Apostila - ISAIAS
Apostila - ISAIAS
Apostila - ISAIAS
Palavra-chave: Salvação!
• Santidade de Deus.
• Luz (do hebraico ‘or) – 2.5; 5.30; 10.17; 13.10; 30.26; 45.7; 58.10;
60.20 – trata tanto da luz literal como a simbólica, como um estilo de vida
adequado caracterizado como andar na luz de Deus (2.5).
• Benção (do hebraico berakah) – 19.24-25; 44.3; 51.2; 619; 65.8; 66.3 –
como promessa de Deus para beneficiar todas as nações por meio dos
descendentes de Abraão.
• Servo (do hebraico ‘ebed) – 20.3; 24.2; 37.35; 42.1; 44.21; 49.5; 53.11
– o Messias vindouro como Servo de Deus obedeceria totalmente a sua
vontade.
1
“Quem pode duvidar da importância deste livro profético? É o primeiro e o mais extenso, foi o mais influente na tradição
judaica e cristã, é o que tem a mais sublime linguagem poética e simbólica, o que deixou textos imortais na liturgia, o que
tanto contribuiu para manter a esperança dos que sofrem. Para os cristãos, é também o que “configurou” o programa
profético de Jesus (Lc 4,16-30)”. (José Severino CROATTO, Composição e querigma do livro de Isaías. Revista de
Interpretação Bíblica Latino-Americana, v. 35/36, Petrópolis, 2000, p.42-76, citado p.42).
2
O profeta é claro a respeito do que tratam suas “visões”. O livro inicia com estas palavras: “Visão de Isaias, filho de
Amoz, a qual ele viu a respeito de Judá e Jerusalém”. Ou seja, é uma visão sobre Judá e Jerusalém.
3
O livro de Isaias não está em ordem cronológico; o livro segue uma ordem histórica genérica.
1
• Salvação (do hebraico yeshua’ah) – 12.2; 25.9; 33.6; 49.6; 51.8; 52.10;
59.11; 62.1. a palavra “salvação” aparece 27 vezes só em Isaias e apenas
dez vezes em todos os demais livros proféticos. Isaias descreve a
libertação da angustia. Mas a expressão o “Deus da minha salvação”
possui uma natureza mais privada, referindo a libertação de um individuo.
Dica básica: como entender um texto bíblico? Para responder esta pergunta
é oportuno atentar para o seguinte:
4
O profeta Isaias com atuação em Jerusalém, Judá, no final do século VIII aC. Consoante aos outros profetas do período,
em suas palavras e mensagem prevaleceria uma um forte crítica à falta de direito e justiça (hebraico: mishpat e sedaqah –
cf. 1,21-26; 5,8-24; 10,1-4). Seu publico alvo, a priori, seriam basicamente a elite governante, na figura de conselheiros,
sábios, funcionários da corte. A arrogância destas pessoas e sua participação efetiva no sistema de exploração e espoliação
da base camponesa das aldeias e cidades do interior são os motivos da mensagem de Isaias. Havia várias situações sociais
de desrespeito aos direitos dos pobres e atrocidades do poder são denunciadas. Como resposta, o profeta, em sua
mensagem, anuncia um castigo divino. Este pode ser tanto um julgamento de purificação (Is 1,21-26) quanto uma invasão
do exército assírio (10,5). De qualquer forma, Isaías teria esta marca típica dos profetas deste período ‘clássico’ da
profecia no século VIII a.C: como porta-voz do Senhor, denuncia crimes e pecados em prática e anuncia um castigo
divino, que, em boa medida, significará exílio, morte, depredação e deportação. O objetivo da atuação profética é
restabelecer um estado de direito e justiça (1,26).
2
tradição hebraica diz que Isaias viveu até o reinado de Manassés, sob quem
sofreu martírio (Hb 11.37).
