Decreto #24.540.2009 - Licenciamento Ambiental - Recife

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PREFEITURA DO

DECRETO Nº 24.540 / 2009

EMENTA: Regulamenta o Licenciamento Ambiental no âmbito


do Município do Recife, define procedimentos para realização
de Audiência Pública e dá outras providências.

O PREFEITO DA CIDADE DO RECIFE, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 54,
inciso IV, da Lei Orgânica da Cidade do Recife - LOR, tendo em vista os artigos 101 a 111 do Código
do Meio Ambiente e do Equilíbrio Ecológico da Cidade do Recife - CMMA, instituído pela Lei Municipal
nº 16.243, de 13 de Setembro de 1996, e a Lei Municipal nº 17.071, de 31 de Dezembro de 2004,
que cria a taxa de licenciamento ambiental municipal, ambos modificados pela Lei Municipal nº
17.171, de 30 de Dezembro de 2005, considerando, ainda, o disposto no art. 9º da Lei nº 6.938, de
31 de agosto de 1981, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, bem como a disciplina
constante da Resolução nº 237, de 31 de Dezembro de 1997, do Conselho Nacional do Meio Ambi-
ente, e com fundamento nos artigos 23, VI, 30, I e II, e 225, todos da Constituição Federal de 1988,

D E C R E T A:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º O licenciamento ambiental para atividades e empreendimentos de impacto local no âmbito do


Município do Recife reger-se-á pelas disposições constantes do presente Decreto.

Art. 2º Para os fins deste Decreto, considera-se:

I - Avaliação de Impactos Ambientais (AIA): documento técnico destinado à análise sistemática dos
impactos positivos e negativos em decorrência de atividade ou empreendimento e suas alternativas;

II - Licenciamento ambiental: procedimento técnico-administrativo destinado a estabelecer as condi-


ções, restrições e medidas de controle ambiental a serem obedecidas pelo empreendedor para locali-
zação, instalação, operação, ampliação física ou de atividade, e recuperação das atividades ou empre-
endimentos relacionados no Anexo VI da Lei Municipal nº 17. 171, de 30 de Dezembro de 2005;

III - Termo de Referência (TR): documento técnico que contém o roteiro indicativo do conteúdo e
tópicos principais a serem tratados em uma avaliação de impactos ambientais;

IV - Termo de exigências: documento técnico que contém as exigências a serem atendidas ou com-
plementações de informações a serem prestadas ou documentação a ser fornecida pelo empreende-
dor no processo de licenciamento ambiental;

V - Memorial descritivo: documento técnico que contém a descrição detalhada do objeto projetado,
em forma de texto, em que são apresentadas as soluções técnicas adotadas, bem como suas justifi-
cativas, necessárias ao pleno entendimento do projeto;

VI - Memória de cálculo: documento técnico que contém detalhamento dos cálculos relativos ao ob-
jeto projetado;

VII - Ampliação: expansão física da atividade ou aumento da capacidade normal de produção de em-
preendimento ou atividade ou da prestação de serviço;
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VIII - Empreendedor: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, legalmente responsável
pelo empreendimento ou atividade a ser licenciada;

IX - Recuperação: restabelecimento parcial ou total da substância de um bem natural ou construído a


um estado anterior conhecido;

X - Projeto executivo: conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra,
de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Art. 3º Para fins deste Decreto, o órgão executivo da gestão ambiental do município fica denominado
gestor ambiental; o Conselho Municipal do Meio Ambiente, referido pela sigla COMAM; e o Fundo
Municipal de Meio Ambiente, pela sigla FMMA.

CAPÍTULO II
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 4º O licenciamento ambiental municipal compreende os seguintes atos e procedimentos adminis-


trativos:

I - Consulta Prévia (CP): ato administrativo através do qual o gestor ambiental fornece as orientações
iniciais para o empreendedor que pretende solicitar licenciamento ambiental;

II - Licença Ambiental (LA): ato administrativo de outorga ao interessado para permissão de localiza-
ção, instalação, operação, modificação durante a obra, reforma, recuperação e desativação de ativi-
dades ou empreendimentos relacionados nos Grupos 1 a 7 do Anexo VI da Lei Municipal nº 17. 171,
de 30 de Dezembro de 2005 e em outras normas cabíveis;

III - Licenciamento Ambiental Simplificado (LAS): procedimento administrativo simplificado para o


licenciamento de atividades ou empreendimentos considerados de pequeno porte e baixo potencial
poluidor, ou para as atividades ou empreendimentos considerados de micro porte e baixo ou médio
potencial poluidor, observados os critérios estabelecidos no Anexo VI da Lei Municipal nº 17. 171, de
30 de Dezembro de 2005 e em outras normas cabíveis, o qual poderá gerar uma Licença Simplificada
(LS);

IV - Autorização Ambiental (AA): ato administrativo precário de outorga, concedido por tempo deter-
minado, desde que resguardado o interesse público de preservação do ambiente, das atividades rela-
cionadas no Grupo 8 do Anexo VI da Lei Municipal nº 17. 171, de 30 de Dezembro de 2005 e em
outras normas cabíveis.

§ 1º O pedido de consulta prévia referido no inciso I deste artigo é facultativo ao interessado.

