Aula-01-Competência Da Justiça Do Trab

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Aula 01

Direito Processual do Trabalho p/ TRTs


(Analista Judiciário - Área Judiciária) -
2021 - Pré-Edital

Autor:
Bruno Klippel
Aula 01

3 de Agosto de 2020

09651982438 - Eli Xavier de Brito Neto


Bruno Klippel
Aula 01

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO


TRTs - CURSO REGULAR - 2020 – Pré-Edital
Prof. Bruno Klippel

Competência da justiça do trabalho................................................................................... 2


Diferença entre jurisdição e competência ......................................................................................... 2
Critérios de competência ................................................................................................................... 3
Critérios Absolutos .......................................................................................................................... 10
Critério Relativo -Competência Territorial ......................................................................................
112226
30
Perpetuação da competência ......................................................................................................... 33
Modificação de competência .......................................................................................................... 34
DICAS............................................................................................................................... 37
QUESTÕES RELACIONADAS À MATÉRIA DA AULA ............................................................ 41
RELAÇÃO DAS QUESTÕES ESTUDADAS NA AULA .............................................................. 81
GABARITO DAS QUESTÕES DA AULA .............................................................................. 103
FECHAMENTO ................................................................................................................ 103

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UCO

COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

DIFERENÇA ENTRE JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA

É bastante comum confundir os institutos da jurisdição e competência, afirmando que em


determinada situação a demanda será da jurisdição da justiça do trabalho. Em verdade, não há
motivos para o equívoco, já que os conceitos são fáceis e denotam situações totalmente
diferentes.
Em primeiro lugar, analisam-se os conceitos: jurisdição, na acepção do termo, significa dizer o
direito, que é um poder-dever-função do Estado. Poder, pois decorre de sua soberania. Dever, pois
sendo vedada a autotutela, o Estado deve analisar as questões conflituosas. Por fim, função, pois o
Estado deve criar normas (Poder Legislativo), administrar os interesses dele mesmo e dos cidadãos
(Poder Executivo) e dirimir os conflitos (Poder Judiciário).

Jurisdição é o poder-dever-função do Estado de dizer o direito no caso concreto, quando


provocado.

Para o exercício do poder jurisdicional, o Estado atribuiu a determinadas pessoas (juízes) o


poder de atuar no caso concreto, organizando os órgãos judiciários de maneira a que tal mister
seja desenvolvido da maneira mais eficiente possível.
Assim, todos os juízos, ou seja, órgãos jurisdicionais possuem jurisdição, isto é, podem atuar
nas demandas instauradas perante o Poder Judiciário, dizendo o direito, o que representa dizer
que, no caso concreto o Estado aplicará a norma geral e abstrata criada pelo Poder Legislativo.
Pode-se afirmar que todo órgão judiciário possui jurisdição, por ser órgão estatal.
Em uma analogia simples com uma empresa que possui centenas de funcionários, todos
estão ali para trabalhar e assim devem agir. Contudo, será que todos os trabalhadores daquela
empresa podem vender, comprar, atuar no setor de marketing ou no jurídico? A resposta é
negativa, pois apenas os empregados com atribuição para comprar é que comprarão. Apenas os
vendedores, que são aqueles que têm atribuição para vender, é que atuarão nesse setor. No
jurídico, apenas os Advogados contratados com aquela finalidade.
Vejam que no Estado todos os órgãos judiciários podem atuar, julgar, assim como todos os
empregados podem trabalhar. Porém, nas duas situações há uma “divisão de tarefas”, de ofícios.
Há uma organização tendente a fazer com que o labor seja melhor executado.

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Essa “divisão de tarefas” é realizada também no Poder Judiciário por meio das normas de
competência, pois são essas que conferem atribuição ao órgão para atuar em determinado tipo de
conflito, tais como cíveis, criminais, consumidor, etc.

Assim, a competência é tida como a medida da jurisdição, pois demonstra em que


situações pode o Magistrado, representante do Estado, exercer a sua jurisdição.

Todo juízo possui jurisdição, mas nem todo juízo possui competência, pois esta restringe
aquele, já que determina em que situações pode o julgador atuar.

Voltando à nossa analogia com a empresa, essa “divisão de tarefas” é realizada,


possivelmente, com base na especialização e aptidão do empregado. Se é bom de vendas, atuará
naquele departamento. Se é Advogado, trabalhará no setor jurídico.
No Poder Judiciário as normas de competência também levam em consideração
determinados critérios, tais como o tipo de conflito, os entes que estão envolvidos, dentre outros a
serem estudados nos tópicos seguintes.

Exemplo:Moro em uma cidade em que há o Fórum da Justiça Comum Estadual e Vara


do Trabalho. Sei que lá estão trabalhando Juízes (Estadual e Trabalhista). Os dois foram
aprovados em concurso público e exercem suas atividades em nome do Estado. A
função exercida pelos dois é decidir os conflitos que são levados ao Poder Judiciário.
Diversas vezes ao dia o Juiz Estadual se depara com processos de família, assim como o
Juiz do Trabalho lida com ações pedindo o reconhecimento do vínculo de emprego. Os
dois dizem o direito no caso concreto, ou seja, afirmam por meio de suas decisões qual
das partes possui razão no conflito que gerou a ação judicial. Os dois, portanto,
possuem jurisdição, mas cada um possui uma competência, isto é, está apto a julgar
determinado tipo de pedido. Não possui competência o Juiz do Trabalho para decidir
questões relacionadas à família, assim como não possui competência o Juiz Estadual
para julgar pedido de reconhecimento de vínculo de emprego.

CRITÉRIOS DE COMPETÊNCIA

Os critérios utilizados pelo legislador para definir a competência dos órgãos judiciários são de
dois tipos: absolutos e relativos. Existem importantes e fundamentais diferenças entre os dois
critérios, abaixo analisadas:

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ABSOLUTOS RELATIVOS

INTERESSE Estado Partes

CRITÉRIOS Material, pessoal e Territorial e valor da


funcional causa

LEGITIMIDADE Juiz de ofício ou partes a Somente as partes


requerimento

MOMENTO A qualquer momento e Até 5 dias a contar do


grau de jurisdição recebimento da
notificação

FORMA Simples petição Exceção de


incompetência

CONSEQUÊNCIAS Remessa dos autos para Remessa dos autos ao


o juízo competente
juízo considerado
competente, que no
processo do trabalho é o
local da prestação dos
serviços.

PRECLUSÃO Não há preclusão, por Preclusão pela não


tratar-se de norma de apresentação da exceção
ordem pública de incompetência,
acarretando prorrogação

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da competência.

AÇÃO RESCISÓRIA Cabe ação rescisória se a Não cabe ação


decisão que transitou rescisória, por ter havido
em julgado tiver sido preclusão ante a não
proferida por juízo apresentação de
absolutamente alegação de
incompetente. incompetência.

- Interesse:
Critérios absolutos: Ao criar tais critérios, o Estado organizou as atribuições do Poder
Judiciário tendo em vista o seu interesse em melhor julgar, isto é, os critérios absolutos refletem o
interesse público, razão pela qual as partes não podem alterá-los. Apenas a lei pode determinar
eventual mudança nesses critérios.
Critérios relativos: Em relação a esses critérios, o legislador levou em consideração o interesse
das partes conflitantes, ou seja, teve por ideal a ser seguido a comodidade das partes, já que para
o Estado tanto faz analisar o dissídio em Vitória/ES ou Salvador/BA.

- Critérios:
Critérios absolutos: São critérios absolutos: 1. MATERIAL, que define a atribuição do órgão
judiciário levando em consideração o tipo de conflito instaurado entre as partes, isto é, a matéria
que será analisada pelo julgador. Um exemplo desse tipo de critério encontra-se no art. 114, I da
CRFB/88, que afirma ser da competência da Justiça do Trabalho as demandas relacionadas à
relação de trabalho; 2. PESSOAL, que determina a competência tendo em vista as partes na
demanda; 3. FUNCIONAL, que destaca a competência do órgão jurisdicional com base de exercício
de uma função, isto é, pela relação existente entre dois ou mais processos. A competência do
TRT/ES para analisar recurso ordinário interposto de sentença proferida por Vara do Trabalho de
Vitória/ES é funcional, pois deixa clara a ideia de continuação no exercício do poder jurisdicional.
Há nítida relação entre as funções exercidas (proferir sentença e analisar recurso). No CPC/15, tal
critério encontra-se no artigo 61, abaixo transcrito:

Art. 114 da CF: Compete à Justiça do Trabalho


processar e julgar: I as ações oriundas da relação de
trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da
administração pública direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo


competente para a ação principal.

Critérios relativos: Dois são os critérios relativos: 1. TERRITORIAL, que define o local em que
será ajuizada a demanda trabalhista. Seguem-se as regras previstas no art. 651 da CLT que, em
regra, destaca que o local de trabalho será competente para o ajuizamento da ação trabalhista; 2.
VALOR DA CAUSA, que é utilizado para determinar a competência do órgão jurisdicional conforme
o valor atribuído à causa, sendo que tal valor é determinante para a escolha do procedimento
(ordinário, sumaríssimo e sumário). Na Justiça do Trabalho tal critério não é relevante, pois o
mesmo juízo possui atribuição para processar e julgar demandas em todos os ritos descritos, isto é,
não existem juizados especiais trabalhistas ou Vara do Trabalho que julguem apenas ações
ajuizadas em determinado procedimento.

Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e


Julgamento é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou
no estrangeiro.
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante
comercial, a competência será da Junta da localidade em que
a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado
esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da
localização em que o empregado tenha domicílio ou a
localidade mais próxima.
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e
Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos
dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde
que o empregado seja brasileiro e não haja convenção
internacional dispondo em contrário.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova
realização de atividades fora do lugar do contrato de
trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da
prestação dos respectivos serviços.

- Legitimidade:
Critérios absolutos: O ferimento às normas de competência absoluta deve ser declarado de
ofício pelo Magistrado, conforme art. 64, §1º do CPC/15. Assim, verificando o Juiz do Trabalho que

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a demanda não é de sua competência, e sim, da Justiça Comum, determinará a remessa dos autos
àquela justiça, reconhecendo a sua incompetência de ofício, ou seja, sem requerimento. Tal fato
decorre do interesse público na criação de tais critérios.
Critérios relativos: Diferentemente do que ocorre nos critérios absolutos, em relação aos
critérios relativos o juiz não pode conhecê-los de ofício, nos termos da Súmula 33 do STJ. Nessa
situação, somente as partes podem alegar, já que o interesse na sua criação é privado.

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será


alegada como questão preliminar de contestação. § 1o A
incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer
tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de
ofício. § 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz
decidirá imediatamente a alegação de incompetência. §
3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os
autos serão remetidos ao juízo competente. § 4o Salvo
decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os
efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até
que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo
competente.

Súmula nº 33 do STJ: A incompetência relativa não pode ser


declarada de ofício.

- Momento:
Critérios absolutos: Não há um momento limite para que seja reconhecida a incompetência
absoluta de um juízo, já que o art. 64, §1º do CPC/15 afirma que a regra deve ser reconhecida de
ofício pelo juiz ou alegada pela parte a qualquer tempo e grau de jurisdição. Caso o réu não a
alegue na contestação (art. 337 do CPC/15 – preliminares de mérito), poderá alegá-la
posteriormente, enquanto o processo estiver em trâmite.
Critérios relativos: por tratar-se de interesse privado, das partes, o legislador impôs que a
alegação de incompetência relativa fosse apresentada em até 5 dias após a notificação, antes da
audiência (art. 800, da CLT, pós reforma trabalhista).

- Forma:

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Critérios absolutos: Tratando-se de critério no qual há nítido interesse público, em que o Juiz
deve conhecer de ofício eventual vício, não há que se impor à parte que sua alegação seja
apresentada por meio formal, como uma petição específica. Assim, a alegação de incompetência
absoluta pode ser feita por simples petição, sendo que tal expressão denota a total ausência de
formalidade, permitindo que seja alegado o vício inclusive oralmente.
Critérios relativos:A forma adequada para demonstrar a incompetência relativa é por meio da
exceção de incompetência, disciplinada no art. 800, da CLT, que prevê:

Art. 800. Apresentada exceção de incompetência


territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação,
antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta
exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste
artigo.
§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e
não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta
Consolidação até que se decida a exceção.
§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz,
que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes,
para manifestação no prazo comum de cinco dias.
§ 3o Se entender necessária a produção de prova oral,
o juízo designará audiência, garantindo o direito de o
excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta
precatória, no juízo que este houver indicado como
competente.
§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o
processo retomará seu curso, com a designação de
audiência, a apresentação de defesa e a instrução
processual perante o juízo competente.

- Consequências:
Critérios absolutos: Acaso reconhecida a incompetência absoluta, nos termos do art. 64, §2º
do CPC, os autos serão remetidos para o juízo competente, seja para outra Vara do Trabalho, no
caso de incompetência relativa ou para outra justiça, caso seja incompetência absoluta.

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será


alegada como questão preliminar de contestação. § 1o A
incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer
tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.§

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2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá


imediatamente a alegação de incompetência.

Critérios relativos:protocolada a petição de exceção o processo será suspenso, e não será


realizada audiência até que se decida a exceção.
- Preclusão:
Critérios absolutos: Não há preclusão em relação aos critérios absolutos, para as partes ou
juiz, já que o art. 64, §1º do CPC/15 destaca que a qualquer tempo e grau de jurisdição poderá ser
alegado o vício. O fato de o Juiz ter recebido a petição inicial não o impede de reconhecer a sua
incompetência absoluta posteriormente.
Critérios relativos: No que concerne aos critérios relativos, há preclusão, pois a não
apresentação da exceção de incompetência no prazo previsto no art. 800, da CLT, ocorrerá a
denominada prorrogação de competência, que significa dizer que o juízo que era incompetente
passará a ser competente diante da inércia da parte, nos moldes do art. 65 do CPC/15. No
processo do trabalho a prorrogação da competência surgirá quando não for apresentada a exceção
de incompetência no prazo de 5 dias a contar do recebimento de notificação.

Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu


não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada
pelo Ministério Público nas causas em que atuar.

- Ação Rescisória:
Critérios absolutos: Caso a violação às normas de competência absoluta seja verificada no
curso da ação, ou seja, enquanto tramitando o processo, poderá ser alegada por simples petição
ou reconhecida de ofício pelo Magistrado, conforme já estudado. Caso se verifique tal erro apenas
após o trânsito em julgado, poderá a parte ajuizar ação rescisória, no prazo máximo de 2 (dois)
anos (art. 975 do CPC/15), calcado no art. 966, II do CPC/15.

Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado,


pode ser rescindida quando:II - for proferida por juiz
impedido ou por juízo absolutamente incompetente;

Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois)


anos contados do trânsito em julgado da última decisão
proferida no processo.

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Critérios relativos: No tópico anterior afirmou-se que há preclusão, com a perda da


possibilidade de alegar a incompetência relativa, se não houver a apresentação de alegação de
incompetência. Assim, por óbvio, por ser um vício sanável no curso do processo, não ensejará o
ajuizamento de ação rescisória, já que o art. 966, II do CPC/15 aduz apenas à incompetência
absoluta e a interpretação deve ser restritiva.

Exemplo: Li o art. 114, I da CF/88 e vi que todas as ações relacionadas ao vínculo de


trabalho devem ser ajuizadas perante a Justiça do Trabalho. Por erro, ajuizei uma
reclamação trabalhista em face do meu ex-empregador na Vara Cível, ou seja, na Justiça
Comum Estadual. Quando o Juiz leu a petição inicial e verificou que se tratava de ação
sobre o vínculo de emprego que tive com a empresa ré, ele chegou a conclusão que a
competência era da Vara do Trabalho da cidade. Por se tratar de competência material,
pois vinculado ao problema da ação, o Juiz remeteu a ação para uma das Varas do
Trabalho da cidade, reconhecendo-se incompetente para analisar o meu pedido. Isso foi
possível porque a incompetência era absoluta, conforme art. 64, §1º do CPC/15. Em
outra ação trabalhista, deveria ter formulado meu pedido em uma das Varas do
Trabalho de Vitória/ES, pois foi o local em que prestei serviços. Mas como estava
residindo em São Paulo/SP, ali ajuizei a ação. O Juiz do Trabalho de SP leu a minha
petição inicial, viu que tinha trabalhado em Vitória/ES e que, portanto, lá deveria ter
ajuizado a ação, mas não remeteu para o local competente, por tratar-se de
incompetência territorial. Aguardou o reclamado apresentar a exceção de
incompetência para julgá-la procedente, determinando a remessa dos autos a uma das
Varas do Trabalho da capital do Espírito Santo.

CRITÉRIOS ABSOLUTOS

Material, pessoal e funcional

A competência material da justiça do trabalho sofreu importantes alterações com o advento


da Emenda Constitucional nº 45/2004, pois diversos incisos do art. 114 da CRFB/88 foram
modificados/incluídos.
- Competência em razão da matéria – leva em consideração a natureza da relação jurídica
controvertida. Exemplos: art. 114 da CF e 652, da CLT.
- Competência em razão da pessoa - será fixada com base na qualidade que a parte tem em
uma determinada relação jurídica de direito material. Podemos citar como exemplos os incisos I,
III, VII e §3º, do Art. 114, da CLF.

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- Competência em razão da função – para ela, o que será levado em consideração serão as
exigências advindas das funções dos magistrados. Na verdade, ela vai apurar a competência
material de cada órgão para que possa ser definido como competente em razão da função.

Relação de emprego x relação de trabalho

A primeira situação a ser analisada está descrita no inciso I do art. 114 da CRFB/88: “as ações
oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração
pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
Antes da mencionada emenda constitucional, o dispositivo constitucional em análise fazia
menção à relação de emprego, que é aquela firmada entre empregado e empregador, com a
presença dos requisitos do art. 3º da CLT, quais sejam, pessoa física, pessoalidade, habitualidade,
subordinação e onerosidade. Somente a discussão em torno de direitos oriundos desse tipo de
relação jurídica podia ser levada ao conhecimento da Justiça do Trabalho, o que excluía os
autônomos, eventuais, prestadores de serviços, dentre outros. Naquela época, a Justiça do
Trabalho era tida como Justiça do Empregado, pois somente esse tipo de trabalhadores tinha
acesso ao ramo especializado do Poder Judiciário. A substituição do termo relação de emprego por
relação de trabalho ampliou significativamente a competência daquela justiça, pois todas as
relações de trabalho, tais como aquela firmada pelo autônomo, eventual ou pelo mero prestador
de serviços, passou a ser da competência da justiça laboral.
Relação de trabalho é gênero, no qual encontramos, dentre outras, a relação de emprego.
Assim, desde que afirmada na petição inicial a existência de vínculo jurídico entre autor e réu
e a prestação de labor, será competente aquela justiça para análise do conflito. Assim, retirou-se o
foco existente no empregado, passando-o para a relação de trabalho, que é um gênero no qual se
inclui a relação de emprego.
Destaca-se na doutrina acerca da competência da Justiça do Trabalho para julgamento de
ações fundadas em relação de consumo. O entendimento majoritário é no sentido de que a Justiça
Laboral não possui competência para tais ações, devendo ser propostas perante a Justiça Comum.
A Justiça do Trabalho não detém competência para análise de relação de consumo.

No tocante à ação para cobrança de honorários, o STJ editou a Súmula nº 363,


afirmando que “compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por
profissional liberal contra cliente”. O TST vem entendendo que a Justiça do Trabalho se mostra
incompetente para analisar tais pedidos, por mostrar-se como verdadeira relação de consumo.

Súmula nº 363 do STJ: Compete à Justiça estadual processar


e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal
contra cliente.

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Exemplo:Se fui empregado com carteira assinada ou se buscarei o reconhecimento do


vínculo de emprego (assinatura da CTPS), a competência será da Justiça do Trabalho,
por tratar-se de relação de emprego. Se na qualidade de professor prestei serviços a
uma faculdade (palestra, por exemplo), a competência para cobrança do valor também
é da Justiça do Trabalho, por tratar-se de relação de trabalho. Mas se, na qualidade de
Advogado, fui contratado e não recebi o valor acordado, a competência para a ação de
cobrança não é da Justiça do Trabalho, e sim,da Justiça Comum estadual, pois a Súmula
nº 363 do STJ diz que a ação para cobrança de honorários de profissional liberal contra
cliente não compete à Justiça do Trabalho, e sim, à Justiça Estadual.

Cumpre aqui registrar que o STF, em julgamento de liminar requerida na ADIN nº 3.395,
suspendeu toda e qualquer interpretação desse inciso que inclua na competência da Justiça do
Trabalho o julgamento de ações envolvendo servidores públicos estatutários. Cabe a ela apenas o
julgamento de ações envolvendo empregados públicos cujo regime de contratação é o celetista.
Muito embora seja esse o entendimento que vem prevalecendo na Corte Suprema, as bancas
de concurso vêm considerando correta a literalidade do inciso I quando cobrada em suas provas.

- Ações envolvendo acidentes de trabalho


Trata-se de importante tema, que sofreu alterações com o EC nº 45/04, e pode ser dividido
em 2 (duas) situações:

1ª: ação movida pelo empregado em face do empregador, buscando indenização em virtude do
acidente de trabalho: nessa hipótese, a competência é da Justiça do Trabalho.
2ª: ação movida em face do INSS, para que a autarquia previdenciária reconheça a existência de
acidente de trabalho e a incapacidade dele advinda, de forma a que efetue o pagamento das
verbas devidas. Nessa hipótese, a competência é da Justiça Comum Estadual. Nesse mesmo
sentido são as Súmulas 15 do STJ e 235 e 501 do STF. Nessa situação, a ação será distribuída à Vara
de Acidentes de Trabalho, caso exista.

Apesar do INSS ser uma autarquia federal, a competência não é da Justiça Comum Federal,
e sim, da Justiça Comum Estadual, conforme art. 109, I, parte final, da CRFB/88.

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Súmula nº 15 do STJ: Compete à Justiça Estadual processar


e julgar os litígios decorrentes de acidente do trabalho.

Súmula nº 235 do STF: É competente para a ação de


acidente do trabalho a justiça cível comum, inclusive em
segunda instância, ainda que seja parte autarquia
seguradora.

Súmula nº 501 do STF: Compete a justiça ordinária estadual


o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das
causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas
contra a união, suas autarquias, empresas públicas ou
sociedades de economia mista.

Se o empregado vier a falecer em decorrência do acidente de trabalho, poderão viúva e filhos


ajuizar a demanda indenizatória? Claro, pois se vislumbra o chamado dano em ricochete, reflexo ou
indireto. Nessa hipótese, qual órgão será competente? A Súmula nº 366 do STJ previa a
competência da Justiça Comum Estadual, mas foi cancelada pelo Tribunal, fazendo com que o
entendimento majoritário atualmente seja no sentido de reconhecer-se competente a Justiça
Laboral.

