Capítulo 16

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16 - Ondas I

16 - Ondas I

17 Ondas II
12 Equilíbrio e elasticidade
18 Temperatura, calor e primeira lei da
13 Gravitação
termodinâmica
14 Fluidos 19 Teoria cinética dos gases
15 Oscilações 20 Entropia e segunda lei da termodinâmica
16 Ondas I

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Tipos de ondas
Quanto a natureza, as ondas podem ser de três tipos:

Ondas mecânicas – São governadas pelas leis de Newton e existem apenas em meios
materiais, como água ou madeira. Ex.: som.
Ondas eletromagnéticas – Não precisam de um meio material para existir. Ex.: luz das
estrelas.
Ondas de matéria – Estão associadas a elétrons, prótons e outras partículas elementares
e mesmo a átomos e moléculas.

Quanto a propagação, as ondas podem ser:

Ondas transversais – A direção de propagação é perpendicular a de vibração. As ondas


transversais compreendem as ondas mecânicas e as ondas eletromagnéticas.
Ondas longitudinais – Possuem direção de propagação paralela à direção de vibração.
Ex.: som.
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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Propagação das ondas

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Função senoidal

Em um instante t, o deslocamento y do elemento da corda situado na posição x é dado por:

y(x, t) = ym sen(k x − ω t) (16.1)

Podemos calcular o deslocamento de todos os elementos da corda em um dado instante e a


variação com o tempo do deslocamento de um dado elemento da corda em função do tempo.
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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Amplitude e fase de uma onda

A amplitude ym de uma onda é o valor absoluto do deslocamento máximo sofrido por um ele-
mento a partir da posição de equilíbrio quando a onda passa por esse elemento.

Amplitude Fase
z }| {
y(x,t) = ym sen(kx − ωt )
z}|{
(16.2)
| {z } | {z }
Deslocamento Termo oscilatório

A fase da onda é o argumento kx − ωt. Em um elemento da corda situado em uma dada posição
x, a passagem da onda faz a fase variar linearmente com o tempo t.

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Comprimento de onda

O comprimento de onda λ é a distância (medida paralelamente à direção de propagação) entre


repetições da forma de onda.

Por definição, o deslocamento y é o mesmo nas duas extremidades do comprimento de onda,


ou seja, em x=x1 e x=x1 +λ.

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Número de onda

Uma função seno se repete pela primeira vez quando o ângulo (ou argumento) aumenta de
2π rad; assim, kλ=2π ou:

k= (número de onda) (16.3)
λ
O parâmetro k é chamado de número de onda angular e sua unidade no SI é o radiano por
metro ou m−1 .
Obs.: o símbolo k não representa uma constante elástica, como em capítulos anteriores.

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Período, frequência angular e frequência

Período de oscilação T de uma onda é o tempo


que um elemento da corda leva para realizar
uma oscilação completa.

A frequência angular da onda ω, com unidades no SI em radiano por segundo (rad/s), pode ser
calculada como

ω= (frequência angular) (16.4)
T
A frequência f de uma onda é definida como 1/T e está relacionada à frequência angular ω pela
equação
1 ω
f= = (frequência). (16.5)
T 2π

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Constante de fase

Quando uma onda progressiva senoidal é ex-


pressa pela função de onda, podemos generali-
zar a equação introduzindo uma constante de
fase φ na função de onda:

y(x, t) = ym sen(k x − ω t + φ) (16.6)

O valor de φ pode ser escolhido de tal forma


que a função forneça outro deslocamento e
outra inclinação em x=0 para t=0.

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Velocidade de uma onda progressiva


A velocidade de propagação da onda é a razão entre o deslocamento por ciclo (λ) e o tempo de
ciclo (T):
λ
v = = λf (velocidade da onda) (16.7)
T
Podemos escrever também em função da frequência angular (ω) e número de onda (k).
λ/2π 1/k ω
v= = = (velocidade da onda) (16.8)
T/2π 1/ω k

Uma onda pode ser representada pela função


arbitrária:

y(x, t) = h(k x ± ω t) (16.9)

em que h representa qualquer função, sendo a


função seno apenas uma das possibilidades.
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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 1)

Se a função y(x,t)=(6,0 mm)· sen(kx+(600 rad/s)t+φ) descreve uma onda que se propaga em
uma corda, quanto tempo um ponto da corda leva para se mover entre os deslocamentos
y=+2,0 mm e y=−2,0 mm?

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 3)

Uma onda tem uma frequência angular de 110 rad/s e um comprimento de onda de 1,80 m.
Calcule (a) o número de onda e (b) a velocidade da onda.