§ 2º A Licença Ambiental (LA), referida no inciso II deste artigo, é ato complexo que compreende as
seguintes etapas:

I - Licença Prévia (LP): aquela expedida na fase preliminar de planejamento do empreendimento ou


atividade, aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo
os requisitos básicos e indicando as exigências a serem atendidas nas próximas fases da sua imple-
mentação, observadas as diretrizes do planejamento e zoneamento ambiental e demais legislações
pertinentes;

II - Licença de Instalação (LI): autorização de instalação do empreendimento ou atividade, de acordo


com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas
de controle ambiental e demais exigências, do qual constitui motivo determinante;

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III - Licença de Operação (LO): autorização do início e funcionamento da atividade ou empreendi-


mento licenciado, após verificação do cumprimento dos requisitos das licenças anteriores - LP e LI, em
especial as medidas de controle ambiental e exigências determinadas para a operação

Art. 5º Os pedidos de licenciamento ambiental devem ser requeridos ao gestor ambiental, devida-
mente instruídos com os documentos indicados no Capítulo III deste Decreto.

Parágrafo único. Os pedidos referidos no caput podem ser protocolados na sede da Diretoria de Meio
Ambiente - DIRMAM ou nos guichês da DIRMAM localizados nas Gerências Regionais da Diretoria de
Controle Urbano - DIRCON, ambos da Prefeitura do Recife.

Art. 6º As licenças e autorizações expedidas pelo gestor ambiental são intransferíveis, com prazo de-
terminado e devem ser mantidas, obrigatoriamente, no local de instalação ou de operação do empre-
endimento ou atividade licenciada.

Art. 7º Nos casos em que houver alteração da razão social ou do registro no Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas (CNPJ/MF) do empreendimento ou atividade, alteração do estatuto da empresa ou
alienação do imóvel correspondente à licença ou autorização ambiental concedida, o empreendedor
deverá solicitar alteração do(s) dado(s) correspondente(s) mediante preenchimento de formulário
próprio.

§ 1º O pedido referido no caput deve ser instruído com os seguintes documentos:

I - nos casos de alteração da razão social:

a) cópias autenticadas dos contratos sociais da empresa: o anterior e o atualizado;

b) cópia e original do CNPJ atual;

II - nos casos de alteração do CNPJ: cópias e originais dos CNPJ - o anterior e o atualizado;

III - nos casos de alteração do estatuto social da empresa:

a) cópias autenticadas dos estatutos sociais da empresa, o anterior e o atualizado, devidamente ar-
quivados no órgão competente;

b) cópia e original do CNPJ atual;

IV - nos casos de alienação de imóvel:

a) cópia e original do CPF ou CNPJ do alienante e do alienado;

b) certidão atualizada do Registro Geral de Imóveis (RGI);

V - outros documentos e informações que o gestor ambiental julgar necessários.

§ 2º O empreendedor tem o prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis, contados da alteração da razão
social ou atividade, para protocolar os pedidos referidos no caput, sob pena de cancelamento da li-
cença ou autorização anteriormente concedida pelo gestor ambiental.

Art. 8º Iniciado o processo de licenciamento, na hipótese de desistência de realização da atividade ou


da implantação do empreendimento, o valor pago das taxas referentes ao licenciamento não será
devolvido.

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Art. 9º A utilização de equipamentos ou tecnologia que implique alterações na natureza ou na opera-


ção das instalações ou na natureza dos insumos básicos ficará condicionada a novo licenciamento
ambiental.

§ 1º O licenciamento referido no caput deve ser iniciado pela licença ambiental que contemple o está-
gio do processo de licenciamento da atividade ou do empreendimento.

§ 2º O não cumprimento do disposto no caput implica a suspensão ou o cancelamento da licença ou


autorização anteriormente concedida pelo gestor ambiental.

Art. 10. O gestor ambiental manterá articulação com os órgãos ambientais da União e do Estado de
Pernambuco para evitar duplicidade de licenciamento no território municipal.

CAPÍTULO III
DOS ATOS E PROCEDIMENTOS PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

SEÇÃO I
DA CONSULTA PRÉVIA

Art. 11. O pedido de Consulta Prévia (CP) deve obedecer ao procedimento seguinte:

I - requerimento da CP pelo empreendedor ou representante legal, mediante preenchimento de for-


mulário próprio, acompanhado da documentação referida no artigo 12;

II - análise, pelo gestor ambiental, das informações e documentos apresentados, observado o dis-
posto no artigo 39;

III - apresentação da resposta à CP pelo gestor ambiental, no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

Parágrafo único. Caso o empreendedor não apresente os documentos mínimos necessários para aná-
lise do pedido de CP, este não será protocolado.

Art. 12. O pedido de CP deve ser instruído com os documentos e informações indicados a seguir:

I - cópia do comprovante de recolhimento da taxa ao FMMA;

II - descrição do tipo e da quantidade de resíduos que serão produzidos pelo empreendimento ou pela
atividade;

III - apresentação, quando cabível, de desenhos em escala, com as informações necessárias ao per-
feito entendimento da atividade ou empreendimento, a ser entregue em 02 (dois) jogos de pranchas,
as quais devem conter, no mínimo:

a) indicação da área do terreno em m2 (metros quadrados);

b) indicação das curvas de nível, se for o caso;

c) localização da atividade ou empreendimento;

d) plantas de situação, com indicação da (s) quadra (s), lote (s), logradouros públicos adjacentes,
recursos naturais existentes no local e área de influência direta e indireta do empreendimento ou ati-
vidade;

e) plantas de locação e plantas baixas ou cortes.

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IV - outros documentos ou informações que o gestor ambiental julgar necessários.

