Tarefa AV1 Economia Brasileira 2021-2
Tarefa AV1 Economia Brasileira 2021-2
Tarefa AV1 Economia Brasileira 2021-2
Aluno/a: Matrícula:
O Brasil passou por grave crise econômica na primeira década republicana, o denominado
“Encilhamento”, inicialmente com expansão de negócios financeiros em Bolsa e outros “papeis”,
seguida por grave crise especulativa. Sobre tal período e a referida crise, suas causas e consequências,
pode-se afirmar (indique as assertivas falsas e verdadeiras, Justifique):
a. A baixa participação dos depósitos bancários, como percentual dos meios de pagamento,
expandia a criação de crédito pelos bancos.
FALSO, o sistema bancário àquela época era bastante concentrado na capital federal (Rio de
Janeiro) que concentravam 80% dos depósitos
VERDADEIRO, a política monetária e fortemente expansionista nos primeiros anos da década, detecta-se
uma expansão do equivalente ao M1 em 1890 e 1891 e do papel moeda em poder público até 1894, depois
disto, estes indicadores ou se estabilizam ou crescem nominalmente de forma bem menos intensa.
d. O crescimento industrial ocorrido no período do Encilhamento pode ser verificado em
indicadores como o da expansão da capacidade produtiva de setores importantes, a exemplo
do siderúrgico, estimulada pela facilidade na subscrição de ações.
FALSO, a questão é objeto de controvérsia. Os dados apresentados por exemplo por Suzigan, Stein e
Fishlow mostram o período como favorável ao setor industrial, e entre as explicações para isto, está
justamente a ideia de ampliação da capacidade produtiva (com novos investimentos representados pelas
importações de máquinas), mesmo que no período tenha ocorrido desvalorizações cambiais. Porém Versiani
e Versiani analisando a indústria têxtil algodoeira carioca chega em conclusão oposta, mas é rebatido por
Suzigan que considerando mesmo a indústria têxtil fora da localização escolhida por Versiani e Versiani
também se mostra favorecida no período pela ampliação de investimentos industriais e da capacidade
produtiva.
e. Pelo menos em parte da segunda metade da década de 1890, a política monetária foi mais
contracionista em comparação com a primeira metade da mesma década.
VERDADEIRO, a política monetária e fortemente expansionista nos primeiros anos da década, detecta-se
uma expansão do equivalente ao M1 em 1890 e 1891 e do papel moeda em poder público até 1894, depois
disto, estes indicadores ou se estabilizam ou crescem nominalmente de forma bem menos intensa.
A década de 1930 foi período de grandes mudanças na economia brasileira, com impacto nas décadas
subsequentes, como a transformação de uma economia com plena hegemonia do setor
agroexportador para uma economia com maior peso do setor urbano e industrial. Sobre a economia
brasileira na década de 1930 pode-se afirmar:
VERDADEIRO, nas diferentes políticas de estímulo à economia ou mesmo nas políticas de enfrentamento da
crise acabou-se por estimular-se setores não tradicionais voltados para o mercado doméstico e mesmo para a
as exportações como foi o caso do algodão
b. A crise do setor exportador teve como principais causas fatores do lado da demanda interna, já
que do lado da oferta havia relativa estabilidade.
FALSO, se houve de fato uma diminuição da demanda o setor cafeeiro vicia também uma tendência de
superprodução, ou seja, de elementos de excesso de oferta que aprofundaram a crise cafeeira.
c. Na primeira metade dos anos 1930, devido ao retorno do país ao padrão ouro, o Governo
Vargas teve que contornar as dificuldades impostas à criação de crédito, com o
estabelecimento de crédito subsidiado a setores específicos por intermédio da Carteira de
Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil.
VERDADEIRO, a criação da carteira foi importante órgão de fomento, inclusive com a concessão de créditos
subsidiados, para a realização de investimento tanto agrícolas, mas principalmente industriais
QUESTÃO 3 – (Valor 2,5 pontos)
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do
café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café
brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro
comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o
preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a
economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor
industrial, alavancando a indústria brasileira. Em seguida, veio a Revolução de 1930 que
colocou Getúlio Vargas no poder. Posteriormente, Getúlio criou o Conselho Nacional do Café
(CNC), em uma tentativa de proteger o principal produto do Brasil e salvar a economia. Além
disso, como uma tentativa de controlar os prejuízos, o governo passou a comprar sacas de café e
incendiá-las.
A campanha “Marcha para o Oeste” do Governo Vargas, que reestruturou o território
na região de Dourados em pequenas propriedades rurais com predomínio da mão-de-obra
familiar, fruto de um projeto de colonização que distribuiu dezenas de milhares de lotes e
redistribuiu a população de várias partes deste Brasil, vem no bojo da necessidade de
inserir esta região ao circuito produtivo nacional e de integrá-la ao mercado de produção e
de consumo. Ao consolidar uma colonização estruturada numa política migratória como
alternativa de solucionar os problemas dos desempregados e de ocupação da fronteira,
que até então era dominada pelo capital estrangeiro, Vargas insere a região de Dourados
ao processo produtivo nacional e atrai grandes companhia colonizadoras que realizaram
grande especulação com a terra, contribuíndo para que os ideais do Governo em
nacionalizar a fronteira fossem, na prática, conduzidos para uma colonização mais
econômica que social.
DALL'AQUA, F. (1985). Relações entre agricultura e indústria no Brasil, 1930-60. Revista de Economia
Política, vol. 5, nş 3, jul-set/1985
Um dos objetivos da política econômica nos anos 1930 foi responder à crise provocada pela
queda abrupta do preço do café no mercado internacional. A respeito da crise externa e das
políticas adotadas em resposta a ela, é correto afirmar que:
a. a despeito do quadro de crise, o Governo Vargas resistiu até o final da década a impor
controles sobre o mercado de câmbio
VERDADEIRO O valor das exportações reduziu-se entre 1929 e 1931, assim como a capacidade de
importar da economia brasileira. O índice de quantum de exportações se elevou ao longo destes
três anos e só apresentou queda em 1932. Assim, a queda dos preços das exportações foi o
principal responsável pela queda no valor das exportações deste período.
c. a superação da crise foi facilitada pela política de contração de crédito praticada até 1937,
que reduziu preços e aumentou a competitividade internacional da indústria brasileira.
FALSO Apesar de alguma indefinição inicial, a política de Getúlio Vargas não foi de contenção
creditícia: ao contrário, houve expansão do crédito no período, inclusive para financiar a
estocagem e queima do café.
d. a recuperação foi prejudicada pelos superávits fiscais primários recorrentes do Governo
Federal até 1937
FALSO O período é marcado por déficits fiscais recorrentes. Apesar da posição de alguns
historiadores que afirmam que a elevação do imposto de exportação permitiu ao governo trabalhar
com orçamento equilibrado, este imposto não foi suficiente para cobrir os gastos com a estocagem
e queima do café.
e. apesar da redução do custo do serviço da dívida externa, o Brasil viu-se obrigado, no final
da década, a suspender o pagamento de tais serviços, em virtude da redução do saldo da
balança comercial
Este trabalho juntamente com uma prova comporão uma das notas da AV1.