Esportes de Combate (UniFatecie)
Esportes de Combate (UniFatecie)
Esportes de Combate (UniFatecie)
Combate
Professora Ma. Kauana Borges Marchini
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
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Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Revisão Textual
Kauê Berto
Caro(a) aluno(a),
Bons estudos!
SUMÁRIO
UNIDADE I....................................................................................................... 3
Introdução aos Esportes de Combate
UNIDADE II.................................................................................................... 25
Explorando os Esportes de Combate
UNIDADE III................................................................................................... 64
Esportes de Combate na Escola
UNIDADE IV................................................................................................... 89
Esportes de Combate em Espaços Não-Formais
UNIDADE I
Introdução aos Esportes de Combate
Professora Ma. Nathan Marques Oliveira
Plano de Estudo:
● O que são Esportes de Combate? Definição e características gerais;
● Formas de classificação dos Esportes de Combate;
● História dos Esportes de Combate;
● Esportes de Combate x Brigas.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os Esportes de Combate;
● Conhecer as formas de classificação dos Esportes de Combate;
● Compreender as origens e os principais aspectos históricos dos Esportes de Combate;
● Estabelecer a diferença entre Esportes de Combate e Brigas.
3
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a),
Que bom tê-lo(a) aqui para iniciar nossa jornada de estudos sobre os Esportes de
Combate. Esta primeira etapa tem por objetivo introduzir alguns conceitos fundamentais
para o entendimento dos Esportes de Combate como parte da Educação Física.
Nesta unidade abordaremos aspectos ontológicos acerca dos Esportes de Com-
bate. Essa compreensão dos referenciais teóricos auxiliará no entendimento de como este
conteúdo pode ser explorado na prática profissional do profissional de Educação Física.
É importante ressaltar que este material não encerra todas as fontes referentes a
esse tema. Há um vasto conteúdo disponível que pode enriquecer ainda mais a sua forma-
ção docente. Sabendo disso, é muito importante que você complemente seus estudos com
auxílios de outras fontes, algumas das quais estão apontadas ao longo deste material.
A sequência de apresentação dos conteúdos dessa unidade inicia-se com uma
importante discussão que gera bastante confusão em nossa área: as diferenças entre
Lutas, Artes Marciais e Esportes de Combate. Na sequência, apresentaremos a definição e
as classificações dos Esportes de Combate, seguido de seus aspectos históricos. Por fim,
abordaremos as questões relacionadas à agressividade e a violência, discutindo sobre a
diferença entre brigas e Esportes de Combate.
Bons estudos!
Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olimpicas/
237922-quem-participava-dos-jogos-olimpicos-da-grecia-antiga/. Acesso em 20 set.2021
Fonte: https://fotospublicas.com/x-jogos-sul-americanos-em-santiago-chile-luta
-livre-masculina/. Acesso em 20 set.2021
Ainda neste tópico, é importante salientar que este processo não deve ser visto
simplesmente como algo negativo. Essa massificação e o entendimento das lutas e artes
marciais como Esportes de Combate, permitem aproximar e ampliar o conhecimento do
público acerca de diferentes culturas. Além de desassociar essas práticas corporais de
atitudes violentas, especialmente sobre esse assunto falaremos com mais detalhes no
último tópico desta unidade.
SAIBA MAIS
Os samurais surgiram durante a Era Heian (794 a 1192), inicialmente como parte do exér-
cito dos proprietários de terras (daimôs). Esses guerreiros eram considerados exempla-
res por sua conduta moral. Sua vida era regida pelo Bushido, o código de conduta que
alertava para aspectos de ética, disciplina, respeito, lealdade, honra e coragem. Durante
a Era Meiji (1867 a 1912), os samurais perderam o seu prestígio, porém deixaram seu
código de conduta (Bushido) e suas disciplinas marciais (Bujutso) como legados para as
artes marciais de origem japonesa.
O Bujutso (técnica marcial), juntamente com o Bushido (caminho do guerreiro) dão ori-
gem ao Budo (caminho marcial), que nada mais é do que uma versão moderna do
Bujutso. No Budo, busca-se um desenvolvimento pessoal de corpo (prática marcial) e
de mente (filosofia e princípios do Bushido). O Budo é a filosofia condutora das artes
marciais japonesas.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
3.1 A origem das Lutas, das Artes Marciais e dos Esportes de Combate
As lutas e as artes marciais são as expressões de práticas corporais e de cultura
que deram origem às mais variadas modalidades de Esportes de Combate. A luta, como
prática corporal, se desenvolveu concomitantemente à história do ser humano como ser
social. Sendo uma das mais antigas manifestações corporais e culturais da humanidade
(RUFINO; DARIDO, 2011). Na pré-história, a sobrevivência estava relacionada ao combate,
tanto para caça e captura de alimentos quanto na defesa contra outros animais e humanos.
Lutas eram a única forma de se manter vivo. Conforme há uma evolução nas habilidades
físicas e intelectuais, há também mudanças na organização social humana. Deste modo,
passa a ser necessário buscar formas de garantir não apenas a integridade individual, mas
também do grupo ao qual está inserido (SVINTH, 2002).
Conforme há o domínio de diferentes instrumentos e materiais, estes também
passam a ser utilizados como armas, contribuído para que o combate possa ter sucesso,
tanto para a dominação do ambiente em que se está inserido quanto na dominação sobre
outros humanos ou grupos. A combinação das armas com habilidades corporais dá origem
a diferentes escolas e artes. Evidências históricas, como relatos, pinturas, esculturas e
histórias locais, indicam que as lutas estavam presentes em diversas civilizações antigas
como os egípcios, babilônios, chineses, japoneses, gregos e romanos.
SAIBA MAIS
O Pancrácio, como vimos nesta unidade, era uma forma de luta bastante popular na
Grécia antiga e fez parte dos Jogos Olímpicos daquela época. Sua prática era carac-
terizada por uma luta “quase sem regras”. Não havia tempo máximo de combate, era
permitido acertar o adversário com todas as partes do corpo e poucos e poucos golpes
eram proibidos, como chutar a região genital e enfiar o dedo nos olhos. Não raro os
competidores morriam após o combate.
Diante disso é possível imaginar que não caiba um espetáculo com essas característi-
cas nos tempos atuais, mas não é bem assim! Devido ao grau de violência, o atual MMA
(Artes Marciais Mistas), antigamente denominado Ultimate Fighting, foi comparado ao
Pancrácio. No MMA existem bem mais regras do que na antiga luta, mas com a liberda-
de de poder utilizar diferentes técnicas de luta. Assim, é comum que os competidores
deixem o ring bastante machucados, o que, em geral, leva os espectadores ao êxtase.
