Guia Do Diretor Do Ministerio Pessoal 2020 - Ucb

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APRESENTAÇÃO

Querido líder e equipe, bem-vindos á liderança do Ministério Pessoal 2020,

Convido você a meditar nestas fortes e desafiadoras declarações de Ellen White:


“O plano de se darem estudos bíblicos foi uma ideia de origem celestial. Muitos há, tanto homens
como mulheres, que se podem empenhar nesse ramo de obra missionária. Podem-se assim desen-
volver obreiros que se tornem poderosos homens de Deus. Por este meio a Palavra de Deus tem
sido proporcionada a milhares; e os obreiros são postos em contato pessoal com o povo de todas
as línguas e nações. A Bíblia introduzida nas famílias, e suas sagradas verdades encontram guarida
na consciência. Os homens são solicitados a ler, examinar e julgar por si mesmos, e devem sentir
a responsabilidade de receber ou rejeitar a iluminação divina. Deus não há de permitir que essa
preciosa obra em Seu favor fique sem recompensa. Coroar de êxito todo o esforço humilde feito
em Seu nome” Obreiros Evangélicos, 192.

“Mulheres consagradas devem-se empenhar na obra bíblica feita de casa em casa. É obra que dá
prazer, abrir aos outros as Escrituras” Serviço Cristão, 107e 109.

A nossa principal tarefa como líderes do Ministério Pessoal é envolver o máximo de pessoas na
missão de salvar almas.
Portanto, vamos trabalhar para:
• Motivar e desafiar a igreja a estar envolvida na pregação do evangelho. Incentive as unidades
a orar pelo reavivamento missionário na igreja. Lembrando que nossa ênfase é o “Desafio
1+1”, onde cada irmão é desafiado a pregar o evangelho utilizando as excelentes ferramentas
que a igreja disponibiliza, tais como: a nova Bíblia Missionária, o Livro de Estudos Bíblicos,
guias de estudos bíblicos, DVDs, etc.
• Cadastrar, treinar e acompanhar as duplas missionárias e instrutores bíblicos.
• Trabalhar em parceria com a Escola Sabatina.
• Não deixar faltar folhetos e outros materiais missionários nas Unidades de Ação.

• Organizar a Igreja para a Semana Santa 2020 - “AMOR ESCRITO COM SANGUE”, estando aten-
tos ao antes, durante e depois, com forte acompanhamento aos interessados. Lembrando de
ter a reunião do check-out no encerramento da Semana Santa.
• Realizar o sábado missionário na igreja com testemunhos,oração pelos missionários,distri-
buir estudos bíblicos, etc.
• Apresentar nas comissões as estratégias e os resultados missionários, tendo em mãos o ca-
derno de interessados da igreja.
• Organizar as Classes Bíblicas na igreja, treinando e providenciando os melhores dirigentes
para cada uma das classes.
• Cuidar para que todos os interessados sejam acompanhados, visitados e recebam estudos
bíblicos.

Estamos trabalhando em integração com o departamento da Escola Sabatina, onde as frentes
missionárias são acompanhadas e motivadas através do cartão de chamadas: 1. As duplas devem
ser cadastradas e acompanhadas dentro das Unidades de Ação.
2. Na Semana Santa cada Unidade
de Ação poderá se reunir como um ponto de pregação.
3. Cada Unidade de Ação poderá ser um
Pequeno Grupo durante a Semana.
4. Cada igreja deverá ter uma classe bíblica no horário da Escola
Sabatina.
Neste guia de orientações você encontrará estratégias e sugestões práticas que o ajudarão a ter
êxito nessa abençoadora missão. Dedique tempo ao estudo desse Guia. Consagre sua vida a Deus,
esteja integrado junto ao pastor da igreja e todos os demais diretores de departamentos, dedique-
-se com perseverança ao Ministério Pessoal e prepare-se para viver momentos de grandes bênçãos!
Avancemos multiplicando discípulos,
Pr Edimilson Lima
Ministério Pessoal - UCB
GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 3
EXPEDIENTE

Administração
Presidente: Domingos Sousa
Secretário: Emmanuel Guimarães
Tesoureiro: Edson Medeiros

Direito de publicação
União Central Brasileira
Av. Prof. Magdalena S. Grosso, 850 - JD Resek II - Artur
Nogueira/SP
Cep. 13160-000 - Tel: (19) 3877-9000

MIPES - Ministério Pessoal e Escola Sabatina/UCB


Pr. Edimilson da Silva Lima

Projeto Gráfico
Digital Comunicação
www.digitalcomunicacao.net

2020
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
SUMÁRIO

Orientações ao Diretor de Ministério Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6


O Secretário do Ministério Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
O Coordenador de Interessados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Dinamizando o Sábado Missionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Evangelismo de Semana Santa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Lista de Interessados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Oração Intercessora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
Classes Bíblicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Pequenos Grupos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Escola de Esperança (2020) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Leituras Indispensáveis para o Diretor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Planejamento do Departamento de Ministério Pessoal para 2020. . . . . . . . . . . . . . . 17
Planejamento do Departamento de Escola Sabatina para 2020. . . . . . . . . . . . . . . 18
Calendário Missionário 2020. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

SERMÕES DE MOTIVAÇÃO MISSIONÁRIA:
1. A Importância do Testemunho na Ótica Divina .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2. Não Esqueça Quem Você É. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3. Reavivamento e Missão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4. A Cruz e a Missão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5. Qual é o Seu Negócio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6. O Uso dos Dons na Missão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
7. O Maior Mandamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
8. Evangelizando Através da Solidariedade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
9. A Volta de Jesus e a Missão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
10. Princípios da Boa Pescaria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Lista de Interessados - Estudos Bíblicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

DECLARAÇÃO DE MISSÃO:

Envolver cada membro da igreja no cumprimento da missão, de acordo com seus


dons espirituais, elaborando planos estratégicos, treinando e provendo os materiais
necessários com vistas a fazer e multiplicar discípulos.

DECLARAÇÃO DE VISÃO:

Fazer discípulos através de comunhão, relacionamento e missão.

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 5


ORIENTAÇÕES AO DIRETOR
DO MINISTÉRIO PESSOAL
ENVOLVER CADA MEMBRO DA IGREJA NO DESAFIO 1+1:

1. Oração Intercessora:
Todos os que aceitam a Cristo como seu salvador, o fazem em resposta a oração de alguém.
Certifique-se que pelo menos 80% dos membros estão envolvidos na Oração Intercessora.
Isto é acompanhado através do cartão de chamada.
2. Duplas Missionárias:
“Há famílias que jamais serão alcançadas pela verdade da Palavra de Deus, a menos que seus
servos entrem em seus lares” (Review and Herald 29/12/1904).
Certifique-se que pelo menos 20% dos membros estão ministrando Estudos Bíblicos.
3. Classes Bíblicas:
Igreja sem Classe Bíblica é como Maternidade sem sala de parto.
Certifique-se que há pelo menos 2 Classes Bíblicas em funcionamento na sua Igreja.
4. Pequenos Grupos:
Pequeno Grupo é onde todos se conhecem pelo nome.
Certifique-se que pelo menos 60% dos membros participem de um PG.
5. Lista de Interessados:
Sugestão de lista de Interessados:
NOME COM QUEM VEIO QUANDO VEIO TELEFONE

Precisamos ter todos os interessados cadastrados, visitados e recebendo estudos bíblicos.

6. Ciclo do Discipulado:
Cada novo membro deve entrar na fase 2 do Ciclo do Discipulado.
Fase 2 - Discipulado - Estudo bíblicos avançados.
Fase 3 - Escola missionária.

METAS
Estabeleça metas para a igreja e mencione sempre nos cultos.
Qts Membros P.Grupos Duplas C. Bíblica Novos irmãos Alcançado
Igreja

ACOMPANHE:
Não é o que se espera que se alcança, é o que se supervisiona.

O diretor do Ministério Pessoal é eleito pela congregação para coordenar o evangelismo


pessoal e motivar a Igreja no trabalho missionário. Ele é o presidente da Comissão de Minis-
tério Pessoal. Em sua posição, auxilia o pastor na obra de envolver os membros na conquista
de pessoas para Cristo; promove e apoia o evangelismo pessoal em todas as áreas da Igreja; e

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cria oportunidades para que todos participem de acordo com seus dons. Para tanto, trabalha de
maneira integrada com todos os demais departamentos.

Cada congregação deve estabelecer o Conselho do Ministério Pessoal. É responsabilidade do


pastor e do líder de Ministério Pessoal ajudar os membros a terem sucesso em suas atividades
missionárias. O diretor do Ministério Pessoal deve planejar e dedicar algumas horas por semana
para as atividades do departamento. Também e seu dever apresentar a Igreja, no sábado mensal e
nas reuniões administrativas, um relatório das atividades missionarias (Manual da Igreja, p. 94).

CARACTERÍSTICAS, ATIVIDADES E ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR


Cada diretor deve ser um facilitador do amadurecimento espiritual e missionário dos membros
da Igreja pelo exercício de seus dons espirituais. Veja as características, atividades e atribuições
do diretor do Ministério Pessoal.
1. Ser um líder espiritual, entusiasta e motivador.
2. Comprometer-se com a missão da Igreja
3. Ser por preceito e exemplo um missionário.
4. Focar em ações leigas, não apenas em programas.
5. Comprometer-se com o crescimento qualitativo e quantitativo.
6. Trabalhar de maneira integrada com outros departamentos.
7. Fortalecer a implantação do ciclo do discipulado.
8. Organizar o material para os minutos missionários nas unidades da Escola Sabatina
9. Apresentar os planos missionários da Igreja na classe de professores.
10. Disponibilizar materiais missionários aos professores de unidades e membros da
Igreja.
11. Acompanhar a escala de pregação para promoção do Sábado Missionário no culto
divino.
12. Apoiar constantemente os Pequenos Grupos na Igreja.
13. Liderar pelo menos um Pequeno Grupo e promovê-los.
14. Promover e organizar diversos tipos de Classes Bíblicas.
15. Planejar as atividades missionárias, junto ao pastor e comissão da Igreja.
16. Acompanhar juntamente com o Coordenador de Interessados a lista de interessados
de sua Igreja.
17.Organizar formaturas de cursos bíblicos em dias especiais ou de batismo.
18. Organizar semanas de Decisão e Colheita e programas via-satélite.
19. Promover os batismos mensais.
20. Reunir a comissão missionaria e fazer o planejamento.
21. Avaliar periodicamente com o pastor o andamento do programa missionário.
22. Ter humildade, paciência, dedicação para com a Igreja.
23. Participar e promover os treinamentos realizados pelo campo local.
24. Ler todo o Auxiliar do Diretor de Ministério Pessoal.
25. Realizar todo 1º Sábado do mês o programa missionário.
26. Estabelecer um forte programa de oração intercessora.
27. Realizar vigílias trimestrais para elevar a espiritualidade da Igreja.
28. Trabalhar em parceria com o pastor e Associação.
29. Acompanhar o placar de comunhão, pelo relacionamento e missão.

COMO SER UM MINISTÉRIO PESSOAL DE SUCESSO


Trabalhar junto com as Unidades de Ação da Escola Sabatina e outros departamentos.
O líder do Ministério Pessoal deve cooperar e trabalhar em conjunto com os coordenadores
das Unidades, orientando sobre o programa missionário que a Igreja está empenhada, ou outras
atividades missionárias da classe e dos departamentos da Igreja.

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Trabalhar com voluntários.
Os membros da Igreja local são voluntários, grande parte do trabalho do Diretor de Ministério
Pessoal é recrutar, treinar, motivar, equipar e supervisionar o trabalho dos voluntários. Super-
visionar os voluntários não é o mesmo que trabalhar com empregados. Voluntários farão o que
eles gostam ou são convictos a fazer, não necessariamente o que precisa ser feito. Chamar-lhes
a atenção do púlpito ou fazer com que se sintam culpados não resultara em resultados positivos.
Contatos pessoais são mais efeito os do que em público. Formar um time de suporte é essencial
para o trabalho ter sucesso.

Planejar para não fracassar


O líder do Ministério Pessoal ajuda os demais líderes a desenvolver planos para ganhar al-
mas. É responsabilidade do líder reunir as pessoas chaves para planejaram os objetivos evan-
gelísticos. Produzindo sintonia entre os objetivos das diferentes lideranças, todos cooperarão.
Muitos objetivos se tornam confusos para a congregação e são mais difíceis de serem realizados.
Experiências demonstram que a maioria das congregações só consegue realizar de uma a três
atividades ao mesmo tempo. Por isso, defina o mínimo de ações. Vários projetos enfraquecem a
vida missionária da Igreja.
Faça um planejamento do que quer alcançar durante o ano. “Quem não planeja, já planejou
fracassar”. Ao planejar juntamente com a comissão missionária, siga os seguintes passos:
• Faça metas mensuráveis.
• Estabeleça cronograma com as principais datas.
• Selecione e promova os materiais que serão necessários.
• Escreva, faça uma pequena apostila.
• Avalie constantemente seu planejamento.

ENVOLVENDO A IGREJA NO EVANGELISMO PESSOAL


1. Formar equipes com toda a Igreja ou utilizar as Unidades da Escola Sabatina;
2. Implantar a Escola de Esperança e treinar cada membro de acordo com os dons;
3. Estabelecer um plano de ação tendo a participação da liderança da Igreja local;
4. Obter uma lista de interessados e organizar um programa de colheita;
5. Estabelecer um programa de oração e jejum em prol dos interessados;
6. Fornecer materiais apropriados para o projeto;
7. Estabelecer um alvo de envolvimento missionário;
8. Fazer reuniões periódicas com a liderança da Igreja;
9. Apresentar testemunhos dos membros da Igreja.

O SECRETÁRIO DO MINISTÉRIO PESSOAL


O secretário trabalha em conjunto com o diretor do Ministério Pessoal no desenvolvimento
dos programas missionários da Igreja (Manual da Igreja p. 94).
O secretario do Ministério Pessoal é também o secretário do Conselho do Ministério

Pessoal da Igreja. Seus deveres incluem: convocar os membros para as reuniões; manter as reuni-
ões na hora certa, marcando ou desmarcando e ajudando no preparo da agenda; fazer relatórios e
distribuir materiais; solicitar materiais para Associação; passar para a secretária da igreja os re-
latórios ao final de cada trimestre; e acompanhar todas as movimentações missionárias da Igreja.

Igrejas com mais de 200 membros podem trabalhar com um ou dois secretários, a fim de que
a cada sábado haja alguém para coordenar e atender a todos. As reuniões da comissão do Depar-
tamento devem ser feitas a cada mês. Em Igrejas pequenas, o secretário para a Escola Sabatina
pode ser o mesmo do Ministério Pessoal.

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O COORDENADOR DE INTERESSADOS
O coordenador é escolhido por ocasião da eleição dos oficiais da igreja. Pode ser homem ou
mulher com forte espirito de liderança. Ele é membro da comissão da igreja e da comissão do Mi-
nistério Pessoal. Trabalha apoiando diretamente o pastor e o Diretor do Ministério Pessoal. O Co-
ordenador é o responsável pelo controle e acompanhamento de todos os interessados da Igreja.

Deveres do Coordenador:
1. Manter uma lista organizada com nome e endereço de todos os interessados atraídos pelas
diversas atividades evangelísticas da igreja, tais como:
Estudos bíblicos nos lares; pequenos grupos; duplas; pesquisas de casa em casa; distribuição
de literatura missionária; lista de Interessados; Escola Sabatina: amigos que visitam a cada
sábado; cerimônias batismais: pessoas que responderam aos apelos; campanhas de evangelismo
público; programas de rádio e tv; Escola Adventista – Os alunos e familiares; Colportagem; Hos-
pitais; clínicas. E outros...
2. Fornecer nome e endereço de interessados a todos os membros que desejarem visitar e
dar estudos bíblicos.
3. Encaminhar o nome e endereço dos interessados para os líderes dos pequenos grupos e
das classes bíblicas.
4. Providenciar para que todos os interessados sejam atendidos prontamente.
5. Apresentar a Comissão da Igreja relatório mensal com o número de interessados obtidos
e quantos estão recebendo atendimento.
6. A recomendação da Divisão Sul-Americana é que todas as igrejas e congregações tenham
um coordenador de interessados eleito e atuante.

DINAMIZANDO O SÁBADO MISSIONÁRIO


Uma das atividades que ajuda a manter a visão missionária na Igreja é utilizar o Sábado
Missionário que ocorre no primeiro sábado de cada mês, e deve ser:
• DINÂMICO: Sempre diferente, organizado, objetivo e prático.
• INSPIRADOR: Que leve a Igreja a reconhecer sua principal missão.
• MOTIVADOR: Que desperte o desejo nos membros em comunicar o evangelho.
• DISCIPULADOR: Que forme novos missionários. Um dia de treinamento.
Deve ter um sermão
Como sugestão, em anexo está um conjunto de 9 sermões missionários para estes sábados,
mas outros poderão ser utilizados. O diretor missionário irá administrar o programa deste sábado
em conjunto com os anciãos. Poderá pregar, mas não é aconselhável que faça sempre. Caracte-
rísticas do pregador no sábado missionário;
• Alguém que tenha facilidade de comunicação.
• Alguém que seja um exemplo missionário; não basta saber falar bem.
• Alguém que seja respeitado pela Igreja como um líder espiritual.

UM SÁBADO PARA TESTEMUNHOS:


• Testemunho de conversão: Em um sábado de testemunhos, cabe narrar histórias de con-
versão. Ha muitas histórias de conversões entre os membros que não são conhecidas. Ao contar
testemunhos dizemos que outros em condições diversas também aceitarão o evangelho se tive-
rem oportunidade. Chame a frente os que contribuíram para a conversão narrada e entreviste-os.
• Testemunho de quem está trabalhando: Em forma de entrevista, deixe fluir o relato mis-
sionário de um irmão. Deixe claro a Igreja o que o irmão, ou grupos de irmãos, estão realizando
para a honra e glória de Cristo. Pergunte como foi que iniciaram, que dia e hora da semana dedi-
cam a pregação, como se sentem, etc. Desafie a Igreja a seguir estes exemplos.

