Uti2 2021 Completo
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Uti2 2021 Completo
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Caro aluno
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Você está recebendo o primeiro livro da Unidade Técnica de Imersão (U.T.I.) do Hexag Vestibulares.
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Este material tem o objetivo de retomar os conteúdos estudados nos livros 3 e 4, oferecendo um
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resumo estruturado da teoria e uma seleção de questões dissertativas que preparam o candidato
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para as provas de segunda fase dos principais vestibulares. Além disso, as questões dissertativas per-
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mitem avaliar a capacidade de análise, organização, síntese e aplicação do conhecimento adquirido.
É também uma oportunidade de o estudante demonstrar que está apto a expressar suas ideias de
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maneira sistematizada e com linguagem adequada.
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Aproveite este caderno para aprofundar o que foi visto em sala de aula, compreender assuntos que
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tenham deixado dúvidas e relembrar os pontos que foram esquecidos.
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Bons estudos!
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30 Herlan Fellini
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SUMÁRIO
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ENTRE LETRAS
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GRAMÁTICA 3
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 25
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LITERATURA 43
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ENTRE FRASES
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REDAÇÃO 61
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INGLÊS 85
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© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2021
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Todos os direitos reservados.
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Autores
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Lucas Limberti
Murilo Almeida Gonçalves
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Pércio Luis Ferreira
Rodrigo Martins
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Diretor-geral
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Herlan Fellini
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Diretor editorial 30
Pedro Tadeu Vader Batista
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Coordenador-geral
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Editoração eletrônica
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Imagens
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Freepik (https://www.freepik.com)
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Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
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Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legis-
lação, tendo por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do
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contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e loca-
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lizar os titulares dos direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para
suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
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2021
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CEP: 04043-300
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www.hexag.com.br
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[email protected]
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GRAMÁTICA
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NUMERAIS, PREPOSIÇÕES E INTERJEIÇÕES
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NUMERAIS
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Preposições nocionais
53
São aquelas que acrescentam valor semântico à sentença.
03
Os numerais formam uma classe de palavras que se rela-
As preposições nocionais introduzem o adjunto adnominal
ciona diretamente com o substantivo. Os numerais indicam
JO
e o adjunto adverbial.
quantidades de pessoas ou coisas, ou assinalam o lugar
AU
que elas ocupam em determinada sequência, mantendo
AR
com os substantivos vínculos morfossintáticos. Preposições nocionais mais recorrentes
S
Observação: Algumas palavras são consideradas numerais Preposicão A
PE
se denotam ideia de quantidade, proporção ou ordenação: Preposição COM
LO
Preposição DE
Classificação dos numerais Preposição EM
A
UL
Preposição PARA
Cardinais
PA
Preposição POR
Ordinais
NA
Multiplicativos
Locuções prepositivas
4A
Fracionários 30
São duas ou mais palavras empregadas com a função de
PREPOSIÇÕES
70
foram ligados pela preposição. No português, não ocorre a contração de preposição com ar-
AU
A relação estabelecida pelas preposições pressupõe um dos de espírito, etc. Elas expressam reações emotivas.
PA
regente; o segundo é o termo regido por ela, também Admiração ou surpresa: Puxa! Vixe! Caramba!
3
Do ponto de vista semântico (do sentido), as preposições Chamamento: Alô! Ei! Oi! Psiu! Socorro!
são divididas em dois grupos: as relacionais e as nocionais.
O
não acrescentam qualquer valor semântico à sentença. As Silêncio: Silêncio! Basta! Chega!
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complemento nominal.
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CONJUNÇÕES
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CONJUNÇÕES COORDENATIVAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
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03
As conjunções coordenativas conectam orações sem esta- As conjunções subordinativas ligam duas orações, das
belecer uma relação de dependência (uma função sintáti- quais uma é necessariamente dependente da outra, de-
JO
ca). De acordo com um critério lógico-semântico, elas se sempenhando em relação a esta uma função sintática.
AU
classificam assim: São classificadas como:
AR
Aditivas – estabelecem uma relação de soma, de adi- Causais – introduzem a oração que é causa da ocor-
S
ção entre os termos. rência da oração principal.
PE
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só... Principais conjunções causais: porque, que, pois
LO
mas também, não só... como também, bem como, não que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, des-
A
só... mas ainda. de que, como (no início da frase).
UL
PA
Exemplos: Ele saiu cedo e levou a carteira. Exemplo: Ele não fez as compras porque não havia
trazido a carteira.
NA
Ela não só saiu cedo como também passou na farmácia.
Concessivas – introduzem a oração que expressa ideia
4A
Adversativas – estabelecem uma relação de contras-
contrária à da principal.
30
te, de oposição entre os termos.
70
ações.
Alternativas – estabelecem uma relação de alternân-
AU
tanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos
LO
Exemplo: Ou você chega logo, ou vou embora para que, sem que.
minha casa.
A
remos.
Explicativas – estabelecem uma relação de explica-
03
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Proporcionais – introduzem uma oração que expres-
CONJUNÇÕES INTEGRANTES
NA
sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrên-
4A
cia da principal. As conjunções integrantes introduzem as orações subordi-
30
Principais conjunções proporcionais: à medida nadas substantivas. Ocorrem com os termos “que” e “se”.
70
que, à proporção que, ao passo que – e as combina- Exemplos: Espero que você volte (espero sua volta).
35
ções: quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), Não sei se ele voltará (não sei da sua volta).
53
quanto menos... (mais), quanto menos... (menos).
03
Exemplo: Os problemas saem do controle à medida Dica
JO
que não são resolvidos. Para confirmar se uma conjunção é do tipo integrante, de-
AU
Temporais – introduzem orações que acrescentam ve-se substituir os termos “que” ou “se”, e o restante da
AR
uma circunstância de tempo ao fato expresso na ora- oração que os acompanha, pelo pronome “isso”.
S
ção principal. Exemplo: É necessário que se mudem os pensamentos.
PE
Principais conjunções temporais: quando, en-
LO
quanto, antes que, depois que, logo que, todas as
A
vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora
UL
que, mal (assim que)
PA
Exemplo: Ele nos atendeu assim que começamos a
NA
reclamar.
Comparativas – introduzem orações que expressam 4A
30
ideia de comparação em relação à oração principal.
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anterior.
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pescoço.
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TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: SUJEITO E PREDICADO
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Sujeito é o termo que concorda, em número e pessoa, Observação: O sujeito é simples se o verbo da oração
03
com o verbo da oração. Em grande número de casos, o referir-se a apenas um elemento, seja ele um substan-
sujeito da oração é também o agente da ação expressa tivo (singular ou plural), um pronome ou um numeral.
JO
pelo verbo, mas essa não deve ser a base de definição con- Não confundir sujeito simples com a noção de singular.
AU
ceitual, uma vez que há orações para as quais não se pode
Exemplos: O segundo andar possui sala de reunião.
AR
atribuir ao sujeito essa função de agente.
Todos correram em direção ao ônibus.
S
Exemplos:
PE
b) Composto, se apresentar dois ou mais núcle-
LO
Ele viajou para o interior de São Paulo. os ligados diretamente ao verbo, estabelecendo
(viajou está no singular para concordar com ele. uma relação de concordância com ele.
A
UL
O conteúdo do verbo expressa uma ação.)
Exemplo: Brigadeiro e caipirinha são especialida-
PA
Eles viajaram para o interior de São Paulo. des tipicamente brasileiras.
NA
(viajaram está no plural para concordar com eles. c) Oculto (elíptico ou desinencial): O sujeito
4A
O conteúdo do verbo expressa uma ação.) oculto ocorre quando o sujeito não está expres-
30
Ele está no interior de São Paulo. so na oração, mas é possível identificá-lo por
70
tanto, o conteúdo do verbo não expressa uma ação.) Exemplos: Resolvi meus os problemas com o fisco. –
53
estávamos)
entanto, o conteúdo do verbo não expressa uma ação.)
AU
Observação: as gramáticas normativas determinam 2. Sujeito indeterminado: é aquele que, embora exis-
AR
o sujeito e o predicado como termos essenciais; no en- tindo, não é possível determiná-lo nem pelo contexto, nem
pela terminação do verbo. Há três maneiras diferentes de
S
fenômeno natural.)
UL
1. Sujeito determinado é aquele que pode ser identi- sitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo
ficado com precisão a partir da concordância verbal. Ele obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.
JO
pode ser:
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c) com o verbo no infinitivo impessoal: 2. Predicado nominal tem, como núcleo, uma forma no-
NA
minal (adjetivo ou locução adjetiva).
Exemplos: Era penoso estudar Direito e Economia,
4A
simultaneamente. Os verbos que ocorrem nos predicados nominais são
30
É bom assistir a filmes antigos. sempre de ligação.
70
Importante: Os termos que constituem o núcleo
35
3. Orações sem sujeito são formadas apenas pelo pre-
dos predicados nominais denominam-se predica-
53
dicado e articulam-se a partir de um verbo impessoal.
tivos do sujeito.
03
Por isso se diz que o sujeito é inexistente. Observe a
estrutura dessas orações. Exemplo: O filme foi emocionante.
JO
Predicado: foi emocionante
AU
Exemplos: Havia borboletas no jardim.
Núcleo: emocionante (adjetivo que dá informação so-
AR
Nevou muito este ano em Santa Catarina.
bre o substantivo sujeito. Sintaticamente, esse adjetivo
S
ATENÇÃO! recebe a função de predicativo do sujeito).
PE
Os verbos impessoais devem ser usados sempre Exemplo: Ficaram animados com a programação para
LO
na terceira pessoa do singular. Cuidado com os o final de semana.
A
verbos fazer e haver usados impessoalmente: não se
UL
Predicado: ficaram animados com a programação
deve empregá-los no plural.
PA
para o final de semana.
Exemplos: Faz muitos anos que nos conhecemos. Núcleo: animados (adjetivo que dá informação sobre
NA
Deve fazer dias quentes na Bahia. o sujeito oculto. Sintaticamente, esse adjetivo recebe a
4A
Há muitas pessoas interessadas na vaga. função de predicativo do sujeito).
30
Houve muitas pessoas interessadas na vaga. 3. Predicado verbo-nominal tem dois núcleos: um
70
verbo, mas o núcleo do predicado (termo que detém o ção sintática relacionada à ocorrência, nas orações, de
PA
sentido propriamente) pode ser um verbo, um nome ou a predicados nominais ou verbo-nominais. Denomina-se
NA
A partir de estruturas que se assemelham às dos exem- predicados nominais, ou ao objeto da oração – predicativo
35
plos anteriores, podem-se classificar os predicados em do objeto –, no caso dos predicados verbo-nominais.
53
três categorias:
03
Exemplos:
1. Predicado verbal tem, como núcleo, uma forma verbal. Ana saiu enfurecida.
JO
b) Todo domingo à tarde ele vai ao cinema. Predicado: julgaram o criminoso culpado
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TERMOS INTEGRANTES
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TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
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Advérbio complemento nominal
03
Exemplo: O juiz decidiu favoravelmente ao acusado.
1. Complementos verbais completam o sentido de ver-
JO
Observação: O complemento nominal representa o re-
bos transitivos diretos e transitivos indiretos.
AU
cebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um
Objeto direto é o termo que completa o sentido do nome. É regido pelas mesmas preposições do objeto indi-
AR
verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio reto. Difere dele apenas porque, em vez de complementar
S
da preposição. verbos complementa nomes (substantivos, adjetivos) e al-
PE
guns advérbios terminados em -mente. Os complementos
LO
Exemplo: Os professores fizeram as resoluções dos
nominais mantêm com os nomes o mesmo tipo de relação
exercícios.
A
que os objetos mantêm com os verbos transitivos. Eles são
UL
O objeto direto pode ser constituído: necessários para complementar o sentido dos nomes.
PA
a) por um substantivo ou expressão substantivada. 3. Agente da passiva é o termo da frase que pratica a
NA
Exemplos: O agricultor cultiva a terra. ação expressa pelo verbo na voz passiva analítica (construí-
4A
Unimos o útil ao agradável. da com o verbo ser). Vem regido comumente da preposição
por e eventualmente da preposição de.
30
b) pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se,
70
Ela me ama.
da passiva recebe o nome de sujeito:
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TERMOS ACESSÓRIOS
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TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
35
Causa: Com a falta de chuvas, a seca propagou-se.
53
Companhia: Foi ao cinema com a namorada.
03
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura bási- Concessão: Apesar da dificuldade do exercício,
ca da oração, são importantes para a compreensão do enun- conseguiu resolvê-lo.
JO
ciado. Ao acrescentarem informações novas, esses termos: Condição: Sem autorização, a criança não poderá
AU
caracterizam o ser; embarcar.
AR
determinam os substantivos; e Conformidade: Seguem os relatórios, conforme o
S
exprimem circunstância. combinado (ou “segundo o combinado”).
PE
São termos acessórios da oração: Dúvida: Talvez seja melhor sair mais cedo.
LO
Fim, finalidade: Viajei a trabalho.
o adjunto adverbial
A
Frequência: Sempre ocupava o mesmo lugar à mesa.
UL
o adjunto adnominal
Instrumento: A redação deve ser feita à caneta.
PA
o aposto
o vocativo Intensidade: A aluna estudava bastante.
NA
Lugar: Estou em casa.
Adjunto adverbial
4A
Matéria: A cadeira é feita de aço.
Meio: Atravessou a cidade de ônibus.
30
Como o próprio nome indica, trata-se de advérbio ou locu-
70
ção adverbial associados a verbos, adjetivos ou a outro ad- Modo: Fique à vontade para fazer seus comentários.
35
vérbio, acrescentando circunstâncias específicas (no caso Negação: Não se deve esquecer o horário da consulta.
53
No segundo, muito intensifica o adjetivo inteligente, que é Exemplo: O médico prescreveu dois remédios ao paciente.
A
Exemplo: Amanhã, vou de bicicleta ao trabalho. do simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor
A
Os termos em destaque estão indicando as seguintes cir- de cada um desses substantivos, agrupam-se os adjuntos
04
cunstâncias: adnominais:
3
70
Há algumas circunstâncias que o adjunto adverbial pode adjetivos: crianças tagarelas, políticos corruptos;
AU
Assunto: Falávamos sobre cotas. (ou “de cotas”, ou pronomes demonstrativos: este carro;
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“a respeito de cotas”).
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pronomes indefinidos: algum carro; Se for retirado o objeto da oração, seu aposto passa a exer-
NA
pronomes Interrogativos: qual chave?; cer essa função:
4A
pronomes relativos: na biblioteca cujos livros estão Exemplo: Gosto de rock, blues, chorinho,
30
em mau estado; samba, etc.
70
numerais adjetivos: trezentos e cinquenta soldados. objeto indireto
35
Observação: O aposto tem a mesma função sintática do
53
Distinção entre adjunto adnominal termo ao qual se relaciona.
03
e complemento nominal
Classificação do aposto
JO
É comum confundir o adjunto adnominal, na forma de lo-
AU
cução adjetiva, com o complemento nominal. Para evitar De acordo com a relação que estabelece com o termo a
que se refere, o aposto pode ser classificado em:
AR
que isso ocorra, considere o seguinte:
a) Explicativo: A Linguística, ciência da lingua-
S
a) Somente os substantivos podem ser acompanhados
gem, fornece subsídios importantes para o conheci-
PE
de adjuntos adnominais; os complementos nominais
mento da língua materna.
LO
podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. O
b) Enumerativo: A vida se compõe de muitas coisas:
termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um
A
amor, trabalho e dinheiro.
UL
advérbio só pode ser complemento nominal. Se não
c) Resumidor ou recapitulativo: Vida digna, ci-
PA
houver preposição ligando os termos, será um adjunto dadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso
adnominal. está na base de um país melhor.
NA
b) O complemento nominal equivale a um comple- d) Comparativo: Drummond e Guimarães Rosa são
4A
mento verbal, ou seja, mantém relação exclusivamente dois grandes escritores, aquele na poesia e este na
30
com os substantivos cujos significados transitam. Por- prosa.
70
tanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos de-
35
O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. mais porque não é marcado por sinais de pontuação (vírgula
53
Exemplo: Ana tem muito amor à mãe. ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um
03
a ação de amar.
AR
Aposto Vocativo
A
UL
Exemplo: Ontem, domingo, passaram o dia no parque. ráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso.
04
Domingo é aposto do adjunto adverbial de tempo "on- Exemplo: Não se esqueçam de marcar todas as res-
3
70
vocativo
Verifica-se, portanto, que, se "ontem" for eliminado, o Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam
O
adverbial de tempo.
Observações: o vocativo pode vir antecedido por in-
AR
Exemplo:
terjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc.
Gosto de todos os tipos de música:
S
objeto indireto Ó mar salgado! Quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.
PE
rock, blues, chorinho, samba, etc. Olá, prezado cliente! Entramos em contato para apre-
LO
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Distinção entre vocativo e aposto O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração.
NA
O vocativo não mantém relação sintática com outro termo Exemplo: A vida de Marylin Monroe, artista
4A
da oração. hollywoodiana, foi muito conturbada.
30
sujeito aposto
Exemplo: Pessoal, vamos estudar mais.
70
Vocativo
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53
03
SINTAXE DE COLOCAÇÃO
JO
AU
AR
S
A colocação de pronomes oblíquos átonos em português f) Nas orações introduzidas por pronomes relativos.
PE
pode ser realizada em três posições, obedecendo a regras Exemplos: Foi aquele rapaz quem me pediu para falar
LO
e condições específicas. Essas três posições são a próclise, com você.
A
a mesóclise e a ênclise. Há situações que nos constrangem.
UL
Essa foi a festa onde te conheci.
1. Próclise
PA
g) Com a palavra “só” (no sentido de “apenas” ou
NA
Temos próclise quando o pronome surge antes do verbo. “somente”) e com as conjunções coordenativas alter-
4A
Suas condições de colocação são: nativas.
a) Nas orações que contenham uma palavra ou ex-
30
Exemplos: Só se lembram dos pais quando precisam
pressão de valor negativo.
70
de dinheiro.
Exemplos: Ninguém me ajuda.
35
Não me fale de problemas hoje. h) Nas orações iniciadas por palavras exclamativas e
03
Nunca se esqueça do que lhe disse nas optativas (que exprimem desejo).
JO
Observações:
70
(advérbio)
lece sobre a mesóclise:
53
d) Nas orações iniciadas por pronomes ou advérbios Exemplo: Sempre lhe contarei os meus segredos.
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Exemplos: Quem te chamou até aqui? b) A mesóclise é de uso exclusivo da língua culta e
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3. Ênclise c) Nas orações reduzidas de infinitivo.
NA
Exemplos: Convém dar-lhe um pouco mais de tempo.
4A
Temos ênclise quando o pronome surge depois do verbo. Espero enviar-lhe isto até amanhã cedo.
Seu emprego obedece às seguintes regras:
30
d) Nas orações reduzidas de gerúndio (desde que
70
a) Nos períodos iniciados por verbos (desde que não não venham precedidas de preposição “em”).
35
estejam no tempo futuro), pois, segundo a gramática
Exemplos: A mãe adotiva ajudou a criança, dando-lhe
53
normativa, não podemos iniciar frases com pronome
carinho e proteção.
03
oblíquo.
Exemplos: Fale-me o que está acontecendo. Ele se desesperou, deixando-se levar pela situação.
JO
Compravam-se muitos produtos antes da crise.
Observação: Se o verbo não estiver no início da frase,
AU
b) Nas orações imperativas afirmativas. nem conjugado nos tempos Futuro do Presente ou Fu-
AR
Exemplos: Ligue para seu primo e avise-o do horário turo do Pretérito, é possível usar tanto a próclise como
S
Ei, ajude-me com essa receita! a ênclise.
PE
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ORAÇÕES COORDENADAS
A
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NA
Exemplos: Eu me encontrei com ela. b) As adversativas exprimem fatos ou conceitos que se
4A
Eu encontrei-me com ela. opõem ao que se declara na oração coordenada ante-
30
Como se viu, são orações não introduzidas por conjunção. rior, estabelecendo entre elas contraste ou compensação.
70
São coordenadas, postas lado a lado e separadas por sinais Mas é a conjunção adversativa típica. Além dela, empre-
35
Exemplos: Vim, vi, venci. locuções no entanto, não obstante, nada obstante.
03
Chegou; ninguém reparou nele: todos estavam ocupa- Exemplos: Eles embarcariam para a Europa dentro de
uma hora, mas perderam o voo.
JO
mo. Regularmente indicam fatos, acontecimentos ou caberiam nas malas. Deitou-se cedo e não conseguiu dormir.
UL
coordenativas aditivas típicas são e e nem (e + não). c) As alternativas expressam ideia de alternância de fa-
NA
Exemplos: Viajaram e trouxeram muitas fotos de lem- tos ou escolha. Regularmente é usada a conjunção ou.
A
Não trouxeram presentes nem fotos da última viagem. já... já; quer... quer; seja... seja, etc.
3
70
Observação: A conjunção “nem” tem o valor da ex- Exemplos: Diga agora ou cale-se para sempre. (apenas
35
pressão “e não”. Dessa forma, deve-se evitar, na língua a segunda é sindética, mas ambas são alternativas, dada
53
aditivas. As orações sindéticas aditivas podem também Ora mostra-se alegre, ora expressa tristeza profunda.
estar ligadas pelas locuções “não só... mas (também)”,
O
da segunda oração.
Observação: Nesse último caso, o par “quer... quer”
S
Ele não só canta, mas também (ou como também) in- está coordenando entre si duas orações que, na verda-
PE
terpreta muito bem. Ela sabe tanto matemática como de, expressam concessão em relação a “Estarei lá”. É
LO
13
A
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PA
d) As conclusivas exprimem conclusão ou consequência
NA
referentes à oração anterior. As conjunções típicas são: Importante
4A
logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ain- Para que dois períodos unam-se num período composto,
30
da: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, altera-se o modo verbal da segunda oração, se necessário.
70
em vista disso, etc. Dica: O pronome relativo “que” sempre pode ser subs-
35
Exemplos: Tenho prova amanhã, portanto não posso tituído por: o qual, a qual, os quais, as quais.
53
ir ao show. Refiro-me ao livro que é referência. Essa oração é equi-
03
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir valente a: Refiro-me ao livro o qual é referência.
com cautela.
JO
O time jogou bem, por isso foi vencedor.
AU
Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada Classificação das orações
AR
com cuidado. subordinadas adjetivas
S
PE
e) As explicativas indicam uma justificativa ou uma expli- Na relação que estabelecem com o termo que caracteri-
zam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de
LO
cação referente ao fato expresso na declaração anterior.
As conjunções que merecem destaque são: que, porque duas maneiras diferentes. Há as que restringem ou especi-
A
ficam o sentido do termo a que se referem, individualizan-
UL
e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo).
do-o. Nessas orações, não há marcação de pausa; são as
PA
Exemplos: Vá com cuidado, que o caminho é perigoso.
chamadas orações subordinadas adjetivas restritivas.
Mudou de emprego, porque estava farto da rotina.
NA
Há também as orações que realçam um detalhe ou ampli-
Ligue para ela, pois hoje é o seu aniversário.
4A
ficam dados sobre o antecedente, já suficientemente defi-
nido; são as denominadas orações subordinadas adjetivas
30
Orações subordinadas adjetivas explicativas.
70
Uma oração subordinada adjetiva tem valor e função de Exemplo: O homem que trabalha é útil à sociedade.
35
Exemplo: Este é o livro que te indiquei como referência. lor sintático de adjunto adnominal, uma vez que qualifica
AU
da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome Exemplo: O homem, que trabalha, é útil à sociedade.
S
relativo “que”.
A presença de vírgula amplia o sentido da palavra homem,
PE
Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o prono- que pode ser entendida como todo homem.
LO
que o antecede.
PA
NA
Trata-se de oração subordinada explicativa, pois acrescenta Trata-se de uma construção com verbo que possui valor
53
uma informação acessória; desempenha também valor sin- de substantivo (essa oração fica posicionada onde, habitu-
03
tático de adjunto adnominal, uma vez que qualifica o termo almente, deveria haver um substantivo) e vem introduzida,
O
crita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que objeto direto
S
aposto
U
PA
14
A
AN
L
A
UL
PA
Oração subordinada: de que ela se esforce. (sinta-
NA
Atenção ticamente exerce função de objeto indireto da oração
4A
principal.)
É importante, nesse momento, que sejam recuperados os
30
conceitos de identificação de conjunções integrantes an- d) completiva nominal: exerce a função de comple-
70
teriormente estudados Lembremos que, para localizarmos mento nominal (complementa o sentido de um nome
35
uma conjunção integrante, devemos substituir os elemen- que pertença à oração principal; também vem marcada
53
tos “que” ou “se” pelo pronome demonstrativo “isso”. A por preposição).
03
função que couber ao pronome indicará a função exercida Exemplo: Sou favorável a que o absolvam.
JO
pela oração. Oração principal: Sou favorável
AU
Exemplos: Oração subordinada: a que o absolvam. (sintati-
AR
É importante que chegue cedo ao atendimento. camente exerce função de complemento nominal da
Substituindo a oração subordinada em destaque pelo oração principal.)
S
PE
pronome “isso”, temos:
LO
É importante isso (ou, na ordem direta: Isso é importan- Importante
te). Percebemos então que a função sintática do pro-
A
Não podemos esquecer que as orações subordinadas
UL
nome “isso” na construção é de sujeito. Vejamos outro substantivas objetivas indiretas integram o sentido de
PA
exemplo: um verbo, enquanto as orações subordinadas substan-
Não sei se entregaremos a encomenda hoje.
NA
tivas completivas nominais integram o sentido de um
Substituindo a oração subordinada em destaque pelo nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar
4A
pronome “isso”, temos: em conta o termo complementado.
30
Não sei isso (o pronome “isso” completa o sentido do ver-
70
bo “saber”). Percebemos então que a função sintática do e) predicativa: exerce o papel de predicativo do su-
35
pronome “isso” na construção é de objeto direto. jeito do verbo da oração principal e vem sempre depois
53
do verbo “ser”.
03
mo da oração principal.
verbo da oração principal: Exemplo: Coloco uma condição: que não me perturbe
A
mais.
Oração principal: Não se sabe
PA
mente exerce função de sujeito da oração principal). taticamente exerce função de aposto da oração princi-
A
pal).
04
Exemplo: Eu percebo que ficarei com bastante sono é a única que pode prescindir da conjunção integrante.
35
hoje.
53
oração principal).
AR
4A
30
70
35
Uma oração subordinada adverbial exerce a função de ad- Oração principal: vou provar o prato
53
junto adverbial do verbo da oração principal. Dessa forma, Oração subordinada: Embora não goste de cogu-
03
pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa, melos (assume valor de adjunto adverbial de conces-
JO
condição, etc. Classifica-se de acordo com a conjunção ou são, uma vez que admite uma ideia de cessão a algum
AU
locução conjuntiva que a introduz. fato, ou mesmo anormalidade em relação a esse fato).
AR
Exemplo: Quando vi a pintura do artista, senti uma e) comparação
das maiores emoções de minha vida.
S
Exemplo: Andava rápido como um foguete.
PE
A primeira oração, “Quando vi a pintura do artista”, atua
Oração principal: Andava rápido
LO
como um adjunto adverbial de tempo, que modifica a for-
ma verbal “senti”. Oração subordinada: como um foguete (assume va-
A
lor de adjunto adverbial de comparação, uma vez que
UL
Trata-se de uma oração subordinada adverbial temporal,
estabelece uma comparação com a ação indicada pelo
PA
uma vez que indica uma circunstância temporal acrescida
verbo da oração principal).
ao verbo da segunda oração. É importante lembrar que a
NA
classificação das orações subordinadas adverbiais é feita f) conformidade
4A
do mesmo modo que a classificação dos adjuntos adver- Exemplo: Fez o bolo conforme a receita.
biais. Baseia-se na circunstância expressa pela oração.
30
Oração principal: Fez o bolo
70
A seguir, temos as circunstâncias expressas pelas orações Oração subordinada: conforme a receita (assume
35
Exemplo: Como ninguém se interessou pelo projeto, que se declara na oração principal).
não houve alternativa a não ser cancelá-lo.
JO
g) finalidade
Oração principal: não houve alternativa a não ser
AU
causa, uma vez que provoca um determinado fato, ao Oração subordinada: a fim de aprender mais sobre
LO
b) consequência
UL
h) proporção
e tudo.
Exemplo: Viaja ao exterior à medida que a empresa
NA
c) condição
proporcional, pois exprime ideia de proporção, ou seja,
53
rão ganhando.
i) tempo
Oração principal: todos sairão ganhando.
JO
Oração subordinada: Se o torneio for bem estrutura- Quando você for a Londres, traga-me um presente.
AU
do (assume valor de adjunto adverbial de condição, uma Oração principal: traga-me um presente.
AR
vez que a oração subordinada impõe-se como necessária Oração subordinada: Quando você for a Londres
S
para a realização ou não de um fato sobre a principal.) (assume valor de adjunto adverbial temporal, uma vez
PE
Exemplo: Embora não goste de cogumelos, vou pro- na oração principal, podendo exprimir noções de simul-
LA
16
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala 2. (UERJ) Observe a mudança de posição do advérbio
NA
afinal nos enunciados a seguir:
4A
1. (FUVEST 2019) Leia o texto. 1) Quanto a nós, permitir-nos-emos pensar que se o
30
cego tivesse aceitado o segundo oferecimento do af-
Tio Ben cravou pouco antes de falecer: “Grandes poderes nunca vêm inal falso samaritano, (ref. 2)
70
sozinhos”. E não há responsabilidade maior do que tirar a vida de
2) Quanto a nós, permitir-nos-emos pensar que se o
35
alguém. Isso, no entanto, não significa que super-heróis tenham a
cego tivesse aceitado afinal o segundo oferecimento
53
ficha completamente limpa. Na verdade, uma olhada mais atenta
do falso samaritano.
03
nos filmes sobre os personagens confirma uma teoria não tão ino-
cente – a grande maioria deles é homicida. Explique a diferença de sentido entre os enunciados, a
JO
partir da posição do advérbio. Justifique, ainda, a opção
Foi pensando nisso que um usuário do Reddit, identificado como pela primeira construção, tendo em vista a sequência
AU
T0M95, resolveu planilhar os assassinatos que acontecem nos filmes dos acontecimentos.
AR
da Marvel. Nos 20 longas, que saíram nos últimos 10 anos, foram
65 mortes – e 20 delas deixaram sangue nas mãos dos mocinhos. 3. (UFJF-PISM 3) Para responder à questão, leia o frag-
S
mento da peça Se eu fosse Iracema, de Fernando Marque.
PE
Vale dizer que o usuário contabilizou apenas mortes relevantes à
A história do homem branco é história.
LO
história: só entraram na planilha vítimas que tinham, pelo menos,
nome antes de baterem as botas. Nada de figurantes ou bonecos A ciência do homem branco é ciência.
A
criados em computação gráfica só para dar volume a uma tragédia.
UL
A religião do homem branco é religião.
Ficaram de fora, por exemplo, as centenas que morreram durante a
A arte do homem branco é arte.
PA
batalha de Wakanda, em “Vingadores: Guerra Infinita”, ou a cena
de “Guardiões da Galáxia” que se consagrou como o maior massa- A filosofia do homem branco é filosofia.
NA
cre da história do cinema. E a história de qualquer outro homem é folclore,
4A
HTTPS://SUPER.ABRIL.COM.BR/CULTURA/QUANTOS_ASSASSINATOS_CADA_ é caso,
HEROI_E_VILAO_DA_MARVEL_COMETEU_NOS_CINEMAS. ADAPTADO.
30
é mentira,
70
pelo menos, nome antes de baterem as botas” por uma é poesia de livro didático.
AU
Ao oferecer-se para ajudar o cego, o homem que depois roubou o MARQUES, FERNANDO. SE EU FOSSE IRACEMA. RIO DE JANEIRO,
carro não tinha em mira, nesse momento preciso, qualquer inten- 2016. 20P. FOLDER ELABORADO PARA DIVULGAÇÃO.
A
ção malévola, muito pelo contrário, o que ele fez não foi mais que Releia o seguinte trecho:
UL
empedernidos do que este, simples 1ladrãozeco de automóveis sem Substitua a conjunção “e” por outra que não altere fun-
A
esperança de avanço na carreira, explorado pelos verdadeiros donos damentalmente o sentido do trecho destacado. Justi-
04
do negócio, que esses é que se vão aproveitando das necessidades fique sua escolha.
3
que a ideia se lhe apresentou com toda a naturalidade (...). Os cép- 4. (PUC-RJ) Texto 1
35
17
A
AN
L
A
UL
PA
Na concepção chinesa, todas as manifestações do tao são geradas c) Indique a palavra ou expressão a que se refere a últi-
NA
pela interação dinâmica desses dois polos arquetípicos, os quais es- ma ocorrência de “que” no Texto 2.
4A
tão associados a numerosas imagens de opostos colhidas na nature- d) No Texto 2, o enunciador apresenta suas reflexões
za e na vida social. É importante, e muito difícil para nós, ocidentais, acerca do que está sendo observado e das investi-
30
entender que esses opostos não pertencem a diferentes categorias, gações que vem desenvolvendo. Destaque, do último
70
mas são polos extremos de um único todo. Nada é apenas yin ou parágrafo, a expressão que, em si mesma, denota certe-
35
apenas yang. Todos os fenômenos naturais são manifestações de za a respeito do que é enunciado.
53
uma contínua oscilação entre os dois polos; todas as transições ocor-
03
rem gradualmente e numa progressão ininterrupta. A ordem natural TEXTOS PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
é de equilíbrio dinâmico entre o yin e o yang.
JO
CAPRA, FRITJOF. O PONTO DE MUTAÇÃO. SÃO PAULO: EDITORA Tentação
AU
CULTRIX. 1982. TRADUÇÃO DE ÁLVARO CABRAL, PP. 32-33. Ela estava com soluço. E como se não bastasse a claridade das duas
AR
horas, ela era ruiva.
Texto 2
S
Na rua vazia as pedras vibravam de calor − a cabeça da menina fla-
PE
Efeitos da mudança das condições mejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém
LO
Tenho, até o presente, falado de mudanças — tão comuns e tão na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto do bonde.
diversas nos seres orgânicos reduzidos ao estado doméstico e, em E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço
A
a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se
UL
menor escala, naqueles que se encontram em estado selvagem —
como se elas fossem fortuitas. É, sem objeção, uma expressão muito apoiava conformado na mão. Que fazer de uma menina ruiva com
PA
incorreta; talvez, contudo, seja suficiente para demonstrar a nossa soluço? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na
rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser
NA
total ignorância sobre as razões de cada variação particular.
ruivo era uma revolta involuntária. Que importava se num dia fu-
4A
Alguns cientistas julgam que uma das funções do sistema reprodu- turo sua marca ia fazê-la erguer insolente uma cabeça de mulher?
tor consiste tanto em produzir diferenças individuais, ou pequenos Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta,
30
desvios de estrutura, como em produzir descendentes semelhantes às duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora,
70
aos pais. Mas o fato de as variações e de as deformações se apre- com alça partida. Segurava-a com um amor conjugal já habituado,
35
sentarem em maior número no estado doméstico que no estado apertando-a contra os joelhos.
53
com as condições de sobrevida às quais cada espécie foi submetida quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnada na
figura de um cão. Era um basset lindo e miserável, doce sob a sua
AU
a organização, ou sobre algumas partes unicamente do organismo; Lá vinha ele trotando, à frente de sua dona, arrastando seu compri-
e indiretamente, por meio do sistema reprodutor. Em todos os casos,
S
variabilidade incerta. No primeiro caso, a natureza do organismo é Entre tantos seres que estão prontos para se tornarem donos de
UL
tal que cede facilmente, quando submetido a certas condições, e to- outro ser, lá estava a menina que viera ao mundo para ter aquele
PA
dos, ou quase todos os indivíduos, se modificam da mesma maneira. cachorro. Ele fremia suavemente, sem latir. Ela olhava-o sob os cabe-
los, fascinada, séria. Quanto tempo se passava? Um grande soluço
NA
tempo, os efeitos destas alterações sejam tão marcantes que pos- Os pelos de ambos eram curtos, vermelhos.
3
Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comu-
sem receio de engano, que não se pode atribuir unicamente a uma
35
mento, surpreendidos.
seres orgânicos.
No meio de tanta vaga impossibilidade e de tanto sol, ali estava a
O
a) Reescreva o trecho “Os opostos não pertencem a dif- tava uma menina, como se fora carne de sua ruiva carne. Eles se
erentes categorias.”, substituindo o verbo “pertencer” fitavam profundos, entregues, ausentes de Grajaú. Mais um instante
S
por “derivar”. Faça as modificações necessárias. e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com
PE
apresenta o mesmo sentido que na palavra “inces- Mas ambos eram comprometidos.
sante”.
U LA
PA
18
A
AN
L
A
UL
PA
Ela com sua infância impossível, o centro da inocência que só se
U.T.I. - E.O.
NA
abriria quando ela fosse uma mulher. Ele, com sua natureza aprisio-
4A
nada. A dona esperava impaciente sob o guarda-sol. O basset ruivo
afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espan- 1. (UFJF-PISM 2) Nova data? Escola não libera muçul-
30
tada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai manos para festa religiosa
70
nem mãe compreenderiam. Acompanhou-o com olhos pretos que Diretor afirmou que aqueles que não comparecessem às aulas leva-
35
mal acreditavam, debruçada sobre a bolsa e os joelhos, até vê-lo riam falta
53
dobrar a outra esquina.
Nesta quinta-feira (24), a religião Islã comemora a Festa do Sacrifí-
03
Mas ele foi mais forte que ela. Nem uma só vez olhou para trás. cio, uma das datas religiosas mais importantes para os muçulmanos.
JO
Apesar do feriado religioso, uma escola no Reino Unido não liberou
LISPECTOR, CLARICE. A LEGIÃO ESTRANGEIRA.
seus alunos das aulas e informou que aqueles que não compareces-
AU
RIO DE JANEIRO: EDITORA DO AUTOR, 1964, P. 67-69
sem levariam falta. As informações são do Independent.
AR
Ternura Normalmente, em feriados religiosos, as escolas tendem a dar uma
S
"falta autorizada" aos alunos de determinada religião. No entanto, a
PE
Eu te peço perdão por te amar de repente instituição afirmou aos pais que os alunos muçulmanos não seriam
LO
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos liberados e poderiam comemorar a data na sexta-feira (25), quando
a escola estará fechada pra um treinamento dos professores. "Sex-
A
Das horas que passei à sombra dos teus gestos ta-feira não significa nada. O Eid al-Adha (Festa do Sacrifício) é na
UL
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos quinta", disse a mãe de uma das alunas da escola, que estranhou a
PA
decisão da instituição, já que as crianças normalmente são liberadas.
Das noites que vivi acalentado
NA
A carta enviada pela diretoria aos pais dizia: "Nós permitimos que
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo os estudantes registrados como muçulmanos tenham um dia de fal-
4A
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente. ta autorizada para celebrar a ocasião. A sexta-feira, 25 de setembro,
30
quando a Academia estará fechada para alunos, foi reservada para
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
70
isso. Nesse dia todos os alunos terão direito a uma falta autorizada".
35
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas Muitos pais ficaram insatisfeitos e alunos não foram à escola, apesar
53
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma... da posição da diretoria. No feriado da Festa do Sacrifício, os muçul-
03
b) Em “Sabe-se apenas que se comunicaram rapi- A palavra “ética” vem do grego ethos, tal como “moral” vem do
35
damente, pois não havia tempo.” (8º parágrafo do latim mores. Sintomaticamente, tanto ethos como mores significam
53
conto Tentação), a palavra “se” apresenta dois com- costumes. De acordo com essa significação original, as normas de
03
portamentos distintos. Explique a diferença de sen- conduta e a definição do que era certo e do que era errado eram
tido entre eles. impostas aos indivíduos pela comunidade, e os indivíduos as acei-
O
Desse modo, podemos dizer que, num tempo muito antigo, os seres
humanos já conheciam valores. E podemos dizer mais: esses valores,
AR
19
A
AN
L
A
UL
PA
na hora exata em que podia comprar barato e vender caro, a fim de com competência no discurso argumentativo, fundamental para a
NA
ser bem sucedido, por sua livre iniciativa pessoal). Os indivíduos mais racionalidade comunicativa que opera nas bases de um pensamento
4A
autônomos passaram a se defrontar com situações nas quais não refletido, tornando conscientes os seus esquemas de ação.
podiam se limitar a obedecer às normas pré-fixadas pela comunidade
30
TEXTO ADAPTADO DE LIMA, JOÃO FRANCISCO LOPES DE. A
e essas normas começaram a perder o vigor. Os indivíduos passaram
RECONSTRUÇÃO DA TAREFA EDUCATIVA: UMA ALTERNATIVA PARA A CRISE E A
70
a enfrentar o desafio de decidir por conta própria o que era certo e DESESPERANÇA. PORTO ALEGRE: EDITORA MEDIAÇÃO, 2003, P. 103.
35
o que era errado. Por mais autônomos que se tornem, entretanto, os
53
indivíduos não podem subsistir sozinhos, precisam da sociedade para a) Reescreva o trecho a seguir sem a palavra que. Faça
as modificações necessárias.
03
sobreviver ao nascer, para crescer, para assimilar uma linguagem.
A dimensão social nas pessoas é ineliminável.Por isso, ao tentarem
JO
justificar suas escolhas, ao tentarem esclarecer os fundamentos de “Essa é uma condição necessária para que os processos
de tomada de consciência superem a racionalidade ins-
AU
sua preferência, ao tentarem hierarquizar seus valores, os indivíduos
são levados a formular princípios que devem valer tanto para eles trumental e habilitem o sujeito frente às possibilidades
AR
como para os outros. Quer dizer: são levados a elaborar uma ética da competência comunicativa” (referência 1)
(uma pauta de conduta) que só pode ser proposta seriamente aos
S
PE
outros (à sociedade) se puder se basear naquilo que cada indivíduo b) Com relação à frase abaixo, faça o que é pedido a
tem de universal. Toda pessoa é um indivíduo singular, com desejos seguir.
LO
e interesses particulares, mas é também — potencialmente — um
“A escola deve assumir o compromisso com o desenvol-
A
representante da humanidade (Kant). Coexistem dentro de cada um
UL
de nós, segundo Kant, o representante da humanidade e o indivíduo vimento das estruturas mentais do sujeito para que ele
seja capaz de operar em níveis de abstração elevada.”
PA
sempre particular. Por isso, o ser humano é “social-insociável”.
NA
TEXTO MODIFICADO DE KONDER, LEANDRO. ÉTICA. IN: YUNES, i. Determine o valor semântico do verbo auxiliar dever
ELIANA & BINGEMER, M. CLARA LUCCHETTI. VIRTUDES. RIO DE na locução “deve assumir”.
4A
JANEIRO: ED. PUC-RIO; SÃO PAULO: LOYOLA, 2001. PP. 86-87.
ii. Indique um outro verbo auxiliar que mantenha o
30
2. (PUC-RJ) mesmo sentido da expressão sublinhada e que forme
70
xo, atendendo ao início proposto em cada item: TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
03
“Toda pessoa é um indivíduo singular, com desejos e in- Discurso do presidente do Uruguai, José Pepe Mujica,
JO
ii) Embora nas selvas, nos pampas, nas depressões da América Latina, pátria de
S
pensáveis da vida ética. eletrônica, que não faz outra coisa que não despertar desconfiança.
Consciência e responsabilidade são condições indis-
PA
A tarefa de desenvolver as capacidades intelectuais e morais do su- Nossa civilização montou um desafio mentiroso e, assim como va-
3
jeito universal, como condição de aprimoramento da personalidade mos, não é possível satisfazer esse sentido de esbanjamento que se
70
do indivíduo, juntamente com a inserção social e a reprodução dos deu à vida. Isso se massifica como uma cultura de nossa época, sem-
35
conteúdos culturais da tradição, formam o esteio da intencionalida- pre dirigida pela acumulação e pelo mercado.
53
os ciclos naturais.
AU
ca das formas de racionalidade subjacentes aos processos escolares. Civilização contra tempo livre que não é pago, que não se pode com-
LO
[...] A construção de uma razão que se descentra é condição neces- prar, e que nos permite contemplar e esquadrinhar o cenário da natu-
sária para que o sujeito reconheça outras razões e seja capaz de agir reza. Arrasamos a selva, as selvas verdadeiras, e implantamos selvas
U LA
PA
20
A
AN
L
A
UL
PA
anônimas de cimento. Enfrentamos o sedentarismo com esteiras, a Parece que as coisas tomam autonomia e essas coisas subjugam os
NA
insônia com comprimidos, a solidão com eletrônicos, porque somos homens. De um lado a outro, sobram ativos para vislumbrar tudo isso
4A
felizes longe da convivência humana. e para vislumbrar o rombo. Mas é impossível para nós coletivizar deci-
sões globais por esse todo. A cobiça individual triunfou grandemente
30
Ouvimos da biologia que defende a vida pela vida, como causa su-
sobre a cobiça superior da espécie. Aclaremos: o que é “tudo”, essa
70
perior, e a suplantamos com o consumismo funcional à acumulação.
palavra simples, menos opinável e mais evidente? Em nosso Ociden-
35
A política, eterna mãe do acontecer humano, ficou limitada à eco- te, particularmente, porque daqui viemos, embora tenhamos vindo
53
nomia e ao mercado. De salto em salto, a política não pode mais do sul, as repúblicas, que nasceram para afirmar que os homens são
03
que se perpetuar, e, como tal, delegou o poder, e se entretém, atur- iguais, que ninguém é mais que ninguém, que os governos deveriam
dida, lutando pelo governo. Debochada marcha de historieta huma- representar o bem comum, a justiça e a igualdade. Muitas vezes, as
JO
na, comprando e vendendo tudo, e inovando para poder negociar repúblicas se deformam e caem no esquecimento da gente que anda
AU
de alguma forma o que é inegociável. Há marketing para tudo, para pelas ruas, do povo comum.
os cemitérios, os serviços fúnebres, as maternidades, para pais, para
AR
Não foram as repúblicas criadas para vegetar, mas, ao contrário, para
mães, passando pelas secretárias, pelos automóveis e pelas férias.
serem um grito na história, para fazer funcionais as vidas dos próprios
Tudo, tudo é negócio.
S
povos e, portanto, as repúblicas que devem às maiorias e devem lutar
PE
Todavia, as campanhas de marketing caem deliberadamente sobre pela promoção das maiorias.
LO
as crianças, e sua psicologia para influir sobre os adultos e ter, assim,
Seja o que for, por reminiscências feudais que estão em nossa cultura,
um território assegurado no futuro. Sobram provas de que essas tec-
A
por classismo dominador, talvez pela cultura consumista que rodeia
UL
nologias são bastantes abomináveis e que, por vezes, conduzem a
a todos, as repúblicas frequentemente, em suas direções, adotam um
frustrações e mais.
PA
viver diário que exclui, que se distancia do homem da rua.
O homenzinho médio de nossas grandes cidades perambula entre os
NA
Ouçam bem, queridos amigos: em cada minuto no mundo se gastam
bancos e o tédio rotineiro dos escritórios, às vezes temperados com ar
US$ 2 milhões em ações militares nesta Terra. Dois milhões de dólares
4A
condicionado. Sempre sonha com as férias e com a liberdade, sempre
por minuto em inteligência militar!! Em investigação médica de todas
sonha com pagar as contas, até que, um dia, o coração para, e adeus. 30
as enfermidades que avançaram enormemente, cuja cura dá às pes-
Haverá outro soldado abocanhado pelas presas do mercado, assegu-
soas uns anos a mais de vida, a investigação cobre apenas a quinta
70
do sentimento de nação. Sentimento que está quase incrustado em Amigos, creio que é muito difícil inventar uma força pior que nacio-
03
nosso código genético. nalismo chauvinista das grandes potências. A força é que liberta os
fracos. O nacionalismo, tão pai dos processos de descolonização, for-
Hoje é tempo de começar a talhar para preparar um mundo sem
JO
nas mãos dos fortes e, nos últimos 200 anos, tivemos exemplos disso
seja o interesse privado, de muitos poucos, e cada Estado Nacional
por toda a parte.
AR
Continuarão as guerras e, portanto, os fanatismos, até que, talvez, a superar, passo a passo, as ameaças à vida. A espécie como tal deveria
PA
mesma natureza faça um chamado à ordem e torne inviáveis nossas ter um governo para a humanidade que superasse o individualismo
civilizações. Talvez nossa visão seja demasiado crua, sem piedade, e
NA
da terra capaz de ir contra sua própria espécie. Volto a repetir, por- nos afogam.
04
A cobiça, tão negativa e tão motor da história, essa que impulsionou nossa civilização.
O
vida significa uma mudança cultural brutal. É o que nos requer a his-
Porque se há uma característica deste bichinho humano é a de que é
LA
21
A
AN
L
A
UL
PA
vida e impulsioná-la, cuidá-la, procriá-la e entender que a espécie é Texto 2
NA
nosso “nós”.
Espalham-se, por fim, as sombras da noite.
4A
TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO DO DISCURSO FEITAS POR KIKO NOGUEIRA
DISPONÍVEL EM: <HTTP://WWW.DIARIODOCENTRODOMUNDO. O sertanejo que de nada cuidou, que não ouviu as harmonias da
30
COM.BR/>. ACESSO EM: 26 SET. 2013. (ADAPTADO). tarde, nem reparou nos esplendores do céu, que não viu a tristeza a
70
pairar sobre a terra, que de nada se arreceia, consubstanciado como
35
4. (UFG) Considerando o trecho “Porque se há uma está com a solidão, para, relanceia os olhos ao derredor de si e, se no
53
característica deste bichinho humano é a de que é um lagar pressente alguma aguada, por má que seja, apeia-se, desen-
conquistador antropológico”,
03
cilha o cavalo e reunindo logo uns gravetos bem secos, tira fogo do
isqueiro, mais por distração do que por necessidade.
a) explique a função de “porque” para o desenvolvi-
JO
mento da temática explorada por Mujica. Sente-se deveras feliz. Nada lhe perturba a paz do espírito ou o
AU
bem-estar do corpo. Nem sequer monologa, como qualquer homem
b) Além de bichinho, Mujica usa outra palavra no dimi-
AR
acostumado a conversar.
nutivo. Transcreva-a do texto e explique o sentido que
S
essa palavra confere aos argumentos do presidente. 1
Raros são os seus pensamentos: ou rememora as léguas que an-
PE
dou, ou computa as que tem que vencer para chegar ao término
5. (PUC-RJ) Texto 1
LO
da viagem.
Apesar de consideradas pela crítica, durante muito tempo, uma ma- No dia seguinte, quando aos clarões da aurora acorda toda aquela
A
UL
nifestação menor da literatura, as narrativas de viagem viveram mo- esplêndida natureza, recomeça ele a caminhar, como na véspera,
mentos de glória no passado. Inúmeros escritores se dedicaram ao como sempre.
PA
gênero, e eram muitos os leitores aficionados pelos relatos de aven-
Nada lhe parece mudado no firmamento: as nuvens de si para si
NA
turas. Na forma de diários, memórias ou simplesmente impressões de
são as mesmas. 2Dá-lhe o Sol, quando muito, os pontos cardeais, e
viagens, os textos surgiam aos borbotões, nos séculos XVIII e XIX, ora
4A
a terra só lhe prende a atenção, quando algum sinal mais particular
inspirados pelo Velho, ora pelo Novo Mundo, expressando sempre o
pode servir-lhe de marco miliário na estrada que vai trilhando.
30
olhar fascinado, a curiosidade e o desejo do viajante de deixar regis-
70
trada a sua experiência, que ele julgava ímpar. TAUNAY, VISCONDE DE. INOCÊNCIA. DISPONÍVEL EM:
<HTTP://WWW.DOMINIOPUBLICO.GOV.BR/DOWNLOAD/TEXTO/
35
Na Europa, os destinos mais buscados eram a Alemanha, a Itália e a BN000002.PDF>. ACESSO EM: 20 SET. 2012.
53
de ruínas históricas. 1E não importava se a viagem durasse semanas, a) Com base na frase abaixo, extraída do texto 1, deter-
meses ou anos; interessava relatá-la e assim se inscrever na tradição mine a diferença que se estabelece entre os dois em-
JO
do gênero. Dentre os mais ilustres viajantes, Goethe, Mme. de Stäel, pregos da palavra se.
AU
Octavio Ianni, em A metáfora da viagem, afirma que a história dos guas que andou, ou computa as que tem que vencer
povos “está atravessada pela viagem”, não importa se real (se ocor- para chegar ao término da viagem.” (Texto 2 – ref. 1)
NA
toda sociedade trabalha a viagem, “seja como modo de descobrir o c) Com relação à passagem “Dá-lhe o Sol, quando mui-
3
‘outro’, seja como modo de descobrir o ‘eu’”. A viagem destina-se, to, os pontos cardeais, e a terra só lhe prende a aten-
70
portanto, a ultrapassar fronteiras, a demarcar as diferenças e as se- ção” (Texto 2 – ref. 2), explique por que o verbo dar
35
ousaram deixar a segurança de seus lares, suas famílias e enfrentar o RUBEM ALVES
AR
2008. APRESENTAÇÃO. DISPONÍVEL EM: <HTTP://WWW.SCIELO.BR/ As memórias sem vida própria são inertes. Não têm vontade. 1Sua
SCIELO.PHP?PID=S0104-026X2008000300018&SCRIPT=SCI_
existência é semelhante à das ferramentas guardadas numa caixa.
LA
22
A
AN
L
A
UL
PA
Não se mexem. Ficam imóveis nos seus lugares, à espera. À espera TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
NA
de quê? 2À espera de que as chamemos. 3Ao chegar a um hotel, a
4A
recepcionista nos entrega uma ficha para ser preenchida. 4Lá estão Coisas antigas
os espaços em branco onde deverei escrever meu nome, endere-
30
(...)
ço, número da carteira de identidade, do CPF, número do telefone,
70
e-mail. Abro a minha caixa de memórias sem vida própria e encontro Depois de cumprir meus afazeres, voltei para casa, pendurei o guar-
35
as informações pedidas. Se desejo ir do meu apartamento à casa de da-chuva a um canto e me pus a contemplá-lo. Senti então uma certa
53
um amigo, eu pergunto: que ruas tomar para chegar lá? Abro a caixa simpatia por ele; meu velho rancor contra os guarda-chuvas cedeu
03
de ferramentas e lá encontro um mapa do itinerário que devo seguir. lugar a um estranho carinho, e eu mesmo fiquei curioso de saber qual
É da caixa das memórias sem vida própria que se valem os alunos a origem desse carinho.
JO
para responder às questões propostas pelo professor numa prova.
Pensando bem, ele talvez derive do fato, creio que já notado por ou-
AU
Se a memória não estiver lá, ele receberá uma nota má...
tras pessoas, de ser o guarda-chuva o objeto do mundo moderno
AR
São essas as memórias que os neurologistas testam para ver se uma mais 1infenso a mudanças. Sou apenas um quarentão, e praticamente
pessoa está sofrendo do 5mal de Alzheimer. O médico, como quem nenhum objeto de minha infância existe mais em sua forma primitiva.
S
não quer nada, vai discretamente fazendo perguntas sobre a cidade De máquinas como telefone, automóvel, etc., nem é bom falar. Mil
PE
onde nasceu, o nome dos pais, onde moram os filhos. Se a pessoa pequenos objetos de uso mudaram de forma, de cor, de material; em
LO
não souber responder é porque sua caixa de memórias está vazia. alguns casos, é verdade, para melhor; mas mudaram.
Essas memórias são muito importantes. Sem elas não poderíamos
A
O guarda-chuva tem resistido. Suas irmãs, as sombrinhas, já se entre-
UL
nos virar na vida. Estaríamos sempre perdidos.
garam aos piores 2desregramentos futuristas e tanto abusaram que
PA
6
As memórias com vida própria, ao contrário, não ficam quietas den- até caíram de moda. Ele permaneceu 3austero, negro, com seu cabo
tro de uma caixa. 7São como pássaros em voo. Vão para onde que- e suas invariáveis varetas. De junco fino ou 4pinho vulgar, de algodão
NA
rem. E podemos chamá-las que elas não vêm. Só vêm quando que- ou de seda animal, pobre ou rico, ele se tem mantido digno.
4A
rem. Moram em nós, mas não nos pertencem. O seu aparecimento
Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o homem já
é sempre uma surpresa. É que nem suspeitávamos que estivessem
30
inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo e algo de fúnebre,
vivas! A gente vai calmamente andando pela rua e, de repente, um
essa pequena barraca ambulante.
70
se expressar. Disse-me que gostava das coisas que escrevo. Escre- se perder, de sumir, de mudar de dono. Ele na verdade só é fiel a seus
amigos cem por cento, que com ele saem todo dia, faça chuva ou sol,
AU
veu-me para dizer que uma palavra, uma única palavra que eu havia
escrito a apunhalara. Numa crônica que eu escrevera para minhas apesar dos 5motejos alheios; a estes, respeita. O freguês vulgar e oca-
AR
netas, contando como era a vida na roça, disse que não havia eletri- sional, este o irrita, e ele se aproveita da primeira distração para sumir.
cidade. Portanto não havia geladeiras. As comidas eram guardadas
S
Nada disso, entretanto, lhe tira o ar honrado. Ali está ele, meio aberto,
PE
que essa palavra existia. Aí, quando ela a leu, um passado longínquo
UL
retornou. Ela se viu menina na cozinha de sua casa no Cairo. Lá Entrou calmamente pela era atômica, e olha com ironia a arquitetura
PA
havia um guarda-comida... e os móveis chamados funcionais: ele já era funcional muito antes
de se usar esse adjetivo; e tanto que a fantasia, a inquietação e a
NA
(...)
ânsia de variedade do homem não conseguiram modificá-lo em coisa
(HTTP://TIATIZ.WORDPRESS.COM/2009/11/06/SOBRE-AS-
A
alguma.
MEMORIAS-RUBEM-ALVES/ACESSO EM 04/01/2013.)
04
(...)
3
Vocabulário:
70
Vocabulário
oração das funções cerebrais, como perda de memória, da
53
1
Infenso: contrário, oposto
linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si próprio. 3
Austero: rígido, severo
03
4
Pinho: madeira do pinheiro
6. (CP2) Observe: “Ao chegar a um hotel, a recep-
O
5
Motejo: zombaria
cionista nos entrega uma ficha para ser preenchida.”
J
AU
(ref. 3)
7. (CP2) No terceiro parágrafo do texto (ref. 2), existe
AR
Qual é o valor semântico da oração adverbial em des- uma relação de causa e consequência entre duas ora-
ções.
S
taque?
PE
23
A
AN
L
A
UL
PA
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 9. (UFMG) Leia estes trechos, atentando para os conec-
NA
tivos neles destacados:
Trem de aço
4A
1 TRECHO 1
Viajar de trem me dá saudade de coisas que não vivi. É também
30
diante de um trem, estando eu dentro ou fora dele, que revejo cenas Ouvimos o ferrolho da porta que dava para o corredor interno; era
70
que não presenciei e histórias que incluem pessoas que nem sempre a mãe que abria Eu, uma vez que digo tudo, digo aqui que não tive
35
conheci. 2Gente esperando na plataforma, dando adeus aos amigos, tempo de soltar as mãos da minha amiga...
53
beijando a namorada, enxugando uma lágrima, mas fingindo sorrir.
MACHADO DE ASSIS, J. M. DOM CASMURRO.
03
São como muitas imagens que povoam os nossos sonhos e que, 3ao
SÃO PAULO: GLOBO. 1997. P. 67.
nos lembrarmos delas, ficamos em dúvida sobre sua vivência real ou
JO
sonhada. Se estou dentro de um deles, imediatamente me acomodo TRECHO 2
AU
junto à janela, para ver o desfile das pequenas cidades, as crianças
acenando, as mulheres suspendendo por um instante o que estão Fomos jantar com a minha velha. Já lhe podia chamar assim, posto
AR
fazendo 4e assim, com os olhos cheios de sonhos, se postarem nas que os seus cabelos brancos não o fossem todos nem totalmente; e
o rosto estivesse comparativamente fresco...
S
janelas e nos quintais, suspirando por uma vida bonita como uma
PE
viagem de trem. MACHADO DE ASSIS. J. M. DOM CASMURRO,
SÃO PAULO: GLOBO, 1997. P.165.
LO
[...]
Uma viagem, qualquer uma, curta ou longa, seja por um meio, seja
A
a) Reescreva cada um desses trechos, substituindo o co-
UL
por outro, sempre nos deixa imagens de vida que ficam para sempre.
nectivo destacado por outro de igual valor e fazendo as
Mas as que fazemos de trem perduram muito além das outras. Num
PA
adaptações necessárias.
avião, por exemplo, não temos paisagem. É como se viajássemos
b) Explicite o tipo de relação que cada um desses conec-
NA
dentro de um tubo de ensaio. Num navio existe sempre a monótona
solidão do oceano que parece não ter fim. 5O trem, ao contrário, tivos estabelece entre as orações, nos trechos em que
4A
nos enriquece os olhos e a imaginação, com as múltiplas imagens estão empregados.
30
desfilando diante de nós, como no cinema.
10. (CP2)
70
que fazia o trajeto entre São Paulo e Rio, ainda que o nome oficial
53
fosse Santa Cruz. Quantos enredos foram vividos ali, 6nas viagens
quase semanais que eu fazia para participar do Grande Teatro.
03
cochilo que fosse e que nos devolvesse uma aparência melhor para
enfrentar o dia que estava começando. Muitos de nós viajávamos de
A
UL
trem por economia. Outros, por medo de voar, como o próprio Cyro
Monteiro, que chamava o trem de “avião dos covardes”. [...]
PA
8. (CP2) No primeiro parágrafo da crônica Trem de aço, Reescreva a oração “que gera gentileza”, do texto,
A
ponder ao item a?
J
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4A
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35
DE TEXTOS
INTERPRETAÇÃO
70
30
4A
NA
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A
UL
PA
NA
SEMÂNTICA – ELEMENTOS DE ANÁLISE I
4A
30
70
35
Já que se fala a todo o momento de semântica no curso de Bonito ≠ feio
53
Gramática, nada melhor do que apresentá-la logo no início Alto ≠ baixo
03
do material de Interpretação (já que ela é parte essencial dos
JO
processos interpretativos). A semântica é o campo de estudos Paronímia
linguísticos que cuida dos significados das palavras e dos tex-
AU
tos. Ela está presente em praticamente todos os outros cam- Temos parônimos quando as palavras são muito parecidas,
AR
pos gramaticais (com exceção dos estudos básicos de fonéti- mas seus sentidos são diferentes.
S
ca e fonologia, ligados à ortografia e à acentuação). Pode ter Exemplos: comprimento (largura)
PE
certeza de que, onde há acepções de sentido, há semântica. e cumprimento (saudação)
LO
Além de sua presença em várias áreas da Gramática, a discriminar (separar) e descriminar
A
semântica possui seus próprios elementos de análise, que (absolver)
UL
conheceremos a seguir.
PA
Hiperonímia e hiponímia
NA
Sinonímia São fenômenos que operam relações de abrangência entre
4A
Ocorre sinonímia quando temos palavras com significados palavras (palavras que englobam outras ou que são englo-
30
idênticos ou muito semelhantes a outras. badas). As palavras que englobam são conhecidas como
70
A sinonímia tem forte relação com a paráfrase (possibilidade é uma palavra mais abrangente, que dá conta de ba-
de se reconstruir uma frase ou texto com outras palavras simi-
JO
– escrita igual)
53
Ocorre homonímia quando temos palavras de grafia igual Exemplo: rio (substantivo) e (eu) rio (verbo)
03
Exemplo: acento (marca gráfica de tonalidade) e as- gramatical, mas que possuem significados múltiplos.
Exemplos: natureza (meio ambiente) e natureza (es-
S
sência de algo)
2. Homônimo homógrafo heterófono (escrita igual –
LO
26
A
AN
L
A
UL
PA
(prosa, poesia, crônica, entre outros) e as canções. Mas
Denotação e conotação
NA
também podemos encontrar esse sentido em outros tipos
4A
É dentro do campo da semântica que verificamos também de gênero, dependendo das intenções do autor. Costu-
os processos de denotação e conotação, fenômenos lin-
30
mam ser textos de natureza mais complexa, que exigem
guísticos que nos permitem entender a amplitude de sig-
70
um trabalho de leitura mais profundo, para que se possa
35
nificação existente em nossa língua, ou, em termos mais apreender o que o autor quis expressar nas entrelinhas da
53
claros, é o estudo da denotação e da conotação que nos mensagem. Trabalha-se aqui com conhecimentos amplos
03
permite perceber o quanto os significados podem variar de vocabulário.
por conta do interesse dos interlocutores. Vejamos alguns
JO
exemplos:
AMBIGUIDADE
AU
Filho, você tem que comer todo seu jantar, ou não terá
AR
Tratar do tema da ambiguidade é tratar de um problema
sobremesa. que interfere diretamente nas possibilidades de interpreta-
S
PE
O piloto fez o adversário comer poeira. ção de textos. Isso porque a ambiguidade é o fenômeno
LO
que faz com que uma palavra ou frase possua mais de um
É possível perceber nas frases apresentadas que o verbo
direcionamento de sentido, provocando ruídos na interpre-
A
‘comer’ foi usado com dois sentidos diferentes. Na primeira,
UL
tação. No português nós possuímos dois tipos de ambigui-
temos comer sendo usado na sua acepção mais comum,
PA
dade: a lexical e a sintática.
que é alimentar-se. Já no segundo caso, temos o verbo co-
NA
mer sendo usado para “figurar” a ideia de alguém comen-
do poeira, mas não porque isso esteja ocorrendo de ver-
Ambiguidade lexical
dade, e sim porque se tenta passar a ideia de que o piloto 4A
Temos ambiguidade lexical quando em alguma composi-
30
passou tão rápido pelo adversário que levantou poeira, e ção linguística existe uma palavra que aponta para mais
70
quem está atrás a teria “comido”. de um sentido diferente. É um tipo de ambiguidade que
35
tativo. Já no segundo exemplo, o verbo comer foi usado em "O homem sério que contava dinheiro parou,
AU
sentido figurado, tentando figurar/representar uma situação O faroleiro que contava vantagem parou,
AR
Sentido denotativo
Nessa canção percebemos que o compositor brinca com as
A
Como vimos anteriormente, entende-se por sentido denota- acepções de sentido existentes na palavra “contar”, cujo
UL
tivo o sentido primeiro de uma palavra. Seu sentido básico, significado pode ser o ato de enumerar (contar dinheiro e
PA
de dicionário. Entender bem o funcionamento do sentido contar estrelas) e também de “narrar” (contar vantagem).
NA
denotativo nos ajudará, mais adiante, a entender como são Nesse caso, há duplo entendimento de um mesmo termo
operados alguns processos de interpretação em gêneros
A
textuais do português, como os textos científicos e também De qualquer modo, não é dos fenômenos mais complexos
3
os jornalísticos, que são textos cujo objetivo é transmitir in- que temos no português. Havendo domínio razoável do lé-
70
formações exatas e precisas ao leitor. Um texto denotativo xico, é possível identificar ambiguidades de cunho lexical,
35
evita palavras às quais se possam atribuir sentidos variados. que podem ser desfeitas com uma simples substituição da
53
Ambiguidade
J
Sentido conotativo
AU
ra os múltiplos significados que uma palavra pode ter. Temos ambiguidade sintática quando uma construção frasal
S
Em um texto conotativo, não importa muito o senti- apresenta dois caminhos interpretativos diferentes. Ocorre
PE
do primeiro da palavra, e sim a sua capacidade de “su- mesmo quando a frase apresenta as corretas colocações de
LO
gerir” interpretações variadas. Os gêneros que habi seus elementos constitutivos (sujeito, verbo, complementos
LA
tualmente trabalham com conotações são os literários e adjuntos). Trata-se de um fenômeno que, em alguns casos,
U
PA
27
A
AN
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A
UL
PA
é de complexa identificação, exigindo bom conhecimento Inferir: é o ato de deduzir fatos ou raciocínios partindo
NA
semântico e algumas estratégias interpretativas. Pode ser de indícios previamente apresentados.
4A
desfeita por meio da reorganização das estruturas sintáticas.
Comparar: é o ato de estabelecer relações entre dois
30
Exemplos: textos, buscando aproximá-los ou distanciá-los. As re-
70
O pai falou com o filho caído no chão. (Não conseguimos saber lações comparativas podem ocorrer a partir de intertex-
35
quem está caído no chão. Pode ser o pai ou pode ser o filho) tualidades, bem como a partir de recursos linguísticos,
53
tal qual as figuras de linguagem, a exemplo dos textos
03
Eu li a notícia sobre a greve na faculdade. (Não se sabe se
a greve é na faculdade ou fora dela) literários, sobretudo.
JO
O Papa abençoou os fiéis da janela. (Não é possível de- Explicar: é o ato de fazer com que algo fique claro
AU
terminar a posição do Papa; ele pode estar na janela e compreensível; descomplicar uma ambiguidade.
AR
mandando bênçãos para os fiéis, ou pode estar na rua Associar: é o ato de aproximar coisas, uni-las, juntá-las,
mandando bênçãos para aqueles que estão na janela)
S
reunir, ou mesmo determinar combinações entre elas.
PE
Substituir: é o ato de usar uma coisa no lugar de ou-
SEMÂNTICA - OS COMANDOS
LO
tra, ou mesmo trocar/colocar algo ou alguém no lugar
A
de outra coisa ou pessoa.
UL
DE INTERPRETAÇÃO
PA
Identificar: é o ato de distinguir ou ter a capacidade de
Na aula introdutória de nosso curso de interpretação de reconhecer (alguém, alguma coisa ou um argumento), sen-
NA
textos, vimos que grande parte dos vestibulares, hoje em do capaz de expressar ou evidenciar suas particularidades.
4A
dia, trabalha suas questões de compreensão textual a par-
tir de determinados comandos, ativados especialmente por Explicitar: é o ato de retirar a ambiguidade, retirar o duplo
30
comandos verbais. Desse modo, conhecer bem o que cada sentido, de fazer com que algo se torne explícito e claro.
70
de certos caracteres.
dados que nos traz uma questão. Vamos, primeiramente,
JO
relembrar os comandos verbais vistos na aula 1 do curso: Contextualizar: é o ato de mostrar as circunstâncias
que estão ao redor de um fato, acontecimento, situa-
AU
uma apreciação ou julgamento de algo, alguém ou de si Nem sempre o comando verbal estará explícito
53
Relacionar/dialogar: é necessário conectar informa- Para que haja uma maior eficácia em sua prática de
J O
ções de matrizes distintas dentro de um texto, ou mes- interpretação de textos, é necessário que saibamos
AU
mo verificar como as informações de um texto “conver- que os já comentados comandos verbais de inter-
AR
sam” com informações contidas em alternativas. pretação (aulas 1 e 12) nem sempre estarão explici-
S
Citar: é o ato de reportar-se a um texto ou às palavras tados nos textos. Ainda assim, pela própria disposi-
PE
de alguém com o intuito de fundamentar aquilo que ção do enunciado, é possível identificarmos de que
LO
respeito de algo.
U
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UL
PA
Recursos morfológicos e sintáticos como su- comportam relações de sentido (possuem semântica)
NA
porte interpretativo por conta disso, eles são usados como ponto chave
4A
para exercícios de interpretação.
Também, conforme já havíamos informado na aula de
30
abertura do curso, um bom conhecimento de recursos Substantivos que contêm ideias verbais
70
gramaticais, especialmente morfológicos e sintáticos,
Algo que é necessário estar atento é o fato de que o
35
contribui bastante para que realizemos de forma mais
comando verbal de interpretação pode estar, no enun-
53
precisa nossas interpretações de texto. Não podemos
03
ciado, constituído como se fosse um substantivo.
nos esquecer de que os elementos morfossintáticos
JO
AU
AR
TEXTOS EM VERSO, EM PROSA E CRÔNICAS
S
PE
LO
TEXTOS EM VERSO ban-ban!
A
UL
Vêm logo operários, meninas, cafuzas,
mulatos, portugas, vem tudo pra ali.
PA
Muitos vestibulares, atualmente, fazem uso dos gêneros lite-
rários para construir questões de interpretação de textos. Ou Vem tudo, parecem formigas de asas
NA
seja, as questões não abordam necessariamente um conhe- Rodando, rodando em torno da luz.
4A
cimento profundo sobre a obra (seu enredo), mas exigem do Nos bancos da Praça conversas acesas,
30
candidato um trabalho mais acurado com as questões es- apertos, beijocas, talvezes.
70
gum poema ou trecho de livro. Nessa primeira aula, daremos (As barbas tão alvas
53
ênfase às características dos textos em verso (os poemas). tão alvas nem sei!)
03
E os pares passeiam,
parece que dançam,
O poema
JO
vo, que se constrói não apenas com ideias ou sentimentos, (JORGE DE LIMA. POEMAS NEGROS. COSAC NAIFY,
PÁGINA 41, 2014).
mas que articula combinações de palavras que, na maioria
S
PE
dos casos, constituem sentidos variados. Essas combina- Verso: entende-se por verso uma sucessão ou sequência
ções de palavras costumam ser distribuídas em um “cor- de sílabas que mantém determinada unidade rítmica e
LO
po” bastante complexo, dotado de vários elementos que melódica em um poema, correspondendo, habitualmen-
A
conheceremos mais adiante, como o verso, a estrofe (ele- te, a uma linha do poema. No poema apresentado, cada
UL
mentos estruturais), a rima, o ritmo (elementos sonoros), linha do poema corresponde a 1(um) verso, então temos
PA
entre outros. O jogo de palavras realizado nos poemas (de um total de 21 versos.
NA
dades de interpretação. Vejamos os elementos do poema: versos realizado pelo autor do poema. Os agrupamentos
04
a) O verso e a estrofe
podem variar bastante, de acordo com a forma do poe-
3
Jorge Lima: de Jorge de Lima que foi apresentado, opta-se por uma
53
meneia a cabeça, acorda com a vista guida, temos um agrupamento com 2 versos (chamado
AU
os bombos, as caixas, os baixos e as trompas. dístico), seguido de outro de 3 (mais um terceto). O po-
AR
(No centro da Praça o busto de D. Pedro escuta.) ema é finalizado com um grupo de 4 versos (quarteto).
S
Batuta à direita: de novo os trombones São conhecidos como formas fixas aqueles poemas
e as trompas soluçam. E os bombos e as caixas:
LA
29
A
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A
UL
PA
construção. Existem vários tipos de forma fixa, como o A contagem deve ser encerrada na última sílaba tônica
NA
vilancete (um terceto mais dois outros tipos de estrofe da última palavra do verso.
4A
à escolha do poeta), o haicai (poema de origem japo-
Vejamos um exemplo com os dois primeiros versos da segunda
30
nesa que se constrói com três versos e um número pré-
estrofe do poema de Carlos Drummond que foi apresentado:
70
-determinado de sílabas) ou as redondilhas (formas
35
fixas de 5 ou 7 versos). A mais tradicional dessas formas Que/ ro/ que/ meu/ so/ ne/ to,/ no/ fu/ tu/ ro,
53
é o soneto. Ele possui uma forma estruturada a par- 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
03
tir do agrupamento de duas estrofes de 4 versos (dois
quartetos) e outras duas de 3 versos (dois tercetos), to- não/ des/ per/ te em/nin/ guém/ ne,/ nhum/ pra/zer
JO
talizando 14 versos. Em sua composição, costuma ser 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
AU
desenvolvida uma ideia ou discussão que perpassa os
AR
13 primeiros versos e encontra sua resolução/fecho no Pode-se notar que o primeiro verso que escolhemos é um
último verso. Vejamos um exemplo de soneto: decassílabo perfeito. A contagem, como dito, deve ser en-
S
cerrada na última sílaba tônica da última palavra do ver-
PE
Oficina Irritada so (a palavra “futuro” é paroxítona; sua tônica é a sílaba
LO
Eu quero compor um soneto duro “-tu”). Já no segundo verso encontramos outra regra que
A
como poeta algum ousara escrever. deve ser obedecida (sublinhada no verso): a junção da vo-
UL
Eu quero pintar um soneto escuro, gal final de uma palavra com a vogal inicial de outra (des-
PA
seco, abafado, difícil de ler. -per-te em). Também é um verso decassílabo. De acordo
NA
com a variabilidade de sílabas poéticas, as estrofes terão
Quero que meu soneto, no futuro,
4A
nomes diferentes:
não dxxesperte em ninguém nenhum prazer. 30
E que, no seu maligno ar imaturo, 5 sílabas poéticas: pentassílabo ou redondilha menor
70
ao mesmo tempo saiba ser, não ser. 7 sílabas poéticas: heptassílabo ou redondilha maior
35
cão mijando no caos, enquanto Arcturo, O processo de contagem e separação de sílabas poéticas
AR
Métrica Que/ ro/ que/ meu/ so/ ne/ to,/ no/ fu/ tu/ ro,
53
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
03
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
AU
Contam-se as sílabas de maneira habitual, mas devem A rima é um recurso sonoro que também atribui musicali-
LO
ser contadas como uma única sílaba a vogal final + a dade ao poema. Constrói-se a partir da semelhança sonora
LA
30
A
AN
L
A
UL
PA
Eu quero compor um soneto duro deu origem a grandes clássicos, como A metamorfose,
NA
como poeta algum ousara escrever. de Kafka; Morte em Veneza, de Thomas Mann; e A morte
4A
Eu quero pintar um soneto escuro, de Ivan Ilitch, de Tolstói.
30
seco, abafado, difícil de ler. Conto: entende-se por conto uma composição textual
70
Quero que meu soneto, no futuro, em prosa mais curta que a novela ou o romance. Por
35
não desperte em ninguém nenhum prazer. possuir um espaço de desenvolvimento menor, o conto
53
E que, no seu maligno ar imaturo, costuma apresentar uma estrutura bastante fechada,
03
ao mesmo tempo saiba ser, não ser. em que o enredo se desenvolve com maior velocidade,
JO
sem desdobramento de conflitos secundários (como
Destacamos o sistema de rimas do poema de Drummond.
AU
habitualmente acontece com o romance). Caracteriza-
Fica evidente que é um esquema de rimas em que os ver- -se por deixar várias questões a cargo da interpretação
AR
sos se alternam “-uro” e “-er”. Essa sequência de versos do leitor, e também por possuir um clímax mais pró-
S
alternados também garante musicalidade ao poema. ximo de seu fim. Trata-se de um gênero muito traba-
PE
lhado por prosadores brasileiros, pois seus processos
LO
TEXTOS EM PROSA de ficcionalidade costumam alcançar tanto elementos
A
mais “materiais”, quanto elementos mais fantasiosos
UL
Denominamos prosa um texto construído prioritariamente (os contos fantásticos, por exemplo). Há autores que
PA
com parágrafos (se escrito em versos, teremos um texto desenvolveram a totalidade de suas obras em contos,
poético), que apresenta maior extensão que um poema,
NA
como é o caso do escritor Murilo Rubião. Outros gran-
por exemplo. des contistas brasileiros são Machado de Assis, Mário
Romance: entende-se por romance uma composição 4A
de Andrade, Clarice Lispector e Guimarães Rosa.
30
textual longa, em prosa, que desenvolve algum tipo de Drama: entende-se por drama uma composição tex-
70
uma espécie de enfraquecimento dos vários elementos ato, 2º ato etc.), e apresenta dimensões variadas, que
AU
que foram sendo “amarrados” na história. No romance levam em conta o tempo de apresentação da obra ao
AR
não costuma haver clímax ao final da narrativa. Na pro- público. Muito se discute a respeito das diferenças que
sa brasileira são conhecidas como romances obras como podem existir entre o texto dramático escrito e aquilo
S
PE
Memórias póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro, Vi- que é representado em um palco. A ideia geral seria
das secas, Capitães da areia, Iracema, Til. Ou seja, textos que se seguisse o mais fielmente possível o texto que
LO
narrativos de maior extensão, com enredo variado, que foi produzido pelo autor, no entanto, os diretores de pe-
A
apresentam algum tipo de “amarração” em sua estrutura. ças têm a liberdade de realizar modificações variadas
UL
em torno de um único personagem (o romance costuma sentados costuma ser conduzido por um narrador, que é
AU
apresentar maior número de tramas e linhas narrativas). a figura que transmite as mensagens e conta a história.
AR
Não é um gênero muito praticado entre os prosadores Existem dois tipos-padrão de condução narrativa: a narra-
S
brasileiros, embora tenhamos, mais contemporaneamen- tiva em primeira pessoa, que é um modo em que a história
PE
te, grandes obras nesse estilo, como A hora da estrela, de é narrada por personagens que falam sobre e para si mes-
LO
Clarice Lispector; Um copo de cólera, de Raduan Nassar; mos. Já a narrativa em terceira pessoa apresenta alguém
ou O invasor, de Marçal Aquino. Na Europa, esse gênero
LA
31
A
AN
L
A
UL
PA
dentro”. Esses dois modelos apresentam algumas subdivi- personagens, seleciona aqueles aos quais dará maior
NA
sões que conheceremos a seguir. ênfase nas revelações. Desse modo, é um narrador que
4A
tenta influenciar o leitor a tomar algum posicionamen-
30
Narrador em primeira pessoa to em relação a algum personagem.
70
Narrador-personagem: é aquele que, não apenas Narrador observador: é aquele que presencia a his-
35
conta a história em primeira pessoa, mas também faz tória que está narrando. Não deve ser confundido com
53
parte da narrativa (por isso, narrador e também per- a modalidade “onisciente”, pois o narrador observador
03
sonagem). Suas principais características estão na evi- não tem a visão de tudo. Ele conhece apenas um ângu-
JO
denciação de fortes marcas subjetivas e emocionais do lo da história que narra. Funciona como uma testemu-
nha dos fatos, mas não faz parte de nenhum deles. Não
AU
narrador no decorrer da obra. O texto é constantemen-
apresenta nenhum tipo de conhecimento em relação à
AR
te pautado pela emissão de opiniões a respeito dos
fatos que ocorrem na história. A narrativa conduzida intimidade de qualquer personagem.
S
por esse tipo de narrador costuma ser entendida como
PE
uma narrativa parcial, pois os eventos são contados a CRÔNICAS
LO
partir do ponto de vista de quem os narra (não temos
A
outros pontos de vista). Por esse motivo, tem-se uma A crônica é um gênero que transita entre a literatura e o jorna-
UL
visão limitada dos fatos, o que pode contribuir para o lismo. É conduzido a partir da observação subjetiva de fatos
PA
efeito de suspense sobre os fatos da obra, pois o leitor cotidianos que são relatados ao leitor. Há, por parte do cronis-
ta, um desejo de oferecer não apenas um relato de um acon-
NA
faz descobertas junto com a personagem.
tecimento, mas uma reflexão/interpretação sobre o ocorrido.
4A
Narrador-protagonista: é aquele que é não apenas Nesse sentido, a crônica acaba por revelar ao leitor elementos
30
o narrador, mas também a personagem principal da his- que estão por trás das aparências ou que não são percebidos
70
tória. É uma narrativa marcada por forte subjetividade, pelo senso comum. Trata-se de um gênero marcadamente
35
pois todos os eventos giram em torno desse personagem opinativo, em que a subjetividade do escritor vem à tona.
53
gem. Isso tudo dificulta a visão geral da história. As crônicas circulam habitualmente em sessões específicas
AU
é menor, tendo em vista que não é a personagem prin- Posteriormente, muitas crônicas publicadas por grandes
UL
cipal da trama. autores podem vir a ser reunidas em livros. Foi o que acon-
PA
sa amplitude de conhecimento, esse tipo de narrador é As crônicas são procuradas por um público variado, especial-
53
capaz de fazer descrições sobre coisas que acontecem mente as jornalísticas. A menos que sejam crônicas produzi-
03
fatos e descreve detalhes das personagens, mas sem in- Estrutura da crônica
AU
são da narrativa.
LO
32
A
AN
L
A
UL
PA
Evocação de experiências pessoais ou de pessoas mui-
REGRAS PARA PASSAGEM
NA
to próximas para circunstanciar sua opinião.
4A
Há uma conclusão que, em certa medida, retoma os ele- DO DISCURSO DIRETO PARA
30
mentos centrais discutidos na crônica.
DISCURSO INDIRETO
70
De maneira geral, a crônica costuma ser organizada por
35
meio de um movimento reflexivo, que parte de uma ex-
53
periência particular, e que tem como objetivo alcançar Mudança das pessoas
03
significado mais amplo, que atinja um número maior de do discurso
JO
pessoas e as faça refletir. Os pronomes eu, me, mim, comigo no discurso direto
AU
passa para ele, ela, se, si, consigo, o, a, lhe no dis-
AR
Linguagem da crônica curso indireto.
S
A linguagem da crônica é marcada por certo grau de in- Os pronomes meu, meus, minha, minhas, nosso, nos-
PE
formalidade, embora suas bases se construam dentro da sos, nossa, nossas no discurso direto passam para seu,
LO
gramática normativa. Esse choque linguístico se dá justa- seus, sua e suas no discurso indireto.
mente por conta de ser um tipo de publicação veiculada
A
UL
em um jornal/revista (meio de comunicação em que, ha- Os pronomes nós, nos, conosco no discurso direto pas-
PA
bitualmente, se usa a norma-padrão), mas que é dotada sam para eles, elas, os, as, lhes no discurso indireto.
de fortes marcas subjetivas.
NA
A 1.ª pessoa no discurso direto passa para a 3.ª pessoa
no discurso indireto.
DISCURSOS 4A
30
Mudança na pontuação das frases
70
discurso, que podem aparecer separados ou juntos. Frases interrogativas, exclamativas e imperativas
53
discurso indireto.
diálogos são retratados sem a interferência do narrador;
JO
ordenar etc.).
aquela, aquilo no discurso indireto.
LO
no discurso indireto.
UL
mediário frente à ocorrência. Ontem no discurso direto passa para no dia anterior no
discurso indireto.
NA
em sua fala.
70
a
Emprego de 1 pessoa Emprego de 3a pessoa
03
Verbos no:
• presente do indicativo
Verbos no:
• pretérito imperfeito do indicativo
Mudança de tempos verbais
O
• pretérito perfeito • pretérito imperfeito do subjuntivo Imperativo no discurso direto passa para pretérito im-
J
Pronomes demonstrativos Pronomes demonstrativos Presente do indicativo no discurso direto passa para
(maior proximidade) (menor proximidade)
pretérito imperfeito do indicativo no discurso indireto.
S
PE
33
A
AN
L
A
UL
PA
Futuro do presente do indicativo no discurso direto Futuro do subjuntivo no discurso direto passa para pre-
NA
passa para futuro do pretérito do indicativo no discur- térito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto
4A
so indireto.
30
Presente do subjuntivo no discurso direto passa para
70
pretérito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto.
35
53
03
LEITURA DE IMAGENS
JO
AU
AR
S
QUADRINHO E TIRINHAS
PE
LO
As histórias em quadrinhos são um conjunto narrativo (entendido como uma forma de arte sequencial gráfica) que mescla
A
UL
linguagem verbal (texto) e linguagem não verbal (imagem). É um gênero bastante popular entre crianças e adolescentes, e
PA
tem se tornado cada vez mais popular também entre os adultos, especialmente pela capacidade que as histórias possuem
de representar uma quantidade significativa de situações sociais.
NA
As histórias em quadrinhos são, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras veiculadas em revistas e
4A
jornais. Aliás, tendo em vista as dimensões do vestibular (elaborado com provas que não possuem grande espaço), o tipo
30
mais comum de quadrinho que encontramos são as “tiras”.
70
35
As tiras
53
03
São entendidas como tiras os segmentos de história em quadrinhos publicados em jornais ou revistas num curto espaço de pá-
JO
gina, habitualmente na horizontal (atualmente, há também formatos verticais ou com duas ou mais tiras). É um gênero textual
AU
que surgiu nos Estados Unidos para dar conta da falta de espaço que havia nos jornais para a publicação de cruzadas e outros
passatempos. O nome "tira” (ou “tirinha", como a conhecemos no Brasil) remete ao formato do texto, que parece um "recorte"
AR
horizontal de jornal.
S
PE
Trata-se de um gênero textual que mais comumente apresenta temática humorística, mas também encontraremos (espe-
LO
cialmente no vestibular) tirinhas de cunho social ou político, satíricas ou metafísicas (que propõem reflexões existenciais).
Vejamos alguns exemplos:
A
UL
PA
A NA
304
70
35
53
03
O
Mais recentemente, as tiras (e os quadrinhos como um todo) têm sido objeto de inúmeras pesquisas sobre comunicação em
AR
cursos de graduação e pós-graduação. Encontram-se com facilidade artigos e outras publicações destinados aos estudos
deste gênero. Por esse motivo, os quadrinhos tem sido muito explorados no vestibular.
S
PE
LO
U LA
PA
34
A
AN
L
A
UL
PA
CHARGES E CARTUNS
NA
4A
Charges e cartuns são elementos comunicativos que se assemelham aos quadrinhos por trabalharem com os campos de
30
comunicação verbal (texto) e não verbal (imagem), mas, ao mesmo tempo, se diferenciam por não constituírem um processo
70
narrativo. Tanto a charge, quanto o cartum, focalizam situações de comunicação específicas, geralmente focalizadas em um
35
único quadro.
53
03
A charge
JO
Charge é um termo de origem francesa que significa “carga”. Recebe esse nome por conta da “carga” satírica que sua
AU
informação comporta. A função da charge é relatar costumes humanos, satirizando situações que são parte
AR
de um contexto cultural, político, econômico e social bastante específico. Por essa razão, para que consiga-
mos entender a charge, é necessário que conheçamos os “alvos” que elas procuram atingir; em geral, pessoas ligadas à
S
PE
vida pública, como políticos, artistas, atletas, entre outros.
LO
O fato de a charge tratar de contextos muito específicos faz com que ela possua um caráter mais perecível, pois, fora de
A
seu contexto de origem, ela provavelmente perderá parte de força comunicativa; no entanto, por conta mesmo da relação
UL
contextual, funciona como um valoroso elemento de registro histórico.
PA
Trata-se, portanto, de um gênero que, trabalhando com as linguagens verbal e não verbal, precisa estar em consonân-
NA
cia com os conhecimentos de mundo do interlocutor, uma vez que o entendimento da mensagem só será efetivado se
4A
houver compreensão de contextos determinados. 70
30
35
53
03
JO
AU
AR
(CHARGE DE LAERTE COUTINHO CUJA COMPREENSÃO DEPENDE DE CONHECIMENTO HISTÓRICO SOBRE OS PROCESSOS DE COLONIZAÇÃO EM TERRITÓRIO BRASILEIRO.)
S
PE
LO
O cartum
A
O cartum é conhecido por ser uma espécie de anedota gráfica, que, assim como a charge, mescla linguagem verbal e não
UL
verbal para atingir seus objetivos. A diferença crucial entre a charge e o cartum reside no fato de que sua finalidade discursiva
PA
é a de satirizar costumes humanos, valendo-se de personagens que representam pessoas comuns, sem que
NA
Em relação à charge, pode-se dizer que o cartum tem um caráter mais universal, pois aborda situações atemporais, que
04
Trata-se, portanto, de um gênero que, trabalhando com as linguagens verbal e não verbal, não depende de conhecimento de
35
mundo mais específico, pois aborda situações mais amplas. Vejamos alguns exemplos:
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
(NOVAMENTE UM TRABALHO DE LAERTE. É POSSÍVEL NOTAR QUE O TEMA DO CARTUM TEM CARÁTER MAIS UNIVERSAL. NESTE CASO, PERCEBEMOS UM PROCESSO
LA
DE PROLETARIZAÇÃO POR CONTA DA REDUÇÃO CONTÍNUA DE SALÁRIOS, ALGO QUE PODE ACONTECER EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO, A QUALQUER TEMPO.)
U
PA
35
A
AN
L
A
UL
PA
IMAGENS
NA
4A
Podemos entender por imagem qualquer tentativa de representação, reprodução ou imitação da forma de uma pessoa ou de
30
um objeto, cujo objetivo é comunicar algo a partir de alguma intencionalidade. É um processo que pode ser prioritariamente
70
visual, ou pode também mesclar linguagem verbal e não verbal. O conceito de imagem abarca todo e qualquer objeto que
35
possa ser percebido, tanto visualmente, quanto esteticamente.
53
Historicamente, tivemos duas fortes teorias filosóficas que tentaram dar conta da “ideia” de imagem. A primeira foi concebi-
03
da por Platão, que considerava a imagem, como sendo uma projeção que aparecia em nossa mente. Mais adiante, Aristóte-
JO
les considerou a imagem como sendo um movimento de aquisição pelos sentidos, a representação mental de um objeto real.
AU
Embora seja uma controvérsia bastante antiga, ela dura até os dias de hoje, com acepções positivas, pois contribui para um
entendimento mais amplo e preciso de um conceito que envolve domínios ligados à arte, ao registro fotográfico, à pintura,
AR
ao desenho, à gravura ou qualquer outra forma visual de expressão da ideia (propagandas, placas, infográficos, entre outros
S
elementos).
PE
LO
No momento contemporâneo, há um grande volume de imagens circulando em nossa sociedade, que chegam até nossos
olhos por meio de diversos estímulos visuais: anúncios publicitários, cartazes, ou qualquer outro material impresso; os memes
A
UL
de internet, transmissões televisivas, obras artísticas, imagens arquitetônicas, e até mesmo representações sagradas.
PA
Linguagem visual e seus processos de análise
NA
Realizar a análise de um estímulo visual requer bastante atenção ao seu conjunto. Se na análise discursiva precisamos estar
4A
atentos a outros fatores para além do texto, como quem é o autor, o gênero selecionado, a data da publicação ou o período
30
em que um trabalho foi realizado; para a análise visual devemos, também, considerar tudo que compõe a imagem: se o tipo
70
de traço remete a algum período, se é colorida ou em preto e branco, se sua composição é simples ou mais complexa, suas
35
36
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala de outro modo, ele teria amado e admirado, lhe parecia despojado
NA
de valor pela transitoriedade que era o destino de tudo.
4A
1. (FUVEST 2019) Considere os textos para responder Sabemos que tal preocupação com a fragilidade do que é belo e per-
30
à questão. feito pode dar origem a duas diferentes tendências na psique. Uma
70
conduz ao doloroso cansaço do mundo mostrado pelo jovem poeta;
I. A tônica é que os pequenos jogadores da equipe de futebol Javalis
a outra, à rebelião contra o fato constatado. Não, não é possível que
35
Selvagens estão tranquilos e até confortáveis, bem cuidados na ca-
todas essas maravilhas da natureza e da arte, do nosso mundo de
53
verna pela numerosa equipe internacional que tenta retirá-los dali,
sentimentos e do mundo lá fora, venham realmente a se desfazer.
03
e que têm muita vontade de voltar a comer seus pratos favoritos
Seria uma insensatez e uma blasfêmia acreditar nisso. Essas coisas
quando voltarem para casa.
têm de poder subsistir de alguma forma, subtraídas às influências
JO
HTTPS://BRASIL.ELPAIS.COM/BRASIL/2018/07/07/ destruidoras.
AU
INTERNACIONAL/1530941588_246806.HTML. ADAPTADO.
Ocorre que essa exigência de imortalidade é tão claramente um pro-
AR
II. Bem, minha vida mudou muito nos últimos dois anos. O mundo duto de nossos desejos que não pode reivindicar valor de realidade.
que explorei mudou muito. Eu vi muitas paisagens diferentes duran- Também o que é doloroso pode ser verdadeiro. Eu não pude me
S
te as turnês, e é realmente inspirador ver o quão grande é o mundo.
PE
decidir a refutar a transitoriedade universal, nem obter uma exceção
Eu quero explorar e experimentar diferentes partes da natureza, mas para o belo e o perfeito. Mas contestei a visão do poeta pessimista,
LO
eu não gosto do deserto, sinto muito pelas plantas! Ou talvez eu de que a transitoriedade do belo implica sua desvalorização.
goste disso… te deixa com sede de olhar para ele…
A
UL
Pelo contrário, significa maior valorização! Valor de transitoriedade é
HTTP://PORTALAURORABR.COM/2018/09/16/EU_SOU_FEMINISTA_PORQUE_ valor de raridade no tempo. A limitação da possibilidade da fruição
PA
SOU_MULHER_DIZ_AURORA_EM_ENTREVISTA_AO_INDEPENDENT/
aumenta a sua preciosidade. É incompreensível, afirmei, que a ideia
III.
NA
da transitoriedade do belo deva perturbar a alegria que ele nos pro-
porciona. Quanto à beleza da natureza, ela sempre volta depois que
4A
é destruída pelo inverno, e esse retorno bem pode ser considerado
30
eterno, em relação ao nosso tempo de vida. Vemos desaparecer a
beleza do rosto e do corpo humanos no curso de nossa vida, mas
70
que floresça apenas uma noite, ela não nos parecerá menos formosa
53
que nos suceda uma raça de homens que não mais entenda as obras
AR
a) Quanto ao sentido, a palavra “bem”, destacada nos (INTRODUÇÃO AO NARCISISMO, 2010. ADAPTADO.)
UL
deles? Justifique.
a) Explique sucintamente a diferença entre a visão de
b) Reescreva o trecho “Eu quero explorar e experimen-
NA
3. (UFU)
03
Leia o trecho do ensaio “A transitoriedade”, de Sigmund Não sei – respondeu dona Carochinha – mas tenho notado que
Freud (1856-1939), para responder à(s) questão(ões) a muitos dos personagens das minhas histórias já andam aborrecidos
O
seguir. de viverem toda a vida presos dentro delas. Querem novidade. Falam
J
AU
Algum tempo atrás, fiz um passeio por uma rica paisagem num dia em correr mundo a fim de se meterem em novas aventuras. Aladino
AR
de verão, em companhia de um poeta jovem, mas já famoso. O po- queixa-se de que sua lâmpada maravilhosa estaì enferrujando. A
eta admirava a beleza do cenário que nos rodeava, porém não se Bela Adormecida tem vontade de espetar o dedo noutra roca para
S
alegrava com ela. Era incomodado pelo pensamento de que toda dormir outros cem anos. O Gato de Botas brigou com o marquês de
PE
aquela beleza estava condenada à extinção, pois desapareceria no Carabás e quer ir para os Estados Unidos visitar o Gato Félix. Branca
LO
inverno, e assim também toda a beleza humana e tudo de belo e de Neve vive falando em tingir os cabelos de preto e botar rouge na
nobre que os homens criaram ou poderiam criar. Tudo o mais que, cara. Andam todos revoltados, dando-me um trabalhão para contê-
LA
U
PA
37
A
AN
L
A
UL
PA
-los. Mas o pior eì que ameaçam fugir, e o Pequeno Polegar já deu Um mundo de vapores no ar flutua...
NA
o exemplo. Como uma informe nódoa, avulta e cresce
4A
A sombra à proporção que a luz recua...
LOBATO, MONTEIRO. REINAÇÕES DE NARIZINHO. 33. ED.
SÃO PAULO: EDITORA BRASILIENSE, 1982. P. 11.
30
A natureza apática esmaece...
70
a) Explique como se dá o processo de intertextualidade Pouco a pouco, entre as árvores, a lua
35
no texto de Monteiro Lobato. Surge trêmula, trêmula... Anoitece.
53
b) Transcreva um exemplo de sequência textual narra- (POESIA COMPLETA E PROSA, 1961.)
03
tiva e um exemplo de sequência textual descritiva, re- 5. (UNESP)
tiradas do texto.
JO
a) Que processo o soneto de Raimundo Correia retrata?
AU
4. (UFU) TEXTO I b) A primeira estrofe do soneto é composta por três
períodos simples em ordem indireta (“Esbraseia o Oci-
AR
Enciclopédia dente na agonia / O sol”; “Aves em bandos destacados,
S
Hécate ou Hécata, em gr. Hekáté. Mit gr. / Por céus de ouro e de púrpura raiados, / Fogem”; e
PE
Divindade lunar e marinha, de tríplice “Fecha-se a pálpebra do dia”). Reescreva esses três
LO
forma (muitas vezes com três cabeças e períodos em ordem direta.
A
três corpos). Era uma deusa órfica,
UL
parece que originária da Trácia. Enviava
U.T.I. - E.O.
PA
aos homens os terrores noturnos, os fantasmas
e os espectros. Os romanos a veneravam
NA
como deusa da magia infernal. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
CESAR, ANA CRISTINA. ENCICLOPÉDIA. IN: DESTINO: POESIA. ORGANIZAÇÃO 4A
Leia o trecho inicial do artigo “Artifícios da inteligên-
30
DE ITALO MORICONI. RIO DE JANEIRO: ED. JOSÉ OLYMPIO, 2016. P.35. cia”, do físico brasileiro Marcelo Gleiser (1959- ), para
70
responder à questão.
TEXTO II
35
53
II
desconexão. Sem o seu celular, você não é mais você.
Enquanto leio meus textos se fazem descobertos. É difícil escondê-los
S
no meio dessas letras. Então me nutro das tetas dos poetas pensa-
dos no meu seio. manismo”. Tema de vários livros e filmes de ficção científica, hoje é
LO
a) Explique, em um parágrafo, de que maneira a função Será que, ao inventarmos tecnologias que nos permitam ampliar
metalinguística se presentifica no texto I. nossas capacidades físicas e mentais, ou mesmo máquinas pensan-
NA
b) A respeito do texto II, explique, em um parágrafo, a tes, estaremos decretando nosso próprio fim? Será esse nosso desti-
A
relação que se estabelece entre seios e textos. no evolucionário, criar uma nova espécie além do humano?
04
Correia (1859-1911). A diferença ocorre quando uma tecnologia não apenas corrige uma
deficiência como leva seu portador a um novo patamar, além da ca-
O
que permitem que uma pessoa levante 300 quilos, ou óculos com
Por céus de ouro e de púrpura raiados, lentes que dotam o usuário de visão no infravermelho. No caso de
AR
Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia... atletas com deficiência física, a questão se torna bem interessante:
a partir de que ponto uma prótese como uma perna artificial de
S
38
A
AN
L
A
UL
PA
Poderia parecer que esse tipo de hibridização entre tecnologia e inacabado – o jogo acaba sempre antes de acabar - que concede,
NA
biologia é coisa de um futuro distante. Ledo engano. Como no caso afinal, ao jogo de xadrez, na forma de rito, a possibilidade de um
4A
do celular, está acontecendo agora. Estamos redefinindo a espécie eterno recomeçar.
humana através da interação – na maior parte ainda externa – com
30
(ADAPTADO DE VICTOR DA ROSA, “XEQUE-MATE”. DISPONÍVEL
tecnologias que ampliam nossa capacidade. EM HTTP://CULTURAEBARBARIE.ORG/SOPRO/VERBETES/
70
XEQUEMATE.HTML. ACESSADO EM 04/09/2018.)
Sem nossos aparelhos digitais – celulares, tabletes, laptops – já não
35
somos os mesmos. Criamos personalidades virtuais, ativas apenas
53
a) Victor da Rosa afirma que há uma ambivalência na
na internet, outros eus que interagem em redes sociais com sel-
expressão “xeque-mate”. Explique-a.
03
fies arranjados para impressionar; criações remotas, onipresentes.
Cientistas e engenheiros usam computadores para ampliar sua ha- b) Explique, com dois argumentos, por que a posição do
JO
bilidade cerebral, enfrentando problemas que, há apenas algumas autor quanto à grandeza do jogo de xadrez contraria o
AU
décadas, eram considerados impossíveis. Como resultado, a cada dia senso comum.
AR
surgem questões que antes nem podíamos contemplar.
4. (UNICAMP 2019)
(FOLHA DE S.PAULO, 01.02.2015. ADAPTADO.)
S
Alguém já escreveu que a internet é um instrumento democrático. To-
PE
1. (UNESP) mada ao pé da letra, essa afirmação é falsa. Eu gostaria de corrigi-la,
LO
a) Para o físico Marcelo Gleiser, o que distingue as tec- acrescentando: a internet é um instrumento potencialmente democráti-
nologias transumanas daquelas apenas corretivas? Jus- co. Para fazer uma pesquisa navegando na web, precisamos saber como
A
dominar os instrumentos do conhecimento: em outras palavras, preci-
UL
tifique sua resposta.
samos dispor de um privilégio cultural que é ligado ao privilégio social.
PA
b) Cite dois termos empregados em sentido figurado no
As escolas precisam da internet, mas a internet precisa de uma escola
primeiro parágrafo do artigo.
NA
onde o ensino real acontece. A internet não apenas faz referência aos
livros, mas pressupõe livros. A leitura fragmentada em palavras e frases
4A
2. (FUVEST 2019)
isoladas do contexto integral sempre foi parte da leitura de cada um,
30
Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
mas o livro é o instrumento que nos ensina a dominar a extraordinária
70
Mas o correio andou arisco velocidade da internet – para ser capaz de usá-la, você precisa aprender
35
Uns dias chove, noutros dias bate sol livros – ou seja, professores em carne e osso.
AU
MEU CARO AMIGO. CHICO BUARQUE E FRANCIS HIME, 1976. b) Explique por que a internet pressupõe “professores
UL
Rio 40 graus
b) A letra da canção apresenta características de qual Cidade maravilha
A
O xeque-mate – do persa shâh mât: o rei está morto - ocupa uma Capital do sangue quente
35
função controversa nas leis do jogo de xadrez. Trata-se de uma Do melhor e do pior do Brasil
53
rei não morre. Pode-se dizer até que o rei agoniza - mas de seu
J
tornar-se concreta, fica sendo pura potência. Talvez seja este caráter
U
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O rio é uma cidade de cidades misturadas deia. Das suas grades, observa os homens que passam na rua. Mal o
NA
O rio é uma cidade de cidades camufladas (v. 9-10) encaram, amedrontados, apressam o passo.
4A
Pressente, às vezes, que irão perguntar qualquer coisa aos compa-
a)Nos versos acima, a fragmentação da cidade é explo-
30
nheiros e fica à espreita, ansioso que isso aconteça. Logo se de-
rada por meio de dois recursos linguísticos. Identifique
70
sengana. Abrem a boca, arrependem-se, e se afastam rapidamente.
um desses recursos.
35
b)Em seguida, relacione-o com essa fragmentação. Caminha, dentro da noite, de um lado para outro. E, ao avistar o
53
guarda, cumprindo sua ronda noturna, a examinar se as celas estão
03
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: em ordem, corre para as grades internas, impelido por uma débil
esperança:
JO
A CIDADE – Alguém fez hoje alguma pergunta?
AU
Destinava-se a uma cidade maior, mas o trem permaneceu indefini- – 6Não. Ainda é você a única pessoa que faz perguntas nesta cidade.
AR
damente na antepenúltima estação. MURILO RUBIÃO. OBRA COMPLETA. SÃO PAULO:
S
Cariba acreditou que a demora poderia ser atribuída a algum 1com- COMPANHIA DAS LETRAS, 2010.
PE
boio de carga descarrilado na linha, acidente comum naquele tre- 1
comboio – trem
LO
cho da ferrovia. Como se fizesse excessivo o atraso e ninguém o 3
valise – mala de mão
procurasse para lhe explicar o que estava ocorrendo, pensou numa
A
4
espadaúdo – de ombros largos
UL
provável desconsideração à sua pessoa, em virtude de ser o único
passageiro do trem.
PA
6. (UERJ) Leia os trechos abaixo, que apresentam, respec-
Chamou o funcionário que examinara as passagens e quis saber se tivamente, um fragmento do texto e sua reescritura:
NA
constituía motivo para tanta negligência o fato de ir vazia a com- 1. Apanhou as malas e se dispôs a subir as íngremes ladeiras que o
4A
posição. conduziriam ao povoado. (ref. 2)
30
Não recebeu uma resposta direta do empregado da estrada, que se 2. Apanhou as malas e se dispôs a subir as íngremes ladeiras que o
70
limitou a apontar o morro, onde se dispunham, sem simetria, deze- conduziam ao povoado.
nas de casinhas brancas.
35
Talvez estranhassem as 3valises de couro de camelo que carregava estudo é que quase só pessoas de algum modo relacionadas com a
burocracia do Estado se queixavam, quer os próprios funcionários e
A
traje usual nas constantes viagens que fazia, achou prudente desfa- operários, quer as vítimas dos funcionários, especialmente da polícia
e dos fiscais. Reclamavam funcionários, artesãos, pequenos comer-
PA
vras o máximo de cordialidade. Mas as queixas não revelavam oposição ao Estado. O conteúdo das
A
Nem chegou a indagar pelas mulheres, conforme pretendia. Pega- rança individual, limpeza pública, transporte, arruamento. Permane-
ram-no com violência pelos braços e o foram levando, aos trancos,
3
– É o homem procurado – disseram ao delegado, um sargento 4es- Estado aparece como algo a que se recorre, como algo necessário
53
padaúdo e rude. e útil, mas que permanece fora do controle, externo ao cidadão. Ele
03
O sargento chegara a uma conclusão, entretanto divagava: súdito que de cidadão, de quem se coloca como objeto da ação do
J
AU
nalidade do delinquente, sua aparência, idade e quais os crimes que Como explicar esse comportamento político da população do Rio de
cometeu. Diz tratar-se de elemento altamente perigoso, identificável Janeiro? De um lado, a indiferença pela participação, a ausência de
S
pelo mau hábito de fazer perguntas e que estaria hoje neste lugar. visão do governo como responsabilidade coletiva, de visão da polí-
PE
(...)
se podem reconhecer como coletividade, sem excluir a aceitação do
5
Cinco meses após a sua detenção, ele não mais espera sair da ca- papel do Estado e certa noção dos limites deste papel e de alguns
U LA
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direitos do cidadão. De outro, 1o contraste de um comportamento 8. (UNESP) Considere as definições dos seguintes con-
NA
participativo em outras esferas de ação, como a religião, a assistên- ceitos:
4A
cia mútua e as grandes festas em que a população parecia reconhe-
1. Autonomia: direito de um indivíduo tomar decisões livremente; in-
cer-se como comunidade.
30
dependência moral ou intelectual; capacidade de governar-se pelos
70
Seria a cidade a responsável pelo fenômeno? Neste caso, como ca- próprios meios.
racterizá-la, como distingui-la de outras? Entramos aqui na vasta e
35
2. Heteronomia: sujeição de um indivíduo a uma instância externa
rica literatura sobre o fenômeno urbano, em particular sobre a cul-
53
ou à vontade de outrem; ausência de autonomia.
tura urbana.
03
a) Qual dos conceitos mostra-se mais adequado para
JOSÉ MURILO DE CARVALHO ADAPTADO DE OS
BESTIALIZADOS: O RIO DE JANEIRO E A REPÚBLICA QUE NÃO
descrever a existência retratada pela letra da canção?
JO
FOI. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1987. Justifique sua resposta, com base no texto.
AU
b) Considerando o contexto histórico-social em que a
7. (UERJ) o contraste de um comportamento partici-
AR
canção foi composta, a quem ou a que se refere o pro-
pativo em outras esferas de ação, como a religião, a
nome “lhe” em “Deus lhe pague”?
assistência mútua e as grandes festas em que a pop-
S
PE
ulação parecia reconhecer-se como comunidade. (ref.1) 9. (UNESP) “Deus lhe pague”: pedido a Deus para que
LO
Nesse fragmento, o autor emprega duas vezes a pala- abençoe alguém por algo bom que esse alguém praticou.
vra como, estabelecendo relações coesivas distintas em
CARLOS ALBERTO DE M. ROCHA E CARLOS EDUARDO P. DE M. ROCHA.
A
cada uma de suas ocorrências.
UL
DICIONÁRIO DE LOCUÇÕES E EXPRESSÕES DA LÍNGUA PORTUGUESA, 2011.
Aponte o tipo de relação estabelecida, respectivamen-
PA
te, em cada emprego. Em seguida, reescreva o trecho Considerando a definição da expressão “Deus lhe pa-
gue”, é correto afirmar que o compositor se apropriou
NA
sublinhado, substituindo como por uma palavra ou ex-
pressão de sentido equivalente. ironicamente dessa expressão em sua canção? Justi-
4A
fique sua resposta, valendo-se de três versos da letra
da canção.
