidades" das
fontes como emissoras de radiação eletromagnética. Como se deseja comparar as
"intensidades relativas" das fontes como emissoras de luz visível, em projetos de
iluminação o foco está em comparar fluxos luminosos e não fluxos radiantes. A figura 4.8.
ilustra a relação entre a energia radiante e sua parte que sensibiliza o olho humano.
A experiência mostra que quantidades iguais de fluxos radiantes de diversos
comprimentos de onda não produzem iguais percepções de brilho visual. Além disso,
quantidades iguais de fluxos luminosos monocromáticos de cores distintas também não
produzem a mesma percepção visual de brilho. Estas observações são sintetizadas na
curva espectral de eficiência luminosa a qual reflete o fato de que para um grande
número de pessoas a vista é mais sensível à luz amarela de comprimento de onda de
555 nm. Os limites desta curva experimental é que definem a faixa de comprimentos de
onda que sensibilizam o olho humano, estimada entre 380 e 780 nm. Estes limites do
espectro visível não são rígidos, e com iluminação reduzida a vista se torna mais sensível
a comprimentos de onda mais curtos; nestes casos a percepção do maior brilho se situa
na faixa de 500 a 550 nm.
O decaimento da percepção do brilho para cores diferentes do amarela é rápido, e
a 610 nm o brilho relativo é de apenas 50%. Isto é, se olharmos uma superfície onde
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
114
φr (W) φl (lm)
perdas
e
Figura 4.8. Uma parte do fluxo radiante (φr) corresponde ao fluxo luminoso φl, o qual é
capaz de sensibilizar o olho e cuja unidade é o lúmem (e não o Watt)
Dos exemplos acima se percebe que o watt não é adequado para quantificar fluxo
luminoso, e o que se precisa é de uma unidade que exprima a capacidade da radiação
provocar sensações visuais subjetivas de brilho. O instrumento básico de medida é o olho
humano e a ciência que estuda e compara quantidades de luz e seus efeitos na
iluminação de objetos, tendo por base as sensações visuais, chama-se fotometria.
Os sistemas de unidades fotométricas são muito particulares, porque aplicam uma
função de ponderação humana às medidas físicas de energia. Ou seja, eles ponderam as
energias medidas com a curva espectral de eficiência luminosa. Esta é uma diferença
essencial entre unidades radiométricas e fotométricas; as primeiras são usadas para
radiações não visíveis e não incluem esta ponderação humana.
As principais grandezas consideradas em projetos de iluminação são: potência
elétrica (Pel), fluxo radiante (φr), fluxo luminoso (φl), eficácia luminosa (e), intensidade
luminosa (I), iluminância (E), luminância (L) e refletância (r).
4.1.11. FLUXO RADIANTE
É a potência transportada por todas as radiações de um feixe eletromagnético
independentemente de efeitos visuais. Ou seja, é a energia transportada na unidade de
tempo por todos os comprimentos de onda do feixe. Sua unidade é o Watt. Este fluxo
contém radiações visíveis e não visíveis.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
115
φl
e= (4.8)
φr
o
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Capítulo 4. Iluminação
116
Quadro 4.1.
Exemplo de eficácia luminosa para luz vermelha.
Resposta:
Para a luz de vapor de sódio com comprimento de onda de 589 nm, temos
para f o valor de 0,765. Logo a eficácia luminosa nesta faixa do espectro luminoso
será de: e = (0,765)x(685) = 524 lm/W. Ou seja, cada watt de potência radiante desta
seguintes lúmens:
para ----------------
o
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Capítulo 4. Iluminação
117
Portanto:
e × φr f × 685 × φ r
ηg = =
Pel Pel
f × 685 × (η × Pel )
ηg =
Pel
Finalmente:
η g = f × η × 685 (lm/W) (4.13)
o
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Capítulo 4. Iluminação
118
ΔS
ΔΩ = (4.14)
R2
dφ l
I= (4.15)
dΩ
Onde:
dφl = fluxo luminoso, em lúmens
dΩ = ângulo sólido, em esterorradianos
I = intensidade luminosa em candelas (lúmens por esterorradianos) na direção do ângulo
sólido considerado
Como não existe na realidade fontes pontuais, uma fonte real pode ser tratada
como pontual quando sua maior secção transversal for igual ou inferior a 1/20 da
distância da qual ela é observada. Aproximações mais grosseiras são feitas para a
relação 1/10. Assim, uma chama de vela de 2 cm pode ser considerada pontual a mais
de 40 cm. Para fontes não pontuais (extensas) existe o conceito equivalente de
luminância que será visto mais adiante.
A maioria das fontes não emite quantidades iguais de fluxo luminoso por unidade
de ângulo sólido em todas as direções do espaço. Por exemplo, uma lâmpada
incandescente não emite fluxo na direção da sua base.
