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UNOPAR

CURSO DE PEDAGOGIA
ÁUREA MARIA AMORIM CALADO
EDILENE RODRIGUES DA SILVA
EDILEUSA MENDES PEREIRA FRAGOSO
JOSELHA AUGUSTO MACHADO NETO
REGILENE MARIA DE CASTRO RODRIGUES
SHIRLEY GONÇALVES DOS SANTOS DE SOUZA

ÁUREA MARIA AMORIM CALADO


EDILENE RODRIGUES DA SILVA
EDILEUSA MENDES PEREIRA FRAGOSO
JOSELHA AUGUSTO MACHADO NETO
REGILENE MARIA DE CASTRO RODRIGUES
SHIRLEY GONÇALVES DOS SANTOS DE SOUZA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

Palmas - TO
2021
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

Trabalho de Licenciatura em Pedagogia


apresentado no quinto semestre, como requisito
parcial para o aproveitamento das disciplinas.

Tutor a Distância: Angela Maria Medeiros Ramos


e Silva

Palmas - TO
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................3
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................11
4 REFERÊNCIAS.....................................................................................................12
3

1 INTRODUÇÃO

A presente reflexão acerca das abordagens sobre o papel de atuação do


pedagogo em espaços escolares, traz a temática que se faz de suma importância
para discutir a atuação do profissional da pedagogia na atuação interdisciplinar na
escola frente ao atual contexto pandêmico. Nesse sentido serão apontadas a seguir
reflexões sobre a atuação pedagógica no atendimento das necessidades do
processo ensino-aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ambiente
educativo que representa desafios e possibilidades.
Diante dos novos cenários e desafios impostos pela pandemia do Covid-19
vimos a atuação desse profissional transcender a sala de aula, desempenhando
funções de mediador e articulador da aprendizagem para além das telas. Diante
disto, abordaremos neste trabalho a pedagogia com ênfase no trabalho com a
interdisciplinaridade, especialmente no quesito da atuação pela área de
conhecimento Artes para crianças que se viram isoladas e com experiencias muito
novas, onde através deste componente curricular alinhado às demais disciplinas,
elas possam experimentar de maior acolhimento, de um ambiente de conhecimento
e contato cultural, enquanto elas isoladas permanecerem.
A atuação para crianças é um desafio da regência nas escolas atuais pois o
pedagogo exerce variadas funções, e o que aqui se propõe, trata-se de um estudo
interdisciplinar que busca abordar o viés artístico da criatividade que representa o
mundo, o homem, a vida através das variadas esferas que compõe esta atuação
educativa. Neste sentido se torna importante alinhar o conhecimento a oportunidade
de mudança, de reformulação, ao sentimento de fundamentar ações para o
desenvolvimento infantil seja ele em qual modalidade estiver.
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2 DESENVOLVIMENTO

Durante anos, o processo educacional foi visto como prática institucional


pertencente apenas para a escola em seu aspecto físico, sendo este o único lugar
onde ocorria as práticas educativas, com o passar dos tempos ampliou-se o campo
e as estratégias metodológicas de ensino e aprendizagem com novas possibilidades
e desafios de atuação e envolvimento escolar.
O novo contexto apresentado ao mundo em relação a pandemia iniciada no
ano de 2020 mudou drasticamente a rotina e a vivência de todas as pessoas. A
partir desse novo contexto, para que o mundo não parasse foi preciso reinventar-se
com as ferramentas existentes e os instrumentos tecnológicos já conhecidos no
mundo. Especialmente na educação muitos estudantes ficaram sem aulas ou ainda
se encontram em isolamento. As tecnologias se tornaram protagonistas também no
ensino básico de modo que permitiu uma interação mesmo que remota entre
professor e aluno. (MOREIRA et all, 2020)
Segundo os autores a educação nestes tempos difíceis não parou, por isso foi
fundamental o envolvimento com novas metodologias e estratégias para se alcançar
o aluno onde a distância não permite que o processo de ensino e aprendizagem
ficasse restrito apenas a escola em sua estrutura física.
Houve dessa maneira uma expansão da utilização da internet e o acesso às
tecnologias que transformaram e reformularam novos modelos de ensino, se utilizou
e utiliza muito de aulas síncronas em ferramentas que permitem a interação e a
reunião simultânea entre alunos e professor. No entanto para ambos, o professor
teve que se reinventar devido à esfera limitada que esta relação virtual entre
professor e aluno mantém, ainda que a tecnologia pôde minimizar as barreiras do
convivo social, a construção de valores e a convivência foram aspectos praticamente
insuperáveis que esses novos métodos apresentaram. Além de que, em nosso
contexto o sistema de educação a distância ainda não é universal, não sendo um
processo de ensino e aprendizagem disposto a todas as camadas populares da
sociedade.

