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Lição Nº 3

Este documento descreve uma lição de Escola Bíblica Dominical sobre o avivamento no ministério. A lição discute como Samuel, como um instrumento de Deus, pregou com poder e levou o povo de Israel ao arrependimento, abandonando os deuses estranhos e servindo apenas ao Senhor. Isso resultou em um avivamento espiritual no povo e na derrota dos inimigos filisteus.

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Antonio Janiel
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Lição Nº 3

Este documento descreve uma lição de Escola Bíblica Dominical sobre o avivamento no ministério. A lição discute como Samuel, como um instrumento de Deus, pregou com poder e levou o povo de Israel ao arrependimento, abandonando os deuses estranhos e servindo apenas ao Senhor. Isso resultou em um avivamento espiritual no povo e na derrota dos inimigos filisteus.

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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

TEMA: TEMA: AVIVA, Ó SENHOR A TUA OBRA!

LIÇÃO Nº 3 – O Avivamento no Ministério (Primeiro


Trimestre–16/01/2000)

TEXTO AUREO

"A minha palavra, e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria
humana, mas em demonstração de Espírito e de poder" (1 Co 2.4).

VERDADE PRÁTICA

Um ministério pessoal avivado pelo Espírito Santo é um grande instrumento que Deus
utiliza para o avanço incessante do seu reino.

LEITURA DIÁRIA

Segunda 1 Sm 11.14 A necessidade de renovação do reino


Terça  1 Sm 19.20-23 O Espírito Santo prevalece como quer
Quarta 1 Rs 18.24 Deus responde por fogo
Quinta 1 Rs 18.30 Avivamento cuida primeiro do altar
Sexta 1 Rs 18.31 Avivamento une os separados
Sábado 1 Rs 18.38 O fogo do Senhor é suficiente

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – (I Sm 7. 1-10)

1 ENTÃO vieram os homens de Quiriate-Jearim, e levaram a arca do SENHOR, e a


trouxeram à casa de Abinadabe, no outeiro; e consagraram a Eleazar, seu filho, para que
guardasse a arca do SENHOR.

·SAMUEL EXORTA AO ARREPENDIMENTO

2 E sucedeu que, desde aquele dia, a arca ficou em Quiriate-Jearim, e tantos dias se
passaram que até chegaram vinte anos, e lamentava toda a casa de Israel pelo SENHOR. 3
Então falou Samuel a toda a casa de Israel, dizendo: Se com todo o vosso coração vos
converterdes ao SENHOR, tirai dentre vós os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o
vosso coração ao SENHOR, e servi a ele só, e vos livrará da mão dos filisteus. 4 Então os
filhos de Israel tiraram dentre si aos baalins e aos astarotes, e serviram só ao SENHOR. 5
Disse mais Samuel: Congregai a todo o Israel em Mizpá; e orarei por vós ao SENHOR. 6 E
congregaram-se em Mizpá, e tiraram água, e a derramaram perante o SENHOR, e jejuaram
aquele dia, e disseram ali: Pecamos contra o SENHOR. E julgava Samuel os filhos de Israel
em Mizpá.

·OS FILISTEUS SÃO VENCIDOS

7 Ouvindo, pois, os filisteus que os filhos de Israel estavam congregados em Mizpá, subiram
os maiorais dos filisteus contra Israel; o que ouvindo os filhos de Israel, temeram por causa
dos filisteus. 8 Por isso disseram os filhos de Israel a Samuel: Não cesses de clamar ao
SENHOR nosso Deus por nós, para que nos livre da mão dos filisteus. 9 Então tomou
Samuel um cordeiro de mama, e sacrificou-o inteiro em holocausto ao SENHOR; e clamou
Samuel ao SENHOR por Israel, e o SENHOR lhe deu ouvidos. 10 E sucedeu que, estando
Samuel sacrificando o holocausto, os filisteus chegaram à peleja contra Israel; e trovejou o
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SENHOR aquele dia com grande estrondo sobre os filisteus, e os confundiu de tal modo que
foram derrotados diante dos filhos de Israel.