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 4)

Um escorpião da areia pode detectar a pre- besouro?


sença de um besouro (sua presa) pelas ondas
que o movimento do besouro produz na super-
fície da areia (figura). As ondas são de dois
tipos: transversais, que se propagam com uma
velocidade vt =50 m/s, e longitudinais, que se
propagam com uma velocidade v` =150 m/s.
Se um movimento brusco produz essas ondas,
o escorpião é capaz de determinar a que dis-
tância se encontra o besouro a partir da dife-
rença ∆t entre os instantes em que as duas on-
das chegam à perna que está mais próxima do
besouro. Se ∆t=4,0 ms, a que distância está o

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 5)

Uma onda senoidal se propaga em uma corda. O tempo necessário para que um ponto da corda
se desloque do deslocamento máximo até zero é 0,170 s. (a) Qual é o período e (b) qual a
frequência da onda? (c) O comprimento de onda é 1,40 m; qual é a velocidade da onda?

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16 - Ondas I 16.1 - Tipos de onda; comprimento de onda e frequência

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 6)

Uma onda senoidal se propaga em uma corda sob tração. A figura mostra a inclinação da corda
em função da posição no instante t=0. A escala do eixo x é definida por xs =0,80 m. Qual é a
amplitude da onda?

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16 - Ondas I 16.2 - Velocidade de uma onda em uma corda esticada

16.2 - Velocidade de uma onda em uma corda esticada

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16 - Ondas I 16.2 - Velocidade de uma onda em uma corda esticada

Velocidade de uma onda em uma corda esticada

A velocidade de uma onda está relacionada com o comprimento de onda e à frequência, mas é
determinada pelas propriedades do meio.
As propriedades de massa e de elasticidade do meio determinam a velocidade com a qual a
onda pode se propagar no mesmo.
Usaremos uma corda como exemplo. A massa de um elemento da corda é a massa total m da
corda dividida pelo comprimento l. Chamamos essa razão de massa específica linear µ [kg/m]
da corda.
A corda deve estar tensionada com uma tração τ é igual ao módulo comum das forças na
extremidade da corda.

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16 - Ondas I 16.2 - Velocidade de uma onda em uma corda esticada

Demonstração da equação da velocidade em uma corda esticada

∆l
F = 2 (τ senθ ) ≈ τ(2θ ) = τ (força)
R
∆m = µ ∆l (massa)
v2
a= (aceleração)
R

∆l v2
F = ma ⇒ τ = µ ∆l ⇒
R R

v
v= (velocidade) (16.10)
µ
A velocidade de uma onda em uma corda ideal esticada depende apenas da tração e da massa
específica linear da corda.

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16 - Ondas I 16.2 - Velocidade de uma onda em uma corda esticada

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 15)

Uma corda esticada tem uma massa específica linear de 5,00 g/cm e está sujeita a uma tração
de 10,0 N. Uma onda senoidal na corda tem uma amplitude de 0,12 mm, uma frequência de
100 Hz e está se propagando no sentido negativo de um eixo x. Se a equação da onda é da
forma y(x,t)=ym sen(kx±ωt), determine (a) ym , (b) k, (c) ω e (d) o sinal que precede ω.

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16 - Ondas I 16.2 - Velocidade de uma onda em uma corda esticada

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 19)

Qual é a velocidade de uma onda transversal em uma corda de 2,00 m de comprimento e 60,0 g
de massa sujeita a uma tração de 500 N?

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16 - Ondas I 16.2 - Velocidade de uma onda em uma corda esticada

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 21)

Um fio de 100 g é mantido sob uma tração de 250 N com uma extremidade em x=0 e a outra em
x=10,0 m. No instante t=0, o pulso 1 começa a se propagar no fio a partir do ponto x=10,0 m.
No instante t=30,0 ms, o pulso 2 começa a se propagar no fio a partir do ponto x=0. Em que
ponto x os pulsos começam a se superpor?

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16 - Ondas I 16.3 - Energia e potência de uma onda progressiva em uma corda

16.3 - Energia e potência de uma onda progressiva em uma corda

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16 - Ondas I 16.3 - Energia e potência de uma onda progressiva em uma corda

Energia e potência de uma onda progressiva em uma corda

Quando produzimos uma onda em uma corda


esticada, fornecemos energia para que a corda
oscile, transmitindo energia cinética e energia
potencial elástica.
Um elemento da corda, de massa dm, que
oscila transversalmente em um movimento
harmônico simples produzido por uma onda,
possui energia cinética associada à velocidade
~ do elemento.
transversal u
Quando o elemento está passando pela posição
y=0, a velocidade transversal é máxima.