Muito se está discutindo acerca do dano em ricochete, pós reforma trabalhista, tendo em
vista a inclusão do art. 223- B, da CLT que dispõe que “causa dano de natureza extrapatrimonial a
ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são
as titulares exclusivas do direito à reparação”.
Há quem defenda que ao inserir esse dispositivo o legislador estaria então excluindo o dano
em ricochete ao falar em “titulares exclusivos do direito à reparação”. Todavia, para uma outra
parcela da doutrina o dano em ricochete seria o dano do próprio familiar do empregado, por
exemplo, que sofreu dano causado pela perda do ente. Em todo caso, teremos que aguardar o
posicionamento da jurisprudência a respeito do tema.

Outro ponto relevante, que mereceu atenção do STF por meio da edição de súmula
vinculante, é o momento de incidência das alterações que a EC 45/04 empreendeu em
matéria de competência material (absoluta).

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Dúvidas surgiram acerca da incidência ou não das novas normas nos processos já
sentenciados e naqueles que estavam em curso.
O STJ editou a Súmula nº 367, afirmando que as alterações trazidas pela referida
emenda constitucional não alcançam processos já sentenciados. Por sua vez, o STF
editou a súmula vinculante nº 22, cuja redação segue abaixo transcrita:
“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização
por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de
mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04”.

Súmula nº 367 do STJ: A competência estabelecida pela EC n.


45/2004 não alcança os processos já sentenciados.

Por tratar-se de norma de caráter público, já que o critério de competência material é


absoluto, as demandas deveriam ser remetidas para o órgão competente após a EC nº 45/04,
independentemente do momento processual. Ocorre que o STJ e o STF, no tocante ao tema em
estudo, entenderam por criar um “meio-termo”, que fez com que os processos já sentenciados
permanecessem no órgão que os decidiu, enquanto que as demais demandas seriam remetidas
para novo órgão jurisdicional.

Exemplo 1:Ao fim de um dia de trabalho, estava em um andaime, no 5ª andar da obra,


quando caí por estar sem cinto de segurança (equipamento de proteção individual). Tive
vários machucados, quebrei perna, braço, ficando afastado por 6 meses, até total
recuperação. A culpa do meu acidente foi da empresa que não forneceu os
equipamentos de proteção individual. Se vier a ajuizar ação trabalhista em face da
empresa, para pedir danos materiais e morais, por exemplo, terei que ajuizar perante a
Justiça do Trabalho, pois dela é a competência, já que a discussão gira em torno da
relação de emprego existente entre as partes (eu e a empresa).

Exemplo 2:Digamos que, em virtude do acidente acima narrado, eu precise de um


afastamento superior a 15 dias, hipótese de recebimento de auxílio-doença acidentário,
pago pelo INSS. Digamos ainda que a autarquia não reconheça o meu acidente como de
trabalho e negue o benefício. Se vier a ajuizar ação em face do INSS para que ele seja
condenado ao pagamento do auxílio-doença, a competência será da Justiça Estadual,
mesmo o INSS sendo autarquia federal, pois o tema do processo é acidente de trabalho,
hipótese excepcional do art. 109, I da CF/88.

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Competência criminal
Conforme decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, a justiça do trabalho não possui
competência criminal, mesmo após a ampliação da competência daquele ramo do Poder Judiciário,
implementada pela EC nº 45/2004. Assim decidiu o STF:
EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Justiça do Trabalho. Ações
penais. Processo e julgamento. Jurisdição penal genérica.
Inexistência. Interpretação conforme dada ao art. 114, incs. I,
IV e IX, da CF, acrescidos pela EC nº 45/2004. Ação direta de
inconstitucionalidade. Liminar deferida com efeito extunc. O
disposto no art. 114, incs. I, IV e IX, da Constituição da
República, acrescidos pela Emenda Constitucional nº 45, não
atribui à Justiça do Trabalho competência para processar e
julgar ações penais. (ADI 3684 MC, Relator(a): Min. CEZAR
PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 01/02/2007, DJe-072
DIVULG 02-08-2007 PUBLIC 03-08-2007 DJ 03-08-2007 PP-
00030 EMENT VOL-02283-03 PP-00495 RTJ VOL-00202-02 PP-
00609 LEXSTF v. 29, n. 344, 2007, p. 69-86 RMP n. 33, 2009, p.
173-184)

Atualmente, havendo crime contra a organização do trabalho ou nos autos


de processo trabalhista, a competência para o processo criminal será da Justiça Comum Federal,
nos termos do art. 109, VI da CRFB/88.

Exemplo: Nos autos de um processo trabalhista, que tramitava perante a 10ª Vara do
Trabalho de Porto Alegre/RS, uma testemunha, João da Silva, mentiu deslavadamente,
incorrendo no crime de falso testemunho. Apesar do crime ter ocorrido em processo
que tramitava perante a Justiça do Trabalho, a competência não será dessa Justiça, pois
a Justiça do Trabalho não possui qualquer competência criminal.

Ações envolvendo o exercício do direito de greve

O art. 114, II da CRFB/88, incluído pela EC nº 45/04, destaca, genericamente, que as ações
envolvendo o exercício do direito de greve são da competência da Justiça do Trabalho. O fato do
texto constitucional ser genérico foi proposital, de forma a retirar qualquer conflito sobre o tema
da justiça comum, uma vez que greve é um tema eminentemente trabalhista.
A competência da Justiça do Trabalho para o tema greve independe desta ser legal ou
ilegal.

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Assim, em decorrência do exercício do direito de greve podem ser ajuizadas demandas


individuais e coletivas. No primeiro grupo, podem-se destacar as ações cautelares, visando a
manutenção do mínimo para atendimento à população, ações de indenização por atos realizados
durante o movimento paredista. No segundo grupo, destacam-se os dissídios coletivos, que
segundo dispõe o art. 114, §3º da CRFB/88, pode ser ajuizado pelo MPT, quando a greve se der em
serviço essencial, ou pelas empresas e sindicatos.

Art. 114, §3º da CF: Em caso de greve em atividade essencial,


com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério
Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo,
competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.

Sobre o tema, indispensável a leitura da Súmula Vinculante nº 23 do STF, assim redigida: “A


Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em
decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada”.

Exemplo: é muito comum, durante as paralisações oriundas de greves, a invasão de


empresas, a formação de barricadas na frente das empresas, para que os outros
empregados não possam entrar para trabalhar. Esses instrumentos de pressão são
ilícitos, pois fogem das regras previstas na Lei nº 7783/89, que regulamenta o exercício
do direito de greve. Digamos que tenha havido a invasão da empresa. Essa poderá
ajuizar uma ação possessória (de reintegração de posse) para retirar os empregados
daquela localidade, sendo a competência da Justiça do Trabalho, já que relacionado à
greve. Da mesma forma, será da competência da Justiça do Trabalho eventual ação de
indenização movida pela empresa contra o sindicato ou empregados que invadiram e
lhe geraram danos, materiais ou morais.

Cumpre aqui registrar que o STF, em um julgamento recente, entendeu que será da
competência da Justiça Comum o julgamento de greve de servidor público estatutário e celetista.
Assim decidiu o STF:

A justiça comum, federal ou estadual, é competente para


julgar a abusividade de greve de servidores públicos celetistas
da Administração pública direta, autarquias e fundações
públicas.

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STF. Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o


ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 1º/8/2017
(repercussão geral) (Info 871).

Vale a pena aqui registrar que o julgamento em questão discutia caso de abusividade de
greve de guarda municipal, de regime celetista, e o entendimento dos Ministros foi de que por se
tratar de atividade essencial à segurança pública, caso em que o STF já tinha se manifestado no
sentido de não existir direito legal à paralisação dos serviços, a competência seria da Justiça
Comum.
O Ministro registrou ainda que para outros casos de servidores públicos, com contrato
celetista com administração pública, seria possível admitir a competência da Justiça do Trabalho
para julgar a existência ou não do direito de greve dos funcionários.

Ações sobre representação sindical

Dispõe o art. 114, III da CRFB/88, também incluído pela EC nº 45/2004, que todas as ações
envolvendo representação sindical, sejam entre sindicatos, sindicatos e empregados e sindicatos e
empregadores, serão da competência da Justiça do Trabalho, o que fez com que diversas situações
que antes eram julgadas pela Justiça Comum Estadual passassem à Justiça Laboral.
Situação bastante comum, atualmente julgada perante a Justiça Laboral, é a disputa por base
territorial, em decorrência do denominado princípio da unicidade, que regula o direito coletivo do
trabalho. Antes da EC 45/04, se dois sindicatos estivessem discutindo a legitimidade para
representar certa categoria, tal litígio seria levado à Justiça Comum Estadual, o que trazia uma
série de inconvenientes, já que os Juízes de Direito, por não atuarem cotidianamente com tal tipo
de demanda, não possuem conhecimentos profundos sobre o tema.
Assim, como exemplos de ações que passaram à competência da Justiça Laboral, têm-se:

- Ações visando a discussão sobre direito de filiação e desfiliação ao sindicato;


- Ações visando a discussão sobre unicidade sindical;
- Ações cujo objeto seja eleição de representante sindical e todas as questões daí
advindas, tais como discussão acerca de estabilidade, convocação de assembleia, etc.
- Ações envolvendo contribuições devidas ao sindicato, federação e confederação, bem
como ações de consignação e execução das mesmas.

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Exemplo:Sabe-se, pela análise do art. 8º da CF/88, que existe o princípio da unicidade


sindical, que impede a existência de mais de um sindicato, na mesma base territorial,
para representar a mesma categoria. Para controlar tal hipótese, é feito o pedido de
registro perante o MTE. Digamos que existam dois sindicatos afirmando serem legítimos
para representar determinada categoria no Estado do Espírito Santo. Essa discussão, se
desaguar no Poder Judiciário, será julgada pela Justiça do Trabalho, pois os sindicatos
estão discutindo o tema “representação sindical”. Se uma empresa, cobrada por um
sindicato, quiser discutir judicialmente que não deve a contribuição para aquele ente, e
sim, para outro, deverá ajuizar ação na Justiça do Trabalho, pois novamente o tema é
“representação sindical”.

Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data


Outro importante dispositivo incluído pela EC n 45/04 foi o inciso IV do art. 114 da CRFB/88,
que atribui competência à Justiça do Trabalho para processar e julgar os mandados de segurança,
habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.
Em relação ao mandado de segurança, este passou a ser impetrado perante o 1º grau de
jurisdição trabalhista, isto é, a Vara do Trabalho, quando for impetrado em face de ato de auditor
fiscal do trabalho ou delegado do trabalho, e o ato estiver relacionado à fiscalização das relações
de trabalho.
Além disso, também será impetrado MS de competência da Vara do Trabalho quando o ato
questionado for realizado por Membro do Ministério Público do Trabalho, em inquéritos civis
públicos ou outros procedimentos administrativos.
A competência funcional para o mandado de segurança, além da Vara do Trabalho, também
poderá ser do Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho, nas seguintes
situações:
- Tribunal Regional do Trabalho: contra ato de Juiz do Trabalho, Juiz de Direito atuando com
competência trabalhista e atos do próprio TRT, em órgãos monocráticos ou colegiados.
- Tribunal Superior do Trabalho: contra ato do Presidente do TST ou de qualquer dos
Ministros.

Se o ato questionado for de membro do TRT, a competência para o mandado de segurança é do


próprio TRT, com recurso ordinário (art. 895, II CLT) para o TST.
Se o ato questionado for de membro do TST, a competência para o mandado de segurança é do
próprio TST.

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Em relação ao habeas corpus, este será da competência da Justiça do Trabalho quando a


matéria nele discutida envolver matéria sujeita à sua jurisdição. Antes da EC nº 45/04, entendia-se
que do ato de Juiz do Trabalho que restringisse a liberdade ou a locomoção, caberia habeas corpus
de competência da Justiça Comum Federal (TRF).
O exemplo mais utilizado para o cabimento doremédio constitucional em estudo era a prisão
do depositário infiel. Contudo, sobre o tema foi editada a Súmula Vinculante nº 25 do STF, assim
redigida: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do
depósito”.
Ocorre que outras situações podem gerar a utilização do habeas corpus, como, por exemplo:
restrição de liberdade do empregado pelo empregador em razão de pagamento de uma dívida.
Não é mais cabível a decretação de prisão do depositário infiel, qualquer que seja o
motivo, ante o disposto na Súmula Vinculante nº 25 do STF.
Nessas situações, a competência poderá ser, em tese, de qualquer órgão da Justiça
Trabalhista, a saber:
- Vara do Trabalho: quando o ato ilegal que viola o direito de locomoção for realizado por
particular (empregador, por exemplo).
- Tribunal Regional do Trabalho: quando o ato ilegal for realizado por Juiz do Trabalho.
- Tribunal Superior do Trabalho: quando o ato ilegal for realizado por Juiz do Tribunal
Regional do Trabalho.
Por fim, o habeas data, que também pode ser utilizado em sede trabalhista, nunca em face
do empregador, e sim, em face de ato de autoridade pública. Em sede trabalhista, será utilizado
nas seguintes hipóteses:
- Servidor celetista em face do Estado, para ter acesso às informações constantes em seu
prontuário.
- empregador não tem acesso a lista de “mau empregadores” do MTE.

Exemplo:é muito comum a impetração de mandado de segurança contra ato de Juiz do


Trabalho, quando esse profere decisão interlocutória ilegal, como aquela que determina
penhora em salário ou que indefere a reintegração de empregada que foi demitida
grávida. Diante dessa decisão judicial ilegal, impetra-se mandado de segurança. A
competência para esse MS será do TRT, pois o ato ilegal é da Vara do Trabalho, órgão de
1º grau de Justiça do Trabalho. Essa ação (mandado de segurança) terá início no TRT,
por ser uma ação de competência originária daquele tribunal. Da decisão proferida no
MS (acórdão do TRT), caberá recurso ordinário (art. 895, II da CLT) para o TST.

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Lembrando que de acordo com a Constituição Federal, não é permitido habeas data em face
de empregador privado, uma vez que seus bancos de dados são privados e não públicos.

Conflitos de competência

O art. 114, V da CRFB/88, estabelece a competência da Justiça do Trabalho para julgar os


conflitos de competência apenas entre os órgãos que possuírem competência trabalhista. Situação
excepcional decorre do art. 102, I, “o” da CRFB/88, que afirma a competência do STF para os
conflitos de competência envolvendo os tribunais superiores, isto é, STF, STJ e TST.

Segundo dispõe o art. 66 do CPC/15, existem 3 (três) espécies de conflitos de


competência:
Conflito positivo, que decorre da declaração de competência entre dois ou mais juízos;
Conflito negativo, que decorre da declaração de incompetência entre dois ou mais
juízos;
Conflito na reunião ou separação de processos, quando surge controvérsia entre dois
ou mais juízos em decorrência daqueles fatos.

Sobre a legitimidade para iniciar o conflito, tem-se a aplicação dos artigos 953 do CPC/15 e
805 da CLT, que destacam que o procedimento pode ser iniciado pelo juiz, de ofício, pelas partes e
pelo Ministério Público, sendo que os artigos 952 do CPC/15 e 806 da CLT destacam a
impossibilidade da parte que apresentou alegação de incompetência, suscitar também o conflito
de competência.

Art. 952. Não pode suscitar conflito a parte que, no


processo, arguiu incompetência relativa. Parágrafo único.
O conflito de competência não obsta, porém, a que a parte
que não o arguiu suscite a incompetência.

Art. 953. O conflito será suscitado ao tribunal: I - pelo juiz,


por ofício; II - pela parte e pelo Ministério Público, por
petição. Parágrafo único. O ofício e a petição serão
instruídos com os documentos necessários à prova do
conflito.

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Art. 805 da CLT: Os conflitos de jurisdição podem ser


suscitados: a) pelos Juízes e Tribunais do Trabalho; b) pelo
procurador-geral e pelos procuradores regionais da Justiça
do Trabalho; c) pela parte interessada, ou o seu
representante.

Art. 806 da CLT: É vedado à parte interessada suscitar


conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa
exceção de incompetência.

Sobre a competência para julgamento dos conflitos, devem ser seguidas as regras abaixo
destacadas, afirmando-se desde logo que as Varas do Trabalho não possuem competência para o
julgamento destes procedimentos.
1 - TRT: quando os juízos em conflito forem Varas do Trabalho da mesma região ou quando o
conflito se instalar entre Juízes de Direito investidos na competência trabalhista na mesma região
ou entre Varas do Trabalho e Juízes de Direito investidos na competência trabalhista da mesma
região. Assim, se Vara do Trabalho de Vitória estiver em conflito com Vara do Trabalho de São
Mateus, por estarem ambas vinculadas ao TRT/ES, a competência será daquele órgão.

Atentar que aos Juízes de Direito, conforme já estudado, pode ser atribuída
competência trabalhista.
O TRT terá competência para processar e julgar o conflito de competência quando as
varas em conflito foram da mesma região. Se estiverem vinculadas à TRTs de regiões
distintas, a competência será do TST.

2 - TST: quando o conflito for instaurado entre Tribunais Regionais do Trabalho, entre
Tribunais Regionais do Trabalho e Varas de Trabalho (ou juízes de direito) de regiões diferentes e
entre Varas do Trabalho ou Juízes de Direito investidos na competência trabalhista, em regiões
diferentes. Nesta hipótese, se Vara do Trabalho de Vitória estiver em conflito com Vara do
Trabalho do Rio de Janeiro, por estarem vinculadas a TRTs de regiões diferentes, a competência
será do TST.
3 - STJ:quando o conflito for instaurado entre Vara do Trabalho ou TRT e Juízo de Direito não
investido na competência trabalhista.
4 - STF:quando o TST estiver em conflito com qualquer outro órgão do Poder Judiciário como,
por exemplo, TJ, TRF, STJ, STF.
Por fim, vale a pena destacar a Súmula nº 420 do TST, que menciona a inexistência de conflito
de competência entre Vara do Trabalho e Tribunal Regional do Trabalho, a que está vinculado.

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Súmula nº 420 do TST: Não se configura conflito de


competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do
Trabalho a ele vinculada.

Exemplo:Muitos conflitos de competência surgiram a partir de 2004, ano em que


entrou em vigor a Emenda Constitucional nº 45, que trouxe várias ações que antes eram
ajuizadas na Justiça Comum, para a Justiça do Trabalho. Imaginem a seguinte situação:
Juiz do trabalho que recebe uma ação em que o autor é um profissional liberal cobrando
os seus honorários de um cliente. O Juiz do Trabalho, conforme Súmula nº 363 do STJ,
determina a remessa dos autos para a Justiça Comum. Essa ação chegando a uma Vara
Cível, encontra um Juiz Estadual que diz que a competência não é dele, e sim, da Justiça
do Trabalho. Como ele não pode devolver a ação, será iniciado um conflito negativo de
competência, porque os dois se dizem incompetentes para analisar e julgar o pedido.
Como temos uma Vara do Trabalho e uma Vara Cível, a competência para julgamento
do conflito será do STJ.

Ações de indenização por dano moral ou patrimonial

Talvez um dos temas mais estudados sobre competência da Justiça do Trabalho seja o dano
moral decorrente da relação de trabalho, em virtude da inclusão do inciso VI do art. 114 da
CRFB/88, por meio da Emenda Constitucional nº 45/2004.
Contudo, o TST já se inclinava por reconhecer a competência daquela justiça especializada,
para processar e julgar as demandas envolvendo dano moral, quando decorrente da relação de
trabalho, mesmo que a ação fosse proposta por sucessor ou dependentes, conforme alteração
realizada em 2015. Tal tendência firmou-se com a edição da Súmula nº 392.

Súmula nº 392 do TST:Nos termos do art. 114, inc. VI, da


Constituição da República, a Justiça do Trabalho é
competente para processar e julgar ações de indenização
por dano moral e material, decorrentes da relação de
trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e
doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos
dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

Assim, o que o Legislador Constituinte fez foi incluir no art. 114 da CRFB/88 um tema já
pacificado na Justiça do Trabalho, dando-lhe respaldo constitucional.

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Contudo, alguns temas devem ser estudados, principalmente no que concerne ao dano moral
que surge em decorrência de acidente de trabalho.
Já foram estudadas as normas sobre competência em caso de acidente de trabalho,
ficando claro que:
Se a ação for ajuizada em face do INSS (lide previdenciária), a competência será da Justiça
Comum Estadual.
Se a ação for ajuizada em face do empregador, a competência será da Justiça do Trabalho.

Exemplo:Eu e João somos velhos conhecidos. Ano passado comecei a trabalhar na


empresa de João. Ocorre que em um final de semana prolongado, viajamos com nossas
famílias para uma praia e, naqueles dias, alguns desentendimentos surgiram entre nós
dois. Numa dessas discussões, João me agrediu e eu saí da briga com um olho roxo, bem
como um braço quebrado. Essa situação poderia gerar o pedido de condenação de João
ao pagamento de danos morais e materiais. Como não há qualquer vínculo entre a briga
e o trabalho, a competência é da Justiça Comum Estadual. Diferente seria se eu fosse
agredido no trabalho, em virtude dele. Se em uma discussão envolvendo o trabalho que
exerço na empresa de João, tivéssemos dano moral e material, a competência seria da
Justiça do Trabalho, haja vista que o dano decorre do vínculo de emprego que existe
entre nós.

Ações relativas às penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de


trabalho

Trata-se de uma das competências mais importantes da Justiça do Trabalho, se verificarmos


as provas de concursos, uma vez que as bancas incluem em suas questões a afirmação de que cabe
à justiça especializada a discussão acerca das penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das
relações de trabalho, conforme consta expressamente no art. 114, VII da CF/88, incluído pela
Emenda Constitucional nº 45/04.
O principal órgão de fiscalização das relações de trabalho é o Ministério do Trabalho, através
dos Auditores Fiscais do Trabalho. Digamos que uma determinada empresa tenha recebido a
fiscalização daquele órgão e tendo sido constatado o descumprimento de alguma norma de
proteção ao trabalhador, tenha sido autuada e multada. Querendo anular a autuação, a empresa
deverá ajuizar ação perante a Justiça do Trabalho, conforme afirma o inciso VII do art. 114 da CF,
uma vez que se trata de ação sobre penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das
relações de trabalho.

VII as ações relativas às penalidades administrativas


impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização
das relações de trabalho;

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Execução das contribuições sociais

A EC nº 45/04 incluiu o inciso VIII ao art. 114 da CRFB/88, afirmando a competência da Justiça
do Trabalho para executar as contribuições sociais decorrentes das sentenças que proferir.
Assim, sendo proferida uma sentença condenatória ou homologado acordo, sobre as parcelas
de cunho salarial incidirá a contribuição social prevista no art. 195, I, a e II da CRFB/88, devidas à
União. Tais valores, que antes eram executados pelo INSS, passaram a ser devidos à União, devido
à criação da Receita Federal do Brasil, por meio da Lei nº 11.457/2007.
Ponto importante a ser destacado é a alteração do parágrafo único do art. 876 da CLT, assim
redigido:
“A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições
sociais previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do caput
do art. 195 da Constituição Federal, e seus acréscimos
legais, relativas ao objeto da condenação constante das
sentenças que proferir e dos acordos que homologar”.

