Palestra-Igreja, Missão Evangelizadora
Palestra-Igreja, Missão Evangelizadora
Palestra-Igreja, Missão Evangelizadora
VICARIATO NORTE
CURSO DE FORMAÇÃO PARA NOVOS MESC
1. IGREJA
A Igreja. é uma realidade complexa, ao mesmo tempo humana e divina, temporal e eterna, terrena e
celeste, pelo que, dela, só à luz da fé se pode ter um conhecimento verdadeiro.
Dizemos, assim, que a Igreja é mistério, no sentido teológico do termo, de realidade transcendente; e
é sacramento, no sentido amplo desta palavra, de sinal eficaz que torna presente esse mistério.
Neste sentido amplo, se o primeiro sacramento foi Jesus Cristo, Verbo divino feito homem, para nos
revelar e tornar acessível o próprio Deus, o segundo sacramento é a Igreja, pela qual Jesus Cristo
cumpre a promessa, feita antes de subir ao Pai, de continuar presente no meio de nós até ao fim dos
tempos.
A Igreja é Mistério enquanto na sua realidade visível está presente e operante uma realidade
espiritual, divina, que se descobre unicamente com os olhos da fé.
A Igreja é presença real de Jesus Cristo ao longo dos tempos e pela terra inteira, no exercício do seu
tríplice ministério profético, sacerdotal e pastoral.
Na verdade, Cristo, elevado sobre a terra, atraiu todos a Si (cfr. Jo. 12,32 gr.); ressuscitado de entre os
mortos (cfr. Rom. 6,9), infundiu nos discípulos o Seu Espírito vivificador e por Ele constituiu a Igreja,
Seu corpo, como universal sacramento da salvação (LG,48)2
2. MISSÃO DA IGREJA
A missão da Igreja é a de anunciar e instaurar no meio de todos os povos o Reino de Deus inaugurado
por Jesus Cristo. Ela é, na terra, o germe e o início deste Reino salvífico.
(Compêndio CIC, 150).
“A Igreja nasceu para tornar todos os homens participantes da redenção salvadora e, por eles, ordenar
efetivamente a Cristo o universo inteiro, dilatando pelo mundo o seu reino para glória de Deus Pai”
(AA, 2)3. Tudo o que é feito no Corpo místico orientado para esse fim chama-se apostolado. Existe na
Igreja diversidade de funções, mas unidade de missão.
1 Diácono Permanente da Arquidiocese Militar do Brasil. Médico psiquiatra. Bacharel em Teologia pela
Universidade Católica Dom Bosco. Pós-graduação em Cristologia pelo Centro Universitário Claretiano.
2 LG Constituição dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja
3 AA Decreto Apostolicam Actuositatem sobre o apostolado dos leigos
1
“Cristo conferiu aos Apóstolos e aos seus sucessores o encargo de
ensinar, de santificar e de reger em Seu próprio nome e autoridade. Os
leigos, por seu lado, por terem recebido a participação no ministério
sacerdotal, profético e real de Cristo, cumprem na Igreja e no mundo a
parte que lhe compete na missão total do povo de Deus. Com o seu
trabalho exercem realmente o apostolado, evangelizando e santificando
os homens e aperfeiçoando e enchendo de espírito evangélico a ordem
temporal, de tal forma que a sua atividade nesta ordem constitui um claro
testemunho de Cristo e contribui para a salvação dos homens. E como é
próprio dos leigos viver no meio do mundo e dos negócios temporais,
Deus chama os leigos a que, no fervor do espírito cristão, exerçam o seu
apostolado no mundo à maneira de fermento” Apostolicam Actuositatem,
n.2)
A Igreja não é de per si o Reino de Deus, mas sim a sua moldura histórico-geográfica e existencial
No Antigo Testamento Javé aparece como Rei de Israel, (Is 6,1ss; Sl 47,9; 99,1), sobretudo a partir da
monarquia, quando são ungidos reis para governarem o povo em nome de Javé, o verdadeiro Rei.
Depois do exílio, graças ao trabalho dos profetas, espiritualiza-se o conceito de Reino de Deus,
passando o culto de Javé a ser predominantemente religioso e universal.
No Novo Testamento João Baptista anuncia como próximo o Reino de Deus. O anúncio do Reino de
Deus é o núcleo da pregação de Jesus Cristo, o que se reflete sobretudo nos sinópticos.
O Reino de Deus é uma realidade misteriosa, revelada aos “pequenos” e não aos “sábios e
entendidos”, realidade já presente, mas que se consumará no fim dos tempos, segundo a tradicional
imagem do banquete celeste. Porque as expectativas dos Judeus eram as de um Messias a
restabelecer o reinado temporal, Jesus Cristo acabou por ser incompreendido e perseguido até à
morte, aliás morte redentora da humanidade inteira.
