Apostila Vestuario Costura Industrial

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Escola Estadual de

Educação Profissional - EEEP


Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Vestuário

Costura Industrial
Governador
Cid Ferreira Gomes

Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho

Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia

Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar

Assessora Institucional do Gabinete da Seduc


Cristiane Carvalho Holanda

Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC


Andréa Araújo Rocha
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

APOSTILA DE COSTURA INDUSTRIAL

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Vestuário – Costura Industrial
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1.DICAS BÁSICAS

2.DICAS DE PATCHWORK

3.TIPOS DE PONTOS

4. COMO FAZER ...

5. O QUÊ É COSTURA

6.COMO FUNCIONAM AS MÁQUINAS DE COSTURA

7. MÁQUINA DE COSTURA

ANEXOS

BIBLIOGRAFIA

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1.DICAS BÁSICAS
APLICAÇÃO EM TECIDOS

Escolha um tecido de cor e textura firmes.


Antes de copiar os motivos a serem recortados
e aplicados, cole no avesso a entretela
colante.

Com o auxílio do carbono, copie a maçã no


tecido vermelho e as folhas no tecido verde.
Use o desenho abaixo como modelo.

Recorte os motivos.

Marque o local onde os motivos serão


aplicados.

Passe cola de tecido levemente no verso dos


motivos recortados, apliqe sobre o tecido
principal e passe com o ferro para secar.

Monte o tecido no bastidor e borde


primeiramente, as partes ficarão por baixo
do desenho.

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Borde o contorno dos desenhos.

Agora faça o mesmo nas folhas.

Faça o galho e os veios das folhas.

Está pronto.

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FORMAÇÃO DO PONTO

Você sabe como um ponto se forma na máquina de costura? Veja a figura abaixo e
descubra.

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1. A agulha perfura o tecido e desce até seu ponto mais baixo, transportando a linha do
carretel.

2. A agulha sobe um pouco, fazendo com que a linha superior forme um pequeno laço.

3. A lançadeira gira, no sentido anti-horário, e pega esse laço, expandindo-o e fazendo


com que ele envolva a caixa de bobina.

4. Nesse momento, a linha superior envolve a linha inferior (da bobina), formando o nó.

5. A agulha sobe até seu ponto mais alto e os guia-fios transportam a linha para cima,
deixando o nó no meio do tecido.

Todo esse processo ocorre rapidamente e se repete várias vezes, formando as costuras.
COSTURANDO COM AGULHA DUPLA

Para costurar com a agulha dupla:

1. Substitua a agulha da máquina pela agulha dupla (se tiver alguma dificuldade, consulte
o manual da sua máquina).

2. Coloque na máquina o feltro e o pino porta-retrós vertical.

3. Passe as duas linhas normalmente pelos guia-fios.

4. Passe apenas a linha do pino porta-retrós horizontal pelo guia-fio da agulha e passe a
linha na agulha esquerda da frente para trás.

5. Passe a outra linha, do pino porta-retrós vertical, na agulha direita, também da frente
para trás.

DICAS:

- Ao selecionar a largura
do ponto ziguezague,
nunca ultrapasse a
marca da agulha dupla
no seletor, evitando que
a agulha bata na
sapatilha e provoque
danos à máquina.

- Quando for costurar os


tecidos flexíveis, use fio
de overloque na bobina.
A elasticidade do fio
acompanha a
flexibilidade do tecido,
evitando que as costuras

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rasguem.
Fonte: Singer
FAZENDO CASAS

Veja como fazer:

Caseador de 4 passos
1. Marque no tecido o local onde as casas serão feitas e a distância entre elas.
2. Coloque o tecido sob a sapatilha alinhando a primeira linha vermelha da sapatilha com a marca
do tecido. Este será o início do caseado de 4 passos.
3. Gire o seletor do comprimento do ponto até o desenho do caseador marcado com o número 1.
4. Selecione a largura desejada do ziguezague.
5. Abaixe o pé-calcador.
6. Costure. A máquina fará um ziguezague reverso. Pare a costura quando o ponto alcançar a
marca do tecido. Este é o primeiro passo do caseado de 4 passos.
7. Levante a agulha e gire o seletor do caseado para a posição 2 para fazer o segundo passo.
Repita isso para a posição 3 e 4 até que os quatro lados da casa estejam feitos.
8. Abra a casa.

Caseador de 1 passo
1. Selecione o ícone do caseado.
2.Coloque o botão que vai usar no compartimento limitador da sapatilha. Ele determinará o
comprimento da casa.
3. Monte a sapatilha na máquina, como explicado no manual do produto.
4. Abaixe totalmente a alavanca do caseador e empurre-a suavemente para trás.
5. Faça uma casa no tecido que você irá usar. Use este retalho para balancear o caseado.
Costure.
6. A casa será feita na seqüência de 1 a 4 automaticamente, terminando do lado esquerdo.
7. Abra a casa.
DICA:
- Alguns modelos não há necessidade de uso da chapa isoladora. Retirando a extensão da base,
há uma alavanca (isolador dos dentes) que abaixa os dentes para pregar botões e fazer bordados.
PREGANDO BOTÕES

Pregar botões à máquina é


um procedimento muito
simples.

Seguindo as instruções
corretamente, os botões não
soltam.

1. Coloque na máquina a sapatilha especial para pregar botões.

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2. Isole os dentes da máquina, colocando a chapa isoladora.*

3. Posicione o seletor de largura do ponto em costura reta.

4. O seletor do comprimento deve ficar na posição 0.

5. Posicione o tecido e o botão sob o pé calcador e abaixe-o.

6. Mantenha a agulha posicionada do lado esquerdo e gire o volante da máquina com as mãos até
que a agulha coincida com o furo do lado esquerdo do botão.