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16 - Ondas I 16.3 - Energia e potência de uma onda progressiva em uma corda

Energia e potência de uma onda progressiva em uma corda


Ao oscilar transversalmente, um elemento da
corda de comprimento dx aumenta e diminui
periodicamente de comprimento para assumir
a forma da onda senoidal.
Como no caso da mola, uma energia potencial
elástica está associada a essas variações de
comprimento.
Quando o elemento da corda está na posição
y=ym , o comprimento é o valor de repouso dx
e, portanto, a energia potencial elástica é nula.
Por outro lado, quando o elemento está pas-
sando pela posição y=0, o alongamento (e
energia potencial) é máximo.
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16 - Ondas I 16.3 - Energia e potência de uma onda progressiva em uma corda

Demonstração da equação da potência média


1
dK = dm u2 (energia cinética) A taxa média com a qual a energia cinética é
2 transportada é
Para determinar u, derivamos a função de
dK 1
 ‹
onda em relação ao tempo, mantendo x = µ v ω2 ym
2
cos2 (kx − ωt) med

constante: dt med 2
δy 1
u= = −ω ym cos(kx − ωt) = µ v ω2 ym
2
δt 4

Fazendo dm = µ dx: A energia potencial elástica também é trans-


portada pela onda, com a mesma taxa mé-
1 dia, e a potência média é calculada como:
dK = µ dx (−ω ym )2 cos2 (kx − ωt)
2
dK 1
 ‹
dK 1 Pmed = 2 = µ v ω2 ym 2
(16.11)
= µ v ω 2 ym
2
cos2 (kx − ωt) dt med 2
dt 2
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16 - Ondas I 16.3 - Energia e potência de uma onda progressiva em uma corda

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 26)

Uma corda na qual ondas podem se propagar tem 2,70 m de comprimento e 260 g de massa. A
tração da corda é 36,0 N. Qual deve ser a frequência de ondas progressivas com uma amplitude
de 7,70 mm para que a potência média seja 85,0 W?

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16 - Ondas I 16.3 - Energia e potência de uma onda progressiva em uma corda

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 27)


Uma onda senoidal é produzida em uma corda com uma massa específica linear de 2,0 g/m.
Enquanto a onda se propaga, a energia cinética dos elementos de massa ao longo da corda
varia. A figura a mostra a taxa dK/dt com a qual a energia cinética passa pelos elementos de
massa da corda em certo instante em função da distância x ao longo da corda. A figura b é
semelhante, exceto pelo fato de que mostra a taxa com a qual a energia cinética passa por um
determinado elemento de massa (situado em certo ponto da corda) em função do tempo t. Nos
dois casos, a escala do eixo vertical é definida por Rs =10 W. Qual é a amplitude da onda?

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16 - Ondas I 16.4 - Equação de onda progressiva

16.4 - Equação de onda progressiva

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16 - Ondas I 16.4 - Equação de onda progressiva

Equação de onda progressiva


Equação da onda é uma equação diferencial parcial linear que governa a propagação de ondas
de qualquer tipo.
Partimos da função de onda transversal em uma corda: y(x, t) = ym sen(kx − ωt)
Derivamos a função em relação ao deslocamento (x) duas vezes.
δy δ2 y 1 δ2 y
= ym k cos(kx − ωt) ∴ = −ym k2 sen(kx − ωt) ⇒ = −ym sen(kx − ωt)
δx δx2 k2 δx2
Agora derivamos a função em relação ao tempo (t) duas vezes.
δy δ2 y 1 δ2 y
= −ym ω cos(kx −ωt) ∴ = −ym ω2 sen(kx −ωt) ⇒ = −ym sen(kx −ωt)
δt δt2 ω2 δt2
Igualamos as equações.
1 δ2 y 1 δ2 y δ2 y 1 δ2 y
= ⇒ = (16.12)
k2 δx2 ω2 δt2 δx2 v2 δt2
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16 - Ondas I 16.4 - Equação de onda progressiva

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 28)

Use a equação de onda para determinar a velocidade de uma onda dada por
y(x,t)=(3,00 mm) sen[(4,00 m−1 ) x − (7,00 s−1 ) t].

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16 - Ondas I 16.4 - Equação de onda progressiva

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 30)

Use a equação de onda para determinar a velocidade de uma onda dada em termos de uma
função genérica h(x,t) : y(x,t)=(4,00 mm) h[(30 m−1 ) x + (6,0 s−1 ) t].

