Tecnol. Automobilistica I
Tecnol. Automobilistica I
Tecnol. Automobilistica I
TECNOLOGIA AUTOMOBILÍSTICA I
2002
Tecnologia Automobilística I
SENAI-SP, 2002
Trabalho elaborado e editorado pela Escola SENAI Conde José Vicente de Azevedo.
E-mail [email protected]
Introdução 5
Elementos de fixação 7
Mancais e rolamentos 28
Lubrificação 38
Molas 47
Elementos de transmissão 54
Eixos e árvores 72
Cames 79
Acoplamentos 86
Referências bibliográficas 99
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INTRODUÇÃO
Essas informações teóricas servem de base para as atividades práticas que devem ser
realizadas nas oficinas e devem ser estudadas com muita atenção, pois um bom
desempenho profissional no mundo do trabalho depende muito do interesse e da
dedicação de cada um ao curso.
Os professores do SENAI que organizaram este fascículo, esperam que você tire o
máximo proveito das informações aqui contidas e que elas o ajudem a ser um excelente
profissional no futuro.
Bons estudos!
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ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
Se você vai fazer uma caixa de papelão, possivelmente usará cola, fita adesiva ou
grampos para unir as partes da caixa. Por outro lado, se você pretende fazer uma caixa
ou engradado de madeira, usará pregos ou taxas para unir as partes.
Entretanto, em mecânica as peças a serem unidas, exigem elementos próprios de união que
são denominados elementos de fixação.
Neste capítulo, você vai estudar cada um desses elementos de fixação para conhecer
suas características, o material de que é feito, suas aplicações, representação,
simbologia e alguns cálculos necessários para seu emprego.
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
A união de peças feita pelos elementos de fixação pode ser de dois tipos: móvel ou
permanente.
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Na união permanente, os elementos de fixação, uma vez instalados, não podem ser
retirados sem que fiquem inutilizados. É o caso, por exemplo, de uniões feitas com
rebites e soldas.
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PARAFUSOS
Parafusos são elementos de fixação, empregados na união não permanente de peças,
isto é, as peças podem ser montadas e desmontadas facilmente, bastando apertar e
desapertar os parafusos que as mantêm unidas. Os parafusos se diferenciam pela forma
da rosca, da cabeça, da haste e do tipo de acionamento.
OBSERVAÇÃO
Cilíndrico Cônico
Prisioneiro
Há uma enorme variedade de parafusos que podem ser diferenciados pelo formato da
cabeça, do corpo e da ponta. Essas diferenças, determinadas pela função dos parafusos,
permite classificá-los em três grandes grupos: parafusos passantes, parafusos não
passantes, parafusos prisioneiros.
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• PARAFUSOS PASSANTES
Esses parafusos atravessam, de lado a lado, as peças a serem unidas, passando
livremente nos furos.
• PARAFUSOS PRISIONEIROS
São parafusos sem cabeça com rosca em ambas as extremidades, sendo recomendados
nas situações que exigem montagens e desmontagens freqüentes. Em tais situações, o
uso de outros tipos de parafusos acaba danificando a rosca dos furos.
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O quadro-síntese a seguir mostra características da cabeça, do corpo, das pontas e com
indicação dos dispositivos de atarraxamento.
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ROSCAS
Rosca é um conjunto de filetes em torno de uma superfície cilíndrica.
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Permitem, também, movimento de peças. O parafuso que movimenta a mandíbula móvel
da morsa é um exemplo de movimento de peças.
Os filetes das roscas apresentam vários perfis. Esses perfis, sempre uniformes, dão
nome às roscas e condicionam sua aplicação.
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• SENTIDO DE DIREÇÃO DA ROSCA
Dependendo da inclinação dos filetes em relação ao eixo do parafuso, as roscas ainda
podem ser direita e esquerda. Portanto, as roscas podem ter dois sentidos: à direita ou à
esquerda.
• NOMENCLATURA DA ROSCA
Independentemente da sua aplicação, as roscas têm os mesmos elementos, variando
apenas os formatos e dimensões.
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• ROSCAS TRIANGULARES
As roscas triangulares classificam-se, segundo o seu perfil, em três tipos:
- rosca métrica;
- rosca whitworth;
- rosca americana.
PORCAS
Porca é uma peça de forma prismática ou cilíndrica geralmente metálica, com um furo
roscado no qual se encaixa um parafuso, ou uma barra roscada. Em conjunto com um
parafuso, a porca é um acessório amplamente utilizado na união de peças.
MATERIAL DE FABRICAÇÃO
As porcas são fabricadas de diversos materiais: aço, bronze, latão, alumínio, plástico.
Há casos especiais em que as porcas recebem banhos de galvanização, zincagem e
bicromatização para protegê-las contra oxidação (ferrugem).
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TIPOS DE PORCAS
Certos tipos de porcas apresentam
ranhuras próprias para uso de
cupilhas. Utilizamos cupilhas para
evitar que a porca se solte com
vibrações.
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ARRUELAS
A maioria dos conjuntos mecânicos apresenta elementos de fixação. Onde quer que se
usem esses elementos, seja em máquinas ou em veículos automotivos, existe o perigo
de se produzir, em virtude das vibrações, um afrouxamento imprevisto no aperto do
parafuso. Para evitar esse inconveniente utiliza-se um elemento de máquina chamado
arruela.