7. Faça alguns pontos, retire a agulha do furo do botão e selecione a largura do ziguezague.

8. Gire o volante para certificar-se que a agulha está alcançando o outro furo, sem bater no botão.

9. Faça mais alguns pontos em ziguezague.

10. Posicione novamente o seletor na costura reta e arremate, fazendo mais alguns pontos.

11. Para um botão de quatro furos, faça o mesmo procedimento em cada par de furos.

DICA:

- Nas máquinas de caseador de 1 passo, não há necessidade da chapa isoladora. Retirando a


extensão da base, há uma alavanca que abaixa os dentes para pregar botões e fazer bordados.
FAZENDO CHULEADO

O chuleado é uma costura


ziguezague feita na
beirada do tecido para dar
o acabamento e evitar que
desfie.

Para fazer um chuleado,


siga os passos abaixo:

1. Utilize a sapatilha de uso geral.

2. Selecione a largura do ziguezague no seletor de largura (se estiver costurando com agulha
dupla, não ultrapasse a marca indicada no painel).

3. Escolha o comprimento do ponto, sugerimos iniciar com a posição 2,5 ou 3.

4. Ajuste a tensão, conforme o tecido e a linha.

5. Posicione o tecido na máquina de forma que sua borda coincida com a ranhura central da
sapatilha.

6. Costure, segurando o tecido para mantê-lo no lugar certo.

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Fonte: Singer

FAZENDO UM FRANZIDO

Para franzir o tecido, o procedimento é muito semelhante à costura reta, com apenas alguns
detalhes a observar.
1. Selecione o comprimento de ponto máximo (o seletor deve ser posicionado no número 5).
2. Coloque o seletor de largura do ponto em costura reta.
3. Levante o pé calcador e coloque o tecido na máquina, paralelo às ranhuras da chapa da
agulha.
4. Inicie a primeira costura reta, sem fazer os arremates no início e no final da costura.
5. Levante o pé calcador, gire o tecido, sem cortar, e faça a segunda costura reta, paralela á
primeira.
6. Levante o pé calcador, puxe a linha uns 10 cm, corte o fio e retire o tecido.
7. Segure o tecido e, delicadamente, puxe as duas linhas inferiores, franzindo o tecido.
PREGANDO UM ZÍPER

Pregar um zíper é um procedimento simples.


1. Coloque na máquina a sapatilha especial para pregar zíperes.
2. Selecione a costura reta e ajuste o comprimento do ponto (sugerimos 2,5).
3. Marque a área onde deverá ser inserido e alinhave o zíper entreaberto do lado direito do
tecido.
4. Monte a sapatilha na posição esquerda e costure.
5. Agora alinhave o zíper do lado esquerdo.
6. Monte a sapatilha na posição direita e costure.
DICA:

Para facilitar a inserção


do zíper, mantenha-o
entreaberto no início da
costura e, ao chegar
com a máquina
próxima ao gancho,
feche-o e termine a
costura.
COSTURA INVISÍVEL

O ponto invisível pode ser encontrado em vários modelos de máquinas de costura doméstica.
Antes de fazer a bainha invisível, faça um ziguezague na borda do tecido para não desfiar.
Determine o comprimento desejado e dobre a barra.
Dobre a bainha no avesso.

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Coloque alfinetes ou alinhave no Lugar.

Dobre a bainha para trás, como mostra a figura a baixo.

Encoste a borda já dobrada contra o guia do pé-calcador.


Costure, permitindo que os pontos largos entrem na borda da Dobra.

Ajuste o pé-calcador se necessário.


Gire o tecido para o lado direito e, passe-o.

DICA:
Não se esqueça de usar sempre linhas da mesma cor do tecido.
PREGANDO ELÁSTICOS

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Para pregar elásticos em lingeries, moda praia ou outras peças proceda da seguinte forma:

1. Tire a medida da área onde o elástico será aplicado e divida o valor por 4.

2. Calcule 3/4 da medida e corte o elástico.

3. Divida a área em 4 partes iguais e marque as extremidades com um alfinete.

4. Divida o elástico também em 4 partes e marque.

5. Prenda as marcas do elástico nas marcas da peça com alfinetes.

6. Costure, esticando um pouco o tecido para que o elástico fique bem distribuído.

7. Corte os excessos de tecido e dobre o elástico para dentro da peça.

8. Rebata a costura utilizando o Multiziguezague (3 pontinhos) ou o ziguezague comum.

2.DICAS DE PATCHWORK
HISTÓRIA DO QUILT E DO PATCHWORK

O QUE É QUILT E PATCHWORK

O patchwork e o quilt são trabalhos feitos geralmente com retalhos de tecido.

O patchwork consiste em unir retalhos, formando combinações de cores e desenhos.

Os trabalhos de patchwork podem ser desenvolvidos com a utilização de diversas técnicas e,


geralmente, utilizam manta acrílica para criar um efeito acolchoado.

Para o arremate dos trabalhos de patchwork, utiliza-se pespontos largos, mais conhecidos

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como quilt.

O quilt é uma espécie de alinhavo, usado para criar efeitos de relevo nos trabalhos de
patchwork ou em acolchoados. O quilt pode ser feito à mão ou com a máquina de costura.

Com algumas técnicas e um pouco de imaginação, é possível criar trabalhos maravilhosos


em patchwork e quilt. Você pode fazer colchas, almofadas, painéis, roupas, etc. O patchwork
é muito mais que uma arte, é uma terapia.

