DIT-C11-010 Guia Técnico de Urbanizações
DIT-C11-010 Guia Técnico de Urbanizações
DIT-C11-010 Guia Técnico de Urbanizações
MAI 2021
Edição: 4, Revisão 1
REDES - LINHAS
Edição: 4, Revisão 1
ÍNDICE
0 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................... 4
4 EXECUÇÃO ......................................................................................................................................................... 12
4.1 Infraestruturas do loteamento/urbanização ................................................................................................. 12
4.1.1 Responsabilidades do Promotor ................................................................................................................................ 12
4.1.2 Responsabilidades do Empreiteiro ............................................................................................................................ 12
4.1.3 Responsabilidades da E-REDES............................................................................................................................... 12
4.1.4 Requisitos dos Empreiteiros ...................................................................................................................................... 12
4.1.5 Requisitos da execução das obras ............................................................................................................................ 13
4.1.6 Casos excecionais ..................................................................................................................................................... 13
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0 INTRODUÇÃO
O presente “Guia técnico de urbanizações/loteamento e entregas em espécie” estabelece os princípios que devem
ser adotados em sede de apreciação de projetos, fiscalização e ligação das infraestruturas elétricas de iniciativa
privada, à rede pública de distribuição.
ORGANIZAÇÃO DO GUIA
O Guia encontra-se organizado da seguinte forma:
Terceira secção: Execução do projeto, tendo como principal objetivo orientar e auxiliar os Projetistas na elaboração
do projeto de infraestruturas de energia elétrica.
Quarta secção: Execução das obras, onde se aborda o licenciamento das infraestruturas, os requisitos que as
empresas executantes deverão observar para poderem construir este tipo de instalações.
⎯ Procedimentos para a aceitação dos materiais a aplicar;
⎯ Condições necessárias para se iniciarem as obras;
⎯ Principais responsabilidades, nesta fase, do Promotor e do Técnico de Obra designado pela E-REDES.
Quinta secção: Receção da obra e ligação às redes públicas. Apresentam-se os requisitos a cumprir para a entrada
em serviço destas redes, assim como as condições necessárias para as receções, provisória e definitiva.
Sexta secção: Apreciação de viabilidade de alimentação e das condições de ligação à rede dos edifícios/construções
inseridos em áreas sujeitas a operações urbanísticas.
Sétima secção: Manutenção da infraestrutura elétrica, incluindo as obrigações legais da E-REDES, no âmbito da
manutenção/conservação das redes e da assistência aos clientes.
Oitava secção: Aborda outras questões que devem ser consideradas na apreciação de Planos de Pormenor no que
respeita a loteamentos e urbanizações neles inseridos.
São ainda abordados, neste Guia, outros temas específicos (incluídos nas secções anteriormente já referidas ou nos
anexos do presente documento) tais como: modificação de infraestruturas elétricas existentes, tratamento de
aditamentos/retificativos, apreciação de projetos de construção de edificações, legislação aplicável, cálculo dos
encargos, etc.. No caso especial dos Condomínios Fechados, deverá observar-se o estabelecido no documento
designado por “DIT-C11-030”.
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Pretende-se proporcionar aos diversos intervenientes neste tipo de trabalhos, designadamente Promotores, Técnicos
Responsáveis (pelo projeto e execução) e colaboradores da E-REDES, uma ferramenta de consulta que facilite a
articulação de competências e estabeleça, de forma clara e concisa, as diversas etapas do processo assim como os
requisitos e as condições necessárias ao desenvolvimento do mesmo.
O Guia aplica-se a todos os processos de licenciamento e de autorização, requeridos por particulares, que sejam
apresentados e apreciados ao abrigo do artigo 4º (Licença, comunicação prévia e autorização de utilização) do
Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de
Setembro (aprova o Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação), no âmbito de cuja tramitação a E-REDES é
chamada a pronunciar-se.
2.1 Enquadramento
A realização de qualquer operação urbanística depende da prévia licença ou autorização administrativa, concedida
pela Câmara Municipal competente, de acordo com o estabelecido no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro,
com a redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro e alterações subsequentes.
O pedido de licenciamento destas operações inicia-se através de um requerimento inicial, elaborado pelo Promotor
do empreendimento, dirigido à respetiva Câmara Municipal. O requerimento para licenciamento da operação
urbanística/loteamento deverá ser elaborado de acordo com o estabelecido no referido Decreto-Lei n.º 555/99, de 16
de dezembro, com a redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de Setembro e alterações subsequentes.
Em alternativa, o Promotor pode solicitar previamente os pareceres, de forma direta junto das entidades
competentes, e entregá-los com o requerimento inicial. Neste caso, e desde que os pareceres estejam válidos (não
pode ter decorrido mais de 2 anos sobre a emissão dos mesmos e não podem ter-se verificado alterações nos
pressupostos em que os mesmos se basearam), a Câmara Municipal não necessitará de promover novas consultas.
E-REDES
E-REDES
E-REDES
Notas:
E-REDES E-REDES
No prazo de 20 dias úteis, a partir da data de receção do requerimento, as entidades consultadas deverão emitir
parecer e enviá-lo para a Câmara Municipal ou para o Promotor, consoante quem haja promovido a consulta.
O conteúdo do parecer emitido, após aprovação pela Câmara Municipal, vincula as entidades competentes para
decidir sobre um futuro pedido de licenciamento pelo período de 1 ano (cfr. Art.º17.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de
16 de dezembro, com a redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro). As entidades que foram
consultadas neste âmbito ficam igualmente vinculadas, nos termos dos respetivos pareceres.
A Câmara não deverá considerar o parecer da E-REDES caso já tenha decorrido mais de 2 anos sobre a emissão
do mesmo.
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Se o terreno for atravessado por linhas de alta e/ou de média tensão, estas infraestruturas deverão ser assinaladas
e terá de ser definido um corredor de proteção às mesmas, de acordo com o n.º 2 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º
11/2018, de 15 de Fevereiro. A definição de tal corredor não inviabilizará a construção sob as linhas aéreas, desde
que sejam respeitadas as distâncias regulamentares de segurança, impostas pelo Decreto Regulamentar n.º 1/92,
de 18 de fevereiro (aprova o “Regulamento de Segurança de Linhas Elétricas de Alta Tensão”).
Nestes casos, no projeto de infraestruturas de energia elétrica deverá constar a projeção horizontal e o perfil da(s)
linha(s) que atravessa(m) o terreno a lotear, com o enquadramento (incluindo cércea e cota de implantação) das
construções a edificar na proximidade da(s) linha(s).