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 9


• Testemunho de um Pequeno Grupo: O líder, o anfitrião e os membros poderão ser envol-
EXPEDIENTE
vidos. Pergunte a eles em que dia e local se encontram, quais são as bênçãos alcançadas, como
Administração
estão as atividades, quais são os alvos e desafios.
Presidente:
• Festival de Pequenos Grupos: Evento com todos os pequenos grupos da Igreja ou do dis-
Mauricio Lima
trito. Uma ocasião para colher muitas bênçãos. Mais do que em todas as demais ocasiões, você
Secretário:
terá queGuedes
Leonidas ter a presença e o apoio de seu pastor.
• Festival das Duplas Missionárias: Elas poderão trazer testemunhos das bênçãos obtidas
Tesoureiro:
Volnei Porto
através do trabalho missionário realizado e um desafio para outros membros também abraçarem
este ministério.
Direito de publicação
União• Sudeste
Batismo com dos
Brasileira formatura
Adventistasde
docursos bíblicos: Devemos valorizar os que concluem um curso
Sétimo Dia
Av. Sete de
bíblico e Setembro,
fazer uma 69 linda e organizada formatura.
Icaraí - Niterói/RJ.
• Congresso Missionário: Uma festa com música, batismos, testemunhos e confraternização.
Cep: 24230-250
Poderá
Tel.: (21) ser realizado na Igreja, ou em um auditório que comporte um número maior de pessoas.
2199-1000
• Almoço Missionário: Deve ser no Sábado em que a Igreja promove a visita de amigos e
www.useb.org.br
interessados. A mensagem do culto deve ser sobre o amor de Deus e salvação. Depois, todos se
MIPES – Ministério Pessoal
confraternizarão,
e Escola Sabatina/USeB
irmãos, amigos e visitantes.
• Treinamento:
Pr. Paulo Godinho Temos visto que o melhor momento para se treinar a Igreja é Sábado pela
manhã. Atingimos toda a Igreja e principalmente aqueles que não vem em outro horário e não
Projeto envolvidos
estão Gráfico ainda. Poderá haver uma encenação de como funciona um pequeno grupo no
Digital Comunicação por
lar, ou como
Aaron A Araujo
se ministra um estudo bíblico; como se inscreve alguém num curso bíblico, etc. Use
todos os recursos audiovisuais e didáticos possíveis.
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O diretor do Ministério Pessoal deve trabalhar em parceria com os anciãos, diretor de Escola
2016
Sabatina, professores, recepção e o pastor, para que a Igareja se mantenha envolvida e compro-
metida com evangelização local.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
EVANGELISMO DE SEMANA SANTA
É um programa que acontece anualmente em todas as congregações da Igreja Adventista.
Neste período convidamos amigos, parentes e vizinhos para relembrar e agradecer a Jesus por
Seu grande sacrifício na cruz do Calvário. Esse e um momento bastante propício para aceitação
do evangelho.
Origem do Evangelismo de Semana Santa na Igreja Adventista
Em 1970, Daniel Belvedere introduziu o evangelismo da Semana Santa, na Associação de
Buenos Aires. Eram reuniões evangelísticas durante a semana antes da páscoa. Foram estabele-
cidos 147 pontos de pregação paralelos em diferentes bairros, 17 programas a voz da mocidade,
além de outras reuniões conduzidas pelos pastores. Em 2020 estamos celebrando 50 anos de
Evangelismo da Semana Santa.
Para que existe o Evangelismo de Semana Santa?
Durante esta semana, as pessoas estão abertas e desejosas de ouvir sobre a paixão de Cristo:
muitas são motivadas em sua caminhada com Cristo, outras, iniciam; e milhares entregam a vida
a Cristo através do batismo. Essa oportunidade deve ser bem aproveitada pela Igreja, pois a
ocasião e os temas são reflexivos e influentes. Além disso, e a melhor oportunidade de envolver
a Igreja em atividade missionária.
Quem deve participar?
Nas atividades da Semana Santa crianças, jovens e adultos podem se envolver. Todos os
departamentos devem promover a Semana Santa a fim de que se realize com criatividade nos
lares, pequenos grupos, Igreja e comunidade. Separados, os resultados serão pequenos, mas se
todos os departamentos se unirem, teremos a maior Semana Santa na história da União Sudeste
Brasileira! Isso é possível, basta que cada um se coloque a disposição para fazer a diferença em
sua localidade!
10 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
Como envolver mais pessoas:
Quando ao Evangelismo de Semana Santa é centralizado na Igreja, a maioria dos membros
apenas assiste a mais um culto. Mas em muitos lugares esse Evangelismo tem sido realizado em
duas etapas: de domingo à quinta-feira as reuniões acontecem nos lares, nos pequenos grupos,
salões, garagens, empresas, casas. O fechamento da semana acontece na Igreja local, a partir
de sexta-feira, com a reunião de todos os que estiveram presentes nos diferentes locais de as-
sistência. Essa metodologia não se contrapõe ao programa tradicional da Igreja, pelo contrário,
o amplia, pois o objetivo é envolver mais pessoas com o cumprimento da missão. Cada con-
gregação deve incentivar a abertura da maior quantidade de pontos de pregação possível. Cada
congregação deve seguir as orientações de sua Associação.
Por que nos Lares e Pequenos Grupos?
O ambiente do lar quebra preconceitos e estabelece pontes. O especialista em crescimento de
Igreja, McGrarvan faz a seguinte afirmação: “primeiro as pessoas se conectam a nos para depois
se conectarem com Deus”. Pesquisas indicam que 75% das pessoas que são membros de igreja
foram influenciadas por um amigo, vizinho ou parente.
Preparo e continuidade:
O mês que precede a Semana Santa deve ser dedicado a organização, treinamento e promoção
da semana. É fundamental que cada congregação continue dando assistência aos interessados
através dos pequenos grupos, classes bíblicas e duplas missionárias. Se a Igreja se envolver neste
projeto de semeadura e cultivo a semana de colheita alcançara muitas pessoas.

O que fazer:
a. Preparar a lista de interessados.
b. Preencher cartão de oração intercessora.
c. Participar do programa dez dias e dez horas de oração.
d. Ser voluntário atendendo os interessados da Novo Tempo.
e. Visitar afastados.
f. Participar da Escola Missionarias distritais.
g. Ministrar estudos bíblicos.
h. Seguir orientações da Associação/Missão.
Quem envolver:
a. Todos os membros.
b. Pastores e obreiros.
c. Pregadores voluntários.
d. Líderes de pequenos grupos e professores da Escola Sabatina
e. Famílias.
Onde fazer:
a. Igrejas.
b. Salões/escolas/garagens.
c. Pequenos grupos.
d. Famílias.
O que fazer após a semana santa:
a. Continuar atendendo os interessados através da lista do check out.
b. Organizar classes bíblicas em diversos locais.
c. Pequenos grupos Obede-Edom.
d. Séries de Evangelismo Público.
e. Organizar os membros em duplas missionárias para atender os interessados.
f. Distribuir literaturas.
g. Estabelecer novas congregações.
h. Realizar batismos de colheita (Batismo do Ministério da Mulher).
i. Domingos de esperança.
GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 11
Como atender os interessados:
a. Visitando.
b. Envolvendo com atividades na igreja local.
c. Ministrando estudos bíblicos.
d. Realizando classes bíblicas.
e. Apoiando evangelismo de Rádio e TV.
f. Conduzindo pessoas a decisão.
Materiais à disposição
• Cartão de oração intercessora.
• Estudo para pequenos grupos Obede-Edom.
• Cursos bíblicos.
• DVD com mensagens e Louvor.
• Cartazes e Folhetos.
• Sermões e guia de estudo para pequenos grupos.

LISTA DE INTERESSADOS
É uma lista onde se cadastra os nomes de parentes, vizinhos e amigos que participaram na
Semana Santa e cultos evangelísticos da Igreja.
O que fazer?
• Anotar os nomes na lista e dedicar algum tempo para:
a. Fazer oração intercessora pelos nomes da lista – Pedir que Deus os torne receptivos a
mensagem, que os abençoe e os faça sentir a necessidade de Cristo.
b. Desenvolver amizade – Fazer contato com eles por meio de uma visita missionária em seu
lar. Identificar suas necessidades e procurar ajudá-los.
c. Dar testemunho pessoal - Contar a sua experiência com Cristo e mostrar como Ele pode
mudar a vida das pessoas.
d. Ministrar curso bíblico – De acordo com o interesse manifestado, estudar com os inte-
ressados em seus lares.
• Entregar o nome e endereço dos interessados para o coordenador de interessados.
• Convidá-lo para fazer parte de um pequeno grupo e para as campanhas de evangelismo.
• Levá-lo à decisão por Cristo. Se for necessário solicitar o apoio de um ancião ou pastor.
• Quem não tiver nenhum nome pode solicitar com o coordenador de interessados.

ORAÇÃO INTERCESSORA
Por meio da oração intercessora os membros da igreja terão mais sucesso na conquista de
almas. As pessoas são ganhas para Cristo não tanto por aquilo que ensinamos, mas pelo impacto
produzido pela ação do Espirito Santo em sua vida por nosso intermédio. Sem o poder do Espi-
rito Santo, nossas palavras não produzirão nenhum efeito. Sem orações sinceras e fervorosas, a
melhor propaganda para o evangelismo e a conquista de almas, é fraca. Deus age em favor do
pecador através das orações dos santos. A Epistola de Tiago diz: “Muito pode, por sua eficácia,
a oração do justo” (Tiago 5:16). O Evangelho de Marcos descreve o incrível poder de Jesus como
ganhador de almas. A multidão, cheia de admiração, exclamava: “Ele ensina como tendo autori-
dade e não como os escribas” (Marcos 1:22). O segredo do poder que Jesus possuía, encontra-se
em Marcos 1:35: “E levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu e foi para
um lugar deserto, e ali orava”. O poder de Jesus era a oração de intercessão.
Se queremos ser ganhadores de almas, o poder do Céu descerá sobre nós, na medida em que
dobrarmos os nossos joelhos para orar em favor das pessoas, individualmente. A medida que ora-
mos pelos outros, Deus nos dará a sabedoria de que necessitamos para nos achegarmos a eles:
“E, se algum de vos tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o
lança em rosto; e ser-lhe-á dada” (Tg 1:5). Ele nos fornece as chaves para alcançarmos o coração
das pessoas. Como resultado da oração por meio da influência do Espirito Santo, Deus atuará
nelas usando meios que não seriam possíveis sem a oração.

12 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


Ellen G. White foi bem clara a respeito da necessidade da oração no evangelismo. “Por que
os crentes não sentem uma preocupação mais sincera e profunda por aqueles que estão longe de
Cristo? Por que dois ou três não se reúnem e rogam a Deus pela salvação de alguém especial e
então por outros mais?” “Quando trabalharem e orarem em nome de Cristo, seu número aumen-
tara, pois, o Salvador diz: ‘Em verdade também vos digo que se dois dentre vos, sobre a Terra,
concordarem a respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedidas por meu
Pai que está nos céus.’ Mateus 18:19” Testemunhos Seletos, p. 84.
Orações intercessoras fazem a diferença. Ao colocarmos os nomes da “Lista de Interes-
sados” perante Deus, por meio das nossas orações intercessoras, Ele derramara o Seu Espírito
em nós tornando-nos instrumentos para alcançar as pessoas. Por nosso intermédio, a água da
vida jorrara do trono de Deus para saciar a sede das almas. No conflito entre o bem e o mal, “O
natural coopera com o sobrenatural. Faz parte do plano de Deus conceder-nos, em resposta a
oração da fé, aquilo que Ele não outorgaria se não o pedíssemos assim” – Grande Conflito, 525.
As campanhas de evangelismo integrado apoiadas pelas orações intercessoras são mais eficazes.

Como organizar o ministério da oração intercessora?


1. Formar grupos de oração intercessora na igreja.
2. Quem participa das orações?
a.Os membros individualmente.
b. Os grupos de oração intercessora na igreja.
c. Os pequenos grupos em suas reuniões.
3. Providenciar uma lista ou agenda de oração intercessora para os grupos.
4. Na agenda ou lista de oração intercessora anotar:
a. Nomes de interessados.
b. Nomes de membros afastados
c. Nomes de pessoas enfermas.
d. Pedidos especiais de oração.
e. Pedidos referentes às campanhas evangelísticas da igreja.

CLASSES BÍBLICAS
Considerando que muitos apreciam o estudo em grupo, o método de classes bíblicas é eficaz,
econômico e simples. Além disso, prepara melhor os interessados para o batismo. Cada congre-
gação pode realizar classes ao longo do ano, em diversos locais e na própria igreja: nos cultos de
domingo à noite, sábados à tarde, na Escola Sabatina, com a ASA, na escola adventista, nas casas
de recém-conversos ou como continuidade da Semana Santa. As orientações a seguir auxiliarão
nos primeiros passos da organização de uma classe bíblica na igreja:

• Escolha um instrutor que seja capacitado no ensino e no conhecimento bíblico.


• Defina local, dia e hora para as reuniões.
• Prepare espiritualmente a igreja com jejuns, vigílias e oração intercessora.
• Faça uma lista de interessados e/ou pessoas afastadas e envie uma carta, e-mail ou faça uma
visita.
• Faça uma boa promoção através de boletins, mural, anúncios e outros meios.
• Trabalhe integrado com os departamentos da igreja.
• Motive os membros a participarem da classe bíblica com seus interessados.

A descrição abaixo apresenta dicas indispensáveis para aqueles que querem alcançar êxito
por meio das classes bíblicas:

O instrutor de sucesso procura descobrir onde estão os interessados: descobre o nome de

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 13


pessoas que foram despertadas por meio da obra de publicações, programa da rádio e/ou de
TV; pessoas que aceitaram o apelo em cerimônias batismais; os que frequentam os peque-
nos grupos ou são atendidos pela ASA; os que frequentam a escola sabatina; faz pesquisa de

opinião religiosa nas proximidades da classe bíblica. Os membros que dizem não ter tempo
devido às atividades de trabalho e estudo, os que são tímidos e não possuem o dom do ensino,
podem assistir a essas reuniões com seus interessados.
O instrutor de sucesso relaciona-se com Deus e com seus alunos: consagra-se a cada manhã; lê
sistematicamente a Bíblia e o Espírito de Profecia; intercede diariamente por seus alunos; procu-
ra organizar o tempo para visitá-los e realizar atividades sociais com eles; conhece as doutrinas
bíblicas; é organizado, perseverante, pontual, entusiasta e ama as pessoas.
O instrutor de sucesso prepara-se para ensinar: escolhe ilustrações e recursos audiovisuais que
facilitarão o aprendizado; elabora a apresentação da lição de modo criativo, lógico e progressivo;
abre espaço para perguntas e respostas no decorrer da lição; conclui cada estudo com um ape-
lo; mantém a duração do estudo em uma hora. “Deixai-os fazerem perguntas, e respondei-as da
maneira mais clara, mais simples possível, de modo que a mente possa apoderar-se das verdades
apresentadas (Ev. 441).
O instrutor de sucesso prepara-se para receber seus alunos: escolhe uma equipe para apoiá-lo
na recepção e cuidado espiritual dos alunos, que inclui interceder em oração diária, entrar em
contato confirmando presença para o próximo estudo, visitar os lares, preparar um momento de
interação após o estudo (lanche), incentivar os alunos a convidar amigos, parentes e vizinhos
para acompanhá-los nos estudos.
O instrutor de sucesso preocupa-se com o programa e com a organização: recebe calorosamente
os alunos, distribui as Bíblias; ora e introduz o tema; recapitula brevemente o estudo anterior; a
seguir, lê as perguntas e as citações bíblicas do estudo em questão sequencialmente, citando a
página em que o verso bíblico se encontra (AT e NT); comenta e explica o texto; tira dúvidas; faz
uma recapitulação verbal ao final de cada estudo; faz o compromisso de fé e ora sobre a decisão
do aluno; por fim, apresenta o próximo tema de maneira criativa despertando o interesse para a
próxima reunião.
O instrutor de sucesso preocupa-se com o preparo dos materiais com antecedência: lousa, se-
manal. giz (ou caneta para quadro branco) e apagador; envelopes, canetas e pranchetas; Bíblias,
estudos e DVD; televisão ou vídeo projetor, computador ou aparelho de DVD; brindes para sorteio;
alguém para interagir com as crianças com materiais apropriados; papéis à disposição para pe-
didos de oração; caixa de pedidos de oração para o momento da intercessão e lista de chamada.

PEQUENOS GRUPOS
São encontros semanais de 3 a 12 pessoas que se reúnem para comunhão, estudo da Bíblia e
oração em busca de crescimento espiritual, amizade, ajuda mútua e testemunho cristão.

Características dos Pequenos Grupos PG:


1. São reuniões semanais de 3 a 12 pessoas que têm por objetivo crescimento espiritual
o testemunho cristão (evangelismo).
2. As reuniões têm duração de uma hora aproximadamente.
3. Os grupos são formados por critérios geográficos ou por afinidade.
4. Podem funcionar em uma sala, em um salão, ou qualquer outro local onde seja possível
fazer isso com dignidade.
5. Cada pequeno grupo deve ter um líder, um associado e um anfitrião.
6. Juntos definem dia, local e hora das reuniões.
7. Juntos devem convidar participantes para o Pequeno Grupo.
8. Cada Pequeno Grupo deve ter identidade, ou seja; Um nome, um hino, um verso bíblico,

14 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


uma bandeira uma visão e uma missão.
9. Cada grupo firma o compromisso ou pacto de reunir-se por um período de tempo. Depois
desse período podem renovar o compromisso.
10. Devem estabelecer alvos de crescimento e formação de novos grupos.

Quem participa do PG:


O Pequeno Grupo é uma reunião aberta para todos, adventistas ou não.

Local e Dias de Funcionamento:


O Pequeno Grupo deve se reunir em um endereço fixo. Pode ser na casa do anfitrião ou em um
local por ele designado. A reunião pode acontecer a qualquer dia e hora excetuando os dias e os
horários que conflitam com o módulo oficial dos cultos da Igreja.

O programa do PG:
Cinco Partes fundamentais compõem o programa que deve ser desenvolvido no PG:
1. Boas Vindas.
2. Adoração.
3. Estudo Relacional.
4. Oração.
5. Termino.

As boas bindas
• Os membros do núcleo são os encarregados das boas vindas com primazia para o anfitrião ou
alguém designado por ele.
• Confraternização.
• Quebra gelo.

Adoração
• Reconhecimento da Presença de Deus.
• Cânticos e Louvores.
• Oração inicial.

Estudo relacional
• O que este texto quer dizer?
• O que ele significa para mim?
• Que decisão devemos tomar?

Momentos de oração
• Oração solicitando a Deus força para colocar em prática o estudado.
• Oração específica ao pedido de cada um.
• Oração solicitando as bênçãos de Deus para todos.