O SURGIMENTO DO QUILT E PATCHWORK

O patchwork e o quilt são trabalhos manuais muito antigos. As primeiras evidências desse
tipo de trabalho são muito antigas, há registros de 3400 A.C.

No Egito antigo, os faraós já utilizavam roupas feitas de sobras de tecidos, para serem
usadas sob as armaduras de ferro e colchas.

Na idade média, o patchwork e o quilt se espalharam pela Europa (Inglaterra, Itália, França e
Alemanha). Os peregrinos ingleses, que fugiram das perseguições religiosas, trouxeram o
patchwork e o quilt para a América.

Nessa época, as mulheres eram obrigadas a fazer trabalhos manuais (para evitar que o
"demônio" entrasse em suas mentes) e só podiam sair de casa para ir à igreja ou às reuniões
de quilteiras. Com o tempo, essas mulheres passaram a planejar as peças antes de costurar
e, assim, o patchwork deixou de ser uma atividade apenas utilitária e passou a ser uma forma
de expressão. Todas as mulheres, antes de se casar, deveriam fazer 12 trabalhos (um para
cada mês do ano).

A partir de 1846, com a invenção da máquina de costura doméstica, o patchwork e o quilt


passaram a ser feitos à mão e à máquina.

Após a 2a. Guerra Mundial, as mulheres começaram a sair de casa e a trabalhar fora.
Durante algum tempo, o patchwork e o quilt ficaram esquecidos.

Na década de 70, com o movimento hippie, o artesanato voltou a ter destaque. Desta forma, o
quilt e o patchwork ressurgiram com força total.

As máquinas de costura evoluíram, surgiram acessórios especiais para o patchwork e o quilt


(réguas, cortadores) e as técnicas foram aperfeiçoadas. A indústria têxtil passou a
desenvolver estampas e cores especiais e o patchwork invadiu as coleções de estilistas
famosos e as passarelas.

Hoje, o patchwork e o quilt são uma arte, que pode ser aplicada na moda, em casa, onde sua
imaginação quiser.

O PATCHWORK NO BRASIL

No Brasil colonial e imperial, o quilt e o patchwork eram atividades limitadas aos escravos,
que usavam retalhos das roupas de seus senhores para a confecção de cobertas e roupas.
Somente com a chegada dos imigrantes o patchwork começou a ser mais difundido.

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Hoje, há muitas escolas que ensinam as técnicas e o patchwork é um sucesso.

ESCOLHA DE MATERIAL

SELEÇÃO DOS TECIDOS

Um bom tecido é fundamental para o resultado final de um trabalho de quilt ou patchwork. A


qualidade dos tecidos escolhidos e a combinação das cores são fundamentais para o
resultado final do trabalho.

Tecidos 100% algodão são os melhores para trabalhos em patchwork. Esse tipo de tecido é
mais fácil para cortar, marcar, costurar e passar.

Procure sempre comprar tecidos de algodão que não encolham durante a lavagem, para
evitar deformações no trabalho, e, o mais importante, escolher tecidos que não desbotam,
para evitar que manchem os outros tecidos.

Para a parte de trás do trabalho, escolha um tecido com a mesma qualidade.

PREPARAÇÃO DOS TECIDOS

Antes de começar a cortar os tecidos para a montagem do trabalho, lave todos os tecidos que
serão utilizados em água e sabão neutro. Com esse processo, se o tecido encolher, isso
acontecerá antes do trabalho ser iniciado.

Certifique-se que nenhuma das cores irá desbotar, fazendo o seguinte teste: pegue um
pedaço de tecido branco, enrole sobre o tecido colorido molhado e aperte para retirar todo o
excesso de água. Se o tecido branco ficar manchado, não utilize o tecido colorido no trabalho.

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Deixe secar e passe todos os tecidos antes de iniciar o corte.

MANTA ACRÍLICA

Para um melhor acabamento, selecione a manta acrílica adequada. Há várias espessuras de


manta acrílica disponíveis no mercado. Para trabalhos pequenos ou mais delicados, utilize
uma manta acrílica de espessura menor. Para trabalhos maiores ou mais pesados, utilize
mantas com espessuras maiores.

LINHA

A qualidade da linha é tão importante quanto à qualidade do tecido para um trabalho de quilt
ou patchwork. Procure sempre comprar uma linha de boa qualidade, de preferência 100%
algodão, para costurar os trabalhos.

Para escolher a cor da linha, procure sempre um tom neutro, que combine com a maior parte
dos tecidos escolhidos. Para o quilt, use linha invisível (de naylon).

3.TIPOS DE PONTOS
PONTO TIPO OVERLOQUE

O ponto tipo overloque é utilizado para unir e arrematar os tecidos ao mesmo tempo.
Alguns modelos da Singer possuem o ponto tipo overloque, que não corta o tecido.
PONTO CHEIO

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O ponto cheio é uma costura ziguezague com os pontos bem unidos, utilizado para
decoração e aplicações em toalhas, lençóis, roupas, etc.

1. Utilize a sapatilha de uso geral.

2. Selecione a largura do ziguezague no seletor de largura.

3. O seletor de comprimento do ponto deve estar entre 0 e 1.

4. Ajuste a tensão, conforme o tecido e a linha.

5. Faça a costura. Se o ponto ficar muito aberto, diminua o comprimento, e se ficar muito
fechado, com pontos encavalados, aumente um pouco o comprimento.
PONTOS UTILITÁRIOS

Conheça os principais pontos utilitários.

Costura reta

Ponto ziguezague com 1,5


mm

Costura ziguezague com 3


mm

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Ponto ziguezague com 4,5


mm

Costura ziguezague com 6


mm

Ponto invisível

Ponto invisível à direita

Fonte: Singer
PONTOS FLEXÍVEIS

Os pontos flexíveis são


utilizados para rebater
elásticos e costurar
tecidos com elasticidade
como lycra, cotton e
malha, entre outros.

