PPC BIH 2019 Vol V 14 10 2019

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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA

AFRO-BRASILEIRA
INSTITUTO DE HUMANIDADES E LETRAS
CAMPUS MALÊS

PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO


CURSO DE BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM
HUMANIDADES

SÃO FRANCISCO DO CONDE - BAHIA


OUTUBRO DE 2019
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL
DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA

Abraham Weintraub
Ministro da Educação

Alexandre Cunha Costa


Reitor

Andreia Gomes Linard


Vice-Reitora

Edson Holanda Lima Barboza


Pró-Reitor de Ensino de Graduação

Pedro Acosta-Leyva
Diretor do Instituto de Humanidades e Letras do campus dos Malês

Elizia Cristina Ferreira


Coordenadora do Curso de Bacharelado interdisciplinar em Humanidades
Denominação do Curso: Bacharelado interdisciplinar em humanidades
Duração do Curso: 3 anos (mínima) – 4 anos (máxima)
Regime Letivo: Semestral
Turnos de Oferta: Integral com concentração no período noturno
Vagas Autorizadas: 320 vagas anuais
Carga Horária: 2.400 horas
Título Acadêmico: Bacharel em Humanidades

Quadro de professores efetivos vinculados ao curso

Alexandre Antonio Timbane


Ana Cláudia Gomes De Sousa
Ana Rita De Cássia Santos Barbosa
Andreia Cardoso Silveira
Andressa De Freitas Ribeiro
Basilele Malomalo
Bruno Amaral Andrade
Carla Craice Da Silva
Carla Verônica Albuquerque
Carlindo Fausto Antônio
Carlos Heric Silva Oliveira
Carlos Francisco Da Silva Junior
Carlos Maroto Guerola
Caterina Alessandra Rea
Cinthia Regina Campos Ricardo
Claudilene Maria Da Silva
Cláudio André De Souza
Clarisse Goulart Paradis
Cleber Daniel Lambert Da Silva
Cristiane Santos Souza
Cristina Teodoro
Daniel De Lucca Reis Costa
Denilson Lima Santos
Deolindo Nunes De Barros
Eduardo Antônio Estevam Santos
Eduardo Ferreira Dos Santos
Eliane Gonçalves Da Costa
Elizia Cristina Ferreira
Emanuel Alberto Cardoso Monteiro
Enzo Lenine Nunes Batista Oliveira
Ercilio Neves Brandão Langa
Erica Aparecida Kawakami Mattioli
Eric Brasil Nepomuceno
Fabia Barbosa Ribeiro
Fabio Baqueiro Figueiredo
Fernando Jorge Pina Tavares
Giana Targanski Steffen
Giselle Rodrigues Ribeiro
Idalina Maria Almeida De Freitas
Igor Fonseca Oliveira
Igor Ximenes Graciano
Ismael Tcham
Isis Aparecida Conceição
Ivette Tatiana Castilla Carrascal
Joyce Amâncio De Aquino Alves
Josyane Malta Nascimento
Jucelia Bispo Dos Santos
Juliana Barreto Farias
Juliana Dourado Bueno
Juliana Mercia Guilherme
Karl Gehard Seibert
Layla Danielle Pedreira De Carvalho
Lavinia Rodrigues De Jesus
Lia Dias Laranjeira
Lidia Lima Da Silva
Lilian Paula Serra E Deus
Luciana Schleder Almeida
Lucilene Rezende Alcanfor
Ludmylla Mendes Lima
Magno Klein Silva
Manuele Bandeira De Andrade Lima
Maria Andréa Dos Santos Soares
Marcio André De Oliveira Dos Santos
Marcos Carvalho Lopes
Marlon Marcos Vieira Passos
Maria Claudia Cardoso Ferreira
Mariana Da Costa Aguiar Petroni
Marivaldo Cruz Do Amaral
Marli Aparecida Rosa
Mighian Danae Ferreira Nunes
Miriam Sumica Carneiro Reis
Nuno Fernando de Pinho e Silva de Almeida Falcão
Paulo Alves Junior
Paulo Donizeti Siepierski
Paulo Gomes Vaz
Paulo Sérgio De Proença
Pedro Acosta Leyva
Rafael Palermo Buti
Ricardo Matheus Benedicto
Rutte Tavares Cardoso Andrade
Tacilla Da Costa E Sá Siqueira
Sabrina Rodrigues Garcia Balsalobre
Shirley Freitas Sousa
Vania Maria Ferreira Vasconcelos
Wânia Miranda Araújo Da Silva
Zelinda dos Santos Barros
Núcleo Docente Estruturante

Prof.ª Dr.ª Cristina Teodoro Trinidad


Prof.ª Dr.ª Caterina Alessandra Rea
Prof. Dr. ª Elizia Cristina Ferreira
Prof.ª Dr.ª Jucélia Sanos Bispo
Prof.ª Dr.ª Luciana Schleder Almeida
Prof. Dr. Marcio Andre De Oliveira Dos Santos
Prof. Dr. Paulo Donizeti Siepierski
Prof. Dr. Ramon Souza Capelle de Andrade
Prof.ª Dr.ª Zelinda dos Santos Barros
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Mapa 1 - São Francisco do Conde. Localização e ligações rodoviárias,


2016 ........................................................................................................... 17
Tabela 1 – População dos municípios dos territórios de identidade
Metropolitano de Salvador e do entorno imediato do Campus dos Malês,
2010 ............................................................................................................ 18
Tabela 2 - Índices de pobreza e de desenvolvimento humano municipal
dos municípios dos territórios de identidade Metropolitano de Salvador e
do entorno imediato do Campus dos Malês, 1991-2010 ............................. 20
Quadro 1 – Resumo da matriz curricular ................................................... 45
Quadro 2 – Componentes curriculares por semestre ideal (ideal) ............. 49
Quadro 3 - Componentes curriculares por semestre, área de
Concentração Relações Internacionais (ideal) .......................................... 51
Quadro 4 - Componentes curriculares por semestre, área de
Concentração Ciências Sociais (ideal) ....................................................... 52
Quadro 5 - Componentes curriculares por semestre, área de
Concentração História (ideal) ..................................................................... 53
Quadro 6 - Componentes curriculares por semestre, área de
Concentração Pedagogia (ideal) ................................................................ 53
Quadro 7 – Componentes curriculares por núcleos .................................. 55
Quadro 8 – Componentes curriculares relativos ao Trabalho de
Conclusão de Curso .................................................................................. 60
Quadro 9 - Atividades complementares por equivalência de carga horária
integralizada e carga horária mínima e máxima por bloco ........................ 68
Quadro 10 - Atividades de extensão por equivalência de carga horária
integralizada ............................................................................................... 72
Fotografia 1 – Prédio do campus dos Malês ............................................. 89
SUMÁRIO

1. Apresentação .......................................................................................... 09
1.1 Contextualização da Instituição de Ensino Superior ...................... 13
1.1.1 Perfil e Missão da IES .......................................................... 13

2. Justificativa .............................................................................................. 22

3. Objetivos ….............................................................................................. 31
3.1 Geral ............................................................................................... 32
3.2 Específicos ...................................................................................... 33

4. Base legal ............................................................................................... 34

5. Formas de ingresso no curso .................................................................. 35

6. Princípios curriculares ............................................................................. 36

7. Metodologia ............................................................................................. 38

8. Processo de ensino-aprendizagem ........................................................ 39


8.1 Da Professora e do Professor .......................................................... 40
8.2 Da(o) Estudante .............................................................................. 40

9. Expectativa da formação profissional ..................................................... 40


9.1 Perfil geral das(os) egressas(os) .................................................... 40
9.2 Competências e habilidades das(os) egressas(os) ........................ 42

10. Estrutura e integralização curricular .................................................... 44


10.1 Fluxograma 49
10.2 Componentes curriculares obrigatórios e optativos ..................... 55
10.3 Trabalho de conclusão de curso .................................................. 59
10.3.1 Projeto de pesquisa .......................................................... 61
10.3.2 Relatório de intervenção social ........................................ 62
10.3.3 Trabalho em linguagem artística ....................................... 64
10.3.4 Monografia científica .......................................................... 64
10.3.5 Artigo científico ................................................................... 66
10.4 Atividades complementares e de extensão................................... 66
10.4.1 Atividades complementares .............................................. 67
10.4.2 Atividades de extensão ..................................................... 70

11. Avaliação ............................................................................................... 74


11.1 Do curso ....................................................................................... 74
11.2 Da aprendizagem ......................................................................... 75
11.3 Do currículo .................................................................................. 75
11.3.1 Metodologia de avaliação do currículo .............................. 76
12. Apoio ao discente .................................................................................. 77

13. Recursos humanos, infraestrutura e acessibilidade .............................. 83


13.1 Funcionamento do Colegiado do curso ....................................... 83
13.2 Atuação do Núcleo Docente Estruturante .................................... 85
13.3 Atuação e formação do(a) coordenador(a) do curso..................... 87

14. Condições de oferta do curso ............................................................... 88


14.1 Acessibilidade ............................................................................... 90
14.2 Comitê de ética em pesquisa ....................................................... 90

15 Ementário .............................................................................................. 91

16 Referências bibliográficas ..................................................................... 153

Controle de revisões ................................................................................... 155


APRESENTAÇÃO

Neste documento apresentamos o Projeto Pedagógico do Curso de


Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades (BI em Humanidades), da
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB),
do Instituto de Humanidades e Letras do Campus dos Malês – IHL - Malês.
Trata-se da sua quarta revisão, que acontece depois de cinco anos de existência
do nosso curso, às vésperas de formarmos nossas primeiras turmas de segundo
ciclo. As atualizações do documento são baseadas em nossa experiência
nesses anos, nas dificuldades e nos pontos fortes de nosso currículo tal como
ele foi estruturado até aqui.
O curso de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades nasceu da
compreensão sobre a necessária superação dos modelos conservadores da
formação acadêmica brasileira, na perspectiva do que orienta a Portaria nº 383
da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (SESU/MEC):

Inspirada na organização da formação superior proposta por Anísio


Teixeira para a concepção da Universidade de Brasília, no início da
década de 1960, no Processo de Bolonha e nos colleges
estadunidenses, mas incorporando um desenho inovador necessário
para responder às nossas próprias e atuais demandas de formação
acadêmica, a proposta de implantação dos Bacharelados
Interdisciplinares constitui uma proposição alternativa aos modelos de
formação das universidades europeias do século XIX, que ainda
predominam no Brasil, apesar de superados em seus contextos de
origem. Implantar o regime de ciclos no Ensino Superior brasileiro
amplia as opções de formação no interior das nossas instituições
universitárias (BRASIL, 2010, p.3).

Como acréscimo aos investimentos mencionados, apresentamos esta


nova proposta, construída coletivamente entre as(os) professoras(es) do
Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades do IHL - Malês, com o
compromisso de fazer deste projeto um lugar de encontro, no território entendido
como quadro de vida, das necessidades teóricas, sistêmicas e epistemológicas
implicadas na necessidade de romper com a afonia no tocante à África, à
Diáspora negra, à aplicação das Leis 10.639/2003, 11.645/2008 e 12.711/2012,

9
à leitura crítica da globalização, à interiorização e à superação de visões
ideológicas colonialistas que delimitam as relações, além dos limites
consensuais existentes no Brasil, no trânsito dos e entre os países que falam
oficialmente a língua portuguesa.
Tais pressupostos são em tese e sublinhando a missão da UNILAB, a
expectativa da comunidade interna e externa. Sendo assim, a UNILAB, na sua
multiplicidade e, exatamente por causa desse projeto e processo histórico,
segue na busca de construir, de forma cada vez mais sólida, uma universidade
de qualidade que signifique o questionamento sistêmico do colonialismo, das
suas heranças e permanências e do racismo, apontando para a descolonização
epistemológica, para a necessidade de articular pesquisa, ensino e extensão em
um currículo que seja, efetivamente, um instrumento de percurso e rigor
intelectual capaz de assegurar aos nossos estudantes um profícuo e autônomo
caminho na apropriação, produção e socialização dos saberes e fazeres no
campo das Humanidades, e das muitas formas de intervenção social que eles
possibilitam.
O Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades se constitui como o
primeiro ciclo de uma formação universitária, generalista, vinculada a um
segundo ciclo de formação profissional, nos moldes do que estabelece a
Portaria nº 383 SESU/MEC:

Nesta conceptualização, o primeiro ciclo ou Bacharelado


Interdisciplinar é o espaço de formação universitária onde um conjunto
importante de competências, habilidades e atitudes, transversais às
competências técnicas, aliada a uma formação geral com fortes bases
conceituais, éticas e culturais assumiriam a centralidade nas
preocupações acadêmicas dos programas. Por seu turno, o segundo
ciclo de estudos, de caráter opcional, estará dedicado à formação
profissional em áreas específicas do conhecimento (BRASIL, 2010,
p.3).

Para concretizar este compromisso que é acadêmico e social


reafirmamos, na proposta que aqui apresentamos, a convicção de conduzir este
projeto de modo a garantir a articulação entre os dois ciclos, em especial
proporcionando condições para que as(os) estudantes do BI em
10
HUMANIDADES possam escolher o caminho a seguir em sua formação
profissional mais específica, optando pelos cursos de terminalidades que
comporão a sua formação complementar, a saber: Bacharelado em Relações
Internacionais, Licenciatura em Pedagogia, História ou Ciências Sociais
(prevendo-se a criação futura de novas terminalidades, entre outras, a
licenciatura em Filosofia).
Em acordo com o Parecer CNE/CES nº 776, de 3 de dezembro de 1997,
que aponta as diretrizes curriculares para os cursos de graduação, é nossa
intenção garantir aos bacharéis em Humanidades formados na UNILAB uma
estrutura curricular compromissada com a proposta de integração e de
cooperação entre o Brasil e os países de língua oficial portuguesa. Com a
produção do conhecimento e igualmente com sua socialização, acreditamos que
os lugares específicos de nossa atuação não funcionam como limites para o
crescimento intelectual e profissional, mas, ao contrário, como lugares de
encontro, troca e ampliação dos nossos saberes e práticas e, também,
cumprindo aquele que é o maior desafio da UNILAB:

Formar profissionais e cidadãos para contribuir com a integração entre


o Brasil e os demais estados membros da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP), especialmente os países africanos e Timor
Leste, bem como promover o desenvolvimento regional e o intercâmbio
cultural, científico e educacional (UNILAB, 2013).

No interior deste projeto, destacam-se a entrada e a manutenção de


estudantes estrangeiras(os), oriundas(os) dos países parceiros. Nesse sentido,
acreditamos que a estrutura aqui apresentada será um esteio para reflexões e
tomadas de atitudes de educadoras(es) e estudantes do Curso de Bacharelado
Interdisciplinar em Humanidades, no sentido de fortalecer Grupos e Linhas de
Pesquisa, Núcleos de Estudos, Laboratórios de ensino e pesquisa e, num breve
futuro, uma linha de editoração e publicação na qual as nossas habilidades
específicas e suas práticas possam se associar, no esforço de intervir
propositivamente no ensino, na pesquisa e da extensão no campo das
Humanidades. Essas habilidades também passam pela sensibilidade de
11
aprender a trabalhar não apenas com a temática da diversidade e das relações
Brasil-África, mas também pela busca de um currículo em consonância com os
pilares e o diferencial da UNILAB em relação às demais Instituições de Ensino
Superior (IES).
O que propomos aqui é um curso de graduação em Bacharelado
Interdisciplinar em Humanidades, que oferece a cada ano letivo, em duas
entradas, 320 (trezentas e vinte) vagas anuais, com turmas que podem ser
abertas nos três turnos, dando preferência ao turno noturno (que deverá sempre
ter ao menos uma turma), a serem preenchidas segundo as normas e as regras
de acesso ao ensino de graduação definidas pelos Conselhos Superiores da
UNILAB. O curso, seguindo as orientações estabelecidas pela Resolução
CNE/CES Nº. 2, de 18 de junho de 2007, que dispõe sobre carga horária mínima
e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação,
bacharelados, será oferecido na modalidade presencial, no espaço destinado à
Universidade, localizado na Avenida Juvenal Eugênio Queiroz, s/n, Centro, São
Francisco do Conde, Bahia.
O objetivo deste curso é formar bacharéis em Humanidades que possam
desenvolver atividades vinculadas às tradicionais instituições da pesquisa social,
sejam acadêmicas, sejam aquelas vinculadas ao Estado e às iniciativas
privadas, como orienta o Parecer CNE/CES 492/20011 mas que também
estejam preparados para atuar nas muitas e novas demandas que a
contemporaneidade nos coloca: na assessoria à produção artística, na
promoção de eventos culturais e na constituição e efetivação de políticas de
preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural, que hoje são uma
exigência social e política da qual não podemos e não queremos nos furtar. É
ainda objetivo da formação aqui proposta, conforme mencionado anteriormente,

1
O bacharel deverá estar credenciado para a pesquisa acadêmica e eventualmente para a
reflexão transdisciplinar‖ (BRASIL, 2001a, p. 3).
12
preparar os estudantes para o ingresso nas terminalidades oferecidas no
segundo ciclo da formação.

1.1 Contextualização da Instituição de Ensino Superior

Nome da IES: Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-


Brasileira (UNILAB)
Endereço: Av. Juvenal Eugênio Queiroz, s/n - Centro, São Francisco do Conde -
BA, 43900-000
Documento de Criação da IES: Lei Federal nº 12.289, de 20 de julho de 2010.

1.1.1 Perfil e Missão da IES


A criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira (UNILAB) se insere no contexto da expansão da educação superior no
Brasil, a partir do aumento de investimentos em ciência, tecnologia e cultura e
do número de instituições federais de educação superior (ampliação das
existentes e criação de novas unidades). Nesse sentido, o Programa de Apoio a
Planos de Restruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI)
constitui um dos mais importantes e inovadores programas voltados à
recuperação do sentido público e do compromisso social da educação superior,
dada sua orientação de expansão com qualidade e inclusão. A instalação da
comissão de implantação da UNILAB, em outubro de 2008, pelo Ministério da
Educação (MEC) e a sanção presidencial por meio da Lei nº 12.289, de 20 de
julho de 2010, que dispõe sobre a criação da universidade, espelha
concretamente essa política.

13
A UNILAB está inserida, ademais, no contexto de internacionalização da
educação superior, atendendo à política do governo brasileiro de incentivar a
criação de instituições federais capazes de promover a cooperação sul-sul com
responsabilidade científica, cultural, social e ambiental. Atuando na perspectiva
da cooperação solidária, ela valoriza e apoia o potencial de colaboração e
aprendizagem entre países, como parte do crescente esforço brasileiro em
assumir compromissos com a integração internacional no campo da educação
superior. A UNILAB tem como missão produzir e disseminar o saber universal de
modo a contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico do Brasil
e dos países de expressão em língua portuguesa – especialmente os africanos,
estendendo-se progressivamente a outros países deste continente – por meio da
formação de cidadãos com sólido conhecimento técnico, científico e cultural e
compromissados com a necessidade de superação das desigualdades sociais e
a preservação do meio ambiente.
A UNILAB, criada pela Lei Nº 12.289, de 20 de julho de 2010, é uma
instituição autárquica pública federal de ensino superior, vinculada ao Ministério
da Educação. Está localizada em dois estados da federação brasileira. No
estado do Ceará, nos municípios de Redenção (Campus da Liberdade e
Campus dos Auroras) e município de Acarape (Unidade Acadêmica Palmares);
e no estado da Bahia, no município de São Francisco do Conde (Campus dos
Malês).
Uma das primeiras povoações coloniais da América portuguesa, São
Francisco do Conde foi estabelecida na segunda metade do século XVI no
âmbito dos esforços da Coroa de assegurar o controle do território no entorno da
Baía de Todos ao Santos, em cuja margem leste havia sido fundada a capital do
Governo-Geral em 1549, tanto diante da resistência indígena quanto da
concorrência de outros países europeus. Da mesma época datam as povoações
de Cairu e Jaguaripe, que compartilham com São Francisco do Conde sua
posição de força militar, a cavaleiro sobre o mar, na boca de estuários que
controlavam o acesso, por barco, ao interior do território.

14
Ainda no século XVI, a região de São Francisco do Conde passou a
integrar a nascente produção de açúcar com mão de obra escravizada,
inicialmente indígena, mas logo africana, que conformaria pelos séculos
subsequentes a paisagem humana, social, cultural, fundiária, política e
econômica a que se refere historicamente como Recôncavo da Bahia –
regionalmente diversificada, mas indissociavelmente vinculada a Salvador por
meio de uma extensa rede de transportes fluviomarítimos. Já nas últimas
décadas do século XIX, essa vinculação náutica que caracterizava
historicamente o Recôncavo foi perdendo importância por conta das mudanças
econômicas representadas pelo fim da escravidão e, mais tarde, pela
industrialização no sudeste do país, até ser definitivamente rompida pelo
advento das grandes rodovias de ligação com o novo centro econômico
nacional. A Rio-Bahia (BR-116) na década de 1940 e a BR-101, na década de
1960, redesenharam a malha urbana regional, fazendo crescer cidades mais
distantes do mar, como Cruz das Almas e Santo Antônio de Jesus, em
detrimento das cidades históricas como São Francisco do Conde, Cachoeira e
Jaguaripe (SANTOS, 1998).
Por outro lado, a exploração comercial do petróleo na Baía de Todos os
Santos e a implantação da Refinaria de Mataripe-Landulfo Alves no território de
São Francisco do Conde inseriram o município em outras redes regionais, que
apontavam tanto para a região de Feira de Santana e Alagoinhas (que tornaram-
se entrepostos comerciais e de serviços, em virtude de suas posições
estratégicas na nova malha rodoviária) quanto para todo o arco a norte de
Salvador (onde projetos de industrialização impulsionados pelo petróleo
tomaram corpo entre as décadas de 1960 e 1970, como o Porto de Aratu, o
Centro Industrial de Aratu, o Polo Petroquímico de Camaçari e o Terminal
Marítimo de Madre de Deus).
Ao mesmo tempo, todo o contorno da Baía de Todos os Santos vem,
desde a década de 1970, sendo alvo de projetos de aproveitamento turístico,
considerado como sucessor quase natural às atividades predominantemente

15
rurais de diversas regiões do estado. Na região, o planejamento governamental
buscou, num primeiro momento, a constituição de um mercado de veraneio para
atender à nova classe operária surgida da industrialização, especialmente na
ilha de Itaparica. A partir da virada do milênio, passou-se à tentativa de articular
o potencial náutico, paisagístico, ecológico e histórico, com vistas ao turismo
internacional – o que se reflete em ações que buscam reforçar a característica
paisagística da região, a exemplo da criação de Áreas de Proteção Ambiental,
programas de saneamento básico, urbanização de praias e orlas fluviais e
marítimas, bem como do incentivo à construção de marinas e equipamentos
hoteleiros de alto padrão, estes concentrados em Salvador (SOUZA, 2013).
Esse percurso histórico ajuda a explicar a posição ambivalente de São
Francisco do Conde nas divisões administrativas do estado da Bahia ao longo
dos últimos cinquenta anos, quando o município foi alternativamente inserido
nas regiões administrativas do Recôncavo e da Região Metropolitana de
Salvador (RMS). Atualmente, vigoram simultaneamente no estado dois sistemas
de regionalização: o das regiões administrativas, criado em 1966 e revisto pela
última vez em 2006, e o dos territórios de identidade, criado em 2010, e que vem
sendo privilegiado como enquadramento das políticas públicas estaduais, no
âmbito de uma política de desenvolvimento territorial baseada no diálogo entre
Estado e sociedade civil.

16
Mapa 1 – São Francisco do Conde. Localização e ligações rodoviárias, 2016

Fonte: Google Maps

Tanto numa como noutra classificação, São Francisco do Conde integra


atualmente (2016) a RMS, sendo seu município mais setentrional. Enquanto
região administrativa, São Francisco do Conde interliga a RMS às regiões de
Cruz das Almas (através de Santo Amaro) e Alagoinhas (por via de São
Sebastião do Passé), distando menos de vinte quilômetros da região de Feira de
Santana (municípios de Amélia Rodrigues e Terra Nova). Enquanto território de
identidade, São Francisco do Conde representa o vínculo terrestre entre a RMS
e o Recôncavo (Santo Amaro), mantendo-se muito próximo ao Portal do Sertão
(Amélia Rodrigues e Terra Nova).
Neste sentido, cabe considerar, para efeito da análise dos impactos de
implantação de cursos superiores no Campus dos Malês da UNILAB, tanto a
regionalização estatal do município de São Francisco do Conde na RMS, que
17
reflete determinadas ligações econômicas recentes, quanto sua inserção
histórica numa região que ultrapassa em muito os limites das atuais divisões
administrativas, que é o Recôncavo da Bahia, definido como hinterland de
Salvador e variando em extensão conforme os diferentes séculos. Dessa forma,
foram considerados na análise os municípios do território de identidade
Metropolitano de Salvador, além dos municípios de Santo Amaro, Saubara,
Governador Mangabeira, Cruz das Almas, Muritiba, São Félix e Cachoeira (em
outras palavras, o Recôncavo mais diretamente vinculado a São Francisco do
Conde).

Tabela 1 – População dos municípios dos territórios de identidade Metropolitano de


Salvador e do entorno imediato do Campus dos Malês, 2010

Município Território População total Urbanização (%)


Salvador Metropolitano de Salvador 2.675.656 99,97%
Camaçari Metropolitano de Salvador 242.970 95,46%
Candeias Metropolitano de Salvador 83.158 91,39%
Dias d'Ávila Metropolitano de Salvador 66.440 94,03%
Itaparica Metropolitano de Salvador 20.725 100,00%
Lauro de Freitas Metropolitano de Salvador 163.449 100,00%
Madre de Deus Metropolitano de Salvador 17.376 97,00%
Mata de São João Metropolitano de Salvador 40.183 74,22%
Pojuca Metropolitano de Salvador 33.066 85,82%
São Francisco do Conde Metropolitano de Salvador 33.183 82,55%
São Sebastião do Passé Metropolitano de Salvador 42.153 78,55%
Simões Filho Metropolitano de Salvador 118.047 89,63%
Vera Cruz Metropolitano de Salvador 37.567 93,82%
Cachoeira Recôncavo 32.026 51,17%
Cruz das Almas Recôncavo 58.606 85,12%
Governador Mangabeira Recôncavo 19.818 37,43%
Muritiba Recôncavo 28.899 62,42%
Santo Amaro Recôncavo 57.800 77,45%
São Félix Recôncavo 14.098 65,72%
Saubara Recôncavo 11.201 97,74%
FONTE: IBGE, Cidades@. Disponível em http://www.cidades.ibge.gov.br

Na tabela acima pode-se observar que os municípios do território de


identidade Metropolitano de Salvador apresentam taxas de urbanização acima
de 90%, consistentemente superiores aos do Recôncavo, ficando São Francisco
do Conde (juntamente com São Sebastião do Passé, Mata de São João e
18
Pojuca) numa posição intermediária. Isso reflete a realidade do arco a norte de
Salvador como espaço de expansão econômica recente, ligada a atividades
industriais, bem como os efeitos de um vetor de desenvolvimento econômico
que se projeta em direção ao Recôncavo.
Ao mesmo tempo, permanecem entre a cidade capital e seu Recôncavo,
nos interstícios dos projetos de desenvolvimento industrial do último meio
século, uma ampla gama de modos de vida, atividades econômicas, arranjos
socioculturais, práticas culturais e saberes locais, para além de um significativo
conjunto patrimonial. Isso porque a constituição histórica do Recôncavo como
um espaço diversificado e articulado produziu em todo o território um rico
patrimônio, material e imaterial, que se faz presente na memória da arquitetura
colonial das fazendas, sobrados, engenhos e usinas, nas edificações das
antigas fábricas de charutos, tecido e azeite de dendê, nas estruturas das
antigas linhas férreas e, principalmente, na riqueza das práticas, manifestações
e modos de vida de suas populações (FRAGA FILHO, 2009).
Essas populações são, majoritariamente, negras (pessoas
autodeclaradas pretas e pardas). Para o conjunto do estado, os negros
representavam, em 2010, pouco mais de 76% dos residentes (sendo 17% pretos
e 59% pardos). Em Salvador, a percentagem de negros era igual à do conjunto
do estado, mas havia mais pretos na composição do conjunto, em torno de 20%.
No território de identidade do Recôncavo, o percentual de negros subia para
cerca de 85%, com um significativo incremento na participação de pretos, que
chegam a quase 28%. Por sua vez, São Francisco do Conde era o município
baiano com o maior percentual de negros na população, ultrapassando os 90%,
sendo aproximadamente 40% pretos (CENSO, 2010).
A região como um todo passou por um processo de diminuição relativa da
pobreza e de aumento do índice de desenvolvimento humano a partir de 2000,
como se pode ver na tabela abaixo. Em geral, a situação entre 2000 e 2003
refletia uma forte vulnerabilidade social, com índices de pobreza em torno dos
50%, e índices de desenvolvimento humano municipais caracterizados como

19
baixos, com exceção de Salvador e Lauro de Freitas, por um lado, com
desenvolvimento humano médio, e São Félix, por outro, com um índice
caracterizado como muito baixo. Em 2010, a maior parte dos municípios tinha
índices caracterizados como de desenvolvimento médio, com Salvador, Lauro
de Freitas e Madre de Deus com desenvolvimento humano alto.

Tabela 2 – Índices de pobreza e de desenvolvimento humano municipal dos


municípios dos territórios de identidade Metropolitano de Salvador e do entorno
imediato do Campus dos Malês, 1991-2010

Município Território Índice de IDHM IDHM


pobreza (2003) (2000) (2010)
Salvador Metropolitano de Salvador 35,8% 0,654 0,759
Camaçari Metropolitano de Salvador 57,5% 0,551 0,694
Candeias Metropolitano de Salvador 58,8% 0,548 0,691
Dias d'Ávila Metropolitano de Salvador 59,3% 0,540 0,676
Itaparica Metropolitano de Salvador 61,1% 0,522 0,670
Lauro de Freitas Metropolitano de Salvador 42,7% 0,616 0,754
Madre de Deus Metropolitano de Salvador 51,2% 0,565 0,708
Mata de São João Metropolitano de Salvador 47,5% 0,506 0,668
Pojuca Metropolitano de Salvador 46,2% 0,524 0,666
São Francisco do Conde Metropolitano de Salvador 55,0% 0,518 0,674
São Sebastião do Passé Metropolitano de Salvador 45,0% 0,508 0,657
Simões Filho Metropolitano de Salvador 54,4% 0,545 0,675
Vera Cruz Metropolitano de Salvador 64,9% 0,521 0,645
Cachoeira Recôncavo 41,8% 0,516 0,647

Tabela 2 – Índices de pobreza e de desenvolvimento humano municipal dos


municípios dos territórios de identidade Metropolitano de Salvador e do entorno
imediato do Campus dos Malês, 1991-2010
(Continuação)

Município Território Índice de IDHM IDHM


pobreza (2003) (2000) (2010)
Cruz das Almas Recôncavo 39,6% 0,574 0,699
Governador Mangabeira Recôncavo 23,6% 0,514 0,643
Muritiba Recôncavo 42,4% 0,529 0,660
Santo Amaro Recôncavo 42,5% 0,516 0,646
São Félix Recôncavo 53,4% 0,489 0,639
Saubara Recôncavo 45,5% 0,502 0,617
FONTE: IBGE, Cidades@. Disponível em http://www.cidades.ibge.gov.br

Ainda assim, persistem nestes municípios graves desigualdades internas


de renda e acesso a serviços de modo geral. No caso específico de São
20
Francisco do Conde, verifica-se um poder público com grande capacidade de
investimento, em virtude da arrecadação oriunda das atividades petrolíferas, em
contraposição a uma população com baixa escolarização, o que se reflete em
índices extremamente baixos de renda. Por exemplo, em 2010, mesmo após
uma década de crescimento econômico e projetos estatais de redução da
pobreza, 49,7% da população do município recebia menos de meio salário
mínimo mensal per capita. O percentual da população que recebia até um
salário mínimo por mês chegava a 79,1%. Rendas mensais maiores que dois
salários mínimos por pessoa estavam restritas a apenas 15,7% da população,
sendo esta fatia composta principalmente por servidores públicos e empregados
nas atividades ligadas ao petróleo. Entretanto, não há oferta de produtos e
serviços no município suficiente para satisfazer as necessidades de consumo
dos assalariados das faixas de renda mais altas, o que resulta em uma situação
de permanente escoamento de recursos em direção a Candeias, Madre de
Deus, Santo Amaro e Salvador.
As instituições de ensino de nível superior podem e, de certa forma, já
têm representado um passo importante na mudança de alguns aspectos neste
quadro regional, considerando a formação de profissionais que poderão ser
recrutados a atuar na área da educação e em outras áreas, bem como através
de suas ações de extensão. Até 2004 o Recôncavo dispunha apenas de duas
instituições públicas de ensino superior, o campus de Ciências Humanas da
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) em Santo Antônio de Jesus, e o
campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em
Cruz das Almas. A partir do processo de expansão e interiorização das
instituições de ensino iniciado no país, neste período foi criada em 2005 a
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), com campi em Cruz das
Almas (cedido pela UFBA), Santo Antônio de Jesus, Amargosa, Santo Amaro e
Cachoeira, e oferecendo uma ampla gama de cursos nas diversas áreas do
conhecimento. Entretanto, tanto o arco a norte da Região Metropolitana de
Salvador quanto a orla ocidental da Baía de Todos os Santos permaneceram

21
carentes de investimento público em educação superior, uma situação agravada
pela precariedade dos serviços de transporte público intermunicipais, que se
constituem como fortes entraves à mobilidade e consequentemente ao acesso
das populações dessas duas zonas à educação superior.
Nesse sentido, a implantação da UNILAB em São Francisco do Conde,
em 2012, significou o primeiro passo para aproximar essas populações da
possibilidade de acessar a formação universitária. Projetos recentes de
mobilidade, como a integração do metrô de Salvador ao sistema rodoviário
intermunicipal, e a perspectiva futura de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT)
integrando o metrô aos municípios do arco setentrional da RMS apontam
também no sentido de uma forte expansão a médio prazo do acesso dessa
população à oferta pública de ensino superior, em um contexto regional de forte
demanda reprimida, que permite a projeção de intensos e abrangentes impactos
positivos na capacitação da força de trabalho e na empregabilidade, resultando
numa melhoria geral da renda e da qualidade de vida da RMS, em especial de
seu arco norte.

2 JUSTIFICATIVA

A criação do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades justifica-se


pelo reconhecimento da pertinência de inúmeros documentos produzidos pelo
Ministério da Educação (MEC) e pelo Conselho Nacional de Educação (CNE)
que buscam orientar e traçar diretrizes ao desenvolvimento e expansão do
Ensino Superior no Brasil e, acreditamos, podem constituir importantes
indicações à formação das(os) jovens brasileiras(os) e dos países parceiros da
UNILAB.
Do mesmo modo, o Bacharelado de Humanidades deve ser pensado
também a partir do contexto brasileiro, de interiorização das universidades, da
aplicação das Leis 10.639/2003, 11.645/2008 e 12.711/2012; na relação das

22
diásporas africanas com a África, da globalização; e da própria UNILAB, quanto
às terminalidades ofertadas na Instituição, de modo nuclear, de uma concepção
de trabalho interdisciplinar fundada na renovação das disciplinas e, por sua vez,
delimitada pelo entendimento da realidade histórica interna e externa da
universidade.
Os documentos do MEC e do CNE apontam a fragilidade da formação e o
desconhecimento dos candidatos à educação superior, principalmente com
relação às complexidades do mundo do conhecimento. Assim, ―meninos e
meninas, de 17 anos, às vezes menos, precisam decidir se serão médicos,
advogados, professores, economistas, cientistas, filósofos ou poetas, opção que
lhes assombrará todo o percurso de estudos universitários‖ (BRASIL, 2004,
p.21). Além disso, completa o documento, o ―candidato à educação superior
precisa saber que profissão terá, antes mesmo de claramente entender a
complexidade do mundo do conhecimento. É candidato à profissão antes de ser
candidato ao saber‖ (Idem).
Segundo os Referenciais Orientadores para Bacharelados
Interdisciplinares e Similares (Portaria SESU/MEC n. 383), apresentado à
Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, em sua
reunião de 7 de julho de 2010:

A recente ampliação da oferta de vagas nas formações de graduação


abriu oportunidades para uma mudança expressiva do perfil estudantil.
De fato, as ampliações não apenas aumentaram quantitativamente o
acesso à universidade em relação a épocas imediatamente anteriores.
Resultante de vários fatores, como oferta de vagas em cursos
presenciais noturnos, implantação de políticas de ações afirmativas,
novas formas de ingresso e aumento da oferta de vagas na modalidade
semipresencial ou à distância, o perfil estudantil sofreu uma mudança
qualitativa que impactou sensivelmente as demandas de formações de
graduação, a estrutura curricular, as práticas educativas e de
avaliação, assim como os processos deliberativos no interior das
universidades. Diante disso, o modelo tradicional de uma graduação
longa, com itinerários de formação rigidamente pré-definidos, voltada
para uma profissionalização precoce e dotada de uma estrutura
curricular engessada começou a dar sinais de esgotamento
progressivo (BRASIL, 2010, p.2).

23
As realidades educacionais, pedagógicas e sociais não se alteram
nomeando-as; é imprescindível agir sobre elas. A partir desse lugar,
concebemos o projeto pedagógico como a arte ou o dispositivo político capaz de
revelar a sociedade, o mundo e, na mesma esteira, reorientar o ensino, a
aprendizagem e os demais dispositivos necessários ao processo educativo. O
Projeto Pedagógico do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades da
UNILAB é um instrumento curricular, isto é, artefato social, cultural e histórico a
quem cabe, no plano da sistematização de conhecimento, a relevante tarefa de
agir sobre as realidades dos países que falam oficialmente a língua portuguesa,
com a ampliação dos horizontes de identificação ética, no contexto da
interiorização das universidades no território brasileiro, das diásporas, do
racismo à brasileira, do colonialismo e de pós-independência no continente
africano, da globalização, da descolonização e da renovação das disciplinas
históricas, das vias de (re)aproximação entre a África e o Brasil, numa relação
dialógica com as realidades aqui expostas, efetivando uma noção de trabalho
interdisciplinar que se ocupe dessas realidades no cotidiano da UNILAB e,
profundamente, no ensino, na pesquisa e na extensão.
Sendo assim, o que se busca é realizar o que propõem as Diretrizes
Gerais da UNILAB, na definição de sua missão:

Produzir e disseminar o saber universal de modo a contribuir para o


desenvolvimento social, cultural e econômico do Brasil e dos países de
expressão em língua portuguesa – especialmente os africanos,
estendendo-se progressivamente a outros países deste continente –
por meio da formação de cidadãos com sólido conhecimento técnico,
científico e cultural e compromissados com a necessidade de
superação das desigualdades sociais e a preservação do meio
ambiente (UNILAB, 2015, p.12).