Os materiais mais utilizados na fabricação das arruelas são aço-carbono, cobre e latão.
TIPOS DE ARRUELA
Para cada tipo de trabalho, existe um tipo ideal de arruela: lisa, de pressão, dentada,
serrilhada, ondulada, de travamento com orelha e arruela para perfilados.
• ARRUELA LISA
Além de distribuir igualmente o aperto, a arruela lisa tem,
também, a função de melhorar os aspectos do conjunto.
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• ARRUELA DE PRESSÃO
A arruela de pressão é utilizada na montagem de conjuntos mecânicos, submetidos a
grandes esforços e grandes vibrações. A arruela de pressão funciona, também, como
elemento de trava, evitando o afrouxamento do parafuso e da porca. É, ainda, muito
empregada em equipamentos que sofrem variação de temperatura (automóveis, prensas
etc.).
• ARRUELA DENTADA
Muito empregada em equipamentos sujeitos a grandes vibrações, mas com pequenos
esforços, como, eletrodomésticos, painéis automotivos, equipamentos de refrigeração
etc. O travamento se dá entre o conjunto parafuso/porca. Os dentes inclinados das
arruelas formam uma mola quando são pressionados e se encravam na cabeça do
parafuso.
• ARRUELA SERRILHADA
A arruela serrilhada tem, basicamente, as mesmas
funções da arruela dentada. Apenas suporta esforços
um pouco maiores. É usada nos mesmos tipos de
trabalho que a arruela dentada.
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• ARRUELA DE TRAVAMENTO COM ORELHA
Utiliza-se esta arruela dobrando-se a orelha sobre um canto vivo da peça. Em seguida,
dobra-se uma aba da orelha envolvendo um dos lados chanfrado do conjunto
porca/parafuso.
Os tipos de arruelas mais usados são os vistos até aqui. Porém, existem outros tipos
menos utilizados:
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arruela com dentes cônicos arruela com serrilhado interno
PINO
O pino une peças articuladas. Nesse tipo de união,
uma das peças pode se movimentar por rotação.
Os pinos são empregados em junções resistentes
a vibrações.
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CONTRAPINO OU CUPILHA
O contrapino ou cupilha é uma haste ou arame com forma semelhante à de um meio-
cilindro, dobrado de modo a fazer uma cabeça circular e tem duas pernas desiguais.
Introduz-se o contrapino ou cupilha num furo na extremidade de um pino ou parafuso
com porca castelo. As pernas do contrapino são viradas para trás e, assim, impedem a
saída do pino ou da porca durante vibrações das peças fixadas.
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PINO CUPILHADO
Nesse caso, a cupilha não entra no eixo, mas no próprio pino. O pino cupilhado é
utilizado como eixo curto para uniões articuladas ou para suportar rodas, polias, cabos,
etc.
ANÉIS ELÁSTICOS
O anel elástico é um elemento usado em eixos ou furos, tendo como principais funções:
• Evitar deslocamento axial de peças ou componentes.
• Posicionar ou limitar o curso de uma peça ou conjunto deslizante sobre o eixo.
OBSERVAÇÃO
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MATERIAL DE FABRICAÇÃO E FORMA
Fabricado de aço-mola, tem a forma de anel incompleto, que se aloja em um canal
circular construído no eixo.
Para que esses anéis não sejam montados de forma incorreta, é necessário o uso de
ferramentas adequadas, no caso, alicates.
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As ilustrações a seguir mostram alguns tipos de alicate:
REBITE
O rebite é formado por um corpo cilíndrico e uma cabeça.
É fabricado em aço, alumínio, cobre ou latão. É usado para fixação permanente de duas
ou mais peças.
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A fixação das pontas da lona de fricção do disco de embreagem de automóvel é feita por
rebites.
TIPOS DE REBITE
O quadro a seguir mostra a classificação dos rebites em função do formato da cabeça e
de seu emprego em geral.
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CHAVETA
A chaveta tem corpo em forma prismática ou cilíndrica que pode ter faces paralelas ou
inclinadas, em função da grandeza do esforço e do tipo de movimento que deve
transmitir.
Alguns autores classificam a chaveta como elementos de fixação e outros autores, como
elementos de transmissão. Na verdade, a chaveta desempenha as duas funções.
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MANCAIS E ROLAMENTOS
O carro de boi foi um meio de transporte típico em certas regiões brasileiras. Hoje é
pouco utilizado.
O carro de boi é uma construção simples, feita de madeira, e consta de carroceria, eixo e
rodas. O eixo é fixado à carroceria por meio de dois pedaços de madeira que servem de guia
para o eixo.
Nas extremidades do eixo são encaixadas as rodas; assim, elas movimentam o carro e
servem de apoio para o eixo.
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MANCAIS
O mancal pode ser definido como suporte ou guia em que se apoia o eixo.
MANCAIS DE DESLIZAMENTO
Geralmente, os mancais de deslizamento são constituídos de uma bucha fixada num
suporte. Esses mancais são usados em máquinas pesadas ou em equipamentos de
baixa rotação, porque a baixa velocidade evita superaquecimento dos componentes
expostos ao atrito.
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As buchas são, em geral, corpos cilíndricos ocos que envolvem os eixos, permitindo-lhes
uma melhor rotação. São feitas de materiais macios, como o bronze e ligas de metais
leves.
