Hipnoterapia Cognitiva
Hipnoterapia Cognitiva
Hipnoterapia Cognitiva
Elaboração
Produção
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................
............. 7
UNIDADE I
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) ..................................................................................................................................................
9
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) ................................................................................................ 9
UNIDADE II
A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL ........................................................................................................................... 30
CAPÍTULO 1
RECONHECENDO A HIPNOSE NO PROCESSO DA TCC ..................................................................................................................... 30
CAPÍTULO 2
A HIPNOSE E AS
COGNIÇÕES ....................................................................................................................................................................... 34
UNIDADE III
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA......................................................................................................................................... 45
CAPÍTULO 1
PROCESSOS
INDEPENDENTES .................................................................................................................................................................... 45
UNIDADE IV
SONHOSCAPÍTULO 1..........................................................................................................................................................................................96
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................................................................................108
APRESENTAÇÃO
Caro aluno
4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE
ESTUDOS E PESQUISA
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado
assunto antes mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho
pertinente para o autor conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno
faça uma pausa e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o
ajudem em seu raciocínio. É importante que ele verifique seus
conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As reflexões são o ponto
de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que
contribuam para a síntese/conclusão do assunto abordado.
ORGANIzAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESqUISA
5
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/
conclusões sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo,
facilitando o entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
INTRODUÇÃO
Objetivos
» Ter uma visão geral sobre a teoria cognitivo-comportamental.
7
» Aprender a interpretar os sonhos.
TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL UNIDADE I
(TCC)
CAPÍTULO 1
Introdução à Terapia
Cognitivo-Comportamental (TCC)
10
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) | UNIDADE I
si mesmo
pensamento
futuro mundo
(objetivos) (os outros)
Para entendermos melhor sobre essa teoria, vamos falar dos princípios da terapia
cognitivo-comportamental (BECK, 1997). Eles se baseiam em duas premissas: a
primeira diz que nossas cognições têm uma influência controladora sobre nossas
emoções e sobre nosso comportamento; e a segunda fala que o modo como
agimos ou nos comportamos pode afetar profundamente nossos padrões de
pensamento e nossas emoções.
11
IDADE I | TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)
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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) | UNIDADE I
Evento
Avaliação
cognitiva
Comportamento
Emoção
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IDADE I | TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)
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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) | UNIDADE I
mudanças
de humor
uso de
Psicoeducação
inventários
Pensamentos
Automáticos
exercícios descoberta
de role-play guiada
exercícios
registro de
de imagens
pensamentos
mentais
15
IDADE I | TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)
2.
3.
16
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) | UNIDADE I
Assinale um X ao lado de cada pensamento automático negativo que você tenha vivenciado na
última semana.
_____ Eu sempre estrago tudo.
_____ Não consigo lidar com isso.
_____ Devo ter algo de errado.
_____ Isso é demais para mim.
_____ Nunca serei feliz.
_____ Não vou dar conta, o prazo é curto.
_____ Sempre faço tudo errado.
_____ Ninguém gosta de mim.
Fonte: Adaptada de Wrigth, Basco e Thase (2008).
Esquemas são crenças centrais ou nucleares que servem como matriz básica ou
regras inconscientes de elaboração de uma informação. Eles desempenham um
papel vital para os seres humanos, que os torna possível identificar, filtrar,
codificar e atribuir sentido às informações do ambiente, estando em posição
subsequente da superficialidade dos pensamentos automáticos. Esquema é um
princípio de pensamento duradouro formado desde a primeira infância,
influenciada por experiências vividas por pais e familiares que agora são
reproduzidas por seus filhos, por exemplo, repetição de traumas, sucessos e
habilidades. Isso, muitas vezes influencia a autoestima e o comportamento.
Nós precisamos fazer planos todos os dias para lidar com grande número de
informações e precisamos tomar decisões apropriadas para não nos arrepender
depois. Muitas vezes, criamos hábitos inconscientes que acabam se tornando
regras de sobrevivência ou de controle. Quem nunca imaginou uma viagem,
porém ela só se tornou uma realidade após se programar para que nada saísse
fora do previsto? Você seria capaz de fazer uma viagem sem algum tipo de
programação? Simplesmente olhar para o seu relógio ou ver aquele dia
ensolarado e dizer para si mesmo: “Vou pegar a estrada para o paraíso!”. Para
algumas pessoas, isso seria uma loucura, pois aprenderam e carregam consigo
uma crença de que uma viagem sempre teria que ser programada, preparada,
vista e revista mil vezes antes de acontecer, capaz até mesmo de criar cenários
17
IDADE I | TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)
para lidar com possíveis intercorrências, pois, como diz o ditado, “seguro
morreu de velho”.
Judith Beck (1997) propõe que as crenças centrais disfuncionais podem ser
divididas em três grupos:
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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) | UNIDADE I
Crenças centrais
disfuncionais
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IDADE I | TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)
elevador cair com ela dentro. Ela responde que as chances são de 10% ou
mais de o elevador cair até o chão e ela se machucar. Muitas pessoas
tentaram.
20
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) | UNIDADE I
“em comparação com outras coisas, como ter uma doença séria ou perder o
emprego, como é se sentir ansioso em uma festa?”. A força motriz dessas
perguntas está em ajudar os pacientes a desenvolverem a confiança de que eles
conseguem lidar com situações temidas.
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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) | UNIDADE I
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IDADE I | TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)
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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) | UNIDADE I
» peça que eles listem tarefas diárias e avaliem o grau de prazer que cada
tarefa transmite, numa escala de 0 a 5, em que zero não transmite
prazer algum, e cinco transmite muito prazer;
16h Conversar com Passear com o Lanchar Caminhar no Lanchar Conversar Jogar videogame
um amigo (1-2- cachorro parque com um
(1-2-3-4-5) (1-2-3-4-5) (1-2-3-4-5)
3-4-5) amigo
(1-2-3-4-5)
(1-2-3-4-5)
18h Caminhar no Testar Andar de Descansar Passear com Descansar Descansar
parque receitas bicicleta (1-2- (1-2-3-4-5) o cachorro (1-2-3-4-5) (1-2-3-4-5)
(1-2-3-4-5) gostosas (1-2- 3-4-5) (1-2-3-4-5)
3-4-5)
20h Assistir TV Jogar Jantar com a Ler um livro Jantar Assistir TV Espiritualização
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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) | UNIDADE I
Ana, mãe solteira, gostaria de ser mais assertiva na criação de seu filho, João, de
5 anos. Ana e sua família se penalizavam por ele, pois o pai os deixara quando
João ainda era um bebê. Eles, então, exageravam no amor em relação a ele para
tentar compensar a ausência do pai. Porém, João era muito esperto e sabia que,
se sua mãe não desse o que ele quisesse, seu avô daria. Caso sua mãe não lhe
desse um pirulito, ele sabia que, se pedisse por favor para o avô e começasse a
chorar, o avô lhe daria o pirulito. Ana tentava, de todas as formas, manter-se
firme, mas percebeu que seu pai sempre lhe dava o que queria, mesmo sabendo
que Ana não permitia tal atitude. No passado, Ana até acabaria cedendo aos
apelos de João, mas tinha se empenhado em estabelecer limites mais
consistentes. Ela precisava que seu pai fizesse o mesmo, mas não sabia como
falar com ele sobre isso sem deixá-lo triste ou colocá-lo na defensiva. Ela, então,
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IDADE I | TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)
não disse nada e permitiu que seu filho continuasse a manipular a situação e a
manter um padrão duplo de comportamento.
Então, após algumas sessões ensaiando sua conversa com José, ela teve a
seguinte conversa com o pai: “Papai, quero conversar sobre o hábito de João de
querer as coisas sem limites. Você sabe como ele é. Acho que não deveríamos
sempre dar o que ele quer”.
Embora esse discurso descreva parte do problema, ela evita dizer diretamente
que é seu pai quem precisa mudar de comportamento. Quando ela tentou essa
abordagem no passado, seu pai respondeu com um: “Está bem, querida.
Concordo”. Depois de trabalhar mais em suas habilidades de comunicação, Ana
chegou a uma mensagem que transmitia seus principais pontos:
“Papai, quero conversar com você a respeito de minha nova estratégia para lidar
com o João quando ele quiser fazer coisas que não gostaríamos que ele fizesse,
por exemplo, pedir um doce ou pular no sofá. Quero dizer ‘não’ e ficar firme,
mesmo se ele choramingar ou implorar. Ele precisa aprender a respeitar o que eu
digo nessa idade, de modo que, quando for crescendo, já tenhamos estabelecido
um padrão de educação, mas eu preciso de sua ajuda para isso funcionar.