30
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
70
Para responder à(s) questão(ões) a seguir, leia a letra da TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
35
que (1944- ), composta em 1971. Benedict Anderson (1991) define a nação como uma comunidade
03
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir quer contato, mas cujo imaginário é de uma relação horizontal com-
AU
Por me deixar respirar, por me deixar existir partilhada. Há identificação, mesmo sem laços pessoais. Anderson
Deus lhe pague (1991) faz uma análise das origens dessa imaginação comunitária e
AR
Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui de vínculo entre os indivíduos. Essa solidez só foi possível porque o
O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir Estado-nação nasceu com um imaginário de eternidade, constante-
PA
Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi mente reproduzido por discursos de identidade nacional que susten-
NA
Deus lhe pague tam a dimensão imaginada da comunidade política (Balibar, 2004a).
A
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir Natio era a deusa da origem na Roma Antiga, onde a palavra era
04
Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir usada para se referir a grupos unidos por laços culturais, tradições
3
Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair e costumes, mas sem organização política (Habermas, 1998). A na-
70
Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir tornou-se a estrutura política que dá forma a uma memória supos-
03
Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir tamente atemporal. Na medida em que nação e Estado se uniram
E pelo grito demente que nos ajuda a fugir como o principal modelo de organização política [...], o sentido de
O
Deus lhe pague nação se ampliou. 1Ela não significava mais apenas um grupo com
J
AU
E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir ção Francesa, a nação, como define Habermas, passou a ser a escora
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir da soberania e também a base para a definição dos deveres e direi-
S
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10. (PUC-RJ)
NA
a) Explique, com suas próprias palavras, o conceito de
4A
“comunidade imaginada”, que, segundo Benedict An-
derson, está implicado na definição de “nação”.
30
70
b) Mantendo o sentido das frases abaixo, reescre-
va-as sem usar a palavra mesmo. Faça as modificações
35
necessárias.
53
i) Há identificação, mesmo sem laços pessoais.
03
ii) Há, mesmo, identificação sem laços pessoais.
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LITERATURA
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ESTÉTICA REALISTA E REALISMO EM PORTUGAL
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Realismo Romantismo
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03
Objetivismo Subjetivismo
Descrições e adjetivação objetivas, voltadas para a captação do Descrições e adjetivação idealizantes, voltadas para a elevação
JO
real como ele é. do objeto descrito.
AU
Linguagem culta e direta. Linguagem culta, e estilo metafórico e poético.
AR
Idealização da mulher com qualidades e defeitos. Idealização da mulher, anjo de pureza e perfeição.
S
Amor e sentimentos subordinados aos interesses sociais. Amor sublime e puro, acima de qualquer interesse.
PE
Casamento, instituição falida, não passa de contrato de inter-
Casamento centrado no relacionamento amoroso.
LO
esses e conveniências.
A
Herói em conflito, enfraquecido, com manias e incertezas. Herói íntegro, de caráter irrepreensível.
UL
Narrativa lenta, ao ritmo do tempo psicológico. Narrativa de ação e de aventura.
PA
Personagens moldadas psicologicamente. Personagens planas cujos pensamentos e ações são previsíveis.
NA
Universalismo. Individualismo, culto do eu.
4A
REALISMO CIENTIFICISTA Antero de Quental e Teófilo Braga. Foi o quanto bastou
30
para que Antero de Quental lhe respondesse mediante fo-
70
giando o cotidiano do homem também brutal e animali- de das letras e as literaturas oficiais.
03
vam a observação e a experiência, não a idealização da Estas observações procuram sintetizar a produção literária
S
único veículo legítimo de conhecimento da realidade, não De acordo com os jovens de Coimbra, o tradicionalismo
PA
saber à luz das leis científicas, superior ao saber teológico Tendo em vista a importância do catolicismo em Por-
35
REALISMO EM PORTUGAL
natural da sociedade. A corrupção, as imoralidades e
a quebra do celibato eram também tematizados em
O
escopo crítico.
J
travada pelos jornais de Coimbra, que o Realismo começou Visão objetiva e natural da realidade
AR
a ganhar vida em Portugal. Naquela mesma data, o poeta O escritor realista construía seus personagens median-
S
romântico Antônio Feliciano de Castilho, representante da te tipos concretos, criados pela observação da relação
PE
Escola de Lisboa, fez elogios num posfácio à obra Poema deles com o meio. Seu comportamento deveria ser
LO
da mocidade, de Pinheiro Chagas, e censurou o estilo po- definido pelos caracteres psicossociais influenciados e
LA
ético defendido pela Escola Coimbrã, citando os nomes de adquiridos no ambiente em que viviam.
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Preocupação com a reforma da sociedade Principais obras
NA
Desejo de democratização do poder político median-
4A
te amplas reformas sociais; diagnóstico de problemas O crime do padre Amaro (1875)
30
sociais e sugestões de soluções reformistas de caráter Primeiro romance do Realismo português tem o enredo
70
socialista. ambientado em Leiria, cidade interiorana do norte de Por-
35
Representação da vida contemporânea tugal, onde o ingênuo padre Amaro Vieira vai assumir sua
53
Estabelecimento de conexões rigorosas de causa e efei- paróquia. Hospedado inicialmente na casa da Senhora Joa-
03
to entre os fenômenos observados da realidade social neira, acaba por se envolver amorosamente com sua filha
JO
Amélia. Seus colegas padres não estranham tal relação, o
AU
que leva o jovem pároco a perceber que agiam cinicamente.
Eça de Queirós
AR
José Maria Eça de Queirós (1845-1900) estudou Direito na O primo Basílio (1878)
S
Universidade de Coimbra, onde conheceu a geração que re-
PE
Jorge e Luísa são um casal da burguesia lisboeta. Convivem
volucionou a literatura. Aos 21 anos participou ativamente num círculo de amizades formado, entre outros, pelo Consel-
LO
das Conferências do Cassino Lisbonense. Ingressou na vida heiro Acácio, homem apegado a convenções sociais; Dona
A
diplomática e atuou como cônsul em Cuba e na Grã-Breta- Felicidade, que nutre uma paixão por ele; e Sebastião, o mel-
UL
nha, onde escreveu O crime do padre Amaro e O primo Basí- hor amigo de Jorge.
PA
lio, romances de maior repercussão em sua carreira literária.
Jorge sai em uma viagem de trabalho e durante sua ausência,
NA
Luísa recebe a visita de Basílio, seu primo, residente em Paris.
As três fases de Eça de Queirós
4A
Admirado com a beleza da moça, Basílio envolve Luísa em
um jogo de sedução, que faz com que ela se imagine vivendo
30
A obra de Eça de Queirós pode ser organizada em três fases:
uma das aventuras amorosas de suas leituras românticas.
70
fase de aprendizado, com a produção dos folhetins de Eles se tornam amantes, passando a trocar cartas de amor.
53
gosto popular, reunida mais tarde sob o título de Pro- Luísa encontra estímulo na amiga Leopoldina, mulher casa-
03
sas bárbaras. Neles revela influência de Victor Hugo e da, colecionadora de casos extraconjugais. Toda a movimen-
tação da casa é observada pela governanta Juliana, sempre
JO
escrita – troca de cartas entre os autores – despertou o José Fernandes narra uma história que tem como protagoni-
PE
interesse do público. Nas cartas, os escritores contam a sta um grande amigo seu: Jacinto.
LO
história de um sequestro. Na época, os leitores acredi- Jacinto, que nasceu e sempre viveu em Paris, é rico e herdeiro
A
tavam tratar-se de fato verídico. de fidalgos portugueses, vive a suposta felicidade que uma
UL
Segunda fase – de 1871 a 1888 –, chamada Real- grande renda mensal lhe proporciona. Vive num palacete nos
PA
lhe, como num espelho, que triste país eles formam. Devido a um acidente na capelinha da propriedade de Ja-
70
[...] destruir as falsas interpretações e falsas realizações cinto, em Tormes, Portugal, onde estão enterrados os ossos
35
que lhe dá uma sociedade podre”. de seus avós, o rico herdeiro retorna à terra natal de seus
53
Terceira fase – de 1888 a 1900 –, considerada a fase reencontra uma grande alegria de viver. Assim, realiza uma
de “nacionalismo nostálgico” ou “realismo fantasia”, em
O
série de reformas.
J
volta a Paris.
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REALISMO NO BRASIL: MACHADO DE ASSIS
4A
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REALISMO NO BRASIL
35
mais promissora. Casou-se aos trinta anos com a portugue-
53
sa Carolina Xavier de Novais.
03
Na passagem do Império para a República, Machado de As-
O contexto brasileiro sis já era um intelectual respeitável. Formado escritor à luz
JO
A lição dos contemporâneos portugueses, notadamente Eça do Romantismo, com o tempo enveredou para o Realismo,
AU
de Queirós, e franceses, Stendhal de preferência, foi decisiva o que, a depender da fase, sua obra seja caracterizada ou
AR
para os autores realistas brasileiros fortemente influencia- romântica, até 1880, ou realista, de então em diante.
dos por eles. A crise matrimonial, o papel da mulher nas
S
PE
relações sociais e o operariado passam a ser temas e per- Primeira fase: ciclo romântico
LO
sonagens nessa literatura. Retratar a vida em sociedade,
descrever cenas, ambientes e comportamentos passa a Ao analisar os romances e os contos de Machado de Assis
A
considerados românticos, já se revela a característica que
UL
fazer parte considerável das obras literárias. Registrar a
realidade torna-se uma prioridade. Os oportunismos dis- haveria de marcar sua obra. Os acontecimentos são nar-
PA
farçados, as falsas devoções e a moral de aparência são rados sem precipitação, entremeados de explicações aos
NA
temas que passam a integrar o universo do romance. leitores por parte do narrador e cheios de considerações
4A
sobre os comportamentos.
Tal como em Portugal, o Realismo/Naturalismo no Brasil 30
esteve muito ligado às ideias estéticas, científicas e filosófi- Seus personagens não são lineares como os dos demais
70
cas europeias – positivismo, darwinismo, comunismo, ci- românticos. Têm comportamentos imprevistos, fazem ma-
35
entificismo – que provocaram bastante repercussão. As quinações, não são transparentes, mas interesseiros.
53
dominou o Brasil e toda a América Latina, voltado para as Com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas,
grandes reivindicações urbanas que já haviam triunfado nos
A
Estados Unidos e na Europa. A aristocracia rural entrava em Amadureceu como escritor e passou a escrever para leitores
PA
decadência e a monarquia mostrava-se um regime superado. mais exigentes. Seus personagens tornaram-se mais elab-
orados, pois eram compostos à luz da Psicologia. Além dis-
NA
Órfão aos dez anos, o menino mestiço do Morro do Livra- Observa-se também uma apurada análise da sociedade
35
mento, no Rio de Janeiro, estudou em escolas públicas e brasileira do final do Segundo Império, ambiente no qual o
53
tratou de instruir-se por conta própria, interessado que era casamento começa a ser um grande alvo da crítica tecida
03
pela leitura. Inteligente e esforçado, Joaquim Maria Mach- pelo autor. As estruturas narrativas fogem à linearidade, en-
O
ado de Assis (1839-1908) aproximou-se de intelectuais tremeadas de digressões temporais, intromissões do narrador
J
dezenove já era colaborador assíduo de jornais e revistas Jacó, Memorial de Aires são romances do ciclo realista.
S
Em 1867, foi nomeado oficial da Secretaria de Agricultu- nenses, publicados em pleno Romantismo. Suas narrativas
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ra, enquanto sua carreira de escritor mostrava-se cada vez curtas estão reunidas em Histórias da meia-noite, Papéis
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avulsos, Histórias sem data, Várias histórias, Páginas recol- Dom Casmurro (1900)
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hidas, Relíquias da casa velha.
4A
Merecem destaque os contos A cartomante, Missa do galo, Publicado em 1900, Dom Casmurro é um romance narrado
30
O alienista, O espelho, Cantiga de esponsais, Noite de al- em primeira pessoa. A partir de um flashback da velhice para
70
mirante, A igreja do diabo, entre outros. a adolescência, Bentinho conta sua própria história.
35
A produção poética de Machado de Assis está reunida em Órfão de pai, cresceu num ambiente familiar muito carinhoso
53
Falenas, Crisálidas, Americanas, Ocidentais. Destacam-se – tia Justina, tio Cosme, José Dias. Recebeu todos os cuida-
03
as peças de teatro Queda que as mulheres têm para os dos da mãe, D. Glória, que o destinara à vida sacerdotal.
JO
tolos, Quase ministros e Lição de botânica. Sem vocação, Bentinho não quis ser padre. Namora a viz-
AU
inha Capitu e quer se casar com ela. D. Glória, presa a uma
Principais obras
AR
promessa que fizera, aceita a ideia inteligente de José Dias de
enviar um escravo ao seminário para ser ordenado no lugar
S
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881)
PE
do Bentinho.
LO
Memórias póstumas de Brás Cubas é o romance iniciador Livre do sacerdócio, o moço forma-se em Direito e acaba
do Realismo na literatura brasileira, assim como da segunda
A
casando-se mesmo com Capitu.
UL
fase do escritor. É, sem dúvida, uma das mais importantes
obras da literatura brasileira, como marco inicial do Realis- O casal vive muito bem. Bentinho vai progredindo, mantém
PA
mo, bem como um desfile de genialidade da escrita do autor. amizade com Escobar, antigo colega de seminário, e Sancha,
NA
sua esposa. A vida segue seu curso. Nasce-lhe um filho, Eze-
As memórias de Brás Cubas não são cronológicas, optando
4A
quiel.
pelo estilo livre e digressivo. Machado se separa definitiva- 30
mente do Romantismo, e no próprio Realismo coloca em Escobar morre e, durante o enterro, Bentinho começa a achar
70
prática seu estilo pessoal que escolhe como o personagem Capitu estranha. Surpreende-a contemplando o cadáver de
35
principal um defunto que vai contar suas memórias. Brás uma forma que ele interpreta como apaixonada.
53
Cubas decide contar aos leitores o que foi sua vida sem es- A partir do episódio, Bentinho consome-se em ciúme e o
03
conder nenhuma das mais profundas verdades. Essa sinceri- casamento entra em crise. Cada vez mais Ezequiel torna-se
dade, livre das moralidades e falsidades sociais, só existiam,
JO
cortadas por situações de ironia e pessimismo. Seus pensa- Já moço, Ezequiel volta ao Brasil para visitar o pai, que com-
S
a sociedade humana.
UL
ESTÉTICA NATURALISTA
304
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35
53
Não é de hoje que a cidade do Rio de Janeiro é dividida Burguesia versus proletariado
03
para perceber que os contrastes sociais já faziam parte do consolidação do poder da burguesia, do materialismo e
AU
dia a dia dos cariocas desde o século XIX. do crescimento do proletariado. De um lado, o progresso,
AR
A história revela um efervescente ambiente urbano, construí- representado pelo crescimento das cidades; de outro, o
S
do à luz da observação do cotidiano e sob a influência da crescimento dos bairros pobres onde residiam os operários.
PE
literatura francesa – notadamente do romance L’assommoir Enquanto a burguesia lutava pelo dinheiro e pelo poder, o
LO
(A taberna), 1877, do francês Émile Zola (1840-1902), inspi- operário manifestava sua insatisfação e promovia as primei-
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rador do naturalismo francês do qual Azevedo é seguidor. ras greves. Nessa conjuntura nasceram e desenvolveram-se
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as ciências sociais, preconizando o desenvolvimento científ-
Fase naturalista
NA
ico, que levaram à substituição o idealismo e o tradicional-
4A
ismo pelo materialismo e racionalismo. Romances: O mulato; Casa de pensão; O homem; O coruja;
O cortiço; O livro de uma sogra e os contos Demônios; Pega-
30
O método científico passou a ser o meio de análise e com-
das; O touro negro.
70
preensão da realidade. Teorias desse naipe deram funda-
35
mentos ideológicos à literatura realista-naturalista, quais Considerado o mais importante dos naturalistas brasileiros,
53
sejam: teoria determinista, de Hippolyte Taini (1825-1893), em sua obra não há excesso de exploração da patologia
03
encarava o comportamento humano como determinado humana, como ocorre, por exemplo, na obra do paradigma
pela hereditariedade, pelo meio e pelo momento; e a teo- francês Émile Zola.
JO
ria evolucionista, de Charles Darwin (1809-1882) defendia Aluísio prefere a observação direta da realidade da qual
AU
a tese de que o homem descende dos animais. As carac- ressalta, sobretudo, a influência que o meio exerce sobre o
AR
terísticas do naturalismo literário são ligadas à realidade da homem, segundo a teoria determinista de Hippolyte Taine.
época cujo tom deixa de ser tão poético e subjetivo, como
S
PE
nas escolas precedentes. Os romances naturalistas revelam: O cortiço (1890)
LO
veracidade – as narrativas buscam seus correspon- João Romão é um ganancioso comerciante de origem por-
A
dentes na realidade; tuguesa, dono de um armazém, de uma pedreira e de um
UL
contemporaneidade – essa realidade retratava com terreno de bom tamanho, no Rio de Janeiro, onde constrói
PA
fidelidade as personagens reais, vivas, não idealizadas; casinhas de baixo custo para alugar.
NA
detalhismo – a caracterização das personagens e am- Bertoleza, uma ex-escrava negra, vive com o português e o
4A
bientes é minuciosa; o amor é materializado; e a mulher ajuda no armazém.
30
passa a ser vista como objeto de prazer masculino; Aos poucos, o cortiço que vai se formando e passa a inco-
70
cientificismo – caracterização e análise objetivas das Com a evolução dessa paixão, Firmo e Jerônimo acabam
LO
personagens, consideradas casos a serem analisados; se enfrentando e o português leva uma navalhada do ca-
A
personagens patológicas – mórbidas, adúlteras, as- poeirista. Nesse ínterim, João Romão começa a se interessar
UL
sassinos, bêbadas, miseráveis, doentes, prostitutasprocu- por Zulmira, filha do comerciante Miranda – sonha casar-se
PA
ram comprovar a tese determinista sobre o ser humano. com ela e mudar de condição social. Jerônimo, que acaba
se juntando a Rita Baiana, arma uma cilada para Firmo e o
NA
assassina a pauladas.
Aluísio Azevedo
A
04
de sobrevivência. Escreveu também obras mais bem elab- Com o tempo, João Romão aproxima-se cada vez mais de
oradas à luz da estética realista-naturalista, como Casa de Miranda. Só resta tirar a escrava Bertoleza do caminho.
O
Fase romântica
Raul Pompeia
S
lágrima de mulher; Memórias de um condenado ou A A posição de Raul Pompeia, ficcionista de alturas geniais, na
LO
Condessa Vésper; Filomena Borges; A mortalha de Azira; literatura brasileira é controvertida. A princípio, a crítica o jul-
gou pertencente ao Naturalismo, mas as qualidades artísticas
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presentes em sua obra fazem-no aproximar-se do Simbolis- Trata-se de quadros narrativos que vão sendo expostos ao
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mo, ficando a sua arte como a expressão típica, na literatura leitor. Personagens e situações do colégio são apresentados,
4A
brasileira, do estilo impressionista. Sua obra mais conhecida desvendando-se um mundo de hipocrisias e falsidades em
30
é O ateneu. que até amigos tornam-se delatores. A história do interna-
70
to passa pela formação sexual e intelectual do adolescente
35
O Ateneu (1888) como um reflexo da sociedade e focaliza, ao mesmo tempo,
53
a decadência do regime monárquico-escravocrata brasileiro.
O romance O Ateneu tem cunho memorialista e ressalta em
03
seu eixo fundamental o estudo psicológico de um adoles- No colégio há um sistema de “proteções”, estudantes mais
JO
cente. O foco narrativo é centrado em Sérgio, personagem velhos tomam a guarda de mais novos. O sistema esconde
todo tipo de baixeza, inclusive o assassinato provocado pela
AU
constantemente em conflito com os valores impostos pela
direção do internato. criada Ângela. A atmosfera saturada e falsa, forjada pelo di-
AR
retor Aristarco, contamina a todos, com exceção de D. Ema,
Surgem no romance os problemas criados pela educação
S
esposa do diretor, que é pessoa de muito boa vontade e
PE
convencional: a homossexualidade, as revoltas e a corrup- vem a ser alvo de uma paixão platônica do menino Sérgio.
ção. Oscilando entre ser um diário e um romance, o livro é
LO
A obra termina com um incêndio provocado pelo estudante
recheado das experiências do menino Sérgio no internato, Américo.
A
dirigido pela mão de ferro do diretor Aristarco de Ramos.
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PARNASIANISMO E SIMBOLISMO
4A
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70
35
PARNASIANISMO
53
Escola literária exclusiva da França e do Brasil, o Parnasia- seados na realidade sem subjetivismo e emoção.
AU
nismo originou-se com as antologias poéticas publicadas Impessoalidade do escritor que não interfere na abor-
na França a partir de 1866, sob o título Le Parnasse con-
AR
guiados pela estética da “arte pela arte”, proposta pelo Preferência pelas rimas esteticamente ricas.
precursor da escola, o poeta francês Théophile Gautier
Linguagem rebuscada e vocabulário vernáculo.
A
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(1811-1872).
Temas frequentes ligados à mitologia grega e à cultura
PA
A partir de 1878, no Diário do Rio de Janeiro, os simpati- movimento antirromântico começa a se definir no espíri-
AU
zantes do Realismo entraram em polêmica aberta contra os to e na forma dos parnasianos franceses”, explica Manuel
AR
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SIMBOLISMO Simbolismo no Brasil
NA
4A
O Simbolismo correspondeu a uma resposta artística à crise Como o Parnasianismo, o movimento simbolista também
se projetou no século XX, sendo que sua influência esten-
30
de civilização burguesa da Europa industrializada. Foi uma
deu-se pelo Pré-modernismo e Modernismo, considerando
70
revolta contra a ideologia tecnocrática do Naturalismo e
35
contra certos dogmas, como o determinismo, por exemplo, que houve modernistas neossimbolistas.
53
que sufocavam a criatividade artística. O decadentismo do final do século XIX reflete-se no Sim-
03
Essa luta foi instintiva e afetiva, bem como pessimista. O bolismo do Brasil, se considerar estas três orientações que
o nortearam:
JO
artista dos últimos anos do século XIX negava os valores da
sociedade burguesa de forma problemática e autodilaceran-
AU
Orientação humanístico-social adotada por Cruz e
te, e, além disso, parecia estar descontente consigo mesmo.
AR
Sousa e continuada, mais tarde, por Augusto dos Anjos:
A arte simbolista apresentou significativa elaboração estéti- preocupação com os problemas transcendentais do ser
S
PE
ca. Apesar de se referir a um mundo decadente, suas formas humano.
eram bastante refinadas: procuram servir de refúgio ao ar-
LO
Orientação místico-religiosa adotada por Alphon-
tista diante de um mundo marcado pelas práticas burgue-
sus de Guimaraens: temas religiosos distantes do eso-
A
sas. Por valorizar o mundo inteiro e os valores espirituais, a
UL
terismo europeu.
atitude da arte simbolista é subjetivista, muito semelhante
PA
a dos românticos da metade do século XIX. Porém, os sim- Orientação intimista-crepuscular adotada por pré-
NA
bolistas vão mais além, atingindo as camadas do inconsci- -modernistas e modernistas, como Olegário Mariano,
ente e do subconsciente. Eles retomam o misticismo, o son- Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Manuel Bandeira
ho, a fé, numa tentativa de encontrar novos caminhos. Na 4A
e Cecília Meireles: temas relacionados com o cotidiano,
30
trilha do desconhecido, o movimento explora a possibilidade sentimentos melancólicos e gosto pela penumbra.
70
vida de uma pessoa, bem como suas vontades, escolhas e spectiva, angústias.
AU
A realidade ambígua.
3
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A musicalidade.
35
Simbolismo em Portugal
JO
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PRÉ-MODERNISMO
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UM PERÍODO DE TRANSIÇÃO com perspectivas diferentes. Graça Aranha renegou gradati-
35
vamente o passado para se tornar uma das personalidades
53
O momento histórico das duas primeiras décadas do século da Semana de Arte Moderna.
03
XX criou uma literatura social, cuja ênfase recaiu sobre a Euclides da Cunha repensou o interior do País, completa-
JO
análise da realidade nacional com preocupações sociocul- mente afastado do ufanismo social. Em Os sertões, trouxe
AU
turais. Voltada para os problemas sociais do País, essa nova uma voz inconformada com o massacre de Canudos e um
literatura buscava o nacional autêntico sem a idealização
AR
retrato realista da situação do homem sertanejo.
das fórmulas europeias importadas. O Pré-modernismo
S
abrangeu um período literário de transição compreendido Lima Barreto foi o mais radical dos renovadores. Posicionou-
PE
entre 1902 e 1922, cujo marco inicial foi a publicação de -se contra a literatura acadêmica e fez ressaltar a realidade
LO
Canaã, de Graça Aranha, e de Os sertões, de Euclides da triste dos subúrbios cariocas e as problemáticas atitudes de
políticos tiranos e ineficazes.
A
Cunha, ambos em 1902.
UL
A Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo, marcou Monteiro Lobato fez uma literatura de advertência, sob a
PA
o fim do Pré-modernismo e a inauguração do movimento óptica da caricatura, denunciando a miséria campesina e
buscando uma sociedade moderna, como revelado neste
NA
modernista no Brasil.
trecho de Zé Brasil:
4A
Como em qualquer fase de transição, no Pré-modernismo
Zé Brasil era um pobre coitado. Nasceu e sempre viveu em
30
coexistiram tendências opostas. O elemento novo leva tem-
casebres de sapé e barro, desses de chão batido e sem
70
Desse modo, a linguagem ornamental do Parnasianismo mais na casa? A espingardinha, o pote d’água, o caco de
persistiu em muitos poetas daquele período, que escreviam
JO
figuras. Tal qual eu. Tudo que ele tinha, eu também tenho.
PE
Aranha, Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Loba- (MONTEIRO LOBATO. ZÉ BRASIL. IN: LAJOLO, MARISA.
PA
TEORIA DA VANGUARDA
3
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35
53
03
Na Europa, não houve uma arte moderna uniforme, mas um No Brasil, não poderia ser diferente. Víamos o exato momen-
conjunto de tendências artísticas – provenientes de países to da história em que as manifestações artísticas vinham
O
diferentes – com propostas específicas, embora certos traços crescendo no País espelhadas nas tendências europeias, fos-
J
AU
aproximassem-nas, como o sentimento de liberdade criado- se para imitá-las, fosse para combatê-las.
AR
ra, o desejo de romper com o passado, a expressão da sub- As vanguardas europeias passaram pela Literatura Brasileira
jetividade e certo irracionalismo. Paris era o principal centro e deixaram sua contribuição. A Semana de Arte Moderna e o
S
PE
cultural europeu da época, onde as novas ideias artísticas movimento modernista vieram romper com a antiga estética
irradiavam para o resto do mundo ocidental. Essas tendênias,
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FUTURISMO: ARTE EM MOVIMENTO A intimidade e a vivência da dor derivam do sentido
NA
trágico da vida e causam uma deformação significativa,
4A
Destruição da sintaxe e da disposição das “palavras em torturada.
30
liberdade”. A arte desvincula-se do conceito de belo e feio e torna-
70
Emprego de verbos no infinitivo com vistas à substanti- -se uma forma de contestação.
35
vação da linguagem. Linguagem fragmentada, elíptica, frases nominais sem
53
sujeito, aglomeração de substantivos e adjetivos.
03
Abolição dos adjetivos e dos advérbios.
Emprego de substantivo composto em lugar de subs- Despreocupação com a organização do poema em es-
JO
tantivo acompanhado de adjetivo: praça-funil, mulher- trofes, rimas ou musicalidade.
AU
-golfo. Temas voltados para o combate à fome, à inércia e aos
AR
Abolição da pontuação e substituída por sinais da mate- valores do mundo burguês.
S
mática (+, –, :, =, >, <) e sinais musicais.
PE
DADAÍSMO
LO
Destruição do eu psicologizante.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Suíça, que tinha se
A
CUBISMO
UL
mantido neutra no conflito, recebeu em Zurique artistas e
PA
intelectuais de todos os pontos da Europa. Esses “fugidos
O movimento cubista teve início na França, em 1907, com
da guerra” reuniam-se no Cabaret Voltaire, ponto de encon-
NA
o quadro “Les demoiselles d’Avignon”, do pintor espanhol
tro e espaço cultural, no qual nasceu o movimento dadaísta.
4A
Pablo Picasso. A partir de então, em torno de Picasso e do
poeta francês Apollinaire, formou-se um grupo de artistas Criado a partir do clima de instabilidade, medo e revolta
30
que cultivaria as técnicas cubistas até o término da Primeira provocados pela guerra, o movimento dadá pretendia ser
70
poéticas.
AR
Os pintores cubistas opõem-se à objetividade e à linearida- O combate à razão Nascido na França, o movimento surrea-
lista apareceu com a publicação do Manifesto do Surrealis-
S
cias com a perspectiva, procuram decompor os objetivos re- mo (1924), de André Breton. Interessados nas propostas de
LO
presentando-os em diferentes planos geométricos e ângulos Breton, que, psicanalista, procurava unir arte e psicanálise,
retos, em espaços múltiplos e descontínuos, que se intercep- diversos pintores aderiram ao movimento, que optou por
A
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tam e se sucedem, de tal forma que o olhar do espectador experiências criadoras automáticas e pelo imaginário extraí-
do do sonho como linhas de atuação. Freud, na psicanálise,
PA
técnica introduzida pelos cubistas foi a colagem, que consis- do mundo interior do ser humano, as zonas pouco ou pro-
A
te em montar a obra a partir de diferentes materiais: figuras, priamente desconhecidas da mente humana. Encaravam o
04
do mundo interior
J
A realidade que circunda o artista é horrível; por isso, se importar com coerência, significados, adequação etc. Na
AR
ele a deforma ou a elimina, criando a arte abstrata. literatura, esse procedimento recebeu o nome de escrita au-
tomática.
S
A arte é criada sem obstáculos convencionais; represen- posição do universo dos sonhos para o plano artístico.
ta repúdio à repressão social.
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MODERNISMO PORTUGUÊS:
4A
FERNANDO PESSOA E SEUS HETERÔNIMOS
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CARACTERÍSTICAS DO Alberto Caeiro
53
03
MODERNISMO EM PORTUGAL Dentro da heteronímia, o poeta Alberto Caeiro tem uma tra-
JO
jetória de vida e características que o identificam. Era órfão
de pai e mãe, só teve instrução primária e viveu quase toda
AU
Crise do progressismo a vida no campo, sob a proteção de uma tia.
AR
burguês e intuicionismo Poeta bucólico, em contato direto com a natureza, Caeiro
S
PE
A instabilidade europeia do início do século XX atingiu Por- dá importância às sensações, registrando-as sem a media-
ção do pensamento. Para Caeiro, “tudo é como é”, todo “é
LO
tugal e representou um período de grande insatisfação e de
crise da sociedade liberal burguesa. assim porque assim é” – o poeta reduz tudo à objetividade,
A
sem nenhuma necessidade de pensar.
UL
Nessa época, imperou um novo individualismo, que os pri-
PA
meiros modernistas cultivaram como determinação do pró-
prio eu, e não como algo imposto pela sociedade. Surgiu Álvaro de Campos
NA
também o intuicionismo, como um conhecimento do mun- Álvaro de Campos nasceu no extremo sul de Portugal, em
4A
do que vem da espontaneidade, de forma natural, não pela Tavira, a 15 de outubro de 1890. Estudou Engenharia Naval,
30
ciência ou pela técnica. na Escócia. Todavia, não exerceu a profissão por não supor-
70
Entre os movimentos europeus de vanguarda que influen- sendo uma personalidade do não.
AU
ciaram o Modernismo português, devem ser citados o Cubis- “Tabacaria” é um dos mais importantes poemas de Álvaro
AR
mo e o Futurismo, que, já de início, foram adotados princi- de Campos, em que ele faz jus à ideia de um poeta ina-
palmente pelos poetas. daptado, negativo. O longo poema é exemplo marcante do
S
PE
A Primeira Guerra Mundial havia assolado a Europa e mui- desalento que o caracteriza.
LO
necessidade de transformações, no inflamado Ultimatum Ricardo Reis é natural do Porto, nasceu a 19 de setembro
PA
futurista, que o poeta, vestido de operário, apresentou na de 1887. Teve formação em escolas de jesuítas e estudou
NA
fossem pessoas reais, ou seja, heterônimos são os vários no- É conhecido como um heterônimo incompleto de Fernando
S
mes usados por Pessoa. Não se trata de pseudônimos, mas Pessoa. Aparece na obra “O livro do desassossego”, assi-
PE
heterônimos, pois são várias projeções do eu, cada qual com nando aforismos e fragmentos. Seu estilo de escrita é similar
LO
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MODERNISMO NO BRASIL: 1ª FASE
4A
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A SEMANA DE ARTE MODERNA
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Paródia e literatura popular
53
A paródia serviu de base para a criatividade linguística e foi
03
Do mesmo modo que as cidades passavam por reformas, a
arte brasileira se remodelava pelo repúdio ao academicismo recurso para os escritores incorporarem criticamente o pas-
JO
da pintura tradicional. Já em 1913, Lasar Segall (1891-1957) sado, dando início ao processo artístico modernista. O poe-
AU
capitaneou uma grande exposição de arte moderna, que pro- ma “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias, por exemplo, foi
AR
vocou a mentalidade conservadora de São Paulo. parodiado por Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Carlos
Drummond de Andrade e Murilo Mendes.
S
Em 1917, foi a vez de Anita Malfatti (1889-1964), que or-
PE
ganizou uma exposição de 53 trabalhos, entre pinturas,
Verso livre e fala popular
LO
aquarelas, caricaturas e gravuras, provocando violenta re-
A
percussão pela imprensa; o escritor Monteiro Lobato (1882- Na poesia, a aproximação da fala popular foi possível pela
UL
1942) publicou contra ela o artigo denominado “Paranoia utilização do verso livre. Poetas importantes, como Manuel
PA
ou mistificação”, em 1917. A escultura brasileira também se Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, trouxeram a lin-
desenvolveu nessa década, com a volta de Victor Brecheret,
NA
guagem comum ou coloquial das cidades.
da Itália, em 1920.
4A
O romance e o conto desenvolvidos no primeiro tempo mo-
CARACTERÍSTICAS DA dernista procuraram, na medida do possível, reproduzir a lin-
30
guagem do povo – como também trabalhar temas populares.
70
A nova concepção da linguagem artística, o caráter nacio- tura: a fala italianada dos personagens de Alcântara Macha-
03
nal e o sentido de atualidade reivindicado pelos escritores do, os neologismos dos narradores de Oswald de Andrade, a
língua brasileira de Mário de Andrade etc.
JO
pauta artística.
A
dernista.
PA
Poemas-piada e irreverência
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gramaticais.
AU
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MODERNISMO NO BRASIL: 2ª FASE (POESIA)
4A
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CARACTERÍSTICAS DA POESIA
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Poesia intimista
53
DA GERAÇÃO DE 1930
Ao lado da poesia social, é possível encontrar também uma
03
poesia intimista, voltada para a espiritualidade e para a refle-
JO
A poesia dos anos 1930 colhe os frutos da derrubada de xão amorosa, como é o caso de Vinicius de Moraes e Cecília
AU
mitos e padrões preestabelecidos instaurados em 1922. Meireles.
AR
Os poemas sem rima ou sem métrica, que tratam de temas
PRINCIPAIS POETAS DA
S
cotidianos, aproximam-se da prosa. O lirismo livremente atra-
PE
sado, a descrição de momentos e acontecimentos simultâ-
SEGUNDA FASE MODERNISTA
LO
neos, a fusão de elementos diversos passam a ter lugar na
produção poética.
A
Carlos Drummond de Andrade
UL
Cecília Meireles
PA
Incorporações das conquistas
formais anteriores Vinicius de Moraes
NA
Jorge de Lima
4A
As propostas de liberdade formal da geração anterior foram 30
incorporadas: o verso livre, a liberdade de pontuação, a supe- Murilo Mendes
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U.T.I. - Sala TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
NA
4A
Leia o ensaio de Eduardo Giannetti a seguir.
1. (UEL 2018) Analise as figuras a seguir.
30
A maçã da consciência de si. – O labrador dourado saltando com a
criança na grama; o balé acrobático do sagui; a liberdade alada da
70
arara-azul cortando o céu sem nuvens – quem nunca sentiu inveja
35
dos animais que não sabem para que vivem nem sabem que não
53
o sabem? Inveja dos seres que não sentem continuamente a falta
do que não existe; que não se exaurem e gemem sobre a sua con-
03
dição; que não se deitam insones e choram pelos seus desacertos;
que não se perdem nos labirintos da culpa e do desejo; que não
JO
castigam seus corpos nem negam os seus desejos; que não matam
AU
os seus semelhantes movidos por miragens; que não se deixam en-
louquecer pela mania de possuir coisas? O ônus da vida consciente
AR
de si desperta no animal humano a nostalgia do simples existir: o
desejo intermitente de retornar a uma condição anterior à conquista
S
da consciência. – A empresa, contudo, padece de uma contradição
PE
fatal. A intenção de se livrar da autoconsciência visando a completa
imersão no fluxo espontâneo e irrefletido da vida pressupõe uma
LO
aguda consciência de si por parte de quem a alimenta. Ela é como o
A
fruto tardio sonhando em retornar à semente da qual veio ao galho.
UL
[...] O desejo de saltar para aquém do cárcere do pensar se pode
compreender – e até cultivar – em certa medida, mas o lado de fora
PA
não há. A consciência é irreparável; dela, como do tempo, ninguém
torna atrás ou se desfaz. Desmorder a maçã não existe como opção.
NA
(TRÓPICOS UTÓPICOS, 2016.)
4A
3. (UNESP 2020)
30
70
do Pessoa:
03
movimentos expressionismo e cubismo, discorra sobre espontâneo e irrefletido da vida”? Justifique sua res-
53
mentado pelo impacto da Primeira Guerra Mundial. As Leia o excerto do romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto.
intenções dos artistas que participaram do movimento
AR
Discorra sobre as características do movimento dadaís- e os seus amores; no subúrbio, tinha os seus companheiros, e a sua
LA
ta e suas ideias de contestação. fama de violeiro percorria todo ele, e, em qualquer parte, era aponta-
U
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do; no subúrbio, enfim, ele tinha personalidade, era bem Cassi Jones
U.T.I. - E.O.
NA
de Azevedo; mas, ali, sobretudo do Campo de Sant’Ana para baixo,
4A
o que era ele? Não era nada. Onde acabavam os trilhos da Central,
acabava a sua fama e o seu valimento; a sua fanfarronice evapora- 1. (FUVEST) “Ao cabo, era um lindo garção, lindo e au-
30
va-se, e representava-se a si mesmo como esmagado por aqueles daz, que entrava na vida de botas e esporas, chicote na
70
“caras” todos, que nem o olhavam. [...] mão e sangue nas veias, cavalgando um corcel nervoso,
35
rijo, veloz, como o corcel das antigas baladas, que o ro-
Na “cidade”, como se diz, ele percebia toda a sua inferioridade de
53
mantismo foi buscar ao castelo medieval, para dar com
inteligência, de educação; a sua rusticidade, diante daqueles rapazes
03
a conversar sobre coisas de que ele não entendia e a trocar pilhé-
ele nas ruas do nosso século. O pior é que o estafaram
rias; em face da sofreguidão com que liam os placards1 dos jornais,
a tal ponto, que foi preciso deitá-lo à margem, onde o
JO
tratando de assuntos cuja importância ele não avaliava, Cassi vexa- realismo o veio achar, comido de lazeira e vermes, e, por
AU
va-se de não suportar a leitura; comparando o desembaraço com compaixão, o transportou para os seus livros.”
AR
que os fregueses pediam bebidas variadas e esquisitas, lembrava-se
a) É possível considerar o texto como uma apologia do
que nem mesmo o nome delas sabia pronunciar; olhando aquelas
Realismo? Justifique sua resposta.
S
senhoras e moças que lhe pareciam rainhas e princesas, tal e qual
PE
o bárbaro que viu, no Senado de Roma, só reis, sentia-se humilde; b) Que tem o Romantismo brasileiro a ver com a Idade
LO
enfim, todo aquele conjunto de coisas finas, de atitudes apuradas, Média? Exponha seu ponto de vista a respeito do pro-
de hábitos de polidez e urbanidade, de franqueza no gastar, redu- blema.
A
UL
ziam-lhe a personalidade de medíocre suburbano, de vagabundo
doméstico, a quase coisa alguma. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
PA
(CLARA DOS ANJOS, 2012.)
HORAS MORTAS
NA
1
PLACARDS: NOME QUE SE DAVA ÀS TABULETAS QUE TRAZIAM RESULTADOS
DE COMPETIÇÕES ESPORTIVAS, PUBLICADOS NOS JORNAIS.
4A
Breve momento, após comprido dia
De incômodos, de penas, de cansaço,
30
4. (UNESP 2020)
Inda o corpo a sentir quebrado e lasso,
70
a) No excerto, o narrador contrapõe dois espaços. Iden- Posso a ti me entregar, doce Poesia.
35
tifique-os.
53
dois espaços, o que vem a ser um importante tópico Vejo-te vir, ouço-te o leve passo
dessa poesia. Quais são esses espaços?
JO
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Um verso, um pensamento, uma saudade.
UL
Babilônia num barracão sem número. ALBERTO DE OLIVEIRA - CÉU NOTURNO (1904-1905)
PA
Cantou
Estou farto do lirismo comedido
A
Dançou
do lirismo bem comportado
04
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
3
70
(LIBERTINAGEM & ESTRELA DA MANHÃ, 1993.) [protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor
35
5. (UNESP 2019) Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho
53
[vernáculo de um vocábulo
03
Político
Raquítico
LO
Sifilítico
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De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo
U
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De resto não é lirismo uns querem metais luzentes,
NA
Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante exem- outros, as redradas2 pedras.
4A
plar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar
às mulheres, etc. Ladrões e contrabandistas
30
estão cercando os caminhos;
70
Quero antes o lirismo dos loucos cada família disputa
35
O lirismo dos bêbados privilégios mais antigos;
53
O lirismo difícil e pungente dos bêbados os impostos vão crescendo
e as cadeias vão subindo.
03
O lirismo dos clowns de Shakespeare
JO
-Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. Por ódio, cobiça, inveja,
vai sendo o inferno traçado.
AU
MANUEL BANDEIRA - LIBERTINAGEM (1930) Os reis querem seus tributos,
AR
- mas não se encontram vassalos.
2. (UNESP) Identifique e comente dois versos, do poe- Mil bateias vão rodando,
S
ma de Manuel Bandeira, que poderiam ser opostos cri- mil bateias sem cansaço.
PE
ticamente ao verso “Chegas. O ósculo teu me vivifica.”,
LO
do poema de Alberto de Oliveira. Mil galerias desabam;
mil homens ficam sepultos;
A
3. (UNESP) O primeiro poema é do parnasiano Alberto mil intrigas, mil enredos
UL
de Oliveira; o segundo, do modernista Manuel Bandeira. prendem culpados e justos;
PA
Aponte três características da poesia parnasiana obser- já ninguém dorme tranquilo,
váveis no poema de Alberto de Oliveira, que possam ser que a noite é um mundo de sustos.
NA
opostas a três características modernistas observáveis
4A
no poema de Manuel Bandeira. Descem fantasmas dos morros,
vêm almas dos cemitérios:
30
4. (FUVEST) Em 1881 foram publicados dois romances todos pedem ouro e prata,
70
2
DEPURADAS, SELECIONADAS
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
AR
ração modernista.
sobre córregos escuros;
A
infinitas galerias
penetram morros profundos. b) Aponte um aspecto em comum entre a perspectiva
NA
58
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PA
Que minha alma ilumine, e com pureza Prefácio Interessantíssimo
NA
Só ame um Deus, que vive eternamente.
24 Belo da arte: arbitrário, convencional,
4A
(JOSÉ DA NATIVIDADE SALDANHA.
POEMAS OFERECIDOS AOS AMANTES DO BRASIL. 1822.) transitório - questão de moda. Belo da
30
natureza: imutável, objetivo, natural - tem a
70
Soneto eternidade que a natureza tiver. Arte não
35
consegue reproduzir natureza, nem este é seu
Podre meu Pai! A Morte o olhar lhe vidra.
53
fim. Todos os grandes artistas, ora consciente
Em seus lábios que os meus lábios osculam (Rafael das Madonas, Rodin do Balzac,
03
Micro-organismos fúnebres pululam Beethoven da Pastoral, Machado de Assis do
Numa fermentação gorda de cidra.
JO
Brás Cubas), ora inconscientemente (a grande
Duras leis as que os homens e a hórrida hidra
maioria) foram deformadores da natureza.
AU
A uma só lei biológica vinculam,
Donde infiro que o belo artístico será tanto mais
E a marcha das moléculas regulam,
AR
artístico, tanto mais subjetivo quanto mais se
Com a invariabilidade da clepsidra!...
afastar do belo natural. Outros infiram o que
S
Podre meu Pai! E a mão que enchi de beijos
PE
quiserem. Pouco me importa.
Roída toda de bichos, como os queijos
*
LO
Sobre a mesa de orgíacos festins!...
Amo meu Pai na atômica desordem 25 Nossos sentidos são frágeis. A percepção das
A
Entre as bocas necrófagas que o mordem coisas exteriores é fraca, prejudicada por mil
UL
E a terra infecta que lhe cobre os rins! véus, provenientes das nossas taras físicas e
PA
morais: doenças, preconceitos, indisposições,
(AUGUSTO DOS ANJOS. EU. 1935.)
antipatias, ignorâncias, hereditariedade,
NA
Idealismo e Realismo circunstâncias de tempo, de lugar, etc... Só
idealmente podemos conceber os objetos como
4A
Eu sou pois associado a estes dois movimentos, e se ainda ignoro o os atos na sua inteireza bela ou feia. A arte
30
que seja a ideia nova, sei pouco mais ou menos o que chamam aí a que, mesmo tirando os seus temas do mundo
escola realista. Creio que em Portugal e no Brasil se chama realismo,
70
dual, uma retórica ou uma maneira consagrada. Ora o naturalismo e defeitos se apresentam na sua plenitude
não nasceu da estética peculiar dum artista; é um movimento geral heroica, que ultrapassa a defeituosa percepção
S
PE
da arte, num certo momento da sua evolução. A sua maneira não dos sentidos. Não sei que futurismo pode existir
está consagrada, porque cada temperamento individual tem a sua em quem quase perfilha a concepção estética de
LO
maneira própria: Daudet é tão diferente de Flaubert, como Zola é di- Fichte. Fujamos da natureza! Só assim a arte
A
ferente de Dickens. Dizer “escola realista” é tão grotesco como dizer não se ressentirá da ridícula fraqueza da
UL
a arte, como a república é a forma política que toma a democracia, (MÁRIO DE ANDRADE. “PAULICEIA DESVAIRADA”.
como o positivismo é a forma experimental que toma a filosofia. IN: POESIAS COMPLETAS. 1987.)
NA
Tudo isto se prende e se reduz a esta fórmula geral: que fora da 6. (UNESP) Uma das linhas de força do Naturalismo é
A
observação dos factos e da experiência dos fenômenos, o espírito baseada nos princípios mecanicistas e deterministas
04
fisiologia. Desde que se descobriu que a lei que rege os corpos bru- vivos como para os dos corpos brutos.
tos é a mesma que rege os seres vivos, que a constituição intrínseca (ARMAND CUVILLIER. “PEQUENO OCABULÁRIO DA LÍNGUA FILOSÓFICA”.)
O
duma donzela, que há no mundo uma fenomenalidade única, que a Releia os textos de Augusto dos Anjos e de Eça de Quei-
lei que rege os movimentos dos mundos não difere da lei que rege rós e, a seguir,
AR
Zola - é Claude Bernard. A arte tornou-se o estudo dos fenômenos fende e assume os princípios mecanicistas e determinis-
vivos e não a idealização das imaginações inatas... tas na composição literária, explique o que ele quer di-
LO
(EÇA DE QUEIRÓS. “CARTAS INÉDITAS DE FRADIQUE MENDES”. zer com a frase seguinte sobre a técnica de composição
LA
59
A
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L
A
UL
PA
concebia-se o jogo das paixões a priori; hoje, analisa-se 9. (UFG) Leia os fragmentos do poema “Violões que
NA
a posteriori, por processos tão exactos como os da pró- choram...”, de Cruz e Sousa.
4A
pria fisiologia.”;
[..]
30
b) localize no soneto de Augusto dos Anjos a estrofe Vozes veladas, veludosas vozes,
70
que traduz basicamente a mesma ideia determinista Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
35
defendida por Eça de Queirós e consubstanciada na fra-
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
53
se citada de Claude Bernard.
[...]
03
Velhinhas quedas e velhinhos quedos,
7. (UFSCAR) O luar através dos altos ramos,
Cegas, cegos, velhinhas e velhinhos,
JO
Dizem os poetas todos que ele é mais Sepulcros vivos de senis segredos,
AU
Que o luar através dos altos ramos. Eternamente a caminhar sozinhos;
AR
Mas para mim, que não sei o que penso, [...]
O que o luar através dos altos ramos
SOUSA, CRUZ E. “BROQUÉIS, FARÓIS E ÚLTIMOS SONETOS”.
S
É, além de ser 2A ED. REFORMULADA. SÃO PAULO: EDIOURO, 2002.
PE
O luar através dos altos ramos, P. 78 E 81. (COLEÇÃO SUPER PRESTÍGIO).
LO
É não ser mais
Que o luar através dos altos ramos. Com base na leitura desses fragmentos, explicite a figu-
A
UL
(FERNANDO PESSOA, “OBRA POÉTICA”.) ra de linguagem predominante nas estrofes e explique
sua função na estética simbolista.
PA
As bolas de sabão que esta criança
NA
Se entretém a largar de uma palhinha
10. (UNIRIO)
São translucidamente uma filosofia toda.
4A
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
30 CANTIGA OUTONAL
São aquilo que são
70
Pretende que elas são mais do que parecem ser. Tristezas mórbidas no mar...
03
a) O que caracteriza esse heterônimo? de outro movimento literário, evidentes no texto. Que
PE
movimento é esse?
b) O que há de comum nesses dois poemas em termos
LO
de estilo? Justifique a sua resposta. b) Retire do texto uma passagem que justifique a sua
A
Romantismo.
AR
60
A
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A
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ULA
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35
REDAÇÃO
70
30
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NA
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NA
PARÁGRAFO PADRÃO
4A
30
70
QUAL É A ESTRUTURA DO PARÁGRAFO-PADRÃO?
35
53
03
JO
Anúncio da ideia a ser trabalhada no parágrafo. É mais curto e mais opinativo. Sempre pressupõe
TÓPICO-FRASAL
AU
explicações.
AR
Desenvolvimento da ideia anunciada. É composto por explicações, comprovações e relações consti-
S
DESENVOLVIMENTO
tuídas a partir do tópico frasal.
PE
LO
Trata-se do fechamento dessa ideia principal, que pode ser feita de modo mais livre. Pode ser uma
A
UL
CONCLUSÃO consequência de todo o processo descrito, uma observação crítica das ideias apresentadas ou, até
PA
mesmo, no caso do ENEM, o anúncio de uma intervenção que poderia amenizar o problema.
NA
Exemplo 4A
30
Parágrafo do tema “Desafios para a promoção do lazer nas periferias” (redação modelo).
70
35
53
Nessas circunstâncias, outro desafio surge: o lazer para a população periférica passa a
TÓPICO-FRASAL
03
Isso ocorre, pois – diante de tantas ausências – o entretenimento e a diversão tornam-se possíveis
apenas para aqueles que podem pagar por ingressos ou que conseguem se deslocar até as áreas com
AR
mais recursos, e assim, transformam o que deveria ser um direito em uma questão de privilégio social.
DESENVOLVIMENTO
S
A canção “Fim de semana no parque”, do grupo Racionais MCs, retrata esse cenário, pois mostra a
PE
condição econômica.
A
UL
PA
Embora seja uma obra de ficção, a experiência apresentada se torna uma constante, já que a maior
parte da população desses espaços é de baixa renda e, com isso, permanece excluída da pos-
NA
CONCLUSÃO
sibilidade de se divertir e de se entreter, precisando, muitas vezes, criar alternativas,
A
inseguras para tal fim, como empinar pipas nas ruas da cidade e a nadar em águas.
304
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NA
ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS I
4A
30
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35
53
Estratégias argumentativas
03
São técnicas voltadas para a construção do parágrafo padrão, que ajudam a organizar as ideias numa sequência lógica.
JO
De modo geral, elas são combinadas ao longo da composição do parágrafo
AU
AR
1. EXPLICAÇÃO Desenvolve-se as causas do que foi anunciado no tópico frasal.
S
PE
Sob outro prisma, é válido analisar que o controle de dados na internet fomenta a alienação da socie-
LO
dade. Essa problemática ocorre porque quando conteúdos previamente selecionados, descontex-
tualizados ou alterados são a maior parte das informações acessíveis ao público, este passa a reproduzir
A
EXEMPLO: os comportamentos esperados pelos órgãos manipuladores e influencia as pessoas ao seu redor por
UL
apresentar tais fatos como verdades, o que gera um estado de desinformação.
PA
(TRECHO EXTRAÍDO DE REDAÇÃO NOTA MÁXIMA DO ENEM 2018 – CARTILHA DO PARTICIPANTE ENEM 2019)
NA
EXPRESSÕES QUE Tal cenário deve-se ao fato de...
4A
AJUDAM A CRIAR Essas atitudes ocorrem em virtude de...
OS PERÍODOS Isso se torna constante na sociedade, pois...
30
70
Outro fator que reforça a precariedade do saneamento é gestão interesseira de parte das
03
autoridades competentes. Por acreditarem que as obras constantes não trazem visibilidade política,
muitos desses representantes realizam iniciativas positivas na área apenas às vésperas das eleições, bus-
JO
EXEMPLO: cando, assim, obter um número maior de eleitores para si. Prova desse modelo de política pública
AU
que – em vez de ocorrerem cotidiana e preventivamente, como determina a Lei de Saneamento brasileira,
promulgada em 2007 – são realizadas, em suma, em anos eleitorais.
S
PE
3. CONTRA-
Apresenta-se uma ideia para depois desconstruí-la, invalidá-la ou mostrar como ela não ocorre.
ARGUMENTAÇÃO
NA
Em primeira análise, convém avaliar que os entusiastas da redução da maioridade possuem argumentos
A
válidos, que se baseiam na capacidade do jovem de responsabilizar-se por seus atos e na impunidade.
04
Contudo, essa visão alimenta uma disputa entre a sociedade e o crime que só resulta em perdas, pois
3
70
o desejo de punir o jovem infrator não atua no cerne da questão, que é a necessidade de garantir segurança
35
EXEMPLO para a população. Isso ocorre, pois as prisões não possuem capacidade de reabilitar o presidiário, de con-
53
tribuir para sua melhora como cidadão, além do índice de reincidência criminal ser elevado e esses locais
03
funcionarem como escolas do crime, já que pequenos infratores podem criar contato com as grandes máfias.
(TRECHO EXTRAÍDO DE REDAÇÃO NOTA MÁXIMA DO FAMEMA 2020 – ESTATÍSTICAS
O
AJUDAM A CRIAR Inicialmente, cabe ressaltar que a legislação brasileira assegura... No entanto...
S
63
A
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A
UL
PA
NA
ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS II
4A
30
70
35
53
Emprego de algum dado/registro histórico que auxilie na composição de um argumento.
1. DADOS HISTÓRICOS A informação incorporada ao texto deve contribuir para a criação de uma linha lógica (e
03
cronológica) entre o fato pregresso apresentado e o contemporâneo que se deseja discutir.
JO
Ademais, a influência de milhares de usuários se dá pela negligência e abuso de poder governamental.
AU
Durante a Era Vargas, a manipulação comportamental dos brasileiros foi uma realidade a partir
AR
da criação do Departamento de Imprensa e Propaganda que possuía a função de fiscalizar os conteúdos
S
que seriam divulgados nos meios de comunicação usando o controle da população. Nos dias atuais,
PE
EXEMPLO com o auxílio da internet, as pessoas estão mais expostas, uma vez que o governo possui aces-
LO
so aos dados e históricos de navegação que possibilitam a ocorrência de uma obediência influenciada
como ocorreu na Era Vargas. Desse modo, urge a extrema necessidade de alterações estruturais para a
A
UL
ocorrência de uma liberdade comportamental de todos.
(TRECHO EXTRAÍDO DE REDAÇÃO NOTA MÁXIMA DO ENEM 2018 – CARTILHA REDAÇÃO A MIL 2018)
PA
NA
Durante... a hostilidade era comum, pois... Nos dias de hoje, essa mesma lógica pode ser vista,
4A
uma vez que...
EXPRESSÕES QUE No período colonial, os brasileiros... Atualmente, de modo análogo, a situação também ocor-
30
AJUDAM A CRIAR re, pois...
70
OS PERÍODOS O cenário contemporâneo é análogo ao período... pois, assim como na época, a popula-
35
Em primeiro plano, a liberdade dos cidadãos de terem suas próprias opções é prejudicada por essa mazela.
S
Dessa forma, é imprescindível citar que no livro 1984, de George Orwell, o “Grande Irmão”
PE
observa e controla o comportamento do corpo social por meio de uma “teletela“. Sob essa ótica, a
LO
internet manipulada tem papel parecido no período atual, em que o internauta fica refém de
EXEMPLO imagens, de notícias e de assuntos baseados em algoritmos definidos por programas de computador. Desse
A
UL
modo, o indivíduo, majoritariamente, tem apenas uma falsa sensação de liberdade, uma vez que torna-se
PA
Essa situação está representada na obra..., já que... Apesar de ficcional, a história evi-
3
dencia o quanto...
70
EXPRESSÕES QUE No filme... o protagonista se recusa a... Não distante da ficção, essa situação também
35
OS PERÍODOS O filme “O som ao redor” evidencia esse contexto ao... Na sociedade atual, de modo
03
semelhante, ...
O
64
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PA
NA
Sustenta-se a opinião a respeito de um assunto evidenciando também conhecimentos
4A
3. ARGUMENTO DE expressos por alguém que possui domínio técnico ou teórico sobre o tema apresentado.
AUTORIDADE Usualmente, empregam-se conceitos de várias áreas do conhecimento para legitimar os
30
argumentos, como a filosofia, a sociologia, a história, a geografia entre outras.
70
35
53
Ademais, outra dificuldade na democratização do acesso ao cinema no Brasil é a falta de estímulo à busca
03
por conhecimento. Nesse cenário, os indivíduos são manipulados a permanecerem com pensamentos ba-
seados no senso comum, e os filmes transmitidos às massas colaboram com esse processo. Isso é explicado
JO
porque nos cinemas são exibidos sempre os mesmos gêneros, que se resumem a terror, romance, animação
AU
EXEMPLO e ficção científica, e geralmente tornam as pessoas espectadores passivos, impossibilitados de desenvol-
AR
ver ideias críticas. Nessa perspectiva, eles não conseguem sair do estado de menoridade, proposto por
Immanuel Kant, em que o indivíduo é incapaz de pensar por si mesmo. Logo, os conteúdos
S
divulgados nos cinemas não permitem que os sujeitos adquiram autonomia de pensamento.
PE
LO
(TRECHO EXTRAÍDO DE REDAÇÃO NOTA 980 DO ENEM 2019 – ALUNA HEXAG)
A
UL
Segundo o filósofo(...) Nesse sentido, é possível dizer...
PA
De acordo com o sociólogo.... Nessa mesma linha, pode-se afirmar que...
EXPRESSÕES QUE
O historiador... afirma que “...” A frase do autor evidencia como esse problema...
NA
AJUDAM A CRIAR
O filósofo... assegura que... Essa concepção pode ser relacionada ao...
OS PERÍODOS
4A
Essa situação confirma a ideia de Kant de que..., pois...
Tal cenário corrobora a afirmação de... sobre ... já que...
30
70
35
53
03
1. RETOMADA DO
PA
Fica evidente, portanto, que nem todos têm acesso ao cinema como entretenimento.
PROBLEMA
NA
Nesse contexto, cabe ao Ministério da Cultura – órgão responsável pelo sistema cultural brasileiro
A
04
2. DESCRIÇÃO DA – garantir à população a oportunidade de frequentar um cinema, por intermédio de políticas de des-
3
INTERVENÇÃO contos na compra de ingressos de acordo com a renda, a fim de incluir toda sociedade no “mundo
70
cinematográfico”.
35
53
3. FECHAMENTO
03
ESPECIAL
(DETALHAMENTO Dessa forma, os brasileiros verão o direito garantido pela Constituição como uma realidade próxima.
O
DA PROPOSTA DE
J
AU
INTERVENÇÃO)
AR
TRECHO EXTRAÍDO DE REDAÇÃO NOTA 1000 DO ENEM 2019, PUBLICADA NA CARTILHA “REDAÇÃO A MIL 2.0”
S
PE
LO
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DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO – ANÁLISE DOS ELEMENTOS
NA
4A
30
Agente
70
35
O Ministério da Economia deve ampliar a oferta de empregos formais...
53
Cabe às instituições de ensino promover...
É necessário que o Poder Legislativo enrijeça a punição...
03
JO
AU
Ação (mais ampla – usualmente iniciada com verbos no infinitivo)
AR
As Universidades devem capacitar os professores das redes pública e privada...
S
O Ministério da Saúde deve informar a população a respeito da importância da doação de órgãos...
PE
As Escolas devem ampliar a discussão a respeito das DSTs com os alunos....
LO
A
UL
Meio (mais específico – Usualmente descrito com o emprego de substantivos)
PA
Tal ação pode ser feita por meio de cursos de formação continuada que abordem a valorização da plurali-
NA
dade linguística...
4A
Essa ação deve ser realizada através de propagandas que desmistifiquem...
... a partir de debates, palestras com profissionais especializados e leitura de livros que tratem do as-
30
sunto...
70
35
53
03
a fim de que os professores estejam aptos a lidarem com diferenças linguísticas em sala de aula, podendo
valorizar as variantes de cada aluno.
AU
com objetivo de aumentar o número de doadores, reduzindo o tempo de espera por um órgão.
AR
com o intuito de aumentar a prevenção entre os adolescentes, evitando novos casos de contaminação...
S
PE
LO
DETALHAMENTO
Ao menos um dos elementos da sua redação precisa ser detalhado. Veja os exemplos:
A
UL
PA
Além disso, é de suma importância que as instituições educacionais promovam, por meio de campanhas
de conscientização, para pais e alunos, discussões engajadas sobre a imprescindibilidade de sa-
NA
DETALHAMENTO ber usar, de maneira cautelosa, a internet, entendendo a relevância de uma “polarização
A
DA AÇÃO digital” para a concretização da razão comunicativa, com o intuito de utilizar o meio virtual para o
04
TRECHO EXTRAÍDO DE REDAÇÃO NOTA MIL DO ENEM DE 2018. FONTE: CARTILHA: REDAÇÃO A 1000
70
35
Governo Central deve impor sanções a empresas, em especial as virtuais, que criam perfis de usuários para
53
influenciar suas condutas, por via da instauração de Secretarias planejadas para a atuação no
03
DETALHAMENTO ambiente digital, uma vez que tais plataformas padecem de fiscalizações efetivas, com o fito
DO MEIO
O
TRECHO EXTRAÍDO DE REDAÇÃO NOTA MIL DO ENEM DE 2018. FONTE: CARTILHA: REDAÇÃO A 1000
AR
Às escolas desenvolverem a percepção dos perigos da “cognição preguiçosa” para a formação da visão
de mundo dos seus alunos, mediante aulas de informática unidas à disciplina de Sociologia – voltadas
S
PE
DETALHAMENTO para uma educação não só técnica, mas social das novas tecnologias –, a fim de ampliar nos jovens
DA FINALIDADE o interesse por diferentes opiniões e, consequentemente, reduzir os efeitos adversos da
LO
problemática.
LA
TRECHOS EXTRAÍDOS DE REDAÇÃO NOTA MIL DO ENEM DE 2018. FONTE: CARTILHA: REDAÇÃO A 1000
U
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A
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PA
FECHAMENTO ESPECIAL
NA
(PODE SER USADO COMO DETALHAMENTO DA FINALIDADE)
4A
30
70
Para encerrar a redação, recomenda-se que o aluno escreva um período conclusivo curto no qual ele afirme o que poderá
35
melhorar a partir das ações informadas. Trata-se de algo bem conciso e mais amplo que pode, inclusive, fazer referência–
53
histórica, filosófica, literária, sociológica, entre outras – a algum dado trabalhado, geralmente, na introdução do texto. Assim,
03
além de garantir o cumprimento do detalhamento descrito, ele consegue estabelecer o paralelismo com algo que foi abor-
JO
dado ao longo da redação.
AU
Exemplo
AR
S
PE
LO
“Embora a Constituição Federal de 1988 assegure o acesso à cultura como direito de todos os cidadãos,
percebe-se que, na atual realidade brasileira, não há o cumprimento dessa garantia, principalmente no
A
INTRODUÇÃO
que diz respeito ao cinema. Isso acontece devido à concentração de salas de cinema nos grandes centros
UL
urbanos e à condição cultural de que a arte é direcionada aos mais favorecidos economicamente.
PA
NA
PERÍODO DE
4A
Feito isso, a sociedade brasileira poderá caminhar para completude da democracia no âmbito cultural.”
FECHAMENTO
TRECHOS EXTRAÍDOS DE REDAÇÃO NOTA MIL DO ENEM DE 2019. FONTE: CARTILHA: REDAÇÃO A 1000 - 2.0
30
ESPECIAL
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35
67
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NA
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO II : OS AGENTES DA INTERVENÇÃO
4A
30
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35
Sempre procure conhecer os atores sociais para definir quais ações eles podem executar em sua intervenção.
53
03
AGENTE AÇÃO
JO
Reduzir e prevenir riscos e agravos à saúde da população; (SAÚDE)
Ampliar o acesso da população a medicamentos; (SAÚDE)
AU
Valorizar os profissionais da educação; (EDUCAÇÃO)
AR
Estimular a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de formação para pro-
fissionais da educação; (EDUCAÇÃO)
S
PE
Proteger áreas ameaçadas de degradação; (MEIO AMBIENTE)
LO
Acompanhar o estado e a qualidade do ambiente; (MEIO AMBIENTE)
1. MINISTÉRIOS Combater a violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalida-
A
de policial e carcerária; (MULHER, FAMÍLIA E DIREITOS HUMANOS)
UL
Fortalecer os princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica,
PA
nas instituições de ensino superior e nas instituições formadoras; (MULHER, FAMÍLIA E DIREITOS
NA
HUMANOS)
Ampliar o controle e o rastreamento de armas de fogo, munições e explosivos, (JUSTIÇA E SEGU-
4A
RANÇA PÚBLICA) 30
Elevar o nível de percepção de segurança da população; (JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA)
70
PÚBLICO
J O
8. PODER LEGISLATIVO
Facilitar o acesso da população aos...
AR
S
PE
LO
U LA
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68
A
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A
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PA
NA
CONCLUSÃO: OUTROS VESTIBULARES
4A
30
70
35
53
Resumo
03
O objetivo da conclusão é encerrar a discussão realizada ao longo do texto, a partir da recuperação da abordagem inicial.
JO
Trata-se de um parágrafo mais livre, cabendo ao aluno decidir qual é forma de conclusão que melhor convém a cada tema.
AU
AR
SUGESTÃO DE ESTRUTURA DA CONCLUSÃO
S
PE
LO
A. RETOMADA DA TESE Inicia-se o período com uma reafirmação da posição inicial, sugerida pela tese.
A
UL
B. (OPÇÕES)
PA
B1. RETOMADA DOS ARGUMENTOS Retoma-se os argumentos para endossar o posicionamento.
NA
B2. SOLUÇÃO Apresenta-se uma solução para o problema discutido.
4A
B3. REMISSÃO A TEXTOS Trata-se de uma referência a um autor/obra apresentado ao longo do texto.
30
B4. REFLEXÃO CRÍTICA Apresenta uma ponderação sua a partir de todas as ideias apresentadas.
70
Crie um período curto, no qual você faça uma sugestão, uma ressalva em rela-
35
COESÃO SEQUENCIAL
AU
AR
S
PE
LO
Coesão sequencial é aquela que cria – dentro do texto – condições para que a leitura possa avançar ou progredir. São
responsáveis por esse tipo de coesão as flexões verbais (tempo e modo) e as conjunções, também chamadas de conectivos.
A
UL
Estes são os principais responsáveis por articular a coesão no interior da dissertação argumentativa.
PA
NA
TABELA DE CONECTIVOS
A
04
APLICAÇÃO/EXEMPLO
VALOR SEMÂNTICO CONECTIVOS (Trechos extraídos de redações nota máxima do ENEM 2019,
3
70
mais, outrossim
acarreta falta de conhecimento sobre os direitos individuais.
O
Primeiramente, em primeiro
J
Nesse sentido, há, de fato, uma visão elitista advinda dos donos de sa-
Como resultado, por esta ra-
S
las de exibição, que muitas vezes precificam ingressos com valores aci-
PE
corrência disso
população de baixa renda fica impedida de frequentar esses espaços.
LA
U
PA
69
A
AN
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A
UL
PA
NA
Ademais, as escolas e as universidades, mediante palestras e debates,
A fim de, com o propósito de,
devem informar a população a respeito da importância do cinema,
4A
FINALIDADE para que, com o intuito de,
com o objetivo de configurar um comportamento crítico quanto às
com o objetivo de,
30
falhas da sociedade.
70
De acordo com os iluministas Diderot e D’Alembert, autores da
35
“Enciclopédia”, a democratização da educação é fundamental no
53
combate à alienação dos cidadãos, garantindo aos mesmos sua efe-
Conforme, segundo, de acordo
03
CONFORMIDADE tiva liberdade. Dessa forma, entende-se que o cinema torna-se um
com
instrumento educacional importante na medida em que apresenta o
JO
entretenimento como meio de reflexão social, o que contribui com a
AU
construção de cidadãos críticos dentro da democracia brasileira.
AR
O cinema, considerado a sétima arte, é um importante meio de difu-
são do conhecimento, entretenimento e cultura. Por oferecer tamanha
S
PE
Entretanto, porém, contudo, carga intelectual, ele deveria ser de fácil acesso a todos. No Brasil, en-
OPOSIÇÃO
no entanto, todavia. tretanto, percebe-se que, no decorrer dos anos, o acesso a essa arte
LO
tornou-se pouco democrático devido a fatores históricos e à reduzida
A
a atuação estatal para resolver essa problemática.
UL
“O filme “Bastardos Inglórios”, ao contextualizar cenas em meados
PA
do século XX, retrata o caráter elitista das exibições de cinema, uma
NA
vez que eram espaços de socialização das classes ricas da época. Na
contemporaneidade, embora seja mais amplo, ainda há entraves a
4A
Embora, apesar de, ainda que,
CONCESSÃO serem superados quanto à democratização do acesso às salas cine-
por mais que, mesmo que.
30
matográficas no Brasil. Nesse sentido, os resquícios de uma herança
70
Isso porque, em virtude de, já da empresa “Apple”, ter corroborado com a i deia do mundo virtual
EXPLICAÇÃO
AR
que, uma vez que, pois, como influenciador ao constatar que a “tecnologia move o mundo”,
as redes sociais não são utilizadas pelos órgãos públicos para divulgar
S
PE
Assim, logo, portanto, desse Logo, é fundamental que o poder público desenvolva medidas, como
3
CONCLUSÃO modo, dessa forma, em sínte- a construção de mais espaços destinados aos espectadores, com o
70
se, em suma, destarte intuito de que os anseios do artigo 215 tenham realmente vigor.
35
53
Nessa mesma linha, nesse sen- imitar a realidade, permitindo àquele que a aprecia experimentar ou-
CONTINUAÇÃO tido, sob esse mesmo viés, sob tras visões do real e aprender com elas. Nesse sentido, o cinema,
O
J
tal ótica uma vez que se constitui como forma de arte, tem a função não só de
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COESÃO REFERENCIAL
4A
30
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35
53
Coesão referencial é aquela em que um componente da superfície do texto faz remissão a outro(s) elementos(s) nela
03
presentes ou inferíveis a partir do universo textual. Em outras palavras, trata-se do ato de fazer referências a termos que já
apareceram no texto sem se valer do uso de repetições. A coesão referencial pode ser empregada a partir do uso de artigos,
JO
pronomes, numerais, sinônimos e hiperônimos e termos genéricos.
AU
AR
PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE COESÃO REFERENCIAL APLICADAS NA DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
S
PE
APLICAÇÃO
LO
ESTRATÉGIA MECANISMOS (Trechos extraídos de redações nota máxima do ENEM
A
2019, disponíveis na Cartilha Redação a mil 2.0.
UL
PA
ELE/ELA (Sujeito) Dessa forma, a ampliação do acesso à cultura por meio do cinema
1. PRONOMES
NA
O(S)/A(S) e variações (Ob. direto) é imperativa para alertar os brasileiros sobre sua condição de
PESSOAIS
LHE/LHES (Ob. indireto) marginalização cultural e para inseri-los no acesso à arte.
4A
30
Esse cenário é presente no Brasil pois não há a democratização
70
DEMOSTRATIVO b) Anafórico: retoma o termo mais pró- tizados, como shoppings, e com preços inacessíveis à comunidade
53
Contexto: cenário, conjuntura, situa- garantam o acesso à cultura restringe a cidadania dos indivíduos.
ção Seja pela dificuldade em administrar recursos em um território de
J O
de modo geral
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PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE COESÃO REFERENCIAL APLICADAS NA DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
4A
APLICAÇÃO
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ESTRATÉGIA MECANISMOS (Trechos extraídos de redações nota máxima do ENEM
70
2019, disponíveis na Cartilha Redação a mil 2.0.
35
“A terceira fase do Modernismo vigorou, no Brasil, durante o Pe-
53
ríodo Liberal-Democrático, apresentando como uma de suas pro-
03
postas artísticas a retratação das “Sociedades Liminares” – tradi-
JO
(Trata-se da retomada de um termo cionalmente excluídas do projeto cultural brasileiro – nas obras
AU
5. HIPERÔNIMOS específico por um termo mais abran- cinematográficas. Tal movimento, conhecido como “Cinema
gente) Novo”, embora objetivasse a integração de povos historicamente
AR
invisibilizados, não obteve êxito na democratização do cinema no
S
país, haja vista o não comparecimento daqueles aos cinemas da
PE
época.
LO
A
Decerto, o processo de urbanização brasileiro ocorreu de forma
UL
Termos que podem retomar os varia- acelerada e desorganizada, provocando o surgimento de aglome-
dos tipos de palavras ou orações.
PA
rados no entorno dos centros urbanos. Diante dessa conjuntu-
essa condição ra, essas periferias sofrem, de modo geral, históricas negligências
NA
tal situação
governamentais, como a escassez de infraestrutura básica, de
4A
escolas e de hospitais.
6. TERMOS esse cenário 30
GENÉRICOS tal processo
Efetivamente, é notório o desacordo que existe entre o que é as-
70
PROGRESSÃO TEMÁTICA
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O QUE FAZER
PARA GARANTIR
O
TEMÁTICA?
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SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS PARA PROGRESSÃO TEMÁTICA NOS PARÁGRAFOS DE DESENVOLVIMENTO
4A
(2º, 3º OU 04º PARÁGRAFOS)
30
Ao elaborar o seu planejamento, organize a apresentação desses parágrafos da maneira que for
70
mais lógica para a compreensão do corretor. Por exemplo: devo falar primeiro da família e depois
35
1. APROXIMAÇÃO TEMÁTICA do Estado? Devo falar primeiro da educação e depois do trabalho? Devo falar primeiro da so-
53
ciedade civil e depois das empresas? Essa escolha não pode ser aleatória. Observe qual é o melhor
03
caminho e depois siga esse planejamento.
JO
Uma das formas de progressão temática mais comum é a articulação entre causa e consequência.
AU
Tal relação pode ser facilmente empregada em diferentes propostas de vestibular, já que consiste na
apresentação das razões que motivam determinada ideia ou problema e, em seguida,
AR
2. CAUSA/ CONSEQUÊNCIA
dos efeitos que tal situação provoca. No entanto, é preciso cuidado: o parágrafo de consequ-
S
ência não pode ser completamente expositivo. É fundamental, nesse caso, que o autor realiza uma
PE
avaliação crítica do efeito apresentado.
LO
Em algumas propostas, é possível identificar argumentos que são muito plausíveis de serem abor-
A
dados, já que estão indiretamente sugeridos por meio da análise da coletânea. Nesse sentido, para
UL
3. ARG. MAIS EVIDENTE/
comprovar a tese, o candidato pode dividir seus parágrafos começando com um argumento
PA
ARG. MENOS EVIDENTE mais previsível e depois aprofundando sua análise num argumento menos evidente,
NA
mas que também se mostra muito pertinente à questão.
4A
O uso da divisão entre passado e presente no desenvolvimento das redações também não é uma
30
novidade. Em alguns temas, torna-se fundamental analisar o passado para entender as causas de
70
4. PASSADO/ PRESENTE determinada situação e, assim, comprovar a tese. Por uma questão lógica, é preciso primeiro
35
apresentar as relações com o passado para depois mostrar como ela ainda engendram
53
Nesse caso, cabe ao candidato apresentar uma ideia no primeiro argumento que se des-
JO
5. DESDOBRAMENTO dobrará na ideia apresentada no segundo argumento. Este, por sua vez, pode levar a
AU
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DISCUSSÃO TEMÁTICA: A QUESTÃO 7 – Descriminalizar o consumo é apenas um ponto de partida. A
NA
legalização e a regulação devem envolver também a produção e a
4A
comercialização. Na Holanda, onde o consumo é descriminalizado
DAS DROGAS E O TRATAMENTO desde os anos 1970, a origem da droga não é regulada.
30
DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
70
8 – Em Portugal, que descriminalizou o uso de todas as drogas,
em 2001, estudos mostram que o consumo diminuiu justamente na
35
faixa etária em que o consumo se inicia, dos 15 aos 24 anos.
53
Acervo
03
9 – No Uruguai, onde, a partir de 2012, passou-se a regular todo o
processo, da produção ao consumo, cerca de 3 mil pessoas já estão
TEXTO 1
JO
cultivando a cannabis e consumindo o que cultivam. Um dos efeitos
AU
Drogas, legalização e descriminalização: desfazendo mitos da regulação é que menos dinheiro circula no narcotráfico, não foi
registrado aumento do consumo de drogas e, entre adolescentes, o
AR
Pelo artigo 28 da Lei de Drogas, comete crime aquele que “adqui-
consumo caiu.
rir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para
S
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com 10 – Indicadores apontam que, em uma comparação com o álcool,
PE
determinação legal”. As penas não envolvem prisão, mas o acusado este causa muito mais prejuízos, seja sobre a saúde do usuário, seja
LO
sofre todas as consequências de um processo penal e, se condenado, no que diz respeito à violência, doméstica, no trânsito, decorrente
deixa de ser réu primário. Os defensores da descriminalização argu- do seu uso.
A
UL
mentam que impedir o indivíduo de portar droga para o uso próprio
11 – Há estudos buscando a utilização na cannabis como droga
viola o princípio da intimidade e da vida privada, ferindo o que está
PA
substituta para o álcool, nos casos de tratamento de alcoólicos, com
expresso na Constituição.
menos danos, menor custo econômico e redução de índices de vio-
NA
No seminário Maconha: Usos, Políticas e Interfaces com a Saúde lência.
e Direitos, realizado em julho, no Rio de Janeiro, pela Fiocruz em
4A
parceria com a Escola de Magistratura do Rio de Janeiro (Emerj), 12 – A descriminalização e a legalização possibilitam controle do
30
uma conclusão foi unânime: o modelo repressivo às drogas produziu Estado sobre a oferta, a circulação e a qualidade do produto a ser
consumido.
70
vidas, vem causando mais mortes do que poderia causar o consumo 13 – A atual legislação brasileira não estabelece critérios objetivos
dessas substâncias. O caminho defendido por legisladores, gestores,
53
aquisitivo.
integrar esse coro (informações extraídas das exposições dos par-
15 – A maior parte das pessoas detidas por envolvimento com
S
1 – Não há evidências científicas de que o consumo de drogas au- lorizada pelo Judiciário.
mentará e acarretará mais mortes, com a descriminalização.
A
2 – A violência decorrente da guerra às drogas mata muito mais pequena quantidade de drogas.
PA
e o consumo de entorpecentes e o número de pessoas presas por 18 – A abordagem penal marginaliza pessoas que poderiam pro-
3
4 – Entre os consumidores adultos, somente uma parcela muito Constituição (art. 5º).
53
prejuízos à saúde.
HTTPS://CEE.FIOCRUZ.BR/ (11.08.2015)
5 – A classificação das drogas entre lícitas e ilícitas não obedece
J O
foram assim classificadas em uma convenção das Nações Unidas, Descriminalização de drogas para uso pessoal é aposta
em 1961, sem base na ciência. contra encarceramento desnecessário
S
PE
6 – A maioria das drogas em circulação é legal (como exemplo, o Uma das principais – e mais polêmicas – novidades do anteprojeto
tabaco, o álcool e medicamentos como a ritalina, os ansiolíticos e de reforma da Lei de Drogas apresentado à Câmara dos Depu-
LO
antidepressivos, entre outros). As drogas ilícitas são uma minoria. tados no início do mês de maio é a proposta de descriminalização
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tilhamento de entorpecentes para uso pessoal, limitado à quantia inspirados na iniciativa de “guerra às drogas”, em que uma dose
NA
de dez doses (a quantidade de cada dose por tipo de droga será para consumo próprio pode gerar a aplicação da pena de morte. Há
4A
definida pelo Poder Executivo). modelos que descriminalizam e legalizam, como o do Uruguai, que
criou uma autarquia para regular esse novo mercado.
30
Segundo o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogerio
70
Schietti Cruz, vice-presidente da comissão de juristas que elaborou Algum desses modelos internacionais foi mais inspirador?
o anteprojeto, a descriminalização é uma tendência mundial e foi
35
incluída no texto após discussão com especialistas e análise da ex- Rogério Schietti – Todos os estudiosos do assunto e a literatura
53
periência de vários países. especializada colocam Portugal como o modelo que mais deu certo
03
em relação a uma nova política relacionada a drogas ilícitas. Reco-
Ao mesmo tempo em que busca reforçar o combate ao grande nhecemos que o Brasil não tem condições de dar o mesmo pas-
JO
tráfico de drogas e ao seu financiamento (leia na entrevista do so, por isso demos um passo tímido com a descriminalização do
AU
ministro Ribeiro Dantas, presidente da comissão de juris- uso limitado. É o que achamos possível para nossa realidade. Há
tas), o anteprojeto estabelece diretrizes para políticas públicas de quem defenda a legalização do comércio, mas há uma deficiência
AR
prevenção ao uso de drogas e de redução de danos, para prevenção do Estado em fornecer e controlar serviços, então não poderíamos
ao uso problemático de entorpecentes e também para tratamento
S
deixar o Estado administrar isso. Simplesmente não vamos mais cri-
PE
de dependentes. minalizar a conduta das pessoas que fazem uso dessas substâncias
LO
O ministro Rogerio Schietti comenta na entrevista abaixo alguns sem consequências maiores a terceiros. A proposta é não mais punir
pontos da redação final do anteprojeto, com destaque para a pro- criminalmente usuários quando flagrados na posse de até dez doses.
A
UL
posta de descriminalização do uso pessoal. De acordo com o ma-
Qual o parâmetro adotado para a definição desse limite
gistrado, que preside a Terceira Seção do STJ (especializada em ma-
PA
de dez doses?
térias de direito penal), a legislação atual contribui para que o país
NA
tenha um alto grau de encarceramento, o que acaba servindo de Rogerio Schietti – É muito difícil estabelecer o parâmetro. Em
estímulo para o crescimento das organizações criminosas. alguns países o limite é cem gramas de cannabis; em outros, 40.
4A
Outros fixam limites por dias de consumo. É importante destacar que
“Cerca de 30% dos homens condenados cumprem pena por crimes 30
estabelecemos uma presunção que pode ser desconsiderada pela
ligados ao tráfico, e entre as mulheres esse percentual chega a 70%.
realidade dos fatos. O juiz pode avaliar se é realmente caso de usu-
70
Uma das preocupações do anteprojeto é estabelecer di- lância Sanitária (Anvisa). Como essa regulamentação pode demorar,
03
ferença entre dependência e uso problemático de drogas. o anteprojeto estabeleceu um limite provisório.
JO
Essa distinção é nova? No Brasil, a questão das drogas leva ao encarceramento em massa.
Isso também pesou na hora de formular as propostas?
AU
classificações. Existe o usuário eventual, esporádico, que não neces- crimes relacionados ao tráfico tiveram um aumento muito maior.
PE
sariamente se torna dependente. Há os dependentes e há aqueles Atualmente, cerca de 30% dos homens condenados cumprem pena
LO
que, mesmo não sendo dependentes, acabam tendo problemas por crimes ligados ao tráfico, e entre as mulheres esse percentual
pessoais por causa do uso frequente: perdem o emprego, têm con- chega a 70%. Pior que a superlotação do sistema penitenciário são
A
flitos familiares, enfim, geram situações que lhes trazem problemas as condições de cumprimento de pena. As facções se alimentam da
UL
e por isso são definidos como usuários problemáticos. Tentamos dar mão de obra que entra nos presídios por crimes pequenos. Esses
PA
respostas correspondentes a cada uma das situações, mantendo ao pequenos flagrantes não afetam o comércio de drogas, pois quem
mesmo tempo um tratamento rigoroso ao tráfico. é preso logo é substituído na função. São pessoas que poderiam
NA
lização?
as penas de modo proporcional.
3
Rogerio Schietti – Sim, para a pessoa que faça uso até um limi-
70
te de dez doses, propomos sua retirada do sistema criminal, pois é Há também uma preocupação com a política de redução
35
um problema individual e, eventualmente, de saúde pública. Esta- de danos. De que forma esse conceito está presente no
53
problemas, pode haver a intervenção do Estado, mas o indivíduo Rogerio Schietti – No texto apresentado, há uma afirmação da
somente será alcançado pelas garras da Justiça quando se envolver política de redução de danos para as hipóteses de intervenção social
O
mos errados, o mundo todo também estará. dência seja vencida ou, ao menos, controlada, conforme cada caso.
AR
Quais foram os modelos internacionais observados pela co- É possível prever os efeitos que a descriminalização pode
missão para a definição da proposta da descriminalização?
S
Rogerio Schietti – Foram analisados vários modelos no mundo Rogerio Schietti – Este é um tema sobre o qual estamos sem con-
LO
todo, desde os que não punem na esfera criminal e usam apenas dições de fazer prognósticos seguros. São vários fatores que levam
sanções cíveis, como a multa, até os modelos mais draconianos uma sociedade a conviver com drogas e crimes. É possível que haja
LA
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no primeiro momento um aumento no consumo, pela eliminação de Tendo isso em mente: Dependência é o mesmo que vício? - O ter-
NA
uma resposta muito drástica que possa inibi-lo, porém o que importa mo vício foi superado e hoje considera-se que a terminologia mais
4A
é que esses usuários não mais serão tratados como criminosos. Deixa- adequada a ser empregada nesse contexto é dependência química,
mos muito claro na apresentação do anteprojeto que é preciso uma conceito esse que não traz consigo qualquer tipo de implicação de
30
política forte do Estado em relação às drogas da mesma forma como ordem ético-moral para o indivíduo. Consequentemente, transpõe-
70
foi feito com o cigarro. O consumo do tabaco diminuiu drasticamente -se a natureza do transtorno por uso de substâncias, deixando de ser
35
nos últimos anos. O número de fumantes no Brasil caiu cerca de 36% uma questão moral e de desrespeito às normas sociais, passando a
53
nos últimos dez anos porque há uma campanha muito forte que alerta enquadrar-se enquanto doença tratável, ainda que incurável.
03
para os riscos desse produto. Nenhum de nós quer um filho ou parente
Levando tais mudanças em consideração, pode-se definir a depen-
como usuário de drogas, e por isso eles devem ser alertados dos riscos.
dência como um transtorno por uso de substâncias psicoativas, que
JO
“DESCRIMINALIZAÇÃO DE DROGAS PARA USO PESSOAL É APOSTA CONTRA
devido à recorrência do consumo poderá induzir no sujeito o desen-
ENCARCERAMENTO DESNECESSÁRIO” HTTPS://WWW.STJ.JUS.BR/ (07.03.2019)
AU
volvimento de um padrão comportamental patológico, alterações
AR
físicas e psiquiátricas.
TEXTO 3
S
Quais são as dependências químicas mais comuns no Brasil?
Segundo UNODC, 35 milhões de pessoas sofrem transtor-
PE
nos de dependência às drogas - A crescente classe média do Brasil tem se envolvido cada vez mais
LO
com drogas como, por exemplo, a cocaína. O país consome hoje
Parte dos dependentes clínicos precisa do apoio de uma clínica para 18% da oferta mundial anual da droga, com 2,8 milhões de brasi-
A
efetuar o melhor tratamento e restituindo o depende à sociedade.
UL
leiros, ou 1,4% da população, fazendo uso de um total de 92.000
quilos em 2010, segundo estimativas fornecidas pelo Escritório das
PA
O problema do uso de substâncias afeta muitas pessoas no Brasil e
no mundo. Segundo dados de 2019 do Escritório das Nações Unidas Nações Unidas sobre Drogas e Crime.
NA
sobre Drogas e Crime (UNODC), 35 milhões de pessoas sofrem de
Visto esses números expressivos: Quais são as drogas mais
transtornos decorrentes do uso de drogas e necessitam de tratamen-
4A
comuns no Brasil e quais os efeitos mais graves dessas subs-
to em clínicas para dependentes químicos. 30
tâncias?
No Brasil, a situação não é diferente: de acordo com estudos or-
70
brasileiros conhecem um familiar que seja dependente químico. A intoxicação aguda do álcool e cocaína podem levar a óbito. Já o
03
químicos e outros transtornos mentais no Paraná irá oferecer escla- gota, osteoporose, hipertensão arterial, entre outras complicações
PE
O que é dependência química? - A dependência química é carac- ção alcoólica, síndrome de abstinência do álcool, alucinose alcoólica,
terizada pelo uso repetido e incontrolável de drogas de uma forma depressão, podendo ampliar o risco de suicídio do indivíduo.
A
UL
que ameaça a saúde e o bem-estar físico e mental do indivíduo, bem Qual o melhor tratamento para dependentes químicos?
como a segurança física e o bem-estar emocional das pessoas ao seu
PA
redor. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística (DSM), o - A abordagem terapêutica para a dependência química é muito va-
NA
sistema de classificação da Associação Americana de Psiquiatria para riável. Afinal, cada dia há novas descobertas científicas que promo-
distúrbios psiquiátricos, uma pessoa pode ser considerada dependen- vem o conhecimento e permitem novas e eficazes abordagens me-
A
te se três ou mais dos seguintes itens estiverem presentes: dicamentosas e terapêuticas. Mas, por outro lado, um ponto-chave
04
de que ele passa por uma doença que precisa ser controlada diaria-
2) Sinais e sintomas de abstinência mente no intuito de promover a satisfação de seu viver.
35
5) Muito tempo gasto em atividades necessárias para a obtenção Hoje em dia, caiu-se por terra a abordagem reducionista que insiste
J
AU
7) Uso continuado da substância, apesar de ter problemas físicos ou Diante da dificuldade que os pacientes com doenças quimicamen-
PE
psicológicos persistentes ou recorrentes que possam ser causa- te dependentes devem manter a abstinência para aumentar suas
LO
dos ou exacerbados pela substância. chances de sucesso no processo de tratamento, é necessária uma
conduta cautelosa e completa.
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Quais são os requisitos para o dependente controlar o uso O contexto de um orçamento da União cada vez mais apertado, de
NA
de substâncias e ter uma vida funcional? forma geral, ajuda a explicar a redução nos gastos com a política
4A
de drogas. Mas o cenário de arrocho revela também as priorida-
- Antes de mais nada, é imprescindível que o usuário se mantenha
des, como aponta o coordenador da área de Justiça, cidadania e
30
abstinente. Para isso, deve-se buscar auxilio profissional especiali-
segurança pública do Ipea, Alexandre Cunha, responsável pelo le-
70
zado, dar início à psicoterapia, suporte medicamentoso administra-
vantamento.
do por um psiquiatra quando necessário e prescrito. A abordagem
35
terapêutica mais indicada pela American Psychological Association “Isso reflete prioridades, mesmo num contexto de redução (de
53
(APA) para o tratamento da dependência química é a Terapia Cog- despesas), que nunca é linear. Algumas políticas sofreram cortes ex-
03
nitivo-Comportamental, metodologia focada na prevenção de reca- pressivos, como de saúde mental. Outras tiveram aumento, como de
ídas, desenvolvimento de habilidades sociais e mudança de hábitos repressão”, afirmou em entrevista à BBC News Brasil.
JO
que possam levar o indivíduo ao consumo de substâncias depen-
AU
dógenas.
AR
Onde procurar ajuda para dependentes químicos?
S
- A primeira etapa da recuperação é criar consciência de que o uso
PE
de substâncias se tornou um problema na vida da pessoa, o que
LO
está perturbando a qualidade de sua vida. Isto pode resultar em
deficiências na escola, no trabalho, social, recreativo ou em outras
A
UL
áreas importantes da função.
PA
Assim que um indivíduo reconhece o impacto negativo de uma
substância em sua vida, uma ampla gama de opções de tratamento
NA
está disponível. Uma delas é usar um regime de internação em uma
4A
clínica especializada.
“SEGUNDO UNODC, 35 MILHÕES DE PESSOAS SOFREM
30
TRANSTORNOS DE DEPENDÊNCIA ÀS DROGAS”
70
HTTPS://WWW.TERRA.COM.BR/NOTICIAS (19.05.2021)
Com base nos dados do levantamento, solicitado pelo próprio go-
35
Diferente de outros investimentos na política de drogas, gastos fede- ver com aumento na repressão, mas principalmente um aumento
AR
rais com repressão tiveram aumento nos últimos anos expressivo em política de prevenção e cuidado”, segundo ele.
S
O investimento do governo federal em políticas de drogas teve uma Depois, no último ano da gestão Temer, isso muda. “Aí você tem alte-
PE
queda abrupta nos últimos anos: saiu de um patamar de mais de R$ ração substancial do tipo de gasto feito em prevenção e cuidado - o
1,8 bilhão em 2017 para um valor 75% menor no último ano do
LO
Bolsonaro (R$ 476 milhões). perto do que você cortou nos recursos destinados à prevenção e
UL
pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Despesa no Ministério da Saúde com política de drogas
NA
Eles analisaram as despesas do governo federal com essa área, em tem menor nível
diferentes ministérios, em 15 anos (2005 a 2019).
A
No âmbito do governo federal, os gastos com políticas de drogas área tiveram, em 2019, seu menor nível em 15 anos, com R$ 22,6
3
incluem ações em diferentes frentes (e espalhadas em vários mi- milhões. Quando comparado ao orçamento total da pasta, o percen-
70
nistérios): coordenação nacional da política sobre drogas, repressão tual é de apenas 0,02%, que também é o menor patamar da série
35
ao tráfico internacional de drogas, atenção à saúde dos usuários, histórica. De 2014 a 2017, quando ficou por volta de R$ 1,5 bilhão,
53
políticas de educação para prevenção e compra de leitos em comu- esse percentual superava 1%.
03
nidades terapêuticas.
No Ministério da Saúde, o aumento durante o governo Dilma é expli-
Além da constatação sobre a queda geral no gasto com política de
O
drogas, a análise de como os recursos foram distribuídos entre es- de atenção psicossocial e ações no campo de saúde mental.
AU
política no Brasil.
com gastos de saúde mental, e existem destinações específicas para
Nos últimos anos, houve redução em verbas destinadas ao Minis-
S
tério da Saúde, responsável por políticas de atenção à saúde dos Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), que é a atenção especializada
usuários, ao mesmo tempo em que foi verificado valor recorde nos
LO
77
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PA
Desde o governo Temer, houve uma mudança de orientação e hoje ligação com igrejas e organizações religiosas (40% pentecostais e
NA
esse modelo também não é prioridade do governo Bolsonaro. 27% católicas).
4A
“Na medida em que o governo Temer muda a orientação política na A leitura da Bíblia é uma atividade diária em 89% delas, e a partici-
área de saúde mental no Ministério da Saúde, começa a haver des-
30
pação em cultos e cerimônias religiosas é obrigatória em 55%. Leia
monte forte das redes de atenção psicossocial e do financiamento
70
mais nesta reportagem da BBC News Brasil, que revelou, em 2019,
a esse tipo de atenção. Então esse movimento no gráfico tem a ver que o governo federal financiava entidades para dependentes quí-
35
com essa política ser estruturada e, depois, desestruturada.” micos denunciadas por maus-tratos e irregularidades, com denún-
53
Cunha diz que a política de atenção ao usuário de drogas e outras cias como violação de correspondências, prisão dentro de quartos,
03
drogas dentro da lógica de redução de danos foi “abortada”. “Não trabalhos forçados e punições por faltas a cultos religiosos.
chegou efetivamente a estar estruturada e a gente ainda não tem
JO
“A lógica do sistema anterior, de atenção ambulatorial ao depen-
distância suficiente para avaliar êxito. Para avaliar política pública,
AU
dente, trabalha dentro da lógica de redução de danos. E o modelo da
precisamos de pelo menos cinco anos de implementação da política
comunidade terapêutica é o da abstinência. Então, é uma transição
AR
para fazer avaliação para medir impacto”, diz.
de modelo que era calcado na melhora da vida do dependente mes-
Procurado pela reportagem para comentar a redução na verba, o mo que ele não deixasse de usar droga, para o um modelo em que
S
PE
Ministério da Saúde respondeu que o atendimento de saúde mental o fundamental é a abstinência - tornar-se limpo é requisito para ter
e o tratamento especializado para dependência química é oferecido direito à assistência”, diz Cunha.
LO
pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Disse ainda que, em 2020, a
pasta investiu R$ 476 milhões nesses atendimentos. Despesa no Ministério da Justiça com política de drogas
A
UL
tem maior nível sob Bolsonaro
Foco em comunidades terapêuticas
PA
O modelo anterior de atendimento vem sendo substituído pelas
NA
chamadas comunidades terapêuticas. Essa política, que foi iniciada
por Dilma, vem se tornando o principal mecanismo de combate à
4A
dependência química da gestão Bolsonaro. 30
Em , uma lei sancionada por Bolsonaro fortaleceu as comunidades
70
saúde.2019
03
A lei também diz que esses locais devem oferecer “projetos terapêu-
JO
social e econômica do usuário de drogas”. Diferentemente de outras áreas, os recursos destinados à política de
PE
O governo já informou que o Ministério da Cidadania busca aumen- desde 2019, com a aprovação da Nova Política Nacional Sobre Dro-
3
tar esse orçamento, hoje em R$ 146,2 milhões, para R$ 330 milhões. gas, as ações da pasta “são voltadas para gestão da política, pesqui-
70
Esse gasto com comunidades terapêuticas estava originalmente no sa e, sobretudo, a redução da oferta de drogas através da descapita-
35
Ministério da Justiça até 2018 e em 2019 passou para o orçamento lização das organizações criminosas, com leilão de bens apreendidos
53
“Um dos objetivos da nova política é acolher e tratar usuários de Entre os investimentos, também estão, segundo a pasta, o sistema
drogas por meio da desintoxicação e fortalecimento das comunida- de radiocomunicação na fronteira do Brasil com o Paraguai (“que
J O
des de tratamento, integrando políticas nacionais e internacionais, causou um prejuízo de quase R$ 3 bilhões aos criminosos e apreen-
AU
tomando iniciativas públicas e privadas e reconhecendo as diferen- deu, desde 2019, cerca de 900 toneladas de droga”), a Escola Na-
AR
ças entre o usuário, o dependente e o traficante de drogas, tratando- cional de Cães de Faro, (“que será inaugurada em breve, com foco
-os de forma diferenciada”, disse o Ministério da Cidadania. em aumentar a capacidade de detecção de drogas por parte dos
S
químicos e proselitismo religioso. Das quase 2 mil comunidades te- O presidente e seus aliados defendem a ação contra o tráfico como
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rapêuticas no país, segundo outro estudo do Ipea, 82% disseram ter política fundamental para conter a criminalidade no país - ao mes-
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mo tempo em que estudiosos do tema apontam que “a guerra às
É IMPORTANTE SABER
NA
drogas”, realizada há décadas, não vem mostrando resultado na
4A
redução da violência.
I. DADO ESTATÍSTICO RELEVANTE
30
Em 2020, por exemplo, Bolsonaro e aliados comemoraram apreen-
“Cerca de 30% dos homens condenados cumprem pena por crimes
70
sões recordes de centenas de toneladas de drogas (principalmente
maconha). ligados ao tráfico, e entre as mulheres esse percentual chega a 70%.
35
As facções se alimentam da mão de obra que entra nos presídios por
53
No âmbito do debate sobre apreensões, a Polícia Federal reconheceu crimes pequenos”, diz o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
03
o impacto limitado das apreensões de drogas para combater o trá- Rogerio Schietti Cruz.
fico, destacando como ações de maior relevância as operações que “SEGUNDO UNODC, 35 MILHÕES DE PESSOAS SOFREM
JO
conseguem atingir o comando das organizações criminosas por trás TRANSTORNOS DE DEPENDÊNCIA ÀS DROGAS”
HTTPS://WWW.TERRA.COM.BR/NOTICIAS (19.05.2021)
AU
desse mercado ilegal.
AR
A tendência gradual de liberação do uso da maconha no mundo
também é frequentemente apontada pelos especialistas no tema - II. DADO HISTÓRICO RELEVANTE
S
hoje, o uso recreativo é permitido em países como Uruguai, Canadá A história da sua criminalização no país remonta ao início do século
PE
e Geórgia e em vários Estados americanos. passado, embora a sua proibição, no caso do Rio de Janeiro, venha mais
LO
Por que é desafiador calcular (e fiscalizar) quanto o Brasil gasta com de longe. Já em 1830, no Império, o código de posturas da Câmara
Municipal estabelecia a proibição da venda e do uso do Pango.
A
política de drogas?
UL
Mensurar os gastos em todas essas áreas da política relacionada às Reportagem do GLOBO, publicada em outubro de 1930, lembrava que,
PA
drogas é desafiador por alguns motivos. cem anos antes, a Câmara do Rio já havia fixado punições para “os
contraventores”. No grupo estavam incluídos o vendedor do Pango, que
NA
O primeiro é que o Brasil não reúne todas as políticas sobre drogas pagaria multa, e “os escravos e mais pessoas que delle usarem (sendo
4A
em um mesmo órgão. Então, além de o orçamento estar espalhado punidos) em três dias de cadeia”. Mas o código dos primórdios do Impé-
entre os ministérios, existem ações orçamentárias que não são exclu- rio parecia letra morta. Segundo a reportagem, a “Diamba” era vendida
30
sivamente para políticas de drogas, o que torna difícil identificar cada no início dos anos 30 em herbanários da então capital da República,
70
uma e diferenciar os gastos lá dentro. “como O GLOBO demonstrou, adquirindo-a, por baixo preço, num des-
35
“Fizemos uma garimpagem, dentro de cada ação orçamentária, ses estabelecimentos commerciaes”, na Rua São José 23.
53
sobre o que ia para política sobre drogas e o que não ia”, explicou “‘PITO DO PANGO’ NA DÉCADA DE 30, MACONHA ERA VENDIDA EM
03
exatamente o que foi direcionado para política de drogas. Por isso, “Acredito que há um avanço significativo no debate sobre drogas no
AR
Cunha diz que é possível que se gaste com políticas sobre drogas Brasil, porém, o peso da justiça criminal ainda não deu espaço à aborda-
em ações que não foram desagregadas - o que significa que o gasto gem da saúde pública, e a repressão precisa ser focada no crime organi-
S
PE
pode ser maior. zado e no tráfico violento de drogas, não nos usuários. Além disso, a cri-
minalização gera corrupção de agentes públicos e violações de direitos
LO
políticas de drogas no Brasil é considerar o papel de Estados e muni- de covid-19. Ele fora condenado sob a acusação de ter vendido R$
53
cípios, que não está contabilizado aí. Um exemplo claro são as ações 10,00 em drogas.
03
Neste ano, pesquisa do Centro de Estudos de Segurança e Cidada- que possibilita o entendimento de juízes e delegados pela punição
nia (Cesec) apontou que, em um ano, as instituições do sistema de mais grave. Enquanto países como Portugal e Colômbia estabelecem
S
“MENOS SAÚDE, MAIS REPRESSÃO: PRIORIDADES MUDAM NO COMBATE jovens portadores de entorpecentes, mesmo em pequenos volumes.
A DROGAS NO BRASIL” WWW.BBC.COM.BR (12.5.2021)
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IV- ampliar as alternativas de inserção social e econômica do usu-
V. ANALOGIA LITERÁRIA
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ário ou dependente de drogas, promovendo programas que
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Todo mundo experimenta o cachimbo da floresta priorizem a melhoria de sua escolarização e a qualificação pro-
fissional;
30
Dizem que é do bom
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
70
Dizem que não presta
35
Querem proibir, querem liberar V- promover o acesso do usuário ou dependente de drogas a to-
53
E a polêmica chegou até o congresso dos os serviços públicos;
03
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Tudo isso deve ser pra evitar a concorrência
JO
VI- estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos progra-
Porque não é Hollywood mas é o sucesso
mas, ações e projetos das políticas sobre drogas;
AU
(...)
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
AR
Na delegacia só tinha viciado e delinquente VII- fomentar a criação de serviço de atendimento telefônico com
S
orientações e informações para apoio aos usuários ou depen-
PE
Cada um com um vício e um caso diferente
Um cachaceiro esfaqueou o dono do bar porque ele dentes de drogas;
LO
Não vendia pinga fiado (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
A
E um senhor bebeu uísque demais, acordou com um travestí VIII- articular programas, ações e projetos de incentivo ao emprego,
UL
E assassinou o coitado renda e capacitação para o trabalho, com objetivo de promover
PA
Um viciado no jogo apostou a mulher, perdeu a apostaE ela foi se- a inserção profissional da pessoa que haja cumprido o plano
questrada individual de atendimento nas fases de tratamento ou acolhi-
NA
mento;
4A
Era tanta ocorrência, tanta violência que o índio (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
30
Não tava entendendo nada IX- promover formas coletivas de organização para o trabalho,
70
Ele viu que o delegado fumava um charuto fedorento redes de economia solidária e o cooperativismo, como forma
35
E acendeu um “da paz” pra relaxar de promover autonomia ao usuário ou dependente de drogas
53
Mas quando foi dar um tapinha egresso de tratamento ou acolhimento, observando-se as es-
03
Foi mandado pro presídio e no caminho assistiu um X- propor a formulação de políticas públicas que conduzam à efeti-
AU
Acidente provocado por excesso de cerveja: vação das diretrizes e princípios previstos no art. 22;
AR
Uma jovem que bebeu demais atropelou (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Um padre e os noivos na porta da igreja XI- articular as instâncias de saúde, assistência social e de justiça
S
PE
(GABRIEL O PENSADOR, IN: “CACHIMBO DA PAZ”) XII- promover estudos e avaliação dos resultados das políticas so-
A
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bre drogas.
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019
VI. LEGISLAÇÃO
PA
HTTPS://WWW2.CAMARA.LEG.BR/LEGIN/FED/LEI/2007/LEI-11445-
NA
São objetivos do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, dentre ou- 5-JANEIRO-2007-549031-NORMAATUALIZADA-PL.HTML
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multimídia: ver
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multimídia: ver multimídia: ler
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FONTE: YOUTUBE FONTE: UOL
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Cortina de Fumaça (2010) - Direção: Rodrigo Mac Niven Devemos regular ou proibir o uso de drogas no Brasil
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multimídia: ler multimídia: acessar
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FONTE: NEXO FONTE: DROGAS: QUANTO CUSTA PROIBIR
Saúde mental e políticas de atenção a usuários de drogas 4A Projeto - Drogas: quanto custa proibir
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PROPOSTA ENEM
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TEXTO 1
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Aproximadamente 10% dos brasileiros já utilizaram alguma substância ilícita durante a vida, de acordo com o III Levantamento Nacional sobre
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o uso de drogas. Durante a pandemia, a situação agravou-se ainda mais. Segundo os dados do Ministério da Saúde, nas redes credenciadas
A
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o socorro por uso de alucinógenos cresceu 54% de março a junho de 2020 quando comparado ao mesmo
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período do ano anterior. Com poucas políticas públicas de combate ao uso de drogas, milhares de famílias sofrem por amar alguém que perdeu
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TEXTO 2
3 04
A dependência química é uma doença do cérebro e está relacionada com o sistema de recompensa do nosso sistema nervoso. Nosso sistema
70
nervoso é constituído de células nervosas (neurônios) que se comunicam através de sinais elétricos e sinais químicos, chamados de neurotrans-
35
Um dos principais neurotransmissores do corpo humano é a dopamina, responsável pela sensação de prazer. “Sempre que experimentamos algo
03
prazeroso, como comer ou fazer sexo, os neurônios disparam uma sensação de prazer e somos incentivados a repetir a ação. É o que chamamos
de sistema de recompensa”, explica o psiquiatra Ricardo Amaral, coordenador do Programa de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria (IPq)
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A dependência acontece quando o desejo incontrolável se sobrepõe ao prazer. “O estímulo que a substância produz no cérebro dificilmente será
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obtido com outras experiências e, com o uso contínuo, é possível que a pessoa fique muito vinculada emocionalmente à substância e deixe de
fazer outras atividades que não trazem tanto prazer”, explica o psiquiatra Ricardo Amaral.
S
PE
Na dependência, a pessoa perde a capacidade de lidar com problemas, a capacidade de decisão e de organização.
“DEMI LOVATO REVELA DIFICULDADE PARA FICAR SÓBRIA APÓS OVERDOSE; ENTENDA POR QUE DEIXAR A DEPENDÊNCIA QUÍMICA É TÃO DIFÍCIL”
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HTTPS://G1.GLOBO.COM/ (21.03.2021 )
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TEXTO 3 TEXTO 4
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HTTPS://D.EMTEMPO.COM.BR/CHARGES/81246/CHARGE-
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DO-AGORA--13-DE-OUTUBRO-2017--MALIKA
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TEXTO 5
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Apesar dos avanços, a política de atenção a usuários de drogas tem sido objeto de questionamento desde 2016, e diversas medidas vêm sendo
30
tomadas com vistas ao seu desmonte, envolvendo a retomada de internações (inclusive forçadas) de usuários de drogas em clínicas e comunidades
70
terapêuticas, com apoio de recursos públicos. Neste cenário de mudanças, o debate público sobre o tema e a tomada de decisões baseadas em
35
evidências tornam-se indispensáveis. Além disso, os governos subnacionais assumem papel decisivo, uma vez que dispõem de relativa autonomia
frente ao governo federal para sustentarem a oferta de serviços assistenciais a pessoas afetadas por usos problemáticos de drogas que resguardem
53
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um
AU
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema O ENFRENTAMENTO DA DE-
PENDÊNCIA QUÍMICA NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
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relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
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PROPOSTA VESTIBULAR
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TEXTO 1
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Publicada em agosto de 2006, a Lei de Drogas (nº 11.343) define os crimes e as normas para a repressão ao tráfico de entorpecentes no Brasil.
35
Segundo o artigo 33 da lei, a pena é de cinco a 15 anos para quem “importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
53
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas”.
03
O texto trata ainda da posse para o consumo pessoal no artigo 28, que não estabelece pena de prisão. A norma define que a pessoa receberá uma
JO
advertência sobre os efeitos das drogas, poderá ser condenada à prestação de serviços à comunidade ou deverá comparecer a um curso educativo
AU
sobre o tema. “A Lei de Drogas de 2006 retirou a pena de prisão do usuário, mas continua tratando desta questão dentro da esfera criminal. Como
resultado, o sistema prisional está superlotado e várias violações de direitos humanos são cometidas em nome da guerra contra as drogas”, avalia
AR
a pesquisadora uruguaia Viviana Porto, doutoranda em Ciências Políticas na Universidade Nacional Autônoma do México e especialista no tema.
