Fund Geo
Fund Geo
Fund Geo
Fundamentos de Geoprocessamento
aplicados à Mineração
ISBN: 978-85-5971-034-2
1.Geoprocessamento – Minas e
recursos minerais. 2.Geoprocessamento –
Meio ambiente. I.Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia, Superintendência de
Educação Aberta e a Distância. II.Título.
CDD: 528
SEAD - UFRB
Casa N◦ 1 - Campus Universitário. Telefone: (75) 3621-6922.
Rua Rui Barbosa, 710 - Centro. Cruz das Almas-BA
APRESENTAÇÃO
Prezado(a) Aluno(a),
Nas últimas décadas, as pessoas têm vivenciado um enorme avanço tecnológico por meio
da disponibilidade de diversificados equipamentos e sistemas informatizados os quais ampli-
aram a capacidade de comunicação, bem como o acesso a dados e informações. Dentre estas
tecnologias destacamos aquelas relacionadas à coleta, armazenamento, compartilhamento e
análise de dados geográficos – o geoprocessamento, hoje bastante acessível, inclusive por
meio de aparelhos de telefonia móvel e de sistemas web, disponíveis na internet.
1
http://www.cnpma.embrapa.br/download/documentos_67.pdf
Sumário
Mineral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
6 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
1. Geoprocessamento como Ferramenta de Suporte à
Decisão
A humanidade tem ocupado e modificado a paisagem com suas atividades, quase nada
reservando para a manutenção de ecossistemas naturais e das variadas formas de vida que
ocupam o globo terrestre. Muitas espécies estão sob séria ameaça de desaparecimento,
assim como grande parte dos ecossistemas naturais. Estes, quando não desaparecem, ficam
irremediavelmente modificados, acarretando riscos que afetam a qualidade de vida das atuais
e, especialmente, das futuras gerações.
Com muito custo, o homem tem se dado conta da importância de planejar e monitorar
suas atividades de modo que exerçam impacto o mais reduzido possível no meio natural. Em
meio ao debate, toma corpo o conceito de conservação, o qual considera o relacionamento do
homem com a terra e de como os seus recursos são utilizados. O objetivo é determinar e pôr
10 1. Geoprocessamento como Ferramenta de Suporte à Decisão
em prática, como o homem pode satisfazer suas demandas físicas e estéticas sem danificar a
capacidade da terra para continuar atendendo as necessidades das gerações atuais e futuras.
O homem vem tentando assimilar que os princípios ecológicos devem ser aplicados
para formular sistemas de uso e manejo estáveis e adequados para diferentes tipos de
ecossistemas. É preciso advertir que a terra é necessária para diversos propósitos, para
produção de alimentos, para finalidades urbanas e industriais e também para recreação;
precisa-se da terra, também, em seu estado natural para servir de áreas de referência para
estudos científicos, como habitat para a fauna e flora, e como grande repositório de material
genético, que pode ser de grande valia para o futuro (DOWNES, 1983). Considerar todos estes
aspectos, inclusive a diversidade social e cultural existente dentro da sociedade, é o grande
desafio de quem planeja as atividades econômicas e os investimentos em infraestrutura.
Segundo Fitz (2008), uma informação pode ser considerada como um conjunto de dados
e registros interpretados e dotados de significado lógico, enquanto um sistema pode ser
entendido como um conjunto integrado de elementos interdependentes, organizado de tal
forma que estes possam relacionar-se para a execução de determinada função. Finalmente, um
sistema de informação seria compreendido como um sistema utilizado para coletar, armazenar,
recuperar, transformar e visualizar dados e informações a ele vinculados.
Os meridianos constituem grandes círculos que envolvem a esfera terrestre cujo plano
contém o eixo dos polos. A longitude de um lugar é a distância expressa em graus, minutos
e segundos entre o meridiano do lugar e o meridiano de Greenwich, tomado como ponto de
origem. A Longitude mede de 0 a 180◦ Leste ou Oeste (Fig. 2.1).
Os paralelos, por sua vez, são círculos da esfera terrestre cujo plano é perpendicular ao
eixo dos polos, tendo sua origem no Equador geodésico, o qual constitui o círculo máximo,
definido num modelo esférico ou elipsoidal da Terra. O plano do equador geodésico é a
referência para a medição das latitudes, de 0o a 90o , para Norte e para Sul, também medidos
em graus, minutos e segundos (Fig. 2.1).
Segundo Joly (2013), as projeções cartográficas são soluções geométricas essenciais para
a elaboração dos mapas e localizações geográficas, existindo mais de uma dezena delas, cada
uma com suas aplicações e características.
A diversidade de sistemas de projeção exige atenção dos usuários das técnicas de geopro-
cessamento, pois a definição do sistema mais adequado às características do projeto a ser
desenvolvido constitui uma etapa essencial no uso das geotecnologias, uma vez que todos os
dados e informações devem estar geograficamente localizados e ajustados ao mesmo sistema
de coordenadas e projeção cartográfica.
