Anatomia Cidade Verde

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 140

Anatomia, Fisiologia e

Biologia

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Bem vindo(a)!

Seja muito bem-vindo(a)!

Prezado(a) aluno(a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, isso já é o


início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora.

Vamos juntos, entrar nesse novo universo conhecido como corpo humano. Desde o
nível molecular até a grande complexidade do funcionamento dos sistemas
orgânicos, guiarei você pelos caminhos exuberantes e encantadores do corpo
humano.

Na unidade I faremos uma introdução à Anatomia Humana, sua terminologia e


estudaremos o esqueleto humano, as articulações, os músculos e o sistema
circulatório.

A siologia do sistema neuromuscular, o controle neural do movimento e o


funcionamento dos sistemas respiratório, endócrino e digestório e excretor carão
para a unidade II.

A unidade III trata da biologia celular, da composição e funcionamento das


estruturas e organelas celulares.

E para nalizar, a unidade IV trata da reprodução celular, do mecanismo de síntese


protéica e do estudo dos tecidos humanos, a histologia.

Seja bem vindo a estudo fascinante do corpo humano!

Muito obrigado e bom estudo!


Unidade 1
Anatomia Humana

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Introdução
No dia a dia nos deparamos com várias formas de comunicação e, diferentemente
da linguagem coloquial, a linguagem cientí ca exige certo rigor na sua escrita e
interpretação. Ela não pode deixar margens para dúvidas e, talvez esta seja a maior
di culdade de quem está iniciando no grande universo do conhecimento
universitário. A partir de agora, evite usar termos comuns e populares para se referir
ao corpo humano e suas estruturas, sendo que o conhecimento da Anatomia
Humana e fundamental para todos os estudantes e pro ssionais das áreas
biológicas e da saúde, indispensável para um bom exercício da pro ssão.

A Anatomia é a ciência que estuda a constituição e o desenvolvimento dos seres


organizados. Pensando em fornecer uma visão geral sobre o assunto a ser estudado,
preparamos esse material para estimular seu raciocínio, seu espírito crítico e sua
preocupação com as questões relativas à saúde e vida de todos nós seres humanos.

Bons estudos!
Anatomia Humana

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Anatomia Humana é a ciência que estuda macro e microscopicamente, a
constituição e o desenvolvimento do ser humano.

A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte).
Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente
etimologicamente a anatomia.

Anatomia X Cinesiologia
Cinesiologia é a ciência que tem como objetivo a análise dos movimentos do corpo
humano.

Sabe-se que a compreensão das estruturas que compõem o aparelho locomotor,


assim como, da nomenclatura anatômica, são conhecimentos de suma importância
para o conhecimento dos movimentos humanos.

A terminologia anatômica
Designa todos os termos utilizados para indicar e descrever as estruturas do corpo
humano. Os nomes anatômicos o ciais devem ser escritos em latim, mas cada país
pode fazer uso do próprio vernáculo para ns de ensino, o que facilita em muito o
estudo da anatomia.

Algumas abreviaturas são de uso corrente entre os anatomistas, são elas:

A.= artéria;
Aa.= artérias;
Lig.= ligamento;
Ligg.= ligamentos;
M.= músculo;
Mm.= músculos;
N.= nervo;
Nn.= nervos;
R.= ramo;
Rr.= ramos;
V.= veia;
Vv.= veias;
gl.= glândula;
g.= gânglio.
Posição Anatômica
Nos agrupamentos humanos há evidentes diferenças morfológicas, todas as
descrições do corpo humano devem ser feitas imaginando-se o corpo em uma
posição especí ca, chamada de posição anatômica. Na posição anatômica, o
indivíduo está em posição ereta, em pé (posição ortostática) com a face voltada para
frente e em posição horizontal, de frente para o observador, com os membros
superiores estendidos paralelos ao tronco e com as palmas voltadas para frente,
membros inferiores unidos (calcanhares unidos), com os dedos dos pés voltados
para frente. A idade é responsável por alterações anatômicas evidentes. Desde a fase
intrauterina até a velhice nosso corpo passa por inúmeras transformações. Pelo fator
sexo (masculino ou feminino) é possível diferenciar indivíduos, devido às
características especiais, muito além da simples diferença de órgãos genitais. Pela
raça, um grupo humano se distingue de outro devido a características físicas, como
por exemplo, pela cor da pele.

Com a grande variabilidade morfológica humana há possibilidade de reconhecer


várias formas constitucionais, do tipo médio aos tipos extremos e mistos. Os tipos
são chamados de brevilíneo, mediolíneo e longilíneo.
Figura 1: Posição anatômica

Fonte: shutterstock
Osteologia

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Conceito de esqueleto
É o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do
corpo humano o sistema esquelético e responsável pela sustentação do organismo,
na proteção de estruturas vitais e como base mecânica para o movimento, sempre
correlacionando a teoria com a prática. Aproximadamente um quinto do peso total
de um indivíduo saudável é composto por seus ossos. O esqueleto humano é uma
estrutura resistente, viva e exível.

Funções do Sistema Esquelético:

Sustentação para partes moles do organismo


Proteção de estruturas vitais
Base mecânica para o movimento (são os elementos passivos do movimento) –
os elementos ativos são os músculos
Armazenamento de sais minerais
Hematopoiética ou hematopoiética 

Divisão do Esqueleto e número de ossos:

O esqueleto pode ser dividido em:


Esqueleto Axial – Composto pelo eixo formado pelos ossos da cabeça, pescoço
e do tronco.(do latim axis igual a eixo, está formado por 80 ossos, sendo 28
ossos entre crânio e face. E 26 ossos da coluna vertebral, 24 costelas, um osso
esterno e um osso hioide).
Esqueleto Apendicular – Composta pelos ossos dos membros superiores e
inferiores.

ATENÇÃO
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das
cinturas escapular e pélvica.

O esqueleto normalmente apresenta 206 ossos, podendo ocorrer


variações individuais.
Figura 2: Esqueleto humano

Fonte: shutterstock
Classi cação dos Ossos
Os ossos são classi cados de acordo com a sua forma em:

Ossos Longos:  Tem o comprimento maior que a largura e espessura e são


constituídos por um corpo ou diá se e duas extremidades ou epí ses.
Exemplo: Fêmur, tíbia, falanges.
Ossos Curtos:  São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos
praticamente iguais às suas larguras. Exemplo: Ossos do Carpo e do tarso.
Ossos Laminares (Planos):  São ossos nos e compostos por duas lâminas
paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas.
Exemplos: Frontal e Parietal.
Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal
central.Exemplo: Costelas.
Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas
por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu
volume.Exemplo: esfenoide, maxilas, etimoiode.
Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados
em nenhuma das categorias prévias.  Exemplo: vértebras, zigomático,
mandíbula.
Ossos Sesamoides: Estão presentes no interior de alguns tendões em que há
considerável fricção, tensão e estresse físico, como as palmas das mãos e
plantas dos pés. Exemplo:
Ossos Suturais:  São pequenos ossos localizados dentro de articulações,
chamadas de suturas, entre alguns ossos do crânio. Exemplo: osso do inca.
Figura 3 - Classi cação dos Ossos

Fonte: Shutterstock
Artrologia

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do
esqueleto, devemos sempre ter em mente que o nosso corpo, do ponto de vista
siológico e anatômico, é a mais perfeita das máquinas em funcionamento. Graças
as suas articulações o corpo humano é capaz de realizar in nitos movimentos
juntamente com as estruturas ósseas, conferindo mobilidade entre as mesmas e
estabilizando as zonas de junção entre os vários segmentos do esqueleto, tudo isso
graças ao Sistema Articular, os ossos do corpo humano unem-se uns aos outros para
constituir o esqueleto e esta união não tem somente a nalidade de por ossos em
contato, mas também de permitir mobilidade. Podemos a rmar que o Sistema
Articular é formado por articulações ou junturas que estão diretamente
responsáveis por realizar diversos movimentos de vários segmentos do nosso corpo.

As articulações são classi cadas em três grandes grupos apesar das variações entre
elas, mas observamos alguns aspectos estruturais e funcionais em comum a todas
as articulações. Os três grandes grupos são: as articulações brosas (sinartroses) ou
sólidas, as cartilaginosas (an artroses) ou com movimentos limitados e as sinoviais
(diartroses) que são as articulações de movimentos amplos.

Fibrosas: contém tecido conjuntivo broso. Ex. suturas do crânio.


Cartilaginosas: contém cartilagem. Ex. sín se púbica.
Sinoviais: Providas de cavidade com líquido sinovial. Ex. articulação do joelho.

Figura 1 - Articulação sinovial

Fonte: @Gustavo_Laskoski em ResearchGate


Figura 2 - Principais articulações sinoviais do corpo humano

Fonte: MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2014.
Miologia

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
A miologia estuda os músculos. A função básica dos músculos é permitir o
movimento de partes do corpo através do processo de contração e relaxamento
muscular. Sabemos que este sistema é de grande importância para o
funcionamento do corpo humano, pois, constantemente estamos usando estes
músculos de maneira voluntária, como por exemplo, levantar uma caixa, e,
involuntariamente, no caso dos movimentos peristálticos de alguns órgãos do
abdome e os batimentos do coração. Algumas literaturas estimam um total de 650
músculos, outras falam em 500 aproximadamente.

Os músculos são estruturas anatômicas de formas e comprimentos variáveis,


formadas por miócitos e que se inserem aos ossos através de tendões, são
caracterizados pela contração (capacidade de diminuir o comprimento) e
relaxamento, onde estas ações movimentam partes do corpo, inclusive os órgãos
internos. Os músculos representam cerca de 40% a 50% do peso corporal total, e são
capazes de transformar energia química em energia mecânica.

Apresentamos três tipos de músculos em nosso corpo:

Músculo estriado esquelético: encontrado preso ao esqueleto, de controle


nervoso voluntário.
Músculo estriado cardíaco: encontrado somente no coração, de controle
nervoso involuntário, também pode ser chamado de miocárdio.
Músculo liso: encontrado em órgãos viscerais como intestino, ductos, vasos
sanguíneos, de controle nervoso involuntário.

O músculo apresenta proteínas importantes para sua contração, as principais são a


actina e a miosina. Basicamente, o músculo apresenta sua parte mais carnosa
conhecida como ventre muscular e nas extremidades podem ocorrer tendões ou
aponeuroses.

Os músculos representam os elementos ativos do movimento, pois necessitam de

Adenosina Trifosfato para entrarem em movimento.

Os músculos do corpo humano são classi cados de várias formas, como:

quanto à situação, temos os músculos super ciais ou cutâneos e os músculos


profundos ou subaponeuróticos.
quanto ao movimento, temos os músculos exores, extensores, rotadores,
abdutores e adutores.
quanto à forma do ventre, temos o músculo longo, curto e largo.
quanto à disposição da bra muscular, temos o transverso, reto e oblíquo.
quanto à função, na realização de algum movimento, são envolvidos vários
músculos como o músculo agonista, antagonista, sinergista e músculos
xadores ou posturais. Vimos que os músculos contêm uma grande rede
vascular que é nutrida pelo sangue arterial, recebendo oxigênio e nutrientes.
Figura 1: Tipos de tecido muscular

Fonte: Brasil Escola


Sistema Cardiovascular

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
O coração, os vasos sanguíneos e o sangue formam o
sistema cardiovascular ou circulatório. A circulação do sangue permite o transporte
e a distribuição de nutrientes, oxigênio, dióxido de carbono e hormônios para as
células de vários órgãos. O sangue também transporta produtos do metabolismo
para que possam ser eliminados do corpo. Este sistema transporta material nutritivo
que foi absorvido pela digestão e o oxigênio captado pela respiração para todas as
células do corpo e de modo semelhante, recolhe os produtos residuais do
metabolismo celular levando-os até onde serão excretados. O sistema circulatório é
do tipo fechado, ou seja, sem comunicação com o meio externo do corpo, sendo
formado pelo coração, vasos, sangue e linfa. O coração consegue bombear o sangue
devido à força de contração do músculo cardíaco, o miocárdio, o qual é revestido
externamente por uma serosa protetora denominada pericárdio.