Destacamos, na missão da UNILAB, a centralidade dos países de


expressão oficial em língua portuguesa, mas também o projeto deve estender-se
progressivamente a outros países do continente africano. A delimitação
registrada pelo documento oficial da UNILAB é precisa, ou seja, a relação com a

24
África é a questão central e, por essa razão, deverá ocupar os esforços teóricos,
epistemológicos e metodológicos no processo de ensino e aprendizagem.
Na construção de um projeto de formação intelectual e profissional como
o que aqui se apresenta isso se traduz na proposição de garantir, através de
uma estrutura curricular bem definida do ponto de vista do BI em Humanidades
e das terminalidades, um percurso em que a interdisciplinaridade seja uma
exigência cotidiana, assim como os cuidados para uma permanente atualização
dos conteúdos, das teorias e dos métodos de ensino e pesquisa, tanto quanto
dos recursos sociais, políticos e tecnológicos adequados para garantir nossas
diferentes maneiras de compreensão da sociedade brasileira e das sociedades
dos países parceiros.
A concepção de trabalho interdisciplinar que será orientadora das
articulações ou das vias de aproximação, por exemplo, da relação entre a África
e diáspora africana, da interiorização, da globalização e dos países que falam
oficialmente a língua portuguesa, necessita de uma forte compreensão teórica
fundada num sistema de conceitos. O Projeto Pedagógico do BI em
Humanidades exige ou pede uma formulação precisa do trabalho interdisciplinar
e do lugar da filosofia no processo de ensino, aprendizagem e, sobretudo, na
aproximação do objeto ―comum‖ de preocupação e estudo da comunidade
UNILAB. Segundo o geógrafo e filósofo baiano Milton Santos:

Existem várias disciplinas, a geografia, a sociologia, a antropologia, a


economia. Cada disciplina possui um módulo que a identifica e a
distingue das demais. O que faz com que uma disciplina se relacione
com as demais é o mundo, o mesmo mundo que, no seu movimento,
faz com que a minha disciplina se transforme… Todas as disciplinas
têm sua relação com o mundo. Quando no processo de informá-la,
colocamos o mundo dentro de uma disciplina, e dele fazemos a
inspiração mãe, temos a metadisciplina. Por isso, o mundo é que
permite que se estabeleça um discurso inteligível, um canal de
comunicação entre as disciplinas. (Milton Santos apud SEABRA,
CARVALHO, LEITE, 2000, p. 50)

Nesta perspectiva, o Curso de Bacharelado Interdisciplinar em


Humanidades pretende dar uma formação a(ao) futura(o) bacharel dentro de

25
uma orientação interdisciplinar, que lhe permita desenvolver aptidões voltadas
para a prática da pesquisa social em todas as suas possibilidades, bem como
prepará-la(lo) para o ingresso nas terminalidades específicas. O desenho
curricular do BI em Humanidades deve refletir de modo teórico e prático o
contexto diaspórico. Afinal, os currículos não são entidades preexistentes e
autônomas. Consequentemente, propomos formar uma(um) bacharel em
Humanidades apta(o) a lidar com a transformação do conhecimento e das
reflexões sobre as múltiplas relações entre a África e o Brasil e o Timor Leste, e
de pesquisa no contexto atual.
Tendo em vista a perspectiva interdisciplinar acima delineada por Milton
Santos e considerando também a definição dos cursos de BI presente na
portaria SESU/MEC No. 383, que diz que:

Os cursos de BIs proporcionam uma formação com foco na


interdisciplinaridade e no diálogo entre áreas de conhecimento e entre
componentes curriculares, estruturando as trajetórias formativas na
perspectiva de uma alta flexibilização curricular. O caráter
interdisciplinar dos projetos deve ser garantido pela articulação e
interrelação entre disciplinas, dentro das grandes áreas, e entre as
grandes áreas.

Propomos que a(o) estudante tenha acesso às várias linguagens das


Humanidades. Assim, o curso será concebido em três momentos ou fases. Na
primeira fase o estudante deverá fazer as disciplinas obrigatórias do núcleo
comum da UNILAB e do núcleo de Humanidades. Já na segunda estão as
disciplinas optativas do curso de Humanidades organizadas a partir de eixos
temáticos, dentre os quais poderá optar (e que configuram as orientações
teórico-pedagógicas de nosso PPC). Por fim, a terceira fase visa orientar a
formação da(o) bacharelanda(o) para escolha do segundo ciclo a partir das
áreas de concentração ligadas aos cursos de terminalidade ofertados pelo IHL –
Malês (e eventualmente em intercâmbio com o IH - Ceará). Os eixos temáticos
do BI em Humanidades se alinham com a Missão e Diretrizes da UNILAB e
apresentam a seguinte subdivisão: Estudos Africanos, Estudos da Diáspora

26
Negra e Estudos de Interseccionalidade entre gênero, raça, sexualidades e
classe.
Este documento se fundamenta em orientações gerais abaixo
relacionadas:
instituição do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades,
ofertado nos três períodos, preferencialmente em período noturno;
instituição de estrutura curricular por eixos temáticos (incluindo a opção
de uma formação generalista) e áreas de concentração, com disciplinas
optativas e atividades complementares, que permita que a(o) estudante
se matricule em todas as disciplinas oferecidas e que compõem os eixos
e áreas, oferecendo condições concretas para a conclusão da graduação
no seu tempo ideal de duração (considerando os cursos de segundo ciclo
ou terminalidades).
determinação de prazo mínimo de duração de 03 (três) anos e de prazo
máximo de duração de 4 (quatro) anos para conclusão do curso;
equilíbrio de carga horária das disciplinas curriculares, predominando
aquelas de 60 horas-aula;
definição de um conjunto de referências básicas para o curso, que
expresse literatura fundamental a ser consultada durante a vida
acadêmica, que represente referências teórico-metodológicas essenciais
para uma formação profissional de qualidade;
exigência de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), cujo objetivo é
consolidar os estudos investigativos, bem como estimular a(o)
graduanda(o) prosseguir estudos no segundo ciclo de graduação e em
nível de pós-graduação.
As estratégias propostas neste documento levam em consideração uma
prática docente e de pesquisa capaz de lidar com os desafios impostos pela
sociedade da informação.
O currículo deve trabalhar com as dimensões de ensino, pesquisa e
extensão, teoria e prática; deve prever articulações entre os diferentes aspectos

27
da formação da(o) bacharel em Humanidades. Consideramos que uma política
de formação profissional deve ser marcada pelo domínio de produção e
divulgação dos conteúdos, requisitos básicos para formar bacharéis
competentes, não perdendo de vista as necessidades da sociedade onde se
insere e o desenvolvimento recente das Humanidades como ocorre nas demais
plagas brasileiras e estrangeiras.
Apresentamos, portanto, um curso de Bacharelado Interdisciplinar em
Humanidades, presencial. O público-alvo é de estudantes egressos do ensino
médio do Brasil e dos países parceiros da UNILAB. Defendemos para este
Curso o princípio que orienta as Diretrizes Curriculares Nacionais, incluindo
decisivamente a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e o ordenamento
jurídico das Leis 10.639/2003, 11.645/2008 e 12.711/2012; ou seja, a
compreensão do saber/fazer e a consequente renovação das Humanidades,
prevendo entre elas a filosofia africana e as disciplinas históricas, como
exercício de compreensão crítica das dinâmicas das sociedades e culturas
brasileiras e africanas.
Ao longo do curso, pretendemos discutir as transformações que ocorrem
no campo do conhecimento das Humanidades, a partir de uma ampla revisão de
literatura e, neste escopo, das historiografias colonizadoras e reprodutoras do
racismo e de práticas até então desenvolvidas sem articulação e respeito teórico
e metodológico, entre outras, às questões raciais, de gênero, de sexualidades,
de geração, de classe e de superação da afonia no que tange à África, as suas
diásporas e o Timor Leste.
Partimos do pressuposto de que somos possuidoras(es) de saberes
culturais, entendidos, aqui, como o acervo de conhecimentos, realizações,
progressos, regressões, utopias, desencantamentos, que resultam da aventura
que construímos nas inter-relações sociais e nos currículos dos lugares e
expandidos pelos movimentos sociais e sistemas culturais negro-brasileiro e
negro-africano e igualmente, destacando o Recôncavo Baiano e os países
parceiros da UNILAB.

28
Negritando que o ensino e a aprendizagem são especificidades humanas
e não se limitam aos espaços educativos formais, acreditamos em uma
educação em que a(o) graduanda(o) seja sujeito capaz de propor, de questionar.
Defendemos, então, uma educação, isso é, uma perspectiva curricular e de
ensino e aprendizagem que aproveitem nas sistematizações do BI em
Humanidades essa capacidade das(os) estudantes e dos processos educativos
não formais. Consideramos que a proposta para se repensar a prática docente é
a pesquisa, a reelaboração do conhecimento por estudantes e professoras(es)
de forma dialética e cotidiana. Nesse cenário, a aula tradicional terá um papel
coadjuvante, sendo que o indispensável será a orientação e o acompanhamento
atento da(o) professora(o).
Não estamos sugerindo que as aulas expositivas sejam suprimidas, mas
repensadas, para que sejamos capazes de fazer a transposição do monólogo ao
diálogo permeado pelas discussões alusivas às novas tecnologias. Em um
mundo que exige novas competências, habilidades e um amplo letramento não
apenas no acesso aos sistemas técnicos em si, mas um rigoroso e sistemático
entendimento do fenômeno técnico no bojo da compreensão de como se define
e funciona a globalização atual.
Na qualidade de professoras(es), de educadoras(es), devemos
compreender que as(os) estudantes têm conhecimentos e habilidades que
devem ser considerados; são produtores de cultura, de um conjunto complexo
de saberes que se acionados de forma competente, metódica, permitirá que
estudantes e educadoras(es) enfrentem os desafios que circundam e angustiam
o ensinar e o aprender, o saber fazer, a pesquisa. Daí a importância de
considerar as falas, as propostas, as habilidades, as competências que existem
em cada um de nós.
Neste sentido, se faz urgente a observação de algumas questões, tais
como:

29
a necessidade da formação teórica e metodológica que permita à(ao)
graduanda(o) a compreensão dos níveis prático e teórico do
conhecimento no campo das Humanidades;
dinamizar a discussão de caráter científico do conhecimento,
permitindo a religação de saberes entre teorias e conteúdos das
diferentes disciplinas ministradas na academia;
permitir à(ao) graduada(o) diminuir o fosso que separa a produção
intelectual da academia das instituições de pesquisa, dos movimentos
sociais, culturais e da sociedade como um todo;
possibilitar maior consciência e clareza, por parte das(os) docentes e
das(os) discentes em relação à pluralidade dos enfoques teóricos e
metodológicos, a elaboração e operacionalização de conceitos e
conhecimentos na área de humanidades;
propiciar uma reflexão crítica sobre sociedade, economia, cultura, arte
e política no Brasil, na África, nas diásporas e de uma maneira global,
com ênfase nos países que falam oficialmente a língua portuguesa e
em suas relações com o Brasil;
propiciar uma formação que assegure a reflexão crítica sobre a
dinâmica das relações étnico-raciais no Brasil, apontando caminhos
para a superação de preconceitos e discriminações fundadas em
questões raciais, de gênero, orientação sexual, de classe, geração e,
mais do que a denúncia ao racismo antinegro, processar mudanças
no sistema interno da UNILAB, no material didático, nas avaliações e
na superação do epistemicídio;
possibilitar, no transcurso da formação das(os) bacharelandas(os), a
reflexão sobre o meio ambiente e suas ligações com o
desenvolvimento social e político;
firmar um Projeto Pedagógico que permita efetivamente a religação
dos saberes, a divulgação do conhecimento e a aproximação da(o)
graduanda(o) com os problemas da sociedade na qual vive;

30
permitir a socialização dos saberes e das práticas de pesquisa;

A preocupação do Curso é a formação de bacharéis em humanidades


conscientes e capazes do exercício futuro – na profissão e/ou na pesquisa –
atentas(os) ao fato de que o saber histórico é resultado de um trabalho
produzido historicamente.
Como mencionado, o curso de Bacharelado Interdisciplinar em
Humanidades corresponde ao 1º ciclo formativo da área das ciências humanas,
sendo que o 2º ciclo de formação será composto pelas chamadas
―terminalidades‖ em diferentes cursos – visando a profissionalização – em que
o(a) estudante escolhe a segunda formação entre as seguintes possibilidades:
Bacharelado em Relações Internacionais, ou Licenciatura em Pedagogia,
História ou Ciências Sociais (prevendo-se a criação futura de novas
terminalidades tais como a licenciatura em Filosofia)

3 OBJETIVOS

Considerando os Referenciais Orientadores para Bis e Similares (portaria


no. 383/SISU MEC) que prevê que

O primeiro ciclo ou Bacharelado Interdisciplinar é o espaço de


formação universitária onde um conjunto importante de competências,
habilidades e atitudes, transversais às competências técnicas, aliada a
uma formação geral com fortes bases conceituas, éticas e culturais
assumiriam a centralidade nas preocupações acadêmicas dos
programas. (BRASIL, 2010)

Ao passo que o segundo ciclo deve se dedicar à formação profissional


nas áreas específicas do conhecimento. O Curso de Bacharelado interdisciplinar
em humanidades do IHL – Malês objetiva formar bacharéis para o exercício da
pesquisa e demais atividades inerentes ao ofício; capazes de pensar e agir

31
frente aos problemas da sociedade e da produção e difusão do saber social, no
contexto sociocultural no qual estão imersos.
O curso deve propiciar às (aos) graduandas(os) a alternativa de atuarem
na continuidade dos estudos acadêmicos, nos estudos não formais e/ou
estruturados pelos movimentos sociais e congêneres, no mercado de trabalho
específico, bem como prepará-los para o ingresso qualificado nos cursos de
terminalidades específicas ofertadas pela UNILAB no Campus dos Malês.
Humanidades é uma área do conhecimento ampla e complexa, que tem
instrumentos capazes de sensibilizar as pessoas quanto ao seu papel nos
contextos socioculturais nos quais se inserem. Levando-se em consideração que
o currículo compreende um conjunto de experiências de vida dos(as)
educadores(as), dos(as) educandos(as) e dos processos históricos da
humanidade, que visam ao atendimento de objetivos, o que inclui os meios de
avaliação, e, diante da constatação da necessidade dos currículos adaptarem-se
às necessidades e aos anseios da sociedade, entendemos que deverão conter
mais do que conteúdos a serem apreendidos, deverão desenvolver capacidades
que melhorem a vida do indivíduo como cidadão e profissional comprometido(a)
com a transformação social.

3.1 Geral
Ofertar uma formação acadêmica que vise proporcionar um conhecimento
amplo dos vários campos referentes às humanidades, de maneira a construir
uma base teórica sólida dentro das possibilidades diversas dessa grande área,
constituindo assim um espaço-tempo para o amadurecimento das questões que
envolvem a escolha crítica e qualificada do campo de formação específica.

32
3.2 Específicos
Formar bacharéis em Humanidades capazes de atuar junto a
Instituições de pesquisa, museus, arquivos, organizações não
governamentais e demais instituições afins, públicas e privadas, de
modo a promover a construção, preservação e disseminação do
conhecimento social, bem como de incentivar a formulação de políticas
públicas que desenvolvam um processo contínuo de aprimoramento
democrático.
localizar e estudar os campos das Humanidades e suas mudanças ao
longo do tempo, de modo a compreender as possibilidades de
construção e integração do conhecimento na perspectiva da cooperação
Sul-Sul entre os países parceiros da UNILAB;
localizar e estudar os campos das Ciências Humanas, aprofundando os
estudos africanos, das diásporas, da filosofia africana e brasileira e suas
mudanças ao longo do tempo, de modo a compreender as
possibilidades de construção do conhecimento em suas múltiplas formas
de interpretar e produzir saberes interdisciplinares em Humanidades;
analisar e questionar os sistemas hegemônicos de pensamento
herdados da história colonial e ainda presentes no discurso e nas
referências das ciências humanas;
discutir e resgatar as contribuições de produções de pensamento e
modelos epistemológicos elaborados por grupos minoritários e
subalternizados em termos de raça/etnia, nacionalidade, cultura, classe,
geração, gênero e sexualidade;
estudar e analisar no horizonte das Humanidades as transformações
político-sociais, culturais, religiosas, linguísticas, ambientais e
econômicas, que ocorreram e ocorrem no Brasil, nas diásporas, no
continente africano, e nos demais países parceiros da UNILAB;
proporcionar experiências de pesquisa e desenvolvimento de projetos
que capacitem as(os) graduandas(os) para a produção do conhecimento

33
no campo das Humanidades e para sua socialização através de textos
de sistematização e divulgação acadêmicos;
formar bacharéis e encaminhar ao segundo ciclo futuros profissionais
que valorizem e incrementem o estudo e a difusão das culturas do
Brasil, dos países parceiros e das diásporas africanas, respeitando suas
identidades e peculiaridades.

4 BASE LEGAL

Os Bacharelados Interdisciplinares são tematizados nos Referenciais


Orientadores para Bacharelados Interdisciplinares e similares presentes na
Portaria nº 383 SISU/MEC de 2010. Ademais, a base legal atual em que se
apoia a sua criação, no plano da legislação federal, é o artigo 53, da Lei nº
9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que assegura às
instituições universitárias, no inciso I, a autonomia para criação de novos cursos
e, no inciso II, a liberdade de fixação dos seus currículos.
Os documentos normativos consultados para subsidiar a proposta dos
Bacharelados Interdisciplinares são:
Parecer CNE/CES nº. 776, 3/12/1997 - Orientação para diretrizes
curriculares dos Cursos de Graduação.
Parecer CNE/CES nº. 67, 11/3/2003 - Aprova Referencial para as
Diretrizes Curriculares Nacionais - DCN - dos Cursos de Graduação e
propõe a revogação do ato homologatório do Parecer CNE/CES
146/2002.
Parecer CNE/CES nº. 108, 7/5/2003 - Duração de cursos presenciais
de Bacharelado.
Parecer CNE/CES nº. 136, 4/6/2003 - Esclarecimentos sobre o
Parecer CNE/CES 776/97, que trata da orientação para as Diretrizes
Curriculares dos Cursos de Graduação.
34
Parecer CNE/CES nº. 210, 8/7/2004 - Aprecia a Indicação CNE/CES
1/04, referente à adequação técnica e revisão dos pareceres e
resoluções das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de
graduação.
Parecer CNE/CES nº. 329, 11/11/2004 - Carga horária mínima dos
cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial.
Parecer CNE/CES nº. 184, 7/7/2006 - Retificação do Parecer
CNE/CES nº. 329/2004, referente à carga horária mínima dos cursos
de graduação, bacharelados, na modalidade presencial.
Portaria nº 383, 12/04/2010 - Referenciais orientadores para os
bacharelados interdisciplinares e similares.
Resolução nº 2, 18/06/2007 - Dispõe sobre carga horária mínima e
procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de
graduação, bacharelados, na modalidade presencial.
Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018 - Estabelece as
Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e
regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014.

São destacados nesses pareceres dispositivos pertinentes não somente à


possibilidade de implantação dos Bacharelados Interdisciplinares, como também
os aspectos característicos dessa modalidade de graduação tais como:
formação generalista, flexibilidade e interdisciplinaridade e sua relação com os
demais ciclos de formação.

5 FORMAS DE INGRESSO NO CURSO

O ingresso no curso de Bacharelado, para candidatos(as) brasileiros(as),


será por meio do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM e do Sistema de
Seleção Unificada (SISU). Para candidatos(as) estrangeiros(as), particularmente

35
aqueles(as) advindos de países falantes da língua portuguesa, em especial,
residentes em países do continente africano, o ingresso se dará via seleção
especial no país de origem. Ambas as formas de ingresso estão explicitadas na
Resolução nº 22 do Conselho Superior Pro Tempore, de 11 de novembro de
2011. Atualmente, o processo de seleção de alunos estrangeiros acontece
através do Processo Seletivo de Estudantes Estrangeiros (PSEE), vinculado à
Pró-Reitoria de Relações Institucionais (PROINST).
Candidatos(as) brasileiros(as) graduados(as) poderão ingressar no curso
de Bacharelado com o aproveitamento de carga horária da graduação cursada,
desde que esta possua compatibilidade com disciplinas consideradas
obrigatórias. Nesse caso, o ingresso poderá ser por meio de seleção local, sob a
responsabilidade da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
brasileira. Também, poderão ingressar no curso, profissionais da educação
básica que não possuem curso superior e que estejam vinculados às redes
públicas de ensino das cidades do Recôncavo Baiano, cujos municípios
firmarem convênio de cooperação técnica com a UNILAB. Nessas situações, o
ingresso será por meio de seleção local, conforme descrito.
Por fim, o curso deve aderir às políticas de ocupação de vagas ociosas
da Instituição por meio dos editais especiais propostos pela Pró-Reitoria de
Graduação.

6 PRINCÍPIOS CURRICULARES

Por meio do Currículo, propomos um conjunto de atividades, de


experiências, de situações de ensino-aprendizagem e de pesquisa, a serem
vivenciadas pela(o) estudante ao longo da formação acadêmica. Pretendemos
assegurar uma formação competente para a atuação profissional, daí porque as
atividades a serem desenvolvidas buscam articular as dimensões humana,

36
técnica, político-social e ética. O currículo deve ser também um espaço
produtivo, no qual são atribuídos significados e construídas identidades sociais.
Nesta perspectiva, consideramos os princípios:
Formação para uma nova noção de cidadania, contemplando a
necessária reflexão sobre questões étnico-raciais, de gênero e
sexualidade, geração, desenvolvimento sustentável, meio ambiente,
combate à pobreza e cooperação internacional solidária. Uma vez
que a universidade deve ter o compromisso de desenvolver o espírito
crítico e a autonomia intelectual, para que a (o) bacharel, por meio do
questionamento permanente dos fatos, possa contribuir para o
atendimento das necessidades de transformação social.
A Interdisciplinaridade como base teórica e metodológica para o
trabalho conjunto, que respeite a multiplicidade, a pluriversalidade em
oposição à universalidade de temas, abordagens, questões e
interpretações, por meio da articulação de conteúdos e competências
inerentes às Humanidades, que possibilitem o alargamento de suas
questões e procedimentos, assim como das formas de intervenção
social, qualificando os graduandos para a atuação intelectual, política
e social.
Indissociabilidade entre teoria e prática, necessária a todo conteúdo
curricular, uma vez que o projeto pedagógico se sustenta nesta
relação. Adotar este princípio é o pressuposto para desenvolver
habilidades para lidar com o conhecimento de maneira crítica e
criativa.
Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e a articulação
encruzilhada dos processos educativos formais e não formais.

37
7 METODOLOGIA

A implantação do currículo não deve se limitar à operacionalização de um


arranjo de conteúdos em disciplinas, mas ir além das matrizes curriculares
apresentadas; formalizar novos conteúdos, renovar as disciplinas históricas em
face dos objetivos dos próprios cursos e da realidade brasileira e dos países
parceiros da UNILAB. Para tanto, pressupomos uma política de atualização
periódica, que possibilite a redescrição dos conteúdos, das práticas docentes e
discentes, dos referenciais bibliográficos, construindo ações que ampliem os
espaços do ensino, pesquisa e extensão.
Quanto aos aspectos teórico-metodológicos, baseamo-nos em
perspectivas epistemológicas que consideram a produção de conhecimento
como um processo histórico e social situado. A consciência do caráter parcial e
limitado da produção de conhecimento e a crítica à pretensão universalizante de
um sujeito supostamente neutro e de-situado, são pressupostos para o
engajamento na reformulação das condições da produção de conhecimento
científico – particularmente nas áreas de Humanidades – e do conceito de
objetividade. Tal perspectiva metodológica caracteriza-se pelo seu compromisso
com uma postura democrática, preocupada em promover valores sociais e
políticos antirracistas e antissexistas.
Considerando a localização geográfica do campus dos Malês e o público
por ele atendido, a matriz curricular do curso inclui conceitos direcionados à
interiorização e internacionalização, com ênfase à abordagem da realidade de
países lusófonos. O respeito e a promoção da diversidade cultural, assim como
o reconhecimento e a necessidade do diálogo permanente com os saberes e as
práticas populares orientam as práticas pedagógicas em todos os núcleos
formativos, destacando-se a valorização de metodologia inovadoras que incluam
o uso de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC).
Os componentes curriculares de Metodologia da Pesquisa Interdisciplinar
em Humanidades I e II, que integram o núcleo obrigatório comum aos dois

38
ciclos, visam apresentar e refletir sobre o surgimento e desenvolvimento das
ciências humanas problematizando conceitos basilares deste campo de saber,
identificar os nexos entre teoria e metodologia, bem como apresentar ao
estudante a diversidade de conhecimentos e de possibilidades de pesquisa em
Humanidades, com uma abordagem interdisciplinar.

8 PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Na formação do(a) bacharel(a) em Humanidades, aqui proposta, o


processo ensino-aprendizagem deve constituir-se na perspectiva da
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, de modo a garantir à(ao)
bacharel(a) as habilidades, competências e capacidades técnica e crítica para o
exercício profissional e intelectual nas áreas das Humanidades.
Em linhas gerais, o que rege essa proposta curricular é uma
compreensão do processo de ensino-aprendizagem como exercício crítico e
democrático sobre o saber/fazer do profissional habilitado na interface dos
diversos saberes que compõem as Ciências Humanas, no qual estudantes e
professoras(es) construam uma relação de cooperação e respeito mútuo.
Nesse espírito, o processo de ensino-aprendizagem será conduzido sob
os auspícios do debate teórico-metodológico das Humanidades, de modo a
orientar professoras(es) e estudantes para o necessário debate acerca da
historicidade dos princípios, conceitos, categorias e teorias, possibilitando a
construção de novas sistematizações e currículos descolonizados.
Para levar a bom termo essa proposta, é importante o emprego de novas
metodologias de ensino, baseadas nas epistemologias africanas, afro-brasileiras
e de outros grupos socialmente subalternizados, proporcionando o
aprofundamento da compreensão da realidade brasileira e dos países parceiros
da UNILAB. Outro aspecto relativo ao processo de ensino e aprendizagem diz
respeito à necessidade de discussão do acesso e difusão desigual dos meios

39
técnicos e científicos e, de modo agudo, das relações de dominação Norte–Sul.
Desse modo, se problematiza a incorporação de valores democráticos às novas
tecnologias midiáticas, tornando o processo mais dinâmico, cativante e
interativo.

8.1 Da professora e do professor


Neste processo, compete ao(à) professor(a) orientar a(o) estudante rumo
a um aprendizado ativo e reflexivo, a utilizar as ferramentas teórico-conceituais e
técnicas necessárias ao saber-fazer da(o) bacharel em Humanidades, a ensinar
e aprender a identificar objetos de pesquisa, analisá-los e propor diferentes
abordagens prático-teóricas, procurando transformar, em cada aula, temas
históricos em problemáticas de pesquisa, ensino e extensão.

8.2 Da(o) estudante


No processo de ensino-aprendizagem aqui proposto a(o) estudante
assume um papel ativo e decisivo em sua formação, sendo estimulada(o), desde
o início, a constituir-se como uma(um) intérprete crítica(o) e autônoma(o) da
área de Humanidades e do saber que sobre ela e a partir dela se produz. Além
de ser responsável pelos caminhos formativos que irá cursar dentre os
componentes ofertados no primeiro ciclo, em consonância com as
terminalidades do segundo ciclo.

9 EXPECTATIVA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

9.1 Perfil geral das(os) egressas(os)


Da(o) aluna(o) egressa(o) do Bacharelado Interdisciplinar em
Humanidades espera-se que possua formação básica na área de Humanidades,
dominando, parcialmente, o processo de produção e difusão do conhecimento
da área. Além disso, considerando os Referenciais Orientadores para BIs e

40
Similares (portaria no. 383/SISU MEC), as ―[..] seguintes competências,
habilidades, atitudes e valores deverão integrar o perfil dos egressos dos BIs e
similares:
 capacidade de identificar e resolver problemas, enfrentar desafios e
responder a novas demandas da sociedade contemporânea;
 capacidade de comunicação e argumentação em suas múltiplas
formas;
 capacidade de atuar em áreas de fronteira e interfaces de diferentes
disciplinas e campos de saber;
 atitude investigativa, de prospecção, de busca e produção do
conhecimento;
 capacidade de trabalho em equipe e em redes;
 capacidade de reconhecer especificidades regionais ou locais,
contextualizando e relacionando com a situação global;
 atitude ética nas esferas profissional, acadêmica e das relações
interpessoais;
 comprometimento com a sustentabilidade nas relações entre ciência,
tecnologia, economia, sociedade e ambiente;
 postura flexível e aberta em relação ao mundo do trabalho;
 capacidade de tomar decisões em cenários de imprecisões e
incertezas;
 sensibilidade às desigualdades sociais e reconhecimento da
diversidade dos saberes e das diferenças étnico-culturais;
 capacidade de utilizar novas tecnologias que formam a base das
atividades profissionais;
 capacidade de empreendedorismo nos setores público, privado e
terceiro setor.‖ (BRASIL, 2010)

Além dessas, do(a) bacharel em Humanidades formado(a) pelo nosso


curso espera-se:
41
conhecer os principais fundamentos teórico-metodológicos que
orientam as análises da História, das Ciências Sociais, da Pedagogia
e das Relações Internacionais;
ter domínio das habilidades relativas à efetiva comunicação e
expressão oral e escrita.

9.2 Competências e Habilidades das(os) egressas(os)


A(o) bacharel em Humanidades, além do domínio dos conhecimentos
específicos que orientam sua abordagem teórica em consonância com sua
escolha de eixo temático e área de concentração, espera-se habilidade na
compreensão, identificação e resolução de outras questões inerentes à sua
prática profissional futura, deve saber avaliar criticamente sua atuação e o
contexto em que atua, interagindo cooperativamente com a sociedade. Ao final
do Curso, as(os) graduadas(os) deverão dominar:
os conceitos e métodos básicos da História, Ciências Sociais,
Pedagogia e das Relações Internacionais;
os conceitos filosóficos básicos;
os métodos e técnicas de pesquisa que permitam a transformação do
conhecimento científico;
as tecnologias aplicadas à pesquisa social e a preservação do
patrimônio histórico, artístico e cultural.

Em termos mais específicos, as(os) egressas(os) deverão ser capazes


de:
exercer o trabalho de bacharel em Humanidades, em todas as suas
dimensões, o que inclui o conhecimento de princípios básicos do
conhecimento social e de práticas essenciais a sua produção e
difusão;
compreender o caráter interdisciplinar do conhecimento sobre
sociedade e cultura;

42
dominar as concepções teórico-metodológicas basilares que
fundamentam as Humanidades;
reconhecer e problematizar as múltiplas experiências dos sujeitos
sociais;
conhecer e compreender as relações de espaço-tempo;
desenvolver pesquisas, produção de conhecimento e difusão no
âmbito da academia, da sociedade civil e em outras instituições de
ensino, pesquisa e órgãos de preservação de acervos e do patrimônio
histórico, artístico e cultural em sentido amplo.

Considerando ainda as competências e habilidades específicas por eixo


temático, daquela(e) que optar pelo eixo de Estudos Africanos pretende-se que
ela(e):
aprenda a abordar um conjunto de referenciais teóricos, conceituais e
metodológicos sistematizados nas tradições europeias sobre a África;
articulando-os criticamente com os pressupostos teóricos e metódicos
Afrocentrados que engloba Pan-africanismo, Negritude,
Afropolitanismo, entre outros.
conhecer de forma sistemática os processos de reorganização das
sociedades africanas contemporâneas, a partir dos saberes eruditos
que ajudaram a fundar os pressupostos acadêmicos e científicos de
sustentação ao que se denomina hoje de pensamento social africano.

Na escolha do eixo de Estudos da Diáspora Negro-Africana pretende-


se que ela(e):
 Apreenda de forma crítica as dinâmicas das sociedades em que as
diásporas negro-africanas contemporâneas estão inseridas e esteja
apto(a) a realizar pesquisas sobre as mais diversas áreas de
conhecimentos, que se articulam com a temática.

43
 Possa, considerando as dinâmicas descritas, desenvolver habilidades
para analisar as diferentes realidades e, se possível, propor projetos
de intervenção em diferentes campos, visando assegurar os direitos
da cidadania e o desenvolvimento social, econômico e educacional de
populações inseridas em contextos diaspóricos negro-africanos.
 Adquira ferramentas teórico-metodológicas que possibilitem
interpretar e reinterpretar criticamente os legados culturais,
simbólicos, filosóficos e civilizacionais dos povos negro-africanos na
formação das Américas e das sociedades ocidentais.

Na escolha do eixo de Estudos da Interseccionalidade entre Gênero,


Raça, Sexualidades e Classe pretende-se que ela(e) seja capaz de:
 identificar espaços educativos – públicos e privados – formais e não
formais, em que políticas e projetos que promovam a igualdade de
gênero, raça e classe, possam ser desenvolvidos;
 realizar pesquisas sobre as principais categorias teóricas vinculadas à
história do feminismo em suas diferentes correntes e periodização
(raça, LGBT, gênero, identidade de gênero, classe, orientação sexual,
escolha sexual).
 compreender aspectos da formulação e da gestão de políticas
públicas que promovam a igualdade de gênero, raça e classe

10 ESTRUTURA E INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR

Em cumprimento ao que estabelece a Resolução CNE/CES nº 2, de 18


de junho de 2007, que dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos
relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na
modalidade presencial, no Brasil, e em conformidade com o que orienta o
Parecer CNE/CES nº 136, de 4 de junho de 2003, que trata da orientação para
44
as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação, os estudantes do Curso de
Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades com ingresso a partir de 2015
terão que cumprir a carga horária mínima de 2.400 horas distribuídas da
seguinte maneira:

Quadro 1 – Resumo da matriz curricular

EXIGÊNCIAS CARGA HORÁRIA

Obrigatórias do Núcleo Comum 240


Obrigatórias do BI 540
1020
Optativas dos eixos temáticos
(distribuídas em diversas combinações
possíveis de acordo com eixo e área
Optativas das áreas de concentração
escolhidos)
TCC 260
Atividades complementares 100
Atividades de extensão 240
TOTAL 2400

Tendo em vista: 1) os Referenciais Orientadores para BI e similares do


MEC, que preveem que os cursos dessa modalidade se caracterizam pela
―diversidade na organização curricular, com variações organicamente articuladas
às práticas de ensino da instituição‖, devendo eles garantir ―uma formação geral,
incluindo objetos, métodos cognitivos e recursos instrumentais da grande área,
possibilitando o prosseguimento dos estudos em níveis profissionalizante
(segundo ciclo) ou pós graduação‖ e 2) o que preveem nossos documentos
institucionais sobre a necessidade de ―promover avanços na produção e
disseminação do conhecimento em atendimento à demanda de formação e de
pesquisa de países de expressão em língua portuguesa, em um ambiente de
respeito às distintas identidades, ao pluriculturalismo e à cooperação solidária‖
(UNILAB, DIRETRIZES GERAIS, 2010). O curso de BI em Humanidades do IHL
– Malês, visando ao mesmo tempo ―proporcionar ao estudante um conhecimento
amplo dos vários campos referentes às Humanidades‖ e simultaneamente a isso
prepara-la(o) para a escolha da área e formação específica e profissionalizante

45
das terminalidades ofertadas pelo IHL – Malês (e eventualmente pelo IH –
Ceará), organiza sua estrutura curricular em três fases de formação:
Na primeira fase, se encontram os componentes obrigatórios que são do
núcleo comum a todos os cursos de graduação da UNILAB e aqueles referentes
ao núcleo obrigatório da grande área das Humanidades. Neste momento, a(o)
estudante poderá acessar de maneira geral os conhecimentos dos campos das
Humanidades para se familiarizar com discussões que interseccionam temas e
áreas relativos às orientações teóricas deste PPC que, seguindo as diretrizes da
UNILAB, orienta seu trabalho interdisciplinar a partir da reflexão sobre as
relações Brasil-África e com os demais países parceiros, sobre a diáspora, sobre
a colonização e colonialidade, sobre a produção epistemológica na perspectiva
Sul-Sul, plural e intercultural. Também neste momento, o(a) estudante se
aproxima das ferramentas teórico-conceituais desse campo de estudos mais
abrangente tais como eles foram hegemonicamente consolidados na tradição
acadêmica, visando lhe proporcionar as condições necessárias às suas próprias
escolhas futuras relativas ao seu percurso formativo no restante de sua
formação acadêmica.
Na segunda fase, estão localizados os componentes optativos da grande
área das Humanidades organizados tematicamente pelos eixos abaixo descritos
que propõem conteúdos humanísticos múltiplos e amplos, com ênfase no
pensamento crítico e na capacidade de contribuir para a transformação da
sociedade em que a(o) bacharel atua. A organização por temas está também
alinhada às Missões e Diretrizes da UNILAB, de maneira mais direcionada que
na fase anterior através das seguintes linhas: eixo temático estudos africanos;
eixo temático estudos da diáspora negro-africana; eixo temático estudos da
interseccionalidade entre gênero, raça, sexualidades e classe e eixo de estudos
gerais.

46
Eixo temático Estudos Africanos: visa compreender e refletir, em linhas gerais, sobre
o processo histórico, político, social e cultural da produção do conhecimento sobre as
sociedades africanas, muito dos quais expressos em vários paradigmas
Afrocentricos e, em paralelos com os caminhos percorridos por um quadro rico de
autores, ideias, propósições analíticas realizadas nas Diásporas Africanas com
propósito de imprimir novo direcionamento epistemológico nas relações entre Europa e
África, propiciando a produção assim como a circulação do conhecimento acadêmico
sobre África nas agendas políticas nacionais e internacionais, bem como a
fundamentação histórica-teórica das lutas sociais antirracistas e na formalização das
políticas das ações afirmativas na contemporaneidade.

Eixo temático Estudos da Diáspora Negro-africana: visa compreender e produzir


conhecimentos sobre os processos histórico-sociais que ocasionaram as migrações de
populações africanas dentro e fora do continente, e que resultaram no que se nomeia,
hoje, de diáspora negro-africana contemporânea; compreender as dinâmicas sociais,
políticas, econômicas, culturais e simbólicas produzidas no processo diaspórico negro-
africano em todo o continente americano, a partir de perspectivas teóricas e críticas
pertinentes às ciências humanas; interpretar criticamente as conexões, interações e
transformações simbólicas, culturais, políticas e materiais dos legados dos povos
africanos relativos à formação civilizacional das Américas.

Eixo temático Estudos de Interseccionalidade entre Gênero, Raça, Sexualidades e


classe: visa a compreender as dinâmicas da dominação como fenômenos complexos,
situados nos entrecruzamentos de diferentes marcadores sociais, como o de gênero, de
raça, classe, sexualidade. O eixo também se propõe apresentar as identidades sociais
como dinâmicas e plurais e como constituídas através de um processo de produção
simultâneo de diferentes fatores, como gênero, raça, classe, sexualidade.
Diferentemente caracterizada como uma noção, uma teoria e uma metodologia, a
interseccionalidade se tornou, hoje, uma das principais ferramentas das Teorias
feministas, dos Estudos críticos sobre raça, mas também, mais geralmente, das
Ciências Humanas e Sociais. Este eixo propõe, assim, leituras interdisciplinares da
problemática relacionada à igualdade de gênero, raça, classe e sexualidade – em seus
aspectos sociais, políticos e econômicos – tanto em âmbito nacional quanto
internacional.

Eixo Geral: além desses três eixos o currículo também ofertará componentes visando
uma formação geral em que a(o) estudante poderá optar ainda por uma formação não
vinculada a um tema específico mas respeitando o seu interesse pessoal, orientada
pelos eixos temáticos em combinações diversas e particulares e/ou cursando disciplinas
optativas do eixo geral que incluem disciplinas ofertadas pelo BI e pelo curso de Letras
do IHL – Malês.

47
Ainda fazem parte dessa fase, as disciplinas obrigatórias de Metodologia
da pesquisa Interdisciplinar em Humanidades (MPIH) I e II.
Na terceira fase, estão localizados os componentes de áreas de
concentração, elas visam orientar a escolha do segundo ciclo de formação nas
terminalidades. São disciplinas específicas ligadas aos cursos que o IHL –
campus dos Malês ofertam no segundo ciclo de formação (terminalidade) e que
poderão ser aproveitadas posteriormente na integralização da segunda
formação. Por isso, é importante que nesse momento a(o) estudante que
desejar as duas diplomações já se oriente de acordo com a profissionalização
que pretende obter entre: bacharelado em Relações Internacionais ou as
licenciaturas em Ciências Sociais, História ou Pedagogia (e outras previstas de
serem criadas no futuro, tais como licenciatura em Filosofia). Também é nesse
momento que deve cursar os componentes obrigatórios de Trabalho de
Conclusão de Curso I e II.
Tendo em vista a legislação relacionada à Educação à Distância,
especificamente o disposto na Portaria n. 1428, de 28 de dezembro de 2018, do
Ministério da Educação, o curso poderá prever oferta de disciplinas à distância
que, após o devido trâmite legal, serão identificadas na matriz curricular e no
projeto pedagógico do curso, com indicação da(s) metodologia(s) a ser(em)
utilizada(s).
Em cumprimento ao Decreto Federal n.º 5.626 de 22 de dezembro de
2005, destacamos que a disciplina ―LIBRAS‖ pode ser cursada no Bacharelado
Interdisciplinar em Humanidades como disciplina optativa, ofertada pelo curso de
Letras. A oferta da disciplina ―LIBRAS‖ alcança todas as licenciaturas do Instituto
de Humanidades e Letras – IHL Malês.
Aspectos relacionados ao meio ambiente são abordados no componente
optativo ―Cultura e Meio Ambiente‖, que integra o eixo geral do Núcleo Geral,
consoante Resolução CNE/CP nº 2, de 15 de junho de 2012.
Em conformidade com a Resolução CNE/CP n.º 01, de 17 de junho de
2004, as disciplinas que abordam temáticas relacionadas à história e à cultura

48
afro-brasileira encontram-se presentes no eixo temático ―Estudos Africanos‖ e no
eixo temático ―Estudos da Diáspora Negro-Africana‖.
Destaca-se, também, em conformidade com a Resolução CNE/CP n.º 01,
de 30 de maio de 2012, a oferta da componente curricular ―Sociedades,
Diferenças e Direitos Humanos nos Espaços Lusófonos‖, que aborda conteúdos
pertinentes à temática dos Direitos Humanos, bem como atividades realizadas
no âmbito do Comitê Gestor em Direitos Humanos da UNILAB, em
funcionamento desde setembro de 2018.