Diferenciar os Esportes de Combate das brigas pode parecer algo bastante simples.
Ora, podemos definir as brigas como situações conflituosas entre pessoas que, alimenta-
das pela agressividade, acabam por se confrontar, neste caso fisicamente e sem regras
específicas para o combate. Já os Esportes de Combate, por definição, apresentam regras
e posturas que minimizem a violência e garantam a integridade do oponente, como pode
ser conferido no quadro 1.
Fonte: A autora.
REFLITA
VASQUES, Daniel Giordani. As artes marciais mistas (MMA) como esporte moderno:
entre a busca da excitação e a tolerância à violência. Esporte e Sociedade, n. 22, 2021.
LIVRO
Título: A Arte da Guerra
Autor: Sun Tzu
Editora: Novo Século
Sinopse: A Arte da Guerra é o primeiro tratado militar que se tem
notícia. Foi escrito por Sun Tzu por volta de 500 a.C. e se trata de
uma coletânea de disposições a respeito de táticas de combate.
Em A arte da guerra, as estratégias transmitidas pelo general
chinês Sun Tzu carregam um profundo conhecimento da natureza
humana. Elas transcendem os limites dos campos de batalha e
alcançam o contexto das pequenas ou grandes lutas cotidianas,
sejam em ambientes competitivos – como os do mundo corpo-
rativo – sejam nos desafios internos, em que temos de encarar
nossas próprias dificuldades. Se você não conhece a si mesmo
nem o inimigo, sucumbirá a todas as batalhas.
FILME/VÍDEO
Título: O Último Samurai.
Ano: 2003.
Sinopse: Em 1870 é enviado ao Japão o capitão Nathan Algren
(Tom Cruise), um conceituado militar norte-americano. A missão
de Algren é treinar as tropas do imperador Meiji (Shichinosuke
Nakamura), para que elas possam eliminar os últimos samurais
que ainda vivem na região. Porém, após ser capturado pelo ini-
migo, Algren aprende com Katsumoto (Ken Watanabe) o código
de honra dos samurais e passa a ficar em dúvida sobre que lado
apoiar.
Plano de Estudo:
● Conhecendo o Judô;
● Conhecendo o Sumô;
● Conhecendo o Karatê;
● Conhecendo o Boxe;
● Conhecendo o Muay Thai;
● Conhecendo o Kung Fu;
● Conhecendo o Taekwondo;
● Conhecendo a Esgrima.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender as origens e os aspectos históricos de cada
um dos Esportes de Combate,
● Conceituar e contextualizar cada um dos Esportes de Combate ,
● Conhecer as principais características técnicas de cada
um dos Esportes de Combate.
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INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a),
Bons estudos!
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1. JUDÔ
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Os primeiros anos foram difíceis, a pouca idade de Kano e as instalações inade-
quadas (eles treinavam no salão de um templo e depois num galpão anexo a uma escola
de inglês) não atraíram muitos alunos. Dos poucos alunos, a maioria morava no Kodokan e
eram sustentados por Kano. Eles tinham uma rotina bastante rígida, com treinos de Judô,
estudos e cuidados com a limpeza e alimentação (STEVENS, 2007).
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1.2 A chegada do Judô no Brasil
Oficialmente o Judô foi difundido no Brasil em 1933, com a fundação da Federação
de Judô e Kendô do Brasil, por Katsutoshi Naito, Tatsuo Okochi, Teruo Sakata, Zensaku
Yoshida e Shigueto Yamasaki. Contudo a história dessa arte marcial iniciou cerca de 25
anos antes, com a chegada dos primeiros imigrantes japoneses nessas terras. Mitsuyo
Maeda, o Conde Koma, é o mais conhecido dos personagens da história das artes marciais
japonesas no Brasil. Além dele, Soishiro Satake também se destaca na história do Judô
no Brasil, por trazerem conhecimentos diretamente do criador do Judô, pois ambos foram
alunos de Jigoro Kano (DA COSTA, 2006; DE OLIVEIRA, 2007).
Maeda e Satake chegaram no Brasil na década de 1910, rodaram o país realizando
demonstrações e desafios, e depois se estabeleceram na região Norte e Nordeste. Outros
polos que auxiliaram na divulgação da arte marcial foram a cidade de São Paulo e a região
norte do estado do Paraná, especialmente as cidades de Londrina, Assaí e Uraí. Em 1969,
foi fundada a Confederação Brasileira de Judô, a qual foi oficialmente reconhecida em 1972,
ano em que o Brasil conquistou a primeira medalha da modalidade nos Jogos Olímpicos.
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FIGURA 2 - ROUPA UTILIZADA PARA PRÁTICA DE JUDÔ (JUDOGI), COMPOSTA
O início e o final das aulas e das lutas é marcado por uma saudação, que tem por
objetivo expressar o respeito, a cortesia e a amabilidade pelo professor e pelo adversário.
Essa saudação é denominada Rei. Ela pode ser de dois tipos:
A prática do Judô acontece no tatame. Para treinos não há uma medida específica,
contudo nas competições, o tatame deve ser quadrado com medidas entre 14 e 16 metros
cada lado (CBJ, 2021).
A luta tem a duração de 5 minutos para a categoria masculina e 4 minutos para
a feminina. Se ao final deste tempo não houver um vencedor, são adicionados mais três
minutos ao combate. Durante esse período, o atleta que realizar o primeiro ponto ganha a
luta (Golden Score).
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O objetivo principal no judô é derrubar o adversário no chão ou imobilizá-lo, baseado
no princípio idealizado por Jigoro Kano de ippon-shobu (luta pelo ponto completo). Assim,
são possíveis três tipos de pontuação:
a) Yuko: Quando o adversário vai ao solo de lado, ou é imobilizado por 10 a 14
segundos. Cada yuko vale um terço de ponto;
b) Wazari: É um ippon incompleto, ou seja, o adversário cai sem ficar com os dois
ombros no tatame e vale meio ponto. A obtenção de dois wazaris, valem um ippon, encer-
rando a luta ao final do segundo wazari. A imobilização do oponente por 15 a 19 segundo
também vale um wazari.
c) Ippon: É o objetivo do judô, o ponto completo, que finaliza a luta. O ippon é
conquistado quando um judoca consegue derrubar o adversário, encostando, as costas ou
ombros no chão, quando ele é finalizado por um estrangulamento ou chave de articulação,
ou quando é imobilizado por 25 segundos.
a) Shido: Infrações leves de regras são penalizadas com shido. Ele é tratado como
um aviso. O primeiro shido é um aviso, no segundo, o adversário pontua um
yuko, e o terceiro, vale um wazari para o adversário.
b) Hansoku-Make – É uma infração grave, que resulta na desqualificação do
competidor penalizado. Hansoku-make também é dado pela acumulação de
quatro shidos.