SEÇÃO II
DA AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL

Art. 13. O pedido de Autorização Ambiental (AA) deve obedecer ao procedimento seguinte:

I - requerimento da AA pelo empreendedor ou representante legal, mediante preenchimento de for-


mulários próprios, acompanhado da documentação referida no artigo 14;

II - análise, pelo gestor ambiental, das informações e documentos apresentados, observado o dis-
posto no artigo 39, se viável do ponto de vista urbanístico;

III - notificação para o empreendedor proceder à publicação do pedido de AA, observado o disposto
no Capítulo VI;

IV - emissão de parecer técnico conclusivo pelo gestor ambiental;

V - emissão da AA, se favorável o parecer ;ou indeferimento do pedido, se desfavorável o parecer,


com ciência do empreendedor.

§ 1º Caso o empreendedor não apresente os documentos mínimos necessários para análise do pedido
de AA, este não será protocolado.

§ 2º O gestor ambiental pode realizar vistoria técnica no local para subsidiar sua análise em qualquer
fase do procedimento de licenciamento.

Art. 14. O pedido de Autorização Ambiental (AA) deve vir instruído com os documentos e informações
indicados a seguir:

I - comprovante de recolhimento da taxa ao FMMA;

II - cópia e original do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
(CNPJ/MF) do empreendedor, se pessoa física ou jurídica, respectivamente;

III - cópia autenticada do documento constitutivo da personalidade jurídica;

IV - certidão atualizada do Registro Geral de Imóveis (RGI), em se tratando de imóvel privado;

V - apresentação, quando cabível, de desenhos em escala, com as informações necessárias ao per-


feito entendimento da atividade a ser desenvolvida, a ser entregue em 02 (dois) jogos de pranchas as
quais devem conter, no mínimo:

a) indicação da área do terreno em m2 (metros quadrados);

b) indicação das curvas de nível, se for o caso;

c) localização da atividade ou empreendimento;

d) plantas de situação, com indicação da (s) quadra (s), lote (s), logradouros públicos adjacentes,
recursos naturais existentes no local e área de influência direta e indireta do empreendimento ou ati-
vidade;

e) plantas de locação e plantas baixas ou cortes;

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VI - Memorial Descritivo do empreendimento, o qual deve conter, no mínimo;

a) descrição da atividade;

b) descrição do porte da atividade (área, volume, massa, indivíduos);

c) duração prevista para a atividade;

d) descrição dos impactos positivos e negativos, potenciais e efetivos previsíveis, inclusive dos resí-
duos poluentes a serem produzidos e seu destino final;

e) outras informações que o gestor ambiental julgar necessárias;

VII - memória de cálculo;

VIII - certidões federal, estadual e municipal que comprovem a inexistência de débito decorrente de
infração ambiental;

IX - documento de aprovação da viabilidade urbanística municipal;

X - outros documentos ou informações que o gestor ambiental julgar necessários.

§ 1º O documento referido no inciso IV pode ser dispensado pelo gestor ambiental, em casos excep-
cionais, a depender da natureza da atividade, desde que devidamente justificado o pedido e funda-
mentado o ato de deferimento.

§ 2º As informações constantes nos incisos V, VI e VII devem ser prestadas por técnico(s) habili-
tado(s), acompanhadas da Anotação de Responsabilidade Técnica e assinatura(s) deste(s).

SEÇÃO III
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL SIMPLIFICADO

Art. 15. O pedido de Licença Simplificada (LS) deve obedecer ao procedimento seguinte:

I - requerimento da LS pelo empreendedor ou representante legal, mediante preenchimento de for-


mulário próprio, acompanhado da documentação referida no artigo 17;

II - análise, pelo gestor ambiental, das informações e documentos apresentados, observado o dis-
posto no artigo 39, se viável do ponto de vista urbanístico;

III - elaboração do termo de referência (TR), pelo gestor ambiental, com base no memorial descritivo
referido no inciso II do artigo 17, no prazo máximo de 20 (vinte) dias;

IV - entrega do TR ao empreendedor juntamente com a notificação para proceder à publicação do


pedido da LS, observado o disposto no Capítulo VI;

V - entrega, pelo empreendedor, do Relatório Ambiental Simplificado (RAS), observado o disposto no


artigo 40;

VI - análise técnica do RAS pelo gestor ambiental;

VII - emissão de parecer técnico conclusivo pelo gestor ambiental;


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VIII - emissão da LS, se favorável o parecer, contendo a exigência para publicar a concessão da LS,
observado o disposto no Capítulo VI; ou indeferimento do pedido, se desfavorável o parecer, com
ciência do empreendedor.

§ 1º Caso o empreendedor não apresente os documentos mínimos necessários para análise do pedido
de LS, este não será protocolado.

§ 2º O gestor ambiental pode realizar vistoria técnica no local para subsidiar sua análise em qualquer
fase do procedimento de licenciamento.

§ 3º O TR, referido no inciso III, pode ser elaborado pelo empreendedor, desde que submetido à
aprovação do gestor ambiental e que seja apresentado juntamente com o pedido de LS.

§ 4º Transcorrido o prazo para apresentação do RAS sem manifestação do empreendedor, será inde-
ferido o pedido de LS.