10.1 Fluxograma
O fluxo de integração curricular do Bacharelado Interdisciplinar em
Humanidades será de 2.400 (duas mil e quatrocentas) horas2. A carga horária
de optativas se distribui em duas qualidades: às de eixo temático vinculadas à
grande área de humanidades (e que se recomenda serem cursadas na segunda
fase do curso entre o terceiro e quarto semestres) e às de área de concentração,
vinculadas às áreas da futura terminalidade escolhida pelo(a) estudante (que
devem ser cursadas preferencialmente no quinto e sexto semestre). Apesar
dessas recomendações, importante ressaltar que as combinações são as mais
diversas, levando em consideração a autonomia do bacharelando em organizar
sua formação de acordo com os anseios de tema e de profissionalização
ofertados pelos dois ciclos do IHL – Malês.

2
Esta carga horária foi fixada de acordo com o que estabelece a Resolução nº 2 da Câmara de
Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, de 18 de junho de 2007, que dispõe
sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de
graduação, bacharelados, na modalidade presencial, no Brasil.
49
Quadro 2 – Componentes curriculares por semestre (ideal)

1º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Iniciação à vida universitária 15 15 -
Iniciação ao pensamento 45 45 -
científico: problematizações
epistemológicas
Leitura e produção de texto I 60 60 -
(foco: habilidades de leitura)
Sociedades, diferenças e direitos 60 60 -
humanos nos espaços lusófonos
Processos coloniais e a 60 60 -
construção da modernidade
Antropologia e colonização 60 60 -
TOTAL 300 300 -
2º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Leitura e produção de texto II 60 60 -
(foco: produção de textos
acadêmicos)
Educação, sociedade e cultura 60 60 -
na perspectiva da
descolonização do saber
Filosofia como teoria e modo de 60 60 -
vida
Sociologia: desafios e 60 60 -
perspectivas de intervenção
social
Introdução às relações 60 60 -
internacionais
TOTAL 300 300 -
3º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Metodologia da pesquisa 60 60 -
interdisciplinar em Humanidades
I
Filosofia Africana 60 60 -
Optativa do eixo temático 60 60 -
Optativa do eixo temático 60 60 -
Optativa do eixo temático 60 60 -
TOTAL 300 300 -
4º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Metodologia da pesquisa 60 30 30 Metodologia da pesquisa
interdisciplinar em interdisciplinar em
Humanidades II Humanidades I
Optativa do eixo temático 60 60 -

50
Optativa do eixo temático 60 60 -
Optativa do eixo temático 60 60 -
Optativa do eixo temático 60 60 -
TOTAL 300 300 -
5º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Optativa 60 60 -
Optativa 60 60 -
Optativa 60 60 -
Optativa 60 60 -
Optativa 60 60 -
TCC I 130 130 - Metodologia da pesquisa
interdisciplinar em
Humanidades II
TOTAL
430 430 -
6º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Optativa 60 60 -
Optativa 60 60 -
Optativa 60 60 -
Optativa 60 60 -
Optativa 60 60 -
TCC II 130 130 - TCC I
TOTAL 430 430
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS AO LONGO DO CURSO
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Atividades complementares 100 100-
Atividades de extensão 240 240
TOTAL 340 340

Abaixo figuram as possibilidades sugeridas aos(às) estudantes de acordo


com a escolha do segundo ciclo. Elas visam orientá-las(os) sobre como garantir
o cumprimento dos dois ciclos de formação em 10 semestres, se assim
desejarem. Para isso, a partir do quinto semestre, ela(e) deverá começar a
cursar as disciplinas optativas de área de concentração conforme sugestão a
seguir:

51
Quadro 3 – Componentes curriculares por semestre, área de Concentração
Relações Internacionais (ideal)

5º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Optativa Teorias das Relações 60 60 Introdução às Relações
Internacionais I (TRI I) Internacionais
Optativa Direito Internacional 60 60 - Introdução às Relações
Público I (DI 1) Internacionais
Optativa Economia Política 60 60 - Introdução às Relações
Internacional Internacionais
Optativa eixo temático ou de 60 60 -
outra área de concentração
Optativa eixo temático ou de 60 60 -
outra área de concentração
TCC I 130 130 - Metodologia da pesquisa
interdisciplinar em
Humanidades II
TOTAL 430 430 -
6º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Optativa Geografia Política e 60 60 - Teorias das Relações
Geopolíticas do Sul Global Internacionais I (TRI I)
Optativa Políticas de Gênero, 60 60 - Teorias das Relações
Raça e Relações Internacionais Internacionais I (TRI I)
Optativa Política Externa 60 60 - Teorias das Relações
Africana Contemporânea Internacionais I (TRI I)
Optativa eixo temático ou de 60 60 -
outra área de concentração
Optativa eixo temático ou de 60 60 -
outra área de concentração
TCC II 130 130 - TCC I
TOTAL 430 430

Quadro 4 – Componentes curriculares por semestre ideal de curso área de


concentração em Ciências Sociais

5º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Optativa Antropologia I 60 60 -
Optativa Ciência Política I 60 60 -
Optativa Sociologia I 60 60 -
Optativa Introdução ao 60 60 -
Pensamento Social: África e
Diásporas
Optativa Epistemologia das 60 60 -

52
Ciências Sociais
TCC I 130 130 - Metodologia da pesquisa
interdisciplinar em
Humanidades II
TOTAL 430 430 -
6º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Optativa Antropologia II 60 60 - Antropologia I
Optativa Ciência Política II 60 60 - Ciência Política I
Optativa Sociologia II 60 60 - Sociologia I
Optativa Gênero, Raça e 60 60 -
Sexualidade nas Ciências
Sociais
Optativa Pensamento Social 60 60 -
Brasileiro
TCC II 130 130 - TCC I
TOTAL 430 430

Quadro 5 – Componentes curriculares por semestre ideal de curso área de


concentração em História

5º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Optativa Filosofia da 60 30 30
Ancestralidade e Educação
Optativa Historiografia I 60 60 15
Optativa História da América: 60 60 -
colonização e resistência
Optativa eixo temático 60 60 -
TCC I 130 130 - Metodologia da
pesquisa interdisciplinar
em Humanidades II
TOTAL 370 325 45
6º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Optativa Fundamentos Sócio- 60 60 -
históricos e Psicológicos da
Educação
Optativa Historiografia II 75 60 15 Historiografia I
Optativa Antiguidade Africana e 75 60 15
suas conexões
Optativa Laboratório de ensino, 100 30 70 Historiografia I
fontes e métodos I
Optativa eixo temático 60 60 -
TCC II 130 130 - TCC I
TOTAL 500 400 100

53
Quadro 6 – Componentes curriculares por semestre ideal de curso área de
concentração Pedagogia

5º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Optativa Filosofia da 60 30 30
Ancestralidade e Educação
Optativa Antropologia da 30 15 15
Educação nos Países da
Integração
Optativa Sociologia da 30 15 15
Educação nos Países da
Integração
Optativa História da Educação 60 30 30
nos Países da Integração
Optativa Fundamentos 60 30 30
Filosóficos e Práticos do Samba
e Capoeira
Optativa Psicologia Africana na 60 30 30
Perspectiva da Educação
TCC I 130 130 - Metodologia da
pesquisa interdisciplinar
em Humanidades II
6º SEMESTRE
Componente Curricular CH Teor. Prat. Pré-requisito
Optativa Política Educacional e 60 30 30
Organização da Educação nos
Países da Integração
Optativa Políticas, Práticas 60 30 30
Curriculares e Descolonização
dos Currículos
Optativa Fundamentos da 60 30 30
Gestão Educacional nos Países
da Integração
Optativa Processos Educativos e 60 30 30
Construção de Identidades:
raça/etnia, classe, gênero e
sexualidade
Optativa Pensamento Social 60 30 30
Brasileiro
TCC II 130 130 - TCC I
TOTAL 430 430

54
10.2 Componentes curriculares obrigatórios e optativos
Os componentes curriculares obrigatórios e optativos estão divididos em
núcleos. São dois núcleos obrigatórios: o Núcleo Obrigatório Comum da
UNILAB, do qual fazem parte disciplinas que devem compor os currículos de
todos os cursos de graduação presencial ofertados pela instituição e o Núcleo
Obrigatório de Conhecimento em Humanidades, que corresponde aos
conteúdos particulares da formação generalista em Humanidades proposta. Já o
Núcleo Optativo é composto pelos três eixos temáticos (Estudos Africanos,
Estudos da Diáspora Negra, Estudos da Interseccionalidade entre gênero, raça
e classe) e um eixo geral composto por componentes não vinculados a nenhuma
área e no qual cabem as combinações entre componentes que mais
interessarem à(ao) estudante, possibilitando uma ampla variedade de percursos
formativos à sua escolha em combinação com as condições de oferta do
colegiado.
Para concentrar sua formação de acordo com um eixo temático, o
estudante precisa fazer pelo menos cinco optativas vinculadas ao eixo de sua
escolha conforme tabela. Sendo que algumas disciplinas são válidas para um ou
mais eixos e por isso se repetem. Em não fazendo essa escolha, o(a) estudante
opta pela formação geral. Relativamente às áreas de concentração, também
temos disciplinas que servem para uma ou mais áreas, motivo pelo qual,
igualmente se repetem no quadro abaixo.

Quadro 7 – Componentes curriculares por núcleos

NÚCLEO OBRIGATÓRIO COMUM DA UNILAB


Componente curricular CH Teór. Prát. Pré-requisito
Inserção à Vida Universitária 15 15 - -
Iniciação ao Pensamento Científico: 45 45 - -
Problematizações Epistemológicas
Leitura e Produção de Texto I 60 60 - -
Leitura e Produção de Texto II 60 60 - -
Sociedades, Diferenças e Direitos 60 60 - -
Humanos nos Espaços Lusófonos
TOTAL 255 255 -

55
NÚCLEO OBRIGATÓRIO DE CONHECIMENTO EM HUMANIDADES
Componente curricular CH Teór. Prát. Pré-requisito
Antropologia e Colonização 60 60 - -
Processos Coloniais e a Construção da 60 60 - -
Modernidade
Educação, Sociedade e Cultura na 60 60 - -
Perspectiva da Descolonização do Saber
Filosofia como Teoria e Modo de Vida 60 60 - -
Sociologia: Desafios e Perspectivas de 60 60 - -
Intervenção Social
Introdução às Relações Internacionais 60 60 - -
Filosofia Africana 60 60 - -
Metodologia da Pesquisa Interdisciplinar 60 60 - -
em Humanidades I
Metodologia da Pesquisa Interdisciplinar 60 30 30 Metodologia da
em Humanidades II pesquisa interdisciplinar
em Humanidades I
TOTAL 540 510 30
NÚCLEO OPTATIVO –Eixo Geral
Componente curricular CH Teór. Prát. Pré-requisito
Estética e Filosofia da Arte 60 -
Educação em Direitos Humanos 60 60 - -
Educação Intercultural 60 60 - -
Inglês: Língua e Cultura I 60 60 - -
Inglês: Língua e Cultura II 60 60 - Inglês: língua e cultura I
Inglês: Língua e Cultura III 60 60 - Inglês: língua e cultura
II
Inglês: Língua e Cultura IV 60 60 - Inglês: língua e cultura
III
LIBRAS 60 60 - -
Sistema ONU e os Desafios do 60 60 - -
Multilateralismo
Literaturas em Língua Portuguesa: 60 50 10
Diálogos na Ficção e na Poesia da
Primeira Metade do Século XX
Literaturas em Língua 60 50 10
Portuguesa: Nacionalismo
Literário e Resistência
Literaturas em Língua 60 50 10
Portuguesa: Realismo Literário
e Produção Finissecular
Literaturas em Língua Portuguesa: o 60 50 10
Modernismo
Políticas e Planejamento Linguísticos 60 40 20
Humanidades Digitais 60 40 20
ESTUDOS AFRICANOS
Componente curricular CH Teór. Prát. Pré-requisito
África Contemporânea e Relações 60 60 - -

56
Internacionais
Antropologia de África 60 60 - -
Arte e Sociedades Africanas 60 60 - -
Educação e Relações Étnico-raciais 60 60 - -
Filosofia Africana Pós-colonial 60 60 - -
Gênero, Relações Internacionais e 60 60 - -
Desenvolvimento Africano
Imigração, Raça, Etnicidade e Relações 60 60 - -
Internacionais
Metodologia dos Estudos Africanos 60 60 - -
Sociologia Africana, Agenda de Pesquisa e 60 60 - -
Perspectivas
Tópicos Especiais em Literatura Africana 60 60 - -
Tópicos Avançados da Política Externa 60 60
Brasileira na África
ESTUDOS DA DIÁSPORA NEGRA
Componente curricular CH Teór. Prát. Pré-requisito
Arte e Diáspora Negra 60 60 - -
Branquitude, Políticas de Ação Afirmativa 60 60 - -
e Superação do Racismo nas Américas
Crítica e Contranarrativa Antropológica 60 60 - -
Diáspora Negra e Relações Internacionais 60 60 - -
Educação e Relações Étnico-raciais 60 60 - -
Filosofia Afrodiaspórica 60 60 -
Imigração, Raça, Etnicidade e Relações 60 60 - -
Internacionais
Literatura Afro-brasileira 60 60 - -
Metodologia dos Estudos da Diáspora 60 60 - -
Pensamento Político Brasileiro 60 60 - -
Processos Sociais e Culturais no 60 60 - -
Recôncavo da Bahia
ESTUDOS DE INTERSECCIONALIDADE ENTRE GÊNERO, RAÇA, SEXUALIDADES E
CLASSE
Componente curricular CH Teór. Prát. Pré-requisito
Cultura e Meio Ambiente 60 60 - -
Crítica e Contranarrativa Antropológica 60 60 - -
Dinâmicas de Raça, Gênero e Sexualidade 60 60 - -
no Contexto da Globalização
Filosofia em Afroperspectiva 60 60 - -
Fundamentos Teóricos da 60 60 - -
Interseccionalidade
Gênero, Relações Internacionais e 60 60 - -
Desenvolvimento Africano
Imigração, Raça, Etnicidade e Relações 60 60 - -
Internacionais
Políticas das Minorias no Contexto Pós- 60 60 - -
colonial
Teorias Feministas e Epistemologia da 60 60 - -
57
Dominação
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Componente curricular CH Teór. Prát. Pré-requisito
Teorias das Relações Internacionais I (TRI Introdução às Relações
I) Internacionais
Direito Internacional Público I (DI 1) 60 60 - Introdução às Relações
Internacionais
Economia Política Internacional 60 60 - Introdução às Relações
Internacionais
Geografia Política e Geopolíticas do Sul 60 60 - Teorias das Relações
Global Internacionais I (TRI I)
Políticas de Gênero, Raça e Relações 60 60 - Teorias das Relações
Internacionais Internacionais I (TRI I)
Política Externa Africana Contemporânea 60 60 - Teorias das Relações
Internacionais I (TRI I)
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS
Componente curricular CH Teór. Prát. Pré-requisito
Antropologia I 60 60 -
Ciência Política I 60 60 -
Sociologia I 60 60 -
Introdução ao Pensamento Social: África e 60 60 -
Diásporas
Epistemologia das Ciências Sociais 60 60 -
Antropologia II 60 60 - Antropologia I
Ciência Política II 60 60 - Ciência Política I
Sociologia II 60 60 - Sociologia I
Gênero, Raça e Sexualidade nas Ciências 60 60 -
Sociais
Pensamento Social Brasileiro 60 60 -
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO HISTÓRIA
Componente curricular CH Teór. Prát. Pré-requisito
Filosofia da Ancestralidade e Educação 60 30 30
Historiografia I 75 60 15
História da América: colonização e 60 60 -
resistência
Fundamentos Sócio-históricos e 60 60 -
Psicológicos da Educação
Historiografia II 75 60 15 Historiografia I
Antiguidade Africana e suas Conexões 75 60 15
Laboratório de Ensino, Fontes e Métodos I 100 30 70 Historiografia I
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO PEDAGOGIA
Componente curricular CH Teór. Prát. Pré-requisito
Filosofia da Ancestralidade e Educação 60 30 30
Antropologia da Educação nos Países da 30 15 15
Integração
Sociologia da Educação nos Países da 30 15 15
Integração
História da Educação nos Países da 60 30 30

58
Integração
Fundamentos Filosóficos e Práticos do 60 30 30
Samba e Capoeira
Psicologia Africana na Perspectiva da 60 30 30
Educação
Política Educacional e Organização da 60 30 30
Educação nos Países da Integração
Políticas, Práticas Curriculares e 60 30 30
Descolonização dos Currículos
Fundamentos da Gestão Educacional nos 60 30 30
países da Integração
Processos Educativos e Construção de 60 30 30
Identidades: Raça/Etnia, Classe, Gênero e
Sexualidade
Pensamento Social Brasileiro 60 30 30

10.3 Trabalho de Conclusão de Curso


Como orienta a Resolução CONSUNI/UNILAB n.º 11/2017, em
substituição à Resolução CONSUNI/UNILAB n.º 14/2016, o Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) é obrigatório para a integralização do Bacharelado
Interdisciplinar em Humanidades, compreendendo seu desenvolvimento uma
carga horária de 260 horas, dispostas em dois componentes curriculares,
respectivamente TCC I (130 horas) e TCC II (130 horas, tendo o componente
curricular TCC I como pré-requisito).
O TCC consiste na formalização de atividades de pesquisa orientada
sobre problemas de natureza social, preferencialmente a partir de uma
abordagem interdisciplinar, envolvendo os diversos campos temáticos e
disciplinares das Humanidades. Seu objetivo geral é propiciar a oportunidade de
demonstrar o grau de habilitação adquirido ao longo do curso, e em especial o
aprofundamento temático, a capacidade de revisão de bibliografia especializada,
bem como de análise e crítica nas áreas contempladas pelo curso. Embora as
atividades de pesquisa conexas ao TCC possam ser conduzidas no âmbito de
grupos de trabalho, pesquisa e extensão, o desenvolvimento, elaboração e
defesa do TCC são obrigatoriamente individuais.
A relação de orientação pressupõe o acordo explícito entre orientador(a)
e orientando(a), e deve ser formalizada junto à Secretaria da Unidade
59
Acadêmica pelo(a) estudante, observados os procedimentos e limites
estabelecidos pela Resolução nº 14/2016 do Conselho Universitário. Será de
responsabilidade do(a) orientador(a) definir, em conjunto com o(a) orientando(a),
a programação das tarefas e etapas necessárias ao desenvolvimento da
pesquisa ao longo de dois períodos letivos, respectivamente enquadrados nos
componentes curriculares TCC I e TCC II.
Ao final do período letivo correspondente ao componente curricular TCC
I, o(a) orientador(a) atribuirá uma nota ao(à) orientando(a), de acordo com o
cumprimento das tarefas e etapas programadas e ao desempenho verificado em
sua execução, consistindo a aprovação em uma nota superior ou igual a 7,0
(sete).

Quadro 8 – Componentes curriculares relativos ao Trabalho de Conclusão de


Curso

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


Componente curricular CH Teór Prát Pré-requisito
. .
TCC I 130 130 - -
TCC II 130 130 - TCC I
TOTAL 260 260 -

Ao final do período letivo correspondente ao componente curricular TCC


II, o trabalho deverá ser defendido pelo(a) estudante perante banca
examinadora composta pelo(a) orientador(a), que a preside, e por outros dois
membros, designados pelo(a) orientador(a), que atuarão como
examinadores(as). As sessões de defesa de TCC serão públicas, vedada a
manifestação da assistência. O(A) estudante apresentará seu trabalho de forma
oral, e utilizando os meios audiovisuais ou cenográficos que julgar necessários,
cabendo-lhe assegurar sua disponibilidade e funcionamento adequado. A
apresentação será seguida de arguição pelos(as) examinadores(as). Em
seguida a banca se reunirá em privado para deliberar sobre a aprovação ou
reprovação do trabalho. O conceito final será conforme a média das notas
atribuídas pelos(as) dois(duas) examinadores(as), que levarão em consideração
60
a avaliação qualitativa do(a) orientador(a) sobre o processo de desenvolvimento
da pesquisa, consistindo a aprovação em uma nota superior ou igual a 7,0
(sete). O resultado será registrado em ata, que será lida publicamente pelo(a)
presidente da banca, na presença do(a) orientando(a), imediatamente após a
deliberação.
O Trabalho de Conclusão de Curso pode ser apresentado à banca nas
modalidades estipuladas abaixo, de livre escolha do(a) estudante, desde que
previamente acordada com o(a) orientador(a):
 projeto de pesquisa;
 relatório de projeto de intervenção social;
 trabalho em linguagem artística;
 monografia científica;
 artigo científico.

10.3.1. Projeto de pesquisa


O projeto de pesquisa deve revelar o momento de reflexão crítica e
formulação investigativa posterior ao primeiro contato intensivo do(a) estudante
com as realidades sociais, culturais ou políticas que pretende interrogar. Nesse
sentido, o projeto deve demonstrar não apenas uma certa familiaridade do
proponente com essas realidades, mas também com uma parcela significativa
da bibliografia relevante disponível em língua portuguesa, que permita uma boa
problematização e identificação do objeto, bem como a elaboração das
estratégias metodológicas condizentes com as perguntas de partida ou
hipóteses levantadas.
Embora não se proponha um modelo de organização do conteúdo
previamente definido, cabendo ao(à) orientador(a) a indicação da estrutura
textual mais adequada conforme o objeto e os campos disciplinares envolvidos,
o projeto de pesquisa a ser submetido à banca deve incluir, necessariamente:
a) uma problematização que parta do tema mais geral de interesse do(a)
estudante, envolvendo uma revisão crítica da bibliografia relevante, de modo a

61
construir a delimitação de um objeto de pesquisa, levando-se em conta as
inquietações não respondidas pela bibliografia examinada, bem como a
experiência prévia do(a) estudante com o tema – seja pessoal, bibliográfica ou
de pesquisa exploratória;
b) a delimitação estrita do objeto de pesquisa, com a indicação dos
devidos recortes cronológicos, espaciais e temáticos, incluindo sua explicitação
na forma de um objetivo geral e de objetivos específicos em número condizente
com uma pesquisa em nível de graduação;
c) uma reflexão metodológica que articule o nível teórico com os
objetivos, buscando estabelecer os meios pelos quais se acredita poder
responder às perguntas feitas na problematização e refletidas na delimitação do
objeto, indicando os métodos de coleta de dados, instrumentos, se for o caso, ou
acervos que conferirão materialidade ao objeto;
d) as referências bibliográficas dos materiais efetivamente citados e
discutidos no projeto;
e) um levantamento bibliográfico mais extenso, refletindo o esforço de
identificação de um conjunto mais amplo de bibliografia relevante para a
definição dos campos empírico, metodológico e teórico nos quais o objeto se
insere, não sendo exigida a leitura crítica do conjunto, mas tão somente a
capacidade de identificá-la e circunscrevê-la.
Em termos puramente formais, aplicam-se as normas cabíveis vigentes
no Brasil, em especial as de apresentação de trabalhos acadêmicos, citações e
referência bibliográfica.

10.3.2 Relatório de projeto de intervenção social


O relatório de projeto de intervenção social deve revelar o momento de
reflexão crítica sobre um projeto de intervenção formulado e/ou acompanhado
pelo(a) estudante, desenvolvido no âmbito de uma organização da sociedade
civil, de uma agência governamental ou de uma rede de instituições, com
atuação no Brasil ou nos países africanos de língua oficial portuguesa. O

62
relatório deve demonstrar a familiaridade e, preferencialmente, a integração do
proponente na execução do projeto ou em algumas de suas etapas, bem como o
recurso a uma parcela significativa da bibliografia relevante disponível em língua
portuguesa, de modo a possibilitar tanto uma avaliação do projeto de
intervenção, seus objetivos e seus impactos, quanto dos aspectos
metodológicos envolvidos em sua própria participação.
Não há restrições ou exigências prévias em relação ao grau de
formalização tanto das organizações da sociedade civil envolvidas quanto do
próprio projeto de intervenção. Em outras palavras, entende-se projeto de
intervenção social como um conjunto articulado de iniciativas encampadas por
um grupo mais ou menos organizado, com um ou mais objetivos
conscientemente identificados, em um período dado de tempo. Entretanto, em
não havendo um projeto formalmente estatuído, caberá ao(à) estudante
sistematizá-lo, para fins do relatório.
Embora não se proponha um modelo de organização do conteúdo
previamente definido, cabendo ao(à) orientador(a) a indicação da estrutura
textual mais adequada conforme a natureza do projeto e as características de
sua execução, o relatório de projeto de intervenção social a ser submetido à
banca deve incluir, necessariamente:
a) uma contextualização do tema e identificação do(s) problema(s)
social(ais) de intervenção do projeto, em diálogo com a bibliografia relevante;
b) a identificação explícita e uma contextualização dos proponentes,
financiadores, executores e público-alvo do projeto, bem como das ações e
etapas previstas, das metas e dos impactos esperados;
c) uma apreciação do envolvimento do(a) estudante com o projeto,
considerando seus interesses de investigação e reflexão, sua afinidade com o
tema e sua entrada no campo;
d) um relato circunstanciado das etapas do projeto acompanhados
pelo(a) estudante;

63
e) uma reflexão metodológica acerca da participação no projeto ou em
algumas de suas etapas;
f) uma reflexão crítica avaliativa, dialogando com bibliografia relevante;
g) as referências bibliográficas dos materiais efetivamente citados e
discutidos no relatório.
Em termos puramente formais, aplicam-se as normas cabíveis vigentes
no Brasil, em especial as de apresentação de trabalhos acadêmicos, citações e
referência bibliográfica. A incorporação de registros não textuais produzidos e
recolhidos durante a execução do projeto ao Trabalho de Conclusão de Curso é
encorajada, na forma de anexos ou no formato considerado adequado pelo(a)
estudante e pelo(a) orientador(a), devendo compor a sessão pública de defesa.

10.3.3 Trabalho em Linguagem Artística


O trabalho em linguagem artística (sonora, imagética, audiovisual,
corporal, documental, teatral e/ou performática) deve exprimir a apreensão
crítica, por parte do(a) estudante, de realidades sociais, culturais e políticas com
as quais mantém ou manteve contato, não se dispensando a necessidade de
problematização de um tema específico, de uma revisão crítica da bibliografia
relevante e de uma reflexão metodológica que oriente a tomada de cenas,
eventos e depoimentos, a escolha de material de arquivo a ser incorporado, bem
como a montagem de uma narrativa.
O trabalho em linguagem artística deve ser necessariamente
acompanhada pela apresentação de um relatório ou memorial, nos termos já
acima explicitados.

10.3.4 Monografia científica


A monografia deve exprimir uma primeira experiência de pesquisa
acabada, ainda que de curta duração, representando uma reflexão
metodologicamente orientada sobre um objeto formalmente delimitado. Nesse
sentido, a monografia deve demonstrar a completude do caminho entre a

64
problematização de um tema, o lançamento de hipóteses ou perguntas de
partida, a construção dos dados e as reflexões críticas advindas da experiência
da pesquisa, em diálogo com uma parcela significativa da bibliografia relevante
disponível em língua portuguesa.
A monografia científica a ser submetido à banca deve incluir,
necessariamente:
a) uma problematização que parta do tema mais geral de interesse do(a)
estudante, envolvendo uma revisão crítica da bibliografia relevante, de modo a
construir a delimitação de um objeto de pesquisa, levando-se em conta as
inquietações não respondidas pela bibliografia examinada, bem como a
experiência prévia do(a) estudante com o tema – seja pessoal, bibliográfica ou
de pesquisa exploratória;
b) a delimitação estrita do objeto de pesquisa, com a indicação dos
devidos recortes cronológicos, espaciais e temáticos;
c) uma reflexão metodológica que articule o nível teórico com os
objetivos, explicitando os meios pelo quais se buscou responder às perguntas
feitas na problematização, bem como indicando os métodos de coleta de dados,
instrumentos, se for o caso, ou acervos utilizados;
d) a apresentação das fontes ou dados produzidos ou coletados,
acompanhada de uma análise crítica, em diálogo com as hipóteses ou perguntas
de partida, bem como com a bibliografia consultada;
e) as referências bibliográficas dos materiais efetivamente citados e
discutidos no texto.
Considerando a maior complexidade deste formato de TCC, o(a)
estudante e (a) orientador(a) devem examinar criteriosamente as condições de
sua exequibilidade no prazo exigido antes de optar por ele.
O formato da monografia deve ser conforme as normas cabíveis vigentes
no Brasil, em especial as de apresentação de trabalhos acadêmicos, citações e
referência bibliográfica.

65
10.3.5 Artigo científico
O artigo deve representar uma primeira experiência de pesquisa bem
acabada, sendo exigidos o mesmo grau de amadurecimento e a mesma
completude do caminho de pesquisa descritos para a modalidade monografia.
São os mesmos, de igual maneira, os elementos de conteúdo necessários.
O artigo deve ser submetido previamente a um periódico registrado no
ISSN e indexado em bases de dados amplamente reconhecidas (Qualis, Scielo,
Latindex, Redalyc e outras). O comprovante de submissão do artigo deve ser
enviado à banca.
Considerando a maior complexidade deste formato de TCC, o(a)
estudante e o(a) orientador(a) devem examinar criteriosamente as condições de
sua exequibilidade no prazo exigido, antes de optar por ele.
O formato do artigo deve ser conforme as normas do periódico ao qual
tenha sido submetido.

10.4 Atividades Complementares e de Extensão


A(o) estudante deverá obrigatoriamente desenvolver atividades
complementares e de extensão como parte do processo de ensino-
aprendizagem. Essas atividades perfazem um total de 340 horas-aula, sendo
100 horas-aula em atividades complementares e 240 em atividades de extensão
que deverão ser cumpridas pelos estudantes preferencialmente a partir do
primeiro semestre letivo até o penúltimo, conforme previsão para colação de
grau.
Os comprovantes de participação em atividades complementares e de
extensão serão aceitos até o penúltimo semestre e serão avaliados por
comissão designada pela coordenação do curso. Havendo inconsistência na
documentação apresentada, o estudante poderá avaliar a possibilidade de
cumprir as horas que faltam no último semestre e reapresentar documentação.

66
10.4.1 Atividades Complementares
Conforme Resolução CONSUNI/UNILAB n° 20/2015, de 09 de novembro
de 2015, as atividades complementares são ―práticas acadêmicas têm por
objetivo diversificar o processo de ensino-aprendizagem, propiciando vivências
significativas por meio da participação do estudante em espaços de formação
social, humana e cultural: articulando teoria e prática, contribuindo, assim, para
sua formação profissional e cidadã ampla, bem como a compreensão ampla dos
processos históricos culturais e sociais.
As atividades complementares previstas no presente documento visam
atender aos seguintes princípios dos Bacharelados Interdisciplinares, são eles:
prática integrada da pesquisa e extensão articuladas ao currículo, vivências nas
áreas artísticas, humanística, científica e tecnológica, competências e
habilidades adquiridas em outras formações e contextos, valorização do trabalho
de equipe, entre outros (SESU/MEC Portaria nº. 383/2010).
Conforme o artigo 3 da Resolução CONSUNI/UNILAB n° 20/2015, são
consideradas atividades complementares os seguintes grupos:

Bloco I: Atividades Complementares de formação social, humana e cultural,


contemplando: a) atividades esportivas; b) participação em atividades artísticas e
culturais; c) cursos de línguas estrangeiras; d) participação na organização e gestão de
mostras e seminários de cunho artístico ou cultural; e) participação como expositor em
exposição artística ou cultural; f) participação em Projetos e/ou Programas vinculados
ao Programa Integrado de Bolsas da UNILAB (PIB) afins com as atividades
pertencentes a esse grupo.

Bloco II: Atividades de iniciação, tecnológica e de formação profissional, contemplando:


a) participação em palestras, congressos e seminários técnicos-científicos; b)
participação como apresentador de trabalhos em palestras, congressos, seminários
técnico-científicos e/ou correlatos; c) participação efetiva na organização de exposições
e seminários de caráter acadêmico; d) participação na produção de publicações em
jornais, revistas técnico-científicas, anais de eventos técnico-científicos; e) estágio não
obrigatório na área de cursos; f) participação em Empresa Júnior, Incubadora
Tecnológica, Economia Solidária e/ou correlata; g) participação em Projetos e/ou
Programas registrados institucionalmente ou vinculados ao Programa Integrado de
Bolsas da UNILAB (PIB) afins com as atividades pertencentes a esse grupo.

67
Bloco III: Participação em atividades associativas de cunho comunitário e de interesse
coletivo, contemplando: a) atuação em Diretórios e/ou Centros Acadêmicos, Entidades
de Classe, em Colegiados internos à Instituição; b) engajamento em trabalhos
voluntários e atividades comunitárias, associações de bairros, assentamentos rurais; c)
participação em atividades socioeducativas; envolvimento, como iniciação à docência
não remunerada, em cursos preparatórios e de reforço escolar; d) participação em
Projetos e/ou Programas vinculados ao Programa Integrado de Bolsas da UNILAB (PIB)
afins com as atividades pertencentes a esse grupo; e) participação na organização e
gestão de mostras e seminários de cunho comunitário e de interesse coletivo.

A integralização das atividades complementares apresentadas pelos


discentes deve observar os seguintes aspectos e critérios para validação da
documentação apresentada:
 comprovação, mediante a apresentação de documentos originais e de
cópias que serão validadas pela Secretaria e Coordenação do Curso.
(certificados, declarações, etc.);
 serem reconhecidas institucionalmente como compatíveis com o
Projeto Pedagógico do Curso, bem como com o período cursado pelo
discente ou o nível de conhecimento requerido para a aprendizagem; e
 a carga horária de Atividades Complementares não poderá ser
substituída por outros componentes curriculares

Quadro 9 – Atividades complementares por equivalência de carga horária


integralizada e carga horária mínima e máxima por bloco

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CH CH
Atividade Equivalência
Mín. Máx.
Atividades de formação social, humana e cultural 30 100
Participação em eventos artísticos e culturais —
visitação a exposições museológicas, participação em
festivais e mostras culturais e em grupos artísticos, Direta - 100
participação em cursos de arte de curta duração (dança,
música, teatro, cinema, quadrinhos etc.)
Apresentação ou organização de eventos artísticos e
culturais — curadoria de exposições, organização de 40h / temporada - 100
festivais e mostras culturais, organização e facilitação de
68
cursos de arte de curta duração (dança, música, teatro,
cinema, quadrinhos etc.), atuação ou direção de
espetáculos teatrais ou musicais, exposição de trabalhos
artísticos em mostra ou exposição individual ou coletiva
(artes plásticas ou audiovisual)
Participação em eventos desportivos, da UNILAB e
Direta - 100
outros de natureza pública como atleta ou técnico
Atividades de iniciação científica, tecnológica ou de formação
30 100
profissional
Iniciação à docência — participação em programa oficial
100h / semestre - 100
de monitoria (como bolsista ou voluntário)
Iniciação à pesquisa — participação em programas
PIBIC, PET ou PIBIT (como bolsista ou voluntário),
100h / semestre - 100
participação em Grupos de Pesquisa sediados na
UNILAB
Participação em congressos, encontros e colóquios
Direta - 100
acadêmicos
Apresentação de trabalhos em congressos, encontros e
40h / trabalho - 100
colóquios
Publicação de resumos ou resumos expandidos em
60h / trabalho - 100
eventos acadêmicos
Publicação de trabalhos completos em anais de eventos
acadêmicos, artigos de periódicos acadêmicos
(constantes da base de dados Qualis da Capes), 100h / trabalho - 100
capítulos de livros em editora universitária ou com
conselho editorial.
Participação em cursos de formação acadêmica,
minicursos, oficinas e outras formas de formação Direta - 100
acadêmica complementar
Facilitação de cursos de formação acadêmica,
minicursos, oficinas e outras formas de formação 4h / hora - 100
acadêmica complementar
Participação em bancas de defesa de graduação ou
2h / evento - 100
pós-graduação (como ouvinte)
Participação em programas PBIDIN e PROBTI 100h / semestre - 100
Participação em estágios não obrigatórios, remunerados
ou não, devidamente supervisionados e registrados na 100h / semestre - 100
UNILAB
Participação em atividades associativas e de cunho comunitário - 100
Participação em Órgãos Colegiados da UNILAB 90h / semestre - 100
Participação em comissões de trabalho da UNILAB 30h / comissão - 100
Participação em entidade estudantil 90h / semestre - 100
Participação em organizações da sociedade civil —
participação em associações, movimentos populares,
90h / semestre - 100
sindicatos, partidos políticos e demais organizações da
sociedade civil
Voluntariado em governamentais e da sociedade civil 100h / semestre - 100
TOTAL ATIVIDADES COMPLEMENTARES 100 100

69
10.4.2 Atividades de Extensão
Conforme a resolução CNE/CES n. 07, de 18 de dezembro de 2018,
extensão universitária corresponde à ―atividade que se integra à matriz curricular
e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar,
político educacional, cultural, científico, tecnológico, que promove a interação
transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da
sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em
articulação permanente com o ensino e a pesquisa.‖
O artigo 4º da mesma resolução determina que as ―atividades de
extensão devem compor, no mínimo, 10% (dez por cento) do total da carga
horária curricular estudantil dos cursos de graduação, as quais deverão fazer
parte da matriz curricular dos cursos.‖
O artigo 6º define a estrutura da concepção e das práticas das Diretrizes
da Extensão na Educação Superior:

I - a contribuição na formação integral do estudante, estimulando sua


formação como cidadão crítico e responsável;
II - o estabelecimento de diálogo construtivo e transformador com os
demais setores da sociedade brasileira e internacional, respeitando e
promovendo a interculturalidade;
III - a promoção de iniciativas que expressem o compromisso social
das instituições de ensino superior com todas as áreas, em especial, as
de comunicação, cultura, direitos humanos e justiça, educação, meio
ambiente, saúde, tecnologia e produção, e trabalho, em consonância
com as políticas ligadas às diretrizes para a educação ambiental,
educação étnico-racial, direitos humanos e educação indígena;
IV - a promoção da reflexão ética quanto à dimensão social do ensino e
da pesquisa;
V - o incentivo à atuação da comunidade acadêmica e técnica na
contribuição ao enfrentamento das questões da sociedade brasileira,
inclusive por meio do desenvolvimento econômico, social e cultural;
VI - o apoio em princípios éticos que expressem o compromisso social
de cada estabelecimento superior de educação;
VII - a atuação na produção e na construção de conhecimentos,
atualizados e coerentes, voltados para o desenvolvimento social,
equitativo, sustentável, com a realidade brasileira.

Observando o referido documento, foi publicada a Resolução


n.8/2019/CONSEPE de 18 de junho de 2019 que contém diretrizes relacionadas
à UNILAB. O artigo 2o enfatiza que a extensão deve também contribuir para o
70
―desenvolvimento social, cultural e econômico do Brasil e dos países parceiros e
viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade‖.
Consta no parágrafo 3o do artigo 3o. : ―As ações de extensão da UNILAB
devem buscar promover o diálogo e a interação com a comunidade, de forma
que o ensino e a pesquisa sejam fundamentados e integrados à realidade social,
dentro de uma perspectiva intercultural, interdisciplinar e crítica, contribuindo
para a capacidade de desenvolver tecnologia e inovação, além de fomentar
ações indutoras de mudança e/ou transformações sociais.‖
No capítulo VI - Da curricularização da Extensão, consta a
indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Extensão. No que tange ao eixo ―Ensino-
Pesquisa‖, o objetivo é colocar o estudante como protagonista de sua formação
técnica e cidadã. Em relação ao eixo Pesquisa-Extensão, o objetivo é geração
de conhecimento sustentada por metodologias participativas, que priorizam
métodos de análise inovadores e a participação de atores sociais e o diálogo.
O artigo 25º define que, para efeito de integralização curricular, a
Extensão Universitária poderá constar nos Projetos Pedagógicos dos Cursos
como atividades de extensão realizadas em Programas ou Projetos de extensão,
devidamente cadastrados na Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura.
Nesse sentido, está prevista a criação de um programa de extensão
específico do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades que será
gerenciado e supervisionado pela coordenação do curso. A coordenação e a
efetivação das ações de extensão ficarão a cargo de docentes indicados pela
coordenação do curso a cada início de semestre letivo. A cada semestre, devem
ser atendidos até 60 estudantes.
Conforme o artigo 5o, compreende-se como Programa de Extensão o
conjunto articulado de projetos e outras Ações de Extensão (cursos, eventos,
prestação de serviços), preferencialmente integrando extensão, pesquisa e
ensino. Tem caráter orgânico-institucional, clareza de diretrizes e orientação
para um objetivo comum, sendo executado a médio e longo prazo.
Conforme o parágrafo 2o., cada programa deverá:

71
I – vincular, no mínimo, 02 (duas) Ações de Extensão, sendo pelo menos
01 (um) projeto;
II – ter duração mínima de 12 (doze) meses e máxima de 60 (sessenta)
meses;
III – ter objetivos comuns, complementares e articulados para todas as
atividades desenvolvidas dentro do programa.

