Apostila Vestuario Costura Industrial
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Costura Industrial
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
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1.DICAS BÁSICAS
2.DICAS DE PATCHWORK
3.TIPOS DE PONTOS
5. O QUÊ É COSTURA
7. MÁQUINA DE COSTURA
ANEXOS
BIBLIOGRAFIA
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1.DICAS BÁSICAS
APLICAÇÃO EM TECIDOS
Recorte os motivos.
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Está pronto.
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FORMAÇÃO DO PONTO
Você sabe como um ponto se forma na máquina de costura? Veja a figura abaixo e
descubra.
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1. A agulha perfura o tecido e desce até seu ponto mais baixo, transportando a linha do
carretel.
2. A agulha sobe um pouco, fazendo com que a linha superior forme um pequeno laço.
4. Nesse momento, a linha superior envolve a linha inferior (da bobina), formando o nó.
5. A agulha sobe até seu ponto mais alto e os guia-fios transportam a linha para cima,
deixando o nó no meio do tecido.
Todo esse processo ocorre rapidamente e se repete várias vezes, formando as costuras.
COSTURANDO COM AGULHA DUPLA
1. Substitua a agulha da máquina pela agulha dupla (se tiver alguma dificuldade, consulte
o manual da sua máquina).
4. Passe apenas a linha do pino porta-retrós horizontal pelo guia-fio da agulha e passe a
linha na agulha esquerda da frente para trás.
5. Passe a outra linha, do pino porta-retrós vertical, na agulha direita, também da frente
para trás.
DICAS:
- Ao selecionar a largura
do ponto ziguezague,
nunca ultrapasse a
marca da agulha dupla
no seletor, evitando que
a agulha bata na
sapatilha e provoque
danos à máquina.
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rasguem.
Fonte: Singer
FAZENDO CASAS
Caseador de 4 passos
1. Marque no tecido o local onde as casas serão feitas e a distância entre elas.
2. Coloque o tecido sob a sapatilha alinhando a primeira linha vermelha da sapatilha com a marca
do tecido. Este será o início do caseado de 4 passos.
3. Gire o seletor do comprimento do ponto até o desenho do caseador marcado com o número 1.
4. Selecione a largura desejada do ziguezague.
5. Abaixe o pé-calcador.
6. Costure. A máquina fará um ziguezague reverso. Pare a costura quando o ponto alcançar a
marca do tecido. Este é o primeiro passo do caseado de 4 passos.
7. Levante a agulha e gire o seletor do caseado para a posição 2 para fazer o segundo passo.
Repita isso para a posição 3 e 4 até que os quatro lados da casa estejam feitos.
8. Abra a casa.
Caseador de 1 passo
1. Selecione o ícone do caseado.
2.Coloque o botão que vai usar no compartimento limitador da sapatilha. Ele determinará o
comprimento da casa.
3. Monte a sapatilha na máquina, como explicado no manual do produto.
4. Abaixe totalmente a alavanca do caseador e empurre-a suavemente para trás.
5. Faça uma casa no tecido que você irá usar. Use este retalho para balancear o caseado.
Costure.
6. A casa será feita na seqüência de 1 a 4 automaticamente, terminando do lado esquerdo.
7. Abra a casa.
DICA:
- Alguns modelos não há necessidade de uso da chapa isoladora. Retirando a extensão da base,
há uma alavanca (isolador dos dentes) que abaixa os dentes para pregar botões e fazer bordados.
PREGANDO BOTÕES
Seguindo as instruções
corretamente, os botões não
soltam.
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6. Mantenha a agulha posicionada do lado esquerdo e gire o volante da máquina com as mãos até
que a agulha coincida com o furo do lado esquerdo do botão.