13
Um sistema geodésico consiste em um sistema de referência composto por uma figura ge-
ométrica representativa da superfície terrestre (esferoide), posicionada no espaço, permitindo a
localização única de cada ponto da superfície em função de suas coordenadas tridimensionais,
e materializado por uma rede de estações geodésicas (IBGE,2017). Para a determinação
das coordenadas, como latitude, longitude e cálculo da altitude, é necessário um sistema
geodésico de referência para sua definição.
O Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), por exemplo, é composto por redes de altimetria,
gravimetria e planimetria. Cada sistema geodésico adota um conjunto de parâmetros especí-
ficos que definem um DATUM, que é um modelo matemático teórico da representação da
superfície da Terra ao nível do mar fundamental para o correto posicionamento geográfico e
produção cartográfica. No caso do SGB, foi adotado recentemente o DATUM SIRGAS 2000,
que deve ser informado quando da coleta de dados por satélite e organização das bases
14 2. As Tecnologias de Geoprocessamento e suas Aplicações
Tabela 2.1: Vantagens e desvantagens dos formatos de dados Vetorial e Matricial (raster).
15
Conforme já citado, uma tecnologia que se popularizou e constitui essencial para o trabalho
com geoprocessamento é o GNSS, Global Navigation Satellite Systems ou Sistema Global de
Navegação por Satélite, o qual designa os sistemas de satélites que calculam a localização
geográfica ou posicionamento geoespacial com cobertura terrestre global. O GNSS constitui
um elenco de tecnologias que interagem com o geoprocessamento, auxiliando, sobretudo, na
aquisição de dados de campo e na sua localização geográfica (georreferenciamento).
barreiras físicas, assim para uma recepção adequada convém estar em uma área de campo
aberto ou clareira.
Sensoriamento Remoto
Os sensores registram as imagens por meio da radiação eletromagnética que pode ser
emitida diretamente pelo sensor (sensor ativo) ou pelo sol (sensor passivo), no primeiro caso
temos o RADAR, que opera na faixa de micro-ondas do espectro eletromagnético, e no segundo
as imagens mais comuns dos satélites comerciais e as fotografias aéreas, que operam na faixa
do visível e do infravermelho (Fig. 2.3).
Fonte: http://ufpa.br/ensinofts/radiologia.html
Foram lançados, até o momento um total de 8 satélites Landsat, cada um deles com
avanços na tecnologia dos sensores. De particular importância para as aplicações ambientais
e geológicas foram os sensores Thematic Mapper (TM), Enhanced Thematic Mapper Plus
(ETM+) e o Operational Land Imager (OLI), operando a bordo, respectivamente, dos satélites
18 2. As Tecnologias de Geoprocessamento e suas Aplicações
O Brasil, por meio de parceria com a China, desenvolveu o satélite CBERS - Satélite Sino-
Brasileiro de Recursos Terrestres, já tendo sido lançados 4 satélites, estando em operação o
CBERS 4, posto em órbita em 2014 com previsão de operação até 2017. O CBERS 4 tem a
bordo 4 sensores pancromático e multiespectrais, com resolução espacial máxima de 5m, para
o sensor pancromático e de 20m para o multiespectral.
19
Nos dias atuais, as imagens de satélite geradas por sensores multiespectrais e com
alta resolução espacial se popularizaram e estão amplamente disponíveis na internet e nos
aparelhos de celular (smartphones) por meio dos serviços Google Earth
R
e Google Maps
R
.
Contudo, a atualização da imagem no sistema Google pode demorar até 3 anos, embora a
empresa declare o esforço em atualizar anualmente.
Os avanços na área continuam se multiplicando, desta vez com a redução do tamanho dos
satélites. A empresa norte-americana Space Labs, proprietária do RapidEye, vem inovando no
desenvolvimento de satélites de pequenas dimensões (cubesat ou nano satélites) com elevada
capacidade de imageamento da superfície terrestre e almeja alcançar uma constelação com
mais de uma centena destes equipamentos em órbita da Terra.
