Caio Guimarães - Matemática em Nivel ITA-IME - Vol. 1 93954
Caio Guimarães - Matemática em Nivel ITA-IME - Vol. 1 93954
Caio Guimarães - Matemática em Nivel ITA-IME - Vol. 1 93954
Matemática
Em Nível IME/ITA
Volume 1:
Números Complexos e Polinômios
1a Edição
04 - Polinômios
4.1 - A história dos polinômios................................................... 90
4.2 - Introdução: Raizes de um polinômio............................... 92
4.3 - Operações com Polinômios e Fatorações Importantes 99
4.4 - Relações de Girard............................................................. 111
4.5 - Teorema de Newton............................................................ 117
4.6 - Teorema de Girard ............................................................. 120
4.7 - MDC de Polinômios e Raizes Comuns.......................... 125
4.8 - Raizes Múltiplas.................................................................. 131
4.9 - Exercícios de Fixação........................................................ 136
07 - Resoluções Comentadas
Resoluções Comentadas.......... 197
Apêndice
Apêndice.. .318
Bibliografia
Bibliografia... 329
O livro ‘Matemática em Nível IME/ITA’ tem como objetivo não somente dar a
base aos alunos que desejam encarar as difíceis provas de vestibular do IME
e do ITA, mas também ajudar a aumentar a barra de dificuldade das matérias
de matemática lecionadas no ensino médio, a fim de atingir o nível exigido
nessas provas. A leitura desse material também é indicada a professores de
cursos preparatórios para pré-vestibular, princípalmente aqueles com ênfase
nos vestibulares militares.
Compilamos neste livro um material que contém tanto a carga teórica que o
aluno pode precisar para consulta, quanto séries de exercícios (e muitos!),
com resoluções, que darão a ele a confiança necessária para encarar o
vestibular militar.
Agradecimentos
Jostaria de agradecer a todos colaboradores desse projeto. Em especial, os
que tiveram contato direto com o trabalho. Entre elas cito meus verdadeiros
amigos aqui no ITA (meus colegas de quarto), que colaboraram, não só com
o apoio moral (e uma amizade fundamental), mas também muitas vezes com
seu intelecto, ajudando na confecção de diversas partes do livro: Hélder
Suzuki, Henry Wei, Rodolpho Castro, Luiz Adolfo Schiller, Rafael Daigo
Hirama, Felipe Moraes. Agradeço a Alessandra Porto pela ajuda com o
material para o contexto histórico do livro e pelo pessoal da AER-09 pela
ajuda na revisão do material.
Bons estudos!
1 Números Complexos - Introdução 13
x3 =ax + b
3
x= I’.
\I2
No entanto,
14 Matemática em Nível IME/ITA
3 2 3
22-53 = -121 < 0
e ^2-7-121 = A - 7b
Onde A e B são números reais. Rafael Bombelli
Tal representação faria com que o resultado não parecesse tão "absurdo"
assim.
A - 7b = 2A
(2 + 7=í)3 = 2 + 7-121
z = x + y.i x.ye R
Complexos (C
Reais (R)
16 Matemática em Nível IME/ITA
p = p.i = -i.i = -i
i4 = í=.í = -lí = -i2 = 1
r.. in k
n,k e Z, n>4
Resultados Notáveis:
(1 + i)2 = 1 + 2i + i2 = 1 + 2i — 1 = 2i
(1-i)2 = 1-2i + i2 = 1 — 2i — 1 = - 2i
■ (1 + O _ (1 + i)2(M2_ 2i _ 2i _ .
(1-i) “ (1-i)(1 + i) " 12-i2 " 2 “ '
(i-i)(i + i)
1 i
i.i
1 Números Complexos - Introdução 17
Dizemos que dois números complexos são iguais quando as partes real e
imaginária são respectivamente iguais nos dois números.
------- 1
I h- =c
C + d.i
=d
Definição 1.2.1
Por mais simples que essa definição de igualdade possa parecer, vamos ver
mais a frente que ela vai ajudar muito em algumas resoluções de exercícios.
Cart F. Gauss
lm
z (x,y)
y
Re
x
Fig 1.2.1
|z| = >e(z)))2+(lm(z))2
Definição 1.2.2
lm
d(z,w) = |z-w| i z
J z-w
Definição 1.2.3
OBS: Atentando-se à
W
desigualdade triangular no
triângulo ao lado, temos: Re
|z| + |z-w|>|w|
Z
tge=y=^
x Re(z)
/ ' y O que nos leva a:
|0 = arg(z) , |Re 1j
0 = arg(z)= Arctgf
X
<Re(z).J |
Fig. 1.2.3
Definição 1.2.4
O Conjugado de um Complexo
Vamos ver, no decorrer do livro, que ao estudar um complexo z da forma
z = x + y.i, é muito interessante definir também o complexo:
z + z = (x - yQ + (x + yí) = 2.x
[z+z = £-Re<z2 ]
Fórmula 1.2.2
Fórmula 1.2.3
1 Números Complexos - Introdução 21
z = a + b.i
w = c + d.i a,b,c,de R
(z +w) = z + w
Fórmula 1.2.4
z = a + b.i
W = C + d.i a.b.c.de R
r (z.w) z.w
Fórmula 1.2.5
| z = a + b.i
|w = c + d.i a.b.c.de R
_z_ 1i
w
Fórmula 1.2.6
1 1
z =------ e w =-----
2+i 1+i
Solução:
Sabemos da Fórmula 1.2.3 que multiplicar um complexo por seu conjugado
nos dá um resultado real.
1 Números Complexos - Introdução 23
1 1 1-i 1-i
W = - ----- 7 = 1-l.i
1+i1-i 12 + 12 2 2
u = z-w 2-l.i
5 5
1-l.í
2 2
=(2_n +fi_n
í 5 2 J V2 5 J
d(z,w) = |u|
í d(z'w) = lT
z2+|z| = 0
Solução:
(x + y.i)2 + |x + y.i| = 0
cs x2 - y2 + 2.x.y.i + Jx2 + y2 = 0
íy = 0 x = 0
ou
[x2 + |x| = 0 y2 = |y|
y = 0 íx = 0
ou
x =0 [y = ±1
Da representação geométrica
da figura 1.2.3: Im
Re(z) = |z|.cos6 z
lm(z) = |z|.sen0
: lm(z)
Podemos então escrever um
complexo z qualquer, de
e
Re
argumento 0 como sendo:
Re(z)
Fig. 1.2.3
z = |z|.(cos0 + i.senO)
Definição 1.3.1
Solução:
|z|2=12 + 12 |z| = J2
88 Matemática em Nível IME/ITA
S, = c’ + cn4 + cn7 + c1
n° +... + c3L<n~1,'3J+’
E k2-c*
k=0,4,8,...
Z (k + l).c!í
k=1,5,9,. .
Exercício 3.11 Mostre (sem necessariamente utilizar números complexos):
y C„ 2n*1 -1
és k +1 ~ n +1
3 Complexos - Aplicações em Somatórios 89
60
sen (n-1)n
n
90 Matemática em Nível IME/ITA
Capítulo 4 - Polinômios
| 4.1 A História dos Polinõmios
A história diz que no início do século XVI o matemático Scipione dei Ferro
descobriu uma solução para a equações do tipo x3 + px + q = 0 , porém
faleceu antes de publicá-la. Seu discípulo, Antonio Fior, conhecia o método e
resolveu publicar em uma dessas edições anuais o desafio, afim de
engrandecer seu nome perante os matemáticos contemporâneos. O desafio
constava em dar as soluções numéricas de equações do tipo que dei Ferro
havia estudado.
,2 3
b Ib
x=?
V2 2
Até o momento não era tido como algo matematicamente verdadeiro a raiz
quadrada de números negativos, de modo que equações como x3 = 15.x+ 4 ,
não apresentassem soluções de interpretação matemática concreta, uma vez
que de acordo com a solução de Tartaglia:
x = ^2 + 7-121+^2-7=121
Desta forma criou-se em paralelo ao estudo das equações algébricas
polinomiais, o estudo dos Números Complexos.
92 Matemática em Nível IME/ITA
Com a teoria sólida a respeito dos números complexos vista nos capítulos 1 a
3 deste livro, poderemos iniciar uma caminhada agora em direção aos
Polinômios Começaremos devagar e com o passar das Seções
introduziremos conceitos que são exclusivos de provas do estilo IME/ITA
Definição 4.2.1
Exemplos:
grau 5 P(x) = 1 + x + 2x2 - 4x5
grau 2: P(x)=1 + 2x + x2
grau 3 : P(x)= x3
grau 1: P(x) = i+ x
grau 0 : P(x) = n
I Curiosidade:
Se o grau é dado pela ordem do maior expoente com coeficiente não-nulo,I
[qual é o grau do polinômio P(x)=0, que não possui coeficientes não nulos?
Identidade de Polinômios
Exemplo 4.2.a:
Determine as constantes a, b, c na identidade:
Solução:
Temos uma expressão do lado esquerdo da identidade, dependente das
variáveis independentes x,y,z e deve ser “identicamente nulo" (i.e. para
qualquer sejam os valores assumidos por x, y, z , a expressão deverá se
anular).
a.(x + 5y - 3z) + b.(2x - 2y + 5z) + c.(7x +11y + 3z) + x - 2y =
= a x + 2b,x + 7c.x + x + 5a.y - 2b. y +11c.y - 2 - 3a z + 5b.z + 3c.z
= x (a + 2b + 7c +1) + y.(5a - 2b +11c - 2) + z. (-3a + 5b + 3c)
De onde segue:
a + 2b + 7c +1 = 0
5a - 2b +11c - 3 = 0
-3a + 5b + 3c = 0
Resolvendo, temos:
37 e 13
La=-rb = -5; c = —
6
Vamos ver como essa definição se aplica no caso dos nossos polinômios I
94 Matemática em Nível IME/ITA
Definição:
Dois polinômios são ditos idênticos quando todos os seus coeficientes
correspondentes são iguais.
Definição 4.2.2
Definição:
Um polinõmio é dito Identicamente Nulo quando e só quando todos seus
coeficientes forem nulos.
Definição 4.2.3
Solução:
Basta utilizarmos a definição 4.2.3:
sena -1 = 0 sena = 1
a=—
4.cosa = 0 cosa = 0 2
Raiz de um Polinômio
Definição:
Dizemos que um número a é raiz do polinômio P(x) quando P(a) = 0.
Definição 4.2.4
I) Polinômios do 1°Grau
Nesse caso, uma simples manipulação algébrica resolve.
u3+ v3 = -
3.u.v = -b
U3.V3 = —
27
Vamos denotar: u3 = p , v3 = q
p + q = -c
[
-b3
p.q =------
27
P+ Í--U=
l 27 J p
2 b3
P +c.p-- 0
c b3 c c^ b3
P = -2 ; q = -—+
4 27 4 27
• Voltando às variáveis u e v:
j
J
4 PoIinôm ios 97
Resultado 4.2.1
J
Volte à Seção 1.1 do Capitulo 1, para uma
discussão histórica interessante envolvendo
o resultado de Cardano-Tartaglia como
contribuição para o inicio da discussão a
respeito de números complexos.
■1 $
Girolamo Cardano (1501-1576)
Solução:
Não conhecemos as ferramentas para calcular um polinômio do quarto grau
de forma analítica. Na verdade, esse polinômio é um polinômio do 2° grau
mascarado (esse tipo de equação é chamada Equação Biquadrada).
= — 1 ± i.>/3 = 2.cisí±-^J
Note que a questão ainda não foi concluída! O enunciado pede as soluções
do polinômio em x, não em y. Portanto, devemos voltar à variável x:
Formula 1.5.7
x2 = 2.cisf± — = 72.cis(±| + k.>t| k = 0,1
x
l 3
x e J'72.cisí — I, V2.cisf — |
, V2.cis
l U) V3 )
= 4.cos3x-3.cosx
.-. 8.cos3(20°)-6.cos(20c)-1 = 0
1 1 27 ' 1 27
y = 3/—- 3Í—
4.64 27.64
V16 64.4 64.27 V16
3 3lL 3
= ? —“
V16 64.4 \'16 ' 64.4
OBS: Note que o grau da soma de dois polinômios é o mesmo grau do'
; polinômio de maior grau entre os dois. Na multiplicação o grau é a soma dos.\
graus dos dois polinômios.
Divisão de Polinômios
Assim como a soma e produto, a divisão também é feita de forma algébrica
semelhante à divisão numérica. A única diferença é que os algoritmos de
divisão devem ser adaptados de tal forma que seja possível serem
agrupados os termos de mesma potência da variável independente (x, nos
nossos exemplos). Vejamos o raciocínio no exemplo a seguir:
4 PoIinómios 101
Ex:
Na divisão numérica
29 4-3 29 3.9 2
Dividendo Ouociente 9 Resto
Divisor 3
P(x)-=-D(x) P« D(x).Q(x) RW
Dividendo Quociente Q Resto
Divisor D
Para P e D tais que o grau de P(x) maior o igual ao grau de D(x)
Resultado 4.3.1
Demonstração:
Se o divisor é de primeiro grau, então o resto deverá ser uma constante real.
Sendo R essa constante real, da definição 4.3.1 temos:
P(x)= (x-k).Q(x) + R
Logo, fazendo x = k:
P(k) = (k-k).Q(k) + R = R
= (T
102 Matemática em Nível IME/ITA
Solução:
Sabemos que a divisão de um polinômio por outro do 3o grau nos dá um
resto de no máximo 2o grau.
I
I
x4 +3.x3 -5.x2 + 8x + 1
▼
x2 + 2x - 3
x2
Exemplo 4.3.b Ao dividir A(x) por B(x) foram obtidos o quociente Q(x) e resto
R(x), onde: Q(x) = x2 + 2x -1 e R(x) = x3 + 3x2 + 3x + 4 . Se dividirmos o
polinômio A(x) por x2 + 2x-1 o resto será T(x). Calcule T(10).
Com isso:
A(x) (x3 + 3x2 + 3x + 4)
= B(x) +
(x2 + 2x-1) (x2 + 2x-1)
x3 + 3x2 + 3x + 4 | x2 + 2x-1
—x3 -2x2 +x x+1
x2 + 4x+ 4
-x2 - 2x+ 1
2x + 5 = T(x)
T(10) = 25^|
E, com isso, obtemos a resposta: T(10) = 2.10 + 5 = 25
Fatoração de D Alembert
Durante a época em que a demonstração do Teorema Fundamental da
Álgebra estava em discussão, o matemático D'Alembert sugeriu uma solução
para o impasse ao tentar mostrar que dado um polinômio de raiz k, ele pode
ser escrito de tal forma que possui o termo (x - k) em sua fatoração.
Da fatoração conhecida:
an -bn = (a-b).(a' a"-2.b + ... + a .bn-2-rbn-')
Conclusão Importante:
De forma geral, podemos fatorar o polinõmio de raízes a,, a2, a3, ...,a■nn e
coeficiente do termo de maior grau igual a ‘a’ da seguinte forma:
P(x) = a.(x - a1).(x-a2).(x-a3)....(x - an)
Resultado 4.3.2
Divisibilidade de Polinômios
P(X) é divisível por Q(x) quando todas as raizes de Q(x) forem também raizes
de P(x).