Veja abaixos alguns


pontos flexíveis.

Ponto elástico de alinhavo

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Ponto elástico "M"

Costura reta elástica

Ponto tipo overloque

Fonte: Singer
PONTOS DECORATIVOS

Os pontos decorativos podem ser utilizados para acabamento e decoração de peças.

Veja abaixo alguns pontos decorativos.

Ponto coroa

Ponto crescente

Ponto divisa

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Ponto dominó

Ponto espinho

Ponto fagote

Ponto montanha

Ponto pluma

Ponto rampart

Fonte: Singer
PONTO ACETINADO

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O ponto acetinado, também conhecido como ponto cheio, é um ziguezague bem


fechado, com comprimento entre 0 e 1.
O ponto acetinado pode ser usado para aplicações, monogramas e decoração.

4. COMO FAZER ...

COMO FAZER UMA BAINHA ITALIANA

- Dobre a boca da perna (5 cm em média) avesso sobre avesso.

- Passe a ferro , embainhe a borda e pesponte, prendendo a bainha internamente.

- Revire a boca da perna para o direito a 4 cm da borda dobrada, formando uma prega.

- Passe a ferro.

- Prenda a prega com pontos invisíveis feitos a mão ou pespontos sobre a linha das costuras
laterais e das entrepernas.

COMO FAZER UM BAINHA INVISÍVEL

- Antes de fazer a bainha invisível, faça um ziguezague na borda do tecido para não desfiar.

- Determine o comprimento desejado e dobre a barra.

- Vire a peça pelo avesso, fazendo a segunda dobra, voltada para o direito da peça.

- Selecione o ponto de bainha invisível e use a sapatilha especial.

- Alinhe a sapatilha à borda do tecido e costure de forma que a agulha entre levemente na
dobra que está paralela à borda, sem que apareça os pontos do lado direito.

COMO PREGAR BOTÕES

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- Coloque na máquina a sapatilha especial para pregar botões.

- Posicione o seletor de largura do ponto em costura reta.

- O seletor do comprimento deve ficar na posição 0.

- Posicione o tecido e o botão sob o pé calcador e abaixe-o.

- Mantenha a agulha posicionada do lado esquerdo e gire o volante da máquina com as mãos
até que a agulha coincida com o furo do lado esquerdo do botão.

- Faça alguns pontos, retire a agulha do furo do botão e selecione a largura do ziguezague.

- Gire o volante para certificar-se que a agulha está alcançando o outro furo, sem bater no
botão.

- Faça mais alguns pontos em ziguezague.

- Posicione novamente o seletor na costura reta e arremate, fazendo mais alguns pontos.

- Para um botão de quatro furos, faça o mesmo procedimento em cada par de furos.

COMO FAZER CHULEADO

- Utilize a sapatilha de uso geral.

- Selecione a largura do ziguezague no seletor de largura (se estiver costurando com agulha
dupla, não ultrapasse a marca indicada no painel).

- Escolha o comprimento do ponto, sugerimos iniciar com a posição 2,5 ou 3.

- Ajuste a tensão, conforme o tecido e a linha.

- Posicione o tecido na máquina de forma que sua borda coincida com a ranhura central da
sapatilha.

- Costure, segurando o tecido para mantê-lo no lugar certo.

COMO COSTURAR COM AGULHA DUPLA

- Substitua a agulha da máquina pela agulha dupla.

- Coloque na máquina o feltro e o pino porta-retrós vertical.

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- Passe as duas linhas normalmente pelos guia-fios.

- Passe apenas a linha do pino porta-retrós horizontal pelo guia-fio da agulha e passe a linha
na agulha esquerda da frente para trás.

- Passe a outra linha, do pino porta-retrós vertical, na agulha direita, também da frente para
trás.

... Ao selecionar a largura do ponto ziguezague, nunca ultrapasse a marca da agulha dupla no
seletor, evitando que a agulha bata na sapatilha e provoque danos à máquina.

... Quando for costurar os tecidos flexíveis, use fio de overloque na bobina. A elasticidade do
fio acompanha a flexibilidade do tecido, evitando que as costuras rasguem.

COMO FAZER FRANZIDO

- Selecione o comprimento de ponto máximo (o seletor deve ser posicionado no número 5).

- Coloque o seletor de largura do ponto em costura reta.

- Levante o pé calcador e coloque o tecido na máquina, paralelo às ranhuras da chapa da


agulha.

- Inicie a primeira costura reta, sem fazer os arremates no início e no final da costura.

- Levante o pé calcador, gire o tecido, sem cortar, e faça a segunda costura reta, paralela á
primeira.

- Levante o pé calcador, puxe a linha uns 10 cm, corte o fio e retire o tecido.

- Segure o tecido e, delicadamente, puxe as duas linhas inferiores, franzindo o tecido.

COMO PREGAR UM ZÍPER

- Coloque na máquina a sapatilha especial para pregar zíperes.

- Selecione a costura reta e ajuste o comprimento do ponto (sugerimos 2,5).

- Marque a área onde deverá ser inserido e alinhave o zíper entreaberto do lado direito do
tecido.

- Monte a sapatilha na posição esquerda e costure.

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- Alinhave o zíper do lado esquerdo.

- Monte a sapatilha na posição direita e costure.

... Para facilitar a inserção do zíper, mantenha-o entreaberto no início da costura e, ao chegar
com a máquina próxima ao gancho, feche-o e termine a costura.

COMO PREGAR ELÁSTICOS

- Tire a medida da área onde o elástico será aplicado e divida o valor por 4.