Art. 16. O pedido de Licença Simplificada (LS) deve vir instruído com os documentos e informações
indicados a seguir:

I - comprovante de recolhimento da taxa ao FMMA;

II - memorial descritivo;

III - memória de cálculo;

IV - apresentação de desenhos em escala, com as informações necessárias ao perfeito entendimento


da atividade ou empreendimento, a ser entregue em de 02 (dois) jogos de pranchas, as quais devem
conter, no mínimo:

a) indicação da área do terreno em m2 (metros quadrados);

b) indicação das curvas de nível, se for o caso;

c) localização da atividade ou empreendimento;

d) plantas de situação, com indicação da (s) quadra (s), lote (s), logradouros públicos adjacentes,
recursos naturais existentes no local e área de influência direta e indireta do empreendimento ou ati-
vidade;

e) plantas de locação, plantas baixas, cortes e fachadas.

V - cópia e original do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
(CNPJ/MF) do empreendedor, se pessoa física ou jurídica, respectivamente;

VI - cópia autenticada do documento constitutivo da personalidade jurídica;

VII - certidão atualizada, do Registro Geral de Imóveis (RGI), em se tratando de imóvel privado;

VIII - certidões federal, estadual e municipal que comprovem a inexistência de débito decorrente de
infração ambiental;

IX - documento de aprovação da viabilidade urbanística municipal;

X - outros documentos ou informações que o gestor ambiental julgar necessários.


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PREFEITURA DO

§ 1º Nos casos de pedido de renovação de LS decorrente de ampliação da obra, os documentos refe-


ridos nos incisos IV a VI deste artigo não precisam novamente ser apresentados se não houver altera-
ção nas informações prestadas quando do primeiro pedido de LS.

§ 2º As informações constantes nos incisos II, III, IV e X devem ser prestadas por técnico(s) habili-
tado(s), acompanhadas da Anotação de Responsabilidade Técnica e assinatura(s) deste(s).

Art. 17. O pedido de ampliação referente à LS concedida, cujo acréscimo proposto implique em exi-
gência de licença ambiental, nos termos do artigo 3º, inciso II da Lei Municipal nº 17.071, de 31 de
dezembro de 2004, deverá ser submetido a novo procedimento licenciatório, observado o disposto na
Seção IV do Capítulo III deste Decreto.

Parágrafo único. Nos casos em que o acréscimo proposto em pedido de ampliação referente a LS
anteriormente concedida não implique em exigência de nova licença ambiental, nos termos do artigo
3º, inciso II da Lei Municipal nº 17.071, de 31 de dezembro de 2004, na redação da Lei Municipal nº
17.171, de 30 de dezembro de 2005, o empreendedor deve solicitar renovação da LS concedida, obe-
decido o procedimento estabelecido neste Decreto.

SEÇÃO IV
DA LICENÇA AMBIENTAL

SUBSEÇÃO I
DA LICENÇA PRÉVIA

Art. 18. O pedido de Licença Prévia (LP) deve obedecer ao procedimento seguinte:

I - requerimento da LP pelo empreendedor ou representante legal, mediante preenchimento de for-


mulário próprio correspondente à atividade ou empreendimento a ser licenciado, acompanhado da
documentação referida no artigo 21;

II - análise, pelo gestor ambiental, das informações e documentos apresentados, observado o dis-
posto no artigo 39, se viável o pedido do ponto de vista urbanístico;

III - elaboração do termo de referência (TR), pelo gestor ambiental, tendo por base o memorial des-
critivo referido no inciso IV do artigo 21, no prazo máximo de 20 (vinte) dias;

IV - entrega ao empreendedor do termo de referência juntamente com a notificação para proceder à


publicação do pedido da Licença Prévia (LP), observado o disposto no Capítulo VI;

V - análise técnica, pelo gestor ambiental, da AIA respectiva, observado o disposto no artigo 40;

VI - emissão de parecer técnico conclusivo, pelo gestor ambiental;

VII - emissão da LP, se favorável o parecer, contendo a exigência para publicar o pedido de LP, ob-
servado o disposto no Capítulo VI; ou indeferimento do pedido, se desfavorável o parecer, com ciên-
cia do empreendedor.

§ 1º Caso o empreendedor não apresente os documentos mínimos necessários para análise do pe-
dido, este não será protocolado.

§ 2º O gestor ambiental pode realizar vistoria técnica no local para subsidiar sua análise em qualquer
fase do procedimento de licenciamento.

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PREFEITURA DO

§ 3º O TR, referido no inciso III, pode ser elaborado pelo empreendedor, desde que submetido à
aprovação do gestor ambiental e apresentado juntamente com o pedido de LP.

§ 4º Transcorrido o prazo para apresentação da AIA sem manifestação do empreendedor, será inde-
ferido o pedido de LP.

§ 5º Nesta fase do licenciamento ambiental, pode ser realizada audiência pública, nos termos do Ca-
pítulo VII.

Art. 19. O pedido de Licença Prévia (LP) deve vir instruído com os documentos e informações listados
a seguir:

I - comprovante de recolhimento da taxa ao FMMA;

II - cópia e original do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídi-
cas (CNPJ/MF) do empreendedor, se pessoa física ou jurídica, respectivamente;

III - cópia autenticada do documento constitutivo da personalidade jurídica;

IV - apresentação de desenhos em escala, com informações necessárias ao perfeito entendimento da


atividade ou empreendimento, a ser entregue em de 02 (dois) jogos de pranchas, as quais devem
conter, no mínimo:

a) indicação da área do terreno em m2 (metros quadrados);

b) indicação das curvas de nível, se for o caso;

c) localização da atividade ou empreendimento;

d) plantas de situação, com indicação da (s) quadra (s), lote (s), logradouros públicos adjacentes,
recursos naturais existentes no local e área de influência direta e indireta do empreendimento ou ati-
vidade;

e) plantas de locação, plantas baixas, cortes e fachadas;

V - cópia da autorização ambiental, quando necessária, nos termos dos artigos 13 e 14;

VI - memorial descritivo do empreendimento;

VII - certidão atualizada do Registro Geral de Imóveis (RGI);

VIII - certidões federal, estadual e municipal que comprovem a inexistência de débito decorrente de
infração ambiental;

IX - documento de aprovação da viabilidade urbanística municipal;

X - outros documentos ou informações que o gestor julgar necessários.