MANCAIS DE ROLAMENTO
Quando necessitar de mancal com maior velocidade e menos atrito, o mancal de
rolamento é o mais adequado.
ROLAMENTOS
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São geralmente constituídos de dois anéis concêntricos, entre os quais são colocados
elementos rolantes como esferas, roletes e agulhas.
O anel externo é fixado no mancal, enquanto que o anel interno é fixado diretamente ao
eixo.
D: diâmetro externo
d: diâmetro interno
R: raio de arredondamento
L: largura
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Em geral, a normalização dos rolamentos é feita a partir do diâmetro interno d, isto é, a
partir do diâmetro do eixo em que o rolamento é utilizado.
Para cada diâmetro são definidas três séries de rolamentos: leve, média e pesada.
As séries leves são usadas para cargas pequenas. Para cargas maiores, são usadas as
séries média ou pesada. Os valores do diâmetro D e da largura L aumentam
progressivamente em função dos aumentos das cargas.
Os rolamentos classificam-se de acordo com as forças que eles suportam. Podem ser
radiais, axiais e mistos.
• Mistas - suportam tanto carga radial como axial. Impedem o deslocamento tanto no
sentido transversal quanto no axial.
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Conforme a solicitação, apresentam uma infinidade de tipos para aplicação específica
como: máquinas agrícolas, motores elétricos, máquinas, ferramentas, compressores,
construção naval etc.
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VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS ROLAMENTOS
VANTAGENS
• Menor atrito e aquecimento
• Baixa exigência de lubrificação
• Intercambialidade internacional
• Não há desgaste do eixo
• Pequeno aumento da folga durante a vida útil
DESVANTAGENS
• Maior sensibilidade aos choques
• Maiores custos de fabricação
• Tolerância pequena para carcaça e alojamento do eixo
• Não suporta cargas tão elevadas como os mancais de deslizamento
• Ocupa maior espaço radial
A vedação é feita por blindagem (placa). Existem vários tipos. Os principais tipos de
placas são:
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CUIDADOS COM OS ROLAMENTOS
Na troca de rolamentos, deve-se tomar muito cuidado, verificando sua procedência e seu
código correto.
• DESGASTE
O desgaste pode ser causado por:
- deficiência de lubrificação;
- presença de partículas abrasivas;
- oxidação (ferrugem);
- desgaste por patinação (girar em falso);
- desgaste por brinelamento.
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• FADIGA
A origem da fadiga está no deslocamento da peça, ao girar em falso. A peça se
descasca, principalmente nos casos de carga excessiva.
• FALHAS MECÂNICAS
O brinelamento é caracterizado por depressões correspondentes aos roletes ou esferas
nas pistas do rolamento.
Goivagem é defeito semelhante ao anterior, mas provocado por partículas estranhas que
ficam prensadas pelo rolete ou esfera nas pistas.
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Sulcamento é provocado pela batida de uma ferramenta qualquer sobre a pista rolante.
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LUBRIFICAÇÃO
Uma empresa de bebidas utiliza em sua linha de produção uma esteira com mancais de
rolamento. A esteira transporta garrafas que são enchidas com um delicioso refrigerante
diet.
No deslocamento de duas peças entre si ocorre atrito, mesmo que as superfícies dessas
peças estejam bem polidas, pois elas sempre apresentam pequenas saliências ou
reentrâncias.
Além dessa redução do atrito, outros objetivos são alcançados com a lubrificação, se a
substância lubrificante for selecionada corretamente:
• menor dissipação de energia na forma de calor;
• redução da temperatura, pois o lubrificante também refrigera;
• redução da corrosão;
• redução de vibrações e ruídos;
• redução do desgaste.
LUBRIFICANTES
Todos os fluidos são, de certa forma, lubrificantes, porém, enquadram-se melhor nessa
classificação as substâncias que possuem as seguintes características:
• capacidade de manter separadas as superfícies durante o movimento;
• estabilidade nas mudanças de temperatura e não atacar as superfícies metálicas;
• capacidade de manter limpas as superfícies lubrificadas.
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Os lubrificantes podem ser gasosos como o ar; líquidos como os óleos em geral; semi-
sólidos como as graxas e sólidos como a grafita, o talco, a mica etc.
Óleos minerais - São substâncias obtidas a partir do petróleo e, de acordo com sua
estrutura molecular, são classificadas em óleos parafínicos ou óleos naftênicos. São
baratos e oxidam-se pouco.
Óleos vegetais - São extraídos de sementes: soja, girassol, milho, algodão, arroz,
mamona, oiticica, babaçu etc.
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LUBRIFICANTES GRAFÍTICOS
Nesses lubrificantes utiliza-se grafita nas superfícies de deslizamento, tornando-as mais
absorventes, lisas e resistentes ao engripamento. Dessa forma, encurta-se o tempo de
amaciamento.
Alguns óleos vegetais são usados na alimentação humana. Você é capaz de citar
alguns?
Os óleos sintéticos são de aplicação muito rara, em razão de seu elevado custo, e são
utilizados nos casos em que outros tipos de substâncias não têm atuação eficiente.
Os óleos minerais são os mais utilizados nos mecanismos industriais, sendo obtidos em
larga escala a partir do petróleo.
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Ponto de Viscosidade até
o
Uso fulgor C Observações
o o
E C
para máquinas de escritório,
Para a mecânica fina 125 1,8 20 instrumentos de medição,
máquinas de costura etc.