O coração é dividido em câmaras, dois átrios e dois ventrículos, separados pelo septo
atrioventricular, e a comunicação entre essas câmaras acontece devido aos óstios
atrioventriculares, cada um com suas valvas. O coração tem o tamanho aproximado
da mão fechada, e bombeia o sangue para todo o corpo. Localiza-se na cavidade
torácica, entre os dois pulmões, no mediastino. O ápice (ponta do coração) está
voltado para baixo, para a esquerda e para frente. O coração é um órgão
tetracavitário, sendo essas cavidades:

Átrio direito e átrio esquerdo, em sua parte superior;


Ventrículo direito e ventrículo esquerdo, em sua parte inferior (mais
musculosos e fortes).

O coração é formado por três camadas:

Pericárdio– é a membrana que reveste externamente o coração, como um


saco. Esta membrana propicia uma superfície lisa e escorregadia ao coração,
facilitando seu movimento;
Endocárdio– é uma membrana que reveste a superfície interna das cavidades
do coração, é impermeável ao sangue;
Miocárdio– é o músculo responsável pelas contrações vigorosas e involuntárias
do coração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio. É mais espessa nos
ventrículos.
gura 1: Coração

Fonte: Shutterstock

Circulação do sangue pelo


coração
O sangue venoso (rico em dióxido de carbono) que entra no átrio direito pelas veias
cavas superior e inferior passa para o ventrículo direito através do óstio
atrioventricular direito. Do ventrículo direito, o sangue venoso é bombeado para o
tronco pulmonar que se rami ca em artérias pulmonares direita e esquerda, uma
para cada pulmão. Nos pulmões ocorre a hematose (troca do dióxido de carbono
pelo oxigênio) e o sangue arterial (rico em oxigênio) retorna ao coração pelas quatro
veias pulmonares que se abrem no átrio esquerdo. Do átrio esquerdo, o sangue
arterial passa pelo óstio atrioventricular esquerdo e cai no ventrículo esquerdo que
pulsa e lança o sangue arterial para a artéria aorta, que distribuirá o sangue para
todo o corpo.
Pequena e grande circulação
Figura 2: Esquema da circulação humana

Fonte: shutterstock

ATENÇÃO
Pequena circulação: coração ⇒ pulmões ⇒ coração

Grande circulação: coração ⇒ corpo ⇒ coração


Existem três tipos básicos de vasos sanguíneos em nosso
corpo: artérias, veias e capilares.

1. Artérias: normalmente conduzem sangue rico em oxigênio. Não possuem


válvulas.
2. Veias: normalmente conduzem sangue rico em dióxido de carbono. Possuem
válvulas.
3. Capilares: são os vasos mais nos e permitem as trocas de nutrientes, gases e
resíduos metabólicos com as células e tecidos.

Figura 3 - Estrutura da artérias, veias e capilares

Fonte: shutterstock
Sangue
O Sangue apresenta seus elementos gurados (hemácias, leucócitos e plaquetas) e
o plasma sanguíneo. As hemácias transportam oxigênio e dióxido de carbono, os
leucócitos estão envolvidos com a defesa do organismo e as plaquetas participam
dos processos de coagulação do sangue.

Figura 4 - Sangue

Fonte: Shutterstock
SAIBA MAIS
O coração é um músculo que pesa 250 gramas, em média. No ritmo
normal, que é de 70 a 75 batidas por minuto, ele chega a dar mais de 110
000 batimentos por dia. Mas, em caso de pânico ou susto, pode subir
para 150 pulsações por minuto. No corpo em repouso, os 5 litros de
sangue são bombeados por todo o organismo em apenas um minuto.

ACESSAR

REFLITA
“No meio da di culdade encontra-se a oportunidade.”

Albert Einstein
Conclusão - Unidade 1

Caro aluno,

Realize todas as atividades sugeridas para que você possa xar seu conhecimento.
Revise seu material, se necessário, várias vezes. Cumpra todas as etapas pelas quais
acabamos de passar para que você esteja apto a acompanhar novos conteúdos.
Lembre-se: “ a repetição é a rainha da perfeição”. Sucesso!
Leitura Complementar
A energia utilizada a partir do ATP não é utilizada somente para suprir o mecanismo
de contração muscular, mas também para bombear Ca++ do sarcoplasma para o
retículo sarcoplasmático (ao término da contração) e bombear íons Na+ e K+, através
da membrana da bra muscular (para a propagação dos potenciais de ação).

Porém, a concentração de ATP só é su ciente para manter a contração durante 1 a 2


segundos. Quando o ATP libera sua energia, é liberado um radical de ácido fosfórico e
formado o difosfato de adenosina (ADP).

Em seguida a energia liberada dos nutrientes celulares faz com que o ADP e o ácido
fosfórico se recombinem para gerar novo ATP. Esse processo se repete
continuamente. Para essa refosforilação, existem três fontes de energia principal:

Fosfocreatina: contém uma ligação fosfato de alta energia semelhante à do ATP. A


Fosfocreatina é clivada e a energia gerada provoca a ligação do fosfato ao ADP para
convertê-lo em ATP. Essa fonte adicional mantém a contração por mais 5 a 8
segundos.

Glicogênio: rápida degradação do glicogênio – previamente armazenado nas células


musculares – em ácido lático e ácido pirúvico libera energia, que é utilizada para
converter ADP em ATP. Sendo assim, esse mecanismo de “glicólise”, mantém a
contração por até 1 minuto (sem a necessidade de oxigênio); forma ATP duas vezes
mais rápido do que quando nutrientes celulares reagem com oxigênio.

Metabolismo oxidativo: mais de 95% de toda a energia utilizada pelos músculos em


contrações de longa duração. Consiste na combinação e utilização de diferentes
nutrientes celulares para formar ATP (carboidratos; gorduras; proteínas).

Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/ sioterapia/energia-


para-a-contracao-muscular/42810
Livro
Web

Acesse o link

Acesse o link

Acesse o link
Unidade 2
Fisiologia

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Introdução
A Fisiologia é o estudo do funcionamento dos organismos vivos, para explicação da
própria vida. Seu estudo tem como base a célula, unidade anátomo- siológica
dotada de reprodução. No organismo humano há trilhões de células, trabalhando
em harmonia.

Todo o organismo trabalha de forma a se manter uma constância, a homeostase, de


certa forma, um estado de equilíbrio interno caracterizado pelo metabolismo que na
verdade é a união do anabolismo (reações de síntese) e do catabolismo (reações de
quebra).
Sistema Neuromuscular

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
No organismo humano há três tipos musculares: o músculo estriado esquelético, o
músculo liso e o músculo estriado cardíaco.

Basicamente esses três tipos musculares têm a mesma função: realizar a contração
e o relaxamento muscular, gerando movimento.

Figura 1 - Tipos de músculos

Fonte: shutterstock

Em todos eles há as proteínas denominadas actina e miosina que são as grandes


responsáveis pelo movimento. A fonte de energia é o ATP e todos os músculos
dependem de comando nervoso para o funcionamento. Embora todos os músculos
realizem movimento, há diferenças importantes que podem ser visualizadas no
quadro comparativo a seguir.
Quadro 1: Características dos três tipos de músculos

MUSCULATURA MUSCULATURA
MUSCULATURA
CARACTERÍSTICAS ESTRIADA ESTRIADA
LISA
ESQUELÉTICA CARDÍACA

Estrias transversais Presentes Presentes Ausentes

Muitos
Núcleo Um central Um central
periféricos

Discos intercalares Não há Presentes Não há

Rápida e Rápida, rítmica Lenta e


Contração
voluntária e involuntária involuntária

Formam as Formam
Formam paredes do camadas
Apresentação
pacotes coração envolvendo
(miocárdio) órgãos

Fonte: autor
Controle neural do
movimento

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Embora saibamos que há três tipos de músculos (cardíaco, esquelético e liso), este
estudo será direcionado ao Músculo Estriado Esquelético.

Esses músculos são compostos por bras liformes ou cilíndricas, que apresentam
estrias formadas por bandas claras e escuras de forma alternada ( lamentos de
actina e miosina). Cada célula ou bra muscular ou é multinucleada, alongada,
podendo ultrapassar os 20 cm de comprimento. Cada célula é envolvida por uma
membrana denominada endomísio. Várias bras musculares com seus respectivos
endomísios são envolvidas por outra membrana denominada perimísio, formando
os feixes ou fascículos musculares. Vários feixes ou fascículos com seus respectivos
perimísios são envolvidas por outra membrana, o epimísio, formando desta forma o
músculo.

Esses músculos são inervados por nervos espinhais, cranianos e estão sob o controle
voluntário do Sistema Nervoso Central.

Figura 1: Integração sistema nervoso e muscular

Fonte: shutterstock
Órgãos envolvidos no sistema
neuromuscular
No mecanismo de contração das células ou bras musculares esqueléticas, ocorre o
encurtamento dos sarcômeros: os lamentos de actina “deslizam” sobre os de
miosina, graças a certos pontos de união que se formam entre esses dois lamentos,
levando à formação da actomiosina.

Para ocorrer esse deslizamento, há a participação de grande quantidade de dois


elementos importantes : íons Ca⁺⁺ e ATP. Nesse caso cabe à molécula de miosina o
papel de “quebrar” (hidrolisar) o ATP, liberando a energia necessária para a
ocorrência de contração.

Figura 2: Sarcômero, actina e miosina

Fonte: shutterstock
Cada ponto de junção entre uma terminação nervosa e a membrana plasmática ou
sarcolema da célula muscular corresponde a uma sinapse neuromuscular. Essa
junção é conhecida pelo nome de  placa motora ou junção neuromuscular. O
impulso nervoso propaga-se pelo neurônio eferente ou motor e atinge a placa
motora, em uma sinapse axo-muscular. A membrana da célula muscular ou
sarcolema recebe o estímulo. Gera-se um impulso nervoso que se propaga por essa
membrana, atinge o citoplasma e desencadeia o mecanismo de contração
muscular.

Figura   3: Unidade motora (neurônio eferente e células musculares por ela


inervadas)

Fonte: shutterstock
Sistema cardiovascular

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
A função de circulação é realizada pelo sistema cardiovascular. Esse sistema é
formado por um órgão central, o coração, e por uma rede de vasos nos quais
circulam o sangue e a linfa.

O sistema circulatório sanguíneo tem como órgão central o coração que impulsiona
o sangue para vasos denominados artérias. Estas por sua vez se rami cam em vasos
cada vez mais nos até formarem as arteríolas e os capilares sanguíneos. Os
capilares apresentam apenas uma camada e são capazes de realizar trocas de
nutrientes, gases e outras substâncias com as células do corpo. Após deixarem o
oxigênio e nutrientes às células do organismo, os capilares agora coletam o dióxido
de carbono e outros produtos do metabolismo e irão formar as vênulas. Estas por
sua vez formam as veias até cheguem ao coração levando o sangue venoso ao átrio
direito.