Término
• Termine sempre na hora certa.
• Se algumas pessoas quiserem permanecer mais um pouco, poderão fazê-lo.
• É Neste momento informal que muitas pessoas tomam suas decisões.
Alvos e metas dos PGs:

• Atenção integral a cada participante.


Atender nas quatro áreas: Espiritual, Mental, Física e Social.
• Crescimento espiritual.
Ajudar a cada participante a orar, estudar a bíblia e buscar intimidade diária com Deus.

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 15


• Missão.
Envolver a todos na pregação do evangelho.
• Estudo Bíblico.
Oferecer estudos Bíblicos para os não adventistas.
• Companheirismo.
Apoiar uns aos outros na caminhada cristã.
• Multiplicação.
Formar novos líderes.

ESCOLA DE ESPERANÇA (2020)

“Toda igreja deve ser uma escola missionária... Seus membros devem ser instruídos em dar
estudos bíblicos, em dirigir e ensinar classes da Escola Sabatina, na melhor maneira de auxiliar
os pobres e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos não-convertidos.” A Ciência do Bom Viver, 52.

O que todas as igrejas que crescem têm em comum?


1. Líderes com otimismo e entusiasmo;
2. Atmosfera Especial;
3. Imagem correta de Deus;
4. Adoração Bíblica;
5. Membros envolvidos;
6. Senso de pertencer a comunidade;
7. O pastor é um treinador. Pr. Artur Stele (Vice Presidente da Conferência Geral).

Escola de Esperança/Trimestral:
É uma Reunião Trimestral, de Avaliação, Planejamento, Motivação, Informação e Capaci-
tação. São realizados pelo Departamental MIPES da Associação ou Pr. Distrital.

Vantagens:
É uma estrutura de capacitação permanente;
É uma forma de integrar as áreas de mobilização da igreja;
É uma maneira de enxugar o calendário;
Há uma concentração das forças em uma só estrutura.

Participantes:
Sugestão: Diretor(a) do Min. Pessoal; Diretor(a) de Classe Bíblica; Duplas Missionárias; Pe-
quenos Grupos; Diretor(a) de Interessados; Recepção; Diretor(a) de Escola Sabatina; Professores
de ES;
Temas:
Sugestão: Usar a Revista “Escola de Esperança”.

LEITURA INDISPENSÁVEL PARA O DIRETOR

Como adventistas do sétimo dia somos um povo abençoado quanto à literatura. Temos uma
variedade de revistas, livros em diversas áreas: família, educação de filhos, saúde, jovens, casa-
mento etc. Como líderes precisamos dedicar tempo a leitura, ou seremos pessoas sem nenhuma
opinião pessoal, ficaremos a margem do superficialismo, sem nenhuma relevância. A leitura cria
em nós paixão evangelística. Abaixo indicações de livros indispensáveis para ampliar a visão
missionária.

16 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


• Serviço Cristão – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Evangelismo – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Ciência do Bom Viver – Ellen White, Casa Publicadora Brasileira.
• Beneficência Social – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Obreiros Evangélicos – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Desejado de Todas as Nações – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Atos dos Apóstolos – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Conselhos Sobre a Escola Sabatina – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Como Reavivar a Igreja – Rusell Burrill, Casa Publicadora Brasileira.
• Discípulos Modernos – Rusell Burrill, Casa Publicadora Brasileira.
• Aprofundando a Caminhada; Divisão Sul Americana, Casa Publicadora Brasileira.
• Pequenos Grupos para o tempo do fim – Kurth Jonshon, Casa Publicadora Brasileira.

PLANEJAMENTO DO DEPARTAMENTO DE MINISTÉRIO PESSOAL PARA 2020


O departamento de Ministério Pessoal tem como essência o discipulado e se ocupa pelo
crescimento espiritual, relacional e missionário de todos os membros da igreja. Nossa Missão e
fazer discípulos atraves de Comunhão, Relacionamento e Missão. Nossa visão e ser o principal
veículo de capacitação missionaria da igreja, a fim de motivar os membros a fazer discípulos de
Cristo, com a convicção de que a Igreja está organizada para o serviço” (Ellen G. White, A Ciência
do Bom Viver, p. 148).

Como metas principais destacamos:


Comunhão - Promover a assinatura e Estudo da Lição da Escola Sabatina

Relacionamento - Promover a formação de Líderes e participação dos membros nos Pequenos


Grupos.

Missão - Promover a ministração de mais Estudos Bíblicos pelos membros da Igreja.


Principais ações e materiais para 2020:

SEMANA SANTA 2020:


1. Título: AMOR ESCRITO COM SANGUE
2. Data: 04 a 12 de Abril

ESCOLA DE ESPERANÇA:
1. Objetivo: Criar uma estrutura de capacitação permanente (trimestral), integrando as áreas
de ministério pessoal e escola sabatina.
2. Material: Uma revista de conteúdo integrado das áreas de ministério pessoal e escola saba-
tina.
3. Vantagens:
• Integrar as áreas de mobilização da igreja
• Formar multiplicadores
• Otimizar os recursos
• Economizar datas
• Sinergia – concentrar forças em uma só estrutura de capacitação.

MULTIPLICAÇÃO DE PEQUENOS GRUPOS 2020


1. Ver data com a Associação Local
2. Envolver a todos
3. Investir na formação de líderes através do protótipo, escola de líderes e encontros regulares
de manutenção.

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 17


BÍBLIA MISSONÁRIA:
Conteúdo
1. Estudo Bíblico Ouvindo a Voz de Deus em cadeia;
2. Estudo Bíblico Apocalipse Revelações de Esperança;
3. Explicação de textos difíceis em espaços específicos;
4. Estudos relacionais para Pequenos Grupos (140 estudos).

PLANEJAMENTO DO DEPARTAMENTO DA ESCOLA SABATINA PARA 2020

COMUNHÃO:
Promover a assinatura, estudo da lição e presença dos membros na Escola Sabatina.

Estratégias:
• Projeto Maná, “Cada um, cada dia, segundo o que podem comer, de manhã cedo” Êxodo. 16:16-21.
• Dia do compromisso, uma vez por trimestre assinar o compromisso de estudar a Bíblia e lição
da Escola Sabatina todos os dias.
• Projeto #LESAdv, nas redes sociais.
• Ênfases no professor.
• O ciclo do aprendizado como método de ensino.
• A Escola de Esperança uma ferramenta de capacitação para líderes da Escola Sabatina e Minis-
tério Pessoal.

RELACIONAMENTO:
Integrar os Pequenos Grupos com as Unidades de Ação, fazendo uma só estrutura.

Estratégias:
• Processo discipulador do grupo protótipo.
• Cada Pequeno Grupo nasce integrado (PG e Unidade de Ação).
• Ao multiplicar PGs, multiplicar Unidades de Ação ou vice versa.

MISSÃO:
1. Aumentar o número das igrejas envolvidas no Ciclo do Discipulado.
2. Nas igrejas pequenas, os novos membros serão discipulados pelos discipuladores,
individualmente.
3. Antes de implementar o projeto, deve haver o congresso discipulador com 20%
de igrejas que se envolverão no ciclo do discipulado.
Cada professor um discipulador.
Meta: 100% dos campos com Escolas de Esperança.

Estratégia: Escola de Esperança integrada para os líderes da Escola Sabatina e MIPES.


A Escola Sabatina como o principal centro missionário da igreja.
Meta: Cada Igreja, funcionando o dia do amigo.
Estratégia: Missão centrifuga e Missão centrípeta.
• Missão centrifuga (de dentro para fora).
Filiais de Escola Sabatina: Formação e desenvolvimento de Escolas Sabatinas Filiais,
como base para a formação de novas igrejas.
• Missão centrípeta (de fora para dentro).
Dia do amigo: Celebrar uma vez por trimestre o dia do Amigo, para trazer nossos
convidados a igreja.
Classe bíblica: Cada igreja com uma classe bíblica no horário da Escola Sabatina.

18 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


DOCUMENTO DO I SIMPÓSIO DE ESCOLA SABATINA
Considerando:
• A origem do ministério de Escola Sabatina, pela vontade divina;
• O papel histórico, a relevância, a vocação bíblica, a contribuição para a unidade e sua
função no desenvolvimento missiológico da Igreja;
• Os grandes benefícios e aportes da Escola Sabatina para o crescimento da Igreja;
• O papel fundamental da Escola Sabatina no processo de discipulado, que conduz ao
cumprimento da missão de fazer discípulos através de comunhão, do relacionamento e
da missão,

Nós, participantes do simpósio, conscientes de que a Escola Sabatina é o coração da Igreja,


propomos:

O discipulado na Escola Sabatina.


• Estimular a presença e a participação ativa de todos os pastores no
programa da Escola Sabatina.
• Utilizar a Escola Sabatina como uma plataforma estratégica para o
discipulado.
• Fortalecer projetos de interação e pastoreio fora do horário regular da Escola Sabatina.
• Inscrever todos os membros da igreja como alunos da Escola
Sabatina.
A integração das estruturas de Unidades de Ação e Pequenos Grupos no discipulado:
• Integrar as Unidades de Ação e os Pequenos Grupos para potencializar o desenvolvi
mento dos aspectos cognitivos, relacionais e missionais.
• Realizar treinamentos unificados para simplificar o calendário de atividades.
• Ter um processo permanente para formação de professores de Escola Sabatina e líderes
de Pequeno Grupos com foco no discipulado.
• Manter, em ambas as estruturas, o foco na missão da Igreja, tanto em projetos missio-
nários como em ações solidárias.

O envolvimento do professor da Escola Sabatina no discipulado:


• Revitalizar a Classe de Professores, fortalecendo a capacitação nas áreas bíblico-peda-
gógica, relacional e missionária.
• Formar professores de Escola Sabatina com perfil discipulador, enfatizando o ensino,
cuidado, visitação, mobilização, preparação de novos líderes, dons espirituais e con-
quista de almas.
• Preparar material auxiliar para o professor com foco no discipulado

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 19


CALENDÁRIO MIPES 2020
DATA EVENTO
Jan/04 Dia do Compromisso com o Estudo Diário
Fev/ 06 a 15 10 dias de Oração
Fev/ 08 Programa 10 Horas de Jejum – Dia Mundial de Oração
Fev/15 Projeto Reencontro
Março Mês de Matrícula no Cartão de Chamadas da Escola Sabatina
Mar/07 Desafio 1+1 em todas as Igrejas da UCB e Cadastro das Duplas Missionárias
nas Unidades de Ação da Escola Sabatina ou melhor sábado de março
Mar/28 Dia do Amigo e Celebração do Discipulado na Escola Sabatina
Abr/04 Dia do Compromisso com o Estudo Diário
Abr/04 Dia da Compaixão – Ações da ASA para atrair interessados na S.S.
Abr/04 a 11 Evangelismo de Semana Santa
Abr/12 Início das Classes Bíblicas
Abr/13 Projeto Obede-Edom - Início do Evangelismo nos Pequenos Grupos
Mai/16 Projeto Maná – Mutirão de Assinaturas
Mai/16 Lançamento Campanha do Agasalho
Mai/30 Impacto Esperança
Jun/01 a 30 Celebração da Multiplicação dos PG’s com Colheita Obede-Edom
Jun/06 Sábado Missionário da Mulher
Jun/20 Lançamento Recolta em todas as Igrejas
Jul/04 Dia do Compromisso com o Estudo Diário
Ago/08 Dia da ASA – Celebração com Batismos
Ago/22 Projeto Quebrando o Silêncio
Set/13 Projeto Maná – Mutirão de Assinaturas
Set/26 Batismo da Primavera
Out/03 Dia do Compromisso com o Estudo Diário
Out/10 Celebração 167 anos Escola Sabatina e Dia de Homenagens aos Profes-
sores da Escola Sabatina
Out/17 Lançamento Mutirão de Natal
Nov/14 Dia do Amigo e Celebração do Discipulado
Dez/04 Dia de Ação de Graças nos Pequenos Grupos ou data escolhida pelo PG

20 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


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A Importância do
1 Testemunho na Ótica Divina
I Coríntios 4:9

INTRODUÇÃO:
Giuseppe Verdi nasceu em Roncole, Parma, Itália, no dia 10 de outubro de 1813.
De família humilde e inculta, estudou música graças a um protetor e professor, Gioachino Antônio
Rossini.
Alcançou enorme sucesso popular enquanto viveu, e seu sucesso persiste até hoje.
Um fato curioso aconteceu quando Verdi conduziu sua pior ópera (chamada Nabucodonosor),
logo após a morte de seus dois filhos e esposa.
Embora ele soubesse que seu desempenho não fora bom, (ele sabia que foi o pior de todos), a
audiência se levantou para aplaudir, lançando rosas ao compositor e ovacionando-o sem parar.
Ali continuava ele ‘bebendo’ os louvores..., até que, olhando ao seu redor, viu sentado, anônimo,
o seu grande mestre e protetor, Gioachino Rossini, olhando firmemente para ele, como quem lhe
dizia: “Oh Verdi, que vergonha”!
Sem dúvida Verdi ficou “amarelo”!
A vergonha e o horror é a porção da pessoa que prefere os louvores dos homens, mas que
subitamente, percebe o olhar de Deus. (Extraído da Apologia de Boulgram).
É mesmo, o olhar de Deus perscruta a todos, em todas as eras.
É bem provável que Shakespeare (como religioso que era) tinha em mente I Coríntios 4:9 ao
afirmar: “Todo mundo é um palco. E todos os homens e mulheres são meros atores”. Mas, e a
audiência? Quem nos assiste? O que esperam ver?
Saiba que, como Instituição, “a Igreja tem que manter seus princípios perante todo o Universo
celeste e os reinos deste mundo, de maneira firme e decidida; uma inabalável fidelidade na
manutenção da honra e da santidade da lei de Deus despertará a atenção e admiração do mundo,
e muitos, pelas boas obras que contemplarem, serão levados a glorificar nosso Pai celestial” (A
Igreja Remanescente, p. 13).

I. DEUS É O MAIS IMPORTANTE DOS OBSERVADORES DE SEU TESTEMUNHO PESSOAL


1.    Ler I Coríntios 4:9 – À primeira vista, este verso parece de difícil compreensão, pois ele
diz que “Deus nos coloca (Seus filhos, apóstolos, seguidores, etc.) em último lugar, como
se fôssemos condenados à morte”. Mas, ao entrar um pouco no aspecto histórico da época
em que Paulo escreveu, entenderemos claramente os propósitos divinos em nos chamar das
trevas para Sua maravilhosa luz.
2.   Paulo se refere aqui a um costume romano brutal. Diante de seus grandes circos, os
romanos, para manter o entretenimento popular, apresentavam um espetáculo final de
sofrimento e derramamento de sangue. Ou os prisioneiros eram forçados a combaterem uns
com os outros, sucessivamente, até que restasse um único homem vivo, ou essa luta era
contra animais ferozes e famintos. Seja como for, tornava-se um espetáculo sangrento, que
enchia de frenesi os olhos de um povo embrutecido.
3.    Deve-se destacar que Paulo usa uma figura de horror e tormento para exemplificar a postura
e conduta dos cristãos em todas as eras.
4.   Para Paulo, foi “Deus quem nos pôs por último”. Nos circos romanos, ficava por último
aquele que, provavelmente, proporcionaria o melhor espetáculo.
5.   É neste sentido que, individualmente, somos deixados por último, somos as pessoas de

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 23


confiança de Deus. Tendo como base o verdadeiro cristianismo, Deus espera que promovamos
um grande espetáculo a quem estiver nos assistindo.

II. OUTROS OBSERVADORES DO SEU TESTEMUNHO PESSOAL.


“... Porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens” (1 Co 4:9).
1. Mundo – A palavra traduzida do grego por ‘mundo’ é kosmós, que, em seu sentido original,
se refere a todo o universo, ou seja, aos habitantes do universo não caído.
a. Os habitantes do universo não caído são os expectadores dessa luta renhida pela
supremacia do bem ou do mal em nossa vida; e, com intenso interesse, contemplam
eles, enquanto o drama se aproxima do ato final.
b. “Mas o plano da redenção tinha um propósito ainda mais vasto e profundo do que
a salvação do homem. Não foi para isso, apenas, que Cristo veio à Terra; não foi,
simplesmente, para que os habitantes deste pequeno mundo pudessem considerar a
lei de Deus como devia ser considerada; mas foi para reivindicar o caráter de Deus
perante o Universo” (Patriarcas e Profetas, p. 68).
c. Agora poderemos entender melhor o que disse o apóstolo Pedro: “Mas vós sois a
geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis
as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9).
d. “Os habitantes do Universo celeste esperam que os seguidores de Cristo resplandeçam
como luzes no mundo. Devem mostrar o poder da graça para cuja concessão aos
homens Cristo morreu. Deus espera que os que professam ser cristãos revelem em sua
vida o mais alto desenvolvimento do cristianismo. São reconhecidos representantes
de Cristo, e devem mostrar ser o cristianismo uma realidade. Devem ser homens de
fé, homens de ânimo, homens de alma sã que, sem questionar, confiem em Deus e em
Suas promessas” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 291).

2. Anjos – Esses são expectadores atentos. Eles estão atentos, observando, a ver quais dos
seguidores de Jesus Cristo exercerão terna compaixão e simpatia para com os perdidos.

a. “Deus e os anjos estão observando. O Senhor deseja que Seu povo manifeste pela
vida que vive a vantagem do cristianismo sobre a mundanidade; manifeste agir em
plano mais elevado e santo. Ele anseia vê-los mostrar que a verdade que receberam os
tornou filhos do celeste Rei. Anela torná-los condutos através dos quais possa vazar
Seu ilimitado amor e misericórdia” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p.
34).
b. “Satanás pretendeu vencer a Cristo... Com que intenso interesse foi essa luta
observada pelos anjos celestiais e os mundos não caídos, quando estava sendo
reivindicada a honra da lei! Não meramente para este mundo, mas para o Universo do
Céu, devia ser para sempre liquidado o conflito” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 255).
c. “Nossa confissão de sua fidelidade é o meio escolhido pelo céu para revelar Cristo ao
mundo...; mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência...
Esses preciosos reconhecimentos... quando corroborados por uma vida semelhante à
de Cristo, possuem irresistível poder, eficaz para salvação de almas” (O Desejado de
Todas as Nações, p. 256).
d. “Cada ato de amor, cada palavra de bondade, cada oração feita em benefício do
sofredor e oprimido, é anotado perante o eterno trono e postos no imperecível
registro celeste” (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 133).

3. Homens – Aqueles que vivem ao nosso redor necessitam ver a luz do caráter de Cristo
brilhando em nós, e assim poderão, juntamente conosco, glorificar ao nosso Bom Deus (Mt
5:16).