§ 1º Se a autorização a que se refere o inciso V for de competência do órgão ambiental municipal, o


empreendedor pode solicitá-la no mesmo documento de requisição da LP, desde que instruído com os
documentos necessários, referidos no artigo 14.

§ 2º As informações constantes nos incisos IV, VI devem ser prestadas por técnico(s) habilitado(s),
acompanhadas da Anotação de Responsabilidade Técnica e assinatura(s) deste(s).

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PREFEITURA DO

SUBSEÇÃO II
DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO

Art. 20. O pedido de Licença de Instalação (LI) deve obedecer ao procedimento seguinte:

I - requerimento da LI pelo empreendedor ou representante legal, mediante preenchimento de for-


mulário próprio para a atividade a ser licenciada, acompanhado da documentação referida no artigo
24;

II - análise, pelo gestor ambiental, dos documentos e informações apresentados, observado o dis-
posto no artigo 39;

III - emissão de parecer técnico conclusivo, pelo gestor ambiental;

IV - emissão da LI, se favorável o parecer; ou indeferimento do pedido, se desfavorável o parecer,


com ciência do empreendedor.

§ 1º Caso o empreendedor não apresente os documentos mínimos necessários para análise do pe-
dido, este não será protocolado.

§ 2º O gestor ambiental pode realizar vistoria técnica no local para subsidiar sua análise em qualquer
fase do procedimento de licenciamento.

Art. 21. O pedido de Licença de Instalação (LI) deve vir instruído com os documentos e informações
indicados a seguir:

I - comprovante de recolhimento da taxa ao FMMA;

II - cópia da LP válida;

III - projeto executivo;

IV - memória de cálculo;

V - certidões federal, estadual e municipal que comprovem a inexistência de débito decorrente de


infração ambiental;

VI - planos, programas, projetos, medidas de controle ambiental exigidos na licença ambiental ou na


Avaliação de Impactos Ambientais (AIA);

VII - outros documentos ou informações que o gestor ambiental julgar necessários.

SUBSEÇÃO III
DA LICENÇA DE OPERAÇÃO

Art. 22. O pedido de Licença de Operação (LO) deve obedecer ao procedimento seguinte:

I - requerimento da LO pelo empreendedor ou representante legal, mediante preenchimento de for-


mulário próprio para a atividade a ser licenciada, acompanhado da documentação referida no artigo
27;

II - análise, pelo gestor ambiental, dos documentos e informações apresentados, observado o dis-
posto no artigo 39;

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PREFEITURA DO

III - vistoria de acompanhamento da implantação das medidas mitigadoras ou compensatórias,


quando previstas para essa fase do empreendimento ou atividade, e dos planos e programas ambi-
entais, pelo gestor ambiental, observado o disposto no artigo 39;

IV - emissão de parecer técnico conclusivo, pelo gestor ambiental;

V - emissão da LO, se favorável o parecer, juntamente com a notificação para publicar a concessão,
observado o disposto no Capítulo VI; ou indeferimento do pedido, se desfavorável o parecer, com
ciência do empreendedor.

Parágrafo único. Caso o empreendedor não apresente os documentos mínimos necessários para aná-
lise do pedido, este não será protocolado.

Art. 23. O pedido de Licença de Operação (LO) deve vir instruído com os documentos e informações
indicados a seguir:

I - declaração do(s) responsável(eis) técnico(s) pela execução dos projetos referentes às medidas
mitigadoras ou compensatórias, constantes da AIA aprovada, no sentido de que essas foram implan-
tadas em conformidade com o aprovado na fase de LI;

II - cópia da LI válida;

III - certidões federal, estadual e municipal que comprovem a inexistência de débito decorrente de
infração ambiental;

IV - outorga para uso de recursos hídricos, quando exigível, nos termos da Lei Estadual nº
12.984/2005;

V - planos, programas, projetos, medidas de controle ambiental que foram exigidos na licença ambi-
ental ou na AIA;

VI - outros documentos ou informações que o gestor ambiental julgar necessários.

SEÇÃO II
DA RENOVAÇÃO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 24. O pedido para renovação de Licença de Operação (LO), Licença Simplificada (LS) ou Autoriza-
ção Ambiental (AA), obedecerá ao procedimento seguinte, respeitadas as limitações previstas no art.
4º, §§3º e 4º da Lei Municipal nº 17.071/2004, na redação da Lei Municipal n] 17.171/2005:

I - requerimento da renovação pelo empreendedor ou representante legal, mediante preenchimento


de formulário próprio, acompanhado da documentação referida no artigo 30;

II - análise, pelo gestor ambiental, das informações e documentos apresentados, observado o dis-
posto no artigo 39;

III - notificação para o empreendedor proceder à publicação do pedido de renovação, observado o


disposto no Capítulo VI;

IV - emissão de parecer técnico conclusivo pelo gestor ambiental;

V - emissão da renovação, se favorável o parecer, contendo a exigência para publicar a concessão da


renovação, observado o disposto no Capítulo VI; ou indeferimento do pedido, se desfavorável o pare-
cer, com ciência do empreendedor.