Com a reforma trabalhista, foi excluída a expressão


“inclusivesobreossaláriospagosduranteoperíodocontratualreconhecido”, reafirmando o
entendimento do TST, que por meio de sua Súmula nº 368, I, já afirmava não ter competência para
executar as contribuições devidas no curso do contrato de trabalho, e sim, apenas aquelas
incidentes sobre o valor que compõe a condenação, ou seja, apenas incidentes sobre sentenças
condenatórias.

Exemplo:Um determinado empregado trabalhou sem receber o adicional de


periculosidade, que é uma verba com natureza salarial e, portanto, incide contribuição
previdenciária (INSS). Como o empregador não efetuou o pagamento do adicional,
também não fez o recolhimento mensal do INSS incidente. Como o empregado ajuizou
ação trabalhista, o empregador foi condenado ao pagamento de R$10.000,00, além das
contribuições previdenciárias devidas à União. Como não houve o pagamento das
quantias, foram iniciadas as execuções do valor devido ao empregado e à União, no
mesmo processo. O Juiz determinou a penhora de bens da empresa para o pagamento
das duas verbas – adicional de periculosidade e contribuição previdenciária.

O mesmo entendimento foi firmado na Súmula Vinculante nº 53 do STF, que será analisada
na aula sobre execução trabalhista.

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Outro ponto bastante controverso é a realização de acordo após o trânsito em julgado.


Caso a sentença tenha condenado o reclamado ao pagamento de R$10.000,00 (dez mil
reais) em parcelas de natureza salarial, sobre as quais incide a aludida contribuição, e
após o trânsito em julgado for realizado acordo no importe de R$5.000,00 (cinco mil
reais), sobre qual valor será devida a contribuição? R$10.000,00 ou R$5.000,00?
A OJ 376 da SBDI-1 do TST firmou entendimento que a contribuição incidirá tendo por
base o valor do acordo homologado, mesmo que formulado após o trânsito em
julgado da decisão.

OJ nº 376 da SDI-1 do TST: É devida a contribuição


previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e
homologado após o trânsito em julgado de decisão judicial,
respeitada a proporcionalidade de valores entre as parcelas
de natureza salarial e indenizatória deferidas na decisão
condenatória e as parcelas objeto do acordo.

Todavia, o TST vem entendendo que a natureza das verbas descritas no acordo devem
respeitar, proporcionalmente, aquelas deferidas em sentença transitada em julgado. Ou
seja, não pode terem sido deferidas verbas de natureza salarial e em acordo constar que
“todas as verbas têm natureza indenizatória”.

Dissídios coletivos

A competência atribuída à Justiça do Trabalho para dirimir os conflitos coletivos, isto é, entre
categorias, encontra sustentação no art. 114, §2º da CRFB/88, que afirma, em síntese, que se as
partes não chegarem ao término do conflito de maneira conciliatória, bem como não for
estabelecida a arbitragem, o conflito coletivo será decidido pelo Poder Judiciário, que fixará as
normas jurídicas a serem aplicadas para aquelas categorias em conflito, por determinado período
de tempo.

Art. 114, §2º da CF: Recusando-se qualquer das partes à


negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às
mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de
natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir
o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de
proteção ao trabalho, bem como as convencionadas
anteriormente.

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Atentar que o TST editou em maio de 2011, o Procedente Normativo nº 120, afirmando que a
sentença normativa produzirá efeitos por até quatro anos se não for substituída por acordo
coletivo, convenção coletiva ou outra sentença normativa.

PN nº 120 do TST: A sentença normativa vigora, desde seu


termo inicial até que sentença normativa, convenção coletiva
de trabalho ou acordo coletivo de trabalho superveniente
produza sua revogação, expressa ou tácita, respeitado, porém,
o prazo máximo legal de quatro anos de vigência.

Em tópico próprio serão analisados todos os aspectos relacionados aos dissídios


coletivos, mas algumas notas sobre o tema serão tecidas:
Classificação:segundo o Regimento Interno do TST, os dissídios podem ser classificados
em econômicos, jurídicos e de greve.
Natureza Jurídica da sentença normativa: será constitutiva ou declaratória, a depender
da espécie de dissídio coletivo. Porém, nunca será condenatória.A sentença normativa
não possui carga condenatória, pois apenas cria a norma jurídica (direito) ou interpreta
norma preexistente.
Prazo máximo: a sentença normativa terá vigência máxima de 4 (quatro) anos, sendo
que após 1 (um) ano poderá ser revista, através de dissídio econômico revisional.
Competência: Os dissídios coletivos nunca serão julgados pela Vara do Trabalho, e sim,
pelos Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho, pois possuem
competência originária para tais dissídios, a depender da amplitude das categorias em
conflito.
Ação de cumprimento: havendo o descumprimento de alguma norma constante da
sentença normativa, não é cabível a ação de execução, já que a natureza jurídica
daquele ato judicial é constitutiva ou declaratória, e nunca condenatória. Nessas
situações, caberá o ajuizamento de ação de cumprimento, de competência da Vara do
Trabalho.

! A ação de cumprimento é da competência da Vara do Trabalho, enquanto o dissídio coletivo é


da competência do TRT ou TST.

Exemplo:É muito comum, em algumas cidades, as greves de determinadas categorias,


como os rodoviários, ou seja, motoristas e trocadores do serviço público de transporte.
Quando os sindicatos dos empregados e empregadores não chegam a um consenso

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sobre salários e outros benefícios, temos a greve. Para colocar um fim a greve, as
categorias podem continuar discutindo ou podem ajuizar a ação de dissídio coletivo de
trabalho, que será julgada pelo Poder Judiciário Trabalhista, de forma a que venham a
ser criadas as regras que serão aplicadas naquele caso concreto, como reajuste salarial,
jornada de trabalho, dentre outros. Quando a Justiça do Trabalho decide o dissídio
coletivo, ela profere uma sentença normativa, que cria os direitos e deveres. Caso
alguma norma ali contida não seja respeitada, o titular do direito terá que ajuizar outra
ação para demonstrar o desrespeito (não concessão do reajuste salarial, por exemplo),
sendo que essa ação recebe o nome de “ação de cumprimento”.

Ações sobre descumprimento de normas relativas à segurança, higiene e saúde no


trabalho

A questão mostra-se totalmente pacificada por meio da Súmula nº 736 do STF, que afirma ser
da competência da Justiça do Trabalho as demandas que contenham pedidos baseados no
descumprimento das normas relativas à segurança, higiene e saúde no trabalho, já que se trata de
obrigação do empregador cumpri-las, em especial, no que toca à entrega e fiscalização da
utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Súmula 736 do STF: Compete à Justiça do Trabalho julgar


as ações que tenham como causa de pedir o
descumprimento de normas trabalhistas relativas à
segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.

Exemplo:pode ser que o Sindicato da categoria ou o Ministério Público do Trabalho


verifique que uma determinada empresa não esteja cumprindo as normas de segurança,
higiene e saúde no trabalho, por não estar fornecendo os EPIs ou concedendo os
intervalos para descanso e alimentação. Qualquer ação que tenha por finalidade impor
o respeito às regras ou que visem a condenação por danos decorrentes do
descumprimento, será da competência da Justiça do Trabalho.

Outras competências previstas na CLT – Art. 652


Em algumas questões, a FCC se vale do art. 652 da CLT, principalmente para dizer que a
Justiça do Trabalho possui competência para as ações entre trabalhadores portuários (avulsos) e o
Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO, conforme inciso V do dispositivo, destacado a seguir:

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“Art. 652 - Compete às Varas do Trabalho:


a) conciliar e julgar:
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da
estabilidade de empregado;
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e
indenizações por motivo de rescisão do contrato individual
de trabalho;
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em
que o empreiteiro seja operário ou artífice;
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual
de trabalho; b) processar e julgar os inquéritos para
apuração de falta grave; c) julgar os embargos opostos às
suas próprias decisões; d) impor multas e demais
penalidades relativas aos atos de sua competência;
e) (Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944)
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores
portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO
decorrentes da relação de trabalho;
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta
grave;
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de
sua competência; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 6.353,
de 20.3.1944)
e) (Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944)
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em
matéria de competência da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os
dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que
derivarem da falência do empregador, podendo o
Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir
processo em separado, sempre que a reclamação também
versar sobre outros assuntos”.

Súmula nº 454 do TST (Maio de 2014) – Seguro de Acidente de Trabalho (SAT):

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SÚMULA Nº 454. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.


EXECUÇÃO DE OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE
AO SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS. 114,
VIII, E 195, I, “A”, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 414 da SBDI-1)
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da
contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho
(SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade
social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao
financiamento de benefícios relativos à incapacidade do
empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e
22 da Lei nº 8.212/1991)

REFORMA TRABALHISTA – Lei 13.467/17 – homologação de acordo extrajudicial

A reforma trabalhista incluiu mais uma competência material para a Justiça do Trabalho, no
seu art. 652, “f” da CLT, que é a possibilidade do Juiz do Trabalho homologar acordo extrajudicial.
Assim, as partes podem formular acordo extrajudicialmente, levando o mesmo para
homologação do Juiz, que proferirá sentença aceitando o mesmo, para que produza todos os
efeitos legais e a situação nele verificada não pode mais ser discutida.

Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: f) decidir quanto à


homologação de acordo extrajudicial em matéria de
competência da Justiça do Trabalho.

O procedimento para a homologação judicial encontra-se disciplinado no art. 855-B da CLT,


sendo que podem ser destacados os seguintes pontos:

O acordo deve ser apresentado por petição conjunta;


As partes devem estar representadas por Advogado, ou seja, não se aplica o jus
postulandina hipótese;
Os Advogados das partes devem ser diferentes, ou seja, não pode ser um Advogado
comum a elas;
O trabalhador pode ser representado por Advogado do Sindicato.

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O fato das partes terem celebrado o acordo e levado à apreciação judicial não afasta a
incidência do art. 477, §6º da CLT, que trata do prazo para pagamento das verbas rescisórias,
incidindo a multa do §8º do mesmo artigo caso não haja o pagamento no prazo.

Acerca do procedimento, destaca-se o que segue:


- Apresentada a petição requerendo a homologação do acordo, o Magistrado terá 15
dias para analisa-lo, podendo:
----Marcar audiência, caso entenda necessário (para ouvir o empregado, por exemplo);
----Proferir sentença:
------Homologando o acordo e extinguindo o feito com resolução do mérito;
------Negando a homologação do acordo, já que a Súmula 418 do TST afirma ser
faculdade do Magistrado a homologação do mesmo.

Durante o procedimento, o prazo de prescrição ficará suspensopara que não haja qualquer
prejuízo para o trabalhador, principalmente na hipótese de negativa na homologação do acordo.
Assim, havendo a negativa de homologação por sentença, poderão as partes recorrer, mas em um
determinado momento haverá o trânsito em julgado da sentença e o prazo de prescrição voltará a
fluir no dia útil seguinte.

CRITÉRIO RELATIVO -COMPETÊNCIA TERRITORIAL

O critério de competência territorial define o local do ajuizamento da ação. No direito


processual do trabalho não se segue a regra geral do CPC, que versa que a ação sobre direito
pessoal ou real sobre móveis será ajuizado no foro do domicílio do réu.
Visando a proteção do empregado, hipossuficiente na relação jurídica firmada com o
empregador, bem como na colheita de provas e facilitação da busca pela verdade real, o legislador
criou normas diversas, previstas no art. 651 da CLT, que afirmam ser o local da prestação dos
serviços, o competente para processar e julgar a reclamação trabalhista. Mesmo que o empregado
tenha sido contratado em outro local, a competência será da comarca em que efetivamente
trabalhou e, se houve transferência(s), o local em que se deu o encerramento do liame jurídico,
isto é, no último local da prestação dos serviços.
O acesso ao Poder Judiciário é a principal razão que levou o legislador a definir como
competente o local da efetiva prestação dos serviços.

Art. 651 da CLT: A competência das Juntas de Conciliação e


Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado,
reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador,
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no

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estrangeiro.
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante
comercial, a competência será da Junta da localidade em que a
empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja
subordinado e, na falta, será competente a Junta da
localização em que o empregado tenha domicílio ou a
localidade mais próxima.
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento,
estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos
em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado
seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo
em contrário.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização
de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é
assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da
celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos
serviços.

Assim, se for contratado em Vitória/ES para trabalhar no Rio de Janeiro/RJ, a competência


territorial será desta última cidade. Se for contratado em Vitória/ES, transferido para São Paulo/SP
e posteriormente para o Rio de Janeiro/RJ, sendo neste último local dispensado, a competência
será da última cidade em que laborou, ou seja, Rio de Janeiro/RJ.

Lembre-se que a competência territorial é relativa, não podendo ser reconhecida de


ofício pelo Magistrado (Súmula nº 33 STJ), razão pela qual a parte interessada deve
apresentar alegação de incompetência.

O art. 651 da CLT possui uma regra geral, já analisada, e algumas exceções, a seguir
analisadas:
- Agente ou viajante comercial - §1º do art. 651 CLT: A análise do dispositivo deve ser
realizada com bastante cuidado, pois muitos são os detalhes. As regras de competência territorial,
nessa hipótese, devem observar a seguinte ordem:
Local da agência ou filial a que o empregado está subordinado.
Caso não haja agência ou filial ou o empregado não esteja subordinado àquela, o local
competente será o domicílio do empregado ou a localidade mais próxima, à escolha do
empregado-reclamante.

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- Dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro- §2º do art. 651 CLT: Se o empregado
for brasileiro e sendo contratado no Brasil para trabalhar no exterior, poderá ajuizar a demanda
trabalhista em nosso país. Ponto importante é a necessidade da empresa reclamada possuir sede
ou filial no Brasil para o ajuizamento da reclamação trabalhista, esse vem sendo o entendimento
majoritário adotado pela doutrina e jurisprudência. Todavia,há entendimentos contrários, de que
não há tal necessidade, já que a citação poderia ser realizada por meio de carta rogatória, para o
país estrangeiro no qual a empresa possui sede ou filial.
- Empregador que promova a realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho -
§3º do art. 651 CLT: nessa hipótese, o viajante é o empregador, ou seja, o mesmo contrata o
empregado em um local, mas promove a sua atividade em locais diversos, tais como os circos.
Nessa situação, poderá o empregado escolher o ajuizamento de sua reclamação no local da
celebração do contrato ou no local da prestação dos serviços. Não há ordem preestabelecida, e
sim, possibilidade de escolha pelo autor.

Exemplo 1:João, que reside em Vitória/ES, foi contratado nessa localidade para
trabalhar para uma empresa em Salvador/BA. Na cidade baiana trabalhou durante 2
anos e foi demitido. Apesar de sempre ter residido em Vitória e de ter retornado para
essa cidade, a ação deve ser ajuizada em Salvador, por ter sido o local da prestação dos
serviços.

Exemplo 2:João foi contratado e trabalhou para a filial de uma grande empresa em
Vitória/ES, sendo transferido para Maceió/AL e, por último, para Belém/PA, local em
que trabalhou por 3 anos antes de ser demitido. Apesar de ter trabalhado em vários
locais, deverá ajuizar ação em Belém/PA, por ser o último local da prestação dos
serviços.

Foro de eleição em contratos de trabalho


O foro de eleição significa a escolha do local do ajuizamento da ação pelas partes em
determinado negócio jurídico, tal como um contrato. João e Maria, em contrato firmado entre
ambos, podem estabelecer como foro competente para as ações oriundas daquele contrato,
qualquer local dentro do território brasileiro.

Previsto no art. 63 do CPC/15, não é aplicável ao processo do trabalho, ante a


possibilidade de ser ferido o princípio da proteção, uma vez que o empregador poderia
impor situação desfavorável ao empregado, “elegendo” local distante para o
ajuizamento das ações, por saber que o empregado não teria condições de deslocar-se
até o local. Se aplicável, poderia ser imposta a seguinte situação: João, contratado para
trabalhar para a empresa Alfa S/A, em Vitória/ES, teria em seu contrato cláusula

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prevendo que eventual reclamação trabalhista seria ajuizada na cidade de São Luis/MA
ou Rio Branco/AC. Certamente o obreiro não teria condições econômicas para deslocar-
se para local tão distante.

Art. 63. As partes podem modificar a competência em


razão do valor e do território, elegendo foro onde será
proposta ação oriunda de direitos e obrigações. § 1o A
eleição de foro só produz efeito quando constar de
instrumento escrito e aludir expressamente a determinado
negócio jurídico. § 2o O foro contratual obriga os herdeiros
e sucessores das partes. § 3o Antes da citação, a cláusula de
eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de
ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao
juízo do foro de domicílio do réu. § 4o Citado, incumbe ao
réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na
contestação, sob pena de preclusão.

Além disso, tal fato prejudicaria certamente a produção de provas, já que em São Luis/MA ou
Rio Branco/AC não estariam as provas da relação de trabalho ou as testemunhas que poderiam
depor sobre os fatos narrados na inicial.

PERPETUAÇÃO DA COMPETÊNCIA

O tema também é conhecido como perpetuação da jurisdição e está previsto no art. 43 do


CPC/15, sendo indispensável na análise do tema competência. A regra prevista no Código de
Processo civil afirma que a competência é fixada no momento do ajuizamento da ação, sendo
irrelevantes determinadas alterações, o que significa dizer que uma vez ajuizada a ação, alguns
fatos não modificam a competência que foi fixada no órgão judicial. Caso seja ajuizada reclamação
trabalhista e distribuída para a 5ª Vara do Trabalho de Vitória/ES, a alteração do domicílio do autor
não interfere na competência daquele órgão jurisdicional, que se mantém, em regra, até o término
da demanda. O Código de Processo Civil afirma que “as modificações do estado de fato ou de
direito ocorridas” são irrelevantes, tais como a mudança de endereço, emprego, interdição, dentre
outras.

Art. 43. Determina-se a competência no momento do


registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito
ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão
judiciário ou alterarem a competência absoluta.

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Porém, há exceções, que são as alterações em critérios de competência absoluta (material,


pessoal e funcional) ou a supressão do órgão jurisdicional.
Assim, se um mandado de segurança tramita perante o TRT/ES em virtude de norma de
competência material e essa vem a ser alterada, determinando a tramitação perante Vara
do Trabalho (1º grau de jurisdição), aquela demanda será remetida de imediato para uma
das varas do trabalho da localidade, já que o critério alterado é absoluto, isto é, de
interesse do Estado.

A alteração deve ser em critério absoluto, isto é, critérios absoluto, funcional ou pessoal ou
na hipótese de supressão do órgão jurisdicional.
Tal fato ocorreu com a entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 45/04, pois essa norma
alterou a competência material da Justiça do Trabalho, trazendo as lides sobre acidente de
trabalho (com exceção daquelas movidas em face do INSS) da Justiça Comum para a especializada.
As lides acidentárias que tramitavam nas Varas de Acidente de Trabalho foram encaminhadas à
Justiça do Trabalho, salvo aquelas nas quais já havia sentença proferida, de acordo com a Súmula
Vinculante nº 22 do STF.

Súmula Vinculante nº 22 do STF: A Justiça do Trabalho é


competente para processar e julgar as ações de indenização
por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de
trabalho propostas por empregado contra empregador,
inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito
em primeiro grau quando da promulgação da Emenda
Constitucional nº 45/04.

MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA

A modificação de competência está descrita no art. 54 do CPC/15 e está relacionada apenas


aos critérios relativos, isto é, territorial e valor da causa. Como já estudado, o valor da causa no
direito processual do trabalho não é relevante para a definição da competência, e sim, para a
determinação do procedimento. Assim, o que será visto a partir de agora são as situações em que
a competência territorial sofrerá modificações.

Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela


conexão ou pela continência, observado o disposto nesta

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Seção.

São três as hipóteses de modificação de competência:


- Inércia do réu:a inércia do réu consiste na falta de apresentação da exceção de
incompetência territorial, que segundo será estudado compõe a defesa do réu, que deve ser
apresentada antes da audiência. O fato do réu se mostrar inerte na apresentação de tal peça de
defesa, importa na prorrogação da competência, isto é, o juízo que era incompetente passa a ser
competência por não se arguir o vício.

A exceção de incompetência devera ser apresentada nos termos do art. 800 da CLT, antes
da audiência.

Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no


prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e
em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o
procedimento estabelecido neste artigo. (Redação
dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se
realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta
Consolidação até que se decida a exceção.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que
intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para
manifestação no prazo comum de cinco dias.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo
designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de
suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo
que este houver indicado como competente.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o
processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a
apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo
competente.

- Conexão:Dispõe o art. 55 do CPC/15 que duas ou mais ações são conexas quando tiverem a
mesma causa de pedir ou o mesmo pedido. Nessas situações, as ações serão reunidas de acordo
com o art. 58 do CPC, o que significa dizer que a competência poderá alterar-se após o

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ajuizamento da demanda, se verificar-se que em outro juízo há uma demanda conexa. A reunião
das ações tem por finalidade evitar o proferimento de sentenças contraditórias. Aqui,
diferentemente da continência não há a necessidade da identidade das partes (mas elas podem ser
as mesmas)

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações


quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.§ 1 o Os
processos de ações conexas serão reunidos para decisão
conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.

Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-


á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.

- Continência: A mesma ideia serve para a continência. A diferença existe na conceituação do


instituto. Segundo o art. 56 do CPC/15, “Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando
houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo,
abrange o das demais”. Se duas ou mais ações forem continentes, poderão ser reunidas pelo juiz,
evitando-se, como já dito, decisões contraditórias. Importante frisar os efeitos da continência, que
são diversos a depender da ordem de ajuizamento das ações continente (maior) e contida (menor).
Vejamos:

Se a ação continente tiver sido ajuizada antes da contida, a última será extinta.
Na hipótese oposta, haverá a reunião das ações.

Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações


quando houver identidade quanto às partes e à causa de
pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o
das demais.

Exemplo 1: João trabalhou em Vitória/ES para determinada empresa, mas ajuizou ação
no Rio de Janeiro/RJ, seu novo domicílio, apesar do correto ser o ajuizamento em
Vitória/ES, local da prestação dos serviços, conforme art. 651 da CLT. Como a
incompetência é territorial, o Juiz nada pode fazer a não ser aguardar eventual defesa
da empresa com alegação de incompetência da cidade do Rio de Janeiro/RJ. Ocorre que
não foi apresentada, pela empresa, a alegação de incompetência, razão pela qual a Vara
do Trabalho do Rio de Janeiro que não era competente para a ação, passou a ser, já que

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houve a prorrogação da competência. Ninguém mais poderá alegar a incompetência e


esse processo tramitará até o seu final no RJ.