Aliás, essa morte redentora de Jesus está diretamente vinculada ao sacrifício redentor de Jesus na
cruz. Esse sacrifício redentor, a redenção, o ato redentor, se dá como acontecimento com duas
dimensões: acontecimento histórico, uma única vez, na cruz com validade para sempre, e também se
dá de modo incruento no Santo Sacrifício da Missa, para mim, aqui e agora.
Esclarecidos pelos ensinamentos do Mestre e iluminados interiormente pelo Espírito Santo, os seus
discípulos descobriram a verdadeira dimensão do Reino de Deus, que passou a ser objeto da sua
pregação missionária.
Até atingir a plenitude no fim dos tempos, o Reino de Deus, até certo ponto identificado com o próprio
Jesus Cristo ressuscitado, manifesta-se na Igreja, de forma sacramental.
A Igreja tem por missão anunciar Jesus Cristo a todo o mundo e batizar quem nele acreditar, tornan-
do-se seu discípulo e membro vivo da Igreja.
O Reino de Deus tem uma dimensão pessoal, de caráter espiritual e moral, em cada homem e mulher;
e uma dimensão universal que se manifestará no fim dos tempos.
A Igreja é parte integrante da obra de inauguração do Reino de Deus por Jesus Cristo.
Mas, como nos é explicado na parábola do joio e do trigo, (Mt 13, 36-43), em um primeiro momento,
esse Reino contém não apenas os bons, os maus não são logo excluídos dele. Sendo sua moldura
histórica, a Igreja caminha na terra integrada por bons e maus, justos e pecadores, misturados uns
com os outros até o tempo da colheita, o fim do mundo, quando o Filho do Homem, Jesus Cristo,
constituído Juiz de vivos e mortos, separará os bons dos maus no Juízo Final. A paciência de Deus
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permite que durante algum tempo, que é o que vivemos, convivam bons e maus, estes para que se
convertam e aqueles para que provem e fortaleçam a sua fé. De um modo geral, o anúncio do Reino
de deus trazido por nós por Cristo é o cerne da evangelização.
3. EVANGELIZAÇÃO
É a proclamação da Boa Nova da salvação de Jesus Cristo, levada por seu expresso mandamento (Mt
28,19-20; Rm 10,12-18) a todos os povos e culturas. Tanto se pode dirigir aos não cristãos (missões
ad gentes), como aos cristãos que perderam o sentido da fé cristã (“nova evangelização”, recristiani-
zação), como aos cristãos necessitados de aprofundarem a sua fé e vida cristã (pregação, liturgia,
pastoral em geral). É a primeira missão da Igreja (cf. CDC4 747ss; CIC5. 848-856 etc.; Exortação
Apostólica Evangelii nuntiandi).
A principal missão da Igreja é Evangelizar. E ela faz isso colocando-se a serviço. É o amor de Deus
comunicado enquanto vivido na prática da doação serviço.
Evangelizar é anunciar, testemunhar e viver o Reino de Deus com palavras e atos, inseridos na
própria missão da Igreja, moldura temporal desse Reino. Evangelizar é tornar o reino de Deus
presente no mundo.
Todos os ministérios existentes na Igreja são uma participação no mesmo ministério de Jesus Cristo
(1Cor 12,28; Ef 4,7. 11-13).
Embora sejam diversos, os ministérios (os serviços) eclesiais são obras do mesmo Espírito Santo
(1Cor 12,11), em vista da unidade do Corpo de Cristo, a Igreja (Ef 4,4-6). Dentre esses diferentes
serviços se insere o Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão.
4. MESC
O MESC tem por missão continuar a missão da Igreja, a qual, por sua vez, tem a missão de continuar
a missão de Jesus, sendo que a missão de Jesus é cumprir a vontade do Pai, que é a salvação de
todos os homens e mulheres, a fim de poderem usufruir da glória de Deus.
O Pai, portanto, tem uma vontade salvífica para com a humanidade, que o Filho anuncia como Reino
de Deus e o Espírito Santo opera, isto é, coloca em prática nos cristãos, através da Igreja.
Diz a Lumen Gentiun (item 2) que “O Eterno Pai, pelo libérrimo e insondável
desígnio da Sua sabedoria e bondade, criou o universo, decidiu elevar os
homens à participação da vida divina e não os abandonou, uma vez caídos em
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CDC Código de Direito Canônico
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CIC Catecismo da Igreja Católica
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Adão, antes, em atenção a Cristo Redentor «que é a imagem de Deus invisível,
primogênito de toda a criação» (Col. 1,15) sempre lhes concedeu os auxílios
para se salvarem”.
Torna-se importante, portanto, inserir (posicionar) o MESC na história da salvação e na vida da Igreja.
HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
É a realização do plano divino ao longo da história.
