Relatório 3

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Universidade Federal de Uberlândia

Instituto de Química

Relatório

Química Experimental 2

Experimento 03 – Padronização de solução de ácido forte e titulação de


solução de base forte

Karine Alves de Almeida 11711QID034

Letícia Almeida Corrêa 11711QID024

Milena Lima Segismundo 11711QID027

Uberlândia – MG

27 de setembro de 2017
1. INTRODUÇÃO

Titulação ou padronização de uma solução é uma técnica comum de


laboratório em análise química quantitativa, usado para determinar a
concentração de um reagente conhecido. O método consiste em reagir
completamente um volume conhecido de uma amostra com um volume
determinado de um reagente de natureza e concentração conhecidos (solução
padrão/ titulante). O titulante é, em geral, uma solução obtida a partir de um
padrão primário, podendo ser um sal ou uma substância gerada na solução
que se deseja valorar. A solução a ter sua concentração determinada recebe o
nome de titulado.

O ponto de equivalência se dá quando a quantidade de titulante se


iguala quimicamente à quantidade de titulado, na prática esse ponto é notado
pela mudança na coloração da solução do titulado. Assim, neste experimento
será realizado a titulação ácido-base, uma vez que as reações são de uma
base com um ácido, formando sempre sal e água, desta forma ocorrendo uma
reação de neutralização, uma vez que o ácido ioniza-se quase em sua
totalidade e a base se dissocia praticamente em sua totalidade. Já o ponto final
da titulação coincide com a interrupção da titulação. Este ponto é determinado
através de um indicador ácido-base, que quando atingido há mudança na
coloração do titulado.

Os indicadores são substâncias químicas que em contato com uma


solução indica o pH (potencial hidrogeniônico), ou seja, a concentração de [H+]
(ou H3O+) em uma solução, quanto maior essa concentração mais ácida a
solução. Dessa forma, os indicadores são comumente utilizadas na titulação
para ajudar na visualização do ponto de equivalência. Visto que, o indicador
apresenta uma cor em meio ácido e outra em meio básico. Como ocorre com a
fenolftaleína, indicador ácido-base utilizado nesta prática, o qual fica rosa em
meio ácido e incolor em meio básico. E com o vermelho de metila, outro
indicador utilizado, adquirindo coloração avermelhada em meio ácido e
amarelada em meio básico.

Em uma titulação há alguns cuidados que devem ser tomados:


ambientalizar a bureta que será utilizada, ou seja, lavá-la com o titulante a ser
usado; preencher a bureta exatamente no menisco, a fim de evitar erros no
volume; titular gota a gota, evitando exceder o volume adicionado na solução
após atingido o ponto de equivalência; e secar a substância a ser utilizada
como padrão, com o propósito de liberar a água retida e pesar precisamente a
solução padrão, evitando erros ao fim, na concentração do titulado.

As substâncias utilizadas como titulante são conhecidas como solução


padrão primário ou secundário. A diferença está na pureza e na concentração,
enquanto na solução primária a pureza e concentração são conhecidas, na
secundária esses valores podem ser determinados por análises, obtendo uma
concentração duvidosa.

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2. OBJETIVOS

Utilizando a titulação, determinar a concentração exata das soluções de


ácidos e bases fortes com ajuda de indicadores ácido-base.

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1 Reagentes, Vidrarias e Equipamentos

- Espátula

- Conta gotas

- Bico de Bunsen

- Erlenmeyer 25 ml

- Pipeta 25 ml e 50 ml

- Béquer de 50 ml

- Proveta de 25 ml

- Biftalato de Potássio (C8H5KO4)

- Fenolftaleína

- Solução de ácido clorídrico (HCl 0,1 mol L-1)

- Solução de Hidróxido de sódio (NaOH 0,1 mol L-1)

- Carbonato de Sódio (Na2CO3)

- Vermelho de metila (C15H15N3O2)

3.2 Procedimento Experimental

Pesou-se duas massas de Biftalato de Potássio, uma com 0,2588g+


0,0001 e outra com 0,2480g + 0,0001.Transferiu-se para um erlenmayer de 25
ml e adicionou-se 75 ml de água. Em seguida, foi adicionado 3 gotas de
fenolftaleína e titulado com NaOH 0,1 mol L-1. Foi repetido 2 vezes.

Pipetou-se 10 ml de solução HCl de concentração teórica 0,1 mol L -1 e


foi transferido para um erlenmayer de 25 ml. Posteriormente, adicionou-se 3
gotas de fenolftaleína e titulou-se com a solução de NaOH. Repetiu-se o
experimento 2 vezes.

O Na2CO3 foi pesado duas vezes com as massas sendo 0,1500g+


0,0001 na primeira e 0,1501g+ 0,0001 na segunda. Dissolveu-se em 50 ml de
água com 5 gotas de vermelho de metila. Logo após, foi titulado com solução

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HCL 0,1 mol L-1 até a viragem para cor rosa. Aqueceu-se até a fervura e
resfriou até que a cor rosa permanecesse.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Padronização de NaOH 0,1 mol L-1 a partir de um padrão primário

Todas as titulações foram realizadas duas vezes. Na titulação de


Biftalato de Potássio de massa 0,2588 g+0,0001 foram necessários 9,70
mL+0,05 de NaOH para a neutralização, podendo ser percebido com a
mudança de coloração da solução para rosa.

Equação 1: C8H5KO4(s) + NaOH(aq) → C8H4KO4Na(aq) + H2O(l)

O valor esperado de concentração do NaOH era de 0,1 mol L -1, porém


com a técnica de titulação podemos calcular sua real concentração.