24 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


a. “Todo ato de nossa vida afeta a outros para bem ou para mal. Nossa influência tende
para elevar ou para rebaixar; ela é experimentada, posta em prática e, em maior
ou menor escala, reproduzida por outros. Caso por nosso bom exemplo ajudemos
outros no desenvolvimento de bons princípios, damos-lhes poder para fazer o
bem. Por sua vez, eles exercem a mesma influência benéfica sobre outros, e assim
centenas e milhares são afetados por nossa inconsciente influência. Se, por nossos
atos, fortalecemos ou impelimos à atividade as faculdades más dos conselheiro”
(Testemunhos Seletos, v. 1, p. 207).
b. O verdadeiro seguidor de Cristo fortalece os bons propósitos de todos aqueles com
quem entra em contato. Diante de um mundo incrédulo e amante do pecado, ele
revela o poder da graça de Deus e a perfeição do Seu caráter” (Profeta e Reis, p. 348).
c. “Enquanto os anjos seguram os quatro ventos, cumpre-nos trabalhar com todas as
nossas forças. Precisamos proclamar nossa mensagem sem demora. Dar perante o
Universo celeste e aos homens desta época degenerada, o testemunho de que nossa
religião é uma fé e um poder de que o Autor é Cristo, e Sua Palavra o divino oráculo...
A família humana está em necessidade de uma renovação moral, um preparo de
caráter, a fim de poder subsistir diante de Deus. Almas há prestes a perecer. Quem
se consagrará agora plenamente para tornar-se coobreiro de Deus?” (Testemunhos
Seletos, v. 2, pp. 374, 375).

CONCLUSÃO
Você não é uma ilha; não pense que poderá viver de maneira despreocupada, como se nada ou
ninguém tivesse algo a ver com sua vida.
O apóstolo Paulo disse que “estamos rodeados de uma grande nuvem de testemunhas”. Foi
Deus quem o escolheu. Ele o elegeu: você é Seu Filho. Ele confiou a você a nobre tarefa de O
representar.
Você é a pessoa de confiança dEle. No palco da vida, é como se você fosse a única pessoa
assistida pelo universo. Deus espera que você viva de maneira que expresse o Seu caráter.
O universo não caído precisa ver o caráter de Deus na sua vida! Não pense que pode ser em outro.
Lembre-se, é como se existisse só você!
E as pessoas que o cercam, que convivem com você? Quantas pessoas poderiam ser salvas por
sua causa?
Se, por um ato de bondade não intencional, muitas pessoas poderão ser salvas, imagine se
houver intenção constante de sua parte em viver em função da salvação de outras pessoas?
Temos de revelar ao Universo – ao mundo caído e aos mundos não caídos – aos anjos, e a todo ser
humano que há perdão em Deus e que, mediante Seu amor, podemos ser reconciliados com Ele.
Tenhamos a convicção de que levar a salvação a outros é uma tarefa divina, confiada a mim e a
você pelo próprio Deus. Sendo assim, não permita que, na sua vida, haja lugar para qualquer
sentimento contrário a isso.
É evidente que não poderemos trazer todas as pessoas, que diariamente entram em contato
conosco, aos pés de Cristo, mas que a nossa intenção seja levar o maior número delas para Jesus
salvar.
Nosso testemunho pessoal acerca do que significa Jesus para nós constituirá a maneira
maisefetiva e eficaz de levar pessoas para Cristo salvar. E como Ele espera por isso!
Amém!

Pr. Genival Arcanjo de Novaes, MPES – APSO

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 25


2 Não Esqueça Quem Você É
Deuteronômio 8:11

INTRODUÇÃO:
1. “Conta uma velha história que um rabino, que vivia numa cidade Russa uns cem anos atrás,
frustrado com sua falta de rumo e propósito na vida, saiu vagando ao léu numa noite fria.
Com as mãos enfiadas até o fundo dos bolsos, perambulou pelas ruas vazias, questionando-
se sobre a sua fé em Deus, as escrituras sagradas e o seu chamado para o ministério.
2. Mais fria que a temperatura do inverno Russo estava a sua própria alma. Tão enredado se
encontrava em sua desesperança que não percebeu haver ingressado numa área militar
vedada a paisano.
3. O silêncio da fria noite foi rompido pelo brado de um soldado:
-Alto lá! Que está fazendo aqui?
-Como? Indagou o rabino.
- Estou lhe perguntando quem você é e o que está fazendo aqui?
Após um breve momento, o rabino falou, num tom bastante gentil para não ofender o
soldado.
- Quanto você ganha por dia?
- Que é que o senhor tem a ver com isso? – retrucou o soldado.
Com certo deleite, como se estivesse acabado de fazer uma grande descoberta, o rabino
respondeu:
- Eu lhe pagarei o mesmo que ganha por dia se você me fizer diariamente estas duas
perguntas: “Quem você é e o que está fazendo aqui?”
Oração de transição: Quem você é e o que está fazendo aqui?
I. ÀS VEZES, PERDEMOS DE VISTA O PROPÓSITO DE DEUS PARA NÓS.
1.   “...Guarda-te, não te esqueças do Senhor teu Deus” (Dt 8:11). O esquecimento era um
problema para o povo de Israel. Um problema muito sério para os Israelitas no Antigo
Testamento era esquecer-se quem eles eram, e, assim, esquecer o Deus a quem serviam.
2.   Deus os havia advertido seriamente de que se O esquecessem os resultados seriam
desastrosos. Veja Deuteronômio 8:19 e 20.
3.   Nas escrituras vemos que os Israelitas erguiam altares de pedras em lugares ermos,
significando um local onde Deus fizera algo espetacular (Js 4:20-24), os pais deviam falar
das grandezas de Deus e deste modo, torná-Lo conhecido aos seus filhos e, ao mesmo
tempo, ressaltar o grande valor do povo de Deus aos Seus olhos.
II. CADA MEMBRO DA IGREJA UM MINISTRO
1.   Tenho dificuldades para lembrar nomes... Mas procuro não me esquecer quem sou e o
motivo pelo qual Deus me chamou e me salvou. Nunca esqueça o motivo para o qual Deus
Te chamou e Te salvou!
2.    Paulo nos ajuda a entender isso. Ele diz: “Para o aperfeiçoamento dos santos para a obra
do ministério” (Ef 4:12). Santos não são aqueles heróis que viviam no passado e morreram
por sua fé. A Bíblia fala de nós como santos, gente que está vivendo agora e realizando a
obra do ministério”.
3. Pedro nos chama de “Sacerdócio real...”
4. No entanto, nos esquecemos, facilmente, dos propósitos para os quais qual Deus nos chamou e
salvou. Em vez de cumprirmos o nosso chamado, contratamos outros para executá-lo por nós.

26 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


5. Nos lugares onde os membros da Igreja depositaram a sua confiança, exclusivamente, no
“clérigo profissional” a Igreja perdeu o seu foco e parou de crescer. Quando deixamos que
outros façam o trabalho que a nós pertence, nos tornamos um “crente consumidor”.
6. A Escritura declara que todos nós somos sacerdócio real. Independente de nossos dons
individuais, todos nós somos chamados para ser embaixadores de Jesus Cristo. Paulo torna
isto claro em II Coríntios 5, onde fala sobre os que estão em Cristo, tornando-se uma nova
criação. O apóstolo declara: “Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo
por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação” (v. 18).
7. Todo ser humano reconciliado com Deus é chamado para um “ministério de reconciliação”.
Todos nós somos ministros! Paulo enfatiza este ponto no verso 20: “De sorte que somos
embaixadores de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo,
pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus”.
8. Nosso Senhor quer persuadir homens e mulheres por nosso intermédio! Somos os Seus
instrumentos escolhidos porque nós sabemos alguma coisa do que é estar reconciliado com
Deus. Só nós estamos em condição de convidar outros para tirar vantagem da graça que nos
salvou.
9. William Carey, um sapateiro de Londres, se considerava nesta posição. Uma tabuleta em
sua oficina dizia: “Eu conserto sapatos para pagar as despesas, mas o meu negócio é
ganhar almas”. Em I Coríntios 4:1 é dito que todos os que pertencem a Cristo devem ser
considerados como ministros de Cristo, e despenseiros dos ministérios de Deus. Todos nós
somos sacerdotes, todos somos embaixadores, todos somos ministros da verdade divina.
III. EXTRAORDINÁRIO CRESCIMENTO DA IGREJA
1. Em todas as igrejas adventistas, onde esta verdade do chamado de todos os membros
comuns tem sido apresentada, ocorre um rápido crescimento.
PROPORÇÃO DE CRESCIMENTO DA IGREJA

TERRITÓRIO PROPORÇÃO ÍNDICE DE


PASTOR - MEMBRO CRESCIMENTO
Europa 1 para 169 1.25%
Japão 1 para 100 1.50%
América do Norte 1 para 172 1.70%
América do Sul 1 para 628 8.92%
Inter-América 1 para 830 6.91%
África Oriental 1 para 1.000 12.00%
União Mexicana 1 para 1.000 12.00%
Sul das Filipinas 1 para 1.000 12.00%

1. Todos nós somos chamados a nos tornar voluntários. Esta é a única maneira em que as Boas
Novas cobrirão o globo. Portanto, não podemos dizer: “Sou apenas um leigo”. André era
apenas um leigo, mas ele levou Pedro a Cristo. E Pedro, o leigo, o pescador, ganhou 3.000
para Cristo em um só dia.
2. O livro de Atos brilhou com a glória da pregação dos leigos. Fazendeiros, mercadores e
pastores de ovelhas percorreram o mundo como embaixadores de Jesus Cristo.
3. Dwight L. Moody era leigo, ganho para Cristo por outro leigo, e agitou dois continentes
com o poder do evangelho. Guilherme Miller, o fazendeiro, José bates, o capitão do navio,
e Tiago White, o professor, principiaram o Movimento do Advento que despertou uma igreja
sonolenta para a realidade da volta de Cristo.

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 27


IV. É HORA DE RETORNAR AO MODO DE DEUS
1. É hora de retornarmos ao modo que Deus estabeleceu, prioritariamente, para o funcionamento
de Sua Igreja – o ministério de todos os crentes.
2. Todo membro da Igreja é um ministro. Ele nos chama para sermos ministros de tempo
integral. Não apenas nos cultos, na Escola Sabatina, nos Pequenos Grupos, mas durante o
tempo todo.
3. Mais do que ser um empresário, você é um ministro. Mais do que ser um estudante, você é
um ministro, mais do que ser um avô, avó, um executivo, etc. você é um ministro.
4. Alguém poderá dizer: “mas eu não trabalho na Igreja, trabalho numa repartição pública...!”
a. Às vezes, confundimos o meio do nosso sustento com a fonte do nosso sustento. Deus
é o nosso provedor, não o serviço ou o negócio em que atuamos. Deuteronômio 8:18
é bem claro em afirmar que Deus é quem nos dá forças para adquirirmos riquezas,
portanto, a fonte da sua subsistência é Deus e não a sua empresa ou o seu negócio.

V. DEUS TOMA OS SEUS MINISTROS E OS ESPALHA NA COMUNIDADE


1. Como Deus planeja alcançar a comunidade? Ele salga a terra com os Seus ministros,
concedendo-lhes dons e habilidades, para que possam influenciar seus amigos, parentes,
colegas de trabalho e escola.
2. Ele toma os Seus santos ministros e os coloca como funcionários públicos, empresários,
profissionais liberais, fazendeiros, etc, para que possam ganhar os colegas do seu meio para
Cristo.
3. Como ganhar os professores para Cristo? Deus pega ministros de tempo integral e lhes dá
dons e habilidades para que sejam bons professores e os envia às escolas onde possam
alcançar outros educadores com o amor de Deus.
4. Como Deus alcança os empresários? Ele seleciona ministros de tempo integral, os transforma
em empresários bem sucedidos e os espalha por todos os lugares, a fim de influenciar os
do seu meio.
5. Com Deus alcança os que trabalham na construção civil? Faz ministros de tempo integral
de pessoas que atuam na construção civil. Concede-lhes dons e paixões e, se necessário,
os faz fortes e robustos (menos as mulheres, naturalmente) e os coloca em obras por toda
a parte.
6. Os ministros de tempo integral se encontram em todos os lugares! Somos todos
embaixadores. Todos ministros. Cada um de nós – não apenas os pastores e evangelistas –
é chamado a representá-Lo no mundo.
7. Assim, em todas as cidades, em todos os países, encontramos ministros de tempo integral,
com dons e formações diferentes, em cada tipo de trabalho e setor profissional.
8. Tal como o sal que é servido sacudindo-se o saleiro, Deus nos toma e nos espalha por toda
parte ao gosto de Seu paladar. Ele salga a terra com os Seus ministros, concedendo-lhes
dons com os quais possam influenciar seus amigos, parentes e colegas, a fim de que sejam
alcançados.
9. “Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com o que há de lhe restaurar o
sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens”
(Mt 5:13).

CONCLUSÃO
1. Não perca o seu sabor. Não esqueça quem você é.
2. Deus deseja usar você como um ministro Seu para partilhar Seu amor com outros. Agora é
o momento de uma entrega, completa e sem reservas, para a causa do evangelho. Assuma
o seu lugar no plano de Deus e Ele lhe usará com poder.
3. Não esqueça que, acima de toda e qualquer função, você é um ministro de Deus.

