Cartilha de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para Construção Civil
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para Construção Civil
Cartilha de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para Construção Civil
DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
Belo Horizonte 2005
EquipeTécnica
FICHA CATALOGRÁFICA
JÚNIOR, Nelson Boechat Cunha(coord). Cartilha de gerenciamento de
resíduos sólidos para a construção civil. SINDUSCON-MG, 2005. 38p
CDU: 628.544: 624 CONSTRUÇÃO CIVIL RESÍDUOS SÓLIDOS
1APRESENTAÇÃO 3
2EXPEDIENTE 4
3OBJETIVO 7
4DEFINIÇÕES 8
10-REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 26
11-ANEXOS 27
I Resolução CONAMA 307
II Resolução CONAMA 275 32
III Legislação e Normas 34/35
IVTabela de destinação de resíduos 36
Mas, felizmente, esta realidade começa a mudar. Aos poucos, a tomada da consciência
ambiental se estende às empresas do setor, que vêm demonstrando preocupação em resolver
os transtornos causados pela disposição irregular desses resíduos.
A cada dia, percebemos a legislação mais rígida no que se refere ao meio ambiente
tendência mundial que visa minimizar ao máximo a sua degradação e a preservação de
uma vida mais saudável. Cabe, então, ao setor da construção adaptar-se e saber tirar
proveitos dessa tendência.
O gerenciamento adequado dos resíduos produzidos por suas empresas, incluindo a sua
redução, reutilização e reciclagem, tornará o processo construtivo mais rentável e competitivo,
além de mais saudável. Só assim, poderemos realmente acreditar que o desenvolvimento
sustentável fará parte de nossas vidas em um futuro muito breve.
Eduardo Kuperman
Presidente da FIEMG
Gestor do SENAI
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3 OBJETIVO
Aterro de resíduos da construção civil e de resíduos inertes: Área onde são empregadas
técnicas de disposição de resíduos da construção civil classe A, conforme classificação da
Resolução CONAMA nº 307 de 05 de julho de 2002, e resíduos inertes no solo, visando e
estocagem de materiais segregados, de forma a possibilitar o uso futuro dos materiais e/ou
futura utilização da área, conforme princípios de engenharia para confiná-los ao menor
volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente.
Cedente de área para recebimento de inertes: A pessoa física ou jurídica de direito privado
que autoriza a utilização de área de sua propriedade devidamente licenciada pela autoridade
ambiental competente, para recebimento de material proveniente de escavação do solo e
resíduos sólidos Classe A .
A geração dos resíduos sólidos da construção civil é grande, podendo representar mais da
metade dos resíduos sólidos urbanos. Estima-se que a geração de resíduos da construção
civil RCC situa-se em torno de 450 kg / habitante / ano, variando naturalmente de cidade
a cidade e com a oscilação da economia.
10
Convém observar que os RCC destinados aos equipamentos de limpeza urbana 1URPV,
2
ERU e 3CTRS, aproximadamente 1/3 (um terço) é reciclado.
Vale, aqui, destacar que o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Belo Horizonte,
prevê para o manejo e a reciclagem de resíduos da construção civil a instalação de 04
(quatro) Estações de Reciclagem de Entulho, sendo a última prevista para ser instalada no
vetor leste-nordeste da cidade, o que dará uma nova dinâmica ao Programa de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, com capacidade nominal de processar
303.094 m3 /ano de entulho e produzir 484.950 m3 /ano de agregado, reintroduzindo-os no
ciclo econômico da cadeia produtiva da construção civil.
O material reciclado tem sido utilizado pela Prefeitura em obras de manutenção de instalações
de apoio à limpeza urbana, em obras de vias públicas e, ainda, em obras de infra-estrutura
em vilas e favelas.
Legenda
1
URPV Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes
2
ERE Estação de Reciclagem de Entulho
3
CTRS Central de Tratamento de Resíduos Sólidos
11
12
Vale ressaltar que se faz necessário uma mudança da cultura junto a todos os envolvidos
no processo da construção, evidenciando a importância da preservação do meio em que
vivemos.
