ESTUDO DIRIGIDO SISTEMA URINARIO Ufma
ESTUDO DIRIGIDO SISTEMA URINARIO Ufma
ESTUDO DIRIGIDO SISTEMA URINARIO Ufma
São Luís - MA
2021
EMANOEL RIBEIRO DE BRITO JUNIOR
JOSE LACERDA NETO
JOSE DIOGO DE LIMA FILHO
JULIA FARIAS MELO
KWANG IL MARCIAGA TEOFILO
LAYNA LOUISE CARDOSO GONÇALVES TRAVASSOS
LEILANE BARBOSA LICA
MARIANA MENDONÇA CLAUDINO
MATEUS BALBINO BARBOSA DE CARVALHO
MATHEUS DA CUNHA MORAES
MIKAELE NALA COSTA DOS SANTOS
RENAN MOREIRA MARQUES
São Luís – MA
2021
1. Classificar morfologicamente o Sistema Urinário
2.2 Ureter:
Várias estruturas passam por cima, acima e ao redor dos ureteres em seu trajeto dos rins
até a bexiga. Em sua parte superior, o ureter viaja no músculo psoas maior e fica logo atrás
do peritônio. A veia cava inferior e a aorta abdominal situam-se na linha média dos ureteres
direito e esquerdo, respectivamente. Na parte inferior do abdome, o ureter direito fica atrás do
mesentério inferior e do íleo terminal, e o ureter esquerdo fica atrás do jejuno e do cólon
sigmóide.
Conforme os ureteres entram na pelve, eles são envolvidos por tecido conjuntivo e
viajam para trás e para fora, passando na frente das artérias ilíacas internas e das veias ilíacas
internas. Eles então viajam para dentro e para frente, cruzando as artérias umbilical, vesical
inferior e retal média. A partir daqui, nos homens, eles se cruzam sob os canais deferentes e na
frente das vesículas seminais para entrar na bexiga perto do trígono. Nas mulheres, os ureteres
passam atrás dos ovários e, em seguida, passam na seção da linha média inferior do ligamento
largo do útero. Eles então passam pelo colo do útero, viajando para dentro em direção à bexiga.
2.3 Bexiga:
Bexiga é o órgão no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É
uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Depois da bexiga segue-se a uretra, o
ducto que exterioriza a urina produzida pelo organismo.
Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à
sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal. É um órgão muscular oco,
elástico, que nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e, nas mulheres está à frente da
vagina e abaixo do útero. Nas mulheres, a sua superfície inferior assenta na sínfise púbica e a
parede posterior está em contato com a vagina e o útero. Nos homens, a superfície inferior da
bexiga assenta na sínfise púbica e na próstata, posteriormente está o terço distal do reto. Entre
a superfície posterior da bexiga e a superfície anterior do útero existe um recesso peritoneal
chamado fundo de saco vesicouterino. Nos homens, o recesso peritoneal entre a bexiga e o reto
chama-se fundo de saco retovesical.
A bexiga tem quatro superfícies anatômicas: superior, inferior, inferolateral direita e
inferolateral esquerda. Além disso, pode ainda ser dividida em: Corpo, delimitado
anteriormente pelo ápice e posteriormente pelo fundo; e Colo, localizado inferiormente na
região do orifício interno da uretra, emerge da união das superfícies inferolaterais direita e
esquerda.
A túnica mucosa da maior parte da bexiga vazia é pregueada, mas estas pregas
desaparecem quando a bexiga está cheia. A área da túnica mucosa que reveste a face interna da
base da bexiga (fundo da bexiga) é chamada de trígono da bexiga. Esse fundo da bexiga contém
três aberturas que formam o trígono da bexiga: o orifício interno da uretra - Óstio interno da
uretra (uretral)- nela há um batente da mucosa que é uma porção vestigial (úvula vesical) -; e
os dois orifícios ureterais - Óstios ureterais da entrada do ureter na bexiga (entre eles há a prega
Inter uretérica) -. Sua túnica muscular é composta por músculo liso, possuindo fibras
musculares entrelaçadas em todas as direções, originando o músculo detrusor, o qual constitui
a parede da bexiga e forma o esfíncter interno da uretra em torno do colo da bexiga. O músculo
detrusor contrai em torno dos orifícios ureterais quando a bexiga contrai de forma a prevenir
refluxo vesicoureteral (refluxo de urina para os ureteres).