28 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


3 Reavivamento e Missão
Atos 2:12-14

INTRODUÇÃO:
1.    O propósito desta mensagem é despertar a todos os filhos de Deus, afim de que busquem um
reavivamento espiritual, para que, então, possam cumprir, com poder e grandes resultados,
a missão que Jesus entregou a todos.
2.   Só é possível se manter perseverante, motivado e cumprir fielmente a missão de salvar
almas do poder de satanás, se estivermos reavivados no poder do Espírito Santo, tal como
muitos personagens da Bíblia, como os apóstolos, com ênfase em Pedro e no próprio Jesus
Cristo.
3. Neste momento, iremos conhecer, pela Palavra de Deus, a pessoa de Pedro, que, como você
e eu, poderia ter fracassado, mas conseguiu despertar-se para um reavivamento em sua
vida. O nosso desafio é vivermos essa mesma experiência que Pedro viveu.
I. JESUS , NOSSO GRANDE EXEMPLO DE UMA VIDA REAVIVADA E QUE CUMPRIU FIELMENTE
SUA MISSÃO
1. Jesus é a própria vida e a própria Missão (Jo 14:6).
a. A expressão “reavivado” significa – trazer de volta à vida ou reviver”. Espiritualmente
falando, usar o termo “reavivado” para a pessoa de Jesus, não seria correto, pois Ele
nunca esteve morto espiritualmente, Jesus é a própria vida.
b. A Bíblia, diz em Hebreus 4:15, que Jesus nunca pecou. A Bíblia também afirma que
Jesus cumpriu cabalmente Sua missão de salvar aqueles que nEle cressem (Fp 2:5-
11).
c. Qual o segredo que Jesus nos deixou? Jesus Se mantinha sempre vivo espiritualmente,
sempre alerta quanto às possíveis tentações de Satanás e sempre motivado a cumprir
Sua missão através da comunhão que mantinha com o Pai.
d. Lemos na Bíblia que Jesus mantinha uma vida de oração: Marcos 1:35 diz: “Tendo se
levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava”.
e. Ellen White escreveu sobre Jesus o seguinte: “Diariamente ele recebia um novo
batismo do Espírito Santo. Nas primeiras horas do novo dia o Senhor O despertava
de Seu sono, e sua mente e lábios eram ungidos com graça, para que Ele pudesse
transmitir aos outros” (Parábolas de Jesus, p. 139).
f. Sobre o fiel cumprimento de Sua missão, basta irmos ao calvário e ouvirmos as
palavras do nosso Mestre: “Está consumado” (Jo 19:30). É como se Jesus dissesse:
Pai, nós vencemos! E agora, eles também poderão vencer, basta trilharem os Meus
caminhos. Jesus, a Vida que cumpriu a Missão, Se manteve sempre firme e motivado
pela comunhão com o Pai. Ele viveu, pensou e orou, não para Si mesmo, mas em
favor dos outros.
g. “Das horas passadas com Deus Ele saía manhã após manhã, para levar a luz do céu
aos homens” (The Review and Herald, 11/08/1910).
h. Devemos ter em Jesus o nosso principal modelo de reavivamento e motivação para a
Missão. Mesmo quando na cruz, Ele não desistiu, não desceu da cruz, foi até o fim.
II. PEDRO, DA CONVIVÊNCIA COM O MESTRE A UMA VIDA À BEIRA DA MORTE ESPIRITUAL
1. Pedro foi um dos primeiros discípulos a seguir Jesus. Ele participou dos melhores momentos
da missão de Cristo:
a. Pedro esteve presente na ressurreição da menina Talita (Lc 8:51-56).
b. Pedro participou com Cristo no monte da transfiguração (Mt 17:1-8).
GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 29
c. Pedro andou sobre o mar com autorização do próprio Jesus (Mt 14:27-29).
d. Pedro teve o privilégio de ter a sogra curada por Jesus (Lc 4:38 e 39).
e. Pedro teve o privilégio de Jesus ter orado pessoalmente em seu favor (Lc 22:31 e 32).
2. Mesmo tendo vivido uma experiência tão real e tão próxima com o Mestre Jesus, Pedro
teve momentos em que chegou à beira da morte espiritual e, automaticamente, em total
desânimo para cumprir a Missão.
a. Pedro, assim como um Titanic, achava-se um auto suficiente.
b. Pedro estava pronto a matar um por Cristo, mas não estava disposto a morrer por
Cristo (Mt 26:51 e 52; 69-74).
c. Quando Pedro negou a Jesus, demonstrou que estava vivo apenas para este mundo,
mas não para viver em defesa do seu Mestre.
III. O REAVIVAMENTO DE PEDRO E A SUA DISPOSIÇÃO PARA CUMPRIR FIELMENTE A MISSÃO
1. O reavivamento de Pedro começou com um arrependimento profundo, ao contrastar a
pureza da vida de Jesus com sua vida manchada, o amor de Jesus pelas pessoas com o seu
amor por si mesmo apenas (Lc 22:61 e 62).
a. Foi apenas um olhar, mas forte e tocante o bastante para que Pedro entendesse que
Jesus conhecia com profundidade o seu coração. Profundo o bastante para que Pedro
relembrasse tudo o que Jesus lhe ensinara.
b. Pedro chorou, isso demonstrou seu verdadeiro arrependimento.
c. Eis o princípio de um verdadeiro reavivamento, um profundo arrependimento.
2. Na ressurreição, Pedro manifestou ter pressa de encontrar-se com Jesus (Jo 20:1-10).
a. Naquele olhar, Pedro sentiu o verdadeiro amor e a paixão de Cristo em seu coração.
b. Agora, sabendo da ressurreição do Senhor, Pedro tinha pressa de ter um reencontro
com seu Mestre, o dono da sua vida, dono do seu coração. Mas não foi ainda desta
vez que as contas foram acertadas.
c. Pedro sentia a forte necessidade de fazer uma confissão, de toda a sua vida.
3. Na pescaria a beira-mar, Pedro teve o maior encontro da sua vida (Jo 21).
a. Até esse momento, Pedro somente sentia, na sua vida, a realidade do amor do Senhor,
mas como não tinha ainda o verdadeiro senso do que Deus queria realizar através
dele, começou a pensar que deveria, agora, voltar a ser o pescador de antes.
b. Mas, nesse encontro, Pedro é convidado a confessar todo o seu amor pelo seu Mestre.
c. Somente depois que Pedro confessa seu amor verdadeiro por Jesus, é que, então, O
Senhor lhe ordena que cumpra a missão de cuidar dos seus cordeiros.
d. O verdadeiro reavivamento está baseado num encontro real com o Senhor Jesus.
e. Também, só é possível cumprir a missão, quando se tem uma vida reavivada e quando
o seu amor por Cristo está confirmado.
f. Pessoalmente, Pedro estava reavivado e convidado por Cristo para levar avante o
cumprimento da missão de pregar o evangelho, mas, quem sabe, ainda necessitava
passar pela unidade da igreja.
IV. REAVIVAMENTO E MISSÃO NO PENTECOSTE:
1. Jesus havia orientado os apóstolos que ficassem juntos, em Jerusalém, até que fossem
revestidos pelo poder do Espírito Santo (Lc 24:49).
a. Pedro participou da reunião da igreja apostólica, onde juntos, por 10 dias, eles
buscaram, com orações e unidade o Poder do Espirito Santo (At 1:12-14).
b. Não basta imaginar que sua vida está reavivada, é preciso ter também o espírito de
unidade cristã.
c. Naqueles 10 dias, os discípulos, juntamente com Pedro, além de orar, resolveram
também questões pendentes entre eles. “Ao esperarem, os discípulos, pelo
cumprimento da promessa, humilharam o coração em verdadeiro arrependimento e
confessaram sua incredulidade. Meditando sobre a pureza e santidade da vida de Jesus,
sentiram que nenhum trabalho seria árduo demais, nenhum sacrifício demasiado
30 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
grande, contanto que pudessem testemunhar na própria vida, da amabilidade do
caráter de Cristo” (Atos dos Apóstolos, p. 36).
d. Precisamos estar em harmonia com os nossos líderes e irmãos de fé, para que
realmente possamos estar habilitados a receber o Poder do Espírito Santo e, então,
testemunharmos com paixão e poder.
2. Pedro estava lá, e nota-se que ele estava muito ativo, a ponto de coordenar algumas das
atividades no momento (At 1:15-26). Coordenou a nomeação do substituto de Judas, que
foi Matias.
a. Isso porque Pedro já havia tido o seu encontro pessoal com o Mestre, lá na praia.
b. Irmãos, hoje também, aqueles que já estão reavivados e motivados a cumprir a
missão, devem ser pacientes e mediadores entre os demais que ainda necessitam ser
reavivados.
3. O Resultado de vidas reavivadas e determinadas a cumprir a missão:
a. Os cristãos primitivos ficaram cheios do poder do alto. O Espírito Santo foi derramado
de maneira acentuada. Corações foram tocados, vidas transformadas.
b. Nos tempos apostólicos, o evangelho entrou nos lugares mais difíceis, e milhares
foram convertidos. Em Atos 2, quase três mil foram acrescentados à igreja (At 2:41).
Atos 4:4 registra que somente o número de homens que creram subiu “a quase cinco
mil”. Mesmo muitos dos líderes religiosos, que se opuseram a Jesus, tornaram-se
obedientes à fé (At 6:7). A história desse crescimento fenomenal continua em Atos
9: “(A igreja por toda a Judeia, Galileia e Samaria crescia em número)” (At 9:31).
c. Nos capítulos 10 a 12 de Atos, o Evangelho havia atravessado as fronteiras culturais e
geográficas. O centurião romano e o tesoureiro da rainha da Etiópia foram batizados.
Atos 1 diz que cerca de 120 fiéis se reuniram no cenáculo (At 1:13, 15). As melhores
estimativas são de que, no fim do primeiro século, havia pelo menos um milhão de
cristãos no Império Romano. Com base em qualquer padrão, esse é um crescimento
notável.
d. Qual foi o segredo dos apóstolos? Eles estavam reavivados, cheios do poder do
Espirito Santo de Deus e estavam determinados a cumprir cabalmente a missão de
salvar as pessoas por quem o Mestre havia dado a vida.
CONCLUSÃO E APELO
1. Ilustração : A caldeira de oração de Charles Spurgeon.
Há uma história muito conhecida de vários estudantes universitários indo visitar o
Tabernáculo Metropolitano para ouvir Charles Spurgeon pregar. A história diz que Spurgeon
os encontrou na porta e se ofereceu para mostrar-lhes o lugar. Em determinado momento,
ele perguntou se eles queriam ver as instalações do aquecedor (a sala da caldeira). Ele os
levou ao subsolo, onde eles viram centenas de pessoas orando para que Deus abençoasse
o culto e a pregação de Spurgeon. A reunião do povo de Deus para orar pelo ministério da
Palavra é o que ele chamava de “as instalações do aquecedor!” Crentes podem ajudar os
pregadores, orando para que lhes seja dada ousadia e poder na pregação do evangelho.
a. Assim como Jesus, precisamos ter uma vida de oração. Todos os grandes movimentos
evangelísticos tiveram como base o poder da oração.
b. Precisamos ter uma vida reavivada pelo poder do Espírito Santo. Oremos, clamemos a
Deus, para que nos transforme e nos encha com o Seu maravilhoso amor e poder.
c. Mas, é importante lembrarmos que, a maior demonstração de uma vida reavivada, é
quando nos dedicamos a fazer por outros o que o Espírito Santo fez na nossa própria
vida.
d. Minha oração: Senhor, reaviva a minha vida, revoluciona a minha vida, transforma a
minha vida e me use para cumprir os Seus santos propósitos.
2. Apelo: Quantos, neste momento, aceitam viver esta experiência?

Pr. Edmilson de Lima, MPES – APS


GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 31
4 A Cruz e a Missão
João 12:32
INTRODUÇÃO:
Todos os quatro evangelhos apresentam a mensagem da cruz. Mateus dedica 8 de seus 28
capítulos à Semana da Paixão. Marcos, 6 dentre 16 capítulos. Lucas também utiliza 6 capítulos
dos 24 para falar do Crucificado. João, nada menos que 9 de seus 21 capítulos.Para eles, a cruz
é o clímax da História.
I. A MORTE E A CRUZ
Horrível como era, a crucifixão servia bem aos propósitos de Roma como instrumento de execução.
Os criminosos não eram crucificados às escondidas, mas eram colocados em uma cruz, num lugar
aberto, para que todos pudessem ver. No caso de Jesus, o lugar era logo à saída da cidade, de
modo que os transeuntes pudessem observar a cena.
Os condenados carregavam sua própria cruz, ou parte dela, ao longo das ruas a caminho do lugar
da execução. Finalmente, ficavam, algumas vezes, muitos dias ao relento até morrerem. Não há
nenhum encanto na cruz. Nada que nos faça desejar ter uma cruz. Na verdade, ao contemplarmos
a cruz, em sua rudeza, em sua tragédia, vemos dor e sofrimento. Por isso, recuamos.
II. A CRUZ DE JESUS
A cruz de Jesus Cristo também não possuía nenhum encanto. Para Cristo, significava trevas, dor,
horror, separação e morte.
Entretanto, há um mistério em relação à cruz do Senhor. Ela nos atrai. Ele mesmo disse: “E
Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim mesmo” (Jo 12:32). Se de um lado é
desprezível, de outro, é gloriosa. A cruz é o degrau mais baixo descido por Deus, mas é também
o ponto mais alto da história da salvação. Jesus Cristo crucificado trouxe a reconciliação entre
Deus e os homens.
“A cruz de Cristo foi capaz de atrair o ser humano através do abismo aberto pelo pecado, a fim de
unir o homem finito ao Deus infinito. Somente o poder da cruz pode separar o homem dos poderosos
agentes do pecado. Cristo Se deu para a salvação do pecador” (Mensagens aos Jovens, p. 138).
Na cruz se deu a união entre o Deus redentor e o homem pecador. Cumpriram-se as palavras de
Jesus: “Quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12:32).
III. A CRUZ E A MISSÃO DA IGREJA
“Cristo tem de revelar-Se ao pecador como o Salvador morto pelos pecados do mundo; e, ao
contemplarmos o Cordeiro de Deus sobre a cruz do Calvário, começa a desdobrar-se ao nosso
espírito o mistério da redenção, e a bondade de Deus nos leva ao arrependimento. Morrendo pelos
pecadores, Cristo manifestou um amor que é incompreensível; e esse amor, ao ser contemplado
pelo pecador, abranda-lhe o coração, impressiona-lhe o espírito e inspira-lhe à alma contrição”
(Caminho a Cristo, p. 26).
A cruz é um divisor de águas. Aqueles que creem na cruz do calvário são transformados em novas
criaturas. O pecador, ao se render aos mistérios redentores da cruz, recebe a vida da ressurreição.
A grande questão é que nem todos os homens sabem destes fatos. Como tomar posse das
inesgotáveis riquezas da graça de Deus? Como, pois, invocarão Aquele em quem não creram? E
como crerão nAquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?
(Rm 10:14).
Esta é a missão da Igreja. Esta é a missão de todo cristão.
Se o cristão fizer de Cristo sua esperança, confiar nEle, depender dEle, então, será um com Cristo,
será um cooperador de Deus; e através do seu trabalho levará muitas pessoas a Cristo.
O título cristão é para a pessoa que deseja ser semelhante a Cristo, que O imita. Sendo assim,
Cristo veio para manifestar o amor de Deus ao mundo, para atrair a Si o coração de todos os
homens. Disse Ele: “Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim” (Jo 12:32).
O cristão deve apresentar ao mundo o primeiro passo rumo à salvação: Cristo na cruz.
32 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
Na cruz, o ser humano encontra perdão. O maior desejo de Deus é escrever “perdão” junto de seus
nomes. Para isso, é necessário que haja arrependimento. A cruz tem o poder de atrair o homem
ao arrependimento pela transgressão que levou o Senhor Jesus à cruz.
“É para que os homens compreendam a alegria do perdão e da paz de Deus, que Cristo os atrai
mediante a manifestação de Seu amor. Se correspondem à Sua atração, rendendo o coração à Sua
graça, Ele os guiará, passo a passo, a um pleno conhecimento dEle, e isso é vida eterna”.
“Cristo veio para revelar ao pecador a justiça e o amor de Deus, a fim de que desse Ele
arrependimento e remissão de pecados a Israel. Quando o pecador contempla a Jesus erguido na
cruz, sofrendo a culpa do transgressor, suportando a pena do pecado; quando ele contempla o
aborrecimento de Deus ao pecado, na terrível manifestação da morte na cruz, e Seu amor pelo
homem caído, ele é levado ao arrependimento para com Deus por haver transgredido a lei, que é
santa, justa e boa. Exerce ele fé em Cristo, por haver o divino Salvador Se tornado seu substituto,
seu penhor e advogado, aquele em quem se concentra sua própria vida. Ao pecador arrependido
pode Deus mostrar Sua misericórdia e verdade, e conceder-lhe Seu perdão e amor” (Mensagens
Escolhidas, v. 1, pp. 323-324).
Você como cristão, pode ajudar muitas pessoas a contemplar a cruz de Cristo. E ao contemplar, a
pessoa vai receber o misterioso poder da fé, adoração e amor. O olhar fixa-se na visão de Cristo,
e o que assim contempla cresce na semelhança dAquele a quem adora. As palavras do apóstolo
Paulo tornam-se-lhe a linguagem da alma. “Tenho... por perda todas as coisas, pela excelência do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; ... para conhecê-Lo, e a virtude da Sua ressurreição, e
a comunicação de Suas aflições. (Fp 3:8 e 10)” (Educação, p. 192). Cristo não está visivelmente
entre nós hoje. Os cristãos são chamados para serem Seus pés, Suas mãos e Sua boca. Somos o
canal que Deus utiliza para comunicar-Se com o mundo.
O apóstolo Paulo afirma: Deus “nos deu o ministério da reconciliação... Portanto, somos
embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por
amor a Cristo lhe suplicamos: Reconcilie-se com Deus” (2Co 5:18-20).
Deus nos pede hoje: “Digam ao povo em linguagem clara e cheia de esperança, como podem
escapar ao juízo final. Por amor de Cristo, porém, não apresentem perante eles ideias que os
desanimem que façam parecer demasiado difícil o caminho do Céu” (Mensagens Escolhidas,
v. 1, p. 182).
CONCLUSÃO
“A Igreja foi organizada para servir, e sua missão é levar o Evangelho ao mundo” (Serviço Cristão,
p. 15).
“A Igreja é o instrumento apontado por Deus para a Salvação dos homens” (Serviço Cristão, p. 15).
“Alguém tem de cumprir a comissão de Cristo; alguém tem que levar avante a obra que Ele
começou a fazer na Terra; e esse privilégio foi concedido à Igreja. Para este fim foi ela organizada”
(Serviço Cristão, p. 14).
“Aos membros da Igreja, a quem Ele chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz, compete
manifestar Sua glória” (Serviço Cristão, p. 15).
“Nenhum ser humano é digno do amor de Deus, mas Cristo, nossa segurança, é digno, e capaz de
salvar abundantemente todos os que forem a Ele. Qualquer que tenha sido nossa vida passada,
por mais desanimadoras que sejam nossas circunstâncias presentes, se formos
a Jesus exatamente como somos, fracos, incapazes e em desespero, nosso compassivo Salvador
irá grande distância ao nosso encontro, e em torno de nós lançará os braços de amor e as
vestes de Sua justiça. Jesus nos apresenta ao Pai, trajados nas vestes brancas de Seu próprio
caráter. Ele roga a Deus em nosso favor, dizendo: Eu tomei o lugar do pecador. Não olhes a este
filho desgarrado, mas a Mim. E quando Satanás intervém em altos brados contra nossa alma,
acusando-nos de pecado, e reivindicando-nos como presa sua, o sangue de Cristo intercede com
maior poder” (O Maior Discurso de Cristo, p. 9).
“Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12:32). Nós já fomos atraídos.
Apresentemos agora a Cruz de Cristo a outras pessoas.
Pr. João Batista de Oliveira
Central de Jundiaí

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 33


5 Qual é o Seu Negócio?
I Coríntios 4:1

INTRODUÇÃO:
a) Um renomado cirurgião, chamado Lewis Evans, viajou à Coreia para visitar um colega
que estava trabalhando como missionário ali. Dr. Evans acompanhou seu amigo a
uma vila distante, onde uma mulher doente requeria uma cirurgia de emergência.
Ele assistia ao médico, enquanto este, calma e firmemente, realizava a operação que
durou sete horas em um sufocante calor e sob primitivas condições.
Mais tarde, o Dr. Evans brincou: “Ei, Doutor, quanto você ganhou por uma operação
como esta de hoje? Nos Estados Unidos, ganharia no mínimo US$ 15.000”.
O outro homem pegou uma moeda furada de sua gaveta e explicou que aquilo era tudo
o que o paciente tinha dado. Então, disse: “Primeiro, eu ganhei esta moeda furada,
e depois, tenho a profunda convicção de que Cristo trabalhou por sete horas através
destas mãos para tocar e curar um de seus filhos”.
Isto é cristianismo! Isto é saber qual é o seu negócio! É ser ministro de Cristo! É seguir
o Seu exemplo!
É nosso privilégio tocar outras pessoas do mesmo modo que Cristo fez.
De fato, este é o nosso modelo de evangelismo. Este é o nosso negócio.
b) Qual é o seu negócio?

I. RAZÕES PARA TESTEMUNHAR


O nosso texto e nossa história mostram que devemos testemunhar, mas por quê? Por que
devemos evangelizar? Por que devemos ganhar almas? Vejamos três grandes razões:

A. Testemunhar leva alegria ao coração de Deus.


Testemunhar tem a ver com a natureza e a personalidade de Deus. Ele espera reconciliar
cada ser humano a Si mesmo; não é Seu interesse que qualquer pessoa pereça.
Lucas 15 apresenta três histórias de coisas que se perderam e foram achadas – sessão
dos perdidos e achados: uma ovelha, uma moeda e um menino. Cada parábola chega
a um clímax com alguém se alegrando ao encontrar o objeto ou pessoa perdidos, e a
celebração deste encontro.

Parábola Clímax
Ovelha perdida Verso 6 – “Reúne os amigos e vizinhos dizendo-lhes: Alegrai-
-vos comigo...”.

Dracma perdida Verso 9 – “Reúne os vizinhos e amigos dizendo: Alegrai-vos


comigo, porque achei a dracma perdida”.

Filho pródigo Verso 23 – “trazei e matai o novilho cevado. Comamos e


regozijemo-nos...”.

34 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


Por que testemunhar? Primeiro, porque temos o privilégio de levar alegria ao coração
de Deus. Se morrer hoje o Presidente da República ou a Rainha da Inglaterra ou o
Papa, talvez não ocorra nenhuma comoção no céu. Mas a Bíblia diz que “há júbilo
diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lucas 15:10).

B. Testemunhar é uma ordem bíblica.


Você pode sentir a urgência da proclamação do Evangelho através de todo o Novo
Testamento. Um exemplo está em Atos 13:47 – “Porque o Senhor assim no-lo
determinou: Eu te constituí para luz dos gentios, afim de que sejas para salvação até
aos confins da terra”. O que Deus nos determinou fazer? Trazer salvação para cada
pessoa em qualquer lugar. Cada cristão é uma luz, sal e fermento. Quando a Igreja não
cresce e torna-se um fim em si mesma, falha em seu propósito no mundo.
Jesus ordenou a Pedro: “Este nos mandou pregar ao povo, e testificar que Ele é o que
por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos” (At 10:42).
Jesus ordenou aos discípulos: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar
todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias,
até a consumação dos séculos” (Mt 28:19, 20).