Figura 1: Vasos sanguíneos

Fonte: shutterstock

Artérias são vasos que saem do coração levando sangue para as diversas
partes do corpo.
Veias são vasos que chegam ao coração trazendo sangue de todo o corpo.
Capilares são vasos que permitem a troca de substâncias com as células do
corpo.
Quadro 1: Comparação entre artérias e veias

Artérias Veias

Túnica externa, média, Túnica externa, média e


Camadas
interna interna

Válvulas sem com

Quando
Jatos de sangue Sangue corre sem jatos
cortadas

Pulsação forte fraca

Posição Geralmente profundas Muitas super ciais

Fonte: autor

O sistema circulatório linfático é formado pelos capilares linfáticos que possuem


fundo cego nos interstícios dos tecidos. Drenam o uido intercelular, que passa a ser
chamado de linfa a partir do momento que é drenado para o interior dos capilares
linfáticos. Esses capilares con uem em vasos cada vez mais calibrosos que
desembocam nos ductos linfáticos (que possuem válvulas) que por sua vez lançam a
linfa em veias calibrosas do sistema circulatório sanguíneo.

Estruturas importantes do sistema linfático são também os linfonodos ( ltram a


linfa) e outros órgãos linfoides como baço, timo, tonsilas, adenoides e parte da
medula óssea.
Figura 2: Sistemas circulatórios sanguíneo e linfático

Fonte: shutterstock
Quadro 2: Componentes do sangue

Componente Função

HEMÁCIAS, ERITRÓCITOS, Transporte de oxigênio e dióxido


GLÓBULOS VERMELHOS de carbono

LEUCÓCITOS OU GLÓBULOS Defesa: fagocitose ou produção


BRANCOS de anticorpos

PLAQUETAS OU TROMBÓCITOS Coagulação do sangue

Contém água, enzimas,


PLASMA
hormônios etc.

Fonte: autor
Sistema respiratório

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
O sistema respiratório é formado em sequência pelos seguintes órgãos ou
estruturas: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia, brônquios e
pulmões. Dá-se o nome de respiração aos processos de inspiração do ar (processo
ativo – gasta ATP) e expiração (processo passivo – não gasta ATP).

Os órgãos tubulares (nariz, cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia e brônquios)


correspondem à porção condutora de ar, enquanto os pulmões correspondem à
porção respiratória, pois realizam a hematose (troca de dióxido de carbono por
oxigênio).

Figura 1- Sistema respiratório

Fonte: freepik

Os órgãos da porção condutora, além de conduzirem o ar, também tem as funções


de aquecimento, puri cação e umedecimento do ar inspirado, condições
importantes para que seja realizada uma boa hematose por difusão de gases nos
alvéolos pulmonares.
Figura 2: Hematose no alvéolo pulmonar

Fonte: shutterstock

O pulmão direito apresenta três lobos e é maior que o pulmão esquerdo que possui
dois lobos. Ambos os pulmões são revestidos por uma serosa denominada pleura.

A hematose ocorre nos alvéolos pulmonares (últimas rami cações dos brônquios).

Fato interessante é que os pulmões não possuem movimentos próprios e


dependem das alterações de pressão na cavidade torácica quando esta se expande
e se relaxa devido a ação de vários músculos como o diafragma, intercostais
externos, internos e escalenos. O controle nervoso para que estes músculos atuem
está sob o comando do bulbo localizado no tronco cerebral.
Figura 3: Mecanismo de inspiração e expiração

Fonte: shutterstock
Sistema endócrino

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
O sistema endócrino é constituído por um grande número de glândulas endócrinas.
Juntamente com o sistema nervoso que lhe fornece informações sobre as condições
do organismo, esses dois sistemas formam o aparelho integrador do organismo.

Figura 1: Sistema endócrino

Fonte: shutterstock

As glândulas endócrinas produzem os hormônios, que podem atuar em estruturas


não endócrinas ou podem ainda atuar sobre outras glândulas (função trópica).
Normalmente os hormônios são produzidos em pequenas quantidades e
secretados no sangue ou na linfa até que atinjam o órgão-alvo (célula, tecido, órgão
ou outra glândula). A estrutura alvo deverá possuir um receptor especí co para cada
hormônio.
Quadro 1: Principais hormônios do ser humano

HORMÔNIOS

Glândula Hormônio Suas principais funções

Provoca a liberação de (TSH) na


Tireotropina (TRH) hipó se e regula o funcionamento
da tireoide.

Libera o (ACTH) também na


Corticotro na (CRH)
hipó se e estimula as suprarrenais
Hipotálamo
Regula o hormônio de crescimento
Fator (GRH)
(GH) na hipó se

Regula a produção de (LH) e (FSH),


Fator (LHRH) que saem da hipó se e agem nas
gônadas.

Controla o relógio biológico e está


Pineal Melatonina
ligado ao sono.

Somatotro na ou
Promove o crescimento de quase
Hormônio de
todas as células.
Crescimento (GH)

Controla a produção do leite


Prolactina (LTH)
materno e regula a ovulação.

Estimula o crescimento do folículo


Folículo estimulante
nos ovários e nos testículos, induz a
Hipó se (FSH)
formação de espermatozoides.
(Lobo
anterior)
Estimula a ovulação e a secreção
Luteinizante (LH)
dos hormônios sexuais.

Estimula a tireoide a produzir os


Tireotro na (TSH) hormônios (T3 e T4) que controlam
o metabolismo.

Adrenocorticotró co Estimula o funcionamento das


(ACTH) glândulas suprarrenais.
Hipó se Ocitocina No parto, ajuda contrair o útero; na
(Lobo amamentação, a expulsar o leite.
posterior) No homem, provoca relaxamento
dos vasos e dos corpos eréteis do
pênis, aumentando a irrigação
sanguínea.

Provoca a reabsorção de água pelos


Antidiurético (ADH)
rins e controla a eliminação pelos
ou vasopressina
rins.

Aumentam a velocidade das


Triiodotironina (T3) e reações químicas na maioria das
Tiroxina (T4) células do corpo, controlando o
metabolismo.
Tireoide
Regula a taxa de cálcio no sangue,
inibindo a sua remoção dos ossos, o
Calcitonina
que diminui a taxa plasmática do
cálcio.

Regula o metabolismo do cálcio do


Paratireoide Paratormônio
organismo.

Indica como devemos gastar os


Cortisol
nutrientes.

Suprarrenais
Ativam o de alerta do organismo
Adrenalina e
em situações de emergência ou
Noradrenalina
perigosas.

Aumenta a concentração de
Glucagon
glicose no sangue.
Pâncreas
Provoca a entrada de glicose nas
Insulina
células do corpo.

Estimula o desenvolvimento dos


Estrógeno órgãos sexuais e das características
femininas.
Ovários
Rege o ciclo menstrual; prepara a
Progesterona mulher para a gestação e mantém
a gravidez.
Testículos Andrógenos O principal é a testosterona,
relacionado às características
masculinas.

Fonte: adaptado pelo autor


Sistema digestório

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
O sistema digestório humano tem por função nal promover a absorção de
nutrientes. É constituído, em sequência pelos seguintes órgãos tubulares: boca,
faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto, canal anal e
ânus. Estruturas acessórias produzem substâncias que são lançadas na luz desse
tubo para ajudar na digestão, são elas: glândulas salivares (parótidas,
submandibulares e sublinguais), fígado (produz a bile) e pâncreas (produz enzimas
digestivas).

Depois de ingerido, o alimento sofre digestão mecânica (mastigação e


peristaltismo), física (bile) e química (enzimas) e depois é absorvido. O que não é
aproveitado pelo organismo é eliminado através das fezes. Na cavidade oral, os
primeiros estágios da digestão iniciam com a mastigação e a secreção da saliva por
três pares de glândulas salivares: glândulas sublinguais abaixo da língua, glândulas
submandibulares abaixo da mandíbula (osso maxilar) e glândulas parótidas
encontradas perto da articulação da mandíbula.

Figura 1: Sistema digestório humano

Fonte: shutterstock
Quadro 1: as principais enzimas digestivas e seus locais de atuação

Onde é Onde
Enzima Substrato Obs.
produzida? atua?

Quebra o
Ptialina amido (um Atua pH
Glândulas Cavidade
(amilase tipo de neutro a
salivares bucal
salivar) carboidrato alcalino
em maltose)

Atua em
Quebra pH ácido
proteínas (na
Pepsina Estômago Estômago
em presença
peptídeos de ácido
clorídrico)

Produzida
Quebra a
nos
caseína do
Renina Estômago Estômago primeiros
leite
meses de
materno
vida

Suco Quebra
Atua em
pancreático proteínas Intestino
Tripsina Pâncreas pH
em delgado
alcalino
peptídeos

Quebra
Atua em
proteínas Intestino
Quimiotripsina Pâncreas pH
em delgado
alcalino
peptídeos

Quebra de
Atua em
Lipase lipídeos do Intestino
Pâncreas pH
pancreática tipo delgado
alcalino
triglicerídeos

Quebra o
amido (um Atua em
Amilase Intestino
tipo de Pâncreas pH
pancreática delgado
carboidrato) alcalino
em maltose

Quebra
Atua em
Peptidases peptídeos Intestino
Pâncreas pH
pancreáticas em delgado
alcalino
aminoácidos
Nucleases Quebra Pâncreas Intestino Atua em
ácidos delgado pH
nucléicos alcalino
em
nucleotídeos

Fonte: adaptado pelo autor


Sistema renal

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
O sistema renal ou excretor é formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. A
excreção é o principal mecanismo homeostático do organismo, pois, regula a
quantidade de água e de sais minerais, assim como, elimina os dejetos celulares
através da urina. São funções do sistema excretor humano: reabsorção de
substâncias úteis ao organismo (glicose, água, aminoácidos), regulação do volume
de água, controle de sódio e potássio.

Os rins apresentam um córtex e uma medula. Sua unidade funcional é o néfron


(aproximadamente um milhão por rim). No néfron ocorrem os processos de
reabsorção de substâncias úteis e a excreção através da urina de substâncias que se
acumuladas, poderiam se tornar nocivas, como por exemplo, a uréia.

A função mais importante dos rins é a regulação homeostática do conteúdo de


água e íons no sangue, também chamada de balanço do sal e da água, ou equilíbrio
hidroeletrolítico. A remoção de resíduos é importante, mas alterações nos volumes
sanguíneos ou nas concentrações iônicas causam sérios problemas clínicos antes
que o acúmulo de resíduos metabólicos atinja níveis tóxicos. Os quatro processos
que ocorrem nos rins são:

Filtração: movimento do sangue para o lúmen;


Reabsorção: do lúmen para o sangue;
Secreção: do sangue para o lúmen;
Excreção: do lúmen para fora do corpo.
Figura 1: Néfron

Fonte: shutterstock

O hormônio ADH (Hormônio Anti-Diurético) tem papel expressivo no controle de


reabsorção de água. Quando o organismo precisa reter água, o hipotálamo secreta o
ADH que através da corrente sanguínea chega aos néfrons, levando à reabsorção de
água.
Figura 2: Sistema excretor humano

Fonte: shutterstock

Depois de produzida a urina pelos néfrons, esta é coletada por estruturas tubulares
denominadas cálices renais. Daí, a urina segue o trajeto pela pelve renal, ureter,
bexiga urinária (responsável pela micção) e nalmente uretra.