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QUADRO 1 - DENOMINAÇÃO E CORES DE FAIXA DAS GRADUAÇÕES DO JUDÔ
*Faixa usada somente por praticantes com menos de 15 anos. Fonte: CBJ, 2021
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FIGURA 3 - TÉCNICA DO TIPO NAGE-WAZA
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2. SUMÔ
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Entre os séculos X e XII, o Sumô passou a ser utilizado como técnica de guerra,
e a partir do século XV os lutadores ganharam projeção social, com o início de torneios
profissionais com caráter de entretenimento esportivo. Ainda hoje, o Sumô é um esporte
bastante popular no Japão, e os lutadores profissionais alcançam bastante prestígio e
popularidade (CBS, 2021).
Uma das características mais marcantes do Sumô, é a forma corporal dos seus
praticantes, geralmente gordos. Na realidade não há uma obrigação quanto a forma corpo-
ral dos lutadores de Sumô, contudo como o objetivo da luta é desequilibrar o adversário,
assim quanto mais gordo e forte, mais fácil de se vencer o combate.
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Antes da luta, o ringue é purificado com sal. Os lutadores costumam bater os pés
antes da luta, numa ação que eles acreditam espantar os maus espíritos. Fora do ringue,
os lutadores costumam lavar a boca com uma água abençoada por um sacerdote xintoísta
e secá-la com um papel feito de arroz.
A vestimenta dos lutadores de Sumô também é bastante característica e é deno-
minada mawashi. É composta por uma faixa de tecido grosso enrolado ao redor da cintura
e entre as pernas, para proteger as partes íntimas. Os lutadores também são incentivados
a deixar o cabelo crescer para que possam fazer os coques característicos dos samurais
(oicho).
FIGURA 7 - FOTO DE UM LUTADOR DE DE SUMÔ USANDO MAWASHI
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QUADRO 2 - CATEGORIAS DO SUMÔ AMADOR DE ACORDO COM A CONFEDERAÇÃO
BRASILEIRA DE SUMÔ
MASCULINO FEMININO
Mirim Até 13 anos
Infantil 13 a 16 anos
Juvenil 17 a 18 anos
Júnior Leve Até 80 kg Até 60 kg
Júnior Médio 80 a 100 kg 60 a 75 kg
Júnior Pesado Acima de 100 kg Acima de 75 kg
Adulto Leve Até 85 kg Até 65 kg
Adulto Médio 85 a 115 kg 65 a 85 kg
Adulto Pesado Acima de 115 kg Acima de 85 kg
Adulto Absoluto Sem limite de peso
Quanto aos lutadores profissionais, eles seguem uma rígida hierarquia, que data do
período Edo (1603-1868). No topo da hierarquia estão os yokozuna (grande campeão), se-
guidos pelos ozeki (campeão), e pelos sekiwake (campeão júnior). Esse ranking determina
suas vestes no dia a dia, e em qual lado do ringue ele estará nas competições. Um iniciante
sempre começará na divisão mais baixa, e pode subir de nível de acordo com os resultados
nas lutas. Entretanto, a divisão yokozuna é permanente, ao chegar nela o lutador não pode
ser rebaixado, assim, caso não consigam manter a performance, espera-se que eles se
aposentem.
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SAIBA MAIS
Fonte: LUTADORES de sumô e sua dieta de até 10.000 kcal. Coisas do Japão, 2020. Disponível em: ht-
tps://coisasdojapao.com/2019/08/lutadores-de-sumo-e-a-impressionante-dieta-de-ate-10000-kcal/. Aces-
so em 06 de maio de 2021.
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3. KARATÊ
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FIGURA 8 - GICHIN FUNAKOSHI (1868-1957) CONSIDERADO O PAI DO KARATÊ MODERNO
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Combate 40
3.2 A chegada do Karatê no Brasil
Assim como o Judô e o Sumô, o Karatê chegou ao Brasil junto com os primeiros
imigrantes japoneses, no início do século XX. A primeira academia de Karatê, na cidade de
São Paulo, surgiu em 1955 com o sensei Mitsusuke Harada, do estilo Shotokan. Em 1960
foi fundada a Associação Brasileira de Karatê, que mais tarde originou a Confederação
Brasileira de Karatê.
Contudo, cabe destacar que não há um registro específico de quando o Karatê
começou a ser praticado no país e quem foi o seu pioneiro no país. Vários mestres, de
diferentes estilos, são apontados como pioneiros, porém sem um consenso. Independente
disso, há de se enfatizar a importância desses vários grupos para a popularização desta
modalidade no Brasil (MARTA, 2009).
UNIDADE II
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Combate 41
Para as competições temos a modalidade de kata, na qual as técnicas são apresen-
tadas sem um adversário, e de kumitê, que são as lutas entre adversários. As competições
são realizadas em um tatame de 8x8m. Na competição de kata, os cinco árbitros avaliam
a técnica, força, potência, equilíbrio, simetria dos golpes, velocidade e postura dos golpes.
Existem duas listas de kata para as competições, a de kata obrigatórios (shitei kata), ge-
ralmente utilizada em competições com mais de oito atletas, e de kata livres (tokui kata).
As competições podem ser realizadas individualmente ou em equipe, na qual três atletas
apresentam o mesmo kata simultaneamente (WKF, 2019).
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Combate 42
Durante a luta, algumas situações podem ser passíveis de penalidade, tais como:
a) Falta de combatividade;
b) Utilização de técnicas proibidas, como cabeçadas, cotoveladas ou joelhadas;
c) Golpes de mão aberta contra o rosto do oponente;
d) Chaves de braço ou estrangulamentos;
e) Técnicas de luta agarrada, como clinchar ou agarrar o kimono do oponente,
sem a intenção de aplicar uma queda ou pontuar;
f) Qualquer outro movimento que possa colocar em risco a integridade física do
adversário, inclusive o uso de força excessiva;
g) Golpes em zonas proibidas do corpo do oponente: braços, pernas, juntas e
peito do pé;
QUADRO 3 - CORES DAS FAIXAS DE ACORDO COM A GRADUAÇÃO DAS FAIXAS NO KARATÊ
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4. BOXE
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Combate 44
A partir desse momento, o Boxe caiu nas graças da plateia e se tornou um espe-
táculo esportivo. Assim, apesar de seu surgimento nas classes populares, conforme foi se
tornando conhecido, o Boxe passou a ser praticado por nobres e aristocratas ingleses. Com
a proibição das lutas sem luvas na Inglaterra, o Boxe se difundiu nos Estados Unidos entre
1850 e 1920. Sendo que a primeira luta profissional da modalidade ocorreu em fevereiro de
1982, nos Estados Unidos. Depois o Boxe se espalhou pelo mundo (MONTEIRO, 2017).