PONTO DE CONTACTO

Comece sua aula fazendo as seguintes perguntas: "Que relação há entre arrependimento e
avivamento?" Pode haver avivamento sem que haja autêntico arrependimento e abandono
do pecado? O que caracteriza o arrependimento sincero? 
Arrependimento é uma questão de posição do pecador. Significa mudar espiritualmente de
posição, isto é, abandonar o pecado para se dedicar exclusivamente ao Senhor; o que é
suficiente para alcançar a sua misericórdia. 
É freqüente o arrependimento sob o peso do castigo. Israel é o maior exemplo disso. A
coisa mais admirável da Bíblia é que Deus sempre é encontrado quando é chamado e
"incomodado por corações arrependidos". Quanta misericórdia! Quanta longanimidade!
Quanto amor!
Deus, por seu amor bendito, sempre usa seus servos para ministrar, despertar e dissuadir o
povo de seus pecados e maus caminhos.

OBJETIVOS:

Após esta aula seu aluno deverá estar apto a: 


Aplicar em sua vida o exemplo de Samuel; servo de Deus espiritual, cheio de fervor e
santo zelo pela Obra do Senhor.
Reconhecer que um crente verdadeiramente avivado pelo Espírito não comunga com o
mundo e suas concupiscências.
Enumerar os principais "ingredientes" de um autêntico avivamento.

SINTESE TEXTUAL

Todo avivamento é precedido por arrependimento, contrição e abandono definitivo do


pecado. Neste episódio vemos o povo legitimamente arrependido. Em que momento teria
acontecido isso? O povo vivia oprimido pelos perversos filisteus. A situação era tremenda:
impostos extorsivos para pagar os tributos aos filisteus, desordens e idolatria. Isto era o
que restava ao povo do Senhor naquela ocasião. Havia rejeitado completamente a presença
e a direção de Deus. Uma providência divina urgente era necessária! Por certo, Deus
haveria de usar um de seus piedosos servos como instrumento de renovação espiritual para
aquela obstinada nação. E realmente o fez. Samuel foi o instrumento escolhido. Ele foi
usado pelo Senhor como um canal por onde fluiu livremente a Palavra vivificante do
Altíssimo para aquele povo ressequido e, completamente desprotegido. Ele ministrou a
Palavra de Deus com ousadia e poder, o que possibilitou a Israel a oportunidade de retornar
ao convívio com o Todo-Poderoso.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Reflita com seus alunos: É certo que os avivamentos são enviados por Deus, mas, será que
a chegada da renovação espiritual depende única e exclusivamente dEle? Será que temos
preenchido as condições de Deus para esperarmos o avivamento? Qual a nossa participação
e responsabilidade no avivamento?
Baseado nestas reflexões, peça a seus alunos que leiam 2 Cr 7.14 e alistem as condições
para a restauração e bênçãos divinas descritas nesse texto. Dê a eles cinco minutos para
prepararem a lista e exporem suas idéias. Logo após, anote as listas no quadro de giz,
compare-as e faça um breve comentário. 
Procure demonstrar a seus alunos, através da análise desta passagem e de outros exemplos
de avivamento, que Deus está sempre pronto a perdoar os nossos pecados e esquecer
completamente nossas funestas atitudes e maus caminhos quando o buscamos de todo o
nosso coração.
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As listas ficarão mais ou menos assim: 
Condições exigidas por Deus:
1) Humilhar-se perante o Senhor;
2) Orar, buscando a sua face;
3) Converter-se dos seus maus caminhos. 
De que forma o Senhor promete responder quando essas condições são preenchidas pelo
crente? 
1) Ouve as orações; 
2) Perdoa os pecados; 
3) Faz prosperar.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

A época era de sequidão espiritual, mas um homem de Deus estava em cena - Samuel, a
quem o Senhor usaria poderosamente para avivar a sua obra naqueles dias. O povo, por
afastar-se do Senhor, estava há vinte anos em servidão sob os violentos filisteus (v.3). A
arca do Senhor estava agora abandonada; parecia que Deus olvidara o seu povo.
O ministério de Samuel foi tão influente e ungido que mesmo com a monarquia israelita já
instaurada sob Saul, Samuel continuou como juiz. Ele era o obreiro do "altar" ( 1 Sm 7.17); o
obreiro da renovação espiritual ( 1 Sm 11.14). Desde cedo, todo Israel notou isso na vida de
Samuel (3.19,20). Assim é o obreiro chamado por Deus e o seu ministério. 

