A Ética No Âmbito Da Ordem Econômica e Da Responsabilidade Social Da Empresa.
A Ética No Âmbito Da Ordem Econômica e Da Responsabilidade Social Da Empresa.
A Ética No Âmbito Da Ordem Econômica e Da Responsabilidade Social Da Empresa.
SOCIAL DA EMPRESA.
(Dalai Lama)
RESUMO: O presente trabalho tem por finalidade analisar a ética no âmbito da ordem
econômica da Constituição Federal de 1988. Assim verificará quais são os preceitos e
diretrizes a serem observados pelos agentes que desenvolvem atividade econômica no Brasil.
Ainda analisará a nova forma de gestão das empresas no que se refere à responsabilidade
social, verificando o que constitui tal instituto e qual o impacto que gera na sociedade.
Avaliará por fim, a postura adotada pelas corporações dentro do novo contexto social, em que
a conduta pautada apenas na legislação não é mais suficiente, sendo necessária uma postura
mais ativa e participativa no campo da responsabilidade social, tanto no âmbito individual
como no coletivo.
ABSTRACT: This study aims to analyze the ethics within the economic order of the Federal
Constitution of 1988. So check what are the rules and guidelines to be observed by agents
who develop economic activity in Brazil. Also, examine the new form of management of the
1
Mestranda em Direito Empresarial e Cidadania pelo UNICURITIBA. Graduada em Direito pelo
UNICURITIBA e em Administração de Empresas com habilitação em Comércio Exterior pela Fundação de
Estudos Sociais do Paraná. Advogada.
Email: [email protected].
Lattes: http://lattes.cnpq.br/4101555819509313.
companies in relation to social responsibility, checking what this institute is and what impact
it creates in society. Assess finally the posture adopted by corporations within the new social
context in which the conduct guided only by the law is no longer sufficient, requiring the
posture a more active and participatory in the field of social responsibility, both at the
individual and the collective.
INTRODUÇÃO
As empresas cada vez mais têm adotado atitudes pró-ativas no que se refere a sua
responsabilidade social, tomando uma posição mais integrante na sociedade, não apenas no
aspecto econômico como também no campo social.
Parte dessa nova posição empresarial tem efeito nas suas relações com os
consumidores, trabalhadores e com a população de forma geral, através de uma política
voltada não apenas ao lucro, mas também, a realizar e satisfazer interesses que vão além do
próprio acúmulo de capital.
Nesta perspectiva, deve-se levar em consideração que as pessoas estão mais aptas a
adquirir produtos de empresas que tenham um real comprometimento com causas ligadas a
manutenção de uma sociedade equilibrada, em que o desenvolvimento sustentável e o caráter
econômico e social caminhem juntos, representando um bem para toda a coletividade.
Dentro deste contexto, aparecem novas condutas éticas ligadas às empresas,
referentes especialmente ao que se espera delas no âmbito constitucional. Assim ganha
destaque a função e a responsabilidade social da empresa.
Neste ínterim, o constituinte elencou dispositivos de modo a estabelecer uma ordem
econômica voltada à livre iniciativa e a valorização do trabalho humano, elegendo-os como
seus fundamentos, com o intuito de garantir vida digna a todos. Logo, para atingir tal
finalidade, importante estabelecer um código de ética constitucional, que sirva como
parâmetro para a adoção de políticas e condutas a serem desenvolvidas dentro do campo
econômico pelos agentes que desta fazem parte e dela se beneficiam.
Assim, o artigo 170 da Constituição Federal e seus incisos que constituem princípios,
regem e direcionam a atividade econômica no Brasil, como um primado ético a ser seguido,
sendo que a ofensa ou inobservância a tais dispositivos constitucionais geram a consequente
ofensa a todo o aparato integrante da ordem econômica.
De tal modo, surge dentro do texto constitucional a função social da propriedade,
estabelecendo que a propriedade privada deve ter utilidade social, não podendo se resumir
apenas ao acúmulo de capital. Fazendo surgir a partir desta concepção o entendimento de que
a empresa também deve ter uma função social que vá além do simples lucro e busque também
suprir necessidades sociais da coletividade que a cerca.
Por conseguinte é necessário analisar qual é o novo papel da empresa dentro desta
nova ordem econômica constitucional, que apresenta objetivos diversos, como a defesa do
meio ambiente e do consumidor. Logo, é necessário que a empresa adote uma gestão voltada
não apenas para o lucro e para a sua própria preservação, mas também direcionada a
sustentabilidade do meio que a cerca, e que em diversos fatores daquela dependem, mas que
também em muitos outros a suprem.