7. Faça alguns pontos, retire a agulha do furo do botão e selecione a largura do ziguezague.
8. Gire o volante para certificar-se que a agulha está alcançando o outro furo, sem bater no botão.
10. Posicione novamente o seletor na costura reta e arremate, fazendo mais alguns pontos.
11. Para um botão de quatro furos, faça o mesmo procedimento em cada par de furos.
DICA:
2. Selecione a largura do ziguezague no seletor de largura (se estiver costurando com agulha
dupla, não ultrapasse a marca indicada no painel).
5. Posicione o tecido na máquina de forma que sua borda coincida com a ranhura central da
sapatilha.
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Fonte: Singer
FAZENDO UM FRANZIDO
Para franzir o tecido, o procedimento é muito semelhante à costura reta, com apenas alguns
detalhes a observar.
1. Selecione o comprimento de ponto máximo (o seletor deve ser posicionado no número 5).
2. Coloque o seletor de largura do ponto em costura reta.
3. Levante o pé calcador e coloque o tecido na máquina, paralelo às ranhuras da chapa da
agulha.
4. Inicie a primeira costura reta, sem fazer os arremates no início e no final da costura.
5. Levante o pé calcador, gire o tecido, sem cortar, e faça a segunda costura reta, paralela á
primeira.
6. Levante o pé calcador, puxe a linha uns 10 cm, corte o fio e retire o tecido.
7. Segure o tecido e, delicadamente, puxe as duas linhas inferiores, franzindo o tecido.
PREGANDO UM ZÍPER
O ponto invisível pode ser encontrado em vários modelos de máquinas de costura doméstica.
Antes de fazer a bainha invisível, faça um ziguezague na borda do tecido para não desfiar.
Determine o comprimento desejado e dobre a barra.
Dobre a bainha no avesso.
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DICA:
Não se esqueça de usar sempre linhas da mesma cor do tecido.
PREGANDO ELÁSTICOS
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Para pregar elásticos em lingeries, moda praia ou outras peças proceda da seguinte forma:
1. Tire a medida da área onde o elástico será aplicado e divida o valor por 4.
6. Costure, esticando um pouco o tecido para que o elástico fique bem distribuído.
2.DICAS DE PATCHWORK
HISTÓRIA DO QUILT E DO PATCHWORK
Para o arremate dos trabalhos de patchwork, utiliza-se pespontos largos, mais conhecidos
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como quilt.
O quilt é uma espécie de alinhavo, usado para criar efeitos de relevo nos trabalhos de
patchwork ou em acolchoados. O quilt pode ser feito à mão ou com a máquina de costura.
O patchwork e o quilt são trabalhos manuais muito antigos. As primeiras evidências desse
tipo de trabalho são muito antigas, há registros de 3400 A.C.
No Egito antigo, os faraós já utilizavam roupas feitas de sobras de tecidos, para serem
usadas sob as armaduras de ferro e colchas.
Na idade média, o patchwork e o quilt se espalharam pela Europa (Inglaterra, Itália, França e
Alemanha). Os peregrinos ingleses, que fugiram das perseguições religiosas, trouxeram o
patchwork e o quilt para a América.
Nessa época, as mulheres eram obrigadas a fazer trabalhos manuais (para evitar que o
"demônio" entrasse em suas mentes) e só podiam sair de casa para ir à igreja ou às reuniões
de quilteiras. Com o tempo, essas mulheres passaram a planejar as peças antes de costurar
e, assim, o patchwork deixou de ser uma atividade apenas utilitária e passou a ser uma forma
de expressão. Todas as mulheres, antes de se casar, deveriam fazer 12 trabalhos (um para
cada mês do ano).
Após a 2a. Guerra Mundial, as mulheres começaram a sair de casa e a trabalhar fora.
Durante algum tempo, o patchwork e o quilt ficaram esquecidos.
Na década de 70, com o movimento hippie, o artesanato voltou a ter destaque. Desta forma, o
quilt e o patchwork ressurgiram com força total.
Hoje, o patchwork e o quilt são uma arte, que pode ser aplicada na moda, em casa, onde sua
imaginação quiser.