C. Testemunhar contribui para a vida espiritual.


Se você quer ter uma vida cristã dinâmica e viva, encontre uma maneira de partilhar
a sua fé. Testemunhar é a melhor maneira de estimular a nossa vida espiritual.
Testemunhar comunica poder espiritual.
Ellen White comenta: a) “... A fortaleza para resistir ao mal é melhor obtida pelo
trabalho intenso...”. (Atos dos Apóstolos, p. 105). Você está lutando contra o orgulho,
a fofoca ou a inveja? Você está lutando contra a falta de fé? Testemunhar pode ajudá
lo a ser vitorioso. Os seres humanos têm a tendência natural de se encolherem no
círculo do egoísmo. Para crescer você precisa testemunhar; b) “Para que possamos
desenvolver um caráter semelhante ao de Cristo, precisamos compartilhar de Sua obra”
(O Desejado de Todas as Nações, p. 142).
Alguns de nós parecemos com os peixes voadores, que saltam para fora d’água e depois
retornam para a mesma. Somos espiritualmente erguidos durante algumas semanas,
após um poderoso sermão ou um retiro, para voltar novamente ao marasmo espiritual.
Porém, ao nos envolvermos em trabalho missionário, receberemos poder para termos
uma vida espiritual estável e vitoriosa.

II. A DIFICULDADE DOS DISCÍPULOS

A. Vamos dar uma olhada no livro de Atos e o que aconteceu em 30 anos com homens e
mulheres consagrados a Deus. A história começa com o treinamento de 12 discípulos.
Jesus toma 12 homens simples e partilha Sua vida com eles. Os discípulos veem
como Ele alcança pessoas dia a dia; eles aprendem Seu método. Finalmente, antes
de ascender aos Céus, Jesus lhes dá a Grande Comissão: “Fazei discípulos em todo
o mundo”. Ele prometeu que sempre estaria com eles ao partilharem o Evangelho.
Vejamos as dificuldades dos discípulos com relação à sociedade da época:

• Sociedade céptica;
• Influência da filosofia grega;

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 35


• Sociedade secular e materialista;
• Sociedade que considerava o cristianismo como seita;
• Sociedade faminta por espiritualidade.

B. A Sociedade dos Séculos I a III e os Tempos Atuais:


Prostituição, vaidade, luxúria glutonaria, diversões e esportes faziam parte do dia a
dia do mundo romano.
A prostituição tinha o status de profissão nos templos de Vênus e Afrodite.
Homossexualidade e poesia erótica floresciam em todos os ambientes.
As mulheres romanas ocupavam diversos escravos, por várias horas, penteando seus
cabelos e fazendo suas unhas. Plínio descreve mais de cem tipos de pedras preciosas
usadas em Roma em broches, amuletos, colares, anéis, etc.
As casas eram construídas com pisos de mármore e mosaico, colunas de alabastro,
paredes pintadas com murais e painéis de ouro ou de vidro.
Os banquetes começavam às 16 h e se estendiam por toda a noite até o dia seguinte,
onde o porco era a principal carne. Era comum, em Roma, os vomitáriums no banquete,
que permitiam aos convidados esvaziarem o estômago. Os romanos se pareciam com
as pessoas do nosso tempo – levantavam tarde, comiam muito, amavam e odiavam
muito.
Eles tinham os anfiteatros com os atores e atrizes prediletos. Amavam a música tanto
quanto o poder, mulheres e sangue. Tinham cantores e dançarinas aos milhares. Suas
orquestras tinham flautas, liras, címbalos e trompetes, produzindo um pandemonium
até mais barulhento do que as modernas orquestras.
Se as pessoas do nosso tempo são amantes dos esportes, os romanos muito mais.
Eles tinham corridas de bigas (antigos carros romanos, puxados por dois cavalos) e
quadrigos (antigos carros de duas rodas, puxados por quatro cavalos) nos famosos
hipodrumus e circus maximus. Além disso, eles tinham sanguinárias exibições de
gladiadores. O povo amava pão e circo e cerca de duzentas mil pessoas faziam “olas”,
gesticulando, balançando lenços e clamando por sangue.

III. O QUE ISSO SIGNIFICA PARA NÓS?


Tinham, os cristãos daquele tempo, um método especial? Tinham uma abordagem teológica
diferente para alcançar os secularizados? Tinham melhores equipamentos evangelísticos?

1. Nos primeiros capítulos de Atos, nós encontramos cento e vinte crentes reunidos no
cenáculo para buscar a Deus em oração. Durante dez dias eles se encontraram para a
oração, reclamando a promessa de Cristo de conceder-lhes o poder para testemunhar.
Cristo cumpriu Sua promessa. Ele derramou o Seu Espírito, os discípulos começaram a
proclamar as Boas Novas, e três mil foram batizados (At 2:41).
2. Poucos capítulos depois, mais proclamação, e cinco mil pessoas foram acrescentadas
ao movimento. Agora, isso se referia apenas a “número de homens”. Havia muitas
mulheres e muitas crianças que se tornaram crentes, então, podemos dizer que houve
cerca de quinze mil novos membros (At 4:4). Em poucos anos, de 12 para 120, daí para
3.000 e logo 15.000. Algo grande estava acontecendo ali.

3. Mas a história prossegue. Em Atos 9:31, nós lemos que as “igrejas eram multiplicadas”.
Antes, milhões foram batizados e novos crentes multiplicados. Agora, igrejas são
multiplicadas em todo o mundo Mediterrâneo.

36 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


4. Em Atos 10, o evangelho começa a invadir outras culturas. Cornélio e sua família
convertem-se. As boas novas se espalham a todo homem e mulher de cada raça, cada
credo e cada cultura.
5. O livro de Atos chega ao clímax ao relatar a conversão de “dezenas de milhares” de
pessoas (At 21:20).
Esse movimento começou com um punhado de crentes numa sociedade secular, numa
cultura anti-Deus e anticristã. O que aconteceu lá pode acontecer aqui. Um dia, um
punhado de Adventistas do Sétimo Dia fará um compromisso: Dedicação total a Jesus
Cristo. Um dia, um grupo de crentes dirá: “Senhor, nada mais importa, exceto pregar
o Seu amor ao mundo”. Então, a Terra será inundada pela glória de Deus.
Mas alguns têm achado que, por não serem pastores, por terem outro trabalho para
o seu sustento, não podem se comprometer com a pregação do evangelho, com o
testemunho, com a igreja.
6. Nosso Deus quer persuadir homens e mulheres através de nós! Somos Seus instrumentos
escolhidos. Estamos na posição de convidar outros a tomar posse da graça que salva.
7. William Carey, o sapateiro londrino, tinha uma placa em sua oficina com a escrita:
“Eu conserto sapatos para pagar despesas, mas ganhar almas é o meu negócio”. Ele se
tornou um missionário na Índia. Traduziu a Bíblia para 1/3 da população da Terra.
8. Seja qual for o seu emprego, seja como médico, construtor, professor, motorista de
ônibus, agricultor, comerciante ou digitador, ganhar almas deve ser o nosso negócio.
9. Nosso texto diz: “Assim pois, importa que os homens nos considerem como ministros
de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus” (1Co 4:1). Todos temos variadas
habilidades, mas todos somos sacerdotes, todos somos embaixadores, todos somos
ministros da verdade.
10. Em todo o mundo adventista, onde esta mensagem tem sido pregada, a Igreja tem
crescido rapidamente. As Filipinas é um exemplo – foram acrescentados 200 mil
membros em 28 anos. E 60% desses batismos vêm como resultado dos esforços dos
membros.
11. Em lugares como a África e México, onde um pastor tem 20 ou 30 igrejas, ele precisa
confiar muito da sua obra aos membros. O resultado? Tremendo crescimento.
12. Isso, naturalmente, não significa que devemos reduzir o número de pastores no
campo. Isto indica, simplesmente, que quanto mais os membros se envolvem na obra
da igreja, mais ela cresce.

CONCLUSÃO
a. Por favor, não diga: “Eu sou apenas um leigo”. André era somente um membro, mas
ele conduziu Pedro a Cristo. E Pedro, o membro, o pescador, ganhou 3.000 para Cristo
em um só dia. O livro de Atos brilha com a glória da pregação dos membros. Dwight
L. Moody era apenas um membro, ganho a Cristo por outro membro, e ele levou quase
500 mil almas a Cristo. Guilherme Miller era um fazendeiro, José Bates era um capitão
de navio e Tiago White, o professor que despertou a sonolenta igreja para a realidade
da volta de Jesus.
Deus está atraindo os membros de todos os lugares para dar a final mensagem no
clímax da história deste mundo. Ele derramará o Seu Espírito sobre eles, ao usarem os
seus dons na proclamação das boas novas.
b) Apelo.

Pr. Aguinaldo Leonidas Guimarães

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 37


6 O Uso dos Dons na Missão
Efésios 4:8, 11-14

INTRODUÇÃO:
Todos os dons que o bom Deus nos concedeu têm como objetivo nos capacitar para a missão
de pregarmos o evangelho para todo o mundo, visando a grande promessa de que Ele voltaria
logo após todos terem tido a oportunidade de ouvir a respeito do Senhor Jesus.
Usando esses dons, sendo capacitados pelo Espírito Santo, todo o trabalho da Igreja é
aperfeiçoado, pois é a pessoa do Espírito Santo que convence a cada ser humano de sua condição
debilitada pelo pecado. Essa clareza dada pelo Espírito nos faz pessoas que testemunham desse
Deus maravilhoso.

I. A DUPLA MISSÃO DA IGREJA


1. Deus deu à Sua Igreja uma dupla missão. A primeira, consiste em que os membros individuais
da igreja atinjam, em Cristo, unidade e maturidade, bem como a medida completa da vida
cristã, de acordo com a própria vida e caráter de Cristo, representando assim, corretamente,
diante de um mundo cético, o caráter de um Deus justo, misericordioso e amante.
2. A segunda tarefa é que a Igreja, radiante com a justiça de Cristo, leve “o evangelho
eterno... aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo
com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E
adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:6, 7). Este
não é um novo evangelho, mas o “evangelho eterno”, apresentando o Salvador crucificado,
ressurreto, recebido na glória, intercessor e prestes a vir, como a única esperança de
Salvação do homem.
a. Inquestionavelmente, a Igreja de Cristo é uma instituição divina, com objetivos
divinos. Os homens, não importa quão dotados são, não podem levar avante a obra
da Igreja sozinhos. A sabedoria humana, o intelecto humano e os talentos humanos,
importantes como sejam, não são suficientes para levar os homens do pecado para a
justiça. Os fins espirituais somente podem ser alcançados por homens que possuem
dons espirituais.
b. Seguramente essa era uma questão superlativa na mente do divino, Cabeça da Igreja,
ao chegar o tempo de Sua ascensão da Terra para o Céu. Olhando para os poucos fiéis
comissionados a levar o evangelho ao mundo, Ele sentiu as limitações deles para
a tremenda tarefa que os aguardava. Conhecendo muito bem a feroz oposição que
enfrentariam, disse-lhes: “… Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto
sejais revestidos de poder” (Lc 24:49).
c. Exatamente antes de Jesus ascender ao céu, a promessa foi novamente enfatizada:
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-Me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até aos
confins da terra” (At 1:8). Notemos que nas duas ocasiões foi dito aos discípulos que,
quando o Espírito Santo fosse derramado sobre eles, receberiam o poder necessário
para o cumprimento de Sua obra.
II. CONSIDERAÇÕES DOS DONS PROFÉTICAS QUANTO ÀS NECESSIDADES HUMANAS NA MISSÃO
1. O duplo papel do Espírito Santo é demonstrado no trabalho do mensageiro profético. O
mensageiro não apenas fala às necessidades pessoais, mas também às necessidades da
igreja como um todo. Obviamente, o dom de profecia, como manifestado no ministério de
Ellen White, serviu para erigir uma igreja. Mas ele foi, também, usado sob a direção do
Espírito para falar a corações humanos individuais. É assim que ela o declara:
38 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
“Quando o Espírito Santo revela alguma coisa relativamente às instituições relacionadas
com a obra do Senhor, ou referente à obra de Deus no coração e espírito humano, como
Ele tem revelado essas coisas por meu intermédio no passado, a mensagem dada deve
ser considerada como esclarecimento vindo de Deus para aqueles que o necessitam”
(Mensagens escolhidas, v. 1, p. 38).
2. Notemos três coisas nessa declaração: primeiro, as mensagens são dadas para instituições;
segundo, são dadas para o coração humano individual; e terceiro, e mais importante, são
consideradas como luz dada por Deus.

III. PODER POR MEIO DO ESPÍRITO PARA A MISSÃO


1. Outra faceta da história é que o Espírito provê poder, aquele poder que Cristo conquistou
no Calvário e que se tornou efetivo no Pentecostes. Homens comuns, inclusive pescadores,
foram, a um tempo, transformados em poderosas testemunhas “em Jerusalém, em toda a
Judeia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1:8).
a. O dom do Espírito foi um sinal conclusivo da aceitação por parte de Deus do sacrifício
expiatório de Cristo pelos homens, e os homens transformados foram, sobrenatural e
completamente, equipados para tornar conhecidas as boas novas em toda parte.
b. Os dons espirituais foram concedidos não para glorificar o homem, mas para ajudar o
homem a se apropriar da graça salvadora de Deus em Cristo, e disseminá-la. E os dons
foram suficientes para a tarefa. O poder era proporcional à enorme responsabilidade.
Falando sobre a comissão evangélica e as provisões para sua realização através da
concessão do Santo Espírito aos apóstolos, disse Ellen White:
“Ele (Jesus) tomou completas providências para a prossecução de Sua obra, e assumiu
a responsabilidade de seu êxito. Enquanto obedecessem Sua Palavra e trabalhassem
em harmonia com Ele, não fracassariam. Ide por todas as nações, ordenou Ele. Ide
às mais distantes partes do mundo habitado, e estais certos de que Minha presença
estará convosco mesmo ali. Trabalhai com fé e confiança; pois em tempo algum vos
deixarei. Estarei sempre convosco, ajudando-vos a executar vossas tarefas, guiando-
vos, confortando-vos, santificando-vos e vos sustendo, dando-vos sucesso, quando
falardes, de maneira que vossas palavras atrairão a atenção dos outros para o Céu”
(Atos dos Apóstolos, p. 29).
É claro como cristal que os dons do Espírito são para a Igreja, mas esses dons não
devem ser usados apenas interiormente, devem também prover o poder para um
testemunho ao mundo. Naturalmente, esses dons seriam apenas dados àqueles que já
seguem a direção do Espírito Santo e da Palavra de Deus.
c. Em cada um dos quatro lugares em que o apóstolo Paulo menciona os dons do Espírito,
ele esclarece bem que nem todas as pessoas serão profetas. Notemos o que ele diz: “Tendo,
porém, diferentes dons segundo a graça que nos é dada” (Rm 12:6). “E há diversidade de dons”
(1Co 12:6). “Porventura são todos apóstolos? São todos profetas?” (1Co 12:29). Essa série de
perguntas antecipa uma resposta negativa. “E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para
profetas” (Ef 4:11).

Ellen White trata dessa questão ao declarar: “Na mais alta acepção da palavra, o profeta era
alguém que falava por direta inspiração, comunicando ao povo as mensagens que recebera
de Deus” (Educação, p. 46).

IV. DIVERSOS DONS PARA UMA MISSÃO DIVERSIFICADA


1. Os dons do Espírito para a Igreja são muitos, diferentes e variados. Mais de vinte são
mencionados no Novo Testamento, mas todos eles vêm da mesma fonte, para o mesmo
propósito, para lograr os mesmos resultados. Aqueles aos quais são concedidos os dons
reconhecem a dotação celestial com a devida humildade. Sabem que o dom não é uma
característica natural, mas uma visitação do Espírito Santo. Com referência à diversidade
dos dons espirituais e sua fonte, o apóstolo Paulo tem o seguinte a dizer: “Ora, há
GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 39
diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; …mas a manifestação do Espírito é dada
a cada um para o que for útil. …mas um só e o mesmo espírito opera todas estas coisas,
repartindo particularmente a cada um como quer” (1Co 12:4, 7, 11).
2. Notemos os propósitos específicos dos dons do Espírito, apresentados em Efésios 4: “Para
o aperfeiçoamento dos santos”. “Para a obra do ministério”. “Para a edificação o corpo de
Cristo”. “Até que todos cheguemos à unidade da fé”. “Para que não sejamos mais meninos
inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina”. “Faz o aumento do corpo”
(versos 12-16). Notemos como tudo isso está relacionado com a Igreja de Cristo sobre a
Terra.
3. Observemos que os profetas falaram levados ou movidos pelo Espírito Santo. Sem esse
inestimável Dom de profecia, a Igreja poderia facilmente perder seu senso de missão e
a razão de sua existência. Esse perigo avulta quando consideramos a história de algumas
denominações religiosas. Há grandes organizações cristãs protestantes que, no passado,
testemunharam efetivamente por seu Senhor e, com poder, fizeram grandes coisas para
Deus. Eram igrejas com sentido missionário, mas hoje seus seminários e universidades
têm-se tornado um viveiro de ceticismo e descrença. As igrejas que esses seminários e
universidades representam estão, gradativa e seguramente, perdendo seu senso de direção
e propósito.