Sempre que me ouvir estabelecendo limites para o João, preciso que você me
apoie e o trate da mesma maneira, mesmo se não concordar comigo ou se achar
que estou sendo muito dura. Você está disposto a fazer isso?”.
Ana sabia que não era boa ideia levantar tópicos difíceis com seu pai quando ele
estava com fome ou com pressa. Ela planejou conversar com ele depois do
almoço de sábado, quando estaria mais relaxado, e, João, dormindo. Se não se
saísse bem, ela pediria desculpas por aborrecê-lo, agradeceria por ser um avô tão
bom e sugeriria conversar novamente mais tarde.
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TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) | UNIDADE I
Vocês podem estar se perguntando o que farão com as informações e técnicas apresentadas nesta
unidade, porém verão que a hipnose cognitiva está baseada nas técnicas que vocês acabaram de
conhecer.
Caso tenham o interesse de aprofundar nos estudos da teoria cognitivo-comportamental, sugiro a
leitura do livro Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado, e outros livros
identificados nas referências.
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A HIPNOSE E A
TERAPIA COGNITIVO- UNIDADE II
COMPORTAMENTAL
CAPÍTULO 1
Reconhecendo a hipnose no processo da TCC
Como já vimos nas disciplinas anteriores, qualquer pessoa pode ser hipnotizada,
desde que queira, que tenha capacidade de usar sua imaginação e que seja
cognitivamente saudável, ou seja, capaz de identificar e prever associações
complexas entre eventos (acontecimentos) de forma a favorecer a adaptação aos
ambientes passíveis de mudança.
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A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL | UNIDADE II
Contagem
Anamnese/Rapport Choque Pós-hipnótica
Regressiva
Imaginação
Progressivas
guiada
Fracionamento
de Vogt
Metrônomo
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Alguns autores consideram que a terapia clássica por si só já não se basta e que
podem beneficiar o tratamento de seus pacientes dando abertura para outras
técnicas, como a hipnose, por ela possuir uma forma de controle rápida para
sintomas, como os da ansiedade e da depressão – doenças que afetam grande
número de pessoas. De acordo com a OMS, são mais de 322 milhões de pessoas
que sofrem desses transtornos no mundo.
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A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL | UNIDADE II
ACORDO TERAPÊUTICO
TRATAMENTO:
O acompanhamento terapêutico não tem uma duração pré-definida. Os resultados variam de acordo com a
predisposição de cada pessoa às técnicas aplicadas e conforme o seu nível de engajamento, não sendo
possível estabelecer número de sessões necessárias. A realização das atividades propostas em terapia é de
máxima importância para o seu bom desenvolvimento.
HORÁRIO:
O encontro terapêutico tem duração de ___ minutos, sendo realizado em horário de comum acordo com o
cliente antecipadamente, estando o terapeuta à disposição do cliente naquele período. Como o trabalho é
realizado com horário marcado, a pontualidade é fundamental, não sendo possível estender o horário para
além dos ___ minutos previstos, mesmo em caso de atraso do cliente. Em casos de atrasos do terapeuta,
ocorrerá a compensação para além do horário acordado ou conforme acordado com o paciente.
FALTAS:
Deverão ser avisadas com, no mínimo, 24 horas de antecedência. As sessões em que o cliente faltar ou
desmarcar com menos de 24 horas de antecedência serão cobradas normalmente.
O bom desenvolvimento da terapia depende da frequência e adesão do cliente às sessões. No caso de faltas
excessivas (quatro ou mais faltas intercaladas ou consecutivas), a terapia deverá ser reconsiderada.
DESMARCAÇÕES OU MUDANÇAS DE HORÁRIO:
Em caso de desmarcações com até 24 horas de antecedência, o cliente não arcará com o valor da sessão.
Caso a ausência seja avisada no dia da consulta, ou não seja avisada, a sessão será paga normalmente. Essas
sessões poderão ser remarcadas com o terapeuta. Mudanças de horário deverão ser discutidas com o
terapeuta e serão realizadas quando possível.
ALTA:
O término do tratamento pode ocorrer por escolha do cliente ou por alta dada pelo terapeuta. Caso exista a
necessidade de interrupção do tratamento, é necessário o aviso com uma semana de antecedência para que
seja realizada uma sessão de fechamento da terapia.
Declaro que estou ciente e de acordo com as informações e regras supracitadas.
Brasília, _____ de _____________ de ________.
NOME DO CLIENTE OU RESPONSÁVEL:
_________________________________________________
CPF: _________________________________ TELEFONE:
___________________________________
NOME DA CRIANÇA/ADOLESCENTE:
____________________________________________________
ASSINATURA DO RESPONSÁVEL:
_______________________________________________________
ASSINATURA DO PSICÓLOGO:
_________________________________________________________
Fonte: elaborada pela autora.
33
sentimentos de forma intensa e vivificadas, são bons exemplos para incentivá-
los em sua melhora, além das técnicas ensinadas na Unidade I.
CAPÍTULO 2
A hipnose e as cognições
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A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL | UNIDADE II
35
UNIDADE II | A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Para que vocês tenham uma ideia, a utilização das imagens mentais como forma
terapêutica vem desde os primeiros estudos realizados na Europa no final do século
XIX, com os pacientes “histéricos” no Salpêtrière, em Paris, por Pierre Janet no
ano de 1898. Carl Gustav Jung reconheceu a visualização mental como um
mecanismo criativo para a psique humana para atingir o crescimento individual,
interpessoal e a integração espiritual. O psiquiatra Gerard Epstein foi um dos
pioneiros na pesquisa e na aplicação das imagens mentais para curar e manter a
saúde. Para ele, a característica mais fascinante do trabalho com imagens é a de
poder ser acompanhado por mudanças fisiológicas, ou seja, a mente pode alterar o
corpo, sendo um processo natural e inerente ao ser humano, como sonhar e acordar
taquicardíaco ou imaginar situações catastróficas e ter sudorese. Para ele, a
imagem mental é a mente pensando por meio de imagens. Em seu livro, Imagens
que curam, o psiquiatra ensina práticas de visualização para a saúde física e
mental, utilizado hoje por milhões de terapeutas e pacientes pelo mundo todo. Ele
conta que Pierre Janet desenvolveu um procedimento chamado substituição
imaginária para ajudar os pacientes a experienciarem novamente e substituírem
imagens perturbadoras por imagens mais adaptativas, que foi a mais rápida
reestruturação cognitiva documentada com imagens ansiosas ao paciente. Seu foco
era fazer os pacientes aprenderem a lembrar e reviver as imagens e reformular as
suas imagens negativas substituídas por novos cenários construídos na intervenção
terapêutica, com a intenção de, pelo menos, colocar o paciente em dúvida sobre
suas crenças mais limitantes. Segundo esse mesmo autor, o processo de
imaginação envolve a participação de todos os sentidos e não somente da visão. A
conexão entre sensações, emoções e imagens mentais fundamenta seu trabalho. Ao
mudar uma imagem, a sensação e a emoção também mudam – processo também
utilizado na programação neurolinguística.
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A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL | UNIDADE II
Os exercícios que se seguem têm funcionado como aliados poderosos na luta em que muitos de
meus pacientes se engajaram para se libertar do domínio paralisante dos sentimentos de culpa.
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UNIDADE II | A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Descubra qual dos exercícios lhe é mais adequado e fique com ele. E impressionante o que você
descobrirá sobre si mesmo ao explorar a culpa deste modo.