REFLITA
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar
a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence
obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”

Fonte: José de Alencar


SAIBA MAIS
Os rins podem regular a pressão arterial pelo aumento ou pela diminuição
do volume sanguíneo. Essa regulação é por meio de um mecanismo
hormonal, chamado sistema renina-angiotensina-aldosterona.

Quando a pressão cai até valores inferiores a normalidade, o uxo


sanguíneo pelos rins diminui, fazendo com que o rim secrete a importante
substância chamada renina para o sangue. A renina atua como uma
enzima convertendo uma das proteínas plasmáticas, o substrato da renina,
no hormônio angiotensina I. Esse hormônio tem efeito pouco intenso
sobre a circulação e é rapidamente convertido em um segundo hormônio,
a angiotensina II, por meio da enzima conversora (ECA).

Essa enzima conversora é encontrada apenas nos vasos de menor calibre


dos pulmões.

A angiotensina II permanece no sangue por pouco tempo, apenas de 1 a 3


minutos, por ser inativada por outras enzimas, encontradas no sangue e
no tecido, e chamadas coletivamente de angiotensinas. Não obstante seu
reduzido tempo de ação, e que está circulando no sangue, a angiotensina
II produz vasoconstrição nas arteríolas, fazendo a pressão aumentar até o
seu valor normal.

Além do mecanismo hormonal dos rins, outro importante sistema


hormonal também participa da regulação da PA: É a secreção de
aldosterona pelo córtex da suprarrenal. Esse córtex secreta hormônios
corticoides, um dos quais, a aldosterona, controla o débito renal de água e
de sal.

A aldosterona participa da regulação da seguinte forma:  quando a


pressão arterial cai a valores muito baixos, a falta de uxo sanguíneo ideal
pelo corpo faz com que os córtices suprarrenais secretem a aldosterona.
Uma das causas desse efeito é a estimulação das glândulas suprarrenais
pela angiotensina II que é formada quando ocorre a baixa da PA. Essa
aldosterona exerce efeito no rim. Como consequência a água e o sal cam
retidos no sangue, aumentando o volume sanguíneo, normalizando a PA.
De modo inverso, a PA aumentada inverte esse mecanismo, de modo que
os volumes líquidos e, consequentemente a pressão arterial, diminuam.

ACESSAR
Conclusão - Unidade 2

Caro aluno,

Realize todas as atividades sugeridas para que você possa xar seu conhecimento.
Revise seu material, se necessário, várias vezes. Cumpra todas as etapas pelas quais
acabamos de passar para que você esteja apto a acompanhar novos conteúdos.

Busque informações mais aprofundadas em outras referências bibliográ cas e


sedimente seu conhecimento.
Leitura Complementar
O processo da digestão é controlado pelo sistema nervoso autônomo e por
hormônios. A visão o cheiro e o sabor do alimento estimulam o sistema nervoso
central, e este por meio de nervos, estimula as glândulas salivares a secretar salivas,
fenômeno conhecido como salivação e as glândulas estomacais a secretar enzimas
digestivas e ácido clorídrico. Além da estimulação nervosa o estômago também
recebe estimulações hormonais.

A presença de alimentos ricos em proteínas no estômago libera no sangue o


hormônio gastrina. O controle das secreções que atuam no intestino resulta de uma
consequência de sinais químicos, dos quais participam vários hormônios. O primeiro
sinal é dado pela entrada de quimo no duodeno, que libera a secretina no sangue, ela
inibe a secreção gástrica do estômago e reduz a mobilidade intestinal, estimula a
liberação de secreção pancreática rica em bicarbonatos, a produção de bile pelo
fígado e a secreção do suco entérico pela parede intestinal.

Gorduras ou proteínas parcialmente digeridas presentes no quimo estimulam células


do duodeno a liberar sangue o hormônio colecistoquinina. Pela circulação sanguínea
esse hormônio atinge a vesícula biliar, estimulando a contração de sua musculatura e
a expulsão da bile para o duodeno. Também estimula o pâncreas para liberar suco
pancreático.

O quimo também estimula o intestino a liberar no sangue um hormônio inibidor de


atividade gástrica, cuja principal função é diminuir os movimentos peristálticos
estomacais, danado mais tempo para que a digestão ocorra. A estimulação é
proporcional ao teor de gorduras ou carboidratos no quimo.

Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/18093966
Livro
Web

Acesse o link

Acesse o link
Unidade 3
Bases macromoleculares
da constituição celular

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Introdução
Nesta unidade, você terá contato com os conhecimentos que margeiam a
composição química da célula. Irá se familiarizar com a terminologia usada na
biologia celular e obterá subsídios para avançar em seus estudos.

Noventa e nove por cento da massa das células são formadas de hidrogênio,
carbono, oxigênio e nitrogênio.

As células são constituídas de macromoléculas poliméricas, é característica da


matéria viva a presença de moléculas de alto peso, macromoléculas que são
polímeros constituídos pela repetição de unidades menores, chamada monômeros.
Além dos polímeros, moléculas menores como lipídeos, água, sais minerais e
vitaminas têm relevante papel na constituição e no funcionamento das células.

Bons estudos!
Proteínas

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
São compostos orgânicos complexos (polímeros) de alto peso molecular. São
formadas por carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e algumas apresentam
ainda o ferro e o enxofre. Suas unidades básicas ou monômeros são os aminoácidos,
que se ligam em cadeias, os polipeptídios, através das ligações peptídicas.

Os aminoácidos caracterizam quimicamente pela presença de um átomo de


carbono, ao qual se ligam um grupo carboxílico (COOH), um grupo amina (NH₂), um
radical e um átomo de hidrogênio. Os vegetais conseguem produzir todos os tipos
de aminoácidos, enquanto os animais devem obter parte deles por meio da dieta,
por não serem capazes de produzi-los.

Figura 1: Aminoácido

Fonte: shutterstock

Os aminoácidos produzidos por um organismo são chamados de aminoácidos


naturais. Aqueles obtidos por meio da dieta são denominados aminoácidos
essenciais. São conhecidos cerca de vinte aminoácidos que rotineiramente
participam da estrutura das proteínas.

Para formar as proteínas, os aminoácidos combinam-se por meio de ligações


químicas denominadas ligações peptídicas.
Figura 2: Ligação peptídica

Fonte: shutterstock

Em cada ligação há liberação de uma molécula de água. As proteínas podem diferir


quanto ao tipo, à quantidade e à ordem dos aminoácidos que as compõem.

Figura 3: Os aminoácidos e as diferentes estruturas das proteínas

Fonte: shutterstock

As proteínas podem ser classi cadas em duas categorias: as proteínas simples, cujas
moléculas são formadas exclusivamente por aminoácidos, e as proteínas
conjugadas, que se caracterizam pela presença, em suas moléculas, de uma parte
não proteica denominada grupo prostético.

As enzimas são proteínas e, como tais, produzidas pelo controle do DNA. Elas são os
efetores da informação genética no DNA, e é por meio delas que o DNA comanda
todo o metabolismo celular.

As proteínas participam de diversas funções, como: estrutural, enzimática,


transporte e defesa. ∙
Estrutural: As proteínas compõem a membrana plasmática e os lamentos que
sustentam as células. O colágeno, por exemplo, é uma proteína presente na maioria
dos órgãos. A actina e miosina são as principais proteínas dos músculos etc.

Enzimática: as enzimas são proteínas que catalisam as reações químicas.


Praticamente todas as reações químicas dependem da ação das enzimas. Um
exemplo amilase pancreática, que degrada o amido no intestino.

Figura 4: atividade enzimática

Fonte: acesse o link Disponível aqui

Transporte: Na membrana plasmática das células há proteínas responsáveis pelo


transporte de íons e algumas moléculas como a glicose entre os meios intra e
extracelulares. No sangue, a hemoglobina é uma proteína que transporta o oxigênio
e o dióxido de carbono para todas as células do corpo.

Defesa: Os anticorpos são proteínas responsáveis pela defesa do organismo contra


agentes estranhos, como vírus e bactérias.

Fatores como temperatura e pH são de extrema importância para se manter a


estrutura e atividade das proteínas. Quando colocadas em meios com variações
bruscas de pH e temperatura, as proteínas podem desnatura, perdem a forma e
consequentemente a função.
Figura 5: Desnaturação das proteínas do ovo

Fonte: shutterstock

Lipídios
São moléculas orgânicas de longas cadeias carbônicas e são insolúveis em água e
solúveis em solventes orgânicos. São também chamadas ceras, óleos ou gorduras.

De acordo com as funções principais, os lipídeos celulares podem ser divididos em


duas categorias: lipídeos de reserva nutritiva e lipídeos estruturais, estes têm papel
relevante na manutenção da estrutura das membranas celulares.

Os lipídios podem ser classi cados em: glicerídeos, fosfolipídios, ceras ou cerídeos,
esteróis e carotenoides.
Figura 6: Exemplo de lipídio

Fonte: shutterstock

Glicerídeos: podem ser de origem animal, como a gordura presente em carnes


e manteiga ou de origem vegetal, como os óleos vegetais, presentes no azeite
de oliva ou no óleo de milho e canola. Os glicerídeos de origem animal são
sólidos a temperatura ambiente, enquanto os de origem vegetal são líquidos.
Podem desempenhar as funções de isolante térmico e reserva de energia
Fosfolipídios: fazem parte das membranas plasmáticas das células de todos os
seres vivos. Cada molécula de fosfolipídios tem uma região hidrofílica (que tem
a nidade com a água) e uma região hidrofóbica (sem a nidade com a água).
Essa característica permite que esses lipídios separem meios aquosos, como o
meio intra e extracelular, pela forma como se posicionam na membrana
plasmática.
Cerídeos ou Ceras: são lipídios produzidos por animais e plantas. Nas plantas,
de forma geral, as ceras têm função impermeabilizante. São produzidas e
depositadas na superfície das folhas ou dos frutos para diminuir a perda de
água. A cera produzida pelas abelhas também é formada por lipídios, assim
como o cerume presente nas orelhas de alguns mamíferos.
Esteroides: Um exemplo é o colesterol, lipídio presente em alimentos de
origem animal (não é encontrado nos vegetais), como carne, leite e ovos, que
faz parte da composição das membranas celulares dos animais. Os hormônios
sexuais, como estrógeno e a testosterona também são exemplos de esteroides.
Funções: Participam da composição química da membrana das células
animais e atuam como precursor de hormônios sexuais (progesterona e
testosterona).
Carotenoides: são pigmentos avermelhados e alaranjados produzidos por
seres autótrofos que participam do processo de fotossíntese.

Figura 7: Membrana plasmática

Fonte: shutterstock

Carboidratos ou Hidratos de
Carbono
São também conhecidos açúcares hidratos de carbono ou glicídios. São compostos
orgânicos elaborados pelos organismos autótrofos fotossintetizantes. Já os
organismos heterótrofos, como os animais, devem obter essas moléculas por meio
da nutrição. Os carboidratos estão presentes em diversos alimentos, como frutas,
legumes, pães, massas e doce. Essas substâncias constituem a principal fonte de
energia para as células desempenharem suas funções, como produzir e transportar
substâncias, crescer e se dividir.
Os carboidratos são classi cados, de acordo com a organização e o tamanho de sua
molécula, constituídos por átomos de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), em
três grandes grupos: ∙

Monossacarídeos
São carboidratos simples, que não sofrem hidrólise, de fórmula geral Cn (H2O)n, em
que n varia, de 3 a 7. As pentoses e hexoses são os monossacarídeos mais
importantes e mais comuns nos seres vivos.

