Aprenda A Utilizar Filtros em Áudio

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Filtros

 A principio, qualquer operador ou dispositivo que


modifique um sinal de áudio pode ser considerado
um filtro. De um modo mais explícito, um filtro atenua
a quantidade de energia presente em certas
frequências ou faixas de frequências de áudio.
Desse modo, superfícies ou quaisquer obstáculos
presentes no meio de propagação de uma onda
sonora podem atuar como filtros mecânicos, uma vez
que, ao proporcionarem a reflexão ou absorção de
certas faixas de frequência, alteram as
características das ondas sonoras.
Filtros
 Do mesmo modo, os botões que controlam a
quantidade de "graves" e "agudos" presentes
em aparelhos de som são filtros elétricos.
Sistemas mais sofisticados são
implementados em equalizadores nos quais
pode-se controlar com maior precisão as
faixas de frequências que serão afetadas na
filtragem. Filtros digitais podem também ser
implementados na forma de algoritmos em
computadores e outros aparelhos digitais.
Equalização

 Equalizar é equilibrar. Portanto, quando se equaliza um


determinado som ou sistema, estamos buscando seu equilibrio
tonal. Essa busca deve levar em conta todos os elementos do
som e ainda as variantes acústicas do ambiente.
 A equalização é a tentativa de ajuste entre as frequências para
que se tenha o melhor resultado possível no timbre e na
resposta. Neste ajuste é possível que regiões inteiras do
espectro de frequência estejam desequilibradas. Neste caso, a
solução é balancear melhor o crossover (divisor de frequências).
 Entretanto, esta relação entre frequências é muito delicada, e
por isso deve ser tratada com muita atenção e cuidado.
Mas qual é o equilíbrio perfeito?

 Não existe uma fórmula perfeita matemática para o


equilíbrio. Mas o melhor caminho é, sem dúvida, a do
respeito ao timbre natural das coisas, lembrando
sempre que a equalização deve ser pensada desde
a captação do som, até a sua reprodução, passando
por todas as fases.
Tipos de Equalizadores

 Basicamente há 3 tipos de equalizadores:

 A) Paramétrico

 B) Semi-paramétrico

 C) Gráfico
Filtro Shelving

 É o mais utilizado amadoristicamente apesar


de também estar presente em alguns
equipamentos profissionais. Este tipo de
equalizador é o mais simples que existe. O
valor da frequência de trabalho, bem como
as características do filtro em relação a
largura da banda passante, são pré-
estabelecidas e não podem ser mudados. O
profissional só pode acrescentar(no caso de
falta) ou atenuar(no caso de excesso).
 Geralmente quando se trabalha com este tipo
de equalização, corre-se o risco de
acrescentar ou atenuar frequências
indesejáveis que podem ser arrastadas
juntamente com a frequência que se deseja
trabalhar.
 Passa Alta e Passa Baixa: Como os próprios
nomes indicam, são filtros que permitem a passagem
do sinal de áudio acima (Passa Alta, High
Pass, ou Low Cut) ou abaixo (Passa Baixa, Low
Pass, ou High Cut) de uma determinada frequência,
chamada frequência de corte ou frequência de
sintonia (de fato, a frequência de corte situa-se no
ponto onde há uma atenuação de 3dB em relação ao
sinal que não está sendo filtrado). Esses filtros são
comuns em alguns consoles de mixagem usados em
estúdios de gravação, em processadores de efeito e
diversos outros dispositivos de áudio.
High Pass Filter
Low Pass Filter
 SLOPE: Note que nesses filtros não ocorre um corte
abrupto, mas sim progressivo a partir da frequência
de corte. A inclinação da curva, a partir da frequência
de corte, define o parâmetro chamado slope. Quanto
mais abrupta a queda de energia a partir da
frequência de corte, maior o slope; quanto mais
suave, menor o slope. Os valores do slope são
dados geralmente em dB/8va, ou seja, a quantidade
de decibeis atenuados a cada oitava além da
frequência de corte.
 Ás vezes o slope é referido também por
seu número de "ordem", sendo que
cada ordem equivale a 6 dB/8va,
conforme a tabela abaixo. Como regra
geral, quanto maior a ordem do filtro,
mais preciso o controle que ele oferece.
Entretanto, filtros de ordem alta são
mais caros e difícieis de serem
implementados.
 Slope= dB/8va
 1º- ordem - 6 dB
 2º- ordem - 12 dB
 3º - ordem - 18 dB
 4º - ordem - 24 dB
 5º - ordem - 48 dB
 Passa Banda: É uma combinação dos
filtros Passa Alta e Passa Baixa em que
se pode definir uma frequência de corte
inferior e outra superior. É utilizado nos
divisores de frequências (crossovers)
de caixas acústicas e sistemas de som.
Band Pass Filter
Peak: Geralmente encontrado nos equalizadores
gráficos e consoles de mixagem, permitem um
maior controle das faixas de frequências a
serem filtradas. Três parâmetros definem sua
atuação: frequência de corte; quantidade de
atenuação; Q (quality), as vezes referido como
ressonância do filtro. Filtros que permitem o
controle desses trés parâmetros são chamados
paramétricos; aqueles que possuem as
frequências de corte fixas são chamados semi-
paramétricos.
Equalizador Paramétrico