A Fita Vermelha
Feche os olhos. Respire três vezes. Veja uma fita vermelha à sua frente. Escreva nesta fita as
características das quais você quer se livrar, inclusive a culpa. Liste estas características na
ordem da importância que têm para você. Coloque a fita ao redor do pescoço. Respire uma vez e
vá da cidade para um deserto que você já tenha visto ou lido a respeito. Encontre uma cachoeira
próxima a uma grande rocha. Na frente da rocha, cave um buraco. Pegue todas as características
na fita e as expulse, uma a uma, respirando e dizendo o nome de cada uma (não em voz alta, mas
lá no deserto). Depois disso, coloque a fita em cima da rocha e queime-a. Coloque as cinzas no
buraco, encha-o e coloque a rocha em cima. Respire uma vez e vá até a cachoeira. Escale a
cachoeira até o alto, subindo através da própria água. Veja e sinta a força da água passar por
você, limpando-o e carregando todos os resíduos de culpa. Depois de chegar ao topo, estique as
mãos, as palmas voltadas para cima, para o sol, e absorva-o um pouco em suas mãos, colocando-
as então sobre qualquer parte de seu corpo para gerar saúde e bem-estar. Respire uma vez e saia
da cachoeira. Deixe o sol secá-lo. Coloque uma roupa limpa e volte para sua cadeira, sentindo a
culpa desaparecer. Então abra os olhos. Falando o que Pensa
Feche os olhos. Respire três vezes. Imagine-se falando com a pessoa com quem você está em
conflito exatamente sobre o assunto pelo qual se sente culpado. Expresse seu pensamento
diretamente, dizendo o motivo pelo qual você se sente culpado. Então troque de lugar com a
outra pessoa. Torne-se este outro e fale com você como se fosse ele. Respire uma vez. Então seja
você novamente e expresse o ressentimento que há por trás da culpa. Respire uma vez. Agora
troque de lugar e responda ao que você sentiu. Respire uma vez. Torne-se você novamente e
expresse as exigências por trás do ressentimento. Não disfarce suas exigências com perguntas ou
acusações. Respire uma vez. Seja a outra pessoa e responda às exigências que você acabou de
fazer. Repare como você se sente quando troca de lugar. Quando você é a outra pessoa, o que
diz? Então abra os olhos. (EPSTEIN, 2009, p. 88)
Outra importante contribuição nessa área foi dada pelo Dr. Simonton, dos EUA,
que desenvolveu, juntamente com outros cientistas, um programa com sessões de
relaxamento, afirmações positivas, visualizações de imagens mentais adaptativas,
exercícios físicos e outras técnicas específicas. Os pacientes são incentivados a
exercitarem as técnicas de relaxamento e visualização por meio de imagens
mentais três vezes ao dia, durante 15 minutos, assim como é ensinado na auto-
hipnose. No Brasil, a psicóloga Dra. Maria Margarida Carvalho foi responsável
pela implantação e divulgação do Programa Simonton e do treinamento de
profissionais de saúde de atendimento psicossocial aos pacientes com câncer. Para
ela, o tratamento médico aliado à técnica da visualização possibilita uma
participação ativa no processo de doença e de saúde.
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A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL | UNIDADE II
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UNIDADE II | A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
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A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL | UNIDADE II
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UNIDADE II | A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Fonte: https://s2.glbimg.com/NSV9rdRxP93zWSuS86EGTeTzKtM=/0x0:620x465/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59
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A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL | UNIDADE II
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UNIDADE II | A HIPNOSE E A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
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MECANISMOS DE
AUTOMAÇÃO NA UNIDADE III
HIPNOTERAPIA
CAPÍTULO 1
Processos independentes
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UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
positivos em seu tratamento. Peço que estudem profundamente cada uma dessas
técnicas em livros e sites especializados, pois são técnicas que irão ajudá-los não
só no consultório, mas também no dia a dia.
Respiração
Respirar é uma função do sistema nervoso autônomo e está no inconsciente.
Portanto, a respiração é a ponte do inconsciente para o consciente.
A respiração é algo que simplesmente acontece. Não precisamos nos esforçar para
respirar, ela é produzida pela inteligência inerente ao corpo e é o nosso primeiro e
último ato na vida. Como não exige atenção ou esforço, acabamos por respirar de
forma automática e, muitas vezes, superficial, fazendo uma respiração curta, tanto
na inspiração como na expiração. Como o ato de respirar está intimamente ligado
aos estados mentais e emocionais, acabamos nos desequilibrando por não
sabermos respirar corretamente.
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MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
Inspiração Expiração
Ar inspirado Ar expirado
O difragma contrai-se e O diafragma relaxa e
baixa: músculo Inter-costai
s seleva-se: os músculos
contraem-se e elevam as onter-costais relaxam e
costelas; o volume da caix
a baixam as costelas o volume
toráxica aumenta da caixa toráxica diminui
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UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Cada exercício apresentado aqui tem registrado no final o ritmo mais adequado de
execução. Esse ritmo pode ser alterado pelo praticante de acordo com sua
capacidade pulmonar, sem problemas, desde que observadas a relação entre
inspiração e expiração, que costuma ser de 1 para 2. Ao praticante só convém
preocupar-se com o ritmo quando já estiver com o exercício memorizado e
praticando respiração há pelo menos um ou dois meses. Os exercícios respiratórios
dão ênfase à respiração nasal, principalmente na inspiração. Quem observar vai ver
que nunca se inspira pela boca nos exercícios indicados e que a boca só às vezes é
usada para expirar em alguns exercícios de limpeza.
Devemos justificar essa característica para que o praticante entenda porque deve
respirar preferencialmente pelo nariz. Ao entrar no organismo, o ar está mais frio
que o corpo, fato que pode gerar alguma reação no organismo. O ar que entra pelo
nariz é aquecido naturalmente, mas o ar que entra pela boca não consegue se
aquecer antes de chegar à garganta e entra pelas vias respiratórias frio, o que causa
alergias e outras doenças.
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MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
Existem alguns tipos de exercícios de respiração que podem ajudar no dia a dia.
Para começar, inspira-se pelo nariz, levando a cabeça para trás como quem
quer olhar o teto. Reter o ar. A seguir, expira-se pelo nariz, trazendo a
cabeça para frente até encostar o queixo no peito. Tentar pressionar com
o queixo esse ponto, no qual está localizada a tireoide. Reter o ar.
Repetir 3 a 5 vezes.
49
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Ritmo – 3/2/6/2
Com a boca fechada, inspirar sem forçar a entrada do ar, não reter.
Esse exercício é bom para situações de perda energética por medo e raiva.
Ritmo – 4/0/12/0
É comum que uma pessoa adoecida respire muito mal. Na maior parte das vezes,
mal tem consciência de sua respiração, pois nunca se atentou para ela. Quando
falamos inspire, retenha ou expire às vezes, a pessoa nem sabe o que é que estamos
pedindo a ela; ou, então, sabe o que desejamos que fizesse, mas não tem controle
sobre o ato de respirar, até se sufocando nas primeiras tentativas. Na indicação dos
exercícios respiratórios, tudo deve, portanto, ser feito calmamente, sem forçar ou
deixar a sensação de que estamos propondo algo difícil, senão o doente pode
desistir antes mesmo de começar.
Para a pessoa que está sem consciência da sua respiração ou que tem dificuldade
em dominar os movimentos respiratórios, deve-se iniciar procurando uma condição
de percepção. Deite-a e peça que vá respirando normalmente, tentando apenas
acalmar seu ritmo respiratório. Quando o ritmo estiver tranquilo, peça que coloque
uma das mãos sobre a barriga e a outra sobre o peito, fazendo com que observe seu
movimento de encher e esvaziar os pulmões. Tente verificar se a respiração
50
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
Como vimos, a respiração é o principal recurso usado para estimular com rapidez o
aumento das vibrações positivas do corpo adoecido. Como um fluido curativo, a
respiração é classificada como um fluido vibrante, vista como capaz de refazer o
corpo físico e recuperar também os corpos sutis. A prática diária de exercícios
respiratórios recompõe o corpo e a mente, modificando emoções, sentimentos e
sensações rapidamente.
51
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
A respiração circular pode ser pela boca ou pelo nariz, porém, se a inspiração
acontece por meio do nariz, a expiração também se dá pelo nariz. Se a inspiração
ocorrer por meio da boca, a expiração deve ser pela boca. Recomenda-se que seja
feita pela boca, tendo em vista que o volume de ar que passa pelos pulmões seja
maior.
52
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
Ao despertar o paciente, utilize todos os cuidados necessários para que ele volte do
transe com segurança e bem-estar, pois ele acaba de sair de um transe profundo,
beirando o sonambúlico. Deixe sempre um copo de água ao lado do paciente.
Psicologia positiva
É a área da Psicologia que estuda a felicidade e os fundamentos psicológicos do
bem-estar, tal como os pontos fortes e as virtudes humanas (SELIGMAN, 2011).