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16 - Ondas I 16.5 - Interferência de ondas

16.5 - Interferência de ondas

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16 - Ondas I 16.5 - Interferência de ondas

Superposição de ondas

Quando duas ondas se propagam no mesmo meio, o deslocamento de uma partícula do meio é a
soma dos deslocamentos produzidos pelas duas ondas, um efeito conhecido como superposição
de ondas.
Duas ondas senoidais que se propagam na mesma corda exibem o fenômeno da interferência,
somando ou cancelando seus efeitos de acordo com o princípio de superposição.
Duas ondas y1 (x,t) e y2 (x,t) que se propagam simultaneamente na mesma corda esticada geram
um deslocamento caracterizado pela soma algébrica:

y’(x,t) = y1 (x,t) + y2 (x,t) (16.13)

Ondas superpostas se somam algebricamente para produzir uma onda resultante ou onda total.
Ondas superpostas não se afetam mutuamente.

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16 - Ondas I 16.5 - Interferência de ondas

Interferência de ondas
O fenômeno de combinação de ondas recebe o nome de interferência e dizemos que as ondas
interferem entre si.
Supondo que uma das ondas que se propagam em uma corda é dada por
y(x,t) = ym sen(kx − ωt)
e que outra, deslocada em relação à primeira, é dada por
y(x,t) = ym sen(kx − ωt + φ)
Segundo o princípio de superposição, a onda resultante é a soma algébrica das duas ondas e
tem um deslocamento
Fator de amplitude
z }| {
φ φ
 ‹
y’(x,t) = 2 ym cos sen kx − ωt + (16.14)
| {z } 2 2
Deslocamento | {z }
Fator oscilatório

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16 - Ondas I 16.5 - Interferência de ondas

Exemplo gráfico de interferência de ondas

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16 - Ondas I 16.5 - Interferência de ondas

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 32)

Que diferença de fase entre duas ondas iguais, a não ser pela constante de fase, que se propagam
no mesmo sentido em corda esticada, produz uma onda resultante de amplitude 1,5 vez a
amplitude comum das duas ondas? Expresse a resposta (a) em graus, (b) em radianos e (c) em
comprimentos de onda.

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16 - Ondas I 16.5 - Interferência de ondas

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 33)


Duas ondas senoidais com a mesma amplitude de 9,00 mm e o mesmo comprimento de onda
se propagam em uma corda esticada ao longo de um eixo x. A onda resultante é mostrada duas
vezes na figura, antes e depois que o vale A se desloque de uma distância d=56,0 cm em 8,0 ms.
A distância entre as marcas do eixo horizontal é 10 cm; H=8,0 mm. A equação de uma das
ondas é da forma y(x,t)=ym sen(kx±ωt+φ1 ), em que φ1 =0; cabe ao leitor determinar o sinal
que precede ω. Na equação da outra onda, determine (a) ym , (b) k, (c) ω, (d) φ2 e (e) o sinal
que precede ω.

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16 - Ondas I 16.6 - Fasores

16.6 - Fasores

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16 - Ondas I 16.6 - Fasores

Fasores
Fasor é um vetor, de módulo igual à amplitude ym da onda, que gira em torno da origem com
velocidade angular igual à frequência angular ω da onda.

Podemos usar fasores para combinar ondas, mesmo que as amplitudes sejam diferentes.
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16 - Ondas I 16.6 - Fasores

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 35)

Duas ondas senoidais de mesma frequência se propagam no mesmo sentido em uma corda. Se
ym1 =3,0 cm, ym2 =4,0 cm, φ1 =0 e φ2 =π/2 rad, qual é a amplitude da onda resultante?

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16 - Ondas I 16.6 - Fasores

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 37)

Duas ondas se propagam na mesma corda:


y1 (x,t)=(4,60 mm) sen(2πx−400πt)
y2 (x,t)=(5,60 mm) sen(2πx−400πt+0,80π rad).
(a) Qual é a amplitude e (b) qual o ângulo de fase (em relação à onda 1) da onda resultante? (c)
Se uma terceira onda de amplitude 5,00 mm também se propaga na corda no mesmo sentido que
as duas primeiras, qual deve ser o ângulo de fase para que a amplitude da nova onda resultante
seja máxima?

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16 - Ondas I 16.6 - Fasores

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 39)

Duas ondas senoidais de mesmo período, com 5,0 e 7,0 mm de amplitude, se propagam no
mesmo sentido em uma corda esticada, na qual produzem uma onda resultante com uma am-
plitude de 9,0 mm. A constante de fase da onda de 5,0 mm é 0. Qual é a constante de fase da
onda de 7,0 mm?