Tudo isso deixa claro a necessidade de mudança e principalmente de


encontrarmos meios para incentivar os alunos a aprender. Assim, nessa
busca pela melhoria da qualidade de ensino e de engajar os alunos na
procura por conhecimento, surge a busca por recursos, teorias, métodos
que possam contribuir com a melhoria da qualidade de ensino. (SANTOS;
ROSA; DARROZ, 2019, p. 136)
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Nesse sentido, para que as experiências educativas pudessem chegar ao


maior número de estudantes os professores se reinventaram, e a cada dia buscam
novas estratégias para encontrar meios de incentivar e envolver os alunos na
aprendizagem. A educação como já dito ocorre em diferentes espações e esferas,
aprender não é apenas um produto da escola física, ele está presente em todos os
momentos da vida do sujeito, em todos os espaços.
Desse modo o professor tem um papel fundamental nesse novo cenário da
vida do aluno que se viu dentro do contexto de isolamento e convívio social, ele
além de estar avaliando, monitorando, intervindo no processo de aprendizagem,
também acolhe e ressignifica a nova realidade.
Para tanto abordaremos a importância do trabalho pedagógico sob o viés da
interdisciplinaridade comtemplando principalmente o componente curricular Artes
por um contato remoto com estes alunos, no favorecimento de múltiplas
aprendizagens e momentos de afetividade, cultura e interação.
A Arte na vida da criança de certa forma propicia as crianças experimentarem
sentimentos de medo, coragem, segurança, autoestima, esperança, otimismo, raiva,
alegria, afeto, entre tantas outras vivencias, através de múltiplas linguagens, é
possível substanciar questões e atitudes essenciais para o desenvolvimento infantil.
Especificamente nessa esfera educativa, a Arte pode ocasionar avanços e novas
aprendizagens através das sensações que os componentes artísticos dispõem,
abusando dos recursos lúdicos e da imaginação, ela propicia uma qualidade de
estado psíquico e emocional durante a vida escolar.
Segundo o PCN (1997 p.28):

“[...] Apenas um ensino criador, que favoreça a integração entre a


aprendizagem racional e estética dos alunos, poderá contribuir para o
exercício conjunto complementar da razão e do sonho, no qual conhecer é
também maravilhar-se, divertir-se, brincar com o desconhecido, arriscar
hipóteses ousadas, trabalhar duro, esforçar-se e alegrar-se com
descobertas.”

Acredita-se segundo o PCN (BRASIL, 1997) que, através de momentos em


que as crianças se sintam valorizadas e seguras para expor suas dúvidas, emoções
e sensações, onde se sintam valorizadas e instigadas a criar e viajar para lugares
fantasiados em sua imaginação, facilita-se de modo geral, os momentos difíceis
vivenciados neste contexto pandêmico. O processo de integração pela ação
pedagógica, o carinho e da afetividade entre educador e educando, transforma esta
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realidade tensa e muitas vezes difícil, em um espaço de aconchego e tranquilidade,


tornando este momento de isolamento e novas condições sociais mais leve e
suportável.