Para uma fonte luminosa pontual de intensidade A candelas em todas as direções,
o fluxo luminoso que ela emite para todo o espaço que a rodeia é expresso por:
φl
Im = (4.16)
Ω
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
119
É uma intensidade média para todo o ângulo sólido e uma área sobre uma esfera
centrada na fonte pontual. À medida que o ângulo sólido é subdividido em ângulos
menores a variação da intensidade com a direção pode ser melhor avaliada. No limite a
intensidade numa certa direção é dada por:
dφ l
I= (4.17)
dΩ
Para áreas infinitesimais dA que não estejam sobre a superfície de uma esfera, ou
seja para áreas infinitesimais cujas normais não contenham o vértice do ângulo sólido,
temos a seguinte expressão para o ângulo sólido:
dA proj
dΩ = (4.18)
R2
o
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Capítulo 4. Iluminação
120
Δφl
E= (4.19)
ΔS
Onde:
A figura 4.10. ilustra um fluxo luminoso atingindo uma superfície, e notamos que
neste conceito não há não há nada que distinga os raios luminosos quanto a origem ou
direção. Além disso, o fluxo total pode ser de mais de uma fonte, valendo o princípio da
superposição.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
121
Quadro 4.2
Exemplo de iluminância média para determinada área:
Resposta:
diferentes numa área de 10 m2, produzem uma iluminância média nesta área de:
Δφ l dφ
E ( P) = lim( )= l (4.20)
ΔS dS
ΔS → 0
Se todos os pontos de uma área forem igualmente iluminados, a área é dita sob
iluminância uniforme e escrevemos:
E = E ( P) = E (4.21)
o
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Capítulo 4. Iluminação
122
Quadro 4.3.
Exemplo de iluminância para um ponto.
Resposta:
Consideremos uma parede branca na qual incide a luz de dois faróis com
seguintes valores:
com
ogo:
E (amarela) = 0,7656 x (685 lm/W) x (50 W/m2) = 26221,8 lm/m2 = 26222 lux
E (vermelha) = 0,0772 x (685 lm/W) x (50 W/m2) = 2644,1 lm/m2 = 2644 lux
Ou seja, a região iluminada pelo feixe amarelo tem iluminância cerca de dez
teríamos:
o
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Capítulo 4. Iluminação
123
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
124
I I
L= = (4.22)
A proj A × cos θ
Observação: fontes extensas são caracterizadas por sua luminância, sejam elas
fontes primárias ou secundárias de luz.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
125
Esta página, ao ser lida, se encontra praticamente sob iluminância uniforme. Como
as letras impressas refletem menos luz, elas parecem menos brilhantes que o papel
branco. Portanto, apesar do iluminância ser uniforme, a luminância desta página não o é.
Em geral a luminância de uma superfície depende da direção da qual é observada,
existindo superfícies perfeitamente difusas para as quais a luminância é a mesma de
qualquer ponto que seja observada. Para estas superfícies, denominadas de difusores
perfeitos ou superfícies Lambertianas, a luminância pode ser expressa em outra unidade
que não cd/m2. Como exemplos de ótimas superfícies difusoras temos, a neve nova e
muito fofa, uma parede pintada com tinta branca e o óxido de magnésio. Para estas
superfícies, podemos fazer a aproximação de difusor perfeito, pois sua luminância é
praticamente a mesma qualquer que seja a direção de observação.
O conceito de luminância é importante em projetos de iluminação porque é uma
grandeza física que se correlaciona com a percepção subjetiva de "brilho". A simplicidade
da equação 4.22. encobre uma série de considerações importantes que podem não
serem percebidas a primeira vista. Vamos analisá-la com maior detalhe, variando
isoladamente os seguintes fatores: a intensidade I, a área A, a distância de observação e
a direção de observação.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
126
afirmar que a direção de observação é um parâmetro influente que deve ser estudado em
cada caso particular.
Das considerações anteriores pode-se perceber que existe uma correlação entre
luminância e percepção de brilho, mas que esta correlação não é absoluta. Ela é válida
apenas quando se tem as mesmas condições de observação visuais, o que pode ser
ilustrado do seguinte modo. Se olharmos para vários objetos sob um mesmo nível de
iluminação de fundo, poderemos ordená-los segundo nossa percepção de brilho. Esta
ordenação coincidiria com aquela que seria obtida se medíssemos experimentalmente as
luminâncias. Por outro lado, se observarmos uma lanterna de capacete mineiro numa
galeria escura (sem iluminação de rede) e a céu aberto num dia claro, ela não parecerá
tão brilhante na superfície, mas sua luminância é a mesma nos dois locais. O que
acontece é que os estados de adaptação do olho humano aos níveis de iluminação em
subsolo e a céu aberto são distintos, ocorrendo, portanto uma alteração da correlação
entre percepção de brilho e luminância.