H I S T Ó R I A D A S A L V A Ç Ã O
E U C A R I S T I A
Ceia Cruz
Sacramento
O MESC participa da missão evangelizadora da Igreja através de uma prática de serviço cumprindo o
mandato de Jesus
O MESC é uma pessoa amada por Deus, escolhida dentre muitas pessoas para servir à igreja; é
alguém chamado por Deus para ajudá-lo na construção do Reino. Por isso, ser ministro é bem mais
que distribuir comunhão ou presidir alguma celebração: é uma vocação, um chamado que gera muita
alegria no coração.
Falar de Jesus é muito bom, porém, no seu exercício ministerial, o MESC deve ser um cristóforo, isto
é, um portador de Jesus Eucarístico. Aqui cabem as palavras de João Batista ao ver Jesus se
aproximando na Palestina: “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30). As ações do MESC
podem evangelizar tanto ou mais que as suas palavras. O MESC participa da evangelização enquanto
é portador da presença de Cristo, da palavra de Cristo, da oração de Cristo, do Corpo de Cristo e do
amor de Cristo. O MESC não anuncia a si mesmo, mas sim a Igreja que traz Cristo Nosso Senhor.
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O que fazer:
a) Cooperar diretamente com o pároco na distribuição da Sagrada Comunhão;
b) Levar a Sagrada Comunhão aos enfermos e idosos e aos impossibilitados de irem à Igreja,
(hospitais e casas de idosos);
c) Auxiliar o pároco na Celebração Eucarística e na Liturgia da Palavra;
d) Agir sempre em comunhão com o pároco e sob a orientação da hierarquia da Arquidiocese de São
Sebastião do Rio de Janeiro;
e) Ministrar a Sagrada Comunhão aos fiéis, quando necessário, durante a Santa Missa;
f) Presidir o culto eucarístico na ausência do sacerdote;
g) Animar a realização semanal de Adoração do Santíssimo Sacramento.
Fé orada Fé acreditada
Fé praticada Fé celebrada
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DICAS PARA A MISSÃO ENVANGELIZADORA DO MESC6
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Adaptado de “Subsídio formativo para ministérios extraordinários da Diocese de Santo André”
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comunidade custará bastante dizer, como sugere o Evangelho: “Quando tiverdes feito tudo o que
vos mandaram, dizei: somos simples servos fizemos o que devíamos fazer” (Lc 17,10);
k) Eterna aprendizagem.
Não existe conhecimento maior ou menor, há conhecimentos diferentes. Exemplo: alguém pode
não estar apto para fazer uma palestra, mas pode ser um ótimo carpinteiro que coloca seus
talentos a serviço da comunidade. Diante disso, faz-se necessário valorizar a todos e ter abertura
de coração para aprender até mesmo das crianças.
8. MESC – Cuidados a ter quando visitar o doente em sua casa de “a” a “z”
a) Realizar a visita não em nome próprio, mas em nome da Igreja. Mostrar que a comunidade está
interessada em sua saúde;
b) Fazer a visita, se possível, em dupla no começo do seu serviço ministerial;
c) Pode-se levar a Bíblia, mas usá-la com critério;
d) Não se deixar impressionar pela doença ou enfermidade;
e) Não recordar com o doente os momentos difíceis de sofrimento, a fim de não provocar piora no seu
estado de saúde. Evitar relatos de caos ou doenças semelhantes;
f) Conversar com o doente somente sobre temas amenos. Evitar falar sobre doenças;
g) Ter muita caridade, demonstrar o amor que tem por ele, evitar mentiras, dialogar sobre a fé e a
esperança sem imposição;
h) Quando o doente, espontaneamente, contar a própria história, não interferir com perguntas
indiscretas, mas escutá-lo; estender-lhe a mão e sorrir para ele;
i) Quando o enfermo confiar algum problema, interessar-se. Guardar sigilo do que lhe confiar;
j) Para entender um doente precisa ter empatia, procurando compreender a situação dele;
k) Pode acontecer que o sofrimento leve o doente a sentir a união com Deus e isso dá serenidade. Se
for necessário, ajudá-lo a unir a sua dor à de Jesus; fazer isso mais com o próprio testemunho que
com palavras;
l) Ser compreensível e disponível para com a família do doente;
m) Não interferir no tratamento, indicando medicamentos ou suspendendo os receitados pelo médico;
n) Não visitar doentes quando se está angustiado, triste, descontrolado emocionalmente, ou com
gripe, etc.;
o) Em certos casos compartilhar até as lágrimas: é o melhor presente que podemos dar ao enfermo;
As lágrimas não são sinal de fraqueza, mas expressão de sensibilidade humana. Jesus também
chorou pelo amigo Lázaro: “Jesus chorou” (Jo 11,35);
p) Não levantar demasiado a voz, nem fazer festa ou barulho junto ao doente, manter um ambiente de