UNIDADE II
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Combate 45
A arbitragem é composta por cinco juízes, sendo que somente um deles fica den-
tro do ringue. O boxe profissional possui uma luta de 10 a 12 rounds, enquanto no boxe
amador, cada luta possui de três a quatro rounds com tempo entre 3 e 2 minutos cada,
respectivamente. Para as lutas no Boxe amador, além das luvas é necessário utilizar capa-
cete protetor (CBB, 2021).
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Combate 46
5. MUAY THAI
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Combate 47
Uma série de rituais e cerimônias acontecem durante os tradicionais combates
de Muay Thai na Tailândia. O Wai kru é uma dança realizada no ringue com o objetivo de
homenagear o mestre. Em seguida é realizada o Ram muay, um ritual também ao ritmo
de músicas para manter afastado os maus espíritos. Em seguida o lutador e o seu mestre
realizam uma saudação. Quando entram no ringue os lutadores usam uma coroa de flores
(Mongok), que varia conforme o mestre e o local de treino, e que se acredita trazer proteção
ao lutador. A coroa é retirada ao final das cerimônias e antes da luta.
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Para a luta os competidores devem usar luvas, cujo peso varia conforme a cate-
goria do atleta, e nas categorias amadoras é permitido o uso de protetores de cabeça. Os
competidores devem apenas trajar um calção, sem o uso de camisas. Para as mulheres, o
top também é exigido.
O ringue de combate pode ter entre 6 a 10 metros (pequeno) ou de 7 a 30 metros
(grande). A luta tem 5 rounds, cada um com três minutos de duração e dois minutos de
intervalo. São responsáveis pela luta, um árbitro de ringue, um responsável máximo do
confronto e três juízes.
Vence a luta aquele que consegue nocautear o adversário. O nocaute pode aconte-
cer quando um lutador é derrubado e não consegue se levantar dentro da contagem de 10
segundos, ou em caso de nocaute técnico, que é determinado quando um dos competido-
res está ferido ou debilitado. A luta também pode ser encerrada por recomendação médica.
Caso os dois competidores estejam seriamente feridos e tiverem sido realizados menos de
três rounds, é declarado empate.
Caso não haja nocaute, o vencedor pode ser definido por um sistema de pontua-
ção. Os lutadores também perdem pontos quando cometem alguma infração como morder,
cuspir, ou cabecear o adversário; realizar bloqueio de braços; segurar as cordas do ringue;
ofender ou desferir palavrões durante a luta; ferir o adversário após a paralisação do com-
bate; atingir propositalmente a região pélvica do oponente (SOUZA; FARJE, 2019).
A pontuação funciona no sistema de 10 pontos por round: O lutador que vence o
round soma 10 pontos; o outro 9 pontos. Em caso de queda, o ganhador do round leva 10
pontos e o outro 8. No caso de empate no round, cada lutador leva 10 pontos (SOUZA;
FARJE, 2019).
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FIGURA 10 - LUTADORES AMADORES DURANTE UMA COMPETIÇÃO NA TAILÂNDIA.
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6. KUNG FU
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6.3 Características gerais do Kung Fu
Descrever tecnicamente o Kung fu, da mesma forma que foi feito com as demais
modalidades estudadas nesta unidade seria reduzir demasiadamente a riqueza das possi-
bilidades e da história das artes marciais chinesas. Por isso, nesta sessão serão apresen-
tados alguns princípios filosóficos que baseiam essas artes, as classificações mais comuns
dos estilos e algumas características técnicas.
Além dos movimentos de luta, é característico do Kung fu o exercício da respiração.
Sua prática busca o desenvolvimento do corpo, por meio das técnicas de defesa pessoal,
mas também o aprimoramento do espírito com princípios que derivam do taoísmo e do bu-
dismo. Assim, de acordo com o foco principal da prática, os estilos podem ser classificados
em internos (wàijia), aqueles centrados nos princípios de desenvolvimento da respiração
e energia advindos do taoísmo, e os externos (neijia), com foco maior nas técnicas de
movimento e na filosofia budista (TORRES, 2011).
UNIDADE II
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Combate 52
Alguns estilos envolvem técnicas de socos, chutes, imobilizações e quedas. Tam-
bém podem utilizar algumas armas como a espada, a lança, o bastão e o sabre. Assim,
outra forma de classificação pode ser adotada para as artes chinesas:
a) Kan-shu: artes que empregam golpes traumáticos
b) Tao-shu: artes que empregam a espada
c) Chi-shu: artes que empregam golpes de arremesso
d) Chiao-li: arte de lutar corpo a corpo com chaves e estrangulamentos
e) Chin-na: artes que empregam pressões e torções nos pontos vitais
f) I-shu: artes que se baseiam em sequências clássicas de movimento
SAIBA MAIS
Fonte: KUNG FU PANDA: As melhores curiosidades. Minha Série Favorita, 2021. Disponível em: https://
2021.
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7. TAEKWONDO
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7.2 A chegada do Taekwondo no Brasil
O Taekwondo chegou ao Brasil em julho de 1970, trazido pelo grão-mestre Sang
Min Cho, que foi enviado oficialmente pela International Taekwondo Federation, Ele fundou
a Academia Liberdade, na cidade de São Paulo. Em 1973, foi disputado o primeiro campeo-
nato brasileiro da modalidade.
Atualmente, esta modalidade é praticada em diversas partes do país, inclusive com
atletas de destaques tanto nos campeonatos mundiais quanto nos Jogos Olímpicos.
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Combate 55
Caso um dos lutadores vá à knockdown (o mesmo que derrubar com um golpe), se
abrirá uma contagem de 10 segundos para que este se levante, e acrescentará um ponto
para aquele que desferiu o golpe. Caso não haja a finalização, a luta é decidida pelos
árbitros, de acordo com a pontuação obtida.
UNIDADE II
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8. ESGRIMA
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através das articulações das armaduras. O punhal, que permitia uma luta mais próxima e
rápida também passa a ser utilizado. Assim, este período é marcado com o fim da lança e do
escudo e o início do uso da espada e da adaga (ALVES, 2018; RIBEIRO; CAMPOS, 2007).
No século XVII, surgem as primeiras escolas de esgrima na França, com o de-
senvolvimento de técnicas e escolas, e algumas regras de combate. Os duelos encantam
a nobreza, sendo praticados por homens e mulheres. No final do século XVIII, a Esgrima
inicia seu terceiro momento histórico, com a criação da máscara de proteção e a restrição
de sua prática ao âmbito esportivo. Os duelos foram extintos no final do século XIX, sendo
substituídos pelas competições com uso de árbitros. Finalmente, a Esgrima alcança sua
esportivização máxima, com a inclusão da modalidade nos Jogos Olímpicos de 1896, em
Atenas. E as regras internacionais, em 1913 (ALVES, 2018; RIBEIRO; CAMPOS, 2007).