- Calcule 3/4 da medida e corte o elástico.

- Divida a área em 4 partes iguais e marque as extremidades com um alfinete.

- Divida o elástico também em 4 partes e marque.

- Prenda as marcas do elástico nas marcas da peça com alfinetes.

- Costure, esticando um pouco o tecido para que o elástico fique bem distribuído.

- Corte os excessos de tecido e dobre o elástico para dentro da peça.

- Rebata a costura utilizando o ponto ziguezague 3 pontinhos ou o ziguezague comum.

COMO FAZER ZIGUEZAGUE

- Utilize a sapatilha de uso geral.

- Selecione a largura do ziguezague no seletor de largura.

- Escolha o comprimento do ponto, sugerimos iniciar com a posição 2,5 ou 3.

- Ajuste a tensão, conforme o tecido e a linha.

- Inicie a costura, faça aproximadamente 1 cm e aperte o botão de retrocesso para fazer o


arremate.

- Continue costurando e faça o arremate novamente no final.

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... A tensão da linha varia conforme o tipo de linha e tecido utilizado. Para saber qual é a
tensão correta, faça um teste, utilizando uma amostra de linha e tecido.

... Um ponto perfeito deve ter o nó localizado entre as duas faces do tecido. Muita tensão
produz pontos muito apertados, franzindo o tecido. Pouca tensão produz pontos soltos com
linha embolada.

5. O QUÊ É COSTURA

Costura é a forma artesanal ou manufaturada de se juntar duas partes de um tecido pano,


couro, casca, ou outros materiais, utilizando agulha e linha. A sua utilização é quase universal
entre as populações humanas e remonta a Paleolítico vezes (30000 aC). Costura é anterior à
tecelagem de pano.

Costura é principalmente utilizada para produzir vestuário e de mobiliário doméstico, tais


como Cortina s, roupas de cama, estofados, mesas e panos de mesa. Também é utilizada
para velas, fole, pele barcos, bandeira, e outros itens moldadas fora de materiais flexíveis, tais
como lona e couro.

A maior parte costura na industrial espalhadas pelo mundo é feita por meio de máquina s.
Peças de vestuário são muitas vezes pela primeira vez colocadas em cojunto. uma primeira
tacked em conjunto. A máquina tem um conjunto complexo de eixos levando até a
movimentação a agulha, ou agulhas, pelas quais são perpassadas linhas, que possibilitam a
junção dos dois tecidos, ou outros materiais, quando feita manualmente o costureiro faz a
junção somente com a agulha.

Algumas pessoas costuram roupas para si e suas famílias, outras profissionalmente. Mais
frequentemente a costura é usada dentro das famílias para a reparação de pequenos
defeietos em suas roupas, tais como remendar uma parte rasgada costura ou substituir um
botão solto. Uma pessoa que costura para viver é conhecido como um costureiro ou alfaiate

"Plana" é a costura é feita por razões funcionais: fazer ou remendar roupas ou peças
domésticas. "Artística" é a costura que primariamente envolve decoração, incluindo as
técnicas, tais como shirring, smocking, bordado, ou quilting.

A Costura é a base para muitas outras artes e ofícios, como applique, trabalhos em lona, e
patchwork.

Enquanto a costura é muitas vezes visto como um trabalho de baixa qualificação, a tarefa de
conceber e de boa procurando formas tridimensionais a partir de não-alongamento
bidimensional do tecido geralmente requer a utilização de amplos conhecimentos sobre a
concepção e os princípios da matéria. Flat folhas de tecido com buracos e rachas corte no
tecido pode curva e dobra em 3D no espaço amplamente as formas complexas que exigem
um elevado nível de habilidade e experiência para manipular em uma suave, ondulação livre
de desenho. Alinhamento e orientando os padrões impressa ou tecidas no tecido complica
ainda mais o processo do projeto. Uma vez que um designer roupas com estas competências
criou o produto inicial, o tecido pode então ser cortados usando modelos e cosidos por
trabalhadoras manuais ou máquinas.

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6.COMO FUNCIONAM AS MÁQUINAS DE COSTURA