Caso as infraestruturas existentes não cumpram as distâncias regulamentares de segurança, o projeto de alteração,
quando viável, será elaborado/executado/aprovado pela E-REDES em articulação com o promotor, de acordo com
a tramitação processual estabelecida.
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Todos os encargos resultantes, nomeadamente os relativos à construção da nova infraestrutura, modificação das
infraestruturas existentes e eventuais encargos de reforço das redes, serão suportados pelo Promotor (cfr. Artigo
82.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de
Setembro, artigo 25.º da Portaria n.º 454/2001, de 5 Maio, e artigo 149 º do Regulamento das Relações Comerciais
do Sector Elétrico, de ora em diante designado RRC.
O projeto de infraestruturas de energia elétrica deverá ser entregue em quadruplicado na respetiva Câmara
Municipal, que o remeterá, em seguida, para a E-REDES. No entanto, a Autarquia poderá acordar com a E-REDES
diferentes procedimentos, de modo a facilitar a articulação entre os Serviços Municipais, a E-REDES e os Promotores
(cfr. n.º 2 do artigo 17.º da Portaria n.º 454/2001, de 5 de maio).
⎯ ponto de ligação à rede pública (MT ou BT) com disponibilidade para alimentação do empreendimento;
⎯ eventual existência de loteamentos nas proximidades e que se encontrem em fase idêntica de
desenvolvimento, numa tentativa de conciliar as várias infraestruturas de energia elétrica (solução
economicamente mais vantajosa para os Promotores).
Memória descritiva e justificativa: deve conter todos os elementos e esclarecimentos necessários para dar uma
ideia perfeita da natureza, importância, função e características da instalação, nomeadamente, as razões de
apresentação do projeto, a localização e a constituição do loteamento/urbanização, a discriminação das classes e
dos tipos de obras que constituem o projeto, as características e as condições de estabelecimento dos
equipamentos/materiais.
Termo de Responsabilidade: relativo à elaboração do projeto, sendo assinado por um Engenheiro Eletrotécnico ou
Engenheiro Técnico da especialidade eletrotécnica inscrito na DGEG.
Traçados das redes: devem incluir as redes de distribuição BT e de Iluminação Pública que forem definidas como
necessárias, eventuais postos de transformação e respetiva rede de MT que assegure a inserção dos Postos de
Transformação na rede existente, e traçados da rede AT existente no local, demonstrando a adequação do projeto
do loteamento/urbanização em função da rede AT existente, e/ou eventual modificação da rede AT.
Os Postos de Transformação deverão localizar-se em domínio público, com acesso livre e direto à via pública, por
forma a possibilitar a entrada e o estacionamento frente ao mesmo de viaturas pesadas da E-REDES, a qualquer
hora do dia e da noite. Estes edifícios serão dotados de sistemas de ventilação que garantam, em condições de
segurança, o arrefecimento do transformador de potência.
Para os casos de Postos de Transformação a integrar (ou que tenham de ficar rigidamente ligados) em edifícios ou
junto de zonas de ocupação sensível, onde não seja viável afastar o compartimento do(s) transformador(es) desses
locais, este compartimento deve ser objeto de um estudo de condicionamento acústico validado pela realização de
ensaios numa entidade acreditada para o efeito, de forma a garantir que a transmissão de ruído e vibrações para
fora deste compartimento seja desprezável à luz das exigências regulamentares atualmente em vigor. O estudo de
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condicionamento acústico e respetivos ensaios de validação deverão respeitar os requisitos acústicos definidos pela
regulamentação em vigor. Ainda e acerca do ruído em Postos de Transformação, dever-se-á ter em consideração o
que está prescrito no documento “Requisitos de ruído para postos de transformação” (D00-C13-030/N) e no Guia
para controlo e mitigação do ruído em postos de transformação.
Relativamente aos Postos de Transformação que fiquem integrados em edifícios, dever-se-á ter em consideração o
que está estipulado nos Regulamentos de Segurança contra Incêndios em Edifícios, nomeadamente na legislação
em vigor (Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, no Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro, e na Portaria
n.º 1532/2008, de 29 de dezembro).
O Promotor será responsável pela prévia aprovação, pela Câmara Municipal, dos projetos de implantação, aspeto
arquitetónico e enquadramento paisagístico dos edifícios e cabinas pré-fabricadas destinadas a postos de
transformação.
Como anteriormente referido, caso o terreno a lotear seja atravessado por linhas aéreas de média/alta tensão e não
se verifiquem as distâncias regulamentares entre as construções a edificar e as linhas, será necessário proceder à
alteração destas últimas, se e quando viável. Os estudos e execução das operações de modificação das linhas serão
realizados pela E-REDES, a expensas do Promotor.
⎯ planta de localização do loteamento/urbanização, à escala 1:1000 ou superior, com a indicação dos limites
da área objeto de intervenção;
⎯ planta por cada classe de obra prevista (BT, MT, PT, IP), à escala 1:1000 ou 1:500;
⎯ planta identificando as infraestruturas elétricas já existentes no terreno;
⎯ desenhos de pormenores (valas, armários de distribuição, candeeiros de IP, PT);
.
As peças desenhadas, rubricadas pelo Técnico responsável, deverão ser claras e inequívocas, numeradas ou
identificadas por letras ou algarismos e dobradas de acordo com as normas e regras técnicas em vigor.
Deverão também constar no projeto, o cálculo da potência total da urbanização/loteamento com a identificação dos
coeficientes de simultaneidade aplicados, a discriminação do valor de potência atribuído a cada fogo e a cada lote,
o cálculo luminotécnico e o cálculo dos encargos de potência quando necessários.
b) no cálculo do ramal de alimentação e das redes internas, poderá aplicar-se à potência total do conjunto das
instalações de utilização (antes da aplicação dos coeficientes de simultaneidade da Portaria n.º 949-A/2006),
um coeficiente de simultaneidade mínimo “C” dado pela fórmula:
0,8
= 0,2 + para locais residenciais ou de uso profissional (incluindo serviços comuns dos n edifícios)
√
0,5
= 0,5 + restantes casos
√
c) em áreas de serviços e comerciais, sempre que não seja possível determinar “n” e a potência a considerar seja
em VA/m2 o coeficiente “C” será igual à unidade;
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d) para efeitos de dimensionamento de ramais de alimentação dos edifícios, a potência será obtida pela aplicação
dos coeficientes previstos na Portaria n.º 949-A/2006.
Recomenda-se o preenchimento de uma ficha síntese, com vista à sistematização da informação relativa às
potências a requisitar, por lote e no total do empreendimento.