2
https://www.youtube.com/watch?v=ZvnPUlsTcJw&feature=youtu.be
3
https://earthengine.google.com/timelapse/
21
WorldView 4
450-800 1 0.3 - 1 http://www.digitalglobe.com
450-920 4 1.2 - 4
WorldView 3
450-800 1 0.3 - 1 http://www.digitalglobe.com
400-1040 8 1.2 – 4
1195-2365 8 3.7
405-2245 8 30
WorldView 2
450-800 1 0.5 http://www.digitalglobe.com
400-1040 8 2
WorldView 1
400-900 1 0.5 http://www.digitalglobe.com
RapidEye
440-880 5 5 - 6.5 http://planet.com
Landsat 8 /ETM+
500-680 1 15
430-2290 8 30 https://landsat.usgs.gov/landsat-8
10600-12510 2 100
TERRA / ASTER
520-860 3 15
1600-2430 6 30 http://asterweb.jpl.nasa.gov
8125-11650 5 90
SPOT 7
450-745 1 1.5 http://www.intelligence-airbusds.com
450-890 4 6
EO-1 / Hyperion*
355.59 – 2577.08 220 30 https://eo1.usgs.gov/sensors/hyperion
QuickBird*
405-1053 1 0.5 – 1 http://www.digitalglobe.com
430-918 4 2-5
Ikonos*
450-900 1 1 http://www.digitalglobe.com
450-900 4 4
*Imagens disponíveis no acervo histórico, pois os satélites/sensores não estão mais em operação.
22 2. As Tecnologias de Geoprocessamento e suas Aplicações
Os sistemas mais recentes incorporam, além das tradicionais análises geográficas, ferra-
mentas para processamento digital de imagens de sensoriamento remoto, além da captura
e tratamento de dados coletados por meio de GNSS. Atualmente, existem diversos sistemas
comerciais disponíveis para os mais variados tipos de aplicação, desde o manejo dos recursos
naturais, planejamento agrícola, planejamento urbano, arrecadação de impostos até o market-
ing. Os sistemas e as tecnologias evoluíram incorporando várias outras áreas do conhecimento,
de modo que os SIG se integram ao conceito de Geoprocessamento e/ou Geotecnologias.
23
Para todos os efeitos, neste texto, serão considerados equivalentes os termos Geopro-
cessamento e Geotecnologias, adotando-se o seguinte conceito adaptado de Rocha (2000)
e Fitz (2008)– geoprocessamento é um conjunto de tecnologias que possibilitam a coleta,
a manipulação, a análise, a simulação de modelagens e a visualização de dados geográfi-
cos, integrando várias disciplinas, equipamentos, processos, programas, entidades, dados,
metodologias e pessoas para apresentação de informações associadas a mapas digitais.
Fitz (2008) exemplifica que uma aplicação bastante comum do geoprocessamento diz
respeito à realização de análises espaciais utilizando mapas temáticos diversos. Por meio
da técnica de sobreposição, cada mapa contendo um tema específico, constitui um plano de
informação, o qual é sobreposto a outros de temáticas diferentes, mas de igual dimensão
e localização espacial, para a obtenção de um produto derivado (Fig. 2.7). Em princípio,
esta técnica de sobreposiçao de mapas (overlays) já é historicamente utilizada nas análises
geográficas, mas a utilização das ferramentas computacionais permitiu a ampliação deste tipo
de análise.
• Modelagem de Redes - redes são estruturas lineares conectadas que armazenam dados
sobre recursos que fluem entre localizações distintas. Mediante técnicas de geoprocessamento
é possível, por exemplo, calcular o caminho ótimo e crítico para a instalação das redes.
ambiental intensificou-se a partir da década de 90, conforme mostram alguns dos estudos
citados a seguir.
Silva et al. (1993), utilizando o programa "Earth Resources Data Analysis System" (ERDAS),
estabeleceram a integração e análise espacial de dados para a obtenção do potencial produtivo
de terras do município de Ubajara (CE) e estudos das mudanças de uso da terra no período
de 1958 a 1985. 0s autores concluíram que as técnicas de geoprocessamento são de grande
utilidade na visualização de variações espaciais e temporais de uso da terra, além de facilitar o
armazenamento e transferência de dados, auxiliando na tomada de decisões que conduzam à
conservação do solo, água e recursos florestais.
Estudo realizado por Lombardi Neto et al. (1995) em microbacia hidrográfica do município
de Iracemápolis-SP objetivou analisar as condições ecológicas locais com vistas à melhoria da
qualidade da água que abastece a zona urbana. Neste trabalho, foram identificadas as áreas
com maior potencial erosivo, através da equação universal de perda de solos, para as quais
foram indicados sistemas de manejo mais adequados às condições ambientais, de forma a
diminuir os riscos de erosão e manter a produtividade das culturas.
Santos et al. (2002) identificaram, por meio da interpretação de fotografias aéreas não
convencionais e imagens TM-Landsat 5, a distribuição das áreas remanescentes de florestas
e manguezais na faixa litorânea da região cacaueira da Bahia. Os resultados obtidos reve-
laram a existência de remanescentes florestais ainda significativos nos municípios estudados,
demonstrando a urgência na implementação de medidas efetivas para a sua conservação, bem
como a ampla possibilidade para a criação de novas áreas protegidas, como forma de evitar a
expansão desordenada de loteamentos imobiliários, especialmente sobre os manguezais e
restingas.