Conforme o artigo 26º, as ações de extensão podem ser realizadas na


forma de programas, projetos, cursos, eventos e prestação de serviços que
poderão abranger:
I - formação inicial e continuada para comunidade externa e interna à
UNILAB: a) cursos nas modalidades presenciais ou a distância e nos
níveis: iniciação, treinamento e qualificação profissional, atualização,
aperfeiçoamento e especialização; b) oficinas e seminários, desde que
vinculados a um programa/projeto;
II - formação artística inicial e continuada para comunidade externa e
interna à UNILAB: a) cursos de todas as modalidades e níveis que
contemplem as linguagens artísticas (dança, música, teatro, literatura,
fotografia, audiovisual, artes visuais, culturas tradicionais, artesanatos,
moda, gastronomia, circo, novas mídias e outras);
III - eventos idealizados ou não pelos institutos e/ou cursos;
IV - prestação de consultoria ou assessoria a instituições públicas ou
privadas;
V - promoção de atividades artísticas, culturais, educacionais, ambientais
e esportivas;
VI - estímulo à criação literária, artística, científica, tecnológica e de
inovação;
VII - interiorização da Universidade;
VIII - internacionalização da UNILAB

72
Quadro 10 – Atividades de extensão por equivalência de carga horária
integralizada

ATIVIDADES DE EXTENSÃO
CH CH
Atividade Equivalência
Mín. Máx.
Participação em projeto ou programa de extensão 180h /
2 240
(bolsista, voluntário ou colaborador) semestre
Participação em curso de extensão Direta 2 240
Participação em eventos Direta 2 240
Prestação de Serviços 4h / hora 2 240
TOTAL - 240

No que tange ao registro, as atividades de extensão devem ser


adequadamente cadastradas pelo(a) coordenador(a) na Pró-Reitoria de
Extensão, Arte e Cultura.

A comprovação de cumprimento da carga horária pelo estudante em


atividades de extensão se realizará por meio de certificações, declarações ou
relatórios emitidos por Instituição de Ensino Superior conforme a Resolução
CNE/CES nº 07, de 18 de dezembro de 2018:

Art. 17 As atividades de extensão podem ser realizadas com parceria


entre instituições de ensino superior, de modo que estimule a
mobilidade interinstitucional de estudantes e docentes.

Conforme o artigo 11º, a UNILAB conferirá certificado para participantes


das atividades de extensão que estejam devidamente cadastradas e que
possuam duração mínima de 20(vinte) horas. O discente que participar de Ações
de Extensão com carga horária inferior a 20(vinte) horas receberá o atestado de
participação diretamente da coordenação da ação.

No que tange ao acompanhamento, o artigo 19º define que cada ação


deverá ser acompanhada, no que couber, pelo órgão de lotação do seu

73
coordenador e pela Proex com a observância do cumprimento dos objetivos,
metas e cronograma estabelecidos na proposta de atividades.

Em relação à avaliação, no artigo 20º consta que a avaliação da extensão


na UNILAB ocorrerá de forma contínua e crítica, voltada para o aperfeiçoamento
da articulação com o ensino, a pesquisa, a formação do estudante, a
qualificação do docente, a relação com a sociedade, a participação dos
parceiros e a outras dimensões acadêmicas de institucionais. O artigo 21º define
que o processo avaliativo deverá conter informações provenientes da execução
das ações, a partir, principalmente, de relatórios dos coordenadores das ações
de extensão.

11 AVALIAÇÃO

11.1 Do curso
A avaliação do curso, cuja participação é voluntária, integra a Avaliação
Institucional da UNILAB, o que nos permite identificar as condições de
funcionamento do mesmo, conferir a organização didático-pedagógica do ensino
e, assim, contribuir para a melhoria da qualidade da educação ministrada e
favorecer a cumprimento dos objetivos da UNILAB.
A Comissão Própria de Avaliação – CPA, instaurada por meio da
Portarias GR nº 446 de 05 de novembro de 2012 e n° 91, de 11 de março de
2013, e composta por representantes de todos os segmentos da comunidade
acadêmica (professores, estudantes, funcionários e representantes da
comunidade), é responsável por implementar os processos de autoavaliação na
instituição. Instituída pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(SINAES), que estabelece os mecanismos de avaliação das Instituições de
Ensino Superior, concebe a autoavaliação como um processo de diagnóstico
acerca do desempenho da Instituição com o propósito de reconhecer e
identificar suas fragilidades e potencialidades e analisar os serviços prestados
visando à melhoria contínua da instituição, sendo implementada por meio de

74
metodologias e instrumentos de pesquisas que contam com a participação de
toda a comunidade acadêmica.

11.2 Da aprendizagem
A sistemática de avaliação da aprendizagem será feita com base nas
normas estabelecidas pela Resolução CONSUNI/UNILAB nº 27/2014, sendo que
a professora e o professor devem adotar um sistema de avaliação acadêmica de
caráter diagnóstico, baseado nos tipos de avaliação formativa, contínua e
somativa.
Para alcançar aprovação final em cada um dos componentes curriculares
do Curso de Bacharelado interdisciplinar em humanidades, a(o) estudante
deverá obter média parcial igual ou superior a 7,0 (sete). Caso a (o) estudante
obtenha média parcial inferior a 7,0 (sete), mas igual ou superior a 4,0 (quatro),
lhe será facultada a realização de um Exame Final. No Exame Final, a(o)
estudante, para a aprovação, deverá obter um conceito que, somado à média
parcial e dividido por 2, resulte em uma nota igual ou superior a 5,0 (cinco).
As(os) estudantes também avaliarão, ao fim de cada semestre, os
componentes curriculares por que passaram. Essa avaliação deverá indicar para
a direção do Instituto, coordenação, NDE e colegiado do curso o desempenho
da professora e do professor e situação da oferta do componente, de modo que
estes sejam capazes de detectar problemas a serem corrigidos no planejamento
da disciplina, contribuindo para a melhoria da qualidade do profissional que se
pretende formar.

11.3 Do currículo
O Currículo para o Curso de Bacharelado Interdisciplinar em
Humanidades foi implantado em 2012 e revisto em 2013 e 2014. Ele está
sujeito:
ao acompanhamento permanente, por parte da Coordenação de
Curso de Bacharelado interdisciplinar em humanidades e do

75
Colegiado do Curso, com a supervisão do Núcleo Docente
Estruturante;
ao debate por parte de um fórum de discussão do Curso, bem como a
realização de encontros com estudantes, professoras(es) e
egressas(os) para a verificação dos resultados alcançados;
a uma periódica avaliação formal para detectar se há necessidade de
alterações pontuais.

11.4 Metodologia de avaliação do currículo


A avaliação do currículo do Curso de Bacharelado interdisciplinar em
humanidades acontece com base nos seguintes procedimentos:
reunião periódica do Núcleo Docente Estruturante com o objetivo de
avaliar a dinâmica de integração curricular, a correspondência da
prática com o projeto e necessidade de revisão do projeto para o
aperfeiçoamento da prática;
avaliação da elaboração e execução dos planos de componentes
curriculares de acordo com o que estabelecem as ementas definidas
neste projeto pedagógico;
aplicação, ao final de cada período letivo, de um questionário de
avaliação do desenvolvimento de cada componente curricular
ofertado;
realização de pesquisas periódicas para detectar o grau de satisfação
das(dos) egressas(os) com a formação recebida e sua relação com o
mundo do trabalho.

76
12 APOIO AO DISCENTE

Os estudantes do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades


da UNILAB, campus Malês, serão atendidos pelo Programa de Assistência
Estudantil, regulamentado pela Resolução n° 001-B, de 09 de fevereiro de 2015,
administrado e fiscalizado pela Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Estudantis
(PROPAE), e que tem o objetivo de garantir o acesso a direitos de assistência
estudantil para estudantes matriculados em cursos de graduação presencial da
UNILAB, cujas condições socioeconômicas são insuficientes para permanência
no espaço universitário. O PAES é financiado com recurso do Plano Nacional de
Assistência Estudantil (PNAES), do Ministério da Educação.
O PAES oferece ao estudante que se enquadra dentro do perfil de
vulnerabilidade socioeconômica, cinco diferentes modalidades de auxílio. São
elas:
 auxílio-moradia: concedido com o objetivo de garantir condições de
residência ao estudante cujo grupo familiar resida distante da sede do
curso presencial no qual o estudante se encontre regularmente
matriculado. O auxílio é concedido para o estudante que resida fora da
Zona Urbana dos municípios dos campi, ou ao estudante cujo acesso
aos campi, seja dificultado pela ausência de transporte regular, pela
distância, ou por outros fatores devidamente justificados, com
documentação pertinente;
 auxílio-instalação: concedido com o objetivo de apoiar os estudantes
beneficiários do Auxílio Moradia a proverem condições de fixar
residência no que se refere à aquisição de mobília, eletrodomésticos e
utensílios domésticos, que sejam essenciais ao funcionamento de uma
residência.
 auxílio-transporte: concedido com o objetivo de complementar despesa
com transporte para o deslocamento do estudante da sua residência
até a sede do campus onde estuda;

77
 auxílio-alimentação: concedido com o objetivo de complementar a
alimentação dos estudantes;
 auxílio social: concedido com o objetivo de apoiar estudantes em
situação de elevado grau de vulnerabilidade socioeconômica na
permanência na universidade, para casos em que não se aplique os
auxílios moradia e instalação.
O acesso a este programa é franqueado a todos os estudantes dos
cursos de graduação presencial da UNILAB que comprovem, na forma da
legislação brasileira, condição de vulnerabilidade socioeconômica e é regido por
edital próprio administrado pela PROPAE.
Os alunos do curso contam ainda com um conjunto de serviços de apoio,
tais como o Restaurante Universitário (RU), unidade de distribuição de refeições
que atende à comunidade universitária (estudantes, professores e técnicos
administrativos), fornecendo refeições a preços subsidiados, administrado pela
Coordenação de Saúde e Bem-Estar (COSBEM) da Pró-Reitoria de
Administração (PROAD). Para ter acesso ao RU o estudante precisa estar
regularmente matriculado em seu curso de graduação presencial. O RU no
campus dos Malês, espaço onde se realizarão as atividades didáticas do Curso
de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades, funciona nos seguintes
horários: segunda a sexta-feira, das 11h às 13h30, e das 17h30 às 19h, e aos
sábados, das 11h às 13h30.
A Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Estudantis, por meio do Núcleo
de Atenção às Subjetividades (NIAS), disponibiliza ainda o Serviço de
Atendimento Psicológico (SATEPSI). Este serviço é destinado a receber os
estudantes que desejem ser atendidos por profissionais da Psicologia, estando
alinhado com as diretrizes da Política Nacional da Assistência Estudantil
(PNAES). A diversidade de formação dos profissionais do SATEPSI permite
oferecer ao estudante variadas modalidades de atendimento conforme as
necessidades terapêuticas.

78
Paralelamente ao PAES a UNILAB executa o Programa de Acolhimento e
Integração de Estudantes Estrangeiros (PAIE). O processo de acolhida dos
estudantes estrangeiros é uma ação conjunta entre as Pró-Reitorias acadêmicas
da instituição, tendo à frente a Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Estudantis
(PROPAE), através do Programa de Acolhimento e Integração de Estudantes
Estrangeiros (PAIE), criado a partir da Resolução Nº 28, de 18 de novembro de
2014. O estudante é acompanhado, orientado e apoiado no que diz respeito a
sua integração à vida acadêmica, acomodação, regularização junto aos órgãos
competentes, registros acadêmicos, procedimentos de saúde e inserção no
Programa de Assistência Estudantil (PAES). Inicia-se logo após a sua
confirmação de interesse de matrícula, ainda no seu país de origem, através de
meios virtuais e redes sociais. A Comissão Coordenadora do PAIE seleciona
tutores, que são estudantes regularmente matriculados na UNILAB. Uma vez
selecionados, os tutores são treinados para desenvolverem atividades de
acompanhamento aos seus tutorandos, visando a permanência, a integração e o
pleno desempenho acadêmico do estudante estrangeiro recém-ingresso. Após a
sua chegada na UNILAB o estudante fica hospedado em hotel e/ou pousada e é
acompanhado por aproximadamente três meses ou até que esteja integrado ao
ambiente universitário. Nesse período, são realizadas reuniões sistemáticas
para o monitoramento dos procedimentos, o que oportuniza correções e
aperfeiçoamento do processo seletivo de estudantes estrangeiros nessa
instituição acadêmica de alto nível acadêmico.
Em termos de ações de acolhimento e permanência os discentes do
Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades são atendidos
principalmente pelo programa Pulsar, pelo Samba e pelo Observatório da Vida
Estudantil – OBSERVE/UNILAB.
O Programa PULSAR foi criado e regulamentado por meio da Resolução
nº 29, de 25 de novembro de 2014, a qual vincula o Programa à Pró-Reitoria de
Graduação da UNILAB e o constitui como instrumento institucional permanente
de acompanhamento e orientação acadêmica dos estudantes dos cursos de

79
graduação na modalidade presencial, na forma de ações de tutoria. O PULSAR
tem como objetivos promover a adaptação do estudante à UNILAB mediante a
apresentação e a difusão da missão e dos paradigmas estatutários e normativos
que orientam a instituição; contribuir para a permanência qualificada do
estudante nos cursos de graduação da UNILAB; orientar o estudante para uma
transição tranquila da Educação Básica para a Superior; promover ações que
auxiliem o fortalecimento do desempenho acadêmico dos estudantes com vistas
à construção de uma experiência acadêmica de excelência; fazer reconhecer,
vivenciar e refletir sobre a interdisciplinaridade dos conhecimentos científicos e
tecnológicos, assim como as relações entre ensino, pesquisa e extensão e o
ambiente universitário em geral; incentivar a independência e autonomia,
tornando o estudante empreendedor da sua própria formação e reflexivo sobre o
próprio processo de aprendizagem; contribuir para a integração sociocultural do
estudante no ambiente acadêmico; habilitá-lo ou dar-lhe instrumentos para que
faça escolhas curriculares e formativas condizentes com seus interesses e com
as normas da graduação.
O Seminário de Ambientação Acadêmica – (SAMBA) é uma ação
realizada pela COEST/PROPAE em colaboração com as demais pró reitorias da
UNILAB. O seminário ocorre nos períodos de entrada de estudantes
ingressantes e tem como objetivos promover o acolhimento e a ambientação à
vida acadêmica; facilitar a integração intercultural ao ambiente acadêmico e à
rotina universitária, contribuindo para a permanência estudantil no ensino
superior; fomentar a socialização de informações sobre às questões de
raça/etnia, gênero; prestar esclarecimentos sobre as legislações brasileiras aos
estudantes internacionais e repassar informações sobre as ações desenvolvidas
pela universidade no âmbito da permanência estudantil.
O Observatório da Vida Estudantil (OBSERVE/UNILAB) é vinculado à
COEST/PROPAE e tem por objetivo geral conhecer, compreender e
acompanhar a vida do estudante da UNILAB, com vistas a viabilizar sua
permanência exitosa na Universidade. Seus objetivos específicos são criar

80
instâncias que favoreçam a democratização, a participação e o controle social
dos estudantes da UNILAB na política de assistência estudantil, nos níveis do
planejamento, gestão e avaliação, através da criação de espaços de diálogo,
como conselhos e fóruns permanentes; articular e fortalecer a interlocução entre
Universidades nordestinas, nacionais e internacionais, através de promoção de
seminários, encontros e fóruns; constituição de parcerias; criação de uma revista
temática; institucionalização de uma rede abrangente de informações como
dispositivo de troca de experiências; subsidiar a PROPAE/UNILAB com
informações úteis ao aprimoramento dos processos de planejamento, gestão,
execução e avaliação da política de assistência estudantil.; e levantar elementos
para o aperfeiçoamento do instrumental adequado para análise e seleção dos
casos elegíveis para o atendimento nos programas da PROPAE, especialmente
dos estudantes internacionais.
Ainda entre as ações de acolhimento e permanência dos discentes é
importante mencionar a regulamentação pela UNILAB por meio da Resolução N°
31, de 02 de Dezembro de 2014, o uso do nome social. O nome social é aquele
pelo qual travestis, transexuais, transgêneros e intersexuais se autodenominam
e escolhem ser identificadas em seu meio social.
A UNILAB através da PROGRAD executa muitos outros programas e
ações que embora não sejam idealizados especificamente para a permanência
dos discentes na Universidade contribuem substancialmente para esse objetivo.
Nesse sentido pode-se nomear Mobilidade Acadêmica e O Programa Idiomas
sem Fronteiras. A Mobilidade Acadêmica possibilita que discentes matriculados
em Instituições de Ensino Superior possam fazer intercâmbio em outras
Instituições de Ensino, com o objetivo de trocar experiências acadêmicas,
conviver com outras culturas e comunidades e conhecer outros professores e
grupos de pesquisa.
A Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (ANDIFES) possui programa que possibilita aos alunos regularmente
matriculados em cursos de graduação de IFES brasileiras, a realização de

81
intercâmbio em outras universidades federais brasileiras: o Programa ANDIFES
de Mobilidade Acadêmica. A UNILAB é uma das 57 universidades participantes
desse Programa. A Pró-Reitoria de Graduação é a Coordenadora Institucional
responsável pelos procedimentos gerais relativos ao Convênio de Mobilidade
Estudantil – ANDIFES na UNILAB.
O Programa Idiomas sem Fronteiras (IsF) da Secretaria de Educação
Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC), instituído pela Portaria nº 30,
de 26 de janeiro de 2016, tem a finalidade de propiciar a formação inicial e
continuada e a capacitação em idiomas de estudantes, professores e corpo
técnico-administrativo das instituições de ensino superior (IES), de professores
de idiomas da rede pública de Educação Básica, bem como a formação e a
capacitação de estrangeiros em língua portuguesa, contribuindo para o
desenvolvimento de uma política linguística para o país. Dentre as ações do
Programa IsF está a oferta de cursos presenciais de idiomas a alunos com perfil
para participar do processo de internacionalização do ensino superior nas IES
credenciadas para atuarem como NucLi-IsF, visando prepará-los para os
exames de proficiência exigidos pelas universidades estrangeiras e para a
experiência sócio- linguística-cultural no processo de internacionalização. O
Programa Idiomas sem Fronteiras no âmbito da UNILAB está vinculado à Pró-
Reitoria de Graduação (PROGRAD).
A UNILAB oferece ainda várias bolsas visando o apoio à permanência e
desenvolvimento de seus alunos. Merecem destaque a bolsa do Setor de
acessibilidade (SEACE/UNILAB) que visa engajar o/a discente selecionado/a
nas atividades de pesquisa, ensino e extensão do Setor de acessibilidade,
contribuir para sua vivência e formação acadêmica em pesquisa na temática,
proporcionar colaboração do/a discente no desenvolvimento de atividades que
se destinam a sensibilizar a comunidade acadêmica em relação a temática da
Pessoa com Deficiência e estimular a criação de Tecnologias Assistivas. A bolsa
do Programa de Tutoria para apoio ao estudante pai/mãe do Centro Integrado
de Atenção ao Desenvolvimento Infantil - ProCIADI está vinculada à Pró-Reitoria

82
de Políticas Afirmativas e Estudantis (PROPAE), via Programa de Bolsa de
Monitoria (PBM), e visa contribuir com a permanência da(o) estudante-mãe/pai
na Universidade mediante oferta de assistência-creche a seus filhos; formar
estudantes como tutores para o trabalho com crianças numa perspectiva
intercultural e de cooperação internacional sul-sul e fazer reconhecer e vivenciar
os desafios da construção da parentalidade em meio aos desafios da formação
universitária. Já o programa de Bolsa de Desenvolvimento Institucional (PIBDIN)
objetiva desenvolver ações e projetos que conferem suporte às atividades
acadêmicas, técnicas e administrativas da UNILAB, ao mesmo tempo em que
amplia o escopo da formação do discente por meio do seu engajamento em
atividades promotoras de competências vinculadas ao seu campo de estudo e a
sua vivência universitária.
Por fim, cabe ressaltar que a UNILAB possui um Núcleo de Assistência à
Saúde do Estudante (NUASE/COASE), vinculado à Pró-Reitoria de Políticas
Afirmativas e Estudantis (PROPAE), e também um Setor de Acessibilidade
responsável entre outras ações pela interpretação de Libras. O NUASE presta
apoio psicopedagógico e busca cumprir determinações legais nessa área, como
o cumprimento no âmbito da UNILAB da lei 12. 764, de 27 de dezembro de
2012, que protege os direitos das pessoas portadoras de TEA – Transtorno do
Espectro Autista.

13 RECURSOS HUMANOS, INFRAESTRUTURA E


ACESSIBILIDADE

13.1 Funcionamento do Colegiado do Curso


Com o intuído de conduzir os eixos de ensino, pesquisa e extensão
referentes ao curso, o colegiado do curso de Bacharelado representa uma
instância decisória fundamental para os processos de formação e

83
desenvolvimento da área de humanidades na UNILAB. Assim, o colegiado é
composto:
pelo coordenador do curso de Bacharelado interdisciplinar em
humanidades, como presidente;
pelo vice-coordenador do curso de Bacharelado interdisciplinar em
humanidades, como vice-presidente;
pelos demais professores da área de Humanidades do Instituto de
Humanidades e Letras do campus dos Malês.
pela representação discente do curso, livremente eleita por seus
pares, na proporção de até 15% do total de membros do colegiado;
pela representação de servidores técnico-administrativos em
educação ligados ao curso, livremente eleita por seus pares, na
proporção de até 15% do total de membros do colegiado.

As atribuições deste colegiado incluem:


eleição das instâncias de coordenação pedagógica e de outras
instâncias referentes ao curso – como Coordenador, Representante
docente do curso em atividades que o requeiram e membros do
Núcleo Docente Estruturante (NDE);
eleição de comissões permanentes ou temporárias para execução de
atividades ligadas a Humanidades ou que representem o curso no
âmbito do Instituto de Humanidades e Letras do campus dos Malês e
da UNILAB como um todo;
planejamento e decisão sobre atividades curriculares e
extracurriculares, tais como ementários, mudanças curriculares,
alterações na estrutura prática do curso, encontros, semanas
temáticas e afins;
participação e decisão na elaboração de editais e demais
instrumentos de construção do quadro docente (tais como comissões

84
de análise de redistribuição de professores de outros institutos ou
outras IES para o curso);
deliberação sobre recursos materiais e humanos voltados ao curso;
deliberação e avaliação sobre pedidos de afastamento ou
redistribuição de docentes, segundo normas da UNILAB.

O Colegiado do Bacharelado em Humanidades do Campus dos Malês


reúne-se ordinariamente, por convocação do(a) coordenador(a) do curso, de
acordo com calendário estabelecido no início do período letivo e/ou,
extraordinariamente, sempre que convocado pelo(a) coordenador ou por
solicitação de seus membros titulares. As convocações para as reuniões são
feitas com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas e delas constará a
ordem do dia (pauta). Em caso de urgência, o prazo de convocação pode ser
reduzido a critério do coordenador (a) do curso, que desempenha a função de
presidente do Colegiado que pode ser substituído por outros membros de
acordo com a ordem do decanato. Normalmente, uma reunião ordinária por mês.
As reuniões funcionam com 2/3 (dois terços) dos seus membros. Constatada a
falta de quórum, o início da sessão fica transferido para uma nova data de
convocação. O Colegiado do curso leva em consideração a maioria simples de
votos. Tem direito a voto apenas os membros titulares do Colegiado, ou seja, os
professores do BI (Bacharelado Interdisciplinar) do primeiro e do segundo ciclo.
Não são admitidos votos por procuração. Após cada reunião, lavrar-se a ata,
que será discutida e votada na reunião seguinte. Após a aprovação, a ata é
subscrita pelo(a) presidente e pelo(a) secretário(a) e, em seguida, divulgada.

13.2 Atuação do Núcleo Docente Estruturante


Instituído pela Resolução CONAES n. 01/2010, e regulamentado na
UNILAB pela Resolução do Conselho Universitário nº 15/2011, sua função
precípua é qualificar o envolvimento docente no processo de concepção,

85
consolidação e avaliação do curso. Compete ao Núcleo Docente Estruturante –
NDE:
fazer o acompanhamento da formulação do PPC do curso, bem como
de sua implementação e desenvolvimento. Cabe-lhe, ainda, o papel
de instância de aconselhamento e orientação junto à Coordenação do
Curso, com vista à melhoria do processo formativo do corpo discente,
bem como para um melhor desenvolvimento do trabalho docente,
articulando ensino, pesquisa e extensão e, ainda:
contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso do
curso;
zelar pela integração curricular interdisciplinar entre as diferentes
atividades de ensino constantes no currículo;
indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa
e extensão, oriundas de necessidades da graduação, de exigências
do mercado de trabalho e afinadas com as políticas públicas relativas
às áreas de conhecimento do curso;
zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os
Cursos de Graduação.

O Núcleo Docente Estruturante é presidido pelo(a) coordenador(a) do


curso e conta com oito membros, sendo que pelo menos cinco dentre eles são
docentes do curso detentores de titulação acadêmica obtida em programa de
pós-graduação strictu sensu e, destes, pelo menos 60% possui título de doutor,
de acordo com critérios do INEP. Preferencialmente, 100% dos docentes do
NDE atua em regime de tempo parcial ou integral e, destes, pelo menos 20% em
tempo integral, de acordo com critérios do INEP. A UNILAB se compromete com
a permanência dos docentes do NDE até, pelo menos, a renovação de
reconhecimento do curso, de acordo com critérios do INEP.
O NDE do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades é um órgão
consultivo, formado por um conjunto de professores designados pelo Colegiado

86
de Curso e que têm responsabilidade de promover a implantação do Projeto
Pedagógico. O NDE é constituído pelo (a) coordenador (a) de curso, que o
preside, e por docentes que ministram aulas no curso. O NDE reúne-se,
ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que
convocado pelo(a) coordenador(a) do curso. A convocação dos membros do
NDE é feita pelo(a) presidente, por escrito, mediante protocolo, pelo menos
quarenta e oito (48) horas antes da hora marcada para o início da reunião e com
informação da pauta. A reunião do NDE acontece com a presença mínima de
metade mais um dos membros.

13.3 Atuação e formação do(a) coordenador(a) do Curso


Cabe ao coordenador de curso zelar para que o Projeto Pedagógico seja
executado da melhor maneira, buscando o bom andamento do Curso. Segundo
o Estatuto da UNILAB (seção IV- art. 50, dos parágrafos 1º ao 3º), as
Coordenações de Cursos de Graduação são responsáveis pelas atividades de
formação acadêmica e gestão administrativa, em sua esfera de
responsabilidade. As coordenações de cursos e programas têm a
responsabilidade de gerenciar os cursos e os programas com atribuições de
natureza administrativa, acadêmica, institucional e política, em consonância com
as definições do Regimento Geral da UNILAB e das regulamentações
específicas da Unidade Acadêmica (Instituto ou Campus).
O Coordenador do Curso deverá apresentar efetiva dedicação à
administração e à condução do Curso. A coordenação do Curso deverá estar à
disposição dos docentes e discentes, sempre que necessário, para auxiliá-los
nas questões didático-pedagógicas.
O perfil desejável do(a) Coordenador(a) do Colegiado do Curso implica
em titulação acadêmica obtida em programa de pós-graduação strictu sensu e
experiência profissional, no magistério superior, na educação profissional e na
gestão acadêmica, somadas, com pelo menos 05 anos de experiência, sempre
que viável. A gestão acadêmica na coordenação do curso será de 02 anos. O

87
regime de trabalho do Coordenador do Curso será de tempo integral (DE) e sua
dedicação à gestão e condução do Curso será de, pelo menos, 20 horas
semanais. A Coordenação do Curso funcionará em espaço de trabalho próprio
em sala disponível no campus dos Malês.

14 CONDIÇÕES DE OFERTA DO CURSO

O Campus dos Malês está localizado na cidade de São Francisco do


Conde, Estado da Bahia, a 67 km de Salvador. As atividades acadêmicas da
UNILAB no município iniciaram em 16 de fevereiro de 2013 com o Polo de Apoio
Presencial de Ensino a Distância (EAD) que oferece cursos de graduação
(Bacharelado em Administração Pública) e de pós-graduação (Gestão Pública,
Gestão Pública Municipal, Gestão Pública em Saúde). Através do PARFOR
oferece, também, o curso UNIAFRO/EAD (aperfeiçoamento). Os cursos
presenciais do Campus dos Malês, Bacharelado Interdisciplinar em
Humanidades e Licenciatura em Letras, iniciaram suas atividades em 26 de
maio de 2014.
A estrutura do campus universitário funciona em imóvel cedido pela
Prefeitura Municipal de São Francisco do Conde em área de 2.710m². Possui
dois pavimentos interligados por escada e rampa de acessibilidade, 8 (oito)
salas administrativas, 10 (dez) salas de aula climatizadas e equipadas com
projetor, computador e quadro branco; laboratório de informática com 33 (trinta e
três) computadores, conexão à internet sem fio, auditório com 132 (cento e trinta
e dois) lugares, banheiros com acessibilidade, enfermaria, restaurante
universitário, funcionando em dois períodos (11h30 às 14h00 e das 17h30 às
19h:00) e biblioteca com 3.000 (três mil) títulos. No espaço externo a unidade
possui uma quadra poliesportiva coberta, estacionamento e banheiros.

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Fotografia 1 - Prédio do campus dos Malês

Todos os estudantes têm acesso ao apoio social, econômico, psicológico,


questões alimentares e primeiros socorros que são disponibilizados no campus
por técnicos profissionais nestas áreas, nomeadamente duas assistentes
sociais, uma psicóloga, uma nutricionista e uma enfermeira. Casos de
problemas médicos mais graves têm acesso ao hospital em São Francisco do
Conde que se encontra numa distância de dez minutos do campus. Uma
percentagem elevada dos estudantes recebe auxílios financeiros. Existe um
programa especial para a recepção dos estudantes brasileiros e estrangeiros,
organizado por uma equipe de técnicos. Além disso, nas primeiras quatro
semanas, os estudantes estrangeiros são hospedados em residenciais em
Santo Amaro, para facilitar a sua adaptação no novo ambiente. Depois deste
período, os estudantes estrangeiros são encaminhados para quartos de aluguel
no município.
Buscando meios para melhorar o atendimento dos estudantes, em agosto
de 2015 foram iniciadas, em terreno cedido pela prefeitura municipal de São
Francisco do Conde, as obras de construção de dois primeiros blocos do
campus, definitivos.

89
14.1 Acessibilidade
No quesito acessibilidade, conforme estabelecido pelo artigo 11º do
Decreto nº 5.296/2004, a estrutura física do primeiro prédio do Campus dos
Malês corresponde às necessidades de acessibilidade das pessoas com
deficiência e com mobilidade reduzida. No prédio existe uma rampa que dá
acesso do andar térreo ao primeiro andar. As entradas do prédio, as portas da
biblioteca e das salas de aula permitem o acesso com cadeiras de roda. Os
banheiros também têm condições para o uso por pessoas em cadeiras de roda.
Além disso, as pessoas com deficiência têm à sua disposição o apoio de
assistentes sociais, enfermeiras e da médica do campus. Para a necessidade de
tratamento médico, a UNILAB tem convênio com o hospital municipal local e
com o Complexo Hospitalar Universitário, Professor Edgard Santos da UFBA em
Salvador. A Coordenação de Assistência ao Estudante (COASE)/PROPAI do
campus dos Malês ainda não dispõe de um Setor de Acessibilidade.

14.2 Comitê de ética em pesquisa


As pesquisas desenvolvidas nos TCC devem obedecer às normas éticas
da pesquisa. Estudante e orientador/a são responsáveis pelo cumprimento de
tais normas. Conforme estabelecido pelo Regimento Interno do Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-brasileira, os procedimentos a serem seguidos para submissão de projetos
ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) para as pesquisas envolvendo seres
humanos seguem o protocolo definido pelo Sistema CEP/ Comissão Nacional de
Ética em Pesquisa - CONEP, sendo necessária a apresentação da
documentação solicitada via Plataforma Brasil. ―A Plataforma Brasil é o sistema
oficial de lançamento de pesquisa e monitoramento do Sistema CEP/CONEP.
Portanto, a submissão, a tramitação, a revisão ética e o acompanhamento dos
projetos de pesquisa, ocorrem inteiramente de forma online‖ (REGIMENTO
INTERNO, art. 13, § 3).

90
O quadro das pesquisas do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades
não comporta pesquisas que envolvem animais e, portanto, não haverá
submissão de projetos ao Comitê de Ética na Utilização de Animais (CEUA).

15 EMENTÁRIO

ÁFRICA CONTEMPORÂNEA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Ementa: Estudo das trajetórias e conexões internacionais do continente africano, na
época moderna e contemporânea. Inserção na economia mundial desde o tráfico de
escravos, a colonização e a descolonização até a globalização. Desafios políticos da
descolonização e do pós-colonial. Aspectos econômicos e políticos do atual período de
globalização. Debate sobre temas da atualidade, destacando seus aspectos políticos,
econômicos, sociais e culturais, estratégicos do continente africano numa perspectiva
das Relações Internacionais.

Bibliografia básica:
LOPES, Carlos (org.). Desafios contemporâneos da África: o legado de Amílcar
Cabral. São Paulo: UNESP, 2011.
MAZRUI, A. A. & WONDJI, C. (eds.). A África desde 1935. 2a. Ed. rev. Brasília:
UNESCO, 2010.
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Paris: La Découverte, 2014.
MONGA, Célestin. Niilismo e negritude. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
KI-ZERBO, Joseph. Para quando a África - Entrevista com René Holenstein. Rio de
Janeiro; Pallas, 2006.
VIZENTINI, Paulo F. A África na política internacional: o sistema interafricano e sua
inserção mundial. Curitiba: Juruá, 2010.

Bibliografia complementar:
MBOKOLO, Elikia. África Negra: História e Civilizações (Tomo II). Salvador:
EDUFBA/Casa das Áfricas, 2011.
HERNANDEZ, Leila L. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. Selo
Negro: São Paulo, 2008.
MAMDANI, Mahmood. Citizen and subject: contemporary Africa and the legacy of late
colonialism. New Jersey: Princeton University Press, 1996.
MAZRUI, Ali & WONDJI, Christophe (Eds.). História geral da África, VIII: África desde
1935. Brasília: UNESCO, 2010.
SARAIVA, José F. África parceira do Brasil atlântico: relações internacionais do
Brasil e da África no início do século XXI. Belo Horizonte: Fino Traço, 2012.

91
ANTIGUIDADE AFRICANA E SUAS CONEXÕES
Ementa: Hominização e migrações. O problema historiográfico da emergência da
civilização: o Saara, o Egito e o Oriente Médio. Formações sociais e políticas no vale do
Nilo e na Mesopotâmia. Grécia clássica e suas relações com o Egito e a Ásia.
Povoamento e colonização do Mediterrâneo ocidental: Cartago e Roma. Comércio,
escravismo e militarismo no mundo antigo. O ensino dos temas da Antiguidade na
escola básica.

Bibliografia básica:
BOWMAN, Alan Keir; WOOLF, Greg. Cultura, escrita e poder no mundo antigo. São
Paulo: Ática, 1997.
CARDOSO, Ciro Flamarion. O trabalho compulsório na Antiguidade. 3. ed. Rio de
Janeiro: Graal, 2003.
FAGE, J. D. História da África. Lisboa: 70, 2002.
LEICK, G. Mesopotâmia: a invenção da cidade. São Paulo: Imago, 2003.
M’BOKOLO, Elikia. África negra: história e civilizações. Vol.1. Salvador: Edufba; São
Paulo: Casa das Áfricas, 2009.

Bibliografia complementar:
AUSTIN, Michael; VIDAL-NAQUET, Pierre. Economia e sociedade na Grécia antiga.
Lisboa: 70, 1986.
BERNAL, Martin. Black Athena: the Afroasiatic roots of classical civilization. New York:
Rutgers, 1991.
CONNAH, Grahm. África desconhecida: uma introdução à sua arqueologia. São
Paulo: EDUSP, 2013.
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001.
LEAKEY, Richard. A origem da espécie humana. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

ANTROPOLOGIA DA EDUCAÇÃO NOS PAÍSES DA INTEGRAÇÃO


Ementa: Antropologia, educação e descolonização do saber nos países da integração.
Cultura e educação com ênfase nas sociedades contemporâneas. Alteridade, etnicidade
e diferenças sociais no campo das relações raciais. Populações afro-brasileiras e
religiosidades. Políticas públicas, direitos, patrimônios das heranças africanas no Brasil.
Laboratório de práticas em antropologia da educação na perspectiva descolonizadora
do saber.

Bibliografia básica:
ACHEBE, Chinua. O mundo se despedaça. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
DURAND, Gilbert. Ciência do Homem e Tradição: o novo espírito antropológico. São
Paulo: Triom, 2008.
SANTOS, Rafael J. Antropologia para quem não vai ser antropólogo. Porto Alegre:
Tomo Editorial, 2005.

Bibliografia complementar:
DAUSTER, Tania (Org.). Antropologia e educação: Um saber de fronteira. Rio de
Janeiro: Forma & Ação, 2007.
92
GUSMÃO, Neusa M. Mendes de. Antropologia e educação: um campo e muitos
caminhos. Linhas Críticas, Brasília, DF, v.21, n.44, p. 19-37, jan./abr. 2015.
MUNANGA, K. Administrações coloniais francesa, portuguesa e belga e a política de
assimilação cultural e as suas consequências no processo de conscientização
anticolonial. In: SANTOS, Maria Emília Madeira (Org.). A África e a instalação do
sistema colonial (c.1885-c.1930). III Reunião Internacional de História da África. Lisboa:
Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga, 2000, p. 367-375.
ROCHA, Gilmar; TOSTA, Sandra de Fatima Pereira. Antropologia e Educação. Belo
Horizonte: Editora Autêntica, 2009.
SANTOS, Rafael J. Antropologia para quem não vai ser antropólogo. Porto Alegre:
Tomo Editorial, 2005.

ANTROPOLOGIA DE ÁFRICA
Ementa: Dinâmicas das sociedades e culturas da África subsaariana contemporânea.
Representações e realidades de África no contexto histórico e global. Urbanização,
migrações, poder, etnicidade, religião e cultura popular.

Bibliografia básica:
AMSELLE, Jean-Loup & M’BOKOLO, Elikia (coord). Pelos Meandros da Etnia: Etnias,
Tribalismo e Estado em África. Lisboa: Edições Pedago 2014.
BALANDIER, Georges. Sociologia da África Negra. Dinâmica das mudanças sociais
na África Central. Lisboa: Edições Pedago, 2014
LOFORTE, Ana Maria. Género e Poder entre os Tsonga de Moçambique. Lisboa: Ela
por Ela 2003.
MBEMBE, Achille. África Insubmissa. Cristianismo, Poder e Estado na Sociedade Pós-
Colonial. Lisboa: Edições Pedago, 2013.
MUDIMBE, V.Y. A Invenção de África. Gnose, Filosofia e Ordem do Conhecimento.
Lisboa: Edições Pedago, 2013.
WEST, Harry. O Poder e o Invisível em Moeda. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais,
2009.