O PATCHWORK NO BRASIL
No Brasil colonial e imperial, o quilt e o patchwork eram atividades limitadas aos escravos,
que usavam retalhos das roupas de seus senhores para a confecção de cobertas e roupas.
Somente com a chegada dos imigrantes o patchwork começou a ser mais difundido.
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ESCOLHA DE MATERIAL
Tecidos 100% algodão são os melhores para trabalhos em patchwork. Esse tipo de tecido é
mais fácil para cortar, marcar, costurar e passar.
Procure sempre comprar tecidos de algodão que não encolham durante a lavagem, para
evitar deformações no trabalho, e, o mais importante, escolher tecidos que não desbotam,
para evitar que manchem os outros tecidos.
Antes de começar a cortar os tecidos para a montagem do trabalho, lave todos os tecidos que
serão utilizados em água e sabão neutro. Com esse processo, se o tecido encolher, isso
acontecerá antes do trabalho ser iniciado.
Certifique-se que nenhuma das cores irá desbotar, fazendo o seguinte teste: pegue um
pedaço de tecido branco, enrole sobre o tecido colorido molhado e aperte para retirar todo o
excesso de água. Se o tecido branco ficar manchado, não utilize o tecido colorido no trabalho.
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MANTA ACRÍLICA
LINHA
A qualidade da linha é tão importante quanto à qualidade do tecido para um trabalho de quilt
ou patchwork. Procure sempre comprar uma linha de boa qualidade, de preferência 100%
algodão, para costurar os trabalhos.
Para escolher a cor da linha, procure sempre um tom neutro, que combine com a maior parte
dos tecidos escolhidos. Para o quilt, use linha invisível (de naylon).
3.TIPOS DE PONTOS
PONTO TIPO OVERLOQUE
O ponto tipo overloque é utilizado para unir e arrematar os tecidos ao mesmo tempo.
Alguns modelos da Singer possuem o ponto tipo overloque, que não corta o tecido.
PONTO CHEIO
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O ponto cheio é uma costura ziguezague com os pontos bem unidos, utilizado para
decoração e aplicações em toalhas, lençóis, roupas, etc.
5. Faça a costura. Se o ponto ficar muito aberto, diminua o comprimento, e se ficar muito
fechado, com pontos encavalados, aumente um pouco o comprimento.
PONTOS UTILITÁRIOS
Costura reta
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Ponto invisível
Fonte: Singer
PONTOS FLEXÍVEIS
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Fonte: Singer
PONTOS DECORATIVOS
Ponto coroa
Ponto crescente
Ponto divisa
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Ponto dominó
Ponto espinho
Ponto fagote
Ponto montanha
Ponto pluma
Ponto rampart
Fonte: Singer
PONTO ACETINADO
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- Revire a boca da perna para o direito a 4 cm da borda dobrada, formando uma prega.
- Passe a ferro.
- Prenda a prega com pontos invisíveis feitos a mão ou pespontos sobre a linha das costuras
laterais e das entrepernas.
- Antes de fazer a bainha invisível, faça um ziguezague na borda do tecido para não desfiar.
- Vire a peça pelo avesso, fazendo a segunda dobra, voltada para o direito da peça.
- Alinhe a sapatilha à borda do tecido e costure de forma que a agulha entre levemente na
dobra que está paralela à borda, sem que apareça os pontos do lado direito.
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- Mantenha a agulha posicionada do lado esquerdo e gire o volante da máquina com as mãos
até que a agulha coincida com o furo do lado esquerdo do botão.
- Faça alguns pontos, retire a agulha do furo do botão e selecione a largura do ziguezague.
- Gire o volante para certificar-se que a agulha está alcançando o outro furo, sem bater no
botão.
- Posicione novamente o seletor na costura reta e arremate, fazendo mais alguns pontos.