O sistema nervoso autônomo parassimpático é o responsável pela contração da
musculatura da bexiga, resultando na vontade de urinar. A capacidade média da bexiga de um
adulto é de 700 a 800 ml, mas o estímulo é percebido a partir de 270 - 310 ml. As mulheres
começam a sentir o estímulo mais tarde que os homens, pois a bexiga esférica contém volumes
um pouco maiores.
A saída da bexiga urinária contém um músculo circular chamado esfíncter interno, que
se contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente a esse músculo,
envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo, que é controlado
voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar. A capacidade média da
bexiga urinária é de 700 – 800 ml; é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço
imediatamente acima da bexiga.
2.4 Uretra:
A uretra é o canal excretor da bexiga onde transporta a urina da bexiga até o exterior do
corpo. A uretra estende-se desde o orifício interno da uretra na bexiga até o orifício externo da
uretra na genitália externa. O trajeto varia com o sexo do indivíduo.
Prostática - parte da uretra que penetra a próstata e na qual esta se junta ao ducto
ejaculatório do sistema reprodutor masculino. Aqui a uretra recebe os componentes
do esperma dos canais deferentes, dúctulos prostáticos e vesículas seminais;
Membranosa – parte da uretra que é rodeada pelo diafragma urogenital, com uma densa
camada de músculo esquelético (ativado conscientemente) que constitui o esfíncter
externo (voluntário) uretral. Lateralmente a essa porção estão as glândulas
bulbouretrais (de Cowper), uma de cada lado;
Esponjosa (peniana) – parte da uretra que viaja através do corpo esponjoso do pênis.
Nesta porção existem glândulas produtoras de muco (muitas pequenas glândulas
de Littré), que secretam lubrificante sexual. Também é na uretra esponjosa que se abrem
os ductos das glândulas bulbouretrais. A uretra na glande dilata-se formando a fossa
navicular e termina no meato da glande do pênis. A uretra abre-se através do orifício
externo da uretra na extremidade da glande.
OBS: as uretras masculinas e a femininas se diferem em seu trajeto. Na mulher, a uretra é curta
(3,8cm) e faz parte exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se
anteriormente à vagina e entre os lábios menores. Já no homem, a uretra faz parte dos sistemas
urinário e reprodutor. Medindo cerca de 20 cm, é muito mais longa que a uretra feminina.
Quando a uretra masculina deixa a bexiga, ela passa através da próstata e se estende ao longo
do comprimento do pênis. Assim, a uretra masculina atua com duas finalidades: conduz a urina
e o esperma.
3. Vascularização e Inervação do Sistema Urinário
3.1 Rim
3.1.1 Vascularização
Artérias
O sangue entra aos rins por meio das artérias renais (ramificações aorta abdominal).
Essas artérias se dividem em diversas artérias segmentais. Estas artérias não possuem
anastomoses entre si, portanto se uma delas for obstruída, esse segmento irá morrer ou
infartar.
As artérias segmentais se distribuem pelos segmentos renais da seguinte forma:
o O segmento superior (apical) é suprido pela artéria segmental superior ou
apical.
o Os segmentos antero-superior e antero-inferior são supridos pelas artérios
segmentais homônimas, respectivamente.
o O segmento inferior é suprido pela artéria segmental inferior.
o A artéria segmental posterior, que se origina do ramo posterior da artéria renal,
supre o segmento posterior dos rins.