4.1.18. REFLETÂNCIA
A refletância é uma medida da eficiência de uma superfície em devolver a luz
incidente; se for nula toda a luz é absorvida e se for unitária toda luz é refletida.
Um espelho praticamente reflete toda a luz incidente e sua refletância pode ser
considerada para fins práticos como unitária. O chamado corpo negro perfeito (radiador
integral) absorve toda a radiação que nele incide e tem então uma refletância nula. Uma
boa aproximação deste corpo negro pode ser obtida com um orifício numa caixa pintada
de preto por dentro, pois praticamente toda luz que entra pelo orifício não sai mais.
Bons projetos de iluminação mineira requerem o conhecimento da refletância do
ambiente porque nós "vemos é através da luz refletida", e em geral, nas minas a maior
parte da luz incidente é absorvida. A quantificação da luz refletida torna possível que se
compense as perdas por absorção, e esta compensação pode ser efetuada pelo sistema
de iluminação ou pela alteração da superfície refletora.
Didaticamente podemos classificar a reflexão superficial em seis tipos principais:
especular, especular com difusão preferencial, especular com difusão perfeita, difusão
com componente especular e difusão com espalhamento.
Os diagramas da figura são muito simplificados, pois ilustram apenas um raio
incidente, enquanto que na realidade poderíamos ter um cone de luz incidente ou ela
poderia provir de todas as direções. Além disso, poderíamos estar medindo toda a luz
refletida, ou uma parte dela numa dada direção ou ainda apenas um feixe de raios.
Na literatura não há concordância absoluta quanto aos tipos de reflexão
encontradas em minas subterrâneas. Trotter (1) afirma que na maioria das minas secas as
superfícies são difusoras com componente especular, enquanto que para superfícies
poeirentas e pulverulentas a reflexão se aproximaria da difusão perfeita. Já Crooks e
Peay (15,16) afirmam que a maioria das rochas e minerais quando secos são difusores
perfeitos; quando úmidos a maior parte se tornaria difusora com espalhamento e uma
pequena parte se tornaria difuso-especular. Esta última seria potencialmente a mais
provável causadora de ofuscamento, e, portanto a umidade é um fator gerador de
ofuscamento em minas principalmente se as superfícies estiverem bem úmidas e
intensamente iluminadas.
o
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Capítulo 4. Iluminação
127
A tabela 4.3. contém dados de refletância levantados por Trotter (1), podendo-se
observar que a refletância do carvão é bem baixa estando em geral na faixa de 3 a 6%.
I
E ( P) = (4.23)
R P2
Onde:
E(P) = iluminamento no ponto P considerado, contido num plano perpendicular com
relação a reta definida por P e a fonte pontual, em lx
I = intensidade da fonte na direção do ponto P, em cd
RP = distância entre a fonte pontual e o ponto P, em m
Esta lei é aplicável para fontes pontuais, com luz atingindo diretamente o ponto
considerado e não havendo absorção atmosférica. Ela serve como boa aproximação
quando se tem ar limpo, as refletâncias das superfícies das rochas são bem baixas, as
medidas são efetuadas a uma certa distância da fonte e as lâmpadas possam ser
aproximadas por fontes pontuais. Como em geral os valores medidos são relativos a um
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
128
I (θ ) × cos θ
E ( P, θ ) = (4.24)
RP2
Onde:
E(P,θ) = iluminamento no ponto P do plano de trabalho inclinado de θ com relação a
direção unindo a fonte ao ponto P, em lx
θ = ângulo entre a normal ao plano de trabalho e a direção fonte-ponto P
h h2
= cos θ ou R P2 = (4.25)
RP cos 2 θ
I (θ ) × cos 3 θ
E ( P, θ ) = (4.26)
h2
o
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Capítulo 4. Iluminação
129
o
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Capítulo 4. Iluminação
130
Assim fica muito difícil avaliar o efeito isolado de um único fator como o nível de
iluminação e quantificar os ganhos em termos de prevenção de acidentes ou fatalidades.
Contudo, as análises consistentemente indicam um aumento da segurança e ou da
produtividade nas seções melhor iluminadas da mina, e o corpo de evidências diretas e
indiretas cada vez justifica mais a melhoria da iluminação em subsolo de modo a se ter
fontes de rede além das individuais de capacete e dos faróis dos veículos (1).
o
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Capítulo 4. Iluminação
131
o
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Capítulo 4. Iluminação
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o
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Capítulo 4. Iluminação
133
o
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Capítulo 4. Iluminação
134
Isto pode resultar numa falsa impressão de que a máquina está parada, com pouco
movimento, ou até com movimento contrário ao esperado, podendo causar acidentes.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
135
Todos estes objetivos podem ser, pelo menos parcialmente, obtidos com um bom
projeto de iluminação mineira. Este projeto pode ser efetuado rapidamente com o uso de
uma calculadora e, alguns conceitos simples. As metodologias mais usuais são “o ponto
a ponto” e a dos “lumens”.