Sem as máquinas de costura, o mundo seria bem diferente. Assim como o automóvel, a
descaroçadora de algodão e muitas outras invenções dos últimos 300 anos, a máquina de costura
transforma uma tarefa complicada e demorada em algo rápido e simples. Com a invenção da
máquina de costura mecanizada, os fabricantes puderam começar a produzir um grande número
de roupas de alta qualidade a um preço mínimo. Devido a essa tecnologia, muitas
pessoas podem hoje comprar roupas de alta qualidade e acabamento a um preço razoável, o que
era considerado um luxo há duzentos anos.
Neste artigo, vamos conhecer essa máquina maravilhosa que torna tudo isso possível.
O mecanismo automático de uma máquina de costura é incrivelmente simples, embora o
maquinário que faz o seu acionamento seja bastante elaborado, baseando-se em um conjunto de
engrenagens, polias e motores. Ao examiná-la, veremos que a máquina de costura está entre as
ferramentas mais elegantes e engenhosas que já foram criadas.
As máquinas de costura de certa forma se assemelham aos carros: há centenas de modelos no
mercado, que variam em muito em termos de preço e desempenho. Por um lado, temos
modelos convencionais, sem muitos acessório, ideais para o uso doméstico ocasional e, por outro
lado temos as sofisticadas máquinas indústriais, que são conectadas a um computador. Há uma
série de máquinas à disposição das indústrias têxteis, incluindo modelos de última geração
desenvolvidos especificamente para costurar um determinado produto.
No entanto, assim como os carros, a maioria das máquinas de costura é fabricada a partir de
uma idéia básica: enquanto o centro de um carro é o motor de combustão interna, o da máquina
de costura é o sistema de ponto entrelaçado.
O ponto entrelaçado
A costura com ponto entrelaçado é muito diferente da costura comum feita à mão. No ponto
simples feito à mão, um pedaço de linha é preso ao pequeno olhal de uma agulha. A costureira
passa com a agulha e a linha presa em dois pedaços de tecido, de um lado para o outro, várias
vezes. Dessa forma, a agulha direciona a linha para dentro e para fora dos pedaços de tecido,
unindo-os.
Embora esse processo seja fácil o bastante para ser feito à mão, é extremamente difícil de
ser realizado por uam máquina. A máquina teria que soltar a agulha após ela passar de um lado
do tecido para outro. Em seguida, ela teria que puxar o pedaço da linha solta através do tecido,
virar a agulha e fazer tudo ao contrário. Esse processo é muito complicado para uma máquina
simples, e mesmo à mão ele só funciona para pequenos pedaços de linha.
As máquinas de costura passam somente parte da agulha pelo tecido. Na agulha de uma
máquina de costura, o olhal localiza-se logo após sua ponta e não no final.
A agulha é presa à barra de agulhas, que é movimentada para cima e para baixo pelo motor
através de uma série de engrenagens e cames.
Quando o ponto passa pelo tecido, ele puxa uma pequeno laço da linha de um lado para outro.
Um mecanismo abaixo do tecido prende esse laço e o entrelaça em outro pedaço da linha ou em
outro laço no mesmo pedaço de linha.
O ponto entrelaçado é o centro de uma máquina de costura, e existem diversos tipos diferentes de
pontos entrelaçados, cada um funcionando de forma um pouco diferente.
Ponto trança e ponto cadeia
O ponto entrelaçado mais simples é o ponto cadeia, como já vimos em capítulos passados, para
costurar um ponto cadeia, a máquina de costura entrelaça um único pedaço de linha nela mesma.
Você pode ver como funciona uma versão desse ponto na imagem abaixo.

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O tecido, que está sobre uma placa de metal abaixo da agulha, é pressionado por um calcador.
No começo de cada ponto, a agulha puxa um laço da linha através do tecido. Um mecanismo
entrelaçador, que se desloca em sincronia com a agulha, prende esse laço antes que a agulha
voltea subir. Assim que a agulha tiver saído do tecido, o mecanismo de alimentação puxa o
tecido para frente.
Quando a agulha entrar novamente no tecido, o novo laço da linha irá passar através do
laço anterior. O entrelaçador prende a linha de novo e entrelaça-a em torno do próximo laço.
Dessa forma, cada volta da linha mantém a próxima no lugar.
A principal vantagem do ponto cadeia é que ele pode ser costurado muito rapidamente.
Entretanto, ele não é muito firme, já que toda a costura pode ser desfeita se uma ponta da linha se
soltar. A maioria das máquinas de costura usa um ponto mais forte chamado de ponto trança.
Você pode ver como funciona o mecanismo do ponto trança na imagem abaixo.

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O elemento mais importante do mecanismo do ponto trança é o gancho de engate e o conjunto


do fuso. O fuso é um carretel de linha posicionado abaixo do tecido. Ele é montado no centro de
um engate rotativo, que é movimentado pelo motor da máquina em sincronia com o movimento
da agulha.
Assim como em uma máquina de ponto cadeia, a agulha puxa um laço da linha através do tecido,
ergue-se novamente à medida que os mecanismos de alimentação deslocam o tecido e, em
seguida, empurra outro laço. Porém, em vez de unir loaços diferentes, o mecanismo de pontos
junta-os com outro pedaço de linha que se desenrola do fuso.

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Quando a agulha empurra um laço da linha, o engate rotativo prende o laço com um gancho. À
medida que o engate gira, ele puxa o laço em torno da linha que sai do fuso. Isso forma um ponto
bastante firme.
Componentes da Máquina de Costura
Uma máquina de costura elétrica convencional é um projeto de engenharia fascinante. Se
você retirasse o gabinete externo veria inúmeras engrenagens, cames, manivelas e correias
acionadas por um único motor elétrico. A configuração exata desses elementos varia bastante de
uma máquina para outra, mas eles funcionam com base na mesma idéia. O diagrama abaixo a
configuração típica de uma máquina de ponto trança.

Nessa imagem, o motor elétrico é conectado a uma polia motora através de uma correia de
acionamento. A polia motora movimenta o longo eixo de acionamento superior, que é conectado
a diversos elementos mecânicos diferentes. A extremidade do eixo gira uma manivela, que puxa
a barra da agulha para cima e para baixo. A manivela também movimenta o braço tensionado da
linha. Deslocando-se em sincronia com a barra de agulhas, o tensionador desce abaixa para
produzir uma folga suficiente de modo que uma volta seja formada abaixo do tecido. Em seguida,
o braço sobe para tensionar o laço depois que ele é liberado pelo gancho de engate.
A linha sai de um carretel na parte superior da máquina e passa através do braço de tensão e de
um disco de tensão. Ao girar o disco, a costureira pode regular a tensão da linha fornecida à
agulha. A tensão deve ser maior quando o tecido a ser costurado for mais fino, e menor quando o
tecido for mais grosso.
O primeiro elemento encontrado ao longo do eixo superior é uma correia que aciona um eixo de
acionamento inferior. A extremidade do eixo inferior é conectada a um conjunto de engrenagens
cônicas que acionam o conjunto do gancho de engate. Como ambos estão conectados ao mesmo
eixo de acionamento, o conjunto do engate e o da agulha sempre se movimentam em sincronia.
O eixo de acionamento inferior também aciona as articulações que movimentam o mecanismo de
alimentação. Uma articulação desloca o mecanismo de alimentação para frente e para trás a
cada ciclo, e ao mesmo tempo, outra articulação desloca o mecanismo de alimentação para cima