Resultado 4.3.3
106 Matemática em Nivel IME/ITA
Exemplo 4.3.b (IME - 1994) Mostre que P(x) é divisível por Q(x) onde P e Q
são os dados:
P(x) = x999 + x888 + x.777 555 + x444 + x,333
777 + x666 + x555 333 + x222 + x1" +1
Q(x) = x9 + x8 + x7 + x6 + x5 +x4 + x3 +x2 + x +1
Solução:
Vamos determinar todas as raizes de Q(x):
Q(x) = x9 + x8 + x7 + x6 + x5 + x4 + x3 + x2 + x +1
x10-1
O desenvolvimento de Q(x) é uma soma de P.G. de razão x: Q(x) = ———
P(x).p(x) + Q(x).q(x) = 1 Vx eC
P( p(1)) = 0 , Q(0) = 0
Solução:
Vamos supor por absurdo que p(x) seja divisível por (x -1). Isto é, o resto da
divisão de p(x) por (x - 1) é nulo, ou ainda, que:
p(1) = 0
Fazendo x = p(1), temos:
P( P(1) )■ P( P(1) ) + Q( P(1) )-q( P(1) ) = 1
=0 = Q(0)=0
Ou ainda:
0=1
ABSURDO!
Onde Q(x) é o polinômio que representa os demais fatores de P(x). Por P(x)
ser de grau 3. do Teorema Fundamental da Álgebra, sabemos que possui 3
raizes e Q(x) deve possuir os outros dois fatores restantes na fatoração de
P(x) (i.e. Q(x) é de grau 2).
P(x) = x3 -10.x2 + 29.x - 20 = (x - 1).(x2 + ax + b)
-10 = a-1
29=b-a
-20 = -b
a =-9
b = 20
1. 4,5
P(x) = (x-k).Q(x)
4 P oI i n ôm i os 109
Algoritmo de Briot-Ruffini:
2 1
r
2° Passo: Multiplicamos o número k (no nosso caso k = 2) pelo primeiro
número abaixo da linha horizontal (no nosso exemplo, devemos fazer 2.1 =
2). A esse resultado somamos o próximo termo acima da linha horizontal (no
nosso exemplo, esse termo também é 2 (chegando, no nosso exemplo, ao
resultado: 2 + 2 = 4).
-1 3
/ \ ,... -
2 Í ' =. 4 )
V'
X
110 Matemática em Nível IME/ITA
1 2 -1 3
2 1 4 7
P
Ou seja, podemos escrever:P(x) = x3 + 2x2-x + 3 = (x-2).(x2 + 4x +7)+ 17
Solução:
Novamente, por inspeção, conhecemos uma raiz do polinômio. 1 é raiz do
polinômio, uma vez que a soma dos coeficientes é nula. Ou seja:
P(1) = 13-10.12+29.1-20 = 0
1 -10 29 -20
1 1 -9 20
1. 4,5
4 PoIinômios 111
Vimos na seção 4.2 que existem métodos analíticos para achar as raizes de
Equações do primeiro grau, do segundo grau, do terceiro grau e do quarto
grau. Não há métodos gerais analíticos para determinar as raízes de
polmõmios quaisquer diferentes deles (veremos mais a frente alguns outros
casos particulares, em que poderemos criar métodos específicos para achar
as raízes, quando estudarmos equações reciprocas).
Estudaremos agora algumas relações inerentes a cada polinômio que
auxiliam na busca de novas raizes. Cabe ressaltar que essas relações por si
só nunca permitirão que encontremos as raízes do polinômio. Elas apenas
auxiliarão a nossa busca, junto a outras informações conhecidas a respeito
da equação analisada.
Antes de enunciarmos as famosas Relações de Girard, vamos primeiro
definir um termo que será mencionado no próprio teorema, para que a
compreensão posterior seja facilitada.
Sq = a + b + c + d + ...
S| = a.b + a.c + ... + b.c + b.d +... + c.d + ...
Relações de Girard
Dado um polinômio: P(x) = an.xn+an_1.xn-1+... + avx + aoé valido que:
Resultado 4.4.1
b
I S^=-
a
,■ SsG -a
2 - -
Para o polinômio do terceiro grau P(x) = a.x3 + b.x2 +c.x + dde raizes m. n, p
podemos fatorar
S’
: SH; sã=-^
____________________________________________ ____________________ ,_______________________________________________ ________________________ _________ _______________________ ___________ __________________________ -■
Solução:
4 P oI in ôm ios 113
2, 5,8
I Solução: <
i a2 + b2 + c2 + d2 = 7
OBS: Note que, no exercício anterior, calculamos a soma dos quadrados das
raizes do polinômio, sem conhecermos as mesmas, ou sequer sabermos se
as raizes eram reais puras ou não. De fato, o resultado de Girard é geral, e
não faz essa distinção, nos permitindo aplicá-lo para qualquer polinômio de
coeficientes complexos.
114 Matemática em Nível IME/ITA
Teorema
Dado um polinómio de coeficientes reais. Se o mesmo polinómio admite uma
raiz complexa com parte imaginária não nula, então seu conjugado também
será raiz.
Teorema 4.4.1
Um raciocínio análogo pode ser feito para um polinómio de coeficientes
racionais, admitindo uma raiz irracional. Toda raiz irracional pode ser escrita
da forma a + 7b, e pelo mesmo raciocínio de cancelamento da parte
irracional, segue o seguinte resultado:
| Teorema -]
I Dado um polinómio de coeficientes racionais. Se o mesmo polinómio admite
uma raiz irracional do tipo a + 7b , então a - 7b também será raiz.
Teorema 4.4.2
Solução:
Note que o polinómio dado tem coeficientes reais e racionais. Dos teoremas
4.4.1 e 4.4.2, sabemos que também são raizes do polinómio: -i e 2-73
+ [ 2-X)+( 2 + X) + k = S’G =9
F k=5
II) y-p = q, = 0
Das relações de Girard, temos que a soma das raizes é racional, e, como
a é racional, temos que y + 0 = q2 e Q . Segue que:
Y = ^ eQ ;
Ou seja, é verdadeiro afirmar que se uma raiz é racional, todas também são.
m +n +p = 0
m.n + n.p + m.p = a
m.n.p = —b
S‘k = ak + bk + ck + dk +...
Teorema de Newton
Dado um polinômio: P(x) = an.xn 4-an_1.xn'1+...+avx + a0 é valido que:
Resultado 4.5.1
Demonstração:
Sj = a2+b2 + c2 + d2
= (a + b + c + d)2- 2.(ab + ac + ad + bc + bd + cd)
(Sj = a + b + c + d = (SG) = 0
(S‘) = a0+b°+c0 + d° = 4
l .-. S4 = a4 + b4 + c4 + d4 = 46
4 PoI in ôm ios 119
OBS Importante: Note que o teorema de Newton não estipula que valor de k
deverá ser usado para iniciar como acompanhante do primeiro termo do
polinõmio A escolha é arbitrária (verifique a demonstração). Ou seja, na
questão resolvida acima, poderiamos ter calculado a soma pedida, partindo
da seguinte (também verdadeira) expressão do Teorema de Newton:
:2 + n2 + p2
2
Como m, n, p são reais, então m2 + n2 + p2 > 0 e com isso, a < 0.
J
120 Matemática em Nível IME/ITA
Teorema de Girard
Dividindo-se (utilizando o método algébrico) a derivada de um polinômio P(x) I
pelo polinômio original, obtém-se um quociente resultado, do tipo:
Sp , S, S; S3
x x2 x3 x4
Onde Sg, Sp Sj, .... são as somas de Newton, definidas na seção 4.5.
Resultado 4.6.1
smonstração
eja P(x) um polinômio de grau n com raízes: x,, x2 xn. De acordo com o
resultado 4.3.2 podemos fatorar P(x) como:
P(x) = a.(x - x,).(x-x2).(x-x3) (X-X„) (Eq. I)
Esta divisão não está inteiramente de acordo com a definição 4.3.1 de
Divisão de Polinômios uma vez que o grau do divisor P(x) é maior que o grau
do dividendo P'(x). Não nos interessa avaliar o o polinômio quociente em
alguns valores de x, mas sim, determinar os coeficientes dessa "divisão". Ou
seja, a principio, o resultado independe dos valores de x a serem assumidos
pelos polinômios.
Para efeito de rigor matemático, consideremos que essa divisão é feita para
valores de x que garantirão uma condição necessária para a convergência
mais a diante na prova:
|x|>|xk| => |^|<1
4 PoIinòmios 121
Ao fazermos isso devemos ter cautela. Como a Equação I deve valer para
todo x real pode ser que o polinõmio assuma valores negativos, o que não
permitiría a aplicação do logaritmo. Isso acontecerá sempre que x for menor
que um número impar de raizes de P(x), resultando em um número impar de
parcelas negativas (x - xk).
Nesse caso, será sempre possível multiplicar ambos os lados por -1, e
rearranjar os sinais das parcelas do lado direito, de modo que ambos os
membros da equação sejam positivos, e o lado direito da equação seja
composto apenas de parcelas positivas. Visto isso, seguiremos a
demonstração para o caso em que as parcelas (x - xk) são positivas (a
demonstração, caso contrário, é exatamente análoga tendo feita a alteração
mencionada acima).
InP(x) = ln|a| + ln|x - x,| + ln|x — x2| +... + In |x - xn|
Vamos dar uma arrumada nos termos à direita na equação II. Para cada
parcela da direita, podemos escrevê-la da seguinte forma:
1
x-xk
(Eq. III)
P(x)
Note agora, que cada parcela do lado direito da igualdade acima se parece
muito com uma soma de PG infinita. Vale relembrar que:
122 Matemática em Nível IME/ITA
a
a + a.q + a.q2 +... = |q|<1
1-q
(Soma de P.G.)
a
1-q
lxl>W
Ou seja, podemos reescrever a equação III como:
Arrumando:
s-,
S'q S\ S'2
1' ' x + X2 X3
Curiosidade Histórica
As relações de Girard vistas na seção 4.4 deveríam ser creditadas a Newton,
que foi o primeiro a estudá-las no seu trabalho de pesquisa sobre polinõmios.
O verdadeiro teorema de Girard é o que acabamos de mostrar (Resultado
4.6.1).
4 PoIinômios 123
4 10 6 46 Sç+s; A
x4+ xs+- X X2 x3
x x3 x4
Da comparação acima, segue que:
Solução:
Sendo m, n, p as raízes do polinômio dado, temos:
-2.a- —
X
2.a2 2.a.b
2.a + —z-+-------
x2 x3
m2 + n2 + p2
m2 + n2 + p2 = -2.a a=-
2
Como m. n, p são números reais não-nulos, temos que a < 0, o que está
coerente com o resultado do exemplo 4.5.b.
Ex:
140 = 22.5.7
108 = 22.33
MDC
Dado dois polinômios P(x) e Q(x). O MDC entre P e Q será o polinômio M(x)
de maior grau tais que P(x) e Q(x) são divisíveis por M(x).
Definição 4.7.1
Raizes Comuns: As raizes comuns entre dois polinômios P(x) e Q(x) serão
as raizes do polinômio MDC entre P e Q.
Resultado 4.7.1
126 Matemática em Nivel IME/ITA
1° Passo: Dividimos o maior dos dois números pelo menor deles, obtendo um
resto da divisão.
3060 |2856
Resto: 204 1
-x5 +X X + 1
x4 +x3 +x2 + 2x + 1
-x4+ 1
x3 + x2 + 2x + 2
-x3 -X -1
x2 + 3x + 2
-x2 +1
3x +3
OBS: Antes da próxima divisão, que seria entre -x2 + 1 e 3x + 3 podemos
evidenciar o 3 no divisor para facilitar as contas, sem alterar nosso resultado.
-x2 +1 I x+ 1
X2 X -X -1
x+1
-x-1
0
128 Matemática em Nível IME/ITA
Chegando ao resto nulo, temos que o divisor da última divisão é o MDC entre
os dois polinômios originais. Sendo assim:
MDC(x5 + x4 +x3 + x2 + 1 ; x4 -1 j = x +1
Podemos ainda aproveitar o MDC obtido e dizer que as raízes comuns entre
os polinômios P(x) e Q(x) serão as raízes do polinômio MDC. No nosso caso,
a raiz comum será, então, -1.
Definição 4.7.2
solução: Vamos supor que haja, de fato, pelo menos uma raiz comum entre
P(x) e Q(x). Sendo 'k' esta raiz, podemos escrever:
ík3 - 3.k2 + k - 3 = 0
[k3-k2 + k-1 = 0
i e -i
P(x) = x4 - 3x3 - x + 3
Q(x) = x4 -15.x3 + 65.x2 -105.x+ 54
k4 - 3.k3 - k + 3 = 0
k4 -15,k3 +65.k2 -1O5.k + 54 = 0
12.k3-65.k2 104.k-51 = 0
A priori, não sabemos um método geral para resolver tal equação do 3° grau.
Porém, devemos estar atentos e notar que a soma dos coeficientes do
polinômio acima é nula. Ou ainda, que
12.(1)3-65.(1)2 + 104.(1)-51 = 0
Ou seja, k = 1 é uma raiz. Descobrimos uma das raizes comuns a P(x) e
Q(x). A outra será uma das outras duas restantes no polinômio em k.
130 Matemática em Nível IME/ITA
Interessa a nós qual dessas duas é raiz comum a P(x) e a Q(x). Substituindo
nas expressões de P e Q. verifica-se que:
1 -3 0 -1 3
1 1 -2 -2 -3 0
3 1 1
-T 0
-1 + i.V3 -1-1.73
1, 3,
2 ' 2
4 P0I inòmi os 131
Para Q(x):
1 -15 65 -105 54
1 1 -14 51 -54 (T
3 1 18 0
■ 1, 3. 2, 9
Definição:
Dizemos que uma raiz k é uma raiz múltipla de um polinômio P(x) quando ela
é raiz de P(x) e também raiz do seu quociente da divisão de P(x) por (x-k).
Ou ainda, quando P(x) possui o fator (x-k) mais de uma vez em sua
fatoração. O número de vezes n em que aparece o fator dirá a ordem de
multiplicidade da raiz (se n = 2, trata-se de raiz dupla, se n = 3, raiz tripla, e
assim em diante).
Definição 4.8.1
Exemplos:
Resultado:
Se P(x) possui uma raiz k com multiplicidade de ordem n, então k será raiz de =
P’(x) com multiplicidade de ordem n - 1.
Resultado 4.8.1
Exemplo 4.8.a Sabendo que P(x) possui uma raiz dupla determine todas as
"aizes de cada um deles.
P(x)= x3-7x2 + 16x-12
.olução: Sabemos que P(x) possui raiz dupla. Pelo resultado 4.8.1,
sabemos que esta raiz está entre as raizes do polinômio derivado.
Pesquisemos então as raizes de P'(x).
P'(x)= 3x2-14x + 16
14±Vl42 -4.3.16 „ 8
P’(x) = 0 x = —----------------------- = 2 ou —
6 3
4 PoI i nómios 133
Ou seja, de acordo com o resultado 4.7.1, a raiz dupla de P(x) deverá ser ou
2 ou 8/3.
Por inspeção vemos que x = 2 é raiz de P(x) e, portanto será a raiz dupla
procurada. Para achar a 3a raiz do polinômio, basta reduzirmos o grau do
mesmo pelo algoritmo de Briot-Ruffini.