Portanto, é preciso a análise do contexto da ordem econômica a partir da sua visão e
expressão constitucional, voltando-se a uma perspectiva ética, em que são esperadas e
exigidas determinadas condutas daqueles que desempenham a atividade econômica.
Entretanto, a análise deve ir além, e pesquisar o novo comportamento adotado pela
conduta empresarial que ultrapassa o esperado legalmente, passando a exercer mais que a sua
função social, adotando uma verdadeira postura pró-ativa diante da coletividade, abraçando e
assumindo um papel central dentro de uma perspectiva de responsabilidade social.
Assim, pretende-se analisar neste artigo, o novo perfil traçado à ordem econômica a
partir da Constituição Federal de 1988, verificando qual é a postura ética a ser observada
pelos agentes econômicos e qual a efetiva mudança gerada na conduta empresarial.
Para tanto, utilizar-se-á a pesquisa bibliográfica através da análise da Constituição
Federal de 1988, especificamente ao que se refere à Ordem Econômica, analisando ainda a
literatura sobre o tema. Ainda, verificar-se-á a nova postura empresarial, dentro de uma nova
realidade, de fluxo imediato e constante de informações, e do comportamento adotado pelo
mercado consumidor.
1 A ÉTICA NA ORDEM ECONÔMICA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
A Ordem Econômica no texto constitucional de 1988 está expressa no Título VII que
traz no capítulo 1º, os princípios gerais que devem ser observados.
Especificamente o art. 1702 da Constituição Federal, estabelece que a Ordem
Econômica é fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, ou seja, cabe
aos agentes atuar no âmbito econômico observando e respeitando aqueles.
Como regra, portanto, é campo dos particulares o exercício da atividade econômica,
cabendo apenas em caráter excepcional a atuação direta do poder público, como previsto no
art. 1733 do texto constitucional, que estabelece isso só ser possível, quando for resultante de
imperativo a segurança nacional ou de relevante interesse coletivo, conforme estabelecido em
lei, ou ainda nos casos previstos na Constituição (caso dos monopólios).
Contudo, a Constituição Federal elencou nos incisos do artigo 170, um rol que
estabelece princípios, que devem ser necessariamente respeitados como um verdadeiro código
de ética. (CAVALCANTI, 2012).
Desta forma, os incisos do artigo 170 apontam os seguintes princípios a serem
observados: função social da propriedade, defesa do consumidor, defesa do meio ambiente,
redução das desigualdades sociais, e a busca pelo pleno emprego.
Verifica-se, portanto, a preocupação do constituinte em fornecer um padrão a ser
seguido pelos agentes que realizam atividade econômica, o que neste caso é representado
majoritariamente pelas empresas.
Logo, este comportamento deve ser observado pela atividade empresarial, que deve
ainda ir além, assumindo uma verdadeira responsabilidade social perante a sociedade, pois “a
ética empresarial está estritamente ligada à postura de responsabilidade social adotada pelas
2
Como expressa o artigo 170 da CF/88: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na
livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados
os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV -
livre concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e
prestação; VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento
favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no País. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.”
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Como estabelecido no art. 173 da CF/88: “Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.”
empresas, seja de uma perspectiva moral seja de uma postura competitiva, seja de ambas”.
(PONCHIROLLI, 2001, p. 47.).
Além disso, não se deve esquecer o fim pretendido pela Ordem Econômica, qual
seja: assegurar a todos a existência digna, dentro dos ditames da justiça social.
O texto Constitucional demonstra claramente a preocupação em promover uma
efetiva justiça social que inclua a todos, de forma a garantir melhores condições de vida.
Como expressa a lição de José Afonso da Silva:
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La concepción de la empresa cambia sustancialmente en los últimos tiempos, desde entenderla como el terreno
de hombres sin escrúpulos, movidos exclusivamente por el afán de lucro, a considerarla como uma institución
socioeconómica que tiene una seria responsabilidad moral com la sociedadd, es decir, com los consumidores,
accionistas, empleados y proveedores. La empresa es una organización, es decir, tiene um tipo de entidad que se
distiende en pasado, presente y futuro y que no se reduce a la suma de sus miembros; a su vez esa entidad há de
cumplir unas funciones y asumir claras responsabilidades sociales, es decir, há de tomar decisiones morales [....].