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e para baixo. As duas articulações são sincronizadas para que o mecanismo de alimentação
pressione o tecido, desloque-o para frente e, em seguida, abaixe para soltar o tecido. Então, o
mecanismo de alimentação retorna antes de pressionar o tecido novamente para repetir o ciclo.
O motor é controlado por um pedal, que permite que a costureira facilmente controla a velocidade.
O interessante dessa configuração é que todas as partes estão interligadas. Quando você
pressiona o pedal, o motor acelera todos os processos na mesma proporção. O processo sempre
é sincronizado de forma perfeita, independentemente do quão rápido o motor está girando.
A máquina de costura exibida no diagrama trabalha somente com pontos retos, ou seja, um
ponto simples que une os tecidos com uma costura reta. A maioria das máquinas modernas são
bem mais flexíveis: podem produzir uma variedade de pontos e, em alguns casos, formar
desenhos complexos.
Máquinas de costura computadorizadas
Na seção anterior conhecemos o maquinário no interior de uma máquina de costura elétrica
convencional. Um acréscimo importante a essa configuração básica é a capacidade de costurar
diferentes tipos de pontos. As opções de ponto que uma máquina de costura convencional
normalmente oferece são variações do ponto em ziguezague.
O ponto em ziguezague é bem simples de ser obtido. Tudo o que se tem a fazer é movimentar o
conjunto da agulha de um lado para outro ao mesmo tempo em que ele está se deslocando para
cima e para baixo. Em uma máquina elétrica convencional, a barra de agulhas está conectada a
uma articulação extra, que é deslocada por um came no eixo de acionamento principal. Quando a
articulação for engatada, o came movimentará de um lado para o outro lado. A articulação
inclinará a barra de agulhas para frente e para trás, horizontalmente, em sincronia com o
movimento de sobe-desce.
Esse mecanismo funciona de forma um pouco diferente em uma máquina moderna. As máquinas
de costura de última geração têm computadores integrados, assim como pequenos
monitores para uma operação mais fácil. Nesses modelos, o computador controla diretamente
diversos motores diferentes, que deslocam com precisão a barra de agulhas, os discos de
tensionamento, o mecanismo de alimentação e outros elementos na máquina. Com esse controle
mais fino, é possível produzir centenas de pontos diferentes. O computador aciona os motores na
velocidade certa para movimentar a barra de agulhas para cima e para baixo e para os lados em
um determinado padrão de ponto. Geralmente, os programas de computador para diferentes
pontos são armazenados em discos ou cartuchos de memória removíveis. O computador da
máquina de costura também pode ser conectado a um microcomputador para fazer download de
padrões diretamente da Internet.
Algumas máquinas de costura eletrônicas também conseguem criar padrões de bordados
complexos. Elas possuem uma área de trabalho motorizada que segura o tecido abaixo do
conjunto da agulha e uma série de sensores que informam ao computador sobre a posição de
todos os componentes da máquina. Ao movimentar com precisão a área de trabalho para frente,
para trás e para os lados ao mesmo tempo que ajusta o conjunto da agulha para alternar o estilo
do ponto), o computador pode produzir um número infinito de formas e linhas elaboradas. A
costureira apenas carrega um padrão da memória ou cria um novo padrão. O computador faz
quase todo o resto, e inclusive avisa à costureira quando trocar a linha ou fazer outros ajustes
necessários.

7. MÁQUINA DE COSTURA

A história da máquina de costura começou em 1830, quando Barthélemy Thimonnier, um

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alfaiate francês, aproveitando o facto de terem aparecido as agulhas com duas pontas, pôs à
venda o primeiro modelo. A máquina de Thimonnier tinha uma agulha de ponta dupla que
trabalhava acionada por uma alavanca que movimentava uma roda. Mais tarde, já na década
de 40, o negócio deste alfaiate começou a crescer devido ao seu invento, o que levou à ira os
colegas de profissão, que provocaram um incêndio na sua fábrica por se sentirem
prejudicados no negócio. Thimonnier quase foi linchado devido ao seu sucesso, para o que
contribuiu o facto do exército francês se ter tornado cliente deste modo rápido de confecionar
uniformes militares. O alfaiate francês teve de fugir para Inglaterra, de onde tentou conquistar
o mercado norte-americano. Não teve sucesso e regressou pobre a França, mas não sem
antes introduzir algumas melhorias, que permitiram à máquina fazer 200 pontos por minuto.
Do outro lado do Atlântico, um norte-americano chamado Walter Hunt desenhou, em 1834,
uma máquina de pesponto, mas que não chegou a comercializar por falta de dinheiro. Quem
aproveitou este fracasso foi o seu compatriota Elias Howe, que patenteou, em 1846, um
modelo com lançadeira sincronizada com a agulha. Cinco anos depois, ainda nos Estados
Unidos, aparece a primeira máquina de costura com pedal, uma invenção de Isaac Singer,
que ao introduzir uma série de outras melhorias fez com que a máquina passasse
rapidamente a dominar o mercado. Isaac Singer fundou então a Singer, empresa que lançou
o sistema de venda a prestações e deu visibilidade mundial a esta máquina. A Singer
começou a exportar máquinas de costura, dando início a um processo que a transformou
numa das maiores empresas do mundo. Em 1910, iniciou a fabricação em série de máquinas
elétricas de costura, que passaram a dominar o mercado. As máquinas de costura
domésticas mais modernas já são capazes de fazer 1500 pontos por minuto, mas uma de
características industriais pode atingir os 7000 pontos por minuto. A máquina de costura
permite a qualquer pessoa criar em casa as suas próprias roupas com mais pormenor e
sofisticação, mas também contribuiu para que a produção de vestuário pudesse ser feita em
grande escala, algo impensável com a costura à mão. Hoje em dia, é quase impossível uma
pessoa deixar de estar rodeada de artigos onde houve intervenção da máquina de costura,
como são os casos da roupa, dos lençóis, dos travesseiros, das carteiras, dos sofás, entre
outras coisas.