S
“DEVEMOS REGULAR OU PROIBIR O USO DE DROGAS NO BRASIL?” HTTPS://WWW.UOL.COM.BR/ECOA (19.01.2021)
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TEXTO 2
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Os problemas envolvendo o uso de drogas no Brasil devem ser vistos como “questão de saúde, não de polícia”. É o que defendeu a ministra do
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Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia em participação gravada para o evento Cannabis Affair, que será transmitida nesta quarta-feira. A
jurista participou da mesa de abertura do evento, que trata de questões sociais relacionadas à maconha, e falou sobre as consequências da atual
NA
política de drogas para o sistema prisional do Brasil.
4A
— Quem porta droga e faz uso da droga não necessariamente comete um crime que pode ser equiparado a práticas que são realmente nocivas à
sociedade e às pessoas, como o tráfico, a comercialização — disse a ministra do STF.
30
70
Ela defende que há uma preocupação na Corte de não criminalizar em excesso delitos relacionados ao uso de drogas, pois há uma “população
35
carcerária enorme” no país. Ao prender um mero usuário, ele seria colocado pra dentro do mundo do crime, ficando em situação de vulnerabilidade
53
— É preciso que o poder público brasileiro invista em políticas de saúde para aqueles que estão em uma situação de vício, e que seja pelo álcool ou
por outro tipo de droga, que ele receba um tratamento. Porque essa é uma questão de saúde, não de polícia — afirmou Cármen Lúcia.
JO
“USO DE DROGAS ‘É QUESTÃO DE SAÚDE, NÃO DE POLÍCIA’, AFIRMA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA” HTTPS://OGLOBO.GLOBO.COM/ (09.06.2021)
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TEXTO 3
S
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Os discursos a favor da descriminalização do uso de drogas têm se inspirado na suposição enganosa de que, uma vez liberadas, menos árduo será o
seu combate. Apoiam-se, por exemplo, no argumento de que proibir o consumo de drogas seria, de fato, uma forma de incentivá-lo, pois o proibido
LO
é sempre desejado.
A
Nenhuma pessoa medianamente esclarecida poderá discordar, no atual estágio dos progressos científicos, do que propaga a Medicina: usar drogas
UL
é arruinar a saúde. Retrato fiel dos malefícios que a disseminação dos entorpecentes causa ao indivíduo e à sociedade é feito pelo ex-Ministro da
PA
Justiça Alfredo Buzaid: “A predisposição a estados neuróticos e psicóticos e à criminalidade, a desagregação da família e o abandono dos princípios
éticos de convivência social são alguns dos efeitos nocivos da utilização indevida dessas substâncias”.
NA
Assim, ao lado da repressão, urge promover campanhas educacionais permanentes sobre os males causados pelo uso de drogas, que se inscrevem
A
04
TEXTO 4
53
03
Ao se tratar da questão das drogas, é necessário separar o joio do trigo. É preciso tirar o usuário da esfera criminal, liberar esses recursos da segu-
rança para outra coisa. E, mesmo dentro da categoria tráfico, devemos entender quem é a pessoa que está na produção, no embalar, no transporte,
O
na venda e qual é a gradação disso, para depois vermos quem são as pessoas que de fato são uma ameaça à sociedade, que estão matando, que
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Então, o que tem que ser feito para ontem é: tirar o consumo da esfera criminal, até que a gente consiga de fato entender que o foco precisa ser
no crime violento.
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‘“POUCOS FALAM PELA DESCRIMINALIZAÇÃO DAS DROGAS, MAS ENTRE QUATRO PAREDES É DIFERENTE”’ ILONA SZABÓ , DIRETORA-
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TEXTO 5
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No caso brasileiro, a descriminalização não pode ser implementada sem que haja qualquer planejamento estratégico previamente. À medida que
se entende que o consumo das drogas é na verdade um grave problema de saúde pública e, não somente, da justiça criminal, parece importante
30
que possamos tentar diminuir o estigma e a discriminação contra indivíduos com transtornos por uso de substâncias. Ao mesmo tempo, é preciso
70
investir em ações para estimular a implementação de programas efetivos de prevenção primária e de tratamento baseados em evidências científicas.
35
Os estudos em prol da descriminalização, aliás, parecem ser ainda muito frágeis. As boas publicações sobre o tema mostram resultados controversos
53
e as preocupações têm recaído sobre a diminuição da percepção de riscos do uso de substâncias por adolescentes. Não adianta flexibilizar as legis-
03
lações sem termos feito as “tarefas de casa” fortemente necessárias para que que o intuito inicial da descriminalização, que é proteger o usuário de
drogas, seja de fato atingido. Caso haja mudança na legislação, o poder público não poderá se omitir de fornecer tratamento e recursos necessários
JO
para aqueles que adoecem (usuários e seus familiares) com o consumo contumaz e problemático de drogas.
AU
ALESSANDRA DIEHL, PSIQUIATRA, EDUCADORA SEXUAL, ESCRITORA, ESPECIALISTA EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA E SEXUALIDADE HUMANA.
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“DESCRIMINALIZAÇÃO DAS DROGAS SEM PLANEJAMENTO PODE NÃO NOS LEVAR A LUGAR ALGUM” OPINIÃO. HTTPS://WWW.GAZETADOPOVO.COM.BR (07.11.2019)
S
PE
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a
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norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
A
O BRASIL DEVE DESCRIMINALIZAR O PORTE DE DROGAS PARA USO PESSOAL?
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INGLÊS
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ESTUDO DA LÍNGUA INGLESA
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U.T.I. - Sala 2. (ESPM) “a burgeoning, land-hungry population killed
53
off the last of Germany’s wolves”, in the second para-
03
graph, most likely refers to:
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES.
JO
a) Farmers interested in commercializing wild animals.
INTO THE WOODS
AU
b) An expanding population interested in land use.
c) Biologists fighting against the extermination of en-
AR
BECAUSE OF EXTRAORDINARILY LOW BIRTHRATES, EU-
ROPE WILL LOSE 41 MILLION PEOPLE BY 2030. dangered species.
S
d) People having to kill animals for survival.
PE
(BY STEFAN THEIL)
e) Empty landscapes.
LO
Germans are getting used to a new kind of immigrant. In 1998, a
pack of wolves crossed the shallow Neisse River in the Polish-Ger- 3. (ESPM) The triple time bomb mentioned by Nuno da
A
man border. In the empty landscape of Eastern Saxony, speckled
UL
Costa most likely refers to:
with abandoned strip mines and declining villages, the wolves found
PA
a) Lack of schools, lack of facilities to attend the elderly,
plenty of deer and rarely encountered humans. They multiplied so
lack of jobs for the youngsters.
NA
quickly that a second pack has since split off, colonizing a secon-
d-growth pine forest 30 kilometers further west. Soon, says local b) Low marriage rate, high death rate, only the elderly
4A
wildlife biologist Gesa Kluth, a third pack will likely form, possibly stay in the countryside.
30
heading northward in the direction of Berlin. c) Low birthrate, aging people, rural exodus.
70
Wolves returning to the heart of Europe? A hundred years ago, a d) Couples that do not want to have children, elderly
who are living longer, youngsters staying in the villages
35
wolves. Today, it’s the local humans whose numbers are under thre-
at. Wolf-country villages like Boxberg and Weisswasser are emptying e) High mortality rate among children, low mortality
03
out, thanks to the region’s ultralow birthrate and continued rural rate among the elderly, rural depopulation.
JO
Such numbers are a harbinger of the future. Home to 22 of the Driverless automobiles - The car that parks itself
world’s 25 lowest-birthrate countries, Europe will lose 41 million
CARS that need no driver are just around the corner according to
S
the latest U.N. Population Division report. The biggest decline will researchers who have been testing vehicles bristling with aerials and
cameras on public roads in America. However, researchers do not
LO
flight continues to suck people into Europe’s suburbs and cities - the to market. And carmakers are a conservative bunch. Still, slowly and
UL
country-side will lose close to a third of its population, say both the steadily the autonomous car will arrive, with the help of an increasing
PA
United Nations and the EU. “It’s a triple time bomb”, says University number of automated driving aids. A Swedish carmaker has recently
of Lisbon demographer Nuno da Costa. “Too few children, too many demonstrated one such feature: a car that really does park itself.
NA
old people and too many of the remaining young people still leaving Some cars already have systems that assist with parking, but these
A
the village.” are not completely autonomous. They can identify an empty paralle-
04
(NEWSWEEK, JULY 4, 2005.) l-parking space and steer into it while the driver uses the brake. The
3
70
Swedish system, however, lets the driver get out and use a smartpho-
1. (ESPM) We can infer from the text that: ne application to instruct the vehicle to park. The car then 1trundles
35
a) In the last 15 years the population rate has declined off, manoeuvres into a parking place and sends a message to the dri-
53
all over Europe. ver to inform him where it is. The driver can collect the car in person or
03
problems in Europe.
J
c) Birth rate has started growing in Europe’s big cities. be managed more easily than on open highways. In the past, designs
AR
d) In the future some rural areas in Europe will experi- for doing this have relied on car parks being fitted with buried guide
ence extremely low population rates. wires that a vehicle can follow to an empty bay. That, though, creates
S
2
e) The UN has advised European countries to change a chicken-and-egg problem: car-park operators will not invest in such
PE
their demographic policies. infrastructure until there is a sufficient number of suitably equipped
LO
cars on the road. Drivers, conversely, will not want to buy self-parking
cars if there is nowhere to use them.
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This means, as a safety engineer working on the project observes, that TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
NA
for autonomous parking to work most of the technology will have to
4A
be in the car itself. The test car, which looks like a normal car, therefore How Exercise Can Calm Anxiety
uses on-board GPS mapping, cameras with image-recognition sof-
30
In an eye-opening demonstration of nature’s ingenuity, researchers
tware, and radar sensors to find its own way around a car park and
70
at an American University recently discovered that exercise creates
avoid pedestrians and non-autonomous vehicles. The same engineer
vibrant new brain cells — and then shuts them down when they
35
says the system is five to ten years from commercial deployment. If it
shouldn’t be in action.
53
proves a success then infrastructure might adapt to it, for instance by
03
packing cars into tighter spaces. If there is no one in them there is no For some time, scientists studying exercise have been puzzled by phy-
need to make room for their doors to open. sical activity’s two seemingly incompatible effects on the brain. On the
JO
Driverless cars would also need to communicate with one another, one hand, exercise is known to prompt the creation of new and very
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to enhance safety. That, too, is coming. 3A number of carmakers are excitable brain cells. At the same time, exercise can induce an overall
developing wireless networking systems through which vehicles can pattern of calm in certain parts of the brain.
AR
exchange data, such as their speed, their steering angle and even Most of us probably don’t realize that neurons are born with certain
S
their weight, to forewarn anti-collision systems and safety devices if predispositions. Some, often the younger ones, are by nature easily
PE
an accident looks likely. excited. They fire with almost any provocation, which is laudable if
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In the USA, for example, a carmaker recently tested a brake light that you wish to speed thinking and memory formation. 1But that feature
can provide an early warning to other motorists. If the brakes are is less desirable during times of everyday stress. If a stressor does
A
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applied hard in an emergency, a signal is broadcast. This illuminates not involve a life-or-death decision and require immediate physical
a warning light in the dashboard of suitably equipped following vehi- action, then having lots of excitable neurons firing all at once can be
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cles, even if they are out of sight around a bend or not immediately counterproductive, inducing anxiety.
NA
behind the vehicle doing the braking. Studies in animals have shown that physical exercise creates excitable
4A
The American company has been testing this system as part of a neurons in abundance, especially in the hippocampus, a portion of
collaborative research project with several European carmakers. 4They the brain known to be involved in thinking and emotional responses.
30
have put a fleet of 150 experimental vehicles on the roads. When But exercise also has been found to reduce anxiety in both people
70
they tested a group of these, the Americans found the technology let and animals.
35
Another member of the research group has been testing driverless Princeton researchers wondered?
cars on roads around Munich— including belting down some of
JO
marks newborn cells in the brain, and for six weeks, allowed half of
a variety of self-contained guidance systems. These include cameras
them to run at will on little wheels, 2while the others sat quietly in
AR
The German cars also use a radar, to gauge how far the vehicle is
ness. 3Given access to cages with open, well-lighted areas, as well as
from other cars and potential obstacles, and a lidar, which works like
LO
a radar but at optical frequencies. The lidar employs laser beams to shadowy corners, the running mice were more willing to cautiously
explore and spend time in open areas, an indication that they were
A
scan the road ahead and builds up from the reflections a three-di-
more confident and less anxious than the sedentary animals.
UL
computer in the vehicle, which also collects and compares data from The researchers also checked the brains of some of the runners and
a high-accuracy GPS unit. A series of ultrasonic sonars similar to those the sedentary mice to determine how many and what varieties of
NA
used in vehicles to provide parking assistance are placed around the new neurons they contained. As expected, the runners’ brains teemed
car to add to the virtual picture. And just to make sure, a set of acce-
A
with many new, excitable neurons. The sedentary mice’s brains also
lerometers provide an inertial navigation system that double-checks
04
6
Although these cars can be switched to an autonomous driving neurons specifically designed to release the neurotransmitter GABA,
35
mode, they are still required to have someone in the driving seat which inhibits brain activity, keeping other neurons from firing easily.
53
who can take over in the event of any difficulty. Some cars can steer In effect, these are nanny neurons, designed to shush and quiet ac-
03
themselves, slow down, brake and accelerate, even changing lanes to tivity in the brain.
overtake slower vehicles.
O
FROM THE PRINT EDITION: SCIENCE AND TECHNOLOGY JUN 29TH 2013 In the runners’ brains, there were large new populations of these cells
J
4. (PUC-RJ) The author uses the phrasal verb “trundles the processing of emotions. The rest of the hippocampus, the dorsal
AR
off” (ref. 1) that could be replaced by region, is more involved with thinking and memory. What role these
a) rolls fast. nanny neurons were playing in the animals’ brains and subsequent
S
PE
So the scientists next gently placed the remaining mice in ice-cold wa-
d) does not roll. ter for five minutes. Mice do not enjoy cold water. 4They find immer-
LA
e) does not start. sion stressful and anxiety-inducing, although it is not life-threatening.
U
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A
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Then the scientists checked these animals’ brains. They were looking New Jersey - victims of contaminated shellfish from Peru. But in ge-
NA
for markers, known as immediate early genes, that indicate a neuron neral, developed countries are susceptible only to isolated outbreaks.
4A
has recently fired. It is the hot, humid, sewerless slums of Latin America that are now
most vulnerable to epidemic.
30
They found them, in profusion. In both the physically fit and the se-
NEWSWEEK - 1991
70
dentary mice, large numbers of the excitable cells had fired in respon-
se to the cold bath. Emotionally, the animals had become fired up by 1. (FUVEST) Quais os meios de propagação da doença
35
the stress. But with the runners, it didn’t last long. 5Their brains, unlike mencionados no texto?
53
those of the sedentary animals, showed evidence that the shushing
03
neurons also had been activated in large numbers, releasing GABA, 2. (FUVEST) Qual a advertência feita pela Organização
Pan-americana de Saúde?
JO
calming the excitable neurons’ activity and presumably keeping un-
necessary anxiety at bay.
AU
3. (FUVEST) De acordo com o texto, de que forma são
In effect, the runners’ brains had responded to the relatively minor afetados pela doença os países desenvolvidos? E os da
AR
stress of a cold bath with a quick rush of worry and a concomitant, América Latina?
S
overarching calm.
PE
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES.
What all of this suggests is that the hippocampus of runners is vas-
LO
tly different from that of sedentary animals. Not only are there more BLACK PLAGUE IN HOLLYWOOD
excitatory neurons and more excitatory synapses, but the inhibitory
A
UL
neurons are more likely to become activated, presumably to dampen We take for granted today that attractive speech is an essential part
the excitatory neurons, in response to stress.
PA
of any actor’s equipment. In motion pictures this was not always so.
It’s important to note that this study examined long-term training
NA
When sound movies arrived in the late 1920s, a whole generation of
responses. The runners’ wheels had been locked for 24 hours before motion picture actors was wiped out with a sweep of the scythe, as if
4A
their cold bath, so they would gain no acute calming effect from exer- a black plague had swept through Hollywood.
cise. Instead, the difference in stress response between the runners
30
and the sedentary animals reflected fundamental remodeling of their There had been no need for the stars of silent pictures to speak well.
70
brains. After all, their fans could not hear them. Sound caught these cinema-
35
tic dinosaurs unprepared. One promising star, for the first time hea-
Of course, as we all know, mice are not men or women. But other
53
suggests that similar remodeling takes place in the brains of people permanently after reading Time’s unkind comment: “Pretty Corinne
who work out. It won’t be a huge stretch to suggest that the hippo-
JO
rable aspects of stress than those of sedentary people. Just before sound tracks and motion picture film were wedded, John
AR
BY GRETCHEN REYNOLDS Gilbert, successor of Rudolph Valentino as the Casanova of the silver
ADAPTED FROM: HTTP://WELL.BLOGS.NYTIMES.COM/2013/07/03/ screen, signed a four-year contract at a million dollars a year. In his
S
HOW-EXERCISE-CAN-CALM-ANXIETY/?SRC=ME first picture under the new arrangement, Gilbert’s thin, reedy tenor
PE
RETRIEVED ON 03/07/2013 evoked snickers of derision from the same moviegoers who had
LO
cheered his passionate lovemaking only a year before. The car picture
5. (PUC-RJ) At the end of the text (ref. 6), “might” suggests canceled out the eye picture, and brought a great career to and end.
A
UL
d) possibility.
e) ability. 4. (FUVEST) Qual foi o comentário do Time e o que fez
A
U.T.I. - E.O.
3
Cholera attacks the intestines, causing nausea and severe diarrhea canceled out the eye picture”?
that has been likened to a hemorrhage. It can kill within hours. The
O
epidemic has appeared and reappeared across the globe in many 7. (FAC. ALBERT EINSTEIN - MEDICINA)
J
AU
forms since at least the ninth century. But the last time it struck in
South America was 1895. The Pan-American Health Organization
AR
warns that the new strain, known as El Tor, is likely to kill 40.000
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Na tirinha acima, o personagem da direita The Growing Generational Divide
NA
a) está arrependido da infração cometida. DISPONÍVEL EM: HTTP://WWW.NYTIMES.COM/2015/05/08/OPINION/
4A
b) está se aconselhando com um psiquiatra. THE-GROWING-GENERATIONALDIVIDE.HTML?REF=OPINION ACESSADO
EM 10/09/2015. ADAPTADO PARA FINS EDUCACIONAIS.
30
c) ficou frustrado com o resultado da aplicação finan-
70
ceira da infração cometida. By SILAS HOUSE
35
d) culpa as vozes em sua cabeça pela infração. BEREA, Ky. - I WAS always with older folks when I was very you-
53
ng. They called me “Little Man” and told me I was “an old soul.” I
03
8. (FAC. ALBERT EINSTEIN - MEDICINA 2016) Processo worked in the garden with my grandparents, learned how to count
de produção de “nuggets” mais saudáveis: money with Old Man Hoskins at the local store, and overheard the
JO
1. A worker feeds chickens at Kee Song Brothers’ drugfree poultry tales of my ancient neighbors. But it was the stories of my fierce aunt,
AU
farm in Yong Peng. Sis, that were my favorite.
AR
2. A researcher counts Lactobacillus colonies forming in a Petri dish. Unfortunately, it seems there are fewer opportunities for different
3. A researcher shows Petri dishes containing Lactobacillus colonies generations to interact now. The 2010 United States census shows
S
that Appalachia, where I live, has some of the lowest levels of age
PE
forming.
segregation in the nation. Yet even here I notice a shift away from
LO
4. A researcher shows Lactobacillus fermented powder to be mixed
the intergenerational activity I enjoyed as a child in the 1980s.
with chicken feed.
A
UL
Read the text “The growing generational divide” and
Escolha a alternativa que apresenta a ordem correta
write a paragraph in Portuguese comparing what the
PA
das figuras que ilustram o processo descrito:
author’s and your childhood were like. Use standard
NA
written language.
4A
10. (FAC. ALBERT EINSTEIN - MEDICIN 2016)
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a) 1a - 2b - 3c - 4d
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b) 1c - 2a - 3b - 4d
c) 1d - 2c - 3b - 4a
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d) 1c - 2d - 3b - 4a
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confirmados.
A
otine addiction
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Ronald Crystal, who chairs the department of genetic medicine at
NA
Weill-Cornell Medical College in New York, where researchers are
4A
developing a nicotine vaccine, said the idea is to stimulate the
smoker’s immune system to produce antibodies or immune proteins
30
to destroy the nicotine molecule before it reaches the brain.
70
BERMAN, J. DISPONÍVEL EM: WWW.VOANEWS.COM. ACESSO EM: 2 JUL. 2012.
35
53
Muitas pessoas tentam parar de fumar, mas fracassam e
03
sucumbem ao vício. Na tentativa de ajudar os fumantes,
pesquisadores da Weill-Cornell Medical College estão
JO
desenvolvendo uma vacina que
AU
a) diminua o risco de o fumante se tornar dependente
AR
da nicotina.
b) seja produzida a partir de moléculas de nicotina.
S
PE
c) substitua a sensação de prazer oferecida pelo cigarro.
LO
d) ative a produção de anticorpos para combater a nico-
tina.
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e) controle os estímulos cerebrais do hábito de fumar.
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Caro aluno
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Você está recebendo o primeiro livro da Unidade Técnica de Imersão (U.T.I.) do Hexag Vestibulares.
03
Este material tem o objetivo de retomar os conteúdos estudados nos livros 3 e 4, oferecendo um
JO
resumo estruturado da teoria e uma seleção de questões dissertativas que preparam o candidato
AU
para as provas de segunda fase dos principais vestibulares. Além disso, as questões dissertativas per-
AR
mitem avaliar a capacidade de análise, organização, síntese e aplicação do conhecimento adquirido.
É também uma oportunidade de o estudante demonstrar que está apto a expressar suas ideias de
S
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maneira sistematizada e com linguagem adequada.
LO
Aproveite este caderno para aprofundar o que foi visto em sala de aula, compreender assuntos que
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tenham deixado dúvidas e relembrar os pontos que foram esquecidos.
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Bons estudos!
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30 Herlan Fellini
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SUMÁRIO
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HISTÓRIA
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HISTÓRIA GERAL 93
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FILOSOFIA 147
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SOCIOLOGIA 173
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GEOGRAFIA
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GEOGRAFIA 1 197
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GEOGRAFIA 2 211
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© Hexag Sistema de Ensino, 2018
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Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2021
Todos os direitos reservados.
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Autores
Eduardo Antôno Dimas
LO
Tiago Rozante
Alessandra Alves
A
UL
Vinicius Gruppo Hilário
Márcio Cavalcanti de Andrade
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Diretor-geral
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Herlan Fellini
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Diretor editorial 30
Pedro Tadeu Vader Batista
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Coordenador-geral
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Editoração eletrônica
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Imagens
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Freepik (https://www.freepik.com)
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Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
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Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legis-
lação, tendo por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do
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contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e loca-
3
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lizar os titulares dos direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para
suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
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2021
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CEP: 04043-300
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www.hexag.com.br
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[email protected]
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HISTÓRIA GERAL
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BAIXA IDADE MÉDIA
4A
30
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AS CRUZADAS (1095-1270)
35
Cruzadas do Ocidente:
53
a Guerra de Reconquista
03
As Cruzadas foram expedições de cunho religioso-militar que
ocorreram a partir dos últimos anos do século XI com o intui- Em 711, os árabes muçulmanos haviam conquistado e
JO
to de combater os inimigos da cristandade. As Cruzadas tam- submetido ao seu poder a península Ibérica, com exceção
AU
bém atuaram como uma forma de aliviar as pressões provo- das Astúrias, onde se formaram os pequenos reinos cris-
AR
cadas pelo aumento populacional ocorrido a partir do século tãos de Leão, Castela, Aragão e Navarra. Reunidos, esses
X. Uma de suas principais consequências foi a reabertura reinos iniciaram no século XI a Guerra de Reconquista.
S
PE
do Mediterrâneo ao comércio europeu. Ao lado do fer-
As terras reconquistadas dos muçulmanos foram doadas
vor religioso, fatores de ordem econômica, social e política
LO
ao clero ou incorporadas pela nobreza. Esses territórios fo-
atuaram como elementos determinantes das Cruzadas.
A
ram explorados segundo as regras do sistema feudal de
UL
Com o fim das invasões bárbaras no século X, a Europa pas- produção. Da Guerra de Reconquista, resultou a formação
PA
sou por um período de relativa tranquilidade.Com a diminui- das monarquias nacionais de Portugal e Espanha.
ção das guerras e o quase desaparecimento das epidemias,
NA
Na Itália, os muçulmanos haviam conquistado a Sicília, a
criou-se um ambiente favorável à estabilidade social, que
4A
Córsega e a Sardenha. A Guerra de Reconquista na Itália
favoreceu o crescimento populacional.
teve início no século X. Entretanto, o contato entre cristãos
30
As novas técnicas agrícolas permitiram o aumento da pro- e muçulmanos, inicialmente bélico, assumiu gradualmente
70
dução, e os excedentes passaram a ser comercializados. Por um caráter mercantil e resultou na reabertura do Mediter-
35
outro lado, bens produzidos fora da Europa passaram a ser râneo para os europeus.
53
lados do Mediterrâneo favoreceu muito as cidades italianas Primeira Cruzada (1095-1099): As peregrina-
de Veneza e Gênova, que viram suas condições econômicas çõesde cristãos ao Santo Sepulcro não eram raras. Os
AR
aumentarem, bem como suas possibilidades de desempe- califas árabes não se opunham às visitas, que acaba-
S
nharem um papel importante, quando não fundamental, nas vamsendo lucrativas paras os muçulmanos. Contudo,
PE
A produção do excedente agrícola permitia que os campo- ramgrande parte da Ásia ocidental, expulsaram os
A
neses vissem no comércio uma alternativa mais vantajosa. cristãose proibiram suas peregrinações no local.
UL
aumentar a população que buscava viver do comércio e das mano na Europa oriental.
A
atividades artesanais.
As terras conquistadas dos muçulmanos foram organiza-
04
O contexto político do período criou um ambiente favorável das em Estados cristãos: o reino de Jerusalém, o principa-
3
70
para que os nobres despossuídos ou empobrecidos engros- do de Antioquia e os condados de Edessa e Trípoli. Nesses
35
sassem o contingente de voluntários a atender os desejos da Estados, doados a nobres europeus, foi implantada uma
53
Igreja de lutar contra os heréticos e pagãos como modo de estrutura essencialmente feudal, comparável à da Europa
03
queio à peregrinação dos cristãos ao Santo Sepulcro (túmulo sionados, os Estados cristãos recorreram aos europeus.
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FONTE: <PT.SLIDESHARE.NET/LUCAO1NAVARRO/AS-CRUZADAS-SET-FINAL>.
NA
Segunda Cruzada (1147-1149): em 1147, Luis VII,
4A
para seu financiamento, Veneza exigiu a destruiçãode
rei da França, Conrado III, imperador do Sacro Império,e Zara, cidade cristã e sua rival mercantil no comérciono
30
um grupo formado por europeus do norte – ingleses, Mar Adriático.
70
dentalmente aobanhar-se em um rio. Ricardo e Felipe Sexta Cruzada (1228-1229): organizada por André
3
Augusto seguirampor mar. Obtiveram algumas vitorias II, rei da Hungria, e comandada por Frederico II, do Sacro
70
na Síria, mas Felipe decidiu retornar à França. Ricardo Império, a Sexta Cruzada resultou em um acordo com
35
Coração de Leãonão conseguiu retomar Jerusalém. No o sultão, que determinava a posse de Jerusalém pelos
53
entanto, obtevedo sultão Saladino a autorização para cristãos durante dez anos. Mais tarde, os muçulmanos
03
que os cristãospudessem peregrinar até Jerusalém. dominaram a região e o acordo foi rompido. Jerusalém
O
já bastante arrefecido, os comerciantes de Gênovae Pisa, Sétima (1248-1250) e Oitava Cruzadas (1270):
AR
enriquecidos pelo comércio com o Oriente, pretendiam a Sétima e a Oitava Cruzadas foram organizadas entre
conquistar os portos de suas cidades rivais. Em1200, 1248 e 1270, sob o comando de Luís IX, rei da Fran-
S
PE
durante o pontificado de Inocêncio III, foi organizada a ça. Ambas foram um fracasso. Luis IX morreu vítima da
LO
Quarta Cruzada. Desvirtuada de seus objetivos,tornou- peste, em Tunis, e foi canonizado pela Igreja.
-se a primeira cruzada contra cristãos. Como condição
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te essa situação. De um lado, houve enfraquecimento da
Consequências das Cruzadas
NA
aristocracia feudal e da servidão como forma de traba-
4A
Do ponto de vista econômico, a maior conquista das Cru- lho; de outro lado, ocorreu o fortalecimento da burgue-
zadas foi a reabertura do Mediterrâneo à navegação
30
sia comercial, bem como o reaparecimento do comércio,
e ao comércio da Europa, fator que permitiu o reatamen-
70
que se intensificou com a reabertura do Mediterrâneo,
35
to das relações entre Ocidente e Oriente, interrompidas propiciando o renascimento das cidades e o crescimen-
53
pela expansão muçulmana, e contribuiu para acelerar o to da burguesia mercantil. Em síntese, o renascimento
03
renascimento comercial no ocidente da Europa. comercial e urbano da Europa ocidental, a decadência
do feudalismo, o declínio do poder da nobreza e o forta-
JO
O malogro das Cruzadas acelerou indiretamente a de-
cadência do sistema feudal. A conjugação de fatores lecimento da burguesia foram, direta ou indiretamente,
AU
políticos, econômicos e sociais agravou significativamen- consequências das Cruzadas.
AR
RENASCIMENTO COMERCIAL
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Principais rotas comerciais da Europa, durante o renascimento comercial
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FONTE:<SLIDESHARE.COM.BR/SLIDE/1865844>.
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04
Ao possibilitarem as condições para o desenvolvimento O Mediterrâneo voltou a ser a via principal das atividades
3
incipiente da atividade mercantil, as Cruzadas, conju- mercantis. As cidades italianas de Veneza, Gênova e Pisa
70
gadas às condições intrínsecas ao modo de produção redistribuíam pela Europa os produtos vindos do Oriente.
35
O comércio se desenvolveu principalmente por rotas A região de Champagne, no leste da França, passou a ser
S
fluviais e marítimas, devido às péssimas condições das um ponto de confluência entre Flandres e a Itália. Merca-
PE
estradas. Os mares Mediterrâneo, ao sul, e do Norte e dores de todo o continente se dirigiam para Champagne,
LO
Báltico, ao norte, foram os eixos econômicos da Europa o que dinamizava um comércio intenso e diversificado. As
entre os séculos XI e XIV.
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Os últimos dias das feiras eram dedicados às transações o único fator do renascimento urbano, foi, sem dúvida,
NA
financeiras (faziam-se empréstimos, liquidavam-se velhas o fator principal. Prova disso é o fato de as cidades res-
4A
dívidas e movimentavam-se letras de câmbio). A terra surgirem com mais intensidade onde primeiro renasceu o
30
deixava de ser a única riqueza na Europa Ocidental. Essa comércio: Itália e Flandres.
70
verdadeira revolução econômica enfraquecia a nobreza,
À medida que o comércio se ampliava, surgiam cidades.
35
ligada à terra, e fortalecia a burguesia, ligada ao comér-
Nas cidades medievais, conhecidas genericamente como
53
cio e às finanças.
burgos, foi-se formando uma nova classe social ligada ao
03
comércio, que passou a ser conhecida como burguesia.
As associações de artesãos
JO
Para criar condições básicas para a expansão da nova
e comerciantes
AU
economia mercantil e monetária, era preciso abolir as
AR
Os artesãos organizaram-se em associações para defen- relações de vassalagem e o direito consuetudinário, bem
der seus interesses. Todos que trabalhavam em uma mes- como unificar o mercado, diminuir os impostos, padronizar
S
PE
ma atividade juntavam-se e formavam uma associação a legislação, a moeda, os pesos e as medidas. Para isso,
LO
denominada corporação de ofício. seria necessário subordinar a nobreza e fortalecer o poder
centralizador do rei, que poderia impor essas reformas.
A
As corporações tinham o objetivo de regulamentar a
UL
profissão evitando excesso de pessoas no mesmo ofício, A formação do Estado moderno, como expressão do mo-
PA
controlar a qualidade e o preço do produto dificultando a nopólio do poder e da força, seria, no plano político, a res-
posta para os novos problemas que impediam a expansão
NA
concorrência, dirigir o aprendizado da profissão e ampa-
rar os artesãos necessitados. do comércio e das cidades.
que reuniu cerca de noventa cidades do norte da Europa. A partir do início do século XIV, uma profunda crise se dis-
seminou pela Europa. Fome, pestes, guerras e rebeliões
JO
As importantes transformações econômicas, sociais, po- economia internacional, em cooperação, a princípio, com
53
líticas, artísticas e culturais que a Europa experimentou as monarquias. Em termos culturais, o período é marca-
03
entre os séculos XI e XIV promoveram uma gradativa do pela negação dos valores medievais e o surgimento do
reorganização estrutural e o redimensionamento do seu chamado Renascimento Cultural, a partir do século XIV.
JO
filosóficos ganharam destaque dentro das renascentes o mundo da religião do centro das suas preocupações, a
AR
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Naturalismo: ao individualizar e decompor as partes,
NA
chegou-se à aguda análise e percepção da natureza.
4A
Hedonismo: valorização do prazer e da felicidade ter-
30
renas, sem medo de pecar ou da punição divina.
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COMÉRCIO MEDIEVAL: SURGIMENTO DAS CIDADES MODERNAS
LO
A prática de mecenato foi fundamental para se compreen-
A
der a criação e a difusão das obras renascentistas. Tal práti-
UL
ca consiste no financiamento de artistas e intelectuais pela
PA
burguesia mercantil da época, a qual queria representar seu
nascente poder econômico e político em obras filosóficas
NA
e artísticas, promovendo, assim, enormes dispêndios nas
mentes brilhantes do período. É evidente que outros grupos
4A
30
sociais, como o clero, recorriam aos intelectuais do período, HOMEM VITRUVIANO, DE LEONARDO DA VINCI
70
mas não na mesma escala em que a burguesia o fazia. Não foi por acaso que o Renascimento teve origem na Itá-
35
De uma maneira geral, a cultura renascentista nega e se lia. Exatamente lá o capitalismo mercantil ganhou forças
53
opõe aos valores clericais teocêntricos e dogmáticos me- para se desenvolver – renascimento comercial e urbano.
03
dievais, com destaque a tais características: A península Itálica era o centro do ativo comércio medi-
JO
do Homem e não aos dogmas sacralizados. Com uma economia dinâmica, mercantil, geradora de
excedentes que pudessem ser investidos na produção
LO
Racionalismo: o conhecimento da realidade deveria cultural, houve condições para o Renascimento. Com o
A
ser pautado pela razão humana, isto é, do que conse- desenvolvimento mercantil surgiu uma nova classe social:
UL
guimos captar da realidade a partir de nossos sentidos. a burguesia italiana, que passa a mobilizar capitais para
PA
Negação dos valores medievais: com os desenvol- pal obra A divina comédia, revolucionária por ter sido escrita
3
to na filosofia, os renascentistas buscaram uma reapro- Porém, nenhuma outra figura ganhou tamanha importân-
AR
ximação ao humanismo e racionalismo greco-romanos. cia e relevo histórico do que Leonardo Da Vinci. Cientista,
S
do capitalismo nascente, que estimulava o individua- e em artilharia, inventor, anatomista e naturalista, transfe-
LO
lismo, a concorrência, o acúmulo de riquezas e a cria- riu para suas pinturas a cuidadosa observação da natureza,
combinada com uma poderosa percepção psicológica.
LA
tividade.
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RENASCIMENTO CIENTÍFICO O alemão Johannes Kepler fez estudos sobre o movi-
NA
mento dos astros e observou as órbitas dos planetas em
4A
O pensamento renascentista estimulou as ciências, os estu- torno do Sol, comprovando que são elípticas e não circu-
30
dos da natureza e a busca de explicações racionais para os lares, como se imaginava até então. Os estudos do cor-
70
fenômenos naturais. Em oposição aos dogmas e verdades po humano intensificaram-se, estimulando descobertas e
35
incontestáveis impostas pela fé, foram estimulados o co- avanços na medicina.
53
nhecimento racional, a observação e a experiência como
Leonardo da Vinci realizou estudos de anatomia huma-
03
fontes de conhecimento.
na, assim como o médico flamengo André Vesálio, que
JO
Nicolau Copérnico negou a teoria geocêntrica (a Terra pesquisou o corpo humano pela dissecação de cadáveres.
AU
como centro do universo), na obra De revolutionibus orbium
celestium (Sobre a revolução dos globos celestes), propon- O francês Ambroise Pare descobriu uma nova maneira de
AR
do o heliocentrismo, segundo o qual o Sol sim é o centro, estancar hemorragias, enquanto o médico espanhol Miguel
S
em torno do qual giram a Terra e todos os outros planetas. de Servet descreveu o mecanismo da pequena circulação.
PE
LO
Essa teoria foi confirmada pelo italiano Galileu Galilei, que Merecem destaque, também, o suíço Paracelso (pseudô-
se serviu de uma luneta para estudar os movimentos dos as- nimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von
A
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tros e acabou descobrindo os satélites de Júpiter. É importan- Hohenheim), que abriu caminho para a doutrina dos medi-
PA
te lembrar de que Galileu foi julgado pelo Tribunal da Inquisi- camentos específicos e da farmacologia, e o médico inglês
ção por confirmar o heliocentrismo. Para escapar da pena de Willian Harvey, que descobriu o retorno do sangue ao
NA
morte, abriu mão de suas ideias, negando-as publicamente. coração pelos vasos sanguíneos.
4A
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REFORMA E CONTRARREFORMA
35
53
03
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O mundo passou por grandes transformações na transição Denomina-se Reforma o movimento de revolução espiritual
AU
da Idade Média para a Idade Moderna, com especial desta- da época moderna, uma profunda revisão religiosa e política
que para a Europa, onde ocorreram o renascimento comer- que, no século XVI, deu origem ao protestantismo. Uma das
AR
cial e urbano, o desenvolvimento do capitalismo, o fortaleci- causas importantes da Reforma foi o chamado humanismo
S
mento das monarquias nacionais e o renascimento cultural. evangelista, que era profundamente crítico da forma em que
PE
nectava da Igreja católica, alicerçada em bases medievais, as Havia um enorme abismo entre o que a Igreja católica pre-
quais condenavam, por exemplo, o lucro e a usura, elemen- gava e o que fazia. Os membros da alta hierarquia do clero
PA
tos fundamentais do capitalismo nascente, gerando atritos viviam luxuosamente, totalmente alheios ao povo. O voto
NA
com a burguesia. Havia problemas de relacionamento entre de castidade era habitualmente esquecido, causando escân-
A
a Santa Sé e os reis absolutistas, que não mais admitiam dalos entre a população. Vendiam-se as relíquias sagradas
04
interferência em seus estados nacionais. (objetos supostamente tocados por Cristo, Maria ou santos)
3
provocou um natural enfraquecimento do poder da nobreza, Mas o comércio de indulgências foi o abuso que promoveu
53
que passou a cobiçar as terras da Igreja como alternativa de maior reação. As indulgências eram documentos assinados
03
reforçar seu poder. O comportamento de membros do clero pelo papa, que absolviam o comprador de alguns pecados
passou a ser alvo de críticas contundentes com o objetivo cometidos, diminuindo o tempo de sua pena no purgatório.
J O
de contestar a Igreja católica, enfraquecendo-a e abrindo Outra importante razão que impulsionou o movimento re-
AU
espaço para a quebra de sua hegemonia. formista foi a formação das monarquias nacionais. Na época
AR
nia da Igreja católica na Europa, bem como pelo surgimento ões vizinhas eram pouco comuns. As pessoas de então não
LO
de novas Igrejas integradas às novas realidades para a bur- tinham uma consciência muito clara de nacionalidade, isto
é, não se imaginavam habitantes de um país. Nos séculos
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XV e XVI, formaram-se nações com um rei que exercia total O fiel passaria a prescindir do sacerdote para entrar em
NA
autoridade sobre os limites do território. As pessoas que aí contato e interpretar a palavra divina, o que ajuda a re-
4A
habitavam falavam a mesma língua e tinham consciência forçar o caráter individualizante do luteranismo.
30
de sua nacionalidade. A Igreja, por possuir terras e proprie-
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dades espalhadas por toda a Europa, passou a ser conside-
35
rada uma potência estrangeira. Lentamente, começou a se
53
formar uma reação contra as possessões eclesiásticas e a
03
arrecadação de impostos ou taxas pelo clero, que os remetia
para Roma. Essa situação motivou o declínio da autoridade
JO
papal, pois o rei e a nação passaram a ser mais importantes.
AU
A ascensão da burguesia é outra causa não menos impor-
AR
tante da Reforma. A burguesia precisava mudar os dogmas
S
da Igreja católica que proibiam o lucro e a usura. Ela preci-
PE
sava de uma nova religião, que justificasse seu amor pelo di-
LO
nheiro e incentivasse novas atividades ligadas ao comércio.
A
Na ideologia católica, a única forma de riqueza era a terra. O
UL
dinheiro, o comércio e as atividades bancárias eram práticas
PA
pecaminosas, indignas de um cristão. Trabalhar para satisfa-
NA
zer as necessidades era justo, mas fazê-lo para lucrar, que é BÍBLIA TRADUZIDA PARA O ALEMÃO, POR LUTERO
4A
a essência do capital, era pecado.
Pelas profundas mudanças pregadas, Lutero foi com-
30
A doutrina protestante, criada pela Reforma, pregava exa- batido pelo papado e pelo imperador Carlos V, na
70
tamente o oposto destas ideias. A riqueza, materializada Dieta de Worms (1521), e só não foi executado por re-
35
principalmente no dinheiro, era um dom de Deus. A doutrina fugiar-se na Saxônia, junto ao duque Frederico, o sábio. O
53
estabelecida pela Reforma estava perfeitamente adequada cerco católico aumentou sobre os nobres protestantes, em
03
aos anseios da nova classe burguesa, que se encontrava em 1529, quando o mesmo Carlos V impôs o catolicismo a to-
fase de expansão. dos os príncipes, que prontamente se rebelaram, recebendo
JO
a alcunha de protestantes.
AU
A reforma religiosa teve início no Sacro Império Romano- liberdade de escolha religiosa.
PA
nascido na Saxônia, cursou Filosofia na Universidade de Aproveitando-se da relativa paz religiosa na Suíça, o discípu-
04
Erfurt, quando se tornou monge, ingressando na Ordem de lo do luteranismo e francês João Calvino publicou uma série
3
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Santo Agostinho, em 1505. Em 1512, doutorou-se em Te- de obras na defesa do protestantismo, sendo a mais conheci-
35
ologia e passou a lecionar na Universidade de Wittenberg. da a instituição cristã (1534). Calvino manteve as premissas
53
Lutero se incomodava com o comportamento de integran- básicas de Lutero inalteradas, embora as tenha radicalizado
03
tes do clero e com o apego aos bens materiais por parte no âmbito espiritual e institucional. A sua Reforma implan-
da Igreja. tou uma censura rígida na cidade de Genebra, agindo de
JO
Para ele e seus seguidores, a salvação da alma não se forma intolerante contra os potenciais adversários.
AU
alcança pelas obras, mas pela fé, pela confiança na bon- Contudo, as ideias de Calvino foram rapidamente espalha-
AR
dade de Deus e pelo sofrimento interior do fiel. Sendo das pelo continente europeu, uma vez que sua doutrina
S
assim, o culto às imagens sacras ou quaisquer símbolos casou-se harmonicamente com os preceitos burgueses de
PE
objetivos é rechaçado pelo luteranismo: a fé residiria na acumulação material. O ponto central do calvinismo é a sua
LO
consciência de cada cristão. Daí o feito inédito de Lutero doutrina da predestinação, na qual alguns indivíduos recebe-
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de ter traduzido a Bíblia do latim para o idioma alemão. riam a bênção da salvação e os demais, a maldição eterna.
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Os sinais da predestinação seriam visíveis na fruição de bens Os bens da Igreja católica foram confiscados, passando
NA
materiais ou cargos de prestígio. Logo, quanto mais abasta- para as mãos da nobreza. Assim, os barões ingleses viram
4A
do o indivíduo, mais evidente que sua alma se salvará. suas terras aumentadas a ponto de facilitar a expansão da
30
Práticas burguesas condenadas pela Igreja católica, como criação de ovelhas, num momento em que a lã começava a
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a usura e o estímulo ao trabalho, seriam não só legítimas, ser procurada pelas manufaturas de tecidos.
35
mas benquistas pelos adeptos do calvinismo. Por isso,
CONTRARREFORMA
53
diversos agrupamentos calvinistas surgiram na Europa
03
ocidental, sendo os huguenotes franceses e os puritanos
JO
britânicos exemplos de destaque.
AU
Anglicanismo
AR
A reforma religiosa na Inglaterra teve um caráter extrema-
S
PE
mente político. Conduzida pelo rei Henrique VIII, levou à
LO
formação de uma Igreja nacional, que serviu de instrumen-
to de consolidação do absolutismo real no país.
A
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O poder econômico da Igreja católica e sua influência na
PA
Inglaterra fugiam ao controle do Estado. A Igreja acumula-
va riquezas através de tributos impostos à população e o
NA
clero ampliava cada vez mais seus domínios e suas rendas
4A
oriundas das vastas terras. Esta situação provocava um for- JESUÍTAS NA AMÉRICA: EDUCAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE TRABALHO INDÍGENA
30
te sentimento antipapal nos meios políticos do país.
A Reforma protestante minou o monopólio das almas cris-
70
herdar o trono. Diante da negação papal, o rei deu início a O conteúdo das reformas, primeiramente exposto no Con-
AU
um processo de ruptura com a Igreja católica na Inglaterra. cílio de Trento, em 1530, possuía teor majoritariamente
AR
O soberano aproveitou as questões relacionadas a seu ca- repressivo, embora não somente. Eis algumas medidas da
samento para acabar com o poder da Igreja católica na Contrarreforma:
S
PE
Inglaterra que, de certa forma, concorria com seu poder. O O combate à corrupção do clero, com a proibição da
LO
parlamento aprovou o Ato de Supremacia, em 1534, venda de indulgências e de cargos eclesiásticos, além
colocando a Igreja sob a autoridade do rei. Nascia a Igreja
A
nacional inglesa – a Igreja anglicana, que tinha como chefe rios antes de sua ordenação.
PA
HENRIQUE VIII
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ANTIGO REGIME: ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO
4A
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ESTADO MODERNO
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Na transição da Idade Média para a Idade Moderna, ocor-
reu o processo de formação dos Estados modernos, em
AU
contraposição aos domínios feudais, marcados pelo predo-
AR
mínio político do poder local e diretamente ligado à pos-
S
se da terra. Os Estados modernos mantiveram as velhas
PE
estruturas feudais, como o predomínio político e social da
LO
nobreza e do clero, que obtiveram privilégios fiscais e jurídi-
O LEVIATÃ, DE THOMAS HOBBES
A
cos, associadas a novos elementos, como a centralização do
UL
poder político e práticas econômicas intervencionistas, que O autor mais utilizado na defesa do absolutismo foi
PA
revelam o fortalecimento das monarquias nacionais. Hobbes, através de sua obra O Leviatã. Para o filósofo,
NA
A montagem da estrutura burocrática dos Estados moder- nas sociedades primitivas sem Estado nem leis, os ho-
4A
nos exigia vultosas quantias financeiras, o que os incenti- mens viviam em conflitos sociais, matando-se uns aos
outros por motivos banais, conflitos esses que compro-
30
vava a uma crescente necessidade de tributos diretamente
metiam a própria existência da humanidade, fenômeno
70
Eram características do Estado moderno: território defini- para impor a ordem. Contra aquela situação de anarquia,
do, moeda nacional, idioma comum, centralização política,
AR
poderes locais da nobreza, por sua vez, seriam submetidos conservação. Portanto, impõe-se que o Estado seja todo
PE
à autoridade do monarca, que passou a impor tributos e poderoso, um Leviatã absolutista para que imponha a or-
LO
ridade e garantir o respeito às suas ordens em todos seus lavancos devido às guerras religiosas no século XVI, entre
A
domínios, além de garantir a defesa do território contra ini- huguenotes (calvinistas) e católicos, representados então
04
migos externos. pelo Estado francês. A tensão entre os dois grupos acabou
3
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Teóricos e pensadores fundamentaram o poder absolutista, ocupada por sua mãe, Catarina de Médici, católica fervoro-
O
justificando sua origem e o comportamento autoritário dos sa e resolvida a exterminar os huguenotes. Em 1572, hou-
J
AU
reis. Os principais teóricos do absolutismo foram Nicolau ve a fatídica Noite de São Bartolomeu (24 de agosto),
AR
Maquiavel, Jacques Bossuet, Jean Bodin e Thomas Hobbes. quando foram mortos cerca de 30 mil huguenotes.
Cada um possuía suas especificidades e era constantemen-
S
te relido por aqueles que defendiam o abuso pessoal dos Henrique IV, mediante o Edito de Nantes (1598), que
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Segundo a tradição da monárquica francesa, somente um dades eclesiásticas na Inglaterra, fato que ampliou ainda
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católico poderia assumir o trono. Henrique de Navarra, que mais seu poder perante outros grupos políticos. Após a sua
4A
era protestante, só pôde ser coroado Henrique IV depois de morte, o trono recaiu sob Maria I, uma católica fervoro-
30
se converter ao catolicismo, oportunidade em que suposta- sa que praticou inúmeros morticínios em nome da sua fé.
70
mente teria dito a famosa frase “Paris bem vale uma missa”. Porém, o fato de Maria ter se casado com Fernando I, rei
35
da Espanha, promoveu inquietações na elite inglesa, uma
Quando da morte de Henrique IV, Luís XIII assumiu o tro-
53
vez que o país ibérico era um dos principais concorrentes
no e logo retomou a perseguição aos protestantes dentro
03
econômicos da Inglaterra.
de seu território. Porém, externamente, apoiou os Habsbur-
JO
gos na guerra dos Trinta Anos (1618-1648), visando ga- Em 1558, Maria morreu e deu lugar à sua irmã e filha
rantir a hegemonia francesa na Europa continental. Com de Henrique VIII, Elizabeth I. Seu reinado consolidou a
AU
a vitória, a França de fato logrou transformar-se na maior Inglaterra como a maior potência do mundo. Conseguiu
AR
potência militar do continente. se relacionar pacificamente com o parlamento e, simulta-
S
neamente, arrefecer as perseguições religiosas dentro do
Seu sucessor, Luís XIV, é visto como herói protetor das ar-
PE
território inglês. A agricultura inglesa perderia suas carac-
tes, defensor da Igreja católica, legislador, defensor dos fracos
LO
terísticas de agricultura feudal – produção de subsistência
contra os fortes. Encarnou o Estado, cujos interesses estão
– e transformou-se em agricultura capitalista com inte-
A
acima de todos os individualismos. Conhecido como rei Sol,
UL
resses ligados ao comércio. O resultado desse fenômeno,
promoveu a ascensão da burguesia, da qual recrutou alguns
PA
conhecido como cercamentos (enclosures), que resultou
ministros, como Colbert, das finanças. Para controlar a nobre-
na expulsão de uma multidão de camponeses famintos e
NA
za, atraiu-a para a corte e ofereceu-lhe luxo, festas e pensões.
miseráveis às cidades inglesas. Criavam-se assim as condi-
4A
No campo religioso, Luís XIV revogou o Edito de Nantes, ções favoráveis ao desenvolvimento do trabalho assalaria-
em 1685, quando o protestantismo foi proibido. Cerca
30
do e das manufaturas.
de 150 mil pessoas viram-se obrigadas a abandonar o
70
manufaturas inglesas.
Contudo, nos últimos anos do governo de Luís XIV e no
AU
ocorreram durante a dinastia Tudor (1485-1603), que as- mente, o ganho de poder dessa nova classe social.
NA
cendera ao poder no final da guerra das Duas Rosas Sendo assim, o mercantilismo foi uma política econômica
A
(1455-1485). Nessa guerra civil, as duas mais poderosas que representava a aliança entre os monarcas e a burguesia
04
famílias da nobreza inglesa – a família Lancaster, repre- comercial. Tais eram as principais práticas mercantilistas:
3
rosa branca – disputaram o poder. Terminada a guerra, Metalismo: a riqueza de um país media-se pela quan-
35
Henrique Tudor, descendente dos Lancaster, casou-se com tidade de metais preciosos dentro de suas fronteiras.
53
Elizabeth, de York, unindo sob sua direção as duas famílias. Quanto mais ouro e prata houvesse no país, mais rico e
03
burguesia, carente de apoio na sua expansão comercial. A acumularem os metais preciosos, era preciso não só im-
AR
partir desse momento, o poder passou a centralizar-se cada pedir a saída de ouro e prata, mas provocar sua entrada.
vez mais na figura do rei.
S
Este rei rompeu com a Igreja católica, apoderando-se de cantilista está intimamente ligado ao anterior. Consiste
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todos seus bens e fundando outra Igreja, a anglicana. A em vender mercadorias pelo maior valor possível para
vitória contra os católicos deu-lhe o controle das proprie-
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exportações deveria sempre superar o das importações. balança comercial ficava sempre favorável à metrópole.
NA
Essa era uma das formas de um país provocar a entrada
Monopólios: graças ao pacto colonial, somente a
4A
de metais preciosos e de se promover o metalismo.
metrópole poderia comercializar com seus domínios. O
30
Protecionismo: para manter uma balança comercial monopólio era condição fundamental para o desenvol-
70
favorável, o Estado nacional deveria incentivar as ex- vimento do comércio e das manufaturas, uma vez que
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portações observando uma série de medidas: desvalori- constituía a única forma possível de realizar grandes
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zação da moeda, proibição da exportação de matérias- empreendimentos. Os capitais uniam-se para controlar
03
-primas e, principalmente, desestímulo às importações, com exclusividade um ramo da produção manufaturei-
cujas tarifas alfandegárias deveriam ser sobretaxadas e ra, o comércio de uma localidade ou o comércio colo-
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caras para o consumidor nacional. nial. O monopólio, no entanto, pertencia ao Estado que,
AU
em troca de pagamento, transferia aos burgueses.
Sistema colonial (colonialismo): com o objetivo de
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fortalecer o Estado nacional e, consequentemente, o Intervencionismo estatal: visava o fortalecimento
S
poder do rei, alguns países lançaram-se nos séculos XV do poder nacional. O Estado intervinha na economia
PE
e XVI à conquista de novas terras a fim de fazer crescer mediante incentivo e proteção das manufaturas, altas
LO
suas fontes de riquezas. Essa era a função fundamental tarifas alfandegárias e garantia dos monopólios, da fi-
A
das colônias da América e da África: enriquecer as me- xação de uma política de controle sobre os salários, os
UL
trópoles. Das colônias, as metrópoles poderiam retirar preços e a qualidade das mercadorias. O restabeleci-
PA
as mercadorias de que necessitassem, metais preciosos mento da escravidão na época moderna movimentava
e produtos tropicais, e ao preço que quisessem. Parale- grande quantidade de capitais, por isso mesmo era uma
NA
lamente, poderiam obrigar a colônia a adquirir produtos importante fonte de aceleração da acumulação primiti-
4A
manufaturados da metrópole ao preço que ela determi- va de capital, que, ao lado dos demais fatores, compu-
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nasse. A essa relação desigual entre metrópole e colô- nha a etapa de constituição do capitalismo.
70
O Estado absolutista inglês e a política econômica mercanti- O sucessor de Jaime I, seu filho Carlos I (1625-1648), inten-
S
lista foram os principais responsáveis pelo grande desenvol- sificou os conflitos, especialmente com o parlamento, majori-
PE
vimento econômico alcançado pela Inglaterra, que trouxe tariamente burguês e puritano. Revoltoso, os parlamentares
LO
prosperidade para os grupos ligados à atividade mercantil travavam qualquer tentativa do monarca criar novos impos-
inglesa, como a burguesia comercial e financeira, armado- tos, fazendo com que Carlos I o dissolvesse. O parlamento só
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res, nobres enriquecidos com a política dos “cercamentos” foi reaberto em 1640, quando o rei necessitou convocá-lo a
PA
e corsários. No seio desses grupos mercantis, crescia a reli- título de obter aprovação de mais recursos ao exército, que
gião puritana, mais sintonizada com os anseios burgueses. lutava contra revoltosos presbiterianos escoceses.
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o anglicanismo.
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Logo após sua reabertura, Carlos I tentou fechar o parla-
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
NA
mento. Dessa vez, no entanto, foi impedido pelos deputa-
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dos e pela população de Londres. O desfecho da situação
30
criada por Carlos I mobilizou os cavaleiros, e os “cabeças
70
redondas”. Cavaleiros constituíam as tropas reais, compos-
35
ta de católicos e anglicanos ligados à nobreza tradicional,
53
que defendiam o regime absolutista. Já os “cabeças re-
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dondas” eram constituídos por parlamentares, burgueses,
puritanos e parcela da nobreza progressista, isto é, grupos
JO
ligados aos interesses do capitalismo comercial.
AU
Liderados por Oliver Cromwell, os “cabeças redondas”
AR
obtiveram seguidas vitórias que propiciaram a vitória na INDÚSTRIA EM MANCHESTER, NA INGLATERRA
S
guerra civil. Com a ascensão de Cromwell ao poder, hou-
PE
A Revolução Industrial é um processo histórico de profun-
ve a queda da monarquia e a proclamação da República.
das mudanças técnicas, econômicas, sociais e culturais, sen-
LO
O rei Carlos I foi preso e executado, selando a vitória da
do, portanto, um conceito bastante amplo. Contudo, deve
Revolução Puritana (1649).
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ser analisada nos termos de sua formação. Como qualquer
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Com a República, começou a segunda fase da Revolução fenômeno histórico, não surgiu de imediato, mas de um
PA
Gloriosa, a Commonwealth, ou seja, a ideia de comu- processo longo e encadeado de relações materiais e inte-
nidade britânica. Surtos nacionalistas regiam o governo
NA
lectuais.
Cromwell, a exemplo de seu Ato de Navegação (1651), que
4A
Em termos técnicos, a Revolução Industrial teve seu germe
garantia monopólio de embarcações inglesas nos atos de
na manufatura, resultado da ampliação do consumo, o
30
importação do país. A medida provocou conflito militar com
que levou muitos artesãos a aumentarem sua produção,
70
A morte de Cromwell, que governou ditatorialmente, gerou Nesse caso, o comerciante manufatureiro distribuía a maté-
53
instabilidade política, visto que seu sucessor e filho Richard ria-prima para que os artesãos trabalhassem em suas casas,
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não lograva de reputação junto ao corpo militar. O parla- recebendo pelo trabalho um pagamento previamente com-
JO
mento, temeroso de revoltas populares, em 1660, ajudou binado. Com isso, a produtividade do trabalho aumentou
AU
a empossar Carlos II, filho do rei decapitado, Carlos I, que devido à divisão social da produção, isto é, cada trabalhador
prometeu governar mantendo a tolerância religiosa e res- se especializava em apenas uma etapa da produção.
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retomada da luta por parte do parlamento. Seu sucessor, quina e a perda total da independência dos trabalhadores,
A
Jaime II, continuou o processo de repressão absolutista ca- consolidava-se o que se denominou Revolução Industrial.
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Estado inglês.
e de apresentar livremente petições. O recrutamento e a
03
manutenção do exército somente seriam admitidos com a Supremacia naval: após o Ato de Navegação e a vitó-
O
aprovação do parlamento. As reuniões parlamentares e as ria contra os Países Baixos, o Império Britânico conquis-
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AU
eleições seriam regulares; o orçamento anual seria votado tou protagonismo no transporte de mercadorias.
pelo parlamento; as contas reais seriam controladas por
AR
capitalismo na Inglaterra: Parlamento, Tesouro e Banco como os atuais Estados Unidos, e a lã era encontrada
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Cercamentos: a política de cercamentos permitiu o Todas as transformações citadas repercutiram em altera-
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aumento da criação de ovelhas nos campos, fornecendo ções sociológicas profundas nas sociedades industriais,
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lã à indústria e, concomitantemente, povoou as cidades como no caso da Inglaterra. O trabalhador livre e assalaria-
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com trabalhadores livres para operar a maquinaria in- do (proletário) vendia sua força de trabalho no mercado ao
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dustrial. Tinha-se, portanto, insumos e trabalho a preços industrial (burguês) quase sempre a salários baixíssimos.
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baixos. Com a riqueza recebida, o trabalhador mal conseguia se
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Instituições modernas: a concretização da Revolu- reproduzir enquanto animal, isto é, comer e se abrigar.
03
ção Gloriosa colocou a burguesia como classe dominan- Com isso, inúmeras revoltas proletárias surgiram no esteio
te na Inglaterra. Com ela, veio a garantia à propriedade da Revolução Industrial.
JO
privada, o desenvolvimento de bancos de financiamen- O ludismo, movimento de quebra de máquinas, na In-
AU
to, de bolsas de valores, operações de seguro e uma glaterra, foi um dos primeiros atos contra a ferocidade da
AR
multiplicidade de leis e órgãos que garantissem o cum- industrialização. Contudo, foi brutalmente reprimido pelo
primento dos contratos.
S
parlamento britânico.
PE
Desenvolvimento técnico: inúmeras invenções fo- Mais tarde, o cartismo ganhou força nas capitais indus-
LO
ram financiadas pelas universidades, pelos industriais e triais britânicas. Tal movimento reivindicava melhores con-
A
pelo parlamento inglês. A conhecida máquina a vapor, dições de trabalho, ampliação do direito de sufrágio a todos
UL
por exemplo, foi rapidamente implantada em diversas os homens, melhorias salariais e direito de se representar
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indústrias inglesas. no parlamento. O fato de as reivindicações serem feitas por
NA
Ética protestante: a consagração da ética protestan- meio de cartas ao parlamento foi o que deu nome ao mo-
vimento.Iluminismo
4A
te foi decisiva para motivar os agentes econômicos, visto
que o sucesso material seria sinônimo de dádiva divina,
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diferentemente da ética econômica católica, sempre crí-
70
As origens do movimento iluminista estão na Revolução Tamanhas mudanças só foram possíveis, dentre outras ra-
PE
Científica do século XVII, período em que ocorreram gran- zões, graças à ascensão política e social da burguesia. Por
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des progressos na Filosofia e na Ciência (Física, Química, essa razão, o iluminismo será a corrente filosófica burguesa
por excelência, mesmo que dele tenham surgido muitos
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Iluminar-se significa racionalizar a relação entre o homem Como no período mercantilista se dava importância exces-
53
Politicamente, resultou em teorias liberais e republicanas, não se preocupou em implantar uma grande exploração
colonial, como Portugal e Espanha promoveram na Améri-
O
Montesquieu. A despeito de suas divergências conceituais, ca latina. Essa relação política da Inglaterra com sua colô-
AU
tais autores preconizavam a liberdade e a igualdade na po- nia, fora dos padrões mercantilistas típicos da época, per-
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lítica, oferecendo duras críticas ao absolutismo. Na ciência, mitiu que os colonos obtivessem maior grau de autonomia.
S
houve o desenvolvimento do cálculo diferencial e integral, A economia das colônias conseguiu mais lucros e mais
PE
com a centralidade na figura de Isaac Newton. O período experiência financeira ao se relacionar diretamente com
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também presenciou o surgimento da ciência econômica, regiões do Caribe, Europa e África sem a interferência do
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com Adam Smith, em 1776. poder britânico. Esses contatos em forma de triângulos
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comerciais eram feitos com as colônias inglesas, que ex- Antilhas, que eram produtos baratos e de excelente qua-
NA
portavam peixe, madeira e gado para as Antilhas, de quem lidade em relação ao de beterraba inglês que os colonos,
4A
compravam açúcar, melaço e rum para revenda na Europa, nesse momento, estavam forçados a comprar.
30
onde compravam mercadorias manufaturadas. Da África
Também, em 1764, foi implantada a Lei da Moeda (Cur-
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compravam-se negros, revendidos como escravos nas An-
rence Act), que proibiu a emissão de moeda pelos colonos,
35
tilhas ou nas colônias do Sul, a troco do rum como moeda.
o que provocou uma crise econômica com a elevação dos
53
As colônias da Nova Inglaterra e as do centro tinham mais preços de produtos agrícolas – base da economia sulista.
03
identidade com a ideologia da Ilustração, uma vez que
A Lei do Selo (Stramp Act), criada em 1765, impunha aos
contavam, entre sua população, com exilados intelectu-
JO
colonos a obrigatoriedade de selar ou carimbar os inúme-
ais, críticos do absolutismo europeu, bem como fugitivos
AU
ros papéis ou documentos de circulação na colônia, pagan-
protestantes. Nessas colônias houve a adoção do trabalho
do um imposto para a coroa. Outro problema originou-se
AR
livre assalariado, que aumentava a produtividade do traba-
quando o governo inglês criou a Lei do Aquartelamento
lhador em relação a do escravo, bem como contribuía com
S
ou do Alojamento, de 1765, que consistia na exigência
PE
a formação de um mercado consumidor mais ativo.
inusitada de que os colonos deveriam pagar a estadia dos
LO
Já nas colônias sulinas, estabeleceu-se a plantation, orga- soldados ingleses em território estadunidense nas missões
A
nização bastante semelhante à plantation brasileira, mas militares de repressão sobre os próprios colonos, que ob-
UL
sem o monopólio comercial e a complementaridade do viamente intensificaram mais ainda as rebeliões.
PA
pacto colonial. Eram, assim, voltadas para o mercado ex-
A política de exploração britânica continuou, em 1767,
terno e contavam com a monocultura do algodão, do fumo
NA
com as Leis Towshend, que consistiam, novamente, em
e do anil como principais atividades econômicas.
4A
exigir que os colonos pagassem taxas à Inglaterra quando
Diante dessas diferenças, o comércio entre as duas zonas importassem mercadorias vendidas pela própria Inglaterra.
30
não só foi possível, como bastante intenso. Ambos enrique-
70
No século XVIII, a economia britânica entrou em choque denominada de Festa do Chá de Boston (Boston Tea
AU
com a francesa e o governo inglês buscou conquistar áre- Party) e provocou dura reação do Império Britânico, que
AR
as em várias partes do globo terrestre que pertenciam aos promulgou a Lei dos Intoleráveis. A Inglaterra fechou
Bourbons, como aquelas localizadas nas Índias Orientais e o porto de Boston, ocupou Massachusetts e cobrou altís-
S
na América do Norte. Para tal, na América, recebeu ajuda simas indenizações. Os estadunidenses estavam sufocados
PE
dos colonos para derrotar os franceses, o que não foi difícil, e passaram a trilhar um caminho de enfrentamento legal
LO
pois os estadunidenses já pretendiam ocupar terras próxi- ou militar com os britânicos, o que resultou na luta pela
A
Em troca do apoio, a Coroa britânica prometeu ceder terras À medida que a exploração inglesa mostrava-se mais abu-
PA
aos colonos que lutassem sob a liderança militar de George siva, os colonos influenciados e liderados por ideólogos
NA
Washington. No entanto, os britânicos não cumpriram o como Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, Samuel Adams,
A
trato, ludibriando os colonos. Thomas Paine e Charles Dickson, criaram a chamada Con-
04
colonos, ou seja, seria o fim da negligencia salutar, da Virgínia, foi publicada a Declaração de Independência,
J
AU
negligência britânica ao desenvolvimento de suas colônias. redigida por Thomas Jefferson. Com a separação instituída,
AR
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NA
REVOLUÇÃO FRANCESA
4A
30
70
As sociedades da Era Moderna eram estamentais, mas problema climático em 1787, que provocou uma seca e con-
35
também continham o germe da sociedade de classes. A as- sequente agravamento da fome. O rei Luis XVI iniciava, assim,
53
censão da burguesa era resultado do desenvolvimento do uma série de tentativas de reformas econômicas e sociais para
03
capitalismo comercial. Essa classe social apresentava duas salvar a França, mas todas elas encontravam sempre forte re-
JO
tendências marcantes: ou procurava ingressar na nobreza sistência dos setores sociais.
AU
por meio da compra de títulos, ou tentava se impor a partir
Somado ao cenário de crise no final do século XVIII, as res-
de critérios econômicos de hierarquização social, em substi-
AR
trições e regulamentações mercantilistas eram sentidas pela
tuição ao critério do nascimento.
S
burguesia enriquecida e ávida pelo estabelecimento das con-
PE
Por outro lado, o desenvolvimento manufatureiro criara uma dições para o desenvolvimento do capitalismo na França. To-
LO
nova classe de trabalhadores urbanos, que teria enorme davia, para isso era necessário derrubar o absolutismo e as
importância nos movimentos revolucionários dirigidos pela restrições mercantilistas, criando condições para uma maior
A
burguesia. No campo, reformas formaram uma classe de
UL
igualdade social e jurídica. O contato direto com os filósofos
pequenos produtores independentes, ávidos por se livrarem
PA
da ilustração e com suas ideias permitiu à classe burguesa
dos encargos feudais.
transformar seus interesses particulares em interesses gerais
NA
Na França – como na Inglaterra –, a monarquia absoluta de toda a sociedade francesa. A luta contra o absolutismo, o
4A
já cumprira seu papel, promovendo a expansão marítima, mercantilismo e os privilégios sociais do clero e da nobreza
30
a exploração colonial, a acumulação primitiva de capitais também interessava aos camponeses, artesãos e outras cama-
70
ram o exemplo de que seria possível suplantar tal estado de taxação sobre a nobreza e clero no intuito de cobrir o deficit do
AU
A sociedade francesa era dividida em três Estados: o pri- antigo regime. Pressionado, o rei Luis XVI convocou, em 1789,
S
faziam parte do terceiro Estado, composto por burgueses, Em 5 de maio de 1789, os Estados Gerais se reuniram em Ver-
pequenos burgueses, profissionais liberais, camponeses e salhes. O terceiro Estado reivindicava que as votações fossem
PA
sans-culottes – camada heterogênea de pequenos artesãos feitas individualmente, mas os outros dois pregavam a manu-
NA
res.
70
35
e dos custos elevados para manter a corte, a economia fran- titucional, com a presença de uma assembleia composta por
LA
cesa enfrentava uma séria crise. Fator agravante foi um grave deputados, cujos mandatos eram de dois anos. Os eleitores
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precisavam de uma renda mínima para exercer o voto, o que
NA
dava um caráter burguês a essa primeira fase revolucionária.
4A
Já em 26 de agosto de 1789, fez-se a Declaração dos Di-
30
reitos do Homem e do Cidadão, documento escrito com
70
base nas ideias do iluminismo em defesa do direito de todos à
35
liberdade, à propriedade e à igualdade jurídica.
53
Tendo Luis XVI se recusado a reconhecer a declaração, o povo
03
de Paris, a chamada comuna, marchou ao palácio de Versa-
lhes, trazendo o rei à cidade. Em 1790, o antigo regime levou
JO
outro golpe, com a criação da Constituição Civil do Clero, que
AU
No governo, os jacobinos impuseram o Edito do Máximo, ta-
nacionalizava as propriedades da Igreja a favor do Estado. belando o preço dos produtos. Taxaram os ricos, obrigando-os
AR
Finalmente, em 1791, a constituição francesa foi redigida, mas a pagar mais impostos, protegendo os pobres e desampara-
S
também rechaçada pelo rei. Após ser obrigado a reconhecê-la, dos. A educação tornou-se gratuita e obrigatória. As proprie-
PE
tentou fugir da França para iniciar um processo contrarrevolu- dades dos emigrados foram confiscadas e postas à venda
LO
cionário, mas foi preso novamente. para cobrir despesas do Estado. Evidentemente, ocorreram
A
Se a constituição representava um avanço em relação ao revoltas contra essas medidas e os jacobinos responderam
UL
absolutismo do antigo regime, também deixava a desejar as com a execução de mais de 30 mil suspeitos de conspiração,
PA
o que recebeu o nome de o Grande Terror jacobino.
aspirações radicais dos sans-culottes, uma vez que o voto era
NA
censitário. As reivindicações das camadas pobres não foram Consequência: os sans-culottes, amedrontados com o au-
4A
satisfeitas, notadamente a distribuição de riquezas e o fim da mento da violência, deixaram de apoiar os jacobinos, que
escravidão nas colônias, como a do Haiti. ficaram isolados no poder. Rapidamente, os girondinos con-
30
seguiram se reerguer e derrubar o jacobinismo. Robespierre e
70
nos, também chamados “montanha”, uma vez sentados no A terceira fase da revolução, o Diretório (1794-1799) é re-
AU
local mais alto. Liderados por Robespierre, foram fortalecidos presentada politicamente pelos girondinos. Instaurou-se uma
AR
pelos cordeliers, mais radicais, Danton e Marat. Representa- República que destruiu os avanços sociais consolidados pelos
vam a pequena burguesia e as camadas populares, defendiam jacobinos, bem como as possibilidades de retorno das forças
S
PE
a República, o voto masculino universal e o tabelamento de retrógradas do antigo regime. Para consolidar os privilégios
burgueses, foi criada uma nova constituição: a Constituição
LO
preços.
do Ano III (1795), que extinguiu o tabelamento de preços e
As reações externas à revolução engendraram uma contrar-
A
palácio das Tulherias e matou nobres, exigindo novas eleições populares, promovendo o retorno da liberdade econômica,
04
foram derrotadas e o Partido Jacobino assumiu o poder re- papel era chefiar o Poder Executivo. O Legislativo era com-
53
publicano, ao guilhotinar o rei Luis XVI, após um julgamento posto pelo Conselho de Anciãos e pelo Conselho dos 500,
03
forjado a portas fechadas e cheios de arbitrariedades. Inicia-se, modelo esse que criou condições para o enfraquecimento do
então, a segunda fase da Revolução Francesa, a Convenção
O
(1792-1794).
AU
nal em que as forças de esquerda venceram com o voto uni- ção das obras públicas.
S
cujos novos mandatários foram os radicais Danton, Marat e movimento popular de tendência socialista, a Conjuração
LA
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dos Iguais, cujo líder, Graco Babeuf, defendia a soberania po- fiéis, reembarcou para a França, onde, com o apoio de dois
NA
pular e a supressão da propriedade privada. Preso, Babeuf foi diretores, de toda a alta burguesia e dos sans-culottes, que
4A
guilhotinado, em 1797. o viam como uma espécie de salvador, assumiu o poder no
30
Golpe do 18 Brumário, em novembro de 1799. Esse fato
A burguesia, completamente encurralada, sabia que a única
70
gerou o início de uma pacificação interna e de confirmação
instituição que poderia proteger seus interesses seria a ala do
35
dos interesses da burguesia francesa.
exército, liderada pelo jovem e popular general Napoleão
53
Bonaparte. Ao sair do Egito, seguido de alguns generais
03
JO
ERA NAPOLEÔNICA E O CONGRESSO DE VIENA
AU
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PE
ERA NAPOLEÔNICA aprovada em plebiscito pela imensa maioria da população
LO
francesa e que substituía o regime de consulado pelo de
império. A coroação de Napoleão, em Paris, marcou o iní-
A
Diante do instável cenário político, Napoleão procurou fa-
UL
zer uma política de reconciliação, tomando várias medidas cio do segundo período de Napoleão no poder: o Império
PA
para estabelecer a paz e garantir a segurança dos franceses. (1804-1815).
A Constituição de 1799, que foi submetida a plebiscito
NA
e aprovada por mais de três milhões de votos, deu a Na-
4A
poleão poderes ilimitados, sob a aparência de um regime 30
republicano. Daí seria iniciado o seu primeiro período de
70
Corpo Legislativo, que as votava; e o Senado, que velava agrária, estimulou a indústria, desenvolveu os códigos
S
pela sua execução. O Poder Executivo, confiado a três côn- comercial e penal. A infraestrutura do Estado francês foi
PE
sules nomeados pelo Senado por dez anos, era o mais forte ampliada e sofisticada, bem como monumentos aparece-
LO
dos poderes. O primeiro-cônsul, cargo mais poderoso, era ram para esbanjar a riqueza e o poderio da França. Por
A
Após dez anos de instabilidade política, Napoleão assinou, Garantias constitucionais, como as liberdades individuais
PA
em 1802, a Paz de Amiens, que redefiniu fronteiras colo- e políticas, foram desrespeitadas; a imprensa, censurada; o
NA
niais, como as do Egito e das Guianas, transmitindo a falsa conteúdo das universidades, subvertido. Ou seja, Napoleão
aproveitou-se do bom momento econômico e de sua boa
A
são intercontinental.
3
pirado no Direito Romano, nas Ordenações Reais e no Direi- combate a Napoleão. Porém, a superioridade francesa era
J
AU
to Revolucionário. Em 1901, Napoleão restabeleceu a paz clara: nas batalhas de Ulm, na Prússia, e em Austerlitz, do
Sacro Império Romano-Germânico, Napoleão derrotou as
AR
Com forte aceitação de todas as classes sociais france- a Confederação do Reno, que reunia a maioria dos Estados
sas, em 1804 foi promulgada a Constituição do Ano XII,
LA
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Em 1806, Napoleão decretou o Bloqueio Continental Moscou não passava de um amontoado de entulho e cin-
NA
contra a Inglaterra, acreditando que, ao fechar-lhe os mer- zas. Napoleão, dessa forma, teve que partir em rápida retira-
4A
cados europeus, provocaria uma crise em sua indústria e, da do território russo, mas em pleno inverno. O resultado foi
30
consequentemente, uma crise social sem tamanho. O de- assustador: apenas 10 mil soldados franceses retornaram
70
creto proibia os países europeus, sob domínio francês ou com vida.
35
aliados da França, de adquirirem produtos ingleses ou de Enfraquecido, o exército francês não resistiu à nova con-
53
receberem embarcações da Inglaterra em seus portos. tenda contra seus inimigos e ruiu na conhecida Batalha
03
Com a derrota de todas as quatro coligações criadas para de Leipzig, em 1813. No mesmo ano, Paris foi invadida e
destruir seu exército e da invasão da península Ibérica, Na- Napoleão, obrigado a renunciar, sendo encarcerado na ilha
JO
poleão tornou-se o grande senhor da Europa continental. de Elba. No governo francês, foi empossado Luís XVIII, da
AU
Nomeou seus irmãos José, Luís e Jerônimo, respectivamen- dinastia Bourbon e irmão de Luís XVI.
AR
te, reis de Espanha e Nápoles, da Holanda e da Vestfália. Por Da cadeia, Bonaparte recebia notícias do chamado Gover-
S
onde seus exércitos passavam, a velha ordem era destruída: no dos Cem Dias. Sabia das arbitrariedades cometidas
PE
implantavam-se constituições, divulgava-se o Código Civil e pelo recém-empossado rei, e, com a ajuda de alguns mi-
LO
modernizavam-se as estruturas econômicas. litares, retornou à França e retomou seu posto. A princípio,
A
Com suas economias arruinadas, Inglaterra e Rússia pas- logrou vitórias contra mais uma coligação absolutista, mas
UL
saram a transacionar secretamente mercadorias, informa- seu combalido exército não resistiu à Batalha de Water-
PA
ção que de prontidão chegou a Napoleão. Como punição loo, contra a Inglaterra e a Áustria, sendo definitivamente
NA
à Rússia, enviou 600 mil homens para destruí-la. Os russos, derrotado e enviado ao cárcere na ilha de Santa Helena,
utilizando a tática de terra-arrasada, conseguiram atrair o onde morreu por causas naturais.
exército francês até a incendiada Moscou. Com a tática,
4A
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CONGRESSO DE VIENA
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Depois da primeira abdicação de Napoleão, em 1814, todos os governantes se reuniram no Congresso de Viena para discu-
53
tirem a reorganização política e territorial da Europa, após a Revolução Francesa e as guerras napoleônicas. Presidido pela
03
representação austríaca em 1815, o Congresso decidiu restaurar as dinastias destronadas até então, garantindo o Princípio
O
da Legitimidade, formulado pelo francês Talleyrand. A definição das novas fronteiras nacionais privilegiariam Prússia, Rússia e
J
AU
Áustria. Em âmbito mundial, a Inglaterra se beneficiaria das colônias orientais e ocidentais, em detrimento da Holanda, França,
AR
Espanha e Turquia.
O Congresso de Viena pode ser visto como uma instituição reacionária, pois permitiu a restauração do antigo regime, ou pelo
S
PE
menos o absolutismo, em diversas nações europeias. Além disso, para manter novo ordenamento europeu, sancionado pelo
LO
Congresso de Viena, Áustria, Prússia e Rússia criaram a Santa Aliança. O objetivo central era combater movimentos liberais
e republicanos nacionalistas no continente. O novo governo francês, embora uma monarquia constitucional, também foi sig-
LA
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NA
IDEOLOGIAS DO SÉCULO XIX
4A
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LIBERALISMO
35
da sociedade. Toda atividade econômica que resulte em
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benefício pessoal, beneficia, por extensão, a sociedade
03
Durante a Revolução Industrial, os interesses dos burgue- em seu conjunto.
ses foram defendidos pelos economistas e filósofos liberais
JO
(também chamados clássicos), que produziram uma série
CARTISMO
AU
de teorias justificadoras do capitalismo e da não interven-
AR
ção do Estado. Filosoficamente, destaca-se a figura de John Na Inglaterra do século XIX, a classe trabalhadora, após vá-
S
Locke e, na economia, nomes como David Ricardo, Adam rias constatações de que os governos e o parlamento não
PE
Smith e Thomas Malthus. demonstravam interesse algum pela defesa de seus interes-
LO
ses, passou a reivindicar o direito ao voto para que pudesse
A
eleger os legisladores e, assim, influir na elaboração de uma
UL
legislação que favorecesse também os trabalhadores e não
PA
só os patrões.
NA
Para conseguirem eleger seus representantes no parlamen-
to, no entanto, necessitavam fortalecer seus sindicatos, à
4A
época apenas uma evolução das antigas associações de
30
jornaleiros. Para isso, organizaram-se até conseguirem inte-
70
Liberdade de contrato: o montante do salário e a ex- até que, em 1838, a classe dos trabalhadores, representada
tensão da jornada de trabalho, segundo os economistas pela Associação Geral dos Operários de Londres, remeteu ao
A
04
clássicos, devem ser fixados livremente pela negociação parlamento seu programa sintetizado na Carta do Povo. As
3
direta entre empregador e empregado, sem nenhuma principais reivindicações do Movimento Cartista eram:
70
Liberdade de comércio e produção: a função prin- Pagamento aos membros eleitos da Câmara dos Co-
03
cipal do Estado deve ser a manutenção da ordem, a pre- muns (o que tornaria possível aos pobres candidata-
servação da paz e a proteção da propriedade privada. rem-se ao posto)
J O
Parlamentos anuais
dualismo econômico: a propriedade privada é um di-
AR
de usá-lo livremente em seu proveito. Para os econo- Igualdade dos distritos eleitorais
LO
mistas clássicos, não há conflito algum entre os inte- HUBERMAN, LEO. HISTORIA DA RIQUEZA DO HOMEM.
LA
resses particulares do indivíduo e os interesses gerais 15. ED. RIO DE JANEIRO: ZAHAR, 1979, P. 201.
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SOCIALISMO CIENTÍFICO Em 1867, passa a ser publicado o primeiro volume de O
NA
capital: análise crítica da produção capitalista. Os segun-
4A
A ideia de uma distribuição equitativa de bens na socieda- do e terceiro volumes foram publicados por Engels, depois
30
de foi defendida por Thomas Morus, o autor renascentista da morte de Marx. O quarto volume foi publicado por Karl
70
de Utopia (1516). Durante a Revolução Francesa, certos Kaustsky.
35
ideais socialistas tomaram forma – como o de que os bens Nessa obra, Marx e Engels dedicam-se ao estudo e à análise
53
deveriam ser coletivos – com as propostas de Rousseau, da origem, desenvolvimento e apogeu do capitalismo, deta-
03
Marat, Hebert e, sobretudo, de Graco Babeuf. lhando a complexidade desse sistema; focaram nas institui-
ções econômicas do passado e do presente, com o objetivo
JO
Mas, as origens mais claras do socialismo estão nas condi-
de descobrir o que ordenava e movimentava a sociedade
AU
ções subumanas a que foram submetidos os trabalhadores
capitalista.
no processo de consolidação do capitalismo, como os siste-
AR
mas econômico, político e social, pela Revolução Industrial.
S
Princípios do Socialismo
PE
Antes de o socialismo científico ser gestado, houve amplo
científico (marxismo)
LO
desenvolvimento de ideais socialistas, principalmente na
França, no início do século XIX. Seus representantes foram
A
Materialismo histórico: a economia (condições ma-
UL
classificados posteriormente de socialistas utópicos, por teriais de existência) forma a base, a infraestrutura da
PA
acreditarem que a mudança social viria meramente por sociedade, sobre a qual se ergue uma superestrutura
uma mudança na consciência dos homens, e não por uma política, jurídica, filosófica, religiosa, moral etc. Em razão
NA
mudança material e econômica. Seus principais represen- disso, as transformações ocorridas nessa superestrutura
4A
tantes foram Saint-Simon, Charles Fourier, Louis Blanc e eram determinadas, em última instância, pelas mudan-
30
Robert Owen. ças ocorridas nas forças econômicas da sociedade.
70
Os alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels A luta de classes é o motor da história: a divisão
35
(1820-1883) fundaram o socialismo científico. Para eles, da sociedade em classes seria determinada por fatores
53
o proletariado era visto como a classe revolucionária en- de ordem econômica, sobretudo pela existência da pro-
03
carregada a derrubar o Estado capitalista. Se a sociedade priedade privada. Os interesses econômicos antagôni-
JO
capitalista detinha suas próprias regras, elas deveriam ser cos dão origem e sustentam o conflito entre as classes
sociais e essa luta entre dominantes (donos dos meios
AU
e o funcionamento da sociedade capitalista, seriam pro- tão somente da sua força de trabalho, que é vendida ao
S
postas as condições de sua transformação. capitalista e constitui a força motriz das grandes trans-
PE
formações históricas).
Em fevereiro de 1848, publicaram o Manifesto comunis-
LO
KARL MARX
lhadora é uma obra dos próprios trabalhadores.
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O Socialismo é uma fase de transição para o Co- –, no fim da exploração do homem pelo homem, na
NA
munismo: da luta entre as classes operária e burguesa construção de uma sociedade sem classes e no desapa-
4A
surge a sociedade socialista, mediante a qual o prole- recimento gradual do Estado.
30
tariado se apodera do poder político – ditadura do
Mais-valia: diferença entre o volume da riqueza pro-
70
proletariado – e converte em propriedade coletiva os
duzida pelo trabalhador e o montante do salário rece-
35
meios de produção pertencentes à burguesia. Nessa so-
bido pelo trabalho realizado. Como o salário é sempre
53
ciedade socialista ainda existem o Estado e a diferença
inferior à riqueza produzida, essa diferença, correspon-
03
entre o trabalho manual e intelectual. O socialismo seria
dente ao trabalho não pago, dá origem ao lucro ob-
a fase intermediária de transição, da passagem do ca-
JO
tido pelos capitalistas. O processo de acumulação de
pitalismo para o comunismo – baseado na propriedade
riquezas pela burguesia tem por base a exploração do
AU
social dos meios de produção – fábricas, terras, bancos
trabalho.
AR
S
PE
REVOLUÇÕES DE 1830 E 1848 E SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
LO
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PA
No início do século XIX, forças sob o comando da burguesia Após o Governo dos Cem Dias, a casa dos Bourbons re-
NA
liberal, inspiradas pela Revolução Francesa e lideradas por tornou ao poder da França, com Luís XVIII. Contudo, a
Napoleão Bonaparte, invadiram grande parte da Europa, en- restauração não significou a volta à política absolutista. A
fraquecendo, com isso, o antigo regime. Com a derrota de 4A
partir de 1815, Luís XVIII adotou uma política moderada,
30
Napoleão em Waterloo, configurou-se um ambiente propício procurando conciliar a restauração do absolutismo com
70
ao retorno das casas reais absolutistas, cenário em que nas- a manutenção de algumas conquistas da Revolução de
35
ceu o conservador Congresso de Viena (1815), que recusou 1789, como a igualdade jurídica dos cidadãos franceses.
53
os ideais revolucionários. Contudo, as forças de oposição rea- Outorgou uma constituição instaurando uma assembleia
03
gruparam-se e passaram a se rebelar contra o próprio regime que seria eleita pelo voto censitário.
JO
absolutista. Foi o caso da deflagração da Revolução Liberal Inspirados pelo chamado “terror branco”, passaram a
AU
do Porto (1820), em Portugal, que estabeleceu a monarquia perseguir os liberais, partidários da Revolução Francesa,
constitucional e subordinou o poder do rei João VI ao parla-
AR
passou a incluir também a luta pela independência daquelas Após a morte de Luís XVIII, em 1824, ascendeu ao trono
PA
regiões, acendendo a luz do nacionalismo. seu irmão Carlos X, chefe do Partido Ultrarrealista, que, em
1830, apoiado pela nobreza, desfechou um golpe de Esta-
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Essa revolução repercutiu na Europa e a burguesia passou desenvolvimento industrial acelerado, que fortaleceu
NA
a propagandear seus ideais, que foram sendo assumidos a burguesia industrial e comercial. Por outro lado, a
4A
pela maioria da população das pequenas nações na luta situação dos operários era de extrema miséria, de bai-
30
pela liberdade política (liberalismo), pelo nacionalismo e xos salários e de jornada de trabalho com mais de 14
70
crítica às decisões do Congresso de Viena. Com isso, um horas diárias.
35
solo fértil para agitações políticas foi gestado, ocasionando Os oposicionistas ao governo de Luís Filipe organizaram-se
53
nas revoluções de 1848. em vários partidos: legitimista, constituído pela nobreza, de-
03
De modo geral, foram três os fatores das revoluções de sejosa de restaurar o poder dos Bourbon, depostos em 1830;
JO
1848: o liberalismo, contrário às limitações impostas bonapartista, formado pela pequena burguesia e liderado por
AU
pelo absolutismo; o nacionalismo, que procurou unir po- Luis Bonaparte, sobrinho de Napoleão; socialista, composto
liticamente os povos de mesma origem e cultura; e o so- por diversas facções que procuravam organizar a classe ope-
AR
cialismo, força nova, nascida nos movimentos de 1830, rária; republicano, de tendência nacionalista, que encontrava
S
que pregou a igualdade social e econômica mediante re- apoio entre a classe média e os profissionais liberais.
PE
formas radicais.
LO
Seguido pela população da cidade e por alguns setores
Além desses, podem ser mencionados também como fato- da Guarda Nacional, o proletariado parisiense rebelou-se.
A
UL
res das revoluções de 1848: Foram três dias de luta nas barricadas. No dia 24 de feve-
reiro, Luís Filipe abdicou, quando então estabeleceu-se um
PA
as péssimas colheitas na Europa, entre 1846 e 1848,
governo provisório que proclamou a República. Sob pres-
fazendo com que os preços dos produtos agrícolas su-
NA
são dos trabalhadores, foram criadas as oficinas nacionais,
bissem muito, agravando a situação das camadas mais
4A
empresas dirigidas e sustentadas pelo Estado. Para pagar
pobres; e
os salários dos trabalhadores dessas oficinas, os impostos
30
as crises na indústria – notadamente a têxtil – e agríco- foram elevados, o que provocou uma crise ainda maior na
70
BARRICADA NA RUA SOUFFLOT (1848), DE HORACE VERNET plebiscito e tornou-o “imperador” com o título de Napo-
3
facções da burguesia – pequenos burgueses, industriais, No âmbito social, empreendeu vigoroso programa de
comerciantes etc. – haviam participado da luta contra o modernização do país, com a construção de estradas de
JO
poder absolutista e a velha aristocracia, mas quem assu- ferro, portos, canais e estradas. O prefeito Haussmann
AU
miu o poder foi apenas uma parte da burguesia ligada ao mudou a fisionomia de Paris, ampliando suas avenidas e
AR
Em relação ao governo anterior, houve pequenos pro- Podemos considerar a revolução de fevereiro de 1848, na
PE
gressos sociais: direito de voto muito pouco ampliado, França, como o estopim para o início de um período revo-
LO
embora mantivesse a imprensa censurada e a oposi- lucionário no resto da Europa. A Itália viu-se sacudida por
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ção reprimida. Mesmo assim, a França conseguira um movimentos que se estenderam do Sul ao Norte. Na Ale-
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manha, por exemplo, a Prússia viveu um grande movimen-
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to popular. O mesmo ocorreu no Império Austríaco, quando
4A
a capital foi totalmente tomada pelos revolucionários.
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35
53
03
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DESENHO DE UMA REGIÃO INDUSTRIAL, EM MEADOS DO SÉCULO XIX
AU
A partir da Segunda Revolução Industrial, o capitalismo
AR
industrial foi gradualmente cedendo lugar ao capital finan-
S
ceiro e passando para os grandes bancos o controle das
PE
empresas industriais e comerciais. As finanças conquista-
LO
ram a supremacia sobre a produção e a circulação de mer-
A
cadorias. Nessa etapa, os grandes bancos investiram na
UL
compra de ações e foram assumindo o controle acionário
PA
das empresas. Por outro lado, os empréstimos e financia-
NA
mentos também contribuíram para submeter às empresas
NAPOLEÃO III à inteira dependência das instituições financeiras.
4A
Surgiram fenômenos de mercado, tais como:
30
Concomitantemente às agitações políticas, germinava em solo
70
europeu a Segunda Revolução Industrial. Enquanto a pri- trustes – formam-se graças à eliminação ou absorção
35
meira fase da Revolução Industrial concentrou-se na produção de pequenos concorrentes por grandes empresas, que
53
de bens de consumo, particularmente de têxteis de algodão, na passam a monopolizar a produção de certo produto, e
03
segunda fase a indústria pesada passou a ser o centro do siste- são regularmente resultados da fusão de empresas do
ma produtivo. A produção de aço superou a de ferro e os pre-
JO
mesmo ramo;
ços caíram consideravelmente. O descobrimento dos processos
AU
eletrolíticos estimulou a produção de alumínio. Na indústria cartéis – são anomalias de mercado formadas median-
AR
química, o grande avanço foi representado pela obtenção de te acordo entre grandes empresas, que, para evitar os
métodos mais baratos para produção de soda cáustica e ácido desgastes da concorrência, convencionam entre si for-
S
PE
sulfúrico, particularmente importantes para a fabricação de pa- mas de manutenção dos preços e de divisão dos mer-
cados, deixando sempre a salvo a autonomia de cada
LO
bancos e as companhias de ações mobilizassem seus ca- holdings – consistem na aceitação do controle de uma
PA
pitais; os efeitos multiplicadores desse processo foram a grande companhia sobre inúmeras outras, mediante a
compra da maior parte de suas ações, o que lhes per-
NA
A agricultura adaptou-se às novas condições impostas pela dustrial e da era do capitalismo financeiro ou monopolista foi
70
sociedade de massa, que incorporou novos produtos e no- o desenvolvimento do Imperialismo e o Neocolonialismo. Em
35
vos instrumentos de trabalho e intensificou os rendimen- busca de novos mercados consumidores e de insumos para
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tos, adequando a produção ao mercado consumidor. suas indústrias, os países europeus promoveram uma expan-
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U.T.I. - Sala 4. (UFRJ) Quando o amor-próprio [egoísmo] começou
NA
a crescer na terra, então começou o Homem a decair.
4A
Quando a humanidade começou a brigar sobre a terra,
1. (UERJ) Na pintura “O século das luzes“, observam-se e alguns quiseram ter tudo e excluir os demais, forçan-
30
elementos representativos do movimento intelectual do-os a serem seus servos: foi essa a Queda de Adão.
70
denominado iluminismo. Em 1784, o filósofo alemão
ADAPTADO DE: HILL, CHRISTOPHER. O MUNDO DE PONTA-CABEÇA.
35
Immanuel Kant definiu esse movimento como um pro-
cesso de esclarecimento que permitiu ao homem che- SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1987, P. 169.
53
gar à sua maioridade. a) Explique por que podemos associar o texto acima às
03
correntes mais radicais que atuaram na Revolução In-
JO
glesa de 1640.
AU
b) O texto acima pretende, à luz da Bíblia, discutir algu-
mas tensões próprias da sociedade inglesa do século
AR
XVII. Cem anos antes, o mesmo procedimento esteve
S
presente nas rebeliões dos camponeses anabatistas
PE
alemães. Analise uma diferença entre o ideário anab-
LO
atista e o luterano no que se refere à autoridade dos
príncipes.
A
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5. (FUVEST) Durante o século XVIII, na Europa, constitu-
PA
“O SÉCULO DAS LUZES“, DE RAYMOND DUMOUX. íram-se dois polos dinâmicos: um de dimensão cultural,
VAINFAS, RONALDO ET AL. HISTÓRIA. VOL. 2. SÃO PAULO: SARAIVA, 2011.
representado pela França, e outro de dimensão econô-
NA
Identifique na imagem dois elementos representativos mica, representado pela Inglaterra.
4A
do pensamento iluminista. Associe, também, um desses Descreva aspectos referentes ao:
30
elementos a uma característica do iluminismo. a) primeiro polo.
70
b) segundo polo.
2. (UNICAMP) Observe a imagem abaixo.
35
53
6. (UFRJ)
03
“A PESCA DAS ALMAS“ (1614), DE ADRIAEN VAN DE VENNE. tal comércio for abolido. Mas, uma vez que seus peticionários sem-
RIJKSMUSEUM, AMSTERDÃ, HOLANDA (DETALHE). pre compreenderam que os nativos da África nutrem grande aversão
LO
obra do artista holandês? ADAPTADO DE: HOCHSCHILD, ADAM. BURY THE CHAINS.
PA
potência marítima no contexto europeu do século XVII. De acordo com uma visão recorrente na historiografia,
A
indignidade do homem, cujas vontades estão sempre escravizadas Explique de que maneira o trecho acima questiona
35
ADAPTADO DE: SKINNER, QUENTIN. AS FUNDAÇÕES DO PENSAMENTO POLÍTICO espraiando-se sobre Coketown. Um barulho de sapatos pesados na
MODERNO. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1996, P. 288-290.
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bre a salvação?
Stephen, atento e calmo, debruçava-se sobre o seu tear, formando
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Umas tantas centenas de operários na fábrica, umas tantas centenas Descreva a conjuntura política da Inglaterra, em me-
NA
de cavalos-vapor de energia. Sabe-se até ao mais pequeno porme- ados do século XVII, e aponte duas características da
4A
nor aquilo que a máquina é capaz de fazer. Não existe qualquer mis- teoria de Estado formulada por Hobbes.
tério na máquina, porém, no mais mesquinho dentre esses homens
30
existe um mistério jamais decifrado. 10. (UNICAMP)
70
O dia clareou e mostrou-se lá fora, apesar das luzes brilhantes do Da Idade Média aos tempos modernos, os reis eram considerados
35
interior. As luzes apagaram-se e o trabalho continuou. Lá fora, nos personagens sagrados. Os reis da França e da Inglaterra “tocavam
53
vastos pátios, os tubos de escapamento do vapor, os montes de bar- as escrófulas”, significando que eles pretendiam, somente com o
03
ris e ferro-velho, os montículos de carvão ainda acesos, cinzas, por contato de suas mãos, curar os doentes afetados por essa moléstia.
toda parte, amortalhavam o véu da chuva e do nevoeiro. Ora, para compreender o que foram as monarquias de outrora, não
JO
basta analisar a organização administrativa, judiciária e financeira
AU
O trabalho continuou até a sineta tocar o meio-dia. Mais barulho
que essas monarquias impuseram a seus súditos, nem extrair dos
de sapatos nas calçadas. Os teares, as rodas e as mãos paravam
AR
grandes teóricos os conceitos de absolutismo ou direito divino. É
durante uma hora.
necessário penetrar as crenças que floresceram em torno das casas
S
Stephen saiu do calor da fábrica para o frio e a umidade da rua principescas.
PE
molhada. Vinha cansado e macilento. Dando as costas ao seu bairro
ADAPTADO DE: BLOCH, MARC. OS REIS TAUMATURGOS.
LO
e aos companheiros, levando apenas um naco de pão, dirigiu-se à
SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1993, P. 43-44.
colina, onde residia o seu patrão numa casa vermelha com persianas
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pretas, cortinas verdes, porta de entrada negra, onde se lia Bounder- a) De acordo com o texto, como se pode compreender
by, numa chapa de cobre. melhor as monarquias da Idade Média e da Idade Mod-
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DICKENS, CHARLES. TEMPOS DIFÍCEIS. SÃO PAULO: CLUBE DO LIVRO, 1969.
erna?
NA
b) O que significa “direito divino dos reis”?
a) Identifique o contexto histórico descrito no texto.
4A
c) Caracterize a política econômica das monarquias eu-
b) A partir da interpretação do texto, escreva sobre os ropeias entre os séculos XVI e XVIII.
30
aspectos econômicos e sociais do contexto histórico
70
Comente o papel e a importância de: implica qualquer crime, pelo contrário, traz a máxima glória. (...) Em
AU
a) Calvino, para o protestantismo. outras palavras: o soldado de Cristo mata 98 com a consciência tran-
AR
b) Inácio de Loyola, para o catolicismo. quila e morre com a consciência mais tranquila ainda.”
(SÃO BERNARDO DE CLARAVAL APUD COSTA, RICARDO DA.
S
9. (UERJ) A ilustração abaixo está estampada na folha APRESENTAÇÃO: A CRUZADA RENASCEU? BLASCO VALLÈS, ALMUDENA,
PE
de rosto da obra Leviatã, de Hobbes, publicada em E COSTA, RICARDO DA (COORD.). MIRABILIA 10. A IDADE MÉDIA E
LO
1651, na Inglaterra. A figura do leviatã é proveniente de AS CRUZADAS. JAN.-JUN. 2010/ISSN 1676- 5818, P. XIII)
U.T.I. - E.O.
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do Estado Moderno.
PE
FONTE: <HTTP://CDHI.MALA.BC.CA>.
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2. (UFRJ) 5. (UNICAMP) As primeiras vítimas da Revolução Fran-
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cesa foram os coelhos. Pelotões armados de paus e foi-
A sociedade feudal era uma estrutura hierárquica: alguns eram se-
4A
ces saíam à cata de coelhos e colocavam armadilhas em
nhores, outros, seus servidores. Numa peça teatral da época, um
desafio às leis de caça. Mas os ataques mais espetacu-
30
personagem indagava:
lares foram contra os pombais, castelos em miniatura;
70
— De quem és homem? dali partiam verdadeiras esquadrilhas contra os grãos
35
— Sou um servidor, porém não tenho senhor ou cavaleiro. dos camponeses, voltando em absoluta segurança para
53
suas fortalezas senhoriais. Os camponeses não estavam
03
— Como pode ser isto? Retrucava o personagem. dispostos a deixar que sua safra se transformasse em ali-
ADAPTADO DE: HILL, CHRISTOPHER. O MUNDO DE PONTA-CABEÇA. mento para coelhos e pombos e afirmavam ser a “vonta-
JO
SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1987, P. 55. de geral da nação” que a caça fosse destruída. Aos olhos
AU
de 1789, matar caça era um ato não só de desespero,
No século XVI, a sociedade rural inglesa, até então rela- mas também de patriotismo, e cumpria uma função sim-
AR
tivamente estática, estava se desagregando. bólica: derrotando privilégios, celebrava-se a liberdade.
S
Apresente um processo socioeconômico que tenha con- ADAPTADO DE: SCHAMA, SIMON. CIDADÃOS: UMA CRÔNICA DA REVOLUÇÃO
PE
tribuído para essa desagregação. FRANCESA. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1989, P. 271-272.
LO
3. (UERJ) a) De acordo com o texto, por que os camponeses de-
A
fendiam a matança de animais?
UL
(...) Minuciosas até o exagero são as descrições das operações ma-
b) Cite dois privilégios senhoriais eliminados pela Rev-
PA
nuais de Robinson: como ele escava a casa na rocha, cerca-a com
uma paliçada, constrói um barco (...) aprende a modelar e a cozer olução Francesa.
NA
vasos e tijolos. Por esse empenho e prazer em descrever as técnicas
6. (UERJ)
4A
de Robinson, Defoe chegou até nós como o poeta da paciente luta
do homem com a matéria, da humildade e grandeza do fazer, da
30
O rei é vencido e preso. O Parlamento tenta negociar com ele,
alegria de ver nascer as coisas de nossas mãos. (...) A conduta de dispondo-se a sacrificar o exército. A intransigência de Carlos, a
70
Defoe é, em Crusoé (...), bastante similar à do homem de negócios radicalização do exército, a inépcia do parlamento somam-se para
35
respeitador das normas que na hora do culto vai à igreja e bate no impedir essa saída “moderada”; o rei foge do cativeiro, afinal, e
53
peito, e logo se apressa em sair para não perder tempo no trabalho. uma nova guerra civil termina com a sua prisão pela segunda vez.
03
CALVINO, ÍTALO. POR QUE LER OS CLÁSSICOS. O resultado será uma solução, por assim dizer, moderadamente
SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1998. radical (1649): os presbiterianos são excluídos do parlamento, a
JO
Daniel Defoe, no romance Robison Crusoé, deixa trans- câmara dos lordes é extinta, o rei decapitado por traição ao seu
AU
parecer a influência que as ideias liberais passaram a povo após um julgamento solene sem precedentes, proclamada a
AR
exercer sobre o comportamento de parcela da socieda- República; mas essas bandeiras radicais são tomadas por generais
de europeia ainda no século XVIII. independentes, Cromwell à testa, que as esvaziam de seu conte-
S
údo social.
PE
soé. Em seguida, explicite como esse ideal se opunha à PONTA-CABEÇA: IDEIAS RADICAIS DURANTE A REVOLUÇÃO INGLESA
A
organização da sociedade do antigo regime. DE 1640. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1987.
UL
Ato de Navegação.
distinções devem se basear na “utilidade comum”.
35
pública Puritana.
lavras dos revolucionários franceses: “Todas as pessoas
nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São do-
O
7. (UERJ)
J
umas às outras com espírito de fraternidade”. Relações entre a pregação protestante e as estruturas políticas en-
AR
a) Identifique dois direitos reivindicados pela Declaração tão existentes foram muitas vezes decisivas tanto para os destinos
de 1789 e explique por que eram revolucionários, para da pregação em si quanto para os rumos afinal tomados pela orga-
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O texto acima se refere a processos da Reforma Religio- Explique duas mudanças ocorridas nos sistemas po-
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sa ocorridos na Europa. O movimento reformista, entre- líticos das sociedades europeias entre os séculos XVI
4A
tanto, conheceu diferentes reações em distintas áreas. e XVIII.
Indique duas causas para a Reforma Religiosa na
30
Inglaterra e uma consequência econômica desse 9. (UNICAMP) Em 1348, a peste negra invadiu a Fran-
70
movimento. ça e, dali para a frente, nada mais seria como antes.
35
Uma terrível mortalidade atingiu o reino. A escassez
53
de mão de obra desorganizou as relações sociais e
8. (UFRJ) A observação do trabalho dos mestres retra-
03
de trabalho. Os trabalhadores que restaram aumen-
tistas da aristocracia ajuda a compreender os cenários
taram suas exigências. Um rogo foi dirigido a Deus,
políticos e sociais de variados momentos históricos. Na
JO
e também aos homens incumbidos de preservar Sua
primeira tela, referente aos primórdios do século XVI,
AU
ordem na Terra. Mas foi preciso entender que nem
um aristocrata europeu é apresentado como senhor
a Igreja nem o rei podiam fazer coisa alguma. Não
AR
da guerra. Na segunda, de 1798, o nobre, mesmo não
era isso uma prova de que nada valiam? De que o
abrindo mão de insígnias militares, surge como compo-
pecado dos governantes recaía sobre a população?
S
nente da elite política e administrativa, pois lida com
PE
Quando o historiador começa a encontrar tantas mal-
documentos e livros.
dições contra os príncipes, novas formas de devoção
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e tantos feiticeiros sendo perseguidos, é porque de
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repente começou a se estender o império da dúvida
UL
e do desvio.
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ADAPTADO DE: GEORGES DUBY. A IDADE MÉDIA NA FRANÇA
(987-1460): DE HUGO CAPETO A JOANA D’ARC. RIO DE
NA
JANEIRO: JORGE ZAHAR, 1992, P. 256-258.
4A
a) A partir do texto, identifique de que maneira a pes-
30
te negra repercutiu na sociedade da Europa medieval,
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TIZIANO VECELLIO DI GREGORIO – acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos
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época.
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HISTÓRIA DO BRASIL
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PRIMEIRO REINADO (1822-1831)
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brasileiro de dois milhões de libras, dinheiro este oriundo de
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empréstimo inglês. Logo, em 1826, a Inglaterra reconheceu
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a independência do Brasil, mas, em troca, procurou obter
JO
vantagens econômicas exigindo a manutenção das tarifas al-
fandegárias preferenciais de 15% para os produtos ingleses.
AU
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Um novo país necessita de uma nova constituição. Das 19
províncias brasileiras, apenas 14 enviaram representantes
S
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para a Assembleia Constituinte, em 1823. D. Pedro e
seus aliados defendiam que o imperador tivesse a centra-
LO
lização política. O projeto constitucional, cujo relator foi
A
Antônio Carlos de Andrada e Silva, ficou conhecido como
UL
BANDEIRA DO IMPÉRIO BRASILEIRO
Constituição da Mandioca, uma vez que estabelecia o
PA
Diferente do que se costuma afirmar, o processo de voto censitário: a participação política, de acordo com uma
NA
independência do Brasil não foi pacífico. Algumas províncias, renda anual equivalente aos alqueires de mandioca planta-
como Bahia, Maranhão, Grão-Pará, Piauí e Cisplatina rebe-
4A
dos. Além disso, as eleições seriam indiretas e mantidas as
laram-se e não reconheceram a autoridade do imperador D. bases econômicas coloniais, destacando-se a escravidão. O
30
Pedro I. Estado seria tripartite: Legislativo, Executivo e Judiciário. Ha-
70
tosas. Pelo fato de não possuir exército próprio, endividou-se drada e vários outros deputados constituintes e determinou
AR
ao contratar forças mercenárias, legando uma enorme dívida o fechamento da Assembleia, que permaneceu reunida sob
protesto. Na noite do dia 11 para 12 de novembro de 1823,
S
restava a questão externa. esse episódio ficou conhecido por Noite da agonia.
LO
Para que o Brasil pudesse estabelecer relações políticas e O imperador, então, nomeou um Conselho de Estado com-
A
econômicas com o exterior, era necessário que sua indepen- posto por dez membros, com a função de elaborar, sob sua
UL
dência política fosse reconhecida por outros países. Apesar supervisão pessoal, um novo projeto constitucional para o
PA
da Inglaterra mostrar-se interessada, esse foi um processo Brasil. Apesar de ter adotado alguns pontos do projeto da
NA
lento e difícil. Cabe lembrar de que a maioria dos países eu- Constituição da Mandioca, a nova constituição ficou pronta
em 1824 e foi outorgada (imposta) por D. Pedro I, em 25
A
da Santa Aliança, que previa a intervenção militar em países de março com as seguintes características:
3
ou colônias europeias onde ocorressem movimentos de ca- Monarquia hereditária constitucional; unitarismo,
70
ráter liberal.
35
Dessa forma, os Estados Unidos foram o primeiro país a re- nomia com presidentes nomeados pelo poder central;
03
conhecer oficialmente a independência do Brasil, em 1824, quatro poderes: Legislativo, Executivo, Judiciário e Mo-
em virtude da Doutrina Monroe, que defendia a “América derador.