Cálculos para concentração molar do NaOH:

MM de Biftalato de Potássio: 204,55 g mol-1

N= _m_ = 0,2588 g = 0,001267 mols de Biftalato de Potássio


MM 204,22 g mol-1

Como a estequiometria da reação é de 1:1, podemos dizer que a


quantidade de matéria da base é igual a do ácido.

1L 1000 mL
X 9,70 mL de NaOH X= 0,0097 L de NaOH

M = 0,001267 mols de NaOH = 0,13 mol L-1


0,0097 L de NaOH

Na segunda titulação, a massa de Biftalato de Potássio foi 0,2480


g+0,0001e foram necessários 10,20 mL+0,05.

Realizando os cálculos novamente:

N= _m_ = _0,2480g_____ = 0,001214 mols de Biftalato de Potássio


MM 204,22 g mol-1

10,20 mL = 0,01020 L de NaOH

M = 0,001214 mols de NaOH = 0,1190 mol L-1


0,01020 L de NaOH

Para um melhor valor de concentração molar calcula-se a média dos


valores calculados.

Conc. Média = 0,13+0,1190 = 0,12 mol L-1


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Percebemos, que a concentração molar de NaOH não é o valor
esperado. Essa diferença do valor esperado para o valor real pode dá-se
devido a erros no preparo de solução, ou até mesmo nas técnicas de titulação.
O fator de correção (Fc) pode ser calculado para mostrar a correção da
concentração preparada.

Fc = Mreal/Mnominal = 0,12 = 1 (valor real 1,2)


0,1

4.2 Padronização do HCl 0,1 mol L-1 a partir da solução de NaOH


padronizada anteriormente (4.1)

Na titulação de 10,00 ml+0,02 de HCl foram necessários 13,30 ml+0,05


de NaOH para que a solução se neutralizasse.

Equação 2: HCl(aq) + NaOH(aq) → NaCl(aq) + H2O(l)

Cálculos para a real molaridade do HCl:

0,12 mols de NaOH 1000 mL


X 13,30 mL
X = 0,001596 mols de NaOH utilizado para titulação

Observamos que a estequiometria da reação é 1:1, logo o número de


mols é igual para os dois reagentes.

M = 0,001596 mols de HCl = 0,15 mol L-1


0,01 L de HCl

Neste experimento, o volume de ácido gasto nas duas titulações foi o


mesmo, por isso não é necessário calcular novamente a molaridade para fazer
a média.

Assim como visto na titulação realizada em 4.1, a molaridade não é valor


esperado e essa diferença pode dá-se pelos mesmos motivos.

Fc = Mreal/Mnominal = 0,15 = 1 (valor real 1,5)


0,1

4.3 Padronização do HCl 0,1 mol L-1 a partir da do Na2CO3

A solução de 0,1500 g+0,0001 de Na2CO3 utilizou 22,00 mL+0,05 de


HCl para chegar no ponto final da titulação.

Equação 3: 2 HCl(aq) + Na2CO3(s) → 2 NaCl(aq) + H2O(l) + CO2(g)

Nesta parte do experimento, utilizamos o vermelho de metila e foi


necessário aquecer a solução para tentar tirar o CO 2 do produto, deixando
apenas a água.

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A real concentração do HCl pode ser calculada:

MM Na2CO3 = 106 g mol-1

N= _m_ = 0,1500 g = 0,001415 mols de Na2CO3


MM 106 g mol-1

Na reação a estequiometria é de 2:1, ou seja, 2 mols de HCl equivalem a


1 mol de Na2CO3. Com isso, temos que a quantidade de matéria de HCl é duas
vezes maior que a de Na2CO3, logo o número de mols de HCl é 0,00283.

M = 0,00283 mols de HCl = 0,13 mol L-1


0,022 L de HCl

Na segunda titulação a massa pesada foi 0,01501 g+0,0001 de Na2CO3


e o volume de HCl utilizado foi 22,00 mL+0,05. Usando o mesmo raciocínio,
temos:

N= _m_ = 0,1501 g = 0,001416 mols de Na2CO3


MM 106 g mol-1

N de HCl = 2 x 0,001416 = 0,002832 mols

M = 0,002832 mols de HCl = 0,13 mol L-1


0,022 L de HCl

Como os valores medidos foram muito próximos, a concentração das


duas titulações deram iguais. Com isso, a média das concentrações é a própria
concentração encontrada.

Calculando o fator de correção temos:

Fc = Mreal/Mnominal = 0,13 = 1 (valor real 1,3)


0,1

Com isso, concluímos que a concentração real do ácido nessa titulação


está próxima da concentração nominal.

5. CONCLUSÕES

Com a realização dos experimentos, conclui-se que por meio da


titulação é possível encontrar a concentração de uma solução desconhecida.
Podendo ser obtida através do volume titulado até o ponto de equivalência da
solução, sendo observada uma mudança na coloração da solução devida a
adição do indicar. Uma vez que, os indicadores alteram a cor dependendo do
meio.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- Roteiro de Práticas, Disciplina de Química Experimental 2- Universidade


Federal de Uberlândia, Instituto de Química.2017. pág.:17-21

2- Chang, Raymond – Química Geral – Conceitos Essenciais, 4ª edição. Pág.:


559-567

3- Skoog, West, Holler, Crouch – Fundamentos de Química Analítica, 8ª


edição. Pág.: 350-358

4- SENAI, 2015. Apostila de Química Analítica em água e Efluentes. Minas


Gerais. Pág.:18-33

5- Baccan, N. A., Andrade, J.C., Coutinho, O.S. & Barone, J.S. Química
Analítica Quantitativa. Pág.: 42- 51.

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