O fator iluminação deve ser tratado na lavra subterrânea como um importante
parâmetro de projeto, pois influi no número e severidade de acidentes, afeta a produção e
a produtividade, e caracteriza o ambiente de trabalho.
o
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Capítulo 4. Iluminação
136
A
50 Orientação simples para
Iluminação geral para áreas usadas
75 permanência curta
interruptamente ou com tarefas
100
visuais simples
o
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Capítulo 4. Iluminação
137
Refletância do fundo da
Superior a 70 % 30 a 70 % Inferior a 30 %
tarefa
O procedimento é o seguinte:
• Analisar cada característica para determinar o seu peso (-1, 0 ou +1);
• Somar os três valores encontrados, algebricamente mantendo o sinal;
• Quando o valor total é igual a –2 ou –3, usa-se a iluminância mais baixa do
grupo; usa-se a iluminância superior quando a soma for +2 ou +3; nos outros
casos utiliza-se o valor médio.
o
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Capítulo 4. Iluminação
138
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
139
Tabela 4.7. API – RP 540 – Valores mínimos de iluminância para ambientes externos
Ambiente Lux*
Corredores e escadas 15
Equipamentos em área externa 55
Bombas, válvulas, manifolds 35
Trocadores de calor 35
Plataformas de operação 35
Plataformas simples 25
Diais e painéis 55
* valores arredondados a maior, para múltiplos de 5.
Observação: as classes, bem como os tipos de atividades não são rígidos quanto as iluminâncias
limites recomendados, ficando a critério dos responsáveis, alcançar ou não os valores das
classes/ tipos de atividades adjacentes, dependendo das características do local/tarefa.
o
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Capítulo 4. Iluminação
140
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
141
As medições devem ser feitas por amostragem, visando recolher dados de alguns
pontos de tarefas visuais, para avaliar a eficiência e adequação do sistema de
iluminação, não sendo necessário o levantamento de todos os pontos existentes.
Tipo de luminária:
• Difusão;
• Diretividade;
• Ofuscamento/reflexos.
Quantidade de luminárias:
o
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Capítulo 4. Iluminação
142
Distribuição:
• Homogeneidade;
• Contrastes;
• Sombras.
Manutenção:
• Reposição;
• Limpeza.
Cores:
• Refletância;
• Ambiente.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
143
Em subsolo alguns parâmetros podem ser alterados enquanto outros não, e é difícil
a comparação entre os valores de projeto e os reais porque simplesmente não existem
medidas fotométricas precisas numa mina. Cálculos muito precisos não tem, portanto,
sentido e é comum que para se enquadrar um ambiente em alguma norma se utilize
adotar uma margem de segurança de 100% em vez dos valores comuns de 10 a 20%.
Por causa disso um bom projeto de iluminação de mina pode ser feito com uma
calculadora não sendo necessário nem justificável recorrer-se aos sofisticados programas
existentes no mercado.
O ambiente de trabalho subterrâneo é de alto risco e a iluminação mineira deve ter
alguns objetivos inerentes a sua própria natureza, tais como.
4.4.1.3. Mobilidade
Um projeto comum de iluminação é orientado para uma área específica onde
equipamentos de iluminação podem ser instalados permanentemente. Numa mina a face
avança continuamente, e várias faces podem estar sendo lavradas ao mesmo tempo por
um mesmo equipamento. Existem, portanto duas opções de projeto: colocação de fontes
de luz nos equipamentos ou instalação de sistemas semipermanentes em cada face
ativa.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
144
4.4.1.6. Ofuscamento
Sistemas de iluminação em subsolo têm muitas vezes sua eficiência ameaçada por
problemas de ofuscamento, originário em fatores como: necessidade de sistemas de alta
potência luminosa (face às baixas refletividades); alto contraste entre a fonte de luz e o
fundo de baixa refletividade; colocação de lâmpadas na linha de visão dos trabalhadores.
Este último fator pode ser causado por restrições geométricas (forma e tamanho das
galerias, localização dos suportes), ou por necessidades de iluminância mínima para
certas tarefas.
As maiores dificuldades na execução de um projeto mineiro de iluminação estão
associadas à:
• Dificuldades de instalação (tetos podem conter blocos soltos);
• Variações de voltagem (comuns em minas face aos grandes equipamentos);
• Padronização imperfeita das lâmpadas;
• Alteração da inclinação e orientação das luminárias (devido a choques com
máquinas e ferramentas);
• Alteração dos fatores de manutenção (devido ao estado de conservação);
• Absorção atmosférica (devido ao pó em suspensão);
• Variações da produção luminosa com o tempo.
Um fator importante nos projetos mineiros é o empoeiramento das luminárias com o
decorrer do tempo e que pode reduzir em mais de 50% o fluxo útil emitido.