A Arte é um produto cultural de uma determinada época e uma criação


única da imaginação humana, e seu valor é universal, por isso não existe
uma Arte mais avançada, mas ampliada ou mais certa do que a outra. A
Arte é única e singular e está sempre carregada de significados. A Arte não
é espelho da realidade, ela é a realidade percebida de um ponto de vista
diferente, ela é comunicação. (ALMEIDA; PREVIATO; SARTO; 2009, p. 02)

Segundo a BNCC (BRASIL, 2017) nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o


componente curricular Arte está centrado em várias linguagens, as quais se
destacam: as Artes visuais, a Dança, a Música e o Teatro. Essas linguagens devem
estar articuladas aos saberes referentes a produtos e fenômenos artísticos
envolvendo variadas práticas de criar, ler, produzir, construir, e refletir sobre formas
artísticas, podendo estar alinhadas a outros conhecimentos de modo interdisciplinar.
Nesse sentido, as manifestações artísticas não se reduzem às produções
encontradas em instituições culturais ou na mídia, e a prática artística deve ser vista
uma experiência viva, que se transforme em práticas sociais, permitindo que os
alunos sejam protagonistas e criadores de Arte.
Por isso, o que aqui se propõe é o alinhamento de práticas educativas em prol
da interdisciplinaridade, visando um diálogo, uma relação com o outro, “pois não
existe a interdisciplinaridade sem reflexão, sem entusiasmo, sem respeito e sem
transformação e neste processo todos têm que estar abertos ao diálogo, as
reflexões e as transformações.” (ALMEIDA; PREVIATO; SARTO; 2009, p. 02)
A arte na escola alcança um poder de socializar o indivíduo, pois ele produz e
envolve-se com seus trabalhos e é apreciador da produção dos outros colegas. Por
isso, professores não podem atribuir a Arte como algo simplista, ele pode envolver-
se de modo interdisciplinar, em que todas as disciplinas escolares possam usufruir
sob o que a arte propõe, para levar o aluno a socializar-se, a construir aprendizado e
autoconhecimento. Sendo assim, busca-se apresentar a Arte como um meio de livre
expressão, ou seja, as artes em suas diversas formas, que podem e devem influir de
maneira positiva e significante no desenvolvimento da criança, afirmando esse
componente histórico de uma época, formando o processo educacional mais rico e
atrativo.
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Proposta de trabalho de ensino

Tema: CRIAR É VIAJAR

Público alvo: 2º ano do Ensino Fundamental


Justificativa: A Arte para crianças é muito importante para estreitar as relações,
estabelecer confiança, permitir a experimentação de aspectos lúdicos e de
encorajamento para vivenciar situações diversas, proporcionando o desenvolvimento
cognitivo, afetivo e social. Especificamente no ambiente de isolamento que estamos
vivenciando ela auxilia na estadia da criança de forma mais harmônica, acolhedora e
humanizada.
Sabendo que o Folclore brasileiro remete à identificação de um povo e de sua
nacionalidade, torna-se de fundamental importância o seu trabalho como prática
pedagógica especialmente para as crianças dos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
Nesse sentido, a proposta se justifica por envolver diversas áreas de conhecimento
em prol da valorização das expressões artísticas, especialmente pelo envolvimento
na valorização da cultura popular brasileira.

Objetivo geral:

 Trabalhar com Arte abusando da interdisciplinaridade, de recursos lúdicos, da


leitura e da contação de histórias infantis, com ações que os aproximem da
esfera criativa, envolvendo a experimentação dos sentimentos dentro da
realidade em que a criança se encontra.

Objetivos específicos:

 Proporcionar momentos de prazer através da criação artística, ampliando


também o vocabulário e a organização de pensamentos;

 Estimular a criatividade e a fantasia;

 Propiciar momentos de identificação pessoal, acolhimento e


desenvolvimento;

 Proporcionar ao alunos o contato com diferentes manifestações da cultura


popular brasileira.

Metodologia:
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O pedagogo deve utilizar do método híbrido

O pedagogo que dispor de uma brinquedoteca poderá utilizá-la para tal atividade, já
aquele cujos recursos são limitados poderá desenvolver a atividade nos leitos
levando a caixa e usando da contação de histórias.