Exemplo 2: João sofreu um acidente de trabalho quando trabalhava para a empresa “A”
na cidade de Vitória/ES. Ajuizou a ação “1” pedindo danos materiais, tendo sido
distribuída para a 2ª Vara do Trabalho de Vitória. Depois, ajuizou a ação “2”, pedindo
danos morais pelo mesmo acidente, tendo sido distribuída a ação para a 10ª Vara do
Trabalho de Vitória/ES. As duas ações tratam do mesmo acidente de trabalho, mesmo
tendo pedidos diferentes. As duas ações são conexas. Assim, deverá ser verificado quem
recebeu a primeira ação (no nosso exemplo a 2ª VT de Vitória), determinando-se a
remessa da ação “2” que está na 10ª VT para a 2ª VT.

DICAS

Competência material

1 - Primeiro temos que lembrar que os critérios de competência são classificados em


absolutos e relativos, a depender do interesse que está relacionado aos mesmos. Quando o
legislador cria um critério de competência levando-se em consideração o interesse do Estado,
classifica-se o mesmo como absoluto, a exemplo do critério material. Quando o interesse é das
partes, classifica-se o mesmo como relativo, a exemplo do critério territorial.

2 - Várias são as diferenças entre os critérios: nos critérios absolutos, o Juiz pode reconhecer
de ofício eventual equívoco, não havendo preclusão, podendo o reconhecimento ocorrer em
qualquer tempo e grau de jurisdição. Já nos critérios relativos, somente a parte pode alegar o
equívoco em relação ao critério, devendo a alegação ocorrer em um determinado momento do
processo, que é o prazo de defesa, sob pena de preclusão, não cabendo a possibilidade de
alegação posterior.

3 - Analisando-se o art. 114 da CF/88, que trata da competência material da Justiça do


Trabalho, surge a ideia de explicitar a intenção do legislador de alargar a competência trabalhista
para todas as ações que envolvessem relação de trabalho. Contudo, apesar de ter sido essa a
intenção do legislador, o STF excluiu da apreciação dos Juízes Trabalhistas as demandas
envolvendo servidores estatutários, conforme decisão proferida na ADI n. 3.395-6.

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4 - Caso o servidor estatutário esteja vinculado à União, deverá ajuizar a ação na Justiça
Comum Federal. Sendo servidor estatutário de Estado ou Município, a justiça competente será a
comum estadual (Vara da Fazenda Pública Estadual ou Municipal, a depender da organização
judiciária).

5 - Além disso, também decidiu a jurisprudência que a ação em que profissional liberal cobra
honorários de cliente é da competência da Justiça Comum, conforme a Súmula n. 363 do STJ.

6 - Também não possui competência criminal a Justiça do Trabalho, conforme decisão na ADI
n. 3.684 do STF.

7 - É muito importante destacar ainda as duas Súmulas Vinculantes do STF em matéria de


competência da Justiça do Trabalho. A Súmula Vinculante n. 22 do STF trata da competência para
análise das demandas envolvendo acidentes de trabalho nas ações movidas pelo empregado em
face do empregador. Essas ações, que antes eram da competência da Justiça Comum e com a EC n.
45/2004 passaram à Justiça do Trabalho, foram remetidas para a Justiça Especializada, de acordo
com o entendimento da Súmula Vinculante n. 22 do STF: as que já tinham sentença continuaram
na Justiça Comum; as que ainda não estavam sentenciadas foram remetidas para a Justiça do
Trabalho.

8 - Já a Súmula Vinculante n. 23 do STF diz que as ações possessórias, quando relacionadas ao


vínculo de emprego, também são da competência da Justiça do Trabalho. Assim, uma ação de
reintegração de posse em decorrência do exercício do direito de greve será analisada pela Justiça
Especializada.

9 - Sobre os conflitos de competência, vale a pena destacar a Súmula n. 420 do TST, que diz
inexistir conflito entre Vara do Trabalho e Tribunal Regional do Trabalho a ele vinculado. Assim,
não há conflito entre Vara do Trabalho de Vitória/ES e Tribunal Regional do Trabalho do Espírito
Santo.

10 - As demandas envolvendo o respeito às normas de saúde e medicina do trabalho


cabem à Justiça do Trabalho, conforme a Súmula n. 736 do STF.

11 - As contribuições previdenciárias incidentes sobre a condenação da Justiça do Trabalho


também cabem à Especializada, conforme o art. 114, VIII, da CF/88, bem como o art. 876 da CLT.
Ocorre que a Súmula Vinculante nº 53 do STF e a Súmula nº 368 do TST afirmam que as
contribuições incidentes sobre o período de trabalho reconhecido em Juízo, não são da
competência da Justiça do Trabalho, ou seja, se o trabalhador laborou sem CTPS assinada e

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conseguiu o reconhecimento do vínculo em juízo, as contribuições que deveriam ter sido pagas
naquele período não serão executadas na justiça especializada.

12 - A Súmula nº 454 do TST, criada em maio de 2014, diz ser da competência material da
Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de
Trabalho (SAT), por ter natureza de contribuição para a seguridade social, destinando-se ao
financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no
trabalho.

13 - O inciso III do art. 114 da CF/88 diz que as ações sobre representação sindical são da
competência da justiça do trabalho, independentemente de serem ajuizadas por sindicatos,
empregados, empregadores, etc. Em suma, não importa quem ajuizou a ação e quem é o réu. O
que importa aqui é a matéria, o que está sendo discutido nos autos, que deve ser relacionado à
representação sindical. Não caia na pegadinha que afirma que “as ações ajuizadas entre sindicatos
são da competência da Justiça do Trabalho”, pois tal afirmação é genérica demais e está errada.

14 - Uma das alterações realizadas na jurisprudência do TST em 2015, sobre o tema


competência material, pode ser vislumbrada na Súmula nº 392 do TST, que trata das ações em que
se pedem danos morais e materiais vinculadas à relação de trabalho. A alteração promovida pelo
TST foi no sentido de deixar claro que a competência persiste mesmo que a ação seja ajuizada por
sucessores e dependentes. Infelizmente, caso ocorra o óbito do empregado, os sucessores e
dependentes poderão ajuizar ação pedindo danos morais e materiais na Justiça do Trabalho.

15 - Outro ponto importante sobre competência material, muito cobrado nas provas de
concursos, é o inciso VII do art. 114 da CF/88, que trata das ações sobre penalidades impostas
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. Se, por exemplo, o MTE – Ministério do
Trabalho e Emprego – fiscaliza ou autua a sua empresa ilegalmente, eventual ação ajuizada para
discutir e desconstruir a autuação será da competência da Justiça do Trabalho.

16 - Por fim, duas súmulas importantes sobre competência material: Súmula nº 300 do TST,
diz que compete à justiça do trabalho as ações sobre indenização decorrente da não inscrição no
PIS, e a Súmula nº 389 do TST que trata da indenização decorrente da não concessão do seguro
desemprego por culpa do empregador, que também deverá ser pleiteada na justiça especializada.

Competência territorial

17 - A primeira informação a ser lembrada é a regra geral do art. 651 da CLT acerca do lugar
para o ajuizamento da ação trabalhista. A regra é o local da prestação dos serviços,

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independentemente do local da contratação. Diferentemente do CPC, não há relevância o local


da contratação ou domicílio, em um primeiro momento.

18 - Se houve transferência, a regra passa a ser o último local da prestação dos serviços.
Assim, se trabalhei em Vitória, São Paulo, Rio de Janeiro e, por fim, fui transferido para Belo
Horizonte, nesta última cidade é que deverei ajuizar a ação trabalhista.

19 - Por tratar-se de competência territorial, portanto relativa, não pode o Magistrado


reconhecer a incompetência de ofício, conforme a Súmula n. 33 do STJ. Assim, por mais errado que
esteja o local do ajuizamento da ação, não poderá o Juiz reconhecer o erro e remeter o processo
para o local correto. Para isso, dependerá obrigatoriamente de provocação da parte.

20 - Somente se o réu alegar a incompetência, no prazo previsto no art. 800, da CLT, é que tal
vício poderá ser reconhecido. Logo, se ajuizei a ação em Vitória/ES quando deveria ajuizar em São
Paulo/SP, o Juiz de Vitória não poderá remeter a ação para São Paulo. Deverá aguardar a defesa do
reclamado e a alegação de incompetência territorial.

21 - Caso não haja a exceção de incompetência pelo reclamado, o local que era incompetente
passará a ser competente, pois ocorrerá a prorrogação da competência. A partir deste momento,
não poderá mais ser alegada a incompetência, permanecendo o processo naquela Vara até o seu
final.

22 - Outra regra importante sobre competência territorial consta no §1º do art. 651 da CLT.
Se o empregado for agente ou viajante comercial, a ação será ajuizada no local em que há sede ou
filial e a esta está subordinado o empregado. Se não houver subordinação, poderá ser ajuizada no
domicílio do empregado ou na localidade mais próxima.

23 - As regras do art. 651 da CLT também se aplicam se o empregado, brasileiro, prestar


serviços no exterior, conforme o § 2º desse dispositivo legal.

24 - Por fim, nos termos do § 3º do art. 651 da CLT, se forem vários os locais de prestação dos
serviços, por ser o empregador móvel, como ocorre no circo, poderá o empregado mover ação no
local da contratação ou da prestação dos serviços, à sua livre-escolha.

25 - Não se admite no processo do trabalho o foro de eleição, isto é, a escolha no contrato –


Art. 63 do NCPC - do local do ajuizamento da ação. Assim, se em um contrato for incluída a
cláusula prevendo o local do ajuizamento da ação, sendo diverso do local da prestação dos
serviços, tal cláusula será nula, já que criada para dificultar ou impedir o ajuizamento da ação, ou

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seja, dificultar o acesso à justiça. A Instrução Normativa nº 39/16 do TST confirma o entendimento
acima, estando de acordo com o princípio da proteção.

QUESTÕES RELACIONADAS À MATÉRIA DA AULA

1. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa
O órgão federal de fiscalização das relações de trabalho impôs penalidade administrativa contra
certa empresa, por violação a determinadas normas de proteção à saúde e à segurança do
trabalhador. A empresa pretende propor ação para impugnar o ato administrativo que lhe impôs a
multa, por entendê-lo ilegal. Nesse caso, a ação deverá ser proposta perante o
a) juiz estadual competente, sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento perante o
juizado especial estadual.
b) juiz estadual competente, não sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento perante o
juizado especial estadual.
c) Tribunal de Justiça competente originariamente para o feito.
d) órgão da justiça do trabalho competente.
e) órgão da justiça federal competente.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A situação é bastante explorada nos concursos públicos,
estando prevista no art. 114, VII da CF, que trata da competência material da Justiça do
Trabalho, para as ações contra penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de
trabalho. Qualquer ação que tenha por finalidade discutir penalidades impostas por tais órgãos,
como o que ocorre na hipótese em tela. As alternativas “a”, “b” e “c” trazem órgãos da justiça
estadual, que não possuem competência, assim como a justiça comum federal. Atenção sempre
para o art. 114 da CF/88, pois os concursos trabalhistas sempre cobram as informações sobre a
competência material.

2. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho


Em relação à competência da Justiça do Trabalho, em conformidade com a Emenda Constitucional
n° 45 de 2004, considere:
I. Compete-lhe a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho,
pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente
de infortúnio no trabalho.

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II. Não lhe compete apreciar pedido de complementação de pensão postulada por viúva de ex-
empregado, ainda que se trate de pedido que deriva do contrato de trabalho.
III. Compete-lhe processar e julgar ação de interdito proibitório proposta por instituição financeira
privada contra o Sindicato dos Trabalhadores da respectiva categoria, por meio da qual se busca
garantir o livre acesso de empregados e de clientes à sua agência bancária em decorrência de
movimento grevista.
IV. Não lhe compete processar e julgar ação ajuizada contra o ex-empregador, pela esposa de
empregado que faleceu em decorrência de acidente do trabalho, postulando dano moral
ocasionado pela morte do trabalhador.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
e) III.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Apenas as assertivas I e III estão corretas, conforme análise
a seguir realizada:
Correta, pois a Súmula nº 454 do TST afirma ser da competência da Justiça do Trabalho a execução
do SAT – Seguro de Acidente de Trabalho.
Errada, pois a OJ 26 da SDI-1 do TST também afirma ser da competência da Justiça do Trabalho o
pedido de complementação de pensão, já que deriva do contrato de trabalho.
Correta, pois em conformidade com a Súmula Vinculante nº 23 do STF que diz ser da competência
da Justiça do Trabalho as ações possessórias em hipóteses de greve.
Errada, pois a competência é da Justiça do Trabalho, conforme Súmula nº 392 do TST.

3. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho


Sobre a competência da Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho e as Súmulas do
Tribunal Superior do Trabalho estabelecem:
a) A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o
empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no
estrangeiro, desde que seja o autor da ação.
b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na
falta, será competente a Vara do domicílio do empregado ou a da localidade mais próxima.

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c) Se o empregado for brasileiro, a Justiça do Trabalho brasileira têm competência para processar e
julgar os dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, ainda que haja convenção
internacional dispondo em contrário.
d) A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições
previdenciárias, em relação às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores,
objeto de acordo homologado, que integram o salário de contribuição, inclusive, no caso de
reconhecimento de vínculo empregatício, quanto aos salários pagos durante a contratualidade.
e) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos
morais e materiais decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de
trabalho e doenças a ele equiparados, ainda que propostas pelos dependentes, desde que
habilitados no Instituto Nacional do Seguro Social ou sucessores do trabalhador falecido.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A informação que consta na letra “B” está totalmente de
acordo com o §1º do art. 651 da CLT, que prescreve as regras de competência territorial na
hipótese de agente ou viajante comercial. Em primeiro lugar, a ação deverá ser ajuizada no local
em que está a sede ou filial a que está subordinado o empregado. Na falta, será competente a vara
do trabalho do domicílio ou localidade mais próxima. As demais assertivas estão erradas. Vejamos:
A) errada, pois o caput do art. 651 da CLT fala que a competência será do local da prestação dos
serviços, sendo o empregado reclamante ou reclamado.
C) errada, pois a §2º do art. 651 da CLT exclui a competência caso haja convenção em sentido
contrário.
D) errada, pois não possui competência a Justiça do Trabalho para recolher as contribuições
incidentes sobre período contratual reconhecido, nos termos da Súmula nº 368 do TST.
E) errada, pois não há necessidade de habilitação perante o INSS, sendo que o tema se encontra
na Súmula 392 do TST.

4. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa
A Constituição Federal de 1988 dispõe expressamente sobre a competência material da Justiça do
Trabalho e, entre essas disposições, NÃO prevê a competência da Justiça do Trabalho para
processar e julgar
a) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores.
b) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à sua jurisdição.
c) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.
d) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.

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e) os crimes contra a organização do trabalho e as causas acidentárias em face do Instituto


Nacional do Seguro Social.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A Justiça do Trabalho não possui competência criminal, em
qualquer situação, como já decidiu o STF, assim como não cabe à justiça especializada o
julgamento de ações contra o INSS para discussão acerca de acidente de trabalho. As demais
situações são de hipóteses de competência material da Justiça do Trabalho, conforme art. 114 da
CF, conforme análise a seguir:
A) de acordo com o inciso III do art. 114 da CF/88.
B) em conformidade com o inciso IV do art. 114 da CF/88.
C) de acordo com o inciso VI do art. 114 da CF e Súmula 392 do TST.
D) em conformidade com o inciso VII do art. 114 da CF/88.

5. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária
Asclépio, residente e domiciliado em Manaus, participou de processo seletivo e foi contratado na
cidade de Brasília, onde se localiza a sede da empresa Orfheu Informática S/A, para trabalhar como
programador, na filial da empresa no Município de Campo Grande. No contrato de trabalho as
partes convencionaram como foro de eleição a comarca de São Paulo. Após dois anos de contrato,
Asclépio foi dispensado por justa causa sem receber nenhuma verba rescisória, retornando para
Manaus. Não concordando com o motivo da sua rescisão, o trabalhador resolveu ajuizar
reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora. Conforme a regra de competência
territorial prevista na lei trabalhista a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho de
a) Brasília, por ser a sede da empresa reclamada.
b) Brasília, por ser o local da contratação.
c) Manaus, local de seu domicílio.
d) Campo Grande, local da prestação dos serviços.
e) São Paulo, foro de eleição contratual.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Aplica-se a regra geral do caput do art. 651 da CLT, que diz
que as ações trabalhistas devem ser ajuizadas no local da prestação dos serviços, que na
hipótese é Campo Grande. Num primeiro momento não é importante o domicílio do empregado,
a sede da empresa, o local da contratação, assim como não é possível no processo do trabalho o
foro de eleição, previsto e aplicável apenas no processo civil (art. 63 do CPC).

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6. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador
A Constituição Federal do Brasil e a Consolidação das Leis do Trabalho instituíram regras sobre
organização e competência da Justiça do Trabalho e dos órgãos que a compõem. Em observância a
tais normas,
a) é competência da Justiça do Trabalho a apreciação de ação proposta por empresa para anulação
de penalidade imposta em auto de infração lavrado por auditor fiscal do trabalho, por
inobservância da cota de contratação de pessoas com deficiência.
b) o Supremo Tribunal Federal, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, interpretou ser da
competência da Justiça do Trabalho a apreciação de demandas entre o Poder Público e seus
servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-
administrativo.
c) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e
reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria simples do
Senado Federal.
d) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes, recrutados
exclusivamente na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.
e) a Justiça do Trabalho passou a ser competente para julgar as ações de indenização por dano
moral decorrentes da relação de emprego somente a partir da Emenda Constitucional n° 45/2004,
visto que o texto original da Constituição Federal de 1988 e a jurisprudência do Tribunal Superior
do Trabalho não admitiam o processamento de tais ações na Justiça Especializada.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A situação mais comum em concursos trabalhistas que
cobram a matéria “competência da justiça do trabalho”, que consta principalmente no art. 114 da
CF, é aquela descrita no inciso VII do dispositivo constitucional. Diz o inciso que será da
competência trabalhista as ações que visam discutir penalidades administrativas impostas pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho, sendo que o principal órgão é o Ministério do
Trabalho através dos seus Auditores Fiscais do Trabalho. Assim, está correta a letra “a”. As demais
estão totalmente erradas, conforme será visto a seguir:
B) O STF decidiu o contrário, ou seja, que a Justiça do Trabalho não possui competência para a
análise de lides envolvendo os estatutários.
C) o TST é formado por 27 minutos, com pelo menos 35 anos e máximo de 65 anos, após
aprovação por maioria absoluta do Senado Federal, conforme art. 111 da CF.
D) os TRTs compõem-se de pelo menos 7 juízes, recrutados preferencialmente na mesma região,
tendo pelo menos 30 anos e no máximo 65 anos, conforme art. 115 da CF.

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E) A Justiça do Trabalho já possuía competência, tanto que a Súmula 392 do TST foi criada em
2003, tratando do assunto.

7. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador
A empresa Olimpos Construções S/A, com sede em Brasília, contratou empregado brasileiro
através de sua sucursal em São Paulo, para gerenciar as obras existentes na Turquia, lugar onde
prestou serviços durante dois anos. Rescindido o contrato o empregado retorna ao Brasil,
pretendendo acionar o seu empregador em razão de créditos trabalhistas que entende devidos.
Nessa situação, conforme regra prevista na Consolidação das Leis do Trabalho,
a) é incompetente a autoridade judiciária brasileira, para conhecer da reclamação trabalhista, que
deveria ser ajuizada na Turquia, local da prestação dos serviços.
b) se houver foro de eleição expressamente previsto no contrato, será este o competente para
conhecer da reclamação trabalhista.
c) será competente para conhecer da ação trabalhista o foro de opção contratual do empregado,
podendo ser o da contratação, da prestação de serviços ou o da demissão.
d) a autoridade judiciária brasileira é incompetente, devendo a ação ser proposta no País em que o
empregado foi contratado.
e) a autoridade judiciária trabalhista brasileira é competente para conhecer da reclamação
trabalhista, salvo se houver Convenção Internacional dispondo em contrário.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A situação consta expressamente no art. 651, §2º da CLT,
que trata do ajuizamento da ação no Brasil pelo brasileiro que trabalhou no exterior, desde que
não haja convenção internacional em sentido contrário. O mais importante é verificar a
existência ou não de convenção internacional sobre o assunto. Este é o detalhe mais importante
para as questões nos concursos trabalhistas. Além disso, lembre-se que não cabe a eleição de
foro no processo do trabalho, isto é, a cláusula em contrato sobre o local do ajuizamento da ação
não é válida, não produz efeitos.

8. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário -Oficial de Justiça
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Brasília e demais cidades-satélite
do Distrito Federal resolve interpor dissídio coletivo de greve, sendo que a competência para
conhecê-lo será
(A) da Vara do Trabalho situada na área do dissídio coletivo.
(B) da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho.
(C) do Ministério Público do Trabalho, junto à Procuradoria Geral do Trabalho.

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(D) da Comissão de Conciliação Prévia intersindical da categoria no Distrito Federal.


(E) do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Distrito Federal, com sede em Brasília.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”.A competência será do TRT da 10ª região, Distrito Federal,
com sede em Brasília, uma vez que o dissídio coletivo está concentrado na área de abrangência
daquele Tribunal, uma vez que se trata de um Sindicato de empresas do Distrito Federal.

9. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário -Oficial de Justiça
Zeus é estivador inscrito e atuando como trabalhador avulso no Porto do Rio de Janeiro. Há alguns
meses ele não tem concordado com os repasses que estão sendo efetuados pelos trabalhos
realizados, entendendo ser credor de diferenças. Consultou um Advogado para ajuizar ação em
face do Órgão Gestor de Mão de Obra e o operador portuário, demanda esta que deverá ser
proposta perante a
(A) Justiça Comum Estadual, porque o trabalhador avulso é considerado autônomo sem vínculo de
emprego com o órgão de mão de obra.
(B) Justiça do Trabalho, ainda que o pedido seja somente de diferenças de repasses.
(C) Justiça do Trabalho, desde que formule pedido principal de reconhecimento de vínculo de
emprego e, acessoriamente de diferenças de repasses.
(D) Justiça Federal, porque a matéria portuária é de segurança do Estado Federativo e, portanto,
de ordem nacional.
(E) Justiça Comum Estadual ou Justiça do Trabalho, visto que se tratando de matéria de relação de
trabalho em sentido amplo, cabe ao trabalhador a opção.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”.A competência é da Justiça do Trabalho em virtude do art.
652, V da CLT, que trata das ações entre trabalhadores e OGMO – órgão Gestor de Mão de Obra,
mesmo que entre eles não exista vínculo de emprego. Vejamos:
Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento:
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou
o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de
trabalho;

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10. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Técnico Judiciário
Péricles pretende ingressar com reclamação trabalhista para receber indenização por danos morais
em face do Banco Horizonte S/A em razão da alegação de assédio moral. Conforme previsão legal
contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho do
local

(A) da sua contratação.