Essa ciência começou com Dr. Martin Seligan, psicólogo americano que inventou
essa abordagem apontando que é necessário sair do modo problema para o modo
solução. A psicologia positiva começou a ser estudada após a Segunda Guerra
Mundial dando atenção ao sofrimento psíquico da população e dos trabalhadores
devido às dificuldades emocionais geradas após esse período. Muitos estudos
científicos acerca dos problemas psicológicos e do efeito negativo de ambientes
estressores no mercado de trabalho surgiram nos anos de 1970, gerando, nas
organizações, os programas de qualidade de vida.
53
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Psicologia posi va
Nível básico
ou Nível individual Nível grupal
subje vo
Há pessoas que acreditam que, para ter uma vida feliz, é necessário o ter e se
esquecem de ser. Esquecem-se de quem são, de seus valores, dos ensinamentos de
seus pais e dos seus antepassados aprendidos na infância e que, para serem aceitos
e admirados por um grupo de pessoas, muitas vezes, sequestram suas origens para
vivenciar e agir como “manda o figurino” ou “dançam conforme a música”. No
entanto, no fundo, sentem-se ultrajados e feridos por dentro por não demonstrar ser
quem verdadeiramente são. Certamente, vocês já devem ter se deparado com
pessoas que acreditavam ser felizes se tivessem mais dinheiro e, quando o teve,
permaneceram no mesmo marasmo; ou, então, que seriam mais felizes se
morassem em outro país e, quando realizou esse sonho, permaneceu no mesmo
sentimento de infelicidade. Quanta gente busca realizar determinados sonhos de ter
ou ser determinada coisa em busca de uma felicidade fria e inexistente por algo
fantasioso, sem dar o verdadeiro valor ao que importa.
Martin Seligman iniciou suas pesquisas, por volta de 2002, estudando milhares de
pessoas felizes e a sua conclusão foi impressionante. Elas não precisavam ser
milionárias, nem comer chocolates e também não precisavam ter a melhor saúde
54
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
do mundo, bastavam poucas coisas, que eram comuns, para serem mais felizes –
coisas simples que tomamos como certo e garantido e que não prestamos mais
atenção na correria do dia a dia. Ele estudou as pessoas felizes e observou que esse
comportamento poderia ser aprendido.
Mais chances de
ter um
Tem mais relacionamento
estável. Mais amigos
imunidade,
e mais apoio
adoecem
social.
menos.
São mais
Pessoas Mais
generosas e
felizes longevidade.
altruístas.
Ganham mais
dinheiro e Mais
fazem mais criatividade.
sucesso. Melhor
desempenho
no trabalho.
O caráter científico enfatizado pela psicologia positiva não deve ser misturado com
autoajuda ou com declarações fundamentadas no misticismo ou com qualquer tipo
de religião. A psicologia positiva não é uma compreensão atualizada do
pensamento positivo, ela é um convite para o cuidado: ocupar-se mais com as
competências positivas do que com suas fragilidades. Sua finalidade é auxiliar na
construção de vidas melhores do que restaurar o que está insuportável, focaliza
seus interesses em fazer com que a vida seja mais harmônica e leve de se viver.
55
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
» Permissão para ser humano: quem nunca sentiu raiva, tristeza ou medo?
Naturalmente, vamos sentir e devemos sentir, pois somos humanos. O
que não devemos fazer é preservar esses sentimentos ruins por toda
56
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
» Propósito de vida: todos precisam expressar seus talentos para viver uma boa
vida. Para que serve sua vida? O que sabe fazer de melhor para você e para os
outros? Você é capaz de ajudar o mundo com seus talentos? Todos nós temos
talentos especiais que podem servir para se ajudar e para ajudar o mundo. Esse é
o propósito da sua vida. Faça algo bom. Quando nos permitimos fazer algo que
pode ajudar alguém ou alguma causa, sentimos nossa vida brilhar. Acenda as
luzes e vibre com a vida. Encontre o significado da vida e você terá uma vida
cada vez mais feliz!
» Bom o bastante: errar para acertar, afinal, você não precisa ser perfeito o tempo
todo para ser feliz. Precisa fazer! O bom o bastante é suficiente. Feito, está
perfeito. Errar nos ensina muito. Por isso, precisamos aprender a errar para
acertar. Erre muitas vezes, faz parte, mas erre rápido! Conserte e siga em frente.
Não há pecado algum em cometer erros. É assim que aprendemos! Não tenha
vergonha, comece agora a fazer o que acredita que só poderia fazer se fosse
perfeito. Comece devagar e uma hora você se tornará um expert nisso.
» Exercícios físicos: são essenciais para se manter saudável. Eles nos ajudam a
manter equilibrados os hormônios da felicidade e estimulam bons hábitos.
Qualquer atividade faz bem, correr, pular corda, caminhar, remar, puxar peso, o
importante é se exercitar e manter a boa forma.
57
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Louise Hay (2012) conta que escreveu o livro Você pode curar sua vida a pedido
de seus inúmeros pacientes que, por meio de seus ensinamentos, se beneficiaram a
cada sessão ou a cada seminário dos quais participaram. Ela relata que se utilizava
de várias técnicas para auxiliar na mudança cognitiva (comportamento,
sentimentos e pensamentos) de seus pacientes e, dentre elas, estava a hipnose,
como ferramenta de mudança de padrão, fazendo seus pacientes deixarem um
padrão negativo por outro positivo. Em seus estudos, ela descobriu que algumas
doenças eram criadas e descriadas por padrões cognitivos, por exemplo, que o
ressentimento pode produzir amarguras e estas podem provocar os problemas
nervosos, insônia, esgotamento, artrite, pressão alta e úlceras. Também descobriu
que, por meio de um pensamento positivo e com a repetição diária de afirmações
positivas, a doença acometida poderia ser sarada por meio da descoberta dos
padrões que a criaram, transformando um corpo doente em um corpo são.
Tabela 6. Novo padrão de pensamento.
58
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
O que adianta?
Colesterol Obstruindo os canais da alegria. Medo de Escolho amar a vida. Meus canais de
aceitar a alegria. alegria estão bem abertos. É seguro
receber.
Coma Medo. Fugir de algo ou de alguém. Nós o cercamos de segurança e amor.
Criamos um espaço para você se curar.
Você é amor.
Diabetes Sonhando com o que poderia ter sido ou Este instante está cheio de alegria. Agora
tido. Grande necessidade de controlar. escolho vivenciar a doçura do hoje.
Tristeza profunda. Não resta nenhuma
doçura.
Doenças Recusar em mudar. Medo do futuro. Estou disposto a mudar e evoluir. Agora
crônicas Sensação de insegurança. crio um novo e seguro futuro.
Inflamaçõ Medo. Vermelho de raiva. Pensamento Meu pensamento é calmo, pacífico e
es inflamado. centrado.
Insônia Medo. Não confia no fluxo da vida. Culpa. Com amor, deixo ir o dia e entro num
sono tranquilo, sabendo que o amanhã
cuidará de mim.
Labirintite Medo. Medo de não estar no controle. Estou sempre no controle dos meus
pensamentos. Eu me amo e me aprovo.
Nódulos Ressentimento, frustação e o ego ferido por Liberto o padrão da procrastinação
causa da carreira. dentro de mim e agora deixo o sucesso
ser meu.
Psoríase Medo de ser magoado. Amortecendo os Estou vivo para as alegrias da vida.
sentimentos e o eu. Recusando-se a Mereço e aceito o melhor que existe na
assumir responsabilidade pelos próprios vida. Eu me amo e me aprovo.
sentimentos.
Vícios Fugindo de si. Medo. Não sabe como se Agora descubro o quanto sou
amar. maravilhoso.
Escolho me amar e encontrar prazer em
mim.
Fonte: Adaptada de Louise Hay (2012, p. 176).
Louise Hay (2012) sugere ao paciente que, antes de começar, procure uma causa
mental para a enfermidade, avalie se faz sentido para você. Se não fizer, sente-se
em silêncio, tranquilize-se e faça o seguinte questionamento: “quais os
pensamentos que criaram esse padrão em mim?”. Em seguida, repita afirmações
positivas para um novo padrão de pensamento, várias vezes por dia, ou sempre que
se lembrar da doença, até que você sinta ter introjetado a cura em sua vida.
