ESTUDO DIRIGIDO SISTEMA URINARIO Ufma

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE


CURSO DE MEDICINA
ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS DO SER HUMANO II
PROF. DR. OZIMO GAMA

EMANOEL RIBEIRO DE BRITO JUNIOR


JOSÉ LACERDA NETO
JOSÉ DIOGO DE LIMA FILHO
JULIA FARIAS MELO
KWANG IL MARCIAGA TEOFILO
LAYNA LOUISE CARDOSO GONÇALVES TRAVASSOS
LEILANE BARBOSA LICA
MARIANA MENDONÇA CLAUDINO
MATEUS BALBINO BARBOSA DE CARVALHO
MATHEUS DA CUNHA MORAES
MIKAELE NALA COSTA DOS SANTOS
RENAN MOREIRA MARQUES

ESTUDO DIRIGIDO SISTEMA URINÁRIO

São Luís - MA
2021
EMANOEL RIBEIRO DE BRITO JUNIOR
JOSE LACERDA NETO
JOSE DIOGO DE LIMA FILHO
JULIA FARIAS MELO
KWANG IL MARCIAGA TEOFILO
LAYNA LOUISE CARDOSO GONÇALVES TRAVASSOS
LEILANE BARBOSA LICA
MARIANA MENDONÇA CLAUDINO
MATEUS BALBINO BARBOSA DE CARVALHO
MATHEUS DA CUNHA MORAES
MIKAELE NALA COSTA DOS SANTOS
RENAN MOREIRA MARQUES

ESTUDO DIRIGIDO SISTEMA URINÁRIO

Estudo dirigido apresentado à disciplina de Anatomia


do Curso de Medicina da Universidade Federal do
Maranhão, para obtenção de nota relativa à 1ª
unidade.

São Luís – MA
2021
1. Classificar morfologicamente o Sistema Urinário

O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos de elaborar


a urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para o exterior. Na
urina encontramos ácido úrico, ureia, sódio, potássio, bicarbonato, etc.
Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores - que produzem a urina - e órgãos
excretores - que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo. Os
órgãos urinários compreendem os rins, que produzem a urina, os ureteres, que transportam a
urina para a bexiga onde fica retida por algum tempo, e a uretra, através da qual é expelida do
corpo. Além dos rins, as estruturas restantes do sistema urinário funcionam como um
encanamento constituindo as vias do trato urinário. Essas estruturas – ureteres, bexiga e uretra
– não modificam a urina ao longo do caminho, ao contrário, elas armazenam e conduzem a
urina do rim para o meio externo.

2. Elementos anatômicos do Sistema Urinário


2.1 Rim:
No adulto o rim tem cerca de 11 a 13 cm de comprimento, 5 a 7,5 cm de largura, 2,5 a
3 cm de espessura, com aproximadamente 125 a 170 gramas no homem e 115 a 155 gramas na
mulher. Estão localizados na região lombar, acima da cintura - logo acima da cintura, entre o
peritônio e a parede posterior do abdome -, um em cada lado da coluna vertebral. O rim
direito normalmente é menor que o esquerdo e está em uma posição um pouco mais baixa. Sua
coloração é vermelho-parda.
Estão situados de cada lado da coluna vertebral, por diante da região superior da parede
posterior do abdome, estendendo-se entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª vértebra
lombar. São descritos como órgãos retroperitoneais, por estarem posicionados por trás do
peritônio da cavidade abdominal.
Cada rim possui a forma de um grão de feijão com duas faces (anterior e posterior - as
duas são lisas, porém a anterior é mais abaulada e a posterior mais plana), duas bordas (medial
e lateral), uma côncava e uma convexa, e dois polos ou extremidades (superior e inferior). Na
borda medial encontra-se o hilo, por onde passam o ureter, artéria e veia renal, linfáticos e
nervos. Os rins estão envolvidos em toda sua superfície por um tecido fibroso fino chamado
cápsula renal, uma membrana lisa aderida intimamente ao órgão. Ao redor do rim existe um
acúmulo de tecido adiposo chamado gordura perirrenal, que por sua vez está envolvida por
uma condensação de tecido conjuntivo, representando a fáscia renal, que ajuda a manter o rim
em sua posição normal, garantindo que o órgão se ligue a estruturas vizinhas. O seio renal, que
é ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos e uma variável
quantidade de gordura.
Ao corte frontal, que divide o rim em duas partes que possuem o néfron (unidade
funcional do rim), é possível reconhecer o córtex renal, uma camada mais externa e pálida, e
a medula renal, uma camada mais interna e escura. O córtex emite projeções para a medula
denominadas colunas renais, que separam porções cônicas da medula chamadas pirâmides.
As pirâmides têm bases voltadas para o córtex e ápices voltados para a medula, sendo
que seus ápices são denominados papilas renais. É na papila que desembocam os ductos
coletores pelos quais a urina escoa atingindo a pelve renal e o ureter. A pelve é a extremidade
dilatada do ureter e está dividida em dois ou três tubos chamados cálices maiores, os quais
subdividem-se em um número variado de cálices menores. Cada cálice menor apresenta um
encaixe em forma de taça com a papila renal.