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PREFEITURA DO

§ 1º Caso o empreendedor não apresente os documentos mínimos necessários para análise do pe-
dido, este não será protocolado.

§ 2º O gestor ambiental pode realizar vistoria técnica no local, sempre que necessário, para subsidiar
sua análise em qualquer fase do procedimento de renovação do licenciamento.

Art. 25. O pedido de renovação deve vir instruído com os documentos e informações indicados a se-
guir:

I - apresentação de comprovante de recolhimento da taxa ao FMMA;

II - cópia da LO, LS ou AA que se pretende renovar;

III - apresentação de proposta de novo cronograma físico, quando cabível;

IV - certidões federal, estadual e municipal que comprovem a inexistência de débito decorrente de


infração ambiental;

V - outros documentos que o gestor ambiental julgar necessários.

Parágrafo único. Se houver necessidade de adequação do plano de controle ambiental ou das medi-
das compensatórias ou mitigadoras aprovadas na AIA respectiva, deve a proposta de adequação ser
apresentada para análise do gestor ambiental quando do pedido de renovação da licença.

SEÇÃO III
DA MODIFICAÇÃO DOS CONDICIONANTES, SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DE LICENÇAS
E AUTORIZAÇÕES CONCEDIDAS

Art. 26. O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicio-
nantes e medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando
ocorrer:

I - Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais;

II - Omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença;

III - superveniência de graves riscos ambientais e à saúde.

Art. 27. A modificação de condicionantes e medidas de controle e adequação, a suspensão e o cance-


lamento de uma Autorização Ambiental (AA) concedida terão lugar, mediante decisão motivada do
gestor ambiental, sempre que necessário à preservação do interesse público na tutela do meio ambi-
ente.

Art. 28. A suspensão ou o cancelamento de licença ou autorização expedida deve obedecer ao proce-
dimento seguinte:

I - intimação do empreendedor a comparecer ao órgão gestor ambiental para prestar esclarecimentos,


no prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis contados do recebimento da intimação;

II - emissão do termo de exigências e fixação do prazo para seu cumprimento, nos casos em que for
necessária indicação de medidas preventivas ou compensatórias de danos potenciais ou efetivos, res-
pectivamente, sem prejuízo de outras medidas previstas na legislação ambiental;

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PREFEITURA DO

III - suspensão ou cancelamento da licença ou autorização ambiental concedida, se não cumpridas as


medidas preventivas ou compensatórias, sem prejuízo de outras medidas previstas na legislação am-
biental;

IV - emissão de parecer conclusivo, pelo gestor ambiental, se não houver necessidade de indicação de
medidas preventivas ou compensatórias, com ciência do empreendedor;

V - suspensão ou cancelamento da licença ou autorização ambiental concedida, se não satisfatórios os


esclarecimentos ou não cumpridas as medidas preventivas ou compensatórias, sem prejuízo de outras
medidas previstas na legislação ambiental.

SEÇÃO IV
DO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO

Art. 29. O procedimento para licenciamento de pedido de recuperação será definido pelo gestor ambi-
ental considerando a relação do porte da recuperação pleiteada com o potencial poluidor do empre-
endimento a ser recuperado, de acordo com o Anexo VI da Lei Municipal nº 17.171/2005, bem como
a natureza da recuperação pretendida.

§ 1º O pedido de recuperação deve vir instruído com os documentos e informações indicados a se-
guir:

I - cópia da licença ou autorização ambiental;

II - projeto de recuperação, elaborado por responsável técnico habilitado;

III - outros documentos ou informações que o gestor ambiental julgar necessários.

§ 2º Caso o empreendedor não apresente os documentos mínimos necessários para análise do pe-
dido, este não será protocolado.

SEÇÃO V
DO PEDIDO DE REGULARIZAÇÃO

Art. 30. Os empreendimentos e atividades que estejam instalados ou operando sem as respectivas
licenças ou autorização deverão solicitar sua regularização perante o gestor ambiental.

Art. 31. A regularização fica condicionada ao pagamento da taxa referente às licenças não solicitadas.

Parágrafo único. Nas hipóteses de regularização referente a autorização ambiental não solicitada,
aplica-se o disposto no caput.

Art. 32. O pedido de regularização deve obedecer ao procedimento seguinte:

I - requerimento da regularização pelo empreendedor ou representante legal, mediante preenchi-


mento do formulário específico;

II - análise, pelo gestor ambiental, das informações e documentos apresentados, observado o dis-
posto no artigo 39, se viável do ponto de vista urbanístico;

III - elaboração do termo de referência (TR), pelo gestor ambiental, com base no memorial descritivo,
no prazo máximo de 20 (vinte) dias;

IV - entrega do TR ao empreendedor juntamente com a notificação para proceder à publicação do


pedido de regularização da licença observado o disposto no Capítulo VI;
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PREFEITURA DO

V - entrega, pelo empreendedor, da AIA, observado o disposto no artigo 40;

VI - análise técnica, pelo gestor ambiental, da AIA;

VII - emissão de parecer técnico conclusivo pelo gestor ambiental;

VIII - emissão da regularização, se favorável o parecer, juntamente com a notificação para publicar a
concessão da regularização, observado o disposto no Capítulo VI ou indeferimento do pedido, se
desfavorável o parecer.

§ 1º Caso o empreendedor não apresente os documentos mínimos necessários para análise do pe-
dido, este não será protocolado.