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Desde os Jogos de Berlim, em 1936, são utilizados equipamentos elétricos nas
disputas de Esgrima, facilitando a atuação dos árbitros diante dos movimentos rápidos e
dinâmicos, que por vezes confundiam os resultados.
b) Espada: a espada era utilizada nos duelos do século XIX. Essa arma tem a
lâmina mais dura e pontiaguda, e durante a competição pode tocar em qualquer
parte do corpo do adversário. Por esta característica, favorece os lutadores
mais altos e exige uma postura mais ereta durante o combate, para não deixar
a parte inferior do corpo exposta ao adversário.
Sabre: é a arma de duelo mais ágil e violenta, tem a lâmina mais flexível dos três
implementos e pode tocar o adversário tanto com a ponta quanto com a lâmina. Por esse
motivo, a esgrima de sabre exige bastante preparo físico e agilidade do combatente. Para o
toque ser válido, ele deve ocorrer na cabeça, tronco e membros superiores, exceto a mão,
do adversário.
UNIDADE II
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A pista de esgrima tem 14 metros de comprimento com largura entre 1,5 e 2 metros.
Durante o combate, o esgrimista pode sair da pista pela lateral, desde que recue 1 metro no
retorno. Se ele sair pelo fundo, é penalizado, com um ponto para o adversário.
As roupas de esgrima são tradicionalmente brancas, e contém jaqueta, luvas, calça,
máscara e plastrom além dos fios elétricos e a arma. Enquanto as mulheres usam proteto-
res especiais para os seios. Antes do surgimento dos sensores eletrônicos, as armas eram
mergulhadas em tinta para facilitar o trabalho dos juízes ou então utilizava-se giz na ponta
para indicar o golpe.
O combate se inicia com um cumprimento entre os adversários antes de colocarem
as máscaras. No florete e no sabre, existe o chamado “direito de passagem” ou “frase
d’arma”, que consiste na prioridade de quem iniciou o ataque de ganhar o ponto se houver
toque simultâneo. Se errar o ataque ou se o adversário conseguir se defender antes da
resposta, a vantagem passa para o adversário. No caso de acontecer toques simultâneos
sem prioridade, ninguém pontua. Na espada, caso ocorra toque simultâneo, ambos os
adversários ganham um ponto. Se houver empate num combate de espada, é normal dar
aos jogadores alguns minutos para descansar antes que se continue o combate para o
toque de desempate. Em raras ocasiões, quando continua se dando a situação de empate,
é possível que haja um sorteio que eleja o vencedor.
Em geral, na etapa classificatória são necessários cinco toques ou três minutos
para se vencer. Na etapa eliminatória são precisos quinze toques ou nove minutos. Essas
regras podem variar de acordo com a competição, o órgão responsável e a categoria dos
competidores.
Quanto à graduação, na esgrima existe o nivelamento de habilidades que são
expressas nos brasões de cores amarela, laranja, verde, azul, vermelho e preto. Cada
esgrimista pode avançar um brasão por ano. Ao fazer o exame de brasão com o mestre e
obter pleno sucesso, o atleta ganha um certificado e um brasão para colocar na jaqueta no
braço da mão armada.
As categorias para as competições variam de acordo com o sexo e com a idade,
com adequação das regras, como peso do implemento e tempo de luta, de acordo com
essas categorias.
REFLITA
O bom combate é aquele travado em nome dos nossos sonhos. Atacar ou Fugir fazem
parte da luta. O que não faz parte da luta é ficar parado.
UNIDADE II
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Combate 60
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizamos a Unidade II e agora você conhece com mais detalhes alguns dos
Esportes de combate mais populares atualmente. Conseguimos fazer um passeio pela
história e por algumas das mais ricas culturas da humanidade.
A partir de agora, ao assistirmos algumas das modalidades estudadas numa com-
petição ou mesmo nos Jogos Olímpicos, não o faremos com olhar semelhante a antes de
conhecermos este conteúdo.
Com certeza, há muitas outras modalidades de Esportes de Combate que não
foram abordadas neste conteúdo, mas esta é apenas a porta para adentrar neste inte-
ressante mundo das lutas e artes marciais. Também nos abre diversas possibilidades de
trabalhar com este conteúdo no ambiente escolar e em espaços não formais. Mas isso é
assunto para um próximo capítulo.
Até breve!
UNIDADE II
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LEITURA COMPLEMENTAR
Para a leitura complementar, temos como sugestão dois artigos que tratam acerca
dos processos históricos de duas das modalidades exploradas nesta Unidade II: o Muay
Thai e o Boxe. No primeiro artigo, Junior e Capraro (2020) contam um pouco sobre o
processo histórico da Muay Thai no Brasil e como aconteceram algumas mudanças carac-
terísticas da modalidade após a chegada em nosso país. Já a pesquisa de Monteiro (2020),
conta a história do Boxe inglês e as adaptações técnicas que a luta sofreu ao longo dos
séculos XVIII e XIX.
JUNIOR, Ivo Lopes Muller; CAPRARO, André Mendes. Uma identidade guerreira
forjada “à base” das joelhadas e cotoveladas: as narrativas dos primeiros mestres do muay
thai brasileiro. Revista de Artes Marciales Asiáticas (RAMA), v. 15, n. 1, p. 22-33, 2020.
MONTEIRO, Fabrício. Transformações técnicas das lutas sob uma óptica da Histó-
ria Social: o boxe inglês entre os séculos XVIII e XIX. Temporalidades, ed, v. 24, p. 178-203.
UNIDADE II
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Os três mestres do Budô
Autor: John Stevens
Editora: Cultrix
Sinopse: O livro faz uma apresentação e uma contextualização
dos mestres criadores e responsáveis por divulgar as artes mar-
ciais japonesas mais populares no ocidente, o Judô, o Karatê e
o Aikido. Quais as semelhanças e diferenças entre Jirogo Kano
(Judô), Gichin Funakoshi (Karatê) e Morihei Ueshiba (Aikido)? O
livro também aborda como eles se conheceram e interagiram de
diversas maneiras fascinantes.
FILME/VÍDEO
Título: Rocky: um lutador
Ano: 1976
Sinopse: Rocky Balboa, um pequeno boxeador da classe traba-
lhadora da Filadélfia, é arbitrariamente escolhido para lutar contra
o campeão dos pesos pesados, Apollo Creed, quando o adversário
do invicto lutador agendado para a luta é ferido. Durante o treina-
mento com o mal-humorado Mickey Goldmill, Rocky timidamente
começa um relacionamento com Adrian, a invisível irmã de Paulie,
seu amigo empacotador de carne.