Bibliografia complementar:
CARVALHO, Ruy Duarte de. Vou lá visitar Pastores. Lisboa: Cotovia 2015
COPANS, Jean. A Longa Marcha da Modernidade Africana. Saberes, intelectuais,
democracia. Lisboa: Edições Pedago, 2014.
EVANS-PRITCHARD, E. E. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar ed, 2005 [1937].
FLORÊNCIO, Fernando. Ao Encontro dos Mambos. Autoridades Tradicionais e
vaNdau e Estado em Moçambique. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2005.
HONWANA, Alcinda Manuel. Espíritos Vivos, Tradições Modernas. Possessão de
Espíritos e Reintegração Social Pós-Guerra no Sul de Moçambique. Lisboa: Ela por Ela,
2003.
TRAJANO FILHO, Wilson (org.). Travessias antropológicas. Estudos em Contextos
Africanos. Brasília, ABA Publicações, 2012.
WEBSTER, David J. & CABRA, João Pina. A Sociedade Chope. Indivíduo e Aliança no
Sul de Moçambique 1969-1979. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2009.

93
ANTROPOLOGIA E COLONIZAÇÃO
Ementa: A construção do Europocentrismo. Imagens de África e América. A formação
da Antropologia enquanto disciplina acadêmica. Construção da nação e dos impérios.
Narrativas do Descobrimento e da Colonização. Etnografia, deslocamento e alteridade.
Antropologias e ideologias nacionais. Os saberes coloniais em África. Antropologia e
formação do Brasil.

Bibliografia básica:
SEVCENKO, Nicolau. ―As alegorias da experiência marítima e a construção do
europocentrismo‖. In: Schwarcz, Lilia; Queiroz, Renato (orgs.) Raça e Diversidade. São
Paulo: Edusp. 1996
L'ESTOILE, B; NEIBURG, Federico; SIGAULT, Lygia. (Orgs) Antropologias, Impérios
e Estados Nacionais. Rio de Janeiro, Relume Dumará Faperj, 2002.
PEIRANO, Mariza. Antropologia no plural: três experiências contemporâneas.
Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 1992.
KUPER, Adam. ―Antropologia e Colonialismo‖. In: Antropólogos e Antropologia. Rio
de Janeiro: Editora: Francisco Alves, 1978.
THOMAZ, Omar Ribeiro. “O bom povo português”: usos e costumes d’aquém e
d’além-mar. Mana, 7(1), 55-87. 2001.

Bibliografia complementar:
CUNHA, Manuela Carneiro da. Introdução a uma história indígena. In. Índios no
Brasil: história, direitos e cidadania. São Paulo: Selo Enigma, 2013, p. 7-25.
THOMAZ, Omar Ribeiro. Ecos do Atlântico Sul. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002.
ACHEBE, China. O mundo se despedaça. São Paulo: Ática, 1983.
LEIRIS, Michel. 2007 [1934]. A África Fantasma. São Paulo: Cosac Naify.
PEPETELA. As aventuras de Ngunga. 3. ed. São Paulo: Ática, 1983.
COPANS, Jean. A longa marcha da modernidade africana: saberes, intelectuais,
democracia. Luanda: Pedago; Mulemba, 2014.
LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2000.
SCHWARCZ, Lilia. As teorias raciais, uma construção histórica de finais do século
XIX. In SCHWARCZ, Lilia; QUEIROZ, Renato (orgs.) Raça e Diversidade. São Paulo:
Edusp. 1996.

ANTROPOLOGIA I
Ementa: A proposta da disciplina é apresentar aspectos da constituição da Antropologia
enquanto disciplina acadêmica a partir de suas principais escolas e vertentes. A partir
delas pretende-se trabalhar em torno dos conceitos e noções fundantes e fundamentais
da disciplina, como o etnocentrismo, o relativismo, e diferença, a alteridade e a cultura.

Bibliografia básica
BOAS, Franz. Raça e Cultura. In. BOAS, Franz. Antropologia Cultural. Tradução: Celso
Castro. 6º ed. Rio de Janeiro, Zahar, 2010.
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2007.

94
LÉVI-STRAUSS. Raça e História. In. Antropologia Estrutural II. São Paulo: Cosac
Naify, 2011.
MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2005.

Bibliografia complementar
CUCHE, Denis. O conceito científico de cultura das ciências sociais. Bauru:
EDUSC, 1999.
DURKHEIM, Émile, E. As formas elementares da vida religiosa. SP: Martins Fontes,
2000.
PEIRANO, Mariza. Antropologia no plural: três experiências contemporâneas.
Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 1992.
DAMATTA, Roberto. Relativizando: uma introdução a Antropologia Social. Rio de
Janeiro: Rocco, 1993.
KUPER, Adam. 2008. A Reinvenção da Sociedade Primitiva: transformações de um
mito. Recife: UFPE.

ANTROPOLOGIA II
Ementa: A proposta da disciplina é apresentar as críticas que fundamentaram as
principais transformações no âmbito da antropologia a partir dos anos 1960, geradas
quer no campo reflexivo inerente a prática antropológica, quer no campo das
reivindicações políticas e sociais. Seus eixos principais de discussão recaem sobre as
áreas da antropologia reflexiva, pós-colonialidade, estudos culturais e decolonialidade.

Bibliografia básica:
BORGES, Antonádia et allii. Pós-Antropologia: as críticas de Archie Mafeje ao
conceito de alteridade e sua proposta de uma ontologia combativa. Sociedade e Estado,
v. 30, n. 2, 2015.
QUIJANO. Anibal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In. A
colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas
latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias
Sociales, 2005.
MBEMBE, Achile. Formas africanas de autoinscrição. Rio de janeiro: Estudos Afro-
Asiáticos,
Ano 23, no 1, 2001.
SAID, Edward. Fora do Lugar. São Paulo: Companhia das Letras. 2004.
L'ESTOILE, Benoît de, NEIBURG, Federico e SIGAUD, Lygia (orgs.). Antropologia,
Impérios e Estados nacionais. Rio de Janeiro: Relume Dumará/ FAPERJ, 2002.

Bibliografia complementar:
BASTOS, Cristiana et allii. Trânsitos coloniais: diálogos críticos luso-brasileiros.
Campinas/SP: Editora da Unicamp, 2007.
BOURDIEU, Pierre. Coisas ditas. São Paulo: Brasiliense, 2004.
BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu. Campinas/SP,
n.26,
p. 329-376, 2006.

95
DUSSEL, Enrique. Europa, modernidad y eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo
(Ed.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas
latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2000
GILROY, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: 34;
Rio de Janeiro: CEAA, 2001, cap. 2, esp. p. 109-131.

ARTE E DIÁSPORA NEGRA


Ementa: Tradição e modernidade na arte africana e afro-descendente na diáspora.
Inserção das artes africanas e afro-descendentes no cenário contemporâneo das artes
plásticas e visuais. Arte afro-brasileira e suas performances corporais. Cultura e
identidade na expressão artística afro-brasileira, processos criativos e pertencimentos
identitários. Aspectos históricos, filosóficos/estéticos, antropológicos e sociais das artes
de matrizes africanas.

Bibliografia básica:
CUNHA, Mariano Carneiro da. ―Arte afro-brasileira‖. In: ZANINI, Walter
(organizador). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walter Moreira
Salles, 1983, p. 972-1033.
BASBAUM, Ricardo, COIMBRA, Eduardo (organizadores). Afro-américas. Item:
Revista de Arte, Rio de Janeiro, Espaço Agora/Capacete, n. 5, 2002.
PEDROSA, Mário. ―O novo MAM terá cinco museus. É a proposta de Mário
Pedrosa”. In: ARANTES, Otília (organizadora). Mário Pedrosa: Política das Artes. São
Paulo: Edusp, 1995, p. 309-312.
ACEVEDO, Claudia Rosa; JORDAN NOHARA, Jouliana. Interpretações sobre os
retratos dos afrodescendentes na mídia de massa. RAC – Revista de Administração
Contemporânea, v. 12, n. Esp., 2008.
ARAUJO, Emanuel. Catálogo Museu Afro Brasil: Um conceito em
perspectiva. Secretaria Municipal da Cultura. São Paulo, 2006.
CUNHA, Marcelo Nascimento Bernardo da. Teatros de Memórias, Palcos de
Esquecimentos: Culturas africanas e das diásporas negras em exposições
museológicas. Tese de Doutorado em História, PUC, 2006.
CUNHA, Mariano Carneiro, ―Arte afro-brasileira‖ In: História Geral da Arte no Brasil
(Org.) Walter Zanini, módulo 13, vol II, - São Paulo: Instituto Walter Moreira Salles, 198.

Bibliografia complementar:
HALL, Stuart. Da diáspora, identidades e mediações. Belo Horizonte: Editora da
UFMG, 2008.
LODY. O negro no museu brasileiro. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001
CHRISTOFOLETTI, Rogério, BASSO, K. J. Marjorie. O preto no branco: democracia
midiática no Brasil e presença de negros nas fotos dos jornais.
Em: http://www.labcom.ubi.pt/ec/02/pdf/Christofoletti-Basso-negros-democracia.pdf.
FONTELES, Bené; BARJA, Wagner (Org). Rubem Valentim: artista da luz. São Paulo:
Pinacoteca do Estado, 2001.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
MOORE, Carlos. Felá Esta puta vida. Belo Horizonte: Editora: Nandyala, 2011.

96
SILVA, Nelson Fernando Inocencio. Museu afro brasil no contexto da Diáspora:
dimensões contra-hegemônicas das artes e culturas negras. Tese de Doutorado em
Artes, UNB, 2012.
ARAÚJO, E. (Org.), A mão afro-brasileira: significado da contribuição artística e
histórica, Editora: TENENGE, 1988
GLÓRIA, Ferreira. Crítica da arte no Brasil: temáticas contemporâneas. Rio de
Janeiro: Funarte, 2005.
MALYSSE, Stéphane Rémy. Um olhar na mão: imagens e representações de Salvador
nas fotografias de Pierre Verger. Afro-Ásia, Salvador, UFBA, n. 24, 2000. p. 325-364.

ARTE E SOCIEDADES AFRICANAS


Ementa: História, princípios estéticos e filosóficos para o entendimento da arte africana.
Tradição oral: relação entre imagem palavra e imagem. Arte escultórica, objetos,
utensílios e máscaras; arte sacra e objetos rituais; arte africana como referência para
arte moderna européia. Arte africana contemporânea.

Bibliografia básica:
THOMPSON, Robert Farris. Flesh of Spirit. Arte e filosofia africana e afro-americana.
São Paulo: Museu Afro-brasileiro, 2011.
VANSINA, Jan. “As artes e a sociedade após 1935‖. In: MAZRUI, Ali (ed.). História
Geral da África, VIII: África desde 1935. 2ª. ed. Revisada. Brasília: UNESCO, 2010, p.
697-760.
KI-ZERBO, Joseph. ―A arte pré-histórica africana‖. In: ____.(ed.). História Geral da
África, I: Metodologia e pré-história da África. 2ª. ed. Revisada. Brasília: UNESCO,
2010, p. 743-780.
SOYINKA, Wole. “As artes na África durante a dominação colonial”. In: In: BOHEN,
Albert Adu (ed.). História Geral da África, VII: África sob dominação colonial: 1880-
1935. 2ª. ed. Revisada. Brasília: UNESCO, 2010, p. 625-655.
ELA, Jean-Marc. Culturas Africanas no âmbito da racionalidade cientifica. Livro II.
Lisboa: edições Pedago, 2013.

Bibliografia complementar:
JUNGE, Peter. Arte da África. Obras do Museu Etnológico de Berlim. Rio de Janeiro;
Brasília; São Paulo: Catálogo de exposição promovida pelo Centro Cultural Banco
do Brasil, 2004, p. 24-39.
SILVA, Dilma de Neto; CALAÇA, Maria Cecília F. Arte africana e afro-brasileira. São
Paulo: Terceira Margem, 2006.
DOMINO, Christophe e André Magnin. L’Art africain contemporain. Paris, Sacala,
2005.
SYLLA, Abdou. Criação e imitação na arte africana tradicional. In: ÁFRICA e
africanidade de José Guimarães: Espíritos e universos cruzados. São Paulo: Museu
Afro-Brasil, s.d, p. 21-84.
CUNHA, Marcelo Nascimento Bernardo da. Teatros de Memórias, Palcos de
Esquecimentos: Culturas africanas e das diásporas negras em exposições
museológicas. Tese de Doutorado em História, PUC, 2006.

97
BRANQUITUDE, POLÍTICAS DE AÇÃO AFIRMATIVA E SUPERAÇÃO DO RACISMO
NAS AMÉRICAS
Ementa: Branquitude e reprodução de privilégios raciais. O papel das políticas de ação
afirmativa em prol da igualdade racial. Racismo institucional e desigualdades raciais.
Igualdade racial e o papel do Estado. Relação Movimentos Negros e Estado.

Bibliografia básica:
BENTO, M. A. & CARONE, I. (Orgs.). (2002). Psicologia Social do Racismo (2a. ed.).
São Paulo: Vozes.
WARE, V. (Org.). Branquidade, identidade branca e multiculturalismo. Rio de
Janeiro: Garamond.
CARONE, I. & M. A. Bento (Orgs.). Psicologia Social do Racismo. Petrópolis: Vozes.
MEDEIROS, C. Na lei e na raça: legislação e relações raciais, Brasil-Estados Unidos.
Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
RAMOS, Artur Guerreiro. A Patologia do Branco Brasileiro. In: RAMOS, A. G.
Introdução Crítica a Sociologia Brasileira. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ, 1995 [1957].

Bibliografia complementar:
BENTO, M. A. S. Branquitude e poder: a questão das cotas para negros. In: Simpósio
Internacional do Adolescente, 1, 2005, São Paulo.
HOFBAUER, Andreas. Uma história de branqueamento ou o negro em questão.
São Paulo: UNESP, 2006
PIZA, E. Branco no Brasil? Ninguém sabe, ninguém viu. In A. S. A. Guimarães & L.
Huntley (Orgs.). Tirando a máscara: ensaios sobre racismo no Brasil. São Paulo: Paz e
Terra, 2000, p. 97-126.
SOVIK, L. (2009). Aqui ninguém é branco. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora. TWINE,
Frances W. Racism in a Racial Democracy: The Maintenance of White Supremacy in
Brazil. New Brunswick-NJ, Rutgers University Press, 1998.
RIBEIRO, Matilde. Políticas de promoção da igualdade racial no Brasil (1986-2010).
Garamond Universitária, 2014.

CIÊNCIA POLÍTICA I
Ementa: Objetos e temas da Ciência Política. Teoria Política Moderna e
Contemporânea. Estado, Instituições Sociais e Políticas. Conceitos fundamentais:
sociedade civil, Estado, democracia, cidadania, colonialismo, imperialismo, partidos
políticos.

Bibliografia básica:
BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade: para uma teoria geral da política.
São Paulo: Paz e Terra, 2003.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2004.
HOBSBAWM, Eric J. A era dos impérios - (1875-1914): Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1988.
HOBBES, Thomas. Leviatã, ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e
civil. São Paulo: Martin Claret, 2005.

98
LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo. São Paulo: Martin Claret, 2004.

Bibliografia complementar:
ALVES, José Augusto Lindgren. A arquitetura internacional dos direitos humanos.
São Paulo: FTD, 1997.
APPIAH, Kwame Anthony. Na casa de meu Pai. A África na filosofia da cultura. Rio de
Janeiro: Contraponto, 1997.
BOBBIO, Norberto & BOVERO, Michelangelo (orgs.). Teoria Geral da Política: a
filosofia política e as lições dos clássicos. Rio de Janeiro: Campus, 2000. FAORO,
Raymundo. Os donos do poder. São Paulo: Globo, 2001.
FERREIRA, L; GUANABARA, R; JORGE, V. Curso de ciência política: grandes
autores do pensamento político moderno e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier,
2009.
QUIRINO Célia; SADEK, Maria (Orgs.) O pensamento político clássico: Maquiavel,
Hobbes, Montesquieu. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

CIÊNCIA POLÍTICA II
Ementa: Teoria Política Contemporânea. Ação Coletiva. Teoria dos Movimentos
Sociais. Pan-africanismo e resistências políticas diaspóricas. Participação e
representação política.

Bibliografia básica:
ANDRADE, de Mário Pinto. A Origens do Nacionalismo Africano: Portugal. Editor:
Dom Quixote, 1998.
GUIMARÃES, Antônio S. Racismo e Anti-Racismo no Brasil. São Paulo: Fundação
de Apoio à Universidade de São Paulo; Editora. 34, 1999.
GOHN, Maria da Glória. Teorias dos Movimentos Sociais: Paradigmas Clássicos e
Contemporâneos, São Paulo, Edições Loyola, 1997.
JUNIOR, J. F.; POGREBISNCHI, T. Teoria política contemporânea: uma introdução.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
TARROW, Sidney. O Poder em Movimento: Movimentos Sociais e confronto político,
Petrópolis, Editora Vozes, 2009.

Bibliografia complementar:
AVRITZER, Leonardo José, DOMINGUES, Maurício (Orgs.). Teoria Social e
Modernidade no Brasil . Belo horizonte: Ed.UFMG, 2000, p. 123-135.
COELHO, V NOBRE, M. Participação e deliberação: teoria democrática e
experiências institucionais no Brasil contemporâneo. São Paulo: Ed. 34, 2004.
DAGNINO, Evelina, OLIVEIRA, Alberto J. & PANFICHI, Aldo (orgs). A disputa pela
construção democrática na América Latina. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
FERREIRA, L; GUANABARA, R; JORGE, V. Curso de ciência política: grandes
autores do pensamento político moderno e contemporâneo. Rio de Janeiro: Elsevier,
2009.
MELO, Rúrion (org.). A teoria crítica de Axel Honneth: reconhecimento, liberdade e
justiça. São Paulo: Saraiva, 2013.

99
CRÍTICA E CONTRANARRATIVA ANTROPOLÓGICA
Ementa: A disciplina propõe uma reflexão sobre os efeitos do colonialismo a partir da
produção de intelectuais afro-brasileiros, africanos e indígenas, destacando o processo
de resistência e autodeterminação. Antropologia em África. Antropologia indígena e
afro-brasileira.

Bibliografia básica:
BANIWA, Gersem. Os indígenas Antropólogos. Novos Debates, vol 2. n. 1. 2015
BOAHEN, Albert Adu. História geral da África: v. VII: África sob dominação colonial,
1880-1935. 2. ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010.
GONZALEZ, Lelia. A Categoria Político-Cultural de Amefricanidade. Revista TB, Rio
de Janeiro, 1988.
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu. São Paulo: Companhia das
Letras, 2015.
MAFEJE, Archie. The Ideology of Tribalism. The Journal of Modern African Studies,
Vol. 9, n. 2, 1971, pp.253-261.
MBEMBE, Achille. As Formas Africanas de Auto-Inscrição. Rio de janeiro: Estudos
Afro-Asiáticos, Ano 23, nº 1, 2001, p. 171-209.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional
versus identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
NASCIMENTO, Beatriz. É Tempo de Falarmos de Nós Mesmos. In: RATTS, Alex. Eu
sou Atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento, São Paulo, Imprensa
Oficial, 2007.

Bibliografia complementar:
BANIWA, Gersem. Antropologia Indígena: o caminho da descolonização e da
Autonomia Indígena. 26ª. Reunião Brasileira de Antropologia, junho de 2008, Porto
Seguro, Bahia, Brasil.
BENITES, Tonico. Os Antropólogos Indígenas. Novos Debates, vol 2. n. 1. 2015
BORGES, Antonádia (et all). Pós-Antropologia: as críticas de Archie Mafeje ao
conceito de alteridade e sua proposta de uma ontologia combativa. Revista Sociedade e
Estado, Vol. 30, n. 2, 2015.
COUTO, Mia: "À porta da modernidade, há sete sapatos sujos que necessitamos
descalçar". Por dentro da África, 28 de agosto de 2013. Disponível em:
<http://www.pordentrodaafrica.com/cultura/mia-couto-a-porta-da-modernidade-ha-
setesapatos-sujos-que-necessitamos-descalcar>, acessado em 01 de junho de 2014.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Para uma história indígena e do Indigenismo. In:
Cultura com aspas e outros ensaios. Cosac Naify, 2010.
PEIRANO, Mariza. Debates e Embates na Antropologia: o diálogo Índia-Europa. In
Dados: Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 33/1, 1990.

CULTURA E MEIO AMBIENTE


Ementa: O meio ambiente como objeto de reflexão antropológica. Natureza, Cultura e
Sociedade. Teorias antropológicas sobre a relação do humano com o ambiente.
Antropologia das paisagens e dos lugares. Ambientalismo, ecologia política e
populações tradicionais. Sustentabilidade, gestão ambiental e políticas da natureza.
100
Bibliografia básica:
ACSELRAD. H. Ambientalização das lutas sociais. Revista Estudos Avançados, São
Paulo, v. 24, n. 68, p. 103-119, 2010.
ALMEIDA, Mauro Wagner Berno de. Sociedade e Meio Ambiente. Anais do Ceru,
2008.
CARNEIRO DA CUNHA, Manoela. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo,
Cosac Naify, 2009.
KOPENAWA, D. & ALBERT, B. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São
Paulo: Companhia das Letras, 2015.
SANTOS, Antônio Bispo dos. Colonização. Quilombos: modos e significações. Brasília:
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Universidade de Brasília, 2015.

Bibliografia complementar:
ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de. Terra de quilombo, terras indígenas,
“babaçuais livres”, “castanhais do povo”, faxinais e fundos de pasto: terras
tradicionalmente ocupadas. 2. ed. Manaus: PGSCA–UFAM, 2008.
ALMEIDA, Mauro W. Barbosa de. Direitos à floresta e ambientalismo: seringueiros e
suas lutas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.19, n. 55, 2004.
BALÉE, William. Sobre a indigeneidade das paisagens. Revista de Arqueologia, Rio
de Janeiro, v.21, n.2, p. 09-23. 2008.
DANOWSKI, D. & VIVEIROS DE CASTRO, E. Há mundo por vir? Ensaio sobre os
medos e os fins. Desterro [Florianópolis]: Cultura e Barbárie/Instituto Socioambiental.
2014.
DIEGUES, A. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 2001.
INGOLD, Tim. 1994. Humanidade e animalidade. Revista Brasileira de Ciências
Sociais, v. 10, n. 28, p. 39-54.
SILVEIRA, Flávio L. A. da; CANCELA, Cristina D. Paisagem e cultura: dinâmica do
patrimônio e da memória na atualidade. Belém: Edufpa, 2009.
OLIVEIRA, João Pacheco de; COHN, Clarice (Orgs.). Belo Monte e a questão
indígena. Brasília: ABA, 2014.
RICARDO, Fany (Org.). Terras Indígenas e Unidades de Conservação da Natureza:
o desafio das sobreposições. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004
STENGERS, Isabelle. No tempo das catástrofes: resistir à barbárie que vem. São
Paulo: Cosac Naify, 2015.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem e outros
ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2002.

DIÁSPORA NEGRA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Ementa: Impactos do escravismo na formação das Américas. Diáspora negra como
questão epistemológica e política. Dimensões do genocídio negro na Diáspora.
Racismos e antirracismos comparados. Conferência de Durban contra o Racismo e a
Discriminação Racial.

101
Bibliografia básica:
ALVAREZ, Sonia E., DAGNINO, Evelina, ESBOBAR, Arturo (orgs.) Cultura e Política
nos Movimentos Sociais Latino-Americanos: novas leituras. Belo Horizonte: Ed.
UFMG, 2000.
APPIAH, Kwame Anthony. Na Casa de Meu Pai. A África na filosofia da cultura. Rio de
Janeiro: Contraponto, 1997.
BLACKWELL, Maylei; NABER, Nadine. Interseccionalidade em uma era de
globalização: as implicações da conferência mundial contra o racismo para práticas
feministas transnacionais. In.: Revista de Estudos Feministas, n. 1, 2002.
GILROY, Paul. O Atlântico negro: Modernidade e dupla consciência. Rio de Janeiro:
Editora 34/UCAM, 2002.
VARGAS, João Costa. A Diáspora Negra como Genocídio: Brasil, Estados Unidos ou
uma geografia supranacional da morte e suas alternativas. In.: Revista da ABPN, n. 2,
2010.

Bibliografia complementar:
MAZRUI, A. A. & WONDJI, C. (eds.). A África desde 1935. 2a. Ed. rev. Brasília:
UNESCO, 2010.
MOORE, Carlos. (2007). Racismo e Sociedade: novas bases epistemológicas para
entender o racismo. Belo Horizonte: Mazza.
M’BOKOLO, Elikia. África negra: história e civilizações. Tomo II - Do século XIX até
nossos dias. Salvador: EDUFBA; São Paulo: Casa das Áfricas, 2011.
PIOVESAN, Flávia; GUIMARÃES, Luis C. Rosa. Convenção internacional sobre a
eliminação de todas as formas de discriminação racial. [s.d.] Disponível em: Acesso
em: 7 ago. 2011.
VISENTINI, Paulo F. A relação Brasil-África. Rio de Janeiro: Alta Books, 2016.

DINÂMICAS DE RAÇA, GÊNERO E SEXUALIDADE NO CONTEXTO DA


GLOBALIZAÇÃO
Ementa: Globalização: teorias críticas; Racismo e poder na ordem internacional;
sexismo, LGBTT fobias e os mecanismos de vulnerabilização da vida; Resistência
política e avanços legais na proteção de direitos.

Bibliografia básica:
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência
universal. 12a ed. Rio de Janeiro: Record, 2005, 174p.
RAGO, Margareth. Globalização e Imaginário sexual, ou Denise está chamando.
Entretextos Entresexos, Campinas, n. 2, p. 81-96, out. 1998.
RUBIO, David Sánchez; FLORES, Joaquín Herrera, CARVALHO, Salo de (org).
Direitos Humanos e Globalização: Fundamentos e possibilidades desde a teoria
crítica. Porto Alegre: Editora PucRS, 2010.
DAVIS, Angela; DENT, Gina. A prisão como fronteira: uma conversa sobre gênero,
globalização e punição. Rev. Estud. Fem. vol.11 no.2 Florianópolis July/Dec. 2003.
FERNANDES, José Antônio da Costa. Globalização e racismo. Revista Espaço
Acadêmico, n.66, Novembro/2006, mensal, ano VI.

102
Bibliografia complementar:
HOBSBAWM, Eric. Globalização, Democracia e Terrorismo. São Paulo: Companhia
das Letras, 2007.
BAKARE-YUSUF, Bibi. Além do determinismo: A fenomenologia da existencia
feminina Africana. Tradução para uso didático de BAKARE-YUSUF, Bibi. Beyond
Determinism: The Phenomenology of African Female Existence. Feminist Africa, Issue
2, 2003, por Aline Matos da Rocha e Emival Ramos.
BLACKWELL, Maylei; NABER, Nadine. Interseccionalidade em uma era de
globalização: as implicações da conferência mundial contra o racismo para as
práticas feministas transnacionais. Revista Estudos Feministas, n.1, 189-198, v.10,
2002.
SENOTIER, Daniele; HIRATA, Helena, LE DOARE, Helene. Dicionário Crítico do
Feminismo. São Paulo: Unesp, 2009.

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO I


Ementa: Introdução ao Direito Internacional. Definição do Direito Internacional Público:
objeto, taxonomia e conteúdo de normas. Sujeitos de Direito Internacional (Estados,
Organizações Internacionais e Indivíduos). Personalidade em Direito Internacional
Público: os Estados, as organizações intergovernamentais, a pessoa humana, situações
particulares. Fontes do DIP: tratados, o costume, a jurisprudência, os princípios gerais
de direito, a doutrina, atos unilaterais dos Estados e resoluções de organizações
intergovernamentais. Reconhecimento de Estado e de Governo e Sucessão de
Estados. Imunidades no Direito Internacional. Imunidade Estatal, Diplomática e
Consular. Responsabilidade Internacional de Estados. Fontes do Direito Internacional.
Tratados Internacionais e prática brasileira. Conflito de Fontes do Direito Internacional.

Bibliografia básica:
ARIOSI, M. Conflitos entre tratados internacionais e leis internas: o Judiciário e a
Nova Ordem Internacional. Rio de Janeiro: Renovar, 2000.
LEITE, J.; AYALA, P. Direito Internacional na Sociedade de Risco. Rio de Janeiro:
Forense, 2002.
MELLO, C. D. de A. Curso de Direito Internacional Público. vol. 1. 15. ed. rev. e
ampl. Rio de Janeiro: Renovar, 2004.
NASSER, S. Fontes e Normas do Direito Internacional. São Paulo: Atlas, 2005.
REZEK, J. F. Direito Internacional Público: Curso Elementar. São Paulo: Saraiva,
2011.

Bibliografia complementar:
CANÇADO, A. O Direito Internacional em um Mundo em Transformação. Rio de
Janeiro: Renovar, 2002.
DINH, N.; DAILLIER, P.; PELLET, A. Direito Internacional Público. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 2003. 72
MEDEIROS, A. P. Desafios do Direito Internacional Contemporâneo. Brasília:
FUNAG, 2007.
PIOVESAN, F. Valor jurídico dos tratados: impacto na ordem interna e internacional.
Boletim da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, São Paulo, v. 22, mar./abr.
1998.
103
SILVA, G.; ACCIOLY, H.; CASELLA, P. Manual de Direito Internacional Público. São
Paulo: Saraiva, 2009.

ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL


Ementa: A evolução da Economia Política Internacional, aspectos teóricos e
conceituais. Teorias econômicas sobre hegemonia, ordem mundial e mudança histórica.
Interpretações sobre a evolução e dinâmica do sistema interestatal capitalista. Sistema
financeiro internacional e o mercado internacional de moedas. Economia Política
Internacional e Desenvolvimento desigual. Impactos econômicos de conflitos e crises no
continente africano. África contemporânea: inserção internacional do continente na
economia global, fontes endógenas e exógenas de crescimento, desafios para o
desenvolvimento sustentável.

Bibliografia básica:
AMIN, S. Os desafios da mundialização. São Paulo: Ideias e Letras, 2006.
CHANG, H-J. Chutando a escada: estratégia do desenvolvimento em perspectiva
histórica. São Paulo: Editora Unesp, 2003.
GILPIN, R. Political Economy of International Relations. New Jersey: Princeton
University Press, 1987.
ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2003.
SEVERINO, J-M.; RAY, O. Le Temps de l'Afrique. Paris: Odile Jacob, 2010.

Bibliografia complementar:
CHANG, H-J. Maus Samaritanos: O mito do livre comércio e a história secreta do
capitalismo. Rio de Janeiro: Campus, 2009.
GODDARD, R. et al. International Political Economy: State-Market Relations in a
changing Global Order. London: Lynne Rienner, 2003.
SCHECHTER, M. G.; COX, R. The Political Economy of a Plural World: Critical
Reflections on Power, Morals and Civilization. London: Routledge, 2012.
VIDAL, G.; GUILLÉN, A. (coord.). Repensar la Teoría del Desarrollo en un Contexto
de Globalización. Homenaje a Celso Furtado. Buenos Aires: Clacso, 2008.

EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS


Ementa: Racismo, discriminação e perspectiva didático-pedagógica de educação
antirracismo. História e cultura africana e afro-brasileira no contexto da educação.
Movimentos Sociais e educação. Pesquisas em educação no campo da educação e
relações étnico-raciais. Políticas públicas para a promoção da igualdade racial.
Dinâmica das relações étnico-raciais nos diferentes ambientes educacionais.
Orientações normativas e filosóficas para o ensino de história e cultura afro-brasileira e
africana.

Bibliografia básica:
ABRAMOWICZ, A.; SILVÉRIO, V.R. (Orgs). Afirmando diferenças: montando o
quebra-cabeça da diversidade na escola, Campinas: Papirus, 2005.

104
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília,
2004.
DÁVILA, Jerry. Diploma de brancura: política social e racial no Brasil. Editora UNESP,
2006.
GUIMARÃES, A. S. Classes, raça e democracia. Editora 34: São Paulo, 2002.
HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea.
São Paulo: Selo Negro, 2005.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional
versus identidade negra. Editora Vozes, 1999.
SILVÉRIO, V. R.; MATTIOLI, E.A.K.; MADEIRA, T.F. Relações étnico-raciais: um
percurso para educadores, EDUFSCar, 2013.

Bibliografia complementar:
ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Educação das Relações Étnico -raciais:
pensando os referenciais para a organização da prática pedagógica. Belo Horizonte:
Mazza Edições, 2007.
SILVA. Ana Célia da. Desconstruindo o racismo no livro didático. Salvador:
EDUFBA, CEAO, 2001.
ABRAMOWICZ, Anete; GOMES, Nilma Lino (org.). Educação e raça: perspectivas
políticas, pedagógicas e estéticas. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.
LIMA, Maria Nazaré Mota de. (Org.). Escola plural: a diversidade está na sala -
formação de professores/as em história e cultura afro-brasileira e africana. 3 ed. São
Paulo: Cortez, 2015.
OLIVEIRA, Iolanda de (org.). Cor e magistério. Rio de Janeiro: Quartet; Niterói:
EDUFF, 2006.

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS


Ementa: Compreensão das bases conceituais e históricas dos Direitos Humanos.
Análise crítica da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Papel e importância dos
movimentos sociais e da sociedade civil para a reivindicação e a garantia dos direitos
humanos. Sujeito de Direito. Responsabilidade individual e coletiva sobre os Direitos
Humanos. Educação, como eixo dos Direitos Humanos. O Direito à Educação como
potencializador de outros direitos.

Bibliografia básica:
FERREIRA. Lúcia de Fátima Guerra et. al. Educação em Direitos Humanos:
fundamentos histórico-filosóficos e político-jurídicos. João Pessoa: Editora Universitária,
2016.
Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para uma concepção multicultural de direitos
humanos. In: A gramática do tempo. São Paulo: Cortez, 2006.

Bibliografia complementar:
Andrade, Jose H. Dischel. O Sistema Africano de Proteção dos Direitos Humanos e
dos Povos. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/lenardo_nemer_caldeira_brant>.
Acesso em: 10 jul. 2016.
105
BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em
Direitos Humanos. Basília: SEDH, 2007.
BRASIL. Lei nº 8069/1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. São Paulo:
Saraiva, 2014.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para uma pedagogia do conflito. In: FREITAS, Ana
Lúcia; MORAES, Salete Campos (Orgs.). Contra o desperdício da experiência: a
pedagogia do conflito revisitada. Porto Alegre: Redes, 2009.
SILVEIRA Rosa Maria Godoy et al. Educação em Direitos Humanos: fundamentos
teórico-metodológicos. João Pessoa: Universitária, 2007.

EDUCAÇÃO INTERCULTURAL
Ementa: Pan-africanismo e pan-americanismo na educação. Pensamento pedagógico
intercultural. Cosmogonia (a formação do universo) e o desenvolvimento do ser
humano. Interculturalidade, plurinacionalidade e descolonização do saber.

Bibliografia básica:
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2003.
FREITAS, Luiz Carlos de. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da
didática. 6. ed. Campinas, SP: Papirus, 2003.
FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola improdutiva: um (re) exame das
relações entre educação e estrutura econômico–social e capitalista. São Paulo: Cortez,
c1984.
KRAWCZYK, Nora; CAMPOS, Maria Malta; HADDAD, Sérgio (Orgs.) O cenário
educacional latino-americano no limiar do século XXI: reformas em debates.
Campinas, SP: Autores Associados, 2000.
SANFELICE, José Luis. Histórias da educação: perspectivas para um intercâmbio
internacional. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.

Bibliografia complementar:
ALBERTI, Verena; PEREIRA, Amilcar Araújo. Histórias do movimento Negro no
Brasil: depoimentos ao CPDOC. Rio de Janeiro: Pallas, 2007.
BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
CANDAU, Vera Maria. (Org.). Sociedade, educação e cultura(s): colonialidade,
saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
FANON, Frantz. Peles negras, máscaras brancas. Rio de Janeiro: Fator,1983.
FREIRE, P. Cartas a Guiné Bissau. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
MIGNOLO, Walter. Histórias globais, projetos locais: questões e propostas.
Petrópolis: Vozes, 2002.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de. História da África e dos africanos na escola: desafios
políticos, epistemológicos e identitários para a formação dos professores de História.
Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2012.

106
EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E CULTURA NA PERSPECTIVA DA DESCOLONIZAÇÃO
DO SABER
Ementa: Estudo crítico dos fundamentos da educação como prática social. Educação
como meio de preservação e controle social. Dimensão política, cultural e socioespacial
da educação. Colonialismo, colonialidade e educação como modo de aculturação.
Educação e movimentos sociais: perspectivas de descolonização do saber. Discursos,
perspectivas e práticas descolonizadoras. Pluriversalidade, diferença e educação
antirracismo: desafios curriculares na perspectiva africana e afro-brasileira.

Bibliografia básica:
APPLE, Michael W. Políticas culturais e educação. Porto: Porto Editora, 1999.
CANDAU, Vera Maria. (Org.). Sociedade, educação e cultura(s): colonialidade,
saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
DURKHEIM, Emile. Educação e Sociologia, São Paulo: Editora Hedra, 2010.
GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira; SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. O jogo das
diferenças - O Multiculturalismo e seus contextos. Belo Horizonte, Autêntica, 2000.
MAZRUI, Ali A. O Horizonte 2000 - A educação colonial: a libertação sem o
desenvolvimento. In: História Geral da África VIII. África desde 1935. Editado por Ali A.
Mazrui e Christophe Wondji Brasília: UNESCO, 2010.

Bibliografia complementar:
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Minas Gerais: Ed. da UFMG, 2001.
DAYRELL, Juarez (Org.) Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte:
UFMG, 1996.
FREIRE, Paulo e GUIMARÃES, Sérgio. A África ensinando a gente. São Paulo: Paz e
Terra, 2011.
HALL, Stuart. Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Org. Liv Sovik; Adelaine
La Guardia Resende et al. (trad.) Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A gramática do tempo. São Paulo: Cortez, 2006.
SODRÉ, Muniz. Reinventando a educação: diversidade, descolonização e redes.
Petrópolis: Vozes, 2012.
MCLAREN, Peter. Multiculturalismo crítico. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2000.

ESTÉTICA E FILOSOFIA DA ARTE


Ementa: Conceitos básicos da estética: mimese, imagem, juízo estético, belo, sublime,
criação, arte, experiência estética. Estética e seus vínculos com a ética e com a política.
Estética e cultura, arte e experiência estética brasileira e nas diásporas.

Bibliografia básica:
ARISTÓTELES. Poética. São Paulo: Edipro, 2014. 96 p.
HALL, Stuart. Da diáspora, identidades e mediações. Belo Horizonte: Editora da UFMG,
2008.
KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: Autores
Associados, 2012. xviii, 410 p.
PLATÃO. A República: [ou sobre a justiça, diálogo político]. São Paulo: Martins Fontes,
2006.
107
RANCIÈRE, Jacques. Estética e política: a partilha do sensível. Porto, Portugal: Dafne,
2010. 98 p. (Imago).

Bibliografia complementar:
CANCLINI, N. G. Culturas híbridas: entrada e saída na modernidade. Rio de Janeiro:
UFRJ, 2003.
CABRERA, Julio. Diário de um filósofo no Brasil. 2. ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2013. 277 p.
CORTÊS, Gustavo; SANTOS, Inaicyra Falcão dos; ANDRAUS, Mariana Baruco
Machado (Orgs.). Rituais e linguagens da cena: trajetórias e pesquisas sobre Corpo e
Ancestralidade. Curitiba: CRV, 2012. 255 p.
CUNHA, Mariano Carneiro, ―Arte afro-brasileira‖ In: História Geral da Arte no Brasil
(Org.) Walter Zanini, módulo 13, vol II, - São Paulo: Instituto Walter Moreira Salles, 198.
DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
RANCIÈRE, Jacques. O destino das imagens. Rio de Janeiro, RJ: Contraponto, 2013.
151 p. (Coleção ArteFíssil).

.
EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

Ementa: Definir e situar a importância da epistemologia para a prática das ciências


sociais. Heranças e rupturas frente aos paradigmas clássicos de epistemologia.
Entender as particularidades da produção do conhecimento nas ciências sociais.
Compreender o panorama do debate contemporâneo acerca das epistemologias:
africana, feminista e do Sul.
Bibliografia básica:
BACHELARD, G. A noção de obstáculo epistemológico. In: BACHELARD, G. A
formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio
de Janeiro: Contraponto Editora, 1996.
GRECO, John. O que é epistemologia, in Compêndio de Epistemologia (John Greco e
Ernesto Sosa, orgs.), p.15-61. São Paulo: Edições Loyola, 2008.
SIMMEL, Georg. O âmbito da Sociologia, in Questões Fundamentais da Sociologia. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006.
VIVEIROS DE CASTRO, E. O conceito de sociedade em antropologia. In: a
Inconstância da Alma Selvagem, p.295-344, São Paulo: Cosac & Naify, 2002.