Lembrem-se, para tratar seu paciente, é importante que vocês também estejam
bem! Então, faça afirmações positivas para si. Trabalhe suas crenças, esvaziem
suas xícaras, façam uma faxina mental e escolham exercícios para que vocês não
confundam crenças e padrões de seus pacientes com os seus.
59
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Aquilo que você dedica sua atenção cresce e se torna permanente, seja um
pensamento bom, seja um pensamento ruim. Que tal, então, pensar somente em
coisa que realmente pode trazer resultados positivos? Criar pensamentos positivos
pode ser a chave para muitos segredos. Comecem a fazer declarações positivas
sobre vocês, sobre o trabalho, sobre a família, sobre os sonhos e os desejos, sobre
como você vê a sua vida a partir deste momento e ensine seus pacientes a fazerem
o mesmo. Use sempre afirmações no tempo presente, como “eu sou”, “eu tenho”,
“eu posso”. Dessa forma, seu inconsciente não tardará em aceitar suas sugestões,
porém, se vocês fizerem afirmações em um tempo futuro, ele não entenderá que
você quer isso no agora e seu desejo ficará fora do seu alcance.
Afirmações positivas:
» Eu sou inteligente.
» Eu sou benevolente.
» Eu sou confiante.
» Eu sou perspicaz.
» Estou disposto a libertar dentro de mim os padrões que criaram em mim essas
condições.
60
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
61
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Condicionamentos
Barrios (1969), em seus escritos sobre hipnose, afirma que a capacidade das
palavras produzirem mudanças facilita a compreensão como se estivéssemos
habituados com os fundamentos do condicionamento, visto que as palavras podem
se comportar como estímulos condicionados.
62
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
__________
Resposta (salivação)
Cordioli (2008) sugere, em seus estudos, que esse fenômeno pode esclarecer o
aparecimento de sintomas, como as reações de medo a estímulos neutros em fobias
específicas, como agorafobia em pacientes com pânico, especialmente, ao reviver
os sintomas fóbicos e sua generalização no estresse pós-traumático e a “fissura”
em drogaditos. Todavia, no condicionamento operante, a consequência de um
comportamento pode estabelecer uma alta ou baixa frequência, exemplificando a
esquiva fóbica que alivia os sintomas de ansiedade, e acredita-se que, por esse
motivo, seja adotada sistematicamente. Os sintomas de ansiedade podem ter seu
início por um condicionamento clássico (fobia), sendo posteriormente mantidos
por um condicionamento operante (esquiva fóbica).
63
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Suponhamos que queremos ajudar uma pessoa com autoestima baixa a se tornar
mais confiante. Em condições normais, se sugerirmos apenas que ela se torne
confiante, ela certamente se recusará a aceitar a sugestão, uma vez que
possivelmente tenha ocorrido uma estimulação constantemente negativa em seu
passado a qual permaneceu registrada em sua memória e que a fez acreditar que
isso seja uma inverdade sobre ela, não permitindo que aceite essa nova realidade.
Mas, no estado hipnótico em transe profundo, as condições são diferentes. Essa
ideia de autoestima baixa pode ser inibida para que possamos despertar uma
imagem diferente da anterior, mais assertiva por meio da sugestão. Como resposta,
o condicionamento poderá aparecer e novas combinações poderão ser feitas. A
pessoa pode verdadeiramente idealizar-se se sentindo autossuficiente em variadas
ocasiões, e essas novas combinações condicionadas, em verdade, poderão reverter-
se em um novo comportamento. Esse novo jeito de se enxergar e de viver poderão,
a partir desse momento, se tornar permanentes por meio do autorreforço e da auto-
hipnose, da mesma forma que foram reforçados os estímulos negativos no passado.
Contudo, a pessoa, ao se tornar mais confiante, certamente tenderá a acreditar mais
em si e aceitar elogios a seu respeito.
De alguma forma, a entrada verbal da repetição de palavras ecoa como uma nova
memória, mesmo que incialmente temporária, gravada no intuito de enfraquecer
outras memórias disfuncionais, carregadas de emoções negativas. A repetição que
muitas vezes ocorre nas sessões acaba reforçando as inserções positivas de
cenários mais adaptativos, que serão usados para a reestruturação cognitiva nesse
novo processo de mudança. Não podemos nos esquecer da importância do uso de
técnicas que promovam uma ativação emocional no paciente. Lembre-se que a
repetição de estímulos gera a habituação, uma forma de aprendizagem
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MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
automatizada mais rápida na qual o habito pode ser modificado, melhorado ou até
mesmo extinto.
“Sempre que...”.
2. Ação condicionada
Percepção: ver, ler, enxergar, olhar, ouvir, escutar, degustar, saborear, comer,
sentir, tocar, cheirar...
3. Estímulo/gatilho
4. Ordem/comando
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UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Sinta-se, permita-se, corra, faça, tome, acorde, levante, pense, recuse, abra,
mergulhe, concentre-se, confie...
5. Sensação/sentimento
6. Meta/objetivo condicionado
“Para”, “para que...”, “para ter...”, “para que tenha...”, “para que sinta...”,
“para sentir-se...”.
7. Ganho/reação
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MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
Hoje, sabemos que o ato de meditar causa bem-estar. Que tal experimentar essa
sensação? Dizem que a meditação é uma prática tão antiga quanto a humanidade,
algo que está ao nosso alcance há tanto tempo e mal utilizamos. Quem medita pode
67
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Vou dar algumas dicas para que vocês possam meditar melhor.
Peço que escolha uma posição confortável para o seu corpo e, com os olhos
fechados, coloque uma das mãos na barriga e a outra no peito e experimente uma
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MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
Sem abrir os olhos, repita por três vezes essa respiração e, durante todo esse
processo, permita que os pensamentos passeiem por sua mente, sem julgamentos e
no seu tempo, tranquilamente. Permita-se alterar o estado de controle da respiração
por apenas senti-la, percebê-la desfrutá-la.
Quantas vezes você se atentou à sua respiração? Pense comigo e faça as contas de
quanto tempo faz que você não se permite sentir a sua respiração. Apreciar o ato de
respirar. Muitos podem estar respondendo: “nunca”! E eu não me surpreenderia,
pois eu mesma, até conhecer as técnicas de hipnose, não respirava aproveitando
essa dádiva.
69
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Feche os olhos. Respire três vezes e veja-se caminhando por uma praia,
de mãos dadas com a pessoa com a qual você está rompendo. Vocês
estão dançando, pulando e brincando na praia. Então você solta as mãos,
diz adeus e refaz seus passos, para trás, limpando completamente tudo o
que vê à sua frente. Veja e sinta seu esforço. Finalmente você alcança a
beira do mar. As ondas lavam a praia, apagando todos os resíduos da
relação que permanecem. Nade então de frente em direção ao horizonte e
veja seus braços e pernas se tornarem muito longos e seu torso se
alongar. Vá até o horizonte e volte, nadando de costas, com os braços
esticados para bem além da cabeça e suas pernas esticadas à sua frente,
batendo firmes. Seu torso também está alongado. Continue a inspirar o ar
puro do horizonte. Quando chegar à praia, saia da água e deixe o sol
secá-lo. Coloque uma roupa de praia que você encontra por lá e volte
para casa. Então abra os olhos.
Separando-se e partindo
Feche os olhos. Respire três vezes e visualize-se em uma praia. A pessoa com quem você quer
romper está lá deitada. Você traz consigo cordas douradas com pesos de chumbo nas pontas.
Com elas, você amarra a pessoa. Há perto um grande barco a remo. Você empurra o barco para a
água e coloca a pessoa nele; entre no barco e reme até a fossa das Marianas, perto das Filipinas,
um dos locais mais fundos do mundo. Fique em pé no barco, levante o corpo amarrado daquela
pessoa e jogue-o para fora do barco, sentindo que está se livrando da influência desta pessoa.
Observe o corpo desaparecer à medida que afunda formando um pequeno redemoinho. Sinta que
está indo para o fundo para nunca mais voltar. Depois que ele sair de sua vista, sente-se no barco
e reme de volta para a praia com uma nova atitude e sentimento em relação a você. Quando
chegar à praia, guarde os remos e volte para casa sozinho. Então abra os olhos. (EPSTEIN, 2009,
p. 185)
DEPRESSÃO
70
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
Intenção: Aliviar o luto excessivo pela morte de uma pessoa querida. Freqüência: Uma vez por
dia, de 2 a 3 minutos, durante 7 dias.