UNIDADE II
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UNIDADE III
Esportes de Combate na Escola
Professora Ma. Kauana Borges Marchini
Plano de Estudo:
● Desafios para o ensino dos Esportes de Combate na Escola;
● Esportes de Combate e o planejamento da Educação Física Escolar;
● Prática Pedagógica: como trabalhar com os Esportes de Combate na Escola;
● Cuidados e Segurança.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os principais desafios para o ensino
dos Esportes de Combate em ambiente escolar;
● Conhecer e compreender os principais documentos norteadores para a inclusão e pla-
nejamento dos Esportes de Combate como conteúdo da Educação Física;
● Conhecer algumas estratégias pedagógicas para trabalhar
com os Esportes de Combate na escola;
● Compreender algumas normas para o cuidado e segurança
na prática dos Esportes de Combate.
64
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a),
Vamos continuar nossos estudos sobre os Esportes de Combate. Esta unidade foi
preparada com muito carinho para que você possa conhecer melhor os aspectos relaciona-
dos ao ensino dos Esportes de Combate na Educação Física Escolar.
Você sabia que este conteúdo é um dos conteúdos básicos da Educação Física,
juntamente com a ginástica, a dança e os esportes? Por isso esse conteúdo é tão importante.
No início da nossa unidade iremos conhecer os desafios para o Ensino dos Es-
portes de Combate na Escola. Em seguida veremos alguns aspectos que auxiliarão no
planejamento deste conteúdo para as aulas de Educação Física. No terceiro capítulo,
conheceremos algumas estratégias para enriquecer nossa prática pedagógica e por fim
veremos alguns cuidados e normas de segurança ao ensinar e praticar as modalidades de
Esportes de Combate.
Espero que este material seja um ponto de partida motivador na sua carreira profis-
sional quanto ao conhecimento dos Esportes de Combate e a real possibilidade de inserir
este conteúdo nas aulas de Educação Física.
Bons estudos!
Assim, eventuais lacunas oriundas da formação inicial podem ser preenchidas com
cursos de formação e aperfeiçoamento. Se feito de maneira contínua, além da atualização
constante, é possível sempre agregar novidades na abordagem do conteúdo. Ou seja, a
formação do professor não pode parar na formação inicial, ele sempre deverá buscar meios
(cursos, palestras, oficinas), que podem ser próprios ou oferecidos pelo local em que ele
trabalha – escola, secretaria de educação, grupo de estudos – para se atualizar e continuar
aprimorar sua prática profissional, independente da área em que ele trabalhe.
Quando analisamos as dificuldades apontadas pelos professores na escola, além
da questão anteriormente abordada da falta de contato e conhecimento do conteúdo
durante a formação acadêmica, também são apontados a falta de infraestrutura (espaço,
material, vestimenta) e a associação do conteúdo dos Esportes de Combate com a vio-
lência (COSTA et al, 2019).
Sobre a questão da infraestrutura, cabe destacar a necessidade de avançar o ensi-
no desse conteúdo para além da técnica desportiva, há propostas pedagógicas que propõe
o ensino desse conteúdo de maneira geral e com abordagem lúdica, sem o foco específico
numa modalidade. Desse modo, além de não exigir do professor uma formação técnica
muito especializada, também abre possibilidades de abordagens ajustadas à infraestrutu-
ra da escola, ou seja, não é necessário tatames, roupas diferenciadas ou equipamentos
adicionais, caso estes não estejam disponíveis (HARNISCH et al, 2018). Mais adiante,
trataremos sobre as práticas pedagógicas no ensino dos Esportes de Combate e será
possível visualizar exemplos práticos.
A forma de abordagem desse conteúdo vai variar de acordo com a faixa etária dos
alunos, do mais simples ao mais complexo, sempre com o objetivo de desenvolver as capa-
cidades físicas, as habilidades motoras e expressões pessoais. Contudo, essa abordagem
deve ser feita em três dimensões (BRASIL, 1997):
1) Conceitual: trabalha os conceitos, fatos e regras de cada modalidade;
2) Procedimental: são as vivências práticas, relacionadas aos gestos, movimentos
e técnicas;
3) Atitudinal: se refere às normas, atitudes e valores que estão presentes nas lutas.
Mais recentemente, foi lançada a BNCC, cujo componente curricular de Educação
Física, tem seis unidades temáticas: brincadeiras e jogos, esportes, ginásticas, danças,
práticas corporais de aventuras e lutas. Este último definido como:
disputas corporais, nas quais os participantes empregam técnicas, táticas
e estratégias específicas para imobilizar, desequilibrar, atingir ou excluir o
oponente de um determinado espaço, combinando ações de ataque e defesa
dirigidas ao corpo do adversário (BRASIL, 2017, p. 218)
O documento destaca que todas as práticas corporais podem ser objetos de estudo em
qualquer etapa do ensino. Além disso, elas devem ser reconstruídas e adaptadas às condições
da escola, mas considerando sempre desenvolver os conteúdos dentro das oito dimensões do
conhecimento: experimentação, uso e apropriação, fruição, reflexão sobre a ação, construção
de valores, análise, compreensão e protagonismo comunitário (BRASIL, 2017).
OBJETOS DE
HABILIDADES
CONHECIMENTO
Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas presentes no contex-
to comunitário e regional e as lutas de matriz indígena e africana.
Lutas do contexto Planejar e utilizar estratégias básicas de lutas no contexto co-
comunitário e munitário e regional e lutas de matriz indígena e africana experi-
regional mentadas, respeitando o colega como oponente e as normas de
Lutas de matriz segurança.
indígena e africana Identificar as características das lutas no contexto comunitário e
regional e lutas de matriz africana e indígena, reconhecendo a
diferença entre lutas e brigas e as demais práticas corporais.
Nesta etapa o conteúdo pode ser trabalhado com lutas de desequilíbrio, puxar,
empurrar. Também é possível pesquisar as lutas praticadas na região, que mais adiante
serão recriadas e experimentadas pelos alunos. Sempre conceituando e caracterizando
cada modalidade e adaptando ao contexto escolar. O conceito e a diferenciação entre lutas
e brigas também pode ser abordado.
OBJETOS DE
HABILIDADES
CONHECIMENTO
Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas, valorizando a segu-
rança e integridade física sua e dos demais colegas.
Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas no Brasil, respei-
tando o colega como oponente.
Identificar as características (códigos, rituais, elementos técni-
Lutas do Brasil
cos-táticos, indumentária, materiais, instalações, instituições)
das lutas do Brasil.
