Aula 2 Tec de Entrevista e Obs

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TÉCNICAS DE

ENTREVISTA E
OBSERVAÇÃO
Professora Esp Gisele Pancote L Boing
Email: [email protected]

Aula 2: 03 Março 2021


RETOMADA DE ORIENTAÇÕES TEÓRICAS
• Entrevista Psicológica
• Técnica:
• Instrumento de trabalho:
• Função Básica:
• Está sujeita a interpretações subjetivas (vieses)
do examinador:
• 2 aspectos importantes " a técnica da entrevista
/a teoria psicológica
• Diferenças: Consulta/ Entrevista/ Anamnese:
• Objetivos da Entrevista: Variações: Clínica,
Encaminhamento, Seleção de Pessoal,
Psicodiagnóstico, Pesquisa e Hospitalar.
• Tipos de Entrevista... Aula 2
BREVE HISTÓRICO
ENTREVISTA PSICOLÓGICA:

A entrevista psicológica sofreu algumas modificações


no início do século XIX, quando predominava o modelo
médico. Naquela época, Kraepelin usava a entrevista com
o objetivo de detalhar o comportamento do paciente, e,
assim, poder identificar as síndromes e as doenças
específicas que as classificavam segundo a nosografia
vigente.
Enquanto isso, Meyer, psiquiatra americano, se
interessava pelo enfoque psicobiológico (aspectos
biológicos, históricos, psicológicos e sociais) do
entrevistado. A partir de Hartman e Anna Freud o interesse
da entrevista se deslocou para as defesas do paciente. Isto
é, a psicanálise teve sua influência na investigação dos
processos psicológicos, sem enfatizar o aspecto
diagnóstico, antes valorizado.
HISTÓRICO
ENTREVISTA PSICOLÓGICA:

Nos anos cinquenta, Deutsch e Murphy apresentaram


sua técnica denominada Análise Associativa que
considerava importante registrar não somente o que o
paciente dizia, mas, também, em fornecer informações
sobre o mesmo. Desse modo, desviou-se o foco sobre o
comportamento psicopatológico para o comportamento
dinâmico. Ainda nesta década, Sullivan concebeu a
entrevista como um fenômeno sociológico, uma díade de
interferência mútua.
Após este período, a entrevista e o Aconselhamento
Psicológicos se deixaram influenciar, entre outros, por Carl
Rogers, cuja abordagem consiste em centrar no paciente.
Ou seja, em procurar compreender, de acordo com o seu
referencial, significados e componentes emocionais, tendo
como base a sua aceitação incondicional por parte do
entrevistador.
DEFINIÇÃO DE ENTREVISTA PSICOLÓGICA

Enquanto técnica, a entrevista tem seus próprios


procedimentos empíricos através dos quais não somente
se amplia e se verifica, mas, também, simultaneamente,
absorve os conhecimentos científicos disponíveis. Nesse
sentido, Bleger (1960) define a entrevista psicológica como
sendo “um campo de trabalho no qual se investiga a
conduta e a personalidade de seres humanos” (p.21). Uma
outra definição caracteriza a entrevista psicológica como
sendo “uma forma especial de conversão, um método
sistemático para entrar na vida do outro, na sua
intimidade” (RIBEIRO, 1988, p.154).
DEFINIÇÃO DE ENTREVISTA PSICOLÓGICA

Gil (1999) compreende a entrevista como uma forma de


diálogo assimétrico, em que uma das partes busca coletar
dados e a outra se apresenta como fonte de informação
(p.117).
A entrevista psicológica pode ser também um processo
grupal, isto é, com um ou mais entrevistadores e/ou
entrevistados. No entanto, esse instrumento é sempre em
função da sua dinâmica, um fenômeno de grupo, mesmo
que seja com a participação de um entrevistado e de um
entrevistador.
TIPOS DE
ENTREVISTA
PSICOLÓGICA
TIPOS DE ENTREVISTA: Segundo Gil (1999),
... as entrevistas podem ser classificadas em: informal, focalizada, por
pautas e estruturada.
a) Entrevista Informal (livre ou não-estruturada) – É o tipo menos
estruturado, e só se distingue da simples conversação porque tem como
objetivo básico a coleta de dados. O que se pretende é a obtenção de
uma visão geral do problema pesquisado, bem como a identificação de
alguns aspectos da personalidade do entrevistado;
b) Entrevista por Pautas (semi-estruturada ou semidirigida) – Apresenta certo
grau de estruturação, já que se guia por uma relação de pontos de interesses
que o entrevistador vai explorando ao longo do seu curso. As pautas devem ser
ordenadas e guardar certa relação entre si. O entrevistador faz poucas
perguntas diretas e deixa o entrevistado falar livremente à medida que se
refere às pautas assimiladas. Quando este, por ventura, se afasta, o
entrevistador intervém de maneira sutil, para preservar a espontaneidade da
entrevista.

c) Entrevista Estruturada (fechada) – Desenvolve-se a partir de uma relação fixa


de perguntas, cuja ordem e redação permanecem invariável para todos os
entrevistados, que geralmente são em grande número. Por possibilitar o
tratamento quantitativo dos dados, este tipo de entrevista torna-se o mais
adequado para o desenvolvimento de levantamentos sociais.
•ATIVIDADE
AVALIATIVA
Apresentação Oral: Texto de BLEGER, José.
Temas de psicologia: entrevista e grupos.
Trad. Rita M. de Moraes, 2003, São Paulo:
Martins Fontes.

• Trabalho avaliativo Nota Parcial: Valor 2,5


• Data das Apresentações: 10 e 17 março
21 - 10 min por grupo (Cada integrante
do grupo deve explanar).
A turma fará a divisão dos grupos e
assunto.
Não será necessária a entrega de trabalho
escrito: a avaliação será individual oral.
REFERÊNCIAS - BÁSICA
• BENJAMIN, A. A entrevista de ajuda. 11ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
• BLEGER, José. Temas de psicologia: entrevista e grupos. Trad. Rita M. de Moraes.
São Paulo: Martins Fontes
• CAROTENUTO, C. Entrevista de Triagem: resumo explicativo. São Paulo:
Biblioteca da UNIP, 2008.
• CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico- V. 5ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
• GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
• PASQUALI, L. Técnicas de Exame Psicológico - TEP: manual. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2001.
• SCHELINI, P. W. Entrevista na clínica, na empresa e na escola: resumo
explicativo. Biblioteca da UNIP, s/d.
REFERÊNCIAS - COMPLEMENTO

• CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional do


Psicólogo. Brasília, 2005.
• CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução 007/ 2003.
• LAPLANCHE, J. & PONTALIS, J. B. Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins
Fontes, 1992.
• MORRISON, J. Entrevista inicial em saúde mental. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
• OCAMPO, M. L. S. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. 11ª ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2005.

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