A influência da poeira é introduzida no projeto por meio de um fator de manutenção
(FM), um número empírico variável de mina para mina e mesmo dentro de uma mesma
mina. Minas de carvão são muito empoeiradas e a presença de água transforma o pó em
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
145
I (θ ) × cos 3 θ
E ( P,θ ) = FM × FA × (4.27)
h2
I (θ ) × cos 3 θ
FA
L( P ) = FM × × (4.28)
π h2
Onde:
E(P, θ) = iluminância no ponto P do piso da galeria, com ângulo θ com relação à lâmpada
do teto, dada em lux.; θ fica definido pelas retas vertical pela lâmpada e a que une a
lâmpada ao ponto P do piso
FM = fator de manutenção, a ser estimado para cada mina e região desta, adimensional
FA = fator de absorção atmosférica devido a partículas no ar da mina, entre 0,9 e 1
I(θ) = intensidade luminosa da lâmpada na direção dada pelo ângulo θ, expressa em
candelas. Consta dos dados da lâmpada fornecidos pelo fabricante
h = altura média da galeria
π = constante de valor 3,14
A figura 4.14. Ilustra a utilização das fórmulas básicas do método ponto a ponto.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
146
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
147
4.5. TESTES
3. Qual a cor em que o olho é mais sensível, ou seja, apresenta maior eficiência?
a) Vermelho.
b) Amarelo.
c) Azul.
d) Preto.
e) Verde.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 4. Iluminação
148
5. A definição de refletância é:
a) Uma medida da eficiência de uma superfície em devolver a luz refletida.
b) Uma medida do quanto a luz vai ser desviada após sua reflexão.
c) O maior valor que a superfície pode refratar.
d) Uma medida da eficiência de uma superfície em devolver a luz incidente.
e) n.d.a.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
149
CAPÍTULO 5. PRESSÕES
Prof. José Possebon
OBJETIVOS DO ESTUDO
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
150
5.2.1. BAROTRAUMA
É um acidente que decorre da incapacidade de se equilibrar a pressão no interior
das cavidades pneumáticas do organismo com a pressão ambiente em variação.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
151
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
152
5.3.1. COMPRESSÃO
No caso da compressão deve-se elevar a pressão de 0,3 kgf/cm2 no primeiro
minuto, fazendo-se a seguir a observação dos sintomas e efeitos nos trabalhadores. A
partir daí, com uma taxa de no máximo 0,7 kgf/cm2 por minuto aumenta-se a pressão até
o valor de trabalho. No caso de algum problema em qualquer etapa da compressão, ela
deve imediatamente interrompida.
5.3.2. DESCOMPRESSÃO
No caso da descompressão, além da pressão de trabalho é necessário também o
tempo de permanência nessa pressão. Na descompressão a pressão será reduzida a
uma taxa não superior a 0,4 kgf/cm2 por minuto até o primeiro estágio, definido na tabela
a ser utilizada. A seguir se mantém a pressão por um tempo de parada indicado na tabela
5.4.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
153
* ** ***
NOTAS A descompressão deverá Não está incluído o Para os valores limites
ser feita à velocidade não tempo entre estágios de descompressão use
superior a 0,4 kgf/cm 2 o maior valor
Quadro 5.1.
Um trabalhador vai realizar um trabalho em um tubulão a uma pressão de 2,0
kg/cm2 durante duas horas. Determinar os procedimentos para a etapa de compressão e
de descompressão.
Resolução:
1) ETAPA DE COMPRESSÃO
kgf/cm2. Após atingir esse valor, mantemos a pressão por um certo tempo para
fazer uma avaliação das condições do trabalhador. Se ele não apresentar nenhum
0,7 kgf/cm2 por minuto, até atingirmos a pressão de trabalho (2,0 kgf/cm2).
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
154
descompressão.
2) ETAPA DE DESCOMPRESSÃO
No primeiro estágio a pressão deve baixar de 2,0kg/cm2 até 0,6 kgf/cm2 a uma
mantemos essa pressão (0,6kgf/cm2) por cinco minutos. Após esse tempo de
Esse trabalhador deverá ficar na empresa pelo menos por mais duas horas
físico.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
155
(frente) (verso)
_______________________________
EM CASO DE INCONSCIÊNCIA OU MAL DE
NOME DA COMPANHIA
CAUSA INDETERMINADA TELEFONAR
_______________________________
IMEDIATAMENTE PARA O N°_________ E LOCAL E ANO
ENCAMINHAR O PORTADOR DESTE PARA ________________________________
NOME DO TRABALHADOR
____________.
ATENÇÃO: TRABALHO EM AR COMPRIMIDO
o
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Capítulo 5. Pressões
156
Quadro 5.2.
Em um trabalho em tubulão pressurizado, em uma pressão de 1,8 kg/cm2
durante 3 horas, o início da compressão se deu por volta das 13 horas, sendo o
período de trabalho das 8 às 17 horas. Programar as etapas de compressão, trabalho
e descompressão.