§ 2º O TR, referido no inciso III, pode ser elaborado pelo empreendedor, desde que submetido à
aprovação do gestor ambiental e apresentado juntamente com o pedido de regularização.

§ 3º Transcorrido o prazo para apresentação da AIA sem manifestação do empreendedor, será inde-
ferido o pedido de regularização.

§ 4º O gestor ambiental pode realizar vistoria técnica no local, sempre que necessário, para subsidiar
sua análise em qualquer fase do procedimento de regularização do licenciamento.

Art. 33. O pedido de regularização deve vir acompanhado dos documentos referentes ao pedido da
licença atual e das anteriores.

Art. 34. O pedido de regularização não isenta o empreendedor das sanções ou penalidades cabíveis.

CAPÍTULO IV
DO TERMO DE EXIGÊNCIAS E DOS PRAZOS DE ANÁLISE

Art. 35. Formulado o pedido de licença ou autorização, o gestor ambiental tem o prazo de 30 (trinta)
dias, prorrogável uma única vez por igual período, mediante justificativa, para proceder à análise dos
documentos e informações apresentadas.

§ 1º Identificada a necessidade de correção ou complementação do pedido de licenciamento ambi-


ental, o gestor ambiental deve elaborar termo de exigências, com prazo de 15 (quinze) dias úteis,
prorrogável uma única vez, por igual período, para seu cumprimento, contado do recebimento do
referido termo pelo empreendedor.

§ 2º No caso do §1º, o gestor ambiental pode estabelecer prazo maior desde que a complexidade da
exigência o justifique.

§ 3º Fica suspenso o prazo de análise a partir do encaminhamento do termo de exigências ao empre-


endedor.

§ 4º Na hipótese de o termo de exigências depender do pronunciamento de outro(s) órgão(s), sus-


pendem-se os prazos referidos no § 1º e § 2º deste artigo até a emissão do parecer por estes órgãos.

§ 5º Cumprido o termo de exigências na forma e prazo determinados, retoma-se o processo de licen-


ciamento ambiental.

§ 6º O não cumprimento do termo de exigências implicará no indeferimento do pedido.

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PREFEITURA DO

Art. 36. O prazo para apresentação da avaliação de impactos ambientais (AIA), contado do recebi-
mento do termo de referência (TR), é de:

I - 45 (quarenta e cinco) dias para Relatório Ambiental Simplificado (RAS);

II - 60 (sessenta) dias para Estudo Técnico Ambiental (ETA);

III - 90 (noventa) dias para Relatório Ambiental Preliminar (RAP);

IV - 120 (cento e vinte) dias para Estudo Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambi-
ental (EIA /RIMA).

§ 1º Os prazos estabelecidos no caput podem ser prorrogados uma única vez por igual período, desde
que apresentada solicitação justificada pelo empreendedor, no prazo de 15 (quinze) dias úteis anteri-
ores ao vencimento do prazo de apresentação da AIA respectiva.

§ 2º Não apresentada a AIA no prazo respectivo estabelecido no caput, o pedido será indeferido, in-
dependente de notificação ao empreendedor.

§ 3º Uma vez apresentada a AIA, o gestor ambiental tem o prazo máximo de 90 (noventa) dias para
emitir parecer técnico conclusivo.

§ 4º No caso de apresentação de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto


Ambiental (EIA/RIMA), o gestor ambiental tem o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, para
emitir parecer técnico conclusivo.

§ 5º Identificada a necessidade de correções ou complementações à AIA apresentada, deverá ser


observado o procedimento previsto nos §§ 1º ao 6º do art. 39.

CAPÍTULO V
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO

Art. 37. Em qualquer caso de indeferimento, suspensão ou cancelamento de licença e autorização


previstas neste decreto, o empreendedor poderá opor pedido de reconsideração, mediante preenchi-
mento do formulário próprio.

§ 1º O pedido de reconsideração deve vir acompanhado de justificativa e dos documentos compro-


batórios que o empreendedor entender necessários.

§ 2º O gestor ambiental pode solicitar documentos complementares, observado o procedimento pre-


visto nos §§ 1º ao 6º do art. 39.

Art. 38. O prazo para protocolamento do pedido de reconsideração previsto no artigo é de 15 (quinze)
dias úteis, prorrogável uma única vez por igual período, contado da notificação do indeferimento pelo
gestor ambiental.

Parágrafo único. Nos casos em que for dispensada a notificação referida no caput, o prazo para o
pedido de reconsideração deve ser contado a partir da data em que encerrou o prazo para cumpri-
mento da exigência motivadora do indeferimento.

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CAPÍTULO VI
DA PUBLICIDADE DAS LICENÇAS AMBIENTAIS E AUTORIZAÇÃO

Art. 39. Observado o disposto no art. 2º, §§ 2º e 3º da Lei Municipal nº 17.071, de 31 de dezembro
de 2004, os pedidos de licenciamento ambiental devem ser publicados, conforme modelos indicados
no Anexo Único.

§ 1º As publicações de que trata o caput devem vir no primeiro caderno, em corpo sete ou superior,
para os casos de jornal de grande circulação.

§ 2º Em qualquer caso, as publicações de que trata o caput devem conter, no mínimo:

a) nome do empreendedor e sigla, se houver;

b) sigla do órgão onde requereu a licença;

c) modalidade da licença requerida;

d) finalidade da licença;

e) tipo de atividade que será desenvolvida;

f) local do desenvolvimento da atividade.