2.1.1 Anatomia Interna dos Rins


Em um corte frontal através do rim, são reveladas duas regiões distintas: uma área
avermelhada de textura lisa, chamada córtex renal e uma área marrom-avermelhada profunda,
denominada medula renal. A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as pirâmides
renais. A base (extremidade mais larga) de cada pirâmide olha o córtex, e seu ápice
(extremidade mais estreita), chamado papila renal, aponta para o hilo do rim. As partes do
córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas colunas renais.
Juntos, o córtex e as pirâmides da medula renal constituem a parte funcional, ou parênquima
do rim. No parênquima estão as unidades funcionais dos rins - os NÉFRONS. A urina, formada
pelos néfrons, drena para os grandes ductos papilares, que se estendem ao longo das papilas
renais das pirâmides.
Os ductos drenam para estruturas chamadas cálices renais menor e maior. Cada rim tem
8-18 cálices menores e 2-3 cálices maiores. O cálice renal menor recebe urina dos ductos
papilares de uma papila renal e a transporta até um cálice renal maior. Do cálice renal maior, a
urina drena para a grande cavidade chamada pelve renal e depois para fora, pelo ureter, até a
bexiga urinária. O hilo renal se expande em uma cavidade, no rim, chamada seio renal.

2.1.2Funções dos Rins


Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes do sistema
atuando, principalmente, como vias de passagem e áreas de armazenamento. Com a filtração
do sangue e a formação da urina, os rins contribuem para a homeostasia dos líquidos do corpo
de várias maneiras. As funções dos rins incluem:

 Regulação da composição iônica do sangue;


 Manutenção da osmolaridade do sangue;
 Regulação do volume sanguíneo;
 Regulação da pressão arterial;
 Regulação do pH do sangue;
 Liberação hormonal;
 Regulação do nível de glicose no sangue;
 Excreção de resíduos e substâncias estranhas.

2.2 Ureter:

Os ureteres são estruturas tubulares, com aproximadamente 20-30 cm. Em adultos


humanos, eles passam da pelve de cada rim para a bexiga. Os ureteres têm entre 1,5 a 6 mm de
diâmetro e são circundados por uma camada de músculo liso por 1 a 2 cm próximo às suas
extremidades, pouco antes de entrarem na bexiga. A pelve renal é a extremidade superior do
ureter, localizada no interior do rim.

Descendo obliquamente e medialmente, o ureter percorre por diante da parede


posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvica, abrindo-se no óstio do ureter
situado no assoalho da bexiga urinária. Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes
do ureter: abdominal e pélvica. Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas
denominadas peristaltismos. A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e
ao peristaltismo.