Orçamento e mapa de medições: o orçamento e o mapa de medições, de acordo com o modelo definido, deverão
incluir a descrição e a quantificação, embora não exaustiva, dos materiais/trabalhos, separados pelas classes de
obras previstas no projeto, bem como os outros encargos inerentes à construção e ligação das infraestruturas.
Outras recomendações para a elaboração do projeto: na elaboração do projeto da rede de Iluminação Pública, o
Projetista deverá ter em conta:
⎯ a Portaria n.º 454/2001, de 5 de maio (secção V);
⎯ as especificações da Câmara Municipal, nomeadamente no que respeita ao tipo de luminárias, quantidade
de focos de luminosos e colunas de IP;
⎯ a distância/alinhamento das luminárias;
⎯ a harmonização das valas das várias redes previstas no projeto;
⎯ os passeios, as rotundas, os estacionamentos, as varandas e as zonas verdes.
Do projeto de infraestruturas devem igualmente constar as condições técnicas do Caderno de Encargos com vista à
execução da obra.
No projeto de infraestruturas de energia elétrica só serão considerados os ramais de alimentação (chegadas) para
as diversas instalações individuais ou coletivas, se houver condições para o seu estabelecimento em termos
definitivos, em simultâneo com as redes de distribuição. Todos os ramais BT terão que terminar em portinholas ou
em quadros de colunas e cumprir, em termos conceptuais, o estabelecido no documento designado “DIT-C14-100/N
- Ligações à rede de clientes BT - Soluções técnicas normalizadas”.
Caso não seja possível contemplar os futuros ramais no projeto, deverá prever-se a instalação de tubagem nos locais
previsíveis de passagem de condutores.
Os Projetistas deverão solicitar à E-REDES os desenhos-tipo de: Postos de Seccionamento e/ou de Transformação,
quadros gerais de baixa tensão, valas para redes MT e BT, armários de distribuição BT e armários de IP. Deverão,
igualmente, nas peças desenhadas e nos esquemáticos, utilizar a simbologia definida no anexo G do presente
documento.
Nota: no traçado das redes em suporte digital, deve ser utilizada uma estrutura de desenho das redes por
níveis/camadas, conforme o tipo (AT, MT, BT, IP e ramais BT).
O projeto deve ser assinado na última folha da memória descritiva e rubricado em todas as restantes folhas.
3.1.2 Encargos
De acordo com o estabelecido na lei (quer no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, com a redação conferida
pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro, quer na Portaria n.º 454/2001, de 5 de Maio), será da
responsabilidade do Promotor a totalidade dos encargos com as infraestruturas da urbanização.
Como referido, deve o Projetista incluir no projeto de infraestruturas uma estimativa dos encargos com a
construção/modificação das infraestruturas, tão realista quanto possível, e com valores discriminados por tipo de
instalação.
A estimativa apresentada pela E-REDES, na carta enviada à Câmara Municipal com as condições de aprovação,
poderá divergir da apresentada pelo Técnico responsável, caso a mesma seja considerada desatualizada ou não
corresponda à totalidade dos encargos. A estimativa destinar-se-á à fixação do montante da caução (conforme o
prescrito nos números 1.º, 2.º e 3.º do artigo 54.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redação
conferida pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de setembro.
A caução, se englobar outras obras além das infraestruturas elétricas, deverá indicar, de forma especificada, qual a
parcela do seu montante destinada a assegurar a boa e regular execução das infraestruturas elétricas.
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Os ramais de baixa tensão não estão previstos nos montantes indicados (estimativa de encargos/caução), pelo que
serão encargo dos proprietários dos lotes ou do Promotor, se este assim o entender, a menos que os mesmos
estejam incluídos no projeto de infraestruturas.
Pelo menos 10 meses antes da data prevista para o início do fornecimento de energia ao empreendimento, o
Promotor deverá solicitar à E-REDES um orçamento atualizado, relativo às infraestruturas elétricas de serviço público
a executar pela E-REDES (ligações à rede pública e/ou modificações da infraestrutura existente), que será elaborado
de acordo com o estipulado no Regulamento de Relações Comerciais (RRC) em vigor. O Promotor deverá obrigar-
se a efetuar o respetivo pagamento, no prazo de validade do orçamento, e a garantir condições no terreno para a
execução dos trabalhos.
A E-REDES só executará as obras depois de se verificar o respetivo pagamento, por parte do Promotor da obra.
Sempre que a E-REDES celebre qualquer protocolo com entidades públicas ou privadas, cujo articulado disponha
expressamente de forma divergente do presente Guia, prevalecerão as disposições contidas nos referidos
protocolos.
A Câmara Municipal poderá solicitar à E-REDES, em qualquer altura e após a aprovação do projeto de
infraestruturas, o valor atualizado da caução.
A atualização deverá ser feita com base no “Índice de preços no consumidor, no continente, total s/habitação”,
publicado pelo Instituto Nacional de Estatística, por aplicação da fórmula:
Pi = P0(0,15+0,85Ii/I0) onde:
P0 - valor inicial da estimativa na data da presente carta (mês “0”), igual ao montante da caução;
Pi - valor revisto da estimativa, e da caução, no mês “i”;
I0 - valor do “Índice de preços no consumidor, no continente, total s/habitação”, publicado pelo INE, relativo
ao mês “0” (ou o mais próximo conhecido);
Ii - valor do “Índice de preços no consumidor, no continente, total s/habitação”, publicado pelo INE, relativo
ao mês “i” (ou o mais próximo conhecido).
No prazo de 20 dias úteis, a contar da data de receção do projeto, caso este esteja conforme, a E-REDES enviará,
para a Câmara Municipal ou para o Promotor, dois exemplares do projeto, devidamente visados, acompanhados das
condições em que é feita essa aprovação.
A Câmara Municipal, de acordo com o n.º 1 do artigo 17.º da Portaria n.º 454/2001, de 5 de maio, é obrigada a incluir
nos Alvarás de licenciamento de loteamentos/urbanizações as condições que a E-REDES vier a estabelecer na
apreciação dos respetivos projetos de infraestruturas de energia elétrica, desde que mereçam o acordo da autarquia.
O prazo de validade de apreciação de um projeto de infraestruturas de energia elétrica é de 2 anos, devendo tal
condicionamento ser referido na aprovação do projeto enviada à Câmara Municipal.
A E-REDES deverá solicitar à Camara Municipal, aquando do envio da carta de aprovação do projeto, cópia do
respetivo Alvará de loteamento, a fim de verificar se as condições colocadas pela empresa na apreciação do projeto
de infraestruturas figuram no Alvará, de acordo com o n.º 1 do artigo 17.º da Portaria n.º 454/2001, de 5 de maio e
com a Portaria n.º 228/2015, de 3 de agosto.