(B) do seu domicílio.
(C) da matriz do Banco empregador.
(D) da prestação dos serviços.
(E) escolhido pelas partes na celebração do contrato.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”.Trata-se de uma questão bem simples sobre a
competência territorial no processo do trabalho, isto é, sobre o local do ajuizamento da ação
trabalhista. Conforme previsto no art. 651 da CLT, a ação deverá ser ajuizada no local da
prestação dos serviços.

11. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Técnico Judiciário

Poseidon prestou concurso público e foi aprovado tomando posse como agente de fiscalização
sanitária no combate ao “mosquito da dengue”, vinculado à Secretaria de Saúde do Estado de
Sergipe, pelo regime jurídico estatutário. Decorridos dezoito meses de serviço, houve atraso no
pagamento de salários e a inadimplência da verba denominada adicional de insalubridade.
Inconformado com a situação, Poseidon pretende ajuizar ação cobrando seus direitos, sendo
competente para processar e julgar a

(A) Justiça Federal, porque embora o servidor seja estadual, a matéria envolve questão de
natureza sanitária de repercussão nacional, relacionada à epidemia do “mosquito da dengue”.
(B) Justiça Comum Estadual, porque envolve todo servidor público estadual, independente do seu
regime jurídico de contratação.
(C) Justiça do Trabalho, porque se trata de ação oriunda da relação de trabalho, abrangido ente de
direito público da Administração pública direta estadual.
(D) Justiça do Trabalho, porque independente do ente envolvido, a matéria discutida relaciona-se
com salários e adicional de insalubridade, portanto direitos de natureza trabalhista.

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(E) Justiça Comum Estadual, porque a relação de trabalho prevista no artigo 114, I da CF, não
abrange as causas entre o Poder Público e servidor regido por relação jurídica estatutária.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”.A situação decorre da decisão do STF na ADI 3395-6, que
decidiu por excluir os estatutários da competência da Justiça do Trabalho. Assim, a ação deve ser
ajuizada na Justiça Comum, sendo a Estadual competente na hipótese pois o servidor é estadual
(Estado de Sergipe). Se o servidor fosse celetista, a competência seria da Justiça do Trabalho.
Mas sendo estatutário, está excluída a competência trabalhista.

12. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário

Hera participou de processo seletivo e foi contratada como música instrumentista da Orquestra do
Banco Ultra S/A, no Município de Itabaiana/SE, onde tem o seu domicílio. No contrato de trabalho
foi estipulado como foro de eleição para propositura de demanda trabalhista o Município de
Aracaju/SE. O banco possui agências em todos estados do Brasil e a sua sede está localizada em
Brasília/DF. Durante os oito meses em que foi empregada do Banco, Hera exerceu suas funções
apenas no Município de Aracaju/SE. Caso decida ajuizar reclamação trabalhista em face de seu ex-
empregador, deverá propor em

(A) Aracaju, porque foi o local da prestação dos serviços.


(B) Aracaju, por ser o foro de eleição previsto em contrato de trabalho.
(C) Itabaiana, porque é o foro do seu domicílio.
(D) Brasília, por estar situada a sede do Banco reclamado.
(E) Aracaju, Itabaiana ou Brasília, dependendo da sua própria conveniência como reclamante.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A questão trata da competência territorial para o
ajuizamento da ação trabalhista, o que está previsto no art. 651 da CLT. Apesar de inúmeras
informações sobre local da contratação, foro de eleição, existência de filiais e sede, a questão é
mais simples do que se imagina: como o empregado trabalhou apenas em Aracaju/SE, este foi o
local da prestação dos serviços, devendo a ação ser ajuizada naquele local, conforme regra geral
do art. 651 da CLT.

13. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário

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Apolo, auditor empregado da empresa de auditoria externa Fenix S/A, foi dispensado por justa
causa diante da alegação de desídia no desempenho das suas funções. O trabalhador pretende
ajuizar reclamatória trabalhista questionando o motivo da rescisão e postulando o pagamento de
verbas rescisórias e horas extraordinárias não remuneradas. No caso, trata-se de empregador que
promove realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho. De acordo com as regras
de competência territorial Apolo deverá ingressar com a ação:
a) Somente no local da prestação de serviços.
b) No foro de celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
c) Não havendo regras na Consolidação das Leis do Trabalho sobre a matéria, poderá escolher
qualquer comarca do Estado em que tem seu domicílio.
d) No foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.
e) Na sede da empresa ou na capital do Estado em que ocorreu a contratação.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”.a situação em que o empregador promove a realização dos
serviços fora do local do contrato de trabalho é especial, previsto no §3º do art. 651 da CLT,
dispositivo celetista que trata da competência territorial no processo do trabalho. Na hipótese, a
ação poderá ser ajuizada no local da contratação ou no local da prestação dos serviços.

14. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa
Os órgãos do Poder Judiciário possuem competência própria fixada na lei, seja em relação à
matéria ou quanto às pessoas. Assim, a Justiça do Trabalho é competente para apreciar e julgar
a) ações que envolvam direito de greve.
b) execuções de contribuições de Imposto de Renda dos trabalhadores que não declararam seus
rendimentos salariais durante o contrato de trabalho.
c) ações de natureza previdenciária relativas ao benefício da aposentadoria por invalidez.
d) as causas em face da União relativas a direitos humanos cuja violação decorre de
descumprimento de tratado internacional.
e) crimes contra organização do trabalho, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-
financeira.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”.As ações relacionadas ao exercício do direito de greve
constam no inciso II do art. 114 da CF/88, como da competência da Justiça do Trabalho. As

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demais situações não se enquadram naquele dispositivo legal, não possuindo a Justiça do
Trabalho competência criminal ou para discussão sobre benefícios previdenciários.

15. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: ELETROBRAS-ELETROSUL Prova: Direito


Em relação à competência da Justiça do Trabalho, conforme normas previstas na Consolidação das
Leis do Trabalho aplicáveis a matéria,
a) a regra da competência das Varas do trabalho é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.
b) a competência da Vara do Trabalho se dá pelo local em que o empregado tenha domicílio, como
regra, em razão do princípio da proteção ao trabalhador.
c) quando for parte na ação agente ou viajante comercial, a competência da Vara do Trabalho será
determinada pelo local onde está sediada a matriz da empresa.
d) não compete à Vara do Trabalho o julgamento dos dissídios resultantes de contratos de
empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o órgão Gestor de Mão
de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho não estão abrangidas na competência da
Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Comum Federal.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”.A informação sobre a competência territorial no processo
do trabalho está em conformidade com o art. 651 da CLT, que prevê o local da prestação dos
serviços como o competente para julgar as ações trabalhistas, mesmo que a contratação tenha
sido realizada em outro lugar, até mesmo no estrangeiro.

16. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista Judiciário
A competência é considerada como medida da jurisdição. Em se tratando de competência
territorial das Varas do Trabalho, a regra geral prevista na Consolidação das Leis do Trabalho é
fixada
a) pelo local onde foi realizada a contratação.
b) pelo domicílio eleitoral do empregado.
c) pelo domicílio civil do empregador, quando esse for pessoa física.
d) pela matriz da empresa pública, na capital do Estado onde é a sede do Tribunal Regional.
e) pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador.

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COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra sobre o local do ajuizamento da ação, ou seja, da
competência territorial, encontra-se prevista no art. 651 da CLT, sendo o local da prestação dos
serviços, o que está previsto expressamente na letra “E”. Vejamos:

“Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é


determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou
reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro”.

17. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista Judiciário
- Área Judiciária. Os normativos constitucionais NÃO atribuem competência material à Justiça
do Trabalho para processar e julgar
a) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.
b) o dissídio coletivo ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho no caso de greve em atividade
essencial, com possibilidade de lesão do interesse público.
c) as ações que apuram os crimes contra a organização do trabalho e envolvendo retenção dolosa
de salários e contribuições previdenciárias.
d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
e) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. O STF já decidiu, após a EC 45/04, que o TST não possui
competência criminal, em sede da ADI nº 3684, cuja ementa segue abaixo:

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Justiça do Trabalho. Ações penais.


Processo e julgamento. Jurisdição penal genérica. Inexistência.
Interpretação conforme dada ao art. 114, incs. I, IV e IX, da CF, acrescidos
pela EC nº 45/2004. Ação direta de inconstitucionalidade. Liminar deferida
com efeito extunc. O disposto no art. 114, incs. I, IV e IX, da Constituição
da República, acrescidos pela Emenda Constitucional nº 45, não atribui à
Justiça do Trabalho competência para processar e julgar ações penais. (ADI
3684 MC, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em
01/02/2007, DJe-072 DIVULG 02-08-2007 PUBLIC 03-08-2007 DJ 03-08-

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2007 PP-00030 EMENT VOL-02283-03 PP-00495 RTJ VOL-00202-02 PP-


00609 LEXSTF v. 29, n. 344, 2007, p. 69-86 RMP n. 33, 2009, p. 173-184)

18. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário
Há previsão legal atribuindo aos órgãos judiciais as questões que devem estar afetas ao seu
julgamento, assim como os órgãos judiciais trabalhistas têm traçados em lei os seus poderes para
conhecer e solucionar as lides. Sobre o tema, conforme ordenamento jurídico é INCORRETO
afirmar:
a) Como regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.
b) Compete às Varas Cíveis da Justiça Federal julgar as ações envolvendo trabalhadores portuários
e os operadores portuários ou Órgão Gestor de Mão de Obra − OGMO, decorrentes da relação de
trabalho, por envolver questão estratégica nacional.
c) A Justiça do Trabalho tem competência para analisar e decidir sobre as ações relativas às
penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações
de trabalho.
d) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou
patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.
e) É da competência das Varas do Trabalho conhecer e julgar os dissídios resultantes de contratos
de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”.A letra “B” traz uma informação incorreta sobre a
competência da Justiça do Trabalho, ao afirmar que as ações envolvendo o OGMO seriam da
Justiça Comum, o que contraria o art. 652 da CLT. Tais ações são da competência da Justiça do
Trabalho, mesmo que os trabalhadores são sejam empregados do OGMO – órgão gestor de mão
de obra.

19. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário
Conforme norma constitucional é competência da Justiça do Trabalho processar e julgar
a) ação de reparação por dano material em face do órgão previdenciário em razão de não
concessão de aposentadoria por invalidez.
b) demanda possessória envolvendo um sindicato de categoria profissional que alega ser
proprietário do prédio onde está estabelecido o Sindicato da respectiva categoria econômica.

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c) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.
d) execuções, de ofício, de imposto de renda dos diretores não empregados de sociedades
anônimas que mantém relação de trabalho com essas empresas.
e) ação ordinária de trabalhador em face da Caixa Econômica Federal em razão de não ter sido
autorizada movimentação de sua conta vinculada do FGTS.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”.A hipótese prevista no inciso VII do art. 114 da CF/88 é a
mais cobradas em concursos. Trata-se da competência da Justiça do Trabalho para processar e
julgar as ações que visam impugnar as penalidades administrativas impostas pela fiscalização do
trabalho, como o Ministério do Trabalho.

20. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista Judiciário -
Área Judiciária Conforme previsão legal, uma ação de indenização por danos materiais e
morais em razão de acidente de trabalho sofrido pelo empregado, por negligência do
empregador, que tenha lhe ocasionado sequelas, deve ser proposta na Vara
Parte superior do formulário
a) Acidentária da Justiça Estadual da comarca em que o autor tem o seu domicílio.
b) Acidentária da Justiça Federal da comarca em que a empresa tem a sua sede.
c) do Trabalho da comarca em que foi celebrado o contrato de trabalho.
d) do Trabalho da comarca onde houve a prestação dos serviços.
e) Acidentária da Justiça Estadual ou do Trabalho da comarca em que se situa a sede da empresa, a
critério do autor interessado.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A competência material é da Justiça do Trabalho, tendo
em vista que a ação é movida por empregado em face de empregador, sendo que o art. 114, VI
da CF/88 prevê a Justiça do Trabalho como competente. Além disso, a ação será movida na Vara
do Trabalho do local da prestação dos serviços, conforme regra prevista no art. 651 da CLT, que
trata da competência territorial.

21. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista Judiciário -
Área Judiciária. O viajante comercial Odin pretende mover ação trabalhista em face da sua
empregadora Empresa Pública Delta S/A, por entender que o seu gerente cometeu ato ilícito
que lhe feriu a honra e boa fama, postulando indenização por danos morais no valor de R$

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100.000,00, cumulada com pedido de pagamento de diferenças de comissões ajustadas no


valor de R$ 5.000,00. Segundo regras contidas em legislação própria quanto à competência
territorial, a ação deve ser proposta na Vara
Parte superior do formulário
a) do local onde foi celebrada a sua contratação.
b) da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja
subordinado.
c) do foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.
d) da Justiça Federal da Capital do Estado onde a ré tenha sede, por se tratar de empresa pública.
e) do foro de celebração do contrato ou no foro de domicílio do gerente que lhe ofendeu, em
razão de ser esse o principal pedido do autor.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Na qualidade de viajante comercial, aplica-se o §1º do art.
651 da CLT, que é o local da agência ou filial a que está subordinado o empregado. Vejam que a
resposta não é “local da prestação dos serviços”, porque não estamos na regra geral, mas em uma
exceção que é o viajante comercial. Vamos ao dispositivo legal:

“§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a


competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência
ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será
competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio
ou a localidade mais próxima”.

22. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista Judiciário -
Área Judiciária. Conforme normas contidas na Constituição Federal brasileira, a competência
da Justiça do Trabalho abrange
Parte superior do formulário
a) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre
autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro, ou do Distrito Federal, ou entre as
deste e da União.
b) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.
c) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.
d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema
financeiro e a ordem econômico-financeira que possam interferir nas relações de trabalho.

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e) as ações que visam dirimir conflitos fundiários, por meio de Varas especializadas com
competência exclusiva que serão criadas pelo Tribunal competente.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Talvez um dos pontos mais cobrados em concursos da FCC
sobre a competência da Justiça do Trabalho, que está contida no art. 114, VII da CF, incluído pela
EC 45/04, que trata das ações em se discutem as penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização
das relações de trabalho, como o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Vejamos:

“VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos


empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho”;

23. TRT/SP – 2013: Mateus, residente na cidade de São Bernardo do Campo, foi contratado em
Diadema para trabalhar como Auxiliar Administrativo da Empresa Tudo Azul Ltda., cuja matriz
está sediada em São Caetano do Sul. Após dois anos de contrato prestado na filial da empresa
em São Paulo, foi dispensado, mesmo tendo informado ao empregador que está em vias de se
aposentar. Mateus decidiu ajuizar reclamação trabalhista requerendo sua reintegração ao em-
prego por estabilidade pré aposentadoria. No presente caso, a Vara do Trabalho competente
para processar e julgar a demanda é a do município de
(A) São Paulo, por ser o local da prestação de serviços.
(B) São Caetano do Sul, em razão de ser a matriz da empresa empregadora.
(C) São Paulo, porque, neste caso, a comarca competente é a Capital do Estado.
(D) São Bernardo do Campo, por ser o local da residência do trabalhador.
(E) Diadema, porque foi o local da contratação do trabalhador.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A questão é bem simples. Geralmente a FCC traz diversas
informações que não servem para nada, tais como: domicílio do trabalhador, sede da empresa,
local da contratação, etc. O que interessa mesmo, conforme dicção do art. 651 da CLT, é o local da
prestação dos serviços, que na situação posta foi São Paulo. Vejam a parte que interessa da
questão:

“Após dois anos de contrato prestado na filial da empresa em São Paulo”;

Se o trabalho foi prestado em São Paulo, nos termos do art. 651 da CLT, a ação deve ser proposta
naquele local, assim como consta na letra “A”.

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24. TRT/SP – 2013: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar


I. as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre
sindicatos e empregadores.
II. a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e
aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam
direta ou indiretamente interessados.
III. os conflitos e atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre
autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as
deste e da União.
IV. as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho. ==1b662==

Está correto o que consta em


(A) I e III, apenas.
(B) I, apenas.
(C) II e IV, apenas.
(D) I e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. As questões sobre competência material da Justiça do
Trabalho, nos termos do art. 114 da CF, antes mais comuns, ainda continuam a ser exigidas nas
provas, como a que agora se analise. Pelo gabarito da FCC, estão corretas as assertivas I e IV.
Vejamos abaixo a análise individual:
Correta, pois a ação é da competência da Justiça do Trabalho, conforme inciso III do art. 114 da
CF/88.
Errada, pois nesse caso a competência será do STF, conforme art. 102, I, “n”, da CF.
Errada, pois os conflitos entre órgãos administrativos não são da competência da Justiça do
Trabalho, que se encarrega apenas dos conflitos entre órgãos judiciários.
Correta, pois de acordo com o art. 114, VII da CF/88.

25. TRT/GO – 2013: Lucas, residente em Brasília, foi contratado pela empresa Thor Industrial, em
sua filial da cidade de Catalão, para trabalhar como viajante comercial. Durante o contrato de
trabalho prestou serviços em várias cidades do Estado de Goiás e no Distrito Federal, sempre
subordinado à diretoria comercial regional de Catalão. A sede da empresa está localizada na
cidade de Goiânia. Após quatro anos, foi dispensado sem receber saldo salarial, férias vencidas

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e verbas rescisórias. A competência territorial para o ajuizamento da reclamação trabalhista é


de
(A) Catalão, por ser a cidade da filial em que ele esteve subordinado.
(B) qualquer cidade onde ele tenha trabalhado, exceto Brasília por pertencer ao Distrito Federal.
(C) Brasília, por ser a Capital Federal do Brasil.
(D) Goiânia, por ser a sede da empresa empregadora.
(E) Goiânia, Catalão ou Brasília, sendo que a escolha será da empresa empregadora.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A regra sobre competência territorial no processo do
trabalho encontra-se no art. 651 da CLT. Em relação ao agente ou viajante comercial, há norma
explícita no §1º do mencionado artigo, dispondo que a demanda trabalhista será ajuizada no local
em que houver agência ou filial e a ela estiver subordinado o empregado. No exemplo, a
subordinação existia com a diretoria de Catalão, razão pela qual ali deve ser ajuizada a ação
trabalhista. Transcreve-se o §1º do art. 651 da CLT:

“Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência


será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a
esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta
da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais
próxima”.

26. (Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Segundo normas legais contidas na Consolidação das
Leis do Trabalho sobre competência das Varas e dos Tribunais do Trabalho é INCORRETO
afirmar:
a) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO decorrentes da
relação de trabalho.
b) O empregado poderá apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da
prestação dos respectivos serviços quando o empregador promover a realização de atividades fora
do lugar do contrato de trabalho.
c) A competência dos Tribunais Regionais nos casos de dissídio coletivo determina-se pelo local
onde este ocorrer ou pela sede da empresa envolvida no conflito, cabendo a escolha ao sindicato
da categoria econômica.
d) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da Comarca em que tem sede,
só podendo ser estendida ou restringida por lei federal.

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e) As Varas do Trabalho são competentes para processar e julgar os dissídios resultantes de


contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “C”. A competência para o julgamento de dissídio coletivo,
que poderá ser do TRT ou do TST, é definida pela extensão do mesmo, ou seja, se as categorias
em dissídios abrangem área relativa a um TRT ou superior. Quando se tem, por exemplo, greve
nacional dos Correios, o dissídio coletivo é da competência do TST, pois superior à competência
dos TRTs. Não há que se falar em definição de competência em dissídio coletivo pela sede da
empresa envolvida, pois essa informação é irrelevante para a definição do tribunal competente.

27. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) A empresa Delta Participações sofreu fiscalização de
natureza trabalhista, ocasião em que o agente fiscal da Delegacia Regional do Trabalho
verificou irregularidade e lavrou auto de infração com aplicação de multa administrativa. A
empresa resolveu questionar judicialmente essa penalidade administrativa, sendo da
competência material da Justiça
a) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia Regional do Trabalho.
b) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal, vinculada ao Ministério do
Trabalho.
c) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu novas competências e criou
dispositivo específico prevendo essa matéria.
d) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador e empregado.
e) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de discussão de ato de agente
público.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A questão vivenciada aqui se encontra disposta no art.
114, VII da CF/88, que trata da competência material da Justiça do Trabalho para “as ações
relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização
das relações de trabalho”. Na hipótese afirmada pela FCC, a empresa sofreu autuação da
Delegacia Regional do Trabalho, que é o órgão incumbido da fiscalização das relações de
trabalho. As ações que busquem a discussão acerca da autuação, se correta ou não, são da
competência da Justiça do Trabalho, já que a Emenda Constitucional nº 45/04, criou o dispositivo
acima mencionado, tudo em conformidade com a letra “C” da questão.

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28. TRT/BA – 2013: Joana foi contratada em Salvador (BA) pela empresa Moça Bonita Indústria de
Confecções Ltda., para prestar serviços em Juazeiro (BA). Considerando que Joana reside em
Petrolina (PE), eventual reclamação trabalhista que Joana pretenda ajuizar deverá ser
distribuída para uma das Varas do Trabalho de
(A) Salvador, que é o local da contratação.
(B) Juazeiro, que é o local da prestação dos serviços.
(C) Petrolina ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local do domicílio do empregado ou no da
prestação dos serviços.
(D) Salvador ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local da contratação ou no da prestação
dos serviços.
(E) Petrolina, que é o local do domicílio da trabalhadora.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Segue a regra do art. 651 da CLT, de que a ação
trabalhista é ajuizada no local da prestação dos serviços, independentemente do local da
contratação ou domicílio do reclamante. No caso em tela, o trabalho foi desenvolvido em
Juazeiro/BA, que é o único local competente, conforme letra “B”. Geralmente nessas questões
são inseridos dados como local da contratação e domicílio apenas para confundir o candidato.
Mantenha-se firme e marque o local da prestação dos serviços.

29. TRT/BA – 2013: A competência da Justiça do Trabalho foi ampliada pela Emenda Constitucional
45/2004, tendo sido definidas pelo legislador constituinte hipóteses que, até então, geravam
diversas discussões. NÃO se inserem, porém, nesse contexto de ampliação da competência
material da Justiça do Trabalho as ações
(A) envolvendo o exercício do direito de greve.
(B) que visam discutir penalidades administrativas impostas aos empregadores pelo INSS, em
relação às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de pagamento.
(C) em que se pleiteia indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de
trabalho.
(D) que versem sobre questões relativas a representação sindical, entre sindicatos, entre
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.
(E) decorrentes da relação de trabalho mantidas com entes de direito público externo.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Um dos temas mais cobrados em concursos da FCC sobre
competência material da Justiça do trabalho é o inciso VII do art. 114 da CF/88, assim redigido:

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“as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos


empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho”.