 Este já é bem mais elaborado e muito utilizado


profissionalmente. Provavelmente, o caminho do
desenvolvimento dos equipamentos passará pelo
aperfeiçoamento desse sistema de
equalização.Todas as mesas profissionais possuem
pelo menos uma faixa de equalização paramétrica
em um canal. Na maioria das vezes ela aparece na
região dos médios. A equalização paramétrica(full
parametric) possui normalmente três controles.
Destes três, um ajusta o valor do Q (fator de mérito),
o outro varia a frequência de trabalho e o terceiro
controla o ganho ou atenuação da situação escolhida.
Equalizador Gráfico

 É o mais utilizado em shows e espetáculos ao vivo. Ele divide o espectro de


frequência em frações de oitava. Os tipos mais comuns são:

 Uma oitava: divide o espectro em 10 bandas de frequência:

32/64/125/250/500/1k/2k/4k/8k/16k

 Dois terços de oitava: divide o espectro em 15 bandas de frequência

25/40/63/100/160/250/400/630/1k/1,6k/2,5k/4k/6,3k/10k/16k

 Um terço de oitava: divide o espectro em 31 bandas de frequência:

20/25/32/32/40/50/63/80/100/125/160/200/250/315/400/500/
630/800/1k/1,25k/1,6k/2k/2,5k/3,15k/4k/5k/6,3k/8k/10k/12k/ 16k/20k
As regiões do espectro
 Já sabemos que as frequências se
dividem em graves, médios e agudos.
Mas essa classificação pode ser
expandida, dividindo-se cada região em
partes menores.
 Os graves, de 20Hz a 200Hz, incluem o
subgrupo dos SUBGRAVES , de 20Hz
a 80Hz. São as frequências mais baixas,
que fazem “sacudir o chão”. O restante
(de 80Hz a 200Hz) ainda tem
características de graves, mas não o
“peso” e a “profundidade” dos
subgraves
Os médios se dividem em três regiões, de
características diferentes: os médios-graves, de 200 a
600Hz, têm as frequências fundamentais das vozes e
da maioria dos instrumentos musicais.
Os médios-médios, entre 600 e 2KHz, incluem regiões
importantes para caracterizar os timbres dos sons e a
clareza da voz masculina.E os médios-agudos, indo
de 2KHz até 6KHz, incluem a região onde o ouvidoé
sensivel, portanto têm grande responsabilidade no
volume aparente do som. Sua característica é
“metálica” ou “estridente”
A 6KHz, começa a região dos agudos. Nesta
faixa, torna-se muito difícil identificar notas
musicais. Os agudos trazem o “brilho” e a
transparência” do som, mas não acrescentam
muito volume ao conjunto. A oitava mais alta
dos agudos, de 10KHz até 20KHz, é chamada
de região dos super-agudos, e responde pelos
detalhes mais sutis do som. Várias pessoas
não percebem bem as frequências, e muitos
sistemas de reprodução não respondem
fielmente a elas.

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