No quiere decir esto que la responsabilidad de los individuos se diluya en la del conjunto de la empresa, sino que
la ética nos és solo individual, sino también corporativa y comunitária. (CORTINA, 2005, p. 81).
Percebe-se pelo exposto, o novo papel da empresa dentro da sociedade, voltada não
mais para uma conduta baseada apenas no lucro, mas para uma perspectiva de
responsabilidade social, no intuito de adotar posições e comportamentos voltados ao bem da
coletividade, adotando uma conduta ética que ultrapassa a concepção individual e alcança o
âmbito corporativo.
Justamente neste campo de análise que se compreende a concepção da ordem
econômica no texto constitucional, que extrapola a ideia de crescimento econômico puro e
simples, abarcando a noção de desenvolvimento, que abrange o incremento em diversos
campos sociais, referentes à educação, trabalho, mortalidade, lazer, qualidade de vida.5
Contudo, importante delimitar que a responsabilidade social empresarial é
demonstrada quando se vai além do que a lei determina, dentro do âmbito da atividade que
desenvolve. É uma conduta, portanto, que compreende o impacto positivo gerado pelas ações
benéficas voltadas para a sociedade.
Destaque-se que tal responsabilidade diferencia-se da filantropia, pois o seu alcance
é amplo não se limitando apenas a uma comunidade restrita, mas compreendendo as diversas
relações da empresa (clientes, fornecedores, meio ambiente...), construindo-se uma verdadeira
rede de relações baseadas em atitudes socialmente responsáveis. (PONCHIROLLI, 2011).
Assim sendo, percebe-se que é interessante para a empresa manter uma conduta voltada a
suprir determinadas carências ou interesses sociais, pois tal atitude resultará também em
benefícios para esta, através da construção de uma imagem que a represente como: confiável,
transparente e socialmente responsável.
A imagem favorável da empresa representa um ativo financeiro significativo,
levando-se em consideração os benefícios que pode gerar, como por exemplo: um maior
número de consumidores e melhores parcerias empresariais. A imagem é construída
positivamente ou negativamente a partir da identificação de comportamentos adequados ou
inadequados pela sociedade de forma geral.
De tal modo, tem-se que a imagem positiva é construída com a adoção de
comportamentos que visem a amenizar ou resolver determinados problemas sociais. A
empresa socialmente responsável terá em contrapartida uma pré-disposição a aceitação social
aos seus produtos e a sua instalação. Em sentido contrário, a empresa que adote
comportamentos que não representem a conduta ética social local, pode ter como
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Como bem demonstrado por Amartya Sen em sua obra “Desenvolvimento como Liberdade”, não basta o mero
crescimento econômico para que exista desenvolvimento, é preciso existir a satisfação necessária nas mais
diversas áreas relacionadas ao bem-estar do homem.
consequência a não aceitação dos seus produtos.
Portanto, a empresa deve adotar uma conduta pró-ativa socialmente, privilegiando
necessidades que se mostrem relevantes para a sociedade como um todo.
Deste modo, parece não haver dúvida, por exemplo, que a proteção ambiental dentro
da conjuntura atual é importante fator para toda coletividade. Uma corporação que atue de
forma a preservar o meio ambiente natural, não se limitando aquilo que é determinado pela
legislação, mas indo além, executando políticas de prevenção ou reparação superiores as
exigidas, será bem vista aos olhos de todos.
Ressalte-se assim que a política de responsabilidade social acontece tanto no âmbito
interno da empresa como no âmbito externo, ultrapassando os deveres legais. Como
consequência tem funcionários e consumidores satisfeitos, gerando: uma maior produtividade,
a ampliação do seu mercado e o crescimento da sua lucratividade.
Assim, como forma de agregar valor à imagem corporativa é que as empresas
divulgam as suas ações voltadas para promoção do bem-estar social. Não é raro, portanto, que
nos sites das corporações se identifique as suas políticas de responsabilidade social.
Todavia, é importante que as empresas analisem a responsabilidade social não
apenas como forma de agregar valor ao seu ativo intangível, mas também como uma maneira
de colaborar decisivamente com o desenvolvimento social de uma nação que tem como
fundamento a dignidade da pessoa humana e como objetivo, construir uma sociedade livre,
justa, e solidária, como bem expresso no texto constitucional.6 Logo, tem-se que “a verdadeira
responsabilidade social empresarial equilibra o resultado econômico, o respeito à cidadania, à
ética e ao meio ambiente”. (PONCHIROLLI, 2011).