Bibliografia complementar:
LONGINO, Helen E. Epistemologia feminista, in: Compêndio de Epistemologia (John
Greco e Ernesto Sosa, orgs), p.505-545. São Paulo: Edições Loyola, 2008.
KAPHAGAWANI, Didier N; MALHERBE, Jeanette G. African epistemology. In:
COETZEE, Peter H.; ROUX, Abraham P.J. (eds). The African Philosophy Reader. New
York: Routledge, 2002, p. 219-229. Tradução para uso didático por Marcos Rodrigues.
Disponível em:
http://filosofiaafricana.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/didier_n._kaphagawani___
jeanette_g._malherbe_- epistemologiaafricana.pdf. Acesso em 20 ago. 2016.
SOUSA SANTOS, Boaventura. Parte I e Parte II. Epistemologias do Sul. São Paulo:
Cortez Editora, 2010.
WATZLAWICK: Natureza e formas das relações humanas. In Antropologia filosófica: 2º
parte, (p. 72-93). São Paulo: Editora da USP, 1977.
108
FILOSOFIA AFRICANA
Ementa: A filosofia e o multiculturalismo: o caso da filosofia africana; Tipos de
filosofia(s) africana(s): etnofilosofia; filosofia sapiencial ou da sagacidade; filosofias
ideológicas nacionalistas e pós-coloniais; filosofia profissional.

Bibliografia básica:
APPIAH, Kwame Anthony. Na casa de meu pai: a África na filosofia da cultura. Rio de
Janeiro: Contraponto, 1997.
P.E.A., Elungu. Tradição africana e racionalidade moderna. Luanda:
Pedago/Mulemba, 2014.
TOWA, Marcien. A ideia de uma filosofia negro-africana. Belo Horizonte: Nandyala;
Curitiba: NEAB-UFPR, 2015.
MASOLO, Dismas A. African philosophy in search of identity. Indiana University
Press, 1994.

Bibliografia complementar:
BELL, Richard H. Understanding African philosophy: a cros-cultural approach to
classical and contemporary issues. Routledge, 2004.
COETZEE, Peter H.; ROUX, Abraham P.J. (eds). The African Philosophy Reader.
New York: Routledge, 2002.
COPANS, Jean. A longa marcha da modernidade africana. Saberes, intelectuais,
democracia. Luanda: Pedago/Mulemba, 2014.
EZE, Emmanuel Chukwudi (ed.). African Philosophy. Oxford: Blackwell, 1998.
EZE, Emmanuel Chukwudi (ed.). Pensamiento Africano: Ética y Política. Barcelona:
Bellaterra, 2001.
EZE, Emmanuel Chukwudi (ed.). Pensamiento Africano: Filosofía. Barcelona:
Bellaterra, 2002.
EZE, Emmanuel Chukwudi (ed.). Pensamiento Africano: Cultura y Sociedad.
Barcelona: Bellaterra, 2005.
HALLEN, Barry. A Short History of African Philosophy. Bloomington: Indiana
University Press,2002.
IMBO, Samuel Oluoch. An introduction to African philosophy. Rowman & Littlefield,
1998.
P.E.A., Elungu. O despertar filosófico em África. Luanda: Pedago/Mulemba, 2014.
WIREDU, Kwasi (Ed.). A Companion to African Philosophy. Oxford: Blackwell, 2004.

FILOSOFIA AFRICANA PÓS-COLONIAL


Ementa: A África e a razão científica moderna; Descolonização, tradição e
intersubjetividade; Afropolitanismo e razão negra; Cosmopolitismo e ubuntu:
democracia, consenso e tradição; Futuro pós-racial.

Bibliografia básica:
MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. Lisboa: Antígona: Lisboa, 2014.

109
MBEMBE, Achille. Sair da Grande Noite. Ensaio sobre a África descolonizada. Luanda:
Pedago/Mulemba, 2014.
HOUNTONDJI, Paulin J. (Org.). O antigo e o moderno: a produção do saber na África
contemporânea. Mangualde; Luanda: Edições Pedago; Edições Mulemba, 2014.
MAMA, Amina. Será ético estudar a África? Considerações preliminares sobre
pesquisa académica e liberdade. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, p. 603-
637, 2010.
MASOLO, Dimas A. Filosofia e conhecimento indígena: uma perspectiva
africana. Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, p. 507-530, 2009.
RAMOSE, Mogobe B. Globalização e Ubuntu. In: SANTOS, Boaventura de Sousa;
MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

Bibliografia complementar:
MBEMBÉ, J.-A. On the postcolony. Univ of California Press, 2001.
CORNELL, Drucilla. Law and revolution in South Africa: Ubuntu, dignity, and the
struggle for constitutional transformation. Oxford University Press, 2014.
EZE, Emmanuel Chukwudi (ed.). Postcolonial African philosophy: A critical reader.
Cambridge, Blackwell, 1997.
IRELE, Abiola; JEYIFO, Biodun. The Oxford Encyclopedia of African Thought: Abol-
impe. Oxford University Press, 2010.
MASOLO, Dismas A. Self and community in a changing world. Indiana University Press,
2010.
MAMDANI, Mahmood. Citizen and subject: Contemporary Africa and the legacy of
late colonialism. Princeton University Press, 1996OSHA,
Sanya. Postethnophilosophy. Rodopi, 2011.
MUDIMBE, Valentin.Y. A idéia de África. Luanda: Pedago/Mulemba, 2013.
MUDIMBE, Valentin.Y. A invenção da África. Gnose, Filosofia e a Ordem do
Conhecimento. Luanda: Pedago/Mulemba, 2013.
OSHA, Sanya. African Postcolonial Modernity: Informal Subjectivities and the
Democratic Consensus. Springer, 2014.
OSHA, Sanya. Kwasi Wiredu and beyond: The text, writing and thought in Africa.
African Books Collective, 2005.
WIREDU, Kwasi (Ed.). A Companion to African Philosophy. Oxford: Blackwell, 2004.

FILOSOFIA AFRODIASPÓRICA
Ementa: Raça: segregação, conservação e emancipação; Back to africa, dupla
consciência e pan-africanismo; Negritude e a dialética do reconhecimento;
Afrocentrismo e a afrocentricidade; Pragmatismo profético e filosofia existencial afro-
americana;

Bibliografia básica:
CESAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Blumenau: Letras contemporâneas,
2010.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
GATES JR, Henry Louis. Os negros na América Latina. Editora Companhia das
Letras, 2014.

110
NASCIMENTO, Elisa Larkin (Ed.). Afrocentricidade: Uma abordagem epistemológica
inovadora-Coleção Sankofa-Volume 4. Selo Negro, 2009.
DU BOIS, W. E. B. As almas da gente negra. Rio de Janeiro: Lacerda Ed, 1999.
WEST, Cornel. Questão de Raça. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

Bibliografia complementar:
BERNASCONI, Robert. The idea of race. Hackett Publishing, 2000.
DE LIMA REIS, Eliana Lourenço. Pós-colonialismo, identidade e mestiçagem
cultural: a literatura de Wole Soyinka. Belo Horizonte: editora da UFMG, 2011.
EZE, Emmanuel Chukwudi (Ed.). Race and the enlightenment: A reader. Wiley-
Blackwell, 1997.
GATES JR, Henry Louis; WEST, Cornel. The future of the race. Vintage, 2011.
GOLDBERG, David Theo; SOLOMOS, John (Ed.). A companion to racial and ethnic
studies. Malden, MA: Blackwell, 2002.
GORDON, Lewis R. An introduction to Africana philosophy. Cambridge University
Press, 2008.
GORDON, Lewis R. et al. Existentia africana: Understanding africana existential
thought. Routledge, 2013.
IRELE, F. Abiola. The African imagination: Literature in Africa and the black diaspora.
Oxford University Press, 2001.
IRELE, Abiola; JEYIFO, Biodun. The Oxford Encyclopedia of African Thought: Abol-
impe. Oxford University Press, 2010.
LOPES, Nei. Enciclopédia brasileira da diáspora africana. São Paulo: Selo Negro,
2011.
LOTT, Tommy L.; PITTMAN, John P. (Ed.). A companion to African-American
philosophy. John Wiley & Sons, 2008.
WEST, Cornel. The Cornel West reader. Basic Books, 1999.

FILOSOFIA DA ANCESTRALIDADE E EDUCAÇÃO


Ementa: Conceitos essenciais à cosmovisão africana: corpo, mito, rito, tempo,
ancestralidade. Relação comunitária. Importância do chão. Necessidade da diversidade
e da alteridade. Religiosidade tradicional e sacralidade. Exu: para além do bem e do
mal. Filosofia na perspectiva da cosmovisão africana. Ética e estética. Desdobramentos
pedagógicos teórico-práticos. Laboratório de dispositivos de apreensão da filosofia da
ancestralidade na educação.

Bibliografia básica:
BASTIDE, Roger. As Américas negras: as civilizações africanas no Novo Mundo. São
Paulo: Difusão Européia do livro; EDUSP, 1974.
OLIVEIRA, Eduardo D. Filosofia da Ancestralidade: corpo e mito na filosofia da
educação brasileira. Curitiba: Editora Gráfica Popular, 2007.
VERGER, Pierre. Lendas africanas dos orixás. Salvador: Corrupio, 1997.

Bibliografia complementar:
LUZ, Marco Aurélio. Agadá: dinâmica da civilização africana-brasileira. Salvador:
Edufba, 2000.

111
OLIVEIRA, Eduardo D. Cosmovisão africana no Brasil: elementos para uma filosofia
afrodescendente. 3. ed. Curitiba: Editora Gráfica Popular, 2006.
PETIT, Sandra & RODRIGUES, Eleomar dos Santos. Filosofar(-se) junto com o baobá:
um encontro festivo com Sobonfu Somé, Mia Couto e Eduardo Oliveira. In: PETIT, S.
H.; SILA, G. C. (Orgs.). Memórias de Baobá. Fortaleza: EdUFC, 2012.
SODRÉ, Muniz. O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Petrópolis,
Vozes 1988.
SOMÉ, Sobonfu. O espírito da intimidade: ensinamentos ancestrais africanos sobre
relacionamentos. 2. ed. São Paulo: Odysseus, 2007.

FILOSOFIA EM AFROPERSPECTIVA
Ementa: O ensino de filosofia e as leis as leis 10.639/03 e 11.645/08; Epistemicídio e
pluriversidade; Afrocentridade e disputa pelas origens; Quilombismo e redescrição do
pan-africanismo; Perspectivismo Ameríndio; Multinaturalismo; Ancestralidade

Bibliografia básica:
NASCIMENTO, Elisa Larkin. (Org.) Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica
inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009. p.93-110
NOGUERA, Renato. O ensino de filosofia e a lei 10.639. São Paulo: Pallas, 2014.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas Canibais. São Paulo: Cosac&Naif,
2015.

Bibliografia complementar:
ANDRADE, O. A utopia antropofágica. São Paulo: Globo, 2011
DANTAS, Luis Thiago Freire. Descolonização curricular. A filosofia africana no ensino
médio. São Paulo: Perse, 2015.
KOPENAWA, Davi; E ALBERT, Bruce. A queda do céu. São Paulo: Companhia das
Letras, 2015.
MUNANGA, Kabengele. Origens africanas do Brasil Contemporâneo. São Paulo:
Global editora, 2009.
NASCIMENTO, Abdias. Quilombismo: um conceito emergente no processo histórico-
cultural da população afro-brasileira. 2. ed. Brasília; Rio de Janeiro: Fundação Cultural
Palmares; OR Editora, 2002.
OLIVEIRA, Eduardo de: Filosofia da Ancestralidade – Corpo e Mito na Filosofia da
Educação Brasileira. Curitiba: Editora Gráfica Popular, 2007.
SANTOS, Juana Elbein dos. Os Nagô e a Morte. Rio de Janeiro: Vozes, 1977.
SOMÉ, Sobonfu. O Espírito da Intimidade- ensinamentos ancestrais africanos
sobre relacionamentos. 2ª Ed. Tradução de Deborah Weinberg. São Paulo: Odysseus
Ed, 2007.
OLIVEIRA, Eduardo de. Cosmovisão Africana no Brasil: elementos para uma
filosofia afrodescendente. 3ª Ed. Curitiba: Editora Gráfica Popular, 2006.

FILOSOFIA COMO TEORIA E MODO DE VIDA


Ementa: Filosofia antes da filosofia; O surgimento da noção de filosofar; Filosofia e
oralidade; A figura de Sócrates e a filosofia como modo de vida; Platão e a acadêmica;

112
Aristóteles e a vida teorética; Renascimento e a invenção da história da filosofia; A
modernidade e o sujeito universal; Filosofia como sintoma: platonismo como metafísica.

Bibliografia básica:
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Atlas, 2009.
BUNNIN, Nicholas; TSUI-JAMES, E. P. (Orgs.) Compêndio de Filosofia. 2. ed. São
Paulo: Edições Loyola, 2007.
DESCARTES, René. Meditações metafísicas. Tradução de Maria Ermantina Galvão.
2000.
HADOT, Pierre. O que é filosofia antiga? São Paulo: Loyola, 1999.
NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da Moral: uma polêmica. Tradução, notas e
posfácio: Paulo César de Souza. São Paulo, Companhia de bolso, 2008.

Bibliografia complementar:
ANNAS, Julia. Platão. São Paulo: LP&M, 2012.
ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: EDIPRO, 2012.
BAGGINI, Julian; FOSL, Peter S. As ferramentas dos filósofos: um compêndio sobre
conceitos e métodos filosóficos. São Paulo: Loyola, 2008.
DELEUZE, Gilles e GUATARRI, Felix. O que é filosofia? Rio de Janeiro: Ediora 34,
1992.
HADOT, Pierre. Exercícios espirituais e filosofia antiga. São Paulo: É Realizações,
2014.
________. Filosofia como modo de vida. São Paulo: É Realizações, 2016.
NEIMAN, Susan. O mal no pensamento moderno. Uma história alternativa da filosofia.
Rio de Janeiro: DIFEL, 2003.
PLATÃO. O banquete. Belém: EDUFPA, 2011.

FUNDAMENTOS DA GESTÃO EDUCACIONAL NOS PAÍSES DA INTEGRAÇÃO


Concepções que fundamentam a Teorias da Organização e da Administração Escolar
nos países da integração. Concepções que fundamentam a organização do trabalho
administrativo-pedagógico nos países da integração. Relações de poder no cotidiano da
escola e suas implicações para o trabalho pedagógico. Trabalho coletivo, como
princípio do processo educativo. Projeto Político Pedagógico. Gestão democrática.
Laboratório de diagnóstico da atual gestão educacional nos países da integração.

Bibliografia básica:
CORREA, Bianca Cristina;Teise Oliveira Garcia (orgs.). Políticas Educacionais e
organização do Trabalho na escola. São Paulo: Xamã, 2008.
FERREIRA, Naura C. (org.) Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos
desafios. São Paulo: Cortez, 2001.
PARO, Vitor Henrique. Administração Escolar: Introdução Crítica, Editora Cortez, 2010.

Bibliografia complementar:
ALMEIDA, Adelino Augusto Marques de. Panorama da educação em Moçambique,
1973. In: I CONGRESSO DA ACÇÃO NACIONAL POPULAR, 1973, Tomar. Primeira
reunião técnica FAO-CCTA, sobre a produção e protecção do cafeeiro. Lisboa:
Imprensa Nacional de Moçambique, 1973.

113
AZEVEDO, Rafael Ávila de. Relance sobre a educação em África: (fundamentos e
cultura e missões católicas no Ultramar: legislação publicada na metrópole e sumário
das providências legislativas da competência provincial em 1964. Lisboa: Imprensa
Nacional, 1965. 221 p.
CÁ, Lourenço Ocuni. Perspectiva histórica de organização do sistema educacional da
Guiné-Bissau. Campinas: [s.n.], 2005.
GADOTTI, M. Projeto Político-pedagógico da escola cidadã. In: MEC / SEED. Salto para
o futuro: construindo a escola cidadã. Brasília, 1998.
ROSA, Manuel Ferreira. O ponto e o rumo do ensino ultramarino. Luanda: Lello, 1973.

FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E PRÁTICOS DA CAPOEIRA E DO SAMBA


Ementa: Sistema samba e sistema capoeira como objetos da filosofia da
ancestralidade. Origens e histórico da Capoeira. Capoeira Regional, Capoeira Angola e
outras: filosofia e contexto histórico. A mulher na capoeira ontem e hoje. Expressões da
Cosmovisão Africana na Capoeira e no samba. A medula do samba e a protonação
banto no país: aspectos históricos, cosmogônicos, ontológicos e suas vertentes no
território brasileiro. Desdobramentos pedagógicos para a Educação Escolar nos países
da Integração. Laboratório de prática e compreensão da filosofia da capoeira e do
samba para a Educação no contexto dos países da Integração.

Bibliografia básica:
CAPOEIRA, Nestor. Capoeira: os fundamentos da malícia. Rio de Janeiro: Sprint, 2003.
OLIVEIRA, Josivaldo Pires; LEAL, Luiz Augusto Pinheiro. Capoeira, identidade e
gênero: ensaios sobre a história social da capoeira no Brasil. Salvador: UFBA, 2009.
RODRIGUES, Ana Maria. Samba negro, espoliação branca. São Paulo: Hucitec,
1984.

Bibliografia complementar:
ABREU, Martha. Império do Divino: festas religiosas e cultura popular no Rio de
Janeiro, 1830-1900. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
ARAÚJO, Nelson de. Pequenos mundos: um panorama da cultura popular da Bahia- o
Recôncavo. Salvador: UFB, Fundação Casa de Jorge Amado, 1986.
CABRAL, Sérgio. Escolas de samba. O que, quem, como, quando e por quê. Rio de
Janeiro: Fontana, 1974.
PIRES, Antônio Liberac Cardoso Simões. Bimba, Pastinha e Besouro Mangangá: três
personagens da capoeira baiana. Tocantins: NEAB Goiânia, Grafset, 2002.
SODRÉ, Muniz. Mestre Bimba: corpo de mandinga. Rio de Janeiro: Manati, 2002.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA INTERSECCIONALIDADE


Ementa: Conceito, objeto, fundamentos teórico-metodológicos da análise da articulação
das relações sociais de raça, gênero e sexualidade. Sujeitos políticos. Perspectivas
feministas descoloniais.

114
Bibliografia básica:
KENER, Ina. Tudo é intersectional? Sobre a relação entre racismo e sexismo.
Novos Estudos 93, julho 2012, p.44-59.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade.
Editora WMF/Martins Fontes, 2014.
SPIVAK, Gayatri C. Crítica de la Razón Poscolonial. Madrid. Akal, 2010.
OYÈWÚMÍ, Oyèrónké. Conceptualizing Gender: The Eurocentric Foundations of
Feminist Concepts and the challenge of African Epistemologies. African Gender
Scholarship: Concepts, Methodologies and Paradigms. CODESRIA Gender Series.
Volume 1, Dakar, CODESRIA, 2004, p. 1-8
BAIRROS, Luiza. Nossos feminismos revisitados. Estudos Feministas, Florianópolis,
v. 3, n. 2, p. 458-463, 2. sem. 1995.

Bibliografia complementar:
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão de identidade. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
PINHO, Osmundo. A Guerra dos Mundos Homossexuais - resistência e contra-
hegemonias de raça e gênero. In: Luis Felipe Rios; Vagner de Almeida; Richard Parker;
Cristina Pimenta; Veriano Terto Jr. (Org.). Homossexualidade: produção cultural,
cidadania e saúde. Rio de Janeiro: Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids, 2004,
v. 1, p. 127-133.
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da
discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1,
p. 171-188, jan. 2002.
LOURO, Guacira; FELIPE, Jane; GOELLNER, Silvana (org.). Corpo, gênero e
sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 2a ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
LUGONES, M. (2014). Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos
Feministas, 22(3), p.935-952.

FUNDAMENTOS SÓCIO-HISTÓRICOS E PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO


Ementa: Relação educação, sociedade e cultura. Educação e desigualdade sociais.
Dimensão política da Educação. Educação e Socialização. Impacto do racismo na
construção da identidade. Educação e Psicologia: controle social, desenvolvimento e
aprendizagem. Teorias do desenvolvimento e da Aprendizagem e descolonização do
conhecimento. Psicologia na perspectiva das relações étnico-raciais.

Bibliografia básica:
BOURDIEU, P. A Escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In:
NOGUEIRA, Maria Alice; CATANI, Afrânio (Orgs). Escritos de Educação. Petrópolis:
Vozes, 2007.
SODRÉ, M. Reinventando a educação: diversidade, descolonização e redes. Petrópolis:
Vozes, 2012.
VYGOTSKI, L.S. Pensamento e linguagem. São Paulo, Martins Fontes, 1991.

Bibliografia complementar:
ABRAMOWICZet al. (orgs). Educação como prática da diferença. Campinas: Armazém
do Ipê, 2006.
115
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
TAVARES, F. J. P. Limiares Críticos da Educação na ―África Lusófona‖. In: SEVERINO,
A. J.; Almeida, C. R. S.; LORIERI, M. A. Perspectivas da Filosofia da Educação. São
Paulo: Cortez Editora, 2009.
BENTO, M. A.; CARONE, I. Psicologia Social do Racismo: Estudos sobre branquitude e
branqueamento no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
LA TAILLE, Y. et al. Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em discussão.
São Paulo: Summus, 1992.
COLL, C.et al. (org.). Desenvolvimento psicológico e educação: Psicologia da
Educação. Vol. 2. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
CASTORINA, J. A., LERNER, E. F. D.; OLIVEIRA, M. K. (Org.). Piaget e Vygotsky:
novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 2000.

GÊNERO, RAÇA E SEXUALIDADE NAS CIÊNCIAS SOCIAIS


Ementa: Influência do feminismo nas ciências sociais; da noção de papéis sexuais ao
gênero; análise das relações de poder a partir dos marcadores sociais da diferença:
gênero sexualidade e raça; as sexualidades dissidentes, racismo e epistemicídio;
libertação sexual e crise da AIDS.

Bibliografia básica:
BASTOS, Cristiana. A política da produção de conhecimento e os movimentos de
resposta à Sida. Etnografia, vol. II (1), 15-53, 1998.
CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo
Negro, 2011.
GOMES, Jaqueline de Jesus. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e
termos. Brasília, 2012.
SCOTT, Joan Wallach; Gênero: ma categoria til de an lise hist rica. Educação e
Realidade. Porto Alegre, vol.20, no 2, jul./dez.1995, PP.71-99.
SANSONE, Livio; PINHO, Osmundo Araújo (orgs.). Raça: novas perspectivas
antropológicas. Salvador: ABA EDUFBA, 2008.

Bibliografia complementar:
BONETTI, Alinnie; SOUZA, Ângela Maria Freire de Lima (orgs). Gênero, mulheres e
feminismos. Salvador: EDUFBA, 2011.
CARDOSO, Edson Lopes. Negro, não - a opinião do jornal Irohin. Brasília: Brado
Negro, 2015.
LIONÇO, Tatiana; DINIZ, Débora. Homofobia, silêncio e naturalização: por uma
narrativa da diversidade sexual. Rev. psicol. polít. vol.8 no.16 São Paulo dez. 2008
PEDRO, Joana Maria; GROSSI, Miriam Pillar (orgs). Masculino, feminino, plural:
gênero na interdisciplinaridade (orgs). Florianópolis: ed. Mulheres, 1998.
SARDENBERG, Cecília Maria Barcellar; MINELLA, Luzinete Simões (orgs). Gênero e
ciências: mulheres e novos campos. Salvador: EDUFBA, 2016.

116
GÊNERO, RELAÇÕES INTERNACIONAIS E DESENVOLVIMENTO AFRICANO
Ementa: Saberes endógenos africanos. O debate sobre o(s) feminismo(s) negro(s) e
africano(s). Legislações africanas de promoção de igualdade de gênero. Agendas dos
Estados africanos sobre a temática de gênero. Pensar políticas públicas de
desenvolvimento com e a partir das mulheres africanas. Diáspora africana e a política
de gênero.

Bibliografia básica:
FALOLA, T. The power of african cultures. New York: University of Rochester, 2008.
MATA, I.; PADILHA, L. C. A mulher em África: vozes de uma margem sempre
presente. Lisboa: Colibri, 2007.
SUDBURY, J. Outros tipos de sonhos: organizações de mulheres negras e políticas
de transformação. São Paulo: Summus, 2003.
PANTOCHA, S.; BERGAMO, E. A.; SILVA, C. da (Orgs.). Angola e as angolanas.
Memória, sociedade e cultura. São Paulo: Intermeios, 2016.
OYEWUMI, O. African Woman & Feminism: reflecting on the politics of sisterhood.
Trento: Eritrea: Africa World Press, 2003.

Bibliografia complementar:
AMADIUME. Reiventing Africa: matriarchy, religion and culture. 2. ed. London: New
York: Zed Books, 1997.
CARVALHA, M. A participação da mulher na vida de Cabo Verde. Porto: Edições
Ecopy, 2010.
CONNELL, R.; PEARSE, R. Gênero: uma perspectiva global. 3. ed. São Paulo:
Nversos, 2015.
DIOP, C. A. A unidade cultural da África negra: esfera do patriarcado e do
matriarcado na antiguidade clássica. Luanda: Mulemba, 2013.
NASCIMENTO, E. L. (Org). Sankofa: matrizes da cultura afro-brasileira. Rio de Janeiro:
Editora UERJ, 1996.

GEOGRAFIA POLÍTICA E GEOPOLÍTICAS DO SUL GLOBAL


Ementa: O papel da América Latina e de África nas relações internacionais em geral e
nas relações sulsul em particular. Como a América Latina e a África se relacionam com
o mundo inteiro e com as outras regiões do sul global, nos contextos econômicos,
políticos e geoestratégicos.

Bibliografia básica:
BANDEIRA, L. A. M. Geopolítica e Política Exterior: Estados Unidos, Brasil e América
do Sul. 2. ed. Brasília: FUNAG, 2010.
CERVO, A. L. Relações Internacionais da América Latina. 3. ed. São Paulo: Saraiva,
2007.
HUGON, P. Geopolítica da África. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.
PENHA, E. Relações BrasilÁfrica e Geopolítica do Atlântico Sul. Salvador: EdUFBA,
2011.
SILVA, A. Relações Internacionais da América Latina. São Paulo: Vozes, 2010.

117
VISENTINI, F. A África na Política Internacional. O sistema interafricano e a sua
inserção internacional. Curitiba: Juruá, 2010.

Bibliografia complementar:
CERVO, A.; RAPPAPORT, M. (org.). História do Cone Sul. 2. ed. São Paulo: REVAN,
2015.
MELLO, L. Quem tem medo da Geopolítica? São Paulo: Hucitec, 2015.
MONIE, F.; BINSZTOK, J. (org.). Geografia e Geopolítica do Petróleo. São Paulo:
Mauad, 2012.

HISTÓRIA DA AMÉRICA: COLONIZAÇÃO E RESISTÊNCIA


Ementa: Formações sociais e políticas nas Américas antes do século XV:
representações, história e historiografia. Invasões, contatos e conquistas nos séculos
XV e XVI: história e historiografia. Formação das sociedades coloniais nas Américas:
desigualdades e diferenças. Trabalho e tributo colonial: impactos na ordem social das
sociedades autóctones. Embates e formas de negociação e resistência: historiografia.
Escravidão e resistências nas sociedades coloniais sob domínio britânico, francês e
espanhol. Tráfico atlântico e formação das Afro-Américas. A crise do sistema colonial. O
ensino de história e historiografia da América na escola básica.

Bibliografia básica:
BELOTO, Manoel Lelo; CORREA, Ana Maria Martinez. A América Latina de
colonização espanhola. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1991.
BETHELL, Leslie (Org.). História geral da América Latina. São Paulo: Edusp, 1998.
7v.
BLACKBURN, Robin. A construção do escravismo no Novo Mundo. Rio de Janeiro:
Record, 2003
GENOVESE, Eugene. Da rebelião à revolução. São Paulo: Editora Global, 1983.
SCHWARTZ, Stuart B. e LOCKHART, James. Am rica Latina na poca colonial. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América: a questão do Outro. São Paulo:
Martins Fontes, 1991.

Bibliografia complementar:
GRUZINSKI, Serge. A colonização do imaginário: sociedades indígenas e
ocidentalização no México espanhol. São Paulo: Cia. das Letras, 2003.
JAMES, C. L. R. Os jacobinos negros. São Paulo: Boitempo, 2000.
O'GORMAN, Edmundo. A invenção da América. São Paulo: Unifesp, 1992.
WILLIAMS, Eric. Capitalismo e escravidão. Rio de Janeiro: Companhia das Letras,
1972
CARDOSO, Ciro Flamarion. América pré-colombiana. São Paulo: Brasiliense, 1981.
FAVRE, Henry. A civilização inca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
KLEIN, Herbert. Escravidão africana: América Latina e Caribe. Editora Brasiliense,
1987.
SOUSTELLE, Jacques. A vida cotidiana dos astecas às vésperas da conquista
espanhola. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1962.

118
VIANA, Larissa. O Idioma da mestiçagem: as irmandades de pardos na américa
portuguesa. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NOS PAÍSES DA INTEGRAÇÃO


Ementa: A história da educação nos países da integração. Os processos educativos
seculares na África, na CPLP e na Diáspora. A história da educação no contexto
colonial e pós- colonial. A História e a História da Educação no concerto da CPLP: pan-
africanismo, negritude, quilombismo, poder negro, TEN, Frente Negra, Lei 10.639 e a
História encruzilhada da África e da Diáspora.

Bibliografia básica:
HILSDORF, Maria Lúcia S, História da Educação Brasileira: Leituras, São Paulo,
Pioneira Thomson, 2003.
ROMANELLI, Otaíza de O., História da Educação no Brasil, Petropolis, Ed. Vozes,
1997.
História Geral da África sob dominação colonial, 1880-1935. 2ed. rev. Brasília:
UNESCO, 2010.p787-832.7vBrasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. História da Educação do Negro e
Outras Histórias. Brasília: 2005. (Coleção Educação para Todos).

Bibliografia complementar:
CABRAL, Amilcar. Arma da Teoria. Lisboa: Seara Nova, 1978.
FREIRE, Paulo; MACEDO, Donaldo. Alfabetização: Leitura do mundo, leitura da
palavra. Tradução de: OLIVEIRA, Lólio Lourenço de. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2013.
FURTADO, Ana Mafalda. Subsídios para a História da Educação em Cabo Verde.
LOPES, Eliane Marta Teixeira; FARIA FILHO, Luciano Mendes; VEIGA, Cynthia Greive.
500 anos de Educação no Brasil. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2000.
OCUNI CÁ, Lourenço. A Construção da Política do Currículo na Guiné-Bissau e o
Mundo Globalizado. Cuiabá: EdUFMT/CAPES, 2008.
SAVIANI, Dermeval. O legado educacional do século XX. Campinas, SP: Autores
Associados, 2004.

HISTORIOGRAFIA I
Ementa: A emergência da História como disciplina erudita contemporânea. Ibn Khaldun:
metodologia, escopo do objeto e causalidade. Escola metódica e a reação antipositivista
no início do século XX: história problema, história total e diálogos interdisciplinares. A
nova história francesa e as mudanças no conceito de fonte.

Bibliografia básica:
BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989): a revolução francesa da
historiografia. São Paulo: Unesp, 1991.
DOSSE, François. A história. São Paulo: Editora da Unesp, 2012.
LACOSTE, Yves. Ibn Khaldun. Nascimento de História, passando pelo Terceiro Mundo.
São Paulo: Editora Ática, 1991.
119
LE GOFF, Jacques. História. Rio de Janeiro: Francisco Alves: 1976. 3v.
MALERBA, Jurandir (Org.). Lições de história: o caminho da ciência no longo século
XIX. Rio de Janeiro: FGV; Porto Alegre: EdiPUCRS, 2010.

Bibliografia complementar:
BISSIO, Beatriz. O mundo falava árabe: a civilização árabe-islâmica clásssica através
da obra de Ibn Khaldun e Ibn Battuta. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982.
DOSSE, François. A história em migalhas: dos Annalles à Nova História. São Paulo:
Ensaio; Campinas: Unicamp, 1992.
FEBVRE, Lucien. Combates pela história. Lisboa: Presença, 1989.
FONTANA, Josep. A história dos homens. São Paulo: Edusc, 2004.

HISTORIOGRAFIA II
Ementa: Marxismo britânico e a história social. A micro-história italiana. Descolonização
do conhecimento: Presença Africana, teoria da dependência, estudos subalternos e os
impactos sobre a teoria da história.

Bibliografia básica:
BARBOSA, Muryatan. Eurocentrismo, história e história da África. Sankofa. Revista de
História da África e de Estudos da Diáspora Africana, n. 1, p. 46-63, 2008.
GINZBURG, Carlo. A micro-história e outros ensaios. Lisboa: Difel; Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1991.
GUHA, Ranajit. Las voces de la historia y otros estudios subalternos. Barcelona: Crítica,
2002.
SANTOS, Teotônio dos. Teoria da dependência: balanço e perspectiva. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2000.
THOMPSON, Edward P. As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Campinas:
Unicamp, 2001.

Bibliografia complementar:
CHAKRABARTY, Dipesh. História subalterna como pensamento político. In: DIAS,
Bruno Peixe; NEVES, José (Coord.). A política dos muitos: povo, classes e multidão.
Lisboa: Tintada-China, 2010, p. 281-307.
CURTIN, Philip D. Tendências recentes das pesquisas históricas africanas e
contribuição à história geral‖. In: KI-ZERBO, Joseph (Coord.). Metodologia e pré-história
da África. 2. ed.
Brasília: UNESCO, 2010. (História geral da África, I).
HOBSBAWM, Eric. Escritos sobre a história. São Paulo: Perspectiva, 1992.
MALERBA, Jurandir; ROJAS, Carlos Aguirre (Orgs.). Historiografia Contemporânea em
perspectiva crítica. Bauru: Edusc, 2007.
SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: EdUFMG, 2010.
THOMPSON, Edward Palmer. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular
tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

120
HUMANIDADES DIGITAIS
Ementa: Mudanças sociotécnicas na pesquisa interdisciplinar em Humanidades.
Humanidades e ambiência digital. Conceitos a serem ressignificados na pesquisa com o
uso de dispositivos digitais móveis e fixos, e sua disseminação.

Bibliografia básica:
ANTONIJEVIC, Smiljana. Among digital humanists: an ethnographic study of digital
knowledge production. Hampshire, UK; New York, USA: Palgrave Macmillan, 2015.
ASSIS, Emanoel Cesar Pires de; MOURA, Cláudio Augusto Carvalho; SANDOVAL,
Isabela Melim Borges (Org). Humanidades digitais: leitura e tecnologia. Tubarão: Ed.
Copiart; Florianópolis : NuPILL/UFSC, 2014
BOOTZ, Philippe & Baldwin, Sandy. Redards Croisés perspectives on digital
literature, West Virginia University Press, Morgantown, 2010.
GARDINER, E., & Musto, R. G. The Digital Humanities: A primer for students and
scholars. New York, NY: Cambridge University Press, 2015.
LEMOS, André. Cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2004.

Bibliografia complementar:
DIJCK, José van. The Culture of Connectivity: A Critical History of Social Media.
Oxford e Nova York: Oxford University Press, 2013.
HABERMAS, Jurgüen. Técnica e Ciência como "Ideologia". Lisboa: Edições 70,
1987.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:
Edusp, 2006.
SCHREIBMAN, S; SIEMENS R.; UNSWORTH, J. (Ed.). A Companion to Digital
Humanities, Massachussets: Blackwell Publishing Ltd, Malden, 2004.
SCHREIBMAN, S;, SIEMENS, R.; UNSWORTH, J. (Eds.). A New Companion to
Digital Humanities. Oxford: Wiley-Blackwell. 2016. Retrieved from
http://eu.wiley.com/WileyCDA/WileyTitle/productCd-1118680596.html

IMIGRAÇÃO, RAÇA, ETNICIDADE E RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Ementa: Políticas imigrantistas comparadas. O papel da raça e da etnicidade na
produção social dos imigrantes. Políticas públicas para imigrantes e refugiados.
Tendências dos fluxos migratórios: América Latina e África.

Bibliografia básica:
FAUSTO, B. (Org.). Fazer a América. São Paulo: EdUSP, 2000.
SALES, T.; SALLES, M. do R. Políticas migratórias: América Latina, Brasil e
brasileiros no exterior. São Carlos: Sumaré: EdUFSCAR, 2002.
POUTIGNAT, P. Teorias da etnicidade: seguido de grupos étnicos e suas fronteiras de
Fredrik Barth. São Paulo: EdUnesp, 1998.
SAYAD, A. A imigração. São Paulo: EdUSP, 1998.
LESSER, J. A negociação da identidade nacional: imigrantes, minorias e a luta pela
etnicidade no Brasil. São Paulo: Editora Unesp, 2001.

121
Bibliografia complementar:
ANDREWS, G. Negros e brancos em São Paulo (1888-1988). Bauru: EdUSC, 1998.
AZEVEDO, C. Onda negra, medo branco: o negro no imaginário das elites. Brasil,
século XIX. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
BOUCAULT, C. E.; MALATIAN, T. (Orgs.). Políticas imigratórias: fronteiras dos
direitos humanos no século XXI. Rio de Janeiro: Renovar, 2003.
MARQUES, V. R. B. M. A medicalização da raça: médicos, educadores e discurso
eugênico. Campinas: Editora Unicamp, 1994.
MAIO, M. C.; SANTOS, R. V. (Orgs.). Raça, ciência e sociedade no Brasil. Rio de
Janeiro: Fiocruz, 1995.

INGLÊS: LÍNGUA E CULTURA I


Ementa: Introdução a situações prático-discursivas da língua e cultura inglesa mediante
o uso de estruturas léxico-gramaticais para o desenvolvimento inicial das quatro
habilidades comunicativas em nível elementar. Aspectos socioculturais e interculturais
de temas do cotidiano acadêmico em língua inglesa. Noções da literatura africana em
língua inglesa.

Bibliografia básica:
AFRICAN POETRY PROJECT. Letters from Africa: the modern African poetry
compilation. Seattle: Createspace, 2015.
GOLDSTEIN, Ben. Framework. Elementary Level - Livro 1A. São Paulo: Richmond-
Moderna, 2007 (com caderno de exercícios).
MOORE, G.; ED, U. B. (Org.). The Penguin Book of Modern African Poetry. Penguin
Books: Inglaterra, 1998.
MURPHY, R. Essential Grammar in Use. Cambridge: Cambridge University Press,
2007.
OSTROWSKA, S. Unlock. Reading and Writing Skills 1. Cambridge: Cambridge
University Press, 2014.

Bibliografia complementar:
LARSEN-FREEMAN, D. Grammar Dimensions 1 – Form, meaning and use. Boston:
Cengage Learning, 2008.
RICHARDS, J. Interchange 1 - 3rd Edition. Cambridge: CUP, 2005.
RICHARDS, J. Interchange Intro - 3rd Edition. Cambridge: CUP, 2005.
WISNIEWSKA, I; SAMUDA, V; RIGGENBACH, H. Grammar Dimensions 2 – Form,
meaning and use. Boston: Cengage Learning, 2006.
THEWLIS, S. Grammar Dimensions 3 – Form, meaning and use. Boston: Cengage
Learning, 2006.

INGLÊS: LÍNGUA E CULTURA II


Ementa: Introdução a situações prático-discursivas da língua e cultura inglesa mediante
o uso de estruturas léxico-gramaticais para o desenvolvimento inicial das quatro
habilidades comunicativas em nível básico. Aspectos socioculturais e interculturais de

122
temas do cotidiano acadêmico em língua inglesa. Noções da literatura africana em
língua inglesa.

Bibliografia básica:
AFRICAN POETRY PROJECT. Letters from Africa: the modern African poetry
compilation. Seattle: Createspace, 2015.
GOLDSTEIN, Ben. Framework. Elementary Level - Livro 1B. São Paulo: Richmond-
Moderna, 2007 (com caderno de exercícios).
MOORE, G.; ED, U. B. (Org.). The Penguin Book of Modern African Poetry. Penguin
Books: Inglaterra, 1998.
MURPHY, R. Essential Grammar in Use. Cambridge: Cambridge University Press,
2007.
OSTROWSKA, S. Unlock. Reading and Writing Skills 1. Reino Unido: Cambridge,
2014.