1 16 -12
2 1 6 0
2 1 -3 0
P(x) = (x-2)2.(x-3)
Raizes de P(x):
2 (raiz dupla), 3
Exemplo 4.8.b Mostre que o polinômio abaixo não possui raizes múltiplas
2SÍ x2007
P(x) = 1 + y +
2! 3! 2007!
Suponhamos, por absurdo, que exista uma raiz 'k' múltipla deste polinômio.
Se k é raiz múltipla, pelo resultado 4.8.1, ela será raiz de P(x) e do polinômio
P'(x). Ou ainda:
k2006 u2007
„ k k2
1+-+ — --------= 0 k2°°7
1 2! 2006! 2007! --------- = 0 => k = 0
1,2006 2007!
, k k2
1+ - + — -- ------- = 0
1 2! 2006!
Ora, então para que isto ocorra, a raiz deverá ser 0, o que é um absurdo
pois P(0) = 1 . Por absurdo, fica provado que P(x) não possui raizes
múltiplas.
134 Matemática em Nível IME/ITA
Exemplo 4.8.C (IME 2007) Encontre o polinômio P(x) tal que Q(x) é um
polinômio do 6o grau, e que:
Q(x) + 1 = (x-1)3 ,P(x) e Q(x) + 2 = x4.T(x)
Além disso, sabemos que o polinômio Q(x) + 1 tem 1 como raiz tripla. Desta
forma, pelo resultado 4.7.1, sendo M(x) = Q(x) + 1, teremos que 1 é raiz de
M(x), M'(x) e M"(x).
a+b+c-1=0
6a + 5b + 4c = 0 a = 10; b = -24; c = 15
30a + 20b + 12c = 0
Essa divisão pode ser efetuada, por exemplo, pelo algoritmo de Briot-Ruffini:
10 -24 15 0 0 0 -1
1 10 -14 1 1 1 1 0
1 10 -4 -3 -2 0
1 10 6 3 1 0
= (x-1)2. M,(x)
22 + 4= + 6’ +... + (2n)2
Exercício 4.19 (ITA - 1994) A identidade abaixo é valida para todo x real,
diferente de -1. Determine o valor de a + b + c.
x3 + 4 A a b.x + c
1 + -S-
x+1 x + 1 x -x + 1
Exercício 4.21 (ITA - 1999) Seja P(x) um polinômio de grau m. A(x) e B(x)
polinômios de grau maior que um e admita que existam polinômios C(x) e
D(x) tais que a igualdade A(x).C(x) + B(x).D(x) = 1 se verifique para todo x
real. Prove que A(x) não é divisível por B(x).
|ç
Exercício 4.22 XDetermine o maior valor de k inteiro para o qual (x-1)
divide x2n+1 - (2n + 1).xn+1 + (2n + 1).xn -1.
Exercício 4.26 (IME) £ Seja um polinômio P(x) do 5o grau tal que a divisão
•> o
de P(x) por (x + 1) nos dá resto 1 e a divisão por (x-1)3 nos dá resto -1.
Determine P(x). Sugestão: Monte as equações de divisão euclidiana do
enunciado e deríve-as com relação à variável x.
Exercício 4.39 Mostre que se P(x) de grau n admite n+1 raizes distintas,
então P(x) é o polinômio identicamente nulo. O8S. Utilizaremos este
resultado mais a frente no capitulo 5.
Exercício 4.42 X Mostre que, dado um real a, qualquer polinômio P(x) pode
ser desenvolvido em potências de (x - a). Isto é, o seguinte desenvolvimento
pode ser feito:
P(x) = Ao + A,.(x - a) + A2.(x - a)2 + ... +An.(x -a)n
Exercício 4.48 * Determine todos os polinômios P(x) tais que P(1) = 1 e, pra
todo x real:
P(x2 + 1) = (P(x))2 +1
Exercício 4.49 ’ Determine todos os polinômios P(x) tais que, pra todo x
real:
P(x2) + P(x).P(x +1) = 0
142 Matemática em Nível IME/ITA
Capítulo 5 - Polinômios
Equações Algébricas
Teorema
Dado um polinômio de coeficientes reais. Se o mesmo polinômio admite uma
raiz complexa com parte imaginária não nula, então seu conjugado também
será raiz.
Teorema 4.4.1
Teorema
Dado um polinômio de coeficientes racionais. Se o mesmo polinômio admite
uma raiz irracional do tipo a+ Vb , então a - 7b também será raiz.
Teorema 4.4.2
Teorema das Raízes Racionais Seja P(x) = a0 +a1.x + a2.x2 + ... + an.xn. Se a
fração irredutível p/q (p e q inteiros e primos entre si, q * 0 ) é raiz de P(x)
então: p divide a0 e q divide an._______________________________
Teorema 5.1.1
5 Equações Algébricas 143
Demonstração:
2 ,n
-...-ran.| P =o
q.
p q
Solução:
'Esse exercício segue um formato muito adotado pelo ITA, tradicionalmente.
. Note que em uma prova com muitas questões, como é a prova do ITA, perder .
tempo com contas é algo que pode atrapalhar e muito o candidato. Em
muitos casos a banca propõe questões em que o candidato ou perde muito
tempo com as contas ou encontra uma saída rápida para a solução, sem
sequer colocar o lápis no papel.
Definição
Dizemos que uma equação polinomial é recíproca se, quando o número k
atende à equação, tivermos que 1/k também atende.
Definição 5.2.1
OBS: Como o inverso de '1’ é o próprio '1', assim como acontece para '-1',
não é necessário que essas raízes apareçam em dobro (como raízes duplas)
para que formem uma equação recíproca. Se acontecer de '1' ou '-1' serem
raizes duplas a equação continua sendo reciproca.
i) (X- 2).[x-|j.(x + 1) = 0
ii) (x— 4) .[x-£].(x-1)2.(x + 1) = 0
iii)(x-
5) {x"i}(x+3){x+i] = 0
iv)(x-1).(x-
n
\\rj
É sempre fácil reconhecer uma equação como sendo reciproca apenas por
sua ‘aparência’.
i) 2x3-3x2 - 3x + 2 = 0
ii) 4.x5 - 21 ,x4 +17.x3 + 17.x2 - 21 .x + 4 = 0
iii) 15.x4 - 28.x3-230.x2 -28.x+ 15 = 0
iv) 2x3 - 7x2 + 7x - 2= 0
Z
Sim, muito
bem
observado •
As equações recíprocas são
caracterizadas por possuírem
coeficientes eqüídistantes do centro
da equação simétricos ou anti-
simétricos, tomando assim possível
A classifica-las quanto a dois tipos de
(77 espécies:
Definição 5.2.2
=> (ao xM + a,.xn +.... + a.|.x2 + a0.x)-(a0.xn +a,.xn“1 +.... + a1.x +a0) = 0
2.x2-7.x +9-7.
2. x2
vHx4) +9=0
=> 2.y2-4-7.y + 9 = 0
=>2.y2-7.y + 5 = 0
7 ±V72-4.2.5 5
=> y =-----------------------= ou 1
2.2 2
1 + i.Vã 1-Í.V3
1 ,-1. 2 ’ 2
5 Equações Algébricas 151
Sabemos que 1 e -1 são raizes (Resultado 5.2.2, uma vez que se trata de
uma reciproca de 2a espécie de grau par). Eliminando tais raizes pelo
algoritmo de Briot- Ruffini:
1 -6 6 0 -6 6
1 1 -5 1 1 -5 1 0
1 -6 7 -6 1
F
Com isso, a equação se torna: (x-1).(x + 1).(x4-6.x3 + 7.x2-6.x + l} = 0
x4-6.x3+7.x2-6.x+ 1 = 0 x2-6.X + 7- —+ 0
x x2
y'-2
oy2-6y + 5 = 0
1 c
e>y = x + — = 5 ou y = x + — = 1
x x
! 1±i.V3 5±V2Í
, ±1
í__ 2 ' 2
152 Matemática em Nível IME/ITA
Exemplos:
i) Equação original: x3 + 3.x2 -2.x +1 = 0
Equação transformatriz: y = x + 2 <=> x = y-2
(1/y)2 + (1/y) +1 = 0
.-. y2 + y + 1 = O
(Eq. Transformada)
1 - Transformadas Aditivas
São transformadas do tipo:
y =x+C
C = constante
Definição 5.3.1
2-Transformadas Multiplicativas
São transformadas do tipo:
y = k.x
k = constante
Definição 5.3.2
3-Transformadas Inversas
São transformadas do tipo:
1
y =-
x
Definição 5.3.3
Solução: Para obter a equação cujas raizes são iguais às raizes da equação
dada acrescidas de uma unidade, basta fazermos à transformação:
154 Matemática em Nível IME/ITA
y = x+1 x = y -1
Substituindo na equação original:
(y — 1)3 + 2. (y — í)2 — 7.(y — 1) +1 = 0
y3-y2-8y + 9 = 0
ú.
(Eq. transformada)
.I
Exemplo 5.3.b As raizes da equação x3-3.x2 + x + 2 = 0 são a.b e c. Forme
a equação cujas raizes são a+b, b+c , c+a .
Solução:
[Note que:
a + b = (a + b + c) - c
i b + c = (a + b + c)-a
1
a + c = (a + b + c)-b
Pelas relações de Girard, temos que a + b+c= (Sg) = 3. Ou seja, dado que
as raízes da equação original são a,b e c, desejamos determinar uma
equação cujas raizes são 3-a, 3-b, 3-c,
y3-6.y2 + 10y-5 = 0
L.
Exemplo 5.3.c Mostre que numa equação recíproca, a transformada inversa
não altera a equação e teça um comentário sobre o "porquê" deste resultado.
2
+ ao =0
-3C - 3 = 0
i A transformada pedida é: y = x -1
L..._ __ .....__ ___ _
Vejamos agora um resultado muito interessante que pode nos ajudar
bastante em exercidos como o Exemplo 5.3.d
Resultado 5.3.1
156 Matemática em Nível IME/ITA
Demonstração:
Considere a equação P(x) = 0 dada por:
an.xn + an_,.xn'1 +... + a2.x2 + a,.x + a0 = 0
x2 = (y + a)2 = y2 + C2.y.a + a 2
x = (y + a) = y + a
(Sistema de Equações l)
an’ = an
an-1 ~ arv(Cn-CC j + an_i
Pela aparência das equações III e IV dá para perceber que estamos próximo
à conclusão da demonstração.
Plk)(a) = 0
4 9 -14 -15
-3 4 -3 -5
r°~
Portanto, as outras duas raízes de P'(x) serão as raizes de 4.x3 - 3x - 5 = 0 ,
que são irracionais.
Ora, mas se P(x) possui raiz dupla, esta raiz deverá ser raiz também de P'(x).
Como todas as raizes de P(x) são racionais, a raiz dupla também deverá ser.
5 Equações Algébricas 159
Como -3 é a única raiz racional de P’(x), sabemos que esta deve ser a
própria raiz dupla de P(x).
Ou ainda:
P(—3)= 0 (-3)4+3.(-3)3-7.(-3)2-15.x+ d =0 d = 18
P(x) = x4 +3.x3-7.x2-15.X + 18
i - _______
Esse "bizu" parece ser importante de L
ser decorado! Reparou o quanto ele
nos poupou em contas? Eu vou é
guardar esse resultado!
P"(x) = 6x + 2p = 0 x = --
3
x3 + p.x2 + q.x + r - 0
=> (y-P/3)3 + p.(y-p/3)2 + q.(y-p/3) + r =0
=>iy3_>/+piy_pi q-P
V ' 3 27 3
y
3l£
3/_£ + í? +
+ 3I
V 2 4 27 Ví 2 V 4 27
x = y- —
3
(de acordo com a nossa teoria vista nas Seções de Números Complexos,
veja a Fórmula 1.5.7) três raizes.
O que pode pegar na hora da prova são essas contas. Achar uma equação
resultante de uma transformação aditiva pode ser muito trabalhoso, ainda
mais se o grau do polinõmio for elevado!
Autor: Mais uma vez, existe um método conhecido que facilita as contas em
uma transformada aditiva. Trata-se de um algoritmo simples. Sua
demonstração será feita na forma de exercido ao final deste capítulo.
-3
| -26
1 0 -2 11
Fica como exercício pro leitor, verificar algebricamente que este resultado
está correto!
5 Equações Algébricas 163
Solução:
Com os três pontos dados podemos, na pior das hipóteses, formar um
polinômio do 2° grau, uma vez que temos 3 equações para 3 incógnitas:
P(x) = a.x2-*-b.x + c
Equações:
P(0) = a.O2 + b.O+ c = 1
P(1) = a.12 + b.1 + c = 3
P(4) = a.42 + b.4 + c = -1
Logo
5.x2 17.x „ I
P(x) = - +------ + 1
6 6 J
I OBS 1: Nós dissemos que na pior das hipóteses, poderiamos formar um
polinômio do 2° grau. O sistema poderia nos resultar, por exemplo, a = 0,
tornando o Polinômio de grau 1. A priori, poderiamos apenas garantir que
exista pelo menos um polinômio de grau 2 que satisfaria os pontos dados no
enunciado.
OBS 2: Como o sistema gerado pelos pontos dados era um sistema possivel
I e determinado, vimos que a solução existe e é única, i.e., só existe um
polinômio que passa por estes 3 pontos. Será que isso sempre acontece?
164 Matemática em Nivel IME/ITA
Teorema 5.4.1
Demonstração:
Note que para provar o teorema devemos provar duas coisas distintas: que o
polinõmio existe e, além disso, é único!
P(X,) = Q(X,)
P(Xz) = Q(X2)
Ou seja, vamos supor que existem P(x) e Q(x) tais que:
P(xn+l) = Q(xntl)
5 Equações Algébricas 165
h(xnt,) = P(xn.i)-Q(xn^1) = O
Opa! Mas se h(x) = P(x) - Q(x), então o grau de h(x) é também menor ou
igual a n. Sendo assim, a partir do resultado provado no exercício de fixação
4.39, como h(x) tem grau menor igual a n e possui n+1 raízes distintas, temos
que h<x) é o polinômio identicamente nulo.
Ondea^xjse anule sempre que j*i e valha 1 sempre que j = i. Note que
esta proposta faz com que P(x) passe sempre pelos pontos dados.
(x-x2).(x-x3 n+1) ÍO , se j * 1
a,(x) = => a,(Xj)
(X, -X2).(Xi -X;3)...(x,-x n+1) [1 , se j =1
a2(x)=
(X-X,).(X-X 3)-.(x-xn>1 L_ ®2ÍXj)~
(0 , se j * 2
[1 , se j = 2
(x2 - x,).(x2 -X3)....(x2 -X n+1)
Resultado 5.4.2
Sabemos do Teorema 5 4.1, que o polinômio que passa por esses pontos
existe e é único. Os coeficientes de Lagrange são facilmente encontrados:
5 Equações Algébricas 167
(x-1)(x~4) x2 - 5x + 4
a,(x) =
(0-1).(0-4)' 4
(x-0).(x-4) x2 -4x
a2(x)
(1-0).(1-4) 3
(x-0).(x-1) X2 - X
a3(x) =
(4-0).(4-1) 12
P(x)
4
x2 - 4x )
3 )+('1)í
,
X2 - X
12
Desenvolvendo
5.x2 17.x ,
:P(x) = - +------ + 1
6 6
168 Matemática em Nível IME/ITA
Exercício 5.2 (ITA - 1998) Seja a um número real tal que o polinõmio abaixo
admita apenas raizes reais. Determine o intervalo de validade para a.