I. UM MINISTÉRIO PESSOAL AVIVADO 

O povo andava distanciado do Senhor, como está evidente no contexto, principalmente o


v.3 era um sério desafio para qualquer dirigente da obra. Sem dúvida, Samuel como
profeta, no seu ministério itinerante (7.16) entrega com poder e graça a mensagem do
Senhor, de arrependimento, de santificação, e de renovação espiritual. O profeta geme e se
consome pela santidade de Deus e do seu povo; é esta a sua mensagem de Deus aos
homens.
1. O estado espiritual do povo (v.1). Quiriate-Jearim ("cidade das florestas") não era cidade
de sacerdotes, das 48 a eles destinadas. Bete-Semes, sim, onde a arca acabara de estar e o
povo foi ferido por causa da irreverência para com ela (6.12-20). O desvio do povo era tal
que numa cidade de sacerdotes - Bete-Semes - puseram a arca do Senhor sobre uma
pedra, ao ar-livre; um temerário desacato a Deus (6.14,15,18). Nenhum levita da cidade se
prontificou a cuidar da arca, guardando-a em lugar seguro; protegendo-a, como objeto de
Deus.
Um ministério omisso, negligente, agonizante, deficiente, contraditório, inapto, inepto e
nulo. Como eles fizeram isso com a arca santa, em torno da qual orbitava o tabernáculo? A
mão do Senhor pesou sobre eles e muitos pereceram (6.19). Não quiseram a arca do
Senhor com eles!
Está a arca do Senhor, a presença real e direta dEle, no seu lugar entre nós?
Em Quiriate-Jearim, um moço não do ministério, foi separado para guardar e cuidar
exclusivamente da arca (Eleazar, v.1). A Palavra de Deus é viva e tem poder; ela começou
a agir na alma do povo, ministrada por Samuel. "Lamentava toda a casa de Israel após o
Senhor" (v.1). Era o princípio de um avivamento geral na nação. Deve ter sido um quadro
comovente "toda a casa de Israel" lamentar-se de alma e coração diante do Senhor. A alma
do povo começou a despertar pelo poder da Palavra de Deus. 
2. O arrependimento do povo (v.3). Observar "toda a casa de Israel" e "todo o vosso
coração", nos vv. 2-5, quanto ao retorno da nação a Deus. Deus pode fazer o mesmo hoje
na sua Igreja por toda a parte. Um crente avivado no Espírito jamais se conforma e se
amolda ao estado espiritual em que a igreja se encontra. Poucos se preocupam com a
qualidade bíblica e se contentam com quantidade apenas.
Há quanto tempo estavam sob castigo por deixarem o Senhor pelos falsos deuses da
idolatria? Por quanto tempo iriam ficar despertados? Observemos isso hoje no caso da
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igreja de muitas nações modernas que foi avivada, experimentou as chuvas abundantes de
bênçãos do Pentecostes, mas deixaram o seu primeiro amor, como a igreja de Éfeso ( Ap
2.4) e hoje retratam o vale de ossos secos que o profeta viu.
a) O coração dividido. "Com todo o vosso coração", (v.3). Nada de parcialidade com o
mundanismo e seus pecados disfarçados e "inofensivos". É rompimento total com o pecado
e tudo mais que desagrada a Deus. O coração dividido é o povo morno de Laodicéia, que
não é frio (que não percebe o mal, pois já morreu), nem quente (que está apenas vivo, mas
sem forças para resistir e combater o mal). 
b) Crentes não convertidos. "Vos converterdes" (v.3). É muito grande nas igrejas o número
de crentes nominais, os quais são um problema e um enigma para si mesmos, e para sua
igreja. Eles estão aparentemente dentro do reino de Deus, mas o reino (domínio) de Deus
não está dentro deles. Os tais, eles e elas, não têm compromisso com Deus, nem com a
igreja, nem com a doutrina do Senhor, nem com a santidade da vida, como a Bíblia ensina.
Conversão a Deus é mais do que uma declaração de fé e de princípios; é uma nova vida em
Cristo; é ser parte da videira verdadeira, e não simplesmente parte de uma igreja, de uma
religião, de uma agremiação, etc.
c)Deuses estranhos na vida (vv.3,4). Não basta o abandono de religiões antibíblicas e falsas
crenças, credos e idéias, mas também suas coisas. Aqui, era condenável o culto altamente
depravado, imoral e execrável dos povos cananeus, mas também os objetos desse culto
devotado ao Diabo e ao pecado. Um servo do Senhor não deve abrigar coisas assim em sua
casa, veículo, propriedade, etc. 
"Baalins" eram ídolos, cópias de Baal, deus dos cananeus (v.4). Baal significa senhor, dono,
patrão, e também marido. "Astarotes" (v.4) eram cópias de Astarte, deusa dos cananeus,
também chamada Istar, Vênus, Rainha do céu, dependendo do lugar onde era adorada.
(Astarote é o plural de Astarte). As práticas do seu culto eram abomináveis em imoralidade;
o de Baal, além de tudo isso era selvagem, desumano (matavam crianças como parte do
culto). 
3. O obreiro e sua vida de oração (v.5). Neste avivamento de Israel, com seu ponto de