No seio renal, as artérias segmentais se ramificam em artérias interlobares, que
adentram o parênquima renal e percorrem a borda das medulas renais (pirâmides).
Normalmente, diversas artérias renais adentram o hilo do rim. Pode acontecer, também,
que artérias renais extra-hilares provenientes da artéria renal ou da aorta adentrem na
superfície externa do rim, comumente em seus polos, sendo denominadas (artérias
polares).
Veias
Diversas veias renais drenam cada um dos rins e se unem de forma variável para formar
as veias renais direita e esquerda, que se localizam anteriormente às artérias renais
direita e esquerda, respectivamente. Cada uma dessas veias drena em direção à veia cava
inferior.
Linfáticos
Os vasos linfáticos renais seguem as veias renais e drenam em direção aos nódulos
lombares (caval e aórtico) direito e esquerdo.
3.1.2 Inervação
Os nervos dos rins surgem do plexo nervoso renal e consistem em fibras simpáticas e
parassimpáticas.
O plexo nervoso renal é suprido por fibras provenientes dos nervos esplâncnicos
abdominal e pélvico, especialmente o último.
3.2 Ureter
3.2.1 Vascularização
Artérias
A porção abdominal do ureter é irrigada por ramos uretéricos provenientes das artérias
renal (principalmente), testicular/ovariana, aorta abdominal e artéria ilíaca comum.
Essas artérias formam uma rede anastomótica longitudinal ao longo da parede uretérica.
A porção pélvica da uretra é irrigada de forma variável, com ramos uretéricos
estendendo-se das artérias ilíaca comum, ilíaca interna e ovariana.
As artérias que irrigam as porções terminais (pélvicas) da uretra são os ramos uretéricos
das artérias uterinas, nas mulheres, e das artérias vesicais inferiores, nos homens.
Veias
A drenagem é uma reflexão da irrigação arterial, ou seja, as veias drenam em direção às
veias de mesmo nome que as artérias. Drenam em direção à veia
Linfáticos
A parte abdominal da uretra é drenada por vasos que podem se juntar aos vasos que
drenam os rins ou podem ir diretamente aos nódulos lombares.
Os linfáticos da parte média do ureter geralmente drenam em direção aos nódulos ilíacos
comuns.
Vasos linfáticos da parte inferior da uretra podem drenar em direção aos nódulos ilíacos
comum, externo ou interno.
3.2.2 Inervação
Os nervos da parte abdominal e pélvica dos ureteres derivam dos plexos:
o Renal
o Aórtico abdominal
o Hipogástrico superior e inferior
As fibras parassimpáticas são associadas aos segmentos vertebrais S2 – S4.
A sensação de dor é transmitida por fibras aferentes viscerais que seguem fibras
simpáticas em direção ao gânglio espinhal e ao segmento vertebral T11 – L1 ou L2.
3.3 Bexiga
3.3.1 Irrigação
Parte superior:
Artérias vesicais superiores
Base
Artérias do ducto deferente (homem)
Artérias vesicais inferiores e artéria vaginal (mulher)
Parte inferior
Artérias vesicais inferiores (homem)
Artérias vesicais inferiores e artéria vaginal (mulher)
Drenagem venosa
As veias correspondem às artérias e drenam o sangue para o plexo venoso vesical
(mulher) ou prostático (homem), que são tributários das veias ilíacas internas.
Drenagem linfática
Face superior e inferolateral: linfonodos ilíacos externos
Base: principalmente os linfonodos ilíacos externos, mas também contribuem os
linfonodos ilíacos internos.
Colo: linfonodos sacrais e ilíacos comuns.
Inervação
Parassimpáticas
o Fibras motoras para o músculo detrusor e inibitórias do esfíncter interno uretral
da bexiga masculina.
o Chegam até a bexiga a partir dos nervos esplâncnicos e do plexo hipogástrico
inferior.