Mancais
a) eixos com velocidades elevadas 140 1,8...4 50 motores elétricos, rolamentos de
esfera, de rolos, transmissões
b) eixos sob cargas normais 160 4...7,5 50 para lubrificação por anel, por
gotejamento, e forçada para
c) eixos sob cargas leves 170 >7,5 50 máquinas com velocidades baixas
Eixos
a) para estradas de ferro federais da 160 8...10 50 óleo de verão para vagões de trem
Alemanha 140 4,5...8 50 normais e pequenos, de óleo de
b) para outras finalidades 140 >4 50 inverno, bonde e carrinhos de
140 >4 50 transporte
Compressores
a) compressores a êmbolo 175 4..12 50 para válvulas ºE = 4...12, para
200 6...10 50 registros de gaveta
b) compressores de alta pressão 200 >6 50 ºE = 6...10, não utilizável para
c) compressores de paletas 175 6...12 50 gases oxidantes
Redutores
a) transmissões por engrenagens e 175 >12 50
redutores com parafusos sem-fim, em
automóveis não para redutores de turbinas a
b) para outras transmissões por 175 >4 50 vapor
engrenagens e em redutores com parafuso
sem-fim
Motores estacionários e de veículos
Motores para automóveis 200 >8 50 verão
Motores com carburador e motores diesel
Motores diesel estacionários: n > 600 rpm 185 4..8 50 inverno
Motores a gás
a) máquinas pequenas 160 >3 50
b) máquinas grandes para cilindros somente refinados
• de quatro tempos 175 >4 50
• de dois tempos 175 >6 50
Máquinas a vapor
a) vapor saturado 240 2,5...7 100 para cilindros
b) vapor superaquecido 270 3...9 100
Turbinas a vapor 165 2,5...3.4 50 óleos resistentes ao envelhecimento,
180 3,4...7 não-emulsionáveis
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GRAXAS
As graxas são compostos lubrificantes semi-sólidos constituídos por uma mistura de óleo,
aditivos e agentes engrossadores chamados sabões metálicos, à base de alumínio, cálcio,
sódio, lítio e bário.
TIPOS DE GRAXA
Os tipos de graxa são classificados com base no sabão utilizado em sua fabricação.
Graxa à base de alumínio: macia; quase sempre filamentosa; resistente à água; boa
estabilidade estrutural quando em uso; pode trabalhar em temperaturas de até 71°C. É
utilizada em mancais de rolamento de baixa velocidade e em chassis.
Graxa à base de sódio: geralmente fibrosa; em geral não resiste à água; boa
estabilidade estrutural quando em uso. Pode trabalhar em ambientes com temperatura de
até 150°C. É aplicada em mancais de rolamento, mancais de rodas, juntas universais etc.
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Graxa à base de lítio: vaselinada; boa estabilidade estrutural quando em uso; resistente à
água; pode trabalhar em temperaturas de até 150°C. É utilizada em veículos automotivos e
na aviação.
Graxa mista: é constituída por uma mistura de sabões. Assim, temos graxas mistas à
base de sódio-cálcio, sódio-alumínio etc.
Ponto de Teor de
Uso Gotejamento água Observações
o
acima de C abaixo de %
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CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES
Há duas normas de classificação dos lubrificantes, desenvolvidas pela SAE (Sociedade
dos Engenheiros de Automóveis) e pelo NLGI (Instituto Nacional de Graxa Lubrificante -
Estados Unidos).
ADITIVOS
Aditivos são substâncias que entram na formulação de óleos e graxas para conferir-lhes
certas propriedades. A presença de aditivos em lubrificantes tem os seguintes objetivos:
• melhorar as características de proteção contra o desgaste e de atuação em trabalhos
sob condições de pressões severas;
• aumentar a resistência à oxidação e corrosão;
• aumentar a atividade dispersante e detergente dos lubrificantes;
• aumentar a adesividade;
• aumentar o índice de viscosidade.
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EXERCÍCIOS
1. Responda.
a) No que consiste a lubrificação?
d) O que é viscosidade?
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MOLAS
As molas, como você pode ver nesse problema, têm função muito importante
São diversas as funções das molas. Observe, por exemplo, nas ilustrações, sua função
na prancha de um trampolim. São as molas que permitem ao mergulhador elevar-se, sob
impulso, para o salto do mergulho.
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Peças fixadas entre si com elementos elásticos podem ser deslocadas sem sofrerem
alterações. Assim, as molas são muito usadas como componentes de fixação elástica.
Elas sofrem deformação quando recebem a ação de alguma força, mas voltam ao estado
normal, ou seja, ao repouso, quando a força pára.
As molas são usadas para amortecer choques, reduzir ou absorver vibrações e para
tornar possível o retorno de um componente mecânico à sua posição primitiva. Com
certeza, você conhece muitos casos em que se empregam molas como, por exemplo,
estofamentos, fechaduras, válvulas de descarga, suspensão de automóvel, relógios,
brinquedos.
TIPOS DE MOLA
Os diversos tipos de molas podem ser classificados quanto à sua forma geométrica ou
segundo o modo como resistem aos esforços.
Quanto à forma geométrica, as molas podem ser helicoidais (forma de hélice) ou planas.
Molas helicoidais
Molas planas
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Quanto ao esforço que suportam, as molas podem ser de tração, de compressão ou de
torção.