Freqüência: Três vezes ao dia, de 2 a 3 minutos, em ciclos de 21 dias por 7 de descanso até que a
energia esteja restaurada.
Nome: Navegando para Fora da Calmaria
Freqüência: 2 ou 3 vezes ao dia, durante 1 minuto, até 21 dias, ou menos, se o estado emocional
tiver passado.
Nome: Fora do Limbo
A depressão, em suas várias facetas – pesar, luto, melancolia, tristeza, mau humor, mudanças
repentinas de humor e assim por diante – é certamente a desordem emocional crônica mais
disseminada do mundo. Em um grande número de casos, estas várias formas estão diretamente
relacionadas a uma perda e/ou à raiva direcionada para si mesmo. Todos nós perdemos algo
quase todos os dias – uma pessoa, um ideal, um objeto, um plano, um sonho de sucesso, uma
esperança. Dependendo do grau e intensidade da perda, muitos de nós reagimos com um dos
71
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
estados mencionados acima, tal como pesar e luto. Se este estado persiste por um tempo
demasiadamente longo (certamente mais de três meses) e a atividade da pessoa começa a
diminuir, junto com o apetite, o sono, o interesse na vida e o desejo sexual, então estamos nos
defrontando com uma depressão instalada. Há muitas outras tendências ou sintomas que podem
expressá-la. É por isso que apresento aqui uma vasta gama de exercícios. Você deve encontrar
um ou mais exercícios que sirvam para o seu caso.
A onipresença dos estados depressivos revela a universalidade da perda. Quase ninguém está
isento da experiência da depressão. Ela é precursora da morte e requer nossa total atenção e
preocupação. Do meu ponto de vista, nada no mundo exige mais nossa atenção, na medida em
que todos passarão pela experiência em algum momento. Paradoxalmente, esta experiência
universal deve ser encarada com serenidade e não com consternação. A perda, como nos afeta a
todos, representa para nós a chance contínua de nos confrontarmos com a fragilidade da vida
física.
1. Feche os olhos. Respire três vezes e visualize-se segurando um copo com água pura e
límpida. Veja o que acontece quando uma gota de tinta preta cai de repente na água. Veja e ouça
a queda da gota, o ritmo e as pequenas ondulações na água. Ouça o que a água lhe diz quando é
atingida ou agitada pela gota preta. O que é que você está sentindo? Vivencie estes sentimentos
profundamente, deixando que eles lhe preencham. Então limpe-se bebendo um copo de água
pura e límpida. Abra seus olhos, sentindo que o desespero foi embora.
2. Feche os olhos. Respire três vezes. Deixe cair uma gota pesada de tinta branca na água.
Veja e ouça a queda da gota, o ritmo e as pequenas ondulações na água. Ouça o que a água lhe
diz quando é atingida ou agitada pela gota branca. O que é que você está sentindo? Vivencie
estes sentimentos profundamente, permitindo que eles lhe preencham. Então limpe-se bebendo
um copo de água pura e limpa. Abra os olhos, sentindo que a depressão se foi.
Feche os olhos e veja nuvens negras acima de você. Enquanto está sob as nuvens, visualize-se
soprando-as para a esquerda com três respirações (nas imagens e não fisicamente). Então olhe
para o céu acima e à direita e observe o sol entrar no céu por sobre você. Quando terminar, sinta
que a tristeza desapareceu e abra os olhos.
Atravessando a Ponte (para a depressão ligada ao pesar)
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MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
Feche os olhos e respire três vezes. Veja-se atravessar uma ponte andando para trás. Diga adeus
às pessoas a quem amou e que não o machucaram. Enquanto você atravessa a ponte para o outro
lado, ignore as que o machucaram ou fizeram mal. Quando alcançar o outro lado, destrua a ponte
entre o agora e o passado. Então vire-se e veja seu novo território. Ande por esse lugar até achar
um canto confortável. Examine esta nova habitação, se quiser. Então abra os olhos.
Reenterrando os Mortos (para a depressão associada ao luto por uma pessoa querida que foi
enterrada)
Feche os olhos. Respire três vezes e veja-se no cemitério recuperando o corpo da pessoa querida.
Visualize a família e os amigos em torno de você enquanto enterra novamente o corpo e coloca
flores sobre o túmulo. Então diga uma pequena oração, uma meditação ou uma palavra boa.
Então vire-se e visualize-se saindo do cemitério, feliz e contente, recitando uma pequena oração,
uma meditação ou uma palavra boa. Depois disso, respire e abra os olhos. (Fim)
Atenção: Os exercícios que se seguem para depressão associada à perda de energia e motivação
utilizam atividades físicas em vez de imagens. Eu os inclui aqui porque são fáceis de fazer e são
muito eficazes no alívio deste tipo de depressão.
Limpando um Espaço
Limpe fisicamente um espaço em sua casa – uma pia, um espelho, janela, chão, mesa etc. Limpe-
o com a intenção de limpar-se por dentro e, ao mesmo tempo, de seu desalento, morbidez ou
qualquer outra coisa que você escolher.
Pintura a Dedo
Pegue um bloco de desenho com páginas brancas. Usando tinta para pintura a dedo amarela,
laranja e vermelha, pinte livremente, sentindo que seu humor está melhorando.
Espiral de Energia
Em um bloco de desenho, usando um lápis, desenhe espirais de dentro para fora, como no
diagrama, qualquer número de vezes, com a intenção de se dar energia.
Você já deve ter ouvido a expressão “estou numa calmaria”, significando que a pessoa está triste
ou melancólica. Se você sente isso, então, do ponto de vista das imagens, você está com sorte.
Isto porque as calmarias realmente existem. (Em inglês, enfado e calmaria podem ser expressos
por uma mesma palavra, doldrum. /V. doE.) Elas se localizam no Oceano Indico, perto da costa
da África, em uma área de pouca atividade onde basicamente não há vento nem qualquer outra
forma de turbulência. Agora que você já sabe onde se encontra, já pode sair daí. Feche os olhos,
respire três vezes e visualize-se navegando na calmaria. Você é o capitão do seu barco. Saiba que
quando você tiver guiado seu barco para fora da calmaria, sentir-se-á melhor. Veja e sinta como
você encontra seu caminho. Então abra os olhos.
Feche os olhos. Respire três vezes e veja-se no limbo. Respire uma vez e suba para fora do
limbo. Não pare até conseguir. Use todas as formas que encontrar. Lembre-se de que isso é
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UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
imaginação e que tudo pode acontecer. Então, sabendo que você não está mais se sentindo
perplexo, abra os olhos.
Feche os olhos. Respire três vezes e veja-se engolindo um arco-íris. Sinta a melhora no humor
que isso propicia. Saboreie esta sensação durante um minuto. Então abra os olhos. (EPSTEIN,
2009, p. 90)
Grande parte das pessoas está preocupada eventualmente com o passado ou com o
futuro. Sentimentos como remorso, tristeza e culpa em relação ao passado podem
ser características associadas às pessoas deprimidas, e indivíduos ansiosos tendem
a angustiar-se com o futuro. Quando nossos pensamentos são absorvidos pelas
funções mentais, é comum sentirmos a necessidade de remoer sentimentos, sem
consciência de que estamos remoendo diariamente, podendo se tornar efetivamente
um lamento, como se estivéssemos dentro de um filme no qual as cenas
perturbadoras repetidamente acontecessem à nossa frente, sem termos forças para
fugir. O mindfulness pode nos ajudar a atravessar esse condicionamento de
vivenciar, o tempo todo, uma cena perturbadora e, por meio dela, enxergar as
coisas como elas verdadeiramente são.
74
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
Ele pode ser aperfeiçoado por meio de exercícios formais ou informais. Sua prática
formal subentende-se à meditação, e é uma possibilidade de vivenciar o momento
presente em um grau mais profundo, como se fizesse uma ginástica mental. A
introspecção contínua e disciplinada pode chamar a atenção do praticante e
observar sistematicamente as temáticas do pensamento e entender seu
funcionamento. A prática informal também se refere à aplicação de habilidades de
atenção plena na vida diária. Qualquer evento mental pode ser objeto de atenção.
Somos capazes de voltar nossa atenção para a respiração e ouvir os sons do
ambiente, identificar nossas emoções e perceber sensações do corpo ao escovar os
dentes.