DIT – Direção de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico Pág. 11/50
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4 EXECUÇÃO
Há que diferenciar consoante estejam em causa:
⎯ as infraestruturas de loteamentos/urbanizações;
⎯ os elementos de ligação à rede das infraestruturas dos loteamentos/urbanizações.
⎯ a seleção do Empreiteiro;
⎯ a celebração do contrato de empreitada (decidindo as condições, preço e demais cláusulas
contratuais);
⎯ a fiscalização do Empreiteiro;
⎯ a obtenção dos necessários seguros;
⎯ a obtenção de autorizações junto das entidades públicas competentes, contando para o efeito com o apoio
da E-REDES (aceitam-se, no entanto, outros procedimentos desde que justificados por circunstâncias
concretas);
⎯ a indemnização de terceiros em caso de danos (obrigação que poderá também onerar o
Empreiteiro);
⎯ assegurar o cumprimento da legislação relativa à contratação de estrangeiros (obrigação que poderá também
onerar o Empreiteiro);
⎯ alterações, reparações e substituições indispensáveis ao exato cumprimento das suas obrigações.
Edição: 4, Revisão 1
Ser titular de Alvará, Título de Registo ou registo no InCI, I.P., que habilite à execução de trabalhos incluídos
na categoria “Instalações elétricas e mecânicas” e na correspondente subcategoria aplicável, devendo o
valor orçamentado para os trabalhos a realizar não ultrapassar o valor das classes correspondentes à
categoria e subcategorias em causa. Tratando-se de trabalhos com valor inferior a 10% do limite fixado para
a classe 1, o Título de Registo emitido pelo InCI, I.P. poderá substituir o Alvará ou Título de Registo já
referidos, para os mesmos efeitos. Estando em causa entidades legalmente estabelecidas noutros Estados
Membros da União Europeia e não estabelecidas em Portugal, o seu registo no InCI, I.P., poderá substituir
o Alvará ou Título de Registo já referidos, para os mesmos efeitos;
Dispor de um técnico responsável pelo projeto (existindo projeto a seu cargo) e um técnico responsável pela
execução da infraestrutura a construir e a ligar às redes, com base na legislação em vigor, devendo, cada
um deles, subscrever o correspondente termo de responsabilidade.
A realização de ensaios de acordo com o protocolo de ensaios de comissionamento de novos circuitos
MT/AT (DPE-C33-290), terá que ser realizado por entidades Certificação no âmbito do Sistema Português
da Qualidade, com base nas normas da série NP EN 130 9000, conforme especificado no Regulamento da
Rede de Distribuição (Anexo II da Portaria n.º 596/2010 de 30 de julho).
Os elementos de ligação à rede podem ser de uso exclusivo ou partilhado, segundo o disposto no artigo 128º do
RRC. Para efeitos de identificação do elemento de ligação para uso exclusivo em BT, considera-se que este
corresponde ao troço de ligação mais próximo da instalação consumidora, até ao comprimento máximo (Lmax)
aprovado pela ERSE (cfr. artigo 129º do RRC). Os elementos de ligação à rede para uso partilhado permitem a
ligação à rede de mais do que uma instalação (cfr. n.º 1 do artigo 130º do RRC).
Relativamente à Ligação de redes de urbanizações, parques industriais e parques comerciais, de acordo com o n.º
2 do artigo 148º do RRC, os elementos necessários para proporcionar a ligação às redes do SEP respeitam ao
conjunto do empreendimento e não às instalações individualmente consideradas.
Relativamente aos elementos de ligação à rede de uso partilhado, o Promotor pode proceder à respetiva construção,
por si ou por Empreiteiros, desde que a E-REDES tal autorize (cfr. n.º 4 do artigo 141º do RRC).
Na eventualidade de ser a E-REDES a construir os elementos de ligação à rede, por si ou pelos seus Empreiteiros,
assumirá as responsabilidades do Promotor.
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Na eventualidade de ser a E-REDES a construir, por intermédio dos seus Empreiteiros, os elementos de ligação à
rede, as responsabilidades destes constam do Caderno de Encargos da empreitada.
Em qualquer momento, quando não se verificar uma das condições que permitem o início de execução das obras, o
Promotor será informado pela E-REDES do(s) motivo(s) que o impede(m) de iniciar as obras.
Nesta fase de preparação para o início da obra, o Promotor será também informado do valor atualizado dos encargos
de potência a pagar, caso existam.
⎯ identificação das cedências obrigatórias, sua finalidade e especificação das parcelas a integrar para domínio
municipal;
⎯ condições estabelecidas pelas entidades consultadas, nomeadamente as apresentadas pela E-REDES
aquando da apreciação do pedido (caso não seja necessário a apresentação do projeto) ou da aprovação
do projeto de infraestruturas (em conformidade com o disposto no n.º 1 do artigo 17.º da Portaria n.º
454/2001, de 5 de maio).
Depois da emissão do Alvará de licenciamento, a Câmara Municipal deverá enviar uma cópia às entidades
consultadas, nomeadamente à E-REDES, a fim de se poder confirmar que todos os elementos constantes no Alvará
são coincidentes com os anteriormente apresentados e nos quais o projeto de infraestruturas se baseia. Deverá ser
confirmado que a autarquia deu cumprimento ao n.º 1 do artigo 17.º da Portaria n.º 454/2001, inserindo no Alvará as
condições estipuladas pela E-REDES na aprovação dos projetos.
Caso haja alterações, a E-REDES informará a Câmara Municipal de que deverá ser apresentado um projeto de
alterações (aditamento ao projeto visado). O tratamento/análise do projeto de alteração será em tudo idêntico ao do
projeto inicial.
Conforme projeto
Sim visado?
Não
Legenda:
CM - Câmara Municipal
Quando a Câmara Municipal pretender efetuar uma alteração à licença de loteamento/urbanização, o que implicará
um aditamento ao Alvará, deverá solicitar às entidades competentes o parecer sobre o pretendido. No caso da E-
REDES, se as infraestruturas previstas ou existentes não comportarem tais alterações (ex.: abertura de um novo
arruamento, alteração da constituição/configuração, etc.), tornar-se-á necessário solicitar a apresentação de um
aditamento ao projeto visado.
Caberá à E-REDES a responsabilidade técnica do licenciamento das obras de infraestruturas públicas, na qualidade
de concessionária da distribuição de energia elétrica.
Após receção das peças desenhadas, a E-REDES organizará o processo e requererá à Direção Geral de Energia e
Geologia o licenciamento das instalações, nas condições definidas na legislação aplicável (Decreto-Lei n.º 26 852,
de 30 de julho de 1936, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 446/76, de 5 de Junho).