Art. 40. Uma vez notificado para publicar o pedido, o empreendedor deve apresentar ao gestor ambi-
ental cópia da página inteira do Diário Oficial do Recife ou jornal local, contendo a publicação respec-
tiva.

§ 1º O prazo para apresentação referida no caput é de 15 (quinze) dias úteis, prorrogável uma única
vez por igual período, observado o disposto no parágrafo seguinte.

§ 2º A prorrogação do prazo prevista no §1º somente será possível mediante justificativa apresentada
pelo empreendedor por meio de correspondência dirigida ao gestor ambiental, protocolada até o úl-
timo dia do prazo original.

§ 3º A não apresentação do documento referido neste artigo no prazo estabelecido ensejará indeferi-
mento de pedido em análise ou cancelamento de licença ou autorização anteriormente concedida.

CAPÍTULO VII
DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Art. 41. A realização de audiência pública objetiva expor a atividade ou empreendimento a ser licenci-
ado, bem como suas respectivas avaliações de impactos ambientais aos munícipes interessados, diri-
mindo dúvidas e colhendo do público críticas e sugestões, de forma a subsidiar a decisão referente ao
licenciamento ambiental municipal.

Parágrafo único. As audiências devem ser realizadas em locais e horários acessíveis à presença dos
interessados e previamente divulgados.

Art. 42. Nos casos de solicitação de realização de audiência pública, ou instrução de ofício, nos termos
do artigo 5ºA, § 3º da Lei Municipal nº 17.071, de 31 de dezembro de 2004, após o recebimento do
RAP ou EIA/RIMA requerido, o gestor ambiental publicará, no Diário Oficial do Município do Recife, a
notícia do empreendimento a ser licenciado e da disponibilidade da respectiva AIA para consulta pú-
blica.
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§ 1º O gestor ambiental disponibilizará 02 (duas) cópias do RAP ou do RIMA para consulta pelo pú-
blico.

§ 2º A cópia das avaliações de impactos ambientais referidas no caput e parágrafos anteriores deste
artigo estarão disponíveis na Secretaria Executiva do COMAM.

Art. 43. A audiência pública somente poderá ser solicitada ou instaurada de ofício, conforme previsto
no artigo 5ºA, § 3º da Lei Municipal nº 17.071, de 31 de dezembro de 2004, na fase de tramitação do
pedido de LP, a partir da publicação desta licença até a publicação do pedido de concessão da
mesma.

§ 1º O gestor ambiental designará data, local e duração da audiência, a ser realizada no prazo má-
ximo de 45 (quarenta e cinco) dias contados da data em que foi feita a requisição.

§ 2º O empreendedor deverá ser notificado pelo gestor ambiental da realização da audiência pública,
no prazo máximo de 05 (cinco) dias de antecedência da data agendada para a realização da audiência
pública.

§ 3º Solicitada a instauração de audiência pública ficam suspensos os prazos referentes ao procedi-


mento de licenciamento ambiental.

Art. 44. Em função da localização do empreendimento ou da natureza do pedido, pode haver mais de
uma audiência pública sobre o mesmo projeto, a ser determinada pelo gestor ambiental.

Art. 45. A audiência pública será dirigida pelo presidente do COMAM e assessorada pela equipe téc-
nica do gestor ambiental responsável pela análise da AIA apresentada pelo empreendedor.

§ 1º A mesa de trabalhos será composta pelo presidente do COMAM, pela equipe técnica responsável
pela análise da AIA, pelo representante da entidade ou do grupo de interessados que solicitou a audi-
ência pública, pelo empreendedor e pela equipe técnica que elaborou a AIA ou seu representante.

§ 2º O gestor ambiental convidará o representante do Ministério Público do Estado de Pernambuco,


bem como os órgãos ambientais integrantes da União e do Estado, para participarem da audiência
pública.

§ 3º Poderá, a cargo do gestor ambiental, ser distribuído entre os presentes manual explicativo sobre
os procedimentos da audiência e sua pauta.

Art. 46. As despesas decorrentes da divulgação e realização da audiência pública de empreendimentos


e atividades que envolvem a apresentação e discussão da AIA respectiva serão custeadas pelo em-
preendedor.

Art. 47. As hipóteses omissas no presente Decreto serão decididas pelo gestor ambiental.

CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 48. Os débitos decorrentes das taxas de licenciamento e multas aplicadas pelo gestor ambiental
podem ser parcelados em até 10 (dez) vezes, observando-se o valor mínimo de R$100,00 (cem reais)
para cada parcela, devidamente corrigidas de acordo com o estabelecido na Lei Municipal nº 16.607,
de 06 de dezembro de 2000.

Art. 49. A pessoa física ou jurídica cujo empreendimento ou atividade imobiliária não esteja regular-
mente licenciada pode solicitar regularização, isentando-se das infrações e penalidades ambientais
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previstas no art. 30, inciso IV da Lei Municipal nº 16.243/96, no prazo máximo de 120 dias a contar
do dia 1º de abril de 2009.

Art. 50. O início do licenciamento ambiental pelo gestor ambiental respeitará o cronograma constante
no anexo II deste Decreto

Recife,08 de junho de 2009.

JOÃO DA COSTA BEZERRA FILHO


Prefeito do Recife

AMIR SCHVARTZ
Secretário de Planejamento Participativo, Obras e
Desenvolvimento Urbano e Ambiental

RICARDO PEDROSA SORIANO DE OLIVEIRA


Secretario de Assuntos Jurídicos

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DO DIA 09/06/09 – EDIÇÃO 65

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