Os ureteres entram na bexiga pela superfície posterior, viajando 1,5–2 cm antes de se


abrirem na bexiga em um ângulo em sua superfície posterior externa nos orifícios uretéricos
em forma de fenda. Essa localização também é chamada de junção vesicoureteral. Na bexiga
contraída, eles estão separados por cerca de 25 mm e aproximadamente à mesma distância do
orifício uretral interno; na bexiga distendida, essas medições podem ser aumentadas para cerca
de 50 mm.

Várias estruturas passam por cima, acima e ao redor dos ureteres em seu trajeto dos rins
até a bexiga. Em sua parte superior, o ureter viaja no músculo psoas maior e fica logo atrás
do peritônio. A veia cava inferior e a aorta abdominal situam-se na linha média dos ureteres
direito e esquerdo, respectivamente. Na parte inferior do abdome, o ureter direito fica atrás do
mesentério inferior e do íleo terminal, e o ureter esquerdo fica atrás do jejuno e do cólon
sigmóide.

Conforme os ureteres entram na pelve, eles são envolvidos por tecido conjuntivo e
viajam para trás e para fora, passando na frente das artérias ilíacas internas e das veias ilíacas
internas. Eles então viajam para dentro e para frente, cruzando as artérias umbilical, vesical
inferior e retal média. A partir daqui, nos homens, eles se cruzam sob os canais deferentes e na
frente das vesículas seminais para entrar na bexiga perto do trígono. Nas mulheres, os ureteres
passam atrás dos ovários e, em seguida, passam na seção da linha média inferior do ligamento
largo do útero. Eles então passam pelo colo do útero, viajando para dentro em direção à bexiga.

2.3 Bexiga:
Bexiga é o órgão no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É
uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Depois da bexiga segue-se a uretra, o
ducto que exterioriza a urina produzida pelo organismo.
Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à
sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal. É um órgão muscular oco,
elástico, que nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e, nas mulheres está à frente da
vagina e abaixo do útero. Nas mulheres, a sua superfície inferior assenta na sínfise púbica e a
parede posterior está em contato com a vagina e o útero. Nos homens, a superfície inferior da
bexiga assenta na sínfise púbica e na próstata, posteriormente está o terço distal do reto. Entre
a superfície posterior da bexiga e a superfície anterior do útero existe um recesso peritoneal
chamado fundo de saco vesicouterino. Nos homens, o recesso peritoneal entre a bexiga e o reto
chama-se fundo de saco retovesical.
A bexiga tem quatro superfícies anatômicas: superior, inferior, inferolateral direita e
inferolateral esquerda. Além disso, pode ainda ser dividida em: Corpo, delimitado
anteriormente pelo ápice e posteriormente pelo fundo; e Colo, localizado inferiormente na
região do orifício interno da uretra, emerge da união das superfícies inferolaterais direita e
esquerda.
A túnica mucosa da maior parte da bexiga vazia é pregueada, mas estas pregas
desaparecem quando a bexiga está cheia. A área da túnica mucosa que reveste a face interna da
base da bexiga (fundo da bexiga) é chamada de trígono da bexiga. Esse fundo da bexiga contém
três aberturas que formam o trígono da bexiga: o orifício interno da uretra - Óstio interno da
uretra (uretral)- nela há um batente da mucosa que é uma porção vestigial (úvula vesical) -; e
os dois orifícios ureterais - Óstios ureterais da entrada do ureter na bexiga (entre eles há a prega
Inter uretérica) -. Sua túnica muscular é composta por músculo liso, possuindo fibras
musculares entrelaçadas em todas as direções, originando o músculo detrusor, o qual constitui
a parede da bexiga e forma o esfíncter interno da uretra em torno do colo da bexiga. O músculo
detrusor contrai em torno dos orifícios ureterais quando a bexiga contrai de forma a prevenir
refluxo vesicoureteral (refluxo de urina para os ureteres).
O sistema nervoso autônomo parassimpático é o responsável pela contração da
musculatura da bexiga, resultando na vontade de urinar. A capacidade média da bexiga de um
adulto é de 700 a 800 ml, mas o estímulo é percebido a partir de 270 - 310 ml. As mulheres
começam a sentir o estímulo mais tarde que os homens, pois a bexiga esférica contém volumes
um pouco maiores.
A saída da bexiga urinária contém um músculo circular chamado esfíncter interno, que
se contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente a esse músculo,
envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo, que é controlado
voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar. A capacidade média da
bexiga urinária é de 700 – 800 ml; é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço
imediatamente acima da bexiga.