26 2. As Tecnologias de Geoprocessamento e suas Aplicações
Entendendo que os SIG são programas de computador, existem vários tipos disponíveis,
desde aqueles comerciais, que exigem o pagamento de licença de uso, até aqueles de código
aberto, cujo o uso é livremente acessível a todos os interessados.
desenvolvido pela empresa americana ESRI, líder na produção de soluções para a área de
informações geográficas.
Quanto aos sistemas de código aberto, o mais utilizado nos dias atuais é o QGIS4 ,
mantido de forma colaborativa por uma comunidade global de desenvolvedores voluntários
que regularmente lançam novas versões e ajustes. A iniciativa teve início em 2002, quando o
programa recebeu a denominação de Quantum GIS, desde então os desenvolvedores vêm
lançando versões atualizadas e já traduziram o QGIS para diversos idiomas e a aplicação é
usada internacionalmente em ambientes acadêmicos e profissionais.
4
http://www.qgis.org/pt_BR/site/
3. Geotecnologias aplicadas aos Estudos Geológicos e
Prospecção Mineral
A contribuição do Radambrasil
O Radam foi um projeto do Ministério das Minas e Energia, criado na década de 1970 e em
execução até 1985, teve o objetivo inicial de fazer um levantamento dos recursos naturais da
Amazônia, daí o nome Radam – Radar da Amazônia, em seguida foi expandido para o restante
do país, passando a denominar-se Radambrasil. Como dito, o projeto teve como um dos
objetivos proceder o levantamento dos recursos minerais do Brasil e, para tanto, utilizou-se do
sensoriamento remoto por imagem de radar e aerofotogrametria, obtendo-se um mapeamento
completo do território nacional.
Segundo Escobar et al. (2005), em outubro de 1970 foi criada a comissão do Projeto
Radam, objetivando, principalmente, coletar dados sobre recursos minerais, solos, vegetação,
uso da terra e a cartografia da Amazônia e áreas adjacentes da região Nordeste. Em junho
de 1971 foram iniciados os voos para imageamento. Devido aos bons resultados do projeto
28 3. Geotecnologias aplicadas aos Estudos Geológicos e Prospecção Mineral
Radam, em Julho de 1975 o levantamento de radar foi expandido para o restante do território
nacional, passando a ser executado pelo Projeto Radambrasil.
Ainda segundo Escobar et al. (2005), nos projetos Radam e Radambrasil, a plataforma
utilizada foi uma aeronave, voando em altitude média de 12 km, tendo utilizado o sistema
imageador GEMS (Goodyear Mapping System 1000), operante na banda X (comprimentos de
onda próximos a 3 cm e frequência entre 8 e 12,5 GHz). Os registros obtidos pelos projetos
Radam e Radambrasil foram organizados e disponibilizados em 550 mosaicos de radar na
escala 1:250.000.
aparato tecnológico único no país e conta com dados obtidos de quatro sensores transportados
a bordo de aeronaves (Fig. 3.1).
Fonte: CENSIPAM,2017a.
Fazendo uso das geotecnologias elencadas acima, o SIPAM vem desenvolvendo o Projeto
Cartografia da Amazônia, por meio de parceria com o Exército, Marinha, Aeronáutica e a CPRM
(Serviço Geológico do Brasil). A iniciativa almeja concluir as cartografias terrestre, geológica e
30 3. Geotecnologias aplicadas aos Estudos Geológicos e Prospecção Mineral
náutica dos 35% do território da região da Amazônia sem informações na escala de 1:100.000.
A proposta de acabar com os “vazios cartográficos” contribuirá no desenvolvimento econômico,
social e na proteção da região amazônica. Dos 5,2 milhões de quilômetros quadrados da
Amazônia Legal, 1,8 milhão de quilômetros quadrados não há informações cartográficas na
escala 1:100.000. Esses vazios concentram-se nos estados da Amazônia, Pará, Amapá, Mato
Grosso e parte do Acre, Maranhão e Roraima (CENSIPAM, 2017b).
Crosta et al. (2016) destacam que o Sensoriamento Remoto tem sido uma das técnicas
mais utilizadas na prospecção mineral. Os autores indicam que os sensores a bordo de
satélites que têm maior potencial de aplicação em estudos geológicos são os dos satélites da
série Landsat, o Terra/ASTER e, mais recentemente, a constelação de satélites WorldView,
todos eles operando nas faixas do visível e infravermelho do espectro eletromagnético (Fig. 2.3).
Já os radares operando a bordo de satélites e que têm sido mais extensivamente utilizados em
estudos geológicos exploratórios são o Radarsat, o ALOS/PALSAR e o TerraSAR-X.