5
MACARTHUR, John. Manual Bíblico5 Macarthur. São Paulo: Thomas Nelson, 2015, p. 227
6
O reino do norte (Israel) terminou em 721 com a tomada da Samaria pelos assírios. Parte da população foi deportada para
a Assíria. Por sua vez, o reino de sul (Judá) terminou em 587, quando Jerusalém foi saqueada, o templo e o palácio real
foram destruídos pelos babilônios, grande parte da população foi deportada para a Babilônia. Isaías viveu e profetizou
cerca de 100 anos antes do cativeiro Babilônico. Assim o povo do Senhor, os habitantes dos reinos do norte e do sul se
encontraram no exílio, onde, sem templo, sem rei e sem terra, foram se adaptando a novas formas de vida e de
compromisso com seu Deus.
7
Texto publicado em: Estudos Bíblicos, v. 89, Petrópolis, 2006, p.9-18.
3
• A corrupção – o mal era chamado de bem e o bem de mal (5.20). Os chefes
do povo eram enganadores (3.12-15);
Enfim, a visão que Isaías tem de Deus como REI é grandiosa, pois inclui
a história da redenção desde os seus dias até alcançar a plenitude da salvação,
no fim dos tempos: abarcando o exílio, a volta dos judeus do exílio, o ministério e
o Reino de Jesus Cristo, a missão e a esperança da Igreja, o governo atual de
Jesus sobre este mundo e a restauração de todas as coisas em santidade e
justiça.
Especialistas afirmam que profeta Isaías era mestre em sua língua e utilizou
imagens e vocabulários muito ricos. Muitas das palavras e expressões de que faz
uso não são encontradas em nenhuma outra parte do Antigo Testamento. As
imagens retóricas em seu livro mostram que ele conhecia as tragédias da guerra
(63.1-6), as injustiças da alta sociedade (3.1-17) e os fracassos da agricultura
(5.1-7). O livro de Isaías, além de conter prosa também contém poesia. Como
um pregador talentoso, Isaias se utilizou de sua imaginação poética e estilo
retórico, expondo a loucura de confiar-se nas estruturas humanas em contraste
com a sabedoria de Deus.
• Hino que faz parte da grande escatologia formada por Isaias 24-27 (26.1-4,
7-9,12)
8
BAXTER J. Sidlow. Examinai as Escrituras. São Paulo: Vida Nova, 1993, p. 229
5
Outro aspecto interessante é que Isaías, muitas das vezes, alude
acontecimentos anteriores da história de Israel:
O juízo terrível, que será desencadeado contra todas as nações que desafiam
a Deus, é chamado: o “dia do Senhor”, em cujo contexto, porém, tem compaixão
de seu povo (14.1,2) e o livra da opressão tanto política quanto espiritual. Isaias
indica tal restauração semelhante a um “novo êxodo” (43.2,16-19; 52.10-12), do
poderoso Criador de Israel (40.21,22; 48.13), que fará ribeiros brotar no deserto
(32.2), quando por meio de sua graça trazer o povo de volta a pátria. Assim, o
conceito da volta dos exilados ganha destaque nas duas partes principais do livro.
Esta primeira parte do livro de Isaias tem como “pano de fundo” dois
grandes acontecimentos históricos:
9
Nesta primeira metade do livro, a Assíria é a superpotência da região. Contudo, por volta do meio do livro, logo depois de
ser levantado o cerco a Jerusalém, a poderosa Assíria começa a se desintegrar, e a Babilônia emerge. Então, na segundo
metade do livro de Isaias, a Babilônia é a nação mais proeminente. O capitulo 39 relata a visita de dois embaixadores
babilônicos a Ezequias rei de Judá, talvez para que ele se juntasse a eles em uma ameaça contra a Assíria. Por vilta dessa
época, ou logo depois, Judá começa a confiar nos babilônicos para que esses os ajudassem.
10
Em 722 a.C, o reino do Norte/Israel foi levado para o cativeiro Assírio, e nunca mais voltou. Em 586 a.C., foi a vez de do
cativeiro final do reino do Sul/Judá, para a Babilônia. O ministério profético de Isaias foi o primeiro grande esforço de
Deus no sentido de evitar que Judá tivesse que ir para o cativeiro.