MOLAS HELICOIDAIS
A mola helicoidal é a mais usada em mecânica. Em geral, ela é feita de barra de aço
enrolada em forma de hélice cilíndrica ou cônica. A barra de aço pode ter seção retangular,
circular, quadrada, etc. Em geral, a mola helicoidal é enrolada à direita. Quando a mola
helicoidal for enrolada à esquerda, o sentido da hélice deve ser indicado no desenho.
As molas helicoidais podem funcionar por compressão, por tração ou por torção.
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A aplicação de uma mola helicoidal de compressão pode ser vista, observando-se um
furador de papéis.
A mola helicoidal de tração possui ganchos nas extremidades, além das espiras. Os
ganchos são também chamados de olhais.
A mola helicoidal de torção tem dois braços de alavancas, além das espiras.
50
Agora veja exemplos de molas helicoidais cônicas e suas aplicações em utensílios
diversos.
As molas de compressão são enroladas com as espiras separadas de forma que possam
ser comprimidas.
51
MOLAS PLANAS
As molas planas são feitas de material plano ou em fita. Elas podem ser simples ou em
forma de feixes.
A mola plana simples é empregada somente para algumas cargas. Em geral, essa mola é
fixa numa extremidade e livre na outra. Quando sofre a ação de uma força, a mola é
flexionada em direção oposta.
MATERIAL DE FABRICAÇÃO
As molas podem ser feitas com os seguintes materiais: aço, latão, cobre, bronze,
borracha, etc.
Para selecionar o tipo de mola, é preciso levar em conta certos fatores, como por exemplo,
espaço ocupado, peso e durabilidade. Há casos em que se deve considerar a observação
das propriedades elásticas, atritos internos ou externo adicional (amortecimento, relações
especiais entre força aplicada e deformação).
53
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO
Esses conhecimentos serão necessários para que você seja capaz de:
• Determinar a carga útil na utilização de máquinas e equipamentos com transmissão
de movimentos giratórios por corrente ou correias;
• Preservar através de manutenção preventiva as correntes e correias de transmissão;
• Analisar a vida útil e solicitar troca das correntes e correias das máquinas e
equipamentos.
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CONCEITO DE TRANSMISSÃO
Eixos-árvore estriados
A transmissão por atrito possibilita uma boa centralização das peças ligadas aos eixos.
Entretanto, não possibilita transmissão de esforços tão grandes quanto os transmitidos
pela forma. Os principais elementos de transmissão por atrito são os elementos anelares
e arruelas estreladas.
Elementos anelares
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Esses elementos constituem-se de dois anéis cônicos apertados entre si e que atuam ao
mesmo tempo sobre o eixo e o cubo.
Arruelas estreladas
As arruelas estreladas possibilitam grande rigor de movimento axial (dos eixos) e radial
(dos raios). As arruelas são apertadas por meio de parafusos que forçam a arruela contra
o eixo e o cubo ao mesmo tempo.
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO
Para que um conjunto de transmissão realize seu trabalho, ele deve ser composto de
uma série de elementos de máquinas a saber:
• correntes;
• correias;
• polias;
• engrenagens;
• eixos;
• acoplamentos.
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É aplicada para grandes distâncias entre árvores, o que não poderia ser alcançado de
forma normal por par de rodas dentadas. A corrente liga sucessivamente os dentes das
polias dentadas transmitindo o movimento giratório no mesmo sentido.
A transmissão por corrente é utilizada quando não se podem usar correias por causa da
umidade, vapores, óleos, etc.
CORRENTE DE ROLOS
A corrente de rolos é normalizada e precisa ter um passo P e um diâmetro d constantes e
precisos. Ela é formada de placa exterior, placa interior, passador, rolo e mancal.
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A corrente de rolo pode ser simples ou dupla e durante o funcionamento produz atrito de
rolamento entre o rolo e a polia dentada, exigindo assim lubrificação boa e constante.
CORRENTE DENTADA
A corrente dentada é empregada quando se requer uma marcha tranqüila com grandes
velocidades periféricas (até 20m/s), ou quando se transmitem grandes potências.
A corrente dentada tem os flancos dos dentes retos e é mais pesada que o de rolo
(maiores forças centrífugas).
Corrente de dentes
POLIA DENTADA
A correia dentada é usada com a polia dentada. A forma básica da polia dentada é o
polígono regular inscrito no diâmetro primitivo d que tem o mesmo número de lados que o
número de dentes z e cujo lado é igual ao passo p da corrente.
Polígono regular
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Para que a corrente engrene com facilidade, a lateral do dente é afiada (b2, b3) e o
encaixe tem uma folga de 10% (b1 - b2) conforme figura a seguir.
Dimensões principais
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TRANSMISSÃO POR CORREIA
A transmissão por correia se faz por fechamento de força entre dois eixos-árvores, com a
vantagem de permitir relações de transmissões. A força de aperto necessária se produz
mediante a tensão da correia (tensão de alongamento) durante sua montagem.
Dado que as correias em marcha batem um pouco sobre as polias, a função não se
transmite de forma íntegra.
OBSERVAÇÃO
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No acionamento simples, as polias motriz e movida giram no mesmo sentido. No
acionamento cruzado, ocorrem ângulos de abraçamento maiores, porém as correias
retorcidas se desgastam mais depressa e as polias giram em sentido contrário.