JO
para os americanos”, ou seja, o direito à soberania dos povos Eleições eram realizadas de forma indireta, censitá-
AU
americanos em oposição aos interesses antiliberais da Santa ria e em dois níveis; eleitores homens maiores de 21
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Aliança. Além disso, os EUA ambicionavam reduzir a influên- anos com renda mínima anual de 100 mil réis para os
cia inglesa no continente e obter relações favoráveis com a
S
ampliação de seus mercados consumidores. para os eleitores de província (segundo grau); eleitores
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O reconhecimento inglês dependia do posicionamento de deputados e senadores, renda mínima de 400 e 800
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Senadores vitalícios: morto um senador, convoca- dância dessa última fez com que o Brasil lhe declarasse
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vam-se eleições; a lista dos mais votados era apresen- guerra, dando início à guerra da Cisplatina. Em 1828,
4A
tada ao imperador, que nomeava um deles. diante da intervenção diplomática da Inglaterra, Brasil e
30
Religião católica adotada como oficial pelo Estado; Argentina desistiram da Cisplatina, que se tornou Estado
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independente: a República Oriental do Uruguai.
proibidos templos e manifestações públicas de quais-
35
quer outras religiões, apenas culto privado. Após inúmeros conflitos e imerso em grave crise econômi-
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Padroado: Igreja católica subordinada ao Estado. ca, D. Pedro passou a ser contestado. Para melhorar sua
03
imagem, resolveu realizar uma viagem de visita a algumas
Beneplácito: leis da Igreja com a autorização do im-
JO
províncias, onde poderia manter contato com a população.
perador. A viagem começou por Minas Gerais, onde o imperador foi
AU
A arbitrariedade do imperador suscitou revolta em diversos recebido friamente: os sinos das igrejas tocavam um som
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setores da sociedade brasileira. A mais marcante foi a Con- fúnebre e várias casas tinham panos pretos exibidos em
S
suas janelas, demonstrando luto pela morte do jornalista
PE
federação do Equador (1824), formada principalmente
Libero Badaró. Insatisfeito e contrariado, D. Pedro I resolveu
pela província de Pernambuco e que levou figuras como
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voltar ao Rio de Janeiro.
Cipriano Barata e Frei Caneca a se manifestarem publica-
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mente contra D. Pedro I e suas atitudes. Para animar o imperador e manifestar seu apoio, os portu-
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gueses prepararam uma festa de boas-vindas, no dia 13 de
PA
O governo imperial organizou imediatamente uma violen-
março. Sabendo da recepção, os brasileiros oposicionistas
ta repressão contra Pernambuco e as demais províncias
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foram ao local da festa, entrando em conflito com os por-
nordestinas envolvidas até derrotar completamente o mo- tugueses, na chamada Noite das Garrafadas.
4A
vimento, em novembro de 1824. Muitos foram presos e
Já em profunda contestação, D. Pedro I resolveu, então,
30
inúmeros rebeldes morreram em combate. Frei Caneca, por
abdicar do trono brasileiro, no dia 7 de abril de 1831, em
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Para piorar a situação do império, em 1825, alguns líderes tinha apenas cinco anos de idade. A medida pôs fim ao
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separatistas da Cisplatina, comandados por Juan Lavalleja, primeiro reinado e há quem veja nela a consolidação da in-
03
Assim, para que o país não ficasse sem governo, os de- suspensão do Poder Moderador, que era exclusivo do
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imperador; e
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ganizaram, em caráter de urgência, uma regência trina aprovação da Lei da Regência, que proibia os regentes
provisória, que governaria o país até a câmara eleger a de dissolver a câmara, decretar guerra ou conceder tí-
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regência permanente.
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tulos de nobreza.
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Os regentes foram escolhidos segundo o critério de con- Após a regência provisória, foi definida a regência trina
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templar os partidos políticos existentes e as forças arma- permanente (1831-1835): representando a elite agrária
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das. Desse modo, foram escolhidos: um liberal, o senador nordestina foi escolhido o deputado pela Bahia e marquês
PE
Nicolau Pereira de Campos Vergueiro; um conservador, o de Monte Alegre, José da Costa Carvalho; o deputado
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senador José Joaquim Carneiro de Campos; o marquês de maranhense João Braulio Menezes; e pelo Sul e Sudeste,
Caravelas; e um militar, o general Francisco de Lima e Silva.
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Silva, o barão de Barra Grande, que também representava Cabanagem (Grão-Pará, 1835-1840)
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o Exército como responsável pela manutenção da ordem
A economia do Grão-Pará baseava-se no extrativismo de
4A
política e social do país.
drogas do sertão, de madeira e na produção de cacau e ar-
30
Ao padre Diogo Antônio Feijó, deputado moderado, coube roz à custa da exploração da mão de obra indígena. Havia
70
a pasta de ministro da Justiça, para a qual exigiu e recebeu ainda um pequeno comércio controlado por portugueses e
35
dos regentes autonomia de ação, para poder enfrentar os seus descendentes. A maioria da população era composta
53
motins que se espalhavam e multiplicavam pelo território. por mestiços, brancos pobres e índios destribalizados que
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Para reprimi-los, em 1831, foi criada a Guarda Nacional, viviam de forma miserável em casas de palafitas, razão pela
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uma força paramilitar centralizada na localidade. qual os rebeldes eram chamados de cabanos.
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Ainda em face aos graves conflitos políticos que assolavam No início de 1835, os revoltosos tomaram o poder da capital
AR
o país, o governo regencial aprovou o Ato Adicional de da Província, chefiados pelo fazendeiro Félix Clemente Mal-
1834. Ele introduziu mudanças significativas na constitui- cher, que entrou em atrito com cabanos mais radicais e jurou
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ção de 1824, como a extinção do Conselho de Estado – lealdade ao império. Foi deposto e executado pelos rebeldes.
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órgão que assessorava o governo imperial, substituído pela O poder passou para Francisco Pedro Vinagre, quando se in-
criação das Assembleias Legislativas Provinciais, com tensificou a repressão do governo regencial.
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poderes para legislar a respeito da organização local. O pre-
Em 21 de fevereiro, Vinagre foi derrotado pelas forças re-
sidente da província, ou seja, o chefe do Poder Executivo
PA
genciais, mas outro líder, Eduardo Angelim, conseguiu arre-
continuava a ser indicado pelo imperador ou regente.
gimentar cerca de três mil homens e atacar Belém, em 14 de
NA
A regência trina permanente foi substituída por uma re- agosto de 1835. Derrotou as forças fiéis ao governo regente
4A
gência una, eletiva e temporária, para qual o regente se- e foi aclamado presidente da Província pelos cabanos da Re-
30
ria eleito por voto censitário e direto para um mandato de pública Independente do Pará. A partir disso, a Cabanagem
70
quatro anos. O ato adicional estabeleceu, ainda, a transfor- espalhou-se pela região.
35
Na eleição de 1835 para regente uno, saiu vencedor o ex- reinado, a província foi finalmente pacificada.
AU
des.
Feijó, a exemplo de Bernardo Pereira de Vasconcelos, que
A
criou o Imperial Colégio Dom Pedro II e fundou o Instituto A Cabanagem foi o único movimento genuinamente popu-
UL
Histórico e Geográfico. Em 23 de julho de 1840, o Golpe da lar do período imperial em que camadas populares tomaram
PA
Maioridade pôs fim ao governo regencial. e mantiveram por certo tempo o poder em uma província.
NA
O movimento foi a mais importante revolta de escravos da Salvador com a realidade da província, esquecida pelo po-
53
história da Bahia. Os malês eram negros muçulmanos afri- der central e atravessando séria crise econômica.
03
cipantes e repercutiu fortemente no império, permanecendo Revoltados com o centralismo político, proclamaram a
J
pedir que outro movimento similar ocorresse. de. Os grandes proprietários rurais baianos não apoiaram
S
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do para Goiás, de onde foi para Mato Grosso, onde morreu agradar aos vários setores da elite local.
NA
algum tempo depois.
Os revoltosos queriam mais autonomia provincial e o direito
4A
Balaiada (Maranhão, 1838-1840) de escolher seus governantes mais sensíveis aos problemas
30
da região e comprometidos com a solução dele. Por isso,
70
Nas primeiras décadas do século XIX, a economia mara- a revolta foi encabeçada pelos grandes estancieiros, char-
35
nhense enfrentava uma séria crise em virtude principalmen- queadores, comerciantes e representantes da cúpula militar
53
te da concorrência estadunidense na produção e exporta- rio-grandense, interessada em atender aos interesses dessa
03
ção de algodão. A retração econômica agravava a fome e a elite, com caráter separatista, republicana, sem preocupação
miséria de grande parte da população local.
JO
social e divergências entre os farroupilhas.
AU
O poder político da província era disputado por liberais Os preocupados com questões sociais e econômicas, inclusi-
(“bem-te-vis”) e conservadores, que frequentemente recor-
AR
ve a abolição da escravidão, confrontavam-se com os defen-
riam à violência para alcançar seus objetivos. Era comum a sores de seus interesses pessoais.
S
impunidade pelos crimes políticos, o que agrava a violência
PE
de ambas as partes. A instabilidade política e social favo- Insatisfeitos, os estancieiros formaram uma tropa que atacou
LO
recia as constantes fugas de escravos para quilombos que, Porto Alegre, depôs o presidente da província e proclamou
A
para sobreviver, saqueavam as fazendas. a República Rio-grandense ou República de Piratini, nome-
UL
ando Bento Gonçalves para presidente. A República gaúcha
A revolta teve início quando o vaqueiro Raimundo Gomes,
PA
estimulou a criação de gado e a exportação do charque e
ligado aos “bem-te-vis”, e alguns companheiros atacaram de couro.
NA
a cadeia para libertar seu irmão preso e acusado de assas-
4A
sinato. Alguns soldados reuniram-se a eles e iniciaram uma A resposta do governo regencial foi imediata: enviou tro-
marcha que receberia adesão por onde passava, notada- pas para a região, que venceram os rebeldes em batalha
30
próxima a Porto Alegre; prenderam Bento Gonçalves e con-
70
nome da revolta.
pública de Piratini.
JO
pobreza e a miséria vigentes e da falta de compromisso a ajuda do mercenário italiano Giuseppe Garibaldi, que, au-
AR
das autoridades. Mesmo desorganizados, os rebeldes con- xiliado pelo estancieiro Davi Canabarro e seus homens, con-
S
seguiram tomar a cidade de Caxias, promovendo saques e seguiram estender a revolução até Santa Catarina, em 1839.
PE
ataques a várias vilas. Em 1840, ao mesmo tempo em que teve início o segundo
LO
Luis Alves de Lima e Silva, futuro barão de Caxias, foi nome- reinado, a Revolução Farroupilha perdia força, declinava,
A
ado presidente da província, em 1840, promovendo forte bem como agravavam-se as discordâncias entre os revolto-
UL
repressão aos revoltosos. Quando ascendeu ao trono, D. sos. Define-se então sua divisão em dois grupos: os “majori-
PA
Pedro II concedeu anistia aos rebeldes que ainda restavam tários”, progressistas, de um lado, e os “minoritários”, con-
NA
e pôs fim ao movimento. servadores, de outro, favoráveis ao status quo do Rio Grande
do Sul como província do Império.
A
des.
J
tancieiros (criadores de gado) e dos charqueadores com os A posição social de prestígio e o poder econômico das lide-
AR
altos impostos cobrados pelo poder central. No Rio Grande ranças rebeldes fizeram o império tratar a Revolução Far-
S
do Sul, o conflito foi agravado pelo imposto sobre o char- roupilha de maneira diferente dos outros movimentos po-
PE
que, dificultando a concorrência com o charque platino, pela pulares. Procurava-se uma solução negociada, atendendo a
LO
excessiva centralização política do império, que nomeava diversas reivindicações dos rebeldes, o que não foi feito com
presidentes para a província sem consultar e, não raro, sem
LA
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O conflito foi finalizado a partir de um acordo entre as lide- 3. Permissão para escolher o presidente de província
NA
ranças imperiais e rebeldes, firmado, em 1845, o Acordo de 4. Devolução de terras confiscadas durante a guerra
4A
Poncho Verde, que estabelecia:
5. Proteção ao charque gaúcho da concorrência exter-
30
1. Anistia dos envolvidos gaúchos na com sobretaxa sobre o charque importado
70
2.Incorporação dos farrapos ao Exército imperial 6. Libertação dos escravos envolvidos
35
53
03
JO
SEGUNDO REINADO
AU
AR
S
PE
POLÍTICA INTERNA (1840-1889) inglês, o parlamentarismo brasileiro era chamado de par-
LO
lamentarismo às avessas.
A
UL
Graças ao Golpe da Maioridade, em julho de 1840, Após relativa paz política garantida pelo golpe da maiori-
D. Pedro II tornou-se imperador do Brasil com apenas 14
PA
dade, eclodiu, em Pernambuco, a chamada Revolução
anos. O golpe foi realizado pelos liberais, que desejavam
NA
Praieira de 1848. Inspirados nas movimentações políticas
retomar o controle do poder central, do qual foram afas-
iluministas europeias, os revoltosos eram críticos em relação
4A
tados desde a ascensão do regente Araújo Lima. Por inter-
à profunda centralização política do império brasileiro.
médio da figura do imperador, visavam conseguir resgatar
30
a estabilidade política, controlando as rebeliões que amea-
70
35
No Brasil, o imperador utilizava-se do Poder Moderador que comandavam tanto o Partido Liberal quanto o Conser-
para nomear o primeiro-ministro e os demais ministros vador, garantindo sua perpetuação no poder. Os liberais,
AR
para depois convocar eleições. Se o primeiro-ministro revoltados com a situação, fundaram um novo partido de
S
fosse conservador, procurava-se a qualquer custo garan- oposição aos latifundiários. Como a sede do novo partido
PE
tir a vitória dos conservadores; se fosse liberal, fazia-se ficava situada no prédio do jornal Diário Novo, na Rua da
LO
o mesmo para garantir a maioria liberal no Legislativo. Praia, no Recife, o partido ficou conhecido como Partido
LA
Por funcionar de maneira diferente do modelo clássico da Praia, e seus membros como os praieiros. Suas ideias
U
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comportavam propostas do socialismo utópico. Reivindica- saram a ser comandadas por Luís Alves de Lima e Silva,
NA
vam: República; federalismo; voto universal; liberdade de o barão de Caxias. Naquele mesmo ano, Argentina e
4A
imprensa; nacionalização do comércio; extinção do senado Uruguai retiraram-se da guerra alegando problemas eco-
30
vitalício e do Poder Moderador; independência dos pode- nômicos, restando Brasil e Paraguai no confronto. Caxias
70
res; garantia de emprego para os brasileiros; expulsão dos reorganizou e reaparelhou as tropas, comprou armas e
35
portugueses; e reforma do Poder Judiciário, de forma a as- canhões, filtros de água para evitar a epidemia de cólera e
53
segurar os direitos individuais dos cidadãos. estendeu cabos telegráficos até a região do combate para
03
O programa não trazia proposta de grandes mudanças nas facilitar as comunicações.
JO
estruturas sociais, como abolição da escravatura ou limites Sob seu comando, ocorreram as vitórias brasileiras de Itoro-
AU
ao latifúndio, mesmo porque era liderado por membros da ró, Avaí e Lomas Valentinas. Em 1869, Assunção foi tomada
elite revoltados com o autoritarismo e o centralismo do im- e Solano López retirou-se para o interior, de onde continuou
AR
pério e na província. a resistir. Alegando problemas de saúde, Caxias solicitou seu
S
desligamento do comando das tropas e foi substituído pelo
PE
Foram travados combates em Recife, Olinda e no interior,
genro de D. Pedro II, Gastão de Orleans, o conde d’Eu. Perse-
LO
com constantes derrotas dos rebeldes, numa das quais
morreu Nunes Machado. Decidiram atacar a Paraíba, onde guiu Solano López até Cerro Corá, onde, derrotado, o ditador
A
paraguaio suicidou-se e o conflito encerrou-se definitivamente.
UL
Pedro Ivo ofereceu resistência até ser preso em 1850 e Bor-
ges da Fonseca foi morto.
PA
A guerra custou ao Paraguai consequências devastadoras:
Evitando futuros distúrbios, foi concedida liberdade de im- dizimação quase total da sua população (99% da popu-
NA
prensa na província e, logo em 1852, os rebeldes presos lação adulta masculina e 55% da feminina morreram),
4A
foram anistiados, encerrando definitivamente o movimento economia em ruínas, perda de parte de seu território para
30
e inaugurando um período de paz e estabilidade no segun- o Brasil e Argentina, que passaram a fazer ingerências em
70
POLÍTICA EXTERNA
pouca importância e nunca mais conseguiu recuperar-se.
03
foi marcada pela aproximação mais estreita com a Ingla- te de seus membros assumiu posições abolicionistas assim
S
terra, aumentando a dependência em relação ao capital como republicanas e passou a contestar o regime imperial.
PE
entre os países.
A partir dos anos 1850, o Brasil passou por um conjunto de
PA
Indubitavelmente, a guerra do Paraguai (1864-1870) foi transformações econômicas e sociais; em virtude da expan-
NA
a principal guerra do período. O estopim do maior e mais são cafeeira, foi assumindo definitivamente a liderança das
sangrento conflito na América do Sul teve início com o ato
A
de represália do ditador paraguaio Solano Lopes ao Bra- internacional. De fato, o café, embora um gênero agrário,
3
sil contra a deposição de seu aliado, Atanásio Aguirre, do exigiu uma miríade de ações que resultou em uma moder-
70
timato brasileiro pela libertação do navio. Rompeu relações Os pioneiros na implantação das culturas cafeeiras foram,
AU
com o império brasileiro, em dezembro de 1864, e atacou o em geral, os comerciantes da capital, enriquecidos pela
AR
sul do Mato Grosso e do Rio Grande do Sul. intermediação de compra e venda de produtos agrícolas.
S
Em maio de 1865, foi firmada uma aliança militar entre Comercializavam a própria produção e retinham a maior
PE
e apoiada pela Inglaterra. Em 1867, as tropas aliadas pas- As condições gerais da economia favoreciam a lavoura
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dência das minas. As terras continuavam à disposição em A questão escravista era um problema corriqueiro que as
NA
larga escala e a baixo preço. A facilidade de obtenção dos elites brasileiras tinham que se deparar. A Lei Antitráfico de
4A
fatores de produção encorajou os investidores a tentarem 1831, promulgada pela regência trina permanente, mais
30
o café. Além disso, não havia grandes opções para inver- conhecida como lei para “inglês ver”, deveria aplicar-se
70
sões dos capitais obtidos no comércio. Ao mesmo tempo, em 15 anos. Entretanto, em virtude da falta de ação eficaz
35
difundia-se o hábito de beber café. O produto brasileiro ga- do Brasil para reprimir o tráfico, e em represália à Tarifa Al-
53
nhava os mercados da Europa e dos Estados Unidos. ves Branco, o parlamento inglês aprovou o Bill Aberdeen,
03
em 1845. A lei dava à marinha inglesa a permissão para
aprisionar navios negreiros, prender os traficantes, libertar
JO
os cativos e afundar o navio utilizado no tráfico.
AU
Essa medida foi considerada arbitrária pelos brasileiros,
AR
pois afetava a soberania do país em suas águas territo-
S
riais. Diante da situação, o governo brasileiro resolveu
PE
aprovar, em 1850, a Lei Eusébio de Queirós, que de-
LO
terminou a extinção definitiva do tráfico internacional de
A
escravos. Uma vez aprovada, a lei trouxe como conse-
UL
quência imediata o tráfico interprovincial de escravos da
PA
região Nordeste para o Sudeste, especialmente para os
NA
cafezais do Vale do Paraíba e do Oeste Paulista.
4A
Ao perceber a proximidade do fim da escravidão no Bra-
sil, mesmo porque o tráfico interprovincial não consegui-
30
ESCRAVOS NO CAFEZAL
ra atender à demanda de escravos para os cafezais, os
70
35
Resultado: nas três últimas décadas do século XIX, a região prósperos fazendeiros do Oeste Paulista começaram a
53
do Oeste Paulista tornou-se a principal área produtora e ex- pensar na possibilidade de importar trabalhadores bran-
03
portadora de café do país e os fazendeiros da região passa- cos europeus para substituírem os escravos.
ram a amealhar mais poder econômico e prestígio político,
JO
Contudo, o desenvolvimento econômico brasileiro esbar- de Queirós, o governo fazia aprovar a Lei de Terras, de
AR
rou em duas questões: as tarifas alfandegárias e a sus- 1850, que determinava que as terras devolutas (desocu-
S
tentação do trabalho escravo. Desde a independência, o padas) passariam para o controle do Estado, que poderia
PE
Brasil adotava taxas alfandegárias baixas para os produtos vendê-las. A Lei de Terras subiu o custo para a aquisição e
LO
importados, reflexo dos tratados de 1810, assinados entre regularização da terra, de acordo com seu objetivo: criar
A
Portugal e Inglaterra. Este “liberalismo alfandegário” foi obstáculos para o acesso às terras pelas populações pobres
UL
extinto em 1844 com a entrada em vigor da Tarifa Alves nacionais, notadamente pelos imigrantes.
PA
Branco, que elevava as taxas alfandegárias brasileiras a Primeiramente, a implantação dos trabalhadores imigrantes
NA
dois patamares: 20% a 30% sobre o valor dos produtos veio com o sistema de parceria, mas, pelos seus abusos,
importados não produzidos no Brasil, com variação para
A
alguns produtos especificados; 60% sobre o valor dos pro- tabela a seguir sintetiza a diferença entre os dois sistemas.
3
Primeiro sistema introduzido (1847) Oeste Paulista (1870), subvencionada pelo governo
Trabalho familiar camponês Trabalho familiar camponês
J O
Colono dividia lucros e prejuízos e ficava com metade do produzido Camponês recebia dois salários: um fixo anual e outro por produtividade
AU
Colonos endividavam-se (passagens, mantimentos, juros elevados) Governo paulista pagava as passagens
AR
Permitida uma pequena roça ao imigrante Garantido um pedaço de roça para subsistência ou comércio
S
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NA
CRISE DO IMPÉRIO
4A
30
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35
A partir de 1870, o império brasileiro começou a sofrer tado brasileiro. As contradições provadas por essa aliança
53
diversas críticas e contestações. Um dos fatores para a entre Estado e Igreja vieram à luz já em 1860. Nessa épo-
03
sua futura dissolução foi a Questão Social, relacionada ca, o papa Pio IX publicou a Bula Syllabus, proibindo que
JO
à questão abolicionista. Durante o período, foram funda- membros da Igreja pertencessem à Maçonaria. Dom Pedro
II nunca deu consentimento à bula, mas bispos de Olinda
AU
dos clubes e sociedades abolicionistas que denunciavam
as arbitrariedades da escravidão e recolhiam apoio junto à e Belém suspenderam irmandades que não cumpriram os
AR
sociedade civil em prol da libertação dos escravos. ditames papais. A partir disso, maçons reclamaram junto
S
ao imperador e os bispos presos, inaugurando um período
PE
O movimento atuava de várias formas. Era comum a rea-
de instabilidade entre Estado e religiões.
LO
lização de rifas e leilões, além do reconhecimento de doa-
ções para a compra de escravos e concessão de alforria a Além das questões já comentadas, houve também a
A
UL
estes. Na imprensa e na literatura, intelectuais criticavam a Questão Militar. Desde o período regencial, o exército
escravidão, lembrando a vergonha que era para o Brasil ser brasileiro ocupava uma posição secundária em relação à
PA
o único país americano a possuir escravos e o atraso que Guarda Nacional. Porém, a guerra do Paraguai exigiu do
NA
isso representava. Vale lembrar que a maioria dos solda- Brasil um exército moderno e profissional para vencê-la e,
4A
dos que atuavam na guerra do Paraguai era de negros e após o conflito, oficiais passaram a cobrar mais valorização
grande parte do Exército passou a defender abertamente a da corporação, constantemente subfinanciada. Munidos
30
abolição, inclusive prestando homenagens a integrantes do de ideais positivistas e republicanos, os militares geraram
70
to uma parcela dos fazendeiros nordestinos e paulistas Dessa forma, o mais longo governo brasileiro, sob o co-
percebia a necessidade de adotar o trabalho livre em apoio
JO
como os donos de velhos engenhos nordestinos e os ca- blicanas, contrárias ao império. Em dezembro de 1870, foi
AR
feicultores do Vale do Paraíba, eram contrários à abolição. publicado no Rio de Janeiro o Manifesto Republicano,
S
1860. Em 1871, foi assinada a Lei Visconde do Rio Branco, na cidade de Itu, foi fundado o Partido Republicano
A
conhecida como Lei do Ventre Livre, que declarava livres Paulista (PRP), que capitaneou a propaganda republicana
UL
os escravos nascidos a partir de setembro daquele ano. Já e veio a ser o mais forte da chamada Primeira República,
PA
em 1885, o governo decretou uma lei que libertava os es- dominado pelos grandes cafeicultores do Oeste Paulista.
NA
cravos com mais de 60 anos de idade, por isso chamada de Já no ano de 1889, que foi marcado por grandes agitações
A
Lei dos Sexagenários. políticas nos meios civis e militares brasileiros, o movimen-
04
Tal lei foi considerada desnecessária e alvo de severas e va- to republicano crescia e a cada dia ganhava mais adeptos,
3
70
riadas críticas. Dificilmente um escravo chegava e essa ida- enquanto o império fraquejava e D. Pedro II perdia bases
35
de e, se chegasse, provavelmente não teria mais condições políticas. Em 15 de novembro do mesmo ano, a câmara
53
de trabalhar. Além disso, os escravos sexagenários teriam de vereadores do Rio de Janeiro reuniu-se sob liderança
03
de trabalhar de três a cinco anos para indenizar seu senhor. de José do Patrocínio e lavrou a ata de Proclamação da
República.
O
o governo imperial acabou extinguindo totalmente a es- D. Pedro II estava em Petrópolis e voltou imediatamente
para o Rio de Janeiro, mas não conseguiu reverter a situ-
AR
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REPÚBLICA DA ESPADA (1889-1894)
4A
30
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35
Proclamada a República em 1889, iniciou-se um governo anos. Como no império, o Legislativo foi dividido em câma-
53
provisório, com um ministério composto por republicanos ra dos deputados e senado, mas os senadores deixaram de
03
históricos, positivistas e militares, mas não revolucionários. ser vitalícios.
Rui Barbosa (Fazenda), almirante Eduardo Wandenkolk
JO
(Marinha), tenente-coronel Benjamin Constant (Guerra),
AU
Demétrio Nunes Ribeiro (Agricultura), Campos Sales (Jus-
AR
tiça), Quintino Bocaiúva (Relações Exteriores) e Aristides
Lobo (Interior) compunham o ministério.
S
PE
As principais medidas desse governo provisório foram:
LO
Naturalização em massa de estrangeiros residentes no
A
Brasil, que residiam no Brasil no dia 15 de novembro
UL
de 1889 e que não declarassem, no período de seis
PA
meses após entrar em vigor a constituição, o desejo de
NA
conservar a nacionalidade de origem. PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
4A
Separação entre Estado e Igreja Para as eleições, fixou-se o sistema de voto direto e uni-
30
Administração de cemitérios pelas prefeituras versal e suprimiu-se o censo econômico (voto censitário).
70
das pessoas
nanceira com o objetivo de desenvolver a industrialização
AU
Criação da bandeira da República, mantidas as cores estrangeiro e aumentar o meio circulante – quantidade
da bandeira do império de moeda em circulação no país. Para conseguir realizar
S
PE
Unidos do Brasil, de caráter francamente federalista monetária para garantir a circulação monetária e o paga-
mento dos operários, bem como para facilitar a concessão
A
brasileiros. Cada Estado teria o direito de ter sua própria to, foi economicamente nefasto. Devido à alta liquidez da
3
constituição, eleger governadores, criar orçamento e im- economia, empresas fantasmas vendiam desenfreadamente
70
postos, contrair empréstimos ao exterior e organizar forças ações na bolsa de valores. Da noite para o dia, especuladores
35
FONSECA (1891)
e em outras situações.
S
– Executivo, Legislativo e Judiciário – “harmônicos e in- O primeiro presidente brasileiro, ex-chefe do governo provi-
LO
dependentes entre si”. O Executivo seria exercido por um sório, foi eleito indiretamente a contragosto de um congres-
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presidente da República, eleito por um período de quatro so pressionado pelo Exército, que evitou o uso da força e
U
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divergências entre o Executivo e o Legislativo. Alvo de várias eleições. A primeira contestação à permanência de Floria-
NA
críticas, especialmente pelo autoritarismo e pelas acusações no Peixoto na presidência foi um manifesto assinado por
4A
de corrupção que envolviam membros do governo, Deodoro treze generais, tornado público em abril de 1892. Como
30
também era apontado como responsável direto pela crise resposta, o “Marechal de Ferro” exonerou, afastou e até
70
econômica e pela inflação herdadas do encilhamento. prendeu alguns desses generais.
35
Sem o apoio da maioria do Legislativo, indispensável para Outra contestação à continuidade de Floriano Peixoto na
53
a administração pública, Deodoro dissolveu o congresso, presidência da República constituiu a Segunda Revolta da
03
no início de novembro de 1891, e decretou estado de sí- Armada (1893-1895), também liderada pelo contra-almi-
JO
tio, para fortalecer o Executivo. Contestado por membros rante Custódio de Melo, que clamava pela convocação de
AU
da Marinha, o estado de sítio levou-os a organizar uma eleições presidenciais, para as quais ele desejava candida-
revolta – Primeira Revolta da Armada –, liderada pelo tar-se. Assim como haviam feito com Deodoro, Melo esta-
AR
contra-almirante Custódio de Melo. cionou navios de guerra na baía de Guanabara e ameaçou
S
bombardear o Rio de Janeiro, caso Floriano não renuncias-
PE
A situação tornou-se insustentável para o presidente, que
se. A resposta do “Marechal de Ferro” foi diferente da de
LO
preferiu renunciar ao cargo, em 23 de novembro de 1891.
seu antecessor: decretou estado de sítio e ordenou o deslo-
A presidência da República foi assumida pelo vice-presi-
A
camento de tropas do Exército para o litoral para combater
UL
dente, o marechal Floriano Peixoto.
os rebeldes e defender a cidade.
PA
GOVERNO FLORIANO PEIXOTO Com uma esquadra formada de velhos navios adquiridos
NA
nos Estados Unidos e Inglaterra e adaptados para o com-
(1891-1894) 4A
bate, Floriano iniciou, em março de 1894, a ofensiva final.
Centenas de rebeldes, muitos deles vitimados pelo beribéri,
30
Logo que assumiu a presidência da República, Floria- abandonaram as armas e pediram asilo em navios portu-
70
popular, como o tabelamento de preços de aluguéis e Com o fim desses conflitos, muitos duvidavam da possibili-
alimentos, o que lhe garantiu apoio de setores milita- dade do Marechal de Ferro abdicar ao seu poder e respei-
LO
res e das oligarquias agrárias. tar as programadas eleições. Mas, contrariando temores,
A
se o mandato, o vice-presidente deveria convocar novas ascensão dos cafeicultores ao comando do poder federal.
A
304
70
A retomada do poder pelas oligarquias rurais iniciada no governo Prudente de Morais, primeiro presidente civil eleito dire-
JO
tamente, consolidou-se no governo de Campos Salles, quando se estruturou um vigoroso sistema político de colaboração
AU
em instâncias municipais, estaduais e federal, com a finalidade de garantir o predomínio do grupo hegemônico no poder.
AR
A política econômica promovia a defesa do setor agroexportador especialmente com a valorização artificial do café, prática
S
constante naquele período, desencorajava investimentos em outras áreas e contribuía para o agravamento de problemas
PE
Nesse ambiente de aviltamento das condições de vida da população pobre somado à falta de regulamentação dos
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salários pelo Estado e de leis que regulamentassem as relações entre capital e trabalho, nasceu as contestações sob
U
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a influência dos movimentos anarquistas e socialistas presidente altamente impopular, legando desemprego e
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trazidos da Europa pelos imigrantes europeus. Portanto, obras subfinanciadas.
4A
estava claro mesmo que, talvez, de maneira inconsciente Contudo, foi a partir de seu governo que se consolidou a
30
para boa parte da população, que a República não havia chamada República do café com leite, isto é, o controle
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se constituído para todos os brasileiros. do Estado brasileiro pelas elites agrárias de Minas Gerais e
35
de São Paulo. Mais ricos e maiores produtores e exportado-
53
res de café, os dois Estados reuniam mais de um terço da
03
população brasileira e o maior colégio eleitoral do país.
JO
Também durante o governo Campos Salles, reinou a cha-
AU
mada política dos governadores. Tratava-se de um
AR
pacto oligárquico entre as frações e facções da elite domi-
nante, cujo objetivo era assegurar o domínio político das
S
PE
oligarquias estaduais e garantir ao poder central o governo
LO
do país acima dos interesses das demais classes sociais,
particularmente os interesses dos trabalhadores. Em troca
A
UL
desse apoio, essa mesma oligarquia apoiaria irrestritamen-
DESEMBARQUE DE IMIGRANTES NO PORTO DE SANTOS (SP), 1907 te as decisões do governo federal no Legislativo, garantin-
PA
do a eleição dos candidatos oficiais para o Congresso.
NA
GOVERNO PRUDENTE DE
Dessa forma, a política dos governadores foi criada para
4A
realizar as promessas feitas durante a propaganda republi-
MORAIS (1894-1898)
30
cana ao defender o federalismo: garantir o poder local e os
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O cafeicultor paulista Prudente de Morais foi o primeiro da elite dominante, com o objetivo de obter o apoio das
53
presidente civil do Brasil eleito pelo voto direto. Conhecido oligarquias dos Estados ao governo federal, nas mãos das
03
Catarina, cuja definição de fronteiras causara litígio entre sua clientela (daí a política de “clientelismo”), tornando-se
A
A preocupação central do Brasil era a busca de estabilida- cabresto. Nele, todos acompanhavam as determina-
3
70
de econômica. As finanças públicas ruíram após os confli- ções políticas do coronel e eram obrigados a votar nele
35
tos militares de Floriano e da guerra de Canudos; a inflação ou no seu candidato. Não era possível nem permitido
53
distorcia o sistema de preços da nação. Com isso, mesmo contrariar a vontade do coronel, principalmente em
03
antes de assumir, Salles viajou à Inglaterra para contrair seus domínios, inclusive pelo fato do voto ser aberto,
empréstimos – evento chamado funding loan – e equacio- ou seja, publicamente revelado. Votar contra o coronel
JO
promisso de não contrair novos empréstimos durante o Política do café com leite (federal)
VOTOS
S
E APOIO VERBAS E
período de carência dos juros. Além disso, o Estado de-
PE
POLÍTICO AUTONOMIA
veria cortar gastos públicos e combater a inflação, me- Política dos governadores (estadual)
LO
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GOVERNO RODRIGUES ALVES Apoiou o Convênio de Taubaté e criou a caixa de conver-
NA
são, cujo objetivo era manter o câmbio em baixas cotações,
(1902-1906)
4A
a fim de beneficiar as exportações de café. Para atender
30
à crescente necessidade de mão de obra nos cafezais, o
70
O novo presidente havia sido ministro da Fazenda de Pru- presidente incrementou a política imigratória europeia sob
35
dente de Morais e foi eleito pela coligação dos Partidos o lema “governar é povoar”. Para favorecer o escoamento
53
Republicano Paulista e Republicano Mineiro, que vence- da produção de café, foram construídos, ampliados e mo-
03
ram sem dificuldades. Alves ficou conhecido por entregar dernizados portos e ferrovias.
ao prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, o comando
JO
Em 1907, o Brasil participou da Conferência de Paz, na
da execução do projeto de saneamento e urbanização da
cidade de Haia, na Holanda, para a qual o Brasil foi repre-
AU
cidade, que alargou ruas e avenidas e abriu outras tantas.
sentado pelo jurista Rui Barbosa.
AR
Os cortiços do centro da cidade foram demolidos (“bota
abaixo”) e deram lugar a ruas e praças, e seus moradores, Em 1909, faleceu antes de concluir seu mandato, sendo
S
sucedido pelo vice-presidente Nilo Peçanha.
PE
despejados e deslocados para a periferia. A insatisfação
popular, portanto, atingiu grande intensidade.
LO
Foi também no governo de Rodrigues Alves que o Brasil GOVERNO NILO PEÇANHA
A
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consolidou a anexação do Acre. À época, o território acre-
(1909-1910)
PA
ano pertencia à Bolívia, embora o látex de suas florestas
vinha sendo explorado por brasileiros, especialmente por Seu governo foi marcado pela criação do Serviço de Pro-
NA
nordestinos retirantes da seca e do desemprego. Em 1901, teção ao Índio (SPI), cujo comando foi entregue ao mare-
4A
as tensões agitaram a região. O governo boliviano conce- chal Cândido Mariano da Silva Rondon. Mais marcante, no
30
deu a exploração dos seringais acreanos a uma empresa entanto, foi a cisão da política do café com leite. Fez com
70
estadunidense, a Bolivian Sindicate of New York, que ex- que o PRP e o PRM apoiassem candidatos diferentes, Rui
35
pulsou os brasileiros da região. Em busca de garantir seus Barbosa e Hermes da Fonseca, respectivamente.
53
res forçaram uma política de valorização do café, em face Logo no início do seu governo, o gaúcho marechal Hermes
da Fonseca enfrentou dificuldades em virtude da Revolta
A
produção, superior à demanda internacional. Com essa do Batalhão Naval e da Revolta da Chibata, no Rio de Ja-
PA
medida, foi fixado um preço mínimo para a saca de café, neiro, além do movimento chamado de Contestado, seme-
e os governos dos três Estados comprometeram-se a re- lhante ao de Canudos, na região fronteiriça dos Estados do
NA
As consequências da política de valorização do café foram Bahia e Pernambuco como resultado da Política das Sal-
70
amplas. Algumas delas apareceram já nos primeiros mo- vações. Tratava-se da intervenção do governo federal nos
35
mentos de sua aplicação. A nação como um todo conti- Estados para derrubar as velhas oligarquias e favorecer a
53
nuou a pagar os prejuízos do café (socialização das per- ascensão de novas ligadas diretamente ao presidente da
03
das), sob a alegação de manter o nível de renda nacional. República, dispostas a fortalecer o poder central e a reduzir
O
E, no longo prazo, essa política revelou-se desastrosa. a influência política do senador Pinheiro Machado.
J
AU
(1906-1909)
S
O mineiro Afonso Pena assumiu a presidência com o intui- passou a ter um papel insignificante, fazendo com que a
LA
to de favorecer os cafeicultores, o que de fato aconteceu. pobreza voltasse com força na região amazônica.
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GOVERNO VENCESLAU passou a produzir vultosa quantidade de produtos indus-
NA
triais, que antes eram importados.
BRÁS (1914-1918)
4A
Na época, foram favorecidas as indústrias têxtil – líder –,
30
de alimentação, bebidas e roupas. A indústria têxtil, sobre-
70
O governo de Venceslau Brás, que coincidiu com a Pri-
tudo a de tecidos de algodão, foi a verdadeiramente fabril
35
meira Guerra Mundial, sofreu forte influência para o
graças à concentração de capital investido e ao número de
53
desenvolvimento econômico do país. A Primeira Guerra
operários. Mas a industrialização não veio acompanhada
03
Mundial trouxe consequências econômicas altamente
positivas para o Brasil: cresceram as exportações de pro- de leis trabalhistas, como regulamentação da carga horária
JO
dutos primários – café, borracha e carne; ganhou estímu- de trabalho, descanso semanal, férias remuneradas, apo-
AU
lo um processo de substituição de importações; o Brasil sentadoria etc.
AR
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PE
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA: MOVIMENTOS SOCIAIS
LO
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CANUDOS (1896-1897) CONTESTADO (1912-1916)
NA
4A
A guerra do Contestado resultou de um processo seme-
30
lhante ao de Canudos. Ocorreu na divisa do Paraná com
70
REPRESENTAÇÃO DE CANUDOS pois desapropriou uma larga faixa de terra e atraiu um con-
PE
Foi um movimento ocorrido na Bahia, entre 1896 e 1897. tingente significativo de gente para suprir a necessidade
LO
Caracterizou-se pela intensa religiosidade, visto que seu de mão de obra. Porém, com o fim das obras da estrada
A
líder, Antônio Conselheiro, era considerado por seus segui- de ferro, o contingente de desempregados em condições
UL
dores – normalmente pobres, prostitutas e bandidos – um precárias criou um cenário ideal para difusão de ideais
PA
messias. Ele pregava a salvação das almas e estimulava a messiânicos, capitaneados por José Maria.
NA
população a construir igrejas e cemitérios, além de criticar Camponeses expropriados de suas terras e desemprega-
A
as autoridades constituídas e os altos impostos cobrados dos dispuseram-se a seguir José Maria e a formar uma co-
04
pelo governo. Cada vez mais popular, passou a ser preocu- munidade, àquela altura única alternativa de vida para eles.
3
Conselheiro e seus seguidores foram acusados e estigma- federal, das elites e da própria Igreja não tardou. Dessa
53
tizados de monarquistas, fanáticos, assassinos, ladrões, he- forma, em 1914, sob o comando do general Setembrino de
03
reges e criminosos. Estavam criadas as justificativas para a Carvalho, seis mil soldados, que contavam com artilharia,
repressão e a extinção de Canudos. Com isso, o governo atacaram os crentes. Embora estes tenham sido resistentes,
J O
enviou diversas expedições militares para combatê-los, o massacre das tropas federais se fez valer em 1916.
AU
bombardeio, envolvendo-o em chamas. Depois de resis- A origem dessa revolta ocorrida no Rio de Janeiro deve ser
LO
tir por quase um mês, a comunidade inteira e Antônio procurada na questão social gerada pelas desigualdades so-
LA
Conselheiro foram assassinados. ciais e agravada pela reurbanização do Distrito Federal pelo
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prefeito Pereira Passos, apadrinhado por Rodrigues Alves. do Batalhão Naval. O governo agiu com energia e rapidez:
NA
Além disso, o grande destaque do período foi a Campanha sufocou o movimento e ordenou a prisão dos revoltosos.
4A
de Saneamento, no Rio de Janeiro, dirigida por Oswaldo
GREVE DE 1917
30
Cruz. À prefeitura, interessava o combate à varíola, que seria
70
realizado graças à vacinação em massa da população.
35
Já revoltada com as ações do governo e amedrontada pela A industrialização brasileira não foi acompanhada de leis
53
oposição, que mais a desinformava do que esclarecia, afir- trabalhistas, como a regulamentação das horas de trabalho
03
mando, por exemplo, que a vacina sim causaria a doença, diário, da obrigatoriedade do descanso semanal, das férias
remuneradas e da aposentadoria. A exploração dos trabalha-
JO
a população passou a se recusar a receber as brigadas sa-
nitárias, bem como a vacina. Em virtude desse impasse, o dores manifestava-se pelas longas jornadas de trabalho, que
AU
governo conseguiu a aprovação no congresso de uma lei chegavam a 15 horas diárias, baixos salários e precárias condi-
AR
que tornava a vacinação obrigatória e permitia que as bri- ções de trabalho. Não poupava o trabalho feminino e infantil,
S
gadas sanitárias invadissem as casas para efetuá-la, des- submetidos a salários mais baixos que os dos homens.
PE
respeitando direitos individuais e a propriedade privada. A maioria dos operários do período era de estrangeiros e
LO
Diante de tantas arbitrariedades, em novembro de 1904, tinha conhecimento dos ideários socialista e anarquista,
A
eclodiu a Revolta da Vacina ou do “Quebra-Lampião”, que base da prática sindical e anarcossindicalista, voltados para
UL
tomou conta das ruas do Rio de Janeiro com apoio de mi- a pressão sobre os patrões com o objetivo de obter melhores
PA
litares positivistas, intelectuais e opositores do governo. Fo- salários e condições de trabalho, bem como leis trabalhistas.
NA
ram erguidas barricadas em várias ruas, atacados prédios
Dentre as principais reivindicações dos revoltosos, temos:
públicos e depredados postes de iluminação pública. Houve
mortes e ferimentos graves de ambos os lados e várias pri- 4A
libertação de todas as pessoas detidas devido à greve;
30
sões foram efetuadas. A reação popular levou o governo a respeito ao direito de associação dos trabalhadores;
70
ratos da população por agentes de saúde como forma de abolição do trabalho noturno para mulheres;
aumento de 35% nos salários inferiores a $5.000 e de
JO
gro João Cândido. Contra seus aviltantes cotidianos, rechea- operários de outras fábricas aderiram ao movimento e a
LO
dos de repressão e jornadas exaustivas, os marinheiros toma- paralisação transformou-se em greve geral, que levou os
operários a fazerem várias exigências trabalhistas. O mo-
A
capital, caso suas reivindicações não fossem atendidas. vimento grevista espalhou-se pelos Estados de São Paulo,
PA
vidos na revolta na ilha das Cobras ou em campos de tra- foi selado um acordo que pôs fim à greve: os salários se-
3
balhos forçados no Norte. Pouco depois do fim da Revolta riam aumentados em 20% e os grevistas presos seriam
70
da Chibata, ocorreu uma revolta entre os fuzileiros navais, libertados sem sofrer retaliação.
35
Ao assumir a presidência da República, Epitácio Pessoa contraiu um empréstimo, junto aos EUA, para promover a remodelação do
LA
centro do Rio de Janeiro e, posteriormente, recorreu a novo empréstimo destinado à construção de ferrovias, açudes e barragens
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no Nordeste, como forma de combater a seca na região. Em Os intelectuais e artistas modernistas valorizavam temas
NA
1920, foi criada a Universidade Federal do Rio de Janeiro. e aspectos nacionais, redimensionando o nacionalismo
4A
A década de 1920 foi marcada pelo processo de declínio do brasileiro relacionado ao cotidiano, na tentativa de pro-
30
domínio oligárquico, tal como fora organizado e herdado do moverem a aproximação das artes de um público maior.
70
império, que passou a ser contestado pela burguesia indus- Sinal evidente disso foi a linguagem coloquial utilizada por
35
trial em desenvolvimento, uma fração da própria classe do- escritores e poetas, sem “macaquear a sintaxe lusíada”,
53
minante, mas com novos interesses e com ambições e neces- conforme afirmou Manuel Bandeira; na literatura, os índios
03
sidades que as facções e frações da antiga classe dominante foram valorizados de modo mais realista e menos românti-
co; em Macunaíma, Mario de Andrade construiu seu “herói
JO
não conseguiam atender. O operariado e as camadas médias
urbanas apresentavam suas reivindicações e organizavam-se sem caráter”, baseado em lendas de várias regiões do país.
AU
politicamente. O movimento tenentista e a Semana de Arte Também em 1922, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi
AR
Moderna são exemplos das inquietações daquele período. fundado. Após sucessivas greves operárias em 1917 e da en-
S
Esses segmentos sociais contestavam o domínio oligárquico trada de ideais socialistas e anarquistas, o movimento operário
PE
de várias maneiras: brasileiro amadureceu. Prova disso foi, sem dúvida, a fundação
LO
do PCB, que seguia as orientações gerais da União Soviética.
A burguesia industrial, contrária às constantes políticas
A
UL
de valorização do café, exigia mais participação política.
Tenentismo
PA
O movimento operário exigia leis trabalhistas e con-
testava as medidas de valorização do café, que pro- O movimento tenentista nasceu na baixa oficialidade do
NA
moviam o aumento de impostos e a inflação desen- Exército, congregando especialmente tenentes recém-saídos
4A
freada, causadora da corrosão dos salários. da Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, e capitães
30
recém-promovidos ao posto, insatisfeitos com a realidade
As camadas urbanas criticavam as fraudes eleitorais e se
70
a Semana de Arte Moderna. Foi o ponto culminante do movi- mente de patente superior, apresentavam-se acomodados
AU
mento modernista em franco desenvolvimento, particularmen- ao sistema oligárquico e ao papel pouco importante nele
desempenhado pelas Forças Armadas. Os “novos” culpa-
AR
Os artistas brasileiros viam o movimento modernista como uma fraudes eleitorais, o voto de cabresto e o domínio oligárqui-
PA
forma de representar, na cultura e nas artes, todas as trans- co que marcavam a República velha. O movimento apre-
formações observadas na realidade, bem como criar padrões sentava-se com uma missão salvadora defendendo o voto
NA
culturais genuinamente nacionais, rompendo com os padrões secreto, a reforma do ensino – que deveria se tornar gratui-
A
europeus. O movimento também foi porta-voz de crítica à socie- to – e o fim da socialização das perdas, reivindicações que
04
dade burguesa e um protesto contra a situação política do país. coincidiam com os interesses das camadas médias urba-
3
70
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Com o intuito de tumultuar o processo eleitoral e conquis- movimento. Houve troca de tiros e os rebeldes foram mor-
NA
tar o apoio do Exército ao candidato Nilo Peçanha, o jornal tos. Sobreviveram apenas os tenentes Siqueira Campos e
4A
carioca Correio da Manhã publicou cartas atribuídas a Ar- Eduardo Gomes.
30
tur Bernardes, nas quais ele tecia uma série de ofensas aos
70
militares e ao presidente do Clube Militar e ex-presidente
35
da República, o marechal Hermes da Fonseca.
(1922-1926)
53
Artur Bernardes negou a autoria das cartas, que foram
03
submetidas a criteriosas análises e declaradas falsas. Mes-
O governo do mineiro Artur Bernardes foi um dos mais tu-
JO
mo assim, os militares exigiram que Bernardes renunciasse
multuados da história republicana brasileira, quando o país
AU
à sua candidatura. Não atendidos, assumiram a oposição,
esteve constantemente em estado de sítio, devido à insta-
declarando que não aceitariam a posse de Artur Bernardes
AR
bilidade política e constantes ameaças de golpe, levantes
na Presidência da República. Mas as eleições foram vencidas
militares em São Paulo e no Rio Grande do Sul e a oposição
S
por ele.
PE
do Exército, desde o processo eleitoral.
LO
Em meio às agitações no cenário político nacional, no con-
No Rio Grande do Sul, ocorreu a Revolução Liberta-
texto das eleições para a escolha do sucessor de Epitácio
A
dora de 1923, liderada por Assis Brasil – fundador da
UL
Pessoa, ocorreu um levante militar em Pernambuco entre
Aliança Libertadora –, em oposição ao oligarca Borges de
militares que se opunham às oligarquias locais. O presiden-
PA
Medeiros, velho patriarca do Partido Republicano Gaúcho.
te do Clube Militar, marechal Hermes da Fonseca, apoiou
Ele controlou o poder político no Estado e se beneficiou
NA
o movimento, pelo que foi preso por 24 horas e o Clube
da constituição gaúcha, que permitia reeleições ilimitadas
4A
Militar, fechado.
para a Presidência do Estado. Depois de intensos comba-
30
Em reação aos fatos, em 5 de julho de 1922 ocorreu o pri- tes, foi firmado o Pacto de Pedras Altas, que confirmou Bor-
70
meiro levante tenentista no Forte de Copacabana, ges de Medeiros na Presidência do Estado, sem direito a
35
sob comando de Euclides da Fonseca, filho do marechal nova reeleição, que foi retirada da constituição do Estado.
53
Hermes da Fonseca, imediatamente apoiado por outras Em São Paulo, no dia 5 de julho de 1924, várias guarnições
03
guarnições militares do Rio de Janeiro e do Mato Grosso. rebelaram-se sob o comando dos generais Isidoro Dias Lo-
JO
A reação governamental foi imediata e o levante foi ra- pes e Miguel Costa e dos tenentes Joaquim e Juarez Távora
AU
pidamente controlado nos outros quartéis, à exceção do e Eduardo Gomes. Os rebeldes forçaram a fuga do gover-
AR
Forte de Copacabana, onde estavam as principais lide- nador Carlos de Campos e ocuparam a cidade durante 22
ranças do movimento: o tenente Siqueira Campos e o ca- dias, exigindo a derrubada de Bernardes, uma Constituinte
S
PE
pitão Euclides da Fonseca. Decidiram permitir quem não e mudanças políticas, como o voto secreto.
LO
quisesse resistir e ficaram apenas 29 rebeldes. Tropas legalistas avançavam para a capital paulista, que
A
governamentais. Eram 17 homens liderados pelo tenente damente 25 mil quilômetros pelo território de nove Estados,
S
Siqueira Campos, que marcharam pela Avenida Atlântica, ao longo de pouco mais de dois anos. Além de combater as
PE
onde receberam a adesão do civil Otávio Corrêa. tropas designadas para destruí-las, a Coluna Prestes tentava
LO
Os 18 do Forte de Copacabana marcharam para se en- conscientizar a população rural dos vícios e males do domí-
LA
contrar com as tropas federais designadas para conter o nio oligárquico e derrubar o presidente Artur Bernardes.
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O presidente Washington Luís desejava realizar uma re-
NA
forma monetária no Brasil baseada na adoção do padrão-
4A
-ouro, com a substituição do inflacionado mil-réis, por uma
30
nova moeda, o cruzeiro. Sua iniciativa, porém, foi frustrada
70
em razão da crise de 1929.
35
Profundamente marcado pela crise mundial capitalista, o
53
ano de 1929 também foi agitado no Brasil pelo início do
03
processo eleitoral para a escolha do novo presidente da
A COLUNA, COM PRESTES SENTADO EMBAIXO
JO
República. Segundo o acordo da política do “café com lei-
(TERCEIRO DA ESQUERDA PARA A DIREITA)
te”, o presidente Washington Luís, que pertencia ao PRP,
AU
Em fevereiro de 1927, já no governo de Washington Luís, a deveria indicar um candidato do PRM, o presidente de Mi-
AR
Coluna Prestes retirou-se para a Bolívia, onde se dissolveu. nas Gerais, Antônio Carlos de Andrada.
S
Restavam dela aproximadamente 600 homens esfarrapa-
PE
Inesperadamente, no entanto, Washington Luís rompeu
dos, famintos e atingidos pela cólera. com o acordo e indicou para sua sucessão o presidente de
LO
São Paulo, do PRP, Júlio Prestes. Revoltado, Antônio Car-
GOVERNO WASHINGTON
A
los de Andrada procurou apoio político em outros Estados
UL
e aliou-se às oligarquias de Paraíba e do Rio Grande do
LUÍS (1926-1930)
PA
Sul. Insatisfeitos com o alijamento do poder, formaram a
NA
Aliança Liberal, que apresentou como candidatos Getú-
Após eleito, Washington Luís procurou concentrar poderes lio Vargas e João Pessoa.
4A
políticos em suas mãos e promover a pacificação interna. 30
Suspendeu o estado de sítio, atenuou a censura à imprensa Em seu programa político, a Aliança Liberal propunha a
70
e libertou vários presos políticos. adoção do voto secreto e do voto feminino, anistia política
35
a Lei Celerada, que estabelecia repressão às atividades políticas Após a contagem dos votos, o candidato Julio Prestes, do
PRP, foi declarado vencedor e deveria assumir a Presidên-
AU
REVOLUÇÃO DE 1930
LO
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Dentre alguns políticos de oposição, Getúlio Vagas e João O movimento teve início no Rio Grande do Sul, em 3 de
NA
Pessoa aceitaram a derrota eleitoral da Aliança Liberal, mas outubro de 1930, sob a chefia de Getúlio Vargas e Oswal-
a maioria dos opositores, inconformados com o resultado, do Aranha. O poder federal foi assumido por uma junta
A
passaram a planejar uma conspiração. No entanto, no dia militar composta pelo almirante Isaías Noronha e pelos
304
26 de julho de 1930, João Pessoa foi assassinado por João generais Mena Barreto e Tasso Fragoso. Um mês depois
70
Dantas, em Recife, por questões de ordem pessoal. O crime do golpe, a chefia do governo foi entregue a Getúlio Var-
35
somou-se às acusações de fraude nas eleições presiden- gas, que tomou posse como chefe do governo provisório.
53
ciais e ao descontentamento popular com a crise econô- Estava consumada a chamada Revolução de 1930, que
03
mica, dando margem para o ataque ao Governo Federal. coroava a derrota das forças representadas pelos PRP e
O
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GOVERNO PROVISÓRIO DE GETÚLIO VARGAS (1930-1934)
4A
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35
Um mês depois da revolução, a junta militar que assumira ânimos dos opositores paulistas ao governo provisório, oli-
53
o poder transferiu a chefia do governo provisório a Getúlio garquias afastadas do poder e do controle político federal
03
Vargas, que imediatamente decretou: e estadual, visto que o Estado passou a ser governado pelo
JO
a suspensão parcial da Constituição de 1891; interventor João Alberto.
AU
o fechamento do Congresso Nacional, das assembleias Getúlio Vargas o havia nomeado interventor de São Pau-
AR
legislativas e das câmaras municipais; lo, logo que assumiu a chefia do governo provisório, para
substituir o general Hastinfilo de Moura, ligado ao Parti-
S
a destituição dos presidentes de todos os Estados e a
PE
do Democrático (PD), que havia apoiado a Revolução de
indicação de interventores ligados ao movimento te- 1930. Essa medida afastou o PD de Vargas e definiu sua
LO
nentista para os respectivos governos, exceto para Mi- aliança com o PRP em oposição ao governo provisório. Jun-
A
nas Gerais, uma vez que o governador Olegário Maciel tos, passaram a exigir a convocação de eleições e a imedia-
UL
havia apoiado a Revolução de 1930;
ta reconstitucionalização do Brasil.
PA
a formação de um ministério por representantes dos
A coalizão entre o Partido Republicano Paulista, (PRP) e o
NA
grupos políticos vencedores;
Partido Democrático (PD) sustentou a formação da Frente
4A
a criação dos Ministérios do Trabalho, Indústria e Co- Única Paulista (FUP), que se tornou porta-voz das reivindi-
30
mércio, da Educação e Saúde. cações de reconstitucionalização e de autonomia adminis-
70
Outra medida importante do novo governo foi a criação do trava para o Estado de São Paulo. Além disso, a FUP passou
35
Conselho Nacional do Café (CNC), que passaria a controlar a articular junto aos meios militares e entidades de classe
53
a produção e o comércio do principal produto de exporta- paulistas a preparação de um movimento armado contra o
03
ção brasileiro no período, o que denotou certo acordo com governo provisório.
JO
O governo provisório foi marcado pela criação das primei- 1932 foi apresentado o novo Código Eleitoral e marcadas
as eleições para maio de 1933.
AR
mesmo tempo em que os neutralizava, retirando suas ban- tação da FUP e dos paulistas, que promoviam grandes
deiras de luta e fazendo parecer uma “doação” do gover-
LO
Paralelamente à transformação das reivindicações traba- Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Américo
04
REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA
AR
Eleitoral, em 1932, não foram suficientes para acalmar os SOUZA E ANTÔNIO AMÉRICO CAMARGO DE ANDRADE
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Indignados, os paulistas se organizaram em um enorme
Governo constitucional de
NA
esforço de guerra. As indústrias mobilizaram-se para pro-
Getúlio Vargas (1934-1937)
4A
duzir armamentos, estimuladas pela Federação das Indús-
30
trias de São Paulo (Fiesp). A população civil, notadamente O início da década de 1930 no Brasil foi marcado pela po-
70
as mulheres, engajou-se na Campanha “Ouro para o Bem larização ideológica entre esquerda e direita, que defen-
35
de São Paulo”, que arrecadava joias para levantar recursos diam, respectivamente, o comunismo e o fascismo, reflexo
53
necessários ao esforço de guerra. Também elas formavam interno da situação internacional notadamente europeia. A
03
grupos de voluntários que costuravam fardas e agasalhos, polarização provocou intensos conflitos e disputas ideoló-
arrecadavam alimentos e medicamentos e cuidavam dos gicas em âmbito nacional entre a Ação Integralista Brasilei-
JO
soldados feridos. ra (AIB) e a Aliança Nacional Libertadora (ANL).
AU
As forças legalistas de Getúlio partiram de Minas Gerais e
AR
bloquearam o porto de Santos, facilitando a repressão. Em
S
1º de outubro, os paulistas renderam-se. Apesar da derrota
PE
militar, seus objetivos políticos foram atendidos: em 1933,
LO
houve eleições para a formação de uma Assembleia Nacio-
nal Constituinte, responsável pela promulgação, em 1934,
A
UL
de uma nova constituição para o Brasil.
PA
Constituição de 1934
NA
4A
A nova constituição brasileira, promulgada no ano de
1934, preconizava:
30
70
CARTAZ INTEGRALISTA
UL
Monopólio do Estado dos recursos hidrominerais. rantes, os integralistas defendiam a disciplina e a hierarquia
3
70
nada de trabalho para oito horas diárias, salário míni- rismo e o regime totalitário de governo.
AU
mo, descanso semanal obrigatório, férias remuneradas, A Aliança Nacional Libertadora era uma frente ampla
AR
indenização para demissão sem justa causa e licença- antifascista que reunia várias tendências: sociais demo-
S
Além desses pontos, com a aprovação da nova constitui- antigos membros do tenentismo. Liderada por Luís Carlos
LO
ção, Vargas garantiu-se no poder pelo menos até 1938, Prestes, a ANL tinha como lemas: “Pão, terra e liberdade” e
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quando deveria haver novas eleições. “Todo poder à ANL”. Seu programa político defendia:
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Nacionalização de empresas estrangeiras
NA
Suspensão do pagamento da dívida externa
4A
Realização de reforma agrária
30
70
Garantia das liberdades agrárias
35
Criação de um governo popular
53
03
Além de antifascista, a ANL opunha-se ao governo autori-
tário de Vargas, que, baseado na Lei de Segurança Nacio-
JO
nal, determinou, em julho de 1935, o fechamento da ANL
AU
e a prisão de vários de seus líderes, após discurso de Luís
AR
Carlos Prestes com críticas ao governo.
S
Em reação ao fechamento da ANL, seus membros passa-
PE
ram a atuar na clandestinidade e a organizar, com o apoio
LO
do Partido Comunista, um golpe para derrubar Getúlio Var-
A
gas da Presidência e preparar a implantação do comunis-
UL
mo no Brasil. Essa organização constituiu a chamada In- OLGA BENÁRIO PRESTES
PA
tentona Comunista, com início em novembro de 1935, Contudo, no mesmo ano, autoridades militares teriam
NA
quando ocorreram levantes nas cidades de Natal, Recife e descoberto e divulgado um suposto plano comunista para
Rio de Janeiro.
4A
tomar o poder no Brasil, derrubar Getúlio e assassinar polí-
O governo Vargas usou a Intentona para justificar a im- ticos – o Plano Cohen. Tratava-se de um plano comunista
30
que visava à tomada do poder à custa de assassinatos, luta
70
extraditada para a Alemanha, morrendo na prisão Barni- No entanto, a mentira cumpriu seu propósito: os parlamen-
AU
mstradebe, um recinto prisional feminino. tares aceitaram o pedido de implantação do estado de sítio
AR
Já em 1937, foram marcadas eleições presidenciais para solicitado por Vargas, que fechou o Congresso Nacional, no
S
a escolha de um sucessor para Getúlio Vargas. Seu man- dia 10 de novembro de 1937, e outorgou uma nova consti-
PE
dato de quatro anos aproximava-se do final e, de acor- tuição para o Brasil, que consumou o golpe de Estado e inau-
LO
do com a Constituição de 1934, não havia possibilidade gurou a ditadura do Estado Novo até 1945. Os partidos
políticos foram proibidos, inclusive a AIB, que havia apoiado
A
apoiaria: o paraibano José Américo de Almeida. Plínio o golpe, instalou-se a censura, avançaram as perseguições
PA
Salgado e Armando Salles de Oliveira também lançaram políticas e a tortura. Iniciava o flerte de Vargas com a Alema-
candidatura à Presidência. nha nazista, observado de perto pelos Estados Unidos.
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U.T.I. - Sala a) Explique por que a “nuvem da emancipação” não
NA
parava de crescer naquela conjuntura.
4A
1. (FUVEST) A extinção do tráfico de escravos africanos b) Com base na ilustração e nos seus conhecimentos,
identifique dois argumentos utilizados por uma parcela
30
no Brasil ocorreu em 1850. Com relação a esse marco
dos proprietários de escravos para se oporem ao cresci-
70
histórico:
mento da “nuvem da emancipação”.
35
a) explique o papel da Inglaterra nessa decisão.
53
b) relacione-o com a chegada de imigrantes. 5. (FUVEST)
03
“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História, resis-
2. (UNICAMP)
JO
tiu até ao esgotamento completo. [...] Caiu no dia 5, ao entardecer,
São Paulo, quem te viu e quem te vê! Tinhas então as tuas ruas sem quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram.
AU
calçamento, iluminadas pela luz baça e amortecida de uns lampiões Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança,
AR
de azeite; tuas casas, quase todas térreas, tinham nas janelas umas na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.”
rótulas através das quais conversavam os estudantes com as namo-
S
radas; os carros de bois guinchavam pelas ruas carregando enormes EUCLIDES DA CUNHA, OS SERTÕES.
PE
cargas e guiados por míseros cativos. Eras então uma cidade pura- Relacione o movimento de Canudos com:
LO
mente paulista, hoje és uma cidade italiana!! Estás completamente a) os problemas econômico-sociais da região.
transformada, com proporções agigantadas, possuindo opulentos e b) a crença religiosa e a luta política da população.
A
UL
lindíssimos prédios, praças vastas e arborizadas, ruas todas calçadas,
cortadas por diversas linhas de “bond”, centenas de casas de negó- 6. (UNICAMP)
PA
cios e a locomotiva soltando seus sibilos progressistas.
“Com 800 mil habitantes, o Rio de Janeiro era uma cidade perigosa.
NA
ADAPTADO DE: PINTO, ALFREDO MOREIRA. A CIDADE DE SÃO PAULO EM 1900. Espreitando a vida dos cariocas estavam diversos tipos de doenças,
4A
SÃO PAULO: GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 1979, P. 8-10. bem como autoridades capazes de promover sem qualquer cerimô-
nia uma invasão de privacidade. A capital da jovem República era
30
a) Cite duas transformações mencionadas no texto que
marcam a oposição entre atraso e progresso. uma vergonha para a nação. As políticas de saneamento de Oswaldo
70
a) a importância do Partido Republicano. à sua volta. Ele tinha noção clara dos limites da ação do Estado.”
b) o papel dos militares apoiados nas ideias positivistas.
S
apresenta a ilustração de Ângelo Agostini intitulada A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos,
A
“Emancipação uma nuvem que não para de crescer”. responda às questões a seguir.
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7. (FUVEST)
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1. (PUC-RJ) A desagregação da ordem escravista ocor-
30
reu de modo diverso no Império do Brasil e nos Estados
70
Unidos da América, no decorrer da segunda metade do
35
século XIX.
53
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Esses dois quadros, pintados em datas muito próximas,
indicam a placidez de São Paulo (1827) e a agitação do
S
Rio de Janeiro (1832) nessa época. Considerando os
PE
contextos sugeridos pelas duas pinturas responda:
LO
a) Quais as principais características das duas cidades,
A
em termos econômicos?
UL
b) Quais as diferenças existentes entre elas em termos a) Tendo como referência os seus conhecimentos e a
PA
políticos e culturais? charge reproduzida a seguir, caracterize uma diferença
NA
entre escravistas, emancipacionistas e abolicionistas
8. (UFRJ) no Império do Brasil, nas duas últimas décadas da es-
4A
“D. Pedro I, por graça de Deus e unânime aclamação dos povos, cravidão.
30
Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos b) No caso dos EUA, a extinção da escravidão ocor-
70
saber a todos os nossos súditos, que tendo-nos requerido os povos reu em condições históricas marcadamente diferentes
deste Império, juntos em Câmaras, que nós quanto antes jurássemos
35
2. (UFRJ)
Identifique, no preâmbulo da Constituição de 1824,
JO
uma passagem que expresse a incorporação de certas “Os paulistas não fazem resistência (...) do que eles fazem questão
AU
inovações políticas que caracterizavam a Europa desde séria (...) é da substituição e permanência no trabalho, e desde que
fins do século XVIII. Justifique sua resposta.
AR
9. (UFRJ) A Lei Euzébio de Queiroz e a Lei de Terras, am- braços livres que garantam a permanência do trabalho (...) os pau-
PE
bas de setembro de 1850, são consideradas marcos na listas estarão satisfeitos e não farão questão de abrir mão de seus
LO
de substituição do escravo.
35
Essa ilustração foi publicada em 1865, durante a guer- cessidade da experiência visual é uma constante no século
ra do Paraguai, e reflete o posicionamento de vários
S
justificar a participação do Brasil nesse conflito. auto-representação até então reservadas à pequena parte
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da elite que encomendava a pintura de um retrato. 6. (UFRJ)
NA
ADAPTADO DE: MAUAD, ANA MARIA. “IMAGEM E AUTOIMAGEM “Convênio entre os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São
4A
DO SEGUNDO REINADO”. IN: ALENCASTRO, LUIZ FELIPE DE Paulo, para o fim de valorizar o café, regular o seu comércio, promo-
(ORG.). HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA NO BRASIL. SÃO PAULO:
30
ver o aumento do seu consumo e a criação da Caixa de Conversão,
COMPANHIA DAS LETRAS, 1997, VOL. 2, P. 187-189.
70
fixando o valor da moeda.
35
a) Segundo o texto, quais eram as funções da fotografia Art. 10. Durante o prazo que foi conveniente, os Estados contratan-
53
no Brasil do século XIX? tes obrigam-se a manter nos mercados nacionais, o preço mínimo de
03
b) Cite duas características do “passado colonial” que 55 a 65 fr. em ouro, em moeda corrente do país, ao câmbio do dia,
permaneceram durante o Império. por saca de 60 quilos de café (...).”
JO
[“DOCUMENTOS PARLAMENTARES. VALORIZAÇÃO DO CAFÉ, TOMO I”, (1895-
4. (UNICAMP) Iniciada como conflito entre facções da
AU
1906). RJ: TIPOGRAFIA DO JORNAL DO COMÉRCIO, 1915, P. 228.]
elite local, a Cabanagem, no Pará (1835-1840), aos pou-
AR
cos fugiu ao controle e tornou-se uma rebelião popu- O ano de 2006 assinala os cem anos da assinatura do
lar. A revolta paraense atemorizou até mesmo liberais
S
Convênio de Taubaté, marco fundamental das políticas
como Evaristo da Veiga. Para ele, tratava-se de gental-
PE
de valorização do café que se reproduziram até o final
ha, crápula, massas brutas. Em outras revoltas, o con- dos anos 20 do século passado.
LO
flito entre elites não transbordava para o povo. Trata-
a) Explique como seria alcançado o objetivo formulado
va-se, em geral, de províncias em que era mais sólido
A
no Art. 10.
UL
o sistema da grande agricultura e da grande pecuária.
Neste caso está a revolta Farroupilha, no Rio Grande do b) Aponte as razões que impediram a continuidade das
PA
Sul, que durou de 1835 a 1845. valorizações do café, tal qual se davam, até então, a
NA
partir do final dos anos 1920.
ADAPTADO DE: CARVALHO, JOSÉ MURILO DE.
4A
“A CONSTRUÇÃO DA ORDEM: A ELITE IMPERIAL. TEATRO DE SOMBRAS: A POLÍTICA
7. (UFMG) Em 1897, o Exército contratou o fotógrafo
IMPERIAL”. RIO DE JANEIRO: CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA, 2003. P. 252-253.
30
Flávio de Barros para documentar aquela que viria a
ser a última expedição militar contra os seguidores
70
da Farroupilha?
Marcos Evangelista Villela Júnior, que combateu os
53
belados de Canudos:
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3 04
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tos surgiu em algumas províncias brasileiras. Sobre esse Júnior a respeito do movimento de Canudos.
AR
contexto, responda ao que se pede. b) Cite e analise dois argumentos que levaram muitos
a) Cite e analise duas características do contexto no contemporâneos do movimento de Canudos a classi-
S
qual ocorreram esses conflitos assinalados no mapa. ficá-lo como um obstáculo à consolidação da república.
PE
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8. (UFF)
NA
“O coronelismo é um sistema político, uma complexa rede de re-
4A
lações que vai desde o coronel até o presidente da República, en-
30
volvendo compromissos recíprocos. O coronelismo, além disso, é
70
datado historicamente. Na visão de Vitor Nunes Leal ele surge na
confluência de um fato político com uma conjuntura econômica. O
35
fato político é o federalismo implantado na República (...) A conjun-
53
tura econômica era a decadência econômica dos fazendeiros.”
03
ADAPTADO DE: CARVALHO, JOSÉ MURILO DE. “MANDONISMO, CORONELISMO
JO
E CLIENTELISMO: UMA DISCUSSÃO CONCEITUAL”. IN: ______. “PONTOS
E BORDADOS”. BELO HORIZONTE: UFMG, 1998, P. 131-32.
AU
Com base no texto apresentado:
AR
a) indique o período da História do Brasil em que o cor-
S
onelismo teve o seu auge.
PE
b) Levando-se em conta as transformações políticas
LO
verificadas no Brasil, sobretudo após a implantação da
ditadura do Estado Novo em 1937, compare os regimes
A
UL
políticos baseados no coronelismo e no autoritarismo.
PA
9. (PUC-RJ) As transformações ocorridas no centro da
cidade do Rio de Janeiro, resultantes das reformas ur-
NA
bana e sanitária implementadas pelo prefeito Pereira
4A
Passos, no início do século XX, alteraram a fisionomia 30
da cidade e as vidas de seus habitantes.
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FILOSOFIA
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EMPIRISMO
4A
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JOHN LOCKE (1632-1704) O conceito de propriedade, para ele, é bastante diferente de
53
seus predecessores. Numa concepção genérica, designava
03
“Supomos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel simultaneamente a vida, a liberdade e os bens; tudo isso se
constituiria como direitos naturais do ser humano. Em ter-
JO
branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer
mos especificamente materiais, ao incorporar o seu traba-
AU
ideias; como ela será suprimida? De onde lhe provém este
vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do lho à matéria bruta que se encontrava em estado natural, o
AR
homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De homem tornava-a sua propriedade, estabelecendo sobre ela
S
onde apreende todos os materiais da razão e do conhe- um direito próprio do qual estavam excluídos todos os outros
PE
cimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência. homens. O trabalho era, pois, na concepção de Locke,
LO
Todo nosso conhecimento está nela fundado e dela deriva o fundamento originário da propriedade.
A
fundamentalmente o próprio conhecimento” Para Locke, o estado de natureza não é um estado de
UL
(LOCKE, ENSAIO SOBRE O ENTENDIMENTO HUMANO) guerra, como preconizava Hobbes, mas uma condição em
PA
que o homem vive em plena liberdade e igualdade, sem su-
bordinação e sem ver-se submetido a qualquer autoridade
NA
legal. O exercício da razão e da virtude, além da fruição da
4A
propriedade, ocorreriam com plenitude. Nessa situação, nin-
30
guém teria mais do que necessita para viver plenamente.
70
JOHN LOCKE
livremente o contrato social, que realizava a passagem do
S
OS DOIS TRATADOS SOBRE formada por um corpo político único, dotado de legislação,
LO
John Locke é considerado como um dos autores clássicos var a propriedade privada, ou seja, o direito natural dos
PA
do liberalismo. Sua concepção da natureza humana e da indivíduos, além de proteger a comunidade de perigos
NA
ordem político-social é tida como base para diversos au- internos e externos. Vale salientar que, para o filósofo, o
A
tores dessa corrente. Em seu primeiro tratado sobre o go- contrato social é um pacto de consentimento: os homens
04
verno civil, Locke desenvolveu uma visão crítica a respeito concordam livremente em formar a sociedade civil para
3
da teoria divina do direito dos reis, rechaçando a ideia de preservar seus direitos. Logo, nenhum membro da so-
70
que a autoridade política fora concedida por Deus a Adão ciedade estaria acima do contrato social.
35
LONDRES
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Para ele, a vantagem da sociedade política é tanto maior
O EMPIRISMO DE BACON
NA
quanto mais eficientemente protege, sob o amparo da lei,
4A
a liberdade e os bens dos súditos, isto é, princípios incom- Bacon acreditava que somente a experimentação e a
30
patíveis com o Absolutismo. experiência concreta do indivíduo seriam formas váli-
70
“Considero, portanto, poder político o direito de fazer leis das de busca pelo conhecimento. O filósofo rejeitava
35
com pena de morte e, consequentemente, todas as pena- qualquer formulação racionalista, abstrata (distanciada
53
lidades menores para regular e preservar a propriedade, da realidade prática) e rebuscada para a realização do
03
de empregar a força da comunidade na execução de tais conhecimento. Para Bacon, a mente humana (e a ra-
zão humana, portanto) distorce a realidade. O pensador
JO
leis e na defesa da comunidade de dano exterior; e tudo
conclui, a partir daí, que a razão não é confiável ao se
AU
isso tão-só em prol do bem público.”
tentar responder às grandes questões da humanidade.
(LOCKE, SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL)
AR
O MÉTODO DE BACON
Para Locke como nenhum indivíduo ou grupo está acima
S
PE
do contrato social, um governo que constantemente viola a
LO
lei estabelecida e atenta contra a propriedade, torna-se ile- Bacon tenta, em seu projeto filosófico, compreender quais
gal, ou seja, degenera-se em tirania, visto que não atende
A
são os obstáculos que se apresentam aos seres humanos
UL
mais ao bem público. Sob tais circunstâncias, Locke defen- para a compreensão do mundo em que vivemos. O pen-
PA
de a doutrina da legitimidade da resistência, confe- sador deseja propor um método que não se sujeite a tais
rindo ao povo o legítimo direito de resistência armada aos obstáculos. Em sua obra, Bacon chama tais obstáculos de
NA
que atentam contra os direitos individuais e naturais. Tal ídolos, em referência a tudo aquilo que é ilusório.
4A
doutrina ajudou a insuflar inúmeras revoluções liberais que
Como vimos, a utilização indiscriminada da razão humana
30
eclodiram posteriormente na Europa e na América.
(ídolo da tribo) é um destes ídolos, pois esta tem a pro-
70
FRANCIS BACON
priedade de distorcer a realidade. A enorme diversidade
35
tos um dos primeiros grandes pensadores modernos. Vale notar que o método indutivo já havia sido proposto por
Aristóteles, mas Bacon diverge do pensamento aristotélico em
O
da realidade cotidiana. Suas principais obras são Novum para o conhecimento; para Bacon, como vimos, era necessário
preparar previamente a mente humana para o conhecimento,
S
empregada por Aristóteles em seu pensamento, e O pro- eliminando os ídolos que poderiam comprometê-lo.
LO
de método científico.
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DAVID HUME Embora para o filósofo a impressão seja a causa direta da
NA
ideia, podemos por vezes criar uma ideia que não exista na
4A
realidade; é o caso de anjos e outras criaturas mitológicas, que
30
existem apenas na imaginação, pois não passam de produto
70
da mente humana. Repare que, no exemplo do anjo, as asas
35
vêm de uma impressão simples (a observação de uma ave, por
53
exemplo, que existe na realidade) e o corpo de homem vem
03
de outra impressão simples. Por isso, Hume diria que um anjo
é uma ideia complexa: algo inexistente na realidade, formado
JO
por uma composição de impressões simples. Como veremos
AU
adiante, Hume detalha estes tipos de raciocínio para embasar
AR
seu método, que consiste em verificar se as diferentes concep-
ções e ideias humanas teriam correspondência na realidade.
S
PE
Essa investigação é o grande projeto filosófico de Hume.
David Hume foi um filósofo escocês nascido em Edimbur-
LO
go, no ano de 1711, e falecido em 1776. O filósofo se tor-
nou notável por, entre outras coisas, seu empirismo radical O MÉTODO DE HUME
A
UL
e sua influência na obra de outro importante pensador,
Como vimos, o método de Hume consiste em verificar se as
PA
Immanuel Kant. Por ter vivido durante o período do Ilumi-
nismo, o chamado “século das luzes”, o filósofo foi con- ideias humanas encontram amparo na realidade, na vida
NA
temporâneo de pensadores como Voltaire, Montesquieu e cotidiana. O filósofo acreditava que de nada vale produzir
4A
Rousseau. Com apenas 28 anos, Hume publica sua obra um pensamento extremamente sofisticado caso este seja
abstrato ou não se verifique ou encontre correspondência
30
mais importante, Tratado sobre a natureza humana.
na realidade. No caso de a ideia não passar pelo crivo da
70
pela humanidade.
AR
OS TIPOS DE RACIOCÍNIO
04
A QUESTÃO DO DIVINO
a ideia, diz, é a lembrança dessa impressão. Se comermos
J
AU
são. Ao nos lembrarmos de seu gosto, teremos uma ideia. Hume diz que, quando imaginamos Deus, criamos na
A impressão, diz Hume, é sempre mais forte e vívida do que nossa mente a imagem de um ser complexo. Isso por-
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teligente). Embora faça tal afirmação, Hume rejeita qual- Partindo deste raciocínio, é razoável supor que a mente de uma
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quer tentativa de demonstrar a existência ou inexistência criança de 3 ou 4 anos, que teve pouco contato com o mundo
4A
de Deus. Essa recusa faz sentido, uma vez que a tentativa real, funciona de maneira diferente da de um homem adulto,
30
de comprovar uma religião por meio de lógica e razão que provavelmente já encara o mundo como algo banal.
70
humana é um projeto tipicamente racionalista.
LEI DA CAUSALIDADE
35
Pode se dizer, portanto, que a posição de Hume em relação a
53
Deus era de agnosticismo. Ele não rejeitava a ideia do divino,
03
mas acreditava ser impossível comprová-la por meio do co- Como vimos, a mente de uma criança funciona de ma-
neira diferente da mente adulta. Isso porque a mente
JO
nhecimento humano. Para ele, Deus era simplesmente uma
questão de fé. Em outras palavras: Hume não acreditava em adulta já experimentou infinitas situações da realidade,
AU
Deus por jamais ter tido contato (experimentado, portanto) enquanto a mente infantil é como uma “folha em bran-
AR
com nenhuma divindade, mas também não rejeitava sua exis- co”, livre de opiniões preconcebidas e preconceitos. Se
S
tência por jamais ter experimentado o fato de Deus não existir. perguntarmos a um adulto o que aconteceria se alguém
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soltasse um copo de cristal no chão, ele responderia que
LO
A IDENTIDADE PARA HUME com toda a certeza o copo cairia e se despedaçaria. E
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mais: o adulto ficaria chocado caso isso não acontecesse
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De maneira análoga à ideia de Deus, a nossa identidade, (imagine que o copo flutuasse suavemente, por exemplo,
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ou o eu, é bastante complexa, pois é formado a partir de até encontrar o chão, e nele repousasse intacto). Se um
bebê observasse essa cena extraordinária, contudo, ele
NA
múltiplas ideias simples (uma pessoa pode ser inteligente,
atraente, maldosa...), e de forma alguma é imutável, está- provavelmente não ficaria tão espantado assim. Isso por-
4A
tica. A personalidade de um indivíduo se altera de acordo que o bebê ainda não adquiriu a noção plena daquilo
30
com suas experiências, sendo moldada pela vida cotidiana que chamamos de leis naturais, e não teria como saber
70
e pela realidade à sua volta. Hume afirma que estamos que um copo flutuante as contraria (no caso, a gravida-
35
em constante mudança enquanto indivíduos. Não somos de). Como diria Hume, a natureza ainda não se tornou
53
os mesmos de 5 ou 10 anos atrás, e provavelmente não habitual para ele; assim, o bebê percebe o mundo e o
03
seremos os mesmos em 30 anos. experimenta tal como ele é – sem acrescentar qualquer
coisa às suas experiências.
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Em sua obra, Hume dá o exemplo da bola de bilhar para cri- primeira colocar a segunda em movimento – mas jamais a
53
ticar a ideia de causalidade: ao bater uma bola de bilhar em verdadeira causa. Essa argumentação pode parecer dema-
03
outra bola de bilhar, nós esperamos que a primeira coloque a siadamente rigorosa à primeira vista, mas é importante pois
O
segunda em movimento, pois vimos isso acontecer inúmeras evidencia que, para Hume, a expectativa da segunda bola
J
AU
vezes. É a força do hábito que nos faz prever o movimen- ser colocada em movimento pela primeira reside na consci-
to da segunda bola. Devemos lembrar que, para Hume, um ência humana – assim como reside na consciência humana
AR
empirista inveterado, só podemos ter certeza daquilo que a expectativa do copo cair e se quebrar ao ser solto no ar. É,
S
experimentamos. Mas ninguém experimenta a causa pela portanto, um resultado de nossas experiências; nenhum ser
PE
qual a segunda bola começa a se movimentar: o que experi- humano nasce com a expectativa de um copo cair no chão e
LO
mentamos inúmeras vezes é um evento seguindo-se a outro, se quebrar ao ser solto, mas sim a adquire à medida em que
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ILUMINISMO FRANCÊS
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VOLTAIRE (1694-1778)
35
te todo o conhecimento humano reunido em vários campos
53
até aquele ponto. Com vinte e oito volumes – dezessete tex-
03
O principal satírico do Iluminismo, François-Marie Arouet, tos, onze ilustrados – a Encyclopédie editada por Diderot foi
publicada, um volume de cada vez, de 1751 a 1772. Diderot,
JO
mais conhecido por seu pseudônimo Voltaire (1694-1778),
assistido pelo matemático francês Jean Le Rond d'Alembert
AU
entrou no mundo literário como dramaturgo. Ele rapi-
damente tornou-se famoso por sua inteligência e sátira, por parte do projeto coletou meticulosamente o máximo de
AR
bem como as alegações de difamação, que muitas vezes conhecimento da era iluminista possível. Depois do envolvi-
mento de Diderot, sete volumes adicionais foram completa-
S
lhe resultaram punições, dentro e fora da França. Voltaire
PE
passou um período de exílio na Inglaterra durante o qual dos, mas o próprio Diderot não os editou.
LO
ele foi introduzido para as obras de Locke e Newton. Os
A
dois pensadores tiveram um profundo impacto no jovem
UL
Voltaire, que se tornou extremamente prolífico nos anos
PA
que se seguiram, sendo autor de mais de sessenta peças e
NA
romances e inúmeras outras letras e poemas.
4A
Voltaire era um deísta declarado, acreditando em Deus,
mas odiando a religião organizada. Como resultado, ele
30
tornava o cristianismo – que ele chamou de “superstição
70
DENIS DIDEROT
e passou um tempo considerável trabalhando na reforma
03
Mais tarde, depois de saltar para vários países e trabalhar clopédie também incluiu espaço para que os philosophes
AU
com vários contemporâneos notáveis, Voltaire escreveu a discutissem seus pensamentos sobre vários tópicos – em-
AR
sátira Cândido (1759), que desde então se destacou como bora até mesmo essas opiniões tenham sido filtradas pelas
lentes do colapso científico. Um verdadeiro estudioso da
S
processo sério por parte daqueles que ele atacava. Embora peu, pois foi o primeiro trabalho a coletar todos os inúmeros
35
os detratores se queixem de que Voltaire nunca ofereceu conhecimentos e desenvolvimentos que o Iluminismo tinha
53
soluções para os problemas que criticou, ele nunca aspirou promovido. No entanto, a obra teve sucesso não porque ex-
03
a fazê-lo. No entanto, simplesmente apontando problemas plicitamente tentou persuadir as pessoas a se inscreverem
nas ideias do Iluminismo, mas por simplesmente tentar apre-
O
Outra grande figura do Iluminismo francês foi Denis Diderot as tirarem suas próprias conclusões; a Igreja e a monarquia
LO
(1713-1784), escritor e filósofo mais conhecido por editar e odiavam a Enciclopédia, pois implicava que muitos de seus
ensinamentos e doutrinas eram “fraudulentos”. Em resposta
LA
152
A
AN
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A
UL
PA
às tentativas de proibições, Diderot imprimiu cópias adicio-
TEORIA DE SEPARAÇÃO
NA
nais em segredo, escapando das punições.
4A
DE PODERES
30
70
O estudo de Montesquieu dedicado à separação de pode-
35
res se inicia com a colocação de um problema fundamental
53
para a realização da liberdade: o poder político, que pode e
03
deve garantir a liberdade, constitui em si mesmo um perigo
a ela. De fato, todo homem que detém o poder sente-se
JO
inclinado a abusar dele. A questão, portanto, reside em
AU
encontrar uma forma de limitar o poder que não
AR
invalide sua função de garantir a liberdade dos ci-
dadãos. Para o autor, esse é o problema a que pretende
S
PE
JEAN LE ROND D'ALEMBERT dar resposta a Constituição inglesa – vista por ele como
LO
base de inspiração. Ela foi arquitetada em um sistema de
A
UL
intuito de que o poder contrarie o poder.
O objeto do pensamento político de Montesquieu, expresso em
PA
O sistema jurídico deve distribuir o poder de Estado em
sua principal obra O Espírito das Leis, é elaborar uma física das
três órgãos: o Legislativo, representante da vontade
NA
sociedades humanas. Seu modelo, tanto em conteúdo quanto geral do povo e que se expressa por meio das leis; o Exe-
4A
em metodologia, está mais na linha teórica experimental do cutivo, encarregado de dar o cumprimento da vontade
30
que especulativa. Adota, para tal, a análise histórica, basean- popular e das leis; o Judiciário, que julga os delitos e
70
do-se em comparações; o autor retira dos fatos históricos suas as diferenças entre particulares. Mas, para além disso, o
35
variações para, a partir delas, extrair leis da realidade política. sistema compreenderia uma série de faculdades e proce-
53
Nessa obra, Montesquieu oferece, além das peculiaridades dimentos que permitiriam que esses órgãos – Executivo,
03
nacionais, explicação das diversas formas de governo, que Legislativo e Judiciário – de participarem parcialmente de
JO
para ele estariam conectadas à história de cada povo, ao outro poder. O Legislativo, por exemplo, teria a faculdade
de examinar as ações do Executivo e acusar os ministros
AU
fundamento das leis na arbitrariedade dos legisladores. as leis. O Executivo participaria do Poder Legislativo por
S
Considerava que as leis procedem de relações necessárias meio do direito a veto, que o permite a rejeitar as re-
PE
derivadas da natureza das coisas e das relações sociais, soluções dos legisladores. Do mesmo modo, ambos os
LO
aproximando-se da metodologia de um físico. poderes podem decidir ações em comum, como questões
A
e modifica as que ele próprio estabelece. Deve ele mesmo Vê-se que Montesquieu preconiza a ideia de que nenhum
A
conduzir-se: e, no entanto, é um ser limitado; é sujeito à igno- poder deve sobrepor-se aos demais. Ambos gozam de cer-
04
rância e ao erro, como todas as inteligências finitas; e, mais ta autonomia, mas sob a observância dos outros. Tal é a
3
153
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UL
PA
NA
JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712-1778)
4A
30
70
35
Rousseau, diferentemente dos iluministas de sua época, de qualquer regra instintiva ou natural – nenhum animal
53
argumenta que as ciências e as artes não aprimoraram a é capaz de fugir de sua pauta instintiva, seguindo regras
03
humanidade, mas ajudaram a corrompê-la, contribuindo fixas de comportamento. A segunda característica particular
para criar sociedades desiguais e dotadas de inúmeros ma- dos homens seria a perfectibilidade, ou a capacidade hu-
JO
les. O filósofo, então, tentará distinguir o homem autêntico, mana de transformarem radicalmente suas vidas (tanto em
AU
o homem ainda não corrompido pela sociedade, isto é, o âmbito individual quanto social). Os animais, pelo contrário,
AR
homem em seu estado de natureza do homem organizado não variam seu modo de ser ao longo de suas vidas.
em um estado civil. Para ele, tal estado é a situação em
S
No geral, o Rousseau defende que o homem é bom por
PE
que se encontrariam os homens antes da criação das so-
natureza. Porém, ele se torna mau quando encontrado em
ciedades organizadas, em que somente houvesse direitos
LO
sociedade, pois esta é repleta de vícios, corrompendo os in-
naturais para guiá-los. Já o estado civil representa a socie-
divíduos. Em sociedade, portanto, que o homem seria o lobo
A
dade política organizada, com leis e governo. Em sua obra,
UL
do homem – o oposto, portanto, do que prega Hobbes.
procura responder à questão: Por que o homem nasceu
PA
livre, mas por toda parte encontra-se agrilhoado?
CONTRATO SOCIAL
NA
ESTADO DE NATUREZA 4A
Se esse estado natural conserva a natureza humana em seu
30
melhor aspecto, por qual motivo, então, o homem passaria
Rousseau diz que não podemos observar os homens em es-
70
nunca ter existido. Para pensar na natureza humana, o autor Rousseau diz que, em um primeiro momento, os homens
53
procura excluir tudo aquilo que a sociedade nos impõe: desi- descobriram que a união lhes proporcionava certas vanta-
03
gualdade econômica e política, paixões, desejos, artes, ciên- gens para defender seus interesses. O costume de viverem
JO
cias, convenções sociais etc. O que sobraria dessa exclusão unidos criou-lhes laços afetivos e paixões antes desconheci-
AU
seria o homem natural, o homem em estado de natureza. das, como o amor conjugal e paterno. Depois, em segundo
momento, surgiu a propriedade privada, que trouxe consigo
AR
em estado de natureza, os homens vivem isolados, já que a e pela desigualdade por ela gerada, portanto, é que os
LO
única comunidade natural é a família e esta somente existe homens constituíram Estados, governos e leis. Em sua obra
durante o tempo em que os filhos precisam de seus pais;
A
dado que em estado de natureza os homens ainda não entre os homens, ele diz:
PA
foram corrompidos, os seres humanos são, em sua maioria, “O primeiro que, tendo cercado um terreno, se lembrou de
NA
fortes, sãos e autossuficientes; dizer: Isto é meu, e encontrou pessoas bastante simples
A
nesse estado, os homens são basicamente iguais, já que as para acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade ci-
04
desigualdades existentes seriam somente de ordem física; vil. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores
3
As características anteriores seriam compartilhadas entre DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS. IN: WEFFOR, F. OS CLÁSSICOS
AU
nos distinguem de qualquer outra espécie; e justamente Por isso, Rousseau propôs reformular as sociedades, visando
S
essas peculiaridades humanas que degeneram os homens a criar um modo de organização política que permita man-
PE
a ponto de criarem uma comunidade política. Tais caracte- ter as vantagens de viver em sociedade, mas que estivesse
LO
rísticas são a liberdade natural, isto é, a capacidade dos de acordo com a natureza humana – isto é, que permitis-
seres humanos escolherem o que querem fazer, à margem
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homem natural gozava. Para levar a cabo essa reforma, é Tal corpo político, quando legisla, é chamado de soberano.
NA
necessário encontrar um modo de organização na qual o Dado que as leis são criadas pela vontade geral, a soberania
4A
indivíduo se submeta à lei, mas sem perder sua liberdade residiria na vontade geral. Para o autor, a soberania é ina-
30
anterior. Esse problema se resolve pelo contrato social. lienável e indivisível. Se o povo colocar sua capacidade de
70
O contrato social consistirá em um acordo mediante o qual decidir em outras mãos, logo se tornaria escravo. Liberdade,
35
cada contratante se submeta inteiramente à vontade geral, portanto, é agir conforme as leis criadas pela vontade geral
53
sob a condição de que cada um dos demais faça o mesmo. do povo.
03
A vontade geral pode ser definida como a vontade que Não é fortuito que muitas das revoluções liberais dos sé-
JO
surge da união entre os indivíduos, estabelecendo leis que culos XVIII e XIX se utilizaram das teorias rousseaunianas.
Elas alimentaram toda a crítica ao Antigo Regime e serviram
AU
serão aplicadas igualmente a todos. Desse modo, ao referir-
de base para diversas outras correntes socialistas, principal-
AR
-se a todos os indivíduos, os interesses particulares desapa-
mente na França. Trata-se de um exemplo patente de como
recem e o bem comum se instaura. O contrato social, com
S
as ideias podem ganhar rapidamente força política.
PE
isso, produz um corpo moral e coletivo ou corpo político.
LO
A
UL
ILUMINISMO ALEMÃO
PA
NA
4A
os de tradição empirista inglesa, como Hume e Locke. Este
30
fato é importante porque, como veremos adiante, Kant é
70
KANT E O PAPEL DA
AU
AR
experimenta o mundo.
PA
A NA
304
70
um dos grandes projetos filosóficos de Kant era salvar os O filósofo concorda, por exemplo, com os empiristas ingle-
J
AU
fundamentos de sua fé. ses quando estes afirmam que tudo aquilo que se pode
conhecer sobre a realidade é proveniente de experiências
AR
Tendo sido professor de filosofia na universidade de sua sensoriais. Mas ressalva, contudo, que a razão também
S
cidade, Kant possuía um vasto domínio da tradição filosófi- contém pressupostos importantes para a maneira como se
PE
ca. Tinha intimidade com praticamente todas as obras dos pode descobrir o mundo à nossa volta. Isso porque, para
LO
filósofos que o precederam; teve contato com os trabalhos Kant, existiriam fatores condicionantes que determinariam
LA
tanto de filósofos racionalistas, como Descartes, como com como enxergamos e percebemos a realidade. Um bom
U
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exemplo é se imaginar utilizando óculos com lentes azuis:
NA
você passaria prontamente a enxergar tudo que o cerca
4A
em tons azulados. As lentes, para Kant, seriam o correspon-
30
dente à razão: são fatores que condicionam sua percepção,
70
a percepção da realidade à sua volta. São pressupostos
35
subjetivos, isto é, dizem respeito ao sujeito, a quem usa os
53
óculos. Mas quais seriam, exatamente, estes pressupostos?
03
AS FORMAS INTUITIVAS
JO
AU
Kant argumenta que estes pressupostos são o tempo e
AR
o espaço. Não importa o que se perceba, diz ele, tudo
será percebido como um fenômeno temporal e espacial.
S
PE
Em sua obra, tempo e espaço correspondem às duas for-
LO
mas intuitivas que todo ser humano possui. O filósofo
enfatiza que as formas intuitivas se fazem presentes na
A
UL
consciência humana antes de qualquer experiência; são
formas inatas a qualquer ser humano. A lei da causalida-
PA
A IMPORTÂNCIA DE KANT PARA A FILOSOFIA OCIDENTAL PODE SER
PERCEBIDA PELA EXISTÊNCIA DESTE SELO POSTAL ALEMÃO.
de defendida por Hume, inclusive, é uma parte da razão
NA
humana (vimos que o filósofo inglês David Hume defende
que os seres humanos são incapazes de experimentar tal
lei, lembra-se?), argumenta Kant.
“DAS DING AN SICH” E
30
4A
“DAS DING FÜR MICH”:
70
“REVOLUÇÃO COPÉRNICA”
35
Conforme visto anteriormente, Kant diz que, de antemão, Dando continuidade ao seu projeto de entender os limi-
pode-se afirmar que qualquer humano perceberá as coisas tes do conhecimento, Kant defende que é impossível a um
JO
como processos temporais e espaciais. Este é o pressuposto indivíduo saber, com total certeza, como o mundo é “em
AU
racional intrínseco a todo ser humano. Para o filósofo, nossas si” (em alemão, “an sich”). Kant também chama o mundo
AR
impressões sensoriais se moldam às formas intuitivas. É as- como ele realmente é de mundo numênico. Para o filóso-
sim que se dá o processo de conhecimento para Kant: ele co- fo, é impossível que conheçamos o mundo numênico. Um
S
PE
meça, antes de tudo, na própria razão humana – ainda que indivíduo pode, no máximo, saber como o mundo se apre-
deva fazer uso também do empirismo. Isso equivale a dizer,
LO
O fato de se colocar a razão e a consciência humana em daltônica vê não tenha, objetivamente, folhas verdes. Há,
3
70
posição tão central (e não mais a realidade exterior) é uma portanto, duas categorias: “a coisa em si” (das Ding an
35
concepção tão revolucionária para o pensamento filosófico sich) e a “coisa para mim” (das Ding für mich).
53
ligada à própria ciência, chama-se epistemologia). sobre o mundo com base nestas categorias. Mas o filósofo
U
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vai além: não só todo ser humano pensa os processos com exterior, chega a nós somente por meio das experiências.
NA
base nas formas intuitivas, como também possui intrinse- Quando se trata de questões deste tipo, entretanto, Kant
4A
camente o desejo de investigar as causas dos fenômenos afirma que jamais teremos material suficiente para elabo-
30
que observa (embora afirme que a razão, que é condição rar uma resposta satisfatória. Não teremos, por exemplo,
70
para este entendimento, precise de tempo até amadurecer contato com Deus (ao menos enquanto estivermos vivos)
35
o suficiente, desenvolvendo-se com o passar do tempo). para experimentar sua presença e provar, assim, sua exis-
53
tência. É simplesmente impossível, afirma ele.
A EPISTEMOLOGIA DE
03
KANT E O ESCLARECIMENTO
JO
KANT: UM RESUMO
AU
AR
Em linhas gerais, podemos resumir o pensamento episte- Como vimos, Kant considera que todo ser humano ma-
duro é dotado de razão e tem, portanto, capacidade para
S
mológico kantiano da seguinte forma: há duas condições
PE
que orientam a maneira com a qual a humanidade percebe formular questões e buscar suas respostas. Mas como o
LO
a realidade à sua volta. Vejamos a seguir quais são elas: homem alcança, entretanto, essa maturidade?
A
a. A condição interior, ou intrínseca ao ser humano, que é Em sua obra, Kant tenta responder a pergunta “O que
UL
a percepção com base nas formas intuitivas (tempo e é esclarecimento?”. Segundo ele, o esclarecimento é a
PA
espaço) e que segue sempre a lei causal. Esta condição saída do homem de sua menoridade – isto é, condição de
NA
é reconhecida de antemão, e pode ser entendida como incapacidade de fazer uso da razão sem a orientação de
outro indivíduo.
4A
a razão em si. É chamada também de forma do conheci-
mento, pois é a maneira como ele se apresentará a qual-
30
O interessante é que, para Kant, o culpado por essa condi-
quer ser humano.
70
b. A condição exterior, sobre a qual não se pode saber ser a falta de coragem de utilizar-se da razão por si mesmo.
53
nada de antemão; ela só pode ser conhecida no mo- Para o filósofo, todo indivíduo vive uma situação de me-
03
mento em que se a sente e experimenta. Pode ser noridade em algum momento de sua vida: neste caso, a
chamada também de material do conhecimento, e en- menoridade é natural, pois é o mesmo que imaturidade.
JO
tendida como a realidade em si (tudo aquilo que nos O filósofo diz que nenhum ser humano nasce inteiramente
AU
rodeia, que é objetivo, isto é, alheio e exterior à nossa pronto para o raciocínio; uma criança demora até atingir
AR
infinito etc. Veremos a seguir o porquê de tal afirmação. preguiça e a covardia são os grandes motivos pelos quais
NA
O CONHECIMENTO NO LIMITE
que, caso seja de sua vontade (e caso não haja barreiras
A
04
porque formular este tipo de pergunta é parte da nature- Conforme dito anteriormente, Kant ressalta que, para ha-
03
za humana. Sempre podemos formular qualquer tipo de ver esclarecimento, a liberdade é condição fundamental:
questão, sobre qualquer coisa – e possivelmente sempre o só se pode raciocinar se o direito ao questionamento for
JO
faremos. Isso porque, como vimos, todo ser humano madu- amplamente garantido. O filósofo reconhece, contudo,
AU
ro é dotado de razão (condição intrínseca) e formular estas que as restrições à liberdades são bastante comuns (ain-
AR
perguntas é, por sua vez, parte integrante da razão. da mais em sua época). Finalmente, o filósofo conclui que
S
A razão, contudo, é por si só insuficiente para o processo ter esclarecimento não se trata somente de se adquirir um
PE
do conhecimento. Vimos que precisamos de duas condi- profundo conhecimento sobre determinado tema, mas sim
LO
ções para conhecer o mundo (condição exterior e interior, combinar este conhecimento à conquista da autonomia e
LA
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A FÉ PARA KANT Kant, contudo, não concorda com Hume. Seguindo a tradi-
NA
ção racionalista, ele afirma que a capacidade de tal distinção
4A
Nestes casos, em que as perguntas tratam de questões se encontra, sem dúvida, na razão humana. Para ele, todo
30
tão complexas que abrangem toda a realidade (como os ser humano sabe o que é certo e o que é errado: este co-
70
questionamentos sobre a infinitude do universo, do qual nhecimento é intrínseco à condição humana. Kant diz que
35
somos apenas uma pequena parte) esbarramos na razão todos somos dotados de uma razão prática, isto é, de uma
53
pura – e seu único desdobramento possível é a angústia de capacidade racional inata de discernir o que é certo e o que
03
formular perguntas sem respostas possíveis. Não é possível é errado.
emitir nenhum juízo seguro sobre estas questões, afirma o
JO
O filósofo vai além: a capacidade de discernimento é tão ina-
filósofo.
AU
ta quanto qualquer outra faculdade da razão. Tal afirmação
À luz da razão pura, afirma ele, é tão razoável dizer que tem desdobramentos importantes. O mais óbvio é o fato de
AR
Deus existe ou afirmar o contrário. Para Kant, qualquer afir- a ética kantiana ser baseada na ideia de que há algo como
S
mação dessa natureza se trataria simplesmente de especu- uma lei moral universal, tão absoluta quanto qualquer lei
PE
lação. E é aí que o filósofo abre caminho para um de seus natural. Tal lei seria, segundo Kant, válida para qualquer mo-
LO
maiores projetos filosóficos: resgatar os fundamentos da fé mento histórico, sociedade e situação. E seria também impe-
A
da qual ele próprio professava, a fé cristã. rativa, pois não se pode escapar dela. Kant a formula, por-
UL
tanto, como um imperativo categórico. E um de seus maiores
PA
Para o filósofo, o vazio que por vezes é deixado pela razão
e pela experiência (como é o caso quando estas são in- pressupostos, juntamente com a ideia de que a moralidade
NA
suficientes para responder questões do tipo discutido) só está relacionada à maneira universal de se agir, é a proibição
4A
poderia ser preenchido pela fé religiosa, por meio de pos- de se utilizar outrem como meios para atingir quaisquer ob-
jetivos: todos devem ser tratados como um fim em si mesmo.
30
tulados – isto é, algo que não se pode comprovar, apenas
70
crer. Kant chama ainda a atenção para três postulados que Pode-se entender a lei moral kantiana como a manifestação
35
considera fundamentais: a crença em Deus, a crença em da própria consciência humana – que também é intrínseca
53
uma alma imortal e a crença no livre-arbítrio. Para o filóso- a todo homem e não pode ser comprovada racionalmente,
03
fo, estes três postulados (chamados por ele de postulados apesar de ser possível conhecê-la.
práticos) são importantes para a moral humana, isto é, ne-
JO
(OU ÉTICA DO DEVER) tir pena de sua situação, lhe dá uma esmola. Uma segunda
PE
aquilo era o certo a se fazer, porque era seu dever (por essa
04
Kant também dedicou grande parte de sua obra a questões motivação de suas boas ações, ele diria, elas de nada valem.
O
pirista, não seria possível determinar o que é certo e o que é Kant e a liberdade humana
AR
errado; não é possível, segundo Hume, realizar a passagem Kant, como vimos anteriormente, postula que o ser humano
S
de sentenças positivas para sentenças normativas (isto é, do é dotado de livre-arbítrio. Entretanto, o filósofo afirma algo
PE
“ser” para o “dever ser”). Isso porque, para o filósofo britâ- que pode parecer um tanto contraditório: por mais que de-
LO
nico, a razão humana e a suas experiências não são capazes sejemos a liberdade, não podemos ser totalmente livres. Isso
de tal discernimento: isso ficaria a cargo das emoções.
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lei, ainda que seja uma lei natural ou uma imposição física Somente agindo de acordo com a lei moral é que somos
NA
(como a necessidade de ir ao banheiro ou se alimentar, por livres, pois quando nos submetemos a ela, somos nós mes-
4A
exemplo). Como conciliar estas duas afirmações, então? mos que estamos determinando qual lei nos governará,
30
diria o filósofo.
Para Kant, dado que seremos sempre regidos por uma lei,
70
só há uma maneira de ser verdadeiramente livre: escolher Podemos escolher machucar um homem indefeso ou não;
35
qual lei seguir. Se formos capazes dessa escolha, seremos podemos escolher ajudar alguém em necessidade ou não.
53
livres. E qual é a única lei a que podemos espontaneamen- Se fizermos a escolha certa, diz Kant, somos livres. E so-
03
te escolher seguir? A lei moral. Pois para estar em conso- mente agiremos com moralidade se fizermos a escolha
JO
nância com essa lei, temos de fazer uma escolha racional. certa pelos motivos certos.
E a capacidade de fazer uma escolha é a própria liberdade.
AU
AR
S
A ÉTICA DO DEVER - IMPERATIVO CATEGÓRICO
PE
LO
A
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A MAIORIDADE INTELECTUAL de (e caso não haja barreiras para isso, como restrições à
PA
liberdade), todo e qualquer homem é capaz de abandonar
NA
Em sua obra O que é o esclarecimento?, o filósofo Imma- a menoridade e concluir o processo de esclarecimento.
4A
nuel Kant esclarece que, quando o indivíduo consegue pos- Conforme dito anteriormente, Kant ressalta que, para ha-
tular suas próprias ideias e críticas, ele atinge a maiorida-
30
ver esclarecimento, a liberdade é condição fundamental:
de intelectual, saindo de um estágio de menoridade,
70
duo. Esse alcance do esclarecimento não tem uma ligação mais em sua época). Finalmente, o filósofo conclui que
direta com a idade biológica desse sujeito. ter esclarecimento não se trata somente de se adquirir um
JO
da emancipação humana.
S
PE
privado da razão
A
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Kant afirma que a comodidade e a covardia são os denamentos. Podemos raciocinar se concordamos ou não
LO
grandes motivos pelos quais tantos homens continuam com as tarefas que nos foram submetidas, mas, enquanto
LA
presos à menoridade – e frisa que, caso seja de sua vonta- exercemos o dever, devemos nos ater ao procedimento ao
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qual fomos requeridos. Há momentos, situações e espaços Kant, válida para qualquer momento histórico, sociedade
NA
para a realização de críticas, sugestões e melhorias. Esses e situação, e seria também imperativa, pois não se pode
4A
momentos e espaços destinados à mudanças e críticas são escapar dela. Kant a formula, portanto, como um impera-
30
da esfera pública da sociedade. tivo categórico, e um de seus maiores pressupostos, jun-
70
tamente com a ideia de que a moralidade está relacionada
35
à maneira universal de se agir, é a proibição de se utilizar
53
outrem como meios para atingir quaisquer objetivos: todos
03
Em 1795, Kant escreveu essa obra, com o objetivo de apre- devem ser tratados como um fim em si mesmo.
sentar como os Estados nacionais poderiam estabelecer en-
JO
Pode-se entender a lei moral kantiana como a manifes-
tre si um quadro de paz perpétua, tendo como força motriz
AU
tação da própria consciência humana – que também é
a racionalidade, conjunto com os requisitos da maioridade
AR
intrínseca a todo homem e não pode ser comprovada ra-
intelectual. Diante disso, todos os países devem respeitar
cionalmente, apesar de ser possível conhecê-la. Kant diz
S
um pacto de não agressão, visando a uma ética universal,
PE
que muito mais importante para a moralidade do que se
que respeita todos os seres humanos existentes no plane-
perguntar o que fazer é se perguntar o motivo pelo qual se
LO
ta, sem violar as regras locais de seus respectivos países.
faz alguma coisa.
A
Com essas teorias, Kant antevê as ações da Organização
UL
Imaginemos a seguinte situação: uma pessoa é abordada
das Nações Unidas (ONU), que visa a assegurar que os Es-
PA
na rua por um pedinte e, ao sentir pena de sua situação,
tados compactuem um acordo de paz e não iniciem um
lhe dá uma esmola. Uma segunda pessoa também é abor-
NA
conflito armado. A formulação da União Europeia, após II
dada pelo pedinte e, apesar de não se compadecer de sua
4A
Guerra Mundial e declínio da Guerra Fria, dá-se, em grande
situação, lhe oferece ajuda mesmo assim. Kant diria que a
medida, pelas contribuições de autores como Kant, princi-
30
segunda pessoa agiu mais moralmente do que a primeira.
palmente nas áreas do direito e diplomacia.
70
primeira pessoa, por sua vez, ofereceu ajuda por pena, pela
maneira como se sentiu. Da mesma forma, Kant veria al-
AR
BANDEIRA DAS
racionais que visam à universalidade, não permite adap-
UL
no sabe o que é certo e o que é errado: esse conhecimento A concepção de liberdade para Kant não se liga à felici-
53
é intrínseco à condição humana. Isso ocorre porque Kant dade nem é determinada por um bem externo a ela – a
03
diz que todos somos dotados de uma razão prática, isto liberdade está atrelada ao homem. Diante disso, o bem é o
é, de uma capacidade racional inata de discernir sobre o que resulta da razão, à medida que ela determina a ação.