7
Jerusalém. Ao contrário do pai, Acaz, Ezequias confiou no socorro do Senhor, e o
exército assírio foi destruído.
O foco principal desta primeira parte é o juízo de Deus que paira sobre
Judá e Jerusalém (e também sobre as nações vizinhas, notadamente Babilônia,
cerca de 200 anos no futuro). Em todas suas mensagens, Isaías relembra o povo
de que o livramento está disponível na mão soberana do seu Deus.
Mas Isaias foi alertado pelo Senhor que o povo de Judá não daria atenção
sua mensagem (vs. 9-13). Ao perguntar até quando essa condição persistirá, o
mensageiro ouve a triste notícia: até a terra desolada e vazia.
12
Acaz, um dos ímpios reis de Judá, que reinou em 735-715 a.C.
9
O profeta, então, oferece um sinal como “garantia”13 da promessa de
proteção (vs. 10-11), mas o rei recusa e buscar ajuda da Assíria (cf. 2Rs 16.5-
18; 2Cr 28.16-21). Ele se esconde numa mascara de “piedade” (v. 12). Daí, o
profeta reage furioso (v. 13). “Isaias lança então uma profecia na qual combina a
visão recente da promessa de Deus para lidar com a imediata situação
internacional, e a visão distante da promessa de que Deus cumpriria nos seus
compromissos pactuais para Davi, através de um filho nascido de uma virgem”.14
Deus dá um sinal (7.13-17), e ainda faz fracassar aquela invasão inimiga. A
fidelidade de deus resiste à teimosia humana.
• Confia em sua capacidade pessoal e exclui Deus dos seus planos de visa e
ação (vs. 9-10);
• Perde o temor do Senhor e prefere confiar nos homens e não em Deus (vs.
9-10; 2Rs 16.7-9), e está sempre pronto a usar a qualquer método, ainda
que escuso, para sua pele dos inimigos (v. 19);
• Não se quebranta diante da Palavra de Deus (vs. 16-18, 20; 2Rs 16.7-9).
Todas as argumentações e a declaração do juízo de Deus foram em vão
para convencê-los a arrependimento.
À luz de Isaias 8, Deus julga, sim, os pecados, mas também inclui sua
maravilhosa promessa da vinda de um Salvador. A ligação entre os capítulos 7, 8
e 9 torna mais clara a referência principal a Israel. Aliás, a última parte do
capítulo 8, deveria ser a primeira do capítulo 9.
Sem dúvida, Isaias 10.1-4 faz parte de Isaias 9. Ou seja, o capítulo 10,
contínua a mesma profecia, mas do versículo 5 ao 34, o profeta fala da Assíria,
especialmente nos versículos 5-6 e 24-25, com uma dura advertência. No final,
ela seria destruída!
13
É preciso saber que o pedido de um sinal para confirmar uma missão, não é mal visto na Bíblia (Ex 3; Jz 6.36-40). E, com
mais razão, a aceitação de um sinal proposto pelo próprio Deus.
14
RICHARDS, Lawrence. Guia do Leito da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 417
10
acontecer no futuro. O texto de Isaias 11.1-10, diz que do “tronco” sairia um
rebento, alguém capaz de restaurar a justiça e o direito; um juiz justo e
Libertador. Um dia virá, quando os reinos do homem serão suplantados pelo
reinado de Deus, e se estabelecerá a paz e a justiça, quando todas as nações do
mundo se submeterão ao Senhor, e o povo escolhido voltará à sua terra natal
(11.10-16). Como afirma o versículo 12: Os “desterrados de Israel” e os
“dispersos de Judá” serão reunidos. Assim, o futuro do povo de Deus não estava
na força do exército, mas no Messias vindouro.
Naquele “dia” vindouro todo Israel celebrará ao Senhor pela salvação. Esta é
a mensagem do capitulo 12 (semelhante ao capitulo 25), um cântico de louvor,
que expressa júbilo e gratidão ao Senhor pelo livramento e restauração do seu
povo. Isaias 12 é considerado como a conclusão dos onze primeiros capítulos.