2.4 Uretra:
A uretra é o canal excretor da bexiga onde transporta a urina da bexiga até o exterior do
corpo. A uretra estende-se desde o orifício interno da uretra na bexiga até o orifício externo da
uretra na genitália externa. O trajeto varia com o sexo do indivíduo.

2.4.1 Uretra feminina


Na mulher, a uretra está posteriormente da sínfise púbica e anteriormente à vagina e tem
apenas 4 cm. Passa no diafragma urogenital que contém músculo esquelético sob a forma
do esfíncter uretral externo (voluntário). Existem várias glândulas parauretrais, análogas
femininas da próstata masculina, ativadas na função sexual. Estas glândulas, também
conhecidas por glândulas de Skene, têm uma função de lubrificação e é onde se produz
a enzima PDE5 e a ejaculação feminina. Localiza-se no Ponto G. O orifício uretral externo
localiza-se superiormente a vagina, e inferiormente ao clitóris, protegida pelos
grandes lábios da vulva.

2.4.2 Uretra masculina


Já a uretra masculina é muito mais longa (20 centímetros) e tem quatro partes:
 Pré-prostática (intramural) - parte da uretra que se estende desde o orifício interno da
uretra até a próstata;

 Prostática - parte da uretra que penetra a próstata e na qual esta se junta ao ducto
ejaculatório do sistema reprodutor masculino. Aqui a uretra recebe os componentes
do esperma dos canais deferentes, dúctulos prostáticos e vesículas seminais;

 Membranosa – parte da uretra que é rodeada pelo diafragma urogenital, com uma densa
camada de músculo esquelético (ativado conscientemente) que constitui o esfíncter
externo (voluntário) uretral. Lateralmente a essa porção estão as glândulas
bulbouretrais (de Cowper), uma de cada lado;

 Esponjosa (peniana) – parte da uretra que viaja através do corpo esponjoso do pênis.
Nesta porção existem glândulas produtoras de muco (muitas pequenas glândulas
de Littré), que secretam lubrificante sexual. Também é na uretra esponjosa que se abrem
os ductos das glândulas bulbouretrais. A uretra na glande dilata-se formando a fossa
navicular e termina no meato da glande do pênis. A uretra abre-se através do orifício
externo da uretra na extremidade da glande.

OBS: as uretras masculinas e a femininas se diferem em seu trajeto. Na mulher, a uretra é curta
(3,8cm) e faz parte exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se
anteriormente à vagina e entre os lábios menores. Já no homem, a uretra faz parte dos sistemas
urinário e reprodutor. Medindo cerca de 20 cm, é muito mais longa que a uretra feminina.
Quando a uretra masculina deixa a bexiga, ela passa através da próstata e se estende ao longo
do comprimento do pênis. Assim, a uretra masculina atua com duas finalidades: conduz a urina
e o esperma.
3. Vascularização e Inervação do Sistema Urinário
3.1 Rim
3.1.1 Vascularização
Artérias
 O sangue entra aos rins por meio das artérias renais (ramificações aorta abdominal).
Essas artérias se dividem em diversas artérias segmentais. Estas artérias não possuem
anastomoses entre si, portanto se uma delas for obstruída, esse segmento irá morrer ou
infartar.
 As artérias segmentais se distribuem pelos segmentos renais da seguinte forma:
o O segmento superior (apical) é suprido pela artéria segmental superior ou
apical.
o Os segmentos antero-superior e antero-inferior são supridos pelas artérios
segmentais homônimas, respectivamente.
o O segmento inferior é suprido pela artéria segmental inferior.
o A artéria segmental posterior, que se origina do ramo posterior da artéria renal,
supre o segmento posterior dos rins.
 No seio renal, as artérias segmentais se ramificam em artérias interlobares, que
adentram o parênquima renal e percorrem a borda das medulas renais (pirâmides).
 Normalmente, diversas artérias renais adentram o hilo do rim. Pode acontecer, também,
que artérias renais extra-hilares provenientes da artéria renal ou da aorta adentrem na
superfície externa do rim, comumente em seus polos, sendo denominadas (artérias
polares).
Veias
 Diversas veias renais drenam cada um dos rins e se unem de forma variável para formar
as veias renais direita e esquerda, que se localizam anteriormente às artérias renais
direita e esquerda, respectivamente. Cada uma dessas veias drena em direção à veia cava
inferior.
Linfáticos
 Os vasos linfáticos renais seguem as veias renais e drenam em direção aos nódulos
lombares (caval e aórtico) direito e esquerdo.