J O
que é certo e o que é errado. Assim, o homem precisa submeter-se às leis éticas, que vi-
AU
o fato de a ética kantiana ser baseada na ideia de que Dessa forma, a liberdade é a autonomia de cumprir seu
LO
há algo como uma lei moral universal, tão absolu- dever, de acordo com as leis da natureza – com isso, somos
LA
ta quanto qualquer lei natural. Tal lei seria, segundo donos de nós mesmos e de nossas ações.
U
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Compreendo, porém, como uso público da razão aquele simultaneamente como membro de uma comunidade,
NA
que é feito por alguém, como douto, perante o mundo ou mesmo da própria sociedade civil mundial, que, como
4A
letrado. Por uso privado, entendo aquele que o douto douto, dirige-se ao público, seguindo seu próprio enten-
pode fazer em um posto civil ou público. Contudo, para dimento por meio de seus escritos, ele pode raciocinar
30
algumas ocupações, que lidam com assuntos de inte- o quanto quiser, sem que sejam prejudicadas as ocupa-
70
resse geral, faz-se necessário um mecanismo por meio ções em que está inserido parcialmente como membro
35
do qual alguns membros da comunidade precisam se passivo. Seria muito prejudicial se um oficial, ao receber
53
comportar passivamente, para que, com uma unanimi- uma ordem de seu superior, começasse a questionar ex-
03
dade artificial, possam ser conduzidos pelo governo em plicitamente a conveniência ou utilidade dessa ordem;
prol de fins públicos, ou para que ao menos estes fins ele deve obedecer.
JO
públicos sejam preservados. Neste caso, seguramente, KANT, IMMANUEL. RESPOSTA À PERGUNTA: O QUE É ESCLARECIMENTO?
RETIRADO DE: MARCONDES, DANILO.
AU
não é permitido raciocinar; é necessário obedecer. Mas,
a medida em que essa peça de engrenagem se veja TEXTOS BÁSICOS DE ÉTICA. ZAHAR. RJ - 2007.
AR
S
PE
TEMPESTADE E ÍMPETO
LO
A
UL
PA
O SENTIMENTO VENCE A RAZÃO Destacam-se nesse período: os poetas alemães Schlegel
NA
(1772-1829), Novalis (1772-1801); os escritores alemães
4A
No século XVIII, o movimento cultural que predominava na Schiller (1759-1805) e Goethe (1749-1832); os composi-
tores alemães Beethoven (1770-1827), Schumann (1810-
30
Europa era o Iluminismo, que colocava a razão acima de
1856) e Brahms (1833-1897), o austríaco Schubert (1797-
70
individualismo e subjetivismo;
A
imaginação e sonho;
70
35
nacionalismo;
03
valorização do passado;
O
Esse movimento ficou marcado por combater a influência to, espalhando uma nova forma de arte para o mundo. O
S
francesa na cultura alemã. Com uma oposição ao Classi- movimento romântico será fundamental para a formação
PE
cismo francês, a essência do movimento alemão consiste dos processos revolucionários nacionalistas, destacando a
LO
na criação baseada no impulso irracional, valorizando o Primavera dos Povos (1848) e as unificações nacionais da
LA
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DA ARTE À LIBERDADE Em sua obra Cartas sobre a educação estética do homem,
NA
de 1794, apresenta essa ideia de educar o homem com
4A
O poeta e filósofo Friedrich Schiller (1759-1805) acreditava o auxílio da arte.
30
que os homens não estavam preparados para a liberdade,
70
pois não sabiam, de forma inata, como lidar em plenitude
35
com ela. Assim, é preciso educar o homem para a li-
53
berdade através da arte. O ser humano é um indivíduo
03
que participa tanto do mundo sensível como do inteligível,
JO
de modo que existe uma oposição entre matéria e forma,
AU
necessidade e liberdade – e esses conflitos geram um jogo
de caráter lúdico que os reconcilie, tendo como objetivo o
AR
belo. A arte, nessa medida, prenuncia a possibilidade da
S
realização da liberdade, pois ela possibilita os meios para
PE
alcançá-la.
LO
Segundo Schiller, a harmonia entre o homem e o mundo
A
UL
foi rompida quando o ser humano decidiu se ver diferente MONUMENTO GOETHE-SCHILLER
PA
da ordem natural, com a ordenação racional e iluminista de
querer transformar e dominar a natureza. Nesse momento, O PROBLEMA DA ESTÉTICA
NA
a crítica aos racionalistas e aos iluministas é bem nítida e
4A
direta. Essa postura radical refere-se ao instante em que o A problemática da arte na filosofia não é um assunto sur-
30
gido no período pós-iluminismo. Desde a Grécia antiga, os
ser humano, ao acreditar cegamente no poderio da razão,
70
tureza, criando uma dicotomia – de um lado, a natureza e, Platão, por exemplo, criticava veementemente a
53
Para o filósofo, só a arte pode reconciliar essas duas é homem no pleno sentido da palavra, e somente é ho-
J
AU
forças (natureza e razão), porém, a arte, que não pode mem pleno quando joga”. No “impulso lúdico”, razão e
AR
mais ser ingênua – como era na Grécia antiga – deve ser, sensibilidade atuam juntas e não se pode mais falar da
tirania de uma sobre a outra. Através do belo, o homem
agora, sentimental.
S
Sentimental significa para Schiler o ato da reflexão pelo recupera sua liberdade.
LO
MÁRCIO SUZUKI
qual o sujeito, ao voltar-se para si mesmo, reconcilia-se A EDUCAÇÃO ESTÉTICA DO HOMEM. SÃO PAULO: ILUMINURAS, 2014, P. 14.
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NA
HEGEL
4A
30
70
35
GEORG WILHELM FRIEDRICH
53
03
HEGEL (1770-1831)
JO
AU
AR
S
PE
LO
SELO COM O RETRATO DE HEGEL.
A
UL
PA
A dialética hegeliana
NA
Para Hegel, o movimento da história é o confronto de ideias
4A
diferentes, sendo um contínuo devir composto por três mo-
mentos: tese, antítese e síntese.
30
RETRATO DE HEGEL
70
Friedrich Hegel nasceu na cidade alemã de Stuttgart, em vimento em espiral, pois cada momento final, que seria a sín-
53
1770. O seu pensamento foi determinante para a filosofia tese, se torna a tese de um movimento posterior, de caráter
03
contemporânea, apesar de difundi-lo de modo rebuscado mais avançado. Sendo que, para compreender essa dialética,
e num grau de complexidade elevada, sendo construído é necessário buscar o Absoluto, superando o entendimento
JO
no racionalismo – faz parte do círculo que corresponde ao comum atingindo a certeza completa e global.
AU
idealismo alemão.
AR
Assim, segundo o filósofo, cada época tem seu próprio ESPIRAL DA TESE-ANTÍTESE-SÍNTESE
04
Tendo uma influência kantiana, Hegel salienta que a histó- espírito. O homem se liberta de sua sujeição natural, da fi-
nitude entendida como submissão à natureza. O espírito
O
duos, diante de uma elevação gradual de suas liberdades vê-se livre para criar, e essa criação manifesta uma
AU
que move essa elevação gradual é ocasionada pelo “espí- Mas a arte, segundo Hegel, é ainda dependente da maté-
S
rito do tempo” (zeitgeist, em alemão), que impulsiona as ria. Na escultura, arte simbólica por excelência, a liberdade
PE
ações e as ideias, algo como um movimento que atinge a do espírito encontra o limite no material bruto. A liberdade
LO
humanidade. O filósofo entende a realidade como espírito, já é bem maior na música e na pintura, nas quais o grau
LA
como substância, mas também como sujeito. de abstração permite ao espírito uma ampla variabilidade
U
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de formas expressivas. Mas é no domínio da palavra que se Assim, a arte é um momento do espírito, em que este pro-
NA
realiza a liberdade expressiva da arte: a palavra não é som cura adequar-se ao elemento sensível para expressar o
4A
ou grafia, mas o sentido que veicula. Na palavra atinge-se saber.
30
o grau máximo de abstração, e o alcance das construções
70
espirituais é praticamente infinito.
35
53
ÉTICA UTILITARISTA
03
JO
AU
O utilitarismo é considerado como uma doutrina que afir- identificação artificial dos interesses de alguém: dian-
AR
ma que as ações são boas quando tendem a promover a te desta característica, o indivíduo entenderá o outro
S
felicidade, ao passo que também podem produzir ações como relevante na sociedade, ou seja, os interesses de
PE
negativas quando não propiciam a felicidade. um é o mesmo de todos.
LO
JEREMY BENTHAM (1748-1832)
Segundo a filosofia de Bentham, o princípio da utilidade é
A
UL
algo que não admite provas diretas, não sendo necessa-
PA
riamente um problema, pois alguns princípios explicativos
O filósofo inglês Bentham salientava que a natureza huma-
devem começar em algum lugar, tendo como base a ob-
NA
na era governada por dois elementos soberanos – prazer
servação.
e dor –, num movimento constante de busca pelo prazer
e de fuga da dor. 4A
Esse pensamento utilitarista apresenta vantagens numa
30
filosofia moral, pois permite que as decisões sejam discu-
70
O pensador promulgou o princípio da utilidade como pa- tidas por todos, com o mesmo interesse coletivo, o inte-
35
drão de ação correta por parte dos indivíduos e pelo Es- resse do bem, visando à felicidade. Aqui, notamos
53
tado, de modo que essas ações ganham uma validade/ uma orientação de que todos os sujeitos da sociedade são
03
aprovação, quando desencadeiam a felicidade, enquanto relevantes e iguais na construção de um bem coletivo. Com
outras ações são inválidas/reprovadas, quando causam a isso, a filosofia moral, ou a ética, pode ser descrita como
JO
infelicidade ou a própria dor. uma orientação que dirige a ação do homem para
AU
RETRATO DE JEREMY BENTHAM A utilização das leis arbitrárias se torna negativa porque,
por natureza, restringe a liberdade do sujeito, sendo, na
O
maior princípio de felicidade: promove a felicidade em necessária para orientar a ordem social, e as boas leis se-
AR
geral, sendo o princípio que aprova ou desaprova a ação; rão essenciais. Isso ocorre quando o controle pelo Estado
é limitado, deixando o indivíduo livre, pois o protegerá de
S
164
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PA
Pensamento contra a Declaração pode exercer a tirania. Assim, as restrições impostas ao in-
NA
divíduo, seja pela lei ou pela opinião, deveriam ser basea-
dos Direitos do Homem e do Cidadão
4A
das num princípio coletivo.
30
Bentham foi contrário às declarações do ideal contratualis- A liberdade é um bem em si mesmo como num meio para
70
ta da Revolução Francesa – ao firmar um pacto de direitos, a felicidade e o progresso. O Estado e suas instituições não
35
limitando valores morais e éticos, priva o indivíduo de viver devem, pois, ditar regras sobre a vida dos indivíduos e cer-
53
a vida na sua totalidade, pois não há escolha consciente e cearem suas liberdades. A liberdade é um bem maior e só
03
coletiva. Segundo Bentham, a Revolução Francesa, princi- deve possuir alguma sanção segundo o princípio do dano,
JO
palmente em sua fase jacobina, apegou-se aos ideais abs- evitando males para outros indivíduos.
tratos dos direitos e afastou-se da realidade dos indivíduos.
AU
A crítica
AR
JOHN STUART MILL (1806-1873)
S
O pensamento de Mill sofre uma crítica porque, em seu
PE
O filósofo inglês Stuart Mill foi seguidor de Bentham, em- zelo pela liberdade e em sua oposição à extensão da in-
LO
bora discordasse de algumas de suas afirmações. terferência do Estado, ele deu pouca importância à justi-
A
Para Mill, os prazeres possuem um quadro de satisfação, ça e ao bem-estar, elementos que podem comprometer
UL
como numa escala de valores. Por exemplo, o prazer inte- a liberdade. Stuart Mill viu com entusiasmo o surgimento
PA
lectual é de um tipo melhor que os prazeres que são sen- do socialismo e considerava que aspectos dessa ideologia
poderiam ser úteis para o aprimoramento da sociedade.
NA
suais ou instintivos. Essa condição é direcionada indutiva-
No entanto, Mill possuía posições criticas ao ideal de uma
4A
mente, pois Mill questiona: “Quem preferiria ser um jabuti
feliz, vivendo uma vida extremamente longa, do que ser sociedade comunista. Seu entusiasmo estava mais próximo
30
uma pessoa vivendo numa vida normal?”. de certos aspectos do socialismo utópico.
70
direito de agir como quiser, desde que suas ações não pre- questão estão cientes de que todos os autores, de Epicu-
3
judiquem as outras pessoas. Se a ação afeta diretamente ro a Bentham, que defenderam o princípio da utilidade o
70
apenas a pessoa que a está realizando, então a sociedade entenderam não como algo a ser contraposto ao prazer,
35
isolados e nossas ações podem afetar outros indivíduos. nho, inclusive o "rebanho dos escritores", não apenas
J
AU
dade, num governo popular, baseado no voto, não garante diversão. E o termo não é apenas mal aplicado por ig-
LA
a liberdade, pois um governo baseado na vontade popular norância em sentido depreciativo, mas ocasionalmente
U
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A
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até mesmo como um cumprimento, como se significasse
NA
algo de superior à frivolidade ou aos meros prazeres mo-
4A
mentâneos. Este uso pervertido é o único pelo qual essa
palavra é popularmente conhecida, e é desse uso que a
30
nova geração está adquirindo seu único entendimento
70
desta palavra.
35
...
53
03
O credo que aceita como fundamento da moral o Útil
ou Princípio da Máxima Felicidade, considera que uma
JO
ação é correta na medida em que tende a promover a
AU
felicidade, e errada quando tende a gerar o oposto da fe-
licidade. Por felicidade entende-se o prazer e a ausência
AR
da dor; por infelicidade, dor, ou privação do prazer; Para
S
proporcionar uma visão mais clara do pradrão moral es-
PE
tabelecido por essa teoria, é preciso dizer muito mais;
LO
em particular, o que as ideias de dor e prazer incluem
e até que ponto essa questão fica em aberto. Mas as
A
explicações suplementares não afetam a concepção de
UL
vida em que essa teoria da moral se fundamenta: a sa-
PA
ber, que o prazer e a ausência de dor são as únicas coisas
desejáveis como fim, e que todas as coisas desejáveis
NA
(que são numerosas no esquema utilitarista, como em
4A
qualquer outro) o são ou porque o prazer é inerente a 30 CARTAZ DO MOVIMENTO DAS MULHERES ALEMÃS
elas, ou porque consistem em meios de promover o pra- REIVINDICANDO O DIREITO AO VOTO, 1914.
zer e evitar a dor.
70
TEXTOS BÁSICOS DE ÉTICA, EDITORA ZAHAR, subordinação legal de um sexo ao outro - é errado em si
4ª EDIÇÃO, AUTORIA DE DANILO MARCONDES.
03
A natureza radical da reivindicação de Mill pela igualdade atividades, empurrando-as para o autossacrifício ou para o
A
das mulheres é, muitas vezes, esquecida para nós depois egoísmo e a mesquinhez.
04
mens, quando Mill estava escrevendo, continua marcante. de crescimento pessoal para buscar a "consideração" so-
53
Entre outros indicadores dessa subordinação estão os se- cial que as mulheres desejam.
03
marido; (4) o estupro era visto como impossível dentro de apoio à igualdade das mulheres foi reforçado pelo asso-
S
um casamento; e (5) as esposas careciam de características ciacionismo, que afirma que as mentes são criadas por leis
PE
cruciais da personalidade jurídica, uma vez que o marido associativas que operam na experiência. Isso implica que,
LO
era considerado o representante da família (eliminando, se mudarmos as experiências e a educação das mulheres,
suas mentes mudarão.
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NA
MATERIALISMO FILOSÓFICO
4A
30
70
35
Tendo como uma recusa do idealismo de Hegel, emergiu o Sua estrutura filosófica consiste em valorizar o indivíduo
53
materialismo, uma visão material da realidade. Entre como elemento criador das ideias, ou seja, o pensamen-
03
os contestadores, o pensador que teve maior destaque foi o to surge do homem, e não o ser humano que surge do
alemão Ludwig Feuerbach. pensamento.
JO
AU
O seu interesse filosófico está no processo de formação
LUDWIG FEUERBACH (1804-1872) da ideia de Deus no pensamento humano. A religião, para
AR
Feuerbach, representa o reflexo fantástico da natureza hu-
S
O pensamento do filósofo alemão Feuerbach se caracteriza mana. O seu pensamento pode ser resumido na máxima:
PE
pelo materialismo, ateísmo e humanismo. O pensador ataca “Não é Deus quem cria o homem, mas o homem quem
LO
a ideia de imortalidade e afirmava que, após a morte, o ser criou Deus”.
A
humano é absorvido pela natureza.
UL
O elo intermediário
PA
O pensamento de Feuerbach constitui o elo intermediário
NA
entre a filosofia de Hegel e a de Marx. O materialismo de
4A
Feuerbach seria um materialismo metafísico, pois repudia-
30
va a dialética hegeliana; entretanto, não compreendia a
70
ção vazia”, pois não trata do ser real, das coisas reais e dos
homens concretos, sendo um pensamento muito abstrato e
S
PE
berais) e 1848 (Primavera dos Povos). Assim, a filosofia RETRATO DE ENGELS, MARX E FEUERBACH.
3
70
precisava associar-se com a realidade, precisava A principal qualidade do pensamento de Feuerbach, des-
35
sair do campo das ideias e ir para o mundo prático. tacada por Marx e Engels, foi ir contra as instituições po-
53
Feuerbach propõe que a filosofia deveria partir do concreto, dicionam de forma negativa os seres.
AU
práticas, sendo uma relação menos abstrata, porém, ainda mente essa dominação perante o ser humano.
LA
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Segundo Marx e Engels, Feuerbach compreende o homem
U.T.I. - Sala
NA
como máquina, tornando-se incapaz de perceber o mundo
4A
como processo, como matéria em via de desenvolvimen- 1. (UNESP)
30
to histórico. Feuerbach foi um importante adversário do Texto 1
70
idealismo alemão e abriu possibilidades para o retorno ao
Um dos elementos centrais do pensamento mítico e de sua forma de
35
debate filosófico da materialidade como fundamento das explicar a realidade é o apelo ao sobrenatural, ao mistério, ao sagra-
53
relações humanas. Marx e Engels avançaram essa discus- do, à magia. As causas dos fenômenos naturais, aquilo que acontece
03
são para as bases econômicas do funcionamento da vida aos homens, tudo é governado por uma realidade exterior ao mundo
humana. Por isso, em sua obra A Ideologia Alemã, Marx humano e natural, a qual só os sacerdotes, os magos, os iniciados
JO
são capazes de interpretar. Os sacerdotes, os rituais religiosos, os
afirma que os filósofos, até então, haviam se preocupado
AU
oráculos servem como intermediários, pontes entre o mundo huma-
em entender o mundo e em descrevê-lo; para Marx, era no e o mundo divino. Os cultos e os sacrifícios religiosos encontrados
AR
preciso modificar o mundo e não apenas compreendê-lo. nessas sociedades são, assim, formas de se agradecer esses favores
ou de se aplacar a ira dos deuses.
S
O modo de produção da vida material condiciona o proces-
PE
(DANILO MARCONDES. INICIAÇÃO À HISTÓRIA DA FILOSOFIA, 2001. ADAPTADO.)
so da vida social, política e intelectual. Não é a consciência
LO
dos homens que determina o seu ser; ao contrário, é o seu Texto 2
A
ser social que determina sua consciência. Ao longo da história, a corrente filosófica do Empirismo foi asso-
UL
MARX, KARL. CONTRIBUIÇÃO À CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA. ciada às seguintes características: 1. Negação de qualquer conhe-
PA
EDITORA EXPRESSÃO POPULAR, SÃO PAULO, 2008. cimento ou princípio inato, que deva ser necessariamente reco-
nhecido como válido, sem nenhuma confirmação ou verificação. 2.
NA
Negação do ‘suprassensível’, entendido como qualquer realidade
4A
não passível de verificação e aferição de qualquer tipo. 3. Ênfase
na importância da realidade atual ou imediatamente presente aos
30
órgãos de verificação e comprovação, ou seja, no fato: essa ênfase
70
Hume considerou não haver nenhuma razão para supor que, dado o
que se chama um “efeito”, deva haver uma causa invariavelmente
S
o dia, ao dia, a noite etc.; sempre que se solta um objeto, ele cai no
LO
compreender que haja alguma força ou poder pelo qual opera a cha-
PA
3. (UFU)
O
priori desses objetos, que estabeleça algo sobre eles antes de nos
PE
serem dados.
LO
168
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UL
PA
Com base no texto acima e em seus conhecimentos so- 6. (UNESP)
NA
bre a filosofia de Kant, responda: Do ponto de vista do Iluminismo, a ilusão deixa de ser uma simples
4A
a) O que é a Revolução Copernicana operada pelo filó- deficiência subjetiva, e passa a enraizar-se em contextos de domina-
sofo? ção, de onde a ilusão deriva e se incumbe de estabilizar. O precon-
30
ceito – a opinião falsa, não controlável pela razão e pela experiência
70
b) A que se refere o conhecimento a priori, segundo – revela seu substrato político. É no interesse do poder que a razão
Kant?
35
é capturada pelas perturbações emocionais, abstendo-se do esfor-
ço necessário para libertar-se das paixões perversas, e para romper
53
4. (UNESP 2018) o véu das aparências, que impedem uma reflexão emancipatória.
03
Deixando-se arrastar pelas interferências, a razão não pode pensar
Se um estranho chegasse de súbito a este mundo, eu poderia exem-
o sistema social em sua realidade. Prisioneira do dogmatismo, que
JO
plificar seus males mostrando-lhe um hospital cheio de doentes,
nem pode ser submetido ao tribunal da experiência nem permite a
AU
uma prisão apinhada de malfeitores e endividados, um campo de instauração desse tribunal, a razão está entregue, sem defesa, às
batalha salpicado de carcaças, uma frota naufragando no oceano, imposturas da religião e de todos os outros dogmas legitimadores.
AR
uma nação desfalecendo sob a tirania, fome ou pestilência. Se eu
(SÉRGIO PAULO ROUANET. A RAZÃO CATIVA, 1990. ADAPTADO.)
lhe mostrasse uma casa ou um palácio onde não houvesse um único
S
PE
aposento confortável ou aprazível, onde a organização do edifício Considerando o texto e o título sugestivo do livro de
fosse causa de ruído, confusão, fadiga, obscuridade, e calor e frio ex- Rouanet, explique as implicações políticas do cativeiro
LO
tremados, ele com certeza culparia o projeto do edifício. Ao constatar da razão e defina o que significa a reflexão emancipa-
tória referida pelo autor.
A
quaisquer inconveniências ou defeitos na construção, ele invariavel-
UL
mente culparia o arquiteto, sem entrar em maiores considerações.
7. (UEL) Leia o texto a seguir.
PA
(DAVID HUME. DIÁLOGOS SOBRE A RELIGIÃO NATURAL, 1992. ADAPTADO.) Segundo Descartes, o bom método é aquele que nos permite co-
NA
nhecer o maior número possível de coisas, com o menor número de
a) Explicite o tema filosófico abordado no texto e sua regras. Deste modo, ele pretende estabelecer um método universal
4A
relação com a criação do mundo. inspirado no rigor da matemática e no encadeamento racional. Para
30
b) Explique como os argumentos do filósofo evidenci- ele, pautado no ideal matemático, o método deve converter-se em
am um ponto de vista empirista (fundamentado na ex- uma mathesis universalis: conhecimento completo e inteiramente
70
com uma concepção metafísica sobre o tema. ADAPTADO DE: JAPIASSU, H. “O RACIONALISMO CARTESIANO”.
53
lhantes e está, por sua vez, obrigado a respeitar todos os demais. A 8. (UNESP)
humanidade em si mesma é uma dignidade, pois um ser humano
S
Texto 1
PE
Ao se assenhorar de um Estado, aquele que o conquista deve definir seleção das teorias científicas, digamos, análoga à teoria darwiniana
da seleção: existem teorias que subsistem, mas, posteriormente, são
NA
golpe. Quanto aos benefícios, devem ser concedidos aos poucos, de MORIN, EDGAR. CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA, 1996. ADAPTADO.
04
(NICOLAU MAQUIAVEL. O PRÍNCIPE, 2000. ADAPTADO.) O paralelismo entre macrocosmos e microcosmos, a simpatia cós-
35
b) Considerando o texto 2, explique a posição assum- acontecimentos celestes sobre os eventos humanos e terrestres.
J
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9. (UFU)
U.T.I. - E.O.
NA
Suporei, portanto, que há não um Deus ótimo, fonte soberana da
4A
verdade, mas algum gênio maligno, e ao mesmo tempo, sumamente 1. (UNESP)
30
poderoso e manhoso, que põe toda a sua indústria em que me en-
As freiras da Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Famí-
70
gane: pensarei que o céu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons e
lia, de Cascavel (PR) e, em particular, a Irmã Kelly Favareto, poderão
todas as coisas externas nada mais são do que ludíbrios dos sonhos,
35
aparecer com os véus que cobrem cotidianamente suas cabeças
ciladas que ele estende à minha credulidade.
53
na foto da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A decisão é da
03
DESCARTES, R. MEDITAÇÕES SOBRE FILOSOFIA PRIMEIRA. Justiça Federal, que aceitou recurso da Irmã contra a Resolução do
PRIMEIRA MEDITAÇÃO /12/, TRADUÇÃO DE FAUSTO CASTILHO. Conselho Nacional de Trânsito que proíbe, por razões de seguran-
JO
CAMPINAS: IFCH-UNICAMP, 1999, P. 25 ça, que na foto da CNH o condutor apareça usando óculos, bonés,
a) Qual é, para Descartes, a relação existente entre o gorros, chapéus ou qualquer outro item que cubra parte do rosto
AU
gênio maligno e a coisa pensante (Res cogitans)? ou cabeça, dificultando sua identificação. “Eu só ando de véu, que
AR
b) Que argumento é utilizado por Descartes para afir- é um sinal de consagração a Deus, não é um acessório que posso
mar a existência do Mundo? tirar quando quiser”, alegou a Irmã.
S
PE
(EVANDRO FADEL. FREIRA GANHA DIREITO DE USAR HÁBITO NA FOTO
10. (UFMG) Leia a seguinte passagem do texto de Hume, DA CNH. O ESTADO DE S.PAULO, 10.02.2012. ADAPTADO.)
LO
Do padrão do gosto:
Comente o significado filosófico do fato noticiado,
A
abordando a relação entre indivíduo e Estado, e expli-
UL
Procurar estabelecer uma beleza real, ou uma deformidade real, é
uma investigação tão infrutífera como procurar determinar uma do- que a relação entre esse fato e o movimento filosófico
PA
çura real ou um amargor real. Conforme a disposição dos órgãos do iluminista do século XVIII.
NA
corpo, o mesmo objeto tanto pode ser doce como amargo, e o pro-
vérbio popular afirma com muita razão que gostos não se discutem. 2. (UNICAMP)
4A
É muito natural, e mesmo absolutamente necessário, aplicar este Na segunda metade do século XVIII, pensadores importantes, como
30
axioma ao gosto mental, além do gosto corpóreo, e assim o senso Denis Diderot, atacaram os próprios fundamentos do imperialismo.
comum, que tão frequentemente diverge da filosofia [...], ao menos
70
como ocorre no caso de outros juízos nos quais emitimos b) No pensamento de Jean-Jacques Rousseau, qual a
PE
nossas opiniões. Essa posição, caso fosse correta, impos- relação entre a ideia de “homem no estado de nature-
sibilitaria o estabelecimento de um padrão de gosto, ou
LO
parte das pessoas, ou seja, do senso comum. de servir-se do próprio intelecto sem a guia de outro. Imputável a
si próprios é esta menoridade se a causa dela não depende de um
A
a) A partir do que foi dito acima, e com base em out- defeito da inteligência, mas da falta de decisão e da coragem de
04
ras informações contidas no texto, APRESENTE os ar- servir-se do próprio intelecto sem ser guiado por outro. Sapere aude!
3
e JUSTIFIQUE a sua posição pessoal em relação a esse Esse texto do filósofo Kant é considerado uma das mais sin-
03
170
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PA
não for a falta de entendimento, mas a falta de decisão e coragem de A partir desta citação, explique em que consiste a Revo-
NA
conduzir-se sem a imposição de outrem. Tenha coragem para usar o lução Copernicana realizada por Kant na filosofia.
4A
seu próprio entendimento! Eis o lema do Esclarecimento”.
10. (UFU)
30
(IMMANUEL KANT, “RESPOSTA À PERGUNTA: QUE É ‘ESCLARECIMENTO’ ?”)
70
"O hábito é, pois, o grande guia da vida humana. É aquele princípio
Com base no texto de Kant, comente a importância na
único que faz com que nossa experiência nos seja útil e nos leve a
35
vida de cada um de nós de “ter coragem para usar o seu
esperar, no futuro, uma sequência de acontecimentos semelhantes
53
próprio entendimento”.
às que se verificaram no passado."
03
5. (UDESC) Levando-se em conta as diferentes correntes (HUME, SÃO PAULO: ABRIL CULTURAL, 1973, P. 146)
JO
filosóficas que estudam a questão do conhecimento, es- Comente, acerca do conhecimento verdadeiro, a crítica
AU
tabeleça a distinção entre Racionalismo e Empirismo. que Hume fez aos limites da experiência sensível e ao
princípio da causalidade vigente na filosofia moderna.
AR
6. (UDESC)
S
O ponto de partida da filosofia de Rousseau é uma concepção de
PE
natureza humana representada pela famosa ideia segundo a qual
LO
“O homem nasce bom, a sociedade o corrompe”.
(CONTRATO SOCIAL, LIVRO I, CAP. 1) (MARCONDES,
A
UL
D., INICIAÇÃO À HISTÓRIA DA FILOSOFIA, P. 200)
PA
Explique a afirmação acima.
NA
7. (UFU)
Ao discutir sobre a noção de esclarecimento, I. Kant em sua obra
4A
30
Resposta à pergunta: que é “Esclarecimento”? ressalta: “Para este
70
Responda:
AR
Responda:
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SOCIOLOGIA
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NA
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL E SUAS FORMAS
4A
30
70
35
Estratificação Social é o agrupamento dos membros de uma
53
sociedade em camadas ou estratos superpostos e hierarqui-
03
zados segundo algum critério de importância sociológica.
JO
Praticamente todas as sociedades desenvolvem sistemas
AU
de relações hierárquicas ou estratificação social. Se não
existisse estratificação em uma sociedade, esta, necessaria-
AR
mente, possuiria uma população pequena e homogênea.
S
Suas ocupações seriam de tal natureza, que não existiria
PE
qualquer divisão de trabalho, nem haveria competição,
LO
nem conflito. É difícil imaginar uma sociedade que aten- Uma das características que marcaram a estratificação social
hindu foi a hereditariedade; o nascimento era a condição
A
da a estas condições, a não ser em circunstâncias muito
UL
incomuns ou realmente primitivas, pois uma sociedade mal básica para se definir uma dada posição na ordem social.
PA
consegue durar sem uma divisão de suas funções sociais. A hierarquização dava-se também com base na heredita-
riedade e nas profissões, que definiam os indivíduos como
NA
A origem básica da estratificação repousa na tendência
pertencentes a grupos de status diferentes. Nem sempre o
universal para avaliar socialmente as diferenças conse-
4A
caráter hereditário e o profissional convergiam. Por exemplo,
quentes às distinções biológicas e culturais das pessoas. 30
dois indivíduos podiam desempenhar a mesma profissão,
Estas variações socialmente significativas conduzem a
mas pertencer a castas diferentes por hereditariedade, o que
70
posições diferenciadas que acarretam doses distintas de não os colocava em condições de igualdade.
35
ças estão ligadas às posições na sociedade, o respeito, a Os pertencentes à casta inferior eram considerados impuros
03
consideração, o prestígio e o poder ficam associados a ela. e não podiam nem sequer prestar serviços aos membros das
outras castas superiores. A ideia era de que tudo o que os
JO
ou roupa.
AR
A sociedade de castas é marcada pela rigidez na hierarqui- Apenas as castas puras (superiores) eram consideradas ap-
zação. Baseia-se na hereditariedade, na profissão, na etnia,
S
na religião, determinando uma situação de respeitabilidade. minadas atividades religiosas. As castas impuras eram prati-
LO
A definição desses critérios ocorre a partir de um conjunto de camente segregadas, a elas não sendo permitido frequentar
valores, hábitos e costumes definidos pela tradição.
A
O sistema de castas assenta-se numa relação de privilégios Diante disso, as castas inferiores consideradas totalmente
PA
que alguns indivíduos possuem em detrimento dos demais. impuras não podiam entrar nos pátios dos grandes templos.
Esse tipo de organização social parte do pressuposto de que
NA
profissões se dava pela hereditariedade (o guerreiro, o sacer- que a sombra de um membro de uma casta inferior não se
35
dote fariam os seus filhos também guerreiros e sacerdotes). projetasse jamais sobre um elemento de uma casta superior.
53
meiro plano.
S
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PA
Mas como se apresentam as relações entre as castas na conjunto de valores culturais vigentes (disseminados e sus-
NA
atualidade? Pode-se dizer que são mantidos nitidamente os tentados pela Igreja Católica), a ideia de que determinados
4A
costumes e as tradições apontados anteriormente, quase na indivíduos estavam, pela tradição, acima dos demais; o que
30
sua totalidade, entre os brâmanes – casta superior a todas não queria dizer que a aceitação das regras de dominação
70
– e entre os sudras – que formam as castas mais inferiores, abolia a possibilidade de revolta ou o uso da força. O esta-
35
consideradas impuras. No entanto, entre as castas interme- mento mais importante corresponde à nobreza, detentora
53
diárias há algumas diferenças, uma delas é a não clareza de da terra, o clero tem a supremacia ideológica devido à
03
hierarquia. igreja e os servos trabalham na terra. Esses últimos são o
estado subordinado aos outros dois.
JO
Permanecem, porém, os elementos ligados à dieta, que indi-
ca a posição da casta na estrutura social. As castas superiores,
AU
As lutas entre os estratos sociais existiam, uma vez que
por exemplo, não comem alimentos preparados pelos impu- a desigualdade de direitos levava, em determinados mo-
AR
ros, e um brâmane só se alimenta na companhia de indivídu- mentos, a rebeliões que não desmantelavam a forma de
S
os que fazem parte de sua casta. dominação vigente, mas tentavam impor alguns limites às
PE
Outro fator relevante na definição das posições das castas, na condições de privilégios de alguns estratos em detrimento
LO
organização social hindu, na atualidade, é o trabalho, já que dos demais.
A
as atividades consideradas degradantes são vistas como fa-
UL
A reciprocidade entre o servo (aquele que pagava um tributo
tores que rebaixam as posições das castas na estrutura social. pela utilização de um feudo) e o senhor feudal (aquele que
PA
detinha largas extensões de terra) fundava-se na relação es-
SOCIEDADE ESTAMENTAL
NA
tabelecida entre servir e proteger: Não ter um senhor que lhe
4A
desse proteção fazia com que o indivíduo fosse considerado
A sociedade feudal, que vigorou do século IX ao XIV, tinha desprotegido pela lei.
30
a sua organização social baseada em estamentos. A tra-
70
A sociedade estamental correspondeu a um dado momen- leis, nos piores casos, ou, nos melhores, um pai despótico.
to da história econômica e política da humanidade. As ati- As obrigações entre eles eram diversas, podendo se enu-
J O
vidades sociais que cada estamento desempenhava nessa merar a ajuda de guerra, os ofícios de escudeiro, as funções
AU
ordem social eram encaradas como funções necessárias à da criadagem doméstica, etc.
AR
manutenção da sociedade.
Existia uma hierarquia de vassalagem que se superpunha
S
Essa relação de privilégios, que tinha fundamento na hon- a todos os estamentos e os interligava; do estrato mais in-
PE
ra, só era possível porque os estratos não privilegiados ferior (os servos) até o topo da pirâmide social, todos se
LO
também reconheciam, na hereditariedade, na linhagem, a encontravam ligados por uma trama de obrigações, reci-
LA
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O nobre proprietário (também denominado suserano ou
NA
senhor feudal), embora possuísse diversos vassalos, era tam-
4A
bém um vassalo do rei. Este último era o suserano maior e a
30
ele todos deviam obrigações baseadas na vassalagem.
70
35
53
03
JO
AU
AR
Já para Max Weber, em vista da posição em que se situa-
S
vam em relação ao mercado – se vendedores ou compra-
PE
dores de bens, serviços ou força de trabalho –, os indivídu-
LO
os poderiam se constituir em uma ou outra classe. Weber
A
Max Weber afirma que o feudalismo é uma estruturação chamou isso de “situação de classe”, ou seja, uma situa-
UL
política patrimonialista por excelência. Isso quer dizer que ção que dependeria da posição (comprador ou vendedor)
PA
a organização política obedecia a uma hierarquização na momentaneamente ocupada. Sendo variável, a posição
ocupada na estrutura produtiva não poderia ser o único
NA
qual a relação de subordinação se dava a partir das obri-
fator de estratificação social, nem mesmo estar na origem
4A
gações contraídas entre os diversos estratos com base na
das revoltas políticas que levariam ao fim do capitalismo,
posse e no uso da terra (daí a designação patrimonial).
30
como vimos em Marx.
70
AS CLASSES SOCIAIS
35
53
03
resultado dessa produção de forma privada. O modo de A visão governamental das classes sociais, utilizada pelo
35
produção capitalista levaria progressivamente à produção IBGE no censo populacional a cada dez anos, é baseada
53
de interesses opostos, antagônicos, como parte do próprio no número de salários mínimos. Mais simples, divide em
03
movimento interno da sua estrutura social. As classes se apenas cinco faixas de renda ou classes sociais, conforme a
tabela abaixo, válida para este ano (salário mínimo em R$
O
expropriação; político, no nível da dominação/submissão. Trata-se de um critério de cálculo fácil e objetivo, mas que
AR
A divisão da sociedade em classes sociais não é um dado leva somente em consideração o salário atual da pessoa
S
acidental, casual, mas produzido pelas relações entre os e ignora eventuais conquistas e patrimônio. Mudanças re-
PE
homens. Os sujeitos básicos dessas classes são a burguesia pentinas de salário para cima ou para baixo podem dar
LO
(personificação do capital) e o operariado (personificação um viés ao resultado e torná-lo impróprio para algumas
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Classes Sociais por Faixas de Salário-Mínimo (IBGE)
NA
4A
Classe Número de Salários-Mínimos (SM) Renda Familiar (R$) em 2017
30
A Acima de 20 SM R$ 18.740,01 ou mais
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35
B De 10 a 20 SM R$ 9.370,01 a R$ 18.740,00
53
C De 4 a 10 SM R$ 3.748,01 a R$ 9.370,00
03
D De 2 a 4 SM R$ 1.874,01 a R$ 3.748,00
E Até 2 SM Até R$ 1.874,00
JO
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CULTURA
PE
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DEFINIÇÃO DE CULTURA culturas consideram as atividades intelectuais mais elevadas.
PA
Para a sociedade helênica clássica, por exemplo, o esporte
NA
O conceito de cultura compreende, de um modo geral, a era considerado uma reverência aos deuses, o que tornava
4A
soma das atividades humanas (e dos produtos dessas ati- as atividades esportivas muito importantes. Nesse contexto,
não faria sentido dizer que um filósofo tem “mais cultura”
30
vidades) que surgem no âmbito da sociedade. Isto é, toda
do que um maratonista: o maratonista também era respon-
70
alemão, o termo correlato a “cultura” (“kultur”) pode tam- Ou seja: a ideia de cultura também se define culturalmente
AU
bém significar “sociedade”. Afinal, então, o que é “cultura”? – também, digamos, varia de cultura para cultura.
AR
uma forma socialmente (e culturalmente) aceita de realizar vidades sociais muito valorizadas – as quais, muitas vezes,
PA
suas necessidades fisiológicas. Do mesmo modo, só se vai exigem grande competência em determinado domínio. Isso,
ao banheiro de uma forma X ou Y porque essa é a forma no entanto, não basta para classificar um fenômeno cultural.
NA
socialmente (e culturalmente) aceita de ir ao banheiro. Ou Mozart, por exemplo, costuma ser associado à alta cultura,
A
seja: não existe uma ação humana que não seja um ato da assim como os grandes músicos clássicos. Já um músico do
04
cultura. Tudo é cultural. pagode brasileiro costuma ser associado ao domínio da cul-
3
70
Por outro lado, a palavra “cultura” costuma ser empregada tura popular, independentemente do quão hábil seja com
35
de diferentes formas. Vejamos: seu instrumento. Isso é particularmente curioso quando pen-
53
que uma pessoa tem “mais cultura do que outra” significa como “alta cultura”. Essa classificação é estabelecida pelas
PE
dizer que essa pessoa está associada a atividades social- instituições da própria cultura – como universidades, veícu-
LO
mente mais valorizadas do que outras. Mas dizer isso, por los de crítica, etc – e pode variar conforme variem outros
LA
outro lado, é – por si só – um ato cultural. Pois nem todas dados da própria cultura.
U
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Já ao domínio da cultura popular, costumam ser associados Quando se trata de costumes, porém, certamente alguns
NA
quaisquer outros fenômenos sociais que se tornem comuns fenômenos da cultura adquirem maior importância do que
4A
e recorrentes e/ou se transformem em costumes. Assim, per- outros, à medida que se tornam mais corriqueiros e so-
30
tencem à cultura popular não apenas o pagode e o samba, cialmente mais constantes e/ou relevantes. Esses costumes
70
mas também o futebol, a feijoada e assim por diante. podem não serem classificados como “alta cultura”, mas
35
Certamente isso não quer dizer que a “alta cultura” e a “cul- podem chegar até mesmo a ser fundamentais para uma
53
tura popular” sejam domínios fechados e impenetráveis. A comunidade (como um país).
03
cultura é extremamente fluida. Frequentemente ambos os Isso não necessariamente quer dizer que esses costumes
JO
domínios interagem e se interpenetram. O músico paulista- sejam “bons”. Em uma sociedade machista, por exemplo,
no Paulo Vanzolini, por exemplo, compôs a canção “samba
AU
é costume deixar o trabalho doméstico para as mulheres.
erudito”, mesclando o estilo mais popular da música brasi- Esse fato é profundamente enraizado na cultura brasileira,
AR
leira a elementos da música erudita. Inúmeros outros exem- mas está sendo cada vez mais questionado e combatido.
S
plos existem nesse sentido. Além do mais, como Mozart, um Pois essa é outra característica da cultura: ela é um terreno
PE
dado da cultura pode passar do domínio da “alta cultura” de constante e interminável disputa.
LO
para o da “cultura popular” e vice-versa.
A
ACULTURAÇÃO
UL
PA
Como já vimos, portanto, as culturas se formam em meio à
NA
interação dos seres humanos entre si e com a natureza –
4A
ou seja: acompanham os processos sociais. Eventualmente,
30
porém, diferentes culturas podem se chocar, o que dá ori-
70
gem a conflitos.
35
MOZART: MÚSICO JÁ FOI CONSIDERADO POPULAR própria economia, seus próprios costumes – enfim, sua
própria cultura; e o mesmo era válido para os portugueses
S
CULTURA E COSTUMES
PE
e espanhóis.
LO
artes ou atividades intelectuais, mas também os atos mais do “novo mundo”, dominando-o economicamente. Nesse
triviais (como ir ao banheiro). Nesse sentido, o acarajé, o
PA
são elementos da cultura popular brasileira. E o fato do mentos da cultura destes e os exterminando. Com o passar
A
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CONFLITOS CULTURAIS CONTRACULTURA
NA
4A
O conflito entre indígenas e europeus durante a coloniza- Determinadas culturas são hegemônicas – isto é: deter-
30
ção é apenas um exemplo de embate cultural entre muitos. minadas culturas têm seus elementos compartilhados e
70
Hoje, os choques culturais ainda causam muitos problemas. aceitos pelo conjunto de uma comunidade. A constituição
35
dessa hegemonia pode se dar, inclusive, por um processo
53
Em 2010, por exemplo, o Senado francês aprovou uma lei
muito violento (como é o caso do conflito entre europeus
03
que proibiu as mulheres muçulmanas de usarem a burca
e o nicabe, espécies de véus islâmicos que cobrem todo e indígenas, o qual já conhecemos). Isso, porém, não quer
JO
o rosto, diferentes do hijab e do xador, que não cobrem dizer que essa hegemonia não possa ser enfrentada. Nes-
AU
a face. O debate sobre o uso de vestimentas islâmicas ses casos, têm-se o que se chama de “contracultura” –
AR
para as mulheres causa grande polêmica em outros pa- isto é, a constituição de elementos alternativos que bus-
íses europeus que têm iniciativas legislativas parecidas, cam se opor aos elementos dominantes.
S
PE
como a Itália, a Holanda, algumas regiões da Bélgica e Um exemplo: a Rebelião de Stonewall foi uma série de
LO
da Alemanha. violentas manifestações espontâneas de membros da co-
munidade LGBT contra uma invasão da polícia de Nova
A
UL
York que aconteceu nas primeiras horas da manhã de 28
PA
de junho de 1969, no bar Stonewall Inn, localizado no
bairro de Greenwich Village, em Manhattan, em Nova
NA
York, nos Estados Unidos. Esses motins são amplamente
4A
considerados como o evento mais importante que levou
30
ao movimento moderno de libertação gay e à luta pelos
70
dominante.
LO
cultura proibi-lo? Fazer isso não seria um gesto de intole- negro (contra o racismo e pela igualdade racial), contra
S
rância à cultura do outro? a xenofobia, contra a proibição das drogas, entre muitos
PE
outros.
LO
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NA
ANTROPOLOGIA E ETNOCENTRISMO
4A
30
70
35
A antropologia é uma ciência compreensiva que estuda o poderosas, dessa forma, estariam no auge do processo civili-
53
Homem e sua cultura no passado e no presente. Em linhas zatório, enquanto as outras exprimiriam atraso e estagnação.
03
gerais, a Antropologia aborda temas como costumes, há- Morgan deixa bem claro que “Ao estudar as condições de
JO
bitos, aspectos físicos, mitos e religiões de diversos povos tribos e nações nesses diversos períodos étnicos, estamos
AU
que habitaram e ainda habitam o planeta. A consolidação lidado, substancialmente, com a história antiga e com as
da Antropologia como ciência deu-se em meados do sécu- antigas condições de nossos próprios remotos ancestrais.”
AR
lo XIX, concomitantemente às expansões neocoloniais das
S
potências industriais europeias, que buscavam recursos na- Períodos Condições
PE
turais na Ásia, África e Oceania.
LO
Período Inicial da Da infância da raça humana até
Os europeus, imersos em um otimismo exacerbado em
A
Selvageria o começo do próximo período
UL
relação ao desenvolvimento técnico e material, aproxima-
vam-se cada vez mais de métodos científicos para expli-
PA
Da aquisição de uma dieta
car tanto a realidade física quanto social. Paralelamente a
NA
Período intermediário de subsistência à base de
essa euforia, havia um sentimento de superioridade racial
de selvageria peixes e de um conheci-
4A
e cultural com relação aos colonizados. Uma espécie de
mento do uso do fogo.
darwinismo social reinava nas análises: os europeus esta-
30
riam em um estágio evolutivo superior aos outros povos.
70
O EVOLUCIONISMO CULTURAL:
03
no hemisfério oriental e, no
Período intermediário
AR
Um autor proeminente entre os evolucionistas e, por isso, es- ocidental, do cultivo irrigado
de barbárie
de milho e plantas, com o uso
S
colhido por nós para demonstrar tal teoria foi Lewis Morgan.
PE
dicar os principais estágios do desenvolvimento humano.”2. como menos evoluídos, enquanto os europeus foram
classificados no estágio mais elevado da sociabilidade
O
estágios evolutivos: Selvageria, Barbárie e Civilização. humana. O próprio critério materialista de Morgan e seus
AU
Para ele, todas as sociedades humanas passariam inevita- discípulos demonstra um lado eurocêntrico, o que nos
AR
velmente pelos três estágios. As sociedades capitalistas mais permite indagar: será mesmo que o progresso material é o
S
1 ETNOGRAFIA É UM RELATO DETALHADO DA CULTURA E HÁBITOS DE UMA SOCIEDADE. cerne da preocupação dos outros povos tanto quanto para
PE
ERA MUITO COMUM QUE ALGUNS VIAJANTES EUROPEUS DESCREVESSEM AS MINÚCIAS os europeus?
LO
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BRONISLAW MALINOWSKI dutas, esquemas linguísticos e mitos revelam a existência
NA
de padrões comuns a todas elas. Para ele, o enfoque dos
(1884-1942)
4A
estudos antropológicos deve centrar-se principalmente nas
30
demandas de ordem social. Graças aos seus estudos, há
70
Como teórico, é considerado o fundador do funcionalismo, hoje uma tendência de se rechaçar enfoques etnocêntricos
35
escola antropológica que pretende analisar as instituições dentro das pesquisas – significa dizer que comparar socie-
53
sociais em termos de satisfação coletiva de necessidades dades em termos de níveis tecnológico e material não faria
03
mais sentido.
individuais (principalmente biológicas), considerando cada
JO
sociedade como um sistema fechado e coerente. Por isso, Para Lévi-Strauss, a antropologia estrutural é o estudo cien-
AU
opõe-se à aplicação reducionista dos pensadores evolucio- tífico dos subprodutos gerados pelas operações incons-
nistas.
AR
cientes do espírito humano. As operações mentais, isto é,
O objeto do funcionalismo e sua base fundamental é con- as estruturas, representam o significado real da cultura. A
S
PE
siderar que todas as partes da sociedade humana estão abordagem estruturalista evita os perigos do relativismo,
na medida em que as diferentes culturas são consideradas
LO
relacionadas entre si e cumprem uma função dentro de
como meros subprodutos distintos do espírito humano –
um sistema. Por tal premissa, as sociedades não devem ser
A
nem melhores nem piores uns que os outros. Deste modo,
UL
comparadas. Cada uma deve ser observada em sua visão
os indivíduos estudados são considerados como meros ge-
PA
particular de mundo e dentro de sua lógica de funciona-
radores-portadores de cultura: as suas ações são vazias de
mento. Assim, não se pode julgar o diferente do europeu
NA
todo o sentido que não seja o sentido subjacente que lhes
como atrasado, uma vez que ele reproduz outras visões de
4A
é proporcionado pelas estruturas universais inconscientes.
vidas e de necessidades. 30
No caso da aplicação do estruturalismo na cultura, o proble-
Malinowski realizou diversos trabalhos de campo, visitando
70
influencia a vida e as instituições dos nativos em quase sua A estrutura “proporciona os meios para integrar aqueles
AR
totalidade. Além de descrever detalhadamente o Kula e sua fatores irracionais surgidos do acaso e da história”. Assim,
função, mostra, nessa obra, raro rigor metodológico e lógico
S
na construção de uma etnografia. Para ele, o antropólogo dos fenômenos culturais exige necessariamente um estu-
LO
não deve contentar-se com uma mera observação dos fa- do sincrônico dos costumes, isto é, um estudo da natureza
tos, mas exercer uma observação participante, isto é, “ser
A
ESTRUTURALISMO DE
as instituições no seu processo de transformação, a história
NA
acontecimentos”.
3
70
35
Claude Lévi-Strauss foi um intelectual radicado na França, Dessa forma, ao rejeitar a primazia do estudo histórico,
53
considerado o fundador da Antropologia Estrutural e intro- que “organiza os seus dados em relação com as expres-
03
dutor, nas ciências sociais, do enfoque estruturalista base- sões conscientes da vida social”, a antropologia estru-
ado na linguística de Saussure. Dado o peso de sua obra, tural “dedica-se a examinar os seus fundamentos (ou
O
estruturas) inconscientes”.
J
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INDÚSTRIA CULTURAL E PATRIMÔNIO DO ESPETÁCULO
4A
30
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35
INDÚSTRIA CULTURAL GUY DEBORD (1931-1994)
53
03
O conceito de Indústria Cultural foi originalmente formula- De origem filosófica, o francês Guy Debord apresenta uma
JO
do na década de 1940 por dois autores alemães, Theodor crítica para a sociedade contemporânea, a chamada socie-
AU
Adorno (1903–1969) e Max Horkheimer(1895–1973), que dade do consumo.
AR
pertenciam à chamada Escola de Frankfurt. Esses autores, no
S
livro denominado Dialética do Esclarecimento: o Iluminismo
PE
como mistificação das massas, de 1944, desenvolveram o
LO
conceito de Indústria Cultural.
A
Os teóricos da primeira geração da Escola de Frankfurt as-
UL
sistiram e vivenciaram a ascensão do nazismo na Europa e
PA
adotaram os fenômenos da cultura como objeto de estudo
NA
para entender o tempo presente nos aspectos da domina-
4A
ção/alienação e emancipação em relação aos mecanismos-
de controle social.
30
70
Por procurar um público o mais amplo possível (para que a tivos de suas próprias vidas. Sendo guiados pelas imagens
lucratividade aumente), a Indústria Cultural produz um tipo que ordenam o seu cotidiano, os seres humanos ficam
A
UL
especifico de cultura – a cultura de massa – que se define anestesiados com os fatos a sua volta.
PA
por ser uma cultura homogênea transformada em mercado- O autor define o espetáculo como o conjunto das relações
ria destinada ao consumo das grandes massas (inclusive em sociais mediadas pelas imagens, estando esse fenômeno
NA
nível global) que formam a sociedade de consumo. A socie- presente em todas as sociedades onde há classes sociais.
A
produtos em grandes quantidades, só é possível na socie- Debord ilustra como a nossa sociedade está constituída
3
produtiva.
53
plifica os conteúdos e significados das expressões artísticas templa, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se
J
AU
para ser consumido pelo maior número de pessoas possível. nas imagens dominantes da necessidade, menos ele
A homogeneização dos produtos e gostos constitui-se no compreende a sua própria existência e o seu próprio
AR
principal mecanismo de reprodução da indústria cultural, o desejo. A exterioridade do espetáculo em relação ao ho-
mem que age aparece nisto, os seus próprios gestos já
S
DEBORD, GUY
A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO, 1967, P. 25-26.
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MICHEL FOUCAULT
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MICHEL FOUCAULT (1926-1984)
35
nizar os hábitos desses sujeitos, atuando como instituições
53
disciplinares.
03
Com formação em filosofia e psicologia, o francês Michel Segundo Foucault, esse “poder disciplinar” é notado pelos
Foucault tratou de compreender o indivíduo e as suas in-
JO
elementos semelhantes que encontramos nesses ambien-
ter-relações, como o poder, a sexualidade, a punição e a
AU
tes, como regras pré-definidas, grades e câmeras de segu-
loucura social. rança. Nesse momento, o poder é físico e simbólico, pois
AR
condiciona as futuras ações desse indivíduo caracterizando
S
uma forma de controle social, pois apresenta uma forte
PE
disciplina em conjunto com uma plena vigilância para con-
LO
ter possíveis violações das regras impostas.
A
Para ilustrar essa forma de disciplina e vigilância, Foucault
UL
cita o exemplo do Panóptico utilizado em prisões. Trata-se
PA
de uma estrutura circular, com uma plataforma de observa-
NA
ção erguida no meio.
4A
Foucault modificou o foco das análises tradicionais acerca Essa estrutura possibilita ao observador central um con-
30
da sociedade, a partir de um olhar interdisciplinar, inter- trole maior sobre os prisioneiros, que tem a sensação de
70
ligando os campos da história, filosofia, sociologia e psi- serem vigiados durante todo o tempo. O objetivo desse
35
História da loucura na Idade Clássica cionamento automático do poder. O sucesso dessa ação se
faz pelo olhar hierárquico, uma sanção normalizadora e o
JO
sos, era considerada sagrada; durante o Renascimento, por gindo o comportamento desviante, isto é, o propósito des-
S
sua vez, a loucura foi vista como uma outra forma de razão. se poder é controlar, dominar os seres e não propiciar uma
PE
prática do confinamento passou a ser adotada. A partir do total submissão, sendo dominados completamente, sem
NA
século XVIII, a loucura foi associada à doença, sendo que o nenhum tipo de resistência contra esse poder. Diante disso,
A
louco deveria ser medicado. Ao refletir sobre como as dife- o corpo humano tornou-se uma máquina prestes a obede-
04
rentes sociedades tratam aqueles que foram considerados cer a qualquer regra ou norma dominante.
3
Vigiar e punir:
J
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de, salientando um poder ilusório, uma disputa criada entre
História da sexualidade moderna
NA
os seres, com o intuito também de dominação e controle.
4A
Nesse estudo, publicado em 1976, Foucault interliga a se-
O poder não opera em um único lugar, mas em lugares
xualidade com as estruturas de poder na sociedade. Ao pen-
30
múltiplos: a família, a vida sexual, a maneira como se tra-
sar o poder não como uma coisa, mas como relações, assu-
70
ta os loucos, a exclusão dos homossexuais, as relações
me que o poder é algo que se exerce; poder como um feixe
35
entre os homens e as mulheres... todas essas relações
de relações. Assim, o corpo também é um espaço de poder. são relações políticas. Só podemos mudar a sociedade
53
A norma produz condutas e gestos com o intuito de reprimir sob a condição de mudar essas relações.
03
a própria sexualidade, classificando o comportamento sexual FOUCAULT , MICHEL. DIÁLOGO SOBRE O PODER. ESTRATÉGIA, PODERSABER.
JO
desviante da norma como um crime, ferindo os padrões mo- RIO DE JANEIRO: FORENSE UNIVERSITÁRIA, 2006.
AU
rais de uma sociedade. Parece-me que, no final do século XVIII, a arquitetura co-
meça a se especializar, ao se articular com os problemas
AR
Para Foucault, com essa regulação da vida dos indivíduos, da população, da saúde, do urbanismo. Outrora, a arte de
S
desenvolveu-se uma naturalização da sexualidade reprimida construir respondia sobretudo à necessidade de manifes-
PE
no cotidiano, gerando no indivíduo, com a sexualidade repri- tar o poder, a divindade, a força. O palácio e a igreja cons-
LO
mida, um ser com várias neuroses. Para evitar esses traumas, tituíam as grandes formas, às quais é preciso acrescentar
o pensador apresenta que é necessário ter uma maior liber- as fortalezas; manifestava−se a força, manifestava-se o
A
soberano, manifestava−se Deus. A arquitetura durante
UL
dade da sexualidade na sociedade.
muito tempo se desenvolveu em torno destas exigências.
PA
Ora, no final do século XVIII, novos problemas aparecem:
trata-se de utilizar a organização do espaço para alcançar
NA
objetivos econômico−políticos. Aparece uma arquitetura
4A
específica. Philippe Ariès escreveu coisas que me parecem
importantes a respeito do fato da casa, até o século XVIII,
30
continuar sendo um espaço indiferenciado. Existem pe-
70
Nesse livro, publicado em 1978, Foucault apresenta diversas de, através da determinação de seu espaço de vida, com
AU
todo lugar, tendo os saberes e os discursos como elementos crianças. Às vezes, nos casos mais favoráveis, há o quarto
S
diretos desse poder social. O poder não está centralizado nas das meninas e o quarto dos meninos. Seria preciso fazer
PE
grandes instituições, ele age em todos os lugares, atua sobre uma "história dos espaços" − que seria ao mesmo tempo
LO
Essa dominação pode estar contida na relação macro, do habitat, da arquitetura institucional, da sala de aula ou
UL
apresentada pela força do Estado diante de seus cidadãos, da organização hospitalar, passando pelas implantações
PA
orientando regras e normas de submissão para a manu- econômico-políticas. É surpreendente ver como o proble-
ma dos espaços levou tanto tempo para aparecer como
NA
FOUCAULT , MICHEL.
04
Fora dessa relação macro, coexistem diversas relações de MICROFÍSICA DO PODER. SÃO PAULO: GRAAL, 2008, PP. 211-212.
3
O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA
03
JO
AU
A Sociologia se debruça sobre como a violência afeta as rela- O Brasil ainda é um país onde a violência permeia o seu co-
AR
ções humanas, tendo a preocupação em analisar os fenôme- tidiano. Segundo o Índice Global da Paz de 2019, dos 163
S
nos recorrentes na sociedade (não só tratando da violência países analisados, o Brasil ocupa o 116.º lugar entre os países
PE
184
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VIOLÊNCIA URBANA a aceleração do crescimento de todas as modalidades
NA
delituosas. Crescem mais rápido os crimes que envolvem
4A
a prática de violência, como os homicídios, os roubos,
A constituição da sociedade brasileira, no olhar sociológico, os sequestros, os estupros. Esse crescimento veio acom-
30
tem a violência como pano de fundo, demonstrada pelos panhado de mudanças substantivas nos padrões de cri-
70
“fatos sociais” que são reproduzidos pelas gerações. Se- minalidade individual bem como no perfil das pessoas
35
gundo os dados da Embrapa, de 2017, 84,3% da popula- envolvidas com a delinquência. [...] Recente estudo so-
53
ção brasileira vivem nas áreas urbanas. bre as tendências do homicídio, para o país em seu con-
03
junto, constatou que: o número de homicídios causados
A definição para violência urbana é o fenômeno social de por armas de fogo vem crescendo desde 1979; b) esse
JO
comportamento agressivo e transgressor exercido por in- número cresce mais que a população. No Distrito Fede-
AU
divíduos ou coletivamente nos limites do espaço urbano. ral, em 1980, a taxa de homicídios era de 13,7 por cem
mil habitantes; em 1991, isto é, onze anos após, saltou
AR
Os fatores para a existência da violência urbana são: para 36,3. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte,
o crescimento dos homicídios foi da ordem de 31,21%
S
Instituições frágeis: os órgãos fiscalizadores sociais,
PE
no período de 1991-96, segundo dados do Ministério
regidos por regras que sofrem alterações por aqueles da Saúde. A consequência mais grave desse processo
LO
que precisam segui-las, condicionam hábitos de des- em cadeia é a descrença dos cidadãos nas instituições
A
credibilidade nessas próprias instituições. Conjunto promotoras de justiça, em especial encarregadas de
UL
com o rompimento facilmente das normas jurídicas, distribuir e aplicar sanções para os autores de crime e
PA
seja por parte do Estado ou da própria sociedade civil. de violência. Cada vez mais descrentes na intervenção
saneadora do poder público, os cidadãos buscam saídas.
NA
Mal funcionamento dos mecanismos de contro-
Aqueles que dispõem de recursos apelam, cada vez mais,
4A
le jurídico: as falhas no exercício da coerção legal, o para o mercado de segurança privada, um segmento
que impede a realização das normas legais da socie-
30
que vem crescendo há, pelo menos, duas décadas. Em
dade.
70
Invisibilidade social: quando uma parcela da po- apoia-se perversamente na “proteção” oferecida por
53
pulação se torna invisível socialmente, perdendo a sua traficantes locais ou procura resolver suas pendências
03
relevância na constituição social e alimentando uma e conflitos por conta própria. Tanto num como noutro
desesperança no indivíduo, que perde a certeza do seu caso, seus resultados contribuem ainda mais para enfra-
JO
ADORNO, SÉRGIO.
na pobreza, mas na desigualdade social, evidenciando CRIME E VIOLÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA.
S
uma segregação socioespacial maior em regiões com JORNAL DE PSICOLOGIA-PSI, N. ABR/JUN, PP. 7-8, 2002.
PE
lheres e idosos.
3
70
CHARGE QUE RETRATA A VIOLÊNCIA DO ESTADO PERANTE A POPULAÇÃO. e do adolescente, surge, em 1990, o Estatuto da Criança e
S
185
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VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA Podemos definir o extermínio como a prática ou o pro-
NA
pósito de eliminar fisicamente os indivíduos pertencen-
4A
Podendo estar inserida também no âmbito da violência tes a determinado grupo social. Quando o grupo vítima
dessa prática está definido por um critério étnico, usa-se
30
doméstica, inclui-se a violência psicológica, onde se destrói
então o termo genocídio. [...] Na realidade brasileira, o
70
a moral e a autoestima do indivíduo, desencadeada por
extermínio se apresenta, por exemplo, como uma prática
35
ações repetitivas de injúrias e humilhações. contra criminosos, pessoas acusadas de cometerem cri-
53
mes ou, de forma mais ampla, grupos cujos integrantes
VIOLÊNCIA SEXUAL
03
são considerados como criminosos potenciais. Assim, ao
JO
invés de prender os suspeitos e colocá-los à disposição
A violência sexual configura-se mediante abuso, violação da justiça criminal, eles são sumariamente executados.
AU
e assédio sexual, de modo que não existe consentimen- Este padrão encaixa dentro de uma tradição de controle
AR
to do ato de violação, sendo uma agressão focalizada na social através da violência extrema, que encontra suas
sexualidade da pessoa. Segundo as estatísticas, a maioria
S
raízes históricas no tratamento dos escravos no perío-
PE
das vítimas desse tipo de violência são mulheres e crian- do colonial. Os alvos deste controle social violento são
LO
ças, onde o agressor geralmente é conhecido pela vítima. tradicionalmente os integrantes dos grupos sociais mais
Apesar de esse crime estar previsto na lei, infelizmente as desfavorecidos, isto é, negros e pessoas de baixo status
A
UL
situações de violência sexual continuam a aumentar nas socioeconômico. Por sua vez, indivíduos das classes mé-
dias e altas que cometem crimes apresentam uma chan-
PA
últimas estatísticas na sociedade brasileira.
ce muito maior de serem tratados conforme a lei, isto
NA
é, de serem submetidos ao sistema de justiça criminal.
4A
CANO, IGNACIO; DUARTE , THAIS. PRÁTICAS DE EXTERMÍNIO:
O PAPEL DAS MILÍCIAS NO RIO DE JANEIRO.
30
IN: VIOLÊNCIA E DILEMAS CIVILIZATÓRIOS.
CAMPINAS: PONTES EDITORES, 2011, PP.59-60
70
35
53
03
JO
A QUESTÃ0 DE GÊNERO
PE
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A sociedade vem modificando a sua abordagem em rela- meio da educação formal ou informal, dos valores de juízo,
PA
ção à questão de gênero. A relação entre os indivíduos no construindo o que é ser homem ou o que é ser mulher na
agrupamento social é desenvolvida e naturalizada median-
NA
No pensamento sociológico, é amplamente aceita a distin- Simone de Beauvoir, na obra O segundo sexo (1949), faz
3
ção entre sexo e gênero. Sexo concerne ao conjunto de ca- uma profunda análise sobre o papel designado à mulher
70
Portanto, o gênero corresponde ao conjunto de caracte- nômico define a forma que a fêmea humana assume no
AR
rísticas sociais, culturais, políticas, psicológicas, jurídicas e seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora
esse produto intermediário entre o macho e o castrado,
S
Assim, o sujeito não nasce pronto ou determinado, esse Assim, a questão do gênero está fundada nos fatores so-
LA
condicionamento social naturaliza as nossas relações, por ciais que legitimam determinadas visões de mundo, que
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são responsáveis por criar comportamentos e hábitos das
NA
mulheres e homens na sociedade, desenvolvendo condutas
4A
de gêneros, determinando um padrão específico e classifi-
30
cando a subjetividade da pessoa. Essas condutas sofrem
70
modificações ao longo do tempo.
35
53
03
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S
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Em suas pesquisas, concluiu que o ideal Arapesh é o ho-
PA
mem dócil e suscetível, enquanto para Mundugumor o ho-
mem e a mulher são mais violentos e agressivos, e para os
NA
Tchambuli, o papel da mulher é o de controladora, enquan-
4A
to o homem é totalmente dependente. Diante disso, a an-
30
tropóloga constatou que os papéis sexuais são construídos
70
Durante o período neolítico, as definições de masculino e fe- de acordo com as expectativas e as suas relações entre si.
35
Na Revolução Industrial, a dinâmica social se transforma; po- A identidade de gênero é a maneira como alguém se sen-
S
rém, a desigualdade entre homens e mulheres só aumenta, te e se apresenta para si e para as demais pessoas. Esse
PE
com as mulheres ganhando salários inferiores aos homens. reconhecimento está presente nas nossas ações, no nosso
LO
Apesar do surgimento de leis, no início do século XXI, que modo de falar e de vestir.
A
proíbem essa prática nas empresas, essa condição de desi- Podemos nos identificar conforme os diversos gêneros: fe-
UL
gualdade de gênero continua presente na sociedade atual. minino, masculino, bigênero, não binário, pangênero, gen-
PA
como as sociedades se modificam; mas essa ciência não Os que se propõem a codificar os sentidos das pala-
A
pode ser omissa em relação ao desrespeito ao ser humano. vras lutam por uma causa perdida, porque as palavras,
04
os integrantes da sociedade precisam ser reconhecidos e res- mia Francesa foram inteiramente capazes de contro-
35
peitados pelas regras jurídicas dessa sociedade. lar a maré, de captar e fixar os sentidos livres do jogo
53
Sexo e temperamento em três sociedades primitivas, de utilizaram de forma figurada os termos gramaticais para
S
das as três sociedades primitivas da Nova Guiné, que eram: macho ou fêmea, fala-se de um homem muito retraí-
LA
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fazia esta distinção em 1878: “Atena não tinha nada do distinções ou agrupamentos separados. No seu uso mais
NA
sexo, a não ser gênero, nada de mulher a não ser for- recente, o “gênero” parece ter aparecido primeiro entre
4A
ma”. Mais recentemente – recentemente demais para as feministas americanas que queriam insistir no caráter
que possa encontrar seu caminho nos dicionários ou na fundamentalmente social das distinções baseadas no
30
enciclopédia das ciências sociais – as feministas come- sexo. A palavra indicava uma rejeição ao determinismo
70
çaram a utilizar a palavra “gênero” mais seriamente, no biológico implícito no uso de termos como “sexo” ou
35
sentido mais literal, como uma maneira de referir-se à “diferença sexual”. O gênero sublinhava também o as-
53
organização social da relação entre os sexos. A relação pecto relacional das definições normativas das feminili-
03
com a gramática é ao mesmo tempo explícita e cheia dades. As que estavam mais preocupadas com o fato de
de possibilidades inexploradas. Explícita, porque o uso que a produção dos estudos femininos centrava-se sobre
JO
gramatical implica em regras formais que decorrem da as mulheres de forma muito estreita e isolada, utilizaram
AU
designação de masculino ou feminino; cheia de possibili- o termo “gênero” para introduzir uma noção relacional
dades inexploradas, porque em vários idiomas indoeuro- no nosso vocabulário analítico. Segundo esta opinião, as
AR
peus existe uma terceira categoria – o sexo 3 indefinido mulheres e os homens eram definidos em termos recí-
ou neutro. Na gramática, gênero é compreendido como procos e nenhuma compreensão de qualquer um pode-
S
PE
um meio de classificar fenômenos, um sistema de distin- ria existir através de estudo inteiramente separado.
ções socialmente acordado mais do que uma descrição
LO
SCOTT , JOAN.
objetiva de traços inerentes. Além disso, as classificações GÊNERO: UMA CATEGORIA ÚTIL PARA ANÁLISE HISTÓRICA.
A
sugerem uma relação entre categorias que permite ARTIGO PUBLICADO EM 1986.
UL
PA
NA
MOVIMENTOS SOCIAIS
4A
30
70
Os movimentos sociais definem-se como ações coletivas Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST):
35
praticadas por grupos da sociedade com a finalidade de seguindo a mesma lógica jurídica do MST, o movimento
53
modificar ou conservar determinados aspectos cultu- urbano surge na década de 1990, com o intuito de rei-
03
rais, econômicos e políticos ou mesmo de transformar o vindicar o direito à moradia nos grandes centros urbanos.
JO
articulando segmentos da sociedade em pautas reivindica- Essa forma, que abrange os movimentos sociais, pretende
S
tórias que aspiram à realização de mudança ou de perma- corrigir ou eliminar injustiças culturais, como a humilhação, o
PE
nência social, econômica, política e cultural, considerada desrespeito e a negação de direitos. Assim, esses movimentos
LO
de, com o objetivo de se adquirir reconhecimento e direi- Movimento LGBTQI+: esse movimento (que repre-
NA
Essa forma de organização dos movimentos sociais consis- Entretanto existem os movimentos sociais bivalentes, que
te em corrigir ou eliminar o que os membros do movimen- buscam ao mesmo tempo redistribuição e reconhecimento.
J O
to consideram injustiças. Os exemplos dos movimentos Movimento feminista: movimento com diversos seg-
AU
sociais que se utilizam desse tipo de luta são: mentos, luta pela igualdade social, trabalhista e cultural
AR
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do gênero feminino, cobrando do Estado políticas de
S
(MST): com influência da Liga Camponesa, a partir da igualdade entre os gêneros, seja na área trabalhista ou
PE
década de 1970 o MST, fundamentando-se em artigos no âmbito da política. Além disso, dedica-se ao combate
LO
terras. do aborto.
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Movimento negro: com o intuito de combater as Cultural-acionalista: esse movimento luta por mudan-
NA
ideias racistas, o movimento negro também abrange di- ças pontuais, fugindo do estereótipo de luta de classes, en-
4A
versos segmentos, luta por igualdade política, social e tra- fatizando a identidade e a solidariedade entre as pessoas.
30
balhista para os negros, além do reconhecimento social Exemplo: Movimento Passe Livre.
70
da história da resistência negra.
Esquerda pós-moderna: esse movimento nega a he-
35
Movimento indígena: movimento que luta pelo re- rança marxista e a vitalidade dos partidos e sindicatos.
53
conhecimento dos povos indígenas, pelo direito de pre- Exemplo: Os movimentos de 2013 no Brasil e os movi-
03
servação cultural. Grande parte da luta indígena se dá mentos ativistas virtuais.
JO
pela demarcação das tradicionais terras indígenas, assim
Segmentos marxistas e comunistas: esse movi-
como pela resistência às investidas de garimpeiros, fazen-
AU
mento incorpora as lutas de classes e as formas de orga-
deiros e projetos governamentais de invasão das terras e
AR
nização marxista na atualidade. Esse movimento consis-
reservas indígenas.
te em possibilitar apreender a essência dos fenômenos,
S
PE
visando a uma práxis revolucionária.
OS NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS
LO
Exemplo: Ações virtuais, como as manifestações no
Chile em outubro de 2019.
A
A vida política não acontece apenas dentro do esquema
UL
O exame das formulações sobre os “novos movimentos
ortodoxo dos partidos políticos, da votação e da represen-
PA
sociais” permitiu-nos perceber que não existe uma única
tação em organismos legislativos e governamentais. O
definição do que sejam os movimentos sociais, contudo,
que geralmente ocorre é que alguns grupos percebem que
NA
é possível notar que nas discussões, predominam as ex-
esse esquema impossibilita a concretização de seus obje-
4A
plicações dos novos movimentos presentes na sociedade
tivos ou ideais, ou mesmo os bloqueia efetivamente. [...] 30contemporânea que se limitam a mudanças relaciona-
Às vezes, a mudança política e social só pode ser realizada
das às questões culturais e pontuais. Ao se distanciar da
recorrendo-se a formas não ortodoxas de ação política.
70
existe uma única definição do que sejam esses “novos” abordagens podem mascarar a real contradição que en-
AR
movimentos sociais, ainda sendo uma área estudada pelos volve a sociedade capitalista.
sociólogos da atualidade.
S
sociais:
A
UL
PA
IDENTIDADE
A NA
04
a um determinado agrupamento social, podendo atingir as Inserido num agrupamento social que tem elementos de
53
áreas culturais e morais dessa sociedade. identificação, codificando uma identidade cultural, o indiví-
03
símbolos e signos que possibilitam uma identificação com A sociedade moderna se aperfeiçoou na criação de máscaras
o outro, resultando em uma prática de alteridade, ou seja, sociais, direcionando para que o indivíduo cumpra determi-
AR
partindo da ideia de que todo ser humano social interage. nadas posturas e atitudes condicionadas pelo agrupamento
S
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Criamos condições rituais sociais para revelar aos poucos cimento na sociedade mediante uma luta social, ou seja,
NA
parte da nossa imagem para o outro, como um complexo uma luta que precisa obrigatoriamente seguir as normas
4A
teatro, que vai revelando aos poucos as cenas. legais da sociedade.
30
Honneth demonstra que a interação social, no âmbito do
70
reconhecimento do agrupamento social, depende da atu-
35
ação nas instituições jurídicas. Sua ideia central baseia-se
53
em rês diferentes dimensões de reconhecimento intersub-
03
jetivo, ue geram outras três dimensões particulares:
JO
AMOR DIREITO SOLIDARIEDADE
AU
autoconfiança autorrespeito autoestima
AR
O seu livro rapidamente se converteu num referencial te-
S
PE
órico imprescindível para as discussões que englobam a
LO
compreensão da lógica e das dinâmicas implícitas nos
conflitos e movimentos sociais contemporâneos. Na obra,
A
UL
Honneth desponta com uma originalidade própria dos que
têm compreendido que o ecleticismo disciplinar auxilia o
PA
O receio do julgamento do outro diante de nossas expres-
conhecimento sociológico e a explicação dos fenômenos
NA
sões de surpresa, raiva, alegria, ironia ou desgosto faz com
sociais.
que nossas ações sejam monitoradas por nossa consciência.
Só que esse monitoramento contém um propósito, um ob- 4A
Assim, desrespeito moral, conflito social e reconhecimento
30
podem constituir-se na tríade conceitual do marco teórico
jetivo a ser cumprido: buscamos uma boa inserção social.
70
é ser reconhecido".
S
ral dos conflitos sociais, Honneth trata, seguindo uma es- LUTA POR RECONHECIMENTO: A GRAMÁTICA MORAL DOS CONFLITOS SOCIAIS.
SÃO PAULO: EDITORA 34, 2009, PP.84-85.
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U.T.I. - Sala posta em funcionamento uma máquina de destruição de índios. Essa
NA
máquina continua a funcionar, lá onde subsistem, na grande floresta
4A
amazônica, as últimas tribos ‘selvagens’. Ao longo dos últimos anos,
1. Policiais forçam mulher a tirar burkini em praia da massacres de índios têm sido denunciados no Brasil, na Colômbia,
30
França no Paraguai. Sempre em vão.”
70
Uma foto divulgada nas redes sociais nesta semana intensificou os
(CLASTRES, PIERRE. 2011. ARQUEOLOGIA DA
35
debates na França acerca da proibição dos burkinis, traje de banho VIOLÊNCIA. SÃO PAULO: COSAC NAIFY.)
53
usado por algumas mulheres muçulmanas. A imagem, feita por um
03
fotógrafo francês, mostra uma muçulmana sendo abordada por po- O território onde hoje se situa o Brasil era uma área
liciais na beira da praia e, aparentemente, sendo obrigada a tirar densamente povoada antes da chegada dos portugue-
JO
parte de sua roupa. ses. Estudiosos costumam afirmar também que havia
AU
uma enorme diversidade de populações indígenas nes-
No último mês, o burkini foi proibido em pelo menos 15 cidades lito-
se território, mesmo que os dados quantitativos não
AR
râneas da França, como uma suposta prevenção a tumultos ligados
sejam tão precisos assim. Segundo Clastres, no trecho
ao radicalismo islâmico. (...) Outra muçulmana, de 34 anos, também
S
acima, um intenso processo de “genocídio” provocou e
relatou ter sido abordada de forma violenta pela polícia, quando
PE
ainda provoca a morte de muitos dos povos ameríndios.
estava com seus dois filhos na praia de Cannes. “Eu estava usando
Indique possíveis causas para a persistência desse fenô-
LO
um véu clássico e não tinha intenção de nadar”, disse à agência de
meno nos dias atuais.
notícias AFP. “Não estava vestindo um burkini, nem uma burca e não
A
UL
estava nua. Então, considerei a minha roupa apropriada”, afirmou.
4. (UEMA)
PA
(...)
Cultura é uma das principais temáticas trabalhadas pela sociologia.
NA
VEJA, 25 AGO. 2016. DISPONÍVEL EM: <HTTP://VEJA.ABRIL. Refere-se, segundo Giddens (2014, p. 38-39), “às formas de vida
COM.BR/MUNDO/POLICIAIS-FORCAM-MULHER-A-TIRAR-BURKINI- dos membros de uma sociedade ou de grupos dentro da sociedade”
4A
EM-PRAIA-DA-FRANCA/>. ACESSO EM 30 AGO. 2016. regidas por normas e valores que “mudam frequentemente atra-
Responda:
30
vés do tempo”. Um exemplo dessas mudanças é que “(...) Muitas
70
a) Por que a polícia abordou a mulher muçulmana? Isso normas que consideramos hoje naturais em nossas vidas pessoais
é uma forma de violência? Explique a partir dos con- – como casais vivendo juntos sem serem casados – contradizem
35
ceitos estudados nas aulas de sociologia. valores comumente sustentados há poucas décadas”.
53
cola de Ensino Fundamental na cidade de Uberlândia a) dê um exemplo de mudança nos valores culturais da
AR
decidiu promover uma campanha contra o preconceito sociedade brasileira que tenha desencadeado uma mu-
racial, adotando como alusão ao tema as frases: “Só dança na legislação do país. Explique.
S
PE
existe uma raça: a raça humana” e “Não precisamos b) dê um exemplo de mudança na legislação brasileira
de um dia da consciência negra, branca, parda, amarela que tenha provocado mudanças nos valores culturais
LO
adoção de políticas públicas de ação afirmativa, expli- Por muito tempo, os antropólogos acreditaram (com argumentos
que como a forma com que a escola abordou o tema
NA
b) Como seria a campanha contra o preconceito definitiva. Por isso a pressa de estudar as outras culturas antes que
04
racial na escola, caso se adotassem as bandeiras elas desapareçam, antes que tudo fique igual para sempre. O estu-
3
defendidas pelo movimento negro brasileiro? do de fenômenos como o mundo funk carioca mostra que novas
70
genocídio é a consolidação no plano legal de um tipo de criminali- VIANNA, HERMANO. FUNK E CULTURA POPULAR CARIOCA. ESTUDOS
O
dade até então desconhecido. (...) Embora o genocídio antissemita HISTÓRICOS, RIO DE JANEIRO, VOL. 3, N. 6, 1990, P. 244-253.
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6. (UFJF-PISM) O exercício do governo envolve sempre rio (como em Os Sertões, de Euclides da Cunha), passou
NA
relações de poder entre governantes e governados. A a contar com análises advindas do campo das ciências
4A
democracia, com o ideal do autogoverno, oferece uma sociais, que também começavam a se constituir em
base de legitimação para o exercício do poder político, terreno nacional. Um dos mais destacados autores do
30
fundamentada em princípios de que todo o poder ema- período foi Sérgio Buarque de Holanda, que escreveu,
70
na do povo e todos são iguais politicamente. Porém, em em 1936, o clássico ensaio Raízes do Brasil, que aborda
35
várias partes do mundo, há descontentamento popular aspectos fundamentais acerca da colonização nacional
53
com os governantes. Esse descontentamento, muitas e da formação de características da cultura política
03
vezes, assume a forma de protestos e manifestações. brasileira. Muito conhecida é sua formulação acerca do
A imagem abaixo retrata um momento das manifesta- homem cordial.
JO
ções ocorridas no Brasil no ano de 2013. Com base nessas considerações, disserte sobre como a
AU
cordialidade do brasileiro, descrita por Sérgio Buarque
de Holanda, influi na relação entre o público e o privado
AR
na sociedade brasileira.
S
PE
8. (UEMA)
LO
O Estado democrático deve garantir direitos iguais para seus ci-
A
dadãos e suas cidadãs, independentemente de valores e crenças
UL
pessoais, a exemplo da recente aprovação pelo Conselho Nacional
PA
de Justiça (CNJ) da resolução que obriga todos os cartórios civis do
Brasil a oficializar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
NA
FONTE: DISPONÍVEL EM: <WWW.REDEBRAISLATUAL.COM.BR/
CIDADANIA/2013/05/JUSTICA-OBRIGA-CARTORIOS-A-TRANSFORMAR-
4A
EXPLIQUE como esta imagem exibe, ao mesmo tempo, UNIAO-HOMOAFETIVA-EM-CASAMENTO>. ACESSO EM: 24 NOV. 2014.
as forças e as fraquezas da democracia em nosso país.
30
Considerando o exemplo da decisão do CNJ favorável à
70
7. (UEL) O decênio de 1930 viu florescer um gênero extensão dos mesmos direitos dos casais heterossexuais
35
novo de textos sobre o Brasil. O país, que já havia sido aos casais homossexuais, explique a necessidade da laici-
53
interpretado anteriormente em livros de gênero literá- dade do Estado para a garantia da igualdade na diferença.
03
JO
9. (UFPR)
AU
Dos 10 maiores resgates de trabalhadores em condições análogas à de escravos no Brasil em cada um dos últimos quatro anos (2010 a 2013), em
90% dos flagrantes os trabalhadores vitimados eram terceirizados, conforme dados obtidos a partir do total de ações do Departamento de Erradi-
AR
Certamente você ouviu denúncias sobre essas modalidades de trabalho no Brasil. O texto parece sugerir uma forte
LO
relação com o fenômeno da terceirização. Por que a terceirização tende a favorecer formas de trabalho precarizadas?
A
UL
diferencial de
Estudo homicídio (%)
3
NOTA: O SÍMBOLO %000 REPRESENTA “POR 100.000” INDIVÍDUOS DA POPULAÇÃO DE REFERÊNCIA. (WAISELFISZ,
AU
Um princípio explicativo das desigualdades sociais é o fato de o suprimento total de recursos socialmente valorizados
S
Com base no quadro e nessa afirmação, explique a “probabilidade diferencial de homicídio”, encontrada na última
LO
192
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - E.O.
NA
4A
1.
30
A mobilidade social nas sociedades capitalistas é maior do que nas divididas em castas ou estamentos, mas não é tão ampla quanto pode parecer.
70
As barreiras para a ascensão social não estão escritas nem são declaradas abertamente, mas estão dissimuladas nas formas de convivência social.
35
TOMAZI, NELSON DACIO. SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO.
53
SÃO PAULO: SARAIVA, 2010, P. 76
03
Quais barreiras para a ascensão social existem no Brasil atualmente? Cite três e explique pelo menos uma delas.
JO
2.
AU
Texto 1
AR
Pretos, pardos e brancos deveriam ser tratados como iguais uma vez que são iguais. Mas, historicamente, a eles não foi dado o mesmo tratamento.
Encarar, portanto, pessoas com níveis de direitos diferentes como iguais é manter o nosso bizarro status quo. Não basta cotas em universidades.
S
Temos que avançar para reservas de vagas em cargos da administração pública, no sistema judiciário e em outras instâncias. Não eternamente, mas
PE
até conseguirmos corrigir o imenso fosso que separa brancos e negros.
LO
LEONARDO SAKAMOTO. DISPONÍVEL EM: <HTTP://BLOGDOSAKAMOTO.BLOGOSFERA.UOL.COM.BR/2012/06/29/O-
CENSO-REAFIRMA-NO-BRASIL-E-MAIS-FACIL-SER-BRANCO/>. ACESSO EM 16 NOV. 2012.
A
UL
Texto 2
PA
Apresentadas como maneira de reduzir as desigualdades sociais, as cotas raciais não contribuem para isso, ocultam uma realidade trágica e desviam
as atenções dos desafios imensos e das urgências, sociais e educacionais, com os quais se defronta a nação. E, contudo, mesmo no universo menor
NA
dos jovens que têm a oportunidade de almejar o ensino superior de qualidade, as cotas raciais não promovem a igualdade, mas apenas acentuam
4A
desigualdades prévias ou produzem novas desigualdades.
REINALDO AZEVEDO. DISPONÍVEL EM: <HTTP://VEJA.ABRIL.COM.BR/BLOG/REINALDO/DOCUMENTOS/RACISMO-1-CENTO-
30
E-TREZE-CIDADAOS-ANTI-RACISTAS-CONTRA-AS-LEIS-RACIAIS/>. ACESSO EM 16 NOV. 2012.
70
35
A respeito da discussão sobre a instituição de cotas raciais nas universidades brasileiras, responda:
53
Há algum ponto em comum entre o argumento do Texto 1 e o argumento do Texto 2? Justifique sua resposta.
03
JO
3. (UFU) O respeito à diversidade cultural tornou-se con- 5. (UFPR) Considere os seguintes dados da Retrospecti-
senso entre os cientistas sociais a partir dos estudos re- va da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, referente
AU
atitude foi incorporada como um princípio por órgãos A taxa de desocupação de 2013 (média de janeiro a dezembro) foi
internacionais como a ONU (Organização das Nações
S
Unidas). Porém, os mesmos pesquisadores concluíram sa apontou disparidade entre os rendimentos de homens e mulheres
também que o respeito à diferença cultural não é a for-
LO
etnocentrismo e o racismo são atitudes recorrentes em pelos homens. A menor proporção foi a registrada em 2003, 70,8%.
UL
muitas sociedades. O rendimento dos trabalhadores de cor preta ou parda, entre 2003
PA
a) Qual a diferença conceitual entre racismo e etnocen- e 2013, teve um acréscimo de 51,4%, enquanto o rendimento dos
trismo? trabalhadores de cor branca cresceu 27,8%. A pesquisa registrou,
NA
b) Por que os cientistas sociais e órgãos internacionais também, que os trabalhadores de cor preta ou parda ganhavam, em
A
entendem que tais práticas são inaceitáveis? média, em 2013, pouco mais da metade (57,4%) do rendimento
04
visão renovada do que poderia e talvez deveria ser uma sociedade DISPONÍVEL EM: <HTTP://WWW.IBGE.GOV.BR/HOME/ESTATISTICA/INDICADORES/
03
TRABALHOERENDIMENTO/PME_NOVA/RETROSPECTIVA2003_2013.PDF>.
na qual indivíduos de ambos os sexos pudessem conviver em con- ACESSO EM: 20 AGO. 2016. TEXTO ADAPTADO).
O
dições de igualdade.”
J
(SINGER, PAUL. “O FEMININO E O FEMINISMO.” IN: PAUL SINGER pode chegar com a interpretação dos dados apresen-
E VINICIUS CALDEIRA BRANT (ORG.). O POVO EM MOVIMENTO.
AR
tados.
SÃO PAULO, PETRÓPOLIS: VOZES, 1983, P. 113/114)
S
193
A
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PA
6. (UFPR) Com base no texto e nos conhecimentos sociológicos
NA
sobre o Brasil, cite, no mínimo, três características da
4A
descrição de Freyre a respeito do processo de moderni-
zação que se instalou no País.
30
70
8. (UERJ 2018)
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
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PA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
ção flexível, ressaltando os problemas tecnológicos e do de Harvey Milk, líder gay de São Francisco. Cinco
meses depois, Milk, juntamente com o prefeito da ci-
NA
7. (UEL) Leia o fragmento a seguir, de Sobrados e Mu- ma Corte americana legalizou o casamento gay nos
3
senão na ponta dos pés e para pedir alguma coisa – pedir asilo,
cores do movimento LGBT iluminassem a Casa Branca
03
DECADÊNCIA DO PATRIARCADO RURAL E DESENVOLVIMENTO URBANO. em que ela foi criada. Cite, ainda, outro direito legal-
14.ED. SÃO PAULO: GLOBAL, 2003. P.121-123.
LA
194
A
AN
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A
UL
PA
9. O Brasil, por sua vez, é um país fortemente estrati-
NA
ficado: a desigualdade sempre foi a marca da nossa
4A
sociedade. Somos um misto de sociedade de “castas”
com meritocracia. O indivíduo pode, por esforço e ta-
30
lento próprios, mudar de casta sem reencarnar – mas a
70
posição relativa das “castas” há de ser mantida.
35
Durante o governo Lula essa estrutura começou a se
53
alterar e, aparentemente, gerou grande mal-estar:
03
os ricos estavam se tornando mais ricos e os pobres,
menos pobres. Por seu turno, as camadas médias tra-
JO
dicionais olhavam para a frente e viam os ricos se
AU
distanciarem; olhavam para trás e viam os pobres se
aproximarem. Sua posição relativa se alterou desfavo-
AR
ravelmente. Se os rendimentos dessas camadas mé-
S
dias não perderam poder de compra medido em bens
PE
materiais, perderam-no quando medido em serviços.
LO
HADDAD, FERNANDO. VIVI NA PELE O QUE APRENDI NOS LIVROS. UM
ENCONTRO COM O PATRIMONIALISMO BRASILEIRO. PIAUÍ. EDIÇÃO129. JUN
A
2017. DISPONÍVEL EM: <HTTP://PIAUI.FOLHA.UOL.COM.BR/MATERIA/VIVI-
UL
NA-PELE-O-QUE-APRENDI-NOS-LIVROS/> ACESSO EM 07 JUN. 2017.
PA
A partir do trecho acima, responda:
a) O que diferencia a estratificação por classe social da
NA
estratificação por castas?
4A
b) Por que o autor considera que o modelo de castas 30
explica melhor a sociedade brasileira que o modelo de
70
classes sociais?
35
dígenas.
NA
195
A
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ANA
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GEOGRAFIA 1
70
30
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PA
NA
DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS II
4A
30
70
35
FORMAÇÕES ARBUSTIVAS Biomas
53
03
1. Domínio das depressões interplanálticas do semi-árido Formações florestais: vegetação com árvores de grande porte.
Floresta Amazônica.
JO
do nordeste.
Mata Atlântica.
AU
clima quente e seco;
relevo com predomínio de depressões; Floresta de araucárias.
AR
vegetação xerófila e caducifólia;
S
Formações arbustivas e herbáceas: constituída por
PE
solos ricos em sais minerais e pobre em húmus; arbustos dispersos e isolados por vegetação rasteira.
LO
ocorrência de brejos em regiões mais úmidas; Cerrado.
A
produção de frutas; Caatinga.
UL
rios intermitentes em sua maioria. Campos.
PA
2. Domínio dos chapadões recobertos por cerrados e pene- Formações complexas: ocorrem em áreas de tran- sição
NA
trados por mata de galeria. entre formações e apresentam características de duas ou
4A
clima tropical (chuvas no verão e estiagem no inverno); mais dessas formações.
30
relevo planáltico com chapadas; Mata dos cocais.
70
PROBLEMAS URBANOS
JO
FORMAÇÃO HERBÁCEA
AU
Efeito estufa
AR
Domínio das Pradarias mistas do Rio Grande do Sul. Efeito estufa Efeito estufa é um fenômeno natural de
clima frio e úmido; aquecimento térmico da Terra. É imprescindível para
S
PE
terras baixas com colinas (cochilias) manter a temperatura do Planeta em condições ideais de
sobrevivência. Ao atingirem a Terra, os raios provenientes
LO
vegetação de gramíneas;
do Sol têm dois destinos. Parte deles é absorvida e trans-
A
imensa pastagem (favoreceu a pecuária de corte); formada em calor, mantendo o Planeta quente, enquanto
UL
Manguezais. tufa. Eles agem como isolantes, por absorver uma parte
70
BRASIL: DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS da energia irradiada, e são capazes de reter o calor do Sol
35
$PD]{QLF
OCEAN
R&HUUDGR
O são: dióxido de carbono (CO2 ); óxido nitroso (N2O);
LO
ATLÂNTI
0DUHVGH
0RUURV&DDWLQJD metano (CH4 ).
$UDXFiULDV
LA
3UDGDULDV
NP
U
PA
198
A
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L
A
UL
PA
Inversão térmica rios são alterados em razão de aplicações múltiplas,
NA
Trata-se de um fenômeno atmosférico muito comum como a geração de energia, navegação, contaminação
4A
nos grandes centros urbanos industrializados, sobretu- por resíduos sólidos e esgoto.
30
do naqueles localizados em áreas cercadas por serras
Problemas no espaço agrário
70
ou montanhas. Esse processo ocorre quando o ar frio
Entre os problemas no campo, podemos citar os agro-
35
(mais denso) é impedido de circular por uma camada de
tóxicos, a contaminação do solo, a perda de nutrientes
53
ar quente (menos denso), provocando uma alteração
do solo e a desertificação produzida pelo manejo ina-
03
na temperatura. Outro agravante da inversão térmica é
a retenção da camada de ar fria nas regiões próximas à dequado do solo.
JO
superfície terrestre, com uma grande concentração de
PROTOCOLOS INTERNACIONAIS
AU
poluentes. A dispersão desses poluentes fica extrema-
AR
mente prejudicada, formando uma camada acinzenta-
da, oriunda dos gases emitidos pelas indústrias, pelos PARA O MEIO AMBIENTE
S
PE
automóveis e outros emissores. Esse fenômeno intensi-
Fatos que fortaleceram a educação e a difusão da consci-
LO
fica-se durante o inverno, época em que, em virtude da
perda de calor, o ar próximo à superfície fica mais frio ência ambiental:
A
UL
que o da camada superior, influenciando diretamente 1972: Conferência de Estocolmo;
PA
na sua movimentação.
1973: no Brasil, a criação da Secretaria Especial do
NA
Chuva ácida Meio Ambiente – SEMA;
4A
São chuvas com poluentes ácidos ou corrosivos produ-
1975: a Unesco cria o Programa Internacional de Edu-
zidos por reações químicas na atmosfera, em função da
30
cação Ambiental – PIEA;
mistura de diversos tipos de gases com a água existen-
70
te no ar, originando chuvas com pH mais ácido. 1977: Conferência Intergovernamental em Educação
35
Ambiental, na Geórgia;
53
Ilha de calor
1983: no Brasil, foi promulgado o decreto que regulamen-
03
A elevação das médias térmicas dos centros urbanos 1987: Congresso Internacional sobre Educação Ambien-
AR
ocorre por diversos fatores, tais como o efeito estufa tal, em Moscou, que define a inclusão da educação am-
S
provocado pelo aumento do gás carbônico na atmos- biental nos currículos escolares dos países participantes;
PE
biental, em Guadalajara;
dias cidades brasileiras é a carência de áreas verdes, de
NA
reservas florestais, parques e praças com muitas árvo- 1997: Conferência Internacional sobre Meio Ambiente
e Sociedade, que resultou na Declaração Thessaloniki;
A
e torna mais restritas as opções de lazer da população, 2002: Encontro da Terra, Rio+10, em Johanesburgo;
3
70
199
A
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PA
Incentivo à concepção de cidades sustentáveis; Protocolo de Kyoto
NA
Construção de infraestruturas com vistas à integração
4A
Os países industrializados reduziriam suas emissões com-
regional;
binadas de gases de efeito estufa em pelo menos 5% em
30
Redução das desigualdades sociais; relação aos níveis de 1990 entre os anos de 2008 e 2012.
70
Potencialização da ciência e da tecnologia voltadas
35
para a sustentabilidade.
53
03
JO
REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO
AU
AR
S
PE
LO
Meio natural São exemplos de critérios que podem ser utilizados na di-
visão regional:
A
O meio natural corresponde ao período em que o emprego
UL
das técnicas esteve diretamente vinculado à dependência Continente
PA
sobre a natureza, da qual o homem fazia uso sem propiciar Ricos e pobres
NA
grandiosas transformações. Assim, as ações de interferência
Desenvolvidos e subdesenvolvidos
sobre o meio eram, sobretudo, locais, e a participação das ati-
vidades antrópicas, bem como as suas transformações, era li- Culturas 4A
30
mitada pela harmonização e preservação da própria natureza. Economia
70
35
Aspecto histórico
Meio técnico
53
Recursos hídricos
03
55
a atual etapa na qual se encontra o sistema capitalista de $3
PA
$0
3$ 0$
1257( &(
125'(67(513%
não por acaso, passou a ser reconhecida como Revolução
A
3(
Científica Informacional, cujo impacto se manifestou de for-
04
$& $/
72
52 6(
ma mais intensa a partir dos anos 1970. Nesse momento
3
%$
07
70
0*
lógicos, expande-se e consolida o processo de Globalização. 68'(67(
(6
03
06
5-
REGIONALIZAÇÕES DO BRASIL
35
O
68/
J
AU
56
AR
200
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Regiões geoeconômicas Meio técnico-científico-informacional
NA
(os 4 "Brasis")
4A
Outra divisão regional foi elaborada pelo geógrafo Pedro
Pinchas Geiger, no ano de 1967, e é nomeada regiões O critério estabelecido foi o meio técnico-científico-infor-
30
geoeconômicas ou complexos regionais. macional, que trata da diferença do grau de modernização,
70
informação e das finanças no território brasileiro. Essa divi-
35
são foi criada em 1999 pelo geógrafo Milton Santos.
53
03
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4A
FONTE: IBGE. ATLAS GEOGRÁFICO ESCOLAR. RIO
DE JANEIRO: IBGE, 2013, 6 ED.
30
70
35
53
SISTEMAS AGRÁRIOS
03
JO
AU
Agrossistemas ou sistemas agrários são tipos ou modos responsáveis pela produção de produtos tropicais muito
PE
de produção agropecuária em que se observa diversos ti- apreciados na Europa. Nas plantations, a mão de obra era
LO
pos de cultivo ou criação que são praticados, quais são as escrava e explorava negros trazidos da África.
A
Os sistemas agrários se diferenciam a partir do tamanho roz), é uma agricultura tradicional em vários países da Ásia.
04
da área cultivada e do índice de produtividade alcançada As áreas cultivadas são minifúndios e o trabalho é manual e
3
70
chos das florestas e, depois, atear fogo aos resíduos do corte, REVOLUÇÃO VERDE
O
tação, portanto, inclui o corte, a derrubada e a queima da flo- Esse processo de desenvolvimento tecnológico voltado
resta nativa, em que o fogo desempenha papel fundamental.
AR
São grandes propriedades rurais monocultoras, ou seja, sobre os benefícios e os malefícios da Revolução Verde.
LA
201
A
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Pontos positivos: Pontos negativos:
NA
aumento na produção mundial de alimentos; desmatamento;
4A
desenvolvimento tecnológico; erosão e esgotamento do solo;
30
avanços nas pesquisas; alteração do ecossistema para o plantio de monocultura;
70
barateamento dos alimentos básicos. utilização de agrotóxicos prejudiciais à saúde humana;
35
priorização dos latifúndios em detrimento da agricul-
53
tura familiar;
03
êxodo rural.
JO
AU
AR
AGROPECUÁRIA BRASILEIRA
S
PE
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A
A agricultura no Brasil é historicamente uma das
CULTIVO ORGÂNICO
UL
principais bases econômicas do país;
PA
Inicialmente produtora de cana-de-açúcar, depois café, Visa a produção de alimentos sem uso de fertilizantes
NA
apresenta-se como uma das maiores exportadoras do e agrotóxicos;
4A
mundo em diversas espécies. Os orgânicos estão presentes nas pequenas e médias
30
propriedades e a maioria dos produtores estão organi-
QUESTÕES AGRÁRIAS
70
Desde sua origem, o Brasil possui uma grande concen- O estado com maior número de produtores é a Bahia,
53
tração de terras; seguida por Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do
03
Capitanias hereditárias
A evolução do agronegócio brasileiro
AU
Os conflitos rurais atingiram seu ápice em 1996 com o O Brasil é o terceiro maior exportador agrícola do mundo;
Melhoria nos insumos;
S
dores, armazenagem, política de preço mínimo, defesa Triplicaram o número de empresas por região;
NA
PECUÁRIA
3
70
dos produtos agrícolas brasileiros; A carne, ovos, leite e mel são os principais produtos ali-
53
202
A
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UL
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A produção pecuária de bovinos é partilhada, principal- Arrendatário: é o agricultor que não possui terra,
NA
mente pelo Centro-Oeste, Sudeste e Sul, cabendo ao mas tem recursos financeiros para arrendar ou alugar a
4A
Nordeste o predomínio sobre as criações de caprinos propriedade por um período determinado;
30
e muares. Trabalhador assalariado ou temporário: são tra-
70
balhadores rurais que recebem salário, mas que traba-
ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASILEIRA
35
lham apenas uma parte do ano, durante as colheitas;
53
Grileiro: quem falsifica documentos para, ilegalmente,
Corresponde ao modo como as propriedades rurais
03
tomar posse da terra;
estão dispersas em um determinado território e seus
Trabalhador escravo: é o trabalhador sem garantias
JO
respectivos tamanhos, facilitando a compreensão das
de direitos trabalhistas, que não recebe salário, ou que se
AU
desigualdades que acontecem no campo.
endivida com o proprietário e fica impedido de ir embora.
AR
O TRABALHO E A TERRA NO BRASIL AS LIGAS CAMPONESAS
S
PE
Módulo rural: É o imóvel rural que é direta e pesso-
Movimento de luta pela reforma agrária iniciado na
LO
almente explorada pelo agricultor e sua família, e que
absorva toda força de trabalho dessa família, garantin- década de 1950;
A
UL
do-lhes a subsistência e o progresso social e econômi- “Reforma agrária na lei ou na marra”;
PA
co. A área mínima fixada vai depender da região, do "As reivindicações das ligas camponesas foram fortale-
tipo de exploração e do número de pessoas da família. cidas durante o governo do presidente João Goulart;"
NA
É portanto, a dimensão mínima, ou seja, é indivisível. Sofreram forte repressão da polícia durante a ditadura
Latifúndio:
4A
militar.
30
Pode ser:
inexplorado em relação as suas possibilidades fiscais, Principais bandeiras: reforma agrária, melhoria nas con-
03
econômicas e sociais do meio, com fins especulativos; dições de trabalho no campo e combate ao processo de
b) latifúndio por dimensão: imóvel que, explorado ra- substituição do homem pela máquina no meio agrário;
JO
cionalmente ou não, possua dimensões superior a 600 As principais frentes são: as ligas camponesas e o MST
AU
módulos rurais da região em que se situa. (Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra);
AR
meio natural;
Êxodo rural: é o deslocamento de trabalhadores ru-
53
rais com destino aos centros urbanos em razão da falta Inicialmente, localizava-se na região do Cerrado, mas
03
de trabalho no campo ou das condições precárias de atualmente encontra-se na região Norte, adentrando a
O
Posseiros: são trabalhadores rurais que ocupam e/ou Tem como primeiro processo a frente de expansão, rea-
lizada por pequenos produtores sobre terras devolutas;
AR
dutores rurais, onde um possui a propriedade da terra e produtores rurais representantes do agronegócio, ge-
o outro apenas a força de trabalho, que cultiva a terra ralmente através da grilagem de terras;
LO
203
A
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UL
PA
NA
TIPOS DE INDÚSTRIA
4A
30
70
Semiduráveis
35
Indústria de base ou de
53
bens de produção
03
Siderurgia, metalurgia, química e petroquímica
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
Não duráveis
UL
PA
NA
Indústria de bens de consumo
4A
30
Duráveis
70
35
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03
JO
TIPOS DE INDUSTRIALIZAÇÃO
AU
AR
Industrialização clássica.
Industrialização planificada.
S
PE
Produção Em massa, de bens homogêneos. Em massa, de bens homogêneos. Pequenos lotes, produção diversificada.
A
Estoque Manutenção de grandes estoques. Manutenção de grandes estoques. Não fazem estoque.
53
Objetivo de produção Voltada para recursos. Voltada para recursos. Voltada para a demanda.
03
O trabalhador realiza
J
Tarefas O trabalhador realiza uma única tarefa. O trabalhador realiza múltiplas tarefas.
AU
Poder Estado e sindicatos detém o poder. Estado e sindicatos detém o poder. Poder financeiro e individual.
LA
U
PA
204
A
AN
L
A
UL
PA
CONCENTRAÇÕES FINANCEIRAS Conglomerado
NA
4A
Monopólio Cartel
30
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35
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03
JO
AU
AR
S
PE
LO
Oligopólio
A
UL
PA
Truste
NA
4A
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JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL
PA
ANA
04
O processo de preparação do Brasil para o capitalismo, pas- houve uma aliança entre cafeicultores do oeste paulista
3
1ª fase: ocorreu entre os anos de 1500 e 1808, quando a construção de estradas de ferro e a modernização dos
35
tinha uma política que comportasse a implantação de 3ª fase: período entre os anos de 1930 e 1955. Com o
03
manufaturas, onde a produção ainda possui um caráter acúmulo de capital da economia cafeeira, houve investi-
O
numa insipiente industrialização e no setor financeiro, empréstimos e também em investimentos com a instala-
ção de empresas multinacionais.
LA
205
A
AN
L
A
UL
PA
DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL Fatores locacionais das indústrias
NA
4A
Transporte.
A partir da década de 1970, o poder público iniciou
30
Energia.
uma série de planos com o objetivo de criar uma maior
70
democratização espaço industrial no País. Mercado consumidor.
35
Matérias-primas.
53
Incentivos fiscais oferecidos por governos estaduais;
Mão de obra.
03
Guerra fiscal dos lugares.
Incentivos fiscais.
JO
Migração de empresas para regiões interioranas e ci-
Ciclo do produto.
AU
dades médias.
Deseconomia de escala. Disponibilidade de capital.
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
TRANSPORTES I
LO
A
UL
combustível e da manutenção periódica dos veículos e Sistema de transporte por dutos (canos)
53
TRANSPORTE AÉREO
JO
AU
AR
Transporte de pessoas.
LO
Produtos perecíveis.
DUTO SUBTERRÂNEO
LA
Produtos delicados.
U
PA
206
A
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A
UL
PA
CRÍTICAS AO TRANSPORTE
NA
4A
PÚBLICO NO BRASIL
30
Passagens caras;
70
35
Baixa qualidade dos serviços prestados;
53
Insuficiência na rede (estações e terminais);
03
Más condições de manutenção e conservação.
JO
DUTO TERRESTRE
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
DUTO TERRESTRE (SUSPENSO)
4A
30
70
35
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03
JO
AU
DUTOS SUBMARINOS
AR
Vantagens
S
Mais rápido.
A
UL
Fluxo contínuo.
PA
Desvantagens
04
(ES).
AR
de la Sierra (Bolívia).
PE
LO
LA
U
PA
207
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala é preciso poder contar com uma rede de transportes
NA
bem estruturada.
4A
1. Com o mapa “regiões geoeconômicas” , destaque as Há muito tempo, nosso país sofre perdas constantes
nesse setor, em virtude do alto custo dos investimentos.
30
características de cada região.
(ALMEIDA; RIGO- LIN, 2005, p. 500).
70
2. (UERJ) A localização de uma indústria está relacio- Considerando o texto e os conhecimentos sobre a articu-
35
nada à busca de vantagens que lhe confiram melhores lação e a racionalização dos meios de transportes, no Brasil,
53
condições em relação à concorrência. Assim, quanto • justifique o porquê da necessidade de criação de
03
menores os custos envolvidos, maiores as possibilida- uma rede de transportes adequada e eficiente, em
des de lucros. Os principais fatores levados em conta
JO
um país de dimensões continentais, incluído en-
para a instalação de uma fábrica são: mercado consumi- tre as grandes economias do mundo e que almeja
AU
dor, matéria-prima, rede de transportes, água, energia e crescer ainda mais;
AR
mão de obra. A ação do Estado também pode influen- • relacione dois problemas ligados ao planejamento
ciar na localização das indústrias. imprevidente das vias de transporte, originados de
S
PE
ADAPTADO DE SUCENA, I. S.; SAMPAIO, S. F. GEOGRAFIA: projetos políticos que, muitas vezes, sobrepõem os
ENSINO MÉDIO. SÃO PAULO: EDIÇÕES SM, 2010.
interesses individuais e econômicos aos coletivos.
LO
Ao longo do tempo, os fatores que interferem na escol-
A
ha da localização de uma indústria variam de importân- 5. (UERJ)
UL
cia, podendo inclusive surgir novos fatores.
PA
Explique a diminuição da importância, nos dias de hoje,
NA
da localização das indústrias nas proximidades de re-
cursos energéticos. Em seguida, indique uma ação do
4A
Estado que pode exercer influência na instalação de 30
uma unidade fabril.
70
agropecuária do país.
ao analisar os maiores problemas mundiais, estabele-
35
tores e beneficiou a economia, a sociedade e o meio massa camponesa de proprietários ou não, a terra e as atividades
que nela se exercem constituem a única fonte de subsistência para
AR
4. (UFBA) Os transportes são fundamentais para que um a) Caracterize a estrutura fundiária brasileira.