Os mesmos autores chamam a atenção para o ganho de resultados por meio do uso
integrado de sensores operando nas regiões do espectro eletromagnético do visível ao infraver-
melho termal, combinada com radares operando na região das micro-ondas, tal articulação de
sensores permitiria a obtenção de um extenso e importante conjunto de informações químico-
físicas sobre os fenômenos e materiais presentes na superfície terrestre, dentre os quais as
rochas e os minerais de forma direta ou indiretamente.
superfície constitui indicador de áreas com potencial para exploração de ouro e prata. Os
autores, no entanto, chamam atenção para a influência da vegetação e das condições de
exposição superficial das rochas para a devida aplicabilidade da avaliação. Crosta et al. (2016)
também apontam o uso de imagens do sensor ASTER na detecção de minérios de fosfatos no
Estado de Goiás, na fronteira com Minas Gerais.
Para além dos grandes programas de levantamento dos recursos naturais e da prospecção
mineral, as aplicações de geotecnologias podem ser amplamente utilizadas no dia a dia das
atividades extração mineral pelos profissionais das áreas de mineração e meio ambiente.
Por meio do VANT, uma vez equipado com câmeras fotográficas de alta definição e
outros sensores específicos, é possível monitorar toda a extensão da mina, ampliando a
frequência de atualizações topográficas de cavas e pontos de disposição, bem como das
áreas de reserva natural. O equipamento pode captar fotografias em alta definição, úteis no
monitoramento ambiental e evolução de obras em geral. Controlado por piloto automático
(voo planejado) ou manualmente, o drone equipado com câmera fotográfica alta definição,
produz fotos automaticamente. As imagens podem ser convertidas em ortomosaicos 2D e em
modelos 3D com precisão horizontal/vertical submétrica.
As mesmas tecnologias, SIG e imagens de alta resolução, podem ainda ser aplicadas
na elaboração e implementação do PRAD – Plano de Recuperação das Áreas Degradadas,
instrumento obrigatório para o licenciamento da atividade. O PRAD deve identificar todo o
5
http://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-tematicas/drones
35
limite da propriedade onde a mina se insere, bem como a sua área influência, geralmente
a bacia hidrográfica, com os seus recursos hídricos, uso e cobertura vegetal remanescente,
além das áreas a serem recuperadas.
Segundo FU (2016), Web GIS é a oferta do poder analítico de um SIG por meio das
tecnologias Web, incluindo o protocolo de transferência de hipertexto (HTTP) e a linguagem
de marcação de hipertexto (HTML), dentro outras ferramentas web. Nos anos 90, inicia-se a
oferta de mapas na web, dando a largada para a integração com o SIG, que veio se consolidar
nos anos 2000, por meio do desenvolvimento de plataformas específicas.
2. Grande número de usuários – por meio das plataformas web, os dados e análises
ficam acessíveis para milhões de pessoas em qualquer lugar do planeta.
3. Redução do custo por usuário – o custo de desenvolvimento das plataformas SIG Web
apresenta uma relação custo-benefício das mais positivas, considerando a amplitude de
acessos possíveis.
Mello (2015) analisa a adoção das geotecnologias no âmbito da CPRM – Serviço Ge-
ológico do Brasil destacando o papel da instituição que tem como missão gerar e difundir o
conhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável do país e,
neste contexto, o uso dos sistemas de informação geográfica é fundamental para organizar e
disponibilizar a memória geológica e hidrológica nacional.
O GeoSGB é um SIG Web que permite o acesso a uma ampla base de dados geográficos
sobre a geologia nacional, incluindo funções e ferramentas de geoprocessamento para consulta
38 4. Geoprocessamento aplicado à Gestão da Mineração
o uso posterior dos dados em qualquer software de geoprocessamento (CPRM, 2017). Esta
possibilidade revela-se de grande importância para os usuários de geotecnologias que podem
assim desenvolver seus projetos e análises específicas nas mais diversas áreas de estudos,
incluindo mineração e meio ambiente.
Por meio da plataforma GeoSGB, o Serviço Geológico do Brasil - CPRM participa do Projeto
OneGeology6 , patrocinado pela UNESCO, que objetiva disponibilizar mapas geológicos de
todos os países do globo. O projeto, também baseado em plataforma SIG Web, teve início em
2007 e reúne, até o momento, 189 organizações e serviços geológicos de 121 países por meio
de termos de cooperação que constitui uma espécie de consórcio entre os países participantes,
definido por um sistema de governança que torna mais transparente a sua operação. Além
dos Serviços Geológicos, é possível a participação de outras organizações que produzem e
utilizam os dados geológicos.
6
http://www.onegeology.org/
39
Por meio dos sistemas SIG Web apresentados acima, conjugado com outros sistemas
desenvolvidos por órgãos da área ambiental, é possível o acesso a dados e informações
que permitem o monitoramento e o controle social das atividades de mineração. Observando
esta possibilidade, órgãos como o Ministério Público da União, atento aos seus objetivos
institucionais em defesa da ordem jurídica, do patrimônio nacional e dos interesses sociais,
estimula o acesso das organizações sociais a estas ferramentas, inclusive realizando cursos e
disponibilizando vídeos on line7 para aprender como utilizar o SIGMINE.