CONCLUSÃO
Uma das maiores consecuções do dom de profecia tem sido a edificação da unidade dentro da
própria contextura da igreja. Esta unidade centraliza-se na revelação bíblica de Jesus, nosso
divino Senhor.
Os escritos da Sra. White sempre reconhecem e honram a Cristo, e O apresentam como Senhor.
Sua preexistência, encarnação, vida sem pecado, expiação no Calvário, ressurreição, ascensão e
ministério sacerdotal no céu são retratados clara e expressivamente. Seus escritos levam o leitor
ao evento clímax da redenção, o retorno iminente e literal de Cristo, e a criação de uma Nova
Terra, onde os redimidos habitarão com seu Senhor através da eternidade. Já que “ninguém pode
dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”.
Desde tempos imemoriais, Satanás tem usado escarnecedores, traidores e críticos para degradar
e minar o trabalho dos profetas de Deus. Quando calúnias e falsas acusações não são suficientes
para silenciar esses santos homens e mulheres de Deus, seguem-se, frequentemente, a prisão e a
morte. A Bíblia documenta a ira do demônio contra os profetas.
Nenhum monumento digno marca sua passagem. Consideremos, entretanto, os monumentos
estabelecidos para a honra e glória de Deus pelos escritos de Ellen White: igrejas, hospitais,
escolas, colégios, universidades, faculdades de medicina, casas publicadoras, centros de
assistência social, acampamentos, centros missionários, programas de televisão. Todos
proclamando a graça salvadora de Cristo e a glória que se seguirá.
Assim, ao estarmos de pé nas fronteiras do mundo eterno, olhando para trás, para as marcantes
evidências da liderança divina através de Seu Espírito de Profecia, renovemos nossa confiança
em Deus, em Seu Filho, em Sua Palavra, em Sua Igreja e em cada um dos irmãos. Renovemos,
especialmente, nossa confiança na prometida orientação de Deus para Sua Igreja no tempo do
fim. Nesses conselhos, ouvimos a voz de correção e reprovação, insistindo numa consecução
espiritual e num esforço mais elevado, deixando de lado o terreno improdutivo e apresentando
uma colheita de justiça e santidade de vida. Ao chegar ao fim de sua vida, E. White deu à igreja
esta mensagem grandemente encorajadora:
“Sou instruída a dizer aos adventistas do sétimo dia em todo o mundo: Deus chamou-nos
como um povo para sermos-Lhe particular tesouro. Ele designou que Sua igreja na terra esteja
perfeitamente unida no Espírito e conselho do Senhor dos exércitos até ao fim do tempo.
…Sou animada e beneficiada ao compreender que o Deus de Israel ainda guia Seu povo e que
continuará a ser com ele, até ao fim” (Mensagens Escolhidas, v. 2, pp. 397, 406).

Pr. Marivaldo Fabricio, MPES-APO

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7 O Maior Mandamento
Sermão Sugestivo para o
Dia da Ação Solidária Adventista (ASA)
02 de Agosto de 2014
INTRODUÇÃO:
Ilustração: Já aconteceu várias vezes comigo de eu estar em algum lugar ou entrar em contato
com alguma pessoa e, antes de me identificar, alguém me perguntar se sou cristão e explicar que
pensou isso por causa do meu jeito de falar ou de vestir [conte uma experiência pessoal ou de
alguém que passou por isso].

1. Como se pode reconhecer um cristão? [Faça a pergunta à congregação e comente algumas


respostas]
a. Pela roupa que veste?
b. Pela maneira de falar?
c. Pelo regime alimentar?
d. Pelas músicas que ouve?
e. Porque frequenta uma igreja?
2. É provável que um cristão verdadeiro seja diferente da maioria dos mundanos por causa
dessas características, mas você há de convir comigo que há muitas pessoas, na verdade,
milhões de pessoas pelo mundo, que são um exemplo no vestuário, no vocabulário, no
cuidado com a saúde, etc., e nem creem em Deus.
3. Isso trás de volta minha pergunta inicial: como se pode reconhecer um cristão verdadeiro?
Qual é a marca bíblica de alguém verdadeiramente convertido?
4. Ler o texto bíblico: João 13:34-35
5. Eu quero agora compartilhar com você três informações bíblicas sobre o amor:

A. O AMOR É A ESSÊNCIA DO CRISTIANISMO


1. A Bíblia diz que “o cumprimento da lei é o amor”.
Rom. 13:10 u.p.
2. Isso significa que todos os atos de obediência do cristão devem fazê-lo mais amoroso,
do contrário é puro legalismo. Ilustração: Há algum tempo convivi com uma pessoa
que é um exemplo de temperança. Seu regime alimentar segue criteriosamente
todas as orientações e conselhos ensinados pela igreja. Mas essa pessoa era amarga
com os outros; sempre tinha uma palavra de condenação aos menos temperantes e
frequentemente era vista em discussões acaloradas com os jovens da igreja. [conte
uma experiência pessoal ou conhecida, se tiver].
3. A temperança só trará algum benefício espiritual para você e para a igreja, se fizer
de você uma pessoa mais amorosa e paciente. “Nisto conhecerão todos que sois meus
discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”
4. A fidelidade nos dízimos e ofertas não lhe trará nenhum benefício espiritual se não
fizer de você uma pessoa menos materialista, mais sensível às necessidade dos pobres
e mais comprometido com a missão da igreja. Se isso não está acontecendo com você,
seus dízimos e ofertas não são melhores do que os sacrifícios feitos aos deuses pagãos.
“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”
5. A honestidade, a veracidade, a obediência aos pais, a fidelidade no casamento, a
dedicação à igreja... todas essas coisas são louváveis e respeitáveis, mas só possuem

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 41


algum valor aos olhos de Deus se fizerem de nós pessoas que amam mais. “Nisto
conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”
6. Todos os mandamentos têm um único ponto de convergência: amar e servir ao
próximo. Quando a Bíblia fala de amar a Deus e amar ao próximo não está falando de
duas experiências separadas e independentes.
7. O amor a Deus é uma experiência concreta, que se expressa concretamente no amor
ao próximo. Veja o que está escrito: 1º João 4:20 - “Se alguém disser: Amo a Deus, e
odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não
pode amar a Deus, a quem não vê.” Gálatas 5:14 – “...Toda a lei se cumpre em um só
preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
8. Vejamos agora a segunda informação sobre o amor.

B. O AMOR É A PRINCIPAL CONDIÇÃO PARA RECEBER BÊNÇÃOS


1. Na Bíblia, amar é sinônimo de dar. “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o
Seu Filho Unigênito...” João 3:16
2. Pergunto: tem alguém aqui que está buscando uma bênção importante para sua vida
ou para sua família, mas até agora não obteve resposta de Deus?
3. Muitas vezes sofremos por falta de explicações. Por que Deus não me deu esse
emprego? Por que não me ajudou a passar no vestibular? Por que não curou essa
doença? Por que não isso; por que não aquilo...
4. Não creio que vamos encontrar todas as razões que estão na mente de Deus, mas
existe um princípio envolvido.
5. Quando aprendermos a compartilhar as bênçãos de Deus com as pessoas, estaremos
aptos a receber mais.
6. A história de Abraão é uma lição prática dessa verdade. Deus chamou Abraão e lhe fez
promessas de bênçãos e prosperidade, mas deu a ele uma ordem. Para receber todas
as bênçãos prometidas, Abraão teria que obedecer a essa ordem.Quer saber qual foi
a ordem?
Gênesis 12:1-3 – “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da
casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te
abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!
Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão
benditas todas as famílias da terra.” [Enfatize as palavras em negrito]
7. O princípio é este: Aquele que recebe uma bênção recebe para dar. Eu creio que
deixamos de receber a maioria das bênçãos que pedimos porque ainda não aprendemos
a pedir para compartilhar. Ouça esta declaração de Ellen G. White:
8. “A planta não germina, não cresce, nem produz frutos para si mesma, mas para ‘dar
semente ao semeador, e pão ao que come’.(Isa. 55:10). Igualmente ninguém deve
viver para si mesmo. O cristão está no mundo como representante de Cristo para a
salvação de outros. Na vida que se centraliza no eu não pode haver crescimento nem
frutificação.” Parábolas de Jesus, pág. 67
9. Tiago confirma este princípio com as seguintes palavras:
Tiago 4:3 – “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos
prazeres.”
10. Em vez de orar: “Senhor, restaura minha saúde para que eu possa viver mais”; ore
assim: “Senhor, se me deres mais saúde, eu vou me dedicar mais a ajudar as pessoas.”
11. Em vez de orar: “Senhor, dá-me prosperidade para que eu possa cuidar melhor de
minha família”; ore: “Senhor, usa-me para ajudar as pessoas carentes e necessitadas.”
12. Você consegue perceber a diferença entre ser um recebedor de bênçãos e ser um
instrumento de bênçãos? “Sê tu uma bênção.”

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13. Nosso erro é que esperamos acumular, para depois compartilhar. Por isso deixamos de
receber. Quando compartilhamos o pouco que temos de recursos e de atenção, Deus
começa a multiplicar. Só recebe bênção quem está com a mão aberta!
14. Finalmente, a terceira informação bíblica sobre o amor:

C. O AMOR SERÁ A MARCA IDENTIFICADORA DOS SALVOS QUANDO JESUS VOLTAR


1. Quando Jesus voltar, Ele não irá questionar as pessoas se foram obedientes aos
mandamentos, ou se devolveram fielmente o dízimo, ou se guardaram o sábado, ou
se evangelizaram os vizinhos, ou mesmo se foram membros da igreja.
2. É claro que todas essas coisas têm uma função importante na vida do cristão, mas
definitivamente não são essas coisas que identificam um pecador regenerado. Vamos
ler juntos o que disse o próprio Jesus: Mateus 25:31-40.
3. A grande evidência de que uma pessoa realmente está sendo preparada para o Céu é
esta: viver em função do próximo, vestindo o nu, alimentando o faminto, acolhendo
o desamparado, visitando os doentes e presos.
4. Não precisa falar... eu sei... vivemos num mundo cercado de ameaças e perigos, por
isso não podemos, com segurança fazer todas essas coisas. Eu concordo com você.
Mas até que ponto não estamos usando esse argumento para não fazer nada ou para
fazer muito menos do que realmente poderíamos?

CONCLUSÃO
Ilustração: Um membro da igreja, muito talentoso e rico, vivia se queixando porque a igreja não
lhe dava oportunidades como um líder e pregador. Nutria um espírito crítico contra o pastor e os
demais líderes. Um dia escreveu uma carta solicitando a remoção de seu nome do livro da igreja.
Foi à casa do pastor para entregá-la pessoalmente e fazer um desabafo também. Ao chegar, o
pastor logo percebeu todas as suas intenções. Antes de abrir o envelope, pediu que o irmão lhe
fizesse um favor:
- Irmão, por favor, compre alguns alimentos e leve até este endereço.
O irmão, revoltado com o pedido do pastor, mas sem saber como negá-lo, atendeu. Depois de
algumas horas procurando o difícil endereço em um bairro pobre na periferia da cidade, chegou
à casa da D. Maria, uma velhinha que estava muito enferma. Entregou-lhe os pacotes e virou as
costas para sair. Ela lhe pergunta:
- O senhor é um anjo, não é?
Antes que ele pudesse responder, ela continuou:
- Eu sei que o senhor é um anjo porque faz alguns minutos eu falei para Deus que se Ele me
amasse e se importasse comigo, enviasse um anjo para me visitar, porque nenhum ser humano
poderia se lembrar de uma pobre velha, viúva e doente. Quando acabei de orar, o senhor bateu
na minha porta.
Completamente confuso e com lágrimas nos olhos, o homem voltou à casa do pastor e perguntou:
- Pastor, o senhor já leu a minha carta? O pastor respondeu que não. Continuou: - Então me
devolva, por favor. Eu acabo de descobrir a obra para a qual Deus me chamou. O
senhor tem mais endereços de pessoas carentes para que eu possa visitar?
“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”
Nada dá mais sentido à vida cristã do que viver para servir e compartilhar as bênçãos recebidas.

APELO
Quem gostaria de dizer a Deus nesta manhã: “Senhor, faze de mim um instrumento de bênçãos;
usa-me para diminuir o sofrimento das pessoas que estão ao meu redor”?

Pr. Ranieri Sales

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Evangelizando Através
8 da Solidariedade
Lucas 4:18 e 19

INTRODUÇÃO:
1. Este estudo visa incentivar os membros a se dedicarem na obra de evangelização de forma
integral, transformando a mente, o corpo e o espírito das pessoas.
2. O Ministério de Cristo aqui na terra nos dá um roteiro de qual deve ser o público alvo, e o
método dos nossos esforços evangelísticos, uma vez que a nossa missão, como discípulos
do Senhor, é fazer a Sua vontade e andar como Ele andou.
3. Como foi que Cristo desenvolveu o Seu método de trabalho no Seu ministério terrestre, e a
quem Ele Se dirigiu em Suas atividades redentoras?

I. PREGOU AOS POBRES


1. O texto de Lucas 4:18 é taxativo ao afirmar que Jesus colocou os esforços de Sua pregação
para os pobres. No período do Novo Testamento, existiam muitos pobres de bens materiais,
viúvas, órfãos, sofredores, pessoas que ansiavam uma mão amiga, que lhes ajudassem a
enfrentar os sofrimentos da pobreza.
a. Hoje, também é notório ver o sofrimento de grande parte da população mundial em
condição de grande miséria. Pessoas sofrendo em um estado de escassez, que coloca
o ser humano, criado a imagem e semelhança de Deus, em uma condição, muitas
vezes, pior do que a dos animais, faltando-lhes, pão, roupa, moradia, educação,
cuidados básicos da saúde, lazer, etc.
b. Por outro lado, uma minoria desfruta os favores das riquezas, da comodidade e do
luxo, onde o alimento e os meios que seriam tão bem-vindos à mesa do pobre, são
desperdiçados.
2. Talvez, sejamos tentados a fazer uma leitura superficial deste texto, a desconsiderar a
nossa responsabilidade para com as pessoas mais abastadas. No entanto, os evangelhos nos
asseguram, que o Senhor Jesus também dedicou tempo e energia para proclamar libertação
às pessoas que desfrutavam de um estado economicamente estável. Podemos retratar,
como exemplo, a conversa entre Jesus e Nicodemos (Jo 3).
a. No Sermão do Monte, Jesus, ao proferir as Bem Aventuranças, declarou que “Bem
aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5:3).
b. Partindo desta assertiva, o nosso campo de atuação se expande, pois, não apenas
o pobre de bens materiais, mas também aqueles que são humildes, abertos ao
aprendizado, são alvo de todos os nossos esforços, para que sejam cônscios das
verdades eternas.

II. CUROU OS QUEBRANTADOS DE CORAÇÃO


1. O Senhor Jesus é o grande médico, capaz de curar qualquer tipo de enfermidade, sejam elas
físicas ou espirituais.
Obs.: As classifico desta forma, devido a indivisibilidade entre o corpo e a mente. Desta
forma, incluo as enfermidades emocionais também.
a. (Físicas) A Mulher com um fluxo de sangue (Mc 5:25-34) – Havia vários anos, aquela
pobre sofredora buscava alento e alívio para o seu sofrimento. Em Jesus, ela encontrou
muito mais que a saúde física, mas teve a resposta para todas as inquietações da sua

44 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


alma.
1. Hoje, também, encontra-se diante de nós um cenário idêntico. Milhares de
sofredores, enfraquecidos pelas vicissitudes da vida, talvez aterrorizados pelas notícias
de um exame que constata a presença de uma doença incurável aos olhos humanos,
ou sem esperanças de que cicatrizem as feridas da alma, causadas pela infidelidade
do cônjuge, morte de um ente querido, ou outro fator de valor inestimável, esperam
por uma palavra de conforto e um olhar de compaixão.
b. (Espirituais) Expulsou vários demônios de um homem em Gadara (Mc 5:1-19) – Jesus
fez oposição direta ao reino de Satanás e às suas obras. Ele veio para esta terra com
o objetivo de libertar os homens das terríveis consequências que a doença do pecado
traz para o ser humano. Cristo também nos envia, para fazermos oposição as obras
do Diabo nas vidas dos nossos contemporâneos.

III. ANUNCIOU LIBERDADE AOS CATIVOS


O apóstolo Paulo declara em Gálatas 5:19, que as obras da carne são: prostituição, impureza,
lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões,
heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes.
a. É comum ver pessoas sofrendo as consequências destas obras em suas vidas, através
de uma existência escrava da doença, dos vícios, da dívida, do lar infeliz, das palavras
ferinas que machucam os amigos e familiares.
b. E, assim como Cristo disse em Mateus 11:28 “Vinde a mim vós que estais cansados
e oprimidos e eu vos aliviarei”, hoje Ele nos envia para libertar as pessoas destas
prisões, e devemos nos dispor, a tempo e fora de tempo, a salvar a todos que estão
a nossa volta.

IV. DEU VISTAS AOS CEGOS


1. A ação de Cristo de curar vários cegos nos responsabiliza também em ser empáticos às
necessidades dos que perderam a capacidade de enxergar as belezas deste mundo, e assim,
devemos idealizar maneiras de amenizar o sofrimento destas pessoas de tal maneira que
compreendam o amor de Cristo através de nossas ações.
2. Mas, por outra mão, a cegueira também pode ser em consideração às verdades salvadoras
da alma, e este mundo tem muitos cegos desta natureza. Consideremos os seguintes textos:
a. “Mas os seus sentidos foram cegados, porque até hoje o mesmo véu está por levantar
na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo Abolido”. (2Co 3:14)Paulo
menciona a ação de muitos judeus que ainda confiavam nas práticas cerimoniais
descritas nos livros do pentateuco, enquanto desprezavam as bênçãos oriundas do
sacrifício de Cristo, na Cruz do Calvário.
b. “Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas e não sabe
para onde deve ir, porque as trevas lhes cegaram os olhos”. (1Jo 2:11)
3. Os noticiários massificam a guerra entre as nações, os conflitos entre os homens, e
assassinatos em série. Os programas televisivos, sejam eles para crianças, jovens, e adultos,
pregam violência e ódio.
Deus nos chama para proclamarmos a verdadeira paz, através de uma mensagem poderosa,
que encontre as necessidades mais íntimas dos sofredores e dos injustiçados por meio de
atos desinteressados.

V. PÔS EM LIBERDADE OS OPRIMIDOS


1. “Ora, o Senhor é Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2Co 3:17).
2. “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8:32).
3. “Se pois o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36).

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4. Liberdade dos pecados vem unicamente de Cristo, e o Salvador espera que Seus discípulos
O comuniquem às pessoas de forma inteligente, interagindo nas diferentes sociedades. De
fato, como iremos dar liberdade (Cristo) aos homens, se eles estão cegos quanto a esta
necessidade?
a. Ellen White explica: “Também nós precisamos adaptar nossos trabalhos a condição do
povo – ir ao encontro dos homens no terreno deles” (Evangelismo, p. 484).
b. Para levar libertação, temos que encarnar como Cristo encarnou, Precisamos nos
inserir na comunidade, assim como o sal é lançado no alimento. Precisamos nos
identificar com as pessoas, mas isto não nos permite fazer o que elas fazem. Na
verdade, os métodos podem ser mudados, mas nunca os princípios.

VI. PROCLAMOU O ANO ACEITÁVEL DO SENHOR


1. Esta declaração se refere ao ano do Jubileu (Lv 25:10, 15, 24), um momento muito esperado
por todos os que haviam perdido as suas posses, pois agora poderiam retomá-las.
1. Hoje, também anunciamos que Cristo já está às portas, e que todos os que quiserem
reconquistar a paz e a alegria, já poderão começar a sentir um pouco do que a eternidade
nos tem preparado ao lado do Todo Poderoso do Universo, Jesus Cristo. Os anos de
sofrimento, com doença, pobreza, dor, e injustiça ficarão para trás, serão esquecidos.
Cada um que recebeu o nome de cristão, recebe do Senhor a missão de anuncar o ano
aceitável do Senhor para todos os sofredores, não importa onde eles estejam.