LO
208
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - E.O.
NA
4A
1. Analise os mapas com as diferentes formas de regionalização do Brasil:
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
Defina as duas formas de regionalização, destacando os critérios utilizados.
A
2. (FUVEST) Considere o mapa esquemático do rodoanel na região metropolitana de São Paulo.
UL
PA
NA
4A
30
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35
53
03
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AU
AR
S
PE
LO
a) Identifique um impacto ambiental e um impacto social que poderão ocorrer nessa região com a construção do
UL
b) O Estado de São Paulo é um importante produtor/exportador de laranja e de seus derivados. Cite uma área com
NA
importante produção no Estado e identifique, a partir do mapa, os trajetos rodoviários mais utilizados para o escoa-
mento dessa produção até o seu principal porto de exportação.
A
04
3. Para planejar um sistema eficiente de transportes para da agricultura, novos objetivos e formas de exploração agrícola, ori-
3
a circulação de mercadorias e pessoas, quais modais de- ginando trans- formações tanto na pecuária quanto na agricultura.
70
vem ser priorizados para o deslocamento de grandes e Como consequências do processo, são aponta- das, além da acirrada
35
pequenas distâncias? Justifique sua resposta. concorrência no que diz respeito à produção, os efeitos sociais e
53
assunto, responda:
5. Discorra sobre o Protocolo de Kyoto, seus objetivos e
AR
6. (UFU)
PE
209
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ULA
LO
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GEOGRAFIA 2
70
30
4A
NA
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A
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A
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NA
ANTIGA ORDEM MUNDIAL
4A
30
70
35
REORDENAÇÃO GEOPOLÍTICA 4. Momentos de tensão na Guerra Fria:
53
03
• Divisão da Alemanha.
MUNDIAL • Construção do muro de Berlim – 1961; Espionagem:
JO
CIA e KGB.
AU
1. Fim da Segunda Guerra Mundial (1945) • Crise dos mísseis em Cuba – 1961; Guerra da Coreia.
AR
2. Guerra Fria: • Revolução Sandinista.
• Corrida espacial.
S
• Comunismo – União Soviética e China.
PE
• Corrida armamentista.
• Capitalismo – EUA, Europa ocidental e Japão.
LO
5. Fim da Guerra Fria:
3. Organizações militares:
A
• Crise econômica e política na URSS.
UL
OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte: fun- • Revoltas em repúblicas socialistas (Ex.: Hungria e Polônia).
PA
dada em 1949 pelos países capitalistas. • Queda do muro de Berlim.
NA
Pacto de Varsóvia: formado pela URSS, em 1955. • Capitalismo mundializado.
• Crescimento da influência da ONU como poder mundial.
4A
30
70
35
53
03
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UL
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A NA
04
3
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PA
NA
NOVA ORDEM MUNDIAL
4A
30
70
35
A expansão do capitalismo gerou duas concepções do poder: 3. Países semiperiféricos: possuem grandes concentrações
53
de renda, mas em menor proporção, compara- dos aos países
03
Ordem unipolar: poder centralizado nos EUA, devido,
periféricos; patamar intermediário de bem-estar; conseguiram
principalmente, a seu grande poder bélico.
JO
constituir uma densidade de industrialização significativa.
AU
Ordem multipolar: poder dos EUA estaria sendo divi- Exemplos: Brasil, México, Argentina, Chile e Tigres Asiáticos.
dido com a Europa (sobretudo a Alemanha) e o Japão.
AR
Índice de desenvolvimento humano (IDH): índice
Descolonização da Ásia e da África: Divisão norte-sul proposto pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para
S
PE
– desenvolvidos e subdesenvolvidos. o Desenvolvimento).
LO
1. Países Centrais: países que concentram as sedes de Função – comparação da qualidade de vida entre os países.
A
grandes empresas globais, indústrias e bancos; Exemplos: Três dimensões:
UL
EUA, grande parte dos países da Europa e Japão. 1. Riqueza (ou renda per capita).
PA
2. Países periféricos: baseados em economia agroex- 2. Educação.
NA
portadora / latifúndio; concentração de renda. Exemplos: 3. Esperança média de vida (ou saúde).
4A
parte dos países africanos, da América latina e Ásia.
30
70
35
53
GLOBALIZAÇÃO
03
JO
AU
AR
do século XX.
PE
Formas de integração:
UL
2. União aduaneira.
produção em nível mundial.
A
3. Mercado comum.
Diminuição da soberania nacional aos interesses inter-
04
4. União monetária.
nacionais.
3
70
Blocos:
Não há benefício igualitário a todos os países – maior
35
concentração de renda.
53
03
213
A
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PA
1. União Europeia
NA
4A
Países membros da União Europeia
30
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35
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S
PE
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PA
NA
4A
30 FONTE: ATLAS ESCOLAR. IBGE: 201
Estágio: união monetária – euro (exceto Bulgária, Hungria, Croácia, Polônia, República Checa, Romênia, Suécia e Dinamarca).
70
35
Após três anos e meio de muitas idas e vindas, o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, foi oficializado às 23h
53
214
A
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PA
3. APEC: Cooperação da Ásia e do Pacífico.
NA
4A
Países membros da APEC
30
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NA
4A
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PA
Países membros do Mercosul
NA
4A
30
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AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A FONTE: ATLAS ESCOLAR. IBGE: 2014
30
70
pelos Estados.
03
G7: países mais desenvolvidos (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão, Itália e Reino Unido).
JO
216
A
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UL
PA
NA
COMÉRCIO INTERNACIONAL
4A
30
70
35
A GLOBALIZAÇÃO E O ACORDOS INTERNACIONAIS
53
03
COMÉRCIO INTERNACIONAL Estabelecimento dos blocos econômicos;
JO
G7.
AU
Surto de multinacionais no mundo após a Segunda
Guerra Mundial. G20.
AR
OEA.
Aumento das relações internacionais entre os países:
S
PE
1. dispersão das multinacionais.
OMC
LO
2. desenvolvimento dos meios de transportes.
A
A Organização Mundial do Comércio é um mecanismo
UL
3. Nova Divisão Internacional do Trabalho.
internacional fundado, em 1995, em substituição ao
PA
O fluxo de mercadorias em âmbito internacional ocor- antigo GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio).
NA
re majoritariamente por meio de transporte marítimo, Tem como objetivo promover a liberação do comércio
movimentando 75% do volume de carga no mundo.
4A
mundial, diminuindo ou restringindo as barreiras comer-
ciais e alfandegárias para facilitar trocas econômicas em
30
âmbito internacional.
70
35
53
03
ANGLO-SAXÔNICA
LO
A
UL
Relevo
PA
Planície Central.
A
Clima
35
53
Vegetação
AU
Pradaria (centro).
S
217
A
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A
UL
PA
Aspectos econômicos
NA
4A
Agricultura
30
70
Cinturões Agrícolas (belts).
35
Características: grande produtividade e ampla mecanização.
53
03
JO
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NA
4A
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70
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AR
OS CINTURÕES AGROPECUÁRIOS
S
Indústria
PE
Questões Políticas
LO
dústria pesada.
UL
etc.) e petrolífera;
NA
Poder político.
04
3
Influência cultural.
70
35
CANADÁ
53
03
na província de Quebec.
Há também populações autóctones (indígenas), além
S
PE
218
A
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A
UL
PA
NA
REGIÕES SOCIOECONÔMICAS MUNDIAIS II: AMÉRICA LATINA
4A
30
70
35
RELEVO
53
Questões político-econômicas
03
Cadeia de montanhas a oeste (Dobramentos modernos). Transnacionais – agentes econômicos e sociais de
JO
grande influência nos países latino-americanos;
Relevo antigo no leste (dobramentos antigos).
AU
Dívida externa.
Regiões de bacia sedimentar: Bacia Amazônica, Platina
AR
e do São Francisco. Crise econômica e modelo neoliberal:
S
– Empréstimos ao FMI.
PE
ŝƚůĂůƚĞƉĞ
– Privatização de empresas estatais;
LO
ƚůϱϲϭϬ
Mar do
Caribe – Corte de gastos em programas sociais.
A
MERCOSUL:
UL
WŝĐŽĚĂ
EĞďůŝŶĂϮϵϵϰ
Is. Galápagos
– Origem do bloco: 1991.
PA
Planície Amazônica – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
NA
Narcotráfico:
4A
– Países com maior incidência: Peru, Colômbia e Bo-
30
lívia.
70
OCEANO ĐŽŶĐĄŐƵ
PACÍFICO Subdesenvolvimento dos países latino-americanos:
35
ĂϳϬϬϬŵ
– Concentração de terras.
53
Estreito de Magalhães
AU
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dĞƌƌĂ &ĂůŬůĂŶĚ
ĚŽ
AR
CLIMA
PE
LO
do Atacama.
04
3
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J O
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S
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219
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PA
NA
REGIÕES SOCIOECONÔMICAS MUNDIAIS III: EUROPA
4A
30
70
RELEVO TIPOS CLIMÁTICOS
35
53
03
Planícies na região norte. Clima de Montanha.
Maciços antigos – Montes Urais.
JO
Temperado Oceânico.
AU
Dobramentos modernos: Pirineus, Alpes, Apeninos,
Temperado Continental.
Cárpatos, Cáucaso, Dinários e os Balcãs.
AR
Subpolar.
S
HIDROGRAFIA Mediterrâneo.
PE
LO
Grande importância dos rios como meio de transporte,
A
principalmente pela proximidade de grandes centros eco-
UL
nômicos.
PA
Principais rios: Reno, Ródano, Volga e Danúbio.
NA
4A
WŽůĂƌ
30
&ƌŝŽĚĞŵŽŶƚĂŶŚĂ
70
7ĞŵƉĞƌĂĚŽ
35
&ƌŝŽ
^ĞŵŝĄƌŝĚŽ
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
Tundra.
Estágios
04
Floresta de conífera.
3
Floresta temperada.
tarifas aduaneiras.
35
Vegetação mediterrânea.
53
Cerca de 750 milhões de pessoas. 3. Mercado Comum Europeu (MCE) ou Comunidade Econô-
AU
Forte ciclo migratório – crescimento da xenofobia. Hungria, Republica Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Bulgária, Es-
Países mais populosos – Rússia, Alemanha e Turquia. tônia, Letônia e Lituânia e Romênia (além dos anteriores Brexit).
LA
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PA
220
A
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UL
PA
Características Economia europeia
NA
4A
Livre circulação de pessoas, mercadorias, bens e serviços. Indústria bem desenvolvida, com alto poder tecnológi-
co e diversificada.
30
A moeda única (euro) é colocada em circulação a partir
70
de 2002. Destaque na produção de diversos produtos agrícolas.
35
Questão turca e a entrada para a União Europeia; Técnicas modernas e elevada produtividade e incenti-
53
BREXIT. vos governamentais.
03
Pecuária intensiva com elevada produtividade.
JO
Produtos minerais de destaque:
AU
– Carvão.
AR
– Petróleo.
– Minério de ferro.
S
PE
– Mercúrio.
LO
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PA
NA
4A
30
70
221
A
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PA
Hidrografia Êxodo rural.
NA
Insatisfação da classe operária e da burguesia nacional.
4A
18% do território é coberto por rios e lagos, com desta-
que para os rios Volga, Don e o rio Neva, que deságua Ideais socialistas ganham força.
30
no golfo da Finlândia.
70
Repressão do governo às greves.
35
Possui a maior bacia hidrográfica, a bacia do Ob.
“Domingo Sangrento” (1905).
53
O lago Baikal é o mais importante corpo d’água.
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
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PA
NA
4A
DOMINGO SANGRENTO
30
Revolução Russa (1917).
70
Rússia czarista.
03
Socialista.
Economia atrelada ao feudalismo.
Reformas instituídas: estatização dos bancos e indús-
JO
Dependência com a Inglaterra e França. trias; reforma agrária; sistema unipartidário (Partido
AU
222
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - SALA 5. (UFJF-PISM 3)
NA
4A
1. O que são blocos econômicos? Discorra sobre dois
30
blocos econômicos e suas principais características.
70
2. A globalização é um fenômeno que se estruturou a
35
partir do término da Guerra Fria. Descreva as principais
53
características do processo de globalização.
03
3.
JO
O desempenho do mercado de trabalho americano em setembro
AU
de 2015 foi decepcionante, levan- tando dúvidas sobre o ritmo de
expansão da economia dos EUA. A criação de empregos ficou muito
AR
abaixo do esperado, os salários ficaram estagnados em relação a
S
agosto do mesmo ano e há uma fatia muito expressiva d população
PE
fora do mercado de trabalho. Dois dos problemas são o dólar forte e
o fraco crescimento global (...). Por que o comércio e os investimentos chineses na Áfri-
LO
VALOR ECONÔMICO, 3 DE OUTUBRO DE 2015. SÉRGIO LAMUCI, A9. ca configuram um novo império colonial?
A
UL
Como o fraco crescimento global interfere na criação
de empregos nos Estados Unidos?
PA
4. (UERJ) O continente europeu passou por uma série
NA
de mudanças territoriais a partir do final da década de
4A
1980, com o surgimento, ressurgimento e desapareci-
mento de vários países.
30
MAPA POLÍTICO DA EUROPA CENTRAL E ORIENTAL
70
35
53
03
JO
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A
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PA
U.T.I. - E.O. protegida informalmente pelo idioma, pelos costumes, pelas institui-
NA
ções e pelas redes, aos quais os estrangeiros só tinham acesso por
4A
intermediários locais. Uma boa ilustração dessa combinação são as
1. imensas ZPEs que o governo da China ergueu do nada e que hoje
30
abrigam dois terços do total mundial de trabalhadores em zonas
70
desse tipo.
35
(ADAPTADO DE GIOVANNI ARRIGHI, ADAM SMITH EM PEQUIM: ORIGENS E
53
FUNDAMENTOS DO SÉCULO XXI. SÃO PAULO: BOITEMPO, 2008, P.362.)
03
a) Indique duas ações políticas do governo chinês que
produziram as condições internas para a ascensão
JO
econômica do país.
AU
b) Aponte as estratégias geopolíticas utilizadas pela
AR
China para a obtenção de recursos naturais em dis-
tintas partes do mundo, que possibilitam a manutenção
S
do atual modelo de produção industrial em larga escala
PE
no país.
LO
No mapa, o conjunto das áreas em laranja e o conjunto
em azul representam, cada um, metade do Produto In- 3. (UFG) A cultura chinesa sempre foi motivo de estudos,
A
UL
terno Bruto (PIB) norte-americano distribuído por todo haja vista as grandes contribuições que trouxe para a hu-
o território do país. manidade, tais como a invenção do papel, da bússola e
PA
Justifique a grande concentração espacial da riqueza da pólvora. Nos dias atuais, a China é a segunda econo-
NA
norte-americana nas áreas em laranja. Cite, ainda, duas mia do planeta e responde por quase 10% do PIB mun-
atividades econômicas relevantes, realizadas nessas dial anual. O cenário se deve ao fato de o governo chinês,
4A
áreas, que favorecem a concentração espacial do PIB. após a morte de Mao Tsé-tung, em 1976, ter intensifica-
30
do reformas econômicas, abrindo o país para o mercado
70
Graças ao tamanho continental e à imensa população do país, as a) cite o nome do modelo de organização econômica
53
políticas implemen- tadas pelo governo permitiram à China com- do país e apresente duas características desse modelo;
03
binar as vantagens da industrialização voltada para a exportação, b) apresente apenas uma das iniciativas do governo
induzida em grande parte pelo investimento estrangeiro, com as
JO
4. (UERJ 2018)
S
PE
LO
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A NA
304
70
35
53
03
J O
AU
AR
No gráfico, a área de cada país é proporcional à porcentagem do seu Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao tamanho
S
da economia global. As economias mais relevantes do mundo possuem uma parcela superior a 0,4% do PIB global.
PE
Em seguida, identifique o setor da economia mais importante para a composição do PIB das nações desenvolvidas,
apresentando uma justificativa para o destaque desse setor.
LA
U
PA
224
A
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UL
PA
5. (UFU 2018) 8. (UFJF-PISM) Leia os textos a seguir.
NA
“Para a União Europeia, nada muda. A Espanha continua sendo Texto 1
4A
nosso único interlocu- tor.” A mensagem nas redes sociais do pre-
Com apenas 11 anos, Nada al-Ahdal, do Iêmen, parecia condenada
30
sidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, é a primeira reação de
ao destino de milhões de jovens mulheres em países muçulmanos: o
70
peso à declaração da Catalunha: a UE não reconhece a independên-
casamento arranjado. Mas, contrária à decisão dos pais, ela decidiu
cia. A equipe de Tusk advertiu que é preciso evitar uma “escalada”,
35
fugir de casa para evitar o enlace. Gravou um vídeo denunciando a
o que seria uma péssima notícia “para os catalães, para a Espanha
53
situação que em apenas dois dias foi visto por mais de 5,6 milhões
e para a Europa”.
03
de pessoas no YouTube. Mesmo que pouco tempo depois tenha pas-
DISPONÍVEL EM: <HTTPS://BRASIL.ELPAIS.COM/BRASIL/2017/10/27/ sado a ser questionado, com denúncias de que a família da menina
INTERNACIONAL/1509120610_062639.HTML>
JO
já teria recusado a proposta de casamento antes mesmo de ela virar
ACESSO EM: 27 DE MAR, 2017.
AU
uma celebridade, o episódio iniciou um debate sobre a liberdade das
Considerando-se o contexto geopolítico do movimento mulheres no mundo islâmico.
AR
separatista da Catalunha, responda. FONTE: DISPONÍVEL EM: <HTTP://REVISTAGALILEU.GLOBO.COM/REVISTA/
S
a) Por que esse movimento separatista representou e NOTICIA/2014/04/INTERNET-POR-TRAS-DO-VEU.HTML>.
PE
ainda representa uma ameaça para os outros países in- ACESSO EM: 1 DEZ. 2014.
LO
tegrantes da União Europeia?
Texto 2
b) Apresente dois argumentos utilizados pelos separat-
A
istas da Catalunha para justificar sua independên- cia “Se você digita mulher muçulmana no Google o que mais vê são
UL
da Espanha. imagens estereotipadas de mulheres de burca, em um cenário de
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guerra ou machucadas, com hematomas, vítimas de violência do-
6. (UEL) Analise o mapa a seguir. méstica”, (...). “O que não é mostrado são aquelas de terno, mesmo
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que com a cabeça coberta por escolha própria, ou as antenadas nas
4A
últimas tendências da moda, com maquiagem imaculada, mulheres
admirando uma obra de arte, dando aulas, promovendo arte de rua
30
ou fechando negócios”.
70
NOTICIA/2014/04/INTERNET-POR-TRAS-DO-VEU.HTML>.
53
a) Identifique o grupo de países que formam o BRICS e b) Com base nos textos, explique a proposição de Man-
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o principal objetivo desse grupo. uel Castells: “A rede não garante a liberdade, mas torna
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CASTELLS-4164803.HTML>.
7. (PUC-RJ)
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Caro aluno
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Você está recebendo o primeiro livro da Unidade Técnica de Imersão (U.T.I.) do Hexag Vestibulares.
03
Este material tem o objetivo de retomar os conteúdos estudados nos livros 3 e 4, oferecendo um
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resumo estruturado da teoria e uma seleção de questões dissertativas que preparam o candidato
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para as provas de segunda fase dos principais vestibulares. Além disso, as questões dissertativas per-
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mitem avaliar a capacidade de análise, organização, síntese e aplicação do conhecimento adquirido.
É também uma oportunidade de o estudante demonstrar que está apto a expressar suas ideias de
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maneira sistematizada e com linguagem adequada.
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Aproveite este caderno para aprofundar o que foi visto em sala de aula, compreender assuntos que
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tenham deixado dúvidas e relembrar os pontos que foram esquecidos.
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Bons estudos!
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30 Herlan Fellini
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SUMÁRIO
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BIOLOGIA
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BIOLOGIA 1 229
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BIOLOGIA 2 251
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BIOLOGIA 3 275
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FÍSICA
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FÍSICA 1 297
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FÍSICA 2 311
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FÍSICA 3 333
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QUÍMICA
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QUÍMICA 1 349
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QUÍMICA 2 361
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QUÍMICA 3 369
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© Hexag Sistema de Ensino, 2018
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Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2021
Todos os direitos reservados.
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Autores
Caco Basileus
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Edson Yukishigue Oyama
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Felipe Filatte
Herlan Fellini
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Kevork Soghomonian
Joaquim Matheus Santiago Coelho
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Larissa Beatriz Torres Ferreira
Marcos Navarro
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Diretor-geral
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Herlan Fellini
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Diretor editorial 30
Pedro Tadeu Vader Batista
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Coordenador-geral
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Editoração eletrônica
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Imagens
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Freepik (https://www.freepik.com)
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Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
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Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legis-
lação, tendo por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do
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contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e loca-
3
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lizar os titulares dos direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para
suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
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2021
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AU
CEP: 04043-300
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www.hexag.com.br
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[email protected]
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BIOLOGIA 1
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BIOMAS
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INTRODUÇÃO OS BIOMAS BRASILEIROS
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Com o intuito de organizar a abordagem, será realizada uma Os biomas são conjuntos de ecossistemas que interagem
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pequena revisão sobre ecologia e os níveis de organização formando uma unidade paisagística coerente. Cada bio-
AU
por ela estudados. Em seguida, serão abordados os temas ma terrestre se caracteriza pelo tipo vegetal ou estrato
AR
biomas e biociclos. dominante: árvores (arbóreo), ervas (herbáceo), arbustos
(arbustivo), formações mistas, etc. Com efeito, o bioma é
S
O conjunto de organismos da mesma espécie que
PE
um grupamento de fisionomia homogênea e independente
interagem e habitam uma dada região durante um da composição florística. Trata-se de uma área geográfica
LO
certo período de tempo constitui uma população. grande e sua existência é controlada pelo macroclima.
A
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O conjunto de populações de espécies diferentes que
PA
interagem e habitam uma dada área durante um perí-
odo de tempo forma uma comunidade biológica,
NA
biota ou biocenose.
O conjunto formado pela interação da biota com o 4A
30
meio físico no qual ela vive é denominado ecossis-
70
associados.
Trata-se de um ecossistema frágil. A floresta vive do seu
A
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O conjunto de vários biomas com características parti- próprio material orgânico. O ambiente é úmido e as
PA
culares é denominado biocora. Por exemplo, a Mata chuvas são abundantes. Na Amazônia, vivem e se re-
Atlântica, a Amazônia e a Taiga são formações flo- produzem mais de um terço das espécies existentes no
NA
restais inseridas no biocora das florestas, apesar de planeta. Ela é um gigante tropical de 5,5 milhões de km2,
A
suas dinâmicas, estruturas e composição de espécies dos quais 60% estão em território brasileiro.
04
serem diferentes.
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Além de 2.500 espécies de árvores (um terço da madeira
Cerrado
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tropical do mundo), a Amazônia também abriga muita
4A
água. O rio Amazonas − a maior bacia hidrográfica
30
do mundo, que cobre uma extensão aproximada de 6
70
milhões de km2, corta a região para desaguar no oceano
35
Atlântico, lançando no mar, a cada segundo, cerca de 175
53
milhões de litros de água. Esse número corresponde a
03
20% da vazão conjunta de todos os rios da Terra.
JO
A diversidade em espécies vegetais se repete na fau-
AU
na da região.
AR
Mata Atlântica
S
PE
A Mata Atlântica é uma das florestas tropicais mais
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ameaçadas do mundo. Cobria 1 milhão de km2, ou
A
12% do território nacional, estendendo-se do Rio Gran-
UL
de do Norte ao Rio Grande do Sul. Hoje, está reduzida a
PA
apenas 7% de sua área original. Apesar da devastação
NA
sofrida, é espantosa a riqueza das espécies animais e ve-
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO CERRADO
4A
getais que ainda se abrigam na Mata Atlântica.
30
Em algumas regiões remanescentes de floresta, os níveis A extensa região central do Brasil é constituída por um
70
de biodiversidade são considerados os maiores do pla- mosaico de tipos de vegetação, solo, clima e topogra-
35
neta. Em contraste com essa exuberância, as estatísticas fia bastante heterogêneos. O cerrado é a segunda maior
53
indicam que mais de 70% da população brasileira formação vegetal brasileira, superado apenas pela flores-
03
vive na região da Mata Atlântica. Além de abrigar a ta Amazônica. São 2 milhões de km2 espalhados por dez
maioria das cidades e regiões metropolitanas do país, a estados. O cerrado é uma “savana” tropical, na qual a ve-
JO
área original da floresta sedia também os grandes polos getação herbácea coexiste com mais de 420 espécies de
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do por nada menos de 80% do PIB nacional. O solo, antigo e profundo, ácido e de baixa fertilidade, tem
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Caatinga
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LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO PANTANAL
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LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA CAATINGA Na época das cheias, esses “corpos” se comunicam e se
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mesclam com as águas do rio Paraguai, renovando e fer-
PA
Os cerca de 20 milhões de brasileiros que vivem nos 800 tilizando a região.
NA
mil km2 de caatinga nem sempre podem contar com as
chuvas de verão. Quando não chove, os habitantes do ser- Campos
tão sofrem muito. Precisam caminhar quilômetros em bus- 4A
Além de florestas tropicais, do Pantanal, do cerrado e da caa-
30
ca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos tinga, os campos também fazem parte da paisagem brasilei-
70
fatores que mais interfere na vida do sertanejo. ra. Esse tipo de vegetação é encontrado em dois lugares dis-
35
Por isso, somente em algumas áreas próximas às serras, limpos (estepes úmidas) são típicos da região Sul.
AU
torna possível.
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Pantanal
53
O Pantanal é um dos mais valiosos patrimônios naturais De modo geral, o campo limpo é destituído de árvores,
O
do Brasil. Maior área úmida continental do planeta, com bastante uniforme e com arbustos espalhados e disper-
J
de aves, 80 de mamíferos, 260 de peixes e 50 de répteis. Em ambos os casos, o solo é revestido de gramíneas,
S
por inúmeros córregos e vazantes entremeados de lagoas nosas nativas se estendem como um tapete verde por
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e leques aluviais, isto é, muita água. mais de 200.000 km2, tornando-se mais densos e ricos
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nas encostas. Nessa região, com muita mata entremeada, dos sobre terreno lodoso, apresentam características fisio-
NA
as chuvas se distribuem regularmente pelo ano todo, e nômicas e funcionais muito particulares. São típicas deles
4A
as baixas temperaturas reduzem os níveis de evaporação. os seguintes fatores: temperaturas tropicais; áreas constan-
30
Essas condições climáticas acabam favorecendo o cresci- temente sobo controle e o fluxo das marés; depósitos
70
mento de árvores. Muito diferentes, por sua vez, são os volumosos de silte, areia fina, argila e grande quantidade
35
campos que dominam as áreas do Norte do país. de matéria orgânica.
53
Em geral, os manguezais se localizam fora dos litorais de
03
Manguezais mar aberto. Eles estão sempre associados às áreas de for-
JO
Os manguezais são ecossistemas estuarinos que se desen- tes marés; no entanto, abrigados dos fortes ventos e das
AU
volvem em terras planas, baixas e de substrato lodoso, lo- ressacas, caracterizam-se também por uma vegetação
halófita (plantas terrestres adaptadas a viver no mar ou
AR
calizadas nas costas litorâneas das regiões tropicais, junto
aos desaguadouros dos rios, no fundo de baías e nas ense- perto dele) tropical de mata, com poucas espécies que
S
crescem na vasa marítima da costa ou estuária dos rios.
PE
adas. Quando os manguezais estão em terrenos de baixo
ou médio teor de salinidade, os bosques de mangues, fixa-
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BIOMAS AQUÁTICOS
PA
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AMBIENTES AQUÁTICOS 4A
Nécton – comunidade formada pelos animais livre-na-
30
tantes, representados por peixes, polvos, mamíferos
70
extensão e, por isso, o conceito de bioma não deve ser apli- Águas lênticas ou estacionárias
AU
cado a estes ambientes. São os ambientes constituídos por águas paradas que, na
AR
A luz vai sendo absorvida pelos seres autótrofos, as algas, à verdade, estão sendo sempre renovadas. As águas lênticas
correspondem desde a uma poça-d’água formada pelas
S
Afótica – é a região geralmente abaixo de 300 m, que nascente é pobre em seres vivos devido à violência das
A
não recebe luz. águas, não ocorre plâncton, podendo ocorrer algas fixas
04
classificação dos organismos dos em: eutróficos (alta produtividade, águas ricas
53
Plâncton – Podemos dividir o plâncton em duas categorias: possuem valores intermediários entre um ecossistema
fitoplâncton, constituído por algas representadas, principal-
O
mente, pelas diatomáceas e pelos dinoflagelados (pirrófitos); tividade, águas pobres em nutrientes).
AU
cos como os protozoários, além de larvas de crustáceos e de De acordo com a temperatura, podem ser classifica-
peixes, entre outros representantes do reino metazoa. dos em: epilímnio (águas superficiais, mais quentes e
S
Bentos – comunidade correspondente àqueles seres intermediárias, ocorre variação na taxa de oxigênio e
LO
que vivem no fundo do mar, fixos ou movendo-se no temperatura com a profundidade); e hipolímnio (águas
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CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
4A
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35
O CICLO DA MATÉRIA E O O ciclo do carbono e os
53
03
seus desdobramentos
FLUXO DE ENERGIA
JO
O carbono é o elemento essencial na composição da
AU
Nossa biosfera é alvo de um fluxo contínuo de ener- matéria orgânica, sendo, pois, fundamental a sua recircu-
gia, em consequência da qual ocorre uma circulação
AR
lação na natureza. Encontra-se disponível, no ar atmos-
intermitente dos materiais constituintes da superfície férico, na forma de gás carbônico. Esse carbono, que é
S
terrestre. A fonte preponderante dessa energia é a ra-
PE
utilizado diretamente pelas plantas verdes na construção
diação solar. O movimento dos elementos e compos- de matéria orgânica vegetal − fotossíntese –, deverá
LO
tos essenciais à vida pode ser designado como ciclo ser devolvido ao meio, novamente na forma de gás car-
A
biogeoquímico.
UL
bônico, ao final de um ciclo vital, sob pena de diminuírem
progressivamente, na natureza, as fontes primárias do
PA
Os ciclos biogeoquímicos elemento carbono. Assim sendo, a matéria orgânica, que
NA
foi sintetizada pelo vegetal, será comida por um animal,
As relações entre espécies e ambiente físico caracterizam-
4A
o qual, por sua vez, poderá servir de alimento a outros
-se por uma constante permuta de elementos, em uma ati- 30
tipos de animais.
vidade cíclica, a qual, por compreender aspectos de etapas
70
biológicas, físicas e químicas alternadas, recebe a denomi- Atualmente, o maior reservatório de carbono é constituído
35
nação geral de ciclo biogeoquímico. pelos carbonatos existentes nas águas e no solo. Basi-
53
O ciclo da água e os seus que causa uma diminuição intensa de carbono fixado
LO
e a evaporação.
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O ciclo do oxigênio e os reciclados. Porém, grande parte desse fósforo vai chegar aos
NA
mares e oceanos, onde se perde nos sedimentos mais pro-
seus desdobramentos
4A
fundos. Acredita-se que essa parcela sedimentada nos mares
30
Este ciclo envolve a quantidade de oxigênio produzido volte ao ciclo muito lentamente, não acompanhando a ve-
70
anualmente pela fotossíntese e o consumo no proces- locidade das perdas de fósforo que são muito mais intensas.
35
so de oxidação da glicose − respiração, através das Atualmente, o homem se preocupa mais com fosfato dis-
53
plantas e dos animais. A oxidação provoca a formação
solvido nas águas interiores em função de sua importân-
03
de gás carbônico, o qual é utilizado no processo de fotos-
cia em termos de qualidade. Nesse aspecto, o fósforo
síntese. A fotossíntese consiste na utilização da luz pelos
JO
tem papel relevante na eutrofização, podendo, como
organismos dotados de clorofila, como fonte de energia,
AU
consequência, causar prejuízo à água para fins de abas-
para sintetizar compostos orgânicos, produzindo oxigênio
tecimento público.
AR
como subproduto.
S
PE
O ciclo do nitrogênio e os
LO
seus desdobramentos
A
UL
O nitrogênio proveniente dos componentes celulares dos
seres vivos, como os aminoácidos e as bases nitrogenadas,
PA
é decomposto no solo ou nos rios, passando de orgânico a
NA
inorgânico, sob a ação das bactérias decompositoras
4A
ou através do sistema de excreção dos próprios organismos
superiores. O nitrogênio nas formas de amônia e nitrato é
30
REPRESENTAÇÃO DO CICLO DO FÓSFORO
mais utilizável como nutriente pelas plantas, ainda que as ou-
70
trificantes, sendo daí continuamente retirado pelas ações A principal fonte de enxofre para os seres vivos é constitu-
JO
das bactérias fixadoras de nitrogênio, além de cianobactérias ída pelos sulfatos; absorvidos pelas plantas, são incorpo-
AU
e reações provocadas pelas descargas elétricas atmosféricas. rados nas proteínas, portanto, na própria estrutura da ma-
AR
O ciclo do fósforo e os
03
seus desdobramentos
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PROBLEMAS AMBIENTAIS
4A
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IMPACTO DA ATIVIDADE IMPACTO DA ATIVIDADE
53
03
HUMANA SOBRE OS SOLOS HUMANA SOBRE A ATMOSFERA
JO
AU
Com a remoção da cobertura vegetal original, ace- Uma vez que a atmosfera é um sistema contínuo e único,
lera-se o processo erosivo, alterando os processos pode-se concluir que as mudanças são transmissíveis em
AR
geomorfológicos. Com a intensificação destes processos, toda sua extensão; assim, uma alteração em pequena es-
S
podemos falar em desertificação. cala pode ter consequências globais.
PE
A atmosfera recebe, anualmente, milhões de toneladas
LO
Os solos tropicais não são, via de regra, férteis e a biodiversida-
de que eles sustentam está associada a altas e rápidas taxas de de gases tóxicos, como monóxido de carbono, dióxido de
A
enxofre, óxido de nitrogênio e hidrocarbonetos, além de
UL
decomposição de matéria orgânica pelos seres decomposito-
res e pela absorção e incorporação vegetal desses nutrientes. partículas que ficam em suspensão. As principais fontes
PA
geradoras de poluição atmosférica são os motores dos au-
A excessiva irrigação, por outro lado, pode provocar a sali-
NA
tomóveis, as indústrias (siderúrgicas, fábricas de cimento e
nização de certos tipos de solos, como os do semiárido,
4A
papel, refinarias etc.), a incineração de lixo doméstico e as
tornando-os impróprios para cultivos de interesse econômi- queimadas de florestas para expansão da lavoura.
30
co, assim como para o desenvolvimento de uma vegetação
70
salina comprometedora à agricultura tradicional. Isto impõe O dióxido de enxofre (SO2) é um gás venenoso, prove-
03
desafios criativos de natureza tecnológica para a região. niente da queima industrial de combustíveis como o carvão
mineral e o óleo diesel, que tem enxofre como impureza. O
JO
Destacam-se entre as fontes de poluição do solo aquelas dióxido de enxofre, juntamente com o óxido de nitrogênio,
AU
derivadas da atividade humana: reage com vapor d’água na atmosfera, podendo formar
AR
Poluição devida a resíduos sólidos domésticos, hospita- ácidos sulfúrico e nítrico, que se precipitam com a umidade
S
Inversão térmica
Poluição devida à urbanização e ocupação do solo;
A
Poluição devida à agropecuária extensiva e a acidentes ocorrer o fenômeno atmosférico denominado inversão
PA
SOBRE A COMUNIDADE BIOLÓGICA ocorre grande aumento de casos de irritação das muco-
3
70
processo natural ou reverter uma tendência natural. REPRESENTAÇÃO DA INVERSÃO TÉRMICA COMPARADA
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Efeito estufa Os oceanos são considerados um excelente depósito de
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efluentes e resíduos sólidos devido a sua grande capacidade
4A
A maior parte da radiação solar que atinge o solo é reirradiada
de autodepuração, que é limitada como de qualquer ambiente.
na forma de radiação infravermelha. O vapor d’água, o gás car-
30
bônico, o metano e outros gases atmosféricos absorvem essas Como impacto direto da extratividade realizada pelas indús-
70
radiações e reirradiam infravermelho em todas as direções, trias geradoras de matérias-primas, podemos citar: perfura-
35
inclusive de volta para a superfície terrestre, que se aquece. ções petrolíferas; extração de enxofre, de areia, de pedregulho,
53
de magnetita, de diamantes, de ouro, de cromita, de fosfato,
03
O aumento da concentração de gás carbônico, devido à quei-
de tungstênio e de nódulos de manganês.
ma de combustíveis fósseis e desmatamento, é considerado o
JO
responsável pela tendência mundial do aquecimento climático. Além disso, há o impacto direto na fauna ocasionado pela
AU
desses
Indústria pesqueira que não respeita diversos pontos das
AR
legislações nacional e internacional.
S
A poluição térmica produzida pela água utilizada no sistema
PE
de refrigeração das usinas de energia também reduz a solubi-
LO
lidade do oxigênio em rios e lagos.
A
A poluição representa uma ameaça real à qualidade da
UL
água, à saúde e ao meio ambiente.
PA
Saneamento básico
NA
4A
ESQUEMA DOS PROCESSOS DE RADIAÇÃO, ABSORÇÃO E O saneamento básico é um aspecto da área da saúde pú-
REFLEXÃO DA ENERGIA SOLAR NA ATMOSFERA
blica que lida com o controle ambiental, a prevenção e o
30
combate a doenças infecto-contagiosas.
70
na seguinte reação:
do − alimentado. Efluentes são resíduos líquidos de atividades
AU
superfície terrestre.
favorecendo o crescimento acelerado de algas e plantas
A destruição da camada de ozônio é consequência da libe-
A
aquáticas – floração.
UL
SOBRE A ÁGUA DOCE E OCEANOS Portanto, segue-se a decomposição, porém anaeróbica des-
70
Os oceanos são fundamentais no processo de controle dos cimento de algas, dando cor, sabor e odor desagradáveis à
53
to diferenciado de massa de águas oceânicas. ração, ou seja, o crescimento acelerado nas populações de
S
Por outro lado, o papel do fitoplâncton oceânico é fundamental lados. Ocorre alteração da cor da água (tons de vermelho)
LO
no controle atmosférico do carbono fixando-o a partir da at- em virtude de presença de toxinas liberadas por estas algas,
mosfera e produzindo cerca de 75% do oxigênio atmosférico. em condições específicas.
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Magnificação trófica
NA
INFLUÊNCIAS DE ÁREAS URBANA E RURAL NO CLIMA
Vento mais fraco mais forte Mais obstáculos
4A
É um processo de acúmulo progressivo de substâncias como
metais pesados e certos inseticidas nos organismos ao longo Nebulosidade maior menor Mais núcleos
30
da cadeia alimentar, de forma que a concentração atinge valor Mais nuvens
70
Radiação menor maior
na cidade
máximo nos predadores de topo.
35
PRINCIPAIS PROBLEMAS
53
Reaproveitamento dos esgotos
03
A melhor solução para o problema dos esgotos é seu reapro-
AMBIENTAIS BRASILEIROS
JO
veitamento. Eles devem ser tratados de modo que os micro-
AU
-organismos sejam mortos e as impurezas, eliminadas. A água No Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Meio Am-
AR
proveniente de esgotos, uma vez removidas as impurezas, biente, realizado na cidade de Belo Horizonte, em 20 de
pode ser reaproveitada. Os resíduos semissólidos, resultantes outubro de 1999, a Abema – Associação Brasileira de En-
S
PE
do tratamento dos esgotos, podem ser utilizados como fertili- tidades de Meio Ambiente, definiu os principais problemas
zantes, enquanto o gás metano, produzido pela putrefação da ambientais brasileiros, que fazem parte de suas prioridades
LO
matéria orgânica, pode ser utilizado como combustível. de ação. São eles:
A
UL
1. Escassez de água pelo mau uso, pela contaminação e
Indicadores de qualidade
PA
por mau gerenciamento das bacias hidrográficas;
2. Contaminação de corpos hídricos por esgotos sanitários
NA
INFLUÊNCIAS DE ÁREAS URBANA E RURAL NO CLIMA
e por outros resíduos;
4A
CLIMA CIDADE CAMPO MOTIVO
3. Degradação dos solos pelo mau uso;
Perda mais lenta
30
Temperatura maior menor de energia para 4. Perda de biodiversidade devido ao desmatamento e às
70
a atmosfera queimadas;
35
Temperatura−
Umidade menor maior 5. Degradação da faixa litorânea por ocupação desorde-
53
vegetação
nada;
03
A reprodução molecular pode ocorrer através da síntese unicelulares, a mitose é classificada de acordo com os tipos
NA
sicamente dois tipos de divisão celular: a mitose e a meiose O núcleo se divide várias vezes e posteriormente o cito-
LO
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Gera, de forma precisa, organismos bem adaptados a
Reprodução do Organismo
NA
ambientes favoráveis e estáveis;
4A
A reprodução do organismo como um todo consiste na
Vantagens econômicas, do ponto de vista da pro-
separação e desenvolvimento de unidades reprodutivas
30
dução vegetal, permitindo selecionar variedades de
derivadas do organismo parental. Distinguem-se três tipos:
70
plantas e reproduzi-las em grande número, de modo
35
I. vegetativa; rápido e conservando as características selecionadas.
53
II. espórica;
03
III. gamética. Desvantagens da reprodução assexuada
JO
A reprodução gamética é classificada em dois tipos básicos A reprodução assexuada não assegura a variabilidade gené-
quanto a morfologia dos gametas envolvidos: isogamia e
AU
tica, o que pode ser perigoso para a sobrevivência da espécie.
heterogamia.
AR
Reprodução assexuada
S
fologicamente. Essa classe envolve, geralmente, gametas
PE
Divisão Multiplicação
Bipartição Gemulação Partenogénese Esporulação Fragmentação
móveis. Múltipla vegetativa
LO
Heterogamia – quando os dois gametas são distintos
A
morfologicamente. Existem dois tipos de heterogamia:
UL
a) Anisogamia – quando um dos gametas é maior que
PA
o outro, não diferindo na forma e presença de flagelos.
NA
b) Oogamia – quando os gametas diferem na forma,
REPRODUÇÃO SEXUADA
4A
sendo um muito pequeno (flagelado ou não) em rela-
ção ao outro, que é sempre imóvel.
30
Biologicamente, pensar em reprodução sexuada é pensar
70
Para ultrapassar as incertezas do meio e assegurar a produção em fecundação, que é a combinação de material genético
35
de novas gerações, a natureza adotou numerosas estratégias de dois ou mais indivíduos ou de gametas do mesmo indi-
53
de reprodução, que podem se agrupar em dois processos bá- víduo, no caso da autofecundação.
03
sicos: reprodução assexuada e reprodução sexuada. Quando os gametas se fundem, o número de cromossomos
JO
+ +
+
2n
2n
2n
2n
Meiose
ORGANISMO DIPLONTE ORGANISMO HAPLONTE ORGANISMO HAPLODIPLONTE
de um conjunto de células do progenitor. Logo, todos os
PA
ência do processo de divisão celular que está na base da A principal vantagem da reprodução sexuada em relação
04
4. Mutações
AU
da de um habitat;
U
PA
239
A
AN
L
A
UL
PA
NA
REINO FUNGI
4A
30
70
35
de reprodução sexuada. Na fase sexuada, a produção de
A importância de estudar os fungos
53
esporos se dá através do processo de meiose. Nesse pro-
03
Além de realizarem a decomposição da matéria orgânica cesso, inicialmente, as hifas haploides, oriundas de micélios
juntamente com as bactérias, os fungos são causadores de diferentes, aproximam-se e ocorre a fusão do citoplasma
JO
diversas doenças que afetam os metazoários. (denominado de plasmogamia), sem que ocorra a fusão
AU
Desde a antiguidade os fungos são usados pela humanida- dos núcleos. Dessa forma, em um mesmo citoplasma há
AR
núcleos haploides, o que caracteriza um estágio denomi-
de, como forma de alimento. Posteriormente, também na
nado heterocariótico (n + n). Depois de certo tempo, acon-
S
indústria alimentícia, para a produção de cervejas, vinhos,
PE
tece a fusão dos núcleos haploides produzindo um núcleo
pães e queijos. Mais tarde, descobriram-se produtos pro-
LO
diploide (cariogamia), o qual entra em meiose, produzindo
duzidos pelos fungos, como a Penicilina, e com o auxílio da
esporos haploides e recomeçando o ciclo.
A
biotecnologia, permitiu-se produzir esses metabólitos, em
UL
larga escala, em laboratório.
NUTRIÇÃO E METABOLISMO
PA
MORFOLOGIA
NA
Os fungos são considerados seres heterotróficos, não pro-
4A
duzem o próprio alimento, necessitando de materiais orgâ-
Os fungos podem ser formados por uma única célula (uni-
nicos já formados. Devido à parede celular, a nutrição é re-
30
celulares), formando pequenas colônias ou podem ser
alizada por absorção de nutrientes resultantes do processo
70
(talo), geralmente constituídos de hifas. As hifas, no geral, Saprófitas obrigatórios − fungos que retiram seus nu-
03
podem ser classificadas em septadas (com septo) ou ceno- trientes da matéria orgânica morta, e não são parasitas.
JO
cíticas (sem septo). O conjunto de hifas que forma o talo dos Parasitas facultativos ou saprófitas facultativos
fungos é denominado de micélio, o qual é muito ramificado,
AU
Parede celular
PE
O constituinte mais comum da parede celular de fungo é o outros seres para viver.
polissacarídeo quitina.
A
O ciclo de vida dos fungos é separado em duas etapas: um gomicetos), Ascomycota (Ascomicetos) e Basidiomycota
53
pelo vento) ou conidiósporos (conídias). Muitos fungos de- Parede celular contendo quitina.
LA
240
A
AN
L
A
UL
PA
Nutrição por absorção (sem clorofila e heterotróficos). Agricultura − através de uma associação simbionte
NA
Sem tecidos verdadeiros. mutualística entre fungos e raízes de plantas, chama-
4A
das de micorrizas.
Reprodução de esporos meióticos (sexual) e mitóticos
30
(assexual). Pecuária e saúde pública − podem parasitar animais
70
levando a prejuízos na pecuária.
35
IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS Alimentação do homem − Saccharomyces cerevi-
53
03
siae (levedura, fermento) é muito usado na indústria
Os fungos são de importância vital para a sobrevivência alimentícia.
JO
dos ecossistemas e do homem.
Medicina e ciências − os fungos são de fundamental
AU
Ecologia − são decompositores da matéria orgânica. importância para o homem, pois fabricam os antibióti-
AR
Em algumas situações geram prejuízos para o homem, cos (Penicillium − penicilina). Vale ressaltar que os anti-
pois são, muitas vezes, a causa do apodrecimento de
S
bióticos participam da seleção de linhagens resistentes
PE
alimentos e da madeira. É importante destacar tam- de bactérias através do seu uso pela sociedade.
LO
bém os líquens.
A
UL
PA
NA
BRIÓFITAS E PTERIDÓFITAS 70
30
4A
35
53
A Divisão Bryophyta abrange vegetais terrestres morfologi- As briófitas possuem um ciclo de vida com alternância de
JO
camente simples, denominados popularmente como “mus- gerações heteromórficas entre gametófito verde fotossinteti-
AU
gos” ou “hepáticas”. São indivíduos eucariontes e plurice- zante independente e esporófito parcialmente ou completa-
AR
Classificação
PE
Características básicas
LO
Presença de pigmentos fotossintetizantes como cloro- Atualmente, briófitas são classificadas pela maioria dos au-
A
de células estéreis.
na horticultura.
AR
O habitat mais comum das briófitas é o ambiente terrestre ção do uísque escocês, o que fornece a essa bebida seu
LA
241
A
AN
L
A
UL
PA
esporos caem em uma região propícia podem germinar,
Introdução às plantas vasculares
NA
produzindo, por mitose, um gametófito bissexuado (n), ver-
4A
As traqueófitas são plantas que possuem tecidos vas- de e denominado prótalo. Esse prótalo possui rizoides, o
culares que realizam o transporte de água, sais minerais e
30
que garante a estabilidade do gametófito no substrato, e a
outras substâncias através do corpo do vegetal; estão nes-
70
absorção de nutrientes e água.
se grupo as pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
35
O gametófito possui o arquegônio (n), local de produção da
53
PTERIDÓFITAS oosfera (n), e o anterídeo (n), região de produção dos ante-
03
rozoides (n). O anterozoide flagelado, na presença de água,
JO
nada até alcançar o arquegônio e encontrar a oosfera. Dessa
Ciclo de vida e morfologia
AU
forma, ocorre a fusão da oosfera e do anterozoide, o que
designa o processo de fecundação, e a formação de um zi-
AR
O ciclo de vida das pteridófitas é alternância de gerações,
possuindo uma fase haploide (n), denominada gametófito goto (2n). O zigoto cresce por mitose, desenvolvendo-se em
S
embrião, que inicia seu desenvolvimento, o qual necessita
PE
e uma fase diploide (2n), chamada de esporófito, a qual é a
do gametófito por um pequeno período tempo. O embrião
fase duradoura do ciclo. O esporófito é a parte mais desen-
LO
realiza sucessivas mitoses se transformando em esporófito
volvida e tem como constituintes, raiz, caule (tipo rizoma) e
A
(2n), o qual se fixa no solo e inicia um novo ciclo.
UL
folha. Não há flores nem frutos nesse grupo.
PA
As pteridófitas possuem dois tipos de ciclo de vida: a ho- Classificação
mosporia (gametófito monoico) e a heterosporia (game-
NA
As pteridófitas estão divididas em dois filos. No filo Lico-
tófito dioico).
4A
phyta, encontram-se diversas epífitas, além de espécies
As samambaias possuem em suas folhas um conjunto de de florestas temperadas. Os esporófitos das licófitas têm
30
esporângios chamados de soros, estruturas especializadas corpo pequeno, com caules bem próximos ao solo e espo-
70
meiose produzindo os esporos (n). A liberação dos esporos parte das espécies deste grupo, incluindo as samambaias,
ocorre em dias quentes com baixa umidade. Quando os avencas e cavalinhas.
JO
AU
AR
GIMNOSPERMAS
S
PE
LO
A
UL
Fanerógamas: o termo refere-se aos vegetais que apresen- truturas femininas e o prefixo “micro” para designar estru-
PA
tam órgãos de reprodução nitidamente visíveis. As faneróga- turas masculinas. Os microsporângios são as estruturas
mas também são chamadas de espermatófitas, porque
NA
ços evolutivos dos vegetais. Esses grupos também se tornaram denominadas de microsporófilos, cujo conjunto forma a
35
independentes da água para reprodução devido a formação pinha ou o cone masculino, (microstróbilo). Os esporângios
53
As fanerógamas podem ser divididas em dois grandes as folhas que os suportam, são denominadas de megas-
O
grupos: as gimnospermas (pinheiros), e as angiospermas porófilos e o conjunto forma a pinha ou cone feminino
J
AU
Os esporângios são as folhas modificadas e fabricantes esporófilos. As espécies deste grupo podem ser monoicas
e dioicas.
LA
242
A
AN
L
A
UL
PA
Monoicas – na mesma planta existem estróbilos mas-
DIVERSIDADE E CLASSIFICAÇÃO
NA
culinos e femininos.
4A
Exemplo: Pinus sylvestris. Atualmente existem quatro grupos com representantes
30
vivos: Cycadophyta, Ginkgophyta, Conipherophyta e Gne-
Dioicas – estróbilos apenas de um sexo são encontra-
70
tophyta.
dos em uma mesma planta.
35
53
Exemplo: Araucaria angustifolia. A interação fauna-planta
03
As gimnospermas têm duas gerações: uma geração es- No Brasil, há grande concentração de gimnospermas na cha-
JO
porofítica duradoura (corresponde à planta propriamente mada mata de araucária (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
AU
dita) e uma geração gametofítica, a qual cresce dentro do do Sul, manchas esparsas, no sul de São Paulo, Minas Gerais e
AR
esporófito (constituída pelo gametófito feminino, o saco Rio de Janeiro). A polinização, em gimnospermas, ocorre pelo
embrionário, e gametófito masculino: o grão de pólen). vento. Já a disseminação da semente da araucária é realizada
S
PE
especialmente pela gralha-picaça, gralha-azul, e cutia.
LO
A
ANGIOSPERMAS
UL
PA
NA
As Angiospermas são fanerógamas, ou seja, têm estruturas A planta observada na natureza é o esporófito (2n), a qual
reprodutivas evidentes (flores), na qual são produzidas as 4A
está organizada em raiz, caule e folha. Os gametófitos (n)
30
sementes envoltas pelos frutos. Este grupo foi o último gru- das angiospermas são dioicos (sexos separados), muito
70
po de plantas que se diferenciou na escala evolutiva. São reduzidos, dependentes do esporófito e crescem dentro
35
comumente terrestres, mas possuem representantes aquáti- da flor. Define-se por gametófito feminino o saco embri-
53
cos. Podem ser arbóreas lenhosas, herbáceas e arbustivas. onário (megaprótalo) contido no óvulo, o qual não forma
03
Atualmente é o grupo com maior número de representantes arquegônio e tem uma única oosfera (gameta feminino).
JO
(gênero, espécies e indivíduos), amplamente distribuído pelo Já o gametófito masculino imaturo corresponde ao grão de
mundo e também mais utilizado pelo homem. As angio-
AU
Flor
A
UL
estigma
PA
NA
antera
estame filete
estilete carpelo
A
pétala
304
óvulo ovário
70
receptáculo floral
35
sépala
53
03
pedúnculo floral
JO
AU
© BlueRingMedia/Shutterstock
Androceu
S
PE
O aparelho reprodutor masculino é composto por um conjunto de estames. Na antera (parte fértil) ocorre a formação de es-
LO
poros, por meiose, que darão origem aos grãos de pólen. A germinação do grão de pólen gera o tubo polínico (gametófito
LA
243
A
AN
L
A
UL
PA
Gineceu
NA
4A
O gineceu é composto por folhas transformadas chamadas carpelos ou pistilos. O óvulo não é o gameta feminino; no caso
das angiospermas é uma estrutura dentro da qual será formada a oosfera (gameta feminino). No interior do óvulo, a célula-
30
-mãe dos megásporos (2n) divide-se por meiose e forma quatro megásporos (n), 3 degeneram restando 1 megásporo
70
35
fértil. O megásporo germina ao mesmo tempo que seu núcleo se divide por três mitoses consecutivas, levando à formação de
53
oito células, que organizam o saco embrionário (gametófito feminino). Este tem uma célula denominada oosfera, ao lado
03
desta há duas células chamadas sinérgides. No lado oposto à oosfera, há três células denominadas de antípodas e, no
centro, dois núcleos denominados núcleos polares.
JO
AU
AR
S
núcleo haploide
PE
ovário óvulo
LO
meiose
estas células
A
degeneram
UL
oosfera (n) antípodas (n)
megásporo
PA
funcional (n) secundina
núcleos célula-mãe de primina
NA
polares isolados megásporo (2n)
gametófito feminino mitose
4A
(saco embrionário)
30
mitose mitose
70
sinérgides micrópila
35
Fecundação nto
JO
ime
olv
env
A primeira fecundação gera o zigoto (2n), o qual se des
AU
germinação
da oosfera. A segunda fecundação, entre um núcleo
espermático e dois núcleos polares gera um núcleo
S
PE
antera
fecundado desenvolve-se e produz a semente. Já o semente
célula-mãe de
fruto micrósporos
(2n) pistilo
A
Polinização DIPLOIDE
04
(2n)
3
HAPLOIDE
70
GAMETÓFITO (n)
J
AU
Os agentes polinizadores
AR
saco
sim, são inibidos de se locomover de um lugar para
PE
244
A
AN
L
A
UL
PA
nectar que são atrativos para atrair agentes polonizadores,
NA
o que possibilitou o sucesso reprodutivo na procura do par-
4A
ceiro. As gimnospermas são polinizadas passivamente pela
30
ação do vento.
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
ANA
304
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
245
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala tos de ação estrogênica. Numa pesquisa, analisaram-se
NA
três grupos de peixes quanto à produção de VTG:
4A
1. (UERJ) Fêmeas de espécies de crustáceos do gênero • peixes provenientes de água limpa e mantidos nes-
sa condição:
30
Daphnia sp., importantes componentes do zooplâncton,
70
podem se reproduzir a partir de dois processos distintos: • peixes provenientes de água limpa que receberam
injeção de estrógeno; e
35
• partenogênese, quando há condições ambientais
• peixes provenientes de águas poluídas.
53
muito favoráveis, gerando uma prole composta ape-
nas por fêmeas;
03
Decorrido certo tempo, foram determinados o número
• reprodução sexuada padrão formando ovos dor- de machos e fêmeas e a presença de VTG no sangue de
JO
mentes que eclodem quando as condições se tor- cada um dos indivíduos desses três grupos experimen-
AU
nam novamente favoráveis. tais. Os resultados obtidos nesse estudo estão repre-
sentados neste gráfico:
AR
Observe o esquema:
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
Considerando as informações contidas nesse gráfico,
70
Aponte, também, uma vantagem, para esses animais, a) Assinalando a assertiva apropriada, identifique o
53
da realização da partenogênese sob condições ambien- grupo de peixes — I, II ou III — que foi coletado em
03
diferem quanto ao momento em que ocorre a meiose e 4. (FUVEST) Nos anos de 1970, o uso do inseticida DDT,
LO
quanto à ploidia dos indivíduos adultos. No esquema a também chamado de 1,1,1-tricloro-2,2-bis (para-cloro-
seguir está representado um desses ciclos. fenil)etano, foi proibido em vários países.
A
UL
35
53
03
246
A
AN
L
A
UL
PA
Um estudo realizado no litoral dos EUA mostrou que a Explique por que a reprodução sexuada foi inicialmente
NA
concentração total de DDT e de seus derivados na água selecionada nos caramujos e, ainda, por que a volta à
4A
do mar era cerca de 5 × 10-5 no fitoplâncton, 4 × 10-2 em reprodução assexuada pode ser vantajosa para esses
peixes pequenos, 0,5 ppm; em peixes grandes, 2 ppm; e, moluscos.
30
em aves marinhas, 25 ppm.
70
Dê uma explicação para o fato de a concentração des- 3. (Unicamp) Os fungos são organismos eucarióticos
35
sas substâncias aumentar na ordem apresentada. heterotróficos unicelulares ou multicelulares. Os fungos
53
multicelulares têm os núcleos dispersos em hifas, que
03
5. (UNICAMP) O processo de regeneração pode ocorrer podem ser contínuas ou septadas, e que, em conjunto,
tanto em organismos unicelulares como pluricelulares, formam o micélio.
JO
conforme já demonstrado em vários experimentos. O a) Mencione uma característica que diferencie a célu-
AU
resultado de um desses experimentos pode ser obser- la de um fungo de uma célula animal, e outra que di-
vado na figura A, que mostra a regeneração de apenas ferencie a célula de um fungo de uma célula vegetal.
AR
um fragmento da alga unicelular Acetabularia. A figura b) Em animais, alguns fungos podem provocar into-
xicação e doenças como micoses; em plantas, podem
S
B mostra a regeneração de todos os fragmentos de uma
PE
planária (platelminto). causar doenças que prejudicam a lavoura, como a
ferrugem do cafeeiro, a necrose do amendoim e a
LO
vassoura de bruxa do cacau. Entretanto, os fungos
também podem ser benéficos. Cite dois benefícios
A
UL
proporcionados pelos fungos.
PA
4. (UFSCAR) Muitas das características que surgiram
NA
ao longo da história evolutiva das plantas permitiram a
conquista do ambiente terrestre. Considere os musgos
4A
e as samambaias;
30
a) cite uma característica compartilhada por esses
70
b) Explique por que o processo de regeneração das de um sistema vascular para transporte de água e
03
U.T.I. - E.O.
AU
insetos morrem em alguns dias. ciclos biológicos de uma linhagem de organismos que
04
247
A
AN
L
A
UL
PA
Ciclo biológico A - Organismo primitivo. 8. (UFRJ) Uma espécie de peixe da família Serranidae é
NA
Ciclo biológico B - Organismo com estruturas repro- morfologicamente hermafrodita mas fisiologicamente
4A
dutivas não diferenciadas. unissexual. Estudos populacionais para caracterizar o
sexo fisiológico dos indivíduos em função do compri-
30
Ciclo biológico C - Organismo com condições mor-
mento do corpo apresentam os seguintes resultados:
70
fofisiológicas para que ocorra a polinização.
35
Ciclo biológico D - Organismo com específico proces-
53
so de fecundação.
03
Responda as seguintes questões:
JO
I. Em que grupo de organismos atuais observa-se o ciclo
AU
biológico A?
II. No diagrama do ciclo biológico A, os números 1
AR
Explique o benefício decorrente do padrão de diferen-
e 2 representam, respectivamente: __________ e
ciação sexual observado.
S
___________.
PE
III. Qual o nome das estruturas indicadas, respecti- 9. (UNICAMP) Até há algum tempo, considerava-se que
LO
vamente, pelos números 1 e 2 do ciclo biológico B? fungos e bactérias pertenciam ao reino vegetal. Com o
_________ e __________. reconhecimento das diferenças entre eucariotos e proca-
A
UL
IV. Cite uma função ecofisiológica da estrutura 1 do ci- riotos, as bactérias foram separadas, mas os fungos per-
clo biológico C. maneceram incluídos no reino vegetal. Mais recentemen-
PA
V. Comparando os ciclos biológicos C e D, que carac- te, porém, tornou-se claro que os organismos agrupados
NA
terística biológica distingue os dois processos de sin- como fungos definitivamente não são plantas.
4A
gamia? a) Apresente uma característica comum a bactérias e
VI. Do ponto de vista genético, qual a diferença entre a fungos que permitiu considerá-los como plantas.
30
estrutura 3 do ciclo biológico D e a estrutura 1 do ciclo b) Apresente uma característica das bactérias que
70
é esse reino?
53
pécies vegetais?
3
7. (UFRJ) No ciclo reprodutivo da maioria dos vegetais b) Cite uma característica básica desse grupo de plantas.
70
observa-se uma alternância de gerações que é mostra- c) Que nome recebe a estrutura indicada pela seta em
35
I e II?
da, de forma simplificada, no esquema a seguir.
53
esporófito de um musgo.
O
Em qual das fases - gametófito ou esporófito - não e desempenham importantes funções ecológicas.
encontramos pares de cromossomos homólogos?
S
de fungos.
U
PA
248
A
AN
L
A
UL
PA
13. (UFES) A escassez de água é um problema cada vez mais severo em todo o mundo. Na região Norte do Brasil, a
NA
interação entre a floresta e os recursos hídricos, associada ao movimento de rotação da Terra, transfere, anualmente,
4A
cerca de 8 trilhões de metros cúbicos de água para outras regiões do país. Essa água, que não é utilizada pela popu-
lação que vive na região Norte, representa um serviço ambiental colossal prestado ao país pelo principal bioma dessa
30
região, uma vez que sustenta o agronegócio brasileiro e o regime de chuvas, responsável pelo abastecimento do
70
lençol freático e dos reservatórios produtores de hidroeletricidade nas regiões Sul e Sudeste do país.
35
(DISPONÍVEL EM: <HTTP://AGENCIA.FAPESP.BR/19541#.U-4B59H3YTC>. ACESSO EM: 18 AGO. 2014. ADAPTADO).
53
a) Identifique o bioma da região Norte do Brasil, mencionado no texto, que fornece água para outras regiões do país.
03
b) Explique qual é a contribuição dos seres vivos para o ciclo da água.
c) Explique como o desmatamento afeta o regime de chuvas mencionado no texto.
JO
14. (UEL) “Não tem jeito de alimentar as pessoas sem fixar quantidades enormes de nitrogênio da atmosfera, e esse
AU
nitrogênio está, no momento, aplicado a plantas de cultivo de forma muito ineficiente”, explicou Paul Falcowski,
AR
membro de uma equipe de estudos da Universidade de Rutgers, em New Jersey. “Muitos dos fertilizantes a base de
nitrogênio que são usados mundialmente são mal aplicados. Como resultado, cerca de 60% do nitrogênio presente
S
PE
nos fertilizantes não chega a ser incorporado pelas plantas, ficando livre para escorrer além das zonas de raízes e
então poluir rios, lagos, aquíferos e áreas costeiras, levando à eutrofização”, afirmam outros pesquisadores.
LO
ADAPTADO DE: <HTTP://HYPESCIENCE.COM/NITROGENIO-E-APONTADO-COMO-NOVO-VILAO-DO-ECOSSISTEMA/>. ACESSO EM: 7 JUN. 2014.
A
a) Quais são as etapas e a consequência do processo de eutrofização dos ambientes aquáticos mencionados no texto?
UL
b) Embora existam consequências negativas graves para o meio ambiente, decorrentes das atividades humanas relacionadas
PA
à fixação e à utilização do nitrogênio, este elemento é essencial à vida. Determine as classes de moléculas orgânicas que são
sintetizadas pelas plantas a partir dos produtos da fixação do nitrogênio.
NA
15. (UFJF-PISM) Crescimento da população nas cidades, falta de planejamento no saneamento urbano, conexões clan-
4A
destinas com a rede de esgoto e indústrias que despejam resíduos indevidos. São várias as razões para a poluição de
30
grandes rios ao redor do mundo. Mas também existem muitos exemplos de rios que foram recuperados com sucesso.
70
Um dos mais famosos é o Rio Tâmisa, que corta Londres, na Inglaterra. A poluição no rio era tanta que ele chegou a
35
ser chamado de “O Grande Fedor”. Isso lá no século XIX. Desde essa época, os ingleses tentam conter a sua degra-
dação. Mas o que resolveu mesmo foi a construção de sistemas de tratamento de água ao longo do rio, que começou
53
na década de 60. Hoje o Tâmisa está recuperado, e cenas de pessoas remando, grupos pescando e embarcações são
03
comuns no local. De forma similar, o rio Han, na Coreia do Sul, importante fonte de abastecimento da capital Seul,
JO
O texto mostra a preocupação com a restauração de ambientes aquáticos degradados. Com base no texto e na atual
AR
c) O que ocorre nos níveis tróficos da cadeia alimentar, em relação à acumulação, quando certas substâncias tóxicas são intro-
UL
16. (UERJ) Considere três ecossistemas: deserto, floresta tropical perenifólia e mar aberto.
NA
Os gráficos abaixo indicam as medidas obtidas nesses ecossistemas em relação a três diferentes parâmetros:
A
04
3
70
35
53
03
J O
AU
AR
S
PE
Identifique, também, qual é o ecossistema A e explique por que a luz pode ser considerada o fator abiótico que limita
a produtividade primária líquida média neste ecossistema.
LA
U
PA
249
A
AN
AN
A
250
PA
U LA
LO
PE
S
AR
AU
JO
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53
35
70
304
ANA
PA
UL
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LO
PE
S
AR
AU
JO
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53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
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LO
PE
S
AR
AU
JO
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53
35
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NA
PA
UL
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L
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A
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U LA
LO
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S
AR
AU
JO
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ANA
PA
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A
LO
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AR
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JO
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NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
BIOLOGIA 2
70
30
4A
NA
PA
UL
251
A
L
L
A
UL
PA
NA
MOLUSCOS
4A
30
70
35
O SURGIMENTO DO CELOMA E maioria dos moluscos têm vida aquática, com grande
53
distribuição marinha; alguns caramujos levam vida in-
03
DO SISTEMA CIRCULATÓRIO teiramente terrestre. O filo apresenta oito classes, sendo
JO
que as principais são: Gastropoda (ex.: caramujos), Bi-
Os moluscos compõem um dos filos mais abundantes
AU
valvia (ex.: ostras), Cephalopoda (ex.: lulas), Scaphopo-
em número de espécies e parecem ter surgido antes dos da (ex.: dentálios) e Polyplacophora (ex.: quítons).
AR
anelídeos. No estudo a seguir, é importante reconhecer
Observe na imagem a diversidade de tipos morfológicos
S
exemplos e particularidades nesses animais. Do ponto de
PE
existente entre os moluscos:
vista evolutivo, lembre-se de que já apareceram sistemas
LO
digestivo, respiratório e nervoso. Nesses animais, no desen-
A
volvimento embrionário, surge uma cavidade totalmente
UL
revestida por mesoderme, o celoma. Acredita-se que o
PA
celoma representa uma ampliação do espaço dentro do
NA
animal, o que permitiu o desenvolvimento e o alojamento
de mais órgãos e sistemas.
ACELOMADO PSEUDOCELOMADO CELOMADO 4A
30
70
35
FISIOLOGIA: TEGUMENTO
JO
E ESQUELETO
AU
AR
DIGESTÃO
3
70
35
LESMA MARINHA
O sistema digestório é completo e compreende boca, farin-
53
Os moluscos (do latim molluscus = mole) são animais ge, esôfago, estômago, intestino e ânus. A faringe ou cavi-
03
possuidores de um corpo mole, viscoso, não segmenta- dade bucal apresenta, inferiormente, a rádula, uma placa
O
do e sem patas. Apresentando simetria bilateral, o corpo recoberta por dentículos quitinosos utilizada para raspar o
J
é dividido em três partes: cabeça, pé e massa visceral. A alimento. Ostras e mexilhões são filtradores, retendo nas
AU
cabeça é bem nítida nos caramujos e polvos, mas não é brânquias algas microscópicas, protozoários e bactérias
AR
diferenciada nas ostras. O pé é uma massa musculosa usados como alimento. Os não filtradores, como caracóis,
S
e ventral que se constitui num órgão locomotor, fixador polvos e lulas, são herbívoros ou carnívoros.
PE
e cavador, também servindo de base para a classifica- A rádula, estrutura raspadora ausente nos filtradores, é
LO
ção dos moluscos. A massa visceral contém os órgãos e projetada para frente e retraída para trás graças a múscu-
LA
pode ser protegida por um exoesqueleto, a concha. A los protatores e retratores, respectivamente.
U
PA
252
A
AN
L
A
UL
PA
Digestão inicialmente extracelular no estômago e finaliza
SISTEMAS NERVOSO
NA
nas glândulas digestivas como digestão intraceulular. Lulas
4A
e polvos digestão exclusivamente extracelular.
E SENSORIAL
30
RESPIRAÇÃO
70
O sistema nervoso é do tipo ganglionar, contendo três pa-
35
res de gânglios: cerebroides (centros sensoriais), pedio-
53
A respiração pode ser cutânea (fig. A), branquial (fig. B) ou sos ou pedais (centros locomotores) e viscerais (centros
03
pulmonar (fig. C). As brânquias estão alojadas na cavidade vegetativos), ligados por conectivos. Como elementos sen-
palial, espaço situado entre o manto e o corpo. A respira- soriais aparecem olhos, estatocistos (equilíbrio), osfrádios,
JO
ção pulmonar ocorre nos gastrópodes terrestres (caracóis), células táteis e quimioreceptores.
AU
em que o pulmão é constituído pela cavidade palial com
AR
parede intensamente vascularizada e comunicada com o
REPRODUÇÃO
S
exterior através de um orifício (pneumóstoma).
PE
Em geral, os moluscos são unissexuados (dioicos), com
LO
CIRCULAÇÃO alguns casos de hermafroditismo, como é o caso do ca-
A
racol de jardim. Nas espécies terrestres e nos cefalópodes,
UL
Possuem sistema circulatório lacunar ou aberto, com o a fecundação é interna com cópula (primeira figura), sen-
PA
coração situado dorsalmente no interior de uma cavidade do o desenvolvimento direto a partir de postura de ovos
pericárdica. Apenas nos cefalópodes o sistema circulatório (segunda figura). Nos demais, a fecundação é externa e o
NA
é fechado. desenvolvimento indireto, por meio de larvas ciliadas deno-
4A
minadas trocóforas.
30
EXCREÇÃO
70
35
253
A
AN
L
A
UL
PA
NA
ANELÍDEOS
4A
30
70
35
53
INTRODUÇÃO Boca
03
JO
Poro
Os anelídeos (do latim: annulatus = anel + eidos, do grego
AU
= forma) são animais vermiformes, de simetria bilateral, Poro
AR
caracterizados pela segmentação ou metamerização
(metameria). O corpo é segmentado, ou seja, formado
S
Cerdas
PE
por uma sucessão de anéis, denominados segmentos ou ventrais
metâmeros. São organismos que vivem em ambiente ter-
LO
restre, marinho e dulcícola. Possuem o corpo alongado, Clitelo
A
UL
cilíndrico e metamerizado, cuja divisão ocorre tanto exter-
na como internamente. Cada anel abriga diversos órgãos
PA
individualizados como nervos, estruturas musculares e
NA
excretoras. Compreendem três classes: oligoquetos
4A
Peristômio
(minhocas), poliquetos (vermes marinhos) e hirudíneos 30 Prostômio
(sanguessugas). Utiliza-se como critério a presença ou
70
sp. Clitelo
AR
POLIQUETOS Ânus
A
UL
Vermes marinhos de corpo nitidamente segmentado, no A capacidade de regeneração é elevada quando o ani-
PA
qual se destaca uma cabeça com olhos, palpos e tentá- mal é, acidental ou experimentalmente, seccionado em
NA
culos. Em cada segmento há um par de parapódios que fragmentos. Esses animais exercem importante papel na
agricultura, arejando o solo, através das galerias escava-
A
auxiliam na locomoção.
04
OLIGOQUETOS – AS MINHOCAS
fertilizam o solo.
70
35
É a classe em que encontramos as minhocas, animais de húmus, além de serem incluídas em rações animais como
03
animais em cópula e formar o casulo protetor dos ovos. Os hirudíneos, vulgarmente chamados de sanguessugas, não
apresentam cerdas em pequenas quantidades ou ausentes,
S
PE
254
A
AN
L
A
UL
PA
CARACTERIZAÇÃO GERAL do clitelo e desloca-se para a extremidade da minhoca,
NA
onde recebe o espermatozoide de outra e ocorre a fecun-
4A
dação. Após a fecundação, o casulo separa-se do corpo, e
A digestão
30
em seu interior os óvulos são fecundados e desenvolvem-
70
-se originando minhocas jovens sem estágio larval. Obser-
O tubo digestivo é completo.
35
ve o esquema de reprodução de minhoca:
53
REPRODUÇÃO EM MINHOCAS
A circulação
03
Receptáculos seminais Clitelo
O sistema circulatório é do tipo fechado.
JO
AU
A respiração
AR
A maioria dos anelídeos tem respiração cutânea, isto Clitelo troca de
S
espermatozóides 3 2 1
PE
é, as trocas gasosas são efetuadas através da pele. Entre
os representantes aquáticos existem as brânquias, que
LO
um dos vermes
retiram o O2 dissolvido na água por difusão. já separado
A
fecundação saída de óvulos casulo mucoso
UL
A excreção
PA
saída do casulo
com os ovos
O sistema excretor é constituído por unidades excretoras
NA
denominadas metanefrídeos.
4A
ASPECTOS EMBRIOLÓGICOS
30
O sistema nervoso
70
larva trocófora. Oligoquetos e hirudíneos são monoicos, gorosos e, assim, mais eficientes, pois cada metâmero
S
com fecundação externa (dentro de um casulo) e cruzada torna-se uma unidade de função especializada, nota-
PE
com desenvolvimento direto. A capacidade de regeneração damente para cavar, como os anelídeos.
LO
ARTRÓPODES
A
304
70
res de apêndices articulados (patas, antenas, quelí- Existem cerca de 900.000 espécies adaptadas para a vida
O
culdade do crescimento foi resolvida com a presença de Crustáceos – camarão, lagosta, siri, caranguejo, tatuzi-
S
mudas ou ecdises. Assim, os artrópodes, na ocasião da nho-de-jardim, microcrustáceos (dáfnia, copépodes etc.).
PE
muda, aumentam rapidamente o volume de seu corpo, Aracnídeos – aranha, escorpião, ácaro, carrapato,
LO
255
A
AN
L
A
UL
PA
Insetos – traça-de-livro, tesourinha, barata, gafa-
A excreção
NA
nhoto, louva-a-deus, cigarra, libélula, formiga, cupim,
4A
abelha, besouro, borboleta, mariposa, pulga, piolho, Em crustáceos e aracnídeos encontramos como órgãos ex-
30
mosca, mosquito. cretores especializados: as glândulas verdes (crustáceos) e
70
coxais (aracnídeos). Insetos, diplópodes e quilópodes ex-
Diplópodes – piolho-de-cobra (embuá).
35
cretam através dos tubos de Malpighi.
Quilópodes – lacraia.
53
03
Os sistemas nervoso e sensorial
CARACTERES MORFOLÓGICOS
JO
Os artrópodes apresentam um sistema nervoso ganglionar
AU
A principal característica dos artrópodes é a presença de e ventral, semelhante ao dos anelídeos.
AR
apêndices.
A reprodução
S
PE
Segmentação A reprodução dos artrópodes é sexuada. Geralmente, os
LO
Nos artrópodes, a segmentação é heterônoma, porque os artrópodes são unissexuados; as cracas são crustáceos her-
A
segmentos são diferentes, muitas vezes fusionados, per- mafroditas. É comum o dimorfismo sexual, sendo as fêmeas
UL
mitindo a divisão do corpo em partes distintas. maiores do que os machos. Na maioria, a fecundação é inter-
PA
na; apêndices modificados funcionam como órgãos copula-
NA
Exoesqueleto dores. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto. Formas
4A
partenogenéticas ocorrem entre crustáceos (cladóceros) e
O corpo dos artrópodes é revestido por um exoesqueleto, insetos (abelhas).
30
constituído por uma cutícula quitinosa, secretada pela epi-
70
CLASSIFICAÇÃO
derme. A couraça quitinosa protege o animal, mas impede
35
CRESCIMENTO DESCONTÍNUO EM ARTRÓPODOS men, cinco ou mais pares de patas e dois pares de antenas.
AR
tágios larvais.
O sistema digestivo é completo.
3
70
35
A respiração Aracnídeos
53
O sistema circulatório é do tipo aberto, constituído por co- da no último segmento do abdômen (télson). As garras de
LO
256
A
AN
L
A
UL
PA
Sistema Digestivo – completo.
NA
Sistema Circulatório – aberto, com hemocianina
4A
ĐůŽƐĆŽĚŽ >Zs
para transporte dos gases. ƐŽĨƌĞ
30
KsK /^^
70
Sistema Respiratório – composto por pulmões foli-
35
áceos ou filotraqueias.
53
03
Sistema Excretor – através de glândulas coxais e, em
algumas exceções, por túbulos de Malpighi.
JO
DƵĚĂŶĕĂƐ
AU
Sistema Reprodutor – dioicos, fecundação interna e ŶĂ
/ŵĂŐŽ
AR
desenvolvimento direto. adulto
WhW
S
PE
Insetos
LO
Ovo
Representam a maior variedade de espécies na face da Ter-
A
ra. Apresentam um corpo dividido em três partes: cabeça,
UL
tórax e abdômen. No tórax, saem três pares de patas e
PA
Adulto Larva
podem desenvolver dois pares de asas. Apresentam um par
NA
de antenas.
4A
Sistema Digestivo – completo. 30
Sistema Circulatório – aberto ou lacunar, dorsal, au-
70
Ametábolos – sem metamorfose. O ovo eclode e libe- Como o embuá ou piolho-de-cobra, apresentam um
LO
ra o indivíduo jovem com forma semelhante ao adulto. corpo com uma cabeça, contendo um par de olhos e de
A
Ex.: traça.
patas. Esses animais caminham lentamente e têm hábito
PA
(SEMELHANTE AO ADULTO)
A
Exs.: gafanhoto, barata, louva-a-deus, cigarra, libélula. predadores e com um par de apêndices, as forcípulas que
03
(FORMA JOVEM)
J
AU
de transformações adulta.
LO
257
A
AN
L
A
UL
PA
NA
EQUINODERMOS
4A
30
70
35
Os equinodermos correspondem a um grupo de animais
Os crinoides
53
que só habitam os mares. Apresentam como característi-
03
cas básicas um corpo revestido por espinhos, com um Os crinoides, vulgarmente conhecidos por lírios-do-mar,
são equinodermas tipicamente fixados ao substrato. O corpo
JO
esqueleto interno (endoesqueleto) calcário. Apresentam
uma simetria radial, quando adultos, mas as larvas têm é constituído por uma parte central, o cálice, do qual partem
AU
simetria bilateral. São animais triblásticos, celomados e cinco braços ramificados e um pedúnculo segmentado.
AR
deuterostômios.
S
Os asteroides
PE
SISTEMA AMBULACRÁRIO Os asteroides compreendem as estrelas-do-mar, que de-
LO
vem seu nome à forma do corpo, constituído por um disco
OU HIDROVASCULAR
A
central do qual partem cinco braços radialmente dispostos.
UL
As estrelas-do-mar notabilizam-se pela elevada capacida-
PA
As estrelas, os ouriços e as holotúrias locomovem-se atra-
de de regeneração, podendo um fragmento de braço pro-
vés de pequenos pés tubulosos, conhecidos como pés
NA
duzir um indivíduo completo.
ambulacrais. A particularidade desse sistema é o fato de
4A
que a musculatura se move em função da água, pois os pés
Os ofiuroides
30
tubulosos estão ligados a um sistema de canais cheios de
70
água. A água penetra pela placa madrepórica, distribuin- Os ofiuroides são vulgarmente conhecidos por serpen-
35
do-se pelos canais radiais. tes-do-mar; apresentam o corpo formado por um disco
53
Os equinoides
AR
Canal
um corpo hemisférico, rígido, desprovido de braços e reco-
PE
pétreo Ampola
berto por espinhos. A face superior é abaulada, enquanto a
LO
As estrelas apresentam grande capacidade de regeneração, cundada por tentáculos, simples ou ramificados.
70
A DIGESTÃO
de pérolas, pois, sendo predadoras de ostras perolíferas,
53
O filo dos equinodermas é dividido em cinco classes: crinoi- pelo sistema ambulacrário. Brânquias pequenas e dérmicas
LO
258
A
AN
L
A
UL
PA
A CIRCULAÇÃO A REPRODUÇÃO
NA
4A
Não existe sistema circulatório. Os equinodermas são animais unissexuados sem dimorfismo
30
sexual. A fecundação é externa e o desenvolvimento indireto,
70
A EXCREÇÃO com formação de larva com simetria bilateral.
35
53
Não existem órgãos excretores. Os catabólitos são absorvidos
03
por amebócitos e eliminados em diversas regiões do corpo.
JO
OS SISTEMAS
AU
AR
NERVOSO E SENSORIAL
S
PE
Não existem gânglios. Na região oral aparece um anel
LO
nervoso, do qual partem nervos radiais. Células sensoriais
aparecem dispersas na epiderme.
A
UL
PA
NA
CORDADOS
4A
30
70
35
VERTEBRADOS COM
O Filo dos Cordados compreende animais que apre-
AU
MANDÍBULA (GNATOSTOMADOS)
estrutura chamada de notocorda. Outras caraterísti-
S
pós-anal.
com mandíbula: os peixes
A
cefalocordados.
PA
móvel e, quando adultos, são fixas, com dois sifões por Esses peixes, também conhecidos como elasmobrân-
A
onde a água é bombeada e filtrada. São representantes do quios, apresentam um esqueleto interno formado de car-
04
subfilo urochordata. tilagem, mais leve que esqueleto ósseo. Como exemplos
3
70
O estudo dos cordados é focado nos seres vertebrados, em típicos temos os tubarões, as raias e as quimeras. Esses
35
que há presença de coluna vertebral. peixes respiram por brânquias. Em cada lado do corpo ob-
53
(AGNATOS): OS CICLÓSTOMOS
J
AU
Os ciclóstomos são animais alongados, sem mandíbula. Só mas ou por couro. São peixes que colonizaram ambientes
S
existem representantes aquáticos. Os representantes mais marinhos e de água doce, entretanto, alguns são capazes
PE
comuns são as lampreias e as feiticeiras. A maioria desses de migrar do mar aos rios para se reproduzirem e os filho-
LO
animais sobrevivem como parasitas externos de outros ver- tes fazem o caminho inverso.
tebrados, especialmente peixes.
LA
U
PA
259
A
AN
L
A
UL
PA
Os peixes ósseos respiram também por brânquias, mas apre- 1. Quelônios ou Testudines: tartarugas (aquáticas), os
NA
sentam uma membrana óssea (opérculo) que as protege. cágados (terrestres) e jabutis (água-doce), com uma
4A
carapaça rígida (plastrão).
Estes animais apresentam uma vesícula gasosa interna de-
30
nominada bexiga natatória, que ao se encher de ga- 2. Crocodilianos: jacarés e crocodilos.
70
ses, vindos do sangue, torna o peixe mais leve. Isso permite 3. Squamatas: lagartos, serpentes.
35
que ele controle o movimento vertical na água, podendo
53
4. Rincocéfalos: tuataras.
parar facilmente.
03
Muitos desses peixes vivem em cardumes e conseguem se
PRINCIPAIS
JO
manter equilibrados pela presença de uma linha late-
AU
ral, de cada lado, que permite captar as vibrações na água.
ADAPTAÇÕES DOS RÉPTEIS
AR
O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO DOS Ovos com casca calcária são vantajosos para animais
S
PE
terrestres, já que esse material é capaz de proteger os
embriões contra a desidratação, pois são impermeáveis,
AMBIENTES TERRESTRES
LO
além da maior proteção contra choques mecânicos. Na
A
PELOS VERTEBRADOS formação do embrião, surgem anexos embrionários que
UL
permitem o desenvolvimento do animal com menor per-
PA
turbação no ambiente.
Os anfíbios
NA
Bolsa amniótica
Cório
4A
Os estudos indicam que os primeiros vertebrados a ocupar Anexo que protege o embrião e
todos os demais anexos. Na
Cheia de líquido, essa bolsa
protege o embrião quanto a
choques mecânicos (tremores)
região ligada ao alantoide,
o ambiente terrestre foram os anfíbios, na verdade os ances-
e contra a desidratação.
30
permite a passagem de ar.
Alantoide
trais dos atuais, os primeiros tetrápodes. Parte desse sucesso
70
Al
03
ESQUELETO DE SALAMANDRA
EMBRIÃO
JO
Saco vitelino
AU
ovo).
terrestre, embora muito úmido. Os sapos e pererecas são me é seca e cornificada. Também há a presença da quera-
tina no epitélio dos répteis, o que foi essencial para seu maior
PA
to (larva aquática).
3
Os répteis são divididos em ordens: outras espécies extintas, são répteis (do latim repto, rastejar).
U
PA
260
A
AN
L
A
UL
PA
São capazes de viver em ambientes secos. Embora alguns Regulação térmica
NA
tenham se readaptado à vida aquática, depositam seus
4A
ovos na terra, a menos que sejam vivíparos, como as ser- As aves permaneceram com as escamas córneas dos rép-
teis em algumas áreas de suas pernas, nos seus pés e, de
30
pentes marinhas.
maneira modificada, como uma cobertura de seus bicos.
70
A distribuição geográfica dos répteis é limitada, principal-
35
mente pela sua incapacidade de manter a temperatura A água, um excelente condutor de calor, não consegue pene-
53
corporal mais elevada do que a do ambiente (ectotermia). trar por entre as penas devido à existência de uma secreção
03
oleosa produzida pela glândula uropígea localizada perto
da base da cauda. As aves não têm glândulas sudoríparas.
JO
Reprodução
AU
Os répteis reproduzem-se por reprodução sexuada, Nutrição
AR
como em outros cordados. As fêmeas defendem seus ovos
O sistema digestório é do tipo completo. As aves granívoras
com violência até os filhotes nascerem. A maioria dos rép-
S
(que se alimentam de grãos) apresentam moela e papo.
PE
teis é ovípara, isto significa que colocam ovos.
No papo o alimento é amolecido. Daí o alimento vai para o
LO
proventrículo (estômago químico), passando a seguir para
Sistema circulatório
A
a moela (estômago mecânico), que é muito musculosa e
UL
O coração tem três câmaras, o ventrículo único dos rép- substitui a falta de dentes nas aves. A cloaca é uma bolsa
PA
teis é parcialmente dividido ou intraventricular , o que tor- onde são lançadas as fezes, a urina e os gametas, portanto
na a mistura de sangue arterial e venoso apenas parcial, constitui o final de vários aparelhos e sistemas.
NA
por isso a circulação é dupla e incompleta.
4A
A exceção é a circulação dos répteis crocodilianos. O
Sistema respiratório
30
ventrículo desses animais é completamente dividido, e o A respiração é pulmonar. Os pulmões são do tipo parenqui-
70
coração perfaz quatro câmaras: dois átrios e dois ventrí- matoso, com vários canais de arejamento, ligados a cinco
35
culos. Entretanto, na emergência das artérias pulmonar e pares de sacos aéreos, ligados às cavidades dos ossos
53
Sistema circulatório
AU
Enquanto peixes e anfíbios apresentam rins mesonefros (toráci- tem quatro cavidades. O arco aórtico, em contraste
com o dos mamíferos, é o voltado para o lado direito.
S
As aves e os mamíferos apresentam pelo menos duas ca- alto nível metabólico. Eles têm poucos filhos, mas investem
3
racterísticas em comum, que permitem esses animais so- tempo e energia consideráveis na proteção dos mesmos.
70
gordura), sob a pele e o controle interno da temperatura do Principais adaptações dos mamíferos
53
corpo (homeotermia).
03
sebáceas e sudoríparas.
AR
adaptadas a estes habitats. através do alto nível metabólico. A sua perda é reduzida,
LA
261
A
AN
L
A
UL
PA
que fornecem uma camada de isolamento de ar próximo à substância eliminada pela célula, que pode ter um fim es-
NA
pele. O calor pode ser perdido por um aumento na quan- pecífico no organismo.
4A
tidade de sangue que flui através da pele e por um res-
Osmorregulação − O organismo apresenta mecanis-
30
friamento devido à evaporação do suor produzido pelas
mos de controle da concentração de água e sais no san-
70
glândulas sudoríparas ou pela respiração ofegante, que
gue, que são detectados pelo sistema nervoso, que aciona
35
é a evaporação da água através das vias respiratórias.
os diversos sistemas permitindo o reequilíbro orgânico.
53
03
Locomoção e coordenação Classificação dos mamíferos
JO
As mudanças em todos os sistemas de órgãos estão inti- Os monotremados − Os animais deste grupo são os ma-
AU
mamente relacionadas ao aumento de atividade, que se míferos que põem ovos ou prototérios, que não possuem
AR
torna possível com a endotermia. lábios nem dentes. Os filhotes alimentam-se da secreção de
um tipo de leite que a mãe produz. Ex.: ornitorrinco.
S
Padrões mais complexos de locomoção e, provavelmente,
PE
o comportamento mais explorador e ágil requerem uma Os marsupiais − Conhecidos também como metaté-
LO
musculatura mais complexa e sistemas sensitivo e nervoso. rios ou mamíferos com bolsa. Durante o primeiro perí-
Acredita-se que o olfato e a audição eram muito aguçados
A
odo de seu desenvolvimento, o embrião permanece no
UL
nos mamíferos primitivos. interior da mãe; depois de pouco tempo o filhote sai ao
PA
O cérebro é extraordinariamente bem desenvolvido. Ele é exterior e se refugia dentro da bolsa da fêmea, conhe-
NA
muito grande e o córtex cinza contém centros associados cida também como marsúpio ou bolsa ventral, onde
ao receptor sensorial dos órgãos dos sentidos e a impor- estão as mamas. Ex.: canguru, gambá e cuíca.
tantes centros motores. O cerebelo também é mais desen- 4A
Os eutérios − A principal característica deste grupo é
30
volvido, pois a coordenação motora é mais complexa. que as fêmeas formam placentas, e, por causa disso, o
70
A liberação de excretas
53
EMBRIOLOGIA
S
PE
LO
A
EMBRIOLOGIA ANIMAL
UL
Zigoto
répteis e das aves e muitos invertebrados.
A
Mórula
70
Blástula
vivíparos – o embrião adquire oxigênio e nutrientes
03
Gástrula
AU
AR
Fertilização
órgãos Nêurula tecidos
S
O embrião pode se desenvolver de distintos modos, varian- pró-núcleo feminino e do pró-núcleo masculino, o que
LA
do com o nível de cuidado materno-fetal: resulta na união dos cromossomos de origem materna
U
PA
262
A
AN
L
A
UL
PA
e paterna, formando o zigoto. Após a fusão dos núcleos, Telolécito ou megalécito – o vitelo nesse ovo ocupa
NA
entram em atividade diversas substâncias e moléculas, as quase todo citoplasma, e a segmentação é meroblásti-
4A
quais acionam o processo de mitose no zigoto, dando ori- ca, isto é parcial e discoidal (somente no pólo animal).
30
gem à estrutura denominada blastômero. Assim, inicia-se o Exemplos: moluscos, peixes, répteis, aves, mamíferos
70
desenvolvimento embrionário. ovíparos (ornitorrinco e equidna).
35
Centrolécito – o vitelo está na região central da célu-
53
Ovócito la. A segmentação é meroblástica e apenas parcial. Ex-
03
Devido a grande quantidade de citoplasma presente no emplo: artrópodes.
JO
ovócito, essa é a maior célula do corpo humano.
CLIVAGEM
AU
Oligolécito ou isolécito – contém uma quantidade
AR
reduzida de vitelo, espalhado de maneira uniforme pelo
Depois da formação do zigoto, esse sofre mitose, dando
citoplasma. O grau de dependência do embrião pela mãe
S
origem a duas células-filhas, cada uma das quais é deno-
PE
aumenta quanto menor for a quantidade de reserva nu-
minada de blastômero.
LO
tritiva presente no ovo. Nesse tipo de ovo a segmentação
é holoblástica. Exemplos de organismos que possuem Quando eleva o número de blastômeros, o conjunto celular
A
UL
esse tipo de ovo: mamíferos placentários, anfioxos e mui- adquire uma forma esférica, compacta, cujo aspecto lem-
PA
tos invertebrados, como esponjas, corais e equinodermos. bra uma amora, razão pela qual essa fase é denominada
de mórula.
Heterolécito ou mesolécito – Nesse ovo o vitelo
NA
preenche grande parte do volume citoplasmático de Depois do estágio de mórula vem a fase de blástula, re-
forma não-homogênea (polo vegetativo). A segmen-
4A
sultante do arranjo dos blastômeros em volta de uma cavi-
30
tação nesse tipo de ovo é total e desigual. Exemplos: dade cheia de líquido, a blastocele.
70
Tipos de segmentação
03
JO
O tipo de segmentação varia nos diferentes tipos de ovos. A clivagem é mais lenta quando a quantidade de vitelo presente
é maior. Assim, ovos com uma quantidade menor de vitelo têm uma segmentação mais homogênea, ao contrário dos ovos
AU
Quantidade
PE
equinodermos, anfioxo
Oligolécito pequena homogênea total igual
A
e mamíferos
UL
Mesolécito ou heterogênea
média total desigual anfíbios
PA
heterogênea
Megalécito ou Telolécito grande parcial discoidal peixes, répteis e aves
(ocupa a maior parte do ovo)
A
heterogênea
04
MAMÍFEROS: DESENVOLVIMENTO
53
útero. Há mamíferos que geram ovos (ornitorrinco e equid- Dentro da cavidade blastocística há um fluido, que aumenta
AR
na), o restante forma uma placenta, órgão composto pela na cavidade, e leva a separação dos blastômeros em dois
parede interna vascularizada do útero chamado endomé-
S
trio. Através da placenta, os nutrientes, oxigênio, anticorpos gada, que tem como função a penetração e aderência do
LO
e hormônios atravessam o sangue materno para o embrio- embrião na parede do endométrio, e é responsável também
nário, e o embrião transfere para a mãe o gás carbônico, pela organização da parte embrionária da placenta; e o em-
LA
U
PA
263
A
AN
L
A
UL
PA
brioblasto – massa celular interna que possui no centro
A mesoderme e a notocorda
NA
um grupo de blastômeros, o qual originará o embrião.
4A
Na mesoderme (teto do arquêntero) inicia-se a separa-
A placenta é composta de tecidos maternos e embrioná-
ção de grupos celulares no embrião, resultando na sua
30
rios, e ela não envolve o embrião. Essa função é desem-
diferenciação em somitos e notocorda. A notocorda
70
penhada pelo âmnio (bolsa de água que contém o líquido
35
será substituída, parcialmente ou totalmente, pela co-
amniótico), e no seu interior o embrião fica imerso.
53
luna vertebral, que tem como função a sustentação
03
Posteriormente ao encontro dos gametas, ocorre a geração e formação do eixo céfalo-caudal. Os somitos pa-
da célula-ovo, que sofre sucessivas mitoses, designando a recem bolsas esféricas, localizados ambos aos lados do
JO
fase de mórula e, em seguida, ocorre a fase blástula. A eixo produzido pelo tubo neural e pela notocorda. A ca-
AU
próxima fase é denominada de gástrula, onde acontece a vidade de cada somito denomina-se celoma. Os animais
AR
formação de três folhetos embrionários: ectoderme, me- triblásticos são classificados de acordo com a presença
soderme e endoderme, as quais darão origem aos teci- ou ausência de celoma:
S
PE
dos e órgãos do animal. Devido a diferença na velocidade
Acelomados: a cavidade interna não é revestida pela
LO
de clivagem, formam-se macrômeros (células maiores) e
mesoderme. Representados pelos platelmintos;
micrômeros (células menores), e esta ultima célula possui
A
Pseudocelomados: a cavidade interna é revestida
UL
um intenso ritmo de divisão, e assim o polo inferior da blás-
parcialmente pela mesoderme. Representados pelos
tula é levado em direção ao polo superior. Esse processo
PA
nematelmintos;
acarretará em uma nova fase embrionária, denominada de
NA
gastrulação. Dessa forma, ocorre uma mudança no for- Celomados: a cavidade interna é totalmente revestida
4A
mato do embrião de uma esfera oca para uma hemisfera pela mesoderme. Representantes: anelídeos, artrópo-
de parede dupla. Essas alterações causam a produção de des, moluscos, equinodermas e os cordados.
30
uma nova cavidade denominada de arquêntero (intes-
70
OS ANEXOS EMBRIONÁRIOS
35
1. Números de folhetos embrionários cária porosa, o que possibilita trocas gasosas, e também
AU
Diblásticos – Apenas dois folhetos embrionários estão protege o embrião de condições desfavoráveis do meio. Já
o desenvolvimento dos mamíferos placentários acontece
AR
Triblásticos – Apresentam os três folhetos embrioná- Na conquista do meio terrestre ocorreu seleção da fecun-
dação interna e do desenvolvimento dos anexos embrioná-
LO
Protostômios – O blastóporo origina primeiro a boca. O saco vitelínico é um anexo embrionário, que está li-
NA
Ex.: maioria dos invertebrados, com exceção dos equi- gado ao intestino do embrião. Para se desenvolver o
A
Deuterostômios – O blastóporo origina primeiro o ânus. temente, o saco vitelínico vai diminuindo até desapa-
3
70
Ex.: equinodermo e cordata. recer por completo. Todos os répteis e aves, além do
35
afunda e células da ectoderme irão cobrir e esconder essa transferir para o embrião as proteínas da clara.
PE
bordas da placa neural juntam-se e ela passa a ser chamada O âmnio é uma membrana que circunda o embrião, e forma
uma cavidade (amniótica) com um líquido chamado de líqui-
LA
264
A
AN
L
A
UL
PA
do amniótico. O âmnio e a cavidade amniótica constituem a O último anexo embrionário é o cório, membrana que está
NA
vesícula amniótica, que tem papel de amortecer os choques, envolta do âmnio, da alantoide e do saco vitelínico, e está
4A
mobilidade do embrião, permitir a flutuação e evitar a desi- próxima à casca. Também participa do processo de trocas
30
dratação. gasosas.
70
35
53
SISTEMA LOCOMOTOR
03
JO
AU
É responsável pelo movimento esquelético, é composto por
SISTEMA ARTICULAR
AR
três sistemas: o sistema esquelético (alavancas de movi-
S
mento); o sistema muscular (realiza os movimentos através Articulações ou juntas são os meios pelos quais os ossos se
PE
da contração muscular); e o sistema articular (possibilita conectam entre si para compor o esqueleto. São compostas
LO
graus distintos de movimentos do esqueleto). por tecido conjuntivo denso e podem ser imóveis ou
possibilitar movimentos. São separadas em três grupos, de
A
UL
SISTEMA ESQUELÉTICO acordo com a natureza do material situada entre os ossos.
PA
SISTEMA MUSCULAR
NA
O esqueleto humano é composto por 206 ossos.
4A
O músculo é um órgão com vasos sanguíneos, conexões
Estrutura dos ossos longos
30
com neurônios e principalmente tecido muscular, que pode
70
A disposição do tecido ósseo, esponjoso (interno e menos ser liso, estriado esquelético ou estriado cardíaco.
35
rígido) e compacto (duro e externo), em um osso longo é o Tecido muscular liso: tecido de contração involuntá-
53
que confere sua resistência. Os ossos longos possuem regiões ria, que está localizado nos órgãos internos: aparelho
03
de crescimento e regiões de remodelação, além de estruturas reprodutor e grandes vasos sanguíneos. O sistema ner-
associadas às articulações. As partes de um osso longo são:
JO
Cartilagem articular
Epífise associado aos ossos de contração voluntária.
proximal Linha epifisária
Tecido muscular estriado cardíaco: músculo estri-
S
PE
Metáfise
ado sob contração involuntária. Essa musculatura tem
a propriedade de autoestimulação, as próprias células
LO
Osso esponjoso
Endósteo
A contração do músculo esquelético é voluntária acontece,
assim como nos demais músculos pelo deslizamento dos
NA
Osso compacto
Periósteo filamentos de actina sobre os de miosina (processo que
A
Cavidade medular
necessita de ATP e cálcio).
04
Diáfise
Artéria nutrícia em
3
Sarcômero
relaxado
03
O
H
J
Linha Z
AU
A I
Actina Miosina
AR
Metáfise
S
PE
Epífise
distal Sarcômero
contraído
LO
Cartilagem articular
H
Linha Z
U
A I
PA
265
A
AN
L
A
UL
PA
Eventos da contração:
NA
1. O retículo sarcoplasmático e o sistema T liberam
4A
íons Ca2+ e Mg2+ para o citoplasma.
30
2. Na presença desses dois íons, a miosina adquire uma
70
35
propriedade ATP-ásica, isto é, hidrolisa (quebra) o ATP,
53
liberando a energia de um radical fosfato.
03
3. A energia liberada provoca o deslizamento da actina
JO
entre os filamentos de miosina, caracterizando o encur-
Através do impulso nervoso inicia-se a contração muscular, tamento das miofibrilas.
AU
que chega à fibra muscular por meio de um nervo motor.
AR
Na junção neuromuscular (porção terminal ao axônio +
S
fenda sináptica + placa motora), o impulso nervoso leva a
PE
ocorrência de contração muscular.
LO
bainha de mielina
A
UL
PA
NA
axôno motor
4A
vesiculas contendo
moléculas transmissoras
mitocôndrias
(neurotransmissores)
30
70
35
53
placa
03
motora
JO
AU
AR
SISTEMA CARDIOVASCULAR
LO
A
UL
corpo. Nos vasos está o sangue, que circula através das utilizados por outras células ao longo do corpo, o siste-
A
formado por 4 cavidades. O sistema circulatório tem as se- Transporte de calor – o sangue também é usado na
3
70
Transporte de gases – participam das trocas gaso- corpo, contribuindo para a manutenção de uma tem-
53
266
A
AN
L
A
UL
PA
Componentes do sistema cardiovascular
NA
4A
Coração
30
70
35
53
veia cava superior
artéria aorta
03
JO
artéria pulmonar esquerda
AU
artéria pulmonar
AR
direita tronco pulmonar
S
átrio esquerdo
PE
LO
átrio direito
A
UL
veias pulmonares esquerdas
PA
veias pulmonares
direitas
NA
veia cardíaca
4A
artéria coronária 30
70
ventrículo esquerdo
35
53
03
ventrículo direito
AR
CORAÇÃO HUMANO
S
PE
O átrio direito através da veia cava superior e inferior valva bicúspide (mitral). O sangue sai do ventrículo esquerdo e
LO
recebe sangue venoso do corpo. A veia cava superior traz vai para o corpo através da artéria aorta, maior artéria do corpo.
sangue da parte superior do corpo; já a veia cava inferior
A
traz sangue das partes inferiores do corpo (membros infe- ficações da aorta, nutrindo o coração; o restante do sangue
PA
riores e abdômen). O sangue sai do átrio direito e vai para que passa para o arco da aorta vai para a aorta descenden-
o ventrículo direito através da abertura de uma válvula de-
NA
O ventrículo direito é a maior parte anterior do coração. dois átrios se contraem, os dois ventrículos relaxam e vice-
AU
Ligando o átrio direito ao ventrículo direito está a valva -versa. A sístole do coração é fase de contração; e, ao con-
AR
tricúspide, que tem como função impedir que o sangue re- trário, a fase de relaxamento, é denominada de diástole.
torne do ventrículo para o átrio. O sangue sai do ventrículo
S
PE
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. O sangue Os batimentos contínuos do coração são resultado de uma
LA
vai do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através da atividade elétrica, que intrínseca e rítmica, originada em uma
U
PA
267
A
AN
L
A
UL
PA
rede de fibras musculares do próprio coração denominadas As veias são vasos que retornam ao coração, carregando
NA
de células autorrítmicas ou marca-passo cardíaco, sendo o sangue dos órgãos e tecidos. As veias de maior calibre
4A
essas autoexcitáveis. O impulso elétrico começa no nodo si- têm válvulas para impedir o refluxo de sangue, garantin-
30
no-atrial (SA). Esse impulso propaga-se ao longo das fibras do que a circulação ocorra em um único sentido. Posterior-
70
musculares atriais, até que o potencial de ação chegue no mente à passagem do sangue pelas arteríolas e capilares, a
35
nodo atrioventricular (AV). Depois de ser transportado pressão sanguínea reduz, alcançando valores muito baixos
53
ao longo do feixe AV, o potencial de ação chega aos ramos no interior das veias. O retorno sanguíneo ao coração deve-
03
direito e esquerdo, que atravessam o septo interventricular, se, principalmente, às contrações dos músculos esqueléti-
em direção ao ápice cardíaco. Por fim, as miofibras condu- cos, os quais comprimem as veias, possibilitando que o
JO
toras ou fibras de Purkinje, transportam rapidamente o sangue desloque-se em seu interior. Graças às válvulas, o
AU
potencial de ação, primeiramente ao ápice do ventrículo e sangue tem um fluxo unidirecional no coração.
AR
posteriormente para o restante do miocárdio ventricular.
Os capilares sanguíneos são vasos de pequeno calibre
S
que conectam as arteríolas às vênulas.
PE
Controle nervoso do
LO
batimento do coração A evolução do coração em vertebrados
A
A inervação parassimpática no coração:
UL
Aurícula
Artéria pulmonar
Cone arterial
Veia pulmonar
PA
Aorta
1. reduz a velocidade de condução dos impulsos e aumenta Veia pulmonar Aurícula direita
Ventrículo
Aurícula esquerda
Ventrículo
NA
Veia cava Artéria pulmonar Aurícula esquerda
4A
Ventrículo direito
Cone arterial Aurícula esquerda Aorta
Circulação
3. reduz o fluxo de sangue nos vasos coronários que mantêm a
pulmonar
Circulação branquial
Circulação
Circulação
pulmonar
pulmonar
Capilares
30
Capilares
Capilares
pulmonares
Capilares
pulmonares
pulmonares
branquiais
Circulação sistémica
Circulação sistémica
Circulação sistémica
Capilares Capilares Capilares
Capilares sistémicos
Circulação
sistémicos
sistémica
35
sistémicos
2. eleva força de contração; ção chamamos essa circulação de incompleta. Esse tipo de
circulação é encontrada nos anfíbios e répteis. No entanto,
AR
As artérias são vasos de parede densa que saem do coração peixes. Os demais cordados possuem circulação dupla, na
A
carregando sangue para os órgãos e tecidos do corpo. qual o sangue passa 2 vezes pelo coração.
3 04
O sangue
70
35
53
Proteínas (fibrinogênio, protrombina, anticorpos, albumina) Remoção de resíduos metabólicos das células
LO
268
A
AN
L
A
UL
PA
NA
Composição plasmática Funções plasmáticas
4A
Lipoproteínas (LDL e HDL) Coagulação
30
Triglicérides Defesa
70
Hormônios
35
Ureia
53
Gases (O2 e CO2)
03
OS ELEMENTOS DO SANGUE
JO
AU
Quantidade
Tipos Funções Variações
média/mL
AR
Glóbulos Diminuição: anemia (verminoses, hemorragias, deficiências de
S
homem: 5,4 milhões
vermelhos Transporte de O2 e CO2 vitamina B12).
PE
zmulher: 4,8 milhões
hemácias) Aumento: pessoas que vivem em regiões de grande altitude.
LO
Glóbulos brancos Defesa fagocitária Diminuição: lesões na medula óssea e algumas infecções.
4 mil a 11 mil
A
(leucócitos) e imunitária Aumento: infecções e leucemia.
UL
Plaquetas
PA
250 mil a 400 mil Coagulação do sangue Diminuição e aumento provocados por certas doenças.
(trombócitos)
NA
4A
Coagulação sanguínea pequenas passam na parede capilar, entrando nos tecidos.
A perda de água torna o sangue mais concentrado, logo, a
30
Quando ocorre um ferimento, as plaquetas iniciam um pro- pressão osmótica se torna maior que a pressão sanguínea. Na
70
cesso de coagulação sanguínea. O coágulo conserva uma extremidade próxima à veia, acontece o retorno da água, que
35
Fígado
que tenha deixado os capilares será devolvida à circulação.
PE
Ca++ (Plasma)
Vitamina K
O sistema linfático possui vasos finos, chamados de capi-
LO
Protombina Trombina
(Plasma)
lares linfáticos, que possuem capacidade de contração,
A
Fibrina Fibrinogênio
(Coágulo) (Plasma) que resultam na formação do ducto torácico. O fluxo
PA
VITAMINA SINTETIZADA POR BACTÉRIAS QUE VIVEM NO NOSSO INTESTINO. pedem seu retorno. Para esse fluido retornar à circulação
venosa, a linfa coletada passa antes por linfonodos ou
A
As trocas entre sangue e tecidos Caso os patógenos sejam fagocitados, são desencadeadas
3
70
A constituição do líquido intersticial (extracelular) é semelhan- reações inflamatórias nos linfonodos, causando um inchaço,
35
te à do sangue, com exceção dos elementos figurados. Grande denominado íngua. Os edemas linfáticos são o excesso
53
parte do fluido que deixa os capilares tende a retornar a esses de líquido intersticial devido ao excesso de filtração ou,
03
vasos. A movimentação desse fluido é decorrente de diferen- ainda, obstrução desses vasos. As tonsilas palatinas são
tes pressões, que agem de modo diferente em cada trecho do constituídas por tecido linfoide, onde também pode acon-
J O
mesmo vaso sanguíneo. A pressão sanguínea impulsiona a sa- tecer reação imunológica a microrganismos, resultando em
AU
ída de água e substâncias nela dissolvidas pelas paredes dos amigdalite, inchaço das tonsilas.
AR
os linfonodos e o baço.
PE
269
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala se contorce e o animal esconde partes frágeis como o
NA
tronco, a cabeça e as patas no interior de uma dura car-
4A
apaça – que se fecha e fica em formato de bola.(1)
1. (UFES) A figura abaixo ilustra o corte sagital do em-
Natural da caatinga, o tatu-bola não é grande nem é fér-
30
brião de um metazoário na fase de gástrula, estando aí
til. Tem cerca de 60 cm de comprimento, pesa no máximo
70
indicados os folhetos germinativos a, b e c. Com relação
1,8kg e sua carapaça é feita de um tecido ósseo flexível,
35
aos tipos de embriões de metazoários, faça o que se
pede. parecido com a pele do crocodilo. Sua gestação dura cer-
53
ca de quatro meses e tem apenas um descendente por
03
ninhada. Delicado, não tem forças para cavar buracos.
