Resposta Acusacao Juri

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Direito e Processo Penal

Módulo Prático
Prof. Alexandre Salim
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Resposta à acusação
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Resposta à acusação (Júri)

Art. 406 do CPP


O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 1º - O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo cumprimento
do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no
caso de citação inválida ou por edital.
§ 2º - A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou
na queixa.
§ 3º - Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo que interesse a sua
defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar
testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação,
quando necessário.
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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 2ª Vara do


Júri e Execuções Criminais de Ribeirão Preto:

Processo n.º ...

BRUNO BERGMANN, já qualificado nos autos da ação penal que lhe move o
Ministério Público, por seu procurador firmatário, procuração anexa (fl. ...), vem, à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 406 do Código de
Processo Penal, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, pelas seguintes razões de fato
e de direito:
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1. DOS FATOS

O acusado foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de


homicídio tentado, capitulado no artigo 121, “caput”, combinado com o artigo 14,
inciso II, ambos do Código Penal.
De acordo com a exordial acusatória, o denunciado teria dado início ao ato
de matar a vítima José Mário, mediante disparo de arma de fogo, o que somente
não se consumou por circunstância alheia à sua vontade, qual seja, o pronto e
eficaz socorro médico recebido pelo ofendido. Segundo a denúncia, a vítima
restou com lesão corporal de natureza leve na perna esquerda, como demonstra o
auto de exame de corpo de delito anexado ao inquérito policial.
Os fatos foram presenciados por Matheus, morador da casa da frente. A
denúncia foi recebida em 20/08/2019, e o réu foi citado em 13/09/2019.
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2. DO DIREITO

2.1. Da legítima defesa


O réu somente disparou contra o ofendido para defender-se. Isso porque José
Mário armou-se com facão e partiu para cima do acusado, que entrou correndo para
dentro de sua casa, sendo seguido pelo vizinho.
No intuito de defender-se legitimamente, o denunciado viu-se obrigado a pegar
um revólver que estava municiado com seis cartuchos, disparando uma só vez contra a
perna de José Mário, com o fim de que este cessasse a agressão.
Impõe-se, assim, o reconhecimento da legítima defesa, prevista no artigo 25 do
Código Penal, já que o réu – disparando uma só vez com uma arma que tinha seis
cartuchos – usou moderadamente dos meios necessários para repelir injusta agressão.
Recorde-se que seu vizinho José Mário estava armado com facão e entrou correndo na
casa do acusado na tentativa de agredi-lo.
Dessa feita, o réu deverá ser absolvido sumariamente, com fundamento no artigo
415, inciso IV, do Código de Processo Penal, já que está demonstrada causa de exclusão do
crime (legítima defesa).
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2. DO DIREITO

2.2. Da ausência de dolo


Como dito, o réu disparou uma só vez contra a vítima, embora a arma tivesse
outros cinco cartuchos. Mas não é só. O auto de exame de corpo de delito anexado ao
inquérito policial demonstra que a vítima restou com lesão corporal de natureza leve na
perna esquerda.
Portanto, caso o acusado quisesse realmente matar o vizinho, iria disparar mais
vezes, buscando acertar órgãos vitais do corpo do ofendido, como a cabeça ou o tórax. Um
único disparo, tendo como alvo a perna da vítima, afasta inevitavelmente o dolo de matar,
fazendo com que o réu, em caso de não acolhimento da tese da legítima defesa, responda
apenas por lesão corporal de natureza leve.
Pelo exposto, alternativamente, com fundamento no artigo 419 do Código de
Processo Penal, deve ser reconhecida a desclassificação do crime descrito na denúncia
para o delito previsto no artigo 129, “caput”, do Código Penal, aplicando-se os institutos
despenalizadores previstos na Lei 9.099/95.
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3. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:


a) O recebimento da presente resposta à acusação;
b) A absolvição sumária, com fundamento no artigo 415, inciso IV, do Código de Processo
Penal, já que está demonstrada causa de exclusão do crime (legítima defesa);
c) Alternativamente, com fundamento no artigo 419 do Código de Processo Penal, a
desclassificação do crime descrito na denúncia para o delito previsto no artigo 129, “caput”, do
Código Penal, uma vez que não houve dolo de matar na conduta do acusado, aplicando-se os
institutos despenalizadores previstos na Lei 9.099/95;
d) Em caso de não acolhimento dos requerimentos acima, pugna-se pela instrução do feito,
com a produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente a testemunhal, conforme
rol de testemunha abaixo apresentado.
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Rol de testemunha:

1) Matheus, qualificação e residência... .


Bons estudos!

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