Bibliografia complementar:
LARSEN-FREEMAN, D. Grammar Dimensions 1 – Form, meaning and use. Boston:
Cengage Learning, 2008.
RICHARDS, J. Interchange 1- 3rd Edition. Cambridge: CUP, 2005.
RICHARDS, J. Interchange Intro - 3rd Edition. Cambridge: CUP, 2005.
THEWLIS, S. Grammar Dimensions 3 – Form, meaning and use. Boston: Cengage
Learning, 2006.
WISNIEWSKA, I; SAMUDA, V; RIGGENBACH, H. Grammar Dimensions 2 – Form,
meaning and use. Boston: Cengage Learning, 2006.

INGLÊS: LÍNGUA E CULTURA III


Ementa: Introdução a situações prático-discursivas da língua e cultura inglesa mediante
o uso de estruturas léxico-gramaticais para o desenvolvimento inicial das quatro
habilidades comunicativas em nível pré-intermediário. Aspectos socioculturais e
interculturais de temas do cotidiano acadêmico em língua inglesa. Noções de literatura
em língua inglesa; introdução aos princípios de investigação de diferentes gêneros
textuais.

Bibliografia básica:
GOLDSTEIN, B. Framework. Pre-Intermediate Level - Livro 2A. São Paulo:
Richmond-Moderna, 2007.
GOLDSTEIN, B. Framework. Pre-Intermediate Level – Livro 2A (Caderno de
Exercícios). São Paulo: Richmond-Moderna, 2007.
MURPHY, R. Essential Grammar in Use. Cambridge: Cambridge University Press,
2007.
KAY, J.; GELSHENEN, R. Discovering Fiction. An Introduction - Student's Book - A.
Reader of North American Short Stories. Cambridge: Cambridge University Press, 2012.
WILDE, O. The Picture of Dorian Gray. Macmillan Readers – Elementary. São Paulo:
Macmillan, 2005.

123
Bibliografia complementar:
LARSEN-FREEMAN, D. Grammar Dimensions 1 – Form, meaning and use. Cengage
Learning, 2008.
RICHARDS, J. Interchange 1 - 3rd Edition. Cambridge: CUP, 2005.
RICHARDS, J. Interchange 2 - 3rd Edition. Cambridge: CUP, 2005.
THEWLIS, S. Grammar Dimensions 3 – Form, meaning and use. Boston: Cengage
Learning, 2006.
WISNIEWSKA, I; SAMUDA, V; RIGGENBACH, H. Grammar Dimensions 2 – Form,
meaning and use. Boston: Cengage Learning, 2006.

INGLÊS: LÍNGUA E CULTURA IV


Ementa: Introdução a situações prático-discursivas da língua e cultura inglesa mediante
o uso de estruturas léxico-gramaticais para o desenvolvimento inicial das quatro
habilidades comunicativas em nível intermediário. Aspectos socioculturais e
interculturais de temas do cotidiano acadêmico em língua inglesa. Noções de literatura
em língua inglesa; introdução aos princípios de investigação de diferentes gêneros
textuais.

Bibliografia básica:
FITZGERALD, F. The Great Gatsby. Macmillan Readers –Intermediate, 2005.
GOLDSTEIN, Ben. Framework. Pre-Intermediate Level - Livro 2B. São Paulo:
Richmond-Moderna, 2007.
GOLDSTEIN, Ben. Framework. Pre-Intermediate Level - Livro 2B (Caderno de
Exercícios). São Paulo: Richmond-Moderna, 2007.
KAY, JUDITH; GELSHENEN, R. Discovering Fiction. An Introduction - Student's Book.
A Reader of North American Short Stories. Cambridge: Cambridge University Press,
2012.
MURPHY, R. Essential Grammar in Use. Cambridge: Cambridge University Press,
2007.

Bibliografia complementar:
LARSEN-FREEMAN, D. Grammar Dimensions 1 – Form, meaning and use. Boston:
Cengage Learning, 2008.
RICHARDS, J. Interchange 2. 3rd Edition. Cambridge: CUP, 2005.
RICHARDS, J. Interchange 3. 3rd Edition. Cambridge: CUP, 2005.
THEWLIS, S. Grammar Dimensions 3 – Form, meaning and use. Boston: Cengage
Learning, 2006.
WISNIEWSKA, I; SAMUDA, V; RIGGENBACH, H. Grammar Dimensions 2 – Form,
meaning and use. Boston: Cengage Learning, 2006.

INICIAÇÃO AO PENSAMENTO CIENTÍFICO: PROBLEMATIZAÇÕES


EPISTEMOLÓGICAS
Ementa: A especificidade do conhecimento científico. Introdução ao pensamento
histórico-filosófico relacionado à ciência. Origens do conhecimento, epistemologia e
paradigmas científicos. A barreira científica e a representação do outro. O silenciamento
124
da história e do protagonismo do Outro: bárbaros, asiáticos, africanos, americanos.
Subaltern Studies. Novas episteme da ciência: visibilidade, problematização e
conceitualização em pesquisas interdisciplinares. Do lusotropicalismo à lusofonia.

Bibliografia básica:
SAID, Edward. A geografia imaginativa e suas representações: Orientalizando o
oriental. In: Orientalismo. O oriente como invenção do Ocidente. São Paulo:
Companhia das Letras, 2007. p. 85-113.
CHALMERS, Alan Francis. Que coisa é essa chamada ciência, afinal?. São Paulo:
Brasiliense, 1999.
FRENCH, Steven. Ciência: conceitos-chave em filosofia. São Paulo: Artmed, 2009.
LAKATOS, Imre. História da ciência e suas reconstruções racionais. Lisboa:
Edições 70, 1998.
ROSENBERG, Alex. Introdução à filosofia da ciência. 2. ed. São Paulo: Edições
Loyola, 2013.

Bibliografia complementar:
SANTOS, Boaventura. Entre Próspero e Caliban. In: A gramática do tempo para uma
nova cultura política. São Paulo: Cortez, 2010. p. 227-249
ADORNO, Theodor & HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento. Fragmentos
Filosóficos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2002.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2008.
BHABHA, Homi K. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.
KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva,
2006.
PANIKKAR, K. M. A dominação ocidental na Ásia: do século XV a nossos dias. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO SOCIAL: ÁFRICA E DIÁSPORAS


Ementa: Problematizar as falsas ideias inventadas pelo eurocentrismo racista sobre a
África, os africanos e negros. Apresentar a genealogia do pensamento social africano e
afro-diaspórica, cuidando de suas conexões históricas, afinidades teóricas, posturas
militantes no combate ao colonialismo, racismo, machismo e outras formas de
dominação sobre a população negra. Destacar de que forma homens e mulheres negro-
africanos/as e negro-africano-diaspóricos/as, lideranças intelectuais, políticas, artistas,
ativistas sociais e panafricanistas, têm [re]inventado afirmativamente a África e a
Diáspora como território simbólico que alimentam suas vidas, identidades e lutas
cotidianas.

Bibliografia básica:
CÉSAIRE, A. Discurso sobre a Negritude. Belo Horizonte: Nandyala, 2010.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. Seguido de El Gobierno Privado Indirecto. Barcelona:
Melusina, 2011.
MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 2 ed. São Paulo: Ática, 1988.
NASCIMENTO, Abdias. O Brasil na mira do pan-africanismo. Salvador: EDUFBA:
CEAO, 2002.

125
OBENGA, Théophile. O Sentido da Luta Contra o Africanismo Eurocentrista.
Luanda: Pedago/Mulemba, 2016.

Bibliografia complementar:
HEYWOOD, Linda (Org.). Diáspora negra no Brasil. São Paulo: Contexto, 2009, p. 81-
100.
HALL, Stuart. Da diáspora: Identidade e Mediações culturais. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2003.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
MUNDIMBE, V. Y. A invenção de África: Gnose, Filosofia e a Ordem do
Conhecimento. Lisboa/Luanda: Edições Pedago/Mulemba, 2013.
GILROY, Paul. O atlântico negro: Modernidade e dupla consciência. Rio de Janeiro:
Editora 34: 2001.

INSERÇÃO À VIDA UNIVERSITÁRIA


Ementa: A UNILAB: criação, diretrizes, estrutura e funcionamento. O regime letivo e o
regramento sobre avaliação e controle de frequência. Direitos e deveres do estudante
de graduação. Elementos fundamentais do Projeto pedagógico de curso do curso e seu
fluxograma.

Bibliografia básica:
UNILAB. Resolução 27/2014: normas gerais para regulamentar a avaliação da
aprendizagem nos cursos de graduação presencial da UNILAB.
UNILAB. Guia do Estudante de Graduação da UNILAB. Disponível em
<http://www.UNILAB.edu.br/wp-content/uploads/2016/06/GUIA-DO-ESTUDANTE-
UNILAB.pdf>. Consultado em 01 março de 2017.
UNILAB. Diretrizes Gerais, junho de 2010
UNILAB. Projeto Pedagógico de Curso: Bacharelado interdisciplinar em humanidades.
São Francisco do Conde, 2017.

Bibliografia complementar:
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394, de 20 de
dezembro de 1996.
BRASIL. Lei de Criação da UNILAB, nº 12.289, de 20 de julho de 2010.
UNILAB. Estatuto.
UNILAB. Regimento Geral.
CHAUÍ, Marilena. Escritos sobre a universidade. Bauru: Unesp, 2001.
GUIMARÃES, Sérgio; FREIRE, Paulo. A África ensinando a gente. 2. ed. São Paulo:
Paz e Terra, 2011.

INTRODUÇÃO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Ementa: Introdução aos principais debates na área de relações internacionais. Crise
global e a dinâmica do capitalismo financeiro. Ordem e desordem mundial. Conflito e
segurança. Divisão Norte-Sul e reconfiguração da geopolítica mundial. Relações Sul-
Sul. A globalização e a governança global.
126
Bibliografia básica:
ARRIGHI, Giovanni. Adam Smith em Pequim: Origens e Fundamentos do Século XXI.
São Paulo: Boitempo, 2008.
PECEQUILO, Cristina Soreanu. Introdução às relações internacionais: temas, atores
e visões. 6. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
JACKSON, ROBERT; SORENSEN, GEORG. Introdução às relações internacionais:
teoria e abordagens. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
RODRIGUES, Gilberto Marcos Antônio. O que são relações internacionais. São
Paulo: Brasiliense, 2003.
WALTZ, Kenneth N. Teoria das Relações Internacionais. Lisboa: Gradiva, 2002.

Bibliografia complementar:
BULL, Hedley. A Sociedade Anárquica: um estudo da ordem na política mundial. São
Paulo; Brasília: Imprensa Oficial do Estado; Ed. UNB, 2002.
FIORI, Luís José. O Poder Global. São Paulo: Editora Boitempo, 2007.
NOGUEIRA, João Pontes; MESSARI, Nizar. Teorias das Relações Internacionais:
correntes e debates. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
OLIVEIRA, Henrique Altemani; LESSA, Antônio Carlos. Política Internacional
Contemporânea: mundo em transformação. São Paulo: Editora Saraiva, 2006.
OLIVEIRA, Odete Maria de. Relações internacionais: estudos de introdução. 2.ed.
Curitiba: 2004.

LABORATÓRIO DE ENSINO, FONTES E MÉTODOS I


Ementa: Arquivos como fontes de conhecimento: estrutura e organização de acervos.
O uso de fontes e documentos textuais na pesquisa histórica e antropológica. A
natureza dos registros documentais: registros estatais e eclesiásticos, correspondências
e imprensa. Os livros didáticos como fonte histórica. O historiador frente a abordagens
específicas, métodos e técnicas variadas para o ensino de História. O uso de fontes
históricas nos livros didáticos do Ensino Fundamental e Médio.

Bibliografia básica:
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982.
CHOPPIN, Alain. O historiador e o livro escolar. História da Educação, Pelotas, n. 11, p.
5-24, 2002.
LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre. História: novas abordagens. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1995.
NEVES, Lúcia Maria. B. P. das; MOREL, Marco; FERREIRA, Tânia M. Bessone da C.
(Orgs.) História e imprensa: representações culturais e práticas de poder. Rio de
Janeiro: DP&A, 2006.
PINSKY, Carla Bassanezi; LUCA, Tania Regina de (Orgs.). O historiador e suas fontes.
São Paulo: Contexto, 2009.
ROCHA, Helenice; MAGALHÃES, Marcelo: GONTIJO, Rebeca (Orgs.). A escrita da
história escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: FGV, 2009.

127
Bibliografia complementar:
CASTRO, Celso. A trajetória de um arquivo histórico: reflexões a partir da
documentação do Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas no
Brasil. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 36, p. 33- 42, 2005.
DOSSE, François. A história em migalhas: dos Annales à Nova História. Campinas:
Unicamp; São Paulo: Ensaio, 1992.
FREHSE, Fraya. Os informantes que jornais e fotografias revelam: para uma etnografia
da civilidade nas ruas do passado. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 36, p. 131-
156, 2005.
HEYNEMANN, Cláudia Beatriz; RAINHO, Maria do Carmo Teixeira. Uma história das
imagens: o acervo iconográfico do Arquivo Nacional. Estudos Históricos, Rio de Janeiro,
n. 38, p. 105-115, 2006.
JARDIM, José Maria. As novas tecnologias da informação e o futuro dos arquivos.
Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, p. 251-260, 1992.

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO I


Ementa: Reflexões sobre as noções de língua, variação linguística e preconceito
linguístico. A universidade como esfera da atividade humana. Leitura na esfera
acadêmica: estratégias de leitura. Gêneros acadêmicos (leitura e escrita na perspectiva
da metodologia científica e da análise de gêneros): esquema, fichamento, resenha,
resumo (síntese por extenso), memorial e seminário. Normas da ABNT.

Bibliografia básica:
ANTUNES, I. Lutar com palavras: coesão e coerência. 5. ed. São Paulo: Parábola,
2005.
DISCINI, N. Comunicação nos textos: leitura, produção e exercícios. São Paulo:
Contexto, 2005.
FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Para entender o texto: leitura e redação. 17. ed. São
Paulo: Ática, 2007.
FONTANA, N. M.; PAVIANI, N. M. S.; PRESSANTO, I. M. P. Práticas de linguagem:
gêneros discursivos e interação. Caxias do Sul, R.S: Educs, 2009.

Bibliografia complementar:
KOCH, Ingedore Villaça e ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do
texto. São Paulo: contexto, 2006.
KÖCHE, V. S.; BOFF, O. M. B.; MARINELLO, A. F. Leitura e produção textual.
Petrópolis: Vozes, 2010.
KÖCHE, V. S.; BOFF, O. M. B.; PAVANI, C. F. Prática textual. 6.ed. Petrópolis: Vozes,
2009.
MACHADO, A. R. (Org.). Resumo. São Paulo: Parábola, 2004.
_______. Resenha. São Paulo: Parábola, 2004
_______. Trabalhos de pesquisa: diários de leitura para a revisão bibliográfica. São
Paulo: Parábola, 2007.
MOTTA-ROTH, D.; HENDGES, G. H. Produção textual na universidade. São Paulo:
Parábola, 2010.

128
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS II
Ementa: Reflexões sobre as noções de texto e discurso e a produção de sentido na
esfera científica. A pesquisa científica: ética e metodologia. Leitura na esfera
acadêmica: estratégias de leitura. Gêneros acadêmicos (leitura e escrita na perspectiva
da metodologia científica e da análise de gêneros): projeto de pesquisa, resumo
(abstract), monografia, artigo, livro ou capítulo de livro, outras modalidades de
produções científicas, artísticas e didáticas (ensaio, relatório, relato de experiência,
produção audiovisual etc.)

Bibliografia básica:
FRANÇA, J. L. et al. Manual para normalização de publicações técnico-científicas.
7ª ed. B.H: Ed. UFMG, 2004.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MOTTA-ROTH, D.; HENDGES, G. H. Produção textual na universidade. São Paulo:
Parábola, 2010
KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2006.

Bibliografia complementar:
KOCH, I. V. O texto e a construção dos sentidos. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2007.
KOCH, Ingedore Villaça e ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do
texto. São Paulo: contexto, 2006.
KÖCHE, V. S.; BOFF, O. M. B.; MARINELLO, A. F. Leitura e produção textual.
Petrópolis: Vozes, 2010.
KÖCHE, V. S.; BOFF, O. M. B.; PAVANI, C. F. Prática textual. 6.ed. Petrópolis: Vozes,
2009.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. SP: Cortez,
2001.
MANDRIK, D.; FARACO, C. A. Língua portuguesa: prática de redação para
estudantes universitários. 10ª. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas.
11. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. 2. ed. Campinas:
Mercado de Letras, 2012.

LIBRAS
Ementa: A LIBRAS e sua história. A cultura da LIBRAS e a educação dos surdos.
Parâmetros e traços linguísticos da LIBRAS. Os sujeitos surdos, sua história, sua
identidade e sua cultura. O Alfabeto datilológico. Expressões não-manuais.
Classificadores. Vocabulário da Libras em contextos diversos. Laboratório em língua de
sinais.

Bibliografia básica:
CAPOVILLA, F. et al. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da língua de
sinais brasileira, baseado em linguística e neurociências cognitivas: Novo Deit-
Libras. 3. ed., rev. ampl. São Paulo: EDUSP, 2015.
SOUZA, T. A. F. Libras em Contexto: curso básico. Brasília: MEC/SEESP, 2007.

129
QUADROS, R. M.; KARNOPP, L. B. Língua de Sinais Brasileira: estudos linguísticos.
Porto Alegre: ARTMED, 2004.

Bibliografia complementar:
DALLAN, S. S. Signwriting: sistema escrito para língua de sinais. 2008
DUBOC, M. J. Formação do professor, inclusão educativa: uma reflexão centrada no
aluno surdo. Sitientibus, Feira de Santana, n° 31, p119-130, jul/dez, 2004.
KLEIMAN, Â. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a
prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 2012
SACKS, O. Vendo Vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Cia. das
Letras, 1998.

LITERATURA AFRO-BRASILEIRA
Ementa: Os afrodescendentes e os contextos ideológicos do final do século XIX à
contemporaneidade. A literatura afro-brasileira. Os Cadernos Negros.

Bibliografia básica:
BERND, Z. Negritude e literatura na América Latina. Porto alegre: Mercado Aberto,
1987.
BHABHA, H. O Local da Cultura. Belo Horizonte: EDUFMG, 2013.
DUARTE, E. (Org). Literatura e Afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo
Horizonte: UFMG, 2011. v. 1-3.

Bibliografia complementar:
CHALHOUB, S; PINTO, A. F. M. Pensadores Negros-Pensadores Negras. Brasil
séculos XIX e XX. vol 11. Belo Horizonte: Fino Traço, UFRB, 2016.
DAMASCENO, B. G. Poesia negra no Modernismo brasileiro. Campinas: Pontes,
1988.
DUARTE, E. (Org). Literatura e Afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo
Horizonte: UFMG, 2011. v. 4.
DUARTE, C.; DUARTE, E. A. Falas do Outro: literatura, gênero, etnicidade. Belo
Horizonte: UFMG, 2010.
SCHARCZ, L.; STARLING, H. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras,
2015.

LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA: DIÁLOGOS NA FICÇÃO E NA POESIA


DA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
Ementa: O Neorrealismo em Portugal; o romance da segunda geração modernista
brasileira. Baianidade e africanidade. A influência da literatura brasileira na poesia e na
ficção africana de língua portuguesa. Literatura anticolonialista na África.

Bibliografia básica:
AUGEL, M. P. O desafio do escombro: nação, identidades e pós-colonialismo na
literatura da Guiné-Bissau. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.
BUENO, L. Uma história do romance de 30. São Paulo: Edusp, 2016.
130
CANDIDO, A. Vários escritos. São Paulo: Ouro sobre azul, 2004.
LUKÁCS, G. O romance histórico. São Paulo: Boitempo, 2011.
MACEDO, T. e CHAVES, R. (Org.). Portanto... Pepetela. São Paulo: Ateliê Editorial,
2010.

Bibliografia complementar:
BERGAMO, E. Ficção e convicção: Jorge Amado e o neo-realismo literário português.
São Paulo: Unesp, 2008.
BONNICI, T. & ZOLIN L. O. Teoria literária: abordagens históricas e tendências
contemporâneas. Maringá. EDUEM, 2009.
LEITE, A. M. Literaturas Africanas e formulações pós-coloniais. 2.ed. Lisboa:
Colibri: 2003.
MAZRUI, A. et al. O desenvolvimento da literatura moderna. In: História Geral da
África, vol. VIII. África desde 1935. Brasília: Unesco, 2010.
PANTOJA, S.; THOMPSON E. As culturas africanas na encruzilhada dos mundos. In:
PANTOJA, S; BERGAMO, E. (Org.). África contemporânea em cena – perspectivas
interdisciplinares. São Paulo: Intermeios, 2015.

LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA: NACIONALISMO LITERÁRIO E


RESISTÊNCIA
Ementa: A produção literária da primeira metade do século XIX nos países de língua
portuguesa. Figurações literárias do índio e construções do imaginário nacional;
abolicionismo e resistência.

Bibliografia básica
BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1972.
BOSI, A. Dialética da colonização. 4. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
MERQUIOR, J. G. De Anchieta a Euclides: breve história da literatura brasileira. 3a.
ed. Rio de Janeiro: Topbooks, 1996.
MOISÉS, M. História da literatura brasileira. vols. II ao V. São Paulo: Cultrix:, 1997.
HOLANDA, S. B. Antologia dos poetas brasileiros da fase colonial. São Paulo:
Perspectiva, 1979.

Bibliografia complementar
BONNICI,T. & ZOLIN L. O. Teoria literária: abordagens históricas e tendências
contemporâneas. Maringá. EDUEM, 2009.
CANDIDO, A. Literatura e sociedade. 8. ed. São Paulo: Publifolha, 2000.
FRANCHETTI, P. Estudos de literatura brasileira e portuguesa. Cotia, São Paulo:
Ateliê, 2007.
MORAES, V.L.A. Entre Narciso e Eros: a construção do discurso amoroso em José de
Alencar. Fortaleza: EDUFC, 2005
SILVA, L. D. ―Viajantes: a paisagem vista por outros olhos‖. Ciência & Trópico. Recife,
v.28, n.2, p.249-260, jul./dez. 2000.

131
LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA: O MODERNISMO

Ementa: A literatura modernista em língua portuguesa: Orfismo e Presencismo. A


Semana de Arte Moderna. A poesia da segunda geração do modernismo brasileiro.

Bibliografia básica:
BOSI, A. História Concisa da Literatura Brasileira. 47.ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
FRANCHETTI, P. Estudos de literatura brasileira e portuguesa. Cotia, São Paulo:
Ateliê, 2007 LUCAS, F. Fontes literárias portuguesas. Campinas/São Paulo:
Pontes/Secretaria de Estado da Cultura, 1991.
SARAIVA, A. J. Iniciação à literatura portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras,
1997.
TELLES, G. de M. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2012.

Bibliografia complementar:
BOPP, R. Movimentos modernistas no Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 2016.
CAMPOS, A. Poesia, antipoesia, antropofagia e cia. São Paulo: Companhia das letras:
2015.
CANDIDO, A. A educação pela noite. 6.ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2011.
SANTIAGO, S. Nas malhas da letra. Rio de Janeiro: Rocco: 2002.
SILVA, A. P. Mário e Oswald – uma história privada do Modernismo. Rio de Janeiro: 7
Letras, 2009.

LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA: REALISMO LITERÁRIO E PRODUÇÃO


FINISSECULAR
Ementa: O Realismo literário. A produção literária das últimas décadas do século XIX
nos países de língua portuguesa.

Bibliografia básica
CANDIDO, A. O discurso e a cidade. São Paulo: Ouro sobre Azul, 2004.
GALVÃO, Walnice Nogueira. Euclidiana: ensaios sobre Euclides da Cunha. São Paulo:
Companhia das Letras, 2009.
MATE, Alexandre & SCHWARCZ, Pedro Moritz. (org.) Antologia do teatro brasileiro.
Século XIX – comédia [Arthur Azevedo, Qorpo Santo]. São Paulo: Cia. das Letras,
2012.
MURICY, Andrade. Panorama do movimento simbolista brasileiro. São Paulo:
Perspectiva, 1987.
SCHWARZ, R. Um mestre na periferia do capitalismo. Machado de Assis. São Paulo,
Ed. 34, 2000.

132
Bibliografia complementar
DUARTE, Eduardo Assis. Machado de Assis Afrodescendente. Belo Horizonte:
PALLAS, 2007.
FISCHER, Luís Augusto. Parnasianismo brasileiro: entre ressonância e dissonância.
Porto Alegre: EduPUcRs, 2003.
MENDES, Algemira de Macedo. A escrita de Maria Firmina dos Reis na literatura
afrodescendente brasileira: revisitando o cânone. São Paulo: Chiado Brasil, 2016.
SCHWARZ, R. Ao vencedor, as batatas. São Paulo, Ed. 34, 2000.

METODOLOGIA DA PESQUISA INTERDISCIPLINAR EM HUMANIDADES I


Ementa: Ciência e Ciências humanas: da emergência do método às críticas do final do
século XX. Interdisciplinaridade e suas questões. Do tema ao objeto: problematização e
delimitação. Conexões entre teoria e metodologia. Métodos e instrumentos: a
construção dos dados e das fontes. A interdisciplinaridade no desenho metodológico da
pesquisa. Introdução ao projeto de pesquisa: levantamento bibliográfico e pesquisa
exploratória.

Bibliografia básica:
BOURDIEU, Pierre. O campo científico. In: Pierre Bourdieu: sociologia. São Paulo:
Ática, 1983.
DARNTON, Robert. Os filósofos podam a árvore do conhecimento. In: O grande
massacre de gatos: e outros episódios da história cultural francesa. 5. ed. Rio de
Janeiro: Graal, 2006.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 25. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.
MORIN, Edgar. Interpolitransdisciplinaridade. In: A cabeça bem-feita: repensar a
reforma, reformar o pensamento. 9. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. p. 105-
116.
POMBO, Olga. Epistemologia da interdisciplinaridade. Ideação, Foz do Iguaçu, v. 10, n.
1, p. 9-40, 2008.

Bibliografia complementar:
FEYERABEND, Paul. Contra o método. São Paulo: Unesp, 2007.
KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. 5. ed. São Paulo:
Perspectiva, 1998.
MIGNOLO, Walter. Herencias coloniales y teorías poscoloniales. In: GONZÁLES
STEPHAN, Beatriz (Comp.). Cultura y Tercer Mundo. Caracas: Nueva Sociedade,
1996. p. 99-136.
POMBO, Olga. Práticas interdisciplinares. Sociologias, Porto Alegre, v. 8, n. 15, p. 208-
249, 2006.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências na transição para uma
ciência pós-moderna. Estudos Avançados, v. 2, n. 2, p. 46-71, 1988.

133
METODOLOGIA DA PESQUISA INTERDISCIPLINAR EM HUMANIDADES II
Ementa: Objetivos, potencialidades e limites dos métodos qualitativos e quantitativos. A
construção dos instrumentos da pesquisa (observação, entrevistas estruturadas,
semiestruturadas e abertas). Definição do universo e amostra. Definição observação
participante, etnografia, história oral e pesquisa documental. Práticas de pesquisa
experienciada. A situação da pesquisa: como chegar, como estar, como sair.
Sistematização e análise dos dados.

Bibliografia básica:
BARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos
de metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2014. xvi, 158 p
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa qualitativa em Ciências Humanas e Sociais. [6. ed.].
Petrópolis: Vozes, 2016. 144 p
FEITOSA, Débora Alves; DORNELES, Malvina do Amaral; BERGAMASCHI, Maria
Aparecida (Orgs.). O sensível e a sensibilidade na pesquisa em Educação. Cruz das
Almas, BA: Ed. UFRB, 2016
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da
pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: Editora UFMG; Porto Alegre: Artmed,
2007.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade.
[33. ed.]. Petrópolis: Vozes, 2013. 108 p.

Bibliografia complementar:
CRESWELL, John W.; PLANO CLARK, Vicki L. Pesquisa de métodos mistos. 2. ed.
Porto Alegre: Penso, 2013.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho
científico: projetos de pesquisa, pesquisa bibliográfica, teses de doutorado, dissertações
de mestrado, trabalhos de conclusão de curso. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. xiv, 239 p.
FRAGOSO, Suely; RECUERO, Raquel; AMARAL, Adriana. Métodos de pesquisa para
internet. Porto Alegre: 2015. 239 p.
CARDOSO, Ciro Flamarion S; VAINFAS, Ronaldo (Orgs.). Domínios da história:
ensaios de teoria e metodologia. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2011. 387p
BAUER, Martin W.; GASKELL, George (Orgs.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem
e som: um manual prático. [13. ed.]. Petrópolis: Vozes, 2015. 516 p.

METODOLOGIA DOS ESTUDOS AFRICANOS


Ementa: A emergência dos Estudos Africanos entre o colonialismo e sua superação.
Categorias básicas de análise das realidades africanas e suas implicações teóricas e
políticas. Metodologia e diálogos interdisciplinares. O passado africano: hipótese
hamítica, hipótese comunitária e novas perspectivas analíticas (interfaces entre história,
antropologia, arqueologia, linguística e genética). A África contemporânea:
modernização, tradição e o problema do protagonismo (interfaces entre sociologia,
ciência política, crítica literária, antropologia e história).

134
Bibliografia básica:
BARRY, Boubacar. Senegâmbia: o desafio da história regional. Amsterdam: SEPHIS;
Rio de Janeiro: Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2000.
MILLER, Joseph. Introdução. In: Poder político e parentesco: os antigos Estados
mbundu em Angola. Luanda: Arquivo Histórico Nacional, 1995.
MBEMBE, Achile. Formas africanas de autoinscrição. Estudos Afro-Asiáticos,
v. 23, n. 1, 2001, p. 171-209.
SOUMONNI, Elisée. Daomé e o mundo atlântico. Amsterdam: SEPHIS; Rio de
Janeiro: Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2001.
FARIAS, Paulo Fernando de Moraes. Afrocentrismo: entre uma contranarrativa histórica
universalista e o relativismo cultural. Afro-Ásia, v. 29-30, p. 317-343, 2003.

Bibliografia complementar:
BORGES, Antonádia et al. Pós-Antropologia: as críticas de Archie Mafeje ao conceito
de alteridade e sua proposta de uma ontologia combativa. Sociedade e Estado, v. 30,
n. 2, 2015.
DEPELCHIN, Jacques. Silences in African history: between the syndromes of
discovery and abolition. Dar es Salam: Mbuki Na Nyoto, 2005.
FALOLA, Toyn. Nacionalizar a África, culturalizar o ocidente e reformular as
humanidades na África. Afro-Ásia, n. 36, 2007.
MKANDAWIRE, Thandika (Org.). African intellectuals: Rethinking politics, language,
gender and development. Dakar: Codesria, 2005.
REIS, Maria do Céu. Poderes e saberes: Estado, financiadores e investigação científica:
a África ao sul do Saara e algumas questões. Estudos Moçambicanos, n. 14, p. 87-
110, 1996.

METODOLOGIA DOS ESTUDOS DA DIÁSPORA


Ementa: Diáspora e migrações como campo de investigação. Multi e
interdisciplinaridade nos Estudos da Diáspora Negra. Interseccionalidades: raça,
gênero, nacionalidade, geração, classe e migração. Políticas migratórias comparadas.
Abordagens qualitativas e quantitativas. Tendências dos fluxos migratórios: América
Latina e África.

Bibliografia básica:
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
GILROY, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. Rio de Janeiro:
Editora 34: 2001.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: UFBA, 2008.
HALL, Stuart. Da diáspora: Identidade e Mediações culturais. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2003.
HEYWOOD, Linda (Org.). Diáspora negra no Brasil. São Paulo: Contexto, 2009, p. 81-
100.
MALOMALO, Bas’Ilele; FONSECA, José Dagoberto; BADI, Mbuyi Kabunda (Org.).
Diáspora africana e migração na era da globalização: experiências de refúgio,
estudo, trabalho. Curitiba: CRV, 2015.

135
Bibliografia complementar:
DURAND, Jorge; LUSSI, Carmem. Metodologia no estudo das migrações. Jundiaí:
Paco, 2015.
FEMINIZAÇÃO das migrações. Revista Interdisciplinar de Mobilidade Humana, v.
15, n. 29, p. 1-216, 2007. Disponível em:
<http://www.csem.org.br/remhu/index.php/remhu/issue/view/4>. Acesso em: 05 jan.
2016.
SALES, T.; SALLES, M. do R. Políticas migratórias: América Latina, Brasil e
brasileiros no exterior. São Carlos: Sumaré; Edufscar; Fapesp, 2002.
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria. (Orgs.). Epistemologias do Sul. 2.
ed. São Paulo: Cortez, 2010.
SAYAD, A. A imigração. São Paulo: Edusp, 1998.

PENSAMENTO POLÍTICO BRASILEIRO


Ementa: Relação Estado-sociedade e a formação do sistema político no Brasil do
Império à República. As fundações do pensamento social e político brasileiro do século
XIX à primeira metade do século XX. Formação das instituições políticas brasileiras.
Autoritarismo, republicanismo, federalismo, liberalismo, racismo e resistência no Brasil.
O negro no pensamento político brasileiro ou o pensamento político negro brasileiro.

Bibliografia básica:
COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República. 8. ed. São Paulo: Unesp, 1998.
GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Revista Tempo
Brasileiro, Rio de Janeiro, n. 92-93, p. 69-82, 1988.
MATOS, Ilmar Rohloff de. Tempo saquarema: a formação do Estado imperial. São
Paulo: Hucitec, 1987
PEREIRA, Amauri. Vale (também) o que está escrito: o Pensamento Negro
Contemporâneo como parte do Pensamento Social no Brasil. Revista Espaço
Acadêmico, n. 120, 2011.
WEFFORT, Francisco. Formação do pensamento político brasileiro. São Paulo:
Ática, p. 163-187, 2006.

Bibliografia complementar:
BARRETO, Raquel. Enegrecendo o feminismo ou feminizando a raça: narrativas de
libertação em Angela Davis e Lélia Gonzáles. Dissertação (Mestrado em História Social
da Cultura) - Centro de Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.
FERREIRA, Gabriela Nunes. Centralização e descentralização no Império: o debate
entre Tavares Bastos e o Visconde de Uruguai. São Paulo: 34, 1999.
MOURA, Clóvis. Rebeliões da Senzala. 4. ed. Porto Alegre: Mercado Alegre, 1988.
SKIDMORE, Thomas. Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro
(1870- 1930). São Paulo: Cia das Letras, 2012.

136
PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO
Ementa: Conhecer as obras clássicas e contemporâneas que tratam da chamada
―formação social brasileira‖. Abordar, a partir de um recorte temporal amplo, inúmeras
narrativas, modalidades discursivas e quadros de referência epistemológica como a
experiência brasileira tem sido codificada e construída.

Bibliografia básica:
BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. da Lestra. 2016.
CUNHA, Euclides. Os sertões. São Paulo, Ubu Editora, 2016.
FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder: formação do patronato político brasileiro. São
Paulo: Editora Globo. 2001
FERNANDES, Florestan A integração do negro na sociedade de classes. Rio de
Janeiro: Editora Globo, 2008.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: introdução à história da sociedade
patriarcal no Brasil. Rio de Janeiro: Record. 2000.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras.
2007
ROMERO, Silvio. Compêndio de história da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Imago
Editora. 2001

Bibliografia complementar:
BONFIM, Manoel. A América Latina: males de origem. Rio de Janeiro: Topbooks. 2005.
BASTOS, Elide Rugai. ―A construção do debate sociológico no Brasil‖. Ideias – Revista
do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, vol. 1, 2013: 287-300.
LIDKE FILHO, Enno. ―A sociologia no Brasil: história, teorias e desafio‖. Sociologias, n.
14, 2005.
MICELI, Sérgio. Intelectuais à Brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
TAVOLARO, Sergio. ―A tese da singularidade brasileira revisitada: desafios teóricos
contemporâneos‖. Dados [online]. 2014, vol.57, n.3, pp. 633-673.

POLÍTICAS DAS MINORIAS NO CONTEXTO PÓS-COLONIAL


Ementa: Noção de minoria e interseccionalidade das relações de poder; gênero e
história dos movimentos feministas, diversidade sexual e movimentos LGBT; Políticas
Queer e contestação da homonormatividade eurocentrada.

Bibliografia básica:
BENTO, Berenice. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência
transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de
Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2015.
BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2015
FACCHINI, Regina. Sopa de letrinhas? movimento homossexual e produção de
identidades coletivas nos anos 90. Rio de Janeiro: Garamond Universitária, 2005.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade. Rio de Janeiro: Graal, 1985. v. I: A
vontade de saber.
137
Bibliografia complementar:
DORLIN, Elsa (Org.). Sexe, race, classe. Pour une épistémologie de la domination.
Paris: Presses Universitaires de France, 2009.
JOHNSON, Patrick; HENDERSON, Mae (Eds). Black queer studies: a critical
anthology. North Caroline: Duke University Press, 2005.
MISKOLCI, Richard; PELÚCIO, Larissa (Orgs.). Discursos fora da ordem:
sexualidades, saberes e direitos. São Paulo: Annablume, 2012.
MISKOLCI. Teoria queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte: Autentica,
2012.
PELÚCIO, Larissa. Sexualidade e experiências trans: do hospital à alcova. Ciência e
Saúde coletiva, v. 17, n. 10, 2012.

POLÍTICAS DE GÊNERO, RAÇA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Ementa: Principais correntes conceituais da problemática do gênero e raça em sua
dimensão internacional; Ordem internacional, racismo e poder político; Gênero e
violência no contexto internacional.

Bibliografia básica:
ARENDT, H. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São
Paulo: Companhia das Letras, 1999.
CHARLESWORTH, H. Direitos Humanos da mulher: perspectivas nacionais e
internacionais. Buenos Aires: Profamili, 2006.
COSTA, E. O gênero no direito internacional: discriminação, violência e proteção.
Belém: PakaTatu, 2014.
SARMENTO, D.; IKAWA, D.; PIOVESAN, F. (coords.). Igualdade, Diferença e Direitos
Humanos. 2. ed. São Paulo: Lumen Juris, 2008.
VARGAS, J. Never Meant to Survive: Genocide and Utopias in Black Diaspora
Communities. New York: Rowman & Littlefield Publishers, 2008.

Bibliografia complementar:
FLAUZINA, A. L. P. As fronteiras raciais do genocídio. Revista de Direito da
Universidade de Brasilia, v. 1, n.1, janjun. 2014.
MOURA, T.; GARRAIO, J.; ROQUE, S. Mulheres e guerras: representações e
estratégias. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 96, 2012.
NASSER, R. M. (org.). Os conflitos internacionais em múltiplas dimensões. São
Paulo: Editora Unesp, 2009.
PATEMAN, C. O contrato sexual. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.
STEVENS, C. (org.). Maternidade e feminismo: diálogos interdisciplinares.
Florianópolis: Editora Mulheres/ Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2007.

POLÍTICA EDUCACIONAL E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NOS PAÍSES DA


INTEGRAÇÃO
Estudos na perspectiva dos países da integração: estado, educação escolar e
sociedade. Diretrizes Curriculares Educacionais. Projetos de educação e projetos
138
pedagógicos: política, planejamento e legislação. Direito à educação. Defesa, controle e
participação social. Políticas de financiamento. Políticas de formação e valorização do
trabalho docente. Sistemas de Ensino. Organização da Educação Básica nos países da
Integração. Organização Curricular nos países da Integração. Sistematização de
conhecimento e organização de unidades escolares e redes de ensino. Sistema de
Organização da Educação em contexto de globalização. Laboratório de diagnóstico das
atuais políticas educacionais nos países da integração.

Bibliografia básica:
FREIRE, PAULO. A África ensinando a gente: Angola, Guiné-Bissau e São Tomé e
Príncipe. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
GENTILLI, P. A. A.; SILVA, T. T. da (orgs.). Neoliberalismo, qualidade total e educação:
visões críticas. 13. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F. de.; TOSCHI, M. S. Educação Escolar: políticas,
estrutura e organização. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

Bibliografia complementar:
CÁ, LOURENÇO OCUNI. Estado: políticas públicas e gestão educacional. Cuiabá:
EdUFMT, 2010.
_____. A constituição da política do curriculo na Guiné-Bissau e o mundo globalizado.
Cuiabá: EdUFMT/CAPES, 2008.
GOMES. NILMA, LINO. Desigualdades e Diversidade na Educação. Educ. Soc.,
Campinas, v. 33, n. 120, jul.-set. 2012.
GÓMEZ, M. B. Educação moçambicana: história de um processo, 1962-1984. Maputo:
Livraria universitária, 1999.
MCLAREN, PETER. A vida nas escolas: uma introdução à pedagogia crítica nos
fundamentos da educação. Porto Alegre. Artes Médicas, 1997.