P(x) = x5 + 2.x5 + a.x4 - a.x2 - 2.x -1
íx3-5.x + 10 = 0
[y3 - 80x + 640 = 0
Lxercicio 5.7 Resolver:
2 2
í x + —if +
\ xJ ■4' = 2n
Capítulo 6
Análise Gráfica de Funções Polinomiais
Fig. 6.1.1
6 Análise Gráfica de Funções Polinomiais 171
\
\ .
\
\
\ /
X
Fig. 6.1.2
I
T
X
i
Fig. 6.1.3
172 Matemática em Nível IME/ITA
Um gráfico que não cruza o eixo Ox representa uma função que não possui
raízes reais.
Resultado 6.1.1
Solução:
Note que o ponto (0,4) pertence ao gráfico do polinômio do 2o grau f(x). Para
que a função seja sempre positiva, o seu gráfico não pode atravessar para os
quadrantes de y negativo do plano real. Ou seja, de acordo com o resultado
6.1.1, a função f(x) não pode ter raizes reais.
a±Va2-16
f(ct) = 0 <=> a=
2
Para que as raízes sejam todas complexas, o conteúdo do radical deve ser
negativo. Ou seja:
a2-16 < 0 Ia! <4 [
Ou seja, todos os valores de a com módulo menor que 4 tornarão f(x) sempre
positiva.
6 Análise Gráfica de Funções Polinomiais 173
p(x) = x3 - x
= x.(x2 —1)
= x.(x-1).(x + 1)
Uma simples fatoração nos deu as raizes do polinômio do terceiro grau. Para
valores de x próximos a +<», o polinômio assume valor negativo (o limite
quando x tende ao infinito negativo é negativo), e para valores próximos a
+», o polinômio assume valor positivo (o limite quando x tende ao infinito
positivo é positivo).
//
O-
f -1 Á—
£ ■4-
/
/
Fig. I
ou x >1 I
_________ I
Já dá pra começar a sentir a importância da análise gráfica ?
Resultado 6.1.4
E, também:
Resultado 6.1.5
Exemplo 6.1.c Mostre que o polinômio a seguir possui somente uma raiz
real.
P(x) = 3x2 - 2x2 + 9x - 6
Solução:
Essa simples análise nos permite dizer que o polinômio deverá ter pelo
menos uma raiz real (como ele assume valores negativos e valores positivos,
existira pelo menos um ponto de cruzamento com o eixo Ox).
P'(x) > 0 Vx e K
Ora. como a função é estritamente crescente, se ela cruza uma vez o eixo
Ox, ela não cruzará novamente. Como já foi garantido de que existia um
cruzamento, acabamos de garantir que este cruzamento é único!
Resultado 6.1.6
Fig. 6.1.4
Exemplo 6.1.d Sabe-se que o polinômio a seguir possui uma raiz natural.
Determine-a. É possivel dizer se existe mais alguma raiz real positiva ?
P(x) = (x - 1)3.(x +1) - 32
Solução:
Vimos no exemplo 6.1.C que uma saída interessante pode ser estudar o seu
comportamento gráfico. Analisando o polinômio com os demais fatores de
P(x):
Q(x)= x3 + x2 + 3x + 11
Como exercício, leitor, tente mostrar que P(x) possui sim outra raiz real,
porém negativa.
Um polinômio é dito de função par quando, para todo x real, vale que
P(x) = P(-x) . Um polinômio será de função par quando possuir apenas os
coeficientes acompanhados de potências pares de x.
Exemplos:
São polinômios de funções pares:
P(x) = x4 -5.x2 + 7
P(x) = -x6 + x8 + 1
P(x) = X2008
Como P(x) = P(-x) sempre, existirá uma simetria em relação ao eixo das
ordenadas no gráfico dos polinômios P(x) de funções pares.
6 Análise Gráfica de Funções Polinomiais 179
Um polinômio é dito de função impar quando, para todo x, real vale que:
P(x) = -P(-x)
Exemplos:
São polinômios de funções impares:
P(x) = x5-9.x3
P(x) = -x3 + x7 + x9
P(x) = x2007
Solução:
Note que, como P(x) = P(1 - x) para todo x real, podemos fazer a seguinte
substituição:
, 1
X = X +—
2
Deslocando o gráfico
No exemplo 6.2.a que acabamos de ver foi feita uma mudança de variáveis
do tipo: x' = x - k onde k é uma constante.
y y'
I
A — (a + k ,b )Xoy
= (a’, b)x'oy'
a :
k a'
x = x’
Fig. 6.2.3
182 Matemática em Nível IME/ITA
/
y^x2 y = (x )2
Fig. 6.2.3
Resultado 6.2.2
6 Análise Gráfica de Funções Polinomiais 183
f(x)+2 / f(x)+1.5
f(x)
f(x)-1 / f(x)-2
O
•4
Fig. 6.2.4
b
f(Xv) = 0 O 2.a.xv + b = 0
2
f(Xj = a(’è) + b.í-A] b2-4.a.c A
y*=’4Í
l 2a J 4a
/
a> °...
Fig. 6.2.5
a< 0
\ f(w) > 0 /
•—\ ■/
0 f(w) < 0
I a>
°.J
a.f(w) < 0 « o número real w se encontra entre as raizes (x, < w < x2).
a.f(w) > 0 <s o número real w se encontra fora do intervalo das raízes
(w <x, ou w > x2)
186 Matemática em Nível IME/ITA
Resultado 6.2.4
Solução:
A primeira restrição é que a função deve possuir 2 raízes reais distintas. Para
isso, seu determinante deverá ser positivo.
A = 1 - 64.m3 > 0
1.4
0,6)
0.2
-1 -0,6 -0.2
02i 0.6 1 1.4
Fig. I
Além disso, o enunciado pede que as raizes sejam ambas maiores que 2 ou
ambas menores que 2. Em outras palavras, ele pede que 2 esteja fora do
intervalo das raizes de f.
n/14 „ ,/TÃ
m >--------- 2 ou m<-2----- — (condição II)
2
188 Matemática em Nível IME/ITA
-10 -6 6" 10
-2 ? 2
-6
-10
-14
Fig. II
Se f(a).f(b) > 0, sabemos que f(a) e f(b) têm o mesmo sinal, e portanto estão
situadas no mesmo semiplano com referência ao eixo das abcissas y = 0
(pode ser que ambas estão abaixo de y = 0 ou ambas acima de y = 0). Como
a função é continua, podemos ter algumas possibilidades como as ilustradas
a seguir:
6 Análise Gráfica de Funções Polinomiais 191
V b
Fig. 6.3.1
No caso em que f(a) f(b) < 0, teremos algumas possibilidades, entre as quais:
192 Matemática em Nível IME/ITA
Fig. 6.3.2
Exemplo 6.3.a Considere P(x) = x3 - 3.x +1. Quantas raízes reais existem no
intervalo aberto (0,1)?
Solução:
Primeiramente, devemos notar que: P(0) = 1 e P(1) = - 1
Como (0.1) não está contido em (1,3), a única possibilidade é que exista uma
única raiz real em (0.1).
=
194 Matemática em Nível IME/ITA
2.mx2 -2x-3m-2 = 0
Determine m para que uma raiz seja inferior a 1 e a outra seja superior a 1. ■
Exercício 6.2 Dados f(x) = a.x2 + b.x + c . Sabendo que x = 1 está entre as
raizes e que a > 0. podemos afirmar que:
Sabe-se que P(x) tem coeficientes inteiros e que P(1) > 0. Sabe-se também
que P admite uma raiz real k, bem como uma raiz complexa nâo real.
Portanto, dentre as afirmações abaixo, a falsa é?
i) Se k é racional, então k = -1
ii) Se k pertence a (0,1), pode ser que n = 3
iii) Não existe polinômio q com coeficientes inteiros tal que p = q.(x—1)
iv) O número de raízes no intervalo [0,1] é par
v) Uma das afirmações é falsa
Exercício 6.6 Para que valores de b a equação abaixo admite 3 raizes reais,
distintas duas a duas?
x3 -3.x2 -9x + b = 0
P(x) = X + X2 + x3 + x4 - 500
6 Análise Gráfica de Funções Polinomiais 195
Exercício 6.8 (ITA - 2001) Com base no gráfico da função polinomial f(x)
abaixo, determine qual é o resto da divisão de f(x) por g(x):
g(x) = [x-^j.(x-1)
/
2
1.5
1 /
/
0.5
Fig. Ex-6.8
(x-1)2=|x-a|
7 Resoluções Comentadas 197
Capítulo 7
Resoluções Comentadas
| Soluções - Capitulo 1 ]
Exercício 1.1
Lembrando dos resultados notáveis da seção 1.2
z = i. =i(i)n=in+1
(1-tge) (1 + tge)
sec20 sec20 o tgO = 0 0=0
(1-tge) Q
i sec20
!
14- x + y.i
Exercício 1.3 Basta mostrar que: x + y.i =------------- sempre que: |z| = 1.
1 + x - y.i
Isso é equivalente a mostrar que: (x + y.i)(1 + x - y.i) = 1 + x + y.i
198 Matemática em Nível IME/ITA
= x + y.i + x2 +y2
= x + y.i +1
.-. (x + y.i)(1 + x - y.i) = x + y.i+1
k2 + ak + c = 0 (i)
k2 + ak + c = 0
bk + d = 0 k = -‘
(ü)
b
De (ii) em (i):
2
d2-abd + c.b2 = 0
Exercício 1.5
k+i ■ * = (k + D2 k2 -1 + 2k.i
k-i k-i lk + ij k2 + 1 k2 + 1
k2 = M
(1-x) k = + l(x + 1)
(1-x)
2.k = y.(k2 + 1)
\k2-rlj *
(x+1) x +1
±2-,7^~uv = y-k1-x
—U+1 , x*1
(1-x)
í 2 )
±2. = y- — , x * 1
(1-x) \1-X J
Ifx + 1) _ y2
|ll-xj“ (1-x)2' x*1
(x +1)(1 — x) = y2 , x*1
x2 + y2 = 1 , x * 1
' - Pudemos fazer isso pois 1-x2 = y2>0 e com isso a fração torna-se
sempre positiva.
■ í 2ít'l
q = cis —
l n )
Portanto as raizes n-ésimas da unidade formam uma P.G. de razão q dada
acima.
200 Matemática em Nível IME/ITA
-
Exercício 1.8 Sendo z de módulo unitário, z = cise:
zn cis(n0)
I ■ 1 + z2n 1 + cis(2n0)
- - — ; - --------------------- - ;
i Exercício 1.9 Lembremos as duas propriedades (Formulas 1.2.2 e 1.5.5):
íz +z =2.Re(z)eK
[z.z = |z|2 e R
Da Lei de De Moivre:
\ (z5+z5) = [|z|5.cis(5.argz) + |z|5.cis(-arg5z)^ 1.2.2
== 2|z|5 ,cos(5.argz)eR
Exercício 1.10
a, = Ç.(j3+i) = 27.cis[|]
(>.73-1)
a4 =
2
= |a,|.cis(arga1)(|q|.cis(r))n"1
= a1.qn"1
Da lei de formação da PG: a4 = a,q3
. / 2tt
cis — cis -
=> q3 =
l3J k2j
27
27cis(i]
. ( 71 2k7t'|
cis - +-----
Da radiciação (Formula 1.5.7): q=—
16 3 J
3
De onde segue que, como |q| = 1/3 < 1:
27cisf—1
= 21_ <6..l
Sx k = 0,1,2
1-q . . (7t 2k” 't'
1-CIS +
1,6 3 )
z = x + y.i, x, y e R, x2 + y2 = 1.
-
202 Matemática em Nível IME/ITA
Exercício 1.12
1 1 2krr -i- ti
—1
=>1 + - = CIS0 =>— = cis0-1 onde 9 =
z z 5
1 _ 1 1 (cos0-1)-i.sen6
cise — 1 (cos0-1) + i.sen8 (cosO -1) + i.sen0 (cos0 -1) - i.senO
(cosO-lj-i.senO (cos9-1)-i.sen0
(cos9-1)z +(sen0)2 cos 28 -i- sen20 - 2. cos 0 +1
=>Re(z)--l
Exercício 1.13 Devemos nos atentar ao fato de que o enunciado pediu "uma”
solução, deixando em aberto a possibilidade de haver mais de uma.
1 1 J__ J_
za + zb + zc “ z9
1 1 1 _ 1
cis(a0) cis(b0} cis(c0) cis(90)
o (cis(aO)) 1+(cis(b0)) 1 -t-(cis(cO)) 1 =(cis(90)) 1 <ts>
1
cís(-be) cis(rt5) + 1 + = cis (—90)
cis(re)
1
cis(r0) + 1 + = cis((b-9)0)
cis(r9)
(ois(rt))]2 +cís(rô) + 1
cis((b-9)9)
i cis(r9)
(cis(2r0) + l) + cis(r0)
cis((b- 9)9)
cis(rO)
f
• 2.cos(r0)cist-rtf)” + ^isfrtíy
= cis((b — 9)0) <=>
cjj
0 = sen ((b-9) 6)
Note que, de fato, existem mais de uma solução para essa condição. Para
' facilitar, vamos tomar r = 1, 0 = .
I
+ 1 = cosí(b - 9)-íJ
2.cos —
1 1
za + zb + zc “ z9
0 = sen^(b-9)
cos^(b-9)^
=1
(b-9)| = 2k.it keZ
sen^(b-9)ÍJ = 0
Exercício 1.14
-1 1 + X2
x" +x = 2.cos0 =>------- = 2.cos0
x
2 cos 0 ± J4(cos20-1)
=> x2-(2cos0)x+1 = 0 =>x =------------ ------------------ L
2cosO±2.V-sen20 „ . „ . ,
=> x =------------ - ------------ = cos0±i.sen9 = cis(+9)
Com isso:
X-2008 + x2008 = (cis(±O))~2008 + (cis(±O))2008
x-2ooa + x2008
= 2.cos(2OO8.0)
=> p(cis
(±2%))=(ͱ!t] +(cis (±2<+1
= (cis(±^))m+(cis(±2%))'r+i
= 1 + (cis(±m^)) + (cis(±2m^
Soma de P.G.
(cis(±"^))-1 (cis(±m%))-1
206 Matemática em Nível IME/ITA
Se z * 0,
(a2 - b2 + 2.a.b.i) + (a + b.i) - (a - .bi) + 2 = 0
2ab + 2b = 0 [b = 0 ou a =-1
a2-b2 + 2 = 0 |a2-b2 + 2 = 0
b = 0, a2 + 2 = 0 (nãoconvém pois'a'é real)
■ ou
a = — 1, b = ±73
z, = —1 + iV3 ; z2 = — 1 — i.^3 ; z3 = 0 z, + z2 + z3 = 2
4 • TC • r» 1-cis^0+ j
|z| - i.z = |z| - i.|z|cisO 1 - icise 1 - CIS - .CIS0
2
|z| + i.z |z| + i.)z|cis0 1 + i.cise 1 + cisp+^
1 + cis -.cise
2
Usando as Fórmulas 1.3.1 e 1.3.2:
7 Resoluções Comentadas 207
-2.i.sen(| + ^.cis^j
= — i.tg| —+ —
12 4)
2c0S(l + i)^F?J
Logo a expressão calculada é um imaginário puro!