Quadro 1: Principais carboidratos

Monossacarídeos Ocorrência e papel biológico

Galactose É um dos componentes do açúcar do leite (lactose).


(C6H12O6) Tem função energética

Frutose e Glicose
Mel e frutos diversos. Tem função energética
(C6H12O6)

Ribose
Componente estrutural do ácido ribonucleico (RNA)
(C5H10O6)

Componente estrutural do ácido desoxirribonucleico


Desoxirribose
(DNA). Não segue a fórmula geral dos
(C5H10O4)
monossacarídeos Cn(H2O)n

Fonte: adaptada pelo autor.


Figura 8: Pentoses

Fonte: shutterstock

Dissacarídeos ou Oligossacarídeos:
São carboidratos formados pela junção de duas moléculas de monossacarídeos.
Quadro 2: Principais dissacarídeos

Dissacarídeos Ocorrência e papel biológico

Sacarose É o açúcar da cana e da beterraba. Tem função


(glicose+frutose) energética.

Lactose
É o açúcar do leite. Tem função energética
(glicose+galactose)

Maltose É obtido do amido por hidrólise. Tem função


(glicose+glicose) energética.

Fonte: adaptada pelo autor.

Polissacarídeos:
São carboidratos constituídos por centenas ou milhares de monossacarídeos. Essas
moléculas recebem o nome de polímeros de monossacarídeos. São exemplos à
celulose, o amido, o glicogênio e a quitina.
Quadro 3: Principais polissacarídeos

Polissacarídeos Ocorrência e papel biológico

Amido (com
É reserva natural das plantas. Encontra-se armazenado
mais
em altas proporções em certos caules (como o da
de 1.400
batata), em certas raízes (como a mandioca) e em
moléculas
semente de cereais (como o milho).
de glicose)

É o mais abundante polissacarídeo da natureza. Contitui


Celulose o principal componente estrutural da parede celular das
células vegetais.

Glicogênio
(pode conter É o polissacarídeo de reserva dos animais em geral.
cerca de 30.000 Armazenado principalmente nas células do fígado e dos
moléculas de músculos. Tem papel energético.
glicose)

É um polissacarídeo nitrogenado que confere rigidez e


resistência ao tecido onde ela se encontra. Ela constitui
Quitina o exoesqueleto dos artrópodes (crustáceos, insetos,
aracnídeos), sendo também encontrada na parede
celular de certos fungos.

Fonte: adaptada pelo autor.

Ácidos nucleicos
Os ácidos nucléicos são constituídos pela polimerização de unidades chamadas
nucleotídeos

Os ácidos nucleicos são moléculas orgânicas relacionadas ao controle das atividades


celulares, ao armazenamento e à transmissão das informações hereditárias ao longo
das gerações.

Há dois tipos de ácidos nucleicos, o DNA (ácido desoxirribonucleico) e o RNA (ácido


ribonucleico).
Os ácidos nucleicos são polímeros constituídos por monômeros denominadas
nucleotídeos. Cada nucleotídeo é constituído por três componentes: uma pentose
(açúcar com 5 carbonos na molécula), uma base nitrogenada (púrica ou pirimídica)
e um ácido fosfórico.

Figura 9: nucleotídeos

Fonte: shutterstock

As bases nitrogenadas podem ser divididas em dois grupos: purinas e pirimidinas.


No grupo das purinas estão a adenina (A) e a guanina (G). As pirimidinas são a
citosina (C), a timina (T) e a uracila (U). Adenina, guanina e citosina estão presentes
tanto no DNA como no RNA. No DNA apresenta timina e no RNA só apresenta a
uracila.

Além dos polímeros de nucleotídeos, que constituem as moléculas dos ácidos


nucleicos, as células contêm quantidades relativamente grandes de nucleotídeos
livres, desempenhando, sobretudo, as funções de coenzimas.

No DNA estão codi cadas as informações genéticas que controlam praticamente


todos os processos celulares. Essas informações são transmitidas de uma geração
para a próxima através da duplicação ou replicação semiconservativa do DNA. A
molécula de DNA é formada por duas cadeias de nucleotídeos ligadas entre si por
meio de ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas, de forma antiparalela.

Figura 10: Replicação semiconservativa da molécula de DNA

Fonte: shutterstock

O RNA é formado por apenas uma cadeia de nucleotídeos. As bases nitrogenadas


presentes no RNA são a adenina, a uracila, a guanina e a citosina. O RNA, de forma
geral, é responsável pela expressão das informações contidas no DNA, atuando na
produção de proteínas. As moléculas de RNA são produzidas da moléculas de DNA
pelo processo de transcrição.
Dos pontos de vista funcional e estrutural, distinguem-se três variedades principais
de ácido ribonucleico:

RNA de transferência ou tRNA


RNA mensageiro ou mRNA
RNA ribossômico ou rRNA

Figura 11: Transcrição e tradução

Fonte: shutterstock

Métodos e técnicas de
visualização de estruturas
celulares
O Objetivo da microscopia é a obtenção de imagens ampliadas de um objeto, que
nos permitam distinguir detalhes não revelados a olho nu. A forma mais comum é a
lupa, seguida do microscópio óptico, que ilumina o objeto com luz visível ou ainda
luz ultravioleta.

O limite máximo de resolução dos microscópios ópticos é estabelecido pelos efeitos


de difração devido ao comprimento de onda da radiação incidente. Mas, em geral,
os microscópios ópticos convencionais cam, então, limitados a um aumento
máximo de 2000 vezes.
Figura 12: microscópio

Fonte: shutterstock

A imagem microscópica é caracterizada por três parâmetros: aumento, resolução e


contraste. Na microscopia óptica tem-se a vantagem de se poder observar células
vivas, fato impossível de se realizar no microscópio eletrônico, pois, a estrutura a ser
observada é colocada no vácuo.
Figura 13: Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

Fonte: shutterstock

No MEV a imagem é formada através de um feixe de elétrons que é usado para


varrer o espécime (amostra). O feixe de elétrons é produzido em vácuo para evitar
colisão com moléculas do ar. A microscopia eletrônica de varredura de alta
resolução (usando canhão de emissão de campo) fornece imagens de superfície e
de estruturas abaixo da superfície.
Estrutura das membranas
celulares e principais
mecanismos de transporte

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
A membrana plasmática, membrana celular ou plasmalema é um envoltório visível
somente ao microscópio eletrônico, que reveste as células dos seres procariontes e
eucariontes (vírus não tem membrana plasmática).

Ultraestrutura da membrana
plasmática
É uma estrutura semipermeável, responsável pelo transporte e seleção de
substâncias que entram e saem da célula através dos mecanismos de transportes.

Apenas com o desenvolvimento do microscópio eletrônico foi possível a observação


da membrana plasmática.

Figura 1: estrutura da membrana plasmática

Fonte: shutterstock

As funções da membrana plasmática são:

Permeabilidade seletiva, controle da entrada e saída de substâncias da célula;


Proteção das estruturas celulares;
Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular, garantindo a integridade
da célula;
Transporte de substâncias essenciais ao metabolismo celular;
Reconhecimento de substâncias, graças a presença de receptores especí cos
na membrana.

A membrana plasmática ou celular separa o meio intracelular do extracelular e é a


principal responsável pelo controle da penetração e saída de substâncias da célula.

A membrana plasmática apresenta modelo do “mosaico uido” de Singer e


Nicolson, em 1972. O nome "mosaico uido" deve-se pela presença de estruturas
exíveis e uidas, com grande poder de regeneração.

A membrana plasmática é quimicamente constituída por  lipídios  e  proteínas. Por


isso, é reconhecida por sua composição lipoproteica. Os fosfolipídios estão
dispostos em uma bicamada lipídica. Várias proteínas e outros lipídios transitam
pela bicamada.

Os fosfolipídios apresentam uma porção polar e outra apolar. A porção polar é


hidrofílica e volta-se para o exterior. A porção apolar é hidrofóbica e voltada para o
interior da membrana.

Os fosfolipídios movem-se, porém, sem perder o contato. Isso permite a exibilidade


e elasticidade da membrana. As proteínas podem ser transmembranas (que
atravessam a membrana) ou periféricas (estão apenas em um dos lados).

Transporte de Substâncias
O transporte de substâncias através da membrana plasmática pode ser de modo
passivo ou ativo.

O transporte passivo ocorre sem gasto de energia. As substâncias deslocam-se do


meio mais concentrado para o menos concentrado. São exemplos:

Difusão Simples - É a passagem de partículas de onde estão mais


concentradas para regiões em que sua concentração é menor. Ex. Oxigênio.
Difusão Facilitada - É a passagem, através da membrana, de substâncias que
não se dissolvem em lipídios, com ajuda das proteínas da bicamada lipídica da
membrana. São necessárias proteínas chamadas permeases para fazer o
transporte. Ex. glicose.
Osmose - É a passagem de água de um meio menos concentrado (hipotônico)
para outro mais concentrado (hipertônico). Ex. água.
O transporte ativo ocorre com gasto de energia (ATP). As substâncias deslocam-se
de menor para o de maior concentração. São exemplos:

Transporte em Bloco: Endocitose e Exocitose - Ocorre quando a célula transfere


grande quantidade de substâncias para dentro ou para fora do seu meio
intracelular. Ex. fagocitose.
Bomba de Sódio e Potássio - Passagem de íons sódio e potássio para a célula,
devido às diferenças de suas concentrações, contra um gradiente de
concentração. Ex. bomba de sódio e potássio.

Figura 2: Transportes de membrana

Fonte: shutterstock
Compartimentos celulares,
organelas e citoesqueleto

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
A substância que compõe o  citoplasma se chama citosol ou hialoplasma. É um
líquido  gelatinoso na qual as organelas cam mergulhadas  e que tem os seus
limites de nidos por uma membrana, que é a membrana celular.

O citoplasma é, portanto, o espaço onde se encontram todas as organelas.

As  membranas têm a função de revestir, proteger e de dar forma aos organismos
onde estão presentes. Além da membrana plasmática,  as mitocôndrias, os
peroxissomos, o retículo endoplasmático rugoso (RER), o retículo endoplasmático
liso (REL), o complexo de Golgi e os lisossomos são todas organelas ou organoides
celulares membranosos.

As principais organelas citoplasmáticas são:

Membrana plasmática: é o que envolve a célula, que a delimita e tem a função


de permeabilidade seletiva.
Núcleo: encontrado nas células eucariontes, guarda o material genético, o DNA
do ser vivo e comanda tudo que acontece dentro da célula.
Mitocôndria: tem a função principal de respiração celular, de produzir energia
(ATP) para aquela célula funcionar e exercer suas atividades. Tem seu próprio
DNA e seus próprios ribossomos.
Ribossomos: fazem a síntese de proteínas.
Lisossomos: têm função de digestão intracelular. Contém enzimas que vão
realizar a quebra de substâncias dentro da célula. Eles podem digerir
substâncias que vêm de fora (heterofagia), ou pode digerir substâncias que já
estão ali dentro (autofagia).
Retículo endoplasmático:  conjunto de bolsas e tubos que têm função
principal de transportar algumas substâncias. Existem dois tipos, Rugoso ou
Granuloso (RER) e Liso ou Agranuloso (REL).
Figura 1: Anatomia da célula

Fonte: freepik

O granuloso tem esse nome por conter vários ribossomos aderidos a ele, aí a sua
função será a síntese de proteínas. A diferença é que ele vai sintetizar proteínas que
serão utilizadas fora da célula. Os ribossomos que cam soltos pela célula irão
sintetizar proteínas que são utilizadas pelas células.