Acionamento cruzado
Quando a relação de transmissão supera i = 6:1, tem que se aumentar mediante rolo
tensor o ângulo de abraçamento da polia menor. O rolo tensor é pressionado por força de
mola ou peso e diminui sua ação quando cessa o movimento.
A tensão da correia é controlada pelo deslocamento do motor, que pode ser feito sobre
guias ou por basculante.
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Os materiais das correias planas são:
• Couro de lombo de boi: as correias recebem emendas, suportam grandes cargas e
são bastante elásticas.
• Material fibroso e sintético: as correias não recebem emendas (peça sem-fim); são
próprias para suportar forças sem oscilações para polias de pequenos diâmetros e
têm como material base o algodão, o pêlo de camelo, a viscose, o perlon e o nylon.
• Material combinado de couro e sintético: a cinta de rolamento é de couro curtido
ao cromo e sobre a cinta existe uma cobertura de material sintético (perlon) que
suporta grandes solicitações. Estas correias são muito flexíveis e podem transmitir
grandes forças.
OBSERVAÇÃO
62
As rodas dentadas são feitas com módulo 6 ou 10 e a altura dos dentes entre 4 e 4,5mm.
São fundidas normalmente a pressão ou fundidas em areia especial com grande precisão
de medidas e bom acabamento superficial.
Os perfis das correias trapezoidais são normalizados com b0 = 9,7 até 22mm com
comprimentos correspondentes.
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As polias são normalizadas com vários canais. Os ângulos dos canais obedecem ao
diâmetro da polia (menor diâmetro, menor ângulo. Eles são α = 32o, 34o e 38o.
Correia trapezoidal
Os canais das polias são executados de forma que a correia não sobrepasse o canto
superior do canal e não encoste no seu fundo, o que anularia o efeito de cunha.
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Dimensões normais das polias de múltiplos canais
75 a 170 34º
A 9,50 15 13 3 2 13 5 1,0 5
Essas dimensões são obtidas a partir de consultas em tabelas. Vamos ver um exemplo
que pode explicar como consultar tabela.
Imaginemos que se vai executar um projeto de fabricação de polia, cujo diâmetro é de 250
mm, perfil padrão da correia C e ângulo do canal de 34º. Como determinar as demais
dimensões da polia?
A montagem das polias necessita de uma centragem perfeita entre a polia e seu eixo e
um alinhamento exato entre a polia motriz e a polia movida.
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A centragem pode ser verificada por meio de esquadro ou graminho e o alinhamento por
meio de régua para pequenas distâncias ou cordão tencionado para distâncias maiores.
A transmissão de força ocorre quando se pressiona uma roda de fricção contra outra roda
de periferia lisa mediante a força de aperto Fn (Fn = força normal perpendicular à
tangente no ponto de contato).
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Com a força Fn aplicada surge nas superfícies das rodas tangencial Fr (força de atrito).
Sua intensidade depende da Fn e do coeficiente de atrito µ entre as superfícies que
trabalham conjuntamente.
Fr = Fn . µ em N
Coeficiente de atrito µ entre:
material sintético e FoFo 0,3..0,4
couro e FoFo 0,2..0,3
borracha e FoFo 0,7..0,8
Para conseguir condições favoráveis de fricção, uma das rodas é recoberta com uma
guarnição de material sintético, borracha ou couro. Quando as cargas são pequenas as
guarnições de borracha se fixam elasticamente sobre as rodas, no caso de grandes
cargas a borracha é vulcanizada com arames de aço no interior da guarnição para
reforçar e dissipar melhor o calor.
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As vantagens dos acionamentos por roda de fricção são:
• Regulagem de velocidades sem escalonamento
• Menor distância entre eixos
• Alto rendimento (0,85 a 0,9)
• Baixo custo de manutenção
• Funcionamento silencioso
EXERCÍCIOS
Responda às seguintes perguntas:
68
6. Quando se utiliza a corrente dentada?
14. Qual marca não deve ultrapassar a relação de transmissão e a distância entre eixos
na transmissão por correia plana?
69
15. Comente o sentido de giro das correias.
70
24. Como ocorre a transmissão por roda de fricção?
71
EIXOS E ÁRVORES
Assim como o homem, as máquinas contam com sua “coluna vertebral” como um dos
principais elementos de sua estrutura física: eixos e árvores.
Os eixos e árvores podem ter perfis lisos ou compostos. Nesses perfis são montadas as
engrenagens, polias, rolamentos, volantes, manípulos etc.
72
Quando se trata de eixo-árvore giratório, o eixo se movimenta juntamente com seus
elementos ou independentemente deles como, por exemplo, eixos de afiadores
(esmeris), rodas de trole (trilhos), eixos de máquinas-ferramenta, eixos sobre mancais.
MATERIAL DE FABRICAÇÃO
Os eixos e árvores são fabricados em aço ou ligas de aço, pois os materiais metálicos
apresentam melhores propriedades mecânicas do que os outros materiais. Por isso, são
mais adequados para a fabricação de elementos de transmissão:
• eixos com pequena solicitação mecânica são fabricados em aço ao carbono;
• eixo-árvore de máquinas e automóveis são fabricados em aço-níquel;
• eixo-árvore para altas rotações ou para bombas e turbinas são fabricados em aço
cromo-níquel;
• eixo para vagões são fabricados em aço-manganês.