Resposta:
COMPRESSÃO
condições a 0,3kg/cm2)
DESCOMPRESSÃO
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
157
saúde)
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
158
Quadro 5.3
Em um trabalho em tubulão pressurizado programado para duas horas, após
uma hora, a temperatura de globo úmido resultou em 28°C. Que providências você
tomaria?
Resposta:
novas compressões, fazer uma inspeção geral em todo o sistema para evitar
o
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Capítulo 5. Pressões
159
Quadro 5.4.
Programe as etapas de compressão, trabalho e descompressão em tubulão
pressurizado, por 1:30 hs, a uma pressão de 1,6 kg/m2.
Resposta:
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
160
o
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Capítulo 5. Pressões
161
o
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Capítulo 5. Pressões
162
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
163
5.8. TESTES
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Capítulo 5. Pressões
164
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Anexo A
165
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Anexo A
166
9 O que é ruído?
O ruído é também um conjunto de freqüências emitidas simultaneamente, porém,
neste caso, não existe qualquer relação específica entre elas. Em um dado ruído, podem
estar presentes (e freqüentemente estão) todas as freqüências audíveis. Assim, um ruído
é um “pacote” de freqüências, sem relação direta entre as mesmas, que pode cobrir toda
a gama audível, cada um com uma amplitude (pressão sonora) individualizada. Por isso,
não faz sentido falar-se em “freqüência” como um ruído, pois não é uma só, mas um
“espectro” de um ruído. Como a energia se distribui pelas freqüências, o somatório nos
dá a sensação global de intensidade subjetiva do mesmo. Apesar disso, podemos falar
em ruídos onde predominam altas ou baixas freqüências, e podemos intuir isso, pois as
altas freqüências dão uma sensação maior de “estridência” e intolerabilidade do que em
baixas.
9 E o dBA?
O dBA é uma sigla que indica que foi feita uma determinação da pressão sonora
em decibéis, e que o aparelho aplicou uma correção de medição segundo um padrão,
chamado curva A de compressão (isto também é universalmente padronizado). Ou seja,
o aparelho processou sua medição compensando-a segundo a curva A e, portanto, o
valor passa a ser um dB diferente, o dBA. Quando não há “sobrenome” no dB, infere-se
que não houve compensação nenhuma, e a leitura é dita “linear”. A curva A é uma curva
padronizada que busca compensar a leitura originalmente “imparcial” ou linear do
aparelho por uma que tenha relação com a audição humana. São feitas correções nas
freqüências, de forma a simular a resposta do ouvido humano. Apesar de inicialmente
aplicar-se a sons de baixa intensidade, hoje ela é universalmente aceita para essa
compensação, independentemente da intensidade do ruído. A medição em dBA é
mundialmente considerada na avaliação de ruído contínuo e intermitente.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Anexo A
167
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Anexo A
168
• CALIBRAÇÃO E AFERIÇÃO
9 Com que freqüência devo calibrar meu medidor de ruído?
Em avaliações de ruído, os instrumentos devem ser calibrados necessariamente
antes e depois do conjunto de medições. O normal é que isto ocorra ao início e ao final
da jornada de avaliações. Entretanto, se durante o trabalho ocorrerem fatos que
justifiquem uma recalibração, como choques mecânicos, campos eletromagnéticos muito
intensos, extremo calor ou frio, a calibração deve ser refeita. Conheça também os limites
de trabalho de seu medidor, que se encontram no manual de instruções. A calibração
deve ser acústica, e não apenas a calibração eletrônica interna que alguns equipamentos
possuem.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Anexo A
169
• FAZENDO A DOSIMETRIA
9 Devo tirar o dosímetro do trabalhador na hora do almoço?
Eis aí uma questão que não tem uma resposta definitiva. Se o almoço ocorre em
refeitório, e o trabalhador tem sua jornada de 8h na área produtiva, efetivamente o
almoço não faz parte da jornada, sendo o caso de retirar o dosímetro ou colocá-lo em
“pausa”. Há pessoas que argumentam que o trabalhador está na empresa, e sua
exposição é global, devendo-se deixar o dosímetro. É importante observar que essa
postura em favor da segurança é enganosa, pois em um refeitório, “silencioso”, isto é,
abaixo do limiar de integração do aparelho, em nada ocasionará à dose diária, com o
inconveniente sério de reduzir o nível médio que, então, ficará diluído em 9h e não em
8h. Se o nível médio (Lavg) for o parâmetro de avaliação, estaremos agindo contra o
trabalhador.
Todavia, se o almoço faz parte da jornada, por acordos coletivos, por exemplo, e
ainda mais se a refeição é feita na área industrial (“quentinha”), com certeza o dosímetro
deve ficar instalado e operante.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.