Os trabalhos apenas poderão ser iniciados após o licenciamento das infraestruturas e a obtenção da licença de
estabelecimento, caso as mesmas careçam da respetiva autorização de execução.
Edição: 4, Revisão 1
Após a receção e análise destes elementos, a E-REDES enviará uma carta ao Promotor, comunicando se a empresa
escolhida reúne os requisitos exigidos e, no caso positivo, indicando o Técnico de Obra que, por parte da E-REDES,
fará o devido acompanhamento dos trabalhos, o qual deverá ser contactado antes do início de qualquer trabalho.
Volta-se a recordar o exposto nas anteriores secções 4.1.4. e em 4.2.4., quanto aos requisitos que os Empreiteiros
deverão possuir:
Estar certificado no “Sistema de Garantia de Qualidade”, de acordo com as Normas ISO 9000 ou
equivalentes ou, em alternativa, ter sido qualificada no âmbito do Sistema de Qualificação de Fornecedores
da E-REDES para executar os trabalhos pretendidos, atenta a sua natureza e valor;
Ser titular de Alvará, Título de Registo ou registo no InCI, I.P., que habilite à execução de trabalhos incluídos
na categoria “Instalações elétricas e mecânicas” e na correspondente subcategoria aplicável, devendo o
valor orçamentado para os trabalhos a realizar não ultrapassar o valor das classes correspondentes à
categoria e subcategorias em causa. Tratando-se de trabalhos com valor inferior a 10% do limite fixado para
a classe 1, o Título de Registo emitido pelo InCI, I.P. poderá substituir o Alvará ou Título de Registo já
referidos, para os mesmos efeitos. Estando em causa entidades legalmente estabelecidas noutros Estados
Membros da União Europeia e não estabelecidas em Portugal, o seu registo no InCI, I.P., poderá substituir
o Alvará ou Título de Registo já referidos, para os mesmos efeitos;
Dispor de um técnico responsável pelo projeto (existindo projeto a seu cargo) e um técnico responsável pela
execução da infraestrutura a construir e a ligar às redes, com base na legislação em vigor, devendo, cada
um deles, subscrever o correspondente termo de responsabilidade.
A E-REDES divulgará, periodicamente, a lista de Empreiteiros reconhecidos e fornecê-la-á aos Promotores, desde
que solicitada.
Os materiais a aplicar nas infraestruturas terão de pertencer à lista de materiais qualificados, “não-padronizados” ou,
na ausência de qualificação, aprovados previamente pela E-REDES e deverão obedecer às especificações técnicas
em vigor à data da sua instalação (ver anexo C, secção C.4, do presente documento).
Os materiais equipamentos devem ser provenientes de Fornecedores Qualificados pela E-REDES, sempre que tenha
havido uma Qualificação prévia, e, nos casos indicados no presente documento no anexo D, deverão ser sujeitos a
ensaios de receção antes da sua entrega para instalação.
Os pedidos de receção terão de ser dirigidos pelo Promotor ou pelo Empreiteiro à E-REDES (Direção de Rede e
Clientes onde se insere a urbanização) com pelo menos 15 dias de antecedência relativamente à data a partir da
qual se poderá proceder às respetivas receções. Nestes pedidos deverão ser mencionados as quantidades e os
tipos de materiais, bem como os fabricantes respetivos.
A Direção de Rede e Clientes analisará o pedido de receção (verifica se os materiais constantes no pedido são os
previstos no projeto) e se não houver objeções, informará o Requerente de qual a empresa rececionária. Nesta
circunstância, o Requerente acordará com o Rececionário as verificações.
Se forem registadas não conformidades em qualquer material ou equipamento proposto, a Direção de Rede e
Clientes esclarecerá e informará o Promotor ou o Empreiteiro dos motivos de não conformidade.
E-REDES (DSAx)
Recepcionário/E-REDES (DSAx)
Legenda:
Quaisquer propostas de alterações do projeto deverão ser previamente justificadas e terão de merecer o acordo da
E-REDES e da entidade licenciadora.
Quaisquer alterações de materiais ou equipamentos, em relação aos previstos no projeto visado, deverão ser sempre
propostas pelo Promotor e terão de merecer o acordo da E-REDES.
O Promotor será responsável pela coordenação da montagem das redes das diversas infraestruturas (águas,
saneamento, telecomunicações, gás e energia), para que a instalação das infraestruturas elétricas seja feita logo a
seguir à das redes de águas e esgotos.
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O Promotor será o único responsável pela reparação de avarias, na eventualidade das redes de energia virem a ser
danificadas na sequência da instalação de outras infraestruturas ou realização de trabalhos.
Os trabalhos de ligação dos cabos subterrâneos MT (caixas de união ou caixas terminais) só poderão ser realizados
por trabalhadores devidamente habilitados pela E-REDES, para o efeito (”Executantes certificados”), e terão de ser
previamente combinados com a antecedência mínima de 15 dias úteis.
O acompanhamento da obra será realizado pelo colaborador da E-REDES designado para o efeito, ao qual deverá
ser garantido o livre acesso a todos os locais de trabalho. Os trabalhos que possam interferir com instalações
existentes da E-REDES ou de outros operadores, como, por exemplo, abertura de valas e instalação de cabos
subterrâneos, não deverão ter início sem a comunicação à E-REDES, que decidirá da necessidade da presença do
Técnico de Obra no local.
A E-REDES poderá dar ordem de suspensão dos trabalhos, sempre que estes não estejam a ser executados de
acordo com as condições e especificações técnicas. A situação que motivar a suspensão deverá ser corrigida
rapidamente.
A execução faseada das infraestruturas elétricas só é admissível se estiver prevista no projeto e contemplada no
Alvará de loteamento/urbanização.
Só após a satisfação destas duas condições a E-REDES procederá à execução dos trabalhos em falta.
b) apresentar uma declaração de responsabilidade, conforme modelo anexo, por todos e quaisquer danos
causados às redes elétricas por atos ou omissões suas, nomeadamente os resultantes de escavações devido
ao desmoronamentos de terras;
c) obter dos adquirentes dos lotes a edificar uma declaração por eles assinada, do teor descrito na alínea anterior,
a entregar à E-REDES, sob pena de se manter, mesmo após a transmissão do direito de propriedade/posse,
a responsabilidade do Urbanizador de acordo com a declaração acima referida [alínea b)].
Edição: 4, Revisão 1
Até à data da receção o Promotor entregará à E-REDES os Relatórios das verificações e ensaios a que foram
submetidos os equipamentos e materiais instalados.