partida em Ebenézer, vemos mais uma vez a grande importância da oração, do jejum (v.6),
do arrependimento e da confissão espontânea de pecados (vv.3,6). Num avivamento real
desencadeado por Deus, há grande sede, zelo e espírito voluntário pela oração, jejum e
busca da santidade (arrependimento, confissão espontânea, e abandono do pecado).
Samuel era espiritual e cheio de santo fervor, mas era adepto da decência, da ordem e da
boa e necessária organização na casa de Deus, como se vê em 1 Cr 9.22. 
Samuel é um exemplo do obreiro em oração, inclusive, intercessória pelo povo, pelo
rebanho (vv.5,8,9,10; 12.23; Jr 15.1; Sl 99.6).
Mispa já era um lugar tradicional de reunião das tribos (como em Jz 20.1-3; 21.1,5,8), mas
agora o assunto e o propósito da assembléia geral era mais importante: arrependimento,
confissão, concerto, perdão, avivamento espiritual. Ficava próximo a Ebenézer (v.12). A
partir de agora, todos os anos haveria aqui uma reunião do povo e Samuel o julgava (v.16).
O povo não deve ficar abandonado, nem dirigindo-se a si mesmo. O povo tem seus
problemas internos, mas também externos, quanto ao mundo que o rodeia. "Procura
conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre o gado" ( Pv 27.23). No
avivamento de uma igreja o seu dirigente é peça importante para a continuação desse
despertamento, sem fanatismo, sem meninice, sem escândalo, livre de heresias, caso
contrário, não permanecerá. A sadia e ortodoxa liderança cristã aqui, é de grande
importância. Igrejas avivadas realmente pelo Espírito, que deixam a direção das coisas por
conta dos membros ou nas mãos de pessoas inaptas, não irão adiante, brilhando para
Jesus, fazendo a sua obra e sendo um exemplo no reino de Deus. 
O nome Mispa quer dizer torre de observação. Um avivamento vem do Senhor, mas o povo
que o desfruta é terreno e humano, apesar de salvo, e carece, portanto, de liderança cristã
madura, sábia, e "que maneja bem a Palavra da Verdade". Um trem não sai dos trilhos sem
causa. Uma aeronave não perde sua rota por acaso. "A maldição sem causa não virá"( Pv
26.2).
4. O dirigente, seus auxiliares e o avivamento. Os auxiliares receberam as instruções de
Samuel e a cumpriram: "Congregai a todo o povo em Mispa; e congregaram-se" (vv.5,6).
Aqui temos o líder exato usado por Deus, auxiliares fiéis, e um povo sob direção. Um
avivamento não sobrevive de poder e mais poder e dons e sinais e altos louvores (não
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confundir com louvores altos). É vital uma santa, sábia e firme liderança espiritual. 
5. O avivamento em ação (v.6).
a) "E congregaram-se". Não apenas se juntaram. O Espírito trabalha como na ocasião do
primeiro pentecostes (At 1.12-14). Havia unanimidade e não apenas união. Simples união
em simples reunião pode ser até para fazer o mal na igreja, mas unidade espiritual, de
morte, de alma, de propósito, de pensamento, nas coisas do Senhor, só o Espírito Santo
produz.
b) "Derramaram água perante o Senhor". Um sinal de profundo e seguido arrependimento
do povo, e também de limpeza espiritual simbolizada pela água ( Ef 5.26; Tt 3.5). Ler também
Sl 22.14; Lm 2.19.
c) "E jejuaram aquele dia". Não foi nada de jejum de brincadeira, de poucas horas, de
propaganda de cartazes, de exibição ( Mt 6.16-18). O ambiente de real avivamento também
predispõe o crente a jejuar biblicamente. O jejum bíblico envolve oração, mas nem toda
oração está ligada a jejum. Os novos convertidos de hoje nem sabem o que é jejuar porque
os velhos crentes não mais o praticam. Jejum é uma forma de humilhação, contrição, e
dependência nossa perante o Senhor, e não primeiramente uma forma de demonstrar a
Deus a urgência das nossas petições, como que a forçar uma resposta de Deus.
d) "Pecamos contra o Senhor." Eles não fizeram como aqueles que quando pecam, culpam
os outros, como fez Saul. Quando ele e o povo pecaram contra o Senhor, e ele confessou
seu pecado, culpou o povo (1 Sm 15.9,15,21,24). "Pecamos contra o Senhor" são palavras
difíceis para os que na alma estão endurecidos, calejados e envelhecidos, mas quando o
Espírito opera o arrependimento, isso torna-se espontâneo e resulta em bênçãos espirituais.
Sem expiação em todos os sentidos, não há perdão ( Lv 4.35).
e) "E Samuel julgava." A decência e a ordem advindas da doutrina bíblica não dificulta, não
interrompe nem impede a operação do Espírito Santo na igreja. A indecência, a transigência
com o pecado, a profanação das coisas santas e a desordem, sim. Aqui vemos (v.6) o
avivamento poderoso, mas judicioso ao nosso tempo. Qualquer poder sem controle leva a
desastre, morte, destruição. 