O retículo endoplasmático liso tem a função de sintetizar lipídeos. Ele vai


desintoxicar a célula, vai degradar as substâncias tóxicas que estão ali dentro.

Complexo de Golgi: formado também por bolsas sobrepostas, tem a função de


secreção celular, isto é, de levar o que está dentro da célula para fora dela.
Também tem a função de sintetizar carboidratos do tipo polissacarídeos.
Centríolos: são formados por microtúbulos que vão ajudar os cromossomos a
se separarem na hora da divisão celular. Estão presentes também em cílios e
agelos, auxiliando na locomoção de algumas células.
Peroxissomos:  tem a função de quebrar água-oxigenada ou peróxido de
hidrogênio. Utiliza para isto, a enzima catalase. O peróxido de hidrogênio pode
estar presente dentro das células devido a alguns processos e é extremamente
tóxico.
Citoplasma: é composto por uma substância gelatinosa chamada citosol, e
pelas organelas presentes naquela célula, é todo o espaço onde as organelas
estão imersas.
Citoesqueleto: é o que dá sustentação e forma àquela célula, formado por um
conjunto de estruturas proteicas que cam no citoplasma e ajudam nessa
sustentação.
Estrutura mitocondrial e
função energética

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
As mitocôndrias são organelas presentes em células de seres eucariotos. A
membrana da parte interna forma várias dobras que chamamos de cristas
mitocondriais, entre essas cristas existe uma substância preenchendo o espaço, a
qual chamamos de matriz mitocondrial.

O DNA mitocondrial é idêntico ao das bactérias e são capazes de se autoduplicarem,


dizemos que elas têm DNA próprio. Esse fato leva a hipótese de que as mitocôndrias
surgiram de bactérias primitivas que invadiram uma célula e passaram a viver
harmonicamente com ela – teoria da endossimbiose. Tanto a membrana interna
quanto a matriz mitocondrial possuem enzimas respiratórias que estão envolvidas
na respiração aeróbia.

Figura 1: Estrutura de uma mitocôndria

Fonte: shutterstock

Respiração celular
A respiração celular pode ocorrer de duas formas, uma utiliza o oxigênio para a
reação, a respiração aeróbica, e a outra não utiliza, a respiração anaeróbica.
As necessidades nutricionais do corpo são supridas, em princípio, ao ingerir os
nutrientes, como carboidratos, lipídios e proteínas. Essas moléculas, entretanto, são
muito grandes, o que faz com que o corpo as quebre para poder utilizá-las. Após
essa digestão feita pelo organismo, restam carboidratos simples, como a glicose,
ácidos graxos e aminoácidos, que, então, podem ser utilizados. São essas moléculas
que são usadas para obter energia pelo organismo, em especial os açucares simples
como a glicose. Entretanto, elas não podem ser utilizadas diretamente, isto é, elas
são processadas para gerar outra molécula que poderá ser utilizada com essa
nalidade, a adenosina trifosfato ou apenas ATP.

O ATP é uma molécula é composta pela base nitrogenada adenina, açúcar e três
fosfatos. A energia é liberada das duas ligações que unem os fosfatos. Elas são
ligações de alta energia que, quando necessário para alguma função ou reação do
corpo, são quebradas liberando energia su ciente para esses eventos.

Figura 2: Liberação de energia da molécula de ATP

Fonte: Shutterstock

A respiração anaeróbica –glicólise- ocorre no citosol das células e não se trata de


uma forma muito e ciente para a geração de ATP. Isso ocorre porque ao m do
processo é gerada bem pouca energia, mais especi camente, um mol de glicose
acaba gerando apenas dois mols de ATP.
Figura 3: Como fotossíntese e respiração celular se complementam

Fonte: Shutterstock

A respiração aeróbica (ciclos de Krebs e cadeia respiratória) se trata da obtenção de


energia utilizando o oxigênio como componente do processo, como ocorre, por
exemplo, na fosforilação oxidativa. Esse processo ocorre nas mitocôndrias das células
e utiliza um dos produtos da glicólise, o ácido pirúvico ou piruvato. Assim, essa via de
obtenção de energia acaba gerando trinta e seis mols de ATP a partir de um mol de
glicose.
Figura 4: A respiração aeróbia depende da mitocôndria

Fonte: shutterstock

SAIBA MAIS
Você sabia que as mitocôndrias, organelas celulares responsáveis pela
produção de energia para as células são uma herança exclusivamente
materna? Pois é, uma das teorias relata que no momento da
fecundação, quando o espermatozoide atinge o interior do óvulo, o
mesmo contribui para formação do zigoto apenas com o núcleo e o
centríolo. A maioria das mitocôndrias do espermatozoide cam de fora,
com a cauda que ca para trás quando o mesmo adentra ao ovócito.

As poucas mitocôndrias do espermatozoide que passam são absorvidas


pelo citoplasma do óvulo onde se desintegram.

ACESSAR
REFLITA
“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite
que ele possa ser realizado.”

Roberto Shinyashiki.
Conclusão - Unidade 3

Caro aluno,

Realize todas as atividades sugeridas para que você possa xar seu conhecimento.
Revise seu material, se necessário, várias vezes. Cumpra todas as etapas pelas quais
acabamos de passar para que você esteja apto a acompanhar novos conteúdos.

Busque informações mais aprofundadas em outras referências bibliográ cas e


sedimente seu conhecimento.

Lembre-se de que esses assuntos necessitam de muita leitura adicional. Esforce-se


para obter os resultados almejados.

Leitura Complementar
Normalmente, a identi cação genética é realizada pela análise do DNA nuclear.
Porém, um outro tipo de DNA pode ser analisado (o DNA mitocondrial - mtDNA).

O mtDNA apresenta um padrão de herança materna, ou seja, a sequência é idêntica


para todos os familiares por parte de mãe (herança matrilinear). Pode ser usado para
identi car pessoas desaparecidas, através de análise por comparação com parentes.

É útil, também, na identi cação de materiais muito antigos ou em avançado grau de


decomposição. A análise do mtDNA tem ajudado a solucionar diversos casos na
genética forense, sendo utilizada com sucesso por laboratórios dos EUA e Europa.

Fonte: https://genomic.com.br/dna-mitocondrial
Registro de imóveis I - 3ª edição

Livro

Web

Acesse o link

Acesse o link
Unidade 4
Biologia - ciclo celular

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Mitose e meiose

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Há dois tipos de divisão celular, a mitose e a meiose. A mitose é um tipo de divisão
celular que ocorre desde o surgimento da primeira célula do embrião (célula-ovo ou
zigoto) até a nossa morte. É por meio das mitoses que crescemos, renovamos as
células da pele, do sangue etc., e fechamos ferimentos quando nossos tecidos são
injuriados.

A mitose se inicia com uma célula diplóide (2n= 46 cromossomos), ou seja, com o
número total de cromossomos da espécie. Antes de ocorrer a mitose, há um período
denominado interfase, em que ocorre a duplicação do material genético, para
depois começar a divisão propriamente dita.

O Ciclo Celular
O ciclo celular corresponde aos eventos que ocorrem desde a formação de uma
célula até a sua própria divisão em duas células- lhas, com o mesmo número de
cromossomos. Esse ciclo é dividido em duas etapas básicas: a intérfase, etapa em
que a célula está se preparando para se dividir, e a mitose, etapa em que a célula
está em divisão.

Os períodos da intérfase são denominados  G1,  S (onde ocorre a duplicação do


DNA)  e  G2  e as fases da mitose são denominadas  prófase, metáfase,
anáfase e telófase.
Figura 1: Ciclo celular

Fonte: shutterstock

Mitose
Veja no quadro a seguir, as principais alterações que ocorrem na mitose.
Quadro 1: Fases da mitose e meiose

FASES MITOSE MEIOSE I

Desintegração da
carioteca e do nucléolo;
Desintegração da Formação do fuso
carioteca e do nucléolo; acromático;
Formação do fuso Condensação dos
acromático; cromossomos (se tornam
Prófase
Condensação dos visíveis ao microscópio)
cromossomos (se tornam Ocorrência do crossing-
visíveis ao microscópio). over;
Pareamento de
cromossomos.

Alinhamento dos PARES


Alinhamento dos de
cromossomos no  plano cromossomos duplicados
Metáfase
equatorial da célula. no plano equatorial da
célula.

Separação dos pares de


Separação das
cromossomos
Anáfase cromátides-irmãs.
homólogos.

Reaparecimento do
nucléolo e da carioteca;
Divisão do citoplasma e
Desaparecimento do fuso
continuação
acromático;
Telófase da divisão com a meiose
Desorganização dos II.
cromossomos (não é
possível diferenciá-los).

Fonte: adaptado pelo autor.


Figura 2: Fases da mitose

Fonte: shutterstock

Meiose
A meiose é um tipo de divisão em que uma célula dá origem a quatro novas células
com metade do número de cromossomos da célula inicial (divisão reducional). Uma
célula que apresenta 2n = 46 cromossomos, ao sofrer meiose, dá origem a quatro
células com n = 23 cromossomos.

Na verdade, a meiose está dividida em meiose reducional (R!) e meiose equacional


(E!). A primeira separa os cromossomos homólogos e a segunda separa as
cromátides-irmãs.

A meiose é um processo importante para a variabilidade genética, sendo o tipo de


divisão que ocorre no processo de formação de espermatozoides e óvulos.

Durante a meiose ocorre o crossing-over ou recombinação gênica, por isso os


gametas são sempre diferentes.
Figura 3: fases meiose

Fonte: shutterstock

As últimas quatro células são os gametas (espermatozoides ou óvulos)


Ribossomos e síntese
proteica

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Ribossomos
Os Ribossomos são pequenas estruturas em forma de grânulos que estão presentes
em todas as células. Participam de uma das funções mais importantes da célula, a
síntese ou produção de proteínas. Esta função de síntese de proteínas se concretiza
quando os ribossomos cam en leirados, formando os polissomas ou
polirribossomos, no citoplasma ou aderidos ao retículo endoplasmático rugoso.

A função dos ribossomos é auxiliar na produção das proteínas nas células. Essas
proteínas podem assumir várias funções no organismo: estrutural, enzimática,
hormonal e defesa.

Os ribossomos reúnem diversos aminoácidos durante a síntese proteica através de


uma ligação química chamada de ligação peptídica (ligação entre um aminoácido e
outro).

A estrutura dos ribossomos assemelha-se a um grânulo, por isso possui uma forma
arredondada.

Figura 1: Estrutura do ribossomo

Fonte: shutterstock
É formado por moléculas de RNA ribossômico (+- 50%), associado às proteínas (+-
50%). Eles estão presentes em grande parte no hialoplasma (ribossomos livres), no
entanto, podem ser encontrados nas mitocôndrias, nos cloroplastos e no retículo
endoplasmático granular ou rugoso (quando os ribossomos estão aderidos à sua
superfície externa).

Os ribossomos podem ser considerados organelas celulares não membranosas de


forma que permanecem livres no citoplasma (hialoplasma) das células. Apresentam
uma subunidade maior e outra menor com sítios especí cos de ligação para as
moléculas de RNAs.

Síntese Proteica
Tradução é a designação para o processo de síntese de proteínas. Ocorre no
citoplasma com a participação, entre outros, de RNA, dos ribossomos e de
aminoácidos.