A realização das verificações e ensaios referidos, bem como a elaboração dos respetivos Relatórios será executada
por Entidade Independente (de acordo com o estabelecido no ponto 4.1.4), sob total responsabilidade do Promotor,
e, compreende:
a) ensaios de verificação de conformidade dos cabos isolados BT, transformadores MT/BT e armários de
distribuição BT;
b) ensaios dos circuitos MT, deverão ser realizados de acordo com o que se encontra estipulado no documento
da E-REDES DPE-C33-290/N • Protocolo de ensaios de comissionamento de novos circuitos AT/MT, e/ou
DPE-C11-401 – Protocolo de ensaios para linhas aéreas AT/MT.
Quando os resultados dos ensaios forem aceites pela E-REDES, serão os trabalhos dados por concluídos. Se por
razões exclusivamente imputáveis à E-REDES os ensaios não tiverem lugar, os trabalhos serão dados como
concluídos, 3 meses após a data do pedido de receção das infraestruturas.
Se no decurso da receção das infraestruturas estas forem aprovadas pela E-REDES, o Promotor fornecerá à E-
REDES o “Auto de Entrega e Receção provisória”, documento a elaborar conforme o modelo que se encontra no
anexo C, secção C.5, do presente documento.
A data de aceitação do “Auto de Entrega e Receção Provisória” marca a data de transferência da propriedade.
O “Auto de Entrega e Receção Provisória” só será aceite pela E-REDES se, para além do já referido, estiverem
liquidados todos os encargos devidos pelo promotor, tenha sido entregue e toda a documentação técnica que for
devida até à receção, o auto de medição final das infraestruturas MT, BT, IP e todos os desenhos que tenham sofrido
alterações durante a obra. Os desenhos e as telas finais devem ser fornecidos em suporte informático em formato
dwg, com pontos georreferenciados no sistema Hayford-Gauss, Datum 73.
Nos 30 dias seguintes, após a entrega do requerimento, realizar-se-á a vistoria, na qual se verificará se a instalação
satisfaz todas as prescrições de segurança regulamentares e regras técnicas. Caso a instalação se encontre em
boas condições de segurança e de acordo com o projeto visado, será emitida a Licença de Exploração pela DGEG
e, a partir desse momento, a E-REDES poderá ligar a instalação à rede de distribuição.
No entanto, a E-REDES reserva-se o direito de não permitir a realização de alguns tipos de intervenções pelo
Promotor ou pelo respetivo Empreiteiro, nomeadamente aquelas em que, por questões de exploração de rede, se
considere que a execução por terceiros não é adequada. Nestas circunstâncias, estes trabalhos serão executados
sob a responsabilidade direta da E-REDES, a expensas do Promotor do empreendimento.
A entrada em serviço de quaisquer instalações executadas só poderá ocorrer após o pagamento dos encargos e
comparticipações devidas (elementos de ligação, encargos de reforço das redes, intervenções realizadas pela
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E-REDES, etc.) e com a autorização da E-REDES que, a partir dessa data, tomará a seu cargo a exploração e
manutenção das infraestruturas elétricas.
Obra concluída,
vistoriada e com
ensaios realizados
Comparticipações e
outros encargos
Auto de medição e
documentação técnica
Recepção provisória
Caução (na respectiva CM)
das instalações
Período de
garantia
(5 anos) Auto de entrega e
recepção provisória
Recepção definitiva
das instalações
Libertar caução
Para efeitos do cálculo do valor da caução a considerar deverão ser contabilizadas não só as infraestruturas do
loteamento/urbanização, como também os elementos de ligação à rede, sendo todos abrangidos pela caução.
A E-REDES, depois de ter elaborado o “Auto de Entrega e Receção Provisória”, informará a Câmara Municipal de
que pode libertar de imediato até 90% do valor da caução de todas as infraestruturas elétricas abrangidas pelo
referido auto, ficando os restantes 10% como garantia de boa execução das infraestruturas, até ao fim do período
de garantia.
O Promotor será responsável pela reparação de todos os defeitos ou prejuízos que se verifiquem na obra, em
resultado de qualquer uma das causas a seguir descritas em a) e b) e que se tornem patentes durante o período de
garantia:
a) defeito nos materiais e equipamento, nos processos de construção/montagem ou no projeto, com exceção dos
defeitos dos projetos fornecidos ou especificados pela E-REDES, relativamente aos quais o Promotor tenha
declinado qualquer responsabilidade, por escrito, num período razoável após a receção das instruções da E-
REDES;
O Promotor será responsável pela consequente substituição de quaisquer peças, componentes ou equipamentos
defeituosos por si fornecidos.
Se o defeito verificado provier de um erro sistemático referente à conceção, à qualidade dos materiais e
equipamentos utilizados e fornecidos pelo Promotor e/ou à técnica de montagem empregue, a E-REDES terá o direito
de exigir que este repare, modifique ou substitua todos os materiais, peças, componentes ou equipamentos afetados
por esse vício, incluindo os que não registem defeitos aparentes.
Todas as reparações e substituições serão feitas com o mínimo de demora possível, sem encargos para a E-REDES
e com o mínimo de perturbação possível para a exploração.
Edição: 4, Revisão 1
Durante o período de garantia, todo e qualquer equipamento, componente ou peça que substituir outro ou outros em
razão dessa mesma garantia, ou qualquer parte da obra que tenha sido reparada, também em razão da mesma
garantia, terá, a partir da data da sua entrada em serviço, um período de garantia idêntico ao inicial.
Se, durante o período de garantia, o Promotor entender que deve substituir uma parte do equipamento por uma outra
de conceção diferente, deverá comunicá-lo, por escrito, à E-REDES e obter o seu acordo.
Se em consequência de defeitos ou acidentes imputáveis ao Promotor, uma instalação ficar impedida de funcionar
no período de garantia, a duração de tal impedimento será acrescentada a esse período.
Se não houver motivo para reclamações, será dada indicação à Câmara Municipal que administrar a caução, de que
pode libertar a mesma.
Caso a caução devida ao período de garantia tenha sido prestada a favor da E-REDES, a mesma será de imediato
libertada.
Caso o Promotor não concretize, junto da E-REDES, o pedido de receção definitiva, e não exista qualquer
comunicação em contrário por parte da E-REDES, a Câmara Municipal poderá considerar que após o período de
garantia, a receção definitiva pode ser feita automaticamente e a caução pode ser libertada.
Não serão aceites receções parciais das infraestruturas elétricas se o faseamento da sua execução não estiver
definido no projeto e contemplado no Alvará de loteamento/urbanização.