- Para um botão de quatro furos, faça o mesmo procedimento em cada par de furos.
- Selecione a largura do ziguezague no seletor de largura (se estiver costurando com agulha
dupla, não ultrapasse a marca indicada no painel).
- Posicione o tecido na máquina de forma que sua borda coincida com a ranhura central da
sapatilha.
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- Passe apenas a linha do pino porta-retrós horizontal pelo guia-fio da agulha e passe a linha
na agulha esquerda da frente para trás.
- Passe a outra linha, do pino porta-retrós vertical, na agulha direita, também da frente para
trás.
... Ao selecionar a largura do ponto ziguezague, nunca ultrapasse a marca da agulha dupla no
seletor, evitando que a agulha bata na sapatilha e provoque danos à máquina.
... Quando for costurar os tecidos flexíveis, use fio de overloque na bobina. A elasticidade do
fio acompanha a flexibilidade do tecido, evitando que as costuras rasguem.
- Selecione o comprimento de ponto máximo (o seletor deve ser posicionado no número 5).
- Inicie a primeira costura reta, sem fazer os arremates no início e no final da costura.
- Levante o pé calcador, gire o tecido, sem cortar, e faça a segunda costura reta, paralela á
primeira.
- Levante o pé calcador, puxe a linha uns 10 cm, corte o fio e retire o tecido.
- Marque a área onde deverá ser inserido e alinhave o zíper entreaberto do lado direito do
tecido.
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... Para facilitar a inserção do zíper, mantenha-o entreaberto no início da costura e, ao chegar
com a máquina próxima ao gancho, feche-o e termine a costura.
- Tire a medida da área onde o elástico será aplicado e divida o valor por 4.
- Costure, esticando um pouco o tecido para que o elástico fique bem distribuído.
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... A tensão da linha varia conforme o tipo de linha e tecido utilizado. Para saber qual é a
tensão correta, faça um teste, utilizando uma amostra de linha e tecido.
... Um ponto perfeito deve ter o nó localizado entre as duas faces do tecido. Muita tensão
produz pontos muito apertados, franzindo o tecido. Pouca tensão produz pontos soltos com
linha embolada.
5. O QUÊ É COSTURA
A maior parte costura na industrial espalhadas pelo mundo é feita por meio de máquina s.
Peças de vestuário são muitas vezes pela primeira vez colocadas em cojunto. uma primeira
tacked em conjunto. A máquina tem um conjunto complexo de eixos levando até a
movimentação a agulha, ou agulhas, pelas quais são perpassadas linhas, que possibilitam a
junção dos dois tecidos, ou outros materiais, quando feita manualmente o costureiro faz a
junção somente com a agulha.
Algumas pessoas costuram roupas para si e suas famílias, outras profissionalmente. Mais
frequentemente a costura é usada dentro das famílias para a reparação de pequenos
defeietos em suas roupas, tais como remendar uma parte rasgada costura ou substituir um
botão solto. Uma pessoa que costura para viver é conhecido como um costureiro ou alfaiate
"Plana" é a costura é feita por razões funcionais: fazer ou remendar roupas ou peças
domésticas. "Artística" é a costura que primariamente envolve decoração, incluindo as
técnicas, tais como shirring, smocking, bordado, ou quilting.
A Costura é a base para muitas outras artes e ofícios, como applique, trabalhos em lona, e
patchwork.
Enquanto a costura é muitas vezes visto como um trabalho de baixa qualificação, a tarefa de
conceber e de boa procurando formas tridimensionais a partir de não-alongamento
bidimensional do tecido geralmente requer a utilização de amplos conhecimentos sobre a
concepção e os princípios da matéria. Flat folhas de tecido com buracos e rachas corte no
tecido pode curva e dobra em 3D no espaço amplamente as formas complexas que exigem
um elevado nível de habilidade e experiência para manipular em uma suave, ondulação livre
de desenho. Alinhamento e orientando os padrões impressa ou tecidas no tecido complica
ainda mais o processo do projeto. Uma vez que um designer roupas com estas competências
criou o produto inicial, o tecido pode então ser cortados usando modelos e cosidos por
trabalhadoras manuais ou máquinas.