Exercido 1.19
Nas passagens a seguir usaremos as fórmulas deduzidas nas seções 1.2 e
1.5. Tente identificar qual propriedade foi usada em cada passagem!
2Tz2+5z-T = -2iz2 + 5z + i
(l + 3.z2 + 2Tz + 3|z|2 + 2|z|) 1' + 3.z2-2iz + 3|z|2 + 2|z|
(VERDADEIRA)
2iz + 3i + 3 |2iz + 3i + 3|
II. |w| =
(1 + 2i)z |(1 + 2i)z|
|2iz + 3i + 3| |2iz + 3i + 3| |2iz| + 3 |i + 1| _2|z|+ 3^2
' |1 + 2i||z| |z|V5 ‘ jíp5 " |z|V5
(VERDADEIRA)
n _ nrr
= —+ 2.argz~ — = 2argz + —
(VERDADEIRA)
OBS: Esse exercício, a principio, parece ser difícil, mas não é nada mais que
aplicar as simples propriedades de números complexos vistas durante o
capitulo.
208 Matemática em Nível IME/ITA
Exercício 1.20
Soma de P.G. _5 _ t
1 z + z2 + z3 + z4 = 0 ------- = 0 => z5 = 1, z * 1
z-1
. í 2krt 'l
=> z = cis ------ , k = 1,2.3,4
V 5 )
zeR
|z| = 1, k = 1,2,3.4
n=2
7 Resoluções Comentadas 209
= x/20 + 16.cost
.5
Exercício 1.27 w = 12.cis — | =32.cis- = 16>/2+i.16x/2
< 20
w-16i72 2±7^4
z4-2.z2 + = 0 => z4-2.z2+2 = 0 => z2 = = 1±i
8^2 2
7 Resoluções Comentadas 211
>/2.cisf—]
k4j
x/2.cis^-í j
2'14l..cis| - + k.Tt
k = 0,1
2'14'.cisí--
.
+ k.rr I
l 8 )
z = 2!1M.cis - I. 2,/4.cis|
(?}2
.1/4
!1/4.cis| .CIS -----
8 l 8 J
Exercício 1.28
Form. 1.3.1 /1 3.2 2.cos(0/2)cis(0/2)
1+z 1 + cisS
1 —z 1 - cisO -2.i.sen(O/2).cis(0/2)
-S(-/2). = i.ctgfgfg^l
i.sen(0/2) V 2 )
Exercício 1.29
Usamos as propriedades 1.5.5 e 1.2.2 a seguir:
z _ Z _ 1 = ——1
|z|2 + z2 Z z + Z.Z Re(z)
z+z
Exercício 1.30
|f(z)| = |z| e|f(z)-f(1)| = |z-1|
Form. 1.5.5
(f(z)-f(1)).(f(z) -f(1)) = |f(z)-f(1)|2 =|z-1|2
Exercício 1.31
n
Exercício 1.32
w2k + wk + 1 =
(wk)3-1 (w3)k-1
Se k=£ o (mod3): X-1 = 0
wk -1wk -1 wk -1
Se ks O (mod3): w 2k + wk +1= w.61
” +w',3t
= (w3)2' + (w3)' +1= 1 + 1 + 1 = 3
Ou seja:
Exercício 1.33
Z + w -2-2.Í
Anti - 2An + Bn
- 2Bn+1 An+1
Bntl = 2Bn-An
» Bn+2 = 2(2Bn - An) - (2An + Bn )
Bnt2 = 3Bn -4.An = 3Bn -4.(-Bn„ + 2Bn)
<=> Bnt2-4Bnt, + 5Bn = 0
[ Soluções - Capítulo 2
*<so* /
A=(0,0)
D = (c. d)
Fig, Ex-2.1
Vértice C:
4-3>/3 3 + 4>/3.
C = A + ------------+-------------.I
(Òõ) 2 2
4-3^3 3 + 4^3
c=
2 2
Vértice D:
AD = AB.cisí--'! D-A = (4 + 3.i)^-i^j
l 3/
4 + 3^3 3 -4^3.
=> D = A + -2—+ ^—’
(íõ>
4 + 3^3 3-4^3
D=
2 2
7 Resoluções Comentadas 215
90' 90*
Fig Ex-2.2
AD = AB.i => D-A = i.(4 + 3i) AD' = AB.(-i) => D'-A =-i.(4 + 3i)
=> D= A + (4i-3) =>D' = A + (-4i + 3)
(0.0) (0.0)
■■ |D = (-3.4)| ■■■ |D' = (3.-4)|
lC' = <7--1)|
■■|C = (1'7) |
Exercício 2.3 Para que os vetores sejam paralelos, eles devem formar um
ângulo múltiplo de 180 graus (Veja resultado 2.2.3). Um complexo de
argumento igual a k.n é sempre um número real, logo:
( z-w ) ,
arg ------- = k.rc , k ei?.
t, u- v )
Usando Formulai.2.2
z-w z-w
u-v u-v
216 Matemática em Nível IME/ITA
Exercício 2.4 Para que os vetores sejam ortogonais, eles devem formar um
ângulo de 90 graus. O raciocínio é análogo à questão anterior.
íz-w) 71 _ ( z —w')
arg -------- = <x> Re -------- = 0
Vu-v ) 2 l u-v J
( z-w) í z-w']
U—V) Vu-vJ
z-w
u-v ü-v
Exercício 2.5 Conforme foi visto na seção 2.1 (consulte a figura 2.1.5),
escrever as coordenadas do ponto no sistema rotacionado no sentido
trigonométrico equivale a escrever as coordenadas do vetor rotacionado no
sentido anti-trigonométrico no sistema original.
Assim:
ÕPi = ÕP.cisM] P^P.B-l.i]
l2 2J
=> P' = (1 + 3.i).í^-lj ÍV3 + 3 373-1.)
V3+3 3^3-1
P’ =
2 ' 2
Exercício 2.7
Vamos considerar a circunferência unitária representada no plano complexo
e os vértices A,,A2,...An como sendo, portanto, as raizes n-ésimas da
unidade. Ou seja:
Temos:
PA? = (1-z )(1-z )= 1-(z+z) +1 = 2-(z +z)
PA? = (w - z)(w - z)= W.W - W.Z- Z.W + Z.Z =
= 1- (w.z + z.w) + 1 = 2-(w.z + z.w)
=2.n-[z.(Õ) + z.(0)]
= 2.n
Ou seja, para z = 1:
(1-w).(1-w2).(1-w3)..... (1- wn) = 1 + 1 + ... + 1 = n
=> |(1-wJ.(1-w2).(1-w3).....(1-wn)| = n
=>(Ã^).(Ã^).(Ã^7)... (ÃÃ) = n
(PA,).(PA2).(PA3).... (PA„) =
= |r-z|.|r.cis(^j. 2(n-1)q -z
-Z|'|r-CÍSííl’Z|- r.cisl
= |(z-r).(z-r.w).(z-r.w2)...(:z - r.wn )|
<3 + 41?
# 1 =>(cosa + i.sena)n * 1
4 5 )
=>(cos(na) + i.sen(na)) * 1 + O.í
Exercício 2.11 Seja w uma raiz cúbica da unidade diferente de 1. Como ABF,
ACF e BCD são triângulos eqüiláteros (pela condição que estudamos na
teoria no Resultado 2.2.1):
.. E
A G2 ,
B ' c
G3
D
Fig. Ex-2.11
1 1 1
= -.0 + -.0 + -.0 = 0
3 3 3
(AB).(AC).(AD) (AP).(AQ) = n
n
=> (Ãc).(ÃD)... (ÃP) =
(ÃB).(ÃQ) |w-1|
n __ n
|wn — w — wn-1 + l| |(1-w) + (l-w'
n
(Lembre: wn = 1)
2-cisf—'l-cisí 2(n-1)n
ln) ( n
cos(a)= cos(P)
a + p = 2ti =>
sen(a)=-sen(p)
7 Resoluções Comentadas 221
(AC)(AD)... (AP)=
n
2(n-1)
n
n n
|2-2.cos^^j 2 2.sen2^^|
2l1'cos(vj
n
(AC).(AD)
(AP) = íCSC2fe)
4
Basta então que o radicando no denominador seja maior que zero para que w
seja real. Ou seja, a condição para que w seja real é:
|z-1| + |z + 1 | > 3
-3/2 -1 1 ,3/2
Fig. Ex-2.13
222 Matemática em Nível IME/ITA
Exercício 2.14
^- = 1 Vx e R
=> z=z-2i x-y.i = x+ y.i-2i
z-2i ,y = 1
Im
Re
Solução: i
Fig. Ex-2.14
Exercício 2.15
Da condição de existência do triângulo hachurado (a soma de dois lados é
maior que o terceiro lado).
lm
1/z + z
■Re
Fig Ex-2.15
|z|>0
'•H!W |z|’-|z|-1>0
=> 0<|z|
< 1 + x/5
~ 2
M>»
1 + V5
■ ■ lZl max
2
lm
O B Re
f^~^-rr\od min
'A
c Raio = 1
Zarg min
Fig Ex-2.16b
Fig Ex-2.16.a
lm
3
k
V2
T
2
t
_ |_
t / Re
/
Fig. Ex-2.17.b
Exercício 2.18
Representação geométrica:
lm
I
I
Re
\ , (5,-1)
Fig Ex-2.18
Exercício 2.19
. Im
|z -1| = 1 representa uma
circunferência de centro (1,0)
e raio unitário. Do enunciado,
temos que z está sobre essa
circunferência como mostra a
figura Fig. Ex-2.19 ao lado.
Fig. Ex-2.19
arg(z-1) = a = 20 = 2arg(z)
Além disso:
7 Resoluções Comentadas 227
2
Y|z|.cis(arg(z)).|v|.cis(arg(v))
|w|.cis(arg(w))
2
,(cis(arg(z) + arg(v) - arg(w)))
(H .
2
,(cis(arg(z) + 2arg(z) - 3arg(z)))2
lH.
2
klM eR
|w|
Exercício 2.20
z = x + y.i, x, y e R
||5^| = k =>|z-a|=|z-b|.k =>(x-a)2 y2 = k2(x -b)2 + k2.y2
Exercício 2.21
u.(z-a)4 (z -b)4 = 0
Se u-0 (z-a)4
v
u
(z~a)_4p
(z-b) V u
(z-b)4
’0 se v = 0
1 se |v| = |u|
k e R , caso contrario
x2.y + y3 -y
=0
x2 + y2
y.(x2 + y2-1) = 0
y=0
■ ou
x2 + y2 = 1
Pois:
z = |z|.cisB Im
z'’=i^cisH>) z
' ' z + 1/z
Isso faz com que o vetor soma não
coincida com o eixo real. O vetor soma
coincidirá com o eixo das abcissas Re
quando o módulo de z e o módulo de 1/z
forem iguais (Vide Fig. Ex-2.22) 1/z
Fig. Ex-2.22
«|z| = o |z| =1
lz l
Se z for real, 1/z também será e, portanto a soma também será real. Ou seja,
para lm(z) = 0 temos z + z-1 e R . Portanto z deve descrever a circunferência
de raio 1 centrada na origem ou pertencer à reta das abcissas no plano
complexo (com exceção da origem!)
Exercício 2.23
lz-3 + il |z-(3-i)| d,
Q |z-3-i| |z-(3 + i)| d2
• 3+i
Caso Qmin
Zí = 3—2i Caso Qmin Zi
Exercício 2.24
'|Z| = 2
= |z-3| =>
|z| = |Z-3|
Jz| = |z-3|
Re
zz2—
Fig. Ex-2.24
7 Resoluções Comentadas 231
x2 + í3? or
2
3 + Í.-J7
2
Exercício 2.25
Seja Zi = 1 . cisO e Z2 = 1 - Zi = 1 - cis0 representados abaixo no plano
complexo:
Fig. Ex-2.25.a
W
7T
1 \\ |1-cis9|
sen9
\\
n - e\\
\e Õ] ~2~7\\.
" ‘ cos9
1
Fig. Ex-2.25.b
232 Matemática em Nível IME/ITA
|1-cís0| = 2.sen^J
Com isso:
í 9} . ( n 0j
1-cis0 = |1-cise|.cis(arg(1-cis0)j = 2.sen^-- .Cis - —+ -
l 2 2)
0 n -2J.senf-l.cisf-']
= 2.sen
2 2 N I2J
Exercício 2.26
Seja z = a + b.i ; w = c + d.i
Im(z.w) = |zx w|
2 2
7 Resoluções Comentadas 233
Fig. Ex-2.27
T (5 + 3.i).(1 + i) + (8 + 2i).(1-i) _ 6 +.
2
T = (6,1)
234 Matemática em Nível IME/ITA
| Soluçoes - Capitulo 3 ]
' Exercício 3.1
(1 + X + x2)n = Ao +A,.x + A2.x2 +...+ A2n.x2n
,2
(1 + (-1) + (-1)2) = Ao +A,.(-1)+A2.(-1)' + ... + A2n.(-1)
Fazendo
! 2
3n +1
!. Aq + A2 + A4... + A 2n _ 2 (Eq. III)
Fazendo (■)-(").
2
3n -1
A1 + a3 + A5... +A2n_1 = 2 (Eq. IV)
nn
Ao - A2 + A4 - A6 + = cos (Eq. V)
T
e) Novamente, da mesma identidade acima, igualando parte imaginária a
parte imaginária em ambos os lados da expressão (*):
Ai - A3 -r A5 - A7 + -...= Im (in j
A, - A3 + As - A7 + -... - sen^—'j
(Eq. VI)
(III) f(V).
e) Fazendo
2
(3n + l) + cosí
(Resultado 7.3.2)
C'n + C3 + C9
n + C’n3 + ...= 2n~2 + (2)(n-2^.
(Resultado 3.1.6)
Exercício 3.4 Antes de começarmos, vamos definir duas outras somas para
auxiliar o raciocínio (o porquê disso será compreendido mais a frente na
resolução):
52 = C’ + C2 + C„ + C„+... = 2n-So
53 = Cn2 + C= + Cn8 + C” +... = 2" - So - S,
o
.C.(o^)" -
(1*dsT)'-c""{d"TpcKdsTp
= Cn +Cn^CÍS^] + Cn^CÍS-y^ + C^/cis^^'| =
2.n.n^ _
3 )
2^ C’.C2+—
43 .C„■ -+... >I.i =
=(i4'C"4c"+c"~ 2 >> 2 n 2 I
7 Resoluções Comentadas 237
=(s0 ~ + - S3)
=(3|o-2"-’) + ^(2S,-2"+S0)
(1+cís(tJ) 2 2 ) |^2 2 ) V 3j
CIS-----
3
n
f . f 2n 'lY = cos
3S,
—— — 2n-1
l V 3 )) 2
f /A \xn
^(2S,-2n+S0)
lm(1 + cis(T)J =senÍT)=
De onde segue que:
2.cos — + 2n
s° =-----T
r - cosnu 2"-V3.senn-’t
3 3
S,
3
238 Matemática em Nível IME/ITA
(1 + i)4n=^>/2.cis^ =2%cis^j
4n/
2 /2.cis =
22n.cis(nn)
Portanto:
i-c2n + cln-...-C~2 + 1=(-1)n.22n
Exercício 3.6
C„.sen(x) + C2.sen(2x) + ...+ Cn.sen(n.x)
.cis —
(
12 J J
= lmj 2n.cosn|
“KtJ
= 2".cosn x>l .sen (' nx^
2J l~2
; A soma pedida vale, então:
I
C’.sen(x) + C„.sen(2x) +... + C„.sen(n.x) = 2n.cosn | j.sení j
Exercício 3.7
È k2CÍ = cj, + 4.Cp + 9.Cp + ...+ n2.C"
k=0
(1 + x)" = £(x)k.Ck
k=0
r1 = tk.(x)k-1.^'n
n.(1 + x)
k-o
n.x.(1 + x) tk-Wk-Cn
r1 = k=0
(Resultado 7.3.7.a)
(Resultado 7.3.7.b)
Exercício 3.8
Z k2-Cj
k =0.4.8,...