75
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Meditação da Respiração
Explore seu corpo com sua percepção e tente descobrir onde você pode
sentir sua respiração mais facilmente. Algumas pessoas sentem-na em
torno das narinas, talvez como uma brisa fria sobre o lábio superior.
Outras percebem mais facilmente o peito subindo e descendo, e outras
ainda sentem a respiração no abdômen quando a barriga se expande e se
contrai.
Apenas sinta as sensações físicas da inspiração e da expiração.
Quando você notar que sua mente está vagando, apenas sinta a respiração
novamente. Não há necessidade de controlar a respiração.
Deixe seu corpo respirar por você, como ele faz naturalmente.
Não se preocupe com que frequência sua mente vagueia. Cada vez que
você notar que sua atenção está em outro lugar, simplesmente retorne
para a respiração, tal como você redirecionaria uma criança ou um
cachorrinho que se perdeu.
Quando você desejar terminar sua meditação, abra os olhos suavemente.
(GERMER; SIEGEL; FULTON, 2016, p. 32)
Monitoramento aberto
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MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
Localize sua respiração onde você a sente mais facilmente. Sinta como
ela se move no corpo, e quando sua atenção se desviar, suavemente volte
a sentir seu movimento.
Agora escolha um único local em seu corpo onde o estresse pode estar se
expressando mais fortemente, talvez como uma dor na região do coração
ou tensão no estômago. Em sua mente, incline-se suavemente na direção
daquele ponto como você se inclinaria para uma criança recém-nascida.
Amor-bondade e compaixão
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UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
lidamos com emoções árduas, que diminuem nossa percepção e estimulam nossas
defesas. Um exemplo de meditação de
amor-bondade é a repetição vagarosa de sentenças como “estou seguro” ou “estou
feliz e sem dor”. A finalidade de uma meditação de amor-bondade é semear
sementes de bondade para si e para os outros continuamente, tornando-se, em
última instância, pensamentos, emoções e comportamentos positivos. Em termos
gerais, qualquer meditação que rememore sensações de felicidade e amabilidades
pode ser caracterizada como uma meditação de amor-bondade.
Esse exercício visa trazer cordialidade e boa vontade à nossa vida. Sente-
se em uma posição confortável, feche os olhos total ou parcialmente e
permita que sua mente e seu corpo se acalmem com algumas respirações
profundas.
Coloque suas mãos sobre seu coração para lembrar-se de que você está
trazendo não apenas atenção, mas atenção amorosa, à sua experiência.
Por alguns minutos, sinta o calor de suas mãos e a pressão suave que elas
fazem sobre o seu coração. Permita-se ser acalmado pelo movimento
rítmico de sua respiração sobre suas mãos.
Agora pense em uma pessoa ou outro ser vivo que naturalmente o faça
sorrir. Pode ser uma criança, sua avó, seu gato ou seu cão – quem quer
que traga felicidade ao seu coração. Sinta como é estar na presença
daquele ser. Permita-se desfrutar da boa companhia.
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MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
Caso você note que sua mente está vagando, volte pagar a imagem de seu
ente querido. Saboreie todos os sentimentos calorosos que possam surgir.
Vá devagar.
Agora, visualize seu próprio corpo com os olhos da sua mente e sinta as
sensações, dele exatamente como elas são. Note qualquer desconforto ou
intranquilidade que possa estar lá. Ofereça bondade para si mesmo.
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UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Como Como
sequenciamos A mente e usamos a
nossas ações Neurologia como Linguística linguagem e
Programação para alcançar pensamos como ela nos
metas afeta
» Ter uma escolha ou opção é melhor do que não ter uma escolha ou
opção. Procure estratégias que lhe dê maior número de possibilidades,
busque formas de aumentar suas opções de escolha, pois, quanto mais
opções tiver, mais liberdade terá.
80
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
» Todas as ações têm um propósito. Mesmo que a gente não perceba, estamos
sempre na tentativa de realizar algo, embora seja inconscientemente.
» Todo comportamento tem uma intenção positiva. Nossas ações têm por
finalidade nos beneficiar proporcionando bem-estar. Sua intenção é escolher
comportamentos positivos que nos valorizem e nos favoreçam.
81
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Por meio das técnicas que serão aprendidas aqui, será possível uma
mudança de crenças, quebra de padrões antes não reconhecidos como
insatisfatórios, mudança de estados emocionais, dentre outras. Na PNL, o
“inconsciente” refere-se a tudo que está na consciência do momento presente, e o
inconsciente indica tudo que não seja consciente, um “contentor” para muitos
pensamentos, sentimentos, emoções, recursos e possibilidades diferentes nos quais
não está no momento presente (O’CONNOR, 2015, pp. 10-11). Podemos levar em
conta que algumas crenças e valores aprendidos estão armazenados no
inconsciente e estes possuem um poder de regência das nossas vidas sem que ao
menos a gente perceba. Todos nós temos recursos para alcançar os nossos
82
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
»
objetivos, entretanto, nem todos sabem como acessar esses recursos e os que
sabem não os utilizam, os deixam de lado por não acreditar que são capazes de
mudar suas vidas por meio de técnicas tão simples e sutis. Geralmente, as pessoas
com autoestima baixa não acreditam possuir tais recursos porque não têm
consciência deles no contexto específico no qual necessitam. Porém, pesquisas
neurofisiológicas apontam que todas as experiências que já tivemos podem estar
armazenadas em algum lugar, podendo ser acessadas por meio do transe hipnótico
ou por qualquer outra técnica que induza um pensamento divagador, por exemplo,
uso de medicações ou artifícios que estimulem o inconsciente.
Devemos ter em mente que a PNL tem seu foco nos resultados. Para tanto,
observa-se o estado atual e o estado desejado. Entretendo, para se chegar aos
resultados desejados são utilizados recursos, tais como estratégias mentais,
linguagem, fisiologia, estados emocionais, crenças, valores e perguntas
direcionadas, como: “onde quero chegar?”, “por que quero chegar?”, “como
chegarei lá?” e “o que farei se algo der errado?”.
Recursos
MUDANÇA
83
UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Espiritualidade
Idend ade
Crenças e valores
Capacidade
Comportamento
Ambiente
» Oriente-o a ficar de pé em um lugar onde ele possa dar cinco passos. Sugira
uma situação na qual o paciente deseje sua mudança.
84
MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
»
» Dê mais um passo para o nível capacidade. Perceba suas habilidades e enumere
as que você utiliza no seu dia a dia. Quais habilidades você utiliza bem em
qualquer contexto? Quais habilidades podem ser úteis para ressignificar o
contexto que estamos trabalhando? Lembre-se que nesta ocasião é apresentado
apenas um terço de sua capacidade.
» Dê outro passo e reflita sobre suas crenças e seus valores. Quais são importantes
para você? Você acredita valer a pena mantê-las? Que princípios potencializam
suas decisões?
» Como você não é o que você faz nem o que acredita, dê mais um passo e reflita
sobre sua identidade. Quem é você? Perceba-se! Qual é sua missão? Veja-se
realizando seus objetivos.
» Agora que você é esse personagem, com seus sentimentos e suas forças
intensificadas, volte ao nível identidade e perceba a diferença: quem você era e
quem você se tornou.
» Volte mais um passo para o nível crenças e valores e reveja o que é importante
para você a partir de agora. Quais crenças e valores expressam sua identidade
agora?
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UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Modalidades e submodalidades
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MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
»
associada ou dissociada à imagem, esta trará grandes impactos ao emocional,
todavia, é possível que se altere completamente o significado daquela imagem. À
medida que a pessoa lhe informar que o problema foi solucionado, tire a prova
verificando se as submodalidades do problema foram alteradas.
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UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
» Coloque a pessoa em um transe médio, leve-a para seu lugar seguro e ancore
segurança.
» Sugira que ela busque em sua memória a situação que quer resolver. Caso
ela não consiga buscar a imagem, faça-a imaginar: “se você pudesse ver
uma imagem, como seria?” ou “faça de conta que existe uma e, sendo
assim, como ela seria?”.
Swish
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MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
» Quebre o estado.
» Quebre o estado visual com uma pergunta aleatória, nada a ver com o que
acabou de fazer ou levante a pessoa da cadeira.
» Repita o swish por mais três vezes sempre quebrando o estado entre cada
swish.
Ponte ao futuro
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UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
Modelada por Robert Dilts, essa estratégia foi baseada em Walt Disney para gerar
pensamentos criativos e eficazes para obtenção de resultados. É muito utilizada
também para sessões em grupo.