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O tecido, que está sobre uma placa de metal abaixo da agulha, é pressionado por um calcador.
No começo de cada ponto, a agulha puxa um laço da linha através do tecido. Um mecanismo
entrelaçador, que se desloca em sincronia com a agulha, prende esse laço antes que a agulha
voltea subir. Assim que a agulha tiver saído do tecido, o mecanismo de alimentação puxa o
tecido para frente.
Quando a agulha entrar novamente no tecido, o novo laço da linha irá passar através do
laço anterior. O entrelaçador prende a linha de novo e entrelaça-a em torno do próximo laço.
Dessa forma, cada volta da linha mantém a próxima no lugar.
A principal vantagem do ponto cadeia é que ele pode ser costurado muito rapidamente.
Entretanto, ele não é muito firme, já que toda a costura pode ser desfeita se uma ponta da linha se
soltar. A maioria das máquinas de costura usa um ponto mais forte chamado de ponto trança.
Você pode ver como funciona o mecanismo do ponto trança na imagem abaixo.
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Quando a agulha empurra um laço da linha, o engate rotativo prende o laço com um gancho. À
medida que o engate gira, ele puxa o laço em torno da linha que sai do fuso. Isso forma um ponto
bastante firme.
Componentes da Máquina de Costura
Uma máquina de costura elétrica convencional é um projeto de engenharia fascinante. Se
você retirasse o gabinete externo veria inúmeras engrenagens, cames, manivelas e correias
acionadas por um único motor elétrico. A configuração exata desses elementos varia bastante de
uma máquina para outra, mas eles funcionam com base na mesma idéia. O diagrama abaixo a
configuração típica de uma máquina de ponto trança.
Nessa imagem, o motor elétrico é conectado a uma polia motora através de uma correia de
acionamento. A polia motora movimenta o longo eixo de acionamento superior, que é conectado
a diversos elementos mecânicos diferentes. A extremidade do eixo gira uma manivela, que puxa
a barra da agulha para cima e para baixo. A manivela também movimenta o braço tensionado da
linha. Deslocando-se em sincronia com a barra de agulhas, o tensionador desce abaixa para
produzir uma folga suficiente de modo que uma volta seja formada abaixo do tecido. Em seguida,
o braço sobe para tensionar o laço depois que ele é liberado pelo gancho de engate.
A linha sai de um carretel na parte superior da máquina e passa através do braço de tensão e de
um disco de tensão. Ao girar o disco, a costureira pode regular a tensão da linha fornecida à
agulha. A tensão deve ser maior quando o tecido a ser costurado for mais fino, e menor quando o
tecido for mais grosso.
O primeiro elemento encontrado ao longo do eixo superior é uma correia que aciona um eixo de
acionamento inferior. A extremidade do eixo inferior é conectada a um conjunto de engrenagens
cônicas que acionam o conjunto do gancho de engate. Como ambos estão conectados ao mesmo
eixo de acionamento, o conjunto do engate e o da agulha sempre se movimentam em sincronia.
O eixo de acionamento inferior também aciona as articulações que movimentam o mecanismo de
alimentação. Uma articulação desloca o mecanismo de alimentação para frente e para trás a
cada ciclo, e ao mesmo tempo, outra articulação desloca o mecanismo de alimentação para cima
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e para baixo. As duas articulações são sincronizadas para que o mecanismo de alimentação
pressione o tecido, desloque-o para frente e, em seguida, abaixe para soltar o tecido. Então, o
mecanismo de alimentação retorna antes de pressionar o tecido novamente para repetir o ciclo.
O motor é controlado por um pedal, que permite que a costureira facilmente controla a velocidade.