13
Gerador de resíduos: Gerenciar os resíduos desde a geração até a destinação final, com
adoção de métodos, técnicas, processos de manejo compatíveis com as suas destinações
ambientais, sanitárias e economicamente desejáveis.
14
A implantação da coleta seletiva dos resíduos deverá ser feita de acordo com os passos
descritos a seguir:
1º passo: Consiste no planejamento das ações a serem efetivadas e onde serão implantadas,
afim de direcionarmos os esforcos para o atingimento das metas.
2º passo: Consiste na mobilização do pessoal a ser feita por meio de palestras, para a
chefia da obra, funcionários e outros colaboradores, complementada por afixação de cartazes,
mensagens em contra-cheques e outros meios apropriados.
3º passo: Consiste na caracterização dos RCC gerados nas principais fases da obra, sendo
variável durante sua execução. A tabela abaixo ilustra os principais resíduos gerados em
cada fase.
15
EscavaÇão MSG*3 NE NE NE NE NE NE
Outros resíduos importantes a considerar, não listados acima são: argamassa, PVC e
madeira.
Estima-se que entre 20 e 35% dos RCC em uma caçamba de entulho sejam resíduos
Classe B e D. Como normalmente uma caçamba de entulho tem até 6m³, estes resíduos
seriam responsáveis por 1,2 a 2,1 m³ em cada caçamba .
16
Em cada pavimento devem-se ter recipientes para coleta seletiva. Estes recipientes serão
identificados conforme o material a ser selecionado. No andar térreo ter-se-ão baias para
acumular os resíduos coletados. A normalização do padrão de cores para os resíduos é
dado pela RESOLUÇÃO CONAMA Nº 275 de 19 de junho de 2001 em anexo.
8º passo: Capacitar todos os envolvidos, por meio de treinamento geral, realizado com
todos os funcionários para que destinem o resíduo para o recipiente apropriado, e treinamento
específico para os funcionários que irão efetuar a remoção dos RCC dos recipiente para as
baias.
Promover para os demais, materiais uma coleta simples sem segregação e enviar para
transbordo apropriado.
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Madeira Classe B
Metais - Classe B
Vidros Classe B
Até o momento não existe no município de Belo Horizonte uma destinação adequada,
cabendo ao gerador buscar soluções junto ao fabricante.
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O Brechó da ConstruÇão
É uma iniciativa de caráter social destinada a ajudar famílias de baixa renda a reformar e
melhorar sua moradia. Idealizada por empreasários do setor da ConstruÇão Civil e suas
entidades representativas, SINDUSCON-MG,SECONCI-MG, SICEPOT-MG, ACOMAC-MG
e SINDILEQ-MG, foi bem recebida e também apoiada pela prefeitura Municipal de Belo Ho-
rizonte, PUC-Minas, SEBRAE-MG e instituÇões religiosas, através da ASA-AÇão Social
Arquidiocesana, Fundo Cristão para a CrianÇa, e dos Maristas, hoje parceiros importantes.
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Identificação do Empreendedor
Pessoa Jurídica: Razão Social, Nome Fantasia, endereço, CNPJ, responsável legal pela
empresa (nome, CPF, telefone, fax, e-mail);
Pessoa Física: Nome, endereço, CPF, documento de identidade.
Caracterização do empreendimento
a) Localização: endereço completo e indicação do local, utilizando base cartográfica em
escala1:10.000.
b) Caracterização do sistema construtivo;
c) Apresentação de planta arquitetônica de implantação da obra, incluindo o canteiro de
obras, área total do terreno, área de projeção da construção e área total construída;
d) Números totais de trabalhadores, incluindo os terceirizados;
e) Cronograma de execução da obra
7.2 Demolições
20
Estimar a geração média semanal de resíduos sólidos por classe e tipo de resíduo
(em kg ou m3).