Passa o dia dormindo em tocas abandonadas por out-
JO
ros animais. Por precaução, prefere a noite para caçar. É
AU
quando sai atrás de seu alimento preferido: o cupim.(2)
AR
(1)
EXTRAÍDO DE HTTP://WWW.OLHARDIRETO.COM.BR ACESSO EM 13/09/2012.
(2)
ROBERTO KATZ, IN REVISTA O GLOBO. 14/10/2012. P.22-27.
S
A partir do texto acima e, de acordo com conceitos de
PE
ecologia:
LO
a) indique as partes do texto que apresentam carac-
A
terísticas do tatu em relação ao seu ambiente, como
UL
habitat, nível ocupado na cadeia alimentar, nicho
PA
ecológico e hábitos de vida.
b) explique por que o tatu-bola corre grande risco de
NA
desaparecer da natureza.
4A
a) Cite um grupo de metazoário que apresente um
embrião com as características descritas acima e indi- 4. (UFPR) A criação de modelos animais alterados ge-
30
que os nomes dos folhetos a, b e c. neticamente permite o estudo de diversas doenças.
70
b) Explique o papel do folheto c na formação do cor- Esses animais são chamados knock-out quando o gene
35
c) Explique a diferença entre um embrião de metazo- quando o gene que desencadeia a doença é inserido em
seu genoma. Geralmente, para a criação de um animal
03
2. (PUC-RJ) Com relação aos animais tetrápodes, escreva laboratório, contendo o gene a ser estudado, em blástu-
o que se pede nos itens abaixo: las que são, então, implantadas no útero de uma “mãe
AU
a) Diga quais são os tetrápodes, listando as principais de aluguel” (uma rata, por exemplo). Um dos motivos
AR
permitem melhor adaptação à vida em ambientes se- a) Por que a inserção das células mutadas (produzi-
LO
cos, dando exemplos dos tetrápodes mais bem adap- das no laboratório) não é feita em fases anteriores ou
tados a esses ambientes. posteriores à de blástula, além dos motivos já citados?
A
3. meras genéticas?
PA
A escolha do tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), um ani- do os ovos de lagarto e os tenha posto para chocar,
mal “genuinamente brasileiro”, como mascote da Copa pensando que fossem de aves. O exame dos anexos
O
do Mundo de 2014, animou ambientalistas do país, já embrionários dos ovos desses dois grupos de animais
J
AU
que a espécie integra a lista de espécies da fauna bra- permite diferenciar se eles são de lagartos ou de pas-
sarinhos? Justifique.
AR
e que corre grande risco de desaparecer da natureza. em local frio e úmido, e com alimento disponível. Que
PE
270
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - E.O. c) Mais de 70% do sangue que entra pelo átrio es-
NA
querdo é proveniente de vários órgãos, exceto dos
4A
pulmões e da pele.
1. (UERJ) No gráfico, está indicado o tamanho de um
d) Um animal cujo coração é semelhante ao ilustrado na
30
animal terrestre ao longo de um determinado período
figura tem a pele bastante vascularizada e sempre ume-
70
de tempo, a partir de seu nascimento.
decida pela secreção das glândulas secretoras de muco.
35
53
4. (UFPR) Após a fecundação, o zigoto humano passa por
um período de intensa proliferação celular, denominado
03
clivagem, originando um concepto multicelular conheci-
JO
do como blastocisto. Mais tarde, esse concepto sofrerá
o processo de gastrulação e prosseguirá em diversas
AU
etapas de desenvolvimento, com uma duração média to-
AR
tal de 38 semanas contadas a partir da fecundação.
S
a) Em que locais do aparelho reprodutor feminino
PE
humano normalmente ocorrem a fecundação, a cliva-
LO
gem e a gastrulação?
Nomeie o filo a que esse animal pertence, justificando b) Que partes dos embriões humanos estão formadas
A
sua resposta. ao final da gastrulação?
UL
Nos pontos indicados pelas setas, ocorre um processo c) Se a duração do desenvolvimento humano é de 38
PA
relevante para o desenvolvimento desse animal até a semanas em média, por que, clinicamente, são consi-
fase adulta. Nomeie esse processo e aponte a razão de
NA
deradas 40 semanas?
sua importância.
4A
5. (UEG) Os vertebrados constituem o maior e mais
2. (PUC-RJ) O desenvolvimento embrionário pode ser complexo grupo de espécies dentre os cordados, sendo
30
usado para organizar os filos animais de acordo com as encontrado em todos os habitats. Uma das característi-
70
diferentes sequências de estágios e graus de complexi- cas desse grupo é a presença de membranas chamadas
35
Descreva as fases iniciais do desenvolvimento embri- para a adaptação dos vertebrados ao ambiente terres-
03
onário dos animais e diferencie animais diploblásticos tre? Justifique sua resposta.
de triploblásticos, protostômios de deuterostômios e
JO
protozoários e fungos.
PA
not_vid71173,0.htm, 26/10/2007.)
53
3. (UNB) Considerando a figura acima, que ilustra o rupção das filmagens de um longa-metragem na Aus-
trália. (em www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ul-
O
a) Os 4% de sangue que saem do átrio direito para o III. Cientistas do Museu Victoria, na Austrália, divulgaram
AR
ventrículo possuem maior concentração de O2 que os hoje imagens da menor estrela-do-mar do mundo, que
10% que saem do átrio esquerdo. mede menos de 5mm. (em noticias.terra.com.br/ciencia/
S
PE
aquáticos dulcícolas e, em geral, respiram por brânquias. -mar), de acordo com a presença de tecidos verdadeiros
U
PA
271
A
AN
L
A
UL
PA
e o número de folhetos germinativos. Caracterize cada 12. (UNICAMP) O uso das células tronco embrionárias
NA
grupo formado segundo o critério indicado. tem levantado muitas discussões. As células embrioná-
4A
b) A diferenciação dos folhetos germinativos no de- rias, geradas nos primeiros dias após a fecundação do
senvolvimento embrionário permite a formação de oócito pelo espermatozoide, não estão diferenciadas e
30
uma cavidade do corpo, o celoma. Que folheto germi- podem se transformar em qualquer célula do organis-
70
nativo está diretamente relacionado com a formação mo. A célula-tronco prototípica é o zigoto.
35
do celoma? Dê uma vantagem que a formação do (ADAPTADO DE “ISTO É”, 20 DE OUTUBRO DE 2004.)
53
celoma trouxe para os animais.
a) Após a formação do zigoto, quais são as etapas do
03
7. (UNESP) A Falsa Tartaruga suspirou profundamente desenvolvimento até a formação da notocorda e tubo
nervoso nos embriões?
JO
e enxugou os olhos com o dorso de uma patinha. Ela
olhou para Alice e tentou falar, mas, durante um ou dois b) Em que fase do desenvolvimento embrionário as cé-
AU
minutos, soluços impediram-na de dizer qualquer coisa. lulas iniciam o processo de diferenciação?
AR
c) O desenvolvimento embrionário é uma das formas de di-
(“ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS”, LEWIS CARROLL.)
vidir os filos em dois grandes grupos. Dê duas diferenças no
S
Suspeita-se que o autor criou tal personagem observan- desenvolvimento dos protostomados e deuterostomados, e
PE
do tartarugas marinhas que derramam “lágrimas” ao indique em qual desses grupos os humanos estão incluídos.
LO
desovar nas praias. A que correspondem as “lágrimas”
das tartarugas marinhas e por que essas tartarugas 13. (UFPA) Os tecidos - grupos de células de mesma ori-
A
“choram”? gem e semelhantes entre si em estrutura e função - são
UL
originados nos seres humanos a partir dos três folhetos
PA
8. (UFRJ) No processo evolutivo, centenas de espécies embrionários. Cite três tipos de tecidos humanos com
podem ser criadas em um tempo relativamente curto. suas respectivas funções.
NA
Esse fenômeno é conhecido como radiação adaptativa.
4A
No grupo dos répteis, ocorreu uma grande radiação 14. (UFSCAR) Os répteis possivelmente surgiram no fi-
adaptativa após o aparecimento da fecundação interna nal do período Carbonífero, a partir de um grupo de an-
30
e do ovo amniótico; muitas espécies desse grupo surgi- fíbios, e tiveram grande diversificação na era Mesozoi-
70
ram e ocuparam o habitat terrestre. ca. Com o surgimento da fecundação interna e do ovo
35
Explique por que o ovo amniótico facilitou a ocorrência adaptado ao ambiente terrestre, os répteis superaram
53
a) Por que a simetria radial dos equinodermas é con- b) Quais adaptações ocorreram nos embriões dos
répteis com relação à alimentação e excreção?
AR
siderada secundária?
b) Compare o esqueleto dos equinodermas com o dos
15. (UFG) Várias aves apresentam dispersão, que é uma
S
pleura e o epitélio da bexiga urinária? toral do Rio de Janeiro, não apresentam dispersão. Explique.
UL
Justifique sua resposta. b) Explique duas adaptações das aves para o voo que
PA
conseguiram produzir a primeira linhagem de células- 16. (UFMG) O caramujo africano (Achatina fulica),
A
-tronco a partir de embrião humano. As células-tronco mostrado na figura abaixo, foi introduzido no Brasil,
04
foram obtidas de um embrião em fase de blástula, de ilegalmente, na década de 1980, com o intuito de se ex-
3
onde foram obtidas as células que posteriormente foram plorar comercialmente essa espécie como iguaria gas-
70
colocadas em meio de cultura para se multiplicarem. tronômica. De lá para cá, o Achatina fulica espalhou-se
35
272
A
AN
L
A
UL
PA
1. EXPLIQUE por que uma espécie exótica como essa
NA
pôde se tornar rapidamente uma praga em diversos
4A
ecossistemas brasileiros.
2. CITE duas consequências da introdução de espécies
30
exóticas num ecossistema.
70
3. Um hábito popular para matar lesmas e caramujos
35
consiste em jogar sal de cozinha sobre seus corpos.
53
a) EXPLIQUE o processo pelo qual, nesse caso, o sal
03
leva à morte.
JO
b) Apesar de popular, o extermínio de lesmas e cara-
AU
mujos por adição de sal não é uma prática recomen-
dada para uso em hortas e jardins.
AR
JUSTIFIQUE essa afirmativa.
S
PE
17. (Unicamp) As figuras A e B representam o útero de
LO
duas mulheres grávidas de gêmeos.
A
a) Diferencie os tipos de gêmeos representados nas
UL
figuras A e B e explique como são originados.
PA
b) Que sexo os fetos podem apresentar em cada um
dos úteros?
NA
c) O cordão umbilical liga o feto à placenta. Quais são
4A
as funções gerais da placenta?
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
a) dérmico.
70
b) esquelético.
35
c) respiratório.
53
d) excretório.
03
J O
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
273
A
AN
AN
A
PA
ULA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
L
AN
A
PA
ULA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
BIOLOGIA 3
70
30
4A
NA
PA
UL
A
L
L
A
UL
PA
NA
MEIOSE E VARIABILIDADE GENÉTICA
4A
30
70
35
53
MEIOSE: CARACTERIZAÇÃO dos cromossomos, seriam portadores de duas combinações
03
gênicas: A e B ou a e b. Com a ocorrência de crossing-over,
E IMPORTÂNCIA fenômeno que acontece com os cromossomos já duplicados,
JO
formam-se quatro combinações gênicas: AB, Ab, aB e ab.
AU
A meiose é o tipo de divisão celular em que uma célula
AR
diploide (2n), depois de duplicar os cromossomos, sofre
duas divisões sucessivas, produzindo quatro células-filhas
Fases do processo meiótico
S
PE
haploides (n) totalmente diferentes geneticamente. As- Em vertebrados, a meiose ocorre apenas em células diploides
LO
sim, a meiose é responsável por aumentar a variabilidade das linhagens germinativas localizadas nas gônadas (testículos
genética das populações. e ovários) e é constituída por duas divisões celulares: meiose I
A
UL
e meiose II. Antes do início da meiose I, as células passam por
um processo semelhante ao que ocorre durante a interfase das
PA
células somáticas. Elas passam pela interfase G1, que se carac-
NA
Interfase teriza principalmente pelo processo de síntese proteica; em se-
4A
guida, ocorre a fase S, ou seja, a duplicação do material genéti-
30
co; por fim, ocorre a fase G2, em que também ocorre síntese de
Meiose
70
Organismo
2n
LO
Mitose
A
UL
Meiose
PA
Zigoto 2n
NA
Óvulo n
A
Espermatozoide n
04
CONSTÂNCIA CROMOSSÔMICA
3
70
combinações gênicas ou recombinações. Suponha a existência cia de crossing-over, que produz cromossomos com novas
S
de um organismo heterozigoto para os genes A e B; em um dos combinações gênicas. A segunda é a disjunção, totalmente
PE
cromossomos homólogos estão os alelos dominantes (A e B), ao acaso, dos homólogos para as células-filhas. Exemplifi-
LO
e no outro homólogo estão os alelos recessivos (a e b). Se não cando: no núcleo diploide, existem dois pares de cromosso-
houvesse crossing-over, os gametas, que recebem apenas um
LA
276
A
AN
L
A
UL
PA
possibilidades. Assim, ela pode receber o cromossomo 1
Importância biológica
NA
materno e o 2 paterno, ou o 1 paterno e o 2 materno, ou,
4A
então, ambos maternos ou ambos paternos. A meiose permite que o número de cromossomos pa-
drão de cada espécie permaneça o mesmo, isto é, cons-
30
Meiose: divisão reducional (R!)
70
tante ao longo das gerações.
35
A meiose garante, por meio da disjunção (separação)
53
ao acaso dos cromossomos homólogos e do crossin-
03
g-over, a formação de 4 células-filhas haploides total-
JO
mente diferentes entre si.
AU
As espécies que sofrem meiose em seu ciclo de vida
AR
apresentarão grande variabilidade genética em suas
Etapas da meiose populações, sejam animais que formam gametas ou
S
MEIOSE 1 2N = 4
PE
vegetais que formam esporos.
LO
A
UL
PA
Interfase
INTERFASE Prófase
PRÓFASE I I Metáfase
METÁFASE I I Anáfase
ANÁFASE I
MEIOSE 2 2N = 4
NA
4A
30
70
Telófase
TELÓFASE II Metáfase
METÁFASE IIII Anáfase
ANÁFASE II II Telófase
TELÓFASE II II
35
53
03
JO
Uma duplicação cromossômica para uma divisão celular. Uma duplicação cromossômica para duas divisões celulares.
PA
Células-filhas com o mesmo número de cromossomos Células-filhas com a metade do número de cromossomos
da célula-mãe (divisão equacional). da célula-mãe (divisão reducional).
NA
Não há separação dos cromossomos homólogos, Há separação dos cromossomos homólogos na divisão I
3
70
277
A
AN
L
A
UL
PA
NA
GAMETOGÊNESE
4A
30
70
SISTEMA GENITAL MASCULINO
35
53
03
Anatomia
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
Anatomia
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
A NA
304
70
35
53
03
GAMETOGÊNESE
AU
AR
Gametogênese é o fenômeno de produção dos gametas. Nos animais, esse processo ocorre nas gônadas, órgãos que também
S
sintetizam os hormônios sexuais e originam o desenvolvimento de características sexuais secundários, que diferenciam os ma-
PE
A gametogênese feminina (ovulogênese ou ovogênese) e a gametogênese masculina (ou espermatogênese) possuem etapas se-
LA
melhantes.
U
PA
278
A
AN
L
A
UL
PA
Espermatogênese
NA
}
Célula germinativa 2n
4A
geminativo
Mitose
Período
30
Espermatogônias 2n 2n
70
Mitose
2n 2n 2n 2n
Espermatogônias
35
Crescimento
crescimento
Período de
sem divisão
53
celular
Espermatócito I 2n
03
ESQUEMA DO TESTÍCULO
Meiose I
JO
Período de
Espermatócito II
maturação
OVOGÊNESE
n n
Meiose II
AU
n n n n
Espermátides
AR
diferenciação
Espermatozoides
n n n n
} Período de
O processo de formação do óvulo é dividido em 3 etapas: pe-
ríodo germinativo, período de crescimento e período de ma-
S
PE
Ovogênese turação.
LO
Período Germinativo – Ovogônias (2n), as células ger-
}
Célula germinativa 2n
Mitose
minativas, dividem-se por mitose originando outras ovogô-
A
geminativo
UL
Ovogônias 2n 2n
nias (2n). Esse processo termina próximo ao nascimento
Período
Mitose
PA
nas fêmeas de mamíferos.
Ovogônias 2n 2n 2n 2n
Período de Crescimento – Nesse período não ocorre
NA
Crescimento
sem divisão
celular
4A
Ovócito I 2n mento em volume da ovogônia (2n), que passa a ser cha-
30
Meiose I mada de ovócitos I, ou ovócitos primários ou de primeira
}
Glóbulo polar
70
Ovócito II n n ordem.
Período de
maturação
35
Meiose II
Período de Maturação – Cada ovócito I (2n) agora so-
53
Óvulo n n n n
fre divisão meiótica. A meiose I resulta em duas células de
03
Glóbulos polares
tamanhos diferentes, uma maior chamada de ovócito II (n),
ESPERMATOGÊNESE
JO
A espermatogênese inicia-se na puberdade e ocorre ao longo muito pequena chamada de primeiro corpúsculo polar ou
AR
de toda vida do homem. glóbulo polar (n). Na meiose II, o ovócito II dá origem a uma
S
diploides. Nos machos de mamíferos, esse período pode 1. O período germinativo é mais longo na espermatogênese
A
Período de crescimento – Nesse período cessam as di- 2. O período de crescimento é mais demorado na ovogênese.
3
70
ou de primeira ordem.
apenas um óvulo.
Período de maturação – Cada espermatócito I (2n) sofre
JO
divisão meiótica. Depois da meiose I, as duas células resul- 4. Na ovogênese, não existe o período de diferenciação.
AU
II, dá origem a duas células denominadas espermátides (n). Para a formação de um novo indivíduo, os gametas fun-
LO
279
A
AN
L
A
UL
PA
NA
HISTOLOGIA
4A
30
70
35
53
O corpo de um organismo multicelular é composto por dis- Zona de oclusão
03
tintos tipos de células, especializadas em funções diferentes.
Zônulas de adesão
JO
A histologia é a ciência que estuda os tecidos biológicos: ori-
gem, característica, tipo de célula e funcionamento. Desmossomos
AU
Hemidesmossomos
AR
Tipos básicos de Junções gap ou comunicantes
S
tecido e suas funções
PE
Interdigitações: aumento da superfície de contato
LO
Os animais vertebrados possuem 4 tipos básicos de teci-
A
dos: muscular, nervoso, conjuntivo e o epitelial. Classificação de epitélios
UL
Epitélio – é o revestimento superficial externo do cor-
PA
po (faz parte da pele), dos órgãos e das cavidades cor-
NA
porais internas. Também possui o papel secretor.
4A
Conjuntivo – composto por vários tipos células e Simples pavimentoso
30 Simples cúbico
por farta matriz extracelular, secretada pelas próprias
70
Estratificado
Nervoso –as células desse tecido exibem longos pro- cúbico
AU
TECIDO EPITELIAL
LO
Simples colunar
A
e conectadas por pequena quantidade de substância ex- DIFERENTES MORFOLOGIAS DAS CÉLULAS EPITELIAIS
3
70
tracelular. As células possuem uma grande aderência entre Os epitélios podem ser classificados em relação ao número
35
larizados. As células são nutridas por difusão que ocorre a Classificação dos epitélios quanto
O
partir dos capilares presentes no tecido conjuntivo próximo ao número de camadas celulares
J
AU
ao epitélio.
Epitélios simples ou uniestratificados
AR
280
A
AN
L
A
UL
PA
Classificação dos epitélios quanto à forma Glândulas exócrinas – lançam seus produtos através
NA
de duto para uma cavidade interna. Exs.: lacrimais, su-
4A
Pavimentoso – Células achatadas como ladrilhos; doríparas, glândulas salivares, mamárias e sebáceas.
30
Cúbico – Células com forma de cubo; Glândulas endócrinas – lançam seus produtos di-
70
Prismático – Células alongadas com forma de coluna. retamente na corrente sanguínea. Exs.: glândulas da
35
tireoide, hipófise e adrenais.
53
Classificação dos Glândulas mistas – possuem regiões endócrinas e
03
epitélios quanto à função exócrinas. Ex.: pâncreas (porção exócrina secreta en-
JO
Os epitélios podem ser classificados em epitélios de reves- zimas digestivas no intestino; a porção endócrina se-
AU
timento e epitélios glandulares. creta os hormônios insulina e glucagon no sangue).
AR
As glândulas também podem ser classificadas em relação
S
Epitélios de revestimento à forma como eliminam suas secreções.
PE
LO
As funções desse epitélio englobam proteger e revestir as
superfícies externas e internas, secretar diversos produtos, TECIDO CONJUNTIVO
A
UL
absorver substâncias, remover impurezas e pode apresen-
Formado pelos diferentes tipos de células imersas em ma-
PA
tar receptores sensoriais.
terial extracelular (substância amorfa ou matriz), que é
NA
produzido pelas próprias células do tecido. Essa matriz, de
Pele: órgão de contato aspecto transparente e gelatinoso, é constituída, principal-
4A
mente, por água, glicoproteínas e fibras proteicas.
30
Histologia da pele
De acordo com o tipo celular e a proporção relativa entre
70
A pele é um órgão composto de epiderme e derme nos os componentes da matriz extracelular, os tecidos conjunti-
35
O excesso de queratina mata as células superficiais, os Tecido conjuntivo propriamente dito: frouxo, denso
quais formam um revestimento resistente ao atrito e im- modelado e denso não modelado;
JO
so e sanguíneo;
duzem melanina (pigmento marrom-escuro) que protege a
Tecido conjuntivo de consistência rígida: cartilagino-
S
so e ósseo.
LO
Sensores da pele
Tecido conjuntivo frouxo
A
UL
a função de relacionamento com o meio ambiente. Dis- Preenche espaços vazios. Também age, de certo modo,
tribuídas por toda a pele, há terminações nervosas livres, como barreira contra a entrada de elementos estranhos
NA
responsáveis pela captação de estímulos ambientais. nos tecidos. O tecido conjuntivo frouxo possui maior quan-
A
Anexos da pele
3
70
báceas, que lubrificam a pele, e glândulas sudoríparas, que Colágenas, elásticas e reticulares são os tipos de fibra que
53
As células do tecido epitelial glandular são produtoras de O tecido conjuntivo frouxo é composto por dois fundamen-
AR
De acordo com a forma de secretar substâncias, as glându- As células mesenquimatosas e os plasmócitos são células
também presentes nesse tecido.
LO
281
A
AN
L
A
UL
PA
Tecido conjuntivo denso Glóbulos vermelhos
NA
4A
Nesse tecido predominam os fibroblastos e as fibras colágenas. Chamados de hemácias ou eritrócitos. Células sem núcleo, que
parecem um disco bicôncavo. Possuem uma grande quanti-
30
Esse tecido tem em sua maioria fibras colágenas, quan- dade de hemoglobina (proteína transportadora de oxigênio).
70
do comparado com a quantidade de células presentes. Ele
35
pode ser classificado com relação à organização dessas
Glóbulos brancos
53
fibras em:
03
Denominados de leucócitos, são células do sangue relacio-
Não modelado – as fibras estão em feixes posiciona-
nadas com a defesa do organismo.
JO
dos em direções diferentes, o que o confere resistência à
AU
tração em várias direções, além de grande elasticidade.
Tecido conjuntivo ósseo
AR
Modelado – as fibras estão em feixes posicionados
na mesma direção; aqui o movimento de rotação é li- Tem como função sustentar e compor os ossos do esque-
S
PE
mitado, porém existe uma grande resistência à tensão leto dos vertebrados. É um tecido rígido devido à matriz
rica em sais de cálcio, fósforo, magnésio, além de fibras de
LO
em uma certa direção.
colágeno, que aferem certa flexibilidade ao osso.
A
UL
Tecido conjuntivo adiposo Cartilagem articular
OpenStax College
Epífise proximal
PA
No tecido adiposo, a substância intracelular está em menor Metáfise Tecido ósseo esponjoso
NA
quantidade, e as células estão cheias de lipídios, as quais Disco epifisários
4A
Medula vermelha
são chamadas de adipócitos. 30
As células adiposas possuem vacúolo grande e central de
70
Perióstio
cartilaginoso
JO
Arteria nutricia
Metáfise
e é imprescindível para o crescimento dos ossos longos.
S
Epífise distal
cartilagens estão localizadas em grande parte no sistema Cartilagem articular
LO
osso compacto
Tecido conjuntivo sanguíneo
53
03
É formado por células (parte figurada), imersas num meio Tipos de células do osso
O
líquido, o plasma (parte amorfa). Osteoblastos são células jovens. Possuem longas projeções
J
AU
mentação dos megacariócitos, células grandes da medula os prolongamentos citoplasmáticos. Há ainda outro tipo
celular nesse tecido, os osteoclastos, que são células prin-
LO
282
A
AN
L
A
UL
PA
A remodelação e o crescimento normais dependem de: Tipos de fibras musculares
NA
Fabricação dos hormônios responsáveis pela atividade estriadas esqueléticas
4A
do tecido ósseo.
Lentas ou vermelhas (tipo 1): Têm mioglobina
30
Quantidades adequadas de cálcio e fósforo na dieta
70
(proteína que conduz e estoca oxigênio para os tecidos
alimentar.
35
musculares) e mitocôndrias. Altamente resistente à fadi-
53
Quantidade adequada de vitaminas, como vitamina D, que ga, assim, estão adaptadas a movimentos duradouros e
03
auxilia na deposição de cálcio e fósforo na matriz óssea. lentos. Para sua atividade utilizam a energia proveniente
do processo de respiração celular normalmente.
JO
TECIDO MUSCULAR Rápidas ou brancas (tipo 2): São fibras mais claras,
AU
pois possuem pouca mioglobina e mitocôndrias. Estão
AR
Fundamental na locomoção, na contração do coração e das adaptadas a movimentos rápidos e potentes. A energia
S
artérias (vasos sanguíneos), dos órgãos do tubo digestório para a atividade dessa fibra vem de processos anaeró-
PE
e outros. Fibras musculares são as células dos tecidos mus- bios, como a fermentação, normalmente.
LO
culares, que são alongadas e têm o nome de miócitos.
Tecido muscular estriado cardíaco
A
UL
Tipos de tecido muscular Apresenta células musculares estriadas com núcleos cen-
PA
Existem três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, trais. Esse tecido é encontrado apenas no coração, e possui
NA
estriado cardíaco e liso. uma contração potente, rítmica e involuntária.
4A
O processo de autoestimulação é realizado pelas células
30
Tecido muscular estriado musculares cardíacas (isso ocorre independente de um es-
70
TECIDO NERVOSO
A
UL
Linha Z Linha Z Os seres vivos interagem com o meio e reagem aos es-
PA
Miofibrilas Banda A
Banda I Banda I
tímulos ambientais. No tecido nervoso praticamente não
NA
Fibra Túbulos T
Retículo Linha Z
Sarcômero
Linha Z
há substância intercelular. Seus fundamentais constituintes
Sarcoplasmático
celulares são os neurônios e as células da glia.
A
Núcleo
Filamento grosso
04
Troponina
ficam e transmitem estímulos nervosos, permitindo ao
35
Actina Tropomiosina
indivíduo responder a mudanças do meio.
53
Músculo organismo.
J
estirado
AU
Músculo
contraído
PE
sobre os neurônios.
Sarcômero contraído
LA
U
PA
283
A
AN
L
A
UL
PA
A micróglia é um tipo especializado de macrófago, O estímulo causador do impulso nervoso necessita ser su-
NA
fagocita detritos e restos celulares do sistema nervoso. ficientemente forte, acima de um certo valor, que discrepa
4A
Células de Schwann são células especiais que envol- entre os tipos de neurônios, para levar à despolarização
30
vem certos tipos de neurônios. Enrolam-se dezenas que modifica o potencial de repouso em potencial de ação.
70
de vezes em torno do axônio e formam uma capa Esse estímulo chamamos de estímulo limiar. Dessa manei-
35
membranosa chamada bainha de mielina. ra, não há variação de intensidade de um impulso nervoso
53
devido ao aumento do estímulo; esse processo obedece à
03
regra do “tudo ou nada”.
Transmissão do
JO
A transmissão do impulso nervoso propaga-se através de
impulso nervoso
AU
uma região denominada sinapse. Não há contato entre as
Os estímulos nervosos propagam-se sempre no mesmo membranas das duas células que se comunicam via sinap-
AR
sentido: são recebidos pelos dendritos, continuam pelo cor- se. Os mediadores químicos, chamados neurotransmisso-
S
po celular, passam pelo axônio, a qual transmite à célula res, são liberados na porção terminal do axônio, através de
PE
seguinte, prosseguindo com a transmissão. vesículas secretoras. Ao cair na fenda sináptica, esses
LO
neurotransmissores geram os impulsos nervosos na célula
A
subsequente.
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
A energia obtida pelas células para fazer suas funções Ao receberem elétrons e hidrogênios, NAD, NADP+ e FAD
PA
mente com a energia obtida da “quebra” dessas sub- NAD+ (forma oxidada) m NADH (forma reduzida)
A
m
que se desprende assim que uma delas se rompe.
35
53
RESPIRAÇÃO CELULAR
O processo para fabricação de energia é denominado res-
03
C6H12O6 + 602 o 6CO2 + 6H2O + energia (calor) A respiração celular é basicamente um processo de ex-
J
AU
NAD+, NADP+ e FAD são moléculas complexas que cap- necessários três mecanismos: a glicólise (ocorre no citosol,
PE
turam elétrons e átomos de hidrogênio desprendidos de não precisa de oxigênio - processo anaeróbio), o ciclo de
LO
reações químicas no interior das células, e onde ocorrem a Krebs e a fosforilação oxidativa (ocorrem nas mitocôndrias
produção e degradação de substâncias orgânicas.
LA
284
A
AN
L
A
UL
PA
Glicólise ATP sintase
NA
4A
Processo anaeróbio em que há modificação gradual da Um gradiente de prótons entra na matriz mitocondrial. Os
molécula de glicose realizada por um conjunto de enzimas, prótons acumulados tendem a voltar para a matriz, cruzando
30
resultando, ao final na produção de duas moléculas de um a enzima ATP sintase, localizada na membrana interna mito-
70
“subproduto”, o ácido pirúvico. O saldo da glicólise é 2 condrial, onde também se encontram as enzimas e proteínas
35
ATP a cada molécula de glicose. que fazem parte da cadeia transportadora de elétrons.
53
03
Ciclo de Krebs ou ciclo FERMENTAÇÃO
JO
do ácido cítrico
AU
É a oxidação incompleta da glicose sem necessidade de
AR
O ácido pirúvico que resulta da glicólise penetra na mitocôn- oxigênio que é feita por alguns seres vivos. Nesse processo
dria, dando início à fase aeróbia da respiração. Depois de denominado de fermentação, a quebra da glicose (glicó-
S
PE
passar por reações enzimáticas, o ácido pirúvico perde CO2 lise) completa-se com a fabricação de apenas dois ATPs.
e hidrogênio, respectivamente, por descarboxilação e desidro-
LO
genação, com consequente redução do NAD+ à NADH. Em Fermentação lática
A
seguida, esse ácido liga-se à coenzima A formando a acetil-
UL
É a oxidação anaeróbica parcial de carboidratos que leva
-coenzima A, ou Acetil-CoA. Esta, por sua vez, combina-se
PA
com o ácido oxalacético e dá origem a uma molécula com seis a produção final de ácido lático e de outras substâncias
orgânicas. É um processo microbiano muito importante
NA
átomos de carbono, o ácido cítrico. Este também passa por
uma série de transformações – descarboxilações e desidroge- usado na fabricação de laticínios, picles, chucrutes e na
4A
nações – até originar o ácido oxalacético, que reinicia o ciclo. conservação de forragens. Porém, é responsável pela dete-
30
rioração de diversos produtos agrícolas.
70
Cadeia respiratória
35
53
foram aceptados por substâncias especiais, o NAD e o FAD, O rendimento em ATP da glicólise sob condições anaeróbi-
AU
e reduzidas a NADH e a FADH2. NADH e FADH2 devem cas – 2 ATP por molécula de glicose – é muito menor que
AR
ligar-se ao oxigênio para que, com a transferência dos hi- o obtido na oxidação completa da glicose sob condições
drogênios, forme-se água. aeróbicas.
S
PE
oxigênio são transferidos de uma substância para outra, As leveduras usadas em cervejarias, em padarias, pela rea-
UL
para compor uma cadeia que possibilita a liberação gra- lização de fermentação alcoólica, fermentam a glicose em
PA
dativa de energia, usada para a produção de ATP, a partir etanol e CO2. Os fungos (leveduras) empregados na produ-
de ADP e fosfato. Depois que a energia foi utilizada para ção de vinho e pães são anaeróbicos facultativos, isto é, se,
NA
produção de ATP, decorrente de sucessivas oxidações, diz- em ambiente oxigenado, realizam respiração aeróbica, e se
A
FOTOSSÍNTESE E QUIMIOSSÍNTESE
53
03
J O
Os seres autótrofos podem fazer fotossíntese ou quimi- O conjunto de reações da fotossíntese pode ser divid-
AU
ossíntese para produzir matéria orgânica. ido em duas fases: fase fotoquímica (fase clara) e fase
AR
285
A
AN
L
A
UL
PA
Fotossistemas – uma estrutura que contém pigmentos NADPH (nicotinamida-adenina-dinucleotídeo fosfato- redu-
NA
fotossintetizantes como a clorofila, e carotenoides associa- zido) e o ATP; e também ocorre a fotólise da água. Nessa
4A
dos a proteínas, nos tilacoides. Assim, um fotossistema está etapa a energia luminosa se transforma em energia química.
30
envolvido no processo de absorção da luminosidade e na Fotólise da água – é a quebra de molécula de água
70
transformação dessa energia luminosa em energia quími- frente à luz, levando à produção de oxigênio (O2), de
35
ca. Existem, basicamente, dois fotossistemas, que foram prótons e de elétrons. É uma das primeiras reações que
53
nomeados de fotossistema I e II. O primeiro absorve luz no ocorrem na fotossíntese.
03
comprimento de onda até 700 nm e transfere elétrons para
o aceptor final NADP+. E o fotossistema II absorve luz no Transporte de elétrons – a energia luminosa absor-
JO
comprimento de onda até 680 nm e é o responsável pela vida pela clorofila excita-a, fazendo com que os elétrons
AU
fotólise da água (quebra da molécula de água). se afastem do núcleo escapando da molécula clorofila.
AR
Fotofosforilação cíclica – elétrons perdidos pela
Citocromos – são aceptores de elétrons da cadeia
clorofila do fotossistema I percorrem cadeia de trans-
S
transportadora. São moléculas coloridas.
PE
portadores, porém voltam para a mesma clorofila de
Ferrodoxina, quinona e plostocianina – são out-
LO
onde saíram.
ros aceptores de elétrons.
A
Cadeia de
UL
ATP
transporte
PA
Elétrons
excitados Energia para
(2 e) produção
NA
Fase clara (fotoquímica) de ATP
Transportador de elétrons
4A
Luz
Essa primeira fase depende da presença da luz, porém inde- 30 CLOROFILA
pende da temperatura. Resumidamente, através de reações
70
Fotofosforilação acíclica – tem a participação dos dois fotossistemas (P700 e P680), da molécula de H2O e o do NADP,
53
03
e assim, ocorre a produção de O2, NADPH e ATP. O fotossistema I recebe elétrons liberados da clorofila do fotossistema
II, que se oxida, porém retorna à forma reduzida ao capturar elétrons provenientes da fotólise da água.
JO
Os elétrons saem da clorofila do sistema (P700) por aceptores de elétrons e a última molécula é o NADP+ que, ao mesmo
AU
tempo, capta íons H+, resultantes da fotólise água, e assim, forma NADPH. Durante esse transporte entre os aceptores
AR
286
A
AN
L
A
UL
PA
Fase escura (química) O aumento de CO2 eleva a taxa de fotossíntese até que
NA
ocorra saturação das enzimas do ciclo de Calvin.
4A
Essa fase não depende diretamente da luz. Usa-se o ATP
e NADPH oriundos da fase fotoquímica. Aqui acontece a Temperatura
30
conversão do CO2 em um composto orgânico (glicídio), o Intensidade de fotossíntese
70
que ocorre através de um ciclo de reações, chamado ciclo
35
das pentoses, ou ciclo de Calvin-Benson. Nesse ciclo há
53
etapas importantes catalisadas pela enzima rubisco. A fase
03
escura acontece no estroma do cloroplasto e no citosol de
JO
bactérias fotossintetizantes.
AU
AR
T (ºC)
S
PE
QUIMIOSSÍNTESE
LO
A
É um processo em que a energia utilizada na formação de
UL
compostos orgânicos, a partir de gás carbônico (CO2) e da
PA
água (H2O), provém da oxidação de substâncias inorgâni-
cas. A quimiossíntese é realizada por algumas bactérias e
NA
lhes conferem o nome de bactérias quimiossintetizantes.
4A
Elas podem viver em ambientes sem luz e O2.
30
As moléculas de gliceraldeído-3-fosfato (PGAL) produzidas
70
influenciam a fotossíntese
S
Segunda etapa
PE
Intensidade luminosa
CO2 + H2O + energia química o substâncias orgânicas
LO
Intensidade de
fotossíntese
A
UL
Fotossíntese
PA
NA
Respiração
celular
A
04
1 2 3 Intensidade
3
luminosa
70
Gás Carbônico
O
Taxa de fotossíntese
J
AU
AR
S
PE
LO
LA
Concentração de CO2
U
PA
287
A
AN
L
A
UL
PA
NA
GENÉTICA: PRIMEIRA LEI DE MENDEL
4A
30
70
35
HERANÇA MONOÍBRIDA NOS VARIAÇÕES DA PRIMEIRA LEI DE
53
MENDEL – INTERAÇÕES
03
ESTUDOS DE MENDEL
ENTRE ALELOS – A DOMINÂNCIA
JO
AU
Quando o indivíduo apresenta dois alelos idênticos, ele é
denominado homozigoto, como no caso dos indivídu-
INCOMPLETA OU PARCIAL
AR
os AA e aa, e quando o indivíduo apresenta apenas uma
S
cópia de cada alelo, é denominado heterozigoto (Aa). Existem outros tipos de interações, como a dominância in-
PE
completa. Neste tipo de interação a característica codificada
Mendel demonstrou que cada característica é determinada
LO
por um alelo não se sobrepõe à característica determinada
por dois fatores,(posteriormente chamados de alelos) e que
por outro alelo. Assim, o que observamos é o surgimento de
A
durante a formação dos gametas esses fatores se segregam
UL
uma característica intermediária na prole. Abaixo, o exemplo é
(separam-se), ou seja, cada gameta possui apenas um fa-
PA
a Mirabilis jalapa, conhecido popularmente como maravilha:
tor. Com isso a primeira lei de Mendel também é conhecida
NA
como lei da segregação dos fatores.. P
F1
35
Rosa (VB)
Fenótipo
53
03
F2
É a característica expressa no organismo, que é re-
JO
(FENÓTIPO = GENÓTIPO + AMBIENTE). O fenótipo pode ser: Vermelha Rosa Rosa Branca
(VV) (VB) (VB) (BB)
AR
Cruzamento - Teste dos por Mendel, existe mais de um alelo dominante. Assim,
04
A_ x aa
INTERAÇÕES ENTRE ALELOS –
J
AU
Quando é utilizado o genitor recessivo para o teste, o pro- condicionada pela homozigose de um determinado alelo,
LA
288
A
AN
L
A
UL
PA
ANALISANDO HEREDOGRAMAS
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
289
A
AN
L
A
UL
PA
PROBABILIDADE Acondroplasia – é determinada por um alelo domi-
NA
nante. Pessoas com essa anomalia têm uma diminuição
4A
O estudo da genética admite calcular a probabilidade de no crescimento ósseo, o que resulta em fenótipo anão;
30
ocorrência de eventos nas gerações futuras. Polidactilia – também devido a um gene dominante,
70
É possível determinar probabilidade (P) como sendo o re- os portadores têm um dedo extra (seis dedos), um
35
sultado da divisão do número de vezes em que um evento fenótipo raro;
53
esperado pode acontecer (r) pelo número total de resulta-
03
dos possíveis (n):
JO
U
3
AU
Q
AR
S
A PRIMEIRA LEI DE
PE
POLIDACTILIA
LO
MENDEL E A GENÉTICA HUMANA Braquidactilia – devido a um alelo dominante raro,
A
UL
Algumas anomalias humanas são de natureza genética, consiste em dedos curtos;
PA
como, por exemplo: Doença de huntington – também causada por
NA
Fenilcetonúria (PKU) – indivíduos homozigotos re- um alelo dominante, leva a degeneração do sistema
nervoso, o que leva a perda de memória e de controle
4A
cessivos não processam o aminoácido fenilananina, o
qual se acumula no indivíduo e transforma-se em ácido dos movimentos do corpo, podendo ocasionar à morte.
30
fenilpirúvico. Esse ácido interfere no desenvolvimento Manifesta-se por volta dos 40 anos.
70
mental;
53
03
Controle ambiental
LA
U
PA
290
A
AN
L
A
UL
PA
A. O empacotamento
Controle gênico posterior
NA
à transcrição
4A
Cromatina não
30
condensada Depois da transcrição, quando já se formou o RNA men-
70
sageiro, essa molécula pode representar outro ponto da
35
regulação da expressão gênica.
53
A. Splicing do RNA – Antes do RNA mensageiro entrar
03
no ribossomo para ser lido é necessária a retirada desse
material não codificante presente nessa molécula de RNA
JO
Cromatina que, nesse caso, é o íntron.
AU
condensada
B. Silenciamento do mRNA
AR
C. Data de validade dos mRNA
S
PE
Controle gênico na tradução
LO
A
A. Local da tradução: alguns genes apresentam a tradu-
UL
B. Repressores ção restrita em locais específicos do citoplasma.
PA
2. Regulação por outros genes – há genes que B. Modificações que ocorrem durante a tradução
NA
podem aumentar as taxas de transcrição ou podem
diminuir essa taxa, assim podem regular a expressão
dos genes.
ALELOS MÚLTIPLOS
4A
30
Alelos múltiplos ou polialelia ocorre quando existem mais
70
3. Hormônios – são substâncias normalmente produzi- de 2 alelos para um mesmo gene (mesma característica).
35
das longe do seu local de ação, então são liberadas na cor- São clássicos os exemplos de polialelia: da cor da pelagem
53
rente sanguínea para atingir os alvos (podem afetar vários em coelhos (exemplo acima), além da já citada determi-
03
SISTEMA ABO
S
PE
LO
Grupo A B AB O
A
04
Tipos de
3
70
hemácias
35
53
03
Aglutinogênios
O
Nenhum
presentes
J
AU
Anticorpos
PE
Nenhum
presentes
LO
291
A
AN
L
A
UL
PA
A herança dos grupos
NA
sanguíneos no sistema ABO
4A
30
Entre os alelos que determinam o tipo sanguíneo ocorrem
70
dois tipos de relação: dominância e codominância. A pro-
35
dução de aglutinogênios A e B é determinada, respectiva-
53
mente, pelos genes IA e IB, enquanto o alelo i, condiciona
03
a não produção de aglutinogênios. Fica claro que se trata
JO
de um caso de alelos múltiplos. Entre os genes IA e IB há
AU
codominância (IA = IB), mas cada um deles domina o gene
i (IA > i e IB > i). Observe a tabela.
FENÓTIPO BOMBAIM
AR
S
Possíveis fenótipos e genótipos do sistema ABO As glicoproteínas A e B, que podem estar presentes na he-
PE
Fenótipos Genótipos mácia dos indivíduos, são produzidas com o auxílio de uma
LO
enzima que transforma uma substância precursora em an-
A IAIA, IA i
A
tígeno H, e depois este virará antígeno A ou B. Indivíduos
UL
B IBIB, IB i com os genótipos HH ou Hh, produzem o antígeno H e,
PA
AB IAIB consequentemente, podem produzir os antígenos A e B. Já
um indivíduo hh não produz antígeno H e não pode produ-
NA
O ii
zir o antígeno A nem o B.
Para descobrir o tipo sanguíneo usa-se um método teste
4A
Genótipo do indivíduo: HH ou Hh e IAIA OU IAi (tipo A).
30
de amostras de sangue com aglutininas anti-A e anti-B.
70
e o próprio O).
03
Soro anti-B Soro anti-A gota de seu sangue em uma lâmina e colocar o anticorpo
AR
Grupo B
304
70
35
53
Grupo AB
J
AU
AR
S
PE
292
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala Os resultados obtidos estão representados no gráfico.
NA
4A
30
1. (UFG) Para manterem-se vivos e desempenharem as
funções biológicas, os organismos necessitam de ener-
70
gia presente, principalmente, nos carboidratos e lipí-
35
dios dos alimentos. Dentre os carboidratos, a glicose é
53
a principal fonte de energia para a maioria das células e
03
dos tecidos. Apesar da dieta cotidiana conter pouca gli-
JO
cose livre, proporções consideráveis desse carboidrato
são disponibilizadas a partir da ingestão de amido, um
AU
polissacarídeo presente nos alimentos.
AR
Com relação a esses carboidratos, descreva:
S
Explique o aumento da concentração de lactato sanguí-
PE
a) o processo de digestão do amido ao longo do sis- neo observado e justifique a importância de sua pro-
tema digestório humano;
LO
dução para que as reações químicas da glicólise não
b) o metabolismo da glicose no interior das células sejam interrompidas.
A
até a formação de CO2, H2O e ATP.
UL
6. (UFTM) Considere uma célula com o genótipo a se-
PA
2. (UFPR) Nas prateleiras de um supermercado pode- guir e suponha que ela entre em divisão meiótica.
NA
mos encontrar vinagre, iogurte, pão, cerveja e vinho.
4A
a) Que processo biológico está associado à produção
de todos esses itens?
30
b) Que grupos de microrganismos são necessários
70
uma trissomia do cromossomo 21, ou seja, a pessoa a) Qual será a composição de alelos nessa célula ao
apresenta três cópias (cromátides) desse cromossomo, final da fase S da interfase? Justifique sua resposta.
AR
ao invés de apenas duas. Na maioria dos casos de sín- b) Suponha que ao final dessa meiose não tenha ocor-
S
drome de Down, a terceira cópia do cromossomo 21 rido crossing-over ou mutação. Qual fenômeno pode-
PE
é originada devido a um erro durante a formação dos ria ocorrer na meiose que promoveria um aumento na
LO
gametas do pai ou da mãe. Que tipo de erro, durante a variabilidade genética dos gametas formados? Expli-
formação dos gametas do pai ou da mãe do portador que esse fenômeno.
A
UL
U.T.I. - E.O.
PA
dobacterium, são microrganismos vivos que, quando 1. (UFPR) No heredograma abaixo, os indivíduos afeta-
A
administrados adequadamente, favorecem o sistema dos por uma anomalia genética apresentam-se pinta-
04
dos probióticos.
JO
AU
293
A
AN
L
A
UL
PA
a) Proponha uma hipótese para explicar genetica- a) O aquário foi mantido, por certo tempo, em ambien-
NA
mente essa anomalia, abordando o número de genes te escuro. Nova amostra de água foi retirada (amostra
4A
envolvidos e o tipo de interação alélica e de herança 2) e, ao se adicionar o indicador de pH, a coloração foi
cromossômica (sexual ou autossômica). diferente da observada na amostra 1. Explique o que
30
b) Indique os genótipos dos indivíduos afetados e de provocou a diferença de pH entre as amostras 1 e 2.
70
seus pais. b) A adição excessiva de ração para peixes levou ao
35
aumento da população de decompositores no aquá-
53
indivíduo afetado genótipo pais genótipo rio. Que coloração é esperada ao se adicionar o in-
03
II:1 I:1 dicador de pH a uma amostra de água do aquário
II:3 I:2 (amostra 3)? Justifique sua resposta.
JO
II:5 I:3 6. (UNIFESP) Charles Darwin explicou o mecanismo
AU
III:2 I:4 evolutivo por meio da ação da seleção natural sobre a
AR
III:3 II:8 variabilidade dos organismos, mas não encontrou uma
explicação adequada para a origem dessa variabilida-
S
PE
2. (UNICAMP) Mecanismos de controle de pH são fun- de. Essa questão, no entanto, já havia sido trabalhada
damentais para a vida. Um mecanismo bastante efici- anos antes por Gregor Mendel e, em 2015, comemo-
LO
ente de controle de pH por organismos vivos envolve ram-se os 150 anos da publicação de seus resultados,
A
moléculas doadoras e aceptoras de prótons, que são conhecidos como Leis de Mendel.
UL
ácidos e bases que atuam em conjunto equilibrando al-
a) A que se refere a Segunda Lei de Mendel? Por que ela
PA
terações de pH às quais os organismos estão sujeitos.
explica o surgimento da variabilidade dos organismos?
Que consequências para o processo de respiração celu-
b) Cite e explique um outro processo que também
NA
lar a alteração na estrutura de proteínas envolvidas
com o ciclo de Krebs pode trazer? tenha como resultado a geração de variabilidade no
4A
nível genético.
30
3. (UFG) O heredograma é a representação gráfica das 7. (UFU) O gráfico a seguir apresenta o efeito da lu-
70
relações de parentesco entre os indivíduos de uma minosidade sobre as taxas de respiração e fotossíntese
35
família e das características particulares de seus mem- das plantas I e II. Cada uma delas tem diferentes ne-
bros. Com base na análise da figura, interprete o heredo-
53
de tecidos. A respeito do assunto, responda ao que se pede. da planta II? Justifique sua resposta.
04
a) Quais os tecidos constituintes desse órgão? amente, conseguem acumular matéria orgânica que
70
b) Relacione a função das glândulas presentes na pele poderá ser disponibilizada para os níveis tróficos dos
35
indicador de pH. Em meio ácido, sua cor fica amarela e, compensação fótico das plantas.
J
AU
Considere um aquário de água doce, iluminado e mon- padrão da cor da pelagem pode ser preto e branco, ou
vermelho e branco. A herança da cor preta ou vermelha
S
amostra de água desse aquário (amostra 1) e a ela adi- deste padrão de cor é codificada por um gene que possui
dois alelos: o alelo dominante (D), que codifica a cor pre-
LO
294
A
AN
L
A
UL
PA
Um touro de raça holandesa de pelagem preta e branca foi acasalado com três vacas desta mesma raça e produziu:
NA
com a vaca A, que é de pelagem preta e branca, um descendente vermelho e branco; com a vaca B, que é de pelagem
4A
vermelha e branca, um descendente vermelho e branco; e com a vaca C, que também é vermelha e branca, um de-
scendente preto e branco.
30
Cite os genótipos do touro e das vacas A, B e C para esta característica.
70
35
9. (UFPR) As figuras abaixo apresentam esquemas da estrutura da parede de três tipos de vasos sanguíneos encon-
53
trados em mamíferos:
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
a) Indique o nome de cada um dos vasos:
b) Relacione, para cada vaso, características da estrutura de sua parede com a sua função.
A
UL
10. (UEG) O heredograma a seguir refere-se a uma família com braquidactilia. Os indivíduos portadores dessa ano-
PA
malia tem os terminais ósseos bem curtos nos dedos em comparação com os de uma mão normal, em decorrência da
manifestação de um alelo.
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
11. (Unesp) Tadeu adora iogurte natural, mas considerando o preço do produto industrializado, vendido em copos plás-
ticos no supermercado, resolveu construir uma iogurteira artesanal e produzir seu próprio produto. Para isso, adaptou
PA
um pequeno aquário sem uso, no qual havia um aquecedor com termostato para regular a temperatura da água. Nesse
NA
aquário, agora limpo e com água em nível e temperatura adequados, colocou vários copos nos quais havia leite fresco
misturado à uma colherinha do iogurte industrializado. Passadas algumas horas, obteve, a partir de um único copo de
A
Explique o processo biológico que permite ao leite se transformar em iogurte e explique por que Tadeu precisou usar uma
3
70
12. (UFJF) O casal Marcos e Rosane consulta um médico geneticista. Marcos, 48 anos, é calvo, enquanto que Rosane,
53
46 anos, não é calva. O casal relata que tem uma filha de 20 anos, Maria, que é calva, e Vinícius, 17 anos, que não é
03
calvo.
a) Dê o genótipo do casal.
JO
b) Qual será a probabilidade de o casal ter uma nova criança do sexo masculino e calva?
AU
c) Qual será a probabilidade de o casal ter uma criança do sexo feminino e também calva?
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
295
A
AN
L
A
UL
PA
13. (UERJ) Algumas funções metabólicas opostas são realizadas por células eucariotas específicas. Nos compartimen-
NA
tos I, II e III de uma dessas células, ilustrados no esquema a seguir, ocorrem reações que levam tanto à degradação de
4A
glicose, gerando CO2, quanto à síntese desse carboidrato, a partir do CO2.
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
Nomeie os compartimentos celulares I, II e III. Em seguida, identifique o compartimento que mais produz ATP e o que
53
vivos. O organismo humano é constituído de vários provoca a constrição de vasos sanguíneos (artérias e
sistemas que desempenham funções importantes para
AR
A respeito do sistema esquelético humano, cite: a arteriosclerose. Como consequência dessas compli-
PE
a) duas funções do sistema esquelético; cações cardiovasculares, na maioria das vezes, ocorre
LO
b) onde está localizada a medula óssea no organismo a alteração na pressão arterial e na frequência dos ba-
humano; timentos cardíacos.
A
UL
curvas do gráfico a seguir representa a variação de pH c) Qual a diferença entre veias e artérias quanto às
3
Observe:
35
gordura.
S
Identifique a curva que representa a variação de pH do a) duas funções do tecido adiposo em nosso corpo;
LO
meio nutritivo no experimento realizado. Justifique sua b) dois tipos de lipídios contidos no organismo humano
LA
resposta.
U
PA
296
A
AN
AN
A
PA
ULA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
FÍSICA 1
70
30
4A
NA
PA
UL
A
L
L
A
UL
PA
NA
CINEMÁTICA ANGULAR
4A
30
70
35
53
MEDIDAS DE ÂNGULOS PERÍODO E FREQUÊNCIA
03
JO
f = __1 ou T = __1
AU
T f
AR
S
S
MOVIMENTO
PE
LO
CIRCULAR UNIFORME
A
UL
o
arco AB= __S
PA
T = ______ Du = 2p Du v = ___
v = ___ 2p
raio R
Dt = T Dt T
NA
2pR = 2p rad, que equivale a 360°
u = ____
R
4A
Sendo T = __1 v = 2pf
2p rad ; 360° e p rad ; 180° f
30
70
2pR ou v = 2pRf
v = ____
DESLOCAMENTO ANGULAR E
35
T
53
ΔS
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
DS = Du · R
A
04
Du
v = ___
3
Dt
70
35
Du = v · Dt
53
03
u – u0 = v · (t – t0)
JO
u = u0 + v · t
AU
AR
S
Du
PE
vm = ___
Dt
LO
v=v·R
LA
U
PA
298
A
AN
L
A
UL
PA
ACELERAÇÃO CENTRÍPETA
NA
4A
2
v ou a = v2R
acp = __
30
R cp
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO CIRCULAR
NA
4A
30
70
TRANSMISSÃO DE MOVIMENTO
35
53
CIRCULAR UNIFORME
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
POLIAS COAXIAIS.
04
ZA = ZB
3
70
fA = fB
35
53
03
J O
AU
AR
vA = vB
LO
fARA = fBRB
LA
U
PA
299
A
AN
L
A
UL
PA
NA
CINEMÁTICA VETORIAL
4A
30
70
35
VELOCIDADE VETORIAL ACELERAÇÃO VETORIAL
53
MÉDIA
03
___ ___ ___ › › ›
d = r2 – r1 TANGENCIAL E CENTRÍPETA
JO
AU
___› ___› _____›
AR
a = at + acp
S
PE
a2 = at2 + acp2
LO
A
UL
PA
___› t
NA
____› d
vm = ___
Dt
4A
30
VELOCIDADE
70
35
VETORIAL INSTANTÂNEA
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
__› __›
LO
___› › __
v2 – v1
Dv = ______
a m = ___
Dt t2 – t1
LA
U
PA
300
A
AN
L
A
UL
PA
NA
INTRODUÇÃO ÀS LEIS DE NEWTON
4A
30
70
35
LEI DA INÉRCIA
53
03
A aceleração de um corpo é diretamente proporcional à
força resultante que atua sobre ele, inversamente propor-
JO
cional à sua massa e tem a mesma direção e o mesmo
Todo corpo em estado de repouso ou de movimento retilíneo
AU
sentido da força resultante.
uniforme permanece nesse estado até que seja forçado a mu-
AR
dar seu estado por forças que atuam sobre ele.
__› ___›
S
PE
FR = m · a
LO
FR = m · a
A
UL
__› __› __› __›
F R = F 1 + F 2 + ... F n
PA
NA
4A
TERCEIRA LEI DE NEWTON
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
301
A
AN
L
A
UL
PA
NA
FORÇA-PESO, FORÇAS NORMAL E DE TRAÇÃO E SISTEMA DE CORPOS
4A
30
70
35
53
PESO DE UM CORPO A força normal
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
P=m∙g
PA
NA
4A
Frequentemente, as palavras “peso” e “massa” são usadas
como sinônimos. Por exemplo, é comum alguém dizer: “O
30
meu peso é de 80 quilos”. Porém, “quilo” não é uma uni-
70
A força-peso e o
S
PE
lançamento de projéteis
LO
A
UL
PA
A NA
302
A
AN
L
A
UL
PA
Força de contato
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
Lembre-se que FAB = FBA.
AR
Equilíbrio
S
PE
1° tipo: equilíbrio estático
__› ___›
LO
v = 0 equilíbrio estático (repouso)
A
UL
2° tipo: equilíbrio dinâmico
P = 2n F ___›
PA
__›
v = constante z 0 equilíbrio dinâmico (MRU)
NA
DECOMPOSIÇÃO DE FORÇAS E PLANO INCLINADO 4A
30
70
35
53
y
JO
F F
Fy Fy
AU
AR
θ
S
x
Fx
PE
Fx
cateto oposto Fy
LO
cateto adjacente F
cosT= ___________________ = __x Fx = F cosT
PA
hipotenusa F
NA
Plano inclinado
A
04
3
70
35
53
03
OJ
Px = P senT
AU
Py = P cosT
AR
FN = Py
S
PE
Px = m a
LO
P senT = m a
mg senT = m a a = g senT
LA
U
PA
303
A
AN
L
A
UL
PA
NA
FORÇAS DE ATRITO
4A
30
70
35
FORÇA DE ATRITO CINÉTICO Valores aproximados dos coeficientes
53
de atrito estático e cinético para
03
alguns pares de materiais
JO
Material Pe PC
AU
madeira sobre madeira 0,4 0,2
AR
aço sobre aço 0,7 0,6
S
PE
gelo sobre gelo 0,1 0,03
LO
FA = PC FN borracha sobre concreto seco 1,0 0,8
A
teflon sobre teflon 0,04 0,04
UL
Coeficientes de atrito cinético para
PA
alguns pares de materiais Observação
NA
material PC Em geral, a intensidade máxima da força de atrito estático
4A
madeira sobre madeira 0,2 é maior que a intensidade da força de atrito dinâmico. Essa
30
diferença se deve a algumas ligações entre as moléculas
aço sobre aço 0,6
70
FA
Pc = __
JO
FN
Força de atrito e movimento
AU
AR
F1
53
03
JO
AU
AR
S
FA1 = F1 F2
PE
FA2 = F2
LO
304
A
AN
L
A
UL
PA
NA
LEI DE HOOKE
4A
30
70
35
RESULTANTE CENTRÍPETA
53
x = L – L0
03
2
v
Fc = m · __
JO
R
AU
AR
2
v
ac = __
R
S
PE
LO
= v R = v2R
(vR)2 ____
v2 = _____ 2 2
ac = __
A
R R R
UL
PA
NA
4A
30
F=kx
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
A NA
04
3
70
35
53
03
OJ
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
305
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala a) Observa-se que o bloco 1 desce. Faça os diagramas
NA
de forças que atuam nos blocos 1 e 2.
4A
b) Partindo do repouso, o bloco 1 desce a rampa
1. (UNESP) Um cilindro oco de 3,0 m de comprimento,
atingindo a base com uma velocidade escalar final de
30
cujas bases são tampadas com papel fino, gira rapid-
2,5 m/s. Qual é o tempo gasto na descida?
70
amente em to seu eixo com velocidade angular con-
c) Qual deveria ser o valor da razão m2/m1 para que o
35
stante. Uma bala disparada com velocidade de 600 m/s,
paralelamente ao eixo do cilindro, perfura suas bases bloco 1 descesse com velocidade constante?
53
em dois pontos, P na primeira base e Q na segunda. Os
03
4. Ao fazer compras num supermercado, uma mulher
efeitos da gravidade e da resistência do ar podem ser utiliza dois carrinhos. Empurra o primeiro, de massa
JO
desprezados. m, com uma força F, horizontal, o qual, por sua vez,
AU
a) Quanto tempo a bala levou para atravessar o cilindro? empurra outro de massa M sobre um assoalho plano
b) Examinando as duas bases de papel, verifica-se que e horizontal.
AR
entre P e Q há um deslocamento angular de 9°. Qual é
S
a frequência de rotação do cilindro, em hertz, sabendo
PE
que não houve mais do que uma rotação do cilindro
LO
durante o tempo que a bala levou para atravessá-lo?
A
2. O motor elétrico de uma máquina de costura industri-
UL
al é capaz de girar a 80 Hz e transmite seu movimento
PA
por meio de uma correia de borracha que, mantida esti-
cada, não permite escorregamentos.
NA
4A
30
70
Se a ponta do eixo do motor está solidariamente liga- dades F1 e F2 das forças paralelas ao plano para fazer,
AR
da a uma polia de diâmetro 1,5 cm e a polia por onde respectivamente, o bloco subir e descer o plano com
passa a correia no volante da máquina tem diâmetro velocidade constante.
S
Considere g = 10 m/s2
53
03
J O
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
306
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - E.O. 5. Na figura, temos um sistema formado por três polias,
NA
A, B e C, de raios respectivamente iguais a RA = 10 cm,
4A
RB = 20 cm e RC = 15 cm, que giram conjuntamente, en-
1. Considere um modelo atômico em que um elétron costadas uma na outra e sem que haja escorregamento
30
descreve em torno do núcleo um movimento circular e entre elas.
70
uniforme com velocidade de módulo igual a 2,0 ∙ 106 m/s
35
e raio de órbita igual a 5,0 ∙ 10–11 m. Determine:
53
a) o módulo da velocidade angular do elétron;
03
b) o período orbital do elétron (adote π = 3);
c) o módulo da aceleração do elétron.
JO
AU
2. Um móvel M parte de um ponto P percorrendo, no
sentido horário, uma trajetória circular de raio r igual
AR
a 2,0 m, como representa a figura. A velocidade escalar
A polia A é a polia motriz que comanda as demais e gira
do móvel é constante e igual a 3,0 π m/s.
S
no sentido horário com rotação uniforme e frequência
PE
de 30 rpm.
LO
Seja X o ponto de contato entre as polias A e B e Y um
ponto da periferia da polia C.
A
UL
Determine, adotando-se π = 3:
PA
a) os módulos das velocidades lineares dos pontos X e Y;
b) o sentido de rotação e a frequência de rotação da
NA
polia B;
4A
c) o sentido de rotação e o período de rotação da polia C.
30
a) Qual é o intervalo de tempo, em segundos, gasto 6. Uma vassoura, de massa 0,4 kg, é deslocada para a
70
pelo móvel M para percorrer o trecho de P a Q? direita sobre um piso horizontal como indicado na fig-
35
b) Qual é o valor da velocidade angular do móvel M, ura. Uma força, de módulo F(cabo) = 10 N, é aplicada
53
Determine o módulo da velocidade v do projétil. as caixas para a direita, como se fossem uma só, com
03
307
A
AN
L
A
UL
PA
9. Quando o cabo de um elevador se quebra, os freios 12. O sistema representado na figura é abandonado
NA
de emergência são acionados contra trilhos laterais, sem velocidade inicial. Os três blocos têm massas ig-
4A
de modo que esses passam a exercer, sobre o elevador, uais. Os fios e a roldana são ideais e são desprezíveis os
quatro forças verticais constantes e iguais a f , como atritos no eixo da roldana. São também desprezíveis os
30
indicado na figura. Considere g = 10m/s2. atritos entre os blocos (2) e (3) e a superfície horizontal
70
na qual estão apoiados.
35
53
03
JO
AU
AR
S
O sistema parte do repouso e o bloco (1) adquire uma
PE
aceleração de módulo igual a a. Após alguns instantes,
LO
rompe-se o fio que liga os blocos (2) e (3). A partir de
então, a aceleração do bloco (1) passa a ter um módulo
A
UL
igual a a'.
Suponha que, numa situação como essa, a massa total
Calcule a razão a' / a.
PA
do elevador seja M = 600kg e que o módulo de cada
força f seja |f| = 1350N.
NA
13. Um homem empurra uma caixa de massa M sobre__›
Calcule o módulo da aceleração com que o elevador de- um piso horizontal exercendo uma força constante F
4A
sce sob a frenagem dessas forças. que faz um ângulo T com a direção horizontal, confor-
30
me mostra a figura abaixo. Considere que o coeficiente
10. Os fios são inextensíveis e sem massa, os atritos são
70
aceleração da gravidade é g.
situação 1, da figura, a aceleração do bloco apoiado
53
a2 e a3, respectivamente.
AR
S
caso particular
___› em que o ângulo T é igual a zero, isto é,
11. Um banco e um bloco estão em repouso sobre uma a força F é paralela ao piso
NA
Identifique todas as forças que atuam no banco, calcu- a) Determine a aceleração de cada bloco.
PE
lando seus valores. b) Determine as forças que cada fio exerce em cada bloco
LO
LA
U
PA
308
A
AN
L
A
UL
PA
15. Os esquemas mostram um barco sendo retirado de Suponha que o bloco não deslize sobre o plano inclina-
NA
um rio por dois homens. Em A, são usadas cordas que do e que a aceleração da gravidade seja g = 10 m/s2.
__
4A
transmitem ao barco forças paralelas de intensidades Usando a aproximação √3 > 1,7, calcule o módulo e
F1 e F2. Em B, são usadas cordas inclinadas de 90° que indique a direção e o sentido da força de atrito exercida
30
transmitem ao barco forças de intensidades iguais às pelo plano inclinado sobre o bloco.
70
anteriores. No caso A, a força resultante transmitida
35
ao barco é 700 N. No caso B, a força resultante trans- 19. A partir de janeiro de 2014, todo veículo produzi-
53
mitida ao barco é 500 N. do no Brasil passou a contar com freios ABS, que é um
03
sistema antibloqueio de frenagem, ou seja, regula a
pressão que o condutor imprime nos pedais do freio,
JO
de modo que as rodas não travem durante a frenagem.
AU
Isso, porque, quando um carro está em movimento e
suas rodas rolam sem deslizar, é o atrito estático que
AR
atua entre elas e o pavimento, ao passo que, se as ro-
S
das travarem na frenagem, algo que o ABS evita, será
PE
o atrito dinâmico que atuará entre os pneus e o solo.
LO
Considere um veículo de massa m, que trafega à veloci-
dade v, sobre uma superfície, cujo coeficiente de atrito
A
estático é μe e o dinâmico é μd.
UL
Determine as forças aplicadas pelos dois homens.
a) Expresse a relação que representa a distância per-
PA
16. Desprezando o atrito, determine a intensidade da corrida (d) por um carro até parar completamente,
NA
aceleração do sistema abaixo e a intensidade da força numa situação em que esteja equipado com freios ABS.
aplicada pelo corpo B sobre A e a tensão na corda. b) Se considerarmos dois carros idênticos, trafegando
4A
mA = 15 kg, mB = 5 kg, mC = 20 kg à mesma velocidade sobre um mesmo tipo de solo,
30
por que a distância de frenagem será menor naquele
70
309
A
AN
AN
A
PA
ULA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
L
AN
A
PA
ULA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
FÍSICA 2
70
30
4A
NA
PA
UL
A
L
L
A
UL
PA
NA
INTRODUÇÃO À ÓPTICA GEOMÉTRICA
4A
30
70
35
ÓPTICA GEOMÉTRICA PRINCÍPIOS DA
53
03
Classificação dos raios luminosos ÓPTICA GEOMÉTRICA
JO
AU
Lei da propagação retilínea da luz
AR
A luz se propaga em linha reta nos meios homogêneos
e transparentes.
S
PE
FEIXE PARALELO Reversibilidade dos raios luminosos
LO
A trajetória seguida pelo raio de luz em um sentido é
A
igual, se o sentido do raio de luz for invertido.
UL
Lei da Independência dos raios luminosos
PA
FEIXE DIVERGENTE A trajetória de um raio luminoso não é afetada por ou-
NA
tro que cruza essa trajetória. Os raios de luz seguem
4A
trajetórias independentes, mesmo que se cruzem.
30
PROPAGAÇÃO RETILÍNEA DA LUZ
70
FEIXE CONVERGENTE
35
53
MEIO TRANSLÚCIDO
70
35
53
03
OJ
AU
MEIO OPACO
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
312
A
AN
L
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
ECLIPSE SOLAR ECLIPSE LUNAR
03
JO
CÂMARA ESCURA DE ORIFÍCIO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
_y = __
y'
03
x x'
JO
AU
A cor de um corpo
35
53
03
OJ
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
313
A
AN
L
A
UL
PA
NA
ESPELHOS PLANOS
4A
30
70
35
LEIS DA REFLEXÃO IMAGEM FORMADA POR
53
03
ESPELHO PLANO
JO
i=r
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
XXX = d
XXX = F'M
NA
FM
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
A NA
Espelhos
04
314
A
AN
L
A
UL
PA
TRANSLAÇÃO DE UM
NA
4A
ESPELHO PLANO
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
ROTAÇÃO DE UM ESPELHO PLANO
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
PP' = 2d
4A
PP" = 2(d + x) = 2d + 2x 30
D = PP" - PP'
70
35
D = 2d + 2x – 2d
53
D = 2x
03
ASSOCIAÇÃO DE DOIS
JO
D + 2a = 2b
AU
D = 2b – 2a
ESPELHOS PLANOS
AR
D = 2(b – a)
S
PE
D=2a
LO
A
UL
PA
ANA
04
3
360º – 1
n = ____
70
u
35
53
03
OJ
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
315
A
AN
L
A
UL
PA
NA
ESPELHOS ESFÉRICOS
4A
30
70
35
REFLEXÃO EM
53
03
ESPELHOS ESFÉRICOS
JO
AU
AR
S
ESPELHO ESFÉRICO CÔNCAVO
PE
LO
A
LUZ INCIDENTE E LUZ REFLETIDA LUZ INCIDENTE E LUZ REFLETIDA EM
UL
NO ESPELHO ESFÉRICO CONVEXO. UM ESPELHO ESFÉRICO CÔNCAVO.
PA
NA
4A
ESPELHO ESFÉRICO CONVEXO 30
70
35
53
03
FOCOS DE UM ESPELHO
AU
AR
R
f = __
REPRESENTAÇÃO DE UM ESPELHO CONVEXO 2
LA
U
PA
316
A
AN
L
A
UL
PA
Caso 3: objeto entre o
NA
centro de curvatura e o foco
4A
30
70
ESPELHO CÔNCAVO ESPELHO CONVEXO
35
53
A F
03
JO
AU
ESPELHO CÔNCAVO COM OBJETO ENTRE O CENTRO DE CURVATURA E
AR
O FOCO: IMAGEM REAL, INVERTIDA E MAIOR QUE O OBJETO.
S
Espelho convexo Caso 4: objeto entre o foco e o vértice
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
ESPELHO CÔNCAVO COM OBJETO ENTRE O FOCO E O VÉRTICE:
70
centro de curvatura
AR
S
PE
LO
A
centro de curvatura
35
53
03
J O
AU
AR
S
PE
LO
317
A
AN
L
A
UL
PA
NA
__1 = __1 + __
1 e –p'
i ___
A = __
o= p
f p p'
4A
30
i
A = __ f
____
oo A=
70
f–p
35
53
Se o e i tiverem o mesmo sinal, a imagem é direita. Se os
03
sinais forem invertidos, a imagem é invertida.
JO
Quando p’ > 0, a imagem será real e passível de ser
AU
projetada.
AR
Quando A > 0, a imagem será direita.
Quando A < 0, a imagem será invertida.
S
PE
COORDENADAS DO OBJETO E DA IMAGEM EM UM ESPELHO CONVEXO
Se |A| < 1, a imagem será menor que o objeto.
LO
p = posição do objeto no eixo das abscissas
Se |A| = 1, a imagem será do mesmo tamanho que o
p’ = posição da imagem no eixo das abscissas
A
objeto.
UL
o = altura do objeto
Se |A| > 1, a imagem será maior que o objeto.
PA
i = altura da imagem
NA
f = distância focal = posição do foco no eixo das abscissas
4A
30
REFRAÇÃO DA LUZ
70
35
53
03
LEIS DA REFRAÇÃO
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
FORMAÇÃO DE IMAGENS
03
Índice de refração
JO
c
nA = v__
AU
A
AR
nA
nAB = __
S
n
PE
B
LO
vB
nAB = v__
LA
A
U
PA
318
A
AN
L
A
UL
PA
LÂMINA DE FACES PARALELAS
NA
4A
30
70
C
35
53
A D
03
B C
JO
A D
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
O VIDRO USADO EM JANELAS É UM EXEMPLO DE LÂMINA DE FACES PARALELAS.
DIOPTRO PLANO
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
nobservador __
______ p’
nobjeto = p
LO
A
UL
PA
A NA
sen (i – r)
J
d = ________
cos r · e
AU
AR
S
PE
n nmenor
senL = n__B = ____
LO
A
n maior
LA
U
PA
319
A
AN
L
A
UL
PA
PRISMA ÓPTICO
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
ELEMENTOS DO PRISMA
AU
PRISMAS DE REFLEXÃO TOTAL
AR
S
PE
Prismas de Amici
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
Prismas de Porro
JO
AU
AR
S
PE
Equações do prisma
LO
a) Abertura A
A
UL
PA
A = r + r’
A NA
DISPERSÃO DA LUZ
D = D1 + D2
70
35
Substituindo
53
03
D1 = (i – r)
D2 = (i’ – r’)
O
J
AU
D = i + i’ – (r + r’)
S
D = i + i’ – A
PE
320
A
AN
L
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
A APARÊNCIA MOLHADA DA PISTA SE DEVE À REFRAÇÃO
03
TOTAL DA LUZ VINDA DO CÉU AS CAMADAS DE AR COM, QUE
JO
ATRAVESSA
DIFERENTES TEMPERATURAS E, PORTANTO,
AU
DIFERENTES ÍNDICES DE REFRAÇÃO.
NO ARCO-ÍRIS, MILHÕES DE GOTAS PRODUZEM O ESPECTRO VISÍVEL DA LUZ SOLAR.
AR
FATA MORGANA
S
PE
Isaac Newton foi um estudioso da luz e seus fenômenos
relacionados. Entre os anos de 1670 e 1672, demonstrou,
LO
utilizando prismas, que a luz branca era formada por to-
A
das as cores do arco-íris.
UL
PA
REFRAÇÃO DA LUZ NA ATMOSFERA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
A NA
3 04
70
35
321
A
AN
L
A
UL
PA
NA
LENTES ESFÉRICAS
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
EXEMPLOS DO USO DE LENTES NO NOSSO COTIDIANO: LENTE DE CONTATO,
UM CONJUNTO DE LENTES DE MÁQUINA FOTOGRÁFICA E UMA LUPA.
30
70
FOCOS PRINCIPAIS DE
JO
AU
322
A
AN
L
A
UL
PA
RAIOS LUMINOSOS PARTICULARES
NA
4A
30
70
35
53
03
DIVERGENTE
JO
AU
AR
CONVERGENTE
S
PE
LO
A
UL
PA
CONVERGENTE
NA
4A
30
DIVERGENTE
70
35
53
03
JO
AU
DIVERGENTE
AR
CONSTRUÇÃO GEOMÉTRICA
S
PE
DE IMAGENS
LO
CONVERGENTE
A
UL
DIVERGENTE
03
OJ
AU
AR
S
PE
LO
LA
CONVERGENTE
U
PA
323
A
AN
L
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
2º caso: lentes divergentes
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
CONVENÇÃO DE SINAIS
S
PE
LO
A
UL
PA
A NA
304
70
35
A imagem real de um objeto fica do lado oposto ao objeto, enquanto que a imagem virtual fica do mesmo lado que o objeto.
53
03
O
__1 = __1 + __
1 (equação de Gauss)
f p p'
S
PE
i p' ____
f
A = __ __
LO
o = –p =f – p
LA
U
PA
324
A
AN
L
A
UL
PA
Elementos geométricos
NA
das lentes esféricas
4A
30
C1 e C2: centros de curvatura de cada uma das faces;
70
R1 e R2: raios de curvatura de cada uma das faces;
35
O eixo principal é definido pela reta C1C2;
53
V1 e V2: vértices de cada uma das faces
03
e: espessura da lente (distância entre V1 e V2).
JO
O: centro óptico da lente.
AU
Associação de lentes esféricas
AR
S
1º caso: associação convergente-convergente
PE
LO
A
UL
PA
NA
Fórmula dos 4A
30
70
__
(
1 = __
n1
)(
1 + __
__ 1
)
03
f n1 – 1 R1 R2
JO
AU
O OLHO HUMANO
A
UL
PA
NA
o
3
normal
objeto
JO
lente
AU
imagem
AR
S
PE
325
A
AN
L
A
UL
PA
Acomodação visual Hipermetropia
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
DUAS SITUAÇÕES DISTINTAS DA VISÃO: OS MÚSCULOS
CILIARES AJUSTAM A LENTE PARA OBSERVAR
A
UL
OBJETOS RELATIVAMENTE DISTANTES (ACIMA); AJUSTE PARA
OBSERVAR OBJETOS MAIS PRÓXIMOS AO OLHO (ABAIXO).
PA
ILUSTRAÇÃO PRODUZIDA COM BASE EM: CUTNELL, J. D.; JOHSON,
NA
K. W. FÍSICA. 6. ED. RIO DE JANEIRO; LTC, 2006. V. 2. P. 301.
Defeitos da visão 4A
OS RAIOS PARALELOS PASSAM PELA LENTE E CONVERGEM,
30
DEPOIS PASSAM PELO OLHO E CONVERGEM MAIS.
70
Miopia
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
A NA
3 04
70
35
53
03
326
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala 4. Um prisma de vidro tem os três lados iguais e índice
NA
de refração n = dXX
2 em relação ao do ar, para um deter-
4A
minado comprimento de onda l . Um raio luminoso de
1. Um feixe de luz vermelha propaga-se no ar (índice de comprimento de onda l incide no prisma formando um
30
refração igual a 1,0) e incide sobre uma barra de vidro, ângulo de 45º com a normal. Calcule o ângulo de des-
70
formando um ângulo de 49° com a vertical, conforme vio do raio que emerge do prisma em relação ao raio
35
figura a seguir. incidente.
53
03
JO
AU
AR
S
PE
5. Um vaso cilíndrico contém água até uma altura de
LO
2 h. Uma lente convergente é mantida à altura h acima
A barra de vidro possui índice de refração igual a 1,5 do nível da água, presa em flutuadores. A distância fo-
A
e está sobre um tanque que contém um líquido com
UL
cal da lente é h. No fundo do vaso existe uma pequena
índice de refração desconhecido. Observa-se que a luz
PA
lâmpada L. A partir de um certo instante t = 0 faz-se
diminui sua velocidade pela metade ao sair do vidro e escoar a água do vaso de modo que o nível desça com
entrar no líquido. Admitindo-se que a velocidade da luz
NA
rapidez v constante.
no ar é de 3 × 108 m/s, determine:
4A
lente
lente
a) o ângulo u que o raio de luz faz com a vertical ao flutuadores
flutuadores
30
h
entrar no líquido.
70
2h
2h
Dados:
03
barbeiro?
A NA
304
70
35
53
03
JO
AU
AR
que o objeto?
LA
U
PA
327
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - E.O.
NA
4A
1. A figura representa o gráfico do desvio (d) sofrido por um raio de luz monocromática que atravessa um prisma de
30
vidro imerso no ar, de ângulo de refringência A = 50º, em função do ângulo de incidência u1.
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
É dada a relação (d) = u1 + u2 – A, em que u1 e u2 são, respectivamente, os ângulos de incidência e de emergência do
A
raio de luz ao atravessar o prisma (pelo princípio da reversibilidade dos raios de luz, é indiferente qual desses ângulos
UL
é de incidência ou de emergência, por isso há no gráfico dois ângulos de incidência para o mesmo desvio ).
PA
Determine os ângulos de incidência (u1) e de emergência (u2) do prisma na situação de desvio mínimo, em que
dmin = 30º.
NA
4A
2. Em uma demonstração em sala de aula, um professor de física utilizou um espelho esférico côncavo para projetar a
imagem nítida da chama de uma vela na parede. A altura da chama era de 1,5 cm e a da imagem projetada era 6,0 cm.
30
a) No esquema inserido no campo de Resolução e Resposta, a linha tracejada representa o eixo óptico principal do
70
espelho e o raio de luz representado em azul é paralelo a esse eixo. Localize graficamente o foco principal do espelho,
35
b) Sendo a distância entre a chama e a sua imagem projetada na parede igual a 75 cm, calcule a distância focal do
UL
espelho, em centímetros.
PA
3. A figura mostra um raio de luz monocromática que se propaga pelo ar, penetra no álcool e, depois, no vidro. As
NA
superfícies de separação ar-álcool e álcool-vidro são paralelas. Os índices de refração absolutos do ar, do álcool e
do vidro são, respectivamente, 1,00, 1,36 e 1,50.
A
304
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
a) Sendo a velocidade de propagação da luz no vácuo igual a 3,0 × 108 m/s, qual a velocidade, em m/s, com que a luz se
LO
propaga no vidro?
b) Sabendo que o sen a = 0,68, calcule o valor do seno do ângulo u.
LA
U
PA
328
A
AN
L
A
UL
PA
4. Uma calota esférica é refletora em ambas as faces, 6. A figura mostra uma lâmpada retilínea, de compri-
NA
constituindo, ao mesmo tempo, um espelho côncavo mento 90 cm, fixa horizontalmente no teto de uma sala,
4A
e um espelho convexo, de mesma distância focal, em 200 cm acima da superfície plana e horizontal de uma
módulo. A figura 1 representa uma pessoa diante da mesa. Um disco circular opaco foi colocado horizontal-
30
face côncava e sua respectiva imagem, e a figura 2 rep- mente entre a lâmpada e a mesa, a 180 cm da lâmpada,
70
resenta a mesma pessoa diante da face convexa e sua sendo esta a maior distância para que ele não projete
35
respectiva imagem. sombra sobre a mesa. A reta r, mostrada na figura, é
53
FIGURA 1 vertical e passa pelo ponto médio da lâmpada e pelo
03
centro do disco.
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
FIGURA 2
NA
4A
a) Calcule o diâmetro do disco, em centímetros.
30
b) Considere que o disco seja substituído por uma
70
transversal produzido pela face convexa da calota. versal de um prisma de vidro transparente, em repouso
e parcialmente imerso na água. Um raio de luz mono-
S
PE
5. Uma pessoa observa uma moeda no fundo de uma cromático propaga-se pelo ar no mesmo plano vertical
piscina que contém água até a altura de 2,0 m. Devido à que contém esse triângulo e incide perpendicularmente
LO
refração, a pessoa vê a imagem da moeda acima da sua no lado AB, passando a propagar-se pelo prisma. Con-
A
posição real, como ilustra a figura. Considere os índices siderando o índice de refração absoluto do ar igual a
UL
de refração absolutos do ar e da água iguais a 1,0 e 4/3, 1,0, o da água igual a 1,3, o do vidro igual a 1,5 e os
PA
do ângulo b?
AR
329
A
AN
L
A
UL
PA
8. A figura representa um espelho esférico de Gauss, de FIGURA 1
NA
vértice V, foco principal F e centro de curvatura C. O ob-
4A
jeto real O, colocado diante dele, tem altura 5,00 cm e
sua respectiva imagem conjugada, situada no anteparo
30
A, tem altura igual a?
70
35
53
03
JO
Determine o ângulo u entre o espelho E e o fundo do
AU
recipiente.
AR
10. A luz de um feixe paralelo de um objeto distante
S
atinge um grande espelho, de raio de curvatura R = 5,0
PE
m, de um poderoso telescópio, como mostra a figura a
LO
seguir. Após atingir o grande espelho, a luz é refletida
por um pequeno espelho, também esférico e não plano
A
UL
como parece, que está a 2 m do grande. Sabendo que a
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
luz é focalizada no vértice do grande espelho esférico,
PA
Aceleração da gravidade = 10 m/s2 faça o que se pede nos itens seguintes.
NA
Calor específico do ar = 1,0 × 103 J/kgK
4A
Constante da gravitação universal =
6,7 × 10-11 Nm2/kg2
30
Densidade do ar = 1,25 gk/m3
70
Índice de refração do ar = 1
03
E. Um raio de luz incide sobre a superfície de sepa- grau de polimento que funciona como um grande espe-
UL
ração do ar e da água, com um ângulo de incidência lho esférico. Considere que o diâmetro dessa escultura
PA
i = 53,13°, cujo cosseno vale 0,6, penetrando na água seja de 2,4 m e que uma pessoa esteja parada a 3 m de
com ângulo de refração r. distância de sua superfície, conforme indicado na figura 2.
NA
incidência.
70
35
superfície da água.
O
FIGURA 1
J
AU
AR
S
PE
330
A
AN
L
A
UL
PA
vertical que passa pelo centro da escultura até chegar Sendo n = 1,5 o índice de refração da lâmina em
NA
a 1,8 m de distância de sua superfície, qual será o relação ao ar e c = 3,0 x 108 m/s a velocidade da luz
4A
módulo da velocidade escalar média, em cm/s, com no ar, determine:
que a imagem da pessoa se movimentará?
30
a) a velocidade da luz no interior da lâmina.
b) variando-se o ângulo de incidência T, varia o desloca-
70
12. Para a determinação do índice de refração
(n1) de uma lâmina de vidro (L), foi usado o dispositivo mento d sofrido pelo raio de luz i. Qual é o valor máximo
35
da figura, em que C representa a metade de um cilin- que esse deslocamento pode assumir? Justifique.
53
dro de vidro opticamente polido, de índice de refração
03
15. Três blocos em formato de paralelepípedo retân-
n2 = 1,8. Um feixe fino de luz monocromática é feito
gulo, numerados de 1 a 3, são empilhados conforme
incidir no ponto P, sob um ângulo a, no plano do papel.
JO
mostra a figura. Os blocos são feitos de substâncias
AU
transparentes, de índices de refração absolutos n1 , n2 e
n3 , respectivamente. A figura mostra uma visão lateral
AR
desse empilhamento, uma malha quadriculada para re-
ferência e a trajetória de um raio de luz monocromática
S
PE
que segue paralela ao plano das faces exibidas.
LO
A
UL
Observa-se que, para a ≥ 45°, o feixe é inteiramente
refletido na lâmina. Qual é o valor de n1?
PA
NA
13. A figura mostra um objeto luminoso colocado sobre
o eixo principal de um espelho esférico côncavo, que
4A
obedece às condições de Gauss, e dois raios de luz, 1 e 30
2, que partem do objeto e incidem na superfície refle-
70
e Resposta, esboce as trajetórias dos raios 1 e 2 após de refração relativo do meio 3 em relação ao meio
refletirem no espelho. 2, n3/n2 .
PA
imagem ao espelho e a altura da imagem, ambas em no ar (índice de refração do ar igual a 1,00), incide um
04
14. A figura abaixo representa um raio de luz i que at- possam emergir do prisma através da face BC.
35
331
A
AN
L
A
UL
PA
17. A figura mostra um raio de luz monocromática que se a) A partir da figura, determine a distância focal da lente.
NA
propaga por um meio A, incide na superfície de separa- b) Determine o tamanho e a posição da imagem de
4A
ção desse meio com um meio B, a atravessa e passa a se um objeto real de 3,0 cm de altura, colocado a 6,0 cm
propagar pelo meio B. Em seguida, incide na superfície da lente, perpendicularmente ao seu eixo principal.
30
de separação entre o meio B e um meio C. As linhas tra-
70
cejadas indicam as retas normais às superfícies de sepa- 20. Na figura a seguir, em escala, estão representados
35
ração dos meios, nos pontos de incidência do raio de luz. uma lente L delgada, DIVERGENTE, com seus focos F, e
53
um espelho plano E, normal ao eixo da lente. Uma fina
haste AB está colocada normal ao eixo da lente. Um
03
observador O, próximo ao eixo e à esquerda da lente,
JO
mas bastante afastado desta, observa duas imagens da
haste. A primeira A1B1, é a imagem direta de AB formada
AU
pela lente. A segunda, A2B2, é a imagem, formada pela
AR
lente, do reflexo A'B' da haste AB no espelho E.
S
PE
Os índices de refração absolutos dos meios B e C va-
LO
lem, respectivamente, nB = 2,00 e nC = 1,50. Considere
sen 30º = 0,50, sen 45º = 0,71, sen 49º = 0,75 e
A
sen 60º = 0,87.
UL
a) Calcule o índice de refração absoluto do meio A.
PA
b) Determine o que ocorre com o raio de luz após
atingir a superfície de separação entre o meio B e o
NA
meio C. Justifique sua resposta
num banco óptico diante de um espelho plano perpen- b) Considere agora o raio R, indicado na figura, par-
35
dicular a seu eixo principal e, do lado oposto, uma lâm- tindo de A em direção à lente L. Complete a trajetória
53
pada de pequenas dimensões sobre o eixo principal. deste raio até uma região à esquerda da lente. Dife-
03
332
A
AN
AN
A
PA
U LA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
FÍSICA 3
70
30
4A
NA
PA
UL
333
A
L
L
A
UL
PA
NA
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
4A
30
70
35
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE
53
U = U1 + U2
03
U = U1 + U2 + U3 + ... + Un
JO
AU
A soma das resistências associadas em série em um circui-
AR
to é igual à resistência equivalente desse circuito.
S
PE
Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn
LO
A
UL
Para R1 = R2 = ... = Rn = R. Desse modo, a resistência do
PA
circuito é:
tensão do gerador
NA
Req = __________________ = __U U=R ·i Req = n · R
intensidade da corrente i eq
4A
ASSOCIAÇÃO DE Observação: na associação de resistores em série, a
30
resistência equivalente sempre terá um valor maior que
70
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
03
EM PARALELO
AU
AR
S
gerador.
PA
NA
PROPRIEDADES DA ASSOCIAÇÃO
A
04
DE RESISTORES EM SÉRIE
3
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
334
A
AN
L
A
UL
PA
CASOS PARTICULARES
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
R1 · R2
Req = ______
AU
R1 + R2
AR
produto
Req = ______
S
soma
PE
LO
Se o circuito for formado por n resistores idênticos, ou
A
seja, de mesma resistência R, então a resistência equiv-
UL
PROPRIEDADES DA ASSOCIAÇÃO alente é dada por:
PA
R
Req = __
DE RESISTORES EM PARALELO
NA
n
4A
30
A soma das intensidades da corrente elétrica em cada
70
dos resistores.
03
Req R R R 2 Req R R R R eq 3
AU
ASSOCIAÇÃO MISTA
S
associação.
A
UL
U1 = U2 = U3 = U
PA
U ; i = __
i1 = __ U ; i = __
U
NA
R1 2 R2 3 R3
EXEMPLO DE ASSOCIAÇÃO MISTA DE RESISTORES.
A
04
i = i1 + i2 + i3
3
U = __
U + __
U + __
U
70
___
Req R1 R2 R3
35
1 = __
1 + __
1 + __
1
53
___
Req R1 R2 R3
03
JO
335
A
AN
L
A
UL
PA
NA
POTÊNCIA DISSIPADA POR EFEITO JOULE
4A
30
70
35
53
REOSTATO
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
POTÊNCIA ELÉTRICA
03
CURTO-CIRCUITO
JO
AU
AR
S
PE
LO
P = Ui
ANA
2
U
P = Ri2 e P = __
04
R
3
70
35
ENERGIA DISSIPADA
53
03
E = P · Dt
AR
S
E = R · i2 · Dt
PE
LO
VA – VB = Ri VA – VB = 0 VA = VB
LA
U
PA
336
A
AN
L
A
UL
PA
NA
AMPERÍMETRO, VOLTÍMETRO E PONTE DE WHEATSTONE
4A
30
70
35
53
AMPERÍMETRO IDEAL Equilíbrio da
03
ponte de Wheatstone
JO
AU
Amperímetro ideal é um medidor de intensidade de cor-
AR
rente, cuja resistência elétrica é nula (RA = 0).
S
PE
LO
A
UL
(ESQUERDA) RESISTORES EM SÉRIE, ANTES DE SE INSERIR O AMPERÍMETRO.
PA
(DIREITA) APÓS A INSERÇÃO DO AMPERÍMETRO, A INTENSIDADE
DA CORRENTE ELÉTRICA NÃO FOI ALTERADA.
NA
NA PONTE DE WHEATSTONE EM EQUILÍBRIO, O
VOLTÍMETRO IDEAL
AMPERÍMETRO NÃO ACUSA CORRENTE ELÉTRICA.
4A
30
R1 · R3 = R2 · R4
70
35
NA PONTE EM EQUILÍBRIO,
NÃO PASSA CORRENTE
A
UL
PONTE DE WHEATSTONE
3
70
35
53
03
O
NA PONTE EM EQUILÍBRIO,
J
337
A
AN
L
A
UL
PA
NA
ESTUDO DO GERADOR
4A
30
70
35
53
GERADOR IDEAL POTÊNCIA NO
03
JO
GERADOR ELÉTRICO
AU
U = « – ri Ui = ei – ri2
AR
Pu = Ui
S
PE
Pt = «i
LO
GERADOR IDEAL (U = E)
A
Pd = ri2
UL
CARACTERÍSTICAS DOS GERADORES
PA
P U
h = __u = __
Pt «
NA
4A
Força eletromotriz (f.e.m.) 70
30
t
« = ___
35
DQ
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
A NA
LEI DE POUILLET
35
U = « – ri
53
03
Observação
J O
338
A
AN
L
A
UL
PA
POTÊNCIA ÚTIL FORNECIDA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
« = (R + r)i
AR
S
CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO
PE
A = Pu
LO
EM UM GERADOR Pu = Ui = «i – ri2
A
UL
Pu (i) = «i – ri2
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
2
AU
ASSOCIAÇÃO DE GERADORES
AR
S
Associação em série
LO
CURVA CARACTERÍSTICA
A
+ - + - + - + -
UL
PA
DE UM GERADOR
NA
A B
A
04
«
u tg a uN # __ u tg a uN # r
LO
icc
LA
U
PA
339
A
AN
L
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
«s = «1 + «2 + ... + «n
53
03
Us = U1 + U2 + ... + Un
JO
Ps = P1 + P2 + ... + Pn
AU
rs = r1 + r2 + ... + rn
AR
Associação em paralelo
S
PE
LO
+ -
A
UL
PA
+ -
NA
A B
4A
30
+ -
70
35
53
1 __
__ 1 __ 1 1
__
rp = r1 + r2 + ... + rn
A
04
3
1 __1 __1
__ __1 1 __n
__ __r
rp = r + r + ... + r rp = r rp = n
70
35
53
03
OJ
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
340
A
AN
L
A
UL
PA
NA
RECEPTORES
4A
30
70
POTÊNCIA
35
UM MODELO PARA O RECEPTOR
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
U = «’ + r’ · i
A
U’ = «’ + r’i
UL
PA
U’i = «’i + r’i2
NA
Pt = Pu + Pd
P
4A
h = __u
P
30
«'it
h = ___
70
U'i
h = __ «'
35
U'
53
03
N
r' = tg a
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
Gerador: U = « – r . i
AU
Receptor: U = «’ + r’ . i
AR
« – r · i = «’ + r’ · i
S
« – «’ = r · i + r’ · i
PE
« – «’ = (r + r’) · i
LO
« = «’ + (r + r’) · i
LA
« – «’ = (R + r + r’) · i
U
PA
341
A
AN
L
A
UL
PA
NA
CAPACITORES
4A
30
70
35
53
Q=C·U
03
ou
JO
Q A
C = __ C = k · «0 · __
AU
U d
AR
SEÇÃO TRANSVERSAL DO CAPACITOR PLANO. A É A PLACA
PLANA POSITIVA, E B, A PLACA PLANA NEGATIVA.
Energia de um capacitor
S
PE
CARGA ELÉTRICA E CAPACITÂNCIA
LO
carga
A
Q
UL
PA
NA
A
4A
O U ddp
30
GRÁFICO DA TENSÃO DURANTE O CARREGAMENTO DO CAPACITOR
70
Q·U
b · h W = ____
35
W = A = ____
2 2
53
03
C · U²
W = _____
JO
2
AU
ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES
70
35
53
03
A
J O
AU
A
AR
B
C
S
PE
LO
B
LA
342
A
AN
L
A
UL
PA
CAPACITOR EQUIVALENTE Outras propriedades da
NA
associação em série
4A
30
Q Q Q
U1 = __1 U2 = __2 U3 = __3
70
C1 C2 C3
35
53
UAB = U1 + U2 + U3
03
1 = __
___ 1 = __
1 + __
1 + ... + __
1
JO
Ceq C1 C2 C3 Cn
AU
AR
Em uma associação de capacitores em série, o inverso da
CAPACITOR EQUIVALENTE capacitância equivalente é igual à soma dos inversos das
S
PE
capacitâncias parciais.
Qeq = Qassoc = Q
Q
LO
C = Qeq · U ou Ceq = __
U
A
UL
Associação de capacitores em paralelo
PA
NA
4A
30
70
35
53
res é igual.
AR
Ceq = C1 + C2 + ... + Cn
S
PE
LO
Q1 = Q2 = Q3 = Q
S
PE
343
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala 4. Dado o circuito abaixo, determine o valor do resistor
NA
Rx para que o galvanômetro da figura não seja atraves-
4A
sado por corrente elétrica.
1. Analise o circuito representado abaixo e resolva os
30
itens propostos.
70
35
53
03
JO
AU
5. Numa associação mista de vinte geradores de f.e.m.
8 V e resistência interna 0,2 Ω em quatro ramos, cada
AR
um contendo cinco geradores em série, determine:
S
a) a f.e.m. e a resistência do gerador equivalente;
PE
Determine:
b) a corrente que atravessa cada ramo da associação,
LO
a) resistência equivalente do circuito. quando esta é ligada a um resistor de 4,75 Ω.
b) a intensidade da corrente elétrica total que passa
A
UL
pelo circuito.
c) a d.d.p. entre os pontos A e C.
PA
d) a d.d.p. entre os pontos C e D.
NA
e) a intensidade da corrente elétrica que passa pelo
4A
resistor R3.
30
2. No circuito representado no esquema a seguir, os re-
70
344
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - E.O. 5. Determine o valor de R para que a corrente na bate-
NA
ria seja de 1 A, sabendo que E = 18 V.
4A
1. Em um laboratório de eletrônica, um aluno tem à sua
30
disposição um painel de conexões, uma fonte de 12 V e
70
quatro resistores, com resistências R1 = 10 Ω, R2 = 20 Ω,
35
R3 = 30 Ω e R4 = 40 Ω. Para armar os circuitos dos itens
abaixo, ele pode usar combinações em série e/ou para-
53
lelo de alguns ou todos os resistores disponíveis.
03
a) Sua primeira tarefa é armar um circuito tal que a
JO
intensidade de corrente fornecida pela fonte seja de
0,8 A. Faça um esquema deste circuito. Justifique.
AU
b) Agora, o circuito deve ter a máxima intensidade de
6. Considere o circuito da figura abaixo em que as resis-
AR
corrente possível fornecida pela fonte. Faça um es-
quema do circuito. Justifique. tências são dadas em Ω e a bateria é considerada ideal
S
com uma força eletromotriz de 12 Volts.
PE
c) Qual é o valor da intensidade de corrente do item b?
LO
2. Os seis resistores do circuito esquematizado são ôh-
micos. A resistência elétrica de cada resistor é igual a R.
A
UL
Considerando A e B como terminais da associação, qual
é a resistência elétrica do conjunto?
PA
NA
4A
30
70
35
3. Qual é o valor (em ohms) da resistência equivalente c) A resistência R3 agora é retirada do circuito e subs-
JO
RAB da associação de resistores representada abaixo? tituída por um fio sem resistência. Qual é a nova cor-
rente que passa por R1?
AU
AR
Dados:
35
Ω, R1 = 2 Ω, R2 = R3 = 4 Ω, R4 = 12 Ω, R5 = 1 Ω
J
AU
Determine:
AR
a) o valor da resistência R;
b) a quantidade de calor desenvolvida em R5, num
S
PE
345
A
AN
L
A
UL
PA
8. Um fio metálico homogêneo tem comprimento L e mente, o voltímetro V indica 3,0 volts.
NA
área de secção transversal constante. Quando submeti-
4A
do a uma diferença de potencial de 12 V, esse fio é per-
corrido por uma corrente elétrica de intensidade 0,1 A
30
conforme a figura 1. Esse fio é dividido em três partes,
70
A, B e C de comprimentos __L, __
L e __L respectivamente, as
35
6 3 2
quais, por meio de fios de resistências desprezíveis, são
53
conectadas entre si e submetidas à mesma diferença de
03
potencial constante de 12 V conforme a figura 2.
JO
a) Qual será a indicação do amperímetro A?
AU
b) A lâmpada L “queima”. Qual será, depois disso, a
AR
indicação do voltímetro V?
S
11. Cinco resistores iguais, cada um com resistência R –
PE
100 Ω, são ligados a um gerador G de tensão constante
LO
VG – 250 volts, conforme o circuito abaixo. A é um am-
perímetro de resistência interna desprezível. Qual é a
A
corrente indicada por esse instrumento?
UL
PA
Com base no circuito representado na figura 2, calcule:
a) a resistência equivalente, em Ω.
NA
b) a potência total dissipada, em W.
e o neutro (por exemplo, uma lâmpada) ou entre duas 12. No circuito esquematizado, a indicação do am-
fases (por exemplo, um chuveiro). Considere o circuito a
03
b) Qual é o consumo de energia elétrica da residência, 14. No circuito, a d.d.p. entre os terminais A e B é de 60
em kWh, durante quinze minutos?
53
ponto A.
AR
346
A
AN
L
A
UL
PA
Determine:
NA
a) o valor de R.
4A
b) o valor de R, para quando a d.d.p. entre os termi-
30
nais A e B for duplicada e o galvanômetro continuar
70
acusando zero.
35
15. No circuito esquematizado, R1 = 210 ohms, R2 = 30 ohms,
53
AB é um fio homogêneo de seção constante, resistência 50
03
ohms e comprimento 500 mm. Obteve-se o equilíbrio do
galvômetro para L = 150 mm.
JO
AU
20. O amperímetro A indicado no circuito abaixo é ide-
AR
al, isto é, tem resistência praticamente nula. Os fios de
S
ligação têm resistência desprezível. Determine a inten-
PE
sidade de corrente elétrica indicada no amperímetro A.
LO
A
UL
PA
NA
Determine o valor de x.
4A
16. Um circuito elétrico constituído de dois resistores R1 e 30
R2 é alimentado por quatro geradores iguais, ligados em
série, cada um de 12 V e resistência interna 0,25 Ω. Estes
70
347
A
AN
AN
A
PA
ULA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
L
AN
A
PA
U LA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
QUÍMICA 1
70
30
4A
NA
PA
UL
349
A
L
L
A
UL
PA
NA
ÁCIDOS
4A
30
70
35
53
De maneira geral, os ácidos apresentam as seguintes ca- Por exemplo:
03
racterísticas: água
HCℓ o H+ + Cℓ–
JO
Têm sabor azedo; água
H2SO4 o 2 H+ + SO2–
AU
4
A grande maioria é tóxico e corrosivo; água
AR
HNO3 o H+ + NO3–
Quando em solução aquosa, os ácidos conduzem ele-
água
S
tricidade; H3PO4 o 3 H+ + PO3–
PE
4
LO
Uma outra maneira mais correta de escrever os quatro
têm a propriedade de mudar a cor do meio, conforme exemplos anteriores é:
A
o caráter ácido ou básico das soluções (exemplo de in-
UL
dicadores: papel tornassol, fenolftaleína, entre outros). HCℓ + H2O → H3O+ + Cℓ–
PA
Segundo Arrhenius, ácidos são compostos que se ionizam H2SO4 + 2 H2O → 2 H3O+ + SO2–
NA
4
em solução aquosa e originam como o único íon positivo
HNO3 + H2O → H3O+ + NO3–
4A
o cátion hidrônio ou hidroxônio (H+ ou H3O+). O H+ é o 30
responsável pelas propriedades comuns a todos os ácidos, H3PO4 + 3 H2O → 3 H3O+ + PO3–
4
70
1. Presença de oxigênio
AU
2. Hidrogênios ionizáveis
A
UL
Número de hidrogênios
NA
Classificação Exemplos
ionizáveis
A
Exceções: quando um átomo de hidrogênio se liga diretamente ao átomo central, esse hidrogênio não é ionizável.
O
Por exemplo:
J
AU
350
A
AN
L
A
UL
PA
Ácido hipofosforoso (H3PO2) é um monoácido.
NA
4A
30
70
35
3. Volatilidade
53
Volatilidade é a capacidade de uma substância passar para o estado gasoso. Substâncias voláteis, em geral, apresentam
03
pontos de ebulição baixos.
JO
Classificação Ponto de Ebulição Exemplos
AU
fixos alto São apenas 3 ácidos: H2SO4, H3PO4, H3BO3
AR
voláteis baixo Os demais ácidos: HC𝓵, H2S, HCN, HNO3...
S
PE
4. Força
LO
∆ = n° de oxigênios – n° de hidrogênios ionizáveis
A
HC𝓵O4 ∆ = 4 – 1 = 3 forte
UL
PA
H2SO4 ∆ = 4 – 2 = 2 forte
NA
HNO2 ∆ = 2 – 1 = 1 moderado
4A
HC𝓵O ∆ = 1 – 1 = 0 fraco 30
Exceção: O ácido carbônico (H2CO3), embora apresente um ∆ = 1 , ele é considerado um ácido fraco por ser um ácido
70
instável.
35
53
moderados HF ∆=1
AU
Nomenclatura
S
PE
oxiácido
oso H2SO3 ácido sulfuroso SO2-3 sulfito
35
E há também os prefixos, especialmente em oxiácidos, que formam mais de dois ácidos (comumente visto em ácidos que
03
contêm halogênios):
J O
AU
351
A
AN
L
A
UL
PA
NA
BASES
4A
30
70
35
53
Apresentam as seguintes características:
03
Possuem sabor adstringente, que “amarra” a boca, como é possível perceber ao se comer uma fruta “verde”;
JO
São, em geral, tóxicas;
AU
Formam soluções aquosas condutoras de eletricidade;
AR
Mudam a cor dos indicadores (conforme os exemplos comparativos da função ácidos).
S
Segundo Arrhenius, bases são compostos que, por dissociação iônica, originam como único íon negativo o ânion hidróxido [OH-].
PE
LO
Classificação
A
UL
1. Número de hidroxilas/hidróxidos
PA
Classificação Número de hidroxilas Exemplos
NA
monobase 1 NaOH, KOH, AgOH
4A
dibase 2 30 Mg(OH)2, Ca(OH)2, Fe(OH)2
tribase 3 A𝓵(OH)3, Fe(OH)3
70
2. Força
53
03
Classificação Caracterização
JO
Hidróxidos dos metais alcalinos (grupo 1), como NaOH, KOH etc. e dos me-
Forte tais alcalino-terrosos (grupo 2), como Ca(OH)2, Ba(OH)2 e Sr(OH)2.
AU
O Mg(OH)2 é uma exceção à regra, uma vez que constitui uma base fraca e praticamente insolúvel.
AR
3. Solubilidade
LO
Classificação Caracterização
A
UL
Solúveis Hidróxidos dos metais alcalinos (grupo 1), como NaOH, KOH etc. e o NH4OH.
PA
Para uma base genérica, C(OH)x, sua nomenclatura será: (valência em algarismo romano)
03
Exemplos:
J
oso[menor valência]
AU
352
A
AN
L
A
UL
PA
NA
SAIS
4A
30
70
35
53
Se o cátion tiver mais de uma valência:
Reação de neutralização total
03
Uma reação é de neutralização total, se todos os H+ do nome do ânion + de + nome do cá-
JO
ácido reagirem e todos os OH– da base também reagirem. tion + (valência do cátion)
AU
Por exemplo: ou
AR
NaOH + HC𝓵 o NaC𝓵 + H2O nome do ânion + de + nome do cátion + oso
S
PE
Mg(OH)2 + H2SO4 o MgSO4 + 2 H2O [menor valência] ou ico [maior valência]
LO
2 NaOH + H2SO4 o Na2SO4 + 2 H2O
Exemplos:
A
UL
Reação de neutralização Fe2+ [cátion ferro (II) ou ferroso] + C𝓵 – [ânion cloreto] FeC𝓵2
PA
parcial do ácido cloreto de ferro (II) ou cloreto ferroso.
NA
A proporção em mols da base e do ácido é de tal forma que Fe3+ [cátion ferro (III) ou férrico] + C𝓵 – [ânion cloreto] FeC𝓵3
4A
nem todos os H+ serão neutralizados. O sal formado é clas- cloreto de ferro (III) ou cloreto férrico.
30
sificado como hidrogenossal e este apresenta caráter ácido.
70
Hidrogenossais
Por exemplo:
35
NaOH + H2SO4 o NaHSO4 + H2O tidade de hidrogênios ionizáveis ser indicada pelos prefixos
03
(que pode ser omitido) mono, di, tri etc., seguida da palavra
Reação de neutralização
JO
A proporção em mols da base e do ácido é de tal forma KHSO4: sulfato monopotássico ou sulfato (mono) ácido
de potássio ou (mono) hidrogenossulfato de potássio.
S
Exemplo:
35
Hidroxissais
A𝓵3+ [cátion alumínio] + C𝓵– [ânion cloreto] oA𝓵C𝓵3 clo-
53
reto de alumínio
dos hidrogenossais, trocando as palavras hidrogeno por
O
O ânion pode ser identificado através do seu ácido de ori- hidróxi ou palavra ácido por básico.
J
-ídrico -eto
MgOHBr: brometo básico de magnésio ou (mono) hi-
PE
-ico -ato
LA
U
PA
353
A
AN
L
A
UL
PA
Solubilidade dos sais
NA
4A
Ânion do sal Solubilidade Exceções
30
70
Nitrato (NO3- )
Nitrito (NO-2) Acetato de prata, de chumbo (II) e de mercúrio (I) são
35
Solúveis
Cloratos (CøO3- ) parcialmente solúveis.
53
Acetatos (H3C – COO-)
03
Cloretos (Cø-)
JO
Brometos (Br-) Solúveis Ag+, Pb2+, Hg2+
2
Iodetos (I-)
AU
Sulfatos (SO 42-) Solúveis Ca2+, Sr2+, Ba2+, Pb2+
AR
Sulfetos (S2-) Insolúveis Grupo 1 e NH+4
S
PE
Outros ânions (CO 32- , PO 43- etc.) Insolúveis Grupo 1 e NH+4
LO
A
UL
PA
ELETRÓLITOS
NA
4A
30
70
1. Ácidos em solução aquosa; seu grau de ionização (D) e será um eletrólito forte e
03
Óxidos
AR
Não conduzem corrente São compostos binários (formados por apenas dois ele-
S
2. Compostos iônicos no estado sólido; Exemplos: CO2, Na2O, SO2, CaO, etc.
A
UL
número de partículas ionizadas (ou dissociadas) Se o elemento tiver uma única valência, ou seja, se houver
D = ____________________________________
número de partículas dissolvidas somente uma forma de ligar-se ao oxigênio e formar so-
J O
Quando D tem valor próximo de zero, significa que a subs- antes do nome do elemento.