+ n.(n-1).(-1)2.(1-1)n~2 = Zk2(-1)k-C5
‘ õ ' o k=0
l2 4 J 4
n-2
= n.(1-n).2 2 .cos (n~2h -n.2 2 .sen
(n-1)n
(*)
4 4
£ k2.Ck =n.(n-1).2n-4+n.2n-3
k-o.4.a. 2
Exercício 3.9
È(k+1)'Cn=ÊkCn+ÈCn
k=0 k=0 k=0
2n
Do exercício 3.7 (Resultado 7.3.7.a), sabemos que:
(Resultado 7.3.3)
Exercício 3.10
E (k+i)c* = E kCí + E cn
k=1.5.9... k=1.5.9.... k=1,5.9...
n.x.(1 )'r^ixx/.cj
k=0
Fazendo x - -1 temos:
£k.(-1)k.Ck=n.(-1).(1-1)"-1 = 0
k=0
Essa relação é válida para n > 1, uma vez que pra n = 1 feriamos uma
indeterminação do tipo 0° na expressão anteríor.
Então para n > 1 temos:
7 Resoluções Comentadas 243
C’+2.C2+3.C3+... = n.2"
.-. C'„ + 3.C3 + 5.C3 + .. = n.2n-2 (I)
-C„ + 2.C2-3.C3+-...= 0
Xk.(i)k.CÍ = i.C„-2.C2-3.LC3+4.C„-....
k=0
Segue, então:
C’ -3.C3 + 5.C„ -7.C2 + ...= lm í£k.(i)k .0*
\k=0
ir (n-1)n'| _ (n - 1)n
= n.2 2 .sen n.2 2 .cos (II)
2+ 4 4
Temos em mãos, agora, as seguintes relações:
De onde, segue:
n-3
(n - 1)tc
C’ + 5.C3 + 9.C„ + ... = n.2n-3 +n.2 2 .cos
4
L kc;
(Resultado 7.3.10)
244 Matemática em Nível IME/ITA
n
Exercício 3.11 y—
iSk+i
(Resultado 7.3.11.a)
C° A Ck 2n*1-1
Cn 2È+ , C" Y—+s-1 =
= ^k
1 2 3 n+1 n +1
(Resultado 7.3.11.b)
-xercício 3.12
£
k-0.4.8... k +1
-C°+2À. Cn c^(-i)nU 1
n 2 (I)
3 n+1 n +1
ro . £1 . c^_ Cn 2n -1
(II)
. n " 2 " 3 n+1 n+1
Fazendo
(II) ~(l) .
2
C° £1+£1+ 2n
(III)
1 3 5 n +1
Voltando ao Resultado 7.3.11. e fazendo x = i:
(1+i)nM c;.in-1
i2 = c°.i+^+^
n+1 n 2 3 n+1
£1+£1 £1 +
2 4 6
fsl1 £1
3
+£1
5
j
C° Cn £1 +... = Im
(1 + i)n+' -1
(IV)
1 3 5 n+1
Cn 1_ 2n , (i^r1 -1
È
k «0.4.8... k+1
------ + lm
2 n+1 n+1
Lembrando que:
246 Matemática em Nível IME/ITA
n+1
2 2 .cisl
(1 + i)0*1 -1
n+1 n+ 1
n+1
((n + 1)71')
.sen ------- —
Im
(1+ip1 -1 l 4 J
n+1 n+1
Podemos escrever a resposta final do problema:
f (n + 1 rt)
2*1-1 + 2 2 .sen i------ A-
È _çl
V 4 J
k+1
k=0.4,8,...
n+1
Exercício 3.13
No exemplo 3.2.a, mostramos que:
Exercício 3.14
Vamos analisar a soma:
S = cis(x) + cis (2x) + cis (3x) +... + cis(nx)
cose -1 = -2.sen2
/gX /gX
sen9 =2.sen — .cos —
(2y
7 Resoluções Comentadas 247
Temos então:
(cos(nx)-l) + i.sen(nx) 1
S = (cisx).
(cosx-1) + i.senx I
sen(n%)
= Hx-^+n%)) Sen(/2) ,
sen(n^)' !
Sen(/'2) ,
... ._.. J
=
248 Matemática em Nível IME/ITA
Exercício 3.15
Do enunciado:
z = <1422= 1 k/2.cis
a/2 72 l
Calculando o pedido, observando a sequência em PG:
60
z60-1
iz
k—1
= |z + z2+z3+... ,60
z-1 =I4
|cis^60."
-1 |cis (15rr) -1|
4,'__ |_
= 1.
—+i.—]-1 2ã_iVi.^
, 2 2 I 2 2
2
2 r- 2
72
I +LV 2
2 2 2 V2 + V2
1-72+1+1 ■2-72 72-72 72 + 72
V2 2
60 .------------ —
£zk = 74 + 272
72 k=1
Exercício 3.16
z2=z10=...
Z3=z11 . 7t
z1=z9=... CIS —
4
Re
z4=z12=... z8=z16=...
z5=z13Z z7=z15=...
Fig Ex-3.16.a
z6=z,4=...
A cada volta, a soma dos vetores é nula, pois vetores de sentido contrário e
mesmo módulo e direção se anulam. Portanto os primeiros 56 termos da
soma se anulam. Restam-nos os seguintes vetores após esse cancelamento:
■ Jm
•z58
z59 z57
z60 Re
Fig. Ex-3.16.b
45*'
2 45'
I
I
[zS7| = 1
|z6°i = 1
Fig Ex-316.c
w
K \ |S|=?
I: Sl\ 135°^+
lisi
135°
Fig. Ex-3.16.d
16.d
72
= 4-4
2
= 4 + 2.72
60 ----------------
£zk =74 + 272
k=1
7 Resoluções Comentadas 251
Exercício 3.17
Vamos nos referir à soma abaixo pela letra S:
S = 1 + 2i + 3.i2 + 4.P +... + 2004. i2003
Desta forma:
S = 1 + 2i + 3.iJ + 4.i3 +... +2OO4.Í2003
i.S = i + 2.i2 + 3.i3 +... + 2OO3.Í2003 + 2OO4.Í2004
n2
=> [ sen2 sen2
'(v])ísen2ívB-[sen2 22(n-1)
(n-1)ir n
sen
n " 2<n-1>
Exercício 3.19
(x + y.i)3 = x3 + 3,x2.y.i + 3.x.y2.i2 + y3.i3
= (x3-3xy2) + (3x2y-y3).i = 1 + i
z3 = 1 + i |z| = ^2
Exercício 3.20
A3_— Argumentos Geométricos:
n lados
I) Da geometria temos que os
'\a,
•4 ângulos centrais ZAkOA0 serão
Multiplicando asf" ’
equações "
(lembrando que ..R = 1, e que, do Ex. 2.8, o
produto (A0A,).(A0A2) (A0An_.,) vale n), teremos:
n
sen
2n-1
| Soluções - Capítulo 4
Exercício 4.1
Sabemos que, se 2 + i é raiz, então seu conjugado 2 - i também será
(Resultado 4.4.1). Desta forma, P(x) será divisível por:
(x - (2 + i))(x-(2 - i)) = x2 - 4x + 5
Como P(x) é divisível por x2-4x + 5, o resto da divisão acima deve ser
identicamente nulo.
Í4p + 36 = O
p = -9 ; q = 30
[q-5p -75 = 0
x = 72 + 75+^2-75
A B
Elevando a expressão ao cubo:
x3 = (A + B)3 = A3 + B3 + 3.A2B + 3A.B2 = A3 + B3 + 3.AB.(A + B)
X
Por inspeção, 1 é raiz do polinômio acima, que reduzido por Briot-Ruffini fica:
(x — 1).(x2 +x + 4) = 0
a = 4 ; b = 16
x3 + c X2 + dx - 3 |x2-x + 2
- x3 + x2 - 2x x + (c + 1)
(c + 1) x2 + (d-2) x - 3
-(c + 1).x2+(c + 1).x-2.(c+1)
(c + d-1).x + (-5 - 2.c) = O.x-5
c=0 ; d=1
Com isso:
a+b+c+d=21
(x2)"*' -1
P(x) = = (x + 1),(x-i).(x + i).Q(x)-t-a.x2-rb.x-t-ç
X-1 R(x)
(Eq. I)
Fazendo x = -1 na equação I:
Fazendo x = i na equação I:
256 Matemática em Nível IME/ITA
(i2)n+1-1
= 0>©ltf + a.(i)2 + b.(i)+c
i-1
(-1)n+1 -1
.(-1 - i) = -a + b.i + c
(i-1)-(-1-i)
((-1)n+2+1)--(1 + i) -a + b.i + c
2
'(-ir2 —
+1
= -a + c
2
' (-1P2
—= b
2
(ii)
Fazendo x = - i na equação I:
((-i)2)"1
— = OJàfâ + a. (-i)2 + b. (-i) + c
-i-1
(-lf1-1
.(-1 + i) = -a-b.i + c
(-i-1). (-1 + i)
(-1)n+2+1
= -a + c
2
-(-1)"'2 -1
— = -b
2
(iii)
O resultado de (ii) e (iii) são iguais! Juntando os resultados das equações (i),
(ii) e (iii) nos dão o sistema:
a-b + c = 0
(-lf2 — = -a + c
2
-(-1P2 ^ = -b
2
a-b + c = 0
--- = -a + c a =c =b =0 R(x) = 0
2
1-1
-- = —b
2
Para n par:
a-b + c = 0
1+1
-- = -a + c a = 0 ; b =c=1 R(x) = x + 1
2
Z^l = -b
2
Portanto, o valor de R(x) será:
0 , se n é ímpar
R(x) =
x + 1 , se n é par
Exercício 4.6
-
Sejam as raízes em PA dadas por: a - 3r , a-r, a + r,a + 3r
3m + 5 , m +1
■j m=5
Logo: = ±-----
10 3 m = -25,/ '
19
L
7 Resoluções Comentadas 259
= ak.(x-a1).(x-a2)....(x-ak)
Verifiquemos a validade para n = k + 1.
ak.(x-a,).(x-a2)....(x-ak).(x-ak^) =
s ak.(xk - Sg.xk"’ +■ Sg.X d'k"1 .Sq1.X + (-1) .Sg j.(x - ak+1) e
°2 -kk'2 +■ ... +■ '(-1)
Exercício 4.8
x5-3.x4 -3.x3 + 27.x2 -44.x+ 30
Como P(x) admite 2 raizes complexas distintas (pelo menos), temos que
seus conjugados também serão raizes (Teorema 4.4.1). Logo, as raizes
serão do tipo:
z , z , w , w , u
Calculando o produto das raizes (Relação de Girard):
(z.w).(z.w).u = (z.w).(z.w).u = (3 — i). (3 + i).u = -30
.-. u= -3
Então, sabendo que -3 é raiz, podemos reduzir o grau do polinômio original a
fim de determinar as demais raízes.
260 Matemática em Nível IME/ITA
1 -3 -3 27 -44 30
-3 1 -6 10 | 0
15 -18
Como -2a, a2 + b2, -2c,c2 + d2 são inteiros, podemos nos referir a eles pelos,
também inteiros, m, n, p, q, respectivamente. De tal forma que devemos
achar os valores de m, n, p, q que satisfazem à identidade:
x4 - 6.x3 + 15.x2 -18.x + 10 s (x2 + mx + n).(x2 + p.x + q)
(i) n = 5 , q = 2 ; (ii) n = —5 , q = -2
(iii) n = 10 , q = 1 ; (iv) n = -10 , q = -1
Em (i): Em (ii):
p + m = —6 p + m = -6
• m.p = 8 m = -4 , p = -2 ■ m.p = 22
2m + 5p = -18 -2m -5p = -18
=> não há soluções inteiras
Em (iii): Em (iv):
7 Resoluções Comentadas 261
rp + m = -6 p + m = -6
• m.p = 4 ■ m.p - 26
10p + m = -18 -10p-m = -18
=> não há soluções inteiras => não há soluções inteiras
Portanto, a única possibilidade veio do caso (i), no qual temos que as outras
quatro raizes vêm de:
b3 + A
a3 A
A+ d3 = s-3 =98
c3 + 4-
X=
1± V25 1
— ou
2
12 3 2
As duas raizes que somam 3 + 4.i não podem ser conjugadas entre si, pois 0
resultado não é real. Portanto, sem perda de generalidade sejam elas z e w.
Do enunciado:
z + w = 3 + 4i z + w = 3-4i
z.w =13 + i z.w =13 - i
7 Resoluções Comentadas 263
Da relação de Girard:
b = Sq = z.z + w.w + z.w + z.w + z.w + z.w
= (z + w).(z + w) + z.w + zw
= (z + w).(z + w) + (:zw + zw)
Dessa forma:
|b1| + |b2| + ... + |bn| =
= |Re(0^| + |Re^cis2(A)]| + |Re^g)j| + |Re(CÍs2(^))|
|Re(02)| + |Re[cis[zA]
I (2371'll
-+|cos(íHcos®I+Icos®I+Ht)| I l 6 J|
= o + ^ + l + o + l+
1,^ + 1 + ^ + l + 0 + l+^ 73
.. + —
2 2 2 2 2 2 2 2
1 volta no circulo trigonométrico 2a volla
= 7 + 4.73
Para que seja divisível por x + a, devemos ter que (Resultado 4.3.1):
P(-a) = 0
Com isso:
7 Resoluções Comentadas 265
,m-3n
P(-a) = 2.(-a).m
m+a,3n
3n.(-a)’
jm-3n
= 2.(-1)m.am + (-1)'
= am.(2.(-1)m+(-1)n’’3n -1)= 0
i) m par, n par
am. (2.(-1)m (_1),m-3n
m-jn -l)=am.(2 + 1-1) *0
(Não é possível!)
(Possível!)