Problematizar preconceitos e estereótipos relacionados ao uni-
verso das lutas e demais práticas corporais, propondo alterna-
tivas para superá-los, com base na solidariedade, na justiça, na
equidade e no respeito.
Nesta fase o conteúdo abordado será um pouco mais abrangente, com a apre-
sentação das lutas e agora também os esportes de combate mais praticados no Brasil. A
abordagem vai desde o conteúdo histórico até as eventuais problematizações que envol-
vam as modalidades estudadas. Para que o aluno possa ter uma vivência mais rica, além
dos jogos e dos aspectos gerais das modalidades abordadas, o professor também pode
convidar especialistas na(s) modalidade(s) estudada(s).
OBJETOS DE
HABILIDADES
CONHECIMENTO
Experimentar e fruir a execução dos movimentos pertencentes
às lutas do mundo, adotando procedimentos de segurança e res-
peitando o oponente.
Lutas do Mundo Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas,
reconhecendo suas características técnico-táticas.
Discutir as transformações históricas, o processo de esportiviza-
ção e a midiatização de uma ou mais lutas, valorizando e respei-
tando as culturas de origem.
Neste tópico iremos abordar os principais cuidados que devemos ter em relação à
prática dos Esportes de Combate. Em primeiro lugar, é importante frisar que estes cuidados
devem ser tomados em qualquer ambiente de prática, não somente no contexto escolar.
É claro que um ambiente próprio para a prática dessas modalidades minimiza os riscos de
eventuais acidentes, mas também existem outros aspectos que merecem nossa atenção
quando o assunto é prática em segurança.
4.1 Ambiente
O cuidado com o ambiente deve ser em eliminar condições que ofereçam riscos. Na
escola é importante verificar se o piso não está molhado ou é escorregadio. Se a atividade
oferece o risco de quedas, sempre garantir que essa aconteça em segurança, não havendo
objetos, paredes, quinas ou degraus que o praticante possa atingir ao cair.
O uso de tatames também requer cuidados. Como em geral se deve ficar sem
sapatos no tatame, alguns revestimentos podem ficar lisos quando o praticante está de
meias. Tatames que são modulares (encaixados) correm o risco de se deslocar e criar
fendas e buracos, que ao enroscar o pé pode ocasionar torções ou fraturas.
4.4 Praticantes/participantes
Além da escolha de atividades adequadas à idade e à coordenação motora, um outro
aspecto que merece bastante atenção, neste caso, especialmente na escola, é a participação
das meninas nas atividades de Esportes de Combate. Este ponto não está necessariamente
ligado ao risco de acidentes, ainda que deva haver um cuidado com determinadas atividades
entre participantes de tamanho, peso, ou nível de força muito discrepante, que pode ocorrer
entre meninos e meninas. Mas sim, ao respeito destinado a elas.
Um estudo de Mariano et al (2021), indicou que muitos alunos consideram negativa
a participação das meninas em atividades de Esportes de Combate, pelo risco delas se
machucarem e por não se considerarem capazes de realizar essas modalidades. Isso já
indica a importância de cuidar e inclusive abordar esse aspecto. Neste sentido, os Esportes
de Combate podem ser uma porta para adentrar nas diferenças e nas questões históricas
de gênero na prática de diversas modalidades esportivas, inclusive nos Jogos Olímpicos.
Você sabia que a participação das mulheres nas artes marciais e esportes de combate
é bastante recente? Nos Jogos Olímpicos a primeira mulher a participar da Esgrima foi
em 1924, no Judô em 1992, no Taekwondo em 2000, na Luta Olímpica – Estilo Livre em
2004 e no Boxe, somente em 2012.
Ainda hoje algumas modalidades restringem a participação feminina em competições
oficiais, como é o caso do Sumô.
REFLITA
“Aquilo que eu escuto eu esqueço, aquilo que vejo eu lembro, aquilo que eu faço eu
aprendo”
Confúcio.
Chegamos ao final de nossa terceira unidade! Esperamos que ao final dessa etapa
a prática pedagógica dos Esportes de Combate não seja mais um bicho de sete cabeças.
E que você já esteja imaginando as inúmeras possibilidades de aplicar o conhecimento
aprendido em sua prática profissional.
Com certeza, como já mencionamos ao longo do nosso conteúdo, isso é apenas
a ponta do iceberg de um conteúdo rico e diverso. Com estudo e planejamento do que foi
proposto ao longo deste capítulo, com certeza você será capaz de ensinar o conteúdo dos
Esportes de Combate na escola, para alunos de diversas idades. Afinal, você já conhece
quais desafios devem ser superados, as estratégias para a prática pedagógica, além dos
cuidados para um ensino-aprendizagem com segurança, respeito e tranquilidade.
Até breve!
NUNES, Ricardo João Sonoda; OLIVEIRA, Sergio Roberto de Lara. Jogos e brinca-
deiras de lutas. Curitiba: Contentus, 2020. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br
LIVRO
Título: Educando Filhos como Samurais do Século XXI – Um guia
para pais e professores
Autor: Luciano Giannini
Editora: Moura SA
Sinopse: Qual a relação entre os guerreiros Samurais que vive-
ram no Japão entre os séculos VII e XIX e os jovens que vivem
no século XXI? A necessidade de um aprimoramento contínuo e
treinamento para que tenham condições de enfrentar os desafios
de sua época. Para os Guerreiros japoneses, seguir o código sa-
murai (BUSHIDO) era o que os mantinha ligados ao processo de
aperfeiçoamento pessoal, físico e mental que lhes permitiam estar
aptos a enfrentar as adversidades de sua época. Para as crianças
e jovens que vivem no século XXI os desafios são outros, porém
a necessidade de se conectar com algo que lhes ofereça suporte
para enfrentar problemas como novas estruturas familiares, exces-
so de tecnologia e questões relacionadas à sua fisiologia se faz
presente. Este livro oferece uma oportunidade de reflexão para
pais e educadores sobre como educar seus filhos inspirados nas
7 virtudes dos Samurais. Justiça, honra, educação, sinceridade,
coragem, benevolência e lealdade são princípios que tornaram os
Samurais figuras respeitadas em todo o mundo. Poderiam estas
mesmas virtudes contribuir para o processo educacional de crian-
ças e jovens de nossa época?
FILME/VÍDEO
Título: Kung Fu Panda
Ano: 2008
Sinopse: Po é um panda que trabalha na loja de macarrão da
sua família e sonha em transformar-se em um mestre de kung fu.
Seu sonho se torna realidade quando, inesperadamente, ele deve
cumprir uma profecia antiga e estudar a arte marcial com seus
ídolos, os Cinco Furiosos. Po precisa de toda a sabedoria, força
e habilidade que conseguir reunir para proteger seu povo de um
leopardo da neve malvado.