Anexo A
170
• ATENUAÇÃO DE PROTETORES
9 Posso usar um microfone miniatura dentro do protetor auricular para medir
a atenuação real do ruído?
Não se pode considerar este procedimento um processo válido para fins técnicos.
Ele pode dar uma idéia, apenas, da diferença entre o ruído externo e o interno, naquele
momento e naquelas circunstâncias. Como o procedimento não existe na forma
normalizada, trata-se apenas de uma amostra, não comparável com outras avaliações
padronizadas. O grande risco é querer tirar conclusões com esse número obtido. Os
dados de atenuação de protetores devem ser obtidos em laboratório, com metodologias
normalizadas, e o seu uso é igualmente disciplinado por métodos conhecidos.
• DÚVIDAS INICIAIS
9 Qual a diferença entre Lavg e Leq?
O Leq é um nível obtido ao longo de um período, que é um equivalente energético
médio da história do nível real ocorrido. Por isso ele é “equivalente”. A exposição ao nível
real, variável, no período, é energeticamente igual à exposição ao Leq, no mesmo
período. O Leq é obtido de medidores integradores, ou de dosímetros que estejam
operando com q=3 (lembramos aqui que a provisão de q=3 representa o princípio de
igual energia, pois a cada 3 dB, dobra-se ou divide-se por 2 a potência sonora). Já o Lavg
é um nível médio (avg é abreviação de average, média em inglês) que é obtido a partir da
dose de ruído (para qualquer fator q diferente de 3 de um dosímetro). O Lavg é o nível
constante que produziria a mesma dose no mesmo período em que o nível real variou.
Ele é obtido a partir da dose de ruído medida e do tempo de operação. No nosso caso
(ver a questão de ajuste de um dosímetro), como trabalhamos com q=5, todo nível obtido
o
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Anexo A
171
será um nível médio (Lavg), mas nunca equivalente, no sentido energético. Os dois
valores serão como regra diferentes. Observe também que textos antigos, assim como
manuais de equipamentos, podem não fazer essa distinção adequadamente.
9 Posso usar sem medo o nível de ruído extrapolado para 8 horas fornecido
pelo dosímetro?
Quando a dosimetria não pode abraçar toda a jornada, então o que temos é uma
amostra. Se a amostra for representativa (e aqui contam o conhecimento da tarefa e a
experiência do higienista), então, os dados da amostra podem ser extrapolados para toda
a jornada em um procedimento tecnicamente válido. Todavia, os aparelhos fazem isso,
automaticamente, desde os primeiros minutos de operação do dosímetro. Esse número
não está validado por nenhuma observação profissional, e é apenas um parâmetro
calculado pelas rotinas internas do aparelho. Em outras palavras, o dosímetro não
substitui o higienista, e a dose extrapolada da jornada, a partir da amostra, pode não
fazer sentido, se não for validada pela observação e conhecimento do que ocorreu em
campo.
o
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Anexo A
172
• ALGUMAS CURIOSIDADES
9 Por que os sons e ruídos de baixa freqüência se ouvem em toda a parte?
Primeiro, é preciso lembrar que além da freqüência, uma onda sonora tem uma
dimensão física, o seu comprimento de onda. É difícil visualizar isso, mas fazendo um
paralelo com as ondas mecânicas na água, vejam que o surfista prefere a onda “grande” ,
mas que demora para passar. Ela tem uma freqüência baixa, mas ocupa uma dimensão
grande que o interessa. Não é apenas “maior”, mas mais longa. As baixas freqüências
possuem grandes comprimentos de onda (estamos falando de sons mais “graves” do
espectro – um tom puro de 20 Hz tem um comprimento de onda de 17 metros). As ondas
de baixa freqüência não conhecem obstáculos, pois para ser um obstáculo respeitável,
ele deve ser da ordem de grandeza do comprimento de onda. Por isso, os ruídos de
baixa freqüência se propagam a longas distâncias, pois não se encontram realmente
obstáculos, e são esses que se escutam em toda a planta e mesmo nos vizinhos, na
comunidade, gerando queixas. Além disso, o ar absorverá menos os sons de baixa
freqüência, pois há menos movimentação das moléculas do ar, onde ocorre a dissipação
da energia da onda.
o
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Anexo A
173
o
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Anexo B
174
2. NORMAS COMPLEMENTARES
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
• NBR 10151 – Avaliação de ruído em áreas habitadas, visando o conforto da
comunidade – Procedimento
• IEC 225 – Octave, half-octave and third-octave band filters intended for analysis
of sound and vibrations
• IEC 651 – Sound level meters
3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.4:
2
⎛P⎞
Lp = 10 log10* ⎜⎜ ⎟⎟ (dB)
⎝ P0 ⎠
Onde:
P = valor eficaz da pressão, em Pa
P0 = pressão sonora de referência (20 μPa)
o
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Anexo B
175
2
⎛P ⎞
LpA = 10 log10* ⎜⎜ A ⎟⎟ (dBA)
⎝ P0 ⎠
4. CONDIÇÕES GERAIS
4.1. Medição do ruído
São seguidas as disposições da NBR 10151 e as normas brasileiras
correspondentes.
o
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Anexo B
176
Notas: a) O valor inferior da faixa representa o nível sonoro para conforto, enquanto
que o valor superior significa o nível sonoro aceitável para a finalidade.
b) Níveis superiores aos estabelecidos nesta Tabela são considerados de
desconforto, sem necessariamente implicar em risco de dano à saúde.