Na fase de receção, os ramais que não estejam executados, apesar de previstos no projeto, não serão considerados
como fazendo parte das infraestruturas de energia elétrica, pelo que a sua execução e receção obedecerá ao
processo normal de pedidos de fornecimento de energia elétrica (PFE), a solicitar na altura oportuna à E-REDES.
Recebidos os projetos das instalações elétricas de serviço particular (instalações que carecem de projeto elétrico)
ou as fichas eletrotécnicas (instalações que não carecem de projeto elétrico), a E-REDES confirmará se o
fornecimento de energia elétrica aos lotes/edificações e as potências previstas estão de acordo com projeto de
infraestruturas de energia elétrica. Caso não se verifiquem alterações, a E-REDES dará viabilidade de alimentação
e remeterá os projetos para aprovação da associação inspetora de instalações elétricas correspondente ou, nos
casos em que não é necessária a apresentação dos projetos, devolverá ao Requerente/Câmara Municipal a ficha
eletrotécnica devidamente visada.
Esta situação ocorre quando as Câmaras Municipais aprovam projetos de edifícios diferentes dos inicialmente
previstos ou quando há necessidade de alteração/atualização das potências previstas no projeto de infraestruturas
de energia elétrica, o que implica, muitas vezes, alterações às infraestruturas elétricas projetadas ou às já existentes.
Edição: 4, Revisão 1
As entidades ligadas à rede devem manter as suas instalações em bom estado de funcionamento e de conservação,
de modo a não causarem perturbações ao bom funcionamento da rede.
Para os Postos de Transformação e redes de MT, BT e IP estabelecidos em regime de serviço público, deverá ser
salvaguardado o direito de acesso permanente e incondicional às infraestruturas, para a realização de todos os tipos
de operações ou trabalhos que sejam necessários para a conservação, reparação, renovação e exploração, bem
como para a prática de quaisquer outros atos relacionados com a prestação do serviço público que está cometido à
E-REDES.
8 PLANOS DE PORMENOR
Nos termos do n.º 2 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redação conferida pelo
Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de Setembro, É dispensada a consulta a entidades externas em procedimentos
relativos a operações urbanísticas que já tenham sido objeto de apreciação favorável no âmbito do procedimento de
informação prévia, de aprovação de operações de loteamento urbano ou de aprovação de planos de pormenor, com
exceção dos planos de salvaguarda que estabeleçam a necessidade dessa consulta.
Nestes casos, é necessário um particular cuidado na apreciação dos Planos de Pormenor uma vez que os
loteamentos e operações urbanísticas que os mesmos preveem não serão especificamente sujeitos a parecer da E-
REDES.
Edição: 4, Revisão 1
ANEXO A
SIGLAS E DEFINIÇÕES
Instalações de serviço público: instalações destinadas a tração elétrica e aquelas que forem estabelecidas com o
fim de fornecer energia elétrica a quaisquer consumidores que a pretendam adquirir, ou que sirvam para o transporte
ou transformação de energia elétrica destinada ao mesmo fim.
Instalações de serviço particular: as instalações de Serviço Particular são ainda classificadas, para efeitos de
licenciamento, em cinco categorias distintas, de acordo com o estipulado pelo art.º18º do Dec. Lei N.º517/80 de 31
de Outubro.
Operação de loteamento: ação, titulada por Alvará, que tenha por objeto ou por efeito a constituição de um ou mais
lotes destinados imediata ou subsequentemente à edificação urbana, e que resulte da divisão de um ou vários
prédios, ou do seu emparcelamento ou reparcelamento (art.º 2º do Dec. Lei n.º555/99).
Condomínio fechado: conjunto de edifícios implementados em zonas em que as infraestruturas são de natureza
privada, nomeadamente as infra- estruturas viárias e os equipamentos.
Comparticipação: partilha de despesa ou encargo na construção ou reforço dos elementos da rede de distribuição
de energia elétrica.
Encargos relativos ao reforço das redes do SEP: encargos a debitar ao requisitante como comparticipação nos
custos de ações imediatas, ou diferidas, necessárias ao reforço da rede do SEP.
AT: Alta Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 45 kV é igual ou inferior a 110 kV).
MT: Média Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e igual ou inferior a 45 kV).
BT: Baixa Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior 1 kV).
Edição: 4, Revisão 1
ANEXO B
LEGISLAÇÃO/REGULAMENTAÇÃO/NORMAS
Edição: 4, Revisão 1
Edição: 4, Revisão 1
Edição: 4, Revisão 1
Edição: 4, Revisão 1
Edição: 4, Revisão 1
Edição: 4, Revisão 1
Edição: 4, Revisão 1
ANEXO C
DOCUMENTOS-TIPO
Eu, abaixo assinado ......................... (nome) ......................... (categoria profissional), inscrito na Direção Geral de
Geologia e Energia com o n.º ............., portador do bilhete de identidade n.º .........., passado pelo serviço do Arquivo
de Identificação de .........., em .../.../..., n.º de contribuinte .........., domiciliado em .................................., ao serviço de
..... (entidade) …. (1) …………………..………., declaro que tomo a responsabilidade pela execução das instalações
elétricas de ..... (natureza da instalação) (2) ……..... e .............. (proprietário das instalações) ………….., em
....................................................., de acordo com o respetivo projeto aprovado e as disposições regulamentares em
vigor.
______________________________________________
_ (Assinatura reconhecida)
(1) No caso de ser por conta própria, tal deve ser indicado.
(2) Indicar se se trata de uma subestação, posto de transformação, instalação de utilização, etc., ou conjunto destas
instalações, e quais as características principais dessa instalação (tensão, potência e tipo de local em que está instalada).
Edição: 4, Revisão 1
Eu, abaixo assinado ....... (nome) ........................ (categoria profissional), inscrito na ...…….(1) ............ com o
n.º ............., portador do bilhete de identidade n.º .........., passado pelo serviço do Arquivo de Identificação de ..........,
em .../.../..., n.º de contribuinte ..........., domiciliado em ............................, ao serviço de .....(entidade) (2)
……….……………, declaro que tomo a responsabilidade pela execução do(s) edifício(s) do(s) posto(s) de
transformação, de .............. (proprietário das instalações) ……….…….., em …………………..., de acordo com o
respetivo projeto aprovado, observando as normas técnicas e específicas da construção bem como as disposições
regulamentares aplicáveis, nomeadamente o REBAP (Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-
esforçado).
______________________________________________
_ (Assinatura reconhecida)
(2) No caso de ser por conta própria, tal deve ser indicado.