3.1.2 Inervação
 Os nervos dos rins surgem do plexo nervoso renal e consistem em fibras simpáticas e
parassimpáticas.
 O plexo nervoso renal é suprido por fibras provenientes dos nervos esplâncnicos
abdominal e pélvico, especialmente o último.

3.2 Ureter
3.2.1 Vascularização
Artérias
 A porção abdominal do ureter é irrigada por ramos uretéricos provenientes das artérias
renal (principalmente), testicular/ovariana, aorta abdominal e artéria ilíaca comum.
Essas artérias formam uma rede anastomótica longitudinal ao longo da parede uretérica.
 A porção pélvica da uretra é irrigada de forma variável, com ramos uretéricos
estendendo-se das artérias ilíaca comum, ilíaca interna e ovariana.
 As artérias que irrigam as porções terminais (pélvicas) da uretra são os ramos uretéricos
das artérias uterinas, nas mulheres, e das artérias vesicais inferiores, nos homens.
Veias
 A drenagem é uma reflexão da irrigação arterial, ou seja, as veias drenam em direção às
veias de mesmo nome que as artérias. Drenam em direção à veia
Linfáticos
 A parte abdominal da uretra é drenada por vasos que podem se juntar aos vasos que
drenam os rins ou podem ir diretamente aos nódulos lombares.
 Os linfáticos da parte média do ureter geralmente drenam em direção aos nódulos ilíacos
comuns.
 Vasos linfáticos da parte inferior da uretra podem drenar em direção aos nódulos ilíacos
comum, externo ou interno.

3.2.2 Inervação
 Os nervos da parte abdominal e pélvica dos ureteres derivam dos plexos:
o Renal
o Aórtico abdominal
o Hipogástrico superior e inferior
 As fibras parassimpáticas são associadas aos segmentos vertebrais S2 – S4.
 A sensação de dor é transmitida por fibras aferentes viscerais que seguem fibras
simpáticas em direção ao gânglio espinhal e ao segmento vertebral T11 – L1 ou L2.
3.3 Bexiga
3.3.1 Irrigação
Parte superior:
 Artérias vesicais superiores
Base
 Artérias do ducto deferente (homem)
 Artérias vesicais inferiores e artéria vaginal (mulher)
Parte inferior
 Artérias vesicais inferiores (homem)
 Artérias vesicais inferiores e artéria vaginal (mulher)
Drenagem venosa
 As veias correspondem às artérias e drenam o sangue para o plexo venoso vesical
(mulher) ou prostático (homem), que são tributários das veias ilíacas internas.
Drenagem linfática
 Face superior e inferolateral: linfonodos ilíacos externos
 Base: principalmente os linfonodos ilíacos externos, mas também contribuem os
linfonodos ilíacos internos.
 Colo: linfonodos sacrais e ilíacos comuns.
Inervação
 Parassimpáticas
o Fibras motoras para o músculo detrusor e inibitórias do esfíncter interno uretral
da bexiga masculina.
o Chegam até a bexiga a partir dos nervos esplâncnicos e do plexo hipogástrico
inferior.
 Simpáticas
o Transmitidas pelos cordões torácicos inferiores e cordão lombar superior até os
plexos vesicais (pélvicos) primariamente através dos plexos e nervos
hipogástricos.
o Estão envolvidas na retenção de urina por meio da inibição da estimulação ao
músculo detrusor e pelo aumento da resistência uretral.
 Fibras sensoriais
o São majoritariamente viscerais
o Fibras de reflexo aferentes seguem o curso das fibras parassimpáticas, assim
como as fibras transmissoras de sensação de dor.
3.4 Uretra
3.4.1 Vascularização da uretra masculina
 Parte intramural e prostática (proximal)
o Irrigação: ramos prostáticos das artérias vesical inferior e retal média.
o Drenagem: plexo venoso prostático.
o Linfáticos: principalmente ilíacos internos e externos
 Parte distal
o Irrigação: ramos da artéria dorsal do pênis.
o Drenagem: drenam até a veia dorsal do pênis.
o Linfáticos: a parte intermediária é drenada principalmente por vasos que vão até
os linfonodos ilíacos internos. A parte esponjosa é drenada por vasos que vão
principalmente para os linfonodos inguais profundos.