Tudo começa no DNA, no gene, segmento de DNA que contém as informações para
a síntese de uma proteína. O DNA se abre e pelo processo da transcrição serão
produzidos diversos tipos de RNAs (mensageiro, ribossômico e transportador). O
RNAm produzido contém uma sequência de bases nitrogenadas transcritas do
DNA, onde estão localizados os códons (trinca de nucleotídeos no RNAm). Essas
trincas terão que ser “lidas” pelos ribossomos e RNAs transportadores, pois,
sequências especí cas dessas trincas indicam qual é o aminoácido que deverá ser
trazido pelo RNAt.
Figura 2: observação da ocorrência da transcrição

Fonte: shutterstock

No citoplasma, o RNAm irá participar da síntese de proteínas, juntamente com RNA


transportador e com o ribossomo. Note que enquanto o DNA é de dupla ta, os
RNAs são de ta simples.

O RNA ribossômico associa-se a proteínas, formando os ribossomos, organelas


responsáveis pela leitura da mensagem contida no RNA mensageiro. Os RNAt
possuem os anticódons que reconhecem os códons do RNAm, trazendo um
aminoácido especí co de acordo com esse reconhecimento. Os RNAt são
 responsáveis pelo transporte de aminoácidos até o local onde se dará a síntese de
proteínas junto aos ribossomos. Os RNAt são moléculas de ta simples, de pequeno
tamanho, lembrando em formato uma cruz invertida que traz em sua extremidade
uma molécula de aminoácido.
Figura 3: Transcrição e tradução

Fonte: shutterstock

Esquema mostrando as etapas da transcrição e tradução para formação de uma


proteína

Duas regiões se destacam em cada RNAt: um é o local em que se ligará o


aminoácido a ser transportado e a outra corresponde ao trio de bases
complementares (anticódon) do RNAt, que se encaixará no códon correspondente
do RNAm.

Anticódon é o trio de bases nitrogenadas do RNAt, complementar do códon do


RNAm.

Conforme os RNAt vão se colocando lado a lado na molécula de RNAm, os


aminoácidos trazidos por eles cam próximos e ocorre uma ligação entre esses dois
aminoácidos, ligação conhecida como ligação peptídica. Dessa forma, as cadeias de
aminoácidos vão se tornando cada mais maiores no caso de formação de proteínas,
moléculas de alto peso molecular.
Tipos celulares e
diferenciação celular

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
São mais de 10 trilhões de células que formam o organismo humano. Obviamente,
há inúmeras classi cações para reuni-las em grupos distintos. Variam em forma,
tamanho, tempo de vida e função e algumas estão presentes em uma fase da vida e
em outras fases desaparecem ou são substituídas.

As células lábeis são células que se regeneram com facilidade e rapidez. São
exemplos as células da epiderme, do epitélio que forma os espermatozoides e
células formadoras de sangue.

Células estáveis são células cuja capacidade de replicação dos núcleos permanece
em descanso na maior parte do tempo, mas isso muda rapidamente quando se
recebe um estímulo adequado. Ex. broblastos.

Células permanentes são células cujos núcleos não possuem mais a capacidade de
reiniciar o processo de divisão celular e uma vez perdida essa capacidade, essas
células não são mais substituídas. São exemplos os neurônios.

É bom lembrarmos que os 10 trilhões de células se originaram pela multiplicação e


diferenciação celular a partir de uma única célula, a célula-ovo ou zigoto, resultante
da fecundação do óvulo pelo espermatozoide.

Figura 1: Diferenciação celular a partir de células-tronco

Fonte: shutterstock
No início da formação do embrião, as células eram idênticas (não diferenciadas) e,
sob o controle genético, foram dadas informações a essas células-tronco para a
formação de outros tipos de células com formatos e funções especí cos, processo
denominado diferenciação celular.

Foi a partir desse processo que surgiram as células musculares, os neurônios, o


broblastos, hemácias, leucócitos, mastócitos etc.
Características gerais dos
principais tecidos e
técnicas de coloração

AUTORIA
Marcelo A. de Lima
A histologia é a ciência que estuda os tecidos biológicos, a sua formação, estrutura
(tipos diferenciados de células) e funcionamento.

Figura 1: Potencial aplicação para células tronco

Fonte: shutterstock

Nosso organismo é constituído por diferentes tipos de células, especializadas em


realizar diversas funções. As células com determinado tipo de especialização
organizam-se em grupos, formando os tecidos (nervoso, muscular, conjuntivo e
epitelial). Alguns tecidos são formados por células que possuem a mesma estrutura;
outros são formados por células que têm diferentes formas e funções, mas que
juntas colaboram na realização de uma função geral maior.
Figura 2: Tipos de tecidos

Fonte: shutterstock

Os tecidos presentes no homem adulto são formados a partir de três tipos de


folhetos embrionários: endoderme, ectoderme e mesoderme. Cada um desses
folhetos, durante o desenvolvimento embrionário, é responsável pela formação de
células especializadas quanto à forma e função.
Figura 3: Esquema da diferenciação celular para formar tecidos

Fonte: shutterstock

Ao nal do processo de diferenciação das células embrionárias, cada folheto irá


originar:

Ectoderma

Epiderme e anexos cutâneos;


O sistema nervoso;
Epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal.

Mesoderma

Derme
Músculos;
Sistema circulatório;
Sistema esquelético;
Sistema excretor e reprodutor.
Endoderma

Epitélio de revestimento e glândulas do trato digestivo, com exceção da


cavidade oral e anal;
Sistema respiratório;
Fígado e pâncreas.

Tecido Epitelial
É o tecido responsável pelo revestimento interno e externo dos órgãos (tecido
epitelial de revestimento) e também pela formação de todas as glândulas do corpo
(tecido epitelial glandular).

Figura 4: Glândulas formadas a partir do tecido epitelial glandular

Fonte: shutterstock
Figura 5: Algumas variedades do tecido epitelial de revestimento.

Fonte: shutterstock

As células desse tecido são justapostas, unidas por pequena quantidade de material
cimentante, com raro espaço intercelular. Os epitélios não avasculares e inervados. A
nutrição das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes no tecido
conjuntivo subjacente. Além disso, as células desse tecido podem ser cilíndricas,
cuboides ou pavimentosas e o tecido pode se organizar em uma camada ou em
várias camadas, dependo do órgão.
Quadro 1: Classi cação do tecido epitelial de revestimento

Classi cação Característica Função Ocorrência

Células Facilitar Alvéolos


Pavimentoso
achatadas trocas pulmonares

Células
achatadas Facilitar Capilares
Endotélio
(Espessura trocas sanguíneos
variável)
FORMA
Canais de
Células
Cúbico Revestimento glândulas
cúbicas
Cristalino

Células
Prismático
prismáticas Revestimento Intestino
(cilíndrico)
(altas)

Troca de
Uma camada Alvéolos
Simples substâncias
celular pulmonares
Absorção

Várias Epiderme
Estrati cado Proteção
camadas Esôfago

NÚMERO Aparenta
Pseudoestrati cado várias Revestimento Traqueia
camadas

Poucas
Mudança de
camadas com Bexiga
Transição (misto) forma do
células urinária
órgão
diferentes

Fonte: adaptado pelo autor.

Tecido Muscular
O tecido muscular tem como função básica a realização de movimentos do corpo. É capaz de
encurtar suas células (contração) e de voltar à forma relaxada (relaxamento).

O tecido muscular apresenta como características:

Células alongadas e, portanto, são descritas como bras musculares.


O citoplasma das bras musculares é especializado para a contração e é conhecido
como sarcoplasma.
O sarcoplasma possui unidades contráteis chamados mio brilas.
Presença de duas proteínas importantes na contração: actina e miosina.

Figura 6: Tipos de tecidos musculares

Fonte: shutterstock

As bras musculares têm capacidade muito limitada para sofrer divisão celular.

O músculo liso
O músculo liso ou visceral tem células fusiformes. As bras musculares são uninucleadas e o
núcleo está situado na região mais ampla da bra. O sarcoplasma contém mio brilas nas.
No entanto, as mio brilas não formam faixas transversais ou estrias. As contrações são lentas
e rítmicas. É involuntário, uma vez que o seu funcionamento está sob a função do sistema
nervoso autônomo.
O músculo liso ocorre em quase todos os órgãos viscerais do corpo, exceto o coração. Ele é
particularmente abundante nos vasos sanguíneos e no tubo digestivo.

Músculo estriado esquelético


O músculo estriado esquelético ocorre em feixes chamados feixes ou fascículos. Cada
fascículo tem um grande número de bras musculares que são mantidas juntas por tecido
conjuntivo. A bra muscular é alongada, cilíndrica, não rami cada e multinucleada. As
mio brilas presentes no sarcoplasma exibem uma disposição característica, resultando na
formação de estrias quando vistas ao microscópio.

O músculo estriado esquelético tem um rico suprimento de sangue. Ele recebe inervação
motora através de nervos eferentes que terminam em placa motora. As contrações podem
ser lentas ou rápidas. O músculo facilmente experimenta fadiga desde que o gasto de
energia é muito alto. Ele é descrito como voluntário, pois, responde aos nossos comandos
encefálicos voluntários.

Exemplos de músculos estriados esqueléticos são o bíceps, diafragma, intercostais, peitorais.

Músculo Estriado Cardíaco


O Músculo Estriado Cardíaco ou Miocárdio tem suas células em formato de sincício. As bras
musculares são alongadas, cilíndricas e rami cadas. As bras musculares são multinucleadas
e apresentam os discos intercalares.

As bras musculares cardíacas têm rico suprimento de sangue proveniente das artérias
coronárias. O controle nervoso é feito pelos nervos simpáticos e parassimpáticos do sistema
nervoso autônomo. As contrações são lentas e rítmicas. O músculo não sofre fadiga, porém,
quando suas células morrem por falta de sangue, chamamos a isso de infarto do miocárdio

Tecido conjuntivo
Caracteriza-se por apresentarem diversos tipos de células imersas em grande quantidade de
material extracelular ou matriz, sintetizado pelas próprias células da matriz, assim como,
vários tipos de bras (colágenas, elásticas e reticulares) que estão mergulhadas na
substância fundamental amorfa da matriz.

O tecido conjuntivo apresenta subtipos, classi cado da forma que segue: tecido conjuntivo
frouxo, denso, adiposo, reticular ou hematopoiético, cartilaginoso e ósseo.
Figura 7: Componentes do tecido conjuntivo

Fonte: shutterstock

Tecido conjuntivo frouxo


Preenche os espaços não ocupados por outros tecidos, apóia e nutre células
epiteliais, envolve músculos, nervos e vasos. Participa da estrutura de vários órgãos e
tem papel importante na cicatrização. É o tecido mais distribuído no corpo. As bras
presentes na substância fundamental amorfa estão frouxamente organizadas, são
elas: colágenas (são formadas pela proteína lamentosa colágeno e são resistentes à
tração; elásticas (formadas pela proteína elastina); reticulares (são formadas por
colágeno no) e formam uma rede de sustentação para algumas células.

As principais células desse tecido são os broblastos (que produzem as bras e a


substância fundamental amorfa) e os macrófagos (células de defesa) que realizam
fagocitose de elementos estranhos.

Tecido conjuntivo denso


Nesse tecido há um predomínio de broblastos e bras colágenas. É classi cado
em:
Modelado: suas bras são ordenadas com orientação xa, tornando-o muito
resistente à tração. Ex. tendões musculares
Não-modelado: as bras estão dispostas em várias direções. Ex. derme.

Tecido conjuntivo adiposo


Nesse tecido há uma abundância de adipócitos com pouca matriz extracelular. Tem
como papel principal a reserva de lipídios (reserva energética) e também atua no
isolamento término e na proteção contra choques mecânicos de alguns órgãos.