5. ANÁLISE DE FREQÜÊNCIAS
O método de avaliação recomendado, baseado nas medições do nível sonoro dB
(A) é dado no corpo desta Norma. Todavia, a análise de freqüências de um ruído sempre
será importante para objetivos de avaliação e adoção de medidas de correção ou
redução do nível sonoro. Assim sendo inclui-se na Figura várias curvas de avaliação de
ruído (NC), através das quais um espectro sonoro pode ser comparado, permitindo uma
identificação das bandas de freqüência mais significativas e que necessitam correção.
As curvas NC são dadas na Figura que segue e os níveis de pressão sonora
correspondentes estão na Tabela B2.
o
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Anexo B
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o
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Anexo B
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o
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Anexo C
179
o
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Anexo C
180
4 hs ≤ t < 8hs 4
2 hs ≤ t < 4hs 6
1h ≤ t < 2hs 8
Menos de 1 hora 12
b) Corresponde ao tempo total de contato da vibração com as mãos, por dia, seja
continuadamente ou intermitentemente.
o
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Anexo C
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Avaliação vascular
Estágio Grau Descrição
Nota: A graduação é feita de forma distinta para cada mão, por exemplo: 2L(2)/1R(1) =
estágio 2 na mão esquerda em dois dedos e estágio 1 na mão direita em 1 dedo.
Avaliação neurosensorial
Estágio Sintomas
o
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Anexo C
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EIXOS Sum
FERRAMENTA X Y Z (x,y,z)
(m.s2)
o
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Anexo D
183
3
1) Ventilação contínua de, no mínimo, 30 pés /min/homem.
2) TGU ≤ 27ºC.
3) Sistema de telefonia ou similar para comunicação com o exterior.
4) A qualidade do ar deverá ser mantida dentro dos padrões de pureza.
2
5) Pressão máxima = 3,4 kgf/cm (Exceto emergência e tratamento médico).
o
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Bibliografia
184
BIBLIOGRAFIA
o
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Bibliografia
185
o
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Bibliografia
186
32. Limites de Exposição (TLVs®) para Substâncias Químicas e Agentes Físicos &
Índices Biológicos de Exposição (BEIs®). ACGIH. Tradução da ABHO. São
Paulo, 2002.
33. MANUAL DIDÁTICO MEDICINA SUBMARINA -Diretoria de Ensino da Marinha
34. MINISTÉRIO DA MARINHA -1976
35. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Norma Regulamentadora NR 15 –
Atividades e Operações Insalubres. Disponível em <URL:
http://mte.gov.br/sit/nrs/> [2002 Jul. 19].
36. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Norma Regulamentadora NR 17 –
Ergonomia. Disponível em <URL: http://mte.gov.br/sit/nrs/> [2002 Jul. 19].
37. Módulos Didáticos dos cursos Básico de Higiene Ocupacional e Avançado de
Agentes Físicos, do Itsemap do Brasil. Mario L Fantazzini e Anis Saliba Filho
38. Módulos didáticos de 1988 a 2000 . Itsemap do Brasil . Mario L. Fa ntazzini
(vários cursos).
39. NIOSH – Criteria for a recommended standard – Occupational Exposure to
Hand-Arm Vibration – U.S. Department of Health and Human Services, Ohio,
september 1989, 127p.
40. NIOSH – publicação 98-126. Disponível em: <www.cdc.gov/niosh>.
41. NR-15, P3214/78, MTb
42. PORTARIA 3214 - NR-15 Anexo 6
43. RISCOS FÍSICOS -Hasteai; Giampaoli;Zidan - FUNDACENTRO-1987
44. SOUZA, F. P.- Efeitos da poluição sonora no sono e na saúde em geral - ênfase
urbana. Revista Brasileira de Acústica e Vibrações, 1992, 10: 12-22.
http://www.icb.ufmg.br/lpf/pfhumanaexp.html#1 11/11/2002
45. WASSERMAN, D.E. Human Aspects of Occupational Vibration - Advances in
Human Factors/Ergonomics, 8 – New York, 1987, 188p.
46. WORLD HEALTH ORGANIZATION: Noise. WHO, Geneve, 1980, 103p.
o
eHO – 002 Agentes Físicos I / PECE, 3 ciclo de 2008.