3.4.2 Inervação da uretra feminina


 Parte proximal
o Nervos derivados do plexo prostático, com mistura de fibras simpáticas,
parassimpáticas e aferentes viscerais. O plexo prostático é um dos plexos
pélvicos, sendo uma extensão orgânico-específica do plexo hipogástrico
inferior.
 Parte distal
o A parte intermediária tem inervação idêntica ao da parte prostática.
o A parte esponjosa é inervada por ramos do nervo pudendo.
Vascularização da uretra feminina
 Irrigação
o Artéria pudenda interna
o Artérias vaginais
 Drenagem
o Veia pudenda interna
o Veia vaginal
 Inervação
o Os nervos surgem do plexo nervoso vesical e do nervo pudendo, havendo
mistura de fibras simpáticas e parassimpáticas.
o Os aferentes viscerais da maior parte da uretra são provenientes dos nervos
esplâncnicos pélvicos. Contudo, a terminação da uretra recebe fibras somáticas
aferentes do nervo pudendo.

4. Pontos anatômicos mais relevantes do Sistema Urinário


4.1 Rim

 Os glomérulos são um conjunto de capilares que filtram diariamente cerca de 180L


de líquido;
 O néfron é um sistema de túbulos e ductos coletores, que atua em conjunto com o
glomérulo; O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do
rim. Cada rim contém cerca de um milhão de néfrons. A forma do néfron é peculiar,
inconfundível, e admiravelmente adequada para sua função de produzir urina. Ele é
formado por dois componentes principais:
Corpúsculo Renal:
o Cápsula Glomerular (de Bowman);
o Glomérulo – rede de capilares sanguíneos enovelados dentro da cápsula
glomerular.

Túbulo Renal:

o Túbulo contorcido proximal;


o Alça do Néfron (de Henle);
o Túbulo contorcido distal;
o Túbulo coletor.

 O hilo é a margem medial e côncava do rim;


 A pelve renal é a extremidade superior do ureter, a qual recebe a urina recém
formada;
 O córtex é a camada externa do rim;
 A medula é a camada interna do rim, formada por 8 a 15 pirâmides renais;
 A papila é a região das pirâmides renais em que os ápices convergem, onde a urina
goteja no interior de um cálice menor;
 Nas pirâmides renais se encontra uma coleção de túbulos;
 A cápsula é onde o rim está confinado, denominada cápsula verdadeira, que é uma
membrana lisa aderida intimamente ao órgão;
 O cálice menor recebe a urina da papila
 O cálice maior é um conjunto de cálices menores, que drena a urina para uma única
pelve renal;
 O seio renal é a dilatação inicial do ureter, que é separado em três grandes cálices
 Existe um polo superior e um polo inferior, em cada rim, os quais são evidentes, já
que a margem convexa externa deixa a margem interna côncava apontando
medialmente. Assim, é possível distinguir imedediatamente a diferença entre o rim
esquerdo e o direito;