Percebam que a Justiça do Trabalho possui competência para as ações em que se discuta
eventual penalidade administrativa imposta por órgão de fiscalização das relações de trabalho,
como o MTE. A questão diz que a competência seria para ações em que se discuta penalidade
imposta pelo INSS em relação às contribuições previdenciárias devidas. A Justiça do Trabalho
não possui competência para tanto. Trata-se de uma “boa pegadinha”.

30. TRT/BA – 2013: Fernando, residente em Camaçari, foi contratado em Salvador para trabalhar
na filial da empresa Ao Homem Elegante Comércio de Roupas Ltda. que fica em Feira de
Santana. Considerando que a sede da empresa fica em São Paulo, de acordo com as regras
sobre competência territorial previstas em lei, a competência para o ajuizamento de
reclamação trabalhista por Fernando em face do ex-empregador é de uma das Varas do
Trabalho de
(A) São Paulo.
(B) Feira de Santana.
(C) qualquer uma das localidades, à escolha de Fernando.
(D) Camaçari.
(E) Salvador.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A resposta aqui era simples: bastava lembrar que a ação
trabalhista é proposta no local da prestação dos serviços, independentemente do local da
contratação. No exemplo, o trabalho ocorreu em Feira de Santana, razão pela qual esse é o local
competente, conforme letra “B”. A regra encontra-se no art. 651 da CLT, que precisa ser lido e
relido para as provas.

31. TRT/AL – 2013: Ricardo foi contratado pela empresa “Fazenda Ltda.”, para exercer a função de
montador de estande em feiras agropecuárias. Considerando que Ricardo reside em Marechal
Deodoro e que a sede da empresa é em Maceió, local da celebração do contrato, bem como
que as feiras agropecuárias não ocorrem na referida capital e sim em diversas cidades
interioranas, segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, eventual reclamação trabalhista, no
tocante à competência territorial deverá ser ajuizada
(A) obrigatoriamente em Marechal Deodoro.

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(B) obrigatoriamente em Maceió.


(C) obrigatoriamente no local em que prestou serviços em último lugar.
(D) em Maceió ou Marechal Deodoro.
(E) em Maceió ou no local da prestação dos respectivos serviços.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra acerca da competência territorial, neste caso
específico, será a que consta no art. 651, §3º da CLT, haja vista que a empresa desenvolve as
atividades em diversos lugares, ou seja, fora do local da contratação. Vejamos o dispositivo legal:

“Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora


do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos
respectivos serviços”.

O contrato foi celebrado em Maceió e os serviços prestados em vários locais. Assim, poderá a
ação ser ajuizada em Maceió ou no local da prestação dos respectivos serviços, conforme letra
“E” da questão.

32. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Athenas, residente na cidade de Apucarana, foi
contratada em Londrina para trabalhar como secretária da Diretoria Comercial da Empresa de
Turismo Semideuses Ltda., cuja matriz está sediada em Cascavel. Após dois anos de contrato
prestado na filial da empresa em Curitiba, foi dispensada, embora tenha avisado o seu
empregador que estava grávida. Athenas decidiu ajuizar ação reclamatória trabalhista
postulando a sua reintegração por estabilidade de gestante. No presente caso, a Vara do
Trabalho competente para processar e julgar a demanda é a do município de
a) Londrina, porque foi o local da contratação da trabalhadora.
b) Cascavel, em razão de ser a matriz da empresa empregadora que é ré na ação.
c) Curitiba, porque nesse caso a comarca competente é a Capital do Estado.
d) Apucarana, por ser o local da residência da trabalhadora.
e) Curitiba, por ser o local da prestação dos serviços.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra acerca da competência territorial no processo do
trabalho encontra-se no art. 651 da CLT, que prevê ser competente a Vara do Trabalho do local da

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prestação dos serviços. Pouco importa o local da contratação, da sede da empresa ou do domicílio
do empregado, pois a regra geral leva em consideração o local da prestação dos serviços, apenas.
Na hipótese, a ação deverá ser ajuizada em Curitiba, pois a questão afirma que a obreira trabalhou
dois anos naquela cidade, antes de ser demitida injustamente. Transcreve-se o dispositivo da CLT,
pois sempre é cobrado nas provas da FCC.

“Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é


determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou
reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de
1988)
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência
ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será
competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio
ou a localidade mais próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de
27.10.1999) (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção
internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988) §
3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades
fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da
prestação dos respectivos serviços”.

As demais assertivas, como tratam do mesmo assunto, não precisam ser analisadas em separado.

33. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Conforme normas legais que regulam a matéria, a
competência da Justiça do Trabalho EXCLUI a análise e julgamento de ações
a) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores.
b) oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores por órgãos de fiscalização
das relações de trabalho.
d) de indenizações por danos morais e também danos materiais ou patrimoniais, decorrentes da
relação de trabalho.

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e) penais para apuração de crimes contra a organização do trabalho, incluindo trabalho escravo e
trabalho infantil irregular.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A Justiça do Trabalho não possui competência criminal,
mesmo paras os crimes contra a organização do trabalho, trabalho escravo e trabalho infantil. O
STF decidiu na ADI nº 3684 que a Justiça do Trabalho não possui competência criminal, de forma
alguma, para nenhum crime.

Letra “A”: correto, nos termos do art. 114, III da CF/88.


Letra “B”: correto, nos termos do art. 114, I da CF/88.
Letra “C”: correto, nos termos do art. 114, VII da CF/88.
Letra “D”: correto, nos termos do art. 114, VI da CF/88.

34. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Quanto à organização e competência da Justiça do
Trabalho, conforme previsões contidas na Constituição Federal e na Consolidação das Leis do
Trabalho, é correto afirmar que
a) compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar originalmente o pedido de medida
cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.
b) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, nomeados pelo
Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.
c) não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades
administrativas impostas às empresas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
d) não compete à Vara do Trabalho processar e julgar os conflitos resultantes de contratos de
empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice e não discuta verbas da relação de
emprego.
e) em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato
de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro de celebração do
contrato ou naquela da prestação dos respectivos serviços.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra geral acerca da competência territorial encontra-se
prevista no art. 651 da CLT, que trata do local da prestação dos serviços. Contudo, o §3º daquele
dispositivo versa que:

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“Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora


do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos
respectivos serviços”.

Percebe-se que se trata da redação da letra “E”, considerada correta. Nessa hipótese, em que se
encaixa o Circo como empregador, o empregado poderá optar pelo local da contratação ou
prestação dos serviços para ajuizamento da reclamação trabalhista, já que a empresa se desloca
como um todo enquanto há a prestação dos serviços.

Letra “A”: incorreto, pois se cabe ao STF o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade,
também cabe àquele Tribunal o julgamento da ação cautelar, pois ser acessória àquela primeira.
Letra “B”: incorreto, pois o art. 115 da CF/88 não fala em aprovação pelo Senado Federal.
Letra “C”: incorreto, pois essa competência está inserida no art. 114, VII da CF/88.
Letra “D”: incorreto, pois o art. 652, III da CLT confere tal competência para a Justiça do
Trabalho.

35. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Minerva, domiciliada no município de Duque de
Caxias, foi contratada no município de Resende para trabalhar na empresa Olimpo
Empreendimentos. Durante todo o contrato de trabalho trabalhou no município de Friburgo,
sede da sua empregadora. Após três anos de labor, Minerva foi dispensada. Para receber as
verbas rescisórias que não foram pagas, a comarca competente para o ajuizamento de
reclamação trabalhista é a do município de
a) Resende, porque é o local onde foi firmado o contrato de trabalho.
b) Friburgo, porque é o local da prestação dos serviços da trabalhadora.
c) Duque de Caxias, porque é o local do domicílio da reclamante.
d) Rio de Janeiro, porque, além de ser a Capital do Estado, é a sede do Tribunal Regional do
Trabalho da 1a Região.
e) Duque de Caxias, Resende ou Friburgo, pois não há regra na CLT - Consolidação das Leis do
Trabalho regulando a competência territorial.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Mais uma questão que leva em consideração a regra do
art. 651 da CLT, que trata do local da prestação dos serviços como o competente para o
ajuizamento da reclamação trabalhista. Pouco importa o local da contratação ou o domicílio do

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empregado, e sim, o local da prestação dos serviços, que na hipótese é Friburgo. As demais
alternativas não precisam ser analisadas, pois tratam do mesmo assunto.

36. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito
Processual do Trabalho / Organização da Justiça do Trabalho; Competência; ) Sobre a
organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, nos termos da legislação vigente,
é correto afirmar que
a) a Justiça do Trabalho não é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação
de trabalho, visto que por envolver trabalho marítimo a competência é da Justiça Federal.
b) a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado,
reclamante ou reclamado, foi contratado, independentemente do local onde prestou seus serviços
ao empregador.
c) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.
d) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente
da República após aprovação pela maioria simples do Congresso Nacional.
e) a Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar a execução, de ofício, das
contribuições sociais previdenciárias e de imposto de renda, decorrentes das sentenças que
proferir.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A resposta correta da FCC encontra-se no art. 112 da CF/88,
sendo esse um dos artigos mais cobrados em provas de concursos trabalhistas, quando o assunto é
organização/competência da Justiça do Trabalho. Transcreve-se o mesmo, que deve ser decorado:

“A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não


abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso
para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho”.

Percebe-se que, apesar do Juízo que proferiu a decisão ser da justiça comum estadual, o recurso
será dirigido ao TRT.

Letra “A”: incorreto, pois tal competência está expressa no art. 652, V da CLT.

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Letra “B”: incorreto, pois o art. 651 da CLT diz que a competência é da Vara do Trabalho do local da
prestação dos serviços.
Letra “D”: incorreto, pois o art. 111-A da CF fala em maioria absoluta do Senado Federal.
Letra “E”: incorreto, pois o art. 114, VIII da CF/88 não inclui a execução do imposto de renda.

37. ( Prova: FCC – 2013 – TRT – 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) A Constituição Federal e a Consolidação das Leis do
Trabalho NÃO inserem na competência das Varas do Trabalho a apreciação e julgamento dos
dissídios e ações
a) em que se pretenda estabilidade no emprego.
b) coletivas de natureza econômica e jurídica, originalmente.
c) resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
d) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores.
e) para a execução de contribuições previdenciárias decorrentes de suas sentenças condenatórias.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. As ações coletivas de natureza econômica e jurídica a que
se refere a FCC, são os dissídios coletivos. Tais ações realmente não são da competência das Varas
do Trabalho, e sim, dos Tribunais, podendo ser de competência originária dos TRTs ou do TST, a
depender da extensão das categorias em conflito.

Letra “A”: errada, pois o art. 652, I da CLT prevê tal competência.
Letra “C”: errada, pois o art. 652, III da CLT prevê tal competência.
Letra “D”: errada, pois o art. 114, III da CF traz tal competência.
Letra “E”: errada, pois o art. 114, VIII da CF e a Súmula nº 368, I do TST narram tal competência.

38. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Hércules, morador de Nova Iguaçu, foi contratado
em Angra dos Reis para trabalhar na empresa Beta & Gama Produções, localizada no município
do Rio de Janeiro. Após oito meses de trabalho foi dispensado sem justa causa. Na presente
situação, a competência territorial para ajuizar reclamação trabalhista questionando o motivo
da rescisão contratual e postular indenização por danos morais é do município
a) do Rio de Janeiro, porque é a Capital do Estado e há pedido de indenização por danos morais.
b) de Nova Iguaçu, porque é o local do domicílio do reclamante.
c) de Angra dos Reis, porque é o local onde o trabalhador foi contratado.

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d) do Rio de Janeiro, porque é o local da prestação dos serviços do empregado.


e) de Nova Iguaçu ou Angra dos Reis, sendo opção do reclamante por atender a sua conveniência.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Uma vez mais a questão se refere ao local do ajuizamento
da ação trabalhista, qual seja, o da prestação dos serviços, conforme art. 651 da CLT. Na questão,
o local da prestação dos serviços foi o Rio de Janeiro, razão pela qual ali deverá ser ajuizada a
demanda, independentemente do local da contratação ou do domicílio do empregado. As
demais alternativas tratam do mesmo assunto, razão pela qual não precisam ser analisadas
individualmente.

39. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Nos termos das previsões da Constituição Federal e
da Consolidação das Leis do Trabalho, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
a) as demandas que envolvam as questões relativas aos benefícios da Previdência Social, sendo
partes o trabalhador e o INSS.
b) as contas prestadas anualmente pelo Ministro do Trabalho e Emprego, mediante parecer prévio
que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.
c) originalmente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema
financeiro e a ordem econômico-financeira.
e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão
de Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A competência para julgar as demandas envolvendo
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o OGMO está descrita no art. 652, V da
CLT, nos seguintes termos:

“Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento: (Vide


Constituição Federal de 1988) a) conciliar e julgar: (...)
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou
o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de
trabalho; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)”.

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Letra “A”: tais demandas estão inseridas na competência da Justiça Comum Federal, conforme art.
109, I da CF/88.
Letra “B”: a prestação de contas do Ministro do Trabalho não se insere na competência da Justiça
do Trabalho (art. 114 da CF/88 e Art. 652 da CLT)
Letra “C”: a Justiça do Trabalho não possui competência para as ações do controle concentrado de
constitucionalidade.
Letra “D”: nos termos da ADI 3684 do STF, a Justiça do Trabalho não possui competência
criminal.

40. ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência; ) É
da competência da Justiça do Trabalho:
a) Habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição.
b) Demanda envolvendo servidor público estatutário e exercício do direito de greve.
c) Mandado de segurança quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e
conflito de competência com o Superior Tribunal de Justiça em matéria trabalhista.
d) Mandado de injunção quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e
ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho.
e) Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores e ações relativas às penalidades tributárias e administrativas impostas
aos empregadores por órgãos de fiscalização.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência para o habeas corpus e habeas data estão
insertas no art. 114, IV da CF/88, assim redigido:

“os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato


questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição”;

Letra “B”: as demandas envolvendo estatutários não são da competência da Justiça do Trabalho,
conforme ADI 3395-6 do STF.
Letra “C”: o conflito com o STJ será julgado pelo STF.
Letra “D”: o mandado de injunção não se encontra na competência estabelecida no art. 114 da
CF/88.
Letra “E”: as penalidades tributárias não são da competência da Justiça do Trabalho.

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41. Prova: FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do
Trabalho / Competência; ) Carmem Lúcia, moradora da cidade satélite Gama, foi contratada
pela Sede da empresa especializada em cerimônia matrimonial “Casar Ltda.”, em Brasília, para
exercer a função de costureira. Após a sua contratação, Carmem Lúcia exerceu primeiramente
suas atividades na filial da empresa na cidade de Vitória - Espírito Santo. Após 1 ano, foi
transferida para a cidade satélite Palmas e, há 5 anos, foi novamente transferida para outra
filial da empresa na cidade satélite Taguatinga, local em que exerce suas funções. Porém,
Carmem Lúcia vem sofrendo assédio moral praticado pelo seu superior hierárquico no
ambiente de trabalho. Tal assédio está tornando insustentável a manutenção do contrato de
trabalho. Assim, Carmem Lúcia pretende ajuizar Reclamação Trabalhista visando à rescisão
indireta do seu contrato de trabalho. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho,
Carmem Lúcia deverá ajuizar tal ação
a) em Brasília ou na cidade satélite Taguatinga.
b) em Brasília.
c) na cidade satélite Gama ou em Brasília.
d) tanto em Vitória, como nas cidades satélites de Palmas ou Taguatinga.
e) na cidade satélite Taguatinga.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Como vocês já sabem, a regra do art. 651 da CLT prescreve
que a ação trabalhista será ajuizada no local da prestação dos serviços. Na hipótese da questão, a
empregada prestou serviços em mais de uma localidade, sendo transferida por diversas vezes. O
último local de prestação dos serviços foi Taguatinga, razão pela qual ali deverá ser ajuizada a
demanda. Esse é o entendimento majoritário: havendo transferências, a ação será ajuizada no
último local da prestação dos serviços.
Não há necessidade de analisar as demais alternativas, pois tratam do mesmo assunto.

42. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do
Trabalho / Competência; ) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
a) as ações que envolvam exercício do direito de greve.
b) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho (Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da
Previdência Social).
c) a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, CF, e seus
acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir e relativas ao período de vínculo
empregatício reconhecido por sentença.

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d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da


administração pública direta da União, dos Estados e do Distrito Federal.
e) as ações sobre questões sindicais envolvendo sindicatos e trabalhadores e sindicatos e
empregadores.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. As ações que decorrem do exercício do direito de greve são
da competência da Justiça do Trabalho, nos termos do art. 114, II da CF/88. Além disso, temos
também a Súmula Vinculante nº 23 do STF, que possui a seguinte redação:

“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação


possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos
trabalhadores da iniciativa privada”.

Letra “B”: não se incluem as penalidades impostas pelo Ministério da Previdência Social, e sim,
apenas do Ministério do Trabalho e Emprego, pois esse é o órgão de fiscalização das relações de
trabalho.
Letra “C”: o período do vínculo empregatício reconhecido por sentença não compete à Justiça do
Trabalho, nos termos da Súmula nº 368, I do TST.
Letra “D”: está incompleta, pois é omissa em relação aos Municípios, conforme art. 114, I da
CF/88.
Letra “E”: a única “questão sindical” que é da competência da Justiça do Trabalho é sobre
“representação sindical”, ou seja, mais restrito.

43. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) As exceções de impedimento ou suspeição do juiz de
Vara do Trabalho serão julgadas pelo
a) juiz do trabalho especialmente indicado pela Corregedoria Geral do respectivo Tribunal Regional
do Trabalho.
b) Conselho Nacional de Justiça.
c) respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
d) Tribunal Superior do Trabalho.
e) Corregedor Geral do respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. As exceções de suspeição e impedimento opostos em face


de Juiz do Trabalho serão julgadas pelo Tribunal a que ele se vincula, ou seja, o respectivo Tribunal
Regional do Trabalho, conforme art. 146, §1º do CPC/15, assim redigido:

§ 1o Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o


juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal,
caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no
prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de
documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do
incidente ao tribunal.

As demais alternativas, por tratarem do mesmo tema, não precisam ser analisadas em separado.

44. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Márcio laborava para a empresa XWZ na função de
auxiliar administrativo, tendo sido dispensado sem justa causa. A empresa empregadora não
efetuou corretamente o pagamento das verbas rescisórias, Márcio pretende ingressar com a
respectiva reclamação trabalhista. Dessa forma, considerando que Márcio foi dispensado
quando laborava em União dos Palmares; que a matriz da empresa XWZ fica na cidade de
Maceió; que Márcio foi contratado na filial da empresa em Atalaia e que exerceu suas
atividades em Arapiraca nos 2 primeiros anos de sua contratação, de acordo com a CLT, Márcio
deverá ingressar com a reclamatória em
a) Atalaia ou Maceió.
b) União dos Palmares.
c) Maceió.
d) Atalaia.
e) União dos Palmares, Maceió ou Arapiraca.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. O último local da prestação dos serviços por Márcio foi
União dos Palmares, razão pela qual ali deve ser ajuizada a demanda trabalhista. Nos termos do
art. 651 da CLT, cabe o ajuizamento da ação trabalhista no local da prestação dos serviços. Se
houve transferência, será o último local da prestação dos serviços, como já dito.
As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois tratam do mesmo assunto.

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45. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) As competências em razão da pessoa, da função e da
matéria são de natureza
a) absoluta, absoluta e relativa, respectivamente.
b) relativa.
c) relativa, absoluta e absoluta, respectivamente.
d) absoluta, relativa e absoluta, respectivamente.
e) absoluta.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Os três critérios de competência narrados – pessoal,
funcional e material – são absolutos, ou seja, criados no interesse do Estado, podem ser
reconhecidos de ofício pelo Magistrado. Insere-se quadro abaixo diferenciando os critérios
absolutos e relativos de competência:

INTERESSE Estado Partes

CRITÉRIOS Material, pessoal e Territorial e valor da


funcional causa

LEGITIMIDADE Juiz de ofício ou partes a Somente as partes


requerimento

MOMENTO A qualquer momento e Prazo de defesa


grau de jurisdição

FORMA Simples petição Exceção de


incompetência

CONSEQUÊNCIAS Remessa dos autos para Suspensão do processo


o juízo competente, com pela apresentação da
anulação dos atos exceção de
decisórios incompetência e
remessa dos autos ao
juízo competente.

PRECLUSÃO Não há preclusão, por Preclusão pela não


tratar-se de norma de apresentação da exceção
ordem pública de incompetência,
acarretando prorrogação

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da competência.

AÇÃO RESCISÓRIA Cabe ação rescisória se a Não cabe ação


decisão que transitou rescisória, por ter havido
em julgado tiver sido preclusão ante a não
proferida por juízo apresentação de
absolutamente exceção de
incompetente. incompetência.

As demais assertivas não precisam ser analisadas em separado.

46. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Quanto às regras aplicáveis a jurisdição e
competência, é INCORRETO afirmar:
a) Para efeito de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, o território nacional é dividido em
24 (vinte e quatro) regiões.
b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO decorrentes da
relação de trabalho.
c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios resultantes de contratos de
empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinar às Varas do Trabalho a realização dos
atos processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação.
e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade da contratação do
empregado, reclamante ou reclamado, independente do local da prestação dos serviços ao
empregador.

COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “E”. Sabe-se que a regra do art. 651 da CLT é de que a
competência das Varas do Trabalho é determinada pelo local da prestação dos serviços e não da
contratação ou domicílio do empregado. Transcreve-se o art. 651, caput da CLT:

“A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada


pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar
serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou
no estrangeiro”.

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Letra “A”: correto, de acordo com o art. 674 da CLT.


Letra “B”: correto, em conformidade com o art. 652, V da CLT.
Letra “C”: correto, de acordo com o art. 652, III da CLT.
Letra “D”: correto, pois em conformidade com o art. 680 da CLT.

47. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Organização da Justiça do Trabalho; Competência; ) Quanto à
organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que
a) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as ações entre trabalhadores
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação
de trabalho.
b) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo local da contratação ou
domicílio do empregado, ainda que tenha sido diversa a localidade onde o empregado, reclamante
ou reclamado, prestar serviços ao empregador.
c) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações
sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos
e empregadores.
d) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, sete juízes, sendo um
quinto dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e os demais mediante
promoção de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.
e) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um distribuidor, cuja
principal competência é a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada
Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados.

COMENTÁRIOS:
A alternativa INCORRETA É A LETRA “B”. Provando ser uma das informações mais cobradas pela
FCC nos concursos mais recentes, o art. 651 da CLT, acerca da competência territorial, aparece
mais uma vez. A assertiva “B” está incorreta, pois independe o lugar da contratação ou domicílio
do empregado, e sim, tão somente o local da prestação dos serviços. As demais assertivas estão
corretas pelos seguintes motivos:

Letra “A”: correto, pois em conformidade com o art. 652, V da CLT.