II. UM MINISTÉRIO PESSOAL VITORIOSO

Nesse tempo Israel, por causa dos seus pecados, estava sob o guante dos filisteus. Israel
reuniu-se em assembléia sagrada para buscar a Deus, mas o inimigo achava que era para
guerreá-lo, ou talvez a Filístia proibira reuniões em massa e agora Israel reunido
representava uma quebra dessa ordem. Seja como for, vemos nisso a oposição do inimigo a
um povo avivado. Isso continua a acontecer. 
1. Israel desarmado. Conforme 13.19-21, fazia parte da opressão dos filisteus deixar Israel
sem armas de guerra e sem subsistência, para, de um lado ser vencido, e de outro,
definhar pela desnutrição, mas Samuel, o homem de Deus, estava intercedendo diante de
Deus pelo povo (v.5), ele, como Moisés, sabia que a vitória viria pela oração (vv.5,9). O
próprio povo também entendeu que a vitória viria pela oração (v.8). Samuel estava ali e o
povo correu para ele como seu líder espiritual, inclusive na batalha contra o mal. 
2. O líder posto por Deus. A esse homem, Deus também move o povo a obedecer-lhe. "E
que me sujeita o meu povo" ( Sl 144.2). O líder colocado por Deus, como Samuel, não
necessita tomar ovelhas dos outros, nem intimidar as suas, quanto a permanecerem com
ele. Samuel serviu com dedicação ao povo, levando-o ao encontro de Deus, e o povo por
sua vez recorreu a Samuel; não uma meia dúzia (o que muitos só conseguem reunir), mas
todo o povo de Israel. 
Daí, temos em Samuel um obreiro vitorioso em seu ministério pessoal. 