Edição: 4, Revisão 1
Este pagamento será feito no prazo máximo de 30 dias após apresentação da respetiva fatura.
______________________________________________
_ (Assinatura reconhecida)
Edição: 4, Revisão 1
À
DIRECÇÃO DE REDE E CLIENTES .......................
E-REDES
Ex. mo Senhor
Solicitamos autorização para aquisição dos equipamentos e materiais descritos nas duas folhas seguintes, para a
urbanização em epígrafe
______________________________________________
(O titular do Alvará)
Nota: após a aceitação da E-REDES, os fabricantes solicitarão a realização dos ensaios à empresa rececionária que vier a ser
indicada.
Edição: 4, Revisão 1
DESIGNAÇÃO DO LOTEAMENTO:
A PREENCHER PELA
A PREENCHER PELO URBANIZADOR E-REDES
MATERIAIS OU
EQUIPAMENTOS (*) MARCA TIPO FABRICANTE QUANT. OBS. ACEITAÇÃO OBSERVAÇÕES
TRANSFORMADORES DE
POTÊNCIA MT/BT
CABOS ELÉCTRICOS MT
ISOLADOS
CONECTORES MT
APARELHOS MT DE
CORTE E PROTECÇÃO
FUSÍVEIS MT
DESCARREGADORES DE
SOBRETENSÕES MT
ISOLADORES PARA
LINHAS AÉREAS MT
ACESSÓRIOS PARA
LINHAS AÉREAS MT
CABOS NÚS MT
CABOS ELÉCTRICOS BT
ISOLADOS
ACESSÓRIOS P/CABO
TORÇADA (EXCEPTO
CONECTORES)
CONECTORES BT
LUMINÁRIAS
LÂMPADAS
BALASTROS
IGNITORES
RELÉS
FOTOELÉCTRICOS
APOIOS / COLUNAS
BETÃO / BRAÇOS IP
COLUNAS METÁLICAS /
BRAÇOS IP
- Continua -
Edição: 4, Revisão 1
- Continuação -
A PREENCHER PELA
E-REDES
A PREENCHER PELO URBANIZADOR
MATERIAIS OU
EQUIPAMENTOS (*) MARCA TIPO FABRICANTE QUANT. OBS. ACEITAÇÃO OBSERVAÇÕES
ARMÁRIOS DE
DISTRIBUIÇÃO
CAIXA DE
SECCIONAMENTO BT
QGBT DOS PT
FUSÍVEIS BT
TRIBLOCOS
TRANSFORMADORES DE
MEDIDA BT
ISOLADORES BT
ELÉTRODOS DE TERRA
FERRAGENS MT/BT
POSTES METÁLICOS
AT/MT a receção deverá ser
solicitada diretamente à
nossa Direção de
Tecnologia e inovação
CABOS AT
Não suscetíveis de
constituição de stock
REDE DE SINALIZAÇÃO DE
CABOS ENTERRADOS
TRITUBOS
(*) - A lista é indicada a título de exemplo, podendo ser adaptada caso a caso
Edição: 4, Revisão 1
Edição: 4, Revisão 1
Em ……. / ……. / ……. procedeu-se à vistoria das infraestruturas elétricas ………….……………………, na presença
do Promotor da urbanização …………..…………………………………….., do técnico responsável pelas obras
………………………..., e dos representantes da E-REDES, S.A.
…………………………….....................................................................................................................................
Não há motivo para correções, pelo que as obras estão em condições de ser recebidas e vai ser assinado o presente
auto de receção definitiva.
_____________________________________________
(Assinatura)
Edição: 4, Revisão 1
ANEXO D
Materiais e equipamentos que devem obedecer às especificações E-REDES e a sua aceitação carecem da prévia
realização de ensaios de receção em fábrica.
Edição: 4, Revisão 1
ANEXO E
DOCUMENTOS DA E-REDES
Nota: face à permanente edição de novas/revisões de versões de especificações técnicas de materiais e/ou equipamentos,
esta lista é passível de desatualização, pelo que se sugere a consulta do site http://www.e-redes.pt/ no sector
profissionais, onde a E-REDES publica os documentos normativos.
Regulamentação/normas
D00-C13-030 INSTALAÇÕES AT E MT
Requisitos de ruído para postos de transformação
DIT-C13-801 INSTALAÇÕES AT E MT
Posto de transformação aéreo R100 - Projeto-tipo
DIT-C13-802 INSTALAÇÕES AT E MT
Posto de transformação aéreo R250 - Projeto-tipo
Edição: 4, Revisão 1
DRE-C13-811 INSTALAÇÕES AT E MT
Impacto sísmico em postos de transformação aéreos – Estudo das vulnerabilidades e
propostas de resolução do problema
Transformadores de potência
Os transformadores de potência devem obedecer ao disposto nos seguintes documentos da E-REDES, bem como
às notas adicionais aqui referidas:
Edição: 4, Revisão 1
Corta-circuito fusíveis MT
Os corta-circuitos fusíveis MT devem obedecer ao disposto no seguinte documento da E-REDES:
Descarregadores de sobretensões MT
Os descarregadores de sobretensões MT devem obedecer ao disposto no seguinte documento da E-REDES:
Edição: 4, Revisão 1
Edição: 4, Revisão 1
Iluminação Pública
O equipamento destinado à Iluminação Pública deve obedecer ao disposto nos documentos da E-REDES:
DMA-C71-110 LUMINÁRIAS DE ILUMIN. PÚBLICA PARA LÂMP. DE VAPOR SÓDIO DE ALTA
PRESSÃO
Especificação técnica das características e dos ensaios
Edição: 4, Revisão 1
Características e ensaios
Armários de distribuição
Os armários de distribuição devem obedecer ao disposto no seguinte documento da E-REDES:
DMA-C62-801 MATERIAIS PARA DERIVAÇÕES E ENTRADAS BT - ARMÁRIOS DE
DISTRIBUIÇÃO
Armários de distribuição. Características e ensaios
Nota: tipo de fechadura a utilizar nos armários de distribuição indicado pela E-REDES
Edição: 4, Revisão 1
Características e ensaios
Corta-circuitos fusíveis BT
Os corta-circuitos fusíveis BT devem obedecer ao disposto no seguinte documento da E-REDES:
DMA-C63-201 APARELHAGEM DE BAIXA TENSÃO
Fusíveis BT. Características e ensaios
ANEXO F
SIMBOLOGIA
A simbologia a utilizar na representação da rede elétrica, plantas e esquemáticos, deverá obedecer à seguinte
especificação:
Edição: 4, Revisão 1
-Continuação
Manilha
Terra de serviço
TS
Terra de protecção TP
Caixa de visita