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ANEXOS

Os inventores da maquina de
costura
A nenhuma pessoa isolada poderá, de pleno direito, ser dado o crédito total pela invenção
da máquina de costura.

• Thomas Saint foi o primeiro a conceber a costura feita à máquina em 1790.

• Josef Madersperger fez a primeira máquina verdadeira para fazer costura, tanto conhecida
como realmente usada.

• A primeira máquina americana a ser efetivamente fabricada foi a do Rev. John Adams
Dodge.

• Barthelemy Thimmonier foi o primeiro a produzir máquinas de costura em quantidades


comerciais e colocá-las em uso prático.

• A Walter Hunt pertence a honra de ter sido o primeiro a combinar uma lançadeira e agulha
com olho na ponta para fazer uma costura fechada prática.

• John A. Bradshaw aperfeiçoou a primeira máquina de fabricação americana a ser vendida

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em quantidades comerciais.

• Elias Howe Jr. foi o primeiro a patentear uma máquina tendo uma agulha com olho na
ponta que transportava um fio contínuo e fazia costura fechada.

• John Bachelder desenvolveu e patenteou a primeira máquina de alimentação contínua.

• Lerow e Blodgett inventaram a primeira lançadeira de movimento contínuo girando num


plano horizontal.

• Allen B. Wilson contribuiu com o gancho rotativo e a alimentação de quatro movimentos


em 1851.

• William O. Grover concebeu o dispositivo de ponto corrente de dois fios também em 1851.

• Isaac Merrit Singer tomou alguns dos princípios inventados por outros, combinou-os no
mais prático arranjo, acrescentou características importantes de seu próprio projeto e deu
ao mundo a primeira máquina de costura verdadeiramente prática.

No século passado, cerca de 46.000 patentes de máquinas de costura de várias espécies


foram emitidas. Hoje, The Singer Company, a maior empresa na indústria de máquinas de
costura, produz cerca de 250 modelos diferentes em todo o mundo.

A eletricidade e rolamentos aperfeiçoados aumentaram a velocidade na costura. Uma


máquina de costura de uso doméstico pode fazer até 1.500 pontos por minuto. Já algumas
de uso industrial chegam a fazer 7.000 pontos por minuto.

Curiosidades

Assim surgiu o
velcro

O velcro – outro caso de marca que virou sinônimo do produto- foi


desenvolvido em 1941, pelo engenheiro suíço Georges de Mestral, cansado de tirar
carrapichos do pêlo de seu cachorro toda vez que voltavam do passeio pelo bosque. A
observação do fenômeno ao microscópio lhe mostrou uma nova foram de abrir e fechar o
mundo. A palavra “velcro” é uma junção das palavras francesas velours, veludo, e crochet,

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gancho(além de marca registrada da Velcro S/A).

Assim surgiu o
zíper
Ter, 05 de Agosto de 2008 02:11

O zíper foi inventado em 1891 por um engenheiro “gordinho”, o


americano Whitcomb Judson, que tinha difulcudades em amarrar os cordões dos próprios
sapatos, ele desenvolveu uma trava deslizante, que fechava com apenas uma das mãos,
baseado no conceito de “plano inclinado”. A palavra zíper (do inglês zipper – aquilo que faz
zipp) foi registrada como marca pela empresa B.F.Goodrich em 1921.
Última atualização ( Seg, 29 de Setembro de 2008 15:20 )

Como surgiu a máquina de


costura?
Ter, 05 de Agosto de 2008 01:56

Poucos inventos foram tão disputados quanto a máquina de costura. Em


17 de julho de 1790, o marceneiro inglês Thomas Saint fez a primeira máquina, para
costurar sapatos e botas. As especificações, que ficaram enterradas no meio de outras
patentes relacionadas a botas e sapatos, só foram descobertas por Newton Wilson em
1874. Eram notáveis por antecipar muitas características que mais tarde se tornaram
básicas nas máquinas desenvolvidas comercialmente. Essas características incluíam a
ação perpendicular (mais tarde patenteada por Isaac Singer), a agulha furada, as
superfícies de pressão destinadas a manter o tecido bem esticado (patenteadas pelo
americano Elias Howe Jr., também considerado um dos inventores da máquina de costura),
e um braço superior que é uma característica básica da maioria das máquinas de costura
modernas.

Resultados da pesquisa para


 tutorial costura industrial

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BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, M. de. Tecnologia do Vestuário. Editado por Fundação Calouste Gulbenkian,

Lisboa, 1996.

BIÉGAS, S.. Fundamentos da Indústria do Vestuário. Fundação de Ensino de Apucarana,

CARR H.; LATHAN B.. The technology of clothing manufacture. Oxford: Blackwell

Science, 3. ed., 1994.

39
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GIL, Antonio Carlos. Como elaborar Projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

WWW.SINGER.COM.BR (Site)

SLACK, N., et al.. Administração da Produção. Editora Atlas S.A., São Paulo, 1997.

INFOPEDIA – Site internet

Como Tudo Funciona- Site internet

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Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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