Letra “C”: correto, pois de acordo com o art. 114, III da CF/88.
Letra “D”: correto, de acordo com os artigos 94 e 115 da CF/88.
Letra “E”: perfeito, pois de acordo com os artigos 713, 714 e 715 da CLT.

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48. ( Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Em relação à competência territorial da Justiça do Trabalho, é correto afirmar:
a) A competência é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços ou pela
cláusula do foro de eleição.
b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara do
Trabalho da localidade em que a empresa tenha sede.
c) Quando for parte de dissídio trabalhador avulso, a competência será da Vara do Trabalho da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na
falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade
mais próxima.
d) A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo
em contrário.
e) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato
de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da extinção do contrato
de trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A afirmação contida na assertiva “B” está em conformidade
com o §2º do art. 651 da CLT, que trata dos trabalhadores brasileiros no exterior. Nos termos do
dispositivo, temos:

“A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida


neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção
internacional dispondo em contrário”.

Letra “A”: não se admite a cláusula de eleição de foro no direito do trabalho, não produzindo
efeitos se inserida no contrato.
Letra “B”: errado, pois o §1º do art. 651 da CLT diz o seguinte: “Quando for parte de dissídio
agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha
agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da
localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima”.
Letra “C”: para o avulso, a competência também é do local da prestação dos serviços, conforme
art. 651 da CLT.
Letra “E”: errado, pois o §3º do art. 651 da CLT diz em local da contratação ou prestação dos
serviços, e não da extinção do contrato.

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49. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) De acordo com a CLT, com relação à competência em
razão do lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou filial,
mas à matriz da empresa empregadora será competente para apreciar reclamação trabalhista
a Vara
a) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa.
b) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante.
c) do domicílio do reclamante, apenas.
d) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante.
e) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Essa é a hipótese descrita no §1º do art. 651 da CLT, assim
redigido:

“Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência


será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a
esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta
da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais
próxima”.

Como não há subordinação à agência ou filial, ou inexistindo aquelas, a competência será da Vara
do Trabalho do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.
As demais não precisam ser analisadas em separado, pois tratam do mesmo assunto.

50. ( Prova: FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
a) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.
b) ações postulando cobrança de honorários advocatícios.
c) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da Emenda
Constitucional no 45, de 2004.
d) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, habeas data, quando o ato
questionado envolver matéria relacionada às relações de trabalho, inclusive de servidores públicos
estatutários.

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e) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não decorrentes diretamente
das relações de trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência material da Justiça do Trabalho encontra-se
no art. 114 da CF, sendo que o inciso VII afirma:
“as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho”.
Perceba que é exatamente a situação descrita na letra “A”, que pode ser ilustrada com uma ação
visando a desconstituição de uma multa aplicada pelo Fiscal do Trabalho.
Letra “B”: os honorários advocatícios, desde que não sejam de sucumbência, são cobrados na
Justiça Comum, conforme Súmula nº 363 do STJ.
Letra “C”: a Justiça do Trabalho não possui competência criminal, conforme decidiu o STF na SDI
3684.
Letra “D”: Os servidores estatutários não são da competência da Justiça do Trabalho, conforme
decidiu o STF na ADI 3395-6.
Letra “E”: o art. 114, VI da CF/88 diz que os danos devem decorrer de relação de trabalho.

51. ( Prova: FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público / Direito Processual do Trabalho /
Competência; ) O conflito positivo de jurisdição entre um Juiz do Trabalho e um Juiz de Direito,
este no exercício da jurisdição trabalhista, na forma do artigo 668 da Consolidação das Leis do
Trabalho, deverá ser julgado pelo
a) Tribunal Superior do Trabalho, em qualquer hipótese.
b) Superior Tribunal de Justiça, em qualquer hipótese.
c) Tribunal Regional do Trabalho, se a competência geográfica de ambos estiver afeta a um mesmo
Tribunal Regional do Trabalho.
d) Tribunal de Justiça do Estado em que se situar a Vara Cível.
e) Tribunal Regional Federal em que se situarem as unidades judiciárias conflitantes.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. O art. 112 da CF/88 diz que a lei pode atribuir
competência trabalhista aos Juízes de Direito, que atuarão como se fossem Juízes do Trabalho.
Assim, se surge um conflito de competência entre Vara do Trabalho e Juízo de Direito investido
de jurisdição trabalhista, é o mesmo que dizer que o conflito está ocorrendo entre duas Varas do
Trabalho. Se esses juízos estiverem vinculados ao mesmo Tribunal Regional do Trabalho, caberá

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a ele o julgamento do conflito. Se estiverem vinculados a TRTs distintos, caberá ao TST. As


demais alternativas não precisam ser analisadas em separado, pois tratam do mesmo assunto.

52. ( Prova: FCC - 2006 - BACEN - Procurador - Prova 2 / Direito Processual do Trabalho /
Competência; ) Após o advento da Emenda Constitucional nº 45/04, ocorrendo violação a
direito líquido e certo do empregador, por ato do Delegado Regional do Trabalho, em matéria
de disciplina de horário de trabalho, o mandado de segurança e eventual recurso cabível de
decisão desfavorável, serão da competência do
a) juiz federal comum e do Tribunal Regional Federal.
b) Tribunal Regional Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
c) juiz do trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho.
d) Tribunal Regional do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho.
e) juiz federal comum e do Tribunal Regional do Trabalho.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Nos termos do art. 114, IV da CF, o mandado de segurança
nessa hipótese será da Justiça do Trabalho. Como não há qualquer prerrogativa do tribunal, o
MS será impetrado perante a Vara do Trabalho. Da sentença proferida nesse mandado de
segurança, será interposto o recurso ordinário, conforme art. 895 da CLT, sendo da competência
do Tribunal Regional do Trabalho. As demais assertivas tratam do mesmo assunto, razão pela
qual não precisam ser analisadas separadamente.

53. ( Prova: FCC - 2006 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Execução; Competência; ) Detém a competência para a execução de
título executivo extrajudicial:
a) o juiz que teria competência para conhecer do litígio.
b) o Presidente do Tribunal.
c) as Turmas do Tribunal.
d) a Seção Especializada em Dissídios Individuais.
e) o juiz auxiliar das execuções.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência para a execução de título executivo
extrajudicial encontra-se prevista no art. 877-A da CLT, assim redigido:

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“É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que


teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria”.
Em outras palavras, a competência é do Juízo que teria competência para conhecer do litígio.

54. ( Prova: FCC - 2009 - PGE-RJ - Técnico Superior de Procuradoria / Direito Processual do
Trabalho / Competência; ) Após a vigência da Emenda Constitucional nº 45, definiu-se a
competência da Justiça do Trabalho para as ações
a) movidas por servidores públicos contra a entidade estatal a que serviram, mesmo se sujeitos a
regime estatutário, quando a lide versar sobre seus vencimentos ou proventos de aposentadoria.
b) de indenização decorrentes de acidente do trabalho movidas pelos segurados contra o INSS -
Instituto Nacional do Seguro Social.
c) de cobrança decorrentes de qualquer contrato de prestação de serviços.
d) de cobrança de qualquer benefício previdenciário.
e) de indenização decorrente de acidente do trabalho movidas pelo empregado contra o
empregador.

COMENTÁRIOS:
A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A EC nº 45/04 em muito alterou o art. 114 da CF/88,
trazendo em seu inciso VI a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar “as ações
de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho”. Assim,
mostra-se correta a letra “E”. Além disso, A Súmula Vinculante nº 22 do STF e a Súmula nº 367 do
STJ também tratam do tema. Transcreve-se a Súmula Vinculante para conhecimento:

“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de


indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de
trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas
que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da
promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04”.

Letra “A”: O STF decidiu na ADI 3395-6, que a competência da Justiça do Trabalho não alcança os
servidores públicos estatutários. Apenas os celetistas.
Letra “B”: As demandas ajuizadas pelos segurados em face do INSS por acidente de trabalho são da
competência da Justiça Comum, nos termos do art. 109, I da CF.
Letra “C”: As cobranças decorrentes de contratos de prestação de serviços são da competência da
Justiça Comum Estadual, conforme Súmula nº 363 do STJ.
Letra “D”: cobrança de benefício previdenciário, em regra, cabe à Justiça Comum Federal, por ser
parte o INSS.

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RELAÇÃO DAS QUESTÕES ESTUDADAS NA AULA


1. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa
O órgão federal de fiscalização das relações de trabalho impôs penalidade administrativa contra
certa empresa, por violação a determinadas normas de proteção à saúde e à segurança do
trabalhador. A empresa pretende propor ação para impugnar o ato administrativo que lhe impôs a
multa, por entendê-lo ilegal. Nesse caso, a ação deverá ser proposta perante o
a) juiz estadual competente, sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento perante o
juizado especial estadual.
b) juiz estadual competente, não sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento perante o
juizado especial estadual.
c) Tribunal de Justiça competente originariamente para o feito.
d) órgão da justiça do trabalho competente.
e) órgão da justiça federal competente.

2. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho


Em relação à competência da Justiça do Trabalho, em conformidade com a Emenda Constitucional
n° 45 de 2004, considere:
I. Compete-lhe a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho,
pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente
de infortúnio no trabalho.
II. Não lhe compete apreciar pedido de complementação de pensão postulada por viúva de ex-
empregado, ainda que se trate de pedido que deriva do contrato de trabalho.
III. Compete-lhe processar e julgar ação de interdito proibitório proposta por instituição financeira
privada contra o Sindicato dos Trabalhadores da respectiva categoria, por meio da qual se busca
garantir o livre acesso de empregados e de clientes à sua agência bancária em decorrência de
movimento grevista.
IV. Não lhe compete processar e julgar ação ajuizada contra o ex-empregador, pela esposa de
empregado que faleceu em decorrência de acidente do trabalho, postulando dano moral
ocasionado pela morte do trabalhador.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
e) III.

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3. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho


Sobre a competência da Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho e as Súmulas do
Tribunal Superior do Trabalho estabelecem:
a) A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o
empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no
estrangeiro, desde que seja o autor da ação.
b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na
falta, será competente a Vara do domicílio do empregado ou a da localidade mais próxima.
c) Se o empregado for brasileiro, a Justiça do Trabalho brasileira têm competência para processar e
julgar os dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, ainda que haja convenção
internacional dispondo em contrário.
d) A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições
previdenciárias, em relação às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores,
objeto de acordo homologado, que integram o salário de contribuição, inclusive, no caso de
reconhecimento de vínculo empregatício, quanto aos salários pagos durante a contratualidade.
e) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos
morais e materiais decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de
trabalho e doenças a ele equiparados, ainda que propostas pelos dependentes, desde que
habilitados no Instituto Nacional do Seguro Social ou sucessores do trabalhador falecido.

4. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa
A Constituição Federal de 1988 dispõe expressamente sobre a competência material da Justiça do
Trabalho e, entre essas disposições, NÃO prevê a competência da Justiça do Trabalho para
processar e julgar
a) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores.
b) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à sua jurisdição.
c) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.
d) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.
e) os crimes contra a organização do trabalho e as causas acidentárias em face do Instituto
Nacional do Seguro Social.

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5. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária
Asclépio, residente e domiciliado em Manaus, participou de processo seletivo e foi contratado na
cidade de Brasília, onde se localiza a sede da empresa Orfheu Informática S/A, para trabalhar como
programador, na filial da empresa no Município de Campo Grande. No contrato de trabalho as
partes convencionaram como foro de eleição a comarca de São Paulo. Após dois anos de contrato,
Asclépio foi dispensado por justa causa sem receber nenhuma verba rescisória, retornando para
Manaus. Não concordando com o motivo da sua rescisão, o trabalhador resolveu ajuizar
reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora. Conforme a regra de competência
territorial prevista na lei trabalhista a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho de
a) Brasília, por ser a sede da empresa reclamada.
b) Brasília, por ser o local da contratação.
c) Manaus, local de seu domicílio.
d) Campo Grande, local da prestação dos serviços.
e) São Paulo, foro de eleição contratual.

6. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador
A Constituição Federal do Brasil e a Consolidação das Leis do Trabalho instituíram regras sobre
organização e competência da Justiça do Trabalho e dos órgãos que a compõem. Em observância a
tais normas,
a) é competência da Justiça do Trabalho a apreciação de ação proposta por empresa para anulação
de penalidade imposta em auto de infração lavrado por auditor fiscal do trabalho, por
inobservância da cota de contratação de pessoas com deficiência.
b) o Supremo Tribunal Federal, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, interpretou ser da
competência da Justiça do Trabalho a apreciação de demandas entre o Poder Público e seus
servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-
administrativo.
c) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e
reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria simples do
Senado Federal.
d) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes, recrutados
exclusivamente na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.
e) a Justiça do Trabalho passou a ser competente para julgar as ações de indenização por dano
moral decorrentes da relação de emprego somente a partir da Emenda Constitucional n° 45/2004,
visto que o texto original da Constituição Federal de 1988 e a jurisprudência do Tribunal Superior
do Trabalho não admitiam o processamento de tais ações na Justiça Especializada.

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7. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador
A empresa Olimpos Construções S/A, com sede em Brasília, contratou empregado brasileiro
através de sua sucursal em São Paulo, para gerenciar as obras existentes na Turquia, lugar onde
prestou serviços durante dois anos. Rescindido o contrato o empregado retorna ao Brasil,
pretendendo acionar o seu empregador em razão de créditos trabalhistas que entende devidos.
Nessa situação, conforme regra prevista na Consolidação das Leis do Trabalho,
a) é incompetente a autoridade judiciária brasileira, para conhecer da reclamação trabalhista, que
deveria ser ajuizada na Turquia, local da prestação dos serviços.
b) se houver foro de eleição expressamente previsto no contrato, será este o competente para
conhecer da reclamação trabalhista.
c) será competente para conhecer da ação trabalhista o foro de opção contratual do empregado,
podendo ser o da contratação, da prestação de serviços ou o da demissão.
d) a autoridade judiciária brasileira é incompetente, devendo a ação ser proposta no País em que o
empregado foi contratado.
e) a autoridade judiciária trabalhista brasileira é competente para conhecer da reclamação
trabalhista, salvo se houver Convenção Internacional dispondo em contrário.

8. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário -Oficial de Justiça
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Brasília e demais cidades-satélite
do Distrito Federal resolve interpor dissídio coletivo de greve, sendo que a competência para
conhecê-lo será
(A) da Vara do Trabalho situada na área do dissídio coletivo.
(B) da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho.
(C) do Ministério Público do Trabalho, junto à Procuradoria Geral do Trabalho.
(D) da Comissão de Conciliação Prévia intersindical da categoria no Distrito Federal.
(E) do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Distrito Federal, com sede em Brasília.

9. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário -Oficial de Justiça
Zeus é estivador inscrito e atuando como trabalhador avulso no Porto do Rio de Janeiro. Há alguns
meses ele não tem concordado com os repasses que estão sendo efetuados pelos trabalhos
realizados, entendendo ser credor de diferenças. Consultou um Advogado para ajuizar ação em
face do Órgão Gestor de Mão de Obra e o operador portuário, demanda esta que deverá ser
proposta perante a
(A) Justiça Comum Estadual, porque o trabalhador avulso é considerado autônomo sem vínculo de
emprego com o órgão de mão de obra.

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(B) Justiça do Trabalho, ainda que o pedido seja somente de diferenças de repasses.
(C) Justiça do Trabalho, desde que formule pedido principal de reconhecimento de vínculo de
emprego e, acessoriamente de diferenças de repasses.
(D) Justiça Federal, porque a matéria portuária é de segurança do Estado Federativo e, portanto,
de ordem nacional.
(E) Justiça Comum Estadual ou Justiça do Trabalho, visto que se tratando de matéria de relação de
trabalho em sentido amplo, cabe ao trabalhador a opção.

10. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Técnico Judiciário
Péricles pretende ingressar com reclamação trabalhista para receber indenização por danos morais
em face do Banco Horizonte S/A em razão da alegação de assédio moral. Conforme previsão legal
contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho do
local
(A) da sua contratação.
(B) do seu domicílio.
(C) da matriz do Banco empregador.
(D) da prestação dos serviços.
(E) escolhido pelas partes na celebração do contrato.

11. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Técnico Judiciário
Poseidon prestou concurso público e foi aprovado tomando posse como agente de fiscalização
sanitária no combate ao “mosquito da dengue”, vinculado à Secretaria de Saúde do Estado de
Sergipe, pelo regime jurídico estatutário. Decorridos dezoito meses de serviço, houve atraso no
pagamento de salários e a inadimplência da verba denominada adicional de insalubridade.
Inconformado com a situação, Poseidon pretende ajuizar ação cobrando seus direitos, sendo
competente para processar e julgar a
(A) Justiça Federal, porque embora o servidor seja estadual, a matéria envolve questão de
natureza sanitária de repercussão nacional, relacionada à epidemia do “mosquito da dengue”.
(B) Justiça Comum Estadual, porque envolve todo servidor público estadual, independente do seu
regime jurídico de contratação.
(C) Justiça do Trabalho, porque se trata de ação oriunda da relação de trabalho, abrangido ente de
direito público da Administração pública direta estadual.
(D) Justiça do Trabalho, porque independente do ente envolvido, a matéria discutida relaciona-se
com salários e adicional de insalubridade, portanto direitos de natureza trabalhista.
(E) Justiça Comum Estadual, porque a relação de trabalho prevista no artigo 114, I da CF, não
abrange as causas entre o Poder Público e servidor regido por relação jurídica estatutária.

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12. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário
Hera participou de processo seletivo e foi contratada como música instrumentista da Orquestra do
Banco Ultra S/A, no Município de Itabaiana/SE, onde tem o seu domicílio. No contrato de trabalho
foi estipulado como foro de eleição para propositura de demanda trabalhista o Município de
Aracaju/SE. O banco possui agências em todos estados do Brasil e a sua sede está localizada em
Brasília/DF. Durante os oito meses em que foi empregada do Banco, Hera exerceu suas funções
apenas no Município de Aracaju/SE. Caso decida ajuizar reclamação trabalhista em face de seu ex-
empregador, deverá propor em
(A) Aracaju, porque foi o local da prestação dos serviços.
(B) Aracaju, por ser o foro de eleição previsto em contrato de trabalho.
(C) Itabaiana, porque é o foro do seu domicílio.
(D) Brasília, por estar situada a sede do Banco reclamado.
(E) Aracaju, Itabaiana ou Brasília, dependendo da sua própria conveniência como reclamante.

13. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário
Apolo, auditor empregado da empresa de auditoria externa Fenix S/A, foi dispensado por justa
causa diante da alegação de desídia no desempenho das suas funções. O trabalhador pretende
ajuizar reclamatória trabalhista questionando o motivo da rescisão e postulando o pagamento de
verbas rescisórias e horas extraordinárias não remuneradas. No caso, trata-se de empregador que
promove realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho. De acordo com as regras
de competência territorial Apolo deverá ingressar com a ação:
a) Somente no local da prestação de serviços.
b) No foro de celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
c) Não havendo regras na Consolidação das Leis do Trabalho sobre a matéria, poderá escolher
qualquer comarca do Estado em que tem seu domicílio.
d) No foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.
e) Na sede da empresa ou na capital do Estado em que ocorreu a contratação.

14. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa
Os órgãos do Poder Judiciário possuem competência própria fixada na lei, seja em relação à
matéria ou quanto às pessoas. Assim, a Justiça do Trabalho é competente para apreciar e julgar
a) ações que envolvam direito de greve.
b) execuções de contribuições de Imposto de Renda dos trabalhadores que não declararam seus
rendimentos salariais durante o contrato de trabalho.

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c) ações de natureza previdenciária relativas ao benefício da aposentadoria por invalidez.


d) as causas em face da União relativas a direitos humanos cuja violação decorre de
descumprimento de tratado internacional.
e) crimes contra organização do trabalho, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-
financeira.

15. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: ELETROBRAS-ELETROSUL Prova: Direito


Em relação à competência da Justiça do Trabalho, conforme normas previstas na Consolidação das
Leis do Trabalho aplicáveis a matéria,
a) a regra da competência das Varas do trabalho é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.
b) a competência da Vara do Trabalho se dá pelo local em que o empregado tenha domicílio, como
regra, em razão do princípio da proteção ao trabalhador.
c) quando for parte na ação agente ou viajante comercial, a competência da Vara do Trabalho será
determinada pelo local onde está sediada a matriz da empresa.
d) não compete à Vara do Trabalho o julgamento dos dissídios resultantes de contratos de
empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o órgão Gestor de Mão
de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho não estão abrangidas na competência da
Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Comum Federal.

16. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista Judiciário
A competência é considerada como medida da jurisdição. Em se tratando de competência
territorial das Varas do Trabalho, a regra geral prevista na Consolidação das Leis do Trabalho é
fixada
a) pelo local onde foi realizada a contratação.
b) pelo domicílio eleitoral do empregado.
c) pelo domicílio civil do empregador, quando esse for pessoa física.
d) pela matriz da empresa pública, na capital do Estado onde é a sede do Tribunal Regional.
e) pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador.

17. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista Judiciário
- Área Judiciária. Os normativos constitucionais NÃO atribuem competência material à Justiça
do Trabalho para processar e julgar

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a) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.
b) o dissídio coletivo ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho no caso de greve em atividade
essencial, com possibilidade de lesão do interesse público.
c) as ações que apuram os crimes contra a organização do trabalho e envolvendo retenção dolosa
de salários e contribuições previdenciárias.
d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
e) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores.

18. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário
Há previsão legal atribuindo aos órgãos judiciais as questões que devem estar afetas ao seu
julgamento, assim como os órgãos judiciais trabalhistas têm traçados em lei os seus poderes para
conhecer e solucionar as lides. Sobre o tema, conforme ordenamento jurídico é INCORRETO
afirmar:
a) Como regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.
b) Compete às Varas Cíveis da Justiça Federal julgar as ações envolvendo trabalhadores portuários
e os operadores portuários ou Órgão Gestor de Mão de Obra − OGMO, decorrentes da relação de
trabalho, por envolver questão estratégica nacional.
c) A Justiça do Trabalho tem competência para analisar e decidir sobre as ações relativas às
penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações
de trabalho.
d) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou
patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.
e) É da competência das Varas do Trabalho conhecer e julgar os dissídios resultantes de contratos
de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

19. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário
Conforme norma constitucional é competência da Justiça do Trabalho processar e julgar
a) ação de reparação por dano material em face do órgão previdenciário em razão de não
concessão de aposentadoria por invalidez.
b) demanda possessória envolvendo um sindicato de categoria profissional que alega ser
proprietário do prédio onde está estabelecido o Sindicato da respectiva categoria econômica.