III. UM MINISTÉRIO PESSOAL RENOVADO 

No v.5 vimos a oração para a restauração espiritual do povo; agora no v.9 temos a oração
para o livramento do mesmo povo. Um povo avivado também tem limitações, dificuldades e
necessidade de livramento divino. 
1. Renovação pelo sacrifício (v.9). Um cordeirinho minúsculo de "mama" contra os bem
armados filisteus (v.7)! Um aparente suicídio em massa. Era a demonstração da fé em
Deus, por Samuel. Não é primeiro o tamanho do sacrifício, do nosso feito, do nosso esforço,
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do nosso trabalho, mas o da nossa fé no Cordeiro de Deus - Cristo. Samuel é um dos heróis
da fé do Antigo Testamento (Hebreus 11.32,33). Nesse ato de Samuel estava a sua fé em
Deus. 
2. O sacrifício foi inteiro (v.9). Ele incluiu a oração intercessória ("clamou Samuel ao Senhor
por Israel"). Sacrifício do obreiro sem oração, de que adianta? Oração do obreiro sem
sacrifício (= indolência), de que adianta? No sacrifício "inteiro" o Senhor ouve o obreiro
antes do povo ("e o Senhor lhe deu ouvidos"). 
3. Resposta divina imediata (vv.10-12). No mesmo local onde o povo fora antes derrotado,
Ebenézer (4.1), foi agora vencedor sobre o mesmo inimigo. A derrota vergonhosa há vinte
anos (v.2) veio do desvio do povo. A vitória agora veio do seu retorno a Deus, de coração,
mediante o ministério de Samuel, que conduziu o povo ao avivamento.
No v.10, o que parecia grandes trovões para Israel, Deus fez o inimigo ouvir coisas
retumbantes, aterradoras. Quando andamos na vontade de Deus, Ele age sobre nossos
inimigos (v.13).

CONCLUSÃO

Samuel serviu com dedicação ao povo, levando-o ao encontro de Deus, e o povo por sua
vez recorreu a Samuel. A derrota vergonhosa, de há vinte anos, viera do desvio do povo. A
vitória agora veio do seu retorno a Deus, de coração, mediante o ministério de Samuel, que
conduziu o povo ao avivamento. Oremos, para que Deus levante líderes da grandeza de
Samuel, que sejam usados para avivar sua Obra nos últimos dias.

AUXILIOS SUPLEMENTARES

Subsídio Bibliográfico
"A palavra 'avivamento' não aparece na Bíblia, no entanto, a Palavra de Deus
constantemente apresenta os termos 'restaurar', 'restauração', 'reviver', 'reviveu' e
'revivendo'. No Novo Testamento, o termo 'reviveu' aparece duas vezes, em Romanos 7.9 e
14.9 ('tornou a viver', ARC). Não houve avivamentos no Novo Testamento, porque a
experiência dos primeiros cristãos foi algo inteiramente novo, jamais conhecido antes do dia
de Pentecostes. Apenas no fim do primeiro século houve sinais de que cristãos
abandonaram o seu primeiro amor ( Ap 2.4), mas não há nenhuma indicação de que tenham
se arrependido e se reavivado."
"Sempre que os filhos de Israel se desviavam da verdade, no Antigo Testamento, Deus fazia
em primeiro lugar um chamado ao arrependimento através das mensagens de seus
profetas. Na maioria dos casos nem o povo ou seus líderes ouviam tais mensageiros,
continuando em sua vida de pecado até experimentarem a ira de Deus e seu julgamento.
Só então os profetas eram respeitados."
"O caminho do despertamento espiritual passa por um renovo na devoção, oração,
meditação e fé, para o total distanciamento dos interesses mundanos. Uma vida restaurada
exige urgência na separação de tudo o que é mundano e faz com que toda a nossa atenção
esteja voltada exclusivamente para Deus."
"Tivemos grandes líderes no passado, todos com aspectos e características de suas épocas.
Mas agora, para encarar toda a problemática dos nossos dias, precisamos de novas
lideranças! Nossos antepassados cumpriram o seu papel. Precisamos de novos homens que
tenham experimentado um avivamento, para que possam conduzir a igreja de nossos dias a
atender um grande chamado de Deus!" (De Volta para o Altar, CPAD, págs. 71 e 170)