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MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA | UNIDADE III
REALISTA
SONHADOR Nesta posição, você realiza
*Nesta posição, você cria
possibilidades, é visionário, seus planos, avalia aquilo que
érealmente possível,
vê o quadro maior.
*Seja criav o sem restrições. pensa de forma construv a e
*Visual elabora planos de ação.
"O que desejo?" *Cinestésico
"O que farei para tornar
esse plano realidade?"
CRÍTICO
*Esta é a posição onde você testa seu plano.
Procura os problemas, dificuldades e
consequências inesperadas. Pense no que pode dá
errado, no que está faltando e quais os resultados
posi vos.
*Audi vo (diálogo interno)
"O que pode dar errado?"
Uma vez que tenha decidido as três posições, siga os seguintes passos:
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UNIDADE III | MECANISMOS DE AUTOMAÇÃO NA HIPNOTERAPIA
» Por fim, retorne à casa do Sonhador e busque mais possibilidades à luz do que foi
observado nas outras casas e, caso queira, retorne à casa que considerar
satisfatória para algum reajuste e parta para a ação.
92
SONHOS UNIDADE IV
CAPÍTULO 1
A hipnose dos sonhos
Permita-se ir aprofundando cada vez mais nessas sensações à medida que relaxa.
93
UNIDADE IV | SONHOS
Como seria, agora que você relaxou profundamente, se você adormecesse e
começasse a sonhar. Sonhar sobre o seu passado?
Talvez no seu sonho você perceba como agiu em relação à sua alimentação.
Mas, agora, no seu sonho, você decide acordar desse sonho ruim!
E ainda profundamente relaxado, você decide sonhar um novo sonho, como que
substituindo completamente o sonho ruim de seu passado.
Nesse novo sonho, que você começa a sonhar agora, tudo está diferente.
A cada dia neste sonho, você se comporta com autoconfiança, seguro de você
mesmo e determinado a permanecer esbelto e elegante, fazendo atividades
físicas que dão prazer e motivação. Nesse sonho, você se alimenta, se hidrata e
se exercita de forma saudável ganhando energia para enfrentar os obstáculos
naturais da vida com tranquilidade, disposição e equilíbrio físico e mental.
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SONHOS | UNIDADE IV
Você se vê nesse sonho mais consciente, mais presente nas atividades que está
executando, mais presente ao se alimentar, comendo devagar, mastigando sem
pressa, sentindo o sabor real dos alimentos. Nele, você alimenta e emagrece a
mente com os pensamentos positivos e, quanto mais sua autoestima cresce, mais
o seu corpo chega ao seu peso ideal.
Você se enxerga com a aparência física cada dia melhor. Você se sente cada dia
mais atraente, com mais energia, feliz com você, aproveitando cada momento da
vida, se sentindo vibrante, saudável e forte.
Trazendo todos os benefícios e mudanças que esse seu novo sonho lhe
proporcionou, percebe que vai começando a despertar, mas continua nesse
relaxamento profundo, digerindo, assimilando esses novos padrões de
pensamento, sentimentos e comportamentos.
2. Voltando...
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UNIDADE IV | SONHOS
3. Feliz...
5. Respirando...
Agora que vivenciamos esse sonho gostoso no qual reprogramamos nossa mente
para uma mudança de comportamento, vamos entender o funcionamento dos
sonhos e como interpretá-los.
Nós vivemos entre duas realidades: a vida objetiva (realidade externa, realidade
propriamente dita) e a vida subjetiva, isto é, da nossa vida psíquica (realidade
interna: a realidade que desejamos). A primeira é sempre mais provocante, mais
hostil e, por alguns momentos, representa a insatisfação da vida real. A segunda
vem ao encontro daquilo que idealizamos, queremos ou desejamos, todavia,
representa o prazer.
Entre essas duas realidades, é importante que exista um equilíbrio e é por meio
dos sonhos que esse equilíbrio acontece. Por meio dos sonhos, nós vivemos a
nossa vida, realizamos os nossos desejos. Por esse motivo, os sonhos são
definidos como uma faculdade psíquica que a natureza nos deu, responsável de
compensar, suavizar ou substituir uma realidade aparentemente hostil e
desvendar um novo universo de possibilidades diante de uma alma em que todos
os nossos comportamentos reprimidos podem ser gozados enquanto dormimos,
um tipo de liberdade condicional quando se expande nos sonhos.
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SONHOS | UNIDADE IV
Os sonhos se revelam por meio de símbolos, eles nos falam por meio de uma
linguagem especial. Muitas vezes eles querem nos revelar mensagens, conselhos
e é claro que precisamos, antes de qualquer coisa, aprender sua linguagem
conhecendo seus valores simbólicos e o significado que ele pode representar
para quem sonha.
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UNIDADE IV | SONHOS
mais fez senão utilizar-se de uma pequena parte desse meio de expressão no
grande reino do simbolismo do mundo dos mitos, lendas, provérbios, fábulas,
folclore, cantos, fantasias poéticas e na própria linguagem corrente, não sendo,
portanto, tais representações simbólicas um privilégio exclusivo dos sonhos.
Figura 17. Sonhos.
Fonte: https://www.psicologoeterapia.com.br/wp-content/uploads/sonhos-parte-1-768x432.jpg.
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SONHOS | UNIDADE IV
verdadeiramente abstrato, como certas imagens que passam pela nossa memória,
difíceis de serem representadas graficamente ou mesmo de determinadas
impressões sensoriais, mais difíceis ainda de serem ao menos explicadas.
Diante de tudo isso, a elaboração onírica luta para formar um sonho perfeito,
proporcionando, assim, dificuldades às vezes quase invencíveis à interpretação.
Um dos efeitos mais comuns decorrente dela é o efeito da condensação – a
formação de várias personalidades numa única, associando várias imagens como
se todas fossem imprensadas sobre um mesmo filme fotográfico ou ainda como
se fossem os animais lendários da mitologia antiga.
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UNIDADE IV | SONHOS
constatados posteriormente ao evento ocorrer efetivamente. Inclusive, para
aqueles que estão atentos aos seus sonhos e ao seu universo interior de perto, os
sonhos premonitórios são difíceis de serem detectados. Podem discorrer sobre
grandes eventos, como morte, gravidez ou acidente, mas também podem
correlacionar-se às prospecções ligadas aos acontecimentos cotidianos.
Raramente eles acontecem, no entanto, são possíveis de acontecer. Em todo
caso, além de entendê-los como profecias, eles devem ser conceituados como
um delineamento preliminar.
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SONHOS | UNIDADE IV
A interpretação dos sonhos demanda muita prática, não é com uma simples
leitura que se pode realizar uma análise perfeita, é preciso gostar e, sobretudo,
ter certa vocação ou tendência para análise, pois requer do profissional
habilidades, como paciência, inteligência e disposição, uma vez que acarreta
grande esforço físico e mental.
101
UNIDADE IV | SONHOS
sentido total ou a decifração do sonho como um todo, como se formássemos um
quebra-cabeças.
Figura 18. Sonhos em quebra-cabeças.
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_V5gBGYc5EYM/S0YEvUJgxkI/AAAAAAAABAU/DvAIFZC3Eno/s400/tecnologia-quebra-cabeca-comimagem-digital-la.jpg.
» Voltar a cada cena e pedir para que o paciente faça, no mínimo, seis
associações livres e identificar qual delas representa melhor a cena.
Suponha que você tenha um sonho que começa assim: ‘’Estou numa
sala cinza”. A primeira imagem que você deve trabalhar é a cor cinza.
Estas podem ser as associações que Ihe ocorrem. Você pode listar
cada uma delas ou fazer um mapa mental para melhor visualização.
(JOHNSON, 2003, p. 72)
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SONHOS | UNIDADE IV
Calmo,
imparcial
Como estou me
Minhas roupas,
sentindo?
geralmente na
Questionamento
cor cinza
interno
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UNIDADE IV | SONHOS
Agora é com vocês! Há muitos livros interessantes sobre os sonhos e seus
significados, tanto na abordagem Freudiana como na Junguiana. Certamente,
vocês irão se identificar com uma delas ou, quem sabe, com ambas abordagens.
Busquem, leiam, reflitam!
104
REFERÊNCIAS
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Tabelas
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Tabela 6. Novo padrão de pensamento. Fonte: elaborada pela autora.
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