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16 - Ondas I 16.7 - Ondas estacionárias e ressonância

16.7 - Ondas estacionárias e ressonância

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16 - Ondas I 16.7 - Ondas estacionárias e ressonância

Ondas estacionárias
Ondas estacionárias são ondas que possuem um padrão de vibração estacionário, resultantes da
superposição de duas ondas de mesma frequência, mesma amplitude, mesmo comprimento de
onda, mesma direção e sentidos opostos.
Esse tipo de onda é caracterizado por pontos fixos de valor zero, chamados de nós, e pontos de
máximo também fixos, chamados de antinós.
Para analisar uma onda estacionária, representamos as duas ondas pelas equações:

y1 (x, t) = ym sen(kx − ωt) y2 (x, t) = ym sen(kx + ωt)

A onda resultante é dada por:


Fator de amplitude
z }| {
y’(x, t) = 2 ym sen(kx) cos(ωt) (16.15)
| {z } | {z }
Deslocamento Fator oscilatório

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16 - Ondas I 16.7 - Ondas estacionárias e ressonância

Ondas estacionárias
Se duas ondas senoidais de mesma amplitude e mesmo comprimento de onda se propagam em
sentidos opostos em uma corda, a interferência mútua produz uma onda estacionária.

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16 - Ondas I 16.7 - Ondas estacionárias e ressonância

Posição do nó e do antinó na onda estacionária

Na onda estacionária a amplitude é zero (nó) para valores de kx tais que sen(kx)=0. Esses
valores são dados pela relação:
λ
k x = nπ ⇒ x=n(para n = 0, 1, 2 . . . ) (16.16)
2
A amplitude apresenta valor máximo (antinó ou ventre) para valores de kx tais que | sen(kx)|=1.
Esses valores são dados pela relação:
1 1 λ
 ‹  ‹
kx = n + π ⇒ x = n+ (para n = 0, 1, 2 . . . ) (16.17)
2 2 2
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16 - Ondas I 16.7 - Ondas estacionárias e ressonância

Reflexão de onda em uma interface


Quando um pulso chega na extremidade fixa, ele exerce uma
força para cima sobre o suporte (a parede) e, como reação, o
suporte exerce uma força oposta, de mesmo módulo, sobre a
corda.
Essa força produz um pulso que se propaga no sentido oposto
ao do pulso incidente, gerando um nó no contato com a extre-
midade fixa.
Quando a corda está presa a um anel que pode deslizar sem
atrito em uma barra, o pulso incidente nesse ponto faz o anel
deslocar-se para cima.
Ao se mover, o anel puxa a corda, esticando-a e produzindo um
pulso refletido com o mesmo sinal e mesma amplitude que o
pulso incidente, criando um antinó na extremidade da corda.
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16 - Ondas I 16.7 - Ondas estacionárias e ressonância

Ressonância
Duas ondas periódicas com f , λ e ym iguais, propagando-
se em sentidos contrários em um meio, geram uma onda
estacionária, alcançando uma frequência de ressonância.
Uma onda estacionária pode ser excitada em uma corda de
comprimento L por qualquer onda que satisfaça a condi-
ção:
2L
λ= (para n = 1, 2, 3 . . . ) (16.18)
n
As frequências de ressonância correspondentes são:
v v
f= =n (para n = 1, 2, 3 . . . ) (16.19)
λ 2L
O conjunto de todos os modos de oscilação possíveis é a
série harmônica, e n é o número harmônico.
FERREIRA, S. P. (IFCE) Física 2 Fortaleza, 15 de setembro de 2021 192 / 364
16 - Ondas I 16.7 - Ondas estacionárias e ressonância

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 41)

Uma corda fixa nas duas extremidades tem 8,40 m de comprimento, uma massa de 0,120 kg e
uma tração de 96,0 N. (a) Qual é a velocidade das ondas na corda? (b) Qual é o maior com-
primento de onda possível para uma onda estacionária na corda? (c) Determine a frequência
dessa onda.

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16 - Ondas I 16.7 - Ondas estacionárias e ressonância

Exercício (RESNICK, 2016, Cap. 16, problema 47)

Uma das frequências harmônicas de uma certa corda sob tração é 325 Hz. A frequência harmô-
nica seguinte é 390 Hz. Qual é a frequência harmônica que se segue à frequência harmônica de
195 Hz?

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