Não é difícil vê sua ligação com o capitulo 11 (veja o versículo 10). A expressão
“naquele dia” (12.1) aparece também em 11.10,11, onde o profeta louva a Deus
por algo que ainda irá acontecer um dia.
15
BAXTER J. Sidlow. Examinai as Escrituras. São Paulo: Vida Nova, 1993, p. 255
16
“Sua função estrutural é mostrar o domínio universal do Senhor. É um caso específico de teologia da história, que
relaciona o destino de Judá com a realidade política internacional” (CROATTO, 2000, p.61).
17
Veja uma série de passagens bíblicas onde Deus promete um reajustamento do seu povo, trazido para a sua terra natal: Is
11.1-12; 14.1-3; 27.12-13; 43.1-7; 66.20-22; Jr 16.14-16; 23.3-8; 30.10-11; 31.8,31-37; Ez 11.17-21; 20.33-38; 34.11-16;
39.25-29; Os 1.10-11; Jl 3.17-21; Am 9.11-15; Mq 4.4-7; Sf 3.14-20; Zc 8.4-8.
11
Mas, nos versículos 12-15, do capitulo 14, surge uma referência a Satanás
que é expulso do céu. O contexto é a queda da Babilônia. “Isaias retrata
um rei lançado as profundidades, agora uma criatura lamentável e um
objeto de assombro que qualquer um poderia ter temido”.18 Com efeito, as
cinco exaltadas declarações do “eu” revelam uma paixão distorcida da
criatura em substituir o Criador. Estrela da manhã em latim significa
Lúcifer (nome original do diabo). Inicialmente o texto se aplica a ao
império da Babilônia, rebaixado depois de se exaltar, mas também tem
sua aplicação a Satanás.
18
RICHARDS, Lawrence. Guia do Leito da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 419
12
profetizando (30.1-8; 31.1-3), mas parece que ninguém lhe deu ouvido (30.9-
13). O ano aqui é 734 a.C., e o exército assírio controla a rota do litoral e chega
ao Egito. Os reinos da região aliaram-se para resistir ao expansionismo assírio.
Acaz, reino do Norte/Isael se recusou fazer parte dessa coligação, e pediu socorro
a Assíria (2Rs 15.37). E, em 732, muitos do reino do Norte haviam sido
deportados pela Assíria. Mas, dez anos depois (722 a.C.) o povo de Israel se
rebelou, e o exército assírio avançou vitoriosamente, anexando definitivamente
aquele reino a Assíria (2Rs 17.24-40).
Vale ressaltar, que o assunto dos capítulos 24 a 31, mais uma vez, é o
“Dia do Senhor” (24.21; 25.9; 26.1; 27.1,2,12,13; 28.5; 29.18; 30.23; 31.7).
• Lembrança de tudo o que já foi feito para argumentar com seu povo
incrédulo; a ação de Deus em favor de seu povo e sua vitoria contra os
20
“Descoberta arqueológicas também confirmam o fato de que Isaias escreveu acerca de Babilônia em seus próprios dias.
Mesmo assim, alguns críticos liberais ainda ignoram os fatos e as implicações óbvias a importância de Babilônia e sua
destruição. Alguns também falham em aceitar como evidencia a importante descoberta RS Rolos do mar Morto
provenientes de antes da época de Cristo, provavelmente do segundo século a.C., que contem todos os sessenta e seis
capítulos. O capítulo 40 começa na ultima linha da coluna que completa o capítulo 39 – sem nenhuma indicação de que o
antigo copista tinha alguma ideai de que este poderia ter sido escrito por outro alguém que não Isaias” (HORTON, 2011,
p. 18-19)
21
Os eruditos falam que há uma grande diferença entre os capítulos 1 a 39 e 40 a 66, não apenas histórica, porem, também
literária e de conteúdo. Mas não significa uma autoria composta de nosso “livro de Isaias”, como tem sido defendida
quase sempre com base em referência histórica divergentes. O mais objeto de controvérsia é que o ponto de vista do
escritor, ou escritores, do capítulo 40 ao 66 é de um exilado, ou exilados, na Babilônia, escrevendo depois de Jerusalém e
o templo estarem em ruínas durante anos. O propósito subjacente a grande parte da argumentação a favor da autoria
composta do livro é eliminar seu elemento sobrenatural. (BAXTER, 1993, p. 241).