Quando os eixos e árvores têm finalidades específicas, podem ser fabricados em cobre,
alumínio, latão. Portanto, o material de fabricação varia de acordo com a função dos eixos
e árvores.
Conforme sua funções, uma árvore pode ser de engrenagens (em que são montados
mancais e rolamentos) ou de manivelas, que transforma movimentos circulares em
movimentos retilíneos.
73
Para suporte de forças radiais, usam-se espigas retas, cônicas, de colar, de manivela e
esférica.
As forças axiais têm direção perpendicular (90º) à seção transversal do eixo, enquanto as
forças radiais têm direção tangente ou paralela à seção transversal do eixo.
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TIPOS DE EIXOS
Quanto ao tipo, os eixos podem ser roscados, ranhurados, estriados, maciços, vazados,
flexíveis, cônicos, cujas características estão descritas a seguir.
EIXOS MACIÇOS
A maioria dos eixos maciços tem seção transversal circular maciça, com degraus ou
apoios para ajuste das peças montadas sobre eles. A extremidade do eixo é chanfrada para
evitar rebarbas. As arestas são arredondadas para aliviar a concentração de esforços.
EIXOS VAZADOS
Normalmente, as máquinas-ferramenta possuem o eixo-árvore vazado para facilitar a fixação
de peças mais longas para a usinagem. Os eixos vazados também são empregados nos
motores de avião, por serem mais leves.
E IXOS C ÔNICOS
Os eixos cônicos devem ser ajustados a um componente que possua um furo de encaixe
cônico. A parte que se ajusta tem um formato cônico e é firmemente presa por uma
porca. Uma chaveta é utilizada para evitar a rotação relativa.
75
EIXOS ROSCADOS
Esse tipo de eixo é composto de rebaixos e furos roscados, o que permite sua utilização
como elemento de transmissão e também como eixo prolongador utilizado na fixação de
rebolos para retificação interna e de ferramentas para usinagem de furos.
EIXOS-ÁRVORE RANHURADOS
Esse tipo de eixo apresenta uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua
circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de peças que
serão montadas no eixo. Os eixos ranhurados são utilizados para transmitir grande força.
EIXOS-ÁRVORE ESTRIADOS
Assim como os eixos cônicos, como chavetas, caracterizam-se por garantir uma boa
concentricidade com boa fixação, os eixos-árvore estriados também são utilizados para
evitar rotação relativa em barras de direção de automóveis, alavancas de máquinas etc.
EIXOS-ÁRVORE FLEXÍVEIS
Consistem em uma série de camadas de arame de aço enroladas alternadamente em
sentidos opostos e apertadas fortemente. O conjunto é protegido por um tubo flexível e a
união com o motor é feita mediante uma braçadeira especial com uma rosca.
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São eixos empregados para transmitir movimento a ferramentas portáteis (roda de afiar),
e adequados a forças não muito grandes e altas velocidades (cabo de velocímetro).
EXERCÍCIOS
Marque com um X a única resposta correta.
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4. Os eixos podem ser:
a) ( ) flexíveis ou giratórios;
b) ( ) imóveis ou fixos;
c) ( ) fixos ou giratórios;
d) ( ) fixos ou oscilantes.
78
CAMES
79
À medida que o came vai girando, o seguidor sobe e desce, ou vice-versa. Veja dois
momentos desse movimento.
TIPOS DE CAMES
CAME DE DISCO
É um came rotativo e excêntrico. Consta de um disco, devidamente perfilado, que gira
com velocidade constante, fixado a um eixo. O eixo comanda o movimento alternativo
axial periódico de uma haste denominada seguidor.
80
CAME DE TAMBOR
Os cames de tambor têm, geralmente, formato de cilindro ou cone sobre o qual é feita
uma ranhura ou canaleta. Durante a rotação do cilindro em movimento uniforme, ocorre
deslocamento do seguidor sobre a ranhura. O seguidor é perpendicular à linha de centro
do tambor e é fixado a uma haste guia.
CAME FRONTAL
Tem a forma de um cilindro seccionado, sendo que as geratrizes têm comprimentos
variados. Durante a rotação do cilindro em movimento uniforme, ocorre o movimento
alternativo axial periódico do seguidor, paralelo à geratriz do tambor.
81
O disco (A), ao girar pelo eixo (O), com movimento uniforme, faz com que o quadro (B) se
desloque com movimentos alternados de vaivém.
O disco triangular, ao girar com movimento circular uniforme, conduz o quadro num
movimento alternado variado.
CAME DE PALMINHA
Palminhas são cames que transformam o movimento circular contínuo em movimento
intermitente de queda. Existem palminhas de martelo e de pilão.
82
• PALMINHA DE MARTELO
Nesse tipo de came, a distância entre os dentes do elemento condutor deve ter
dimensões que evitem a queda da alavanca sobre o dente seguinte. Portanto, é preciso
que, durante a queda da alavanca, o elemento condutor permaneça girando.
• PALMINHA DE PILÃO
Nesse tipo de came, o elemento condutor deve ser perfilado de modo que, durante o
movimento circular, a haste do pilão faça o movimento uniforme de subida e a sua
descida seja rápida.
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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO MOVIMENTO DO CAME DE DISCO
O disco, ao girar, apresenta seus contornos excêntricos, com raios variáveis. A haste se
desloca conforme o movimento dado pela excentricidade ou pela diferença desses raios.