7
https://www.youtube.com/watch?v=P1zGkZwfZDg
5. Geotecnologias e o Controle Social da Mineração
Historicamente, os mapas que a maioria das pessoas têm acesso durante o período de
educação formal refletem o legado da colonização e extração de recursos. Ao longo do tempo,
os mapas foram fundamentais no processo de tornar visíveis os recursos naturais desejados,
enquanto tornavam invisíveis as comunidades que sofriam os impactos da extração daqueles
recursos (MOORE; GARZÓN, 2017).
Tendo este processo histórico em contexto, os movimentos sociais, com apoio da academia
e de organizações do terceiro setor, iniciaram a elaboração de mapas de conflitos ambientais.
Tais mapas constituem instrumentos pedagógicos elaborados a partir de metodologias partici-
pativas que resgatam o conhecimento das comunidades locais com o objetivo de evidenciar a
degradação ambiental e o desrespeito aos seus direitos e modos de vida (FASE, 2017).
por parte dos órgãos governamentais e mesmo do setor privado, facilitaram a realização de
mapeamentos por pessoas, comunidades e organizações com poucos recursos e treinamento
técnico (MOORE; GARZÓN, 2017; CONDE et al., 2015).
42 5. Geotecnologias e o Controle Social da Mineração
O Google Earth
R
, plataforma desenvolvida e distribuída pela empresa Google, é um serviço
gratuito de visualização de imagens e elaboração de mapas na web, com ampla facilidade
de acesso, podendo ser acessado nos mais diversos equipamentos e sistemas operacionais.
Utiliza-se das ferramentas de geotecnologias e permite agregar imagens obtidas de várias
fontes, incluindo imagens de satélite, fotografias aéreas e sistemas de informação geográfica
sobre um globo tridimensional.
Tanto no Brasil, quanto nas mais diversas partes do mundo, os mapas vêm sendo utilizados
como leituras sociais do território que são confrontadas às leituras oficiais e/ou de atores
hegemônicos, assim, tornam-se instrumentos de fortalecimento de identidade social e de artic-
ulações políticas. Um caso bastante significativo é o Mapa dos Conflitos Socioambientais
da Amazônia Legal: Degradação ambiental, desigualdades sociais e injustiças ambientais
vivenciadas pelos Povos da Amazônia, no âmbito da campanha “Na Floresta Tem Direitos:
Justiça Ambiental na Amazônia” uma iniciativa de movimentos sociais, entidades, ONGs e
redes da Amazônia (SANTOS, 2012).
O mapa foi elaborado sob responsabilidade da FASE (Federação de Órgãos para As-
sistência Social e Educacional), por meio de uma metodologia participativa: foram coletadas
informações fornecidas pelos próprios movimentos, em encontros e eventos, coleta executada
em grande medida por meio da exposição de mapas impressos aos participantes e lideranças
dos movimentos que neles indicavam os conflitos vivenciados e suas localizações, indicavam
e qualificavam os conflitos ambientais, apontando as atividades e práticas que causam a
degradação, sua localização e os atores envolvidos. Como resultado, o mapa, abrangendo
toda a Amazônia Legal, foi utilizado como um instrumento de denúncia e pressão junto ao
Ministério Público Federal e outras autoridades competentes, também foi importante para a
articulação de organizações, entidades, movimentos sociais na luta por alternativas locais
que assegurem o desenvolvimento com justiça ambiental e garantia dos direitos humanos
(SANTOS, 2012).
além de uma série de outros documentos em formato digital. Por meio do SIG Web, o Mapa
ganhou maior dinamicidade, o envio de informações on line tornou mais ágil e interativa a
atualização dos conflitos registrados, favorecendo as trocas de experiências entre os cidadãos
envolvidos nesses e em outros casos de injustiça ambiental (GESTA, 2017).
O mapa faz uso da plataforma GoogleEarth para a localização geográfica das comunidades
afetadas pelos mais diversos tipos de atividades econômicas e políticas públicas causadoras
de impactos ambientais, tendo o objetivo principal de tornar públicas as vozes que lutam por
justiça ambiental.
Desta forma, o Mapa de Conflitos envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde funciona como
8
http://www.conflitoambiental.icict.fiocruz.br/index.php
45
uma plataforma para sistematizar, consultar e visualizar os conflitos por meio de mapas na web.
Dentre os conflitos até então levantados e sistematizados, 7% foram oriundos das atividades
de exploração mineral.
Uma outra rede que também utiliza web mapas para o controle social da atividade de
mineração é o Observatorio por Conflictos Mineros, Proyectos y Empresas en America Latina,
o qual reúne informações georreferenciadas sobre 160 conflitos e projetos de mineração,
incluindo documentos, artigos e audiovisual.