• Este vídeo apresenta algumas ideias simples para trabalhar uma iniciação aos
Esportes de Combate na educação física escolar sem a utilização de materiais.
• https://www.youtube.com/watch?v=dxa4Kp-kFXs
• Este vídeo apresenta algumas ideias para trabalhar a iniciação aos Esportes de
Combate de média distância na educação física escolar.
• https://www.youtube.com/watch?v=DYJKlRAVM_s
• Este vídeo apresenta algumas ideias para trabalhar a iniciação aos Esportes de
Combate na educação física escolar usando garrafas como material de apoio.
• https://www.youtube.com/watch?v=fxHuSlveUVs
Plano de Estudo:
● Esportes de Combate em academias;
● Esportes de Combate para crianças;
● Esportes de Combate como profissão.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer as possibilidades de atuação com Esportes de Combate em academias;
● Compreender a importância do ensino de Esportes de Combate para crianças;
● Conhecer as possibilidades de atuação com os Esportes de Combate como
foco principal de atuação profissional.
89
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a),
Bons estudos!
ARTE MARCIAL.
Em geral, mesmo que a prática do Esporte de Combate não aconteça num dojô, o
espaço do treinamento apresenta algumas características similares. Em relação ao piso, é
comum o uso de tatames, que tem por objetivo amortecer as quedas e facilitar eventuais
práticas próximas ao solo. Dependendo da origem da modalidade, é comum encontrar um
pequeno altar (kamiza) ou ao menos a foto do fundador/criador da modalidade. Algumas
modalidades também envolvem rituais próprios durante as aulas, como os alunos perfilados
por ordem de graduação ao início e ao final dos treinos, e os cumprimentos com saudações
verbais específicas. Essas saudações verbais juntamente com gestos de inclinar o tronco
podem ocorrer ao início e ao final do treino de alguma técnica ou mesmo da luta simulada
entre dois praticantes.
Quanto à prática pedagógica, em geral os treinamentos são conduzidos por instru-
tores com alta qualificação e que reúnam alguns anos de prática antes de serem promo-
vidos a professores/mestres. Numa pesquisa acerca de como essas práticas acontecem
em academias e dojôs, Rufino (2010) destaca alguns pontos comuns, independente da
modalidade:
Os aspectos físicos são descritos nos quatro primeiros itens. E são alcançados por
meio do treinamento das técnicas, coordenação de movimentos de braços e pernas, e do
preparo físico exigido e aprimorado durante as aulas. Os demais itens se relacionam ao
desenvolvimento psicológico e social do praticante e é um dos grandes atrativos das aulas
de Esportes de Combate para as crianças.
Ainda nas categorias mais jovens, as crianças já podem participar de competições e
também devem cumprir alguns requisitos para alcançarem os primeiros níveis de graduação.
Isso exige dedicação, treinamento e paciência. Como explicitado no significado do nome de
algumas artes marciais de origem japonesa (Judô, Karatê-do, Aikidô, Kendô), a prática é um
“caminho” (Do), e não há atalhos, são necessários dedicação, treinamento e paciência.
O equilíbrio exigido entre a força e a agilidade, com respeito ao adversário e aos
companheiros de treino, também são valiosas lições para o desenvolvimento do autocon-
trole e do respeito. A vitória numa competição lhe mostra os pontos fortes, a derrota, as
fraquezas, e assim é possível aprimorar a autoconfiança, a autoestima e o conhecimento
de si mesmo. Pode parecer filosófico ou complexo demais para as crianças, mas quando se
pratica um Esporte de Combate, esse caminho provavelmente será trilhado.
É possível perceber que o ambiente não formal oferece um conhecimento mais
aprimorado de cada modalidade. Dessa forma, se torna necessário definir e compreender
as características desse contexto. Primeiro, é em relação ao professor, que geralmente
tem alta especialização na modalidade, mas nem sempre é formado em Educação Física;
segundo, as características pedagógicas dessas aulas; e por fim, as expectativas que en-
volvem as práticas das modalidades de Esportes de Combate nesses espaços.
Quanto à figura do professor/ instrutor, assim como já mencionado no capítulo
anterior, em geral, esta é uma pessoa com vasta experiência prática em uma modalidade.
Ou seja, ainda que seja um profissional com formação em Educação Física, neste contexto,
ele será o professor/instrutor de Judô, Karatê, Muay Thay, Taekwondo etc.
REFLITA
Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário, ao que venceste hoje poderá der-
rotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria igno-
rância.
DE OLIVEIRA, Rebeca Campos et al. Influência das artes marciais nos níveis de
raiva e agressividade em crianças e adolescentes: revisão sistemática. Arquivos Brasileiros
de Educação Física, v. 2, n. 2, p. 55-61, 2019.
SANTARÉM, Diogo. Quem são os lutadores que mais ganharam dinheiro pelo UFC
e onde estão comparados aos astros do Boxe? Confira aqui o Top 10. Tatame, 2020.
Disponível em: <https://tatame.com.br/2020/08/quem-sao-os-lutadores-que-mais-ganha-
ram-dinheiro-pelo-ufc-e-onde-estao-comparados-ao-boxe-confira/>
LIVRO
Título: O Dojo e seus significados – um guia para os rituais e
etiquetas das artes marciais japonesas
Autor: Dave Lowry
Editora: Pensamento
Sinopse: Este livro é uma coleção de ensaios detalhados e vívidos
escritos por Dave Lowry, um dos espadachins mais conhecidos
e respeitados dos Estados Unidos. Cada capítulo esclarece a
história e o significado de rituais, costumes de treinamento, ob-
jetos e relacionamentos, que têm profunda importância nas artes
marciais japonesas. Repleto de histórias fascinantes tiradas das
experiências do autor, O Dojo e Seus Significados é um tesouro
de informações para os admiradores e praticantes descobrirem os
significados mais profundos das artes marciais japonesas.
FILME/VÍDEO
Título: Aldo – Mais forte que o mundo
Ano: 2016
Sinopse: A história do primeiro campeão peso-pena do UFC. José
Aldo, rapaz de família pobre, marcado pela violência doméstica,
deixa o Amazonas e vai para o Rio de Janeiro em busca de uma
chance como atleta.
• Reportagem contando a história da judoca brasileira Rafaela Silva, que foi campeã
mundial de Judô e, mais tarde, ganhou a medalha de ouro Olímpica nos Jogos do Rio 2016.
• Link do site: https://www.youtube.com/watch?v=tVCl5VjW_NU
ACEVEDO, William; CHEUNG, Mei; GARCÍA, Carlos Gutiérrez. Breve historia del kung-fu.
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CONCLUSÃO GERAL
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