Em consequência, percebe-se que as empresas que demonstram em suas ações
comportamentos que evidenciam seu compromisso ético, ganham reflexos positivos dentro
das várias relações que mantém no exercício da sua atividade.
De tal modo, que a empresa que contrata para o trabalho um número maior do que a
legislação dispõe de pessoas portadoras de deficiência, compreende o importante reflexo
social que tal atitude traz para toda a sociedade, promovendo a inclusão daqueles que muitas
vezes estariam isolados de relações sociais diversas.
A política de inclusão, por meio da noção da responsabilidade social, pode ser
desenvolvida pelas empresas, com a inserção de pessoas excluídas dentro do âmbito da
atividade empresarial desempenhada, evidenciando uma conduta ética perante o corpo social
6
Como expresso no Art. 3, I, da CF/88: “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; [...].”
a qual a empresa pertence. Pode-se mencionar, ainda dentro deste contexto, como exemplo,
instituições privadas de ensino que fornecem bolsas a alunos carentes.
Logo, percebe-se que exemplos podem ser citados nas mais diversas atividades
econômicas desempenhadas, basta à vontade e consciência ética voltada em promover a
inclusão. Assim, há efetivamente o desenvolvimento nos seus mais diversos aspectos,
fundamentalmente por meio de valores que são assimilados e incorporados no âmbito
corporativo, como resultado de uma convicção de que tais atitudes devem ser necessariamente
realizadas como um dever-poder assimilado e introjetado nas formas de gestão.
Por conseguinte, as empresas obtêm as vantagens econômicas e de publicidade que
tais condutas ligadas à responsabilidade social acarretam. Entretanto sua ação não deve ser
baseada primordialmente nisto, mas sim em um código de ética intrínseco a responsabilidade
social no campo da atividade empresarial.
Evidentemente, ainda se tem um caminho longo a ser percorrido de forma a se obter
tal desiderato, mas é certo que, seja de forma desvinculada ou vinculada aos resultados
econômicos auferidos, a responsabilidade social faz parte da nova concepção dos modelos de
gestão empresarial.
Além disso, não se pode imaginar, em um contexto globalizado, em que a
informação é praticamente instantânea, que atitudes baseadas na responsabilidade social não
surtam efeitos positivos para a empresa no seu mercado consumidor, e tampouco que atitudes
que violem todo o sistema legal ou da própria concepção ética local não repercutam na
imagem e aceitação de um produto ou serviço desenvolvido por um agente econômico.
Portanto, as empresas que adotam condutas pautadas em valores considerados
importantes e desejáveis para a sociedade, possuem maior possibilidade de manter-se no
mercado, e aquelas que os deixam a margem, correm grande possibilidade de ter sua imagem
prejudicada e associada a condutas indesejáveis e reprovadas pelo corpo social. Nesta
perspectiva:
[...] A ética empresarial tem sido cada vez mais valorizada. Os investidores estão
cada vez mais se recusando a participar de companhias que desrespeitam os direitos
humanos e o meio ambiente. Inclusive multiplicam-se investimentos em empresas
que conseguiram ganhar a fama de serem politicamente corretas. Desse modo,
adotar a responsabilidade social pode ser uma boa estratégia para aumentar as
vendas e os investimentos. A adoção da responsabilidade social não visa abandonar
o objetivo lucrativo da empresa, mas agrega valores sociais a ela. A empresa deve
agir eticamente nos seus negócios (LOYOLA, 2008, p. 215).
Verifica-se ainda, que as atividades e produtos desenvolvidos pelos agentes
econômicos influenciam e repercutem diretamente na sociedade. O impacto positivo ou
negativo gerado pelas condutas empresariais são sentidos e assimilados amplamente pelo
corpo social, ultrapassando a barreira física da empresa.
Assim, importante a adoção pelas empresas de uma gestão baseada também na
responsabilidade social, tendo consciência da sua importância perante a sociedade, pensando-
se ainda naquelas que tem expressão mundial, por desenvolverem a sua atividade em várias
partes do mundo. Neste contexto tem-se que a empresa é socialmente responsável quando
adota uma:
[...] forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com
todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas
empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade,
preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a
diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. (Instituto Ethos).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
4 REFERÊNCIAS
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