No entanto, uma questão importante que dificulta o uso das geotecnologias refere-se à
ausência, em nosso país, de uma base cartográfica atualizada e adaptada ao estágio atual de
ocupação do território. Neste aspecto, Cruz e Menezes (2009) referem-se à situação cartográ-
fica brasileira como crítica, sem investimentos adequados que resultam em um mapeamento
deficiente e desatualizado de praticamente todo o país. É fundamental o desenvolvimento
de esforços para que esta deficiência seja sanada, de modo que o planejamento e controle
ambiental das atividades que fazem uso dos recursos naturais alcance maior eficiência.
Uma questão importante, quanto ao uso das geotecnologias, refere-se ao custo dos
sistemas de geoprocessamento, o que dificulta a sua ampla utilização, contudo existem alguns
sistemas de distribuição livre, a exemplo do QGIS, sistema que vem ganhando um número de
adeptos cada vez maior, especialmente no âmbito da sociedade civil. O QGIS apresenta um
bom desempenho, podendo ser baixado livremente por meio da internet, acompanhado de
tutoriais e comunidades de usuários que auxiliam na utilização e troca de experiência.
No âmbito do setor público e mesmo da sociedade civil, as plataformas de SIG WEB vêm
alcançando cada vez mais espaço nas mais diversas áreas, tanto na área da exploração
mineral, quanto na área de gestão e monitoramento dos conflitos ambientais, com os órgãos e
movimentos sociais utilizando tais sistemas para disponibilizar os dados de forma aberta para
o controle social e para a denúncia.
No caso das plataformas SIG WEB, além das já citadas, importante ressaltar a iniciativa do
9
http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/index.html
49
MMA - Ministério do Meio Ambiente por meio da plataforma I3Geo10 , que permite análises,
consultas e download de bases de dados. O Ministério também investiu na aquisição de
imagens de satélite RapidEye para todo o país, com o objetivo de apoiar a implantação do
Cadastro Ambiental Rural, tais imagens estão acessíveis para todos os órgãos públicos nas
esferas federal, estadual e municipal.
10
http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/geoprocessamento
Referências Bibliográficas
AMARAL, F.C.S. Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais: Avaliação e
Adequação. Tese de Mestrado. Piracicaba. ESALQ/USP. 1993.
BEEK, K.J. Land Evaluation for Agricultural Development -some explorations of land
use systems analysis with particular reference to Latin America. International Inst. for
Land Reclamation and Improvement. n◦ 23. Wageningen. 1978.
BEDELL, R. Remote Sensing in Mineral Exploration. In: BEDELL, R.; CRÓSTA, A.P.; GRUN-
SKY, E. (Eds.). Remote Sensing and Spectral Geology-Reviews in Economic Geology.
Littleton, CO, USA: Society of Economic Geologists (SEG), v. 16. 2004.
52 Referências Bibliográficas
CAVALIERI, A. Plano pesquisa apresentado para exame de qualificação como parte das
exigências para doutoramento. Campinas. FEAGRI, UNICAMP. 1996.
CAVALIERI, A.; HAMADA, E.; R0CHA, J.V.; KUPPER, R.B.; L0N- G0, R.M. Classificação das
terras no sistema de capacidade de uso através do sistema de informação geográfica. IN: 25o
CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO. 1995. Viçosa. SBCS/UFV.
CONDE, M; TEMPER, L.; WALTER, M. Editorial. Ecologia Política. Edição Especial: Car-
tografia y Conflitos, vol. 48. Barcelona: España. 2015.
COUTINHO, M.G.N.; JACQUES, P.D.; LIMA, J.B.; GONÇALVES, J.H.; PIMENTEL, J. Coop-
eração internacional em geotecnologia na CPRM – Serviço Geológico do Brasil. In: CON-
GRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 48., 2016, Porto Alegre. Anais eletrônicos... Porto
Alegre: SBG-Núcleo São Paulo, 2016.
CRÓSTA, A. P.; ALMEIDA, T.I.R.; PARADELLA, W. R.; SILVA, S.M.P.; MENESES, P.R. Sensori-
amento Remoto em Exploração Mineral no Brasil. In: MELFI. A. J.; MISI, A; CAMPOS, D.A.;
CORDANI, U. G. (Org.). Recursos Minerais no Brasil: Problemas e Desafios. 1ed. Rio de
Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 2016, v. 1, p. 190-207.
DIEPEN, C.A.; KEULEN, H.; W0LF, J.; BERKH0UT, A.A. Land Evaluation: from intuition to
quantification. New York. Advances in Soil Science 15:140-204.1991.