(Não é possível!)
m par , n impar
266 Matemática em Nível IME/ITA
Exercício 4.16
— x3 -3.x2 -—x + 2
4 4
5 3 85 3 5 5
---- X +---- X —x +----
4 16 2 16
37 37
2Lx
16
2- —
4
x + — = g(x2-4.x + 1)
16
Exercício 4.17
O mesmo procedimento do Exercício anterior podería ser seguido. Porém,
proporemos uma outra solução.
x2-2.x-2 x = 1± V3
Exercício 4.18
Vamos montar o polinõmio pedido:
P(x) = a.x3 + bx2 + cx + d
P(x-1) = P(x) + (2x)2
Forçando a identidade:
a.(x -1)3+ b.(x -1) 2+ c.(x -1) + d s a.x3 + b.x2 + c.x + d + 4.x2
=> - 3.a.x2 + 3.a.x - a + bx2 - 2.b.x + b + pdf - c + H
3 ^Xí + 'Bb< + pd<' + H + 4.X2
268 Matemática em Nível IME/ITA
4 2
P(x) = -—.x3- 2.x2 - —.x + d
Exercício 4.19
x3 + 4 = 1 „+-------
-------- b.x + c
a +-------------
x3 + 1 x + 1 x2-x + 1
(x3 + 1) (b.x + c)(x3 + 1)
=> (x3 + 4)s(x3 + 1) + a.
X+1 X2 -X + 1
Exercício 4.21
Suponhamos por absurdo, que A(x) seja divisível por B(x). Ou seja, toda raiz
k de A(x) será raiz de B(x). Logo, para x = k:
Exercício 4.22
Para a solução deste exercício usaremos, fundamentalmente, o Resultado
4.8.1 e as suas consequências diretas.
Se (x-1)ké fator do polinômio (isto é, x = 1 é raiz de multiplicidade k do
■ polinômio), então, x = 1 deverá ser raiz de P(x), P’(x),.... P(k_1)(x).
-> P"'(1)#0
Note que 1 não é raiz de P'"(x) mas é raiz de P(x), P’(x) e P”(x). Ou seja, 1
será raiz de multiplicidade 3 de P(x), ou ainda: ----------------
^max ~
Exercício 4.24
P(x) é do quarto grau, portanto é do tipo:
Desenvolvendo:
P(x)=a.(l-4.x + 6.x2 -4.x3 + x4) + b.(l-3.x + 3.x2 -x3) +
OBS: a deve ser não nulo, para que o polinômio seja do J3 grau.
P(4) = —,(42-1).(42-4).(42-9) +2 = 37
36
P(4)= 37
Exercício 4.26
P(x) = Q,(x).(x +1)3 +1
P(x) = Q2(x).(x-1)3-1
Podemos escrever:
P'(x) = a.(x +1)2 (x -1)2 = a.[(x - 1).(x +1)]2
= a.(x2-1)2 = a.x4-2.a.x2+a
Portanto:
3x5 5x3 15x
P(x) = -
8 4 8
Exercício 4.28 Por inspeção, não é difícil notar que x = -1 é raiz do polinõmio
para qualquer valor de m. Fatorar o polinõmio também não é tão difícil:
Exercício 4.29
Para que haja duas raízes comuns, o MDC entre os dois polinômios deve ser
do segundo grau:
x3 a.x2 + 0.x + 18 | x3 + 0.x2 + b.x +12
-x3 -b.x-12 1
ax2 -b.x + 6
-x3 + ^.x2--6 x
— x
_____ a_____ <a a
12.a
^x2 + a.b - 6 .X +------ ~ b.x2 + (ab-6).x + 12.a
a a a
Para que o MDC seja do segundo grau, o divisor e o resto da ultima divisão
devem ser múltiplos um do outro.
Exercício 4.30
Seja P(x) = an.xn + an_1.xn-1 + ... + a1.x + a0
(m + n).(p + q) = -^ (Eq.V)
oo
A+B =—
4
A.B =
36
A e B serão, portanto, as raízes da equação do segundo grau:
36.Z2-9.à- 7 = 0
Logo:
A,B =
9 ± v'81-r 144.7 2 7
ou —
72 3 12
276 Matemática em Nível IME/ITA
—.—
Sem perda de generalidade, podemos escrever:
1
m+n = —
3 p+q = Ã (Eq. VI)
1 1
mn = — mn =-----
12 ou
12
Ou seja, temos duas possibilidades:
1 1
p.q — —
12 p.q = Y2
Devemos ter cuidado, pois essa escolha não é mais arbitrária, uma vez que
já foi escolhido (sem perda de generalidade) os valores de (m + n) e de
(p + q). A equação III nos deverá indicar qual dos casos escolher, uma vez
que m, n, p, q devem atender à:
,
m.n.p-m.n.q + m.p.q-n.p.q = m.n.(p + q) + p.q.(m + n) =
. 11
=>m.n.^-P.q.± = 11
144
11
=> 7m.n-4p.q =-—
1
mn =------
O que nos dá que a possibilidade correta é: 12 (Eq. VII)
1
p.q = —
12
-111
2'6'4' 3
7 Resoluções Comentadas 277
Exercício 4.32
Substituindo y da segunda equação na primeira:
1a equação : S = {2 , 3 , 5}
2a equação : S = {2 , 4 , 15}
Exercício 4.34
P(x) = a0 + a,.x + a2.x2 +... + an.xn
Do enunciado:
Seja k um inteiro impar. P(x) é uma soma de parcelas do tipo a,.x'. Se a, for
par, é imediato que a parcela aj.x' será par.
Mas a,.x' se for impar, a parcela será ímpar. Lembrando que os coeficientes
impares se encontram em número par. a soma de um número par de
parcelas impares é par! Portanto:
Ou seja, para qualquer k ímpar, P(k) é impar (não podendo ser zero). Em
outras palavras, não existe raizes impares de P(x).
Seja k um inteiro par. P(x) é uma soma de parcelas do tipo aj.x’. Como x = k
é par. todas as parcelas serão pares. Então:
7 Resoluções Comentadas 279
Como as raízes não podem ser pares nem impares, concluímos que P(x) não
tem raizes inteiras.
2- m = 0 m=2
m=2
m-1 = k k=1
n = —7
n + 1 = -6.k n = —7
p=4
p-3 = k p=4
2
a3 + ma2 + n = 0 | +n = 0
n3-n.k3
-n3 + m.n2.k + n.k3 = 0 m =----------
n2.k
(p-3).x2- 2.p.x + 6p = 0
Primeiro, para que as raízes sejam reais, o determinante no radical deve ser
positivo.
p2-(p-3).6p>0
_ P± 7p2 - (P~3)-6P
0
p-3
A maior das raizes será positiva sempre que o denominador for positivo (ou
seja, sempre que p > 3). A nossa Condição I passa a estar um pouco mais
restrita e representada pela condição II:
18
3 <p <— (Condição II)
Para que a menor das raízes seja positiva, devemos ter o numerador I
positivo:
J
7 Resoluções Comentadas 281
„ 18
3<P< 5
OBS: Uma outra saída (talvez mais rápida) seria impor a condição das raizes
serem positivas ao restringir que ambos o produto e soma das raizes da
equação do segundo grau devem ser positivos.
Para que as 4 raizes sejam distintas, não deverá haver raizes duplas de P(x).
De acordo com o Resultado. 4.8.1, as possibilidades de raizes duplas são
raizes de P’(x).
P'(x) = 4.x3-28.x +24
Olhando para P'(x), logo salta aos olhos o fato de que os coeficientes do
polinòmio têm soma nula. Ou seja, x = 1 é raiz de P'(x). Uma simples redução
de grau pelo algoritmo de Briot-Ruffini nos dá as demais raizes do polinòmio.
P'(x) = 4.(x-1).(x-2).(x + 3)
Exercício 4.39
Suponha P(x) de grau n com n+1 raízes distintas: ki, k2, ...kn*i da seguinte
forma: P(x) = an.xn+an_1.xn“1+... + a1.x +a0
k? k^1 ... k, 1
kn
2
kj-1 k2 1
Det =
k„n kn kn 1
kn+1 k";l - kn+l 1 n-1 x n+1
=> A =
(-lf1
(n + 1)í
E com isso, podemos escrever:
nr
(n + 1)! '
(x-1).(x -2)....(x -n) = (x + 1).P(x)-1
(--r
(n + 1)! '
(0-1).(0-2)....(0-n) = (0+ 1).P(O)-1
L2n+1
= P(0)-1
n+1
P(°) = n +1
284 Matemática em Nível IME/ITA
b m, *
m.n.k = b m.m.k = b => |m|2.k = b => k = —5- e R.
|m|
Ou seja, nesse caso está provado que só existe um única raiz real positiva.
Vejamos agora o caso de raizes somente reais. Da condição m.n.k > 0,
sabemos que devemos ter ou as 3 positivas ou 2 negativas e uma positiva.
Se as 3 forem positivas, a condição m.n + n.k + m.k = 0 não é satisfeita,
portanto a única possibilidade é que sejam 2 raízes negativas e 1 positiva.
De P(0) = 0 e P( -1 ) = 6 , segue:
I P(0) = O4 - 2.03 + c.O2 + (1 - c).O + e = 0 => e = 0
[P(-1) = (-1)4 - 2.(-1)3 + c. (-1)2 + (1 - c).(-1) = 6 => c = 2
Logo:
P(x) = x4-2.x3 +2.x2 -x
Exercício 4.46
Seja P(x) um polinômio genérico dado por:
a2 = q,-a.q2 q1 — a2 + a.q2
a, = q0-a.q, => q0 = a, + a.q,
a0 =r-aclo r = a0 +a.q0
Da equação IV, segue que A(x) divide também R(x). Mas como A(x) divide
N(x) e R(x), teremos que A(x) dividirá o MDC entre N e R (isto é, A(x) divide
B(x)).
Além disso, analogamente ao que fizemos para A(x), faremos para B(x):
(Eq VII)
Segue, da equação VII que B(x) divide M(x). Mas como B(x) divide N(x),
segue que B(x) divide o MDC de M e N, isto é, A(x).
Se A(x) divide B(x) e B(x) divide A(x), segue que: A(x) = B(x), ou seja:
Fazendo x = 1 na Eq. I.
P(1) + P(1).P(2) = 0 => 0 + 0 = 0
Nenhuma informação interessante saiu dai. Vamos ter que nos contentar
com a única conclusão de que "0 ser raiz implica 1 ser raiz” .
Concluímos que o fato de k ser raiz, implica k2 ser raiz também! Ora. mas se
k2 é raiz, então, pela mesma razão mostrada, (k2)2 será raiz, e assim em
diante. De modo que, se as potências k2, k4, k8 forem diferentes uma das
outras, implicará que P(x) tem infinitas raízes!
Vimos no exercício anterior que um polinômio com infinitas raizes é o
polinômio identicamente nulo. Como procuramos polinômios diferentes do
polinômio nulo, a menos que as potências k2, k4, k8 sejam iguais, não
poderemos ter k como raiz de P(x). Ou seja, para que k complexo seja raiz
de P(x), não identicamente nulo, devemos ter:
k2 =k4 =k8 = ....
Note que isso acontece nos casos da raiz que supomos como verdadeira
(x = 0), e também para x = 1 (que deverá ser raiz se 0 é raiz) O único outro
número complexo que poderia atender à condição é o complexo k = -1, uma
vez que, para este complexo,
k2 = k4 =k8 = ....
Mas é facil ver que x = -1 não pode ser raiz de P(x). Façamos x = -2 na
expressão da Eq. I:
P(4) + P(-2).P(-1) = 0
P(x2) + P(x).P(x + 1) = 0
=> a.x2m .(x2 -1)n + a.xm.(x -l)n.a.(x + 1)m.(x)n = 0
Ia-1
[m = n
7 Resoluções Comentadas 291
P(x) = -xn.(x-1)n
| Soluções - Capítulo 5
Exercício 5.1
De acordo com o Resultado 5.2.2, uma equação recíproca de 2a Espécie terá
grau par somente quando 1 e -1 forem raizes. O resultado 5.2.1 garante que
uma equação reciproca de 2a espécie tem sempre a raiz 1.
X2 1
- I + (1 + a}=0
x2 x)
1
Fazendo a mudança de variáveis: x + - = y
= 2
As soluções em y e x devem ser reais:
Ay = 2 - a > 0 => a < 2 (Condição I)
Voltando na variável x:
1
x+- = y => x2-y.x + 1=0 => Ax =y2-4 > 0 (Condição II)
x
P(x) = a„..^x-HJq(x)
(Eq. I)
(m + n).(p + q) = mp + mq + np + nq
= b-(mn + pq)
mnp + mnq + mpq + npq = mn.(p + q) + pq.(m + n)
a ,
= -—.(mn + pq)
294 Matemática em Nível IME/ITA
b = (“iX” + -(a/2)
=> 4.a.b = a3 + 8c
+e a3 ab
------- + c = 0
~8~ 2
(Eq. I)
1 a b c d
y
4 2 (
:y2'
3.a2
8 £ ab 3a4 b.a2
- — + d =0
8 T 256 4
1 1 1 1 1 1
(m-2)2 + + (P-2)2
m2 -4m + 4 n2 - 4n + 4 p2 - 4p + 4 (n-2)2
1 2 15 47
2 1 4 23 93
2 1 6 35
2
1
Escrevamos agora as Somas de Newton para a equação acima, sendo m', n’,
p' as suas raízes.
1 1 1 263
m2 - 4m + 4 n2 - 4n + 4 p2-4p + 4 8649
— = 80
y3 - ys y3 - 8°.y + 640 k2 = k=l
4
— = 640
k3
Exercício 5.7
2 , 2 2 2
1
l. n+4
Jx
x+— I +|x2 + X2
x3 + — I =2n
X x3. xn.
J_
x2 +2 + X2 x4+2 + ± x6 + 2 + 4- j + ... + ^x2n
X x6
—-1^
x2n -1
x2. + =0
x2 - 1 X2' 1
-1
X2
x2n — 1 1 x2n — 1
=0
x2 -1 x2n x2 -1
í x2n“1'l ( x2--^-'l = °
( X2-1 x2n J
(x2n-l).(x2n*2 -l) = 0 , x *0, ±1
Com isso, temos:
x2n = 1
ou , x *0, ±1
x,2n+2 _
Extraindo as raizes da unidade:
("-MO
t ^\n—1—n->-k *
(-1) n!
k.(k-1)!.(n-k)l
.k-r n!
= (-1)
’ k!.(n -k)l
= (~1) k-’.cí
298 Matemática em Nível IME/ITA
n rk u 1
£1 Cn Cn A-1 Cn
' 1+n
k.i1 + K 2 3 2
n+1
Exercício 5.9
Do Exercício 4.42, sabemos que um polinômio qualquer pode ser escrito em
termos de potências de (x - a).
P(x) = Ao + A1.(x-a) + A2.(x-a)2 +... + An.(x-a)n
Exercício 5.10
De acordo com o Resultado 5.2.2 toda equação reciproca de grau par e 2a
espécie possui 1 e -1 como raízes. Como todos os coeficientes da equação
são reais, pelo Teorema 4.4.1, se i é raiz, - i também será. Ou seja, já
conhecemos 4 das 6 raízes da equação.
105
P(2) = 64a + 32b + 16a - 4a - 2b - a = 75.a + 30 b = - .-. 5.a + 2.b = --
8 8
255
P(—2) = 64a - 32b + 16a - 4a + 2b - a = 75.a - 3O.b = — .-. 5,a-2.b = —
8
Exercício 5.11
Como a equação é recíproca de 1a Espécie, os coeficientes simétricos devem
ser iguais. Além disso, como 1 é raiz, a soma dos coeficientes é nula.