AR
O grau de ionização é muito útil principalmente para de- para o metal de menor valência ou -ico para o metal de
LA
terminar a força dos ácidos (embora possa ser usado para maior valência.
U
PA
354
A
AN
L
A
UL
PA
Óxidos anfóteros – possuem esse nome por seu ca-
NA
Fórmula Nome do óxido
CO2 Dióxido de carbono
ráter duplo, ou seja, reagem tanto com ácido quanto
4A
com base originando como produto sal e água. (Exem-
SO3 Trióxido de enxofre
30
plo: A𝓵2O3, ZnO, PbO)
Na2O Óxido de sódio
70
SiO2 Dióxido de silício Peróxidos – composto formado por ânion peróxido
35
P2O5 Pentóxido de difósforo
(O22-). Nesta classe os compostos reagem com água
53
produzindo base e água oxigenada; quando reagem
03
FeO Óxido de ferro (II) ou óxido ferroso
com um ácido, produz um sal e água oxigenada.
Fe2O3 Óxido de ferro (III) ou óxido férrico
(Exemplo: Na2O2).
JO
C𝓵2O7 Heptóxido de dicloro
AU
Reações Inorgânicas
AR
Tipos de óxidos Na Química Inorgânica, um critério que é muito adotado é
S
classificar as reações de acordo com a quantidade de subs-
PE
Os óxidos podem ser classificados de acordo com o ele-
mento ligado ao oxigênio. São dois tipos: óxidos iônicos e tâncias que reagem e que são produzidas, agrupando as rea-
LO
óxidos moleculares: ções da seguinte forma: reações de síntese (ou adição), rea-
A
ções de análise (ou decomposição), reação de simples troca
UL
Óxidos iônicos – são óxidos formados por metais,
(ou deslocamento) e reação de dupla troca (ou metátese).
PA
havendo a presença de ligação iônica (entre um metal
e um ametal). Exemplos para este caso são o óxido de Reação de síntese ou adição: é aquela que dois
NA
sódio (Na2O), óxido de magnésio (MgO), óxido de alu- ou mais reagentes formam um único produto.
4A
mínio (A𝓵2O3), entre outros. Genericamente: A + B + C + ... oP
30
Exemplo:
Óxidos moleculares – são óxidos formados por
Formação da amônia: N2 + 3H2 o 2NH3
70
tre ametais). Exemplos para este caso são os óxidos Reação de análise ou decomposição: este tipo
53
de carbono (CO e CO2), óxidos de enxofre (SO2 e SO3), de reação é o oposto da reação de síntese. Um único
03
óxidos de nitrogênio (NO, N2O e NO2), entre outros. reagente forma dois ou mais produtos.
Genericamente: R o A + B + C + ...
JO
Exemplo:
Decomposição do dicromato de amônio:
AR
sal e água. A maioria dos óxidos básicos é os óxidos Mas, para que isso ocorra, a substância simples, no caso
04
iônicos (Exemplo: Na2O, CaO). simbolizado por M, deve ser mais reativo que o ele-
3
70
Óxidos neutros – estas substâncias não reagem com mento que será deslocado do composto (represen-
35
água, ácido ou base. São eles: CO, NO e N2O. tado por C ou A), transformando-se em uma nova substân-
53
Para saber se a reação de deslocamento irá ocorrer, é necessário olhar a fila de reatividade dos metais e ametais:
O
J
aumenta a reatividade
Li > K > Ca > Na > Mg > Aℓ > Zn > Cr > Fe > Ni > Sn > Pb > H >Cu > Hg > Ag > Pt > Au
S
PE
aumenta a reatividade
LO
355
A
AN
L
A
UL
PA
Exemplos:
NA
Zn + Cu(NO3)2 o Zn (NO3)2 + Cu
4A
A reação acima ocorre porque o zinco (Zn) é mais reativo
30
que o cobre (Cu), deslocando o cobre.
70
35
Cu + Zn (NO3)2 o Não reage
53
A reação acima não ocorre porque o cobre (Cu) é menos
03
reativo que o zinco (Zn), não conseguindo deslocar o zinco.
JO
C𝓵2 + 2Nal o 2 NaC𝓵 + I2
AU
A reação acima ocorre porque o cloro (C𝓵) é mais reativo
AR
que o iodo (I), deslocando o iodo.
S
PE
I2 + NaC𝓵 o Não reage
LO
A reação acima não ocorre porque o iodo (I) é menos rea-
A
tivo que o cloro (C𝓵), não conseguindo deslocar o cloro.
UL
Reação de dupla troca (ou metátese): duas subs-
PA
tâncias compostas reagem originando outras duas
NA
substâncias compostas.
4A
Genericamente: MD + CA o MA + CD 30
As reações de dupla troca só ocorrem quando obede-
70
formas abaixo:
JO
ao final da reação).
LO
Exemplos:
A
356
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - SALA 3. (Unicamp) O tratamento da água é fruto do desen-
NA
volvimento científico que se traduz em aplicação tec-
4A
nológica relativamente simples. Um dos processos mais
1. (UNESP) O monóxido de carbono é um dos poluen-
comuns para o tratamento químico da água utiliza cal
30
tes gasosos gerados pelo funcionamento de motores a
virgem (óxido de cálcio) e sulfato de alumínio. Os íons
70
gasolina. Segundo relatório recente da Cetesb sobre a
alumínio, em presença de íons hidroxila, formam o hi-
35
qualidade do ar no Estado de São Paulo, nos últimos
dróxido de alumínio, que é pouquíssimo solúvel em
vinte anos houve uma redução no nível de emissão des-
53
água. Ao hidróxido de alumínio formado adere a maio-
te gás de 33,0 g para 0,34 g por quilômetro rodado. Um
03
ria das impurezas presentes. Com a ação da gravidade,
dos principais fatores que contribuiu para a diminuição
ocorre a deposição dos sólidos. A água é então separa-
JO
da poluição por monóxido de carbono foi a obrigatorie-
da e encaminhada a uma outra fase de tratamento.
dade de produção de carros equipados com converso-
AU
res catalíticos. Responda por que o monóxido de carbo- a) Que nome se dá ao processo de separação acima
AR
no deve ser eliminado e explique quimicamente como descrito que faz uso da ação da gravidade?
atua o conversor catalítico nesse processo. b) Por que se usa cal virgem no processo de trata-
S
PE
mento da água? Justifique usando equação(ões) quí-
2. (UEL) Dois eletrodos conectados a uma lâmpada fo- mica(s).
LO
ram introduzidos em uma solução aquosa, a fim de que
c) Em algumas estações de tratamento de água usa-
a luminosidade da lâmpada utilizada avaliasse a con-
A
-se cloreto de ferro (III) em lugar de sulfato de alumí-
UL
dutividade da solução. Desta forma, foram feitos dois
nio. Escreva a fórmula e o nome do composto de ferro
experimentos, (A) e (B) conforme segue.
PA
formado nesse caso.
No experimento (A) uma solução de NH4OH 0,1 mol/L
NA
foi adicionada a uma solução aquosa de HC𝓵 0,1 mol/L.
4. (UFF) Tem-se as reações químicas:
4A
No experimento (B) uma solução de NaOH 0,1 mol/L foi
adicionada a uma solução aquosa de HC𝓵 0,1 mol/L. I) óxido férrico(s) + ácido sulfúrico(aq)
30
Ordem decrescente de condutividade iônica na solução: II) hidróxido de alumínio(s) + ácido sulfúrico(aq)
70
H+ > OH- > NH4+ > Na+ III) óxido de cálcio(s) + ácido ortofosfórico(aq)
35
a) Com base no enunciado, associe os experimentos IV) cloreto de magnésio(aq) + carbonato de sódio(aq)
53
(A) e (B) com as figuras I e II, a seguir, que represen- Considerando as reações químicas acima:
03
U.T.I. - E.O.
AR
S
PE
b) Explique o fenômeno observado nas figuras I e II e 1. (UDESC) A água pura e o ácido clorídrico puro são
descreva suas respectivas equações químicas. péssimos condutores de corrente elétrica. Explique
LO
357
A
AN
L
A
UL
PA
2. (UNESP) As moléculas de N2 e de CO2, presentes na O compromisso de reduzir a emissão desses gases foi
NA
atmosfera, apresentam momento dipolar resultante assumido em Kyoto, num encontro sobre mudanças
4A
igual a zero. Em contato com a água, cujas moléculas climáticas. Para que este protocolo entrasse em vigor, era
apresentam momento dipolar resultante diferente de necessária a ratificação de países industrializados que
30
zero (solvente polar), uma fração considerável do CO2 representassem pelo menos 55% das emissões globais
70
atmosférico passa para a fase aquosa, enquanto que de 1990. O boicote americano, principal emissor, não per-
35
o N2 permanece quase que totalmente na atmosfera. mitia atingir esse índice de adesão. Para comemoração
53
Desenhe a estrutura da molécula de CO2 e explique, uti- dos ambientalistas, o governo da Rússia aderiu ao trat-
03
lizando equações químicas, a passagem do CO2 para a ado em 05.11.2004, atingindo-se a adesão exigida, e o
fase aquosa. protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005.
JO
a) Escreva as equações devidamente balanceadas das
AU
3. (UFRJ) A queima do enxofre presente na gasolina e no reações ocorridas no experimento.
óleo diesel gera dois anidridos que, combinados com a b) De que problema ambiental esta questão trata?
AR
água da chuva, formam seus ácidos correspondentes. Cite a principal fonte emissora desse gás no Planeta.
S
Escreva a fórmula desses ácidos e indique o ácido mais
PE
forte. Justifique sua indicação. 7. (UFV) Complete o quadro a seguir com as fórmulas e
nomes corretos, correspondentes.
LO
4. (UFLA) O H2S, também conhecido como gás sulfídrico
A
e gás-do-ovo-podre, é produzido pela decomposição de Fórmula do Nome do
Cátion Ânion
UL
composto composto
matéria orgânica vegetal e animal. Na atmosfera, em
PA
contato com o oxigênio, o H2S transforma-se em dióxi- NH+4 Cℓ-
do de enxofre e água. Cℓ- BaCℓ2
NA
+
a) Escreva a equação que representa a reação com- Ag Nitrato de prata
4A
pleta e balanceada do gás sulfídrico com oxigênio. Fe3+ 30 S2-
no da chuva ácida. Escreva a fórmula molecular e o 8. (UFV) Complete as equações das reações a seguir e
nome desse ácido.
53
H3PO4
PE
Na2O
NA
dos reagentes:
70
____________________________________
O
tada no item a:
AU
tubo B. O gás produzido na decomposição do sal foi d) O termo MASSA MOLECULAR é usado para substân-
evidenciado ao reagir com a solução, produzindo um
S
358
A
AN
L
A
UL
PA
e) Qual o tipo de ligação química existente na molécula Com base nas informações acima e na tabela a seguir
NA
de água (H2O)?
____________________________________
4A
NH4OH NaOH HNO3
Cátion em em diluído em
30
10. (UFRJ) Reações de deslocamento ou simples troca são excesso excesso excesso
70
aquelas em que uma substância simples de um elemento
mais reativo desloca outro de uma substância composta. Aℓ3+ precipita solúvel solúvel
35
2+
Mg precipita precipita solúvel
53
Um exemplo de reação de deslocamento, em que o cál-
cio desloca o hidrogênio, é apresentado a seguir: Zn2+
solúvel solúvel solúvel
03
Ca(s) + 2 HNO3(aq) o Ca(NO3)2(aq) + H2(g)
JO
a) Escreva a equação química da reação de precipi-
a) Qual o nome do sal formado nessa reação? tação de A.
AU
b) Por analogia, apresente a equação da reação em que b) Considerando a solução aquosa inicial, qual cátion
AR
o alumínio desloca o hidrogênio do ácido clorídrico. não se pode ter certeza que exista nela? Justifique.
S
11. (UNESP) Considere as seguintes experiências de 15. (UNESP) Três frascos sem rótulo contêm, separa-
PE
laboratório: damente, soluções aquosas de carbonato de potássio,
LO
I. Adição de uma solução aquosa de brometo de sódio cloreto de potássio e sulfato de potássio.
a uma solução aquosa de nitrato de prata, ambas de
A
a) Indique como se pode distinguir o conteúdo de
UL
mesma concentração em mol/L. cada frasco através de reações com soluções diluídas
II. Adição de uma solução aquosa de ácido sulfúrico a
PA
de ácido nítrico e cloreto de bário.
um pedaço de zinco metálico. b) Justifique escrevendo as equações químicas bal-
NA
III. Adição de um pedaço de sódio metálico à água. anceadas das reações envolvidas.
4A
IV. Borbulhamento de cloreto de hidrogênio em água.
V. Adição de uma solução aquosa concentrada de clo-
30
reto de bário a uma solução aquosa, de igual concen-
70
precipitado.
b) Escreva os nomes oficiais dos precipitados formados.
JO
AU
do precipitado, identificando-o.
53
do precipitado.
O
359
A
AN
AN
A
PA
ULA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
L
AN
A
PA
U LA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
QUÍMICA 2
70
30
4A
NA
PA
UL
361
A
L
L
A
UL
PA
NA
FUNÇÕES ORGÂNICAS
4A
30
70
35
Grupo
53
Função Nomenclatura Exemplo Nome
funcional
03
metanol
JO
Álcool R – OH Prefixo + infixo + Sufixo OL CH3– OH
(álcool metílico)
AU
OH
AR
hidróxibenzeno
Fenol Ar – OH Hidróxi + HC ligado ao OH
(fenol comum)
S
PE
LO
Enol C = C – OH Prefixo + EN + Sufixo OL H2C = CH – OH etenol
A
UL
O O ácido etanoico
Ácido carboxílico R– C Prefixo + Infixo + Sufixo OICO CH3– C
PA
OH OH (ácido acético)
NA
O O metanal
4A
Aldeído R– C Prefixo + Infixo + Sufixo AL H –C
H 30 H (formaldeído)
70
O O propanona
Cetona Prefixo + Infixo + Sufixo ONA
35
O
PE
O
R– C H3C– C
Amida N –R Prefixo + Infixo + Sufixo AMIDA etanamida
LO
N–H
R H
A
UL
R R CH3
Radicais ligados ao N (ordem
PA
Amina N N benzil-metilamina
alfabética) + AMINA H
R
A NA
Haletos
R–X Halogênio + HC ligado ao X CH3– CHI– CH2– CH3 2-iodobutano
53
Orgânicos
03
Nitrocompostos R – NO2 Nitro Prefixo + Infixo + Sufixo O CH3– CH2– CH2– NO2 1-nitropropano
S
PE
Ácido + HC ligado ao
Ácidos sulfônicos R – SO3OH CH3– CH2– CH2– CH2 –SO3H ácido butanossulfônico
LO
SO3H + Sulfônico
LA
U
PA
362
A
AN
L
A
UL
PA
NA
ISOMERIA
4A
30
70
35
De função Exemplos:
53
De posição
03
CH3 – CH – CH2 – CH2 – CH3 e CH3 – CH2 – CH – CH2 – CH3
Plana De cadeia | |
JO
Metameria CH3 CH3
AU
2-METIL-PENTANO 3-METIL-PENTANO
Tautomeria
AR
Isomeria
S
Geométrica
PE
CH2 = CH – CH2 – CH3 e CH3 – CH = CH – CH3
Espacial
LO
BUT-1-ENO BUT-2-ENO
Óptica
A
UL
Metameria ou isomeria plana de compensação
PA
Isomeria plana Trata-se de um caso especial de isomeria de posição. Na me-
NA
Isomeria de função tameria há uma diferença na posição de um heteroátomo.
4A
Os isômeros pertencem a funções diferentes. Os exem- Exemplos:
30
plos mais comuns são entre:
CH3 – O – CH2 – CH2 – CH3 e CH3 – CH2 – O – CH2 – CH3
70
a) álcool × éter
35
METÓXI-PROPANO ETÓXI-ETANO
OH
53
O Exemplos:
S
O
PE
PROPANONA PROPANAL H
H O HO
▶ ▶
A
▶
c) ácido carboxílico × éster H2C — C — CH3 W H2C = C — CH3
UL
O O PROPANONA PROPAN-1-EN-2-OL
PA
▶HO
▶
▶ O
04
ETANAL ETENOL
70
b) aberta (acíclica) × fechada (cíclica) Isômeros geométricos ou cis-trans são moléculas que
J
c) homogênea × heterogênea
AU
Isomeria plana de posição ral plana, cujas estruturas espaciais, no entanto, diferem.
S
Os isômeros pertencem à mesma função, têm o mesmo As condições necessárias para ocorrer isomeria geomé-
PE
tipo de cadeia, mas diferem pela posição de um radical trica (cis-trans) é ter dupla ligação entre dois átomos de
LO
(grupo metil, etil etc.), de um grupo funcional ou de carbono com ligantes diferentes em cada um dos dois
átomos de carbono que “cercam” a dupla ligação.
LA
uma insaturação.
U
PA
363
A
AN
L
A
UL
PA
Moléculas com grupos de maior peso em lados opos-
NA
tos num plano traçado horizontalmente são chamados
4A
de trans, enquanto os grupos de maior peso do mesmo
30
lado são chamados de cis.
70
I II
35
H H H Cℓ
53
C=C C=C
03
Cℓ Cℓ Cℓ H
CIS TRANS
JO
Isomeria óptica
AU
AR
É o caso de isomeria espacial, em que os isômeros
apresentam mesma fórmula molecular, mesma fórmu-
S
PE
la estrutural plana, ou seja, são por ela indistinguíveis,
mas diferem pela atividade óptica.
LO
Isomeria óptica em compostos com carbono
A
UL
assimétrico (C*)
PA
Carbono assimétrico ou quiral (C*) é o que se liga a
NA
quatro ligantes diferentes entre si. Esses ligantes po-
dem ser átomos, grupos (radicais metil, etil etc.) ou
grupos funcionais. 4A
30
70
NH2 H2N
O
35
O
H3C — C* — C C — C* — CH3
53
OH HO
03
H H
ESPELHO
JO
AU
2n 2n-1 = 2n / 2
J
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
364
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala
NA
4A
1. (Uerj) Duas das moléculas presentes no gengibre são
30
benéficas à saúde: shogaol e gingerol. Observe suas fór-
70
mulas estruturais:
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
a) Nas estruturas 1 e 2, os grupos funcionais que contêm
LO
átomos de oxigênio caracterizam duas funções orgâni-
cas. Relacione cada função com o respectivo composto.
A
UL
b) A estrutura 1 apresenta isomeria óptica? Qual é o
caráter ácido-básico do grupo necina? Justifique suas
PA
Aponte o tipo de isomeria espacial presente, respectiv- respostas.
NA
amente, em cada uma das estruturas.
5. (UFG) Os flavonoides, cuja estrutura básica é apresen-
Nomeie, ainda, as funções orgânicas correspondentes
4A
tada a seguir, são compostos comumente encontrados
aos grupos oxigenados ligados diretamente aos nú-
em alimentos.
30
cleos aromáticos de ambas as moléculas.
70
35
e propanona.
03
Considerando o exposto,
enólico? Justifique.
a) introduza os substituintes adequados nos anéis
AR
3. (UEMA) Deu no noticiário do Bom Dia Brasil: A, B e C, para que sejam representados, respectiva-
S
“A polícia civil de São Paulo está à procura de seis mul- e um ácido carboxílico;
heres suspeitas de aplicar um golpe conhecido como
LO
drogar uma vítima para roubá-la ou estuprá-la. As drogas 6. (UEL) Escreva a fórmula estrutural de um composto
PA
que costumam ser usadas nessa prática são (ácido 4-hi- insaturado C6H9Br , que mostra:
NA
droxibutanoico), Ketamina, Rohypnol e clorofórmio (tri- a) isomerismo cis-trans e que não possua atividade óptica.
clorometano). Em comum essas drogas apresentam um b) nenhum isomerismo cis-trans, mas com atividade óptica.
A
U.T.I. - E.O.
FONTE: TELEJORNAL BOM DIA BRASIL.
3
Para as duas substâncias destacadas em negrito, demon- 1. (UFPR) Armadilhas contendo um adsorvente com pe-
53
stre se ambas apresentam carbonos quirais. Justifique quenas quantidades de feromônio sintético são utiliza-
03
uma planta utilizada na medicina tradicional como ropeu utiliza o acetato de cis-11-tetradecenila (figura)
AR
cicatrizante, devido à presença da alantoína (estrutu- como feromônio de atração sexual. Isômeros de posi-
ra 1), mas também possui alcaloides pirrolizidínicos, ção e geométrico desse composto têm pouco ou ne-
S
365
A
AN
L
A
UL
PA
Responda: 4. (UEG) As aminas pertencem a uma classe de molé-
NA
a) A que função orgânica pertence o composto culas orgânicas que, em muitos casos, encontra grande
4A
orgânico? aplicação biológica. Abaixo, são apresentados exemplos
dessas substâncias que rotineiramente são encontradas
30
b) Forneça o nome oficial pela norma IUPAC do isô-
nos laboratórios de química.
70
mero geométrico do feromônio da figura.
35
2. (UNESP) As fórmulas apresentadas a seguir, numera-
53
das de 1 a 6, correspondem a substâncias de mesma
03
fórmula molecular.
JO
Após a análise dessas estruturas químicas, forneça
AU
a) o nome oficial (IUPAC) das duas moléculas;
b) uma explicação para a diferença dos pontos de
AR
ebulição desses compostos.
S
PE
5. (UDESC) O ácido acetilsalicílico é empregado como
princípio ativo em diversos medicamentos. Estes medi-
LO
camentos são consumidos pela população mundial para
A
aliviar dores de cabeça, reumatismo e controlar a febre. O
UL
mais conhecido deste medicamento é a Aspirina. Na rea-
PA
Determine a fórmula molecular dessas substâncias e es- ção abaixo está descrita a síntese do ácido acetilsalicílico.
creva a fórmula estrutural completa do álcool primário
NA
que apresenta carbono assimétrico (quiral).
Luis se ele tinha fluido de freio e ele disse que não ti-
a) Quais são as funções orgânicas presentes no ácido
53
e ir assim até chegar numa cidade”. b) Qual é a fórmula molecular do ácido salicílico?
JO
O fluido para freios, ou óleo de freio, é responsável por 6. (UFJF) Enalapril é um profármaco utilizado no trata-
transmitir às pastilhas e lonas do sistema de freios a mento da hipertensão e também nos casos de insufi-
S
força exercida sobre o pedal do automóvel quando se ciência cardíaca. Depois de administrado, o enalapril é
PE
deseja frear. Em sua composição básica há glicois e ini- absorvido e sofre uma hidrólise ácida, transformando-
LO
I. Etan-1,2-diol 197
35
responda:
III. Propan-1,3-diol 215
03
a) o nome da função orgânica presente nos compos- b) Quantos átomos de carbono assimétrico (quiral) ex-
J
AU
tos apresentados na tabela. istem nessa estrutura? Utilize um asterisco (*) para desta-
b) a fórmula estrutural de cada um dos compostos, car esse(s) átomo(s) de carbono na estrutura do enalapril.
AR
conforme a ordem da tabela I, II e III. c) Qual a hibridação dos átomos de carbono do enal-
S
c) o nome da força intermolecular responsável pelo eleva- april indicados pelos algarismos de 1 a 4 na estrutura
PE
366
A
AN
L
A
UL
PA
7. (UDESC) O desenvolvimento das técnicas de síntese, 11. (UDESC) As moléculas orgânicas (I), (II), (III) e (IV)
NA
em química orgânica, proporcionou a descoberta de mui- abaixo, possuem importantes funções fisiológicas e far-
4A
tas drogas com atividades terapêuticas. A estrutura a se- macológicas para os animais.
guir representa as moléculas do antibiótico tetraciclina.
30
70
H3C CH3
35
H3C OH N
OH
53
03
NH2
JO
OH
AU
O OH O O
AR
a) Transcreva a estrutura apresentada e circule as fun-
S
ções orgânicas, identificando-as.
PE
b) Indique o(s) anel(éis) aromático(s) presente(s) no a) Indique (se houver) o heteroátomo em cada molécula.
LO
composto. b) Quais funções orgânicas estão presentes em cada
molécula?
A
c) Qual a hibridização do carbono pertencente à
UL
função amida? 12. (UEL) No dia 31 de janeiro de 2012, quatro pessoas
PA
8. (UEMA) A canela (Cinnamonum zeylanicum) é uma morreram e dezesseis foram hospitalizadas com intoxica-
ção após a liberação de uma massa de gás ácida em um
NA
especiaria muito utilizada em pratos típicos do período
acidente ocorrido num curtume em Bataguassu (MS). Em
junino, tais como a canjica e o mingau de milho, por ter
4A
nota, o Corpo de Bombeiros em Mato Grosso do Sul, infor-
um sabor picante e adocicado e aroma peculiar. Essas
mou que o acidente aconteceu durante o descarregamen-
30
características organolépticas são provenientes do al-
to de 10 mil litros de ácido dicloro-propiônico em um dos
70
OH
NA
Indique o número de isômeros opticamente ativos da a) Escreva o nome sistemático (IUPAC) dessa substância.
adrenalina e indique seus grupos funcionais. b) Calcule o número de estereoisômeros possíveis
A
10. (UERJ) O cravo-da-índia e a noz-moscada são condi- c) Escreva a função química a que pertence essa sub-
3
70
O O
O
ou H3C – CH2 – C
J
H
AU
H
AR
Aponte o tipo de isomeria plana que ocorre entre essas Sobre ele, responda:
S
duas moléculas e nomeie aquela que apresenta isomeria a) Esse composto pertence a que função?
PE
Em seguida, indique o número total de carbonos as- isômero de função, que apresenta cadeia carbônica
simétricos, quando retira-se a dúpla da cadeia alifática alifática e saturada.
LA
367
A
AN
L
A
UL
PA
15. (UFTM) A substância conhecida como fenolftaleí-
NA
na foi, por muitos anos, utilizada amplamente como
4A
princípio ativo de laxantes. Atualmente, seu principal
uso é como indicador ácido-base. A seguir, são apresen-
30
tadas a fórmula estrutural da fenolftaleína e algumas
70
informações sobre sua solubilidade.
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
solubilidade em água: 0,092 g/L a 20 °C
LO
solubilidade em etanol: 14 g/L a 20 °C
a) Indique, na fórmula estrutural, os nomes e os
A
UL
agrupamentos característicos das funções orgânicas
presentes na fenolftaleína.
PA
b) Com base em interações moleculares, explique o
NA
fato de a solubilidade da fenolftaleína em etanol ser
maior do que em água, à mesma temperatura.
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
A NA
04
3
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
368
A
AN
AN
A
PA
U LA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
QUÍMICA 3
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
QUÍMICA 3
70
30
4A
NA
PA
UL
369
A
L
L
A
UL
PA
NA
SOLUBILIDADE
4A
30
70
35
Curvas de solubilidade Soluções saturadas – massa (soluto dissolvida) = Cs
53
03
Curvas de solubilidade são gráficos que indicam a va- Soluções supersaturadas – massa (soluto dissolvi-
da) > Cs
JO
riação dos coeficientes de solubilidade das substâncias em
função da temperatura.
AU
CS
AR
S
x
PE
A
LO
B
A
UL
C
PA
NA
T' T
4A
Na temperatura T' temos soluções:
30
70
B (estável): saturada
35
com uma dissolução endotérmica, que ocorrem com ab- A (instável): supersaturada
sorção de calor.
JO
Essa lei é válida desde que não haja reação química entre
drão de um solvente. Em outras palavras, sob determinadas
A
100 gramas de água são 36 g. Portanto, o coeficiente de Da qual, k é uma constante de proporcionalidade que de-
03
Tomamdo-se como base o Cs as soluções podem ser: mento de temperatura. É por isso que, se aquecido, o gás de
LO
370
A
AN
L
A
UL
PA
NA
CONCENTRAÇÕES, DILUIÇÃO E MISTURAS
4A
30
70
35
53
CONCENTRAÇÕES Título (W) e porcentagem em
03
massa (%m) e em volume (%V)
JO
Concentração comum (c)
AU
Uma forma de concentração que utiliza apenas massas na
sua definição, ou seja, que não depende da temperatura é
AR
m
C = __ o título ou porcentagem em massa.
V
S
PE
Relaciona a massa do soluto presente numa dada massa
C – concentração em grama por litro (g/L)
LO
de solução.
m – massa de soluto em gramas (g) m1
W = ___
A
m
UL
V – volume da solução em litros (L)
Da qual:
PA
m1 – massa do soluto, em gramas, quilogramas etc.
Concentração molar (M) ou
NA
em quantidade de matéria m – massa da solução, em gramas, quilogramas etc.
4A
30
M = __n Observe que o título sempre será um número adimensional
V
70
m
M = _____ O título pode ser expresso em porcentagem, por isso pode
53
m1
M – concentração em mol por litro (mol/L) %m = ___m ·100 = W·100
JO
n – quantidade de mol (“número de mols”) de soluto (mol) Com os valores dentro da faixa:
AU
Da qual:
C=M·M
NA
Densidade
03
m
d = __
V Partes por milhão (ppm)
J O
Da qual:
AU
371
A
AN
L
A
UL
PA
A qualidade do ar atmosférico, por exemplo, torna-se ina-
TERMOQUÍMICA
NA
dequada se houver mais de 0,000015 g de monóxido de
4A
carbono (CO) por grama de ar.
Processo exotérmico e
30
De forma simplificada:
70
endotérmico
35
Unidade Unidade equivalente
Todas as reações químicas e todas as mudanças de estado
53
ppm mg/L
físico liberam ou absorvem calor.
03
ppb μg/L
Processos exotérmicos – liberam calor (todas as
JO
DILUIÇÃO combustões, as dissoluções em água da maioria dos
AU
ácidos etc.).
AR
Diluir uma solução consiste em adicionar uma quantidade
Processos endotérmicos – absorvem calor (síntese
S
de solvente puro a uma solução pré-existente. Isso altera
PE
do monóxido de nitrogênio, decomposição do carbona-
apenas a quantidade do solvente, sem mudança na quan-
to de cálcio etc.).
LO
tidade de soluto.
A
Ci ∙ Vi = Cf ∙ Vf
Variação de entalpia (ΔH)
UL
PA
De forma análoga:
O ∆H corresponde ao calor liberado ou absorvido durante
NA
Mi ∙ Vi = Mf ∙ Vf o processo, à pressão constante. O cálculo da variação da
entalpia é dado pela expressão genérica:
4A
di ∙ Wi ∙ Vi = df ∙ Wf ∙ Vf 30
∆H = Hfinal – Hinicial
70
Mistura de soluções
35
CONCENTRAÇÃO COMUM (G/L) dos reagentes (HR). Com isso, conclui-se que:
AU
Mf ∙ Vf = MA ∙ VA + MB ∙ VB ∆H < 0
AR
ΔH em reações endotérmicas
S
df ∙ Wf ∙ Vf = dA ∙ WA ∙ VA + dB ∙ WB ∙ VB
PE
TÍTULO EM MASSA
calor, a entalpia dos produtos (HP) é maior do que a ental-
A
Misturas de soluções
PA
metria.
04
1
03
reagente (em mols) está na proporção indicada pela reagentes o produtos + calor
AR
Considerar sempre um possível agente limitante na reação. C(s) + O2(g) o CO2(g) + 394 kJ
LO
LA
U
PA
372
A
AN
L
A
UL
PA
Reação exotérmica
ENERGIA DE LIGAÇÃO
NA
4A
A energia de ligação A – B é aquela absorvida na ruptura
30
de 1 mol dessas ligações no estado gasoso.
70
Exemplo
35
H2 (g) o 2H(g) o H – H
53
03
energia de ligação H – H = +437 kJ
JO
Reação endotérmica
Cálculo do DH
AU
AR
A energia de ligação pode ser determinada experimen-
talmente. Nesta tabela, estão relacionadas as energias de
S
algumas ligações.
PE
LO
Energias de ligação (kcal/mol) medidas a 25 ºC
A
N—N 39 C—O 85,5
UL
N=N 100 C = O (no CO2) 192,0
PA
Fatores que influem nas entalpias N;N 225,8 C—S 65
NA
(ou calores) das reações C—C 82,6 C=S 128
199,6 P—H 76
A quantidade de calor de um processo (∆H) é direta-
35
estado físico mais estável é zero (N2, H2, Fe, Mg etc.). cular o DH dessa reação:
S
PE
tem entalpia zero (O2 e O3, Cgrafite e Cdiamante etc.). (energia liberada na formação das liga-
ções presentes nos produtos)
PA
NA
Exemplo
A
Cℓ
70
H
| Cℓ — Cℓ |
35
H—C—H + Cℓ — Cℓ o H — C — Cℓ + 3 H — Cℓ
53
| Cℓ — Cℓ |
03
H Cℓ
O
Dados:
J
AU
C—H 413,4
S
PE
C — Cℓ 327,2
LO
Cℓ — Cℓ 242,6
LA
H — Cℓ 431,8
U
PA
373
A
AN
L
A
UL
PA
Energia absorvida nas quebras de ligações:
NA
4A
4 (C — H) = 4 (413,4) = 1.653,6 kJ
30
3 (Cℓ — Cℓ) = 3 (242,6) = 727,8 kJ
70
energia total absorvida = 2.381,4 kJ
35
53
Energia liberada nas formações das ligações:
03
1C — H = 1 (413,4) = 413,4 kJ
JO
AU
3C — Cℓ = 3 (327,2) = 981,6 kJ
AR
3H — Cℓ = 3 (431,8) = 1.295,4 kJ
S
energia total liberada = 2.690,6 kJ
PE
LO
Uma vez que a energia liberada é maior que a absorvida, a
reação será exotérmica e seu valor absoluto:
A
UL
2.381,4 – 2.690,6 = –309,2 kJ
PA
REAGENTE PRODUTO
NA
4A
Portanto:
30
CH4(g) + 3Cℓ2(g) o HCCℓ3(g) + 3HCℓ DH = –309,2 kJ
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
ANA
304
70
35
53
03
OJ
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
374
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala b) Uma maneira de se determinar a concentração de
NA
dióxido de enxofre em vinhos é através da reação
4A
com iodo em meio aquoso, que gera ácido iodídrico e
1. (FAMEMA 2020) O iodo (I2) pode ser obtido a partir ácido sulfúrico. Escreva a equação química balancea-
30
de iodatos encontrados em depósitos de nitratos. Após da que representa a reação entre SO2 e I2 em água.
70
realizar a separação dos nitratos e iodatos, submete-se
c) A concentração máxima permitida para o SO2 em
35
o iodato (IO3–) a um processo de oxirredução, conforme
vinhos é de 260 ppm. Se para reagir completamente
a equação a seguir:
53
com 5 mL de uma amostra de vinho forem utilizados
03
–
IO3–(aq + 5 I(aq) + 6 H+(aq) o3 I2(s) + 3 H2O(ℓ) 13,5 mL de uma solução 0,001 mol·L-1 de iodo, cal-
cule a concentração de SO2 no vinho. Esse vinho tem
JO
A solubilidade do iodo em água varia com a temperatu- concentração de SO2 dentro do limite imposto pela
AU
ra, conforme a tabela a seguir. legislação? Justifique a sua resposta.
AR
Volume de água necessário 5. (UERJ) Considere os seguintes valores das ental-
Temperatura
S
para dissolver 1 g de I2 pias-padrão da síntese do HCℓ, a partir dos mesmos
PE
20 °C 3.450 mL regentes no estado gasoso.
LO
50 °C 1.250 mL HCℓ(g): ∆H0 = 92,5 kJ∙mol-1
A
HCℓ(ℓ): ∆H0 = – 108,7 kJ∙mol-1
UL
Ao ser adicionado a solventes orgânicos, o iodo forma
soluções de coloração marrom em solventes oxigena- Calcule a entalpia-padrão, em kJ∙mol-1 de vaporização
PA
dos e soluções de coloração violeta em solventes não do HCℓ, e nomeie duas mudanças de estado físico dessa
NA
oxigenados. substância que sejam exotérmicas.
Dado: I = 127
4A
6. (UFG) A variação de entalpia (∆H) é uma grandeza
a) Indique a cor de uma solução preparada pela adição
30
relacionada à variação de energia que depende apenas
de iodo em etanol. Classifique a dissolução do iodo em
70
lução aquosa 0,1 mol/L desse íon, à temperatura de I. C3H8(g) + 5O2(g) o 3CO2(g) + 4H2O(ℓ) ∆H0 = - 2 220 kJ
03
HCℓ. Quando dissolvida em água, ioniza-se e passa a do gás propano e calcule o valor da variação de entalpia
apresentar caráter ácido.
S
do processo.
PE
3. (Ime) O sulfato cúprico anidro é obtido a partir da peratura. Sabe-se que, a 0°C, 60 g do sal formam, com
água, 260 g de solução saturada. Aquecendo-se a solu-
NA
1,84 g/cm3 e que o ácido sulfúrico é o reagente limitan- A partir desses dados,
3
reação de 10,87 mL da solução aquosa de ácido sulfúrico. a) escreva a equação química de dissolução do NaCℓ
35
itens abaixo.
PE
375
A
AN
L
A
UL
PA
2. (UFPR) Antes de consumir frutas com casca e tam- 6. (UFPR) “Concentração de CO2 na atmosfera pode ul-
NA
bém verduras e hortaliças cruas, é recomendada a hi- trapassar 400 ppm em maio.
4A
gienização desses alimentos deixando-os de molho em A concentração de dióxido de carbono (CO2) na at-
soluções à base de cloro ativo, ou água sanitária. Para mosfera poderá ficar acima das 400 partes por milhão
30
a solução de molho, a proporção recomendada pelo (ppm) em boa parte do Hemisfério Norte já em maio
70
Ministério da Saúde é de uma colher de sopa de água deste ano. Será a primeira vez em mais de três milhões
35
sanitária para 1 litro de água. O teor de cloro ativo pre-
de anos que a barreira dos 400 ppm será ultrapassada.”
53
sente na água sanitária especifica a porcentagem de
hipoclorito de sódio e o seu valor típico é 2,0%. (DISPONÍVEL EM <HTTP://WWW.INSTITUTOCARBONOBRASIL.ORG.BR/
03
NOTICIAS2/NOTICIA=733827>. ACESSO EM ABR. 2013)
Dados: Massas molares(g mol-1) Cℓ: 35,5; Na: 23; 0:16;
JO
1 colher de sopa equivale a 10 mL Dados:
Pressão atmosférica = 1 atm.
AU
densidade da água sanitária = 1 g mL-1
Massa molar (g∙mol-1): C=12, O=16.
AR
a) Qual característica química do “cloro ativo” é re-
Massa molar média do ar = 29.
sponsável pela higienização?
Volume molar = 24 L∙mol-1
S
b) Qual o valor da concentração (em mol ∙ L-1) de hipo-
PE
clorito de sódio na solução recomendada pelo Ministério
O dado fornecido de concentração se refere a partes
LO
da Saúde para higienização?
por milhão de volume seco (ppmv).
A
3. (UFES) A embalagem do "sal light", um sal de cozinha a) A concentração considerada normal de CO2 é 380 ppm.
UL
comercial com reduzido teor de sódio, traz a seguinte in- Calcule o acréscimo na pressão parcial de CO2 (em atm)
PA
formação: "Cada 100 gramas do sal contém 20 gramas ao atingir 400 ppm.
de sódio". Determine: b) Caso a concentração fornecida de 400 ppm fosse
NA
a) a porcentagem (em massa) de C nesse sal; em parte por milhão em massa, calcule qual seria o
4A
b) a quantidade de íons sódio existentes em 10,0 valor de concentração de CO2 em mol por litro.
30
gramas desse sal;
7. (UFG) Analise a tabela a seguir, a qual apresenta as
70
c) a concentração de NaCℓ (em mol/L) em uma solução massas de algumas substâncias comumente encontra-
preparada pela dissolução de 10,0 gramas desse sal
35
5. (UERJ) A equação química abaixo representa a reação com solução de concentração conhecida de tiocianato
35
da produção industrial de gás hidrogênio. de potássio (KSCN), através da formação do sal pouco
53
Na determinação da variação de entalpia dessa reação hospitalar, foram utilizados 15,0 mL de uma solução de
O
química, são consideradas as seguintes equações ter- KSCN 0,2 mol∙L–1, para atingir o ponto final da reação.
J
AU
∆H0 = –242,0 kJ
2 b) Mostre, através de cálculos de concentração, se a
C(s) + O2(g) o CO2(g)
S
376
A
AN
L
A
UL
PA
9. (PUC-RJ) O vinagre utilizado como tempero nas sala- a) Escreva a reação balanceada de combustão completa
NA
das contém ácido acético, um ácido monoprótico muito do etanol (reação do etanol com o O2).
4A
fraco e de fórmula HC2H3O2. A completa neutralização b) Calcule a energia produzida, na forma de calor,
de uma amostra de 15,0 mL de vinagre (densidade igual pela combustão de 1 kg de etanol.
30
a 1,02 g/mL) necessitou de 40,0 mL de solução aquo- c) Calcule a massa de CO2 produzida pela combustão
70
sa de NaOH 0,220 mol/L. A partir dessas informações, completa de 46 g de etanol.
35
pede-se:
53
a) a porcentagem em massa de ácido acético no 13. (UNESP 2018) A regeneração do ácido sulfúrico
03
vinagre; (H2SO4) em geral não é economicamente vantajosa,
b) o volume de KOH 0,100 mol/L que contém quanti- mas é uma imposição das leis ambientais. Nessa regen-
JO
dade de íons OH− equivalente ao encontrado nos 40,0 eração, normalmente se utiliza o ácido proveniente de
AU
mL de solução aquosa de NaOH 0,220 mol/L. sínteses orgânicas, que está diluído e contaminado.
(MARIANA DE MATTOS V. M. SOUZA. PROCESSOS
AR
10. (UFJF) O chumbo e seus derivados têm muitas apli- INORGÂNICOS, 2012. ADAPTADO.)
S
cações: baterias, tubulações, solda, cerâmica, protetor O processo de regeneração é feito em três etapas
PE
contra radiações (Raio X), entre outras. Entretanto, é principais:
tóxico para o organismo, sendo preciso muito cuidado
LO
com seu manuseio. Etapa I
A
a) Um dos compostos que pode ser usado para prepa- H2SO4(aq) o SO2(g) + H2O(g) + 1/2O2(g) 'H = +202 kJ/mol
UL
rar sais de chumbo é o óxido de chumbo. Usando as
PA
Etapa II
reações abaixo, encontre a variação de entalpia para
a formação do óxido de chumbo sólido, a partir do SO2(g) + 1/2O2(g) o SO3(g) 'H = –99 kJ/mol
NA
chumbo metálico e do oxigênio gasoso.
Etapa III
Pb(s) + CO(g) o PbO(s) + C(s) ∆H0 = - 106,8 kJ
4A
SO3(g) + H2O(g) o H2SO4(ℓ) reação exotérmica
30
2 C(s) + O2(g) o 2 CO(g) ∆H0 = - 221,0 kJ
70
exotérmica.
dotérmica? Justifique sua resposta.
53
dutores de veículos. Se, no exame do bafômetro, o presa britânica Intelligent Energy desenvolveu uma
PE
condutor de um veículo automotor for flagrado com tecnologia que pode fazer a bateria de um smartphone
LO
quantidade superior a 0,1 mg de álcool por litro de durar até uma semana. Nesse protótipo ocorre a reação
ar expelido, ele fica sujeito a penalidades. Entretanto, do oxigênio atmosférico com o hidrogênio armazenado
A
do veículo, pois o princípio de funcionamento dos a) Escreva a equação química da reação descrita aci-
bafômetros fundamenta-se em reações químicas. Al- ma e calcule a sua variação de entalpia a partir dos
NA
dos no ar exalado por diabéticos, por exemplo, podem Ligação H–H H–O O=O
04
(kJ mol-1)
Considerando o texto acima e aspectos a ele relaciona-
35
dos, julgue o item a seguir. b) Um dos grandes problemas para o uso do gás hi-
53
Se, no sangue de um indivíduo, a concentração de álcool drogênio como combustível é o seu armazenamento.
03
etílico (C2H6O) for igual a 1 . 10-4 mol/L, isso significará Calcule o volume ocupado por 20 g de hidrogênio
nas CNTP
O
12. (PUC-RJ) Combustível é todo produto utilizado com c) Atualmente, cerca de 96% do gás hidrogênio é
AR
a finalidade de produzir energia a partir de sua queima obtido a partir de combustíveis fósseis, como descrito
ou combustão. O etanol (C2H5OH) é um combustível que, nas reações abaixo.
S
quando injetado nas câmaras de combustão dos veícu- Carvão: C(s) + H2O(ℓ) o CO(g) + H2(g)
PE
los, reage com oxigênio e libera energia. A quantidade Gás natural: CH4(g) + H2O(ℓ) o CO(g) + 3 H2(g)
LO
377
A
AN
L
A
UL
PA
15. (FAMEMA 2019) A figura representa as etapas de produção de NaCℓ(s) a partir das substâncias Na(s) e Cℓ2(g).
NA
4A
4 Cℓ(g) + e– oCℓ(g)
–
30
3 Na(g) o Na + e+ –
495,8 kJ/mol -348,6 kJ/mol
70
(g)
35
53
03
2 1/2 Cℓ2(g) oCℓ(g) 122,0 kJ/mol
1 Na(s) oNa(g) 5 Na+(g) + Cℓ(g)
–
oNaCℓ(s)
JO
107,3 kJ/mol
-787,0 kJ/mol
AU
Reação global:
AR
Na(s) + 1/2 Cℓ2(g) oNaCℓ(s)
S
'H = X
PE
LO
HTTP://CHEMISTRYJEE.BLOGSPOT.COMAdaptado.)
(http://chemistryjee.blogspot.com. .ADAPTADO.)
A
a) Em qual das etapas representadas na figura uma substância simples passa por mudança de estado físico? Qual o nome
UL
dessa mudança de estado?
PA
b) Calcule o valor de X. Classifique a reação de produção de NaCℓ(s) com base na variação da energia envolvida no processo.
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
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UL
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A NA
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Caro aluno
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35
53
Você está recebendo o primeiro livro da Unidade Técnica de Imersão (U.T.I.) do Hexag Vestibulares.
03
Este material tem o objetivo de retomar os conteúdos estudados nos livros 3 e 4, oferecendo um
resumo estruturado da teoria e uma seleção de questões dissertativas que preparam o candidato
JO
para as provas de segunda fase dos principais vestibulares. Além disso, as questões dissertativas per-
AU
mitem avaliar a capacidade de análise, organização, síntese e aplicação do conhecimento adquirido.
AR
É também uma oportunidade de o estudante demonstrar que está apto a expressar suas ideias de
S
PE
maneira sistematizada e com linguagem adequada.
LO
Aproveite este caderno para aprofundar o que foi visto em sala de aula, compreender assuntos que
A
tenham deixado dúvidas e relembrar os pontos que foram esquecidos.
UL
Bons estudos!
PA
NA
Herlan Felini
4A
30
70
35
53
03
JO
SUMÁRIO
AU
AR
S
PE
LO
A
MATEMÁTICA
UL
PA
MATEMÁTICA 1 381
NA
MATEMÁTICA 2 399
A
MATEMÁTICA 3 411
304
70
35
53
03
O
J
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AU
AR
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
S
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2021
PE
Todos os direitos reservados.
LO
Autores
Herlan Fellini
A
UL
Pedro Tadeu Vader Batista
Vitor Okuhara
PA
Diretor-geral
NA
Herlan Fellini
4A
Diretor editorial 30
Pedro Tadeu Vader Batista
70
Coordenador-geral
35
Editoração eletrônica
AU
Imagens
A
Freepik (https://www.freepik.com)
UL
Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
PA
NA
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legis-
lação, tendo por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do
A
contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e loca-
3
70
lizar os titulares dos direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para
suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
35
2021
J
AU
CEP: 04043-300
PE
www.hexag.com.br
LA
[email protected]
U
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A
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53
35
MATEMÁTICA 1
70
30
4A
NA
PA
UL
A
L
L
A
UL
PA
NA
FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU
4A
30
70
35
Função f: R é R dada por f(x) = ax2 + bx + c, com a, Se D < 0, a função não possui raízes reais, portanto, não
53
03
b e c reais e a ≠ 0. intercepta o eixo x:
JO
CONCAVIDADE
AU
AR
S
a > 0: concavidade para cima a < 0: concavidade para baixo
PE
LO
A
UL
PA
Se D = 0, a função possui apenas uma raiz real x1 = x2,
portanto, intercepta o eixo x em apenas um ponto, tangen-
NA
ciando o eixo:
QUADRÁTICA
35
53
ízes reais;
b
xv = – __ e D
yv = – __
A
real.
PA
4a
53
03
Crescimento e decrescimento
de uma função quadrática
JO
a>0 a<0
AU
AR
{ b
x [ R | x > – __ } {x [ R | x < – __b
}
S
2a 2a
PE
LO
{ x [ R | x < – __b
} { x [ R | x > – __b
}
LA
2a 2a
U
PA
382
A
AN
L
A
UL
PA
Forma fatorada de uma
NA
função quadrática
4A
30
Uma função do segundo grau f(x) = ax² + bx + c
70
pode ser escrita em função de suas raízes x1 e x2 da se-
35
guinte forma:
53
f(x) = ax² + bx + x = a(x – x1)(x – x2)
03
JO
AU
EQUAÇÕES E FUNÇÕES EXPONENCIAIS
AR
S
PE
LO
EQUAÇÕES EXPONENCIAIS
A
UL
PA
Chama-se equação exponencial toda equação que contém
incógnita em seu expoente.
NA
4A
Exemplo: 30
Resolva a equação 4x = 512.
70
35
mesma base:
x
Função exponencial de
JO
? ä 22x = 29 ä 2x = 9 ä x = __9
2
AR
2
A função é estritamente decrescente em R e, portanto,
LO
injetiva.
FUNÇÃO EXPONENCIAL
A
UL
Função exponencial de base a com a > 1 Não tem assíntotas verticais nem oblíquas.
304
70
383
A
AN
L
A
UL
PA
NA
INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS
4A
30
70
35
Com base no crescimento e no decrescimento da função f(x) = ax, com a [ R*+ – {1}, podemos comparar quaisquer dois de
53
03
seus expoentes.
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
logc b
loga b = _____
UL
de mudança de base
04
b 1
loga b = _____
70
ou logb a · loga b =1
m
loga b = m · loga b logb a
35
__
53
1 loga (b) __
loga √ b = __ logam (b) = ______ 1
m
m · loga b m = m loga (b)
03
logc b
loga b = _____
O
logc a
J
AU
loga b = 1
_____ ou logab ∙ logba = 1
logb a
AR
1
logam (b) = __
m loga (b)
S
PE
LO
LA
U
PA
384
A
AN
L
A
UL
PA
NA
MUDANÇA DE BASE DO COLOGARITMO
4A
30
70
35
COLOGARITMO
53
03
JO
cologa N = – loga N ou 1
cologa N = loga __
N
AU
AR
S
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
PE
LO
A
UL
Para todo número real positivo a Þ 1, a função exponen-
PA
Veja, a seguir, o gráfico da função exponencial g(x) = 10x
cial f: R o R*, x
+ f(x) = a é uma correspondência biunívo- e da função logarítmica f(x) = log(x). Veja a simetria em
NA
ca entre R e R+*. Ela é crescente, se a > 1, decrescente, relação à reta h(x) = x, pois f(x) e g(x) são funções inversas:
4A
se 0 < a < 1, e tem a seguinte propriedade: 30
f(x1 + x2) = f(x1) · f(x2), ou seja ax1 + x2 = ax1 · a x2
70
35
f(x) = log2 x
AR
S
PE
LO
f(x) = log
g x
70
385
A
AN
L
A
UL
PA
NA
EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS
4A
30
70
35
Igualdade entre um logaritmo e um número real
53
03
Utilizamos então a definição do logaritmo:
JO
loga(x) = b
AU
Então ab = x.
AR
Igualdade entre logaritmos de mesma base
S
PE
loga (x) = loga (y) x = y
LO
A
UL
PA
INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS
NA
4A
30
1º caso: inequações redutíveis 2º caso: inequações redutíveis a
70
um número real
JO
substituição
PA
quação do 1º caso.
35
53
03
J O
AU
AR
S
PE
LO
386
A
AN
L
A
UL
PA
NA
FUNÇÃO COMPOSTA
4A
30
70
35
53
Definição
03
Chamamos de função composta de g com f a função g + f: A o C tal que:
JO
AU
(g + f)(x) = g[f(x)].
AR
Na forma de diagrama, temos:
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
Notação
AR
S
(g º f)(x) = g(f(x))
LO
A
UL
PA
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
A NA
304
387
A
AN
L
A
UL
PA
Resumo sobre a função seno
NA
4A
1. Função seno é a função de R em R definida por f(x) = sen x.
30
2. A função seno tem D = R e Im = [–1, 1].
70
3. A função seno não é injetiva nem sobrejetiva.
35
4. A função seno é função ímpar, isto é, –sen x = sen (–x), x R.
53
5. A função seno é periódica p = 2p.
03
6. sen x = 0, para x = kp, com k [ Z.
JO
p + 2kp, com k [ Z.
7. sen x > 0, para x do 1º e 2º quadrantes e sen x = 1 para x = __
AU
2
AR
3p + 2kp, com k [ Z.
8. sen x < 0, para x do 3° e 4° quadrantes e sen x = –1 para x = ___
2
S
PE
ESTUDO DA FUNÇÃO COSSENO
LO
A
UL
Gráfico da função cosseno
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
1. A cossenoide não é uma nova curva, mas uma senoide transladada __ p unidades para a esquerda. Observe no
2
PA
daquela cossenoide. Resultado: a maioria dos aspectos relevantes da função cosseno é a mesma da função
A
seno.
04
388
A
AN
L
A
UL
PA
ESTUDO DA FUNÇÃO TANGENTE
NA
4A
Gráfico da função tangente
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
À luz desse gráfico, é possível fazer algumas afirmações sobre a função tangente:
p + kp, com k [ Z e Im(f) = R.
30
Tem D(f) = x [ R | x ≠ __
{ }
2
70
35
1 , para sen x ≠ 0
____
cossec x = sen
PE
x
LO
1 , para cos x ≠ 0
____
sec x = cos x
A
UL
x
1.
Se sen x ≠ 0 e cos x ≠ 0, pode-se também escrever cotg x = ___
NA
tg x
A
04
Função cossecante
3
70
389
A
AN
L
A
UL
PA
Função secante
NA
4A
Gráfico de f(x) = sec x
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
Função cotangente
A
UL
PA
Gráfico de f(x) = cotg x
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
As características das funções do tipo f(x) = a + b · trig (cx + d) podem ser relacionadas com as funções trigonométricas e
UL
As constantes a e b alteram a imagem da função (valores de y), e as constantes c e d alteram as características relacionadas
NA
a constante a translada o gráfico padrão em a unidades. Se a > 0, o gráfico “sobe” a unidades, e, se a < 0, o gráfico
3
“desce” a unidades.
70
35
a constante b comprime ou dilata verticalmente o gráfico. Se |b| > 1, o gráfico dilata, e, se 0 < |b| < 1, o gráfico comprime.
53
Se b = –1, o gráfico fica invertido. Se b < 0, o gráfico fica simétrico (em relação ao eixo x) ao original, com b > 0. O valor
03
|c| > 1, f(x) fica comprimido horizontalmente em |c| unidades. Se 0 < |c| < 1, f(x) fica dilatado horizontalmente em |c|
AU
ptrig
unidades. O novo período é dado por py = ___
AR
ucu
;e
S
uu
a constante d translada o gráfico padrão em __dc unidades horizontais. Se d > 0, o gráfico translada para a esquerda __dc uu
PE
unidades.
LO
LA
U
PA
390
A
AN
L
A
UL
PA
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS
NA
4A
p, __
Função arco-seno é a função de [–1, 1] em – __ p , tal que y = arcsen x.
2 2 [ ]
30
Função arco-cosseno é a função de [–1, 1] em [0, p], tal que y = arccos x.
70
35
p, __
Função arco-tangente é a função de R em – __ ] [
p , tal que y = arctg x.
53
2 2
03
JO
MÓDULO
AU
AR
S
PE
MÓDULO DE UM NÚMERO REAL Condição de existência
LO
u x u = –2
A
UL
Definição Não possui solução, visto que o módulo de um número
PA
Dado um número real x, define-se o módulo de x (ou valor real é sempre maior ou igual a zero. Veja a seguinte equa-
NA
absoluto) representado por u x u como: ção:
u x – 5 u = –2x + 1
4A
x se x for positivo ou nulo
uxu =
–x se x for negativo
30
Para que a igualdade seja possível, temos a seguinte
70
condição:
Interpretação geométrica –2x + 1 $ 0
35
53
Veja na reta real o módulo dos números –5 e 3: Equações com mais de um módulo
AU
AR
u 1 – 2x u – u x + 3 u = 4
S
(I) u 1 – 2x u = ou
UL
priedades:
P1: u x u $ 0 1 – 2x, se x d __1
NA
2
u 1 – 2x u =
A
P2: u x · y u = u x u . u y u ou
04
–1 + 2x, se x > __ 1
P3: u x + y u # u x u + u y u 2
3
70
triangular.)
53
(II) u x + 3 u = ou
P4: u x – y u $ u x u – u y u
03
__
J
P6: √x2 = u x u x + 3, se x $ –3
AU
ux + 3u = ou
AR
ux – 1u = 2
PE
LO
391
A
AN
L
A
UL
PA
Como cada módulo é definido de uma maneira diferente para cada intervalo, faremos uma tabela para analisar cada caso:
NA
4A
30
70
35
53
03
Substituindo cada expressão na equação original, temos: 1:
para x $ __
2
JO
para x < –3: u 1 – 2x u – u x + 3 u = 4
AU
u 1 – 2x u – u x + 3 u = 4 (–1 + 2x) – (x + 3) = 4
AR
(1 – 2x) – (–x – 3) = 4 x–4=4
S
PE
–x + 4 = 4 x=8
LO
x=0 Novamente, o valor x = 8 está dentro do intervalo x $ __1;
2
A
portanto, também faz parte do conjunto solução.
UL
Como estamos analisando o intervalo x < –3, o resultado
PA
encontrado x = 0 não convém. Finalmente, encontramos dois valores que obedecem seus
respectivos intervalos em cada etapa e que satisfazem à
para –3 # x < __1:
NA
2 equação. O conjunto solução S é:
4A
u 1 – 2x u – u x + 3 u = 4 30 S = {–2, 8}
(1 – 2x) – (x + 3) = 4
70
35
–3x – 2 = 4
53
x = –2
03
INEQUAÇÕES MODULARES
LO
A
UL
PA
x $ –a
u x u < a –a < x < a –a # x # a
O
e
J
x#a
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
392
A
AN
L
A
UL
PA
NA
FUNÇÕES MODULARES
4A
30
70
35
ANÁLISE DE GRÁFICOS
53
Definição
03
A uma função f: IR o IR, definida por f(x) = u x u, dá-se o
JO
nome de função modular. Construção de gráficos
AU
x, se x $ 0 g(x) = f(x) ± k
AR
f(x) = ou Considerando uma função real f(x) e uma constante real
S
-x, se x < 0
PE
positiva k, o gráfico de f(x) + k desloca-se k unidades
LO
Uma maneira rápida de construir o gráfico de uma função “para cima” em relação ao gráfico de f(x), aumentando
composta com a modular do tipo: em k unidades todos os pontos-imagem de f(x). Analoga-
A
UL
mente, o gráfico de f(x) – k se desloca “para baixo” k
f(x) = |g(x)|
PA
unidades.
é construir o gráfico da função g(x) = x2 – 4 e “espelhar”
NA
Por exemplo, para a função f(x) = x2, veja os gráficos de
a parte que possui imagem negativa para a parte positiva.
f(x) + 4 e f(x) – 4:
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
393
A
AN
L
A
UL
PA
g(x) = f(x ± k) g(x) = f(–x)
NA
Considerando novamente uma constante real posi- Considerando uma função real f(x) e seu gráfico, o gráfico
4A
tiva k e uma função real f(x) qualquer, o gráfico de de g(x) = f(–x) será simétrico em relação ao eixo y:
30
f(x + k) desloca-se para a esquerda no plano cartesiano,
70
enquanto que o gráfico de f(x – k) desloca-se para a direi-
35
ta no plano.
53
03
Por exemplo, considere a função real f(x) = x2 e os gráficos
das funções f(x + 2) = (x + 2)2 e f(x – 2) = (x –2)2:
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
Tabela de gráficos de funções
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
g(x) = –f(x)
AU
de f(x):
PE
LO
A
UL
PA
ANA
304
70
35
53
03
J O
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
394
A
AN
L
A
UL
PA
Análise de imagem e domínio
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
Para determinar o conjunto imagem da função a partir
UL
do gráfico, encontramos os pontos máximo e mínimo
PA
da função (em y). Ao analisar o gráfico, vemos que o valor
NA
mínimo que a função atinge é –7, enquanto que o valor
4A
máximo é 7; portanto, o conjunto imagem é:
30
Crescimento e decrescimento Im(f) = [ –7, 7 ]
70
tervalos em que a função cresce ou decresce. Veja o exem- Para a determinação do domínio, analisamos o intervalo
53
plo a seguir:
função f(x) apresentada, a função existe de x = –5 até
JO
D(f) = [ –5, 6 ]
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
ANA
NA
hemácias, como mostra o gráfico apresentado a seguir.
4A
1. Seja f(x) = 4x – 6 ∙ 2x + 8.
30
a) Calcule f(0).
70
b) Encontre todos os valores reais de x para os quais
35
f(x) = 168.
53
c) Encontre todos os valores reais de x para os quais
03
f(x) < 0.
JO
2. (UEG) Um capital é emprestado a taxa de 8% ao ano,
AU
no regime de juros compostos. Determine o tempo
necessário de aplicação, de modo que o montante seja
AR
80% superior ao capital emprestado inicialmente.
S
Para os cálculos, se necessário, utilize as aproximações:
PE
log 1,8 = 0,255 e log 1,08 = 0,035.
LO
Seja x a concentração de substância B no meio extrace-
3. (ITA) Seja f a função definida por f(x) = log(x+1)(x2 – 2x - 8). lular e y a velocidade de transporte. Observando-se o
A
Determine: formato da curva B e os valores de x e y em determina-
UL
a) O domínio Df da função f. dos pontos, podemos concluir que a função que melhor
PA
b) O conjunto de todos os valores de xDf tais que relaciona essas duas grandezas é
NA
f(x) = 2. 4 + log2(x)
c) O conjunto de todos os valores de xDf tais que a) y = _____________
4A
2
f(x) > 1. b) y = 1 – log2(x + 1)
30
4. Resolva, em R, a equação |2x – 3| + |x + 2| = 4. c) y = 8__ (1 – 2-2x)
70
3
35
d) y = 3x – 1
5. (FUVEST) Determine para quais valores reais de x é
53
__
LO
H(t) = 1 + ____ π
( )
UL
2√2 4
PA
divíduos de t = 0.
3
70
35
U.T.I. - E.O.
53
03
__
J
396
A
AN
L
A
UL
PA
A partir da informação dos gráficos, responda: 6. (UEMA - Adaptado) Seja f(x) = 3x-4 + 3x-3 + 3x-2 + 3x-1, qual
NA
a) Em que dia o número de bactérias da população C o valor de x para que se tenha f(x) = 40?
4A
ultrapassou o da população A?
7. (UNESP) Numa plantação de certa espécie de árvo-
30
b) Qual foi a porcentagem de aumento da população
re, as medidas aproximadas da altura e do diâmetro do
70
de bactérias B, entre o final do dia 2 e o final do dia 6?
tronco, desde o instante em que as árvores são plan-
35
c) Qual foi a porcentagem de aumento da população tadas até completarem 10 anos, são dadas, respectiva-
total das bactérias (colônias A, B e C somadas) entre o
53
mente, pelas funções:
final do dia 2 e o final do dia 5?
03
altura: H(t)= 1 + (0,8)log2 (t + 1)
4. (UFMG - Adaptada) O pH de uma solução aquosa é diâmetro do tronco: D(t)= (0,1) . 2t/7 com H(t) e D(t) em
JO
definido pela expressão metros e t em anos.
AU
pH = – log [H+], a) Determine as medidas aproximadas da altura, em
AR
metros, e do diâmetro do tronco, em centímetros, das
em que [H+] indica a concentração, em mol/L, de íons árvores no momento em que são plantadas.
S
PE
de hidrogênio na solução e log, o logaritmo na base 10. b) A altura de uma árvore é 3,4 m. Determine o di-
Aoanalisarumadeterminadasolução,umpesquisadorver- âmetro aproximado do tronco dessa árvore, em cen-
LO
ificou que, nela, a concentração de íons de hidrogênio era tímetros.
A
[H+] = 5,4 · 10–8 mol/L. Para calcular o pH dessa solução,
UL
ele usou os valores aproximados de 0,30, para log 2, e 8. (UNICAMP) Suponha que o preço de um automóvel
PA
de 0,48, para log 3. tenha uma desvalorização média de 19% ao ano sobre
Qual o valor que o pesquisador obteve para o pH dessa o preço do ano anterior. Se F representa o preço inicial
NA
solução? (preço de fábrica) e p(t), o preço após t anos, pede-se:
4A
a) a expressão para p(t);
5. (Unicamp) O sistema de ar condicionado de um ôni- b) o tempo mínimo necessário,em número inteiro de anos,
30
bus quebrou durante uma viagem. A função que de- após a saída da fábrica, para que um automóvel venha a
70
screve a temperatura (em graus Celsius) no interior do valer menos que 5% do valor inicial. Se necessário, use:
35
ônibus em função de t, o tempo transcorrido, em horas, log 2 > 0,301 e log 3 > 0,477.
53
log2(x2 – x + 4) ≤ log2 (x – 2) + 3.
onde T0 é a temperatura interna do ônibus, enquanto a
AU
abaixo. a) |x + 1| – |x| = 2x + 1
LO
de T(t).
PA
_________
4
√ (x2 + 2x)4 = |3x + 6|
A
04
|20 – 5x|
fazem a sentença a _________ – 8x ≥ – 136?
(4 – x)
35
53
14. (Fuvest)
AR
2
subisse 4 ºC. Se necessário, use log10 2 ≈ 0,30, (x + 7)
______
LO
2
log10 3 ≈ 0,48 e log10 5 ≈ 0,70. b) Resolva a inequação |4 – x | ≤ .
2
LA
U
PA
397
A
AN
L
A
UL
PA
15. (UFPA–PA) Um professor de Matemática Aplicada 19. (UNESP) Em uma pequena cidade, um matemático
NA
enviou a seguinte mensagem ao seu melhor aluno, um modelou a quantidade de lixo doméstico total (orgâni-
4A
estudante chamado Nicéphoro, que gostava muito de co e reciclável) produzida pela população, mês a mês,
desenhar e traçar gráficos: durante um ano, através da função:
30
70
Prezado Nicéphoro, Sx – ___
(
f(x) = 200 + (x + 50) cos __ 4S
)
35
3 3
Estive analisando cuidadosamente aquele problema de
53
Matemática e percebi que ele é regido por uma função onde f(x) indica a quantidade de lixo, em toneladas,
03
pulso-unitária definida por produzida na cidade no mês x, com x inteiro positi-
JO
vo. Sabendo que f(x), nesse período, atinge seu val-
or máximo em um dos valores de x no qual a função
AU
Sx – ___
Trace, por favor, usando os seus conhecimentos, o gráfi- (
cos __
3 3 )
4S atinge seu máximo, determine o mês x
AR
co desta função e o envie para mim. para o qual a produção de lixo foi máxima e quantas
toneladas de lixo foram produzidas pela população
S
PE
Um abraço e saudações matemáticas nesse mês.
LO
Euclides Arquimedes.
20. (UFPR) Suponha que a expressão P = 100 + 20 sen(2St)
A
Desenhe o gráfico enviado por Nicéphoro. descreve de maneira aproximada a pressão sanguínea
UL
P, em milímetros de mercúrio, de uma certa pessoa du-
PA
16. (UFLA-MG - Adaptada) Dê o conjunto de todos os rante um teste. Nessa expressão, t representa o tempo
valores reais de x, para os quais o gráfico de P(x) = 8 – x2 em segundos. A pressão oscila entre 20 milímetros de
NA
está acima do gráfico de Q(x) = 3x2 (isto é, P(x) > Q(x)). mercúrio acima e abaixo dos 100 milímetros de mer-
4A
cúrio, indicando que a pressão sanguínea da pessoa
(2x + 1) é 120 por 80. Como essa função tem um período de
30
17. (FEI) Sendo f(x) = ________ obter f(f(x)). 1 segundo, o coração da pessoa bate 60 vezes por mi-
(x – 2)
70
t = 0 s; t = 0,75 s.
a) Calcule: (f R g)(0) e (gRf)(1).
03
398
A
AN
AN
A
PA
U LA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
MATEMÁTICA 2
70
30
4A
NA
PA
UL
399
A
L
L
A
UL
PA
NA
JUROS SIMPLES E COMPOSTOS
4A
30
70
35
53
Uma razão percentual pode ser representada também na Observe que:
03
forma decimal ou como taxa: J=C·i·t
1 = 0,01 = 1%
___ M = C + J M = C + C · it M = C(1 + it)
JO
100
AU
10 = 0,1 = 10%
___
Juros simples
AR
100
25 = 0,25 = 25%
___
S
100 Um capital aplicado a um regime de juros simples possui
PE
Vimos, também, que um aumento percentual pode ser cal- seus juros calculados sempre em relação à quantia ini-
LO
culado facilmente através do fator de atualização f, na cial, os juros gerados em cada período são sempre iguais.
A
qual f = (1 ± i).
UL
M = C + C · i · t = C(1 + i · t)
PA
Um valor A é atualizado para outro valor B da seguinte
forma B = f · A. Juros compostos
NA
Para aumentar o valor A e obter B, temos B = (1 + i ) · A.
Para diminuir o valor A e obter B, temos B = (1 – i ) · A. 4A
O regime de capitalização mais utilizado atualmente é o
30
de juros compostos. Nele, os juros são aplicados sempre ao
70
Os juros em um período de tempo são calculados da se- juros i por t períodos de tempo, o montante M final será
guinte forma J = C · i · t. de M = C(1 + i)t.
JO
os juros M = C + J.
S
PE
LO
CONCEITOS TRIGONOMÉTRICOS
A
UL
PA
NA
do arco:
35
53
a · 2pr,
ℓ = ___
03
360
O
400
A
AN
L
A
UL
PA
NA
1
__ p (60º)
__
2 3
4A
p (90º)
__
30
0
2
70
35
–1 p (180º)
53
03
0 3p (270º)
___
2
JO
1 2p (360º)
AU
AR
A IDEIA DE SENO, COSSENO E Valores notáveis de tangentes
S
PE
LO
TANGENTE DE UM NÚMERO REAL tg x x
A
UL
sen a
sen2 a + cos2 a = 1 e tg a = _____
0 0
cos a
PA
dXX
3
___ p (30º)
__
3 6
Valores notáveis do seno
NA
1 p (45º)
__
4A
4
Veja a tabela com os valores notáveis do seno: __
p (60º)
__
30
√3
3
70
sen x x
' p (90º)
__
35
2
0 0
53
0 p (180º)
03
1
__ p (30º)
__ 3p (270º)
' ___
JO
2 6 2
AU
dXX
2
___ p (45º)
__ 0 2p (360º)
2 4
AR
dXX p (60º)
REDUÇÃO AO 1º QUADRANTE
3
___ __
S
2 3
PE
DA 1ª VOLTA POSITIVA
LO
1 p (90º)
__
2
A
UL
0 p (180º)
1º caso: a está no 2º quadrante
PA
3 p (270º)
___
NA
–1
( __p2 < a < p )
2
A
04
cos x x
J
AU
1 0
AR
S
dXX
3
___ p (30º)
__
PE
2 6
LO
dXX
2
___ p (45º)
__
2 4 sen a = sen (p – a)
LA
U
PA
401
A
AN
L
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
cos a = – cos (p – a)
AR
tg a = tg (a – p)
S
3º caso: a está no 4º quadrante
PE
LO
( ___
3p< D < 2p
)
A
UL
2
PA
O ponto P’ é o simétrico de P em relação ao eixo x.
NA
4A
30
70
tg a = – tg (p – a)
35
53
3p
(S < a < ___
2)
JO
AU
y
LO
P’
A
UL
2-
PA
x
0 A
ANA
04
P
3
sen a = – sen (a – p)
70
cos a = cos (2 p – a)
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
402
A
AN
L
A
UL
PA
NA
TRANSFORMAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
4A
30
70
35
FÓRMULAS DE ADIÇÃO FÓRMULAS DO ARCO METADE
53
03
E SUBTRAÇÃO Expressão para o cálculo de cos __a
JO
AU
2
Expressão de sen (a + b)
AR
cos2 __a = _______
() 1 + cos a
2 2
S
sen (a + b) = sen a · cos b + sen b · cos a
PE
Expressão para o cálculo de sen __a
LO
Expressão de sen (a – b)
2
A
UL
sen (a – b) = sen a · cos b – sen b · cos a
sen2 __a = _______
() 1 – cos a
PA
2 2
Expressão de cos (a + b)
NA
FÓRMULAS DE TRANSFORMAÇÃO DE
cos (a + b) = cos a · cos b – sen a · sen b
4A
30
Expressão de cos (a – b) PRODUTO (FÓRMULAS DE PROSTAFÉRESE)
70
35
tg a + tg b
tg (a + b) = ___________ x+y x–y
AU
Expressão de tg (a – b) x – y x +y
sen x – sen y = 2 · sen ____ · cos ____
S
tg a – tg b 2 2
PE
tg (a – b) = ___________
1 + tg a · tg b
LO
2 · tg a
tg 2a = _______ cos x – cos y = –2 · sen ____ · sen ____
2 2
04
1 – tg2 a
3
70
35
53
03
O
J
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
403
A
AN
L
A
UL
PA
NA
RELAÇÕES FUNDAMENTAIS TRIGONOMÉTRICAS
4A
30
70
35
RELAÇÕES FUNDAMENTAIS cos a = cos b
53
03
sen2 x + cos2 x = 1 para todo x [ R sen
JO
____
tg x = cos p + kp
sen x para todo x ≠ __
AU
x 2
cos x para todos x ≠ kp
____
AR
cotg x = sen x
1
sec x = cos x para todo x ≠ __
____ p + kp
S
2
PE
1 para todo x ≠ kp
____
cossec x = sen
LO
x
tg x + 1 = sec x para x ≠ __
2 2 p + kp, k [ Z
A
2
UL
cotg2 x + 1 = cossec2 x para x ≠ kp, k [ Z
cos a = cos b D = ± b + 2 kp
PA
cotg x = ___ 1 para x ≠ __p + kp e x ≠ p
tg x 2 tg a = tg b
NA
kp, k [ Z
+ kp, ou seja, x ≠ ___
4A
2 30
EQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
70
35
cos a = cos b, tg a = tg b
JO
sen a = sen b
AR
S
a = b + 2 kp
tg a = tg b a = b + kp
PE
a = p + b + 2 kp
LO
A
UL
cos
PA
ANA
04
a = b + 2 kp
3
sen a = sen b
70
a = p – b + 2 kp
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
404
A
AN
L
A
UL
PA
NA
INEQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
4A
30
70
35
Uma inequação trigonométrica é uma desigualdade, em 7p
0 # x < ___
53
cujas incógnitas aparecem funções trigonométricas. 6
1
__
senx > - ä ou
03
Como não há um padrão único para resolvê-las, vamos ex- 2
11p < x # 2S
____
JO
por suas resoluções no seguinte exemplo de aplicação. 6
AU
sen x > – __1 Logo, a solução geral é:
AR
2
No intervalo [0, 2p] há:
7p + 2kp
S
sen S = { x [ R | 2kp # x < ___
PE
6
11p
____
LO
ou 6 + 2kp < x # 2p + 2 kp}
A
UL
PA
cos
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
ANÁLISE COMBINATÓRIA
PE
Princípio fundamental
UL
T=a∙b
NA
etapas sucessivas, sendo que a primeira pode acontecer Podemos estender esta definição para qualquer número de
04
FATORIAL
AR
S
Dado um número natural n > 2, definimos o fatorial de n (indicado por n!) como sendo o produto de todos os números
PE
LO
405
A
AN
L
A
UL
PA
Exemplo:
PERMUTAÇÃO SIMPLES
NA
5! = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120
4A
Definimos as permutações de um conjunto A de n ele-
2! = 2 · 1 = 2
30
mentos como todas as sequências distintas possíveis de n
70
Em particular, temos dois casos importantes: elementos formadas pelos elementos de A.
35
0! = 1 e 1! = 1
53
Pn = n!
03
JO
AU
ARRANJOS SIMPLES
AR
S
PE
LO
n!
An, p = ______
(n – p)!
A
UL
PA
PERMUTAÇÕES COM REPETIÇÃO
NA
4A
30
70
A permutação de n elementos dos quais a é um tipo, b é outro e g é outro ainda, como a + b + g = n, é dada por:
35
53
n!
Pna, b, g = _______
03
a!b!g!
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
A NA
304
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
406
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala 2. (UERJ) Considere o teorema e os dados a seguir para
NA
a solução desta questão. Se a, E e D + E são três ângu-
los diferentes de __ π + kπ, k ], então
4A
1. (FUVEST) Sejam x e y dois números reais, com 2
tg D + tg E
30
0 < x < __π e __
π < y < π, satisfazendo sen y = __4 e tg(D + E) = ________________
.
2 2 5 1 – (tg D)(tg E)
70
11 sen x + 5 cos(y – x)= 3. Nessas condições, determine: a, b, c são três ângulos agudos, sendo tg b = 2 e
35
a) cos y. tg(a + b + c) = __4.
53
5
b) sen 2x.
03
Calcule tg(a – b + c).
JO
2. (UECE – ADAPTADA) Se x é um arco localizado no se- 3. (FUVEST) Um arco x está no terceiro quadrante do
gundo quadrante e cos x = – __3 , então qual é o valor de círculo trigonométrico e verifica a equação
AU
5 5 cos (2x) + 3 sen (x) = 4. Determine os valores de sen x
cos x + sen x + tg x + cotg x + sec x + cossec x?
AR
e cos x.
3. (UNICAMP 2017) Sabendo que k é um número real,
S
^
4. (FUVEST) No quadrilátero plano ABCD, os ângulos ABC
PE
considere a função f(x) = k sen x + cos x, definida para ^ ——
e ADC são retos, AB = AD = 1, BC = CD = 2 e BD é uma
todo número real x.
LO
^
diagonal. Dê a medida do cosseno do ângulo BCD.
a) Seja t um número real tal que f(t) = 0. Mostre que
A
f(2t) = –1. 5. (UNIFESP) Um jogo eletrônico consiste de uma pista
UL
b) Para k = 3, encontre todas as soluções da equação retangular e de dois objetos virtuais, O1 e O2, os quais
PA
f(x)2 + f(–x)2 = 10 para 0 d x ≤ 2π. se deslocam, a partir de uma base comum, com O1 sem-
pre paralelamente às laterais da pista e O2 formando
NA
4. (FUVEST) um ângulo x com a base, x 0, S __ . Considere v e v
( )
2
4A
1 2
a) Quantos são os números inteiros positivos de quatro os módulos, respectivamente, das velocidades de O1 e
O2. Considere, ainda, que os choques do objeto O2 com
30
algarismos, escolhidos sem repetição, entre 1, 3, 5, 6, 8, 9?
as laterais da pista (lisas e planas) são perfeitamente
70
ismos citados no item a), quantos são divisíveis por 4? a) Exiba o gráfico da função y = f(x) que fornece o
03
nagens, cada uma contendo todos os dígitos de 0 a 9. mento do objeto O2, no sentido do deslocamento do
S.
AU
Para abrir esse cadeado, os dígitos do segredo devem ser objeto O1, em função do ângulo, x 0, __
( )2
AR
ordem crescente,
04
x
começa com o algarismo 4. x
35
x base
mina com o algarismo 2.
O 1 O2
03
don Eye, para contemplar a cidade. Esta roda gigante 7. (UNIFESP) Sabe-se que, se b > 1, o valor máximo da
de 135 metros de diâmetro está localizada à beira do expressão y – y b, para y no conjunto R dos números
S
rio Tamisa. Suas 32 cabines envidraçadas foram fixadas . Qual é o valor máximo
b
à borda da roda com espaçamentos iguais entre si. En- que a função f(x) = sen(x) sen(2x) assume, para x vari-
LO
407
A
AN
L
A
UL
PA
8. (UNICAMP) Um recipiente cúbico de aresta D e sem a) Calcule, por meio da fórmula dada, a energia mecânica
NA
tampa, apoiado em um plano horizontal, contém água liberada por um terremoto de magnitude 2,11.
4A
b) A figura a seguir mostra um modelo trigo-
até a altura __3 D. Inclina-se lentamente o cubo, giran-
4 nométrico que, por meio da função cosseno
30
do-o em um ângulo T em torno de uma das arestas da y = A + B 9 cos (mx + n), ajuda a prever a magnitude de
70
base, como está representado na figura abaixo. terremotos em uma ilha do Pacífico. Nesse modelo, y
35
indica a magnitude do terremoto, e x indica o ano de
53
ocorrência, sendo x = 1 correspondente ao ano 1980,
03
x = 6 correspondente ao ano 1990, x = 11 corresponden-
te ao ano 2000, e assim sucessivamente.
JO
AU
AR
θ
S
PE
a) Supondo que o giro é interrompido exatamente antes
LO
de a água começar a derramar, determine a tangente
A
do ângulo T.
UL
b) Considerando, agora, a inclinação tal que tg(T) = 1/4, Determine domínio, imagem e período da função cujo
PA
com 0 < T < S/2 , calcule o valor numérico da expres- gráfico está indicado na figura. Em seguida, determine
são cos(2T) – sen(2T). os valores dos parâmetros A, B, m e n da lei dessa função.
NA
xπ – 3, com
10. (UFPR) Considere a função f(x) = 4 cos ___ ( )
4A
9. (FGV) Uma fórmula que mede a magnitude M de um 4
terremoto pode ser escrita como M = 0,67 9 logE – 3,25, x (–∞, +∞)
30
sendo E a energia mecânica liberada pelo abalo, medi- a) Qual é o valor mínimo que a função f atinge?
70
11. (UNIFESP) Os pontos T e U deslocam-se sobre retas paralelas r1 e r2 de tal forma que TU passe sempre pelo centro
03
C de um quadrado PQRS de lado 2, e forme um ângulo de medida a com r1 conforme indica, como exemplo, a sequên-
cia de cinco figuras.
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
b) Denotando TU por y, determine y em função de a e o respectivo domínio dessa função no intervalo de a em que a
NA
408
A
AN
L
A
UL
PA
Com base nas informações acima, o número de ma- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
NA
neiras possíveis de Eddie se deslocar de A até B, sem
O Google, mecanismo de buscas na Internet, indexa tril-
4A
passar pelo ponto C, é igual a:
hões de páginas web, de modo que os usuários podem
30
a) 192. pesquisar as informações de que necessitarem usando
70
b) 60. palavras-chave e operadores. O funcionamento do Goo-
gle é embasado em algoritmos matemáticos, que anal-
35
c) 15.
d) 252. isam a relevância de um sítio pelo número de páginas e
53
pela importância dessas páginas.
03
13. (UFRN) O quadro de avisos de uma escola de ensi- O nome Google é derivado de googol, número definido
no médio foi dividido em quatro partes, como mostra a
JO
por 10100, ou seja, o número 1 seguido de 100 zeros. A
figura a seguir. partir do googol, define-se o googolplex, corresponden-
AU
te a 10googol, ou seja, o número 1 seguido de 10100 zeros.
AR
De acordo com dados do Google, o sítio mais acessado
atualmente é o Facebook, a maior rede social da Inter-
S
PE
net. De agosto de 2010 a agosto de 2011, o número de
usuários dessa rede social passou de 598 milhões para
LO
753 milhões. A previsão de receita do Facebook para
A
2011 é de 4,27 bilhões de dólares, um crescimento de
UL
115% em relação a 2010.
PA
No retângulo à esquerda, são colocados os avisos da
diretoria, e, nos outros três retângulos, serão colocados, 16. (UNB) A partir dessas informações, julgue os itens
NA
respectivamente, de cima para baixo, os avisos dos 1º, subsequentes.
10100 é um
a) A soma dos divisores naturais de ________
4A
2º e 3º anos do ensino médio.
290 × 5100
A escola resolveu que retângulos adjacentes (vizinhos) número primo.
30
fossem pintados, no quadro, com cores diferentes. Para b) A quantidade de anagramas da palavra googolplex
70
isso, disponibilizou cinco cores e solicitou aos servi- que começam por consoante é superior a 105.
35
dores e alunos sugestões para a disposição das cores c) De agosto de 2010 a agosto de 2011, a taxa de
53
prar camisas e calças, de modo a obter exatamente total (CT), colesterol HDL (conhecido como “bom
vinte trajes distintos. Cada traje consiste de uma calça e colesterol”), colesterol LDL (o “mau colesterol”) e
S
parte de mais de um traje, calcule o número de camisas CT = LDL + HDL + TG/5. A tabela abaixo mostra os va-
e de calças que a pessoa comprará sem ultrapassar a
A
a) quantos sanduíches distintos podem ser montados; b) Acidentalmente, o laboratório SangueBom deixou
b) o número de sanduíches distintos que um cliente de etiquetar as amostras de sangue de cinco pessoas.
AR
pode montar, se ele não gosta de orégano, só come Determine de quantos modos diferentes seria possível
relacionar essas amostras às pessoas, sem qualquer
S
409
A
AN
L
A
UL
PA
Nesse caso, supondo que cada pessoa indicasse seu tipo 20. (FUVEST 2017) Um quadriculado é formado por n
NA
sanguíneo, de quantas maneiras diferentes seria possível × n quadrados iguais, conforme ilustrado para n = 2 e
4A
relacionar as amostras de sangue às pessoas? n = 3. Cada um desses quadrados será pintado de azul
ou de branco. Dizemos que dois quadrados Q1 e Q2 do
30
18. (UFJF-PISM) João nasceu no dia 15/12/1951 e decid- quadriculado estão conectados se ambos estiverem
70
iu usar os algarismos de sua data de nascimento para pintados de azul e se for possível, por meio de mov-
35
produzir a senha de sua conta bancária. imentos horizontais e verticais entre quadrados adja-
53
a) Quantas opções de senha João terá, ao formar uma centes, sair de Q1 e chegar a Q2 passando apenas por
03
sequência de oito dígitos, usando apenas os algaris- quadrados pintados de azul.
mos de sua data de nascimento?
JO
b) Para acessar a conta pela internet, o banco de João
AU
exige uma senha de quatro dígitos Sabendo que João
deseja usar apenas os seis últimos dígitos de sua data
AR
de nascimento, quantas opções de senha ele terá?
S
PE
19. (UERJ) Com o objetivo de melhorar o tráfego de
veículos, a prefeitura de uma grande cidade propôs a
LO
construção de quatro terminais de ônibus. Para esta-
A
belecer conexão entre os terminais, foram estipuladas
UL
as seguintes quantidades de linhas de ônibus:
PA
• do terminal A para o B, 4 linhas distintas; a) Se n = 2, de quantas maneiras distintas será pos-
• do terminal B para o C, 3 linhas distintas; sível pintar o quadriculado de modo que o quadrado
NA
Q1 do canto inferior esquerdo esteja conectado ao
• do terminal A para o D, 5 linhas distintas;
4A
quadrado Q2 do canto superior direito?
• do terminal D para o C, 2 linhas distintas. b) Suponha que n = 3 e que o quadrado central este-
30
Não há linhas diretas entre os terminais A e C. ja pintado de branco. De quantas maneiras distintas
70
Supondo que um passageiro utilize exatamente duas será possível pintar o restante do quadriculado de
35
linhas de ônibus para ir do terminal A para o terminal C, modo que o quadrado Q1 do canto superior esquer-
53
calcule a quantidade possível de trajetos distintos que do esteja conectado ao quadrado Q2 do canto supe-
03
410
A
AN
AN
A
PA
U LA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
MATEMÁTICA 3
70
30
4A
NA
PA
UL
411
A
L
L
A
UL
PA
NA
POLÍGONOS
4A
30
70
35
53
Chama-se polígono A1, A2,A3,...An a figura formada pela octógono — 8 lados
03
união dos n segmentos consecutivos não colineares.
eneágono — 9 lados
JO
decágono — 10 lados
AU
undecágono — 11 lados
AR
dodecágono — 12 lados
S
PE
pentadecágono — 15 lados
LO
icoságono — 20 lados
A
O ponto da região interior do polígono regular que equi-
UL
dista dos vértices é denominado apótema. Na figura a
PA
seguir, temos um pentágono regular e seu apótema
NA
representado por a:
4A
30
Vértices do polígono: A1, A2, A3, ..., A8.
70
Lados do polígono: A1A2, A2A3, ..., A7A8, A8A1.
35
53
A
centes se, e somente se, APQ
5 6 é lado.
JO
DE UM POLÍGONO CONVEXO
LO
Quanto à região
A
UL
Si = (n – 2) 180º
Polígono convexo: uma reta qualquer só corta o
PA
Polígono não convexo: uma reta qualquer pode SOMA DOS ÂNGULOS EXTERNOS
A
04
ae = 360º
03
NÚMERO DE DIAGONAIS DE
J
triângulo — 3 lados
AU
AR
quadrilátero — 4 lados
UM POLÍGONO CONVEXO
S
pentágono — 5 lados
PE
hexágono — 6 lados
LO
n (n – 3)
heptágono — 7 lados d = _______
2
LA
U
PA
412
A
AN
L
A
UL
PA
NA
ÁREA DOS QUADRILÁTEROS E RAZÃO
4A
DE SEMELHANÇA PARA ÁREAS
30
70
35
53
Quadriláteros notáveis B1 + b1
Base média = Definir que M e N são pontos médios = ______
03
2
Quadrilátero é um polígono que possui 4 lados. B1 – b1
______
Mediana de Euler = PQ =
JO
2
De acordo com as características que determinado quadriláte-
AU
ro possui, podemos classificá-lo de diversas formas:
(
Área (ABCD) = S = ______ )
B1 + b1
h
AR
2
Trapézio
S
Paralelogramo
PE
Paralelogramo
LO
Um paralelogramo é um quadrilátero convexo que possui
Losango
seus lados opostos paralelos.
A
Retângulo
UL
PA
Quadrado
NA
Trapézio
Um trapézio é um quadrilátero convexo que possui pelo 4A
30
menos dois lados paralelos.
70
35
Área (ABCD) = a · h
04
3
Losango
70
35
413
A
AN
L
A
UL
PA
Características do losango ABCD Quadrado
NA
4A
As diagonais cruzam-se no ponto médio. Um quadrado é um quadrilátero convexo que possui os
quatro ângulos internos congruentes e os quatro lados
30
As diagonais de um losango determinam nele quatro
congruentes.
70
triângulos de áreas iguais.
35
As diagonais são perpendiculares. Características do quadrado ABCD
53
03
As diagonais são bissetrizes. É um paralelogramo equiângulo e equilátero, isto é,
regular.
Os ângulos opostos são congruentes.
JO
As diagonais são congruentes.
AU
AR
As diagonais cruzam-se no ponto médio.
As diagonais de um quadrado determinam nele quatro
S
PE
triângulos de áreas iguais.
LO
É simultaneamente retângulo e losango.
A
As diagonais são perpendiculares.
UL
PA
As diagonais são bissetrizes.
NA
2x 2y
D d = ______
Área (ABCD) = ____ = 2xy
4A
2 2 30
Retângulo
70
35
Diagonal = CA = BD = a√2
AR
Área (ABCD) = a2
S
B = base maior
A
(B + b)h
Área = _______
UL
Trapézio 2
b = base menor
h = altura
PA
NA
b = base
Área = b h
A
Paralelogramo
h = altura
304
70
Dd
35
D = diagonal maior
Losango Área = ____
2 d = diagonal menor
53
03
O
a = base
J
Retângulo Área = a b
AU
b = altura
AR
S
PE
414
A
AN
L
A
UL
PA
RAZÃO DE SEMELHANÇA PARA ÁREAS
NA
4A
A razão entre as áreas de dois triângulos semelhantes é igual ao quadrado da razão de semelhança.
30
70
Esta conclusão pode ser estendida para qualquer par de polígonos semelhantes.
35
53
03
ÁREA DO CÍRCULO, SETOR E SEGMENTO CIRCULAR
JO
AU
AR
S
ÁREA DE UM CÍRCULO ÁREA DE UM SETOR CIRCULAR
PE
LO
A
UL
PA
NA
4A
30
70
35
AC = pR2 d·R
Área do setor circular = S = ____
03
2
JO
R · R · sen a, a em graus.
a · pR2 – _________
S = ____
( )
PA
360º 2
A NA
04
415
A
AN
L
A
UL
PA
NA
POLIEDROS E NOÇÕES DE GEOMETRIA MÉTRICA DE POSIÇÃO
4A
30
70
35
Um reta e um ponto fora dela: enquanto existem
Postulados
53
infinitos planos que contêm uma determinada reta, ex-
03
Postulado da existência: existem pontos, retas e iste um único plano que contém uma reta e um ponto
JO
planos. Sua existência é aceita sem prova. fora dela.
AU
Em uma reta existem infinitos pontos;
AR
Em um plano existem infinitos pontos. Posições relativas entre reta e plano
S
PE
Postulados de determinação Reta contida no plano: uma reta está contida em
LO
Dois pontos distintos determinam uma única reta. um plano se, e somente se, todos os pontos da reta
A
também estão contidos no plano.
UL
Reta paralela ao plano: uma reta é dita paralela a
PA
um plano se, e somente se, entre eles não existir pontos
NA
em comum.
Três pontos não colineares determinam um único plano.
4A
Reta concorrente ao plano: uma reta é concor-
30
rente a um plano se, e somente se, existir somente
70
Retas paralelas: duas retas são paralelas se, e so- Planos concorrentes (ou secantes): dois planos
S
mente se, ou são coplanares sem pontos em comum não coincidentes são concorrentes, se sua intersecção
PE
Perpendicularismo
NA
somente se, sua intersecção apresentar um único ponto. Entre reta e plano: uma reta r e um plano D são per-
04
Determinação de planos
O
416
A
AN
L
A
UL
PA
Entre planos: dois planos são perpendiculares, se um
POLIEDROS
NA
deles contém uma reta que é perpendicular ao outro.
4A
Denomina-se poliedro o sólido limitado por polígonos, de
30
modo que:
70
Dois polígonos adjacentes não estão no mesmo plano;
35
53
Cada lado de um polígono é comum a somente dois polígonos..
03
JO
AU
AR
Projeção ortogonal
S
PE
Entre ponto e plano: a projeção ortogonal P’ de um No poliedro ABCDEFGH, temos que:
LO
ponto P sobre um plano D é a intersecção entre a reta
ABCD, CDHG,..., EFGH são as faces do poliedro;
A
perpendicular a D que passa por P.
UL
AB,BC,CD,...,
GHsão as arestas do poliedro;
PA
A, B, C,..., H são os vértices do poliedro.
NA
Observe que:
4A
30
faces são polígonos;
70
Poliedros convexos
JO
cular a r é um ponto.
PE
Poliedros convexos
D que contém a reta r.
PA
A NA
04
3
70
35
53
03
Ângulos
O
J
AU
417
A
AN
L
A
UL
PA
Relação de Euler POLIEDROS REGULARES
NA
4A
V–A+F=2
30
Um poliedro convexo é regular quando todas as faces
70
são regiões poligonais regulares e congruentes e em
SOMA DOS ÂNGULOS DAS FACES
35
todos os vértices concorre o mesmo número de arestas.
53
DE UM POLIEDRO CONVEXO
03
JO
S = (V – 2) 360º
AU
AR
V é o número de vértices do poliedro.
S
PE
LO
A
PRISMAS
UL
PA
NA
4A
PRISMAS RETOS
30
70
35
d = adXX
AR
3
S
PE
paralelepípedo retângular e
A
Volume do paralelepípedo
53
d = dXXXXXXXXXX
a2 + b2 + c2
LO
V=a∙b∙c
LA
U
PA
418
A
AN
L
A
UL
PA
PRINCÍPIO DE CAVALIERI
NA
Observações
4A
30
1. É possível também indicar o volume do paralelepípe-
U
β S1 β>
70
do retângulo assim: U S2
35
V = Abh
53
03
JO
AU
Vamos considerar os sólidos S1 e S2 apoiados em um plano
AR
Em que Ab = ab (área da base); h = c (altura corres- horizontal D. Consideremos também o plano E, paralelo a
S
pondente). D, que, ao seccionar S1, também secciona S2, determinando
PE
duas regiões planas de áreas A1 e A2. Se para todo plano E
LO
2.
temos A1 = A2, então:
V = a a a ou V = a3
A
UL
Volume S1 = volume S2
PA
VOLUME DO PRISMA
NA
4A
30
Para calcular o volume de um prisma qualquer, aplica-
70
Volume em litros
S
V = Abh
A
UL
PA
A NA
304
70
35
53
1 ℓ = 1 dm3
O
1 000 ℓ = 1 m3
J
AU
1 mℓ = 1 cm3
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
419
A
AN
L
A
UL
PA
NA
PIRÂMIDES E TRONCOS DE PIRÂMIDES
4A
30
70
35
Pirâmide regular ÁREA DA SUPERFÍCIE
53
03
DE UMA PIRÂMIDE
JO
Polígono regular é o que tem todos os lados e todos os
AU
ângulos internos congruentes. Ele pode sempre ser inscri- Do mesmo modo que foi visto nos prismas, nas pirâmides
to numa circunferência, cujo centro é considerado tam- também temos:
AR
bém centro do polígono regular.
Superfície lateral: é formada pelas faces laterais (tri-
S
PE
angulares);
Observação
LO
Área lateral: é a área da superfície lateral;
A
Em toda pirâmide regular devemos destacar quatro im- Superfície total: é formada pelas faces laterais e pela
UL
portantes triângulos retângulos, nos quais aparecem: a base;
PA
aresta da base (ø), a aresta lateral (ø1), o raio da base
Área total: é a área da superfície total.
NA
(r), o apótema da pirâmide (a), o apótema da base (a1)
4A
e a altura da pirâmide (h).
Caso particular importante:
30
Veja, em uma pirâmide regular pentagonal, a aplicação da o tetraedro regular
70
35
Tetraedro regular
A
Planificado
UL
DOMA DVMA
PA
ø 2
ø2
()
r2 = a12 + __ ø12 = a2 + __ () Nele, qualquer uma das faces pode ser considerada base. O
NA
pirâmide qualquer
70
35
Abh
53
V = ___
3
03
O
TRONCO DE PIRÂMIDE
J
AU
AR
3
PE
ø21 = h2 + r2 a2 = h2 + a21
LO
LA
U
PA
420
A
AN
L
A
UL
PA
NA
CILINDRO
4A
30
70
35
SECÇÕES DE UM CILINDRO Em particular, se a secção meridiana for um quadrado, di-
53
zemos que o cilindro é equilátero.
03
Nesse caso, h = 2R
Secção transversal
JO
AU
É a intersecção do cilindro com um plano paralelo às suas
AR
bases.
S
A secção transversal é um círculo congruente às bases.
PE
LO
A
UL
PA
NA
cilindro equilátero
4A
ÁREA DA SUPERFÍCIE DE
30
70
UM CILINDRO RETO
35
Secção meridiana
53
seu eixo.
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
NA
planificado
A
304
70
35
53
montado
U
PA
421
A
AN
L
A
UL
PA
A superfície total do cilindro é formada pela superfície late-
NA
ral mais as superfícies das duas bases.
4A
Assim:
30
Área lateral Aø= 2prh
70
Área das bases = 2Ab = 2pr2
35
Área total At = 2pr(h + r)
53
03
VOLUME DO CILINDRO
JO
V = p . r² . h
AU
Volume do cilindro = área da base . altura
AR
S
PE
CONES E TRONCOS DE CONE RETO
LO
A
UL
PA
NA
O CONE
Vamos considerar um plano a, uma região circular R nesse 4A
30
plano e um ponto P não pertencente a a.
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
centro da base.
LO
cone reto.
UL
PA
422
A
AN
L
A
UL
PA
No cone reto, cada segmento que liga o vértice a um ponto
Secção meridiana
NA
da circunferência da base é chamado geratriz do cone.
4A
A secção meridiana é a intersecção do cone com um plano
que contém o seu eixo.
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
Um cone reto pode ser obtido gerando-se uma região tri-
S
PE
angular, cujo contorno é um triângulo retângulo em torno
LO
de uma reta que contém um dos catetos.
A
Por esse motivo, o cone reto é considerado um sólido ou
UL
corpo de revolução e é chamado cone de revolução.
A secção meridiana de um cone reto é um triângulo isósceles.
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
g = 2r e h = rdXX
3.
AR
S
PE
LO
SECÇÕES DO CONE
A
UL
PA
Secção transversal
NA
ÁREA DA SUPERFÍCIE
35
53
DE UM CONE RETO
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
LA
Montado Planificado
U
PA
423
A
AN
L
A
UL
PA
A superfície total do cone reto é formada pela superfície Então, para um cone circular de raio r altura h, podemos
NA
lateral (um setor circular) mais a superfície da base (um dizer que:
4A
círculo), isto é, At = Aø + Ab.
30
Inicialmente, calculamos a área do setor (Aø).
70
35
A área de um setor circular é proporcional à área do círculo
53
correspondente, de forma que:
agraus arad
03
Asetor ____
____ ø
= = ___ = ____
pR2 360º 2p 2pR
JO
Assim, podemos calcular a área do setor como
AU
ø · pR2.
Asetor = ____
AR
2pR
S
No caso do cone, temos ø = 2pr e R = g. Logo:
PE
2pr · pg2 = prg
Aø = ____
LO
2pg
A área da base é a área do círculo de raio r: Ab = pr2.
A
UL
Logo, a área total do cone reto é:
PA
1Ah
V = __ 1 pr2h
V= __
At = prg + pr2 = pr(g + r).
NA
3 b 3
Resumindo, para um cone reto de geratriz g e raio da base
r, temos: 4A
TRONCO DE CONE RETO
30
Aø = prg Ab = pr2 At = pr(g + r)
70
35
VOLUME DO CONE
53
A1 __ 2 A2 h2 A2 A1
__ = h e __ = __ __ = __ A1 = A2
O
A H2 A H2 A A
J
AbH
(
o volume da pirâmide V = )
, o volume do cone tam-
S
3
PE
bém é o mesmo.
LO
3
U
PA
424
A
AN
L
A
UL
PA
No tronco do cone, destacamos:
VOLUME DO TRONCO DE CONE RETO
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
duas bases: a base maior (base do cone inicial) e a base
S
PE
menor (secção determinada por a);
LO
a altura (h1), que é a distância entre as bases
A
(h1 = h – d);
UL
Vtronco = Vcone maior – Vcone menor
a geratriz, cuja medida (g1) é obtida pela diferença das
PA
medidas das geratrizes dos dois cones. Vtronco = __1 pR2h – __1 Sr2d
NA
3 3
g1 = g – g2 em que g: geratriz do cone inicial e g2: p p
= __ (R2h – r2d) = __ [R2h – r2(h – h1)]
geratriz do cone determinado por a.
4A
3 30 3
p [R2h – r2h + r2h ]
= __
70
3 1
Observação
35
1
O tronco de cone pode ser considerado de forma análo-
03
de área e de volume. 3
S
r1 __
__h = __ g escolher entre calcular o volume do tronco do cone pela
=
LO
() __h = __
UL
d AB
PA
base maior
A
()
__h = __
V
04
d V2
3
425
A
AN
L
A
UL
PA
U.T.I. - Sala U.T.I. - E.O.
NA
4A
1. (FUVEST) Os vértices de um tetraedro regular são 1. (CP) Uma piscina na forma de um bloco retan-
30
também vértices de um cubo de aresta 2. A área de uma gular tem suas dimensões representadas na figura
70
face desse tetraedro vale: a seguir. Após uma limpeza, a piscina encontra-se
35
totalmente vazia.
2. Para fazer uma caixa sem tampa com um úni-
53
co pedaço de papelão, utilizou-se um retângulo de
03
16 cm de largura por 30 cm de comprimento. De cada
um dos quatro cantos desse retângulo foram retirados
JO
quadrados de área idêntica e, depois, foram dobradas
AU
para cima as abas resultantes.
AR
Determine a medida do lado do maior quadrado a ser corta- a) Determine o volume da piscina, em litros.
do do pedaço de papelão, para que a caixa formada tenha: b) Considere que uma bomba jogue água na piscina
S
a uma vazão constante, isto é, que o volume de água
PE
a) área lateral de 204 cm2;
b) volume de 600 cm3. bombeado a cada minuto para a piscina é sempre o
LO
mesmo. Se em 12 minutos foram bombeados 960
3. (ITA) Seja C1 uma circunferência de raio R1 inscrita
A
litros de água para a piscina, determine o tempo
UL
num triângulo equilátero de altura h. Seja C2 uma se- necessário, em horas, para que a piscina fique com
gunda circunferência, de raio R2, que tangencia dois
PA
80% de sua capacidade. (Suponha que não saia
lados do triângulo internamente e C1 externamente. água da piscina.)
NA
(R1 – R2)
Calcule ________ . 2.
h
4. (UFSCAR) A figura indica__ um__ paralelepípedo re- 4A
30
__
to-retângulo de dimensões √2 × √2 × √7 , sendo A, B, C
70
é o valor de a, na figura?
S
PE
baixa 20 centímetros.
Qual deve ser a distância de B ate o plano que contem
A
A, D e C?
b) Calcule sua capacidade em litros (1 litro equivale a
PA
igual à metade da área total da pirâmide original. lelepípedo reto-retângulo tem dimensões 8 m,
04
b) Calcule o volume do tronco de pirâmide obtido 3 m centralizados com as faces do bloco e com lados
35
pela secção para o caso em que a aresta da base da paralelos às arestas do bloco. Esses retângulos foram
53
6. (UFPR) Uma jarra de vidro em forma cilíndrica tem 15 o bloco, desde as face A e B até as respectivas faces
cm de altura e 8 cm de diâmetro. A jarra está com água opostas a elas no bloco.
JO
me de água?
b) Quantas bolinhas de gude de 2 cm de diâmetro
LO
426
A
AN
L
A
UL
PA
Calcule o volume e a área total do novo sólido, que re- 8. (PUC-MG) Uma piscina tem 25 m de largura, 50 m de
NA
sultou após a perfuração do bloco. comprimento, 1,5 m de profundidade na parte mais rasa
4A
e 2,5 m na outra extremidade. Seu fundo é um plano in-
5. (UNICAMP) O quadrilátero formado unindo-se os clinado. A partir desses dados, qual deve ser o volume
30
pontos médios dos lados de um quadrado é também dessa piscina, em metros cúbicos?
70
um quadrado.
35
9. (UFMG) Nesta figura, estão representados o cubo AB-
a) Faça uma figura e justifique a afirmação anterior. CDEFGH e o sólido OPQRST:
53
b) Supondo que a área do quadrado menor seja de
03
72 cm2, calcule o comprimento do lado do quadrado
maior.
JO
AU
6. (UERN) A peça geométrica, desenvolvida através de
um software de modelagem em três dimensões por um
AR
estudante do curso de engenharia e estagiário de uma
S
grande indústria, é formada a partir de dois prismas de
PE
base hexagonal regular e assemelha-se ao formato de
LO
uma porca de parafuso.
A
UL
Cada aresta do cubo mede 4 cm e os vértices do sólido
PA
OPQRST são os pontos centrais das faces do cubo.
Calcule a área lateral total do sólido OPQRST.
NA
10. (UFES) A base de uma piscina de paredes verticais é
4A
formada por duas plataformas retangulares horizontais,
30
situadas em níveis diferentes, as quais correspondem
70
Considerando que o lado do hexágono maior mede 8 cm, conforme mostra a figura a seguir. A largura da piscina
53
lado do hexágono menor mede 6 cm. O volume da peca, m e 6 m, respectivamente, e o comprimento da piscina
em cm³, de forma que se possa calcular, posteriormente, é 12 m. A água da piscina está em repouso, o nível de
JO
a quantidade de matéria-prima necessária a sua pro- água na parte rasa é 0,5 m e o nível da água na parte
AU
(Considere √3 = 1,7.)
S
Determine
PA
prisma reto.
U
PA
427
A
AN
L
A
UL
PA
12. (FUVEST) O volume de um paralelepípedo reto a) Determine a área do triângulo EFH.
NA
retângulo é de 240 cm3. As áreas de duas de suas faces b) Calcule a área do quadrilátero EGIH.
4A
são 30 cm2 e 48 cm2. A área total do paralelepípedo, em c) Determine o volume da pirâmide de vértices E, G, I, H
cm2, é? e F, cuja base é o quadrilátero EGIH.
30
70
13. (FUVEST) Deseja-se construir um anel rodoviário cir- 18. (UNIFESP) A figura indica uma pirâmide regular
35
cular em torno da cidade de São Paulo, distando aprox- quadrangular reta cujas faces laterais são triângulos
imadamente 20 km da Praça da Sé.
53
equiláteros. A aresta da base dessa pirâmide mede 12 cm.
03
a) Quantos quilômetros deverá ter essa rodovia? V
b) Qual a densidade demográfica da região interior
JO
do anel (em habitantes por km2), supondo que lá resi-
AU
dam 12 milhões de pessoas. Adote o valor S = 3.
AR
14. (UFSC) Calcule a área, em cm2, de um triângulo retân-
gulo, cuja hipotenusa mede 10 cm e cujo raio da circun- C
S
D
PE
ferência inscrita mede 1 cm.
LO
15. (FUVEST) Na figura abaixo, cada uma das quatro A B
A
circunferências externas tem mesmo raio r e cada uma
Duas formigas, F1 e F2, partiram do ponto médio da
UL
delas é tangente a outras duas e à circunferência inter-
aresta —VA— para o ponto médio da aresta —VC—,
PA
na C.
sempre caminhando por faces, arestas, ou cruzando ar-
NA
estas. Dentre todos os caminhos possíveis ligando os
dois pontos, a formiga F1 escolheu o mais curto deles.
4A
Já a formiga F2 escolheu o caminho mais curto dentre
30
todos que passam pela base ABCD da pirâmide. Calcule:
70
a) o valor de r.
b) a área da região hachurada.
S
sugestão de planificação F1
PE
inscrevemos um círculo de raio r. Sabe-se que o ângulo b) a distância percorrida pela formiga F2.
A tem 90° e que o círculo inscrito tangencia o lado BC
A
UL
a) Determine r.
NA
b) Determine AB e AC.
A
tivamente.
tidade necessária para pintar um metro quadrado de
O
428
A
AN
L
A
UL
PA
Um pintor vai pintar toda a superfície de um tanque de
NA
combustível na forma de um cilindro circular de 10 m
4A
de altura e raio da base igual a 2 m. Sabe-se que a tinta
a ser usada tem rendimento teórico de 20 m2 por litro e
30
que são necessárias duas demãos.
70
Determine a quantidade, em litros, de tintas necessárias
35
para pintar esse tanque utilizando a pistola pneumáti-
53
ca. Dado: Use S= 3,14.
03
20. (UFMG) O lucro bruto de uma empresa é a diferença
JO
entre a receita obtida com as vendas e o custo de pro-
AU
dução. Um determinado fabricante de cerveja só vende
latas cilíndricas de alumínio, fechadas, cheias de cer-
AR
veja, com 12 cm de altura e 3 cm de raio. O custo da
S
produção de certo número de latas cheias de cerveja é
PE
de 1 real por litro de cerveja e mais p reais por metro
LO
quadrado de alumínio utilizado na fabricação das latas.
A receita da empresa por cada litro de cerveja vendido é
A
de dois reais por litro. Considerando estas informações:
UL
I. DETERMINE a receita gerada pela venda de cada lata
PA
de cerveja.
NA
II. DETERMINE o custo total de produção de cada lata
de cerveja em função de p.
III. DETERMINE o valor máximo do preço p do alumínio 4A
30
para que o fabricante não tenha prejuízo.
70
35
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
ANA
304
70
35
53
03
J O
AU
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
429
A
AN
AN
A
PA
ULA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
304
ANA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
L