O interessante dessa configuração é que todas as partes estão interligadas. Quando você
pressiona o pedal, o motor acelera todos os processos na mesma proporção. O processo sempre
é sincronizado de forma perfeita, independentemente do quão rápido o motor está girando.
A máquina de costura exibida no diagrama trabalha somente com pontos retos, ou seja, um
ponto simples que une os tecidos com uma costura reta. A maioria das máquinas modernas são
bem mais flexíveis: podem produzir uma variedade de pontos e, em alguns casos, formar
desenhos complexos.
Máquinas de costura computadorizadas
Na seção anterior conhecemos o maquinário no interior de uma máquina de costura elétrica
convencional. Um acréscimo importante a essa configuração básica é a capacidade de costurar
diferentes tipos de pontos. As opções de ponto que uma máquina de costura convencional
normalmente oferece são variações do ponto em ziguezague.
O ponto em ziguezague é bem simples de ser obtido. Tudo o que se tem a fazer é movimentar o
conjunto da agulha de um lado para outro ao mesmo tempo em que ele está se deslocando para
cima e para baixo. Em uma máquina elétrica convencional, a barra de agulhas está conectada a
uma articulação extra, que é deslocada por um came no eixo de acionamento principal. Quando a
articulação for engatada, o came movimentará de um lado para o outro lado. A articulação
inclinará a barra de agulhas para frente e para trás, horizontalmente, em sincronia com o
movimento de sobe-desce.
Esse mecanismo funciona de forma um pouco diferente em uma máquina moderna. As máquinas
de costura de última geração têm computadores integrados, assim como pequenos
monitores para uma operação mais fácil. Nesses modelos, o computador controla diretamente
diversos motores diferentes, que deslocam com precisão a barra de agulhas, os discos de
tensionamento, o mecanismo de alimentação e outros elementos na máquina. Com esse controle
mais fino, é possível produzir centenas de pontos diferentes. O computador aciona os motores na
velocidade certa para movimentar a barra de agulhas para cima e para baixo e para os lados em
um determinado padrão de ponto. Geralmente, os programas de computador para diferentes
pontos são armazenados em discos ou cartuchos de memória removíveis. O computador da
máquina de costura também pode ser conectado a um microcomputador para fazer download de
padrões diretamente da Internet.
Algumas máquinas de costura eletrônicas também conseguem criar padrões de bordados
complexos. Elas possuem uma área de trabalho motorizada que segura o tecido abaixo do
conjunto da agulha e uma série de sensores que informam ao computador sobre a posição de
todos os componentes da máquina. Ao movimentar com precisão a área de trabalho para frente,
para trás e para os lados ao mesmo tempo que ajusta o conjunto da agulha para alternar o estilo
do ponto), o computador pode produzir um número infinito de formas e linhas elaboradas. A
costureira apenas carrega um padrão da memória ou cria um novo padrão. O computador faz
quase todo o resto, e inclusive avisa à costureira quando trocar a linha ou fazer outros ajustes
necessários.
7. MÁQUINA DE COSTURA
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alfaiate francês, aproveitando o facto de terem aparecido as agulhas com duas pontas, pôs à
venda o primeiro modelo. A máquina de Thimonnier tinha uma agulha de ponta dupla que
trabalhava acionada por uma alavanca que movimentava uma roda. Mais tarde, já na década
de 40, o negócio deste alfaiate começou a crescer devido ao seu invento, o que levou à ira os
colegas de profissão, que provocaram um incêndio na sua fábrica por se sentirem
prejudicados no negócio. Thimonnier quase foi linchado devido ao seu sucesso, para o que
contribuiu o facto do exército francês se ter tornado cliente deste modo rápido de confecionar
uniformes militares. O alfaiate francês teve de fugir para Inglaterra, de onde tentou conquistar
o mercado norte-americano. Não teve sucesso e regressou pobre a França, mas não sem
antes introduzir algumas melhorias, que permitiram à máquina fazer 200 pontos por minuto.