Simpáticas
o Transmitidas pelos cordões torácicos inferiores e cordão lombar superior até os
plexos vesicais (pélvicos) primariamente através dos plexos e nervos
hipogástricos.
o Estão envolvidas na retenção de urina por meio da inibição da estimulação ao
músculo detrusor e pelo aumento da resistência uretral.
Fibras sensoriais
o São majoritariamente viscerais
o Fibras de reflexo aferentes seguem o curso das fibras parassimpáticas, assim
como as fibras transmissoras de sensação de dor.
3.4 Uretra
3.4.1 Vascularização da uretra masculina
Parte intramural e prostática (proximal)
o Irrigação: ramos prostáticos das artérias vesical inferior e retal média.
o Drenagem: plexo venoso prostático.
o Linfáticos: principalmente ilíacos internos e externos
Parte distal
o Irrigação: ramos da artéria dorsal do pênis.
o Drenagem: drenam até a veia dorsal do pênis.
o Linfáticos: a parte intermediária é drenada principalmente por vasos que vão até
os linfonodos ilíacos internos. A parte esponjosa é drenada por vasos que vão
principalmente para os linfonodos inguais profundos.
Túbulo Renal:
A gordura pararrenal é o tecido adiposo mais lateral que envolve a gordura perirrenal
e a fáscia renal. Ela é vista mais frequentemente no aspecto posterior do rim, e atua
como uma almofada para o órgão, mantendo-o ainda em sua posição;
A gordura perirrenal está ligada com a gordura que existe no seio renal, e é conectada
à mesma no hilo. Ela envolve o rim e a glândula suprarrenal completamente, possuindo
basicamente a mesma função da gordura pararrenal;
A fáscia renal é a divisão entre o tecido renal e a gordura perirrenal, e envolve ambos
os rins e as glândulas suprarrenais, antes de continuar com a fáscia do diafragma. Da
mesma forma que o tecido adiposo adjacente aos rins, ela mantém os órgãos em suas
posições.
4.2 Ureter
Os ureteres são estruturas musculares tubulares, responsáveis cada uma por levar a urina
de um rim até a bexiga urinária para armazenamento e posterior excreção.
O lúmen de cada ureter é revestido por uma camada mucosa de epitélio transicional, que
acomoda o aumento de pressão quando um maior volume de urina deixa o rim;
Existem duas camadas musculares na parede do ureter, uma camada longitudinal e
uma circular.
O fundo da bexiga contém três aberturas que formam o trígono da bexiga: o orifício
interno da uretra e os dois orifícios ureterais.
O músculo detrusor constitui a parede da bexiga, ele forma o esfíncter interno da uretra
em torno do colo da bexiga. O músculo detrusor contrai em torno dos orifícios ureterais
quando a bexiga contrai de forma a prevenir refluxo vesicoureteral (refluxo de urina para
os ureteres).
4.4 Uretra
A uretra é o canal excretor da bexiga ela transporta a urina da bexiga até o exterior do
corpo;
A uretra feminina é muito pequena (4 centímetros), passa primeiro através do assoalho
pélvico e depois através do espaço perineal profundo onde está rodeada pelo esfíncter
externo da uretra. Finalmente, a uretra abre-se através do orifício externo da uretra
encontrado entre os pequenos lábios, anteriormente à abertura vaginal.
A uretra masculina é muito mais longa (20 centímetros) e tem quatro partes. Pré-
prostática (intramural) - parte da uretra que se estende desde o orifício interno da uretra
até à próstata. Prostática - parte da uretra que penetra a próstata e na qual esta se junta ao
ducto ejaculatório do sistema reprodutor masculino. Membranosa - parte da uretra que
passa através do espaço perineal profundo e onde é rodeada pelo esfíncter externo da
uretra. Esponjosa (peniana) - uretra que viaja através do corpo esponjoso do pénis
REFERÊNCIAS
NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier,
2011.
SOBOTTA, Jhoannes. Atlas Prático de Anatomia Humana –Vol. 1 Edição 12. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.