DUCART, D. F.; CRÓSTA, A. P.; SOUZA FILHO, C.R.; CONIGLIO, J. Characterizing superficial
alteration at Los Menucos epithermal district, Patagonia, Argentina, using shortwave infrared
spectrometry and ASTER multispectral images. Economic Geology and the Bulletin of the
Society of Economic Geologists. Littleton, Colorado, EUA, v. 101, n.5, p. 981-996, 2006.
FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional. Mapa dos conflitos so-
cioambientais da Amazônia Legal. Disponível em : https://fase.org.br/wp-content/uploads/2009
/08/2_mapa_conflito_amazonia-1-3.pdf. Acessado em : 06 de junho de 2017.
FITZ, P.R. Geoprocessamento sem complicação. 1o Ed. São Paulo: Ed. Oficina de
Textos.2008.
FU, P. Getting to know Web GIS. 2o Ed. Califórnia: ESRI Press. 2016.
HARRISON, M.; KOMAC, M.; DUFFY, T.; ROBIDA, F.; ALLISON, M.L. OneGeology - a global
geoscience platform. In: American Geophysical Union, Fall Meeting 2014. Disponível em:
http://adsabs.harvard.edu/abs/2014AGUFMGC13F0715H , acessado em 28 de junho de 2017.
K0FLER, N.F.; M0RETTI, E. Diagnóstico do uso agrícola das terras do município de Rio Claro
-SP. Geografia, Rio Claro 16(2):1-76. 1991.
LEPSCH, I.F; BELINAZZI, R; BERT0LINI, D.; ESPIND0LA, C.R. Manual para levantamento
utilitário do meio físico e classificação de terras no sistema de capacidade de uso.
Campinas. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.1991.
L0MBARDI NET0, F.; R0CHA, J.V.; BACELLAR, A.A.A. Planejamento agroambiental da mi-
crobacia hidrográfica do ribeirão Cachoeirinha - município de Iracemápolis, SP utilizando um
sistema de informação geográfica. In: V SIMPÓSIO NACIONAL DE CONTROLE DE EROSÃO.
Resumos expandidos. Bauru. ABGE/UNESP.1995.
MONSERRAT FILHO, J. China lança GPS próprio e avança como potência espacial. 2013.
Disponível em http://www.aeb.gov.br/china-lanca-gps-proprio-e-avanca-como-potencia-espacial/.
Acesso em 03 maio 2017.
MOORE, E.; GARZON, C. Social Cartography: The Art of Using Maps to Build Community
Power. Disponível em : http://www.reimaginerpe.org/17-2/garzon-moore . Acesso em 25 de
junho de 2917.
M0RETTI, E.; TEIXEIRA, A.L.A. Formação de modelos digitais de elevação através de técnicas
manuais de coleta de dados. Geografia, Rio Claro 16(1):141-152.1991.
0LIVEIRA, J.B; BERG, M. Van der. Aptidão agrícola das terras do Estado de São Paulo:
56 Referências Bibliográficas
PINT0, S.A.F.; VALERI0 FILH0, M.; GARCIA, G.J. Utilização de imagens TM/LANDSAT na
análise comparativa entre dados de uso da terra e de aptidão agrícola.Rev. Bras. Ci. do Solo
13:101-110. 1989.
RAMALH0 FILH0, A.; BEEK, K.J. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. 3◦
ed. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS. 1995.
R0CHA, J.V.; L0MBARDI NET0, F.; BACELLAR, A.A.A. Cálculo do fator comprimento de
rampa (L): uma metodologia para uso em sistema de informação geográfica. In: V SIMPÓSIO
NACIONAL DE CONTROLE DE EROSÃO. Resumos expandidos. Bauru. ABGE/UNESP.1995.
SANTOS, R.E. Disputas cartográficas e lutas sociais: sobre representação espacial e jogos
de poder. In: XII COLÓQUIO DE GEOCRÍTICA. Bogotá, Colômbia. 2012. Disponível em :
http://www.ub.edu/geocrit/coloquio2012/actas/16-R-Nascimento.pdf . Acesso em : 26 de junho
de 2017.
SILVA, J.R.C.; DEGL0RIA, S.D.; PHILIPS0N, W.R.; McNEIL, R.J. Estudo da mudança de uso
da terra através de um sistema de análise georreferenciada. Rev. bras. Ci. Solo, Campinas
17:451-457.1993.
SILVA, S.M.P.; CRÓSTA, A. P.; ANGÉLICA, R. S.; BEURLEN, H. Dados EO-1 Hyperion no
mapeamento mineralógico de pegmatitos na porção sul da Província Pegmatítica da Borborema
(PPB), Nordeste do Brasil. In: Anais do XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto –
SBSR. Natal - RN, 25-30 de abril de 2009. 2009.
57
SILVA, M.J; SATO, M.T. Territórios em tensão: o mapeamento dos conflitos socioambientais do
Estado de Mato Grosso – Brasil. Ambiente & Sociedade, São Paulo. 15:1-28. 2012.