Descrever os procedimentos a serem adotados durante a obra para quantificação
diária dos resíduos sólidos gerados, por classe/tipo de resíduo.
Acondicionamento/Armazenamento:
Transporte:
Identificar o(s) responsável(is) pela execução da coleta e do transporte dos resíduos
gerados no empreendimento (nome, CGC, endereço, telefone): os tipos de veículos e
equipamentos a serem utilizados, bem como os horários de coleta, frequência e itinerário.
No caso de transporte de terra e entulho, apresentar a Licença de Tráfego de Veículo,
conforme art. 220, da Lei 8616, de 14/07/2003, Código de Posturas.
Transbordo de Resíduos:
Localizar em planta a(s) unidade(s) de transbordo, em escala 1:10.000
21
Indicar a(s) unidade(s) de destinação para cada classe/tipo de resíduo. Todas as unidades
devem ser autorizadas pelo poder público para essa finalidade. Indicar
o responsável pela destinação dos resíduos (próprio gerador, município ou empresa
contratada).
I. os destinados a usos não residenciais nos quais a área edificada seja igual ou
superior a 6.000m2;
22
23
8.1 - Construtoras
24
9.2 Construtoras
A partir de 2 de janeiro de 2005, os grandes geradores, excluídos os Municípios e o Distrito
Federal, deverão incluir os projetos de gerenciamento dos resíduos da C.C. nos projetos de
obras a serem submetidos à aprovação ou ao licenciamento dos órgãos competente.
25
26
27
Art. 3º Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta Resolução,
da seguinte forma:
28
III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como
os produtos oriundos do gesso.
Art. 4º Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e,
secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final.
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II - triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizada
nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos
estabelecidas no art. 3º desta Resolução;
III - acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração
até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, a condição
de reutilização e de reciclagem;
30
Art. 11. Fica estabelecido o prazo máximo de doze meses para que os municípios e o Distrito
Federal elaborem seus Planos Integrados de Gerenciamento de Resíduos de Construção
Civil, contemplando os Programas Municipais de Gerenciamento de Resíduos de Construção
Civil oriundos de geradores de pequenos volumes, e o prazo máximo de dezoito meses para
sua implementação.
Art. 12. Fica estabelecido o prazo máximo de vinte e quatro meses para que os geradores,
não enquadrados no art. 7º, incluam os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil nos projetos de obras a serem submetidos à aprovação ou ao licenciamento
dos órgãos competentes, conforme §§ 1º e 2º do art. 8º.
Art. 13. No prazo máximo de dezoito meses os Municípios e o Distrito Federal deverão
cessar a disposição de resíduos de construção civil em aterros de resíduos domiciliares e
em áreas de bota fora.
Presidente do Conselho
Publicada DOU 17/07/2002
31
Art.1o Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na
identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para
a coleta seletiva.
Art. 2o Os programas de coleta seletiva, criados e mantidos no âmbito de órgãos da
administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades paraestatais,
devem seguir o padrão de cores estabelecido em Anexo.
§ 1o Fica recomendada a adoção de referido código de cores para programas de coleta
seletiva estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas, escolas, igrejas, organizações
não-governamentais e demais entidades interessadas.
§ 2o As entidades constantes no caput deste artigo terão o prazo de até doze meses para
se adaptarem aos termos desta Resolução.
Art. 3o As inscrições com os nomes dos resíduos e instruções adicionais, quanto à
segregação ou quanto ao tipo de material, não serão objeto de padronização, porém
recomenda-se a adoção das cores preta ou branca, de acordo a necessidade de contraste
com a cor base.