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c) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.
d) execuções, de ofício, de imposto de renda dos diretores não empregados de sociedades
anônimas que mantém relação de trabalho com essas empresas.
e) ação ordinária de trabalhador em face da Caixa Econômica Federal em razão de não ter sido
autorizada movimentação de sua conta vinculada do FGTS.

20. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista Judiciário -
Área Judiciária Conforme previsão legal, uma ação de indenização por danos materiais e
morais em razão de acidente de trabalho sofrido pelo empregado, por negligência do
empregador, que tenha lhe ocasionado sequelas, deve ser proposta na Vara
Parte superior do formulário
a) Acidentária da Justiça Estadual da comarca em que o autor tem o seu domicílio.
b) Acidentária da Justiça Federal da comarca em que a empresa tem a sua sede.
c) do Trabalho da comarca em que foi celebrado o contrato de trabalho.
d) do Trabalho da comarca onde houve a prestação dos serviços.
e) Acidentária da Justiça Estadual ou do Trabalho da comarca em que se situa a sede da empresa, a
critério do autor interessado.

21. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista Judiciário -
Área Judiciária. O viajante comercial Odin pretende mover ação trabalhista em face da sua
empregadora Empresa Pública Delta S/A, por entender que o seu gerente cometeu ato ilícito
que lhe feriu a honra e boa fama, postulando indenização por danos morais no valor de R$
100.000,00, cumulada com pedido de pagamento de diferenças de comissões ajustadas no
valor de R$ 5.000,00. Segundo regras contidas em legislação própria quanto à competência
territorial, a ação deve ser proposta na Vara
Parte superior do formulário
a) do local onde foi celebrada a sua contratação.
b) da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja
subordinado.
c) do foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.
d) da Justiça Federal da Capital do Estado onde a ré tenha sede, por se tratar de empresa pública.
e) do foro de celebração do contrato ou no foro de domicílio do gerente que lhe ofendeu, em
razão de ser esse o principal pedido do autor.

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22. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista Judiciário -
Área Judiciária. Conforme normas contidas na Constituição Federal brasileira, a competência
da Justiça do Trabalho abrange
Parte superior do formulário
a) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre
autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro, ou do Distrito Federal, ou entre as
deste e da União.
b) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.
c) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.
d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema
financeiro e a ordem econômico-financeira que possam interferir nas relações de trabalho.
e) as ações que visam dirimir conflitos fundiários, por meio de Varas especializadas com
competência exclusiva que serão criadas pelo Tribunal competente.

23. TRT/SP – 2013: Mateus, residente na cidade de São Bernardo do Campo, foi contratado em
Diadema para trabalhar como Auxiliar Administrativo da Empresa Tudo Azul Ltda., cuja matriz
está sediada em São Caetano do Sul. Após dois anos de contrato prestado na filial da empresa
em São Paulo, foi dispensado, mesmo tendo informado ao empregador que está em vias de se
aposentar. Mateus decidiu ajuizar reclamação trabalhista requerendo sua reintegração ao em-
prego por estabilidade pré aposentadoria. No presente caso, a Vara do Trabalho competente
para processar e julgar a demanda é a do município de
(A) São Paulo, por ser o local da prestação de serviços.
(B) São Caetano do Sul, em razão de ser a matriz da empresa empregadora.
(C) São Paulo, porque, neste caso, a comarca competente é a Capital do Estado.
(D) São Bernardo do Campo, por ser o local da residência do trabalhador.
(E) Diadema, porque foi o local da contratação do trabalhador.

24. TRT/SP – 2013: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar


I. as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre
sindicatos e empregadores.
II. a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e
aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam
direta ou indiretamente interessados.
III. os conflitos e atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre
autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as
deste e da União.

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IV. as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.
Está correto o que consta em
(A) I e III, apenas.
(B) I, apenas.
(C) II e IV, apenas.
(D) I e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.

25. TRT/GO – 2013: Lucas, residente em Brasília, foi contratado pela empresa Thor Industrial, em
sua filial da cidade de Catalão, para trabalhar como viajante comercial. Durante o contrato de
trabalho prestou serviços em várias cidades do Estado de Goiás e no Distrito Federal, sempre
subordinado à diretoria comercial regional de Catalão. A sede da empresa está localizada na
cidade de Goiânia. Após quatro anos, foi dispensado sem receber saldo salarial, férias vencidas
e verbas rescisórias. A competência territorial para o ajuizamento da reclamação trabalhista é
de
(A) Catalão, por ser a cidade da filial em que ele esteve subordinado.
(B) qualquer cidade onde ele tenha trabalhado, exceto Brasília por pertencer ao Distrito Federal.
(C) Brasília, por ser a Capital Federal do Brasil.
(D) Goiânia, por ser a sede da empresa empregadora.
(E) Goiânia, Catalão ou Brasília, sendo que a escolha será da empresa empregadora.

26. (Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Segundo normas legais contidas na Consolidação das
Leis do Trabalho sobre competência das Varas e dos Tribunais do Trabalho é INCORRETO
afirmar:
a) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO decorrentes da
relação de trabalho.
b) O empregado poderá apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da
prestação dos respectivos serviços quando o empregador promover a realização de atividades fora
do lugar do contrato de trabalho.
c) A competência dos Tribunais Regionais nos casos de dissídio coletivo determina-se pelo local
onde este ocorrer ou pela sede da empresa envolvida no conflito, cabendo a escolha ao sindicato
da categoria econômica.
d) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da Comarca em que tem sede,
só podendo ser estendida ou restringida por lei federal.

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e) As Varas do Trabalho são competentes para processar e julgar os dissídios resultantes de


contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

27. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) A empresa Delta Participações sofreu fiscalização de
natureza trabalhista, ocasião em que o agente fiscal da Delegacia Regional do Trabalho
verificou irregularidade e lavrou auto de infração com aplicação de multa administrativa. A
empresa resolveu questionar judicialmente essa penalidade administrativa, sendo da
competência material da Justiça
a) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia Regional do Trabalho.
b) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal, vinculada ao Ministério do
Trabalho.
c) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu novas competências e criou
dispositivo específico prevendo essa matéria.
d) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador e empregado.
e) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de discussão de ato de agente
público.

28. TRT/BA – 2013: Joana foi contratada em Salvador (BA) pela empresa Moça Bonita Indústria de
Confecções Ltda., para prestar serviços em Juazeiro (BA). Considerando que Joana reside em
Petrolina (PE), eventual reclamação trabalhista que Joana pretenda ajuizar deverá ser
distribuída para uma das Varas do Trabalho de
(A) Salvador, que é o local da contratação.
(B) Juazeiro, que é o local da prestação dos serviços.
(C) Petrolina ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local do domicílio do empregado ou no da
prestação dos serviços.
(D) Salvador ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local da contratação ou no da prestação
dos serviços.
(E) Petrolina, que é o local do domicílio da trabalhadora.

29. TRT/BA – 2013: A competência da Justiça do Trabalho foi ampliada pela Emenda Constitucional
45/2004, tendo sido definidas pelo legislador constituinte hipóteses que, até então, geravam
diversas discussões. NÃO se inserem, porém, nesse contexto de ampliação da competência
material da Justiça do Trabalho as ações
(A) envolvendo o exercício do direito de greve.

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(B) que visam discutir penalidades administrativas impostas aos empregadores pelo INSS, em
relação às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de pagamento.
(C) em que se pleiteia indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de
trabalho.
(D) que versem sobre questões relativas a representação sindical, entre sindicatos, entre
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.
(E) decorrentes da relação de trabalho mantidas com entes de direito público externo.

30. TRT/BA – 2013: Fernando, residente em Camaçari, foi contratado em Salvador para trabalhar
na filial da empresa Ao Homem Elegante Comércio de Roupas Ltda. que fica em Feira de
Santana. Considerando que a sede da empresa fica em São Paulo, de acordo com as regras
sobre competência territorial previstas em lei, a competência para o ajuizamento de
reclamação trabalhista por Fernando em face do ex-empregador é de uma das Varas do
Trabalho de
(A) São Paulo.
(B) Feira de Santana.
(C) qualquer uma das localidades, à escolha de Fernando.
(D) Camaçari.
(E) Salvador.

31. TRT/AL – 2013: Ricardo foi contratado pela empresa “Fazenda Ltda.”, para exercer a função de
montador de estande em feiras agropecuárias. Considerando que Ricardo reside em Marechal
Deodoro e que a sede da empresa é em Maceió, local da celebração do contrato, bem como
que as feiras agropecuárias não ocorrem na referida capital e sim em diversas cidades
interioranas, segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, eventual reclamação trabalhista, no
tocante à competência territorial deverá ser ajuizada
(A) obrigatoriamente em Marechal Deodoro.
(B) obrigatoriamente em Maceió.
(C) obrigatoriamente no local em que prestou serviços em último lugar.
(D) em Maceió ou Marechal Deodoro.
(E) em Maceió ou no local da prestação dos respectivos serviços.

32. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Athenas, residente na cidade de Apucarana, foi
contratada em Londrina para trabalhar como secretária da Diretoria Comercial da Empresa de
Turismo Semideuses Ltda., cuja matriz está sediada em Cascavel. Após dois anos de contrato
prestado na filial da empresa em Curitiba, foi dispensada, embora tenha avisado o seu

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empregador que estava grávida. Athenas decidiu ajuizar ação reclamatória trabalhista
postulando a sua reintegração por estabilidade de gestante. No presente caso, a Vara do
Trabalho competente para processar e julgar a demanda é a do município de
a) Londrina, porque foi o local da contratação da trabalhadora.
b) Cascavel, em razão de ser a matriz da empresa empregadora que é ré na ação.
c) Curitiba, porque nesse caso a comarca competente é a Capital do Estado.
d) Apucarana, por ser o local da residência da trabalhadora.
e) Curitiba, por ser o local da prestação dos serviços.

33. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Conforme normas legais que regulam a matéria, a
competência da Justiça do Trabalho EXCLUI a análise e julgamento de ações
a) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores.
b) oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores por órgãos de fiscalização
das relações de trabalho.
d) de indenizações por danos morais e também danos materiais ou patrimoniais, decorrentes da
relação de trabalho.
e) penais para apuração de crimes contra a organização do trabalho, incluindo trabalho escravo e
trabalho infantil irregular.

34. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Quanto à organização e competência da Justiça do
Trabalho, conforme previsões contidas na Constituição Federal e na Consolidação das Leis do
Trabalho, é correto afirmar que
a) compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar originalmente o pedido de medida
cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.
b) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, nomeados pelo
Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.
c) não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades
administrativas impostas às empresas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.
d) não compete à Vara do Trabalho processar e julgar os conflitos resultantes de contratos de
empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice e não discuta verbas da relação de
emprego.

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e) em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato


de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro de celebração do
contrato ou naquela da prestação dos respectivos serviços.

35. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Minerva, domiciliada no município de Duque de
Caxias, foi contratada no município de Resende para trabalhar na empresa Olimpo
Empreendimentos. Durante todo o contrato de trabalho trabalhou no município de Friburgo,
sede da sua empregadora. Após três anos de labor, Minerva foi dispensada. Para receber as
verbas rescisórias que não foram pagas, a comarca competente para o ajuizamento de
reclamação trabalhista é a do município de
a) Resende, porque é o local onde foi firmado o contrato de trabalho.
b) Friburgo, porque é o local da prestação dos serviços da trabalhadora.
c) Duque de Caxias, porque é o local do domicílio da reclamante.
d) Rio de Janeiro, porque, além de ser a Capital do Estado, é a sede do Tribunal Regional do
Trabalho da 1a Região.
e) Duque de Caxias, Resende ou Friburgo, pois não há regra na CLT - Consolidação das Leis do
Trabalho regulando a competência territorial.

36. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito
Processual do Trabalho / Organização da Justiça do Trabalho; Competência; ) Sobre a
organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, nos termos da legislação vigente,
é correto afirmar que
a) a Justiça do Trabalho não é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação
de trabalho, visto que por envolver trabalho marítimo a competência é da Justiça Federal.
b) a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado,
reclamante ou reclamado, foi contratado, independentemente do local onde prestou seus serviços
ao empregador.
c) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.
d) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente
da República após aprovação pela maioria simples do Congresso Nacional.
e) a Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar a execução, de ofício, das
contribuições sociais previdenciárias e de imposto de renda, decorrentes das sentenças que
proferir.

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37. ( Prova: FCC – 2013 – TRT – 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) A Constituição Federal e a Consolidação das Leis do
Trabalho NÃO inserem na competência das Varas do Trabalho a apreciação e julgamento dos
dissídios e ações
a) em que se pretenda estabilidade no emprego.
b) coletivas de natureza econômica e jurídica, originalmente.
c) resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
d) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores.
e) para a execução de contribuições previdenciárias decorrentes de suas sentenças condenatórias.

38. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Hércules, morador de Nova Iguaçu, foi contratado
em Angra dos Reis para trabalhar na empresa Beta & Gama Produções, localizada no município
do Rio de Janeiro. Após oito meses de trabalho foi dispensado sem justa causa. Na presente
situação, a competência territorial para ajuizar reclamação trabalhista questionando o motivo
da rescisão contratual e postular indenização por danos morais é do município
a) do Rio de Janeiro, porque é a Capital do Estado e há pedido de indenização por danos morais.
b) de Nova Iguaçu, porque é o local do domicílio do reclamante.
c) de Angra dos Reis, porque é o local onde o trabalhador foi contratado.
d) do Rio de Janeiro, porque é o local da prestação dos serviços do empregado.
e) de Nova Iguaçu ou Angra dos Reis, sendo opção do reclamante por atender a sua conveniência.

39. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Nos termos das previsões da Constituição Federal e
da Consolidação das Leis do Trabalho, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
a) as demandas que envolvam as questões relativas aos benefícios da Previdência Social, sendo
partes o trabalhador e o INSS.
b) as contas prestadas anualmente pelo Ministro do Trabalho e Emprego, mediante parecer prévio
que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.
c) originalmente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou
estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema
financeiro e a ordem econômico-financeira.
e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão
de Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.

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40. ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência; ) É
da competência da Justiça do Trabalho:
a) Habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição.
b) Demanda envolvendo servidor público estatutário e exercício do direito de greve.
c) Mandado de segurança quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e
conflito de competência com o Superior Tribunal de Justiça em matéria trabalhista.
d) Mandado de injunção quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e
ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho.
e) Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores e ações relativas às penalidades tributárias e administrativas impostas
aos empregadores por órgãos de fiscalização.

41. Prova: FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do
Trabalho / Competência; ) Carmem Lúcia, moradora da cidade satélite Gama, foi contratada
pela Sede da empresa especializada em cerimônia matrimonial “Casar Ltda.”, em Brasília, para
exercer a função de costureira. Após a sua contratação, Carmem Lúcia exerceu primeiramente
suas atividades na filial da empresa na cidade de Vitória - Espírito Santo. Após 1 ano, foi
transferida para a cidade satélite Palmas e, há 5 anos, foi novamente transferida para outra
filial da empresa na cidade satélite Taguatinga, local em que exerce suas funções. Porém,
Carmem Lúcia vem sofrendo assédio moral praticado pelo seu superior hierárquico no
ambiente de trabalho. Tal assédio está tornando insustentável a manutenção do contrato de
trabalho. Assim, Carmem Lúcia pretende ajuizar Reclamação Trabalhista visando à rescisão
indireta do seu contrato de trabalho. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho,
Carmem Lúcia deverá ajuizar tal ação
a) em Brasília ou na cidade satélite Taguatinga.
b) em Brasília.
c) na cidade satélite Gama ou em Brasília.
d) tanto em Vitória, como nas cidades satélites de Palmas ou Taguatinga.
e) na cidade satélite Taguatinga.

42. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do
Trabalho / Competência; ) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
a) as ações que envolvam exercício do direito de greve.

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b) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho (Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da
Previdência Social).
c) a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, CF, e seus
acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir e relativas ao período de vínculo
empregatício reconhecido por sentença.
d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da
administração pública direta da União, dos Estados e do Distrito Federal.
e) as ações sobre questões sindicais envolvendo sindicatos e trabalhadores e sindicatos e
empregadores.

43. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) As exceções de impedimento ou suspeição do juiz de
Vara do Trabalho serão julgadas pelo
a) juiz do trabalho especialmente indicado pela Corregedoria Geral do respectivo Tribunal Regional
do Trabalho.
b) Conselho Nacional de Justiça.
c) respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
d) Tribunal Superior do Trabalho.
e) Corregedor Geral do respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

44. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Márcio laborava para a empresa XWZ na função de
auxiliar administrativo, tendo sido dispensado sem justa causa. A empresa empregadora não
efetuou corretamente o pagamento das verbas rescisórias, Márcio pretende ingressar com a
respectiva reclamação trabalhista. Dessa forma, considerando que Márcio foi dispensado
quando laborava em União dos Palmares; que a matriz da empresa XWZ fica na cidade de
Maceió; que Márcio foi contratado na filial da empresa em Atalaia e que exerceu suas
atividades em Arapiraca nos 2 primeiros anos de sua contratação, de acordo com a CLT, Márcio
deverá ingressar com a reclamatória em
a) Atalaia ou Maceió.
b) União dos Palmares.
c) Maceió.
d) Atalaia.
e) União dos Palmares, Maceió ou Arapiraca.

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45. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) As competências em razão da pessoa, da função e da
matéria são de natureza
a) absoluta, absoluta e relativa, respectivamente.
b) relativa.
c) relativa, absoluta e absoluta, respectivamente.
d) absoluta, relativa e absoluta, respectivamente.
e) absoluta.

46. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Execução de Mandados / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Quanto às regras aplicáveis a jurisdição e
competência, é INCORRETO afirmar:
a) Para efeito de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, o território nacional é dividido em
24 (vinte e quatro) regiões.
b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO decorrentes da
relação de trabalho.
c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios resultantes de contratos de
empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinar às Varas do Trabalho a realização dos
atos processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação.
e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade da contratação do
empregado, reclamante ou reclamado, independente do local da prestação dos serviços ao
empregador.

47. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Organização da Justiça do Trabalho; Competência; ) Quanto à
organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, é INCORRETO afirmar que
a) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as ações entre trabalhadores
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da relação
de trabalho.
b) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo local da contratação ou
domicílio do empregado, ainda que tenha sido diversa a localidade onde o empregado, reclamante
ou reclamado, prestar serviços ao empregador.
c) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações
sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos
e empregadores.

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d) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, sete juízes, sendo um
quinto dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e os demais mediante
promoção de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.
e) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um distribuidor, cuja
principal competência é a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada
Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados.

48. ( Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Em relação à competência territorial da Justiça do Trabalho, é correto afirmar:
a) A competência é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços ou pela
cláusula do foro de eleição.
b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara do
Trabalho da localidade em que a empresa tenha sede.
c) Quando for parte de dissídio trabalhador avulso, a competência será da Vara do Trabalho da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na
falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade
mais próxima.
d) A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo
em contrário.
e) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato
de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da extinção do contrato
de trabalho.

49. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) De acordo com a CLT, com relação à competência em
razão do lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou filial,
mas à matriz da empresa empregadora será competente para apreciar reclamação trabalhista
a Vara
a) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa.
b) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante.
c) do domicílio do reclamante, apenas.
d) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante.
e) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.

50. ( Prova: FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

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a) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.
b) ações postulando cobrança de honorários advocatícios.
c) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da Emenda
Constitucional no 45, de 2004.
d) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, habeas data, quando o ato
questionado envolver matéria relacionada às relações de trabalho, inclusive de servidores públicos
estatutários.
e) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não decorrentes diretamente
das relações de trabalho.

51. ( Prova: FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público / Direito Processual do Trabalho /
Competência; ) O conflito positivo de jurisdição entre um Juiz do Trabalho e um Juiz de Direito,
este no exercício da jurisdição trabalhista, na forma do artigo 668 da Consolidação das Leis do
Trabalho, deverá ser julgado pelo
a) Tribunal Superior do Trabalho, em qualquer hipótese.
b) Superior Tribunal de Justiça, em qualquer hipótese.
c) Tribunal Regional do Trabalho, se a competência geográfica de ambos estiver afeta a um mesmo
Tribunal Regional do Trabalho.
d) Tribunal de Justiça do Estado em que se situar a Vara Cível.
e) Tribunal Regional Federal em que se situarem as unidades judiciárias conflitantes.

52. ( Prova: FCC - 2006 - BACEN - Procurador - Prova 2 / Direito Processual do Trabalho /
Competência; ) Após o advento da Emenda Constitucional nº 45/04, ocorrendo violação a
direito líquido e certo do empregador, por ato do Delegado Regional do Trabalho, em matéria
de disciplina de horário de trabalho, o mandado de segurança e eventual recurso cabível de
decisão desfavorável, serão da competência do
a) juiz federal comum e do Tribunal Regional Federal.
b) Tribunal Regional Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
c) juiz do trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho.
d) Tribunal Regional do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho.
e) juiz federal comum e do Tribunal Regional do Trabalho.

53. ( Prova: FCC - 2006 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Execução; Competência; ) Detém a competência para a execução de
título executivo extrajudicial:

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a) o juiz que teria competência para conhecer do litígio.


b) o Presidente do Tribunal.
c) as Turmas do Tribunal.
d) a Seção Especializada em Dissídios Individuais.
e) o juiz auxiliar das execuções.

54. ( Prova: FCC - 2009 - PGE-RJ - Técnico Superior de Procuradoria / Direito Processual do
Trabalho / Competência; ) Após a vigência da Emenda Constitucional nº 45, definiu-se a
competência da Justiça do Trabalho para as ações
a) movidas por servidores públicos contra a entidade estatal a que serviram, mesmo se sujeitos a
regime estatutário, quando a lide versar sobre seus vencimentos ou proventos de aposentadoria.
b) de indenização decorrentes de acidente do trabalho movidas pelos segurados contra o INSS -
Instituto Nacional do Seguro Social.
c) de cobrança decorrentes de qualquer contrato de prestação de serviços.
d) de cobrança de qualquer benefício previdenciário.
e) de indenização decorrente de acidente do trabalho movidas pelo empregado contra o
empregador.

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GABARITO DAS QUESTÕES DA AULA


1. D 15. A 29. B 43. C
2. B 16. E 30. B 44. B
3. B 17. C 31. E 45. E
4. E 18. B 32. E 46. E
5. D 19. C 33. E 47. B
6. A 20. D 34. E 48. D
7. E 21. B 35. B 49. E
8. E 22. C 36. C 50. A
9. B 23. A 37. B 51. C
10. D 24. D 38. D 52. C
11. E 25. A 39. E 53. A
12. A 26. C 40. A 54. E
13. B 27. C 41. E
14. A 28. B 42. A

FECHAMENTO

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