Subsídio Doutrinário
"O salmista orou: 'Não tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo se alegre em ti?' ( Sl
85.6). Ele reconheceu que o povo de Deus era espiritualmente impotente; o fogo da devoção
estava baixo; a alegria se fora. 'Vivifica-nos' clamou, mas o que queria dizer? Que é
avivamento?"
"Muitos hoje pensam que o avivamento é uma série de encontros com o emocionalismo
religioso. Mas duvido que tais idéias acerca do termo tenham passado pela cabeça do
salmista."
"Avivamento significa acordar e viver. No Antigo Testamento, a palavra para avivamento
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vem de outra que significa 'viver', que originalmente carregava o sentido de respiração,
visto que a respiração é a expressão de vida em todos os seres animados. Daí poder-se
dizer dos ossos secos: 'Eu porei respiração dentro de vocês e os farei viver de novo' ( Ez 37.5
[BLH]; cf. 37.6,14; Jó 33.4; 1 Rs 17.22). Avivamento, ou vida, era 'respirar na respiração de
Deus'. Como vimos aqui, a idéia enfatizada é que a fonte dessa vida está em Deus."
"A palavra correspondente no Novo Testamento significa 'ressuscitar' ( Ap 22.5; Rm 14.9; cf.
7.9). O termo, conforme usado por Jesus, denota a mudança na vida de um filho pródigo
penitente que retorna à casa do pai, no sentido de que o filho que estava 'morto' e agora
'reviveu' (Lc 15.24,32). Outras palavras comparam o avivamento ao reacender de uma
chama que se apagava aos poucos (2 Tm 1.6) ou uma planta que lança novos brotos e
'floresce novamente' (Fp 4.10)."
"A idéia básica de avivamento é sempre o retorno de algo à sua verdadeira natureza e
propósito." (A Chegada do Avivamento Mundial, CPAD, págs. 17,18)

GLOSSÁRIO

Advir: Vir em conseqüência; resultar, proceder, derivar.


Aterrador: Que aterroriza; pavoroso, aterrador, aterrorizante.
Desacato: Falta de acatamento; profanação, desprezo.
Execrável: Abominável, detestável.
Imprescindível: Que não se pode dispensar ou abrir mão, pôr de lado, renunciar.
Olvidar: Esquecer.
Ortodoxa: Conforme com a doutrina religiosa tida como verdadeira.
Parcialidade: Qualidade de parcial; partidário de alguém; sectário.
Retumbante: Que retumba, ou seja, reflete o som com estrondo.
Sequidão: Secura, desinteresse, frieza.
Temerário: Arriscado, imprudente, perigoso.
Transigência: Ato ou efeito de transigir; condescendência, tolerância.

QUESTIONÁRIO

1. Há quanto tempo estava Israel sob a servidão dos filisteus?


R. Há vinte anos.
2. Que santo objeto do culto divino estava fora do seu lugar?
R. A arca da aliança.
3. Qual o estado espiritual do povo de Israel na época de que trata esta lição?
R. O povo estava distanciado do Senhor, inclusive adorando deuses pagãos.
4. Que é o jejum?
R. É uma forma de humilhação, contrição e dependência perante o Senhor.
5. Qual o nome do local onde o povo de Israel venceu os filisteus?
R. Mispa.

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