16
inimigos (43.16-21). Neste texto é lembrado a catástrofe da queda de
Jerusalém que deixaria acabrunhada a memória do povo (vs. 18-19).
• A libertação do cativeiro babilônico supõe a restauração da relação o
Senhor e o seu povo (44.24-28; 48.6-7)
Assim, cada grupo tem seu destaque indiscutível, que ultrapassa pura
intenção humana; é desígnio divino!
22
O Senhor é celebrado como o único, fora do qual não há outro deus (44,6; 45,21; 46,9). Por isso, o Senhor é e pode ser o
Salvador, aquele que pode promover um novo êxodo, uma nova libertação. Como essa “memória histórica” destaca-se que
Israel é ‘testemunha’ do Senhor (“Vós sois minhas testemunhas” – 43.10.12), almejando com isso a fidelidade do povo
deportado ao Senhor. O imaginário de um novo êxodo perpassa esta parte do livro, agregando-se a ele, por vezes, o tema
da volta da diáspora, numa perspectiva posterior. Os poemas do servo-sofredor, teologicamente tão carregados, podem ter
tido boa recepção entre os deportados.
17
Não é de surpreender que nas profecias do “Servo” pareça haver uma
alternância de referência a Israel e Cristo, pois Israel, coletivo, era um tipo de
Cristo – isto é, substituindo suas falhas graves, Israel é visto a luz de sua missão
divina. O fato de o profeta algumas vezes indicar a nação quando fala do “Servo”
torna se claro em passagens como 49.3. Mas existem quatro pontos especiais
onde o profeta individualiza tão fortemente o “Servo” que nem mesmo o leitor
ingênuo poderia aceita-los simplesmente como personificação poética. São as
passagens 42.1-7; 49.5-6; 50.4-10; 52.13-53.12.
23
“Em Isaias, a solução de Deus não é apenas uma imagem abstrata, desfocada de si mesmo como libertador; é o retrato
nítido de uma pessoa; um Servo. Esse Servo ouve a Deus com perfeição e, no entanto, sofre e é rejeitado a fim de por
sobre si os pecados do povo do Senhor” (DEVER, Mark. A mensagem do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD,
2008, p.597).
18
9.7) 1.32-33)
• Terá seu caminho preparado (Is • Foi anunciado por João Batista (Jo
40.3-5) 1.19-28)
• Terá sua face cuspida e as costas • Teve o rosto cuspido e lhe deram
espancadas (Is 50.6) murros (Mt 26.67)
• Será exaltado (Is 52.13) • Foi grandemente exaltado por Deus e
• Terá a aparência desfigurada pelo pelo povo (Fp 2.9-10)
sofrimento (Is 52.14; 53.2) • Foi humilhado pelos soldados que
• Trará expiação pelo sangue (Is puseram nele uma coroa de espinhos
53.5) (Mc 15.15-19)
• Será desprezado e rejeitado (Is • Derramou seu sangue para nos expiar
53.1,3) do pecado (1Pe 1.2)
• Tomará sobre si os nossos • Não foi aceito por muitos (Jo 12.37-38)
pecados e nosso sofrimento (Is • Morreu por causa dos nossos pecados
53.4,5) (Rm 4.25; 1Pe 2.24-25)
• Será nosso substituto (Is 53.6,8) • Morrei em nosso lugar (Rm 5.6,8; 1Co
• Aceitará voluntariamente nossa 5.21)
culpa e nosso castigo (Is 53.7-8) • Calou-se sobre nossos pecados (Mc
• Será enterrado no tumulo de um 15.4-5)
homem rico (Is 53.9) • Foi sepultado no tumulo de José, um
• Salvará aqueles que nele crêem homem rico de Arimateia (Mt 27.60; Jo
(Is 53.10-11) 19.38-42)
• Morrerá com transgressores (Is • Provei salvação a todos que crêem (Jo
53.12) 3.16)
• Curará os que tem coração • Foi contado entre os transgressores
quebrantado (Is 61.1-2) (Mc 15.27-28; Lc 22.37)
• Curou os que tinham coração
quebrantado (Lc 4.18-19)
Isto prova que sua mensagem era da parte de Deus, não do homem.