paz, harmonia e silêncio. Usar tom de voz moderado;
q) Respeitar a dor do paciente. Não negá-la;
r) Deve abster-se de beijar o doente, bem como utilizar copos ou xícaras de uso dele, (você poderá
estar levando germes perigosos ao/do doente);
s) Se não souber o que dizer, simplesmente não diga nada (leve uma flor, um cartão). Seja, antes de
mais nada, uma presença;
t) Em tudo ter discrição e bom senso. Transmitir alegria e confiança. Ser breve sem ser afobado ou
apressado;
u) Procure fazer com que a sua visita não seja um estorvo à família. Procure os horários mais
convenientes. Respeite os momentos de descanso e alimentação;
v) Ter sensibilidade de perceber quando o doente está cansado e necessitado de repouso;
w) Não reparar no ambiente;
x) Quando a doença é grave, a angústia, a ansiedade, o medo são normais. Não tente negá-los ou
escondê-los. É preciso simplicidade e delicadeza; não esquecer que a dor aumenta a sensibilidade;
y) Evitar ir acompanhado de crianças que podem impressionar-se com o doente ou que por falta de
modos atrapalhe a oração;
z) Terminada a visita, dizer um até logo, prometer nova visita e convidar a todos da família para fazer
uma oração. Saiba, porém, que nem sempre se tem clima para falar de Deus e fazer orações. A
oração não pode ser uma coisa imposta. Rezar a partir daquilo que foi partilhado.
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9. MESC – Cuidados a ter quando visitar o doente no hospital
a) Ser breve;
b) Ao visitar o doente, permanecer no apartamento, quarto ou enfermaria, e não nos corredores;
c) Conversar em voz baixa, assuntos amenos e de interesse do doente;
d) Procurar não agir como visitador repórter, que só faz perguntas (para matar a sua curiosidade
pessoal);
e) Levar notícias alegres e agradáveis ao doente;
f) Ser um bom ouvinte, e portador de vida e esperança ao doente. Ouvir atentamente o que ele tem a
dizer, e não ficar somente falando;
g) Respeitar o silêncio que deve haver dentro do hospital, porque o hospital e a Igreja têm muita
semelhança. No hospital, Cristo se faz presente na pessoa do doente;
h) Não levar crianças para visitar doentes. Preservar a saúde e a tranquilidade do doente;
i) Não servir alimentos ao doente sem permissão da enfermagem. Para crianças da pediatria não se
deve levar guloseimas;
j) Respeitar os profissionais que trabalham no hospital. Ser cortês e compreensivo para com eles.
Evitar enfrentamentos ou discussões;
k) Retirar-se do quarto se coincidir a visita do médico ou da enfermagem com a sua;
l) Lavar as mãos antes e após tocar no doente (prevenir infecções).
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“Não murmureis” (1Cor 10,10). O pessimista reclama de tudo, não vê saída nem solução para os
problemas; além de desanimado, desanima os outros;
c) Jamais ser mandão.
O mandão sente-se como dono da comunidade; nas reuniões fala o tempo todo; só ele sabe e só
ele tem razão; improvisa as coisas e só vê defeito no que os outros preparam, É um
contratestemunho cristão;
d) Jamais ser grosseiro.
Perdemos muitas pessoas devido à falta de sensibilidade e educação na Igreja. O grosseiro agride
as pessoas, julga-as negativamente e as ignora. A cada encontro devemos deixar no outro um
gostinho de quero mais, não um gostinho de não agüento mais;
e) Jamais ser demasiadamente teimoso;
Ser teimoso é não dar o braço a torcer, é ser de coração duro. Quando implica com alguma coisa
não abre mão, mesmo estando errado. Espera-se do MESC flexibilidade no que é acessório e, ao
mesmo tempo, firmeza quando se trata de fidelidade ao Evangelho;
f) Jamais ser indiferente;
O contrário do amor não é o ódio e sim a indiferença. O indiferente não participa das atividades da
comunidade, da paróquia, da região pastoral e da diocese. Não tem interesse em crescer e
aprender coisas novas; não se preocupa em preparar outras lideranças para assumir funções na
Igreja.
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Agradeço a Deus pelos antigos e novos ministros que, além da missão que
exercem, também dão testemunho da vida em Cristo e são nossos
missionários no anúncio do Evangelho de Cristo a todos. Obrigado pelo seu
generoso trabalho pastoral e pelo seu testemunho de autêntica vida Eucarística
para santificar o mundo e a sociedade. O seu trabalho é valioso e precioso
diante de Deus, da Igreja e dos que sofrem. Deus os recompense
generosamente. Graças e louvores sejam dadas a cada momento, ao
Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!”
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