 A gordura pararrenal é o tecido adiposo mais lateral que envolve a gordura perirrenal
e a fáscia renal. Ela é vista mais frequentemente no aspecto posterior do rim, e atua
como uma almofada para o órgão, mantendo-o ainda em sua posição;

 A gordura perirrenal está ligada com a gordura que existe no seio renal, e é conectada
à mesma no hilo. Ela envolve o rim e a glândula suprarrenal completamente, possuindo
basicamente a mesma função da gordura pararrenal;

 A fáscia renal é a divisão entre o tecido renal e a gordura perirrenal, e envolve ambos
os rins e as glândulas suprarrenais, antes de continuar com a fáscia do diafragma. Da
mesma forma que o tecido adiposo adjacente aos rins, ela mantém os órgãos em suas
posições.

4.2 Ureter
 Os ureteres são estruturas musculares tubulares, responsáveis cada uma por levar a urina
de um rim até a bexiga urinária para armazenamento e posterior excreção.
 O lúmen de cada ureter é revestido por uma camada mucosa de epitélio transicional, que
acomoda o aumento de pressão quando um maior volume de urina deixa o rim;
 Existem duas camadas musculares na parede do ureter, uma camada longitudinal e
uma circular.

4.3 Bexiga Urinária


 Corpo, delimitado anteriormente pelo ápice e posteriormente pelo fundo;

 Colo, localizado inferiormente na região do orifício interno da uretra, emerge da união


das superfícies inferolaterais direita e esquerda;

 O fundo da bexiga contém três aberturas que formam o trígono da bexiga: o orifício
interno da uretra e os dois orifícios ureterais.

 O músculo detrusor constitui a parede da bexiga, ele forma o esfíncter interno da uretra
em torno do colo da bexiga. O músculo detrusor contrai em torno dos orifícios ureterais
quando a bexiga contrai de forma a prevenir refluxo vesicoureteral (refluxo de urina para
os ureteres).

4.4 Uretra
 A uretra é o canal excretor da bexiga ela transporta a urina da bexiga até o exterior do
corpo;
 A uretra feminina é muito pequena (4 centímetros), passa primeiro através do assoalho
pélvico e depois através do espaço perineal profundo onde está rodeada pelo esfíncter
externo da uretra. Finalmente, a uretra abre-se através do orifício externo da uretra
encontrado entre os pequenos lábios, anteriormente à abertura vaginal.
 A uretra masculina é muito mais longa (20 centímetros) e tem quatro partes. Pré-
prostática (intramural) - parte da uretra que se estende desde o orifício interno da uretra
até à próstata. Prostática - parte da uretra que penetra a próstata e na qual esta se junta ao
ducto ejaculatório do sistema reprodutor masculino. Membranosa - parte da uretra que
passa através do espaço perineal profundo e onde é rodeada pelo esfíncter externo da
uretra. Esponjosa (peniana) - uretra que viaja através do corpo esponjoso do pénis
REFERÊNCIAS

DANTAS, Heitor Abreu de Oliveira. Sistema Urinário. Departamento de morfologia.


Disponível em: <http://ulbra-to.br/morfologia/2011/08/17/Sistema-Urinario>. Acesso
em: 26 jun. de 2021.

FERIA, Beatriz La. Bexiga e Uretra. KENHUB, 2021. Disponível em:


<https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/bexiga-e-uretra>. Acesso em: 30 jun. de
2021.

LOURENÇO, Rafael. Ureteres. KENHUB, 2021. Disponível em:


<https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ureteres>. Acesso em: 30 jun. de 2021.

LOURENÇO, Rafael. Rins. KENHUB, 2021. Disponível em:


<https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/rins>. Acesso em: 30 jun. de 2021.

MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2014.

NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier,
2011.

SOBOTTA, Jhoannes. Atlas Prático de Anatomia Humana –Vol. 1 Edição 12. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

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