Capítulos 40 a 55
Esses capítulos estão recheados de imagens do Êxodo, tais como mar sendo
secado para que o povo passe, exercito egípcio afogado, promessa de provisão,
água no meio do deserto.
• Pastoreio (40.11)
Isaias faz alusão a Ciro, como sendo um personagem histórico usado por
Deus para trazer de volta o povo para a sua pátria. O profeta “viu” em suas
conquistas um sinal de esperança e libertação da opressão. Esta é a razão que
fazem da profecia bíblica algo magistral.
Capitulo 54 aborda uma nova era desponta, o pacto de paz estará, afinal,
em vigor. Paz24 flui do infindável amor de Deus. Benefícios deste pacto estão
descritos nos versículos 11 a 17.
Portanto, o Reino de Deus na terra, com seu Rei justo e seus súditos justos,
é o alvo em direção ao qual o livro de Isaías avança com firmeza. A terra
restaurada e o povo restaurado passarão, então, a cumprir o ideal divino, e tudo
resultará no louvor e na glória do Santo de Israel, por causa do que Ele tem
realizado.
24
“A palavra hebraica para paz, shalom, expressa um básico e importante conceito bíblico. A palavra sugere integridade e
harmonia, que é perfeita, prospera, saudável e completa”. (RICHARDS, 2005, p. 427)
25
A graça é uma das palavras mais ricas e abrangentes da revelação bíblica. Praticamente todas as doutrinas da fé cristã
estão entrelaçadas e interdependentes da graça de deus. A demonstração da graça de Deus vai desde a Criação, quando
declara seu propósito em criar o homem até o novo céu e nova terra, no Apocalipse, onde se dará a consumação eterna dos
propósitos.
26
RICHARDS, Lawrence. Guia do Leito da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 440
22
Capítulos 56-66 - reler o passado á luz do presente.27
Os capítulos 54 até 57.2 – é um apelo final: Deus requer que cada pessoa
faça sua decisão de viver para ele. Por isso, uma critica ao rito vazio e o incentivo
à prática do jejum que agrada a Deus (58.1-12). Nesse o Templo será aberto
para todos (60.11), um lugar da presença de Deus (57.15; 66.1-2). Isaias faz
uma apresentação de uma profecia prepositiva, de propostas alternativas diante
do que iria acontecer.
27
Esta ultima parte do livro, teve como ponto de partida a própria vida nacional de Judá, com a restituição da gloria de
Jerusalém (60-62) e o ministério pessoal do profeta Isaias. Isto posto, o texto trata essencialmente da missão de Jesus e da
qualidade de vida dos salvos e da igreja.
23
eternidade: O novo céu e a nova terra (65.17-25). Um dia sonhado! Deus fará
novas todas as coisas. É tempo de erguer a cabeça e olhar para um novo
“horizonte” e caminhar em seu encalço. Agora, o foco, é na orientação divina no
sentido do povo observar a justiça e o direito, respeitar o sábado e dedicar-se à
oração, apresentando os sacrifícios que Deus exige. Recusando-Se a ser
comparado com qualquer outro ser, o Senhor afirma seu controle soberano sobre
todas as nações. Deus promete levantar Seu Servo, que trará libertação ao Seu
povo e removerá o castigo de sobre Jerusalém.
BIBLIOGRAFIA
3) PEDRO, Enilda de Paula & NAKANOSE, Shigeyuki. Como ler o primeiro livro de
Isaias – Confiar em Javé, o Santo de Israel. São Paulo: Paulus, 1992