Veja o desenho.
Para entender melhor, analise a figura acima. Pode-se verificar que, quando o came gira
no sentido da seta A, o seguidor toca o came nos pontos 1', 2', 3', 4'..., retornando ao
ponto 1', após uma volta completa. Para obter o diagrama do came, basta retificar a
circunferência de raio 0-1 da figura anterior.
84
APLICAÇÃO DOS CAMES
EXERCÍCIOS
Marque com um X a resposta correta.
85
ACOPLAMENTOS
Após estudar esses conteúdos, o aluno será capaz de aplicar conhecimentos para:
• Preservar os acoplamentos, utilizando-os sem ultrapassar seus limites técnicos;
• Realizar manutenção preventiva para acoplamentos;
• Analisar o projeto ou a copra do acoplamento mais indicado para o trabalho.
São constituídos fundamentalmente de suas partes, geralmente dois discos, e peças que
realizam a união entre ambas.
Essa união efetua-se por arraste de forma (pinos, ressaltos, garras, etc.) ou por arraste
de força mediante superfícies de fricção com uma força perpendicular que é normal a
elas.
86
A figura a seguir mostra um acoplamento por arraste de forma, onde o momento de giro é
transferido de árvore a árvore por força perpendicular ao eixo de simetria.
Md = momento de giro
F = força do momento de giro
l = braço da alavanca
87
A força F atua como força tangencial nos elementos de união, como esforço de
cisalhamento nos pinos, como força de aperto em garras e como força de fricção nas
superfícies de fricção. Se os elementos da união resistem a uma grande força tangencial
F, pode-se usar um pequeno braço de alavanca l .
A união pode ser elástica, quando se usam elementos de borracha, plástico, arame,
cintas de aço e sintéticos entre os elementos de arraste.
88
TIPOS DE ACOPLAMENTOS
A união de um equipamento motriz (motor) a uma equipamento operador (bomba d’água)
é que determina o tipo de acoplamento desejado.
ACOPLAMENTOS RÍGIDOS
Os acoplamentos rígidos unem árvores de tal forma que elas atuam como se fosse uma
única peça. São recomendados para alta rotação, necessitam de um alinhamento perfeito
e transmitem grandes momentos de giro.
89
ACOPLAMENTOS MÓVEIS
Os acoplamentos móveis transmitem o momento de giro por fechamento de forma,
facilitando a acomodação de pequenas variações de deslocamento e dilatação das
árvores.
ACOPLAMENTO ELÁSTICO
Os acoplamentos elásticos transmitem o momento de giro por fechamento de forma
mediante elementos de união flexíveis. Sua principal características é compensar
oscilação bruscas, deslocações das árvores, dilatação térmica, alojamento impreciso e
deformações nos apoios dos rolamentos (desalinhamento).
90
A parte elástica do acoplamento compensa possíveis desvios e/ou deslocações. Quando
na árvore impulsora ocorre bruscamente um grande momento de giro, aumenta
subitamente também a força tangencial que atua sobre a união elástica.
Essa força deforma as peças elásticas da união que absorvem, por um processo de
amortização, a energia que fluir. O processo consegue transmitir com maior uniformidade
o movimento de rotação.
91
ACOPLAMENTOS DESACOPLÁVEIS (POR EMBREAGEM)
Os acoplamentos por embreagem que trabalham por fechamento de forma só podem
acoplar-se quando estão parados e sem carga.
Embreagens mecânicas
Todos os aros se deslocam no sentido axial e a fricção entre suas superfícies é que
proporciona o arraste.
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A embreagem eletromagnética une a árvore a uma roda dentada. Permite acionamento a
distância por cabo. Quando se conecta a corrente contínua, cria-se um campo magnético
em torno da bobina do eletroimã. Este campo magnético flui através das lâminas e atrai
firmemente o disco de aperto.
ACOPLAMENTOS ESPECIAIS
O acoplamento centrífugo e o acoplamento de sobrepasso são considerados especiais
pelo seu uso bastante específico.
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JUNTA UNIVERSAL HOMOCINÉTICA
Esse tipo de junta é usado para transmitir movimento entre árvores que precisam sofrer
variação angular, durante sua atividade. Essa junta é constituída de esferas de aço que
se alojam em calhas.
MONTAGEM DE ACOPLAMENTOS
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• O alinhamento das árvores deve ser o melhor possível mesmo que sejam usados
acoplamentos elásticos, pois durante o serviço ocorrerão os desalinhamentos a serem
compensados.
• Fazer a verificação da folga entre flanges e do alinhamento e concentricidade do
flange com a árvore.
• Certificar-se de que todos os elementos de ligação estejam bem instalados antes de
aplicar a carga.
LUBRIFICAÇÃO DE ACOPLAMENTOS
EXERCÍCIOS
Responda às seguintes perguntas
1. Descreva as partes principais dos acoplamentos.
95
3. Quais momentos de giro transmitem os acoplamentos?
4. Comente a fórmula Md = F . l.
6. Quando o momento de giro é transferido por fricção, como deve permanecer a força
F?
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11. Comente os acoplamentos móvel por garras, móvel por dentes e móvel de articulação
com duas rótulas.
12. Comente a deslocação axial, o desvio radial, a deslocação angular e o desvio radial
com deslocação angular.
97
19. Comente o acoplamento centrífugo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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