CONCLUSÃO
1. Para cumprirmos fielmente a ordem do Mestre, de levar este Evangelho do Reino a todo o
mundo, é necessário que sigamos as mesmas pegadas de Jesus, pois Ele:
a. Pregou aos pobres;
b. Curou os quebrantados de coração;
c. Anunciou liberdade aos cativos;
d. Deu vista aos cegos;
e. Pôs em liberdade os oprimidos;
f. Anunciou o ano aceitável do Senhor.

2. Ellen White descreve o método de Cristo da seguinte forma: “Unicamente os métodos de


Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os
homens como alguém que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia, ministrava- lhes às
necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-me” (Jo 21:19)” (A
Ciência do Bom Viver, p. 143).

APELO
O missionário Thomas Studd (1860-1931) recebeu uma grande fortuna. Com ela, poderia viver de
forma cômoda e sossegada, mas a rejeitou e deu-a para as Missões Mundiais. Resolveu ser
missionário na China e fez a seguinte declaração:
“Alguns preferem ficar à sombra da cabana, mas eu prefiro viver no pátio do inferno. Assim,
poderei, muitas vezes, invadir o terreno do inimigo a fim de resgatar aqueles que estão sob
seu poder”.
Quantos estão dispostos a deixar estes bancos para sair à procura dos sofredores deste
mundo, participando de seus infortúnios, e minorando os seus sofrimentos?
Então levante-se e diga: Senhor! Que eu seja as Tuas mãos.

Pr. Jair Miranda, ADRA/ASA/ES-APL

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9 A Volta de Jesus e a Missão
Mateus 28:16-20 / Atos1:8-11
INTRODUÇÃO:
1. Compreender a grandeza do chamado divino é vital para nossa vida cristã. Saber que em breve
Jesus voltará e que esta promessa pode ser estendida a outras pessoas é algo maravilhoso.
2. Vivemos em um mundo de conflitos e é impossível não sermos, de alguma forma, atingidos.
Nosso posicionamento ao lado de Cristo e da missão a nós confiada serão determinantes
para o nosso destino.
I. O JESUS VITORIOSO
1. “Seguiram os onze discípulos para a Galileia, para o monte que Jesus lhes designara. E, quando
O viram, O adoraram...” (Mt 28:16, 17). Jesus havia vencido o pecado na cruz do calvário.
Diante de todo o Universo, Ele Se tornara vitorioso. O amor e a justiça de Deus haviam
sido questionados por Lúcifer no céu, e, também, na Terra. Pairava, ainda, na atmosfera do
Universo, algumas dúvidas a respeito do caráter de Deus e do caráter de Lúcifer. Porém, na
cruz do calvário, não havia mais dúvidas. Ao Universo contemplar o amor de Deus, revelado
através do sacrifício do Seu filho, derramando o Seu sangue em favor da humanidade
perdida, o Universo entendeu o valor da justiça e do amor de Deus representados na pessoa
de Jesus. Ele Se tornara vitorioso sobre o mal. O mal fora vencido na cruz do calvário.
2. Depois de vencer o mal na cruz do calvário, Jesus foi sepultado. Estava morto. Mas, no
primeiro dia da semana, já bem de madrugada, Ele ressurgiu da sepultura, vencendo a
morte. Jesus vencera o mal na cruz do calvário. E no sepulcro, ao ressurgir da sepultura,
Jesus vencera a morte. Portanto, o mal e a morte, ambos estavam vencidos. Jesus era
vitorioso e, por Sua vitória, fomos libertos do mal.
3. Os filhos de Deus estão libertos pelo sangue do Cordeiro. Uma vez libertos, fomos comissionados
por Ele a fim de resgatarmos todos os que ainda se encontram nas mãos do inimigo.
II. O JESUS QUE ENVIA
1. Depois de Jesus ter ressuscitado e ascendido ao céu, Ele retornou e ficou aqui na Terra
por aproximadamente quarenta dias. Aparecia aqui, aparecia lá, mas já havia designado
um dia especial e um local específico onde Ele teria Seu último encontro com os Seus
seguidores, no monte da ascensão. Aquele era um dia aguardado, muito esperado por
todos. E de diversas partes, de diversos lugares, vieram pessoas para ter esse encontro com
Cristo. O último encontro antes de partir. Nesse momento, estavam ali, aproximadamente,
500 pessoas reunidas, divididas em grupos (O Desejado de Todas as Nações, p. 818). E os
discípulos, espalhados em meio àquela multidão, animavam aquelas pessoas a respeito do
que haviam ouvido e visto, e a respeito da morte e ressurreição de Cristo.
2. Tomé dizia: “Eu toquei no seu lado...”. João dizia: “Eu conversei com Jesus...”. Pedro dizia:
“Eu encontrei-me com Ele! Ele falou comigo!” Enfim... As pessoas estavam sendo animadas.
Quando, de repente, aparece entre elas, Jesus.
3. Ao contemplarem Sua face, um a um, vão curvando sua fronte e dobrando seus joelhos, para
adorá-Lo. O texto de Mateus, diz que “Seguiram os onze discípulos para a Galileia, para o
monte que Jesus lhes designara... e... quando O viram, O adoraram” (Mt 28:16, 17). “De
súbito, achava-se Jesus no meio deles...em Suas mãos e pés, porém, divisaram os sinais
da crucifixão; Seu semblante era como a face de Deus, e quando O viram, adoraram-nO” (O
Desejado de Todas as Nações, p. 819). Ao ressurgir da sepultura, Jesus não era mais o Jesus
sofredor. Jesus era, agora, o Jesus vitorioso.
4. O Deus que você e eu servimos, é um Deus vitorioso. O Deus que venceu o mal. O Deus
que venceu a morte. E este Deus vitorioso, Se aproxima dos Seus discípulos e lhes dá
Sua última mensagem aqui na Terra. Ele olha para os discípulos e diz o seguinte: “Toda
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a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a
guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias
até à consumação do século” (Mt 28:18-20).
III. O JESUS QUE INTERCEDE
1. Jesus partiria para o céu e só retornaria quando os Seus discípulos, Seus seguidores,
tivessem concluído a Sua obra. A promessa de Cristo era segura, uma promessa de conquista
e de vitória. Junto com o chamado de Deus para o Ministério estava a capacitação: “Toda
a autoridade...” Toda a autoridade que Jesus possuía, também seria concedida aos Seus
filhos, aos Seus seguidores, para que esses pudessem dar sequência ao Seu ministério aqui
na Terra, enquanto Ele exerceria Seu ministério no Céu.
2. Jesus tinha, sim, algo a realizar no céu. O processo da salvação não estava concluído. O
sacrifício e a ressurreição de Cristo foram fundamentais para o perdão de nossos pecados e a
garantia da vida eterna. Porém, o Plano da Redenção não se estende apenas a este mundo. O
pecado, antes de contaminar a Terra, também afetara o Céu e o Plano da Redenção vai além de
nossas fronteiras. No santuário celestial, o processo ainda continuaria, o pecado deveria ser
eliminado para sempre, não apenas aqui, mas em todo o Universo. O processo de julgamento
que se dava de forma representativa na Terra, agora se daria de forma plena no Céu e Jesus
seria o nosso Sacerdote, nosso Sumo Sacerdote, o nosso Intercessor no Santuário celeste.
IV. O JESUS QUE CONSTRÓI
1. “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu
Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que,
onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14:1-3).
2. A profissão de Cristo, aqui na Terra, era a de carpinteiro. Ele aprendeu o ofício que Seu pai
ensinou. Jesus, filho de José, era um carpinteiro. Jesus entende de construção. Com certeza,
Ele está tomando todas as providências para que a sua morada seja feita sob medida,
especialmente para você. Enquanto nós trabalhamos em prol de outras pessoas, Jesus está
trabalhando por nós, está intercedendo por nós e está construindo uma morada no céu.
3. O processo de salvação de outras pessoas, na verdade, tem como objetivo principal a nossa
própria salvação. Deus não precisaria de nós para pregar o evangelho. Em um único sonho
dado a toda a raça humana, Ele poderia pregar o evangelho enquanto as pessoas estivessem
dormindo. No dia seguinte todos acordariam já com a visão do Plano da Redenção. E, com
certeza, as pessoas procurariam a Igreja verdadeira.
4. Você e eu não sabemos quanto tempo viveremos, por isso, é importante que compartilhemos
do amor de Deus com as outras pessoas. É importante que estudemos a Palavra de Deus. É
importante que oremos. É importante termos uma dupla missionária. É importante termos uma
classe bíblica na igreja, oferecer um estudo bíblico, ou ministrar uma classe bíblica familiar.
5. Por que é importante? Porque, enquanto eu estou trabalhando pela transformação de outros,
a minha vida está sendo transformada. Quanto mais tempo da minha vida eu dedico à obra
de Deus, mais eu me relaciono com Deus. Por isso, devemos separar um tempo da nossa
vida para a pregação do evangelho, para o estudo da Palavra de Deus e para a meditação.
6. Jesus dividiu o Seu tempo. Ellen White escreve, no livro Caminho a Cristo, que uma parte
era dedicada no monte da oração e a outra parte era no convívio com as multidões “Nossa
vida deve ser tal como a de Cristo – dividir-se entre o monte da oração, e o convívio das
multidões. A pessoa que não faz outra coisa senão orar, ou em breve deixará essa prática,
ou suas orações acabarão se tornando formais ou rotineiras” (Caminho a Cristo, p. 101).
Uma pessoa que tem comunhão com Deus e está focada na missão, vai fortalecer sua fé e
se manterá mais firme ao propósito divino.
V. O JESUS PODEROSO
1. A certeza da volta de Jesus é algo iminente. Ele deixou isso bem claro para todos nós.

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Referindo-Se à importância de pregarmos esta verdade Ele diz: “mas recebereis poder, ao
descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como
em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1:8).
2. O chamado de Cristo é revestido de poder. Poder não apenas para pregar no bairro onde
eu moro, na congregação onde eu participo, mas poder para pregar em todo o mundo.
Começando do local mais próximo até o local mais distante, até chegarmos aos confins da
Terra. Talvez eu não consiga chegar aos confins da Terra, mas, na lei do discipulado, eu vou
discipulando um, que vai discipular outro e, por fim, lá na ponta, com certeza, o resultado
do meu trabalho vai chegar aos confins da Terra.
3. Deus nos dá esta certeza: Jesus em breve voltará! Em Atos 1:9-11 está escrito: “Ditas estas
palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus
olhos”. As últimas palavras ditas no livro de Atos estão se referindo ao poder que Deus nos
concederia, através do Espírito Santo, para a proclamação da mensagem, na Judeia, em
Samaria e até os confins da terra. As últimas palavras de Cristo mencionadas em Atos são
“Recebereis poder” para pregar o evangelho em todo o mundo.
VI. O JESUS QUE VOLTARÁ
1. “Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriudos
seus olhos. E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois
varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por
que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do
modo como o vistes subir” (At 1:9-11).
2. Quando a Bíblia menciona que Jesus virá do modo como O viram subir, não está dizendo que
Ele virá do modo como O viram subir. Porque quando Jesus vier, virá com poder e grande
glória. A Terra estará em comoção. Os elementos da Terra serão abalados por ocasião da
volta de Jesus. Pessoas não preparadas estarão desesperadas, pedindo aos montes que caiam
sobre elas. Porém, o Jesus que vai voltar, embora volte com poder e glória, não mudou o Seu
caráter. Não mudou a Sua promessa. O olhar de Cristo para Seus discípulos será o mesmo.
3. Às vezes, as pessoas, enquanto são pobres e humildes, têm muitos amigos. Depois de um
tempo, quando se tornam ricas e famosas, ao retornarem para sua cidade natal, muitas
vezes, têm vergonha de seus amigos humildes. Jesus não terá vergonha de nós.Ao voltar
com poder e grande glória será o mesmo Jesus! Os anjos deixaram claro que o mesmo Jesus
que foi, será o mesmo Jesus que voltará. Porém, Ele voltará com alegria, com glória, para
buscar os frutos, o resultado do ministério dos Seus discípulos.
CONCLUSÃO
1. Jesus subiu aos céus deixando a promessa de Sua vinda aliada a uma responsabilidade
que foi confiada a cada um de nós. Suas últimas palavras foram dirigidas a um grupo de
aproximadamente 500 pessoas (O Desejado de Todas as Nações, p. 818). Porém, quando
Jesus voltar pela segunda vez, serão milhões de pessoas que estarão preparadas para
encontrar-se com Ele. Não é esta uma promessa maravilhosa? Não é esta uma promessa que
toca nosso coração, saber que somos cooperadores da volta de Jesus?
2. “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele
é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem
ao arrependimento” (2Pe 3:9). Jesus ama a todos e não quer que ninguém se perca.
3. Cumpramos o papel que Deus tem nos designado, e que possamos ter esta bendita esperança,
de que, em breve, Jesus voltará para nos levar para um novo Céu, e uma nova Terra!
4. Esse é o nosso desejo, essa é nossa missão! Não quer você se unir àqueles que aceitam
o chamado de Deus e se colocam em Suas mãos, para pregar esta bendita esperança, a
esperança da volta de Jesus?

Amém.
Pr. Lucas Prestes do Amaral
Ministério Pessoal Paulistana

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10 Princípios da Boa Pescaria
Lucas 5:10

INTRODUÇÃO:
Para alcançar as pessoas da comunidade, Jesus disse: “eu vos farei pescadores de homens”. A
Nova Tradução na Linguagem de Hoje diz “de agora em diante você vai pescar gente”.
Jesus usou o termo “pescar” e não “caçar”. Percebeu?
Caçar é agressivo; pescar é mais gentil.
O caçador localiza e atira; o pescador atrai para morder a isca.
Na caça, é um tipo de bala para tudo; na pesca, há vários tipos de isca.
O caçador deve dar o melhor tiro e pronto; o pescar, dá e puxa a linha conforme o peixe.
Na caça, ser bom atirador é essencial; na pesca, qualquer um pode jogar o anzol.

“...eles estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse: Venham comigo, que eu ensinarei
vocês a pescar gente” (Mt 4:19).

Irmãos, Jesus está dizendo que fez de nós pescadores de homens... como vamos pescar almas?

Alguns princípios de pescaria são:


1- Precisamos conhecer o que estamos pescando.
Jesus sabia o tipo de pessoas que devia ganhar: “Eu fui mandado somente para as ovelhas
perdidas do povo de Israel” (Mt 15:24).

Qual era o alvo evangelístico de Jesus? A quem Ele foi enviado para ganhar? ...Às ovelhas
perdidas da casa de Israel.

Aqui na cidade, não estamos interessados em ganhar pessoas que já participam de alguma igreja.
Esse não é nosso alvo – nosso alvo são pessoas sem-igreja. São esses que queremos pescar!

O princípio número dois é:


2- Temos que aprender a pensar como um peixe.
Jesus sabia o que as pessoas pensavam.
Nós temos um problema: quanto mais tempo faz que somos crentes, menos nós pensamos como
um não-crente pensa.
Podemos cantar: “Vem com Josué lutar em Jericó, Jericó, Jericó” e sabemos o que isso significa.
Mas o não-crente fica se perguntando: Quem é esse Josué? É um sucessor de Mike Tyson? E esse
Jeri... Jeri... Jericó?

O que as pessoas não-crentes pensam? Em que coisas elas estão interessadas? Precisamos
aprender a pensar como elas pensam, a fim de poder ganhá-las.
Talvez você diga: mas eu não posso pensar como os não-crentes, pois não devo me “conformar
com este mundo”. É verdade. Mas considere a garça. A garça é uma ave branca, elegante, linda
de se ver. Ela anda sobre a lama e não se suja. É assim que devemos fazer! ...pensemos como os
não-crentes pensam, mas não façamos o que eles fazem.

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Agora, o terceiro princípio para uma boa pescaria:
3- Temos que priorizar o peixe que está mordendo a isca.
As igrejas que crescem são aquelas que dão atenção às pessoas mais interessadas no
Evangelho.

Há pessoas que não estão interessadas, que não estão mordendo a isca. Uma vez, Jesus disse
aos discípulos: “Se ninguém vos receber, nem ouvir as vossas palavras, saindo daquela casa ou
daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés” (Mt 10:14).

Temos que ir em quem está interessado. Não temos muito tempo!

Jesus disse a um não crente: “Não estás longe do reino de Deus” (Mc 12:34). Há peixes mordendo
a isca e temos que aproveitar!

Uma vez, fui com um amigo pescar tilápias. Na banda do lago onde eu fiquei, elas não estavam
interessadas em minhas iscas. Então, eu tive de me mudar daquela banda.

E você sabe quais são as pessoas mais abertas ao Evangelho?


- Pessoas que estão enfrentando mudanças. Mudança de cidade (ou de algum bairro para outro),
mudança de emprego, mudança de função, mudança de estado civil (era solteiro, mas casou;
estava casado, mas houve separação, viuvez, abandono...).
- Pessoas que estão enfrentando dificuldades: financeiras, de saúde, com a educação dos filhos,
conjugais, familiares...

Estas pessoas são as mais abertas ao Evangelho! As que estão mordendo a isca!

O princípio número quatro:


4- Devemos pescar os peixes onde eles estão.
Nisso, nós crentes, somos muito engraçados: viemos para a igreja e esperamos que os não-
crentes venham também. É como se disséssemos: “Ah! Eis aqui um lago, e tem sombra! Vou ficar
aqui pescando”. Mas os peixes não estão neste lago. Estão no rio!

Irmãos, para ganhar pessoas para Jesus nós temos que ir aonde elas estão. Onde estão nossos
peixes? Eles estão no seu lago! Eles estão em nossos círculos de relacionamentos: família,
parentes, conhecidos, vizinhos, colegas, amigos... Este é o seu lago de pesca!

CONCLUSÃO:
Jesus disse que você foi feito, por Ele, um pescador de gente para o reino de Deus! Deus tem
muitos anjos, mas eles não foram designados para tal obra. O que eles fazem é torcer para a
salvação. E, quando conseguimos alcançar alguém, eles festejam como se um gol tivesse sido
marcado.

Eu quero dizer que chegou a hora de você fazer a melhor pescaria da sua vida!

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Lista de Interessados - Estudos Bíblicos
Já frequentou o Já fez algum
Nº Nome Pequeno Grupo? Curso Bíblico? Dupla Responsável
SIM NÃO SIM NÃO
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