POLÍTICA EXTERNA AFRICANA CONTEMPORÂNEA


Ementa: Formação históricas dos Estados africanos contemporâneos no século XX.
Análise da formação do sistema interafricano, sua inserção mundial e sua atuação no
continente. Estratégias da política externa de África subsaariana a partir de seus
Estados articulados em organismos continental e regionais, a OUAUA, CEDEAO,
SADEC, COMESA, CEMAC, CEA, PALOP. Debater de que forma as resoluções da
OUAUA tem impactos na formulação das políticas externas de respectivos países
africanos. Estudos de caso de políticas externas de Estados africanos subsaarianos
com a EU, UE, China, Índia, Rússia, Turquia, Brasil, Cuba, e outros parceiros
tradicionais ou emergentes. O lugar da África no século XXI, desafios e oportunidades.

Bibliografia básica:
JÚNIOR, W. M. Política Externa e Cooperação Técnica: As Relações do Brasil com a
África durante os Anos FHC e Lula da Silva. Belo Horizonte: D’Plácido, 2013.
KABUNDA, M.; SANTAMARÍA, A. Mitos y realidades de África Subsahariana.
Madrid: CatarataCasa África, 2009.
MENEZES, G. R. de. As Novas Relações SinoAfricanas: Desenvolvimento e
implicações para o Brasil. Brasília: FUNAG, 2013.

139
PENHA, E. A. Relações BrasilÁfrica e Geopolítica do Atlântico Sul. Salvador:
EdUFBA, 2011.
VISENTINI, P. G. F. A África na política internacional: o sistema interafricano e sua
inserção mundial. Curitiba: Juruá, 2010.
VISENTINI, P. G. F. A Relação BrasilÁfrica: Prestígio, Cooperação ou Negócios? São
Paulo: Alta Books, 2016.

Bibliografia complementar:
KIZERBO, J. Para quando a África: Entrevista com René Holenstein. Rio de Janeiro:
Pallas, 2006.
LOPES, C. (org.). Desafios contemporâneos da África: o legado de Amílcar Cabral.
São Paulo: Editora Unesp, 2011.
SARAIVA, J. F. África parceira do Brasil atlântico: relações internacionais do Brasil e
da África no início do século XXI. Belo Horizonte: Fino Traço, 2012.
VILLARES, F. (org.). Índia, Brasil e África do Sul: perspectivas e alianças. São Paulo:
Editora Unesp, 2006.
VISENTINI, P. G. F. A Relação BrasilÁfrica: Prestígio, Cooperação ou Negócios? São
Paulo: Alta Books, 2016.

POLÍTICAS E PLANEJAMENTO LINGUÍSTICOS

Ementa: Política de Línguas. As línguas: estatuto e demografia. Espaços de Circulação


das Línguas. Espaço Discursivo das Línguas. Relações entre Línguas.

Bibliografia Básica:
ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão
do nacionalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
CALVET, Louis-Jean 2007. As Políticas Lingüísticas. Florianópolis e São Paulo:
Ipol/Parábola. LOPES DA SILVA, Fábio e RAJAGOPALAN, Kanavillil (orgs.) A
Lingüística que Nos Faz Falhar. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
MARIANI, Bethânia. (2004) Colonização Lingüística. Campinas-SP: Pontes. OLIVEIRA,
Gilvan Müller de. ―Brasileiro fala português ou Monolinguismo e preconceito lingüístico‖.
In SILVA, Fábio Lopes da e MOURA, Heronides Maurílio de Melo. O Direito à Fala: a
questão do preconceito lingüístico. Florianópolis, Editora Insular, 2002, 2ª edição.
Bibliografia complementar HAUGEN, Einar. Dialeto, língua, nação. In: BAGNO, Marcos.
Norma Lingüística. São Paulo: Ed. Loyola, 2001.

Bibliografia Complementar
HOBSBAWM, Eric J. Nações e Nacionalismos desde 1780: Programa, mito e realidade.
3 ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
MONSERRAT, Ruth M. F. ―Política e planejamento lingüístico nas sociedades
indígenas do Brasil hoje: o espaço e o futuro das línguas indígenas‖. In: VEIGA, J e
SALANOVA, A. (Orgs.) Questões de Educação Escolar Indígena: da formação do
professor ao projeto da escola. Brasília: FUNAI/DEDOC. Campinas: ALB: 127-159,
2001.

140
OLIVEIRA, Gilvan Müller de 2007. A 'virada político-lingüística' e relevância social da
lingüística e dos lingüistas. In: CORREA, Djane Antonucci (orga). A Relevância Social
da Lingüística: Linguagem, Teoria e Ensino. São Paulo: Parábola Editorial. pp. 79 - 93.
SIGNORINI, Inês. 2004. ―Por uma teoria da desregulamentação lingüística‖. In: BAGNO,
Marcos. Lingüística da norma. São Paulo: Ed. Loyola.

POLÍTICAS, PRÁTICAS CURRICULARES E DESCOLONIZAÇÃO DOS


CURRÍCULOS
Teorias curriculares e sociedade. Currículo e relações de poder. Políticas curriculares.
Descolonização do currículo e a superação do currículo eurocêntrico nos países da
integração. Laboratório de práticas curriculares decoloniais.

Bibliografia básica:
COSTA, Marisa Vorraber (ORG.). O Currículo nos limiares do contemporâneo. 3ed. Rio
de Janeiro: DP&A, 2001.
CORAZZA, Sandra Mara. O que quer um currículo? Pesquisas pós-críticas em
educação. Petrópolis, Vozes, 2001.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do
currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

Bibliografia complementar:
AROYO, Miguel. Currículo, território em disputa. Petrópolis Vozes, 2011
CARDOSO, Manuela. Cabo Verde e São Tomé e Príncipe: educação e infra-estruturas
como factores de desenvolvimento. Porto: Edições Afrontamento, 2007.
TAVARES, Fernando J. P. Educação e diversidade em Cabo Verde. In PEREIRA,
Amílcar A.; COSTA, Warley (Org.). Educação e Diversidade em Diferentes contextos.
Pallas Editora, 2015.
MORGADO, José Carlos; MENDES, Geovana M.L.;MOREIRA, António Flávio;
PACHECO, José Augusto (Orgs.). Currículo, Internacionalização e Cosmopolitismo:
desafios contemporâneos em contextos Luso-Afro-Brasileiros. Volume II. Santo Tirso –
Portugal: De Facto Editores, 2015.
ROSA, Manuel Ferreira. O ponto e o rumo do ensino ultramarino. Luanda: Lello, 1973.

PROCESSOS COLONIAIS E A CONSTRUÇÃO DA MODERNIDADE


Ementa: Tipologia das situações coloniais modernas e contemporâneas (povoamento e
exploração, colônias e protetorados, administração direta e indireta, colonialismo,
imperialismo e neocolonialismo). Eurocentrismo, religião e civilização na estruturação
das sociedades coloniais e do Estado nas Américas, África e Ásia. Alterização,
racialização e etnização. Instituições e métodos da administração colonial. Resistência
e adaptação à dominação ocidental. Processos de independência e projetos de nação
no século XIX (Américas) e no século XX (Ásia e África). Estado pós-colonial,
modernização e disputas em torno da cidadania.

141
Bibliografia básica:
BELOTO, Manoel Lelo; CORREA, Ana Maria Martinez. A América Latina de
colonização espanhola. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1991.
BOAHEN, A. Adu (Org.). África sob dominação colonial, 1880-1935. 2. ed. rev.
Brasília: UNESCO, 2010. (História Geral da África, VII).
COOPER, Frederick; SCOTT, Rebecca J.; HOLT, Thomas C. Além da escravidão:
investigações sobre raça, trabalho e cidadania em sociedades pós-emancipação. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
PANIKKAR, K. M. A dominação ocidental na Ásia: do século XV a nossos dias. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
SCHWARTZ, Stuart B. Cada um na sua lei: tolerância religiosa e salvação no mundo
atlântico ibérico. São Paulo: Companhia das Letras; Bauru: Edusc, 2009.

Bibliografia complementar:
AMSELLE, Jean-Loup; M’BOKOLO, Elikia (Coords.). Pelos meandros da etnia: etnias,
tribalismo e Estado em África. Lisboa: Pedago; Luanda: Mulemba, 2014.
CARDOSO, Ciro Flamarion, BRIGNOLI, Héctor Péréz. História econômica da
América Latina. Rio de Janeiro: Graal, 1983.
CHATTERJEE, Partha. Colonialismo, modernidade e política. Salvador: Edufba,
2004.
CHESNEAUX, Jean. A Ásia Oriental nos séculos XIX e XX. São Paulo: Pioneira,
1976.
MONTEIRO, John Manuel. Tupis, tapuias e historiadores: estudos de história
indígena e do indigenismo. Tese (Livre-docência em Etnologia), Universidade Estadual
de Campinas, Campinas, 2001. Disponível em:
<www.ifch.unicamp.br/ihb/estudos/TupiTapuia.pdf>. Acesso em 3 jun. 2016.

PROCESSOS SOCIAIS E CULTURAIS NO RECÔNCAVO DA BAHIA


Ementa: Processos sociais e culturais que configuram a realidade social e territorial do
Recôncavo da Bahia, entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do século
XX. Fim da escravidão, crise econômica da cana-de-açúcar, plantio e beneficiamento do
fumo. Decadência dos sistemas ferroviário e náutico. Descoberta e consolidação da
exploração do petróleo. O advento do sistema rodoviário, os fluxos migratórios. A luta e
a resistência dos movimentos e comunidades tradicionais negras, indígenas e
religiosas.

Bibliografia básica:
BRANDÃO, Maria de Azevedo (Org.). Recôncavo da Bahia: sociedade e economia em
transição. Salvador: Fundação casa de Jorge Amado, 1998.
CARNEIRO, Edson. Candomblés da Bahia. São Paulo: Raízes, 2008.
CARVALHO, Maria Rosário. Identidade étnica, mobilização política e cidadania.
Salvador: UFBA; Empresa Gráfica da Bahia, 1998.
MARIANO, Agnes. A invenção da baianidade. São Paulo: Annablume, 2009.
SERRA, Ordep. O sagrado e o profano nas festas de largo da Bahia’. In: Rumores de
festas: sagrado e profano na Bahia. Salvador: Edufba, 2001, p. 53-166.

142
Bibliografia complementar:
ABIB, Pedro. Mestres e capoeiras famosos da Bahia. Salvador: Edufba, 2013.
FRAGA FILHO, Walter. Encruzilhadas da liberdade: histórias de escravos e libertos
na Bahia (1890-1910). Campinas: EdUnicamp, 2006.
MATTOSO, Kátia Maria de Q. Bahia, século XIX: uma província no império. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1992.
OLIVEIRA, Francisco de. O elo perdido: classe e identidade de classe na Bahia. São
Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003.
REIS, João José (Org.). Escravidão e a invenção da liberdade. Estudos sobre o
negro no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1988.

PROCESSOS EDUCATIVOS E CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES: RAÇA/ETNIA,


CLASSE, GÊNERO E SEXUALIDADE
Ementa: Estudo das representações e práticas educacionais sobre raça/etnia, classe,
gênero e sexualidade, construídas, mobilizadas, afirmadas e negadas de forma
interseccional nas relações e nos processos educativos. Discursos sobre raça/etnia,
gênero e sexualidade na família, na mídia, na escola e nas políticas educacionais.
Políticas afirmativas e valorização da diferença nos espaços educativos. Gênero e
raça/etnia na formação e no trabalho docente.

Bibliografia básica:
BAIRROS, Luiza. Lembrando Lelia Gonzalez. Em WERNECK, Jurema; MENDONÇA,
Maisa e WHITE, Evelyn C.O livro da saúde das mulheres negras – nossos passos
vêm de longe. Rio de Janeiro, Criola/Pallas, 2000.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismos e subversão da identidade. 5ed.
Trad. Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2013.
CARNEIRO, Sueli. Racismo, Sexismo e Desigualdades no Brasil. Editora Selo
Negro, 2011.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-
estruturalista. Petrópolis: Vozes, 2013.
MEYER, Dagmar. SOARES, Rosângela. (org.). Corpo, gênero e sexualidade nas
práticas escolares. Porto Alegre: Mediação, 2004.
SILVA, Gabriela. Educação e Gênero em Moçambique. Porto: Centro de Estudos
Africanos da Universidade do Porto, Coleção e-books, 2007.

Bibliografia complementar:
APPLE, Michael W. Magist rio “trabalho feminino‖. In: APPLE, Michael W. Trabalho
docente e textos: economia política das relações de classe e de gênero em educação.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: a vontade do saber. 10ed. Rio de
Janeiro: Graal, 1998. v.1, cap. 3, p. 53-78.
MISKOLCI, Richard. Teoria queer: um aprendizado pelas diferenças. São Paulo:
Autêntica, 2012.
MORENO, Monserrat Marimon. Como se ensina a ser menina: o sexismo na escola.
São Paulo: Ed. Moderna; Campinas: Ed. EDUNICAMP, 1999.

143
SILVA, Claudilene. Professoras Negras: identidades e práticas de enfrentamento do
racismo no espaço escolar. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2013 (Coleção Etnico-
racial).

PSICOLOGIA AFRICANA NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO


Psicologia africana na perspectiva da educação: um campo em construção. Teorias do
desenvolvimento e da aprendizagem e descolonização do conhecimento. Marcos
histórico da Psicologia na perspectiva das relações étnico-raciais. Impacto do racismo
na construção da identidade. Identidade e Educação. Subjetividade como construção
social. Laboratório de prática e compreensão da psicologia no campo da educação
como possibilidade de combate ao racismo.

Bibliografia básica:
BENTO, M. A.; CARONE, I. Psicologia Social do Racismo - Estudos sobre branquitude
e branqueamento no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
COUTINHO, Maria Tereza da Cunha & MOREIRA, Mércia. Psicologia da Educação: um
estudo dos processos psicológicos de desenvolvimento e aprendizagem humanos,
voltado para a educação. Belo Horizonte: Editora lê, 2000.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.

Bibliografia complementar:
AMMAR, I. Efeitos psicossociais do racismo. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de
São Paulo, 2008.
FAZZI, R. C. O drama racial de crianças brasileiras: socialização entre pares e
preconceito. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
NOBLES, W. SakhuSheti – retomando um foco psicológico afrocentrado. In: E. L.
Nascimento: Afrocentricidade: uma abordagem inovadora. São Paulo: Selo Negro,
2009, p. 277-298.
PIAGET, J & INHELDER, B. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand
Brasil, 1994.
VYGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins
Fontes, 2001.

SISTEMA ONU E OS DESAFIOS DO MULTILATERALISMO


Ementa: Organizações Internacionais e multilateralismo. Trajetória da ONU. Impacto da
descolonização. Estrutura e funcionamento: Conselho de Segurança, Assembleia Geral,
EcoSoc, agências especializadas. Nova dinâmica multilateralismo no pós-Guerra Fria.
Debate sobre reforma da ONU. Intervenções militares. Relações assimétricas, poder e
princípios do universalismo. Participação do Brasil. Surgimento fóruns informais (do G7
ao G20).

Bibliografia básica:
FUNDAÇÃO ALEXANDRE DE GUSMÃO (Org.). O Brasil e a ONU. Brasília: Fundação
Alexandre de Gusmão, 2008.

144
HERZ, M.; HOFFMANN, A. R. Organizações internacionais: história e prática. Rio de
Janeiro: Campus, 2004.
TAYLOR, P.; GROM, A. J. R. The United Nations at the Millennium. London: New
York: Continuum, 2003.

Bibliografia complementar:
KRASNO, J. The United Nations: confronting the challenges of a Global Society.
Boulder: Lynne Rienner, 2004.
SEITENFUS, R. A. S. Manual das organizações internacionais. Porto Alegre: Livraria
do Advogado, 2005.
WEISS, T. G.; THAKUR, R. Global governance and the UN: an unfinished journey.
Bloomington: Indiana University Press, 2010.
TAVARES, R. N. As organizações não-governamentais nas Nações Unidas.
Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 1999.
UNITED NATIONS. In larger freedom: towards development, security and human rights
for all. Report of the Secretary-General. New York: United Nations, 2005.

SOCIEDADES, DIFERENÇAS E DIREITOS HUMANOS NOS ESPAÇOS


LUSÓFONOS
Ementa: Temporalidades do processo colonial nos países de língua portuguesa
(práticas, trocas e conflitos culturais – ocupações e resistências). Movimento Pan-
africanista, Negritude; Relações étnico-raciais e racismo; Movimento Negro e Indígena
no Brasil e as políticas de ação afirmativa. Gênero, sexualidade. Movimentos
Feministas e LGBTT. Tolerância religiosa. Direitos Humanos. Diferenças e
desigualdades. Cultura Afro-brasileira.

Bibliografia básica:
CARNEIRO, Sueli. Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo
Negro Edições, 2011.
KODJO, Edem e CHANAIWA, David. Pan-Africanismo e Libertação. In: História Geral
da África. Vol. VIII: África desde 1935 / editado por Ali A. Mazrui e Christophe Wondji.
Brasília: UNESCO/MEC, 2010, p. 897-924.
KI-ZERBO, Joseph. et al. Ali A. Mazrui e Christophe Wondji. Construção da nação e
evolução dos valores políticos. In: História geral da África, VIII: África desde 1935.
Brasília: UNESCO, 2010. Cap. 16.
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 10ed.
São Paulo: Saraiva, 2015.
RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: A formação e o sentido de Brasil. 5ª ed. São
Paulo: Companhia das Letras, 2005.

Bibliografia complementar:
CABRAL, Amílcar. O papel da cultura na luta pela independência. A Arma da Teoria.
Unidade e Luta I. Lisboa: Seara Nova, 1978.
DAMATTA, Roberto. Digressão a Fabula das três raças, ou problema do racismo à
brasileira. In: Relativizando. Uma introdução à Antropologia social. Rio de Janeiro:
Rocco, 2000. p.58-85.

145
MARCONDES, Mariana (Org.). Dossiê mulheres negras: retrato das condições de
vida das mulheres negras no Brasil. Brasília: Ipea, 2013.
MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 3ed. Belo Horizonte: Autêntica,
2012.
SUÁREZ, Mireya. Desconstrução das categorias “mulher” e “negro”. Brasília, Série
Antropologia, nº 133, 1992.

SOCIOLOGIA AFRICANA, AGENDA DE PESQUISA E PERSPECTIVAS


Ementa: Breve história da constituição da sociologia africana e a sua relação com o
campo das humanidades e dos estudos africanos. Perspectivas teóricas e agenda
temática da sociologia africana contemporânea. Sociologia africana no contexto da
globalização, modernidade e das relações Sul-Sul. Sociologia africana como
instrumento de intervenção social.

Bibliografia básica:
ADESINA, Jimi. Prática da sociologia africana: Lições de endogeneidade e género na
academia. In: CRUZ e SILVA, Teresa, COELHO, João Borges; SOUTO, Amélia Neves.
Como Fazer Ciências Sociais e Humanas em África: Questões Epistemológicas,
Metodológicas, Teóricas e Políticas; (Textos do Colóquio em Homenagem a Aquino de
Bragança). Dakar, CODESRIA, 2012. p. 195-210.
BALANDIER, George. Sociologia da África negra. Dinâmicas das mudanças sociais
na África central. Luanda: Pedago/Mulemba, 2014.
KI-ZERBO, Joseph. Para quando a África - Entrevista com René Holenstein. Rio de
Janeiro; Pallas, 2006.
MACAMO, Elísio. A constituição de uma sociologia das sociedades africanas.
Estudos moçambicanos, 19 (2002), p. 5-26. Disponível em:
http://www.casadasafricas.org.br/wp/wp-content/uploads/2011/08/A-constituicao-duma-
sociologia-das-sociedades-africanas.pdf. Acessado em 16 fev. 2016.
VENÂNCIO, José Carlos. O fato africano: elementos para uma sociologia da África.
Recife: Massangana, 2009.

Bibliografia complementar:
AWOSAN, Josua Adekunle. Current of thougt in african sociology and global
community: how to understand research findings in the context of sociological
perspective. Florida: Universal Publiseher, 2009.
ELA, Jean-Marc. Restituir a História às Sociedades Africanas: promover as
ciências sociais na África Negra. Lisboa: edições Pedago, 2013.
COPANS, Jean. A longa marcha da modernidade africana. Saberes, intelectuais,
democracia. Luanda: Pedago/Mulemba, 2014.
HOUNTONDJI, Paulin. O antigo e o moderno. A produção do saber na África
Contemporânea. Luanda: Pedago/Mulemba, 2012.
DJALÓ, Tcherno. O mestiço e o poder: Identidades, dominações e resistências na
Guiné. Lisboa: Nova Veja, 2012.

146
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO NOS PAÍSES DA INTEGRAÇÃO
Ementa: A sociologia da educação e a perspectiva de descolonização do saber nos
países da integração. Ciência, mito e religião. Manifestações de violência na sociedade
contemporânea com ênfase no racismo e seus desdobramentos. Instituições e agentes
pedagógicos: formação, poder e autonomia. Laboratório de práticas em sociologia da
educação na perspectiva descolonizadora do saber.

Bibliografia básica:
BENISTE, José. Mitos yorubás: O outro lado do conhecimento. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2006.
LUZ, Narcimária Correia do Patrocínio. Descolonização e educação: diálogos e
proposições metodológicas. Curitiba: Editora CRV, 2013
NASCIMENTO, Elisa Larkin (Org.). Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica
inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009.

Bibliografia complementar:
CARDOSO, Manuela. Cabo Verde e São Tomé e Príncipe: educação e infra-estruturas
como factores de desenvolvimento. Porto: Edições Afrontamento, 2007.
FREIRE, Paulo. A África ensinando a gente: Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e
Príncipe. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
MACHADO, Vanda. IlêIfé, o sonho do iaô Afonjá: mitos afro-brasileiros. Salvador:
Edufba, 2002.
MAZULA, B. Educação, Cultura e Ideologia em Moçambique: 1975-1985. Porto:
Afrontamento e Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa, 1995.
VIEIRA, Laurindo. Angola a dimensão ideológica da educação 1975-1992. Luanda:
Editora Nzila, 2004.

SOCIOLOGIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS DE INTERVENÇÃO SOCIAL


Ementa: Breve história da constituição da sociologia ocidental/clássica e a sua relação
com o campo das humanidades. Perspectivas teóricas e metodológicas da sociologia
clássica e contemporânea. Sociologia, conscientização e cidadania. Aplicação da
sociologia na resolução dos problemas nas áreas sociais, culturais, artísticas,
educacionais, econômicas, políticas. Sociologia das desigualdades raciais e sociais.
Juventude e participação política.

Bibliografia básica:
BERGER, Peter L. A construção Social da realidade. Tratado de sociologia do
conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1985. BORDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
BRYM, Robert et al. Sociologia: Sua bússola para um novo mundo. São Paulo:
Cengage Leaning, 2008.
ELA, Jean-Marc. Investigação científica e crise da racionalidade - Livro I. Lisboa:
edições Pedago, 2016.
GIDDENS, Antony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
SANTOS, Boaventura de Sousa (org.). Produzir para viver: os caminhos da
produção não capitalista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

147
Bibliografia complementar:
BOURDIEU, P. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Ed. Marco Zero, 1983.
ELA, Jean-Marc. A Investigação Africana Face ao Desafio da Excelência Científica.
Livro II. Lisboa: edições Pedago, 2016.
IANNI, Octavio. Sociologia da sociologia: o pensamento sociológico brasileiro. 3 ed.
São Paulo: Ática, 1989.
PAIXÃO, Marcelo. Desenvolvimento humano e relações raciais. Rio de Janeiro:
DP&A, 2003.
TOURAINE, Alain. Um novo paradigma: para compreender o mundo de hoje. Rio de
Janeiro: Vozes, 2006.

SOCIOLOGIA I
Ementa: Perspectiva histórica crítica do desenvolvimento da sociologia como ciência.
Introdução ao debate e dilemas teóricos centrais da Sociologia a partir da contribuição
das principais matrizes clássicas e seus desdobramentos contemporâneos. Crítica das
matrizes epistemológicas hegemônicas. Sujeitos não hegemônicos como produtores do
conhecimento sociológico. A imaginação sociológica como experiência crítica da
sociedade.

Bibliografia básica:
ADESINA, J. Prática da sociologia africana: Lições de endogeneidade e género na
academia. In: CRUZ e SILVA, Teresa, COELHO, João Borges; SOUTO, Amélia Neves.
CRUZ E SILVA. Teresa; coelho, João Paulo Borges; SOTO, Amélia Neves de. Como
Fazer Ciências Sociais e Humanas em África: Questões Epistemológicas,
Metodológicas, Teóricas e Políticas. Dakar, Senegal: Conselho para o Desenvolvimento
da Pesquisa em Ciências Sociais em África. (CODESRIA), 2012.
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. SP Martins Fontes, 5º
Ed.1999.
CHARBAUD-RYCHTER et. al. O gênero nas Ciências Sociais: Releitura críticas de
Max Weber a Bruno Latour. UNB/UNESP: Brasília/São Paulo, 2014.
FERNANDES, Florestan. O que é a sociologia?. In: Elementos de sociologia teórica.
São Paulo/Rio de Janeiro: Edusp/Companhia Editora Nacional, 1970.
QUINTANEIRO, Tânia. Um Toque dos Clássicos. Belo Horizonte: Ed. Minas Gerais,
2003.

Bibliografia complementar:
ASANTE, Molefi Kete. Afrocentricidade: Notas sobre uma posição disciplinar. In:
Sankofa 4 Afrocentricidade Uma abordagem epistemológica inovadora. Ed. Selo Negro,
2009.
DAYRELL, Juarez. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, Rio
de Janeiro, 2003.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. Trad. S. R. Netz. 4ªed. Porto Alegre: Artmed, 2005.

148
SOCIOLOGIA II
Ementa: Pensamento Social Clássico: a sociologia de Emile Durkheim e o
funcionalismo; Karl Marx o materialismo histórico e dialético; A sociologia de Max
Weber. Apresentar criticamente a contribuição destes autores em diálogo com a
sociologia africana, as questões gênero e as relações raciais.

Bibliografia básica:
DURKHEIM, E. As Regras do Método Sociológico. Martins Fontes, 2007.
MARX, K. O Capital [Livro I]: Crítica da economia política. Livro I: O processo de
produção do capital. [s.l.] Boitempo Editorial, 2015.
WEBER, Max; PIERUCCI, Antônio Flávio de Oliveira. A ética protestante e o
“espírito” do capitalismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012.
__________. Economia e sociedade. Brasília: Editora da UNB, 2009. Capítulo 1.
Conceitos sociológicos fundamentais.

Bibliografia complementar:
AMADIUME, I. Re-Inventing Africa: Matriarchy, Religion and Culture. [s.l.] Zed Books,
1997.
CHARBAUD-RYCHTER et. al. O gênero nas Ciências sociais: Releitura críticas de
Max Weber a Bruno Latour. UNB/UNESP: Brasília/São Paulo.
FERNANDES, Florestan. Elementos de sociologia teórica. São Paulo/Rio de Janeiro:
Edusp/Companhia Editora Nacional, 1970.
GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da história. Rio de janeiro: Civ. Brasileira,
1995.
MOORE, Carlos. O marxismo e a questão racial: Karl Marx e Friedrich Engels frente
ao racismo e à escravidão. Belo Horizonte: Cenafro / Mandyala, 2010.

TEORIAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS I


Ementa: Análise da origem e desenvolvimento das teorias clássicas das Relações
Internacionais: Realismo, Liberalismo e Escola Inglesa. A Revolução Behaviorista e
seus efeitos no campo das Relações Internacionais. Estudo do primeiro (Realistas e
Liberais) e do segundo (Tradicionalistas e Cientificistas) debate das Relações
Internacionais.

Bibliografia básica:
ROCHA, A. Relações internacionais: Teorias e Agenda. Brasília: FUNAG/IBRI, 2002.
MEDEIROS, M.; LIMA, M.; REIS, R.; VILLA, R. (orgs.), Clássicos das Relações
Internacionais. São Paulo: Hucitec, 2010.
NOGUEIRA, J. P.; MESSARI, N. Teoria das Relações Internacionais: Correntes e
Debates. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
SEITENFUS, R. Relações Internacionais. São Paulo: Manole, 2004.

Bibliografia complementar:
BATISTA, P. O Consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas
latinoamericanos. São Paulo: Pedex, 1994.

149
CARVALHO, M.; SANTOS, M. H. (orgs.). O Século 21 no Brasil e no Mundo. Bauru:
Editora EdUSC, 2006.
FIORI, L. J. O Poder Global. São Paulo: Boitempo, 2007.
OLIVEIRA, H.; LESSA, A. Política Internacional Contemporânea: mundo em
transformação. São Paulo: Saraiva, 2006.
PECEQUILO, C. Introdução às relações internacionais: temas, atores e visões.
Petrópolis: Vozes, 2004.

TEORIAS FEMINISTAS E EPISTEMOLOGIA DA DOMINAÇÃO


Ementa: Teorias feministas da Segunda Onda; feminismo materialista e teoria de
gênero/patriarcado; feminismo da diferença; teorias feministas da terceira onda;
correntes feministas pós-coloniais e descoloniais; epistemologias da dominação e
interseccionalidade, feminismo quer e crítica da identidade.

Bibliografia básica:
ALMEIDA, Heloisa Buarque de; SZWAKO, José. Diferenças e igualdade. São Paulo:
Berlendis, 2009.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Volume único. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2009.
ASHOKA EMPREENDIMENTOS SOCIAIS; TAKANO CIDADANIA (Org.). Racismos
contemporâneos. Rio de Janeiro: Takano Editora, 2003. p. 49-58.
BAHRI, Deepika. Feminismo e/no pós-colonialismo. Revista Estudos Feministas, vol.
21, n. 2/2013.
BIROLI, Fabia; MIGUEL, Luis Felipe. Teoria política e feminismo: abordagens
brasileiras. Vinhedo: Horizonte, 2012.
HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. São
Paulo: Martin Fontes, 2013.
LOBO, Elisabeth S. A classe operária tem dois sexos. São Paulo: Fundação Perseu
Abramo, 2011.

Bibliografia complementar:
BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
DORLIN, Elsa (org.). Black Feminism. Anthologie du féminisme africain-american
(1975-2000). Paris: L´Harmattan, 2008.
GUILLAUMIN, Colette. Enquanto tivéramos mulheres para nos darem filhos. Revista
Estudos Feministas, ano 2, 1994.
HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Tendências e impasses: O feminismo como
crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

150
TÓPICOS ESPECIAIS EM LITERATURA AFRICANA
Ementa: Estudo de obras de autores das literaturas africanas.

Bibliografia básica:
AUGEL, M. P. O desafio do escombro: nação, identidades e pós-colonialismo na
literatura da Guiné-Bissau. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.
MACEDO, T. e CHAVES, R. (Org.). Portanto... Pepetela. São Paulo: Ateliê Editorial,
2010.
M’BOKOLO, E. África Negra: história e civilizações. Tomo I. Salvador: Edufba/ Casa
das Áfricas, 2008-2011. 2v.

Bibliografia complementar:
LEITE, A. M. Literaturas Africanas e formulações pós-coloniais. 2.ed. Lisboa:
Colibri: 2003.
MAZRUI, A. et al. O desenvolvimento da literatura moderna. In: História Geral da
África, vol. VIII. África desde 1935. Brasília: Unesco, 2010.
PADILHA, L. C. Novos pactos, outras ficções. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.
PANTOJA, S; BERGAMO, E., SILVA, A. (Org.). África contemporânea em cena –
perspectivas interdisciplinares. São Paulo: Intermeios, 2015.
PANTOJA, S; BERGAMO, E., SILVA, A. (Org.). Angola e as angolanas. São Paulo:
Intermeios, 2016.

TÓPICOS AVANÇADOS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NA ÁFRICA


Ementa: A política externa brasileira desde a Independência até o fim da Guerra Fria.
Relação entre política externa, contexto interno e estratégias de desenvolvimento.
Autonomia e dependência. Inserção na região e na economia mundial. As relações com
os Estados Unidos. Articulação entre a política externa brasileira, a busca do
desenvolvimento e a construção do Estado nacional. Inserção brasileira em África no
século XXI.

Bibliografia básica:
BUENO, C.; CERVO, A. L. História da política exterior do Brasil. Brasília: Editora
UnB, 2002.
CERVO, A. L. Inserção Internacional: formação dos conceitos brasileiros. São Paulo:
Paz e Terra, 2008.
OLIVEIRA, H. A. de. Política Externa Brasileira. São Paulo: Saraiva, 2005.
PINHEIRO, L. Política Externa Brasileira: 1889-2002. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2004.
VISENTINI, P. F. Relações Exteriores do Brasil (1945-1964): O nacionalismo e a
política externa independente. Petrópolis: Vozes, 2005.

Bibliografia complementar:
BANDEIRA, M. L. A. O Expansionismo Brasileiro: a Formação dos Estados na Bacia
do Prata – Argentina, Uruguai e Paraguai - Da Colonização ao Império. 3. ed. Brasília:
Editora UnB, 1998.
CORSI, F. L. Estado Novo: Política Externa e Projeto Nacional. São Paulo: Editora

151
Unesp, 2000.
DORATIOTO, F. Maldita Guerra: Nova História da Guerra do Paraguai. São Paulo:
Companhia das Letras, 2002.
MOURA, G. Relações Exteriores do Brasil 1939-1950. Brasília: FUNAG, 2012.
RAFFAELLI, M. A Monarquia e a República. Aspectos das relações entre o Brasil e os
Estados Unidos durante o Império. Brasília: Funag, 2006.

152
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de


Educação Superior, Resolução nº 2, de 18 de junho de 2007.

BRASIL, Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de


Educação Superior. Parecer nº 492, de 3 de abril de 2001a.

BRASIL Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de


Educação Superior. Parecer nº 9, de 8 de maio de 2001b.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Superior. Portaria nº 383,


de 12 de abril de 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de


Educação Superior. Parecer nº 329, de 11 de novembro de 2004.

CENSO, I. B. G. E. Disponível em: < http://www. censo2010. ibge. gov.


br/>. Acesso em, v. 23, 2010.

FRAGA FILHO, Walter. Migrações, itinerários e esperanças de mobilidade


social no recôncavo bahiano após a Abolição. Cadernos AEL, v.14, n.26,
2009.

SANTOS, Milton. A rede urbana do Recôncavo. In: BRANDÃO, Maria de


Azevedo (Org.). Recôncavo da Bahia – sociedade e economia em transição.
Salvador: Academia de Letras da Bahia; Universidade Federal da Bahia, 1998.

SEABRA, Odette; CARVALHO, Mônica de; LEITE, José Corrêa. Território e


sociedade: entrevista com Milton Santos. São Paulo: Editora Fundação Perseu
Abramo, 2000.

SOUZA, Cristiane. Trajetória de migrantes e seus descendentes:


transformações urbanas, memória e inserção na metrópole baiana. 2013. Tese
153
(doutorado em Antropologia Social). Programa de pós-graduação em
Antropologia Social da UNICAMP, 2013.

UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-


BRASILEIRA. Diretrizes Gerais, 2010. Disponível em:
http://pdi.UNILAB.edu.br/wpcontent/
uploads/2013/08/Diretrizes_Gerais_UNILAB.pdf Acesso em: 27 fev. 2015.

UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-


BRASILEIRA. UNILAB. Caminhos e Desafios Acadêmicos da Cooperação
Sul-Sul. Redenção: UNILAB, 2013

154
CONTROLE DE REVISÕES

Nº da LOCALIZA TEXTO MODIFICADO DATA


revisão ÇÃO3
1. p. 36 Inclusão da referência nominal ao PSEE (Processo Seletivo 15/10/2019
de Estudantes Estrangeiros) atualmente vinculado à Pró-
Reitoria de Relações Institucionais (Proinst)
2. p. 38-39 Revisão do item ―7. Metodologia‖, com indicação da 15/10/2019
valorização de metodologias inovadoras; da utilização das
Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) e da
inclusão de conceitos direcionados para a interiorização e
internacionalização, com ênfase na abordagem da realidade
de países lusófonos
3. p. 48 Inclusão, no título do tópico 10, da expressão ―Integralização 15/10/2019
Curricular‖, passando a ficar ―Estrutura e Integralização
Curricular‖
4. p. 48 No tópico ―10. Estrutura e Integralização Curricular‖, 15/10/2019
referência à oferta da disciplina de LIBRAS, em atendimento
ao Decreto Federal n.º 5.626 de 22/12/2005
5. p. 48 No tópico ―10. Estrutura e Integralização Curricular‖, 15/10/2019
destaque à oferta de disciplinas que abordam temáticas
relacionadas à história e à cultura afro-brasileira, em
conformidade à Resolução CNE/CP n.º 01, de 17 de junho
de 2004
6. p. 49 No tópico ―10. Estrutura e Integralização Curricular‖, ênfase 15/10/2019
à oferta de componente curricular que aborda conteúdos que
debatem os direitos humanos, conforme Resolução CNE/CP
n.º 01, de 30 de maio de 2012
7. p. 48 No tópico ―10. Estrutura e Integralização Curricular‖, 15/10/2019
destaque à oferta de componente curricular que aborda
conteúdos que contemplam aspectos ambientais, consoante
Resolução CNE/CP nº 02, de 15 de junho de 2012
8. p. 48 No tópico ―10. Estrutura e Integralização Curricular‖, 15/10/2019
indicação da oferta de disciplinas na modalidade à distância,
respeitando-se os limites estipulados pela legislação vigente,
com destaque à Portaria MEC n.º 1. 428/2018
9. p. 131 Inclusão das ementas dos componentes do Núcleo Optativo 15/10/2019
– Eixo Geral ―Literaturas em Língua Portuguesa: o
modernismo‖ e ―Políticas Linguísticas‖
10. p. 108 Inclusão da ementa do componente curricular 15/10/2019
―Epistemologia das Ciências Sociais‖, da área de
Concentração Ciências Sociais
11. p. 58 No tópico ―10.3 Trabalho de Conclusão de Curso‖, 15/10/2019

3
Nesta coluna constam as páginas referentes ao volume III, sempre que possível, na coluna ―TEXTO
MODIFICADO‖ indicam-se em quais páginas a alteração se encontra no volume IV.

155
atualização da referência normativa para Resolução
CONSUNI/UNILAB n.º 11/2017, em substituição à
Resolução CONSUNI/UNILAB n.º 14/2016
12. p. 66 No tópico ―10.4.1 Atividades Complementares‖, indicação da 15/10/2019
forma e do período letivo em que ocorrerá a comprovação
das Atividades Complementares.
13. p. 74 No tópico ―11. Avaliação‖, atualização da referência 15/10/2019
normativa para Resolução CONSUNI/UNILAB n.º 27/2014,
em substituição à Resolução CONSUNI/UNILAB n.º 27/2013
e inclusão de item sobre avaliação do curso, caracterizando
as atividades da Comissão Própria de Avaliação (CPA).
14. p. 84 No subitem ―13.1 Funcionamento do Colegiado do Curso‖, 15/10/2019
indicação da periodicidade das reuniões do colegiado
15. p. 86 No subitem ―13.2 Atuação do Núcleo Docente Estruturante ‖, 15/10/2019
indicação da periodicidade das reuniões do NDE
16. p. 90 No subitem ―14.2 Acessibilidade‖, inclusão da referência à 15/10/2019
Decreto nº 5.296/2004
17. p. 90 Inclusão do subitem ―14.2 Comitê de Ética em Pesquisa‖, em 15/10/2019
que consta a indicação dos procedimentos para submissão
de projetos ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) para as
pesquisas envolvendo seres humanos realizadas no curso
18. Exclusão da ementa do componente curricular 15/10/2019
―Fundamentos Filosóficos e Práticos da Capoeira e do
Samba‖ que se encontra repetida
19. Exclusão da ementa do componente curricular ―Sociologia 15/10/2019
Digital‖, que não estava presente em nenhum dos núcleos
que compõem o ―Quadro 7 – Componentes Curriculares por
Núcleos‖
20. p. 56 Inclusão do componente curricular ―Humanidades Digitais‖ 15/10/2019
no Núcleo Optativo do Eixo Geral

156

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