Tecido conjuntivo reticular


As bras reticulares e as células desse tecido são encontradas principalmente em
órgãos com capacidade hematopoiética (produtora de sangue). Em alguns órgãos
linfóides, na medula óssea é comum encontrarmos esse tecido.

Tecido conjuntivo cartilaginoso


Serve para conferir sustentação para algumas partes do corpo, mas apresenta um
pouco de exibilidade, não sendo totalmente rígido. É avascular e desnervado,
sendo nutrido pelo conjuntivo adjacente. Pode ser encontrado nas cartilagens
articulares das junturas sinoviais (cartilagem hialina); nos discos intervertebrais
( brocartilagem) e no nariz e orelha (cartilagem elástica). Apresenta dois tipos de
células: os condroblastos que produzem as bras e a substância fundamental, e os
condrócitos que fazem a manutenção do metabolismo do tecido.

Tecido conjuntivo ósseo


Nesse tecido são encontradas como principais células os osteoblastos (produzem
osso), os osteócitos (fazem a manutenção) e os osteoclastos (fazem a reabsorção
óssea). Estas células estão em lacunas do tecido ósseo. Na matriz, a substância
fundamental é rica em sais de cálcio, fósforo e magnésio (conferem rigidez ao osso)
 e também possui bras colágenas (conferem um pouco de exibilidade).

Em um osso longo como o fêmur, podemos observar os dois tipos de substâncias


ósseas encontradas em todos os ossos do corpo:

Substância óssea compacta

O tecido ósseo se organiza em tal con guração que são formadas lamínulas ósseas
concêntricas que se sobrepõem, formando espécies de colunas ósseas que não
deixam espaços entre si. Nessas colunas há as células do tecido ósseo, bras, e
canais por onde passam vasos sanguíneos e nervos – canais de Havers -. Toda essa
estrutura é denominada Sistema de Havers. Os sistemas de Havers conferem rigidez
ao osso.
Figura 8: Sistema de Havers

Fonte: Shutterstock

Substância óssea esponjosa

o tecido ósseo se organiza a forma trabéculas ósseas minúsculas que deixam poros
entre si e que são preenchidos por medula óssea. Esse tipo de arranjo deixa o osso
mais leve.
Figura 9: Observe externamente a substância óssea compacta e internamente, a
substância óssea esponjosa.

Fonte: shutterstock

Tecido Nervoso
O tecido nervoso forma os órgãos do sistema nervoso. Neste tipo de tecido há dois
tipos de células: as células da neuróglia ou gliais e as células nervosas propriamente
ditas, os neurônios.

O neurônio é uma célula altamente especializada em gerar impulso nervoso. Já as


células gliais preenchem os espaços entre os neurônios e possuem funções
especí cas para a manutenção do tecido nervoso.

Células da Neuróglia
Os oligodendrócitos são células presentes no sistema nervoso central. Essas células
são responsáveis pela produção e manutenção da bainha de mielina, uma camada
de gordura, que envolve os axônios dos neurônios.
Figura 10: Células da neuroglia ou glia

Fonte: shutterstock

Astrócitos são células responsáveis pela nutrição dos neurônios, micróglia são
células que realizam a fagocitose de microrganismos no sistema nervoso central e
as células ependimárias produzem o líquor ou líquido cefalorraquidiano.

Neurônio
Os neurônios são células responsáveis pela geração e transmissão dos impulsos
nervosos, dotadas de um corpo celular e numerosos prolongamentos
citoplasmáticos.
Figura 11: Neurônio

Fonte: shutterstock

O corpo celular ou pericário contém um núcleo grande e arredondado. As


mitocôndrias são numerosas e o ergastoplasma é bem desenvolvido. Os
prolongamentos do neurônio podem ser de dois tipos: dendritos, rami cações que
têm a função de captar estímulos e o axônio, o maior prolongamento da célula
nervosa (pode ser microscópico ou atingir um metro), transmite os impulsos
nervosos.
Figura 12: Sinapse nervosa

Fonte: shutterstock

As sinapses são regiões de conexão química estabelecidas entre um neurônio pré-


sináptico e outro neurônio pós-sináptico; entre um neurônio e uma célula muscular
ou entre um neurônio e uma célula glandular.

Um neurônio não se comunica sicamente com outro neurônio nem com a bra
muscular, tampouco com a célula glandular. Existe entre eles um microespaço só
visível ao microscópio eletrônico, denominado fenda sináptica, na qual um neurônio
descarrega seus neurotransmissores ou mediadores químicos (Adrenalina,
acetilcolina, dopamina, serotonina etc) que estavam armazenados nas vesículas
sinápticas. Da fenda sináptica, esses neurotransmissores interagem com receptores
especí cos localizados na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico,
alterando a permeabilidade e as cargas elétricas desta membrana, causando a
formação do impulso nervoso ou despolarização. A despolarização percorre todo o
neurônio pós-sináptico, repetindo o processo. É dessa forma que a informação é
passada de um neurônio a outro.
SAIBA MAIS

Impulso nervoso
Para que o impulso nervoso seja propagado, é necessário que o
neurônio esteja com a membrana em potencial de repouso e que sua
superfície interna esteja com carga negativa de 70 a 90 milivolts. Essa
fase é conhecida como  polarização. Em  repouso, a membrana
plasmática do axônio bombeia Na+  para o meio externo e, ao mesmo
tempo, transfere íons K+ para o interior da célula. Nesse momento, pode
ocorrer também a difusão passiva de sódio para o interior da célula e de
potássio para fora. O potássio passa para o meio externo com maior
rapidez do que o sódio entra, fazendo com que mais cargas positivas
permaneçam fora da célula. São essas ações que determinam o
potencial de repouso. Quando o neurônio sofre estímulo, ocorre uma
mudança transitória do potencial de membrana. Nesse momento,
acontece a abertura dos canais iônicos e a entrada rápida de Na+, que
estava em grande quantidade, no meio extracelular. Quando esse íon
entra, ocorre a mudança de potencial e o interior do axônio passa a ser
positivo (despolarização).

Esse conjunto de alterações sequenciais que garante a transição de


potencial é chamado de potencial de ação. Essa mudança faz com que
os canais de Na+  fechem-se e provoca a abertura dos canais de K+. O
íon K+  começa a sair por difusão, e o potencial de repouso da
membrana retorna ao normal (repolarização).

ACESSAR

Técnicas de coloração
A nalidade da coloração é dar cor a diferentes estruturas que compõem os tecidos,
muitas vezes suas estruturas são transparentes e invisíveis. Podem ser usadas
substâncias que coram de forma difusa as estruturas (colorações difusas), ou que as
coram seletivamente (colorações seletivas).
As colorações progressivas são aquelas em que o tecido alvo é imerso na solução
corante até se obter a intensidade de coloração desejada. As colorações regressivas
caracterizam-se por, numa fase inicial, todas as estruturas do tecido serem coradas
de uma forma intensa; esta coloração é posteriormente removida das estruturas que
não se pretendem corar, por perda seletiva do corante, através da sua extração com
um solvente.

Os corantes básicos são aqueles cuja propriedade corante é devida ao composto


básico da sua molécula e ligam-se preferencialmente à cromatina e às proteínas
nucleares. As estruturas que se ligam a estes corantes são denominadas de
basó las. Os corantes ácidos devem conter na sua composição grupos ácidos
(aniões). Têm uma a nidade particular para o citoplasma das células e substâncias
essenciais, sendo assim denominadas de acidó las. Os corantes neutros
correspondem a compostos cujas propriedades são devidas aos dois compostos das
suas moléculas (o ácido e o básico). os seus componentes dissociam-se quando em
contacto com os tecidos e os seus compostos ácidos e básicos associam-se,
respectivamente, a componentes celulares acidó lose basó los.

A coloração com  Hematoxilina e Eosina (H&E)  é provavelmente a técnica mais


utilizada na coloração dos tecidos, devido à sua simplicidade e à sua capacidade de
permitir visualizar uma grande quantidade diferente de estruturas tissulares. A
hematoxilina cora de azul os núcleos, apresentando grande detalhe intranuclear. A
eosina cora o citoplasma das células e a maioria das bras do tecido conjuntivo de
forma e intensidade diferentes, variando do rosa ao laranja ou vermelho.
Figura 13: Lâmina corada com Hematoxilina e Eosina

Fonte: shutterstock

REFLITA
“Quero conhecer os pensamentos de Deus... O resto é detalhe.”

Albert Einstein.
Conclusão - Unidade 4

Caro aluno,

Realize todas as atividades sugeridas para que você possa xar seu conhecimento.
Revise seu material, se necessário, várias vezes. Cumpra todas as etapas pelas quais
acabamos de passar para que você esteja apto a acompanhar novos conteúdos.

Busque informações mais aprofundadas em outras referências bibliográ cas e


sedimente seu conhecimento.

Lembre-se de que esses assuntos necessitam de muita leitura adicional. Esforce-se


para obter os resultados almejados.
Leitura Complementar
O que é lúpus?
Seu nome completo é lúpus eritematoso sistêmico. Em resumo, ele é um distúrbio
crônico que faz o sistema imunológico produzir anticorpos em excesso sem um
motivo aparente. A questão é que os anticorpos, quando em alta concentração,
passam a atacar o próprio organismo, provocando in amações e lesões em vários
órgãos.  Rins,  pulmões,  pele  e  articulações  são as áreas mais acometidas, porém a
doença eventualmente atinge até cérebro e coração.

Mais comum nas mulheres jovens, como é o caso de Selena Gomez e Lady Gaga, o


transtorno pode ser brando em determinados casos e, em outros, incapacitante ou
mesmo fatal. E seu curso é imprevisível. Às vezes, o indivíduo ca anos sem nenhum
sintoma e, de repente, volta a sofrer com dores e outras complicações. Até por isso é
tão crucial seguir o tratamento e as orientações dos especialistas.

Sinais e sintomas

Dores nas articulações


Febre
Queda de cabelo
Manchas avermelhadas, especialmente em rosto, pescoço, peito e cotovelos
Feridas na boca
Inchaço e vermelhidão ao redor das unhas
Dor de cabeça
Dor ao respirar
Em casos graves, convulsões

Fatores de risco

Alta exposição aos raios ultravioletas


Usos de contraceptivos orais
Histórico familiar

A prevenção

Não existem maneiras conhecidas de impedir o aparecimento da doença. Por outro


lado, quanto mais cedo ela é agrada, mais fácil ca de frear sua progressão e seus
sintomas.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-lupus
Livro
Web

Acesse o link

Acesse o link

Acesse o link
Considerações Finais

Prezado(a) aluno(a).

Como parte do rol de conhecimentos que você irá adquirir durante seu curso, trouxe
até você uma introdução à Anatomia e Fisiologia Humana. Este conteúdo irá lhe
fornecer subsídios para que possa progredir em disciplinas correlatas.

Fizemos também uma revisão de conceitos básicos da citologia, histologia,


embriologia e biologia molecular e traçamos rotas para estudos mais avançados.

De posse desses conhecimentos, você já é capaz de ver o organismo humano de


forma interdisciplinar, interligando conhecimentos e abrindo novos horizontes para
o seu progresso e, da ciência.

Esta talvez seja sua primeira obra sobre o corpo humano, no ambiente universitário.
Lembre-se de ter um inconformismo positivo, ou seja, não se contente somente
com esta obra, ela deve ser apenas a primeira de muitas que você terá contato
durante sua vida pro ssional. Sucesso!

Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!

Você também pode gostar