Art. 4o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Presidente do CONAMA
Publicado DOU 19/06/2001
32
AZUL: papel/papelão;
VERMELHO: plástico;
VERDE: vidro;
AMARELO: metal;
PRETO: madeira;
33
A) LEGISLAÇÃO
34
B) NORMAS NBR
NORMA NÚMERO
1) Resíduos sólidos - Classificação NBR10004:2004
2) Apresentação de projetos de aterros sanitários de
resíduos sólidos urbanos NBR8419
3) Apresentação de projetos de aterros
controlados de resíduos sólidos urbanos NBR8849
4) Amostragem de resíduos sólidos NBR10007:2004
5) Armazenamento de resíduos sólidos perigosos NBR12235
6) Incineração de resíduos sólidos perigosos -
Padrões de desempenho NBR11175
7) Coleta de resíduos sólidos NBR13463
8) Tratamento no solo (landfarming) - Procedimento NBR13894
9) Resíduos da construção civil e
resíduos volumosos - Área de transbordo e
triagem- Diretrizes para projeto, implantação
e operação NBR15112
10) Resíduos sólidos da construção civil e
resíduos inertes - Aterros - Diretrizes para
projeto, implantação e operação NBR15113
11) Resíduos sólidos da construção civil - Áreas
de reciclagem - Diretrizes para projeto,
implantação e operação NBR15114
12) Agregados reciclados de resíduos sólidos
da construção civil - Execução de camadas
de pavimentação - Procedimentos NBR15115
13) Agregados reciclados de resíduos sólidos
da construção civil - Utilização em pavimentação
e preparo de concreto sem função estrutural -
Requisitos NBR15116
35
Existe o
ITEM MATERIAL CLASSE DESTINO local em
MG?
1 AÇO de ConstruÇão B DoaÇão/Venda/reaproveitamento/Brechó Sim
2 Alumínio B DoaÇão/Venda/reaproveitamento Sim
3 Arame B DoaÇão/Venda/reaproveitamento Sim
4 Areia A Reaproveitamento
5 Argamassa endurecida A Usina de Reciclagem SLU Sim
36
Existe o
local em
ITEM MATERIAL CLASSE DESTINO MG?
26 Manta asfáltica C Aterro sanitário ou criar aterro específico Sim/Não
27 Manta de lã de vidro C Aterro sanitário ou criar aterro específico Sim
28 Material de escavaÇão aproveitável A Reaproveitamento/Aterro de inertes Sim
29 Material orgânico - Aterro sanitário Sim
30 Papel e papelão B DoaÇão/Venda Sim
31 PeÇas de fibras de nylon(piscina, banheira) C
Aterro sanitário ou criar aterro específico
Sim
32 PeÇas em fibrocimento D Aterro/criar aterro específico/Brechó Sim
Usina de Reciclagem SLU/Brechó
33 Pedras em geral-mármore,granito,pedra São Tomé A Sim
34 Perfis metálicos ou metalon B DoaÇão/Venda Sim
35 Plástico contaminado com argamassa B Aterro Sanitário Sim
36 Plástico(conduítes, espaÇadores,mangueira de laje e forma)
B DoaÇão/Venda Sim
37 Prego B DoaÇão/Venda Sim
38 PVC B DoaÇão/Venda Sim
39 Resíduos cerâmicos B Usina de Reciclagem/SLU Sim/Não
40 Resto de alimentos A Aterro Sanitário Sim
41 Rolo, pincel, trincha(contaminadores) D
Aterro sanitário ou criar aterro específico
Sim/Não
42 Saco de papelãocontaminado com cimento ou argamassa B sem destino Não
43 Sobra de demoliÇão de blocos de concreto com argamassa B Usina de Reciclagem Sim
44 Solo orgânico ou vegetaÇão A Aterro /SLU Sim
45 Solvente D Aterro sanitário ou criar aterro específico
Sim/Não
46 Telas galvanizadas e telas de nylon B Usina de Reciclagem/SLU Sim
47 Telha,bloco ou tijolo cerâmico A Usina de Reciclagem /Brechó Sim
48 Tinta a base de água D Aterro / criar aterro específico/Brechó Sim/Não
49 Tinta a base de solvente D Aterro / criar aterro específico/Brechó Sim
50 Vidro B DoaÇão ou vendas Sim
37