Ao se direcionar ao leito, ou até mesmo na brinquedoteca, é importante que o


pedagogo se apresente, deixe que as crianças e seus acompanhantes também se
apresentem, para que se estabeleça harmonia, e segurança nessa relação de troca
de experiencias.

É importante o pedagogo dispor de uma pequena coleção de contos que sejam


breves e de certa forma interessantes para esta faixa etária, indicações abaixo de
uma coleção “Eu e a célula” da escritora Dulce Rangel, que trata de forma sutil
problemas de crianças enfermas, levando leveza e alegria para certos assuntos.

A coleção é composta por dez títulos infantis, cujo caráter central é uma célula. Ela
conta como funcionam os órgãos mais importantes do corpo e o cuidado que as
crianças devem levar com ele, na tentativa de aproximar os jovens do universo
biológico do próprio corpo.

Também é possível trabalhar com contos infantis tradicionais como “ O patinho feio”,
“Pinóquio”, “Rapunzel”, entre tantas histórias que utilizam do universo infantil para
agregar alguma moral e conhecimento.

O professor poderá optar pela contação, ou simplesmente pela leitura do livro.

Após esse momento de envolvimento com o paciente, o professor deverá conversar


sobre a história com a criança, perguntando por aspectos principais como:

- Você gostou da história?

- Qual a mensagem que esta história deixa pra nós?

- Qual o personagem principal?

- Qual parte te chamou mais atenção? Por quê?

- Como você daria um novo final para esta história?


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A partir da última pergunta o professor deverá instigar a imaginação da criança,


ofertando possibilidades de mudança da narrativa. A criança por sua vez deverá
participar ativamente, se estiverem na brinquedoteca, permitir que ela transcreva em
forma de desenho um novo final, explorando os recursos artísticos, mas se ela se
encontrar no leito, o professor poderá registrar de forma escrita para ela, ou até
mesmo se ela conseguir fazer um desenho, sobre o novo fim.

Enfatizar que nada deve ser engessado, em tudo há possibilidade de mudança,


deixando uma mensagem de esperança, sobre aquele momento em que o pedagogo
pode estar em contato com a criança.

Se possível expor as atividades em algum local do hospital, ampliando a


visualização das obras para demais pessoas, causando também sentimento de
pertencimento as crianças autoras das obras.

Recursos:
Caixa teatro
Fantoches diversos
Coleção de livros e contos infantis
Papeis
Lápis de cor
Giz de cera

Avaliação: A avaliação deve ser processual observando a interação e nas reações


das crianças. Durante o desenvolvimento das atividades propostas o professor
devera avalia-los em diferentes aspectos como a captação da mensagem pelo livro e
a percepção sob a narrativa.

Anexos e apêndices:

A)
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Referencias:
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares
Nacionais. Brasília: Secretaria de Ensino Fundamental, v.7, 1998.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das observações feitas sobre o trabalho pedagógico em ambientes não


convencionais, e abordagem da pedagogia hospitalar com ênfase na literatura
infantil pude ressaltar que a necessidade trabalho pedagógico em qualquer espaço
seja permeada pelos principais objetivos do fazer pedagógico que são a conquista e
argumentação de ideias para a formação humana. Perceber que o trabalho do
pedagogo no hospital é primordial para um melhor acolhimento e respeito a criança
é fundamental para o bom desenvolvimento delas. O papel do pedagogo hospitalar
está diretamente relacionado ao desejo destas crianças a vontade de viver e
continuar seus sonhos para além deste espaço, onde seus sonhos não tenham
barreiras e que a passagem por este ambiente seja menos desagradável.
Quanto á literatura infantil, posso concluir que é um importante viés formador que o
professor tem em mãos, através das histórias é possível agregar sentimentos de
encorajamento, autoestima, valorização, alegria, entre tantos outros, que fazem a
criança viajar, imaginar e desenvolver-se.
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REFERÊNCIAS

MOREIRA, Maria Eduarda Souza et al. Metodologias e tecnologias para educação


em tempos de pandemia COVID-19. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 3, p.
6281-6290, 2020..

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