Portanto:
a+c+2=a+b+4
b + 3c + 1 = c- a
(a + c + 2) + (b + 3c + 1) + (c - a) + (a + b + 4) = 0
| abc = 12 ]
Exercício 5.12 1 + z + z2 + z3 + z4 = 0
a-Z2 1
0
z2
300 Matemática em Nível IME/ITA
1 +Z=y
U
=> (y2 - 2) + (y) +1 = 0
y2 + y-1 = 0
±75-1 = —1 + z
y = -^- z
±75-1
Sendo w = , teremos:
2
z2 - w.z +1 = 0 (Eq. I)
w ± 7w2-4
z =--------------
2
Verifiquemos o sinal de w2 - 4 :
2
±75-1 -5 + 75
w2 - 4 = -4 = <0
2 2
Exercício 5.13
Como os coeficientes da equação são reais, se temos uma raiz complexa,
seu conjugado também é raiz (Teorema 4.4.1). Ou seja, já conhecemos duas
das raizes do polinômio:
1 i
—±—
2 2
7 Resoluções Comentadas 301
= 2.x4-2.x3 - x2 + 2.x-1
Exercício 5.14
De acordo com o Resultado 5.3.1, o valor da constante da transformada
aditiva que eliminará o termo do 3° grau de P(x) será raiz da 3a derivada de
P(x).
P(x) = x4 + a.x3 + b.x2 + c.x + d => P'(x) = 4.x3+ 3.a.x2 + 2.b.x+ c
P"(x) = 12.x2+6.a.x + 2.b
x±> P'"(x) = 24.x + 6.a
6a a
A constante da transformada aditiva será a raiz de P"'(x): a =
24 4
Utilizando o Algoritmo para Transformadas Aditivas:
1 a b c d
-a/4 1 3a/4
-a/4 1 a/2
-a/4 1 a/4
-a/4
1 I 0
t4 + p.t2 + q.t + r = 0
302 Matemática em Nível IME/ITA
Exercício 5.16
Queremos mostrar que, para um y qualquer:
(t2 + p + y)2 = (p + 2y) .t2 - q.t + (p2 - r + 2py + y2)
Exercício 5.17
Olhando a solução do Exercício 5.15, podemos escolher y tal que a
expressão abaixo seja uma igualdade de quadrados perfeitos:
__ J
7 Resoluções Comentadas 303
| Soluções - Capítulo 6
Exercício 6.2
Aplicando diretamente o Resultado 6.2.4, para que x = 1 esteja entre as
raizes, devemos ter:
a.f(1) <0
a .(a+b + c)<0
>o
a -i- b + c < 0
Exercício 6.3
A primeira restrição é que a equação do 2° grau tenha duas raízes reais
distintas:
A>0 <=> 4m2-4(m - 2).(2m - 3) > 0 <=>m2-7m + 6<0
<=> (m-1).(m-6) <0
<•_> 1<m<6 (Condição I)
Além disso, para que -1 < x, < 4 < x?, devemos ter 4 entre as raízes e -1
fora das raizes. Do Resultado 6.2.4, segue a condição:
a.f(-1) > 0
a.f(4) < 0
Exercício 6.4
f(x) = —— + —— + —-— = 0 o
x-a x-b x-c
P(x) = (x-b).(x-c) + (x-a).(x-c) + (x-a).(x-b) = O
x #a, b, c
Como a, b, c não são raizes de P(x), é fácil perceber que todas as raízes de
f(x) são raizes de P(x), e vice-versa. O problema passa a ser o mesmo, só
que com a função P(x) a ser analisada no lugar de f(x). Como P(x) é um
polinômio, o problema tornou-se um pouco mais fácil I
7 Resoluções Comentadas 305
Logo. P(a) e P(b) têm sinais contrários, bem como acontece no par P(b) e
P(c). Pela Extensão do Teorema de Bolzano, existe um número impar de
raizes reais em (a.b) e um número impar de raizes reais em (b,c). Como os
intervalos (a.b) e (b.c) são disjuntos, e P(x) só possui no máximo 2 raizes
reais distintas, uma delas está em (a.b) e a outra em (b.c).
Note que P(a) e P(c) têm sinais iguais, o que garante que um número par de
raizes reais existe em (a.c), reafirmando a existência de duas raizes distintas.
Exercício 6.5
Como os coeficientes são inteiros, do Resultado 4.4.1, se z é a raiz
complexa, o conjugado de z também será raiz. O enunciado diz que há uma
raiz real k. Ou seja, a priori, conhecemos a existência de 3 raizes de P(x).
P(0) = 1
Note que: P(0).P(1) > 0
P(1)>0
Com isso, segue, da Extensão do Teorema de Bolzano (Resultado 6.3.2) que
existe um número par de raizes reais em [0. 1] ou zero raizes (ou ainda em
(0,1) uma vez que x = 0 e x = 1 não são raizes)
Analisemos as afirmações:
i) (VERDADEIRA) Se k é racional, do Teorema 5.1.1, k deve ser do tipo p/q
onde p divide o termo independente 1, e q divide o termo de maior grau, 1. As
possibilidades para k são ±1. Como P(1) > 0. segue que k deve ser -1.
ii) (FALSA) Se k real pertence a (0.1), como devemos ter um número par de
raizes reais em (0,1), há no minimo uma segunda raiz real nesse intervalo.
Sob essa hipótese, há no mínimo 4 raizes de P(x), e com isso n > 4
306 Matemática em Nível IME/ITA
iii) (VERDADEIRA). Para que exista q(x) tal que P(x) = Q(x).(x-1),
P(x) deveria ser divisível por x-1, o que acarretaria em P(1) = 0. Porém,
sabemos que P(1) > 0. Logo não é possível existir q(x) sob as condições
especificadas.
iv) (VERDADEIRA). Conforme já foi dito, o número de raizes reais em [0,1] é
par.
v) (VERDADEIRA). Apenas a afirmação (ii) é falsa.
7
/
Fig. Ex-6. 6
7 Resoluções Comentadas 307
Fig. Ex-6. 7
308 Matemática em Nível IME/ITA
p(11 = —
a + lb. = 1
- 1
12 ) 2 8 a =— b=—
4 4
P(1) = a + b = 0
Exercício 6.9
P(x) = x3 - 4.x +1 => P'(x) = 3.x2-4 =>P"(x) = 6.x
Achando os pontos críticos:
2x/3
P'(x) = 0 <=> 3.x2-4 = 0 «=> x = ±——
3
Concavidade:
|P"(x)>0 <=> x>0 (concavidade para cima)
lP"(x)<0 <=> x < 0 (concavidade para baixo)
P f 2 ^3 -16V3 +9
<0
3 9
7 Resoluções Comentadas 309
Como reforço para o nosso gráfico, note que: P(-2) = P(2) = P (0) = 1
2V3
x - --------
3
4
0 ■4
-4 -2 2 6
</ 2J3
x =----
3
Fig. Ex-6. 9
O Teorema de Bolzano garante que as raizes estão cada uma nos seguintes
intervalos:
2V3 2
(-3,-2) ; (0 , 1) ; 3 ’
Exercício 6.10
M(x) é construido somando 1 ao polinômio P(x). Isso translada o polnômio
uma unidade para cima
310 Matemática em Nível IME/ITA
p2 0 7
N(x) é construído multiplicando P(x) por 3. Todos os pontos de P(x) têm sua
ordenada triplicada (é como se “esticássemos" verticalmente o gráfico). O
gráfico é representado a seguir:
12
10
8
6
4
2
c 2 4 6
-6 -2 0 7 4
4
\
4 V7I
\
\ 2
-6 -4 "õr 4 6
I
Fig. Ex-6. 1O.d
!
312 Matemática em Nível IME/ITA
llIf
Fig. Ex-6. 12.a
7 Resoluções Comentadas 313
VI W///
\1
í
\
\
\ t
M
\
\
___ \
/ 7|U—
Vejamos:
,2
b i ( b b
r ní ------- j
f y +c
ã-’ 2a )
= ^' + -^ + ay2ӏ'_^
b2
=----- + a.y2 + c
4a
E, também:
,2
b ) í bb f kÍ b 1
f------ + y = a.------- + y
( 2a ) ( 2a2a J +b{-2i+yJ+c
= -— b</+ a.y2- — + Ky^ + c
4a r y 2a
b2
=------ + a.y2 + c
. 4a
b b
Ou seja, f - —- y = f - —+ y , Vy e R
t• \ 2a ) \ 2a
fc .
■ i
= (ln6)2 + (ln2-ln3).(ln3-ln2 )
i Note que A = 4.ln2.ln3 > 0, o que nos diz que f(x) = 0 possui 2 raizes reais
I distintas.
4.ln2.ln3 In2.ln3
*max — Yv “
4a 4.(ln2-ln3) In3 - In2
O que nos dá a opção correta:
Exercício 6.15
A função f(x) = (x — 1 )2 é uma parábola com vértice em x = 1.
V
T T 0
o, 2 4 6
Não é difícil notar que existem também casos em que há 4 soluções distintas:
316 Matemática em Nível IME/ITA
0 2 4
o 2 4
Para que haja uma única solução, devemos ter o determinante da equação
do 2° grau igual a zero.
3
â = 1-4.(1-a) = 0 a=-
4
a e ^,1
4 4
318 Matemática em Nível IME/ITA
Apêndice
Apresentaremos aqui alguns resultados importantes mencionados no
decorrer do livro (no quesito Trigonometria e Cálculo Diferencial e Integral).
Por fugir do objetivo do livro, a maior parte das expressões aqui
apresentadas não serão demonstradas. Em geral, as demonstrações dessas
expressões podem ser facilmente encontradas em qualquer livro que aborde
os assuntos destacados.
| A.1 Trigonometria
Definições básicas:
1 1 senx
secx =------- , cscx =------- , tgx =------- ctgx
cosx senx cosx tgx
Relações Fundamentais:
| sen2x + cos2x = 1 [
sen^j + x f rr 'j
COS -+X = -senx
V2 )
— x = -ctgx
,2
Apêndice 319
Arcos-Dobro e Arcos-Metade
sen(2x) = 2.senx.cosx
cos(2x) = cos2x- sen2x = 2.cos2x-1 = 1- 2.sen2x
2.tgx
tg(2x) =
1 - tg2x
+ 11 - cos(x)
“V 2
+ Í1 + cos(x)
\ 2
I1-cos(x)
t9ilj=± 1 + cos(x)
320 Matemática em Nível IME/ITA
„ ía + b Y fa-bi
sena + senb = 2 .sen ------- .cos -------
[ 2 ) l 2 J
fa—b> fa + b)
sena - senb = 2.sen —— .cos ------
l 2 J 1 2 )
fa+bi fa-b'!
cosa + cosb = 2.cos ----- .cos -------
!. 2 J [ 2 J
(a + b'i ía - bA
cosa - cosb = -2.sen ----- .sen -------
[ 2 ) 1 2 )
1
sena.senb = — .[cos (a - b) - cos (a + b)J
Apêndice 321
Fig, Apêndice 1
Na figura Ap1 acima, está representado um ponto a de seu domínio, e um
outro ponto x genérico também pertencente ao gráfico de f. À medida que x
se aproxima de a, veja o que acontece com a reta que liga os pontos x e a na
sequência de figuras Ap2 a seguir:
Fig. Apêndice 2
322 Matemática em Nivel IME/ITA
A reta (que cortava o gráfico) se aproxima, cada vez mais da reta tangente ao
gráfico de f no ponto a.
f(x)-f(a)
m(x) = coeficiente angular =
x-a
Teorema
Resultado Apêndice.1
Teorema
Resultado Apêndice.2
Ora, se uma função derivável em a não for nem estritamente crescente nem
estritamente decrescente em x = a (é o caso em que sua derivada é nula),
seu gráfico terá inclinação nula.
//
r
-
Fig. Apêndice 3
Teorema
Resultado Apêndice.3
324 Matemática em Nível IME/ITA
Teorema
Se f ‘ (a) = 0, f' (k) < 0 para k < a , e f’(k) 0 para k > a , então x = a é um
ponto de mínimo local.
Se f ' (a) = 0, f’ (k) > 0 para k < a , e f’(k) 0 para k > a , então x = a é um
ponto de máximo local.
Resultado Apêndice.4
Dizemos que uma curva tem concavidade para cima, quando, a medida que
percorremos os valores crescentes de x na função, as retas tangentes em
cada ponto possuem uma inclinação cada vez maior. Se a inclinação for cada
vez menor, dizemos que a concavidade é para baixo.
!
\
Fig. Apêndice 4
Teorema
Seja f(x) uma função derivável no ponto x = a. Se f "(a) > 0 , então f é tem
concavidade para cima em x = a . Se f “(a) < 0 , então f tem concavidade
para baixo em x = a.
Resultado Apêndice.5
/
/
I
I
I
I
Fig. Apêndice 5
Teorema
Resultado Apêndice.6
326 Matemática em Nível IME/ITA
Resultados Notáveis
Resultado Apêndice.7
OBS Importante:
O Resultado Apêndice. 7 é claramente uma afirmação do tipo “se... então '.
Isto indica a validade em uma direção da afirmação. A volta nem sempre é
verdadeira, e é ai que mora o perigo!
Teorema Poderoso
Resultado Apêndice.8
Teorema de Taylor
Se f é uma função derivável em uma vizinhança do ponto a, é possível
aproximá-la de um polinõmio infinito dependente das derivadas da funções
nesse ponto.
Teorema de Rolle
Se f é continua em um intervalo fechado [a.b] e derivável em (a.b), com
f(a) = f(b) = 0, então existe um valor real c no intervalo (a,b) tal que f '(c) = 0.
A(f(x)+g(x))=^M+«
dx' l 11 dx dx
dg(x)
d í fíxH dx
dx|<g(x)J (g(x))2
d dgíx')
—f(g(x)) = f(g(x)).-2A-2
dx dx
328 Matemática em Nível IME/ITA
d d
— senx = cosx —cosx = -senx
dx dx
d .tgx = sec2x d . ,
— —ctgx = -csc2x
dx dx
d d ,
—secx secx.tgx ; —esc x = -esc x.ctgx
dx dx
d . 1__ d A 1
Integrais imediatas:
. x"+1
Kdx=^+C
J^ = 'n|x| + c
Jex.dx = ex +c
f x a*
a .dx =--- + c
2 Ina
J senx.dx = -cosx + c
Jcosx.dx = senx + c
; sec2x.dx = tgx + c
J secx.dx = ln|secx + tgx| + c
Jf (x).g'(x).dx = f(x).g(x)-jf'(x).g(x).dx
b
Jf(x).dx = g(x) =>Jf(x).dx = g(b)-g(a)
a
Apêndice 329
Bibliografia
A seguir está uma lista de livros/materiais que foram utilizados como
referência para a compilação adequada deste livro, e são altamente
sugeridos para os vestibulandos IME/ITA.
[2] Lidski, V.B.; Ovskianikov, L.V; Tulaikov, A.N; Shabunin, M.I.. Problemas
de Matemática Elementares. Moscou MIR.
Esperamos que você possa usufruir do nosso trabalho, e, quando atingir seu
tão sonhado objetivo, juntar-se a nós!
/ EDITORA