Do outro lado do Atlântico, um norte-americano chamado Walter Hunt desenhou, em 1834,
uma máquina de pesponto, mas que não chegou a comercializar por falta de dinheiro. Quem
aproveitou este fracasso foi o seu compatriota Elias Howe, que patenteou, em 1846, um
modelo com lançadeira sincronizada com a agulha. Cinco anos depois, ainda nos Estados
Unidos, aparece a primeira máquina de costura com pedal, uma invenção de Isaac Singer,
que ao introduzir uma série de outras melhorias fez com que a máquina passasse
rapidamente a dominar o mercado. Isaac Singer fundou então a Singer, empresa que lançou
o sistema de venda a prestações e deu visibilidade mundial a esta máquina. A Singer
começou a exportar máquinas de costura, dando início a um processo que a transformou
numa das maiores empresas do mundo. Em 1910, iniciou a fabricação em série de máquinas
elétricas de costura, que passaram a dominar o mercado. As máquinas de costura
domésticas mais modernas já são capazes de fazer 1500 pontos por minuto, mas uma de
características industriais pode atingir os 7000 pontos por minuto. A máquina de costura
permite a qualquer pessoa criar em casa as suas próprias roupas com mais pormenor e
sofisticação, mas também contribuiu para que a produção de vestuário pudesse ser feita em
grande escala, algo impensável com a costura à mão. Hoje em dia, é quase impossível uma
pessoa deixar de estar rodeada de artigos onde houve intervenção da máquina de costura,
como são os casos da roupa, dos lençóis, dos travesseiros, das carteiras, dos sofás, entre
outras coisas.
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ANEXOS
Os inventores da maquina de
costura
A nenhuma pessoa isolada poderá, de pleno direito, ser dado o crédito total pela invenção
da máquina de costura.
• Josef Madersperger fez a primeira máquina verdadeira para fazer costura, tanto conhecida
como realmente usada.
• A primeira máquina americana a ser efetivamente fabricada foi a do Rev. John Adams
Dodge.
• A Walter Hunt pertence a honra de ter sido o primeiro a combinar uma lançadeira e agulha
com olho na ponta para fazer uma costura fechada prática.
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em quantidades comerciais.
• Elias Howe Jr. foi o primeiro a patentear uma máquina tendo uma agulha com olho na
ponta que transportava um fio contínuo e fazia costura fechada.
• William O. Grover concebeu o dispositivo de ponto corrente de dois fios também em 1851.
• Isaac Merrit Singer tomou alguns dos princípios inventados por outros, combinou-os no
mais prático arranjo, acrescentou características importantes de seu próprio projeto e deu
ao mundo a primeira máquina de costura verdadeiramente prática.
Curiosidades
Assim surgiu o
velcro
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Assim surgiu o
zíper
Ter, 05 de Agosto de 2008 02:11
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Filtro
3:46
2:23
8:58
1:06
1:14
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Encontrada nos modelos de base plana fechada, aberta e base cilíndrica. É Ideal para tecidos
leves a médios. Possui trançador superior e inferior ...
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2:20
BORDADOR FIXAFIO
BORDADOR FIXAFIO para quaisquer tipos de maquinas
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BORDAR COM QUAISQUER ...
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BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, M. de. Tecnologia do Vestuário. Editado por Fundação Calouste Gulbenkian,
Lisboa, 1996.
CARR H.; LATHAN B.. The technology of clothing manufacture. Oxford: Blackwell
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Vestuário – Costura Industrial
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar Projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
WWW.SINGER.COM.BR (Site)
SLACK, N., et al.. Administração da Produção. Editora Atlas S.A., São Paulo, 1997.
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Vestuário – Costura